esclarecimentos aos deputados e à sociedade

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Esclarecimentos aos deputados e à sociedade sobre a matéria mentirosa veiculada pela TV Record em 23/11/15 25.11.2015 Deputado Jorge Picciani

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Esclarecimentos sobre a matéria mentirosa da TV Record veiculada em 23/11/2015

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Page 1: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

Esclarecimentos aos deputados e à

sociedade sobre a matéria mentirosa

veiculada pela TV Record em 23/11/15

25.11.2015

Deputado Jorge Picciani

Page 2: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

A CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO PROMOVIDA PELA

RECORD CONTRA JORGE PICCIANI COMEÇOU EM 24

OUTUBRO DE 2014, NO SEGUNDO TURNO DAS

ELEIÇÕES

SITE R7 SÓ PUBLICOU NOSSA RESPOSTA DEPOIS QUE MATÉRIA

JÁ ESTAVA NO AR. NÃO FOMOS PROCURADOS ANTES DISSO.

Page 3: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

Rio de Janeiro

24/10/2014 às 00h30 (Atualizado em 24/10/2014 às 16h26)

Coordenador de campanha de Pezão omite compra de mineradora em declaração de bens Deputado Jorge Picciani e seus filhos, também parlamentares, não declararam cotas ao TSE

• R7 Página Inicial

Amaury Ribeiro Jr., Fabiano Falsi e Lumi Zúnica, es pecial para o R7

Capital social da mineradora omitida ultrapassa os R$ 27 milhõesAgência O Dia

O deputado Jorge Picciani (foto), presidente do PMDB e coordenador da campanha à reeleição do governador Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio de Janeiro, e seus filhos Rafael e Leonardo, deputados estadual e federal, respectivamente, não declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as cotas adquiridas de uma mineradoracujo capital social ultrapassa os R$ 27 milhões.

O deputado Jorge Picciani e os filhos Felipe, Rafael e Leonardo compraram 16% das cotas de participação da Empresa Brasileira de Mineração Coromandel Eireli, correspondendo a 4% para cada um deles, em 4 de junho deste ano.

Page 4: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

A empresa foi fundada em outubro de 2012 com sedes em Goiânia e Uberaba, mas o ingresso dos Picciani ao quadro societário se deu 32 dias antes do prazo final para o registro de candidaturas às eleições de 2014, que foi o dia 5 de julho.

RJ: obras milionárias beneficiam empresas ligadas a sobrinho de PezãoCom falta de água, escolas reduzem aulas na baixada ; "Precisamos de água para nossas crianças estudarem"

Os Picciani registraram suas candidaturas na data final. Por essa razão, as cotas teriam que ser declaradas por terem sido adquiridas em data anterior.Na Declaração de Bens apresentada por Jorge Picciani ao Tribunal Superior Eleitoral, só aparecem as cotas de participação da empresa familiar Agrobilara, cujo capital social é de R$ 40 milhões.

O mesmo acontece com o deputado federal Leonardo Picciani, filho de Jorge, que na Declaração de Bens cita apenas duas empresas, a Agrobilara e a Marcia Picciani Griff Com. e Participações Ltda., deixando também de registrar as cotas da Mineradora Coromandel.

O segundo filho de Jorge Picciani, o deputado estadual reeleito Rafael Picciani, tampouco declarou a propriedade das cotas da mineradora.

O registro das candidaturas dos três aconteceu no dia 5 de julho, data final para registro conforme protocolos abaixo:

Em nota, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, afirma que a aquisição de cotas daminerada Coromandel se deu em 25 de agosto de 2014, portanto, após o prazo final deregistro de candidaturas e entrega da declaração de bens. "Sendo assim, a 'denúncia' postada não tem fundamento", diz o texto.

Coromandel, “Terra do Diamante”Coromandel é um pequeno município situado no Triângulo Mineiro. A cidade de pouco mais de 25 mil habitantes vive da agroindústria, especialmente dos derivados do leite, e da extração de diamantes.

Conhecida como a “Terra do Diamante”, é lá que foi encontrado o maior diamante já visto no Brasil, com 726 quilates. Na época, a pedra foi batizada como “Presidente Vargas”.

Page 5: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

PERGUNTAS ENVIADAS PELO PRODUTOR DA TV

RECORD NA SEGUNDA-FEIRA, DIA 23/11.

As perguntas foram enviadas depois que a emissora j á estava, hádias, passando chamadas anunciando para aquele dia o início da

exibição da série de 'reportagens'.

Page 6: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

De: André Caramante Enviada em: segunda-feira, 23 de novembro de 2015 09:58Para: '[email protected]'Assunto: PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS/RESPOSTAS PARA REPORTAGEM DO JORNAL DA RECORDPrioridade: Alta Caro deputado Jorge Picciani, A TV Record veiculará hoje (23/nov/2015), noJornal da Record , matéria jornalística que abordará as seguintes questões: 1- Possíveis irregularidades cometidas durante a transferência de um terreno da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (CENTRAL) para a Supervia, depois revendido para a Indústria e Comércio de Pré-Moldados ARTSUL, em parceria com a Porto Ferro Comércio de Metais 2- Possíveis irregularidades cometidas no fornecimento de brita pela empresa Tamoio Mineradora, de propriedade da família Picciani, nas obras de construção do Parque Olímpico do Rio de Janeiro 3- Não declaração de patrimônio ao Tribunal Eleitoral durante as últimas eleições

Por conta disso, solicitamos, por favor, esclarecimentos de vossa excelência em relação aos seguintes fatos:

1- A Supervia recebeu, em 10 de dezembro de 2010, da CENTRAL um terreno que fazia parte da Estação de trens Queimados em “Doação por Pagamento”. A intenção era saldar parte de suposta dívida acumulada pelo Estado do Rio de Janeiro. A base legal da operação foi o Processo Administrativo E-10/489/2007, que autorizou a doação de imóveis inservíveis da administração pública.

Ocorre que, em 29 de novembro de 2010, onze dias antes da transferência, foi assinado o 8º Aditivo ao Contrato da Concessão que equilibra as contas entre o Estado e aConcessionária, dando quitação plena a dívida de R$ 700 milhões que o governo estadual tinha com a Supervia, nada mais sendo devido em decorrência da concessão, entre 1998 enovembro de 2010.

O terreno em questão foi posteriormente vendido pela SUPERVIA para as empresas Indústria e Comércio de Pré-Moldados Cruzeiro do Sul Ltda. ARTSUL e Porto Ferro Comércio de Metais Ltda., que construíram o Centro Comercial Queimados.

No site do Centro Comercial Queimados, além da ARTSUL como empresa controladora, aparece outra empresa do grupo, a EDURIC Concreto, ambas fornecedoras de obras públicas.

Por outro lado, apuramos que o sócio Carlos César da Costa Pereira é também

sócio dos deputados Jorge, Leonardo e Rafael Picciani em pelo menos quatro empresas ligadas ao ramo da mineração de brita e de fosfato, entre as quais a Tamoio Mineração, que, coincidentemente, está localizada no mesmo endereço da Eduric, do grupo ARTSUL, dona do Centro Comercial Queimados.

Entendemos haver conflito de interesses nas relações das empresas com o poder público do Estado do Rio de Janeiro.

ARTSUL, Eduric e Tamoio Mineração têm interesses comerciais comuns e são

fornecedores de obras públicas.

Page 7: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

Por outro lado, a sociedade formal do sr. Carlos Cesar da Costa Pereira com os srs.

deputados Jorge, Leonardo e Rafael Picciani, além da utilização de endereços comuns ao exercício de atividades industriais da Tamoio e a Eduric, é passível de questionamento, visto que a atividade parlamentar exige transparência total nos atos públicos e privados quando envolvem patrimônio ou interesses comerciais.

Por esta razão, solicitamos esclarecimentos de vossa excelência, especialmente em

relação a possíveis favorecimentos na operação que terminou na compra do terreno do Centro Comercial Queimados e também na participação das empresas no fornecimento de materiais para obras públicas.

Os mesmos motivos acima citados nos levam a pedir esclarecimentos em relação a conflito de interesses no fornecimento de brita pela empresa da sua propriedade, a Tamoio Mineração, nas obras do Parque Olímpico do Rio de Janeiro.

Solicitamos, por favor, que nos informem:

1 - Quantas toneladas de brita foi fornecida pela Tamoio de forma direta ou indireta paraa construção do Parque Olímpico?

2 - Qual o preço praticado pela Tamoio Mineração na venda da brita para o Parque

Olímpico? 3 - Para que outras obras públicas a Tamoio fornece material de construção no Estado

do Rio de Janeiro?

4 - Em 12 de dezembro de 2013, os srs. Jorge, Leonardo e Rafael Picciani, em sociedade com outros membros da família e terceiros, entre os quais o sr Carlos Cesar da Costa Pereira, dono da ARTSUL e sócio na Tamoio Mineradora, compraram a Empresa Brasileira de Mineração Coromandel na cidade de Uberaba (MG) e ampliaram seu capital social que era de R$ 62.200,00 (sessenta e dois mil e duzentos reais) para R$ 27.194.300,00 (vinte e sete milhões cento e noventa e quatro mil reais).

O contrato social foi consolidado e o aporte das cotas dos sócios foi integralizado em 4

de junho de 2014, como consta no próprio contrato social, ou seja, a compra foi efetivada nesta data, passando a integrar o patrimônio dos sócios desde aquele momento, independentemente de ter sido registrada posteriormente na Junta Comercial, em 29 de julho, conforme declarado por sua assessoria em nota de outubro de 2014.

Por outro lado, o registro das respectivas candidaturas a deputados federal e estaduais

se deu em 5 de julho de 2014, ou seja um mês após a efetiva compra da empresa.Tambémsolicitamos seu pronunciamento em relação a este fato.

As possíveis respostas/esclarecimentos prestados por vossa excelência constarão em

reportagem a ser finalizada às 19h30 desta segunda-feira, 23 de novembro de 2015. Atenciosamente,Andre Caramante

Page 8: Esclarecimentos aos deputados e à sociedade

RESPOSTAS ENVIADAS POR JORGE PICCIANI À TV

RECORD NA SEGUNDA-FEIRA, DIA 23/11

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NOTA ENVIADA Á RECORD EM 23.11

Prezado André Caramante ,

Muito embora a TV Record só tenha nos pedido esclarecimentos na manhã desta segunda-feira, dia 23/11/2015, com a reportagem já pronta (VTs anunciando a sériede 'reportagens’ estão sendo veiculados há dias pela emissora), seguem as suas respostas. Não sem antes salientar que a associação de minha imagem como político ou como empresário a denúncias de possíveis atos ilícitos ou ilegais ensejará outro tipo de resposta, em juízo.Isto posto, vamos às suas questões.

1) Sobre a transferência, em 2010, de um terreno da Co mpanhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (CENTRAL) para a Supervia, depois revendido para a Indústria e Comércio de Pré -Moldados ARTSUL, em parceria com a Porto Ferro Comércio de M etais

Desconheço o assunto. Essa pergunta deveria ser endereçada à Secretaria Estadual de Transportes, a quem a CENTRAL é vinculada, e à Supervia, que recebeu e, posteriormente, vendeu o terreno. Esse assunto não me diz respeito. Logo, é uma leviandade qualquer ilação nesse sentido.

Observação: a matéria que foi ao ar faz uma ilação com o fato de Rafael Picciani ser secretário de Transportes, o que será objeto de ação. Rafael é secretário MUNICIPAL de Transportes e em 2010 ainda nem era deputado.

Além disso, durante reunião com os deputados realizada no dia 25/11, o deputado Zaqueu Teixeira (PT), que é de Queimados, informou que conhece os proprietários do empreendimento, e que a construção do shopping começou em 2005, quando o terreno foi alugado pela empresa por 25 anos. Só após a Supervia receber o imóvele colocá-lo a venda os locatários exerceram seu direito de compra, com a obra em andamento.

2) Sobre o fato de Tamoio Mineradora, de propriedad e da família Picciani, fornecer material para as obras de construção do Pa rque Olímpico do Rio de Janeiro.

Cabe esclarecer que nem eu nem minha família somos sócios da mineradora Tamoio SA. A empresa Agrobilara, que pertence à minha família há 30 anos, é a acionista da Sociedade Anônima Tamoio, mas não participamos da sua administração por qualquer forma . Não temos gerência nem ingerência na administração da empresa que, repito, é uma Sociedade Anônima.

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Logo, suas questões relativas à quantidade de brita vendida pela Tamoio, clientes, preços etc devem ser direcionadas aos administradores da Tamoio.

Observação: a matéria que foi ao ar omitiu o fato de ninguém da Agrobilara fazer parte da administração da Tamoio e parece ignorar a Lei das SAs.

A reportagem também omitiu a resposta dada pela Tamoio de que não vende para a prefeitura, mas para empresas de construção civil em geral, que realizam obras privadas ou públicas, e que o fato de a mineradora estar localizada na Zona Oeste é um atrativo para empresa que realizam obras realizadas na região, por conta do valor do frete.

3-Não declaração de patrimônio ao Tribunal Eleitoral da Mineradora Corumandel, em MG, nas últimas eleições

Isso não é verdade e isso já havia sido escla recido na própria reportagem feita pelo R7 na época da campanha eleitoral do ano passado. http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/coordenador-de-campanha-de-pezao-omite-compra-de-mineradora-em-declaracao-de-bens-24102014.

Consta das declarações de bens ao TRE em 2014, tanto de Jorge Picciani quanto dos filhos Rafael e Leonardo, a propriedade da empresa Agrobilara, que, na data daentrega das declarações à Justiça Eleitoral, era a detentora de 20% das cotas da Mineradora Corumandel. Posteriormente ao prazo final da declaração de bens ao TRE é que esses 20% foram divididos em cotas de 4% cada, individualmente, para os 5 sócios da Agrobilara: Jorge, Rafael, Leonardo, Felipe e Márcia Picciani.

Observação: durante a reunião, abri aos deputados minhas declarações de impostode renda de 2014 e 2015. Na última estão devidamente declaradas as cotas de 4%da Corumandel que foram transferidas para a minha pessoa física em agosto de 2014, conforme mostra documento da Junta Comercial de MG.

4. Sobre o fato de a empresa Eduric Concreto estar localizada no mesmo endereço da Tamoio.

Procuramos informações sobre a sociedade Enduric junto aos administradores da Tamoio e fui informado de que esta empresa (Enduric Concreto) lá está, assim como várias outras, na qualidade de comodatária de uma área do Parque Industrial da Tamoio, onde a matéria-prima comprada da Tamoio (brita) é transformada em concreto, diminuindo assim custos de logística.

Observação: Isso acabou não sendo citado na reportagem da Record.

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MATÉRIA VEICULADA NO JORNAL O DIADESTA QUARTA (25/11) FALA SOBREMOTIVAÇÃO POLÍTICA POR TRÁS DA

'REPORTAGEM' DA TV RECORD

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