eresasmp da construção duplicam o pib em três anosem 20 de dezembro de 1944, como pessoa...

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EXPECTATIVAS EMPRESARIAIS Dificuldades e confiança INFRAESTRUTURA Análise dos desafios EMPRESAS DA CONSTRUÇÃO DUPLICAM O PIB EM TRÊS ANOS Ano X | nº 2 | junho 2012

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EXPECTATIVAS EMPRESARIAISDificuldades e confiança

InfRAESTRuTuRAAnálise dos desafios

EMPRESAS DA ConSTRução DuPlICAM o PIB EM TRêS AnoS

Ano X | nº 2 | junho 2012

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Conjuntura da Construção é uma publicação trimestral conjunta do SindusCon-SP e da fGV. É permitida a reprodução total ou parcial da publicação.

Vice-presidente de Economia do SindusCon-SP: Eduardo May ZaidanEditores: Ana Maria Castelo e Edney Cielici Dias (executivo)Colaboraram nesta edição: Alexandre Guazzelli, Denise Inoue, Jussara Frazão, Lilia Lima, Roseane Petronilo, Robson Gonçalves, Sérgio Camara Bandeira e Alípio Ferreira CantisaniProdução Gráfica: Lucia PaivaIlustração da capa e infográficos: Mario KannoMontagem: Carol KamakuraJornalista Responsável: Rafael Marko. MTE 12522Publicidade: Ana Maria Castelo, Tel.: (11) 3799 3295, Fax: (11) 3799 3620,e-mail: [email protected]. Av Paulista 548 - 6º andar, São Paulo - SP,01310-000, Tel.:(11) 3799 3295 / 3500

Presidente: Sergio Tiaki WatanabeVice-presidentes: Cristiano Goldstein, Eduardo May Zaidan, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Haruo Ishikawa, João Claudio Robusti, João Lemos Teixeira da Silva, Luiz Antonio Messias, Luiz Claudio Minniti Amoroso, Maristela Alves de Lima Honda, Maurício Linn Bianchi, Odair Garcia Senra, Paulo Rogério Luongo Sanchez, Yves Lucien de Melo VerçosaDiretor Jurídico: Paulo Brasil BatistellaDiretor de Relações Internacionais: Salvador de Sá Campos BenevidesRepresentantes na fiesp: Eduardo Capobianco, Sergio Porto, José Romeu Ferraz Neto e João Claudio RobustiDiretores Regionais: José Batista Ferreira, José Roberto Alves, Luís Gustavo Ribeiro, Luiz Cláudio Minniti Amoroso, Paulo Piagentini, Renato Tadeu ParreiraPinto, Ricardo Beschizza, Ronaldo de Oliveira Leme, Emilio Carlos PinhatariSindusCon-SP: Rua Dona Veridiana 55, São Paulo - SP, 01238-010,Tel.:(11) 3334 5642, Fax: (11) 3224 0566 R. 306, www.sindusconsp.com.br

Instituição de caráter técnico-científico, educativo e filantrópico, criada em 20 de dezembro de 1944, como pessoa jurídica de direito privado, tem por finalidade atuar no âmbito das Ciências Sociais, particularmente Economia e Administração, bem como contribuir para a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável.Sede: Praia de Botafogo 190, Rio de Janeiro - RJ, CEP 22253-900 ou

Caixa Postal 62.591 - CEP 22257-970, Tel.: (21) 2559 6000, www.fgv.brPrimeiro Presidente e fundador: Luiz Simões LopesPresidente: Carlos Ivan Simonsen LealVice-presidentes: Francisco Oswaldo Neves Dornelles, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, Sergio Franklin QuintellaConselho DiretorPresidente: Carlos Ivan Simonsen LealVice-presidentes: Francisco Oswaldo Neves Dornelles, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, Sergio Franklin QuintellaVogais: Armando Klabin, Carlos Alberto Pires de Carvalho e Albuquerque, Ernane Galvêas, José Luiz Miranda, Lindolpho de Carvalho Dias, Manoel Pio Corrêa Jr., Marcílio Marques Moreira, Roberto Paulo Cezar de AndradeSuplentes: Antonio Monteiro de Castro Filho, Cristiano Buarque Franco Neto, Eduardo Baptista Vianna, Gilberto Duarte Prado, Jacob Palis Júnior, José Ermírio de Moraes Neto, José Júlio de Almeida Senna, Marcelo José Basílio de Souza MarinhoConselho CuradorPresidente: Carlos Alberto Lenz César ProtásioVice-presidente: João Alfredo Dias Lins (Klabin Irmãos & Cia.)Vogais: Alexandre Koch Torres de Assis , Dante Letti (Souza Cruz S.A.), Carlos Moacyr Gomes de Almeida , Edmundo Penna Barbosa da Silva, Heitor Chagas de Oliveira, Jaques Wagner (Estado da Bahia), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau S.A.), Lázaro de Mello Brandão (Banco Bradesco S.A.), Luiz Chor (Chozil Engenharia Ltda.), Marcelo Serfaty, Marcio João de Andrade Fortes, Maurício Matos Peixoto, Raquel Ferreira (Publicis Brasil Comunicação Ltda.), Raul Calfat (Votorantim Participações S.A.), Ronaldo Vilela (Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Previdência Complementar e de Capitalização nos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo), Angélica Moreira da Silva (Federação Brasileira de Bancos), Sandoval Carneiro Junior, Sérgio Ribeiro da Costa Werlang, Mauro Sérgio da Silva Cabral (IRB-Brasil Resseguros S.A.)Suplentes: Aldo Floris, José Luiz Marques Lino (VALE S.A.), Luiz Roberto Nascimento Silva, Karine Brandão (Brascan Brasil Ltda.), Ney Coe de Oliveira, Nilson Teixeira (Banco de Investimentos Crédit Suisse S.A.), Olavo Monteiro de Carvalho (Monteiro Aranha Participações S.A.), Patrick de Larragoiti Lucas (Sul América Companhia Nacional de Seguros), Pedro Henrique Mariani Bittencourt (Banco BBM S.A.), Rui Barreto (Café Solúvel Brasília S.A.), Sergio Lins Andrade (Andrade Gutierrez S.A.)

Instituto Brasileiro de EconomiaDiretoria: Luiz Guilherme Schymura de OliveiraVice-Diretoria: Vagner Laerte Ardeo Superintendência de Clientes Institucionais: Rodrigo de Moura TeixeiraSuperintendência de Produção de Bens Públicos: Vagner Laerte ArdeoSuperintendência de Estudos Econômicos: Marcio Lago CoutoSuperintendência de Planejamento e Organização: Vasco Medina Coeli Controladoria: Regina Célia Reis de Oliveira

3 EditorialPerspectivas e confiança

4 ExpectativasNuvens no horizonte e otimismo mantido

6 Perfil setorialConstrução duplicou seu PIB em apenas três anos

11 Infraestrutura em focoCopa e Olimpíada dão apenas o pontapé inicial

13 Gestão dos projetos precisa de um choque de eficiência

15 Saneamento: quantidade, qualidade e tarifas

17 Questão chave para o desenvolvimento sustentável

19 Segmento comercial Mercado imobiliário corporativo segue aquecido

21 Indicadores

EXPEDIEnTEínDICE

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junho 2012 3Conjuntura da Construção

Este ano tem sido marcado por decisões impor-tantes de política econômica, com destaque para a redução das taxas de juros e a reiterada dispo-

sição governamental de apostar no crescimento. As condições enfrentadas no presente são, no entanto, diversas das que se colocavam em 2008-2009, outro momento de crise internacional exacerbada. Como alertam vários analistas, a recuperação internacional será lenta e o Brasil, se quiser crescer em ritmo mais elevado, dependerá muito de seu mercado interno.

Nesse ponto, é o momento de sopesar as escolhas. A aposta no consumo tem seus limites e risco. Limite porque o mercado está mais suprido de bens de con-sumo durável; risco porque não convém apostar no endividamento das famílias. Assim, ressalta-se du-plamente a importância da construção. A queda de juros abre espaço para maiores investimentos em in-fraestrutura – é necessário fazer o PAC avançar. Na perspectiva das famílias, cabe incentivar o crédito imobiliário, o que as livrará do aluguel e as ajudará compor seu patrimônio. O crédito imobiliário, nas condições brasileiras, é uma boa escolha.

Tendo em vista essas proposições gerais, esta edi-ção traz alguns elementos que ajudam a enriquecer o atual debate. Primeiramente, a despeito dos desa-fios, o setor da construção segue confiante no cenário de negócios, como mostra o artigo de abertura. Essa confiança é mais fácil de ser entendida quando se ve-rifica o forte crescimento do PIB das empresas do se-tor, como mostram os dados da Paic-IBGE. O setor de infraestrutura, por sua vez, merece uma série de ar-tigos neste número. Destravar as obras é um impera-tivo para que o investimento se materialize.

Apesar de dificuldades à vista, o Brasil tem condi-ções de seguir sua rota de crescimento tão duramen-te conquistada. O papel da construção civil nessa ta-refa está longe de se esgotar.

PERSPECTIVAS E ConfIAnçA

frases

No curto prazo, não vejo de onde virão boas notícias nos próximos três anos.

Pascal Lamy, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, no jornal Valor de 22 de junho.

Dificilmente as políticas de expansão do consumo serão efetivas como no passado.

Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, sobre as medidas de estímulo à atividade no Brasil, nesta edição.

É fundamental agora dar andamento às obras iniciadas sob o impulso dos megaeventos esportivos. Mesmo que o foco seja a melhoria geral em 2022.

José Roberto Bernasconi, coordenador para Assuntos da Copa do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia, nesta edição.

CRESCIMEnTo MunDIAl

MEDIDAS AnTICíClICAS

oBRAS DA CoPA E olIMPíADAS

EDIToRIAl

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Queda de juros traz alívioA edição de maio da Sondagem da Indústria da Construção mostra que as mudanças na percepção do ambiente macroeconômico em alguns dos itens relacionados especifica-mente com o setor. Merece destaque a que-da acentuada no indicador de dificuldades financeiras. Esse alívio na percepção dos empresários provavelmente está vinculado à contínua queda das taxas de juros. As pers-pectivas de evolução dos custos continuam pessimistas, percepção que tem prevalecido desde o final de 2009. Vale notar que houve melhora na comparação anual, o que, em boa medida se deve à evolução mais favorável dos preços dos materiais de construção, uma vez que os custos com mão de obra continu-am registrando altas acima dos índices de preços. (robson Gonçalves)

4 junho 2012 Conjuntura da Construção

Com os ventos que sopram da Eu-ropa, o quadro macroeconômico bra-sileiro mudou de um azul céu de bri-

gadeiro para tons acinzentados. Os grandes motores da recuperação da crise de 2008-2009 estão enfraquecidos – a China cresce-rá menos, o que condicionará uma expan-são de atividade menor na América Latina. Os Estados Unidos, por sua vez, não sinali-zam uma recuperação vigorosa. Para o pro-jeto brasileiro de crescimento, resta o mer-cado interno. Qual o papel da construção civil nessa circunstância? O que pensam os executivos do setor? Este artigo aborda duas fontes de avaliação de expectativas em bus-ca dessas respostas: a edição de maio da Sondagem da Indústria da Construção, rea-lizada pelo sinduscon-sP e pela FGv, e um resultado preliminar de pesquisa realizada junto a executivos do setor participantes do Encontro Nacional da Indústria da Constru-ção Civil (Enic), realizado no final de junho em Belo Horizonte.1

A sondagem da construção mostra uma forte correlação entre a expectativa de cres-cimento econômico e de perspectivas de desempenho da empresa (ver Gráfico 1). As expectativas entraram no campo desfavo-rável, ou seja, estão abaixo de 50 pontos. A perspectiva de desempenho da empresa se mantém acima de 50 pontos, mas o gráfico mostra a forte relação entre este indicador e o crescimento econômico. Assim, uma pio-ra mais acentuada da condição de cresci-mento econômico tenderá a prejudicar o ho-rizonte de negócios. Elementar? Nem tanto.

A pesquisa realizada no Enic questionou

1. Pesquisa elaborada por Edney Cielici Dias e realizada com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do sinduscon-sP.

EXPECTATIVAS

Edney Cielici dias e ana Maria Castelo

nuVEnS no hoRIzonTE E oTIMISMo MAnTIDoSondagem mostra perspectivas de negócios correlacionadas ao crescimento econômico; pesquisa indica confiança em bons resultados nos próximos anos

o projeto de crescimento baseado no merca-do interno não será abortado. Nesse ponto cabem algumas qualificações.

“Dificilmente as políticas de expansão do consumo serão efetivas como no passado”, pondera Eduardo Zaidan, vice-presiden-te de Economia do sinduscon-sP, referin-do-se ao combate dos efeitos da crise finan-ceira mundial em 2008-2009. Mas a limita-ção da estratégia de expansão do consumo ressalta a importância de outras vias. Nes-se sentido, a expansão do investimento em construção continua uma alternativa viável.

No que se refere à infraestrutura, a queda dos juros abre espaço para gastos públicos. Do ponto de vista da habitação, é preciso no-tar que o crédito imobiliário ainda é peque-no no Brasil e representa um endividamento mais salutar na comparação com crédito de bens duráveis. Em outras palavras, uma fa-mília que contrai uma dívida de longo prazo e se vê livre do aluguel está em tese em uma situação financeira mais sustentável do que aquela que adquire um automóvel.

Cabe ressaltar que o Programa Minha Casa, Minha Vida necessita deslanchar em sua faixa voltada às famílias de mais baixa renda, o que implica o aprofundamento da política social de habitação. As condições que propiciaram o lançamento do progra-ma em 2009 estão presentes hoje. Nas pala-vras de José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC, “programas desse tipo aliam a so-lução de problemas sociais com um efeito econômico fantástico. Nada melhor que es-timular o mercado interno em um setor que pouco importa e muito emprega”.

Portanto a hora não parece ser do consu-mo, mas do investimento.

executivos sobre as perspectivas de negó-cios nos próximos dois anos, em compara-ção com os dois anos anteriores. Dos 141 res-pondentes, 59% declararam esperar um re-sultado melhor; 28% confiam em um resul-tado igual aos dos dois últimos anos – o que não é pouca coisa, dado o bom desempenho do setor –, e apenas 13% esperam por um desempenho pior. Na soma dos resultados “melhor” e “igual”, 87% estão confiantes em um bom desempenho setorial.

Esses indicadores, analisados em con-junto, expressam que os empresários da construção estão confiantes na trajetória de médio prazo dos negócios, a despeito dos si-nais negativos do presente. Nesse sentido, expressa que, a despeito de eventuais pro-blemas na condução da política econômica,

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junho 2012 5Conjuntura da Construção

visão de conjuntura e de futuro

Fonte: Pesquisa realizada durante o Enic 2012, elaborada por Edney Cielici Dias, com respostas de 141 executivos da construção

Gráfico 2. Qual resultado você projeta para seus negócios nos próximos dois anos (Pesquisa no Enic)

Gráfico 1. Crescimento e perspectivas (sondagem da Indústria da Construção)

59%

28%13%

Melhor do que o verificado nos dois anos anteriores

Igual ao verificado nos dois anos anteriores

Pior do que o verificado nos dois anos anteriores

20

30

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50

60

70

80

Crescimento econômico

Perspectivas de desempenho da empresa

mai2012

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mai2009

fev2009

nov2008

ago2008

mai2008

MaIo

2008 2009 2010 2011 2012

Desempenho da empresa 60 46 60 54 51

Dificuldades financeiras 50 57 51 55 43

Perspectivas de desempenho da empresa 64 52 63 57 55

Custos da construção 38 55 41 40 47

Sucesso na condução da política econômica 56 52 53 42 48

Inflação reduzida 40 62 37 28 49

Crescimento econômico 65 35 67 50 45

Fonte: SindusCon-SP/FGV.*Os dados estão dispostos numa escala que vai de “0” a “100”, tendo o valor “50” como centro. Isso quer dizer que valores abaixo de “50” podem ser interpretados como um desempenho, ou perspectiva, não favorável. No caso de “Expectativas de dificuldades financeiras”, no entanto, valores abaixo de “50” significam dificuldades menores.

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ters

tock

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6 junho 2012 Conjuntura da ConstruçãoPERfIl SEToRIAl

ana Maria Castelo e Edney Cielici dias

ConSTRução DuPlICou SEu PIB EM APEnAS TRêS AnoSNúmeros da Pesquisa Anual da Indústria da Construção revelam o crescimento das empresas e os desafios com relação à produtividade

Neste momento em que se bus-cam formas mais eficientes de es-tímulo à economia, os números

da Pesquisa Anual da Indústria da Cons-trução (Paic-IBGE) ajudam a compreen-der a importância da construção civil na receita desenvolvimentista. O setor foi capaz de responder de forma rápida aos efeitos da crise financeira mundial em 2008-2009 e em 2010 consolidou uma trajetória de expansão que o credencia como um dos mais dinâmicos no atual contexto produtivo brasileiro.

Os números ainda preliminares da contas nacionais indicaram que o PIB

da construção registrou um crescimen-to real de 17% em 2010 em relação ao ano anterior.1 A Paic considera o setor formal – ou seja, as empresas do setor – mostra um crescimento ainda mais excepcional: o PIB setorial somou R$ 125 bilhões, con-siderando as cerca de 80 mil empresas pesquisadas. Na comparação com 2009, houve um crescimento real de 24%, o que representou o auge do ciclo de cres-cimento dos anos recentes. Com esse re-sultado, o PIB das empresas praticamen-te dobrou de 2007 a 2010, o que descon-

1. Crescimento nominal de 24% em 2010, na comparação com 2009. A correção citada foi feita com o INCC-DI.

tada a elevação dos preços setoriais re-presenta um crescimento de 60%, ou de 17% ao ano.

Entre as empresas com 5 ou mais pes-soas ocupadas, responsáveis por 95% do PIB setorial,2 vale destacar a grande par-ticipação dos segmentos de edificações e infraestrutura. Esse dois setores, favo-recidos pela expansão do crédito habi-tacional e pelo maior volume de inves-timentos, mantiveram sua participação majoritária, de quase 80% no PIB das empresas de construção.

2. Do total de empresas do setor, 46% não possui mais que 4 pessoas ocupadas e respondem por apenas 5% do PIB setorial.

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junho 2012 7Conjuntura da Construção

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8 junho 2012 Conjuntura da ConstruçãoPERfIl SEToRIAl

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O PIB da construção é resultado das ativi-dades das empresas formalmente constitu-ídas e das famílias, que realizam obras de autoconstrução ou contratam trabalhado-res por conta própria, sem vínculo empre-gatício, para construir ou realizar reformas e manutenção de suas residências. Para estimativa dos valores referentes às em-presas são consideradas as informações da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic). A parte das famílias é estimada a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) e da pesqui-sa Economia Informal Urbana (Ecinf,2003), todas do IBGE.

A Paic é o mais amplo levantamento das características estruturais da indústria da construção civil brasileira. Essa carac-

terização é feita por meio de uma série de informações econômicas coletadas junto às empresas de construção civil em todo o território nacional.

Com base nessas pesquisas, é realizada a apuração do PIB da construção na versão definitiva das contas nacionais. Assim, a úl-tima divulgação definitiva das contas nacio-nais refere-se ao ano de 2009. Considerando os números do PIB da construção divulgados para 2009 e os resultados da Paic daquele ano, tem-se que as empresas formalmente constituídas responderam por 65% do PIB setorial. A Paic 2010 é a primeira das pesqui-sas setoriais a ser divulgada pelo IBGE.

Em sua versão trimestral, para o cálculo do PIB, o IBGE considera os indicadores de produção de insumos típicos da construção.

Entenda os números da construção

Os números mostram uma trajetória promissora para um país que necessita renovar e ampliar sua infraestrutura, combater o déficit habitacional e persistir na geração de empregos e de renda

junho 2012 9Conjuntura da Construção

Deve-se notar que o número de em-presas do segmento de serviços especia-lizados, que inclui a parte de demolição e preparação de terrenos, instalações e obras de acabamento, entre outros, cres-ceu intensamente desde 2007 – quase dobrou –, confirmando um movimento de especialização das atividades do se-tor. Como se sabe, a especialização foi uma forma encontrada pelas empresas, principalmente as do segmento imobili-ário, de conseguir maior escala de ope-ração, melhor gestão do processo cons-trutivo e expansão por regiões fora da área de atuação geográfica tradicional.

É importante ressalvar que a maior es-pecialização das empresas em determi-nados serviços não se refletiu nos indi-cadores como uma deterioração das re-lações trabalhistas. De fato, as empresas prosseguiram o movimento de formali-zação de sua mão de obra: desde 2007, 900 mil novos trabalhadores ingressa-ram nas empresas, um aumento de 57%. O crescimento maior ocorreu justamen-te nas empresas de serviços, que regis-tram expansão de 79% no total de em-pregados. As empresas de edificações, responsáveis por 41% do número de em-pregados em 2010, registraram a segun-

da maior alta, com 59% desde 2007.O crescimento do número de traba-

lhadores em ritmo superior ao aumento do PIB no segmento de serviços reflete a queda na produtividade do trabalho, de cerca de 12% em relação a 2007. Uma hi-pótese explicativa para isso é que o cres-cimento expressivo da demanda levou ao ingresso de trabalhadores com menor qualificação. Em contrapartida, as em-presas de edificações e infraestrututra registraram aumento da produtividade da ordem de 10% e 4%, respectivamen-te, nesse período. No conjunto das em-

presas com 5 ou mais pessoas ocupadas, o aumento de produtividade foi de ape-nas 0,6%.

O crescimento da produtividade do trabalho pode ser determinado por vá-rios fatores, como investimentos em má-quinas e equipamentos e em treinamen-to do trabalhador. É provável que as duas iniciativas tenham ocorrido conjunta-mente, mas a Paic 2010 revela que o in-vestimento em máquinas e equipamen-tos dobrou em termos reais desde 2007. Esse movimento sinaliza uma reação vi-gorosa das empresas à dificuldade de ob-tenção de mão de obra. Por outro lado, não se pode esquecer que a dificulda-de em conseguir mão de obra qualifica-da pode restringir a maior modernização do setor. De fato, estudo sobre a produ-tividade realizado pela FGv revelou que a maior dificuldade apontada pelas em-presas para investir é a falta de trabalha-dores especializados.

A pressão sobre a demanda por mão de obra tem se traduzido no aumento dos salários em ritmo superior aos in-dicadores de preços. A Paic aponta que, de 2007 a 2010, as despesas com salá-rios e outras retiradas registraram au-mento médio real de 19%, contribuindo para que o item, que em 2007 represen-tava 25% do PIB das empresas, ganhas-se participação da renda do setor, atin-gindo 33% do PIB.

Por fim, outro aspecto importante re-velado pela Paic é a mudança na dinâ-mica do desenvolvimento do país, onde as regiões Centro-Oeste e Nordeste pas-saram a responder por parte significati-va do desempenho excepcional do setor. As duas regiões cresceram acima da mé-dia das demais, aumentando a participa-ção no faturamento total das empresas da construção.

Os números mostram uma trajetória promissora para um país que necessi-ta renovar e ampliar sua infraestrutura, combater o déficit habitacional e persis-tir na geração de empregos e de renda. Os atuais resultados, embora expressivos, ressaltam a importância de seu apro-fundamento, de tal forma que o país não perca a trilha do crescimento.

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10 junho 2012 Conjuntura da ConstruçãoPERfIl SEToRIAl

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josé roberto Bernasconi*

CoPA E olIMPíADA Dão APEnAS o PonTAPÉ InICIAlBoa parte das obras não ficará pronta para nenhum dos megaeventos

Se as obras de infraestrutura neces-sárias para a realização da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 fossem compa-

radas a um jogo de futebol, poderíamos di-zer que os dois megaeventos darão o ponta-pé inicial nesses investimentos públicos e privados. A analogia se justifica porque boa parte das obras públicas essenciais para a conquista de um legado à sociedade e ao país não ficará pronta a tempo para a Copa 2014 e, muitas delas, nem mesmo para os Jogos Olímpicos de 2016.

Em relação à mobilidade urbana, por exemplo, das 35 obras que deverão ser fei-tas nas 12 cidades-sedes da Copa do Mun-do de 2014, somente 8 já tinham contra-to para execução assinado até outubro de 2011. Dessas, apenas em 4 o primeiro de-sembolso havia sido feito pela Caixa Eco-nômica Federal, enquanto 3 tinham lici-tações em andamento e 24 não haviam iniciado sequer os processos licitatórios. Em abril passado, a informação da Caixa Econômica Federal ao Tribunal de Con-tas da União (TCU) reportava que, apesar de faltar apenas quatro operações pen-dentes de contratação, somente oito já ti-nham desembolso efetuado, o que equi-vale a 5% do total previsto.

Durante audiência pública em abril com o ministro do TCU Valmir Campelo, a assessoria da Comissão de Desenvolvi-mento Urbano (CDU) da Câmara dos De-putados divulgou dados baseados em in-formações da Corregedoria Geral da União (CGU) e dos ministérios do Esporte e das Cidades. Segundo esse levantamento, do total de investimentos em mobilida-de urbana para a Copa, foram contrata-dos R$ 2,7 bilhões (22%) e executados (efe-

tivamente utilizados) R$ 698,03 milhões (5,64%). Para a Copa das Confederações, que acontecerá em julho de 2013, prova-velmente apenas Belo Horizonte conse-guirá concluir os dois corredores de BRT (Bus Rapid Transit) previstos no plano de obras da capital mineira para a Copa.

O gargalo aeroportuário certamente só poderá contar com a conclusão dos MOPs (Módulos Operacionais Provisórios) em execução pela Infraero como solução emergencial, como o próprio nome expli-ca, para desafogar em parte os problemas decorrentes do crescimento em percen-tuais chineses da demanda registrados nos últimos sete anos. A boa notícia nes-sa área, no entanto, foi dada pelo destra-vamento das concessões à iniciativa pri-vada dos terminais de Cumbica (Guaru-lhos-SP), Viracopos (SP) e Brasília, feste-jadas principalmente como o reconheci-mento do governo federal da importância de recorrer à experiência e ao capital pri-vado para tentar solucionar um dos pon-tos nevrálgicos da infraestrutura brasilei-ra. O problema é que, embora positiva e bem-vinda, somente a concessão desses aeroportos não basta. É necessário am-pliar em muito a capacidade dos atuais aeroportos e aumentar o número deles, especialmente em nossas principais me-trópoles, a fim de elevar a capacidade de atendimento do tráfego aéreo, defasada há alguns anos.

Outra área essencial e extremamente problemática no Brasil é a do saneamen-to, em todas as suas vertentes (coleta e tra-tamento de esgoto, tratamento e distri-buição de água potável, limpeza urbana e destinação dos resíduos e drenagem).

Informações constantes na edição 2009 do Sistema Nacional de Informações so-bre Saneamento (SNIS) mostram que o le-vantamento nacional confirmou um tími-do avanço nos índices de atendimento de água e esgotos entre 2008 e 2009. Como se sabe, a coleta e tratamento de esgotos, as-sim como a oferta de água tratada, são fun-damentais para a saúde pública e a preser-vação de nossos rios e aquíferos. Sabemos também que há algumas décadas os espe-cialistas em saneamento afirmam que o Brasil precisa investir cerca de US$ 10 bi-lhões ao ano para resolver essa questão essencial. O último balanço do PAC, po-rém, mostrou que, das 114 obras de sane-amento listadas no programa, apenas oito (7% do total) estavam em execução no iní-cio de 2012. Isto num ano em que o Brasil sediou a Rio+20 – o saneamento é básico para a sustentabilidade e a representa em sua acepção mais básica, mais elementar, que é a de garantir a vida – especialmente de recém-nascidos, crianças e jovens das populações mais carentes e que menos dispõem desse recurso no Brasil.

Em outras áreas, o problema se repe-te. No setor energético, o Brasil exibe con-trastes flagrantes. Se nossa matriz ener-gética é considerada uma das mais lim-pas do mundo, a capacidade brasileira de fornecer energia firme, estimada em cerca de 130 GWH (gigawatt/hora), está no limi-te de sua utilização, constituindo-se em um dos mais fortes gargalos para a expan-são econômica do país. Se considerarmos que boa parte dos empreendimentos ini-ciados nas grandes barragens da região amazônica só conseguirá entrar em pro-dução plena após 2016, há forte possibi-

junho 2012 11Conjuntura da ConstruçãoInfRAESTRuTuRA

EM foCo

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te na ausência de planejamento e de visão de longo prazo da maior parte de nossos administradores públicos. Deficiências essas que, é preciso ressaltar, são de algu-ma forma toleradas pelos que os elegem. Se houvesse planejamento rigoroso e con-sistente, contratação de projetos execu-tivos (completos) de arquitetura e de en-genharia no prazo adequado, definindo as melhores opções técnico-econômicas, cronograma e orçamento, com a imple-mentação dos projetos seguida como ta-refa de Estado, e não de governos, o país ganharia em infraestrutura e economiza-ria recursos. Assim, certamente poderia ampliar sua taxa de poupança e de inves-timento – esta atualmente patinando em cerca de 19% do PIB, em vez de situar-se nos recomendados 25% – e poderíamos iniciar ciclos virtuosos de longo prazo. Portanto, há importante parcela de res-ponsabilidade de parte da sociedade, dos eleitores, pela situação em que vivemos.

lidade de que se repitam os recentes e fre-quentes apagões, que ocorrem devido à falta de investimentos na construção de novas linhas de transmissão e melhoria e ampliação das subestações, ocasionando a queda do sistema interligado e a falta de energia em regiões inteiras. Isso apesar do custo elevadíssimo da energia no Brasil, que prejudica a indústria, o comércio e os serviços, além da população, e afasta in-vestimentos produtivos. Não é preciso di-zer o impacto negativo na opinião públi-ca mundial se houver falta de energia em nossas principais metrópoles durante a Copa 2014 e a Olimpíada 2016.

Na chamada tecnologia da informação e da comunicação, nossa situação tam-bém é preocupante. A nossa banda larga é estreita, lenta e cara. É evidente a necessi-dade de investimento em sua ampliação e diminuição de custos para os consumido-res se não quisermos passar por situação semelhante à vivida pela África do Sul du-rante a Copa 2010, quando jornalistas, au-toridades e turistas que visitavam o país sofreram para transmitir arquivos por co-nexões lentíssimas e ineficientes.

A lista de problemas relacionados à nossa deficitária infraestrutura é extensa e certamente inclui diversos outros seto-res. Mas o mais importante é que a Copa do Mundo da Fifa de 2014 e os Jogos Olím-picos de 2016 deram, no mínimo, o impul-so inicial para alavancar os investimentos em obras de mobilidade urbana, aeropor-tos, saneamento e infraestrutura hotelei-ra, entre outras áreas. O grande desafio do país é resolver a origem da maior parte desses problemas, que não reside somen-te na falta de recursos, mas principalmen-

Já passou da hora de a sociedade superar a fase das reclamações individuais e isola-das e de uma “cultura do conformismo”, a resignação com uma situação inaceitável, para a cobrança das promessas feitas no calor dos palanques e, em geral, relega-das ao esquecimento, pós-eleição.

É fundamental agora dar andamento às obras iniciadas sob o impulso dos me-gaeventos esportivos. Mesmo que o foco seja a melhoria geral em 2022, ano do Bi-centenário da Independência – e desde que essa meta seja estabelecida, planeja-da e, principalmente, cumprida. Assim, todos poderemos estar em patamar me-lhor, econômica e socialmente e, portan-to, também mais “independentes”, nos diversos significados dessa palavra. O jogo já começou e não deve parar.

* Presidente da Regional São Paulo e coordenador para Assuntos da Copa do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia).

É fundamental agora dar andamento às obras iniciadas, mesmo que o foco seja a melhoria geral em 2022, ano do Bicentenário da Independência

12 junho 2012 Conjuntura da Construção

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robson Gonçalves

GESTão DoS PRoJEToS PRECISA DE uM ChoquE DE EfICIênCIAInvestimentos esbarram na capacidade estatal de pô-los em prática

Oinvestimento em infraestru-tura é um tema recorrente e, em tempos de crise, torna-se ainda

mais relevante. Não é por outra razão que a necessidade de um “choque de investi-mento” tem sido defendida dentro e fora do governo. Sobretudo no setor de infra-estrutura, a aceleração dos projetos traz duplo benefício. No curto prazo, aquece a demanda e contribui para manter o ní-vel de emprego. No longo prazo, amplia a capacidade produtiva, eleva a competiti-vidade da economia como um todo e sus-tenta o crescimento com menores pres-sões inflacionárias.

Mas, apesar dos esforços recentes do governo, algumas travas estão impedin-do que os projetos acelerem. Se no passa-do a principal restrição surgia por conta da necessidade de cortar gastos, hoje te-mos problemas de gestão.

Investimento públicoCom o agravamento da incerteza, re-

sultado da crise internacional, os inves-timentos do setor privado tendem a res-ponder menos aos cortes de juros, limi-tando a eficácia da política monetária. As dificuldades de estimar os retornos ten-dem a gerar maior aversão ao risco, fazen-do com que os empresários adiem seus projetos à espera de um horizonte econô-mico mais claro. Nesse contexto, a ação fiscal anticíclica se torna vital para rever-ter eventuais tendências recessivas.

No entanto, é preciso atenção. A ex-pansão dos gastos do governo é menos preocupante num contexto de queda de juros, quando as despesas financeiras do setor público são menores. Mas, para que

InfRAESTRuTuRA EM foCo

2007 2008 2009 2010 2011

Infraestrutura 8.751.719 6.669.479 10.793.714 14.254.620 12.088.320

Comunicações 620.508 446.910 428.420 553.103 648.149

Energia 540.995 513.277 707.159 542.308 513.300

transporte 7.590.216 5.709.292 9.658.135 13.159.209 10.926.871

Imobiliário 1.179.547 2.044.735 3.040.658 2.654.479 1.574.264

urbanismo 1.126.320 1.291.021 1.889.478 2.056.850 1.236.417

Habitação 508 182.553 159.340 23.750 61.284

saneamento 52.719 571.161 991.840 573.879 276.563

despesas da união em atividades relacionadas aos segmentos de infraestrutura e imobiliário* 2007-2011Em R$ mil – de janeiro de 2012

não se limitem ao mero estímulo de curto prazo sobre a demanda, é desejável que os gastos fiscais priorizem o investimen-to em infraestrutura.

Apesar das medidas recentes de estímu-lo ao consumo, a ação voltada para o lon-go prazo não foi negligenciada pelo go-verno federal. Nos últimos anos, os gastos da União com investimento têm se manti-do elevados em relação ao período pré-cri-se, passando de 3,5% do PIB em 2007 para 4,2% do PIB em 2011. No segmento de trans-portes, onde a participação do investimen-to público é mais relevante, as despesas li-quidadas em 2011 foram quase o dobro das registradas em 2008, já descontada a infla-ção do período. O quadro já não é tão favo-

rável quando são analisados os gastos da União com infraestrutura urbana que vêm caindo continuamente desde 2009.

Ao longo de 2012, essa ênfase no longo prazo vem crescendo. De janeiro a abril, segundo dados do Tesouro Nacional, as despesas efetivamente pagas com projetos de investimento tiveram aumento nomi-nal próximo de 35%, chegando a R$ 21 bi-lhões. Especificamente no caso do PAC, a alta foi de 50% e os pagamentos chegaram a R$ R$ 11,3 bilhões no mesmo período.

Os dados para 2012 parecem muito pro-missores, mas não revelam as grandes di-ficuldades de gestão enfrentadas pelo se-tor público e que estão atrasando a realiza-ção efetiva dos projetos de infraestrutura.

Fonte: SIAFI.* Critério SIAFI: despesas liquidadas por função. Valores em R$ de janeiro de 2012.

junho 2012 13Conjuntura da ConstruçãoInfRAESTRuTuRA

EM foCo

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Fonte: SIAFI * Critério SIAFI: OCC – Outras Despesas de Custeio e Capital. Exclui precatórios, capitalização da Petrobrás e despesas dos Poderes Legislativo e Judiciário. No gráfico, os valores do PAC e dos demais investimentos são apresentados em separado.

No caso específico do Ministério dos Transportes, os recursos alocados como Outros Custeio e Capital, que represen-tam valores não relacionados ao gasto com pessoal em encargos, tiveram alta de 6% em valores nominais entre 2011 e 2012, ultrapassando a marca dos R$ 23 bilhões. Descontado o efeito da infla-ção, isso representa uma elevação real de mais de mais de 2%. São número coeren-tes com a estratégia de acelerar o investi-mento e sustentar o crescimento.

No entanto, ao longo do primeiro qua-drimestre, o ministério só conseguiu pa-gar efetivamente cerca de 8% de toda a verba autorizada para o ano de 2012. Em igual período de 2011, esse valor não pas-sava de 3,5%. No ano passado como um todo, dos R$ R$ 22 bilhões previstos no orçamento, foram efetivamente pagos apenas R$ 11 bilhões. Embora os diversos órgãos do governo federal estejam empe-nhados em liquidar os “restos a pagar”, a velocidade da execução orçamentária permanece muito baixa. Até abril deste ano, tinham sido pagos somente R$ 5,1 bilhões relativos a esses atrasos.

O elemento paradoxal é que, precisa-mente quando as despesas com juros es-tão em queda, abrindo espaço para maio-res gastos com investimento sem compro-metimento do equilíbrio fiscal, a execu-ção orçamentária está travando a reali-zação efetiva dos projetos.

Melhor gestãoVistos em conjunto, esses números dei-

xam claro que um dos maiores obstácu-los à realização de uma política anticícli-ca com foco no longo prazo se refere ao elemento mais intangível do investimen-to: a capacidade de gestão na esfera fe-deral. Muitos dos projetos de infraestru-tura têm sofrido atrasos por erros come-tidos nas fases de concepção, aprovação, planejamento e execução. Mas, além dos atrasos, que são um problema em si, as deficiências na gestão dos projetos tam-bém reduzem a eficiência dos empreendi-mentos, elevando custos e gerando gas-tos adicionais com obras de adequação.

Para superar isso, seria necessário tra-zer para a esfera pública as técnicas de

Os juros em queda abrem espaço para maiores gastos com investimento sem comprometimento do equilíbrio fiscal, mas a execução orçamentária está travando a realização efetiva dos projetos

gestão de projetos já consagradas no âm-bito privado. E, nesse âmbito, há muito a fazer. Definir prioridades estratégicas, se-lecionando os projetos com maior impac-to potencial é sempre o primeiro passo. Na sequência, adequar e uniformizar os critérios de concepção e aprovação para, em seguida, melhorar a eficiência da exe-cução. Tudo isso tornaria mais fácil supe-rar o paradoxo da dificuldade do setor pú-blico em gastar os recursos fiscais já alo-cados para a infraestrutura.

despesas da união com investimento* 2007-2011em R$ mil – de janeiro de 2012

2007 2008 2009 2010 2011

160.000Investimento PAC

120.000

80.000

40.000

0

Shutterstock

14 junho 2012 Conjuntura da Construção

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sergio Goldbaum* e Euclides Pedrozo jr.**

SAnEAmEntO: quAntIdAdE, quAlIDADE E TARIfASPesquisa de Orçamento Familiar contribui para a análise do problema

Ocaminho a ser percorrido até a universalização dos serviços de saneamento básico no Brasil, es-

pecialmente os de distribuição de água e de coleta de esgoto, ainda é longo. Para citar uma estimativa, estudo elaborado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infân-cia (Unicef) aponta que, apesar de signi-ficativa melhora nos últimos 20 anos, 7% da população brasileira, urbana e rural, ainda não contava com condições míni-mas de saneamento em 2008. No mesmo quesito, a Argentina e o Chile apresenta-ram indicadores muito baixos; e na China, com toda a complexidade decorrente da

serviço respostaQuintil de renda total PoF

2008-2009total PoF 2002-2003

diferença em pontos percentuaisE d C B a

Água e saneamento Bom 59,6 69,5 75,8 82,0 87,8 74,9 70% 5

Ruim 20,0 18,6 15,6 13,0 9,1 15,3 14% 1

Não tem/não respondeu 20,4 11,9 8,6 5,0 3,0 9,8 15% -5

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 -

Coleta de lixo Bom 57,2 70,9 77,9 84,4 89,7 76,0 73% 3

Ruim 14,76 14,15 11,44 9,66 7,28 11,46 10% 1

Não tem/não respondeu 28,0 14,8 10,7 5,9 3,0 12,5 17% -5

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 -

Drenagem e escoamento da água de chuva

Bom 47,4 55,3 62,4 68,6 75,1 61,7 53% 9

Ruim 31,9 30,3 26,9 24,8 21,3 27,1 21% 6

Não tem/não respondeu 20,7 14,6 10,6 6,8 3,6 11,2 26% -15

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 -

Tabela 1. Percepção das condições de moradia: avaliação dos serviços saneamento básicoPor quintil de renda, POF 2008-2009

Fonte: elaboração própria a partir dos microdados da POF/IBGE.

imensa população, aquela porcentagem era de 4%. Outro estudo, elaborado pela LCA e por várias entidades do setor de sa-neamento , estimou que, em 2010, seriam necessários investimentos anuais de R$ 17 bilhões para que a universalização dos serviços de saneamento básico seja uma realidade em 2030.

Mas as deficiências do setor não são apenas quantitativas. É preciso também avaliar a qualidade do serviço de sanea-mento básico prestado.

A informação sobre a qualidade do ser-viço de saneamento básico pode ser averi-guada nos resultados da Pesquisa de Or-çamento Familiar (POF). Trata-se de um

levantamento periódico realizado pelo IBGE com o objetivo de atualizar a estru-tura de ponderação dos índices de preços ao consumidor, a partir da investigação dos hábitos de consumo, da alocação de gastos e da distribuição dos rendimen-tos das famílias, segundo as característi-cas dos rendimentos dos domicílios e das pessoas. A última edição da POF apresen-ta dados levantados entre 2008 e 2009 e seus resultados foram divulgados pelo IBGE gradativamente a partir de 2010.

Além das informações de despesa das famílias, a POF avalia as condições de vida e de moradia no país a partir de questões sobre a percepção qualitativa

junho 2012 15Conjuntura da ConstruçãoInfRAESTRuTuRA

EM foCo

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dos residentes em relação a serviços de infraestrutura e características do entor-no dos domicílios.

No que se refere especificamente ao saneamento básico, a POF avaliou a per-cepção dos moradores sobre os serviços de água e esgoto, coleta de lixo e drena-gem de água de chuva. Os resultados es-tão na Tabela 1. É interessante observar que desses três tipos de serviços, drena-gem das águas da chuva é o que apresen-ta, comparativamente, menores índices de satisfação. Tomando-se apenas a mé-dia nacional, a satisfação com os serviços de água e esgoto e de coleta de lixo está por volta de 75%; no caso da drenagem, a porcentagem caiu para 62%.

Por outro lado, a última coluna da Ta-bela 1 mostra que os serviços de drena-gem de água da chuva são aqueles cuja avaliação satisfatória aumentou de forma mais acentuada na POF de 2008-09 em comparação com o levantamento ante-rior, de 2002-03. O aumento foi de 9 pon-tos percentuais (pps.). Nos demais servi-ços, também foram observados aumen-tos importantes da avaliação satisfató-ria: 5 pps. em água e saneamento e 3 pps. em coleta de lixo.

Os dados da POF também permitem classificar as unidades domiciliares con-forme sua renda total. Ainda na Tabela 1, as unidades domiciliares foram dividi-das em cinco quintis de renda. Como es-perado, os domicílios da classe A e B (cor-respondente aos 40% mais ricos) apre-sentam índices de avaliação satisfatória (Bom) significativamente superiores às das classes C, D e E. Por exemplo, 87% dos domicílios da classe A avaliaram satisfa-toriamente os serviços de água e esgoto, enquanto nos domicílios da classe C, essa porcentagem caiu para 75,8%; na classe E apenas 59,6% dos domicílios considera-ram satisfatório o serviço de água e esgoto.

Na classe E, aliás, 20% do total domi-cílios possuem acesso a serviços de água e esgoto, mas consideram-no de qualida-de Ruim. Essa porcentagem corresponde a 2,27 milhões de domicílios.

A satisfação com os serviços de sane-amento básico pode ser aferida em nível estadual. O Paraná, São Paulo, o Distri-

to Federal e o Rio Grande do Sul pratica-mente encabeçam o ranking da qualida-de dos serviços de água e esgoto (entre 85% e 88% de avaliação satisfatória), co-leta de lixo (84% e 91%) e drenagem das águas da chuva (65% a 77%). O Rio de Ja-neiro apresenta resultado inferior (73%) nos serviços de água e esgoto e drena-gem, especialmente considerando o grau de desenvolvimento do Estado. Por outro lado, os Estados da região Norte (com a eventual exceção de Roraima) e o Mara-nhão apresentam os piores indicadores de satisfação com os serviços de sanea-mento básico.

Para que a universalização da cobertu-ra dos serviços de saneamento básico no Brasil possa ser atingida, com qualidade, as empresas prestadoras de serviço preci-sam ter capacidade de investimento com recursos próprios. Para isso, precisam de uma estrutura tarifária adequada. Mas é muito difícil desenhar essa estrutura de modo a contemplar, ao mesmo tempo, a natureza essencial do serviço e as diferen-

ças socioeconômicas dos consumidores. As informações da POF ilustram essa

dificuldade. A pesquisa informa que do-micílios da classe A comprometem ape-nas 0,9% de sua renda nas contas de água e esgoto, enquanto os da classe E gastam em média 4,5%. A participação da despe-sa domiciliar com energia elétrica é sem-pre superior, quase o dobro, em qualquer quintil de renda.

O Quadro 1 mostra que renda domici-liar per capita e consumo de água e esgo-to são muito pouco correlacionados: do-micílios com renda per capita relativa-mente baixa estão associados a consumo tanto elevado quanto baixo dos serviços de água e esgoto. Raciocínio semelhante vale para domicílios com renda per capi-ta relativamente alta.

* Mestre e doutor em economia de empresas pela EAESP-FGV, professor da EAESP-FGV e consultor da FGVProjetos.** Mestre em economia pela PUC-SP, doutor em economia pela EESP-FGV, professor da UNIP e consultor da FGVProjetos.

Quadro 1.Quantidade de água e esgoto consumida X renda per capita domiciliarPOF 2008-2009

Cons

umo

dom

icilia

r (m

3 )

Renda domiciliar per capita

Fonte: elaboração própria a partir dos microdados da POF/IBGE.

16 junho 2012 Conjuntura da Construção

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Édison Carlos*

quESTão ChAVE PARA o DESEnVolVIMEnTo SuSTEnTáVEl A existência de um banheiro numa casa ainda significa um divisor da dignidade

APós termos voltado nossos olhos para a RIO+20, nada mais impor-tante do que tratarmos dos princi-

pais problemas que afetam as pessoas, as cidades, o meio ambiente, a saúde. É mo-mento de comemorar o muito que foi fei-to desde a ECO 92, e temos que reconhe-cer isso, mas também de chamar a atenção para o muito que se deixou de fazer para diminuir as desigualdades e para que nos-sos descendentes possam herdar os recur-sos naturais necessários, principalmente água doce e alimentos.

Os avanços foram importantes, mas in-suficientes. Somos incapazes de dar ao ci-dadão menos favorecido o que existe de mais básico. É vergonhoso ver que grande parte do mundo ainda vive com doenças da Idade Média, perigosamente vítima da falta de saneamento básico que teima em prevalecer no mundo. A falta de serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos se mantêm como sério risco à saú-de e uma afronta à dignidade humana. Segundo a própria Organização das Na-ções Unidas, a falta destes serviços afe-ta mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo, particularmente as crianças, os pobres e os desfavorecidos. A ONU proje-ta que, a continuar assim, serão quase 3 bilhões em 2015. Esse cenário faz lembrar o texto do escritor Mario Vargas Llosa que afirmava que a privada deveria ser elei-ta como ícone da civilização e do progres-so, em vez do telefone ou da internet. Por mais absurdo que pareça, a existência de um banheiro numa casa ainda significa um divisor da dignidade no mundo.

No Brasil, que avança para se tornar um dos cinco países mais importantes na

economia, os índices são vergonhosos. Um em cada cinco brasileiros ainda não recebe água tratada, cerca de 55% da po-pulação ainda não tem suas casas conec-tadas a uma rede de esgoto – do pouco esgoto que se coleta no país, apenas um terço é tratado. Perdemos quase 40% da água tratada que deveria chegar a nos-sas torneiras. Como explicar que uma das maiores economias do mundo se mante-nha nessa situação?

Segundo estudos do Instituto Trata Bra-sil, em 2009 foram quase 70 mil crianças entre zero e cinco anos internadas por diarreias no Brasil; 220 mil trabalhado-res tiveram que se afastar do trabalho por conta dessas doenças, acarretando per-das de horas pagas e não trabalhadas, além de comprometer o próprio emprego dessas pessoas. Pelos números do estudo, as diarreias respondem por mais de 50% das doenças relacionadas ao saneamento inadequado, sendo que, somente no uni-verso das maiores cidades brasileiras, as dez piores em saneamento responderam por 38% das hospitalizações por diarreia.

E o que dizer dos danos ambientais? Vi-

vemos um desastre ecológico diário e si-lencioso. São bilhões e bilhões de litros de esgoto jogados in natura todos os dias nos nossos rios, lagos, aquíferos, bacias hidrográficas e no oceano. E para mos-trar que o impacto não é exclusivo dos menos favorecidos, vale lembrar que, so-mente em janeiro de 2011, foram mais de 8.700 casos de diarreia nas praias da Bai-xada Santista em São Paulo.

Poluímos a pouca água que temos. De acordo com o último Atlas da Agência Na-cional de Águas, publicado em 2011, 55% dos 5.565 municípios do país podem so-frer desabastecimento de água nos próxi-mos quatro anos – 84% das cidades neces-sitam de investimentos para adequar seus sistemas produtores de água. O que pen-sar num cenário onde se estima um au-mento da população, projetado no Atlas, de 5 milhões de habitantes até 2025? Ain-da segundo o estudo, seriam necessários R$ 70 bilhões apenas para melhorar, am-pliar e proteger os sistemas produtores de água; uma boa parte disso para coletar e tratar os esgotos jogados indiscriminada-mente nos mesmos locais de onde se retira a água para a população.

E a Região Norte, berço da Amazônia, é a pior do país em coleta e tratamento de esgotos. Falamos em proteger a floresta, mas desconhecemos riscos mais básicos. As cidades que banham os rios amazôni-cos despejam seus esgotos diretamente nos rios. Nossos rios estão em risco há dé-cadas, resultado da absoluta falta de pla-nejamento das grandes cidades – em um passado recente, muitos deles foram vis-tos como problemas para o crescimento imobiliário e viário, sendo então trans-

É vergonhoso ver que grande parte do mundo ainda vive com doenças da Idade Média, perigosamente vítima da falta de saneamento básico

junho 2012 17Conjuntura da ConstruçãoInfRAESTRuTuRA

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formados, alterados, contaminados...Dados dos Indicadores de Desenvolvi-

mento Sustentável (IDS 2010), publicados pelo IBGE, mostraram também a triste si-tuação de rios emblemáticos do país, tais como o Tietê, em São Paulo; Capiberibe e Ipojuca, em Pernambuco; Iguaçu, no Pa-raná; Sinos e Gravataí, no Rio Grande do Sul; das Velhas, em Minas Gerais; Paraíba do Sul, entre São Paulo e Rio de Janeiro; en-tre muitos outros. São ícones aviltados to-dos os dias com milhares de litros de esgoto não coletados ou não tratados. É um passi-vo ambiental que, infelizmente, não é espe-cífico do Brasil, mas sim de vários países.

Esse atentado ao cidadão e à nature-za acontece 24 horas por dia, 365 dias por ano. Os esgotos representam hoje o maior impacto ambiental às águas do país, prin-cipalmente nas regiões metropolitanas. Como falar em cidades sustentáveis ou “sustentabilidade” enquanto nossos cur-sos d´água forem vítimas da falta dos ser-viços de coleta e tratamento dos esgotos?

Solucionar esse passivo de décadas não é simples, muito menos fácil, mas cabe, sim, pressionar nossas autoridades, so-bretudo os prefeitos, responsáveis pela so-lução do problema segundo a Lei do Sane-amento. A eles cabe lutar pela melhoria da gestão da empresa municipal, quando for o caso, de conceder e cobrar um melhor serviço da empresa estadual ou privada, fazer uma PPP ou um sistema misto – so-lução existe. Cabe a prefeitos e governa-dores zelar pela qualidade dos serviços, transparência, cumprimento das metas e adequação das tarifas.

Ao governo federal, e aqui fazendo jus-tiça à iniciativa do ex-presidente Lula, que acertou na criação do Ministério das Ci-dades e na Secretaria Nacional de Sanea-mento Ambiental, cabe desburocratizar os procedimentos, licitações e liberações dos recursos. Os recursos do PAC são fun-damentais, mas existe uma brutal lenti-dão na execução das obras de saneamen-to, que não avançam mesmo após 5 anos de programa. Há carência técnica e de planejamento nas prefeituras e empresas de saneamento. O país vive dificuldades enormes com a qualidade dos projetos, com gargalos e burocracia fazendo com

que os recursos cheguem em doses home-opáticas. A continuar dessa forma, mes-mo os PAC 1 e 2 serão incapazes de cobrir o gigante déficit que atinge o saneamento.

O Plano Nacional do Saneamento Bási-co, em discussão pelo Ministério das Cida-des, mostra que são necessários R$ 420 bi-lhões para resolver o problema da água tra-tada, coleta e tratamento dos esgotos, lixo doméstico e drenagem das águas pluviais até 2030. Para entregar água tratada e co-letar e tratar os esgotos, são necessários R$ 270 bilhões em obras pelo país. Isso signifi-ca que precisaríamos estar investindo em torno de R$ 15 bilhões por ano em obras de

água e esgotos, mas não conseguimos pas-sar da casa dos R$ 8 bilhões – então o pra-zo para resolver o problema está passando dos 20 anos para 40 ou 50 anos.

Cabe a todos nós, portanto, aprovei-tar este momento para reivindicar a rápi-da solução desse cenário incompatível no Brasil e no mundo. Cabe unir esforços en-tre ambientalistas, profissionais da saú-de, educadores, imprensa e especialistas para que, com dignidade, possamos dis-cutir o futuro sabendo que resolvemos os problemas do presente.

* Presidente executivo do Instituto Trata Brasil.

18 junho 2012 Conjuntura da Construção

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sandra ralston*

MERCADo IMoBIlIáRIo CoRPoRATIVo SEGuE AquECIDoAlto padrão em alta, com projeção recorde de entrega de escritórios corporativos

Oano de 2010 foi marcado por for-te expansão do nível da atividade econômica, diferente de 2011, que

foi de desaceleração. Apesar desse novo cenário, as empresas do setor de constru-ção apresentaram bons resultados. Da-dos do IBGE indicam que o setor da cons-trução apresentou aumento superior ao crescimento do PIB, registrando expan-são de 4,8%.

Para 2012, a projeção de encerramento do PIB é de 3,2%. O sentimento do setor da construção é de que o mercado tenderá ao desenvolvimento sustentado e deve acom-panhar o crescimento econômico do país. Vale ressaltar que os indicadores de infla-ção também apontam crescimento sus-tentado, exemplo do IPC (Índice de Pre-ços ao Consumidor), que apresentou alta de 0,74% no primeiro trimestre, o menor aumento em seis anos.

Nesse cenário, o mercado imobiliário de alto padrão segue demonstrando sinais de aquecimento, com projeção da entrega da maior quantidade de metros quadrados de escritórios corporativos dos últimos anos. Com base em pesquisas da Colliers International Brasil, até o encerramen-to de 2012, o inventário do mercado pau-listano crescerá 26,7% em relação a 2011.

A expectativa positiva do mercado é comprovada pela absorção líquida de 70.891 m², a maior registrada no início de um ano. É interessante citar que, dos 388 mil m² projetados para 2012, 70.000 m² possuem contrato de locação assinado, o que representa a pré-locação de 22% do total esperado para o ano, um sinalizador importante que demonstra a movimenta-ção no setor.

Mesmo com o sentimento positivo do mercado, é consenso entre as empresas ocupantes que os preços de locação au-mentaram desproporcionalmente ao cres-cimento de indicadores como o IGP-M e o INCC. A situação de demanda reprimi-da que prevaleceu nos últimos anos não é mais sentida com a entrega gradual de área ao mercado. Até 2014 os reajustes dos con-tratos de locação somados aos novos con-tratos deverão apresentar aumentos me-nores comparados aos dos últimos anos.

O cenário no Rio de Janeiro é ainda mais otimista. Dados do Banco Central indicam que o desempenho econômico do Estado foi sustentado especificamente pela reto-mada da atividade em importantes seg-mentos da indústria e das vendas varejis-tas. Para 2012, espera-se que a economia do Rio de Janeiro seja favorecida pelo im-pacto da efetivação de investimentos pú-blicos e privados.

Para confirmar essa projeção, a Asso-ciação Brasileira da Indústria de Mate-riais de Construção (Abramat), com base em sondagens, afirma que 73% das empre-sas pretendem investir no Estado durante este ano. Além disso, o índice de Ativida-de Econômica Regional do Rio de Janeiro, considerado um sinalizador do PIB, encer-rou o ano de 2011 mais favorável que o índi-ce do país, indicando crescimento acima da média nacional.

A expectativa positiva aliada à entrega de novos empreendimentos contribuiu para o aumento dos preços nos escritórios de alto padrão, que no primeiro trimestre cresceu 10,5%. A zona sul da cidade apresentou a variação mais elevada pela condição de pouca oferta. Tal elevação pode justificar a

diminuição da velocidade de absorção nos empreendimentos de classes A+ e A.

Na região Leblon / Ipanema, historica-mente a mais cara da cidade, a taxa de va-cância passou de 30,2% para 26,3%. Entre as regiões pesquisadas pela Colliers, essa foi a que apresentou a maior taxa de vacân-cia em relação ao estoque existente (28.661 m²). A região do Centro registrou 12%, en-quanto na Barra da Tijuca houve a queda de 13,6% para 9,2%, devido à ocupação das áreas nos empreendimentos que fo-ram entregues no final do 4º trimestre do ano passado.

O aumento nos preços de 10,4% contri-buiu em parte para que as tomadas de de-cisão fossem mais cautelosas, pois este motivo é mencionado pelo mercado como um dos principais fatores decisórios para a concretização dos negócios imobiliários. Fazendo a análise do mercado carioca, é possível perceber que diversos empreen-dimentos praticam preços pedidos de lo-cação próximos de R$ 200,00 m² / mês, fato que ao longo do tempo deixou de ser exclusividade da região Leblon / Ipanema. Para efeito de comparação, esse preço pe-dido só é encontrado em São Paulo na re-gião da Faria Lima, que pratica preço mé-dio de R$ 185,00 m² / mês.

Apesar da euforia do mercado e dos resul-tados positivos alcançados, acredita-se que o mercado tenderá a uma situação “morna” nos próximos dois anos, apesar da conti-nuidade da queda da taxa de vacância e também em virtude da realização de even-tos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jo-gos Olímpicos de 2016. O custo total de ocu-pação das empresas (somatório do preço de locação, condomínio e IPTU) atingiu

junho 2012 19Conjuntura da ConstruçãoSEGMEnTo CoMERCIAl

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U$100/m², o que pode colaborar com o cres-cimento da demanda de escritórios para regiões alternativas em localizações com crescente urbanização e infraestrutura.

Não podemos falar de mercado imobiliá-rio sem falar do mercado industrial /logística.

O ano de 2012 também iniciou com ex-celentes perspectivas para o segmento de condomínios industriais, apesar da desa-celeração da economia de 2011, o que já ci-tamos neste artigo.

Atualmente, o planejamento de novos condomínios industriais é baseado em empreendimentos modulares ou de uso geral, que são galpões com possibilidade de modulação ou ocupação monousuária. O número de empresas instaladas em con-domínios industriais e logísticos apresen-ta crescimento nos últimos anos. Apenas no primeiro trimestre de 2012, foram alu-gados 351.315 m².

O mercado de condomínios industriais possui atualmente 5,9 milhões de m², sen-do que 251 mil m² foram entregues no pri-meiro trimestre de 2012. Esse número é 13,3% superior ao constatado no último trimestre de 2011, mas representa 10% do estoque que será entregue neste ano.

Do total de áreas entregues ao mercado neste primeiro trimestre (251.450 m²), 70% deste foi absorvido. Para o próximo trimes-tre, está projetado mais 619.000 m², sendo que 19% já estão pré-locados.

Quando há uma análise na taxa de va-cância desse segmento, é possível perceber que esta apresentou alta de 0,4% em relação ao trimestre anterior, fato que não era regis-trado desde o 4° trimestre de 2010. A taxa atual de 6,4% indica de forma clara o efei-to do novo estoque, já que a quantidade de áreas entregues foi superior à velocidade de absorção, o que deve ser auto-ajustado pelo mercado nos próximos anos.

Com base em pesquisa da Colliers, o pre-ço médio pedido de locação no Brasil é de R$ 19,30 m² / mês, o que representa aumen-to de 2,4% em relação ao trimestre passado. Os aumentos mais relevantes detectados ocorreram nas regiões Norte, Sul e Sudeste.

O crescimento e abrangência das clas-ses C e D, a globalização e o mundo “virtu-al” vêm tornando o segmento Industrial e logístico um dos maiores polos de expan-

são do mercado brasileiro. A diversidade territorial e a necessidade das empresas de estarem em proximidade com os cen-tros de consumo vêm acompanhando os índices de crescimento do mercado que, de 2001 a 2010, cresceu em média 10% ao ano, com projeção de 40% ao ano para os próximos 4 anos.

É também importante ressaltar, tanto para os mercados de escritório como in-dustrial, que a tendência são os empreen-dimentos verdes com as certificações de sustentabilidade tais como Leed e Aqua. Há um ano, esse conceito era verificado apenas nos empreendimentos com lajes superiores a 800 m², e está se difundindo para o segmento médio corporativo e de salas comerciais.

O mercado imobiliário apresenta cresci-mento sustentável nos últimos 5 anos, da-

das a internacionalização, a sofisticação e a qualidade técnica dos ativos. Estes da-dos, sem dúvida, são realidade, mas, vale uma reflexão quanto ao ciclo de desenvol-vimento e manutenção das taxas de cres-cimento para os próximos anos.

Acompanhando de perto cada momen-to do mercado, a Colliers oferece servi-ços imobiliários para ocupantes, proprie-tários e investidores de imóveis comer-ciais no Brasil e no mundo. No Brasil des-de 1997, a empresa conta com uma equi-pe de profissionais especializados para atender às necessidades imobiliárias es-pecíficas de cada cliente. A Colliers pos-sui escritórios em São Paulo, Rio de Ja-neiro, Recife e Fortaleza e, assim como o mercado, segue em amplo crescimento.

* Vice-presidente da Colliers International Brasil.

Preços mínimos e máximos pedidos de locação por Estado em condomínios industriais Classe aR$/m2/mês

AM CE DF ES GO MG PA PE RSPR SCRJ SP

1519

17 1719

1620 20

16

30

20

30

18

17

11

1613

15 1418

1412 12

1518

12

absorção líquida (m2) x inventário existente (m2) x taxa de vacância (%)

*Projeção para 20122011

9.000.000 14%

10%

6%

12%

8%

4%

2%

0%

7.000.000

5.000.000

3.000.000

1.000.000

02012*

1.095.913

5.743.463

1.925.863

8.130.412

6,0%

13,2%Absorção líquida

Inventário existente

Taxa de vacância

mercado industrial e logístico classe a

20 junho 2012 Conjuntura da Construção

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SInAIS PoSITIVoS DA ATIVIDADE SEToRIAl

Os PrinciPais indicadores de atividade do setor da construção continuam refletindo um cenário de crescimento, ou seja, as empresas continuam

produzindo e contratando. Nos cinco primeiros meses de 2012, o emprego nas construtoras registrou alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Diferen-temente de 2011, o segmento de infraestrutura registra taxas mais elevadas que as observadas em edificações: 8,6% contra 4,7%, respectivamente. No entanto, 31% dos postos gerados desde dezembro foram no segmen-to de edificações.

Entre as regiões, o Norte e o Centro-Oeste registraram as maiores taxas de crescimento. No Sudeste, com taxa inferior à media nacional, pesou o menor ritmo de cres-cimento de São Paulo, de 5,4%. Em contrapartida, o au-mento do emprego alcançou 16,2% no Rio de Janeiro, em relação ao mesmo período de 2011.

Com o mercado aquecido, as negociações salariais rea-lizadas até maio seguiram o padrão de 2011, com ganhos acima da inflação aos trabalhadores. Acordos fechados em maio garantiram aumentos de 7,47% aos trabalhado-res da construção em São Paulo e de 9,75% em Brasília. Os aumentos salariais do período contribuíram para a ace-leração dos custos setoriais. O INCC-M fechou o semes-tre com aumento de 4,98% – o componente mão de obra registrou elevação de 7,51% e o componente materiais e equipamentos, de 2,34%. Em São Paulo, o CUB apresen-tou alta de 6,11% no mesmo período.

Com a atividade em expansão das construtoras, a in-dústria de materiais apresenta resultados mais favorá-veis que a média da indústria. Até maio, a produção de insumos típicos registra crescimento de 3,4% na compa-ração com o mesmo período de 2011, contra uma retra-ção de 3,4% da indústria geral. O consumo de cimento tem desempenho ainda melhor, com aumento de 10% na mesma comparação.

Vale destacar também o crédito habitacional, que su-perou o patamar de 5% do PIB em maio. O volume de con-tratação com base nos recursos da poupança mostra, no entanto, uma queda de ritmo em decorrência da redução dos empréstimos para a construção de novas moradias.

ConstruçãoIndicadores da

junho 2012 21Conjuntura da Construção

Materiais de construção – consumo e produção 22

Mercado imobiliário 23

Investimentos em habitação 24

Rentabilidade do mercado brasileiro de imóveis comerciais 25

Custo da construção residencial no Estado de São Paulo 26

Preços de materiais de construção no Estado de São Paulo 27

Emprego da construção nos Estados 28

Emprego da construção nos Estados 29

Emprego da construção brasileira por segmento 30

Emprego da construção paulista por segmento 31

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22 junho 2012 Conjuntura da Construção

Materiais de construção – consumo e produção

Período

Consumo de cimento Vergalhões - Brasil Produção brasileira

de materiais de construção (índice: média

de 2002 = 100)

Brasil São Paulo Produção Consumo aparente

Mil t

Variação (%)

Mil t

Variação (%)

Mil t

Variação (%)

Mil t

Variação (%)

no mês no ano no mês no ano no mês no ano no mês no ano

2011 Jun 5.569 -0,7 9,6 1.285 -4,7 0,3 387 3,1 8,4 369 11,7 4,8 132,67Jul 5.593 0,4 9,2 1.303 1,5 1,2 397 2,6 7,3 353 -4,3 5,5 133,89

Ago 6.029 7,8 9,3 1.391 6,7 1,5 385 -3,0 9,7 371 4,9 7,1 139,92

Set 5.924 -1,7 9,3 1.315 -5,5 1,5 391 1,5 13,1 372 0,4 8,6 138,03

out 5.733 -3,2 9,1 1.274 -3,1 1,7 432 10,7 14,5 370 -0,7 10,0 139,15

nov 5.718 -0,3 9,1 1.276 0,2 1,9 358 -17,1 14,9 361 -2,3 11,5 135,16

Dez 5.212 -8,8 8,6 1.136 -11,0 2,1 306 -14,4 16,3 307 -15,1 12,3 125,29

2012 Jan 5.272 1,2 9,1 1.130 -0,5 8,2 370 20,6 23,2 335 9,1 14,0 122,66

fev 5.234 -0,7 9,1 1.197 5,9 7,3 345 -6,5 11,0 325 -3,0 9,9 123,83

Mar* 5.947 13,6 11,8 377 9,2 10,0 369 13,6 14,5 137,21

Abr* 5.300 -10,9 11,0 124,38

Mai* 5.961 12,5 10,0Fonte: SNIC, IABr e IBGE. * Dados para consumo de cimento são preliminares.

Nos cinco primeiros meses de 2012, o consumo de cimento apresentou crescimento de 10% na comparação com o mesmo período de 2011. A produção de materiais da construção registrou alta de 3,4% nesse mesmo período.

10.000

25.000

40.000

55.000

70.000

2012*20112010200920082007200620052004200320022001200019991998

59.771

27.714

4.0703.741

1.0281.092

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

ConsumoProdução

2012*20112010200920082007200620052004200320022001200019991998

14.843

2.327

0

3.000

6.000

9.000

12.000

15.000

2012*20112010200920082007200620052004200320022001200019991998

80

95

110

125

140

201220112010200920082007200620052004200320022001200019991998

125,29

124,38

Fonte: SNIC, IABr e IBGE *dados de março, abril e maio são preliminares Fonte: SNIC, IABr e IBGE *dados de janeiro e fevereiro

Fonte: SNIC, IABr e IBGE *abrilFonte: SNIC, IABr e IBGE *dados até março

COnSumO dE CImEntO AnuAL - BRASIL

VERGAlhão BRASIl

COnSumO dE CImEntO AnuAL - SãO PAuLO

PROduçãO mAtERIAIS dE COnStRuçãO - BRASIL

mil toneladas

mil toneladas

mil toneladas

último mês do ano - média 2002 = 100

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junho 2012 23Conjuntura da Construção

Mercado imobiliário

Período

Velocidade de venda (%) lançamentos ICMS no Estado de São Paulo CDhu

Belo horizonte

Porto Alegre São Paulo

Município de São Paulo RMSP

Repasses à CDhu

(R$ milhões)

Investi- mentos

(R$ milhões)

unidades habitacionais

unidades

Variação (%)

unidades

Variação (%)

Entregues no ano

Em andamento

(média do ano)no mês

Em 12 meses no mês

Em 12 meses

2011 Mai 11,0 10,0 15,1 3.663 72,1 8,6 2.206 30,7 -13,1 50 113 897 44.615

Jun 26,2 8,2 16,5 3.167 -13,5 6,2 1.789 -18,9 -7,9 80 122 757 44.151

Jul 10,1 8,2 16,9 2.732 -13,7 3,7 2.661 48,7 -2,0 50 111 822 43.978

Ago 5,0 7,7 13,3 3.687 35,0 15,0 2.812 5,7 -3,5 50 115 2.303 41.626

Set 8,9 16,3 18,7 2.739 -25,7 19,3 1.028 -63,4 -24,5 53 108 341 41.053

out 7,3 8,1 11,9 3.215 17,4 5,3 2.026 97,1 -21,9 103 102 241 40.901

nov 7,9 8,1 13,6 4.222 31,3 6,1 3.839 89,5 -15,6 120 94 1.814 42.603

Dez 22,7 8,7 16,2 7.063 67,3 0,9 4.524 17,8 -9,3 154 6.721 30.077

2012 Jan 9,8 5,5 5,2 674 -90,5 1,1 104 -97,7 -12,0 106 656 30.755

fev 23,2 4,3 10,3 1.383 105,2 -6,1 747 618,3 -14,1 89 - 31.499

Mar 8,4 11,0 1.578 14,1 0,3 1.841 146,5 -8,2 115 677 32.053

Abr 1.622 2,8 -0,4 591 -67,9 -10,5 116 1.560 31.464

Mai 2.239 38,0 -8,2 1.691 186,1 -11,7 354 36.131 Fonte: Secovi-SP, Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, CDHU e Bacen/Decad

Os lançamentos de imóveis diminuíram de forma expressiva nos primeiros cinco meses do ano. Na capital, a redução foi de 31% e nos demais municípios da RMSP, alcançou 45% na comparação com o mesmo período de 2011. O número de unidades habitacionais entregues pela CDHU até maio cresceu 71%.

4

9

14

19

24

São Paulo**

Porto Alegre**

Belo Horizonte*

2012201120102009200820072006200520042003

8,8

16,5

6,1

0

500

1.000

1.500

2.000

Investimentos*

Repasses a CDHU**

2012201120102009200820072006200520042003

881

427

4.974

7.496

0

10.000

20.000

30.000

40.000

RMSPMunicípio de São Paulo

2012*201120102009200820072006200520042003

0

17.500

35.000

52.500

70.000Em andamento**

Entregues no ano*

2012201120102009200820072006200520042003

3.247

36.131

Fonte: Secovi - SP Fonte: Embraesp *até maio

Fonte: CDHU * de janeiro a maio de 2012 ** último mês de cada ano, 2012 - maio

VEloCIDADE DE VEnDAS

InVESTIMEnTo EM hABITAção CDhu

lAnçAMEnToS

unIDADES hABITACIonAIS

em % – média anual

R$ mil

unidades

São Paulo

Fonte: Secretaria da Fazenda SP e CDHU *até abril de 2012 ** até novembro de 2011

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24 junho 2012 Conjuntura da Construção

Investimentos em habitação

Período

Construção Aquisição Total

Empresário Pessoa física Total novos usados Total

unidades R$ milunidades R$ mil unidades R$ mil unidades R$ mil unidades R$ mil unidades R$ mil unidades R$ mil

2011 Mai 18.656 2.535.816 1.466 195.626 20.122 2.731.443 7.532 1.248.768 15.484 2.554.230 23.016 3.802.998 43.138 6.534.440

Jun 19.842 3.319.374 1.490 208.940 21.332 3.528.314 7.465 1.227.802 14.620 2.559.312 22.085 3.787.114 43.417 7.315.429

Jul 12.704 1.888.302 1.482 214.748 14.186 2.103.049 8.039 1.358.652 15.638 2.581.746 23.677 3.940.398 37.863 6.043.448

Ago 15.498 2.591.595 1.958 281.920 17.456 2.873.515 9.430 1.624.194 17.161 2.852.781 26.591 4.476.975 44.047 7.350.490

Set 16.420 2.360.405 1.453 211.232 17.873 2.571.636 9.673 1.792.605 15.227 2.519.765 24.900 4.312.370 42.773 6.884.006

out 16.310 2.230.561 1.120 168.936 17.430 2.399.497 6.883 1.249.775 12.124 2.140.815 19.007 3.390.591 36.437 5.790.088

nov 12.883 2.145.880 1.509 224.220 14.392 2.370.099 7.929 1.393.217 14.744 2.536.513 22.673 3.929.729 37.065 6.299.829

Dez 19.273 3.094.181 1.363 196.346 20.636 3.290.527 10.258 1.842.854 14.952 2.632.067 25.210 4.474.921 45.846 7.765.448

2012 Jan 7.717 1.180.543 1.454 236.772 9.171 1.417.314 8.203 1.468.507 13.460 2.343.611 21.663 3.812.118 30.834 5.229.432

fev 8.163 1.176.541 1.107 167.154 9.270 1.343.695 7.299 1.314.509 11.749 2.079.529 19.048 3.394.038 28.318 4.737.733

Mar 11.729 1.795.252 1.392 223.910 13.121 2.019.161 9.246 1.674.120 14.790 2.630.293 24.036 4.304.413 37.157 6.323.574

Abr 9.920 1.757.102 927 143.522 10.847 1.900.625 7.314 1.358.094 11.468 2.110.831 18.782 3.468.924 29.629 5.369.549Fonte: Bacen/Decad, CBIC

0

50.000.000

100.000.000

150.000.000

200.000.000

FGTSSBPE*Crédito pessoal**

2012201120102009200820072006200520042003200220012000

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

201120102009200820072006200520042003200220012000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

AquisiçãoConstrução

2012*201120102009200820072006200520042003200220012000

Fonte: Banco Central do Brasil, CBIC * até abril ** habitação, 2012 até maio Fonte: Banco Central * até abril

Fonte: CBIC Inclui Fundo de Arrendamento Residencial e Operações Especiais

O crédito pessoa física para habitação manteve a trajetória de crescimento e alcançou 5,4% do PIB em maio. No entanto, o volume de contratação efetivado pelo SBPE se manteve praticamente estável, com alta de 2,6% nos primeiros quatro meses do ano. A expansão foi decorrente no crescimento dos financiamentos voltados para aquisição de imóveis. O financiamento à construção registrou retração de 26% no período.

fonTES DE fInACIAMEnTo

unIdAdES hABItACIOnAIS - FGtS

SBPE mês a mês

SBPE

unidades

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junho 2012 25Conjuntura da Construção

Rentabilidade do mercado brasileiro de imóveis comerciais

Período

índice geral do mercado imobiliário brasileiro - Comercial

Total Capital Renda

índice (base 1°tri/

00 = 100)

Variação (%)índice

(base 1°tri/00 = 100)

Variação (%)índice

(base 1°tri/00 = 100)

Variação (%)

no trimestre no ano

Em 12 meses

no trimestre no ano

Em 12 meses

no trimestre no ano

Em 12 meses

2001 1 119,77 3,41 3,41 19,77 111,53 1,75 1,75 11,53 107,60 1,66 1,66 7,60

2 126,84 5,90 9,52 22,09 115,10 3,20 5,01 11,81 110,5 2,70 4,41 9,47

3 134,24 5,83 15,91 21,39 119,09 3,46 8,65 11,24 113,12 2,37 6,88 9,39

4 139,68 4,06 20,61 20,61 120,87 1,49 10,26 10,26 116,03 2,57 9,63 9,63

2002 1 145,18 3,93 3,93 21,22 122,50 1,35 1,35 9,83 119,02 2,58 2,58 10,62

2 151,37 4,26 8,36 19,34 124,23 1,41 2,78 7,93 122,41 2,85 5,50 10,78

3 157,53 4,07 12,77 17,35 126,44 1,78 4,62 6,17 125,22 2,29 7,92 10,69

4 162,71 3,29 16,48 16,48 127,93 1,17 5,84 5,84 127,87 2,12 10,20 10,20

2003 1 172,26 5,87 5,87 18,65 133,03 3,99 3,99 8,60 130,27 1,88 1,88 9,45

2 180,39 4,72 10,87 19,18 135,71 2,01 6,09 9,24 133,79 2,71 4,64 9,30

3 186,86 3,59 14,84 18,62 138,11 1,77 7,96 9,23 136,23 1,82 6,54 8,80

4 193,23 3,41 18,76 18,76 140,82 1,96 10,08 10,08 138,20 1,44 8,08 8,08

2004 1 201,32 4,19 4,19 16,87 144,32 2,49 2,49 8,49 140,55 1,70 1,70 7,89

2 208,50 3,56 7,90 15,58 146,19 1,29 3,81 7,72 143,74 2,27 4,01 7,43

3 213,52 2,41 10,50 14,26 147,39 0,82 4,67 6,72 146,02 1,58 5,66 7,18

4 218,62 2,39 13,14 13,14 148,83 0,97 5,69 5,69 148,09 1,42 7,15 7,15

2005 1 223,55 2,26 2,26 11,04 150,47 1,10 1,10 4,26 149,79 1,15 1,15 6,58

2 231,19 3,42 5,75 10,89 152,25 1,18 2,30 4,14 153,15 2,24 3,42 6,54

3 239,23 3,47 9,43 12,04 154,86 1,72 4,06 5,07 155,84 1,76 5,23 6,72

4 245,11 2,46 12,12 12,12 156,79 1,25 5,35 5,35 157,72 1,21 6,51 6,51

2006 1 254,73 3,93 3,93 13,95 160,96 2,66 2,66 6,97 159,73 1,27 1,27 6,63

2 266,87 4,76 8,88 15,43 164,89 2,44 5,16 8,30 163,44 2,32 3,62 6,72

3 275,79 3,34 12,52 15,28 167,59 1,64 6,88 8,22 166,22 1,70 5,39 6,66

4 285,60 3,56 16,52 16,52 169,81 1,33 8,30 8,30 169,93 2,23 7,74 7,74

2007 1 297,88 4,30 4,30 16,94 174,82 2,95 2,95 8,61 172,22 1,35 1,35 7,82

2 311,55 4,59 9,08 16,74 178,45 2,07 5,09 8,22 176,55 2,52 3,90 8,03

3 326,45 4,79 14,30 18,37 183,11 2,61 7,83 9,26 180,39 2,17 6,15 8,52

4 343,62 5,26 20,32 20,32 187,88 2,61 10,64 10,64 185,18 2,65 8,97 8,97

2008 1 371,69 8,17 8,17 24,78 196,61 4,64 4,64 12,46 191,70 3,52 3,52 11,31

2 394,70 6,19 14,86 26,69 202,37 2,93 7,71 13,41 197,94 3,25 6,89 12,11

3 416,59 5,55 21,23 27,61 206,91 2,24 10,13 13,00 204,49 3,31 10,43 13,36

4 443,58 6,48 29,09 29,09 212,69 2,79 13,20 13,20 212,02 3,69 14,50 14,50

2009 1 481,10 8,46 8,46 29,43 223,33 5,00 5,00 13,59 219,35 3,46 3,46 14,42

2 513,30 6,69 15,72 30,05 230,70 3,30 8,47 14,00 226,79 3,39 6,96 14,57

3 538,21 4,85 21,33 29,19 234,83 1,79 10,41 13,49 233,74 3,06 10,24 14,31

4 568,49 5,63 28,16 28,16 240,13 2,26 12,90 12,90 241,61 3,37 13,95 13,95

2010 1 605,38 6,49 6,49 25,83 248,30 3,40 3,40 11,18 249,07 3,09 3,09 13,55

2 640,38 5,78 12,65 24,76 254,97 2,69 6,18 10,52 256,78 3,09 6,28 13,22

3 675,01 5,41 18,74 25,42 260,87 2,31 8,64 11,09 264,72 3,09 9,57 13,26

4 713,45 5,69 25,50 25,50 265,93 1,94 10,74 10,74 274,66 3,75 13,68 13,68

2011 1 748,68 4,94 4,94 23,67 270,61 1,76 1,76 8,99 283,39 3,18 3,18 13,78

2 780,81 4,29 9,44 21,93 274,53 1,45 3,24 7,67 291,45 2,84 6,11 13,50

3 809,99 3,74 13,53 20,00 277,18 0,96 4,23 6,25 299,53 2,77 9,05 13,15

4 842,12 3,97 18,04 18,04 280,71 1,27 5,56 5,56 307,60 2,69 11,99 11,99

2012 1 878,79 4,35 4,35 17,38 285,25 1,62 1,62 5,41 316,02 2,74 2,74 11,51Fonte: FGV

O IGMI-C é um índice de rentabilidade do mercado brasileiro de imóveis comerciais, cujo objetivo é retratar a evolução da valorização dos preços e dos rendimentos do segmento de imóveis comerciais em todo o Brasil.

Page 26: ERESASMP DA ConSTRução DuPlICAM o PIB EM TRêS AnoSem 20 de dezembro de 1944, como pessoa jurídica de direito privado, tem por finalidade atuar no âmbito das Ciências Sociais,

26 junho 2012 Conjuntura da Construção

Custo da construção residencial no Estado de São Paulo

Período

Custo da construção residencial no Estado de São Paulo - Padrão R8-nGlobal Mão-de-obra Material

índice (Base fev/07 = 100)

Variação (%) índice(base fev/07 = 100)

Variação (%) índice (base fev/07 = 100)

Variação (%)

no mês no anoEm 12 meses no mês no ano

Em 12 meses no mês no ano

Em 12 meses

2007 (*) 107,09 - - 7,50 106,94 - - 7,09 106,80 - - 7,542008 (*) 118,83 - - 10,96 117,68 - - 10,04 120,17 - - 12,512009 (*) 123,07 - - 3,57 126,91 - - 7,85 118,94 - - -1,032010 (*) 129,82 - - 5,49 136,93 - - 7,89 122,07 - - 2,632011 (*) 137,42 - - 5,85 148,93 - - 8,76 124,69 - - 2,152012 (*) 143,34 - - 6,04 158,01 - - 8,49 127,25 - - 2,972007 fev 100,00 - - - 100,00 - - - 100,00 - - -

Mar 100,15 0,15 - - 100,31 0,31 - - 99,88 -0,12 - -Abr 100,86 0,71 - - 101,25 0,95 - - 100,39 0,51 - -Mai 102,08 1,21 - - 103,36 2,08 - - 100,42 0,03 - -Jun 103,54 1,43 - - 105,29 1,87 - - 101,31 0,88 - -Jul 104,14 0,58 - - 105,72 0,41 - - 102,11 0,79 - -Ago 104,66 0,50 - - 105,98 0,25 - - 102,78 0,66 - -Set 104,93 0,26 - - 106,03 0,05 - - 103,29 0,50 - -out 105,75 0,78 - - 106,35 0,30 - - 104,73 1,39 - -nov 106,47 0,68 - - 106,63 0,27 - - 105,96 1,17 - -Dez 107,09 0,59 - - 106,94 0,29 - - 106,80 0,80 - -

2008 Jan 107,17 0,07 0,07 - 106,71 -0,21 -0,21 - 107,20 0,37 0,37 -fev 107,58 0,38 0,45 7,58 106,83 0,11 -0,10 6,83 107,95 0,70 1,07 7,95Mar 107,79 0,20 0,65 7,63 106,90 0,07 -0,04 6,57 108,32 0,34 1,42 8,45Abr 108,23 0,41 1,06 7,31 106,97 0,07 0,03 5,65 109,29 0,90 2,33 8,87Mai 111,17 2,72 3,81 8,91 111,87 4,59 4,62 8,24 110,17 0,81 3,16 9,71Jun 113,55 2,14 6,03 9,66 115,08 2,86 7,61 9,30 111,78 1,46 4,66 10,34Jul 114,24 0,60 6,68 9,70 115,45 0,32 7,96 9,20 112,74 0,86 5,56 10,41Ago 115,79 1,36 8,13 10,64 116,64 1,03 9,07 10,06 114,82 1,84 7,51 11,71Set 116,64 0,74 8,92 11,16 116,86 0,19 9,28 10,21 116,40 1,38 8,98 12,69out 118,62 1,69 10,76 12,17 117,74 0,75 10,10 10,71 119,66 2,81 12,04 14,26nov 118,87 0,21 11,00 11,64 117,65 -0,07 10,02 10,33 120,29 0,52 12,62 13,52Dez 118,83 -0,04 10,96 10,96 117,68 0,02 10,04 10,04 120,17 -0,10 12,51 12,51

2009 Jan 119,08 0,21 0,21 11,11 117,68 0,00 0,00 10,27 120,71 0,44 0,44 12,59fev 119,58 0,42 0,63 11,16 119,36 1,42 1,42 11,72 119,98 -0,60 -0,16 11,14Mar 119,47 -0,10 0,54 10,83 119,33 -0,02 1,40 11,62 119,77 -0,18 -0,34 10,56Abr 119,33 -0,12 0,42 10,25 119,33 0,00 1,40 11,55 119,47 -0,25 -0,58 9,30Mai 121,17 1,54 1,97 8,99 122,67 2,80 4,24 9,65 119,56 0,08 -0,51 8,51Jun 122,43 1,04 3,03 7,82 125,18 2,04 6,37 8,77 119,46 -0,09 -0,60 6,86Jul 122,89 0,37 3,42 7,57 126,11 0,74 7,16 9,22 119,43 -0,02 -0,62 5,93Ago 122,76 -0,11 3,31 6,01 126,11 0,00 7,16 8,11 119,15 -0,23 -0,85 3,77Set 122,96 0,16 3,48 5,41 126,54 0,34 7,53 8,28 119,12 -0,03 -0,88 2,33out 122,94 -0,02 3,46 3,64 126,64 0,07 7,61 7,56 118,98 -0,12 -1,00 -0,58nov 123,07 0,11 3,57 3,53 126,91 0,22 7,85 7,87 118,95 -0,02 -1,02 -1,12Dez 123,07 0,00 3,57 3,57 126,91 0,00 7,85 7,85 118,94 -0,01 -1,03 -1,03

2010 Jan 123,25 0,15 0,15 3,51 127,41 0,39 0,39 8,27 118,80 -0,12 -0,12 -1,58fev 123,43 0,14 0,29 3,22 127,45 0,03 0,43 6,78 119,11 0,26 0,14 -0,73Mar 123,67 0,19 0,49 3,52 127,54 0,07 0,50 6,88 119,52 0,34 0,49 -0,21Abr 123,88 0,17 0,66 3,81 127,54 0,00 0,50 6,88 119,96 0,37 0,86 0,41Mai 126,89 2,43 3,10 4,72 132,32 3,75 4,26 7,86 121,03 0,89 1,76 1,23Jun 129,49 2,05 5,22 5,77 136,84 3,42 7,82 9,31 121,53 0,42 2,18 1,74Jul 130,18 0,53 5,78 5,93 136,84 0,00 7,82 8,51 122,93 1,15 3,35 2,93Ago 130,35 0,13 5,92 6,19 136,93 0,07 7,90 8,58 123,20 0,22 3,58 3,39Set 130,16 -0,15 5,76 5,86 136,93 0,00 7,90 8,21 122,79 -0,33 3,24 3,09out 130,00 -0,12 5,63 5,74 136,93 0,00 7,90 8,13 122,45 -0,28 2,95 2,92nov 129,82 -0,13 5,48 5,48 136,93 0,00 7,90 7,89 122,08 -0,30 2,64 2,63Dez 129,82 0,00 5,48 5,49 136,93 0,00 7,90 7,89 122,07 -0,01 2,63 2,63

2011 Jan 130,18 0,28 0,28 5,62 137,48 0,40 0,40 7,90 122,24 0,14 0,14 2,90fev 130,39 0,16 0,44 5,64 137,48 0,00 0,40 7,87 122,68 0,36 0,50 3,00Mar 130,52 0,10 0,54 5,54 137,62 0,10 0,50 7,90 122,79 0,09 0,59 2,74Abr 130,81 0,22 0,76 5,59 137,68 0,04 0,55 7,95 123,35 0,46 1,05 2,83Mai 135,17 3,33 4,12 6,53 145,64 5,78 6,36 10,07 123,58 0,19 1,24 2,11Jun 136,87 1,26 5,43 5,70 148,36 1,87 8,35 8,42 124,20 0,50 1,74 2,20Jul 136,95 0,06 5,49 5,20 148,45 0,06 8,41 8,48 124,30 0,08 1,83 1,11Ago 137,04 0,07 5,56 5,13 148,45 0,00 8,41 8,41 124,38 0,06 1,89 0,96Set 137,23 0,14 5,71 5,43 148,65 0,13 8,56 8,56 124,57 0,15 2,05 1,45out 137,30 0,05 5,76 5,62 148,65 0,00 8,56 8,56 124,73 0,13 2,18 1,86nov 137,40 0,07 5,84 5,84 148,84 0,13 8,70 8,70 124,75 0,02 2,20 2,19Dez 137,42 0,01 5,85 5,85 148,93 0,06 8,76 8,76 124,69 -0,05 2,15 2,15

2012 Jan 137,55 0,10 0,10 5,66 149,02 0,06 0,06 8,40 124,86 0,14 0,14 2,15fev 138,04 0,35 0,45 5,87 149,62 0,40 0,46 8,83 125,26 0,32 0,46 2,10Mar 138,59 0,40 0,85 6,18 150,18 0,37 0,84 9,13 125,82 0,45 0,91 2,47Abr 138,79 0,14 1,00 6,10 150,18 0,00 0,84 9,08 126,24 0,33 1,24 2,34Mai 143,34 3,28 4,31 6,04 158,01 5,21 6,10 8,49 127,25 0,80 2,05 2,97

(*) Valor referente ao último mês do período. Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV

O Custo Unitário Básico (CUB) representa o custo por metro quadrado de construção residencial do projeto-padrão R8-N, calculado de acordo com NBR 12721/2006.

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junho 2012 27Conjuntura da Construção

Preços de materiais de construção no Estado de São Paulo

Maio de 2012 - ordem decrescente de variação percentual em 12 meses

Material unidade Preço

Variação (%)

mês Ano 12 Meses

Alimentação tipo marmitex nº 8 unidade 7,31 0,69 4,88 9,10

Bloco cerâmico p/ alv vedação 9x19x19cm milheiro 437,93 2,74 6,75 8,60

Massa pronta p/ reboco externo c/imperm kg 0,27 0,00 8,00 8,00

Chapa compensado resinado 12mm m² 12,94 -0,46 5,46 6,94

Brita 2 m³ 67,02 0,34 1,32 5,91

Esquadrias correr 4 folhas al. 2,0x1,4m m² 294,12 1,68 5,00 5,84

Porta lisa p/ pintura 3,5x70x210cm unidade 82,30 0,07 3,70 5,82

Vidro liso transparente 4 mm c/ massa m² 52,98 0,44 2,58 5,22

Tubo de cobre Ø=15mm classe industrial m 17,58 -0,17 2,33 5,21

Impermeab. normal tipo vedacit 18l kg 52,44 -0,13 0,58 5,13

Telha ondulada fibrocimento 6 mm m² 12,98 0,08 2,20 5,02

Tinta látex branca PVA lata 152,57 0,50 3,94 4,40

Areia média lavada m³ 63,26 0,19 1,20 4,25

Concreto FCK=25 MPa m³ 246,09 0,86 2,08 3,91

Tábua de madeira de 3ª p/const. E=2,5cm m 7,65 0,79 0,00 3,38

Bancada de pia de mármore 2x0,6x0,02cm unidade 271,18 -0,07 2,40 3,30

Tubo de PVC rígido rosca água Ø=25mm barra 20,91 0,24 1,36 3,00

Tubo PVC-R rígido p/ esgoto Ø 150 mm m 22,04 2,75 1,43 2,94

Cimento CPE-32 saco 50kg saco 17,70 0,11 1,03 2,73

Aço CA-50 Ø 10 mm kg 3,14 1,29 2,28 2,61

Placa de gesso p/ forro s/ colocação m² 8,89 0,11 1,72 2,54

Batente p/ pintura 3,5x14x70x210cm unidade 82,62 -0,06 1,67 2,35

Locação de betoneira elétrica 320 l R$/mês 186,23 -0,41 1,31 2,34

Cerâmica esmaltada 20x20cm PEI III m² 19,46 0,78 -0,15 1,99

Vidro liso transparente 3mm s/ colocação m² 37,15 0,00 0,35 1,53

Emulsâo asfáltica c/elastômero p/imperm. kg 6,26 0,00 0,00 1,29

Janela de correr 2 folhas 1,2x1,2 m m² 238,33 0,21 1,85 1,02

Chapa compensado plastificado 18mm m² 26,89 0,37 1,36 0,82

Dobradiça em ferro polido unidade 4,07 0,00 0,49 0,74

Placa cerâmica (azulejo) 15x15cm 1ª linha PEI II m² 15,29 0,00 0,13 0,66

Registro de pressão cromado Ø=1,27cm unidade 53,84 1,11 0,19 0,64

Fechadura, tráfego moderado acab. cromo unidade 39,87 0,00 -0,03 0,63

Granito polido p/ piso 40x40cm m² 127,85 -0,30 -0,18 0,57

Disjuntor tripolar 70 A unidade 58,17 -0,29 0,00 0,48

Eletroduto PVC rígido Ø ext.=3,81cm barra 11,70 0,00 0,00 0,00

Bloco de concreto 19x19x39cm unidade 1,87 0,00 -1,06 -0,53

Bacia sanit. branca c/ cx. acoplada 6 L unidade 153,03 0,03 0,08 -0,58

Prego 18x27 c/ cabeça kg 4,49 0,90 1,35 -0,66

Óleo diesel l 2,07 0,00 -0,48 -0,96

Fio cobre anti-chama isol. 750 V 2,5 mm² rolo 68,58 0,38 0,53 -1,14

Tubo de ferro galv. c/ costura Ø 2 1/2" m 40,63 -0,54 -2,03 -4,42

Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV

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28 junho 2012 Conjuntura da Construção

Emprego da construção nos Estados

Período

Região norte Região nordeste

Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Maranhão Piauí Ceará

Rio Grande

do norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia

2011 Jun 46.932 8.755 32.013 4.864 72.861 4.913 14.667 61.090 30.421 90.785 47.161 38.017 152.993 33.590 31.424 197.526

Jul 47.758 8.890 33.220 4.869 76.390 5.239 15.127 62.408 30.894 92.054 46.997 38.453 154.178 33.691 31.697 194.964

Ago 47.213 8.974 34.216 5.127 79.984 5.687 15.070 63.450 31.429 93.088 47.029 39.412 158.234 34.096 32.347 196.015

Set 46.764 8.949 34.795 5.435 81.612 6.303 15.140 64.111 31.787 94.875 48.112 39.921 164.210 34.052 32.784 196.110

out 46.076 8.718 35.691 5.732 84.344 6.670 14.929 65.514 32.646 95.808 48.449 40.047 166.209 34.100 32.808 194.692

nov 44.002 8.322 35.855 5.852 85.430 7.220 13.784 64.862 32.289 95.101 48.270 40.042 166.397 34.257 32.745 197.948

Dez 42.679 7.750 34.583 5.806 82.915 7.101 12.683 63.617 30.771 91.940 47.387 40.109 165.345 34.203 31.923 190.968

2012 Jan 43.858 7.689 34.329 5.768 82.146 7.264 12.720 61.479 31.397 91.446 47.740 41.031 169.144 35.359 33.187 193.628

fev 44.741 7.747 34.505 6.016 83.283 7.369 12.833 60.459 31.698 93.955 47.881 40.888 170.535 35.646 33.910 191.467

Mar 45.362 7.757 34.496 6.184 84.231 7.212 13.134 58.849 32.120 92.620 48.332 41.629 174.135 34.997 34.882 194.475

Abr 42.192 8.279 34.652 5.974 86.165 7.379 13.641 58.421 31.929 92.650 48.359 42.466 176.050 35.344 35.013 195.426

Mai 44.219 8.829 34.492 5.533 86.856 7.377 14.136 59.247 31.831 92.412 48.207 42.988 176.569 34.901 34.910 194.861Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE

dezembro

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

São Paulo

Brasil

2012*20112010200920082007

3.361.132

857.729

Fonte: SindusCon-SP/FGV e MTE *maio

Fonte: SindusCon-SP/FGV e MTE *maio Fonte: SindusCon-SP/FGV e MTE *maio

0

50.000

100.000

150.000

200.000BA PE CE MA

2012*20112010200920082007

59.247

92.412

176.569194.861

0

21.000

42.000

63.000

84.000

2012*20112010200920082007

PA AM RO

44.219

34.492

86.856

Entre dezembro e maio, as empresas da construção em todo país registraram contratação líquida de 186,9 mil trabalhadores, um aumento de 17,5% sobre o saldo do mesmo período de 2011. Com isso, o número de empregados no setor em maio atingiu 3,4 milhões. A região Norte apresenta a maior taxa de crescimento no ano, com destaque para o Amapá e o Pará. No Nordeste, destacaram-se Pernambuco e Paraíba.

EMPREGo nA ConSTRução CIVIl

ESTADoS quE MAIS EMPREGAM nA REGIão noRDESTE ESTADoS quE MAIS EMPREGAM nA REGIão noRTE

dezembro dezembro

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junho 2012 29Conjuntura da Construção

Emprego da construção nos Estados

Período

Região Sudeste Região Sul Região Centro-oeste

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo Paraná

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso Goiás

Distrito federal

2011 Jun 391.603 72.670 307.756 818.749 173.147 116.339 154.716 34.834 39.259 97.536 85.046

Jul 393.971 72.941 312.165 825.704 174.224 118.375 155.883 35.349 40.559 99.568 85.788

Ago 398.285 74.426 317.091 830.054 176.599 120.087 157.516 35.751 42.190 99.929 86.827

Set 403.097 74.508 320.898 832.778 178.107 121.091 159.173 35.828 42.981 100.998 87.243

out 405.313 74.407 321.444 835.699 178.453 121.467 161.145 36.182 42.993 100.390 87.832

nov 398.485 73.687 322.098 830.183 177.482 121.476 160.938 35.453 41.908 96.905 87.141

Dez 381.110 72.432 319.614 816.305 172.764 117.137 157.845 33.546 38.608 90.137 84.933

2012 Jan 387.574 73.393 325.851 829.571 177.281 120.400 160.794 34.322 39.446 92.010 86.261

fev 394.100 73.654 334.203 835.124 178.663 121.489 161.632 34.952 39.589 92.999 88.035

Mar 401.520 75.394 338.760 845.416 179.235 122.418 162.805 34.983 40.821 95.914 89.802

Abr 408.106 77.028 345.165 858.530 181.495 124.293 165.116 35.980 43.333 100.528 90.416

Mai 412.608 76.422 348.190 857.729 184.345 124.688 166.245 36.265 45.176 101.682 90.414

Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE

dezembro

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

2012*20112010200920082007

São Paulo

Rio de Janeiro

Minas Gerais

412.608348.190

857.729

Fonte: SindusCon-SP/FGV e MTE *maio

Fonte: SindusCon-SP/FGV e MTE *maio

50.000

100.000

150.000

200.000

2012* 20112010200920082007

RS SCPR 184.345

124.688

166.245

A região Sudeste compreende 50% do total de empregados com carteira na construção e registrou expansão de 7,6% até maio, em relação ao mesmo período de 2011. Nessa mesma comparação, a região Sul apresentou a alta de 7,9%. Na região Centro-Oeste, o emprego apresentou elevação de 8,1%.

ESTADoS quE MAIS EMPREGAM nA REGIão SuDESTE

EMPREGo nA REGIão Sul

Fonte: SindusCon-SP/FGV e MTE *maio

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2012*20112010200920082007

DFGO MT MS

36.26545.176

101.682

90.414

EmPREGO nA REGIãO CEntRO-OEStE

dezembrodezembro

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30 junho 2012 Conjuntura da Construção

Emprego da construção brasileira por segmento

Período

obras Serviços

TotalPreparação de terreno Edificações

Infra-Estrutura

obras de instalação

obras de acabamento Total

Incorporação de imóveis

Engenharia e Arquitetura

outros serviços Total

2011 Jun 127.245 1.336.966 568.791 351.864 147.514 2.532.380 224.102 269.935 133.250 627.287 3.159.667

Jul 130.384 1.346.124 577.278 354.050 148.841 2.556.677 226.441 273.653 134.585 634.679 3.191.356

Ago 133.537 1.361.123 581.937 358.928 150.959 2.586.484 229.329 277.922 136.391 643.642 3.230.126

Set 136.828 1.367.763 589.509 364.102 152.185 2.610.387 232.070 281.740 137.465 651.275 3.261.662

out 136.817 1.373.238 590.896 366.634 152.397 2.619.982 235.205 284.403 138.168 657.776 3.277.758

nov 134.570 1.364.322 583.623 364.155 150.840 2.597.510 237.189 285.582 137.851 660.622 3.258.132

Dez 128.845 1.323.286 566.360 357.506 147.413 2.523.410 234.702 281.627 134.472 650.801 3.174.211

2012 Jan 127.565 1.344.057 574.352 364.617 150.765 2.561.356 240.073 284.934 138.725 663.732 3.225.088

fev 127.420 1.353.040 586.431 367.997 152.426 2.587.314 242.899 286.582 140.578 670.059 3.257.373

Mar 127.857 1.365.292 597.063 375.322 154.558 2.620.092 246.439 287.217 143.735 677.391 3.297.483

Abr 129.535 1.381.232 607.148 382.078 157.359 2.657.352 250.129 289.368 147.081 686.578 3.343.930

Mai 131.081 1.380.728 614.961 386.154 158.821 2.671.745 251.537 290.276 147.574 689.387 3.361.132

Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE

Nos primeiros cinco meses do ano, o emprego no segmento de Edificações, que representa 41% do emprego na construção, registrou crescimento de 4,7% comparado com o mesmo período do ano anterior. O segmento de Infraestrutura apresentou alta de 8,6% na mesma comparação. No segmento Serviços, a alta registrada pelo setor de Incorporação de Imóveis foi de 15,2% e de Engenharia e Arquitetura de 10,0%.

2012*20112010200920082007

825.673971.980

1.063.160

1.262.138 1.323.286 1.380.728

2012*20112010200920082007

112.643132.614

155.757

200.852234.702

251.537

2012*20112010200920082007

366.677431.740

493.022539.275 566.360

614.961

2012*20112010200920082007

158.941

196.815222.403

253.339281.627 290.276

Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maio Fonte:SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maio

Fonte:SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maioFonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maio

EmPREGO nO BRASIL - EdIFICAçõES

EmPREGO nO BRASIL - InCORPORAçãO dE ImóvEIS

EmPREGO nO BRASIL - InFRA-EStRutuRA

EmPREGO nO BRASIL - EnGEnhARIA E ARquItEtuRA

dezembro

dezembro

dezembro

dezembro

Page 31: ERESASMP DA ConSTRução DuPlICAM o PIB EM TRêS AnoSem 20 de dezembro de 1944, como pessoa jurídica de direito privado, tem por finalidade atuar no âmbito das Ciências Sociais,

junho 2012 31Conjuntura da Construção

Emprego da construção paulista por segmento

Período

obras Serviços

TotalPreparação de terreno Edificações

Infra-Estrutura

obras de instalação

obras de acabamento Total

Incorporação de imóveis

Engenharia e Arquitetura

outros serviços Total

2011 Jun 32.623 289.182 118.286 123.375 66.970 630.436 65.579 82.782 39.952 188.313 818.749

Jul 33.061 291.888 119.293 123.335 67.001 634.578 66.283 84.027 40.816 191.126 825.704

Ago 33.539 293.647 119.950 123.198 67.377 637.711 66.559 84.706 41.078 192.343 830.054

Set 33.740 293.620 120.639 123.140 67.505 638.644 66.778 85.958 41.398 194.134 832.778

out 33.563 293.597 121.792 124.064 66.790 639.806 67.348 86.753 41.792 195.893 835.699

nov 32.726 290.158 122.139 123.169 65.547 633.739 67.384 87.209 41.851 196.444 830.183

Dez 31.659 281.594 122.980 121.350 64.259 621.842 66.859 86.384 41.220 194.463 816.305

2012 Jan 31.862 286.843 124.609 122.855 65.528 631.697 67.794 87.182 42.898 197.874 829.571

fev 32.119 288.067 126.218 123.568 66.249 636.221 67.898 87.529 43.476 198.903 835.124

Mar 32.527 290.431 128.324 125.949 67.281 644.512 68.454 88.234 44.216 200.904 845.416

Abr 33.138 295.375 129.776 128.167 68.807 655.263 69.295 88.796 45.176 203.267 858.530

Mai 33.525 292.911 130.860 128.521 69.062 654.879 69.379 88.192 45.279 202.850 857.729

Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE

No Estado de São Paulo, a taxa de crescimento do emprego mantém-se abaixo da média nacional: 5,4% na comparação dos cinco primeiros meses contra mesmo período de 2011. No segmento Obras, Edificações registra a menor taxa com alta de 2,7%. Infraestrutura apresenta um crescimento de 10,1%. Nos segmentos de Incorporação de Imóveis e Engenharia e Arquitetura, houve aumento de 8,2% e 9,0%, respectivamente.

Fonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maio Fonte:SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maio

Fonte:SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maioFonte: SindusCon-SP/IBRE-FGV e MTE *maio

EmPREGO Em SãO PAuLO - EdIFICAçõES

EmPREGO Em SãO PAuLO - InCORPORAçãO dE ImóvEIS

EmPREGO Em SãO PAuLO - InFRA-EStRutuRA

EmPREGO Em SãO PAuLO - EnGEnhARIA E ARquItEtuRA

dezembro

dezembro

dezembro

dezembro

2012*20112010200920082007

76.115

96.108109.024 113.214

122.980130.860

2012*20112010200920082007

208.783237.929 250.800

273.210 281.594 292.911

2012*20112010200920082007

38.89745.807

51.855

60.99666.859 69.379

2012*20112010200920082007

50.651

64.57573.331

86.38478.818

88.192

Page 32: ERESASMP DA ConSTRução DuPlICAM o PIB EM TRêS AnoSem 20 de dezembro de 1944, como pessoa jurídica de direito privado, tem por finalidade atuar no âmbito das Ciências Sociais,

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