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ESCOAMENTO TURBULENTO
a turbulência em geral surge de uma instabilidade do escoamento em
regime laminar, quando o número de Reynolds torna-se grande. As
instabilidades estão relacionadas com interações entre termos
viscosos e termos de inércia não lineares nas equações de
quantidade de movimento linear.
Os efeitos advectivos altamente não lineares, são efeitos
amplificadores de perturbações é geradores de instabilidades. Por
outro lado os efeitos difusivos são amortecedores ou inibidores da
formação de instabilidades.
O escoamento turbulento é governado pelas equações de
conservação já apresentadas, porém é sempre 3D e transiente
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Atualmente existem basicamente três métodos para se analisar um escoamento turbulento, os quais serão descritos a seguir.
Custo
Computacional
RANS
LES
DNS
100 %
0 %
baixo alto extremadamente
alto
Grau
de
Modelagem
DNS (Direct Numerical Simulation): cálculo de todas as escalas de comprimento da turbulência.
LES (Large Eddy Simulation): cálculo dos turbilhões de grandes escalas, com uma modelagem dos turbilhões de escala menor.
RANS (Reynolds Averaged Navier-Stokes): modelos da turbulência estatística baseado nas
equações de Navier-Stokes médias no tempo.
Os modelos de turbulência baseados nas equações de Navier-Stokes médias no tempo RANS (Reynolds Averaged Navier-Stokes) são baseados na decomposição da velocidade em um valor médio e uma flutuação
Equações Médias de Reynolds
'uuu
• Para o engenheiro, muitas vezes é suficiente conhecer o comportamento do valor médio. A flutuação u’ (muitas vezes da ordem de 1% a 10% de velocidade média)
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Equação de Conservação de Quantidade de Movimento Linear
As equações de Navier-Stokes médias no tempo são obtidas através
da média temporal das equações de conservação:
Equação da continuidade (incompressível)
0x
u
j
j
j
jiij
k
k
i
j
j
i
j
iij
iji
x
uu
x
u
x
u
x
u
x
gx
p
x
uu
t
u
)(
3
2
O termo é denominado tensão de Reynolds, e envolve os
componentes das flutuações da velocidade que não são conhecidas.
''ji uu
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Modelos de Viscosidade Turbulenta Os modelos de viscosidade turbulenta são baseados no conceito da
viscosidade turbulenta introduzido por Boussinesq em 1877. Boussinesq
propõe para o núcleo turbulento uma analogia entre as tensões
turbulentas e as tensões existentes no regime laminar.
Vimos que a tensão viscosa para um fluido Newtoniano é
IV3
2VV T
div])grad(grad[
ijijk
kt
i
j
j
itji
x
u
x
u
x
uuu
3
2
3
2
ijk
k
i
j
j
iij
x
u
3
2
x
u
x
u
Fazendo uma analogia entre a tensão laminar e turbulento, a tensão
turbulenta é definida como:
2222
i wvu2
1u
2
1 '''' é a energia cinética turbulenta,
definida como
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5
ii
j
j
ief
jij
ij
i gx
u
x
u
xx
P
x
uu
t
u
Equação de Conservação de Quantidade de Movimento Linear
)(x, ttef
3
2
3
2
k
kt
x
upP
viscosidade efetiva ef:
é a viscosidade molecular
t é a viscosidade turbulenta.
VISCOSIDADE TURBULENTA cct LV
Os modelos podem ser classificados em modelos:
modelos algébricos, modelos de zero equações diferenciais
modelos de uma equação diferencial
modelos de duas equações diferenciais
modelos de n equações diferenciais
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Modelos De Duas Equações
Estes modelos consistem na solução de duas equações
diferenciais para avaliar a viscosidade turbulenta. Na
elaboração de um modelo de duas equações, faz sentido
continuarmos utilizando a equação para a energia cinética
, devido ao pouco empiricismo usado na sua obtenção.
Como podemos utilizar qualquer combinação do tipo para
a segunda variável, várias propostas surgiram ao longo
dos anos:
Freqüência de vórtices f ( f = ½ -1) (Kolmogorov, 1942)
Produto energia versus escala de comprimento (Rodi e Spalding, 1970)
Vorticidade w (w -2 ) (Wilcox, 1988)
Dissipação e (e 3/2 -1 ) da energia cinética turbulenta
(Harlow e Nakayama, 1968 e Launder e Spalding, 1974)
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Modelo e
O modelo e é sem dúvida o modelo que tem recebido maior atenção
devido, principalmente, aos trabalhos de Jones e Spalding (1972,
1973) e Launder e Spalding (1974). Neste modelo a velocidade
característica continua sendo Vc 1/2 e o comprimento característico
é obtido em função da dissipação (e u 3 / u 3 / e 3 /2 / e .
A viscosidade turbulenta é
e
2c
t
e
j
t
j
jj xx
Puρxt
ρ
ee
e
e
e
ee
e21 cPc
jxjxju
jxt
t
j
i
i
j
j
it
x
u
x
u
x
uP
as constantes empíricas são: c=0,09 ;
c1e =1,44 ; c2e =1,92 ; =1,0 e e =1,3
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Modelo e
O modelo e padrão utiliza nas fronteiras a lei da parede padrão.
Isto consiste em utilizar as solução obtidas para u+ em função de y+
na região da parede
sub-camada laminar 5yparayu
núcleo turbulento 50ypara0,5yln5,2u
A figura abaixo ilustra os perfis acima, juntamente com os dados experimentais. Note que na
região entre 50y5 , correspondente a região amortecedora, os pontos experimentais
não coincidem com nenhuma das duas curvas, pois é uma região de transição, mais difícil de
ser modelada.
Recomenda-se o modelo padrão para altos números de Reynolds,
com y+ > 11,5
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Modelo w
O modelo w pode ser derivado da equação de e
A viscosidade turbulenta é
w
*t
ww
w
w
w
w
w
e
e
eew
111111
11
2
221
cc
cPcjxjx
jujxt
t )()(
Mesma equação de que o modelo e, reescrevendo o termo de
destruição em função de w
Modelo recomendado para escoamento cisalhantes livres, com y+ < 5
Modelo w SST
Combinação dos modelo e e w . Na região da parede
emprega w e longe da parede e
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ESCOAMENTO HIDRODINÂMICAMENTE
DESENVOLVIDO TURBULENTO
a tensão na parede é
nos escoamentos hidrodinâmicamente desenvolvidos em tubos
horizontais, tanto no regime laminar quanto turbulento, a queda de pressão
é somente devido às tensões tangenciais nas paredes da tubulação.
r
rrx
p 10
2
r
x
p
2)(
R
x
pRrs
No entanto, o perfil de velocidade varia substancialmente para cada regime
de escoamento pois a relação entre a tensão cisalhante e o gradiente de
velocidade não é a mesma. Como já foi visto, no regime turbulento
tefeftr
u
r
u
;)(
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Para avaliar o perfil de velocidade, precisamos de um modelo de turbulência
para determinar a viscosidade turbulenta. Por outro lado, podemos utilizar
dados empíricos.
Para um tubo liso, o perfil de velocidade pode ser aproximado pela “lei de
potências” de forma análoga ao regime turbulento na camada limite
n
R
r
u
u/1
max
1
maxuU
O expoente n depende do
número de Reynolds, baseado
na velocidade máxima
e no diâmetro, de acordo com a
figura
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Conhecido o perfil de velocidade, a velocidade média pode ser facilmente obtida
R
ATTm rdrudAuAuQ
T 0
2 )12()1(
2 2
max
nn
n
u
um
Naturalmente que a relação entre a velocidade média e máxima depende do expoente n.
Quanto maior o número de Reynolds, maior é o expoente n e mais achatado é o perfil de
velocidade, maior é a tensão cisalhante. Note que a relação entre a velocidade média e
máxima para o regime laminar em um tudo
circular é 1/2.
A figura ao lado ilustra uma comparação
entre o perfil de velocidade no regime
laminar e no regime turbulento para
diferentes expoentes.
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Na prática, com muita freqüência, especifica-se o expoente n =7 independente
do número de Reynolds.
Vale ressaltar que a hipótese de velocidade uniforme na seção transversal é
uma péssima aproximação no caso de regime laminar. Já para o regime
turbulento, é uma aproximação razoável, especialmente para altos Reynolds.
O lei 1/n aproxima bem o perfil de velocidade em quase todo o domínio, com
exceção da região próximo à parede, não sendo possível estimar o atrito a partir
deste perfil.
Utiliza-se então dados empíricos para estimar o fator de atrito, o qual depende
não só do número de Reynolds, mas da rugosidade relativa da tubulação.
O fator de atrito nada mais é do que uma queda de pressão adimensional ou
tensão cisalhante na parede adimensional
22
2
1
4
2
1m
s
m uu
Dx
p
f
)/(Re, Dff e
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A rugosidade relativa
depende do material
da tubulação e do
diâmetro da mesma
O fator de atrito pode ser
avaliado a partir do
diagrama de Moody
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A representação gráfica é conveniente e facilita a determinação do
fator de atrito, no entanto, quando desejamos utilizar de forma
sistemática em um programa de computador por exemplo, é
desejável, representar a informação do diagrama de Moody por uma
correlação.
A correlação mais utilizada é a fórmula de Colebrook
A correlação de Colebrook é uma equação transcendental, isto é, não
é possível explicitar o valor do fator de atrito. É necessário resolver de
forma iterativa. Miller recomenda como estimativa inicial para o
processo iterativo, a seguinte expressão
Com essa inicialização, obtém-se um resultado dentro de 1% com
apenas uma iteração.
2
9,0Re
74,5
7,3
/log25,0
Dfo
e
5,05,0 Re
51,2
7,3
/log0,2
1
f
D
f
e
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Exercício 1: Deseja-se bombear água a 20 C [ = 1000 kg/m3; = 0,001 Pa s]
em um tubo circular liso. O diâmetro interno é D = 3 cm. A tubo possui L = 20
m de comprimento. Deseja-se uma vazão de = 0,4 kg/s. Qual a potência de
bombeamento necessária?m
PVAPVFPot2
1
2
1
2
2
m
m
hV
Df
L
P
dx
dp
V
Ddx
dp
f
230010614 4 ,Re
D
m
A
DmDV
t
hm
02501061 4 ,,Re f
smDA
Vt
m /,56604
2
s
mm 34104
WV
D
LfPPot m 0671
2
2
,
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Exercício 2: Determine o nível h do reservatório para manter a vazão
indicada:
Tubulação lisa: e=0
Q= 0,03 m3/s
D = 75 mm
Entrada do tubo: k = 0,5
Saída: patm
Viscosidade: = 10-3 kg/(ms)
Massa específica: = 103 kg/m3
L=100m
Q
h
z D= 75 mm
,2
W
m g
p
g
V
gz
p
g
V
gz h
eL
2 2
2
21 1
2
1 12 2
1
2
entradatubo LLL
atme
hhh
hzz
PppW
21
12
12
0
0
,
;
t
V C SC
d V n d A .
0
)(, D
Lfk
g
Vh
g
Vh L 1
22
22
22
21
g
V
D
Lfh m
Ltubo 2
2
s
m
A
QV
A
AVVAVAVQcte
t79600
22
1
2212211 ,;;;;
230010095 5 ,Re
hmDV
e
5,0fRe
51,2
7,3
D/log0,2
f
1 h
5,0
g
Vkh m
LAC 2
2
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24
mD
Lfk
g
Vh
g
Vh L 644
0750
100013110501
8192
7961
22
222
22
21,)
,,,(
,
,)(
,
50509000
51202
1
50 ,
,log,
,ff
•estimativa inicial de Miller 2
9,0
ho
Re
74,5
7,3
D/log25,0f
e
010095 5 e
;,Re hmDV
013050509000
745250
2
90,
,log,
,
of
e
5,0fRe
51,2
7,3
D/log0,2
f
1 h
5,0
01312050013050509000
51202
1
50,
,,
,log,
,
f
f
•segunda iteração:
•terceira iteração: convergiuff
01311050013120509000
51202
1
50,
,,
,log,
,
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Exercício 3: Água com = 1000 kg/m3 e n/ = 1 x 10-6 m2/s é bombea-
da entre dois reservatórios com a vazão Q = 5,6 x 10-3 m3/s através de
uma tubulação de L=120 m e D= 50 mm de diâmetro. A rugosidade
relativa do tubo é e / D=0,001. Calcule a potência necessária da bomba.
Dados de coeficiente de perda de carga:
•Entrada canto vivo: k=0,5
•Saída canto vivo: k=1,0
•Válvula globo aberta: k=1,0
•Joelho a 90o: k=0,9
•Válvula de gaveta ½ aberta: k=0,1
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26
,2
W
m g
p
g
V
gz
p
g
V
gz h
eL
2 2
2
21 1
2
1 12 2
g
Vk
g
V
D
Lfhhh
mHzzmzmzPpp
tac
tLLL
atm
ACtubo 22
30366
22
122112
21,
;;;
t
V C SC
d V n d A .
0 0852
40 2122211 VV
s
m
D
QVAVAVAVQcte tttt
;,;;;
g
Vk
D
LfHgQhHgQW t
acLe2
2
21
,
Qm
0010
10411 5
./
,Re
D
DVt
e
0210, f
HPWWW eb 8706542
85210902010150
0750
12001030106510
2
33 ,,
,,,,,,
,,
Bomba: trabalho é fornecido: <0
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Exercício 4: Considere a instalação da figura ao lado. O tubo possui uma rugosidade relativa de e/D = 0,001 e possui um diâmetro D= 100 mm. Determinar a vazão máxima da instalação. Considerar as perdas localizadas somente na válvula de gaveta.
H=2,4m
L=180m
D=100mm
Q
t
V C SC
d V n d A .
0 00
1
2212211
A
AVVAVAVQcte
t;;;
,2
W
m g
p
g
V
gz
p
g
V
gz h
eL
2 2
2
21 1
2
1 12 2 LvalvulaLL
atme
hhh
Hzz
PppW
tubo
21
12
12
0
0
,
;
g
V
D
Lfh m
Ltubo 2
2
)(D
LLf
HgV
eq
1
22)(
, D
LLf
g
Vh
g
VH
eqL
1
22
22
22
21
g
V
D
Lfh meq
LAC 2
2
e
5,0fRe
51,2
7,3
D/log0,2
f
1 h
5,0
Não conhece a vazão, não tem como calcular o Reynolds, para determinar f
hmDV
Re
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28
)(D
LLf
HgV
eq
1
22
Estimativa inicial: fluido ideal sem
perda ou um valor de f típico
(0,02):
18081
08847
810
1801
08847
1
22
ff
D
LLf
HgV
eq
,
),
(
,
)(
smVf /,, 261020 2 mhm V
DV 510
Re
510261 ,Re
2ª estimativa inicial: 510261 ,Re smVf /,, 07510220 2 5100751 ,Re
3ª estimativa inicial: 5100751 ,Re smVf /,, 05210230 2 convergiu