ergonomia da informática walter de abreu cybis abril, 2000 laboratório de utilizabilidade da...
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Ergonomia da InformáticaErgonomia da Informática
Walter de Abreu Cybis
Abril, 2000
Laboratório de Utilizabilidade da InformáticaDepartamento de Informática e EstatísticaUniversidade Federal de Santa Catarina
Conhecendo o Usuário
Psicologia cognitiva
Conhecendo o Usuário
Abordagem Neuro Sensorial– Baseada no funcionamento de redes de neurônios
• Neurônios, sinapses, pesos, ...
Abordagem Simbólica-Cognitivista– Baseada em hipóteses sobre estruturas cognitivas
• Teorias sobre percepção, memória, raciocínio, ....
Abordagem Comportamentalista– Baseada nos comportamentos observáveis
• Caixa Preta
A cognição humana
Os Modelos Mentais
A Percepção
A Memória
O Raciocínio e o Aprendizado
O Curso da Ação
Modelos Mentais
Uma representação da realidade...
representações que são modificadas e simplificadas pelo o que é funcionalmente significativo para as pessoas.
Ampliam-se os elementos pertinentes e eliminam os secundários
Modelos Mentais
Uma representação da realidade...
Variam de indivíduo para indivíduo (inter-indvidual)
– gerência x operação
Variam com experiência e aprendizagem (intra-individual)
– iniciantes x experientes
Modelos Mentais (cont.)
Tipos de modelos mentais...
Episódico / Proceduralse refere a procedimentos
Semântico / Declarativose refere a conceitos
A memória
Definição – conjunto de fenômenos que têm em comum o fato
de restituírem a informação, com maior ou menor transformação, após um certo tempo, quando a fonte desta informação não está mais presente (completa ou parcialmente).
Lembrança (mais custosa)Reconhecimento (menos custoso)Reconstrução
A memória
Níveis de descriçãoMemória conexionista
redes de neurônios com topologia da rede e peso das ligações variáveis;
Memória Cognitivista Analogia com a tecnologia atual de
computadores com três tipos de Registros– Memória Sensorial - Buffers dos dispositivos– Memória de Trabalho/Curto termo - RAM– Memória Permanente/Longo Termo – Disco
rígido
A memória Cognitiva
Estruturas de memória:Registros Sensoriais (RS)
altamente volátil (décimos de segundo)sub-sistemas especializados; visual,
auditivo
Memória de Curto Termo (MCT) ou de Trabalho(MT) 6 a 7 itens por poucos segundossub-sistemas especializados : visual,
auditivo; (MT)
A memória
Estruturas de memória (cont.)
Esquemas: Memória de Longo Termo (MLT) ou Memória PermanenteEpisódicos (procedimentos)/ProceduralSemânticos (conceitos)/Declarativo
A memória
A Acessibilidade é favorecida...
Memória Episódica– Semelhança entre contextos de
armazenamento/recuperação
Memória Declarativa– Ligações entre os itens
A memóriaA memória
O Esquecimento decorre...
Memória Episódica– Incompatibilidade de contextos de
armazenamento/recuperação
Memória Declarativa – Muitos itens semelhantes
A Percepção
FinalidadeTransformar sensações em representações
Processosneuro-sensorial (detecção); perceptivo (de identificação e organização); cognitivo (interpretação - dar um significado às
informações)
SentidoBotton Up X Top-Down
A Percepção
Especialização dos tratamentos
Percepção da informação visual : leis da gestalt - formas de estruturação das
primitivas visuais;– proximidade, similaridade, continuidade,
conetividade, contornos, figura-fundo, etc...
A Percepção
Especialização dos tratamentos
Percepção da informação sonora: organização das primitivas auditivas em
processos – paralelos : organização das fontes sonoras
concorrentes– seqüências; percepção de fluxos sonoros
A Percepção
Especialização dos tratamentos
Percepção da linguagem falada:filtro fonético:somente os índices acústicos
pertinentes;
processos – lexicais, – sintáticos– semânticos
A Percepção
Atenção e Vigilância– A Percepção não é um processo passivo;
– O meio ambiente é analisado e explorado, de forma seletiva.
Esquemas antecipativos– certos estados da realidade orientam a focalização do
operador (modificam a exploração);
– História pessoal e profissional dos indivíduosOrientação perceptiva
– Filtragem de sinais, sobre os quais a percepção não é focalizada;
– Ligada aos objetivos momentâneos
O Raciocínio
– Atividade mental de produção de novas informações, a partir das existentes.
Finalidades (não exclusivas)buscar uma coerência entre as diferentes
informaçõesdecidir sobre escolhas de ações.
Dedução - regras
Indução - generalização
O Raciocínio
Limitações humanasraciocínio lógico formal - algoritmos integração de informações no tempovelocidade e precisão
Vantagens humanasversatilidade para enfrentar situações inéditasreconhecimento de padrõesgeneralizações e abstraçõesassociações com experiências passadas e
similaridades (analogias e metáforas).
A Aprendizagem Cognitivista
Processo de modificação das representações acumuladas nos esquemas declarativos e procedurais
conhecimentos declarativos : competência
conhecimentos procedurais : desempenho
Pela descoberta e ação
Por tutorial
A Aprendizagem Cognitivista
Mudanças quantitativasacumulação de conhecimentos, eliminação de hipóteses falsas, eliminação de restrições inoportunas substituição de procedimentos
Mudanças qualitativasdiferenciação integração de noções
O Curso das Ações
Análise --> Planejamento --> Controle (Gagné)
Etapas de análise– ativação/detecção– observação:– categorização:– interpretação:
O Curso das Ações
Etapas da planificação da açãoavaliação e definição da “estratégia ótima”
definição da tarefa: fixação dos objetivos e determinação dos meios necessários para atingí-los;
Seleção de uma açãodefinição de procedimentos:
execução dos procedimentos:
O Curso das Ações
Etapas do planificação da ação
Seleção de uma ação (fatores mutáveis)
– importância/urgência da tarefa– esperança de sucesso nesta tarefa – histórico/auto-confiança– facilidade de realização– custos cognitivos
O Curso das Ações
Etapas do Controle da ação
controle da execuçãoautomático: processadores paralelosconsciente: processadores sequenciais
avaliação dos resultados das ações
O Curso das Ações
Controle baseado em Habilidades
para comandar ações inconscientes e em paralelo com outras ações
Regraspara tratar processos seqüenciais
memorizados
Conhecimentopara enfrentar situações novas
Conhecendo aInterface com o Usuário
Perspectiva Semiótica
A Semiótica
Ciência que estuda os sistemas de sinais linguagens (lingüística)códigos, sinalizaçõesconvenções sociais
alianças, brincos, moda, tatuagens
música, teatro, cinema, dançacomputadores: máquinas simbólicas
diversos níveis de tratamento de sinais
Esquema Semiótico (Peirce)
A tríade de Peirce
SinalSinal
ObjetoObjeto InterpretandoInterpretando
Relações Semióticas
Sintaxe– Relações entre sinais
Semântica– relações entre sinais e seus conteúdos
Pragmática– relações entre sinais e o seu interpretando
R
S
I
Sintaxe Semântica
R
S
IR
S
I
Pragamática
A Função Sinal (Hjelmslev)
Expressão
Conteúdo
Substância
Substância
Forma
Forma
O Esquema da Comunicação (Prieto)
Emissor
Referência
Código
Receptormeio meio
Mensagem
Código: convenções entre formas de conteúdo e formas
de expressão que é aceita, reconhecida e respeitada pelos usuários de um sistema de sinais.
Referência: contexto que auxiliará o receptor a interpretar
uma mensagem
Tipos de Códigos
Códigos arbitrários ou convencionados:
– quando há uma convenção inequivocamente arbitrada entre formas de conteúdo e formas de expressão:
sinais algébricos
Tipos de Códigos
Códigos motivados ou naturais: – quando existe uma relação natural
(implícita) entre formas de conteúdo e formas de expressão que se revela em um contexto.
símbolos, ícones
Tipos de Códigos
Códigos articulados: Signos
– quando existe uma correspondência simbólica entre os fatores da forma da expressão e os fatores da forma do conteúdo de um sinal;
Figuras– Quando um fator da forma da expressão
não corresponde a um fator da forma de conteúdo;
Sinal Computacional
sinal cujo plano de expressão se manifesta nos processos dos dispositivos de entrada e saída do sistema informatizado.
Mídia computacional:propriedades manipuláveis: propriedades modificáveispropriedades permanentesrealizam ações sobre outros sinais: refletem as
ações do sistema
Sinal Computacional
Tipologia:Com base na combinação entre os tipos de
propriedades
Sinais fantasmas : não aparecem mas realizam ações,
Sinais de layout: são permanentes e não realizam ações
Sinais objetos: não realizam ações e são modificáveis
Sinal Computacional
Tipologia:Com base na combinação entre os tipos de
propriedades
Sinais ferramentas: são manipuláveis e realizam ações
Sinais atores: realizam ações, não são manipuláveis e aparecem ao usuário