eof - e - tcu - 2014 - a 02

87
Aula 02 Execução Orçamentária e Financeira p/ TCU - Técnico Professor: Giovanni Pacelli 02269753127 - Jhonatha Fonseca

Upload: henesoares

Post on 06-Nov-2015

18 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Execução orçamentaria e financeira

TRANSCRIPT

  • Aula 02

    Execuo Oramentria e Financeira p/ TCU - TcnicoProfessor: Giovanni Pacelli

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 86

    AULA 02: Despesa: classificaes, etapas e estgios

    (empenho, liquidao e pagamento).

    SUMRIO PGINA 1.Apresentao 1

    2.Generalidades - Classificao conforme o MTO 2

    2.1.Classificao da despesa por esfera oramentria 4

    2.2.Classificao Institucional 7

    2.3.Classificao Funcional 9

    2.4.Classificao Programtica 15

    2.5.Meta Fsica 21

    2.6.Classificao por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso 22

    &ODVVLILFDomR TXDQWR j QDWXUH]D FODVVLILFDomRHFRQ{PLFD 29 2.7.1.Classificao da despesa quanto categoria

    econmica viso 4320/1964 29

    2.7.2.Classificao da despesa quanto categoria

    econmica viso Manual Tcnico do Oramento (MTO) 34

    2.8.Classificao por Identificador de Resultado Primrio 51

    3.Classificao da despesa quanto aos efeitos sobre o

    patrimnio pblico: efetivas e no efetivas (por

    mutao)

    52

    4.Tabela-sntese da classificao das despesas 56

    5.Etapas/estgios da despesa oramentria 62

    6.Execuo oramentria e financeira descentralizada 71

    7.Questes comentadas 75

    8.Lista das questes apresentadas 81

    1. APRESENTAO Pessoal aula de hoje veremos a classificao da despesa (completa

    e atualizada) e as etapas/estgios das despesas.

    Lembro que na aula anterior tratamos dos conceitos relacionados s

    despesas extraoramentrias.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 86

    2.GENERALIDADES - CLASSIFICAO CONFORME O MTO

    Apresento inicialmente a Figura 1 que a classificao da despesa

    conforme consta no SIAFI (Sistema de Administrao Financeira).

    Figura 1: Cdigo da Despesa

    Observamos que a despesa possui dois tipos de programao:

    programao qualitativa e programao quantitativa.

    A programao qualitativa se prope a responder os seguintes

    questionamentos constantes na Figura 2.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 86

    Figura 2: Programao Qualitativa

    Fonte: Manual Tcnico do Oramento (2013)

    Assim, do ponto de vista operacional, a programao qualitativa

    composta dos seguintes blocos de informao: classificao por esfera,

    classificao institucional, classificao funcional e estrutura

    programtica.

    A programao quantitativa formada pela programao fsica

    e pela programao financeira e se prope a responder os seguintes

    questionamentos constantes nas Figuras 3 e 4.

    Figura 3: Programao Fsica

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 86

    Figura 4: Programao Financeira

    2.1.Classificao da despesa por esfera oramentria

    A esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao

    Oramento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das

    Empresas Estatais (I), conforme disposto no 5 do art. 165 da

    CF/19881. Na base de dados do SIOP (Sistema de Planejamento e

    Oramento), o campo destinado esfera oramentria composto de

    dois dgitos conforme consta na Figura 5 e ser associado ao

    oramentria.

    1 A lei oramentria anual compreender:

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 86

    Figura 5: Esfera Oramentria

    O Oramento Fiscal (cdigo 10) corresponde aos Poderes da

    Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta,

    inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    O Oramento da Seguridade Social (cdigo 20) abrange todas

    as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou

    indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo

    Poder Pblico; e

    O Oramento de Investimento (cdigo 30) compreende

    oramento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente,

    detenha a maioria do capital social com direito a voto.

    O 2 do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Oramento

    da Seguridade Social ser elaborada de forma integrada pelos rgos

    responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, tendo

    em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada

    rea a gesto de seus recursos.

    Apesar de o nosso curso ser voltado para a Contabilidade Aplicada ao

    Setor Pblico gostaria de tecer alguns comentrios:

    1 Existem 3 espcies de leis oramentrias que norteiam o

    planejamento oramentrio segundo a CF/1988: o Plano Plurianual

    (PPA), a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e a Lei Oramentria

    Anual (LOA).

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 86

    2 Todas so leis ordinrias.

    3 A LDO deve estar de acordo com o PPA; enquanto a LOA deve estar

    de acordo com a LDO e o PPA.

    4 A LOA composta por trs oramentos: Oramento Fiscal (OF),

    Oramento da Seguridade Social (OSS) e Oramento de Investimento

    (OI).

    5 Compem o OF e OSS: a administrao direta, autarquias, fundaes

    pblicas e empresas estatais dependentes.

    6 Compem o OI as empresas estatais independentes, porm apenas

    as despesas relacionadas aos investimentos. As despesas operacionais

    do BNDES, por exemplo, esto fora.

    7 A diferenas entre o OF e o OSS que esto enquadrados neste

    ltimo as entidades da administrao direta, as autarquias, as fundaes

    pblicas e empresas estatais dependentes que atuem nessas 3 reas:

    sade, previdncia social e assistncia social.

    8 A LOA possui 4 etapas: (i)Elaborao; (ii)Discusso; (iii) Execuo

    Oramentria e Financeira; (iv) Controle e Avaliao.

    9 O SIOP, sistema de planejamento e oramento, amplamente

    utilizado em todas as etapas. Algum poderia questionar como se

    utilizaria o SIOP na terceira etapa. A resposta est no fato de que

    durante a 3 etapa - Execuo Oramentria e Financeira so abertos

    crditos adicionais. Os crditos adicionais so instrumentos retificadores

    da LOA.

    10 O SIAFI, sistema de administrao financeira, amplamente

    utilizado na 3 e 4 etapas.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 86

    2.2. Classificao Institucional

    A classificao institucional, na Unio, reflete as estruturas

    organizacional e administrativa e compreende dois nveis hierrquicos:

    rgo oramentrio e unidade oramentria (UO). As dotaes

    oramentrias, especificadas por categoria de programao em seu

    menor nvel, so consignadas s UOs, que so as responsveis pela

    realizao das aes. J o rgo oramentrio o agrupamento de UOs.

    O cdigo da classificao institucional, conforme consta na Figura 6,

    compe-se de cinco dgitos, sendo os dois primeiros reservados

    identificao do rgo e os demais UO.

    Figura 6: Classificao Institucional

    Um rgo ou uma UO no correspondem necessariamente a

    uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo:

    -71.000: Encargos Financeiros da Unio;

    -73.000: Transferncias a Estados, Distrito Federal e Municpios;

    -74.000: Operaes Oficiais de Crdito;

    -75.000: Refinanciamento Dvida Pblica Mobiliria Federal;

    -90.000: Reserva de Contingncia.

    Ressalto que essas dotaes so controladas por outros rgos. Por

    exemplo, os Encargos Financeiros da Unio so controlados parte pelo

    Ministrio da Fazenda (71.101) e parte pelo Ministrio do

    Planejamento (71.102).

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 86

    J foi cobrado em concurso pela banca Cespe a codificao das unidades

    oramentrias.

    Porm como gravar mais de 60 cdigos? Segue a dica:

    -Do cdigo 01.000 at o 09.000 Poder Legislativo; -Do cdigo 10.000 at o 19.000 Poder Judicirio; -Do cdigo 20.000 at o 90.000 Poder Executivo; -Cdigo 34.000 e 59.000 Respectivamente Ministrio Pblico da Unio e Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

    Vamos a uma questo sobre o que vimos at aqui.

    1. (Cespe/IPEA/2008/Gesto em Oramento) Na classificao

    institucional h rgos setoriais e unidades oramentrias que no

    correspondem aos rgos e entidades que compem a administrao

    pblica. Essas unidades oramentrias, todavia, so um conjunto de

    dotaes que so administradas por rgos do governo que tambm tm

    suas prprias dotaes.

    COMENTRIO A QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 86

    CERTO, basta se lembrar do exemplo: Encargos Financeiros da Unio.

    2.3. Classificao Funcional

    A classificao funcional formada por funes e subfunes e

    busca responder basicamente indagao HPTXHiUHDGHGHVSHVDDao JRYHUQDPHQWDO VHUi UHDOL]DGD". Cada atividade, projeto e operao especial identificar a funo e a subfuno s quais se

    vinculam.

    A atual classificao funcional foi instituda pela Portaria n 42, de

    14 de abril de 1999, do ento Ministrio do Oramento e Gesto (MOG), e

    composta de um rol de funes e subfunes prefixadas, que servem

    como agregador dos gastos pblicos por rea de ao governamental nos

    trs nveis de Governo.

    Trata-se de uma classificao independente dos programas e de

    aplicao comum e obrigatria, no mbito dos Municpios, dos

    Estados, do Distrito Federal e da Unio, o que permite a consolidao

    nacional dos gastos do setor pblico.

    Na base de dados do SIOP, existem dois campos correspondentes

    classificao funcional conforme constam na Figura 7.

    Figura 7: Classificao Funcional

    2.3.1. Funo

    A funo pode ser traduzida como o maior nvel de agregao das

    diversas reas de atuao do setor pblico. Reflete a competncia

    institucional do rgo, como, por exemplo, cultura, educao, sade,

    defesa, que guarda relao com os respectivos Ministrios.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 86

    A funo Encargos Especiais (funo 28) engloba as despesas que

    no podem ser associadas a um bem ou servio a ser gerado no processo

    produtivo corrente, tais como dvidas, ressarcimentos, indenizaes e

    outras afins, representando, portanto, uma agregao neutra. Nesse

    caso, as aes estaro associadas aos programas do tipo operaes

    especiais que correspondem aos cdigos abaixo relacionados e constaro

    apenas do oramento, no integrando o PPA. A Figura 8 contm as

    subfunes integrantes da funo Encargos Especiais, enquanto a Figura

    9 contm os programas destinados exclusivamente s operaes

    especiais.

    Figura 8: Subfunes integrantes da Funo 28 (Encargos Especiais)

    Figura 9: Programas destinados exclusivamente s operaes especiais

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 86

    Assim, caso se utilize a classificao funcional 28.843 (funo e

    subfuno), necessariamente se utilizar a classificao programtica

    0905 (programa).

    2.3.2. Subfuno

    A subfuno representa um nvel de agregao imediatamente

    inferior funo e deve evidenciar cada rea da atuao governamental,

    por intermdio da identificao da natureza das aes. As subfunes

    podem ser combinadas com funes diferentes daquelas

    relacionadas na Portaria MOG n 42, de 1999.

    As aes devem estar SEMPRE conectadas s subfunes que

    representam sua rea especfica.

    Existe tambm a possibilidade de matricialidade na conexo

    entre funo e subfuno, ou seja, combinar qualquer funo com

    qualquer subfuno, mas no na relao entre AO e SUBFUNO.

    Deve-se adotar como funo aquela que tpica ou principal do

    rgo. Assim, a programao de um rgo, via de regra,

    classificada em uma NICA FUNO, ao passo que a subfuno

    escolhida de acordo com a especificidade de cada ao.

    As funes e subfunes podem combinar entre si. Vejamos na prtica conforme consta na Lei Oramentria Anual de 2012.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 86

    Observa-se que dentro da funo 01 consta a subfuno 846 que

    tradicionalmente integra a funo encargos especiais.

    Por outro lado, dentro da funo 28 encargos especiais encontram-se

    diversas subfunes, alm das subfunes prprias daquela funo (841,

    842, 843, 844, 845, 846 e 847).

    Porm, ao escolher a subfuno deve estar conectada a uma ao

    especfica e vice-versa.

    Assim, a funo est relacionada ao rgo, enquanto a subfuno est

    relacionada ao. Vejamos exemplos:

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 86

    Observa-se no exemplo a confirmao de que a funo Energia est

    ligada ao MME, enquanto a funo Agricultura est ligada ao MAPA.

    Em ambos os casos, a SUBFUNO Comunicao Social est

    ligada AO Publicidade de Utilidade Pblica.

    (Cespe/IPEA/2008/Gesto em Oramento) A respeito das classificaes

    oramentrias e do ciclo oramentrio, julgue os item a seguir.

    2. Na atual estrutura de classificao das despesas, as subfunes

    podem ser combinadas com funes diferentes daquelas a que estejam

    vinculadas e, do mesmo modo, as aes, independentemente das

    funes e subfunes em que forem includas.

    COMENTRIO A QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 86

    2. Na atual estrutura de classificao das despesas, as subfunes

    podem ser combinadas com funes diferentes daquelas a que estejam

    vinculadas e, do mesmo modo, as aes, independentemente das

    funes e subfunes em que forem includas.

    ERRADO, existe tambm a possibilidade de matricialidade na conexo

    entre funo e subfuno, ou seja, combinar qualquer funo com

    qualquer subfuno, mas no na relao entre AO e SUBFUNO.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 86

    2.4.Classificao Programtica

    O Quadro 1 contm a classificao programtica. So trs nveis

    com cada um contendo 4 cdigos.

    Quadro 1: Classificao Programtica

    Programa Ao Subttulo

    AAAA B BBB CCCC

    Numrico2 Numrico Alfanumrico Numrico

    2.4.1.Programa

    O programa o instrumento de organizao da ao

    governamental visando concretizao dos objetivos pretendidos, sendo

    mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual 3.

    Existem segundo o PPA dois tipos de programas conforme consta no

    Quadro 2.

    Quadro 2: Tipos de programa no PPA 2012-2015

    Tipo de Programa Descrio

    Programa Temtico

    Aquele que expressa e orienta a ao

    governamental para a entrega de bens e servios

    sociedade.

    composto por Objetivos, Indicadores, Valor

    Global e Valor de Referncia.

    Programa de

    Gesto, Manuteno

    e Servios ao Estado

    Aquele que expressa e orienta as aes destinadas

    ao apoio, gesto e manuteno da atuao

    governamental.

    2 O manual utiliza o termo dgitos (que poderiam ser interpretados como letras ou nmeros), porm na prtica so 4 nmeros. 3 Inciso I do art. 5 da lei 12465/2011.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 86

    Figura 10: Integrao das aes oramentrias com o PPA

    Na Lei Oramentria Anual, conforme consta na Figura 1, no h

    meno aos objetivos e iniciativas mencionadas na Figura 10. Estes

    constam no Plano Plurianual.

    Por outro lado no PPA no discriminadas as Aes, estas so

    discriminadas exclusivamente na LOA4.

    4 1o do art. 8 da lei 12593/2012 (Plano Plurianual 2012-2015): As aes oramentrias sero discriminadas exclusivamente nas leis oramentrias anuais.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 86

    2.4.2.Ao

    Operao da qual resultam produtos (bens ou servios) que

    contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se

    tambm no conceito de ao as transferncias obrigatrias ou voluntrias

    a outros entes da Federao e a pessoas fsicas e jurdicas, na forma de

    subsdios, subvenes, auxlios, contribuies, entre outros, e os

    financiamentos.

    Existem 3 tipos de aes conforme mostra o Quadro 3.

    Quadro 3: Tipos de Aes

    Atividade Projetos Operaes Especiais

    Instrumento de programao utilizado para alcanar o objetivo de um programa

    Despesas que no contribuem

    para a manuteno, expanso ou

    aperfeioamento das aes de

    governo, das quais no resulta um

    produto e no geram

    contraprestao direta sob a

    forma de bens ou servios.

    Envolve um conjunto de operaes contnua e

    permanente

    Envolve um conjunto operaes limitadas no

    tempo

    Resulta produto/servios

    necessrio a manuteno da ao de governo

    Resulta produto que concorre para a expanso ou o aperfeioamento da

    ao de governo

    Mantm o mesmo

    nvel da produo

    pblica.

    Expandem a produo

    pblica ou criam

    infraestrutura para novas

    atividades, ou, ainda,

    implementam aes

    inditas num prazo

    determinado.

    As operaes especiais

    caracterizam-se por no retratar

    a atividade produtiva no

    mbito federal, podendo,

    entretanto, contribuir para a

    produo de bens ou servios

    sociedade, quando caracterizada

    por transferncias a outros entes.

    vedada a utilizao dos elementos da despesa 41,

    42, 43, 45 e 81 (contribuies, auxlios, subvenes

    sociais, subvenes econmicas e distribuies de

    carter constitucional ou legal)5.

    Elementos da despesa 41, 42, 43,

    45 e 81 6.

    Na sequncia a Figura 11 retrata a composio da ao

    oramentria.

    5 Voltarei com mais detalhes aps apresentar a classificao quanto natureza da despesa. 6 Voltarei com mais detalhes aps apresentar a classificao quanto natureza da despesa.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 86

    Figura 11: Composio da Ao

    Assim, a partir da identificao do 1 dos 4 dgitos da Ao pode-

    se identificar o tipo de Ao, desde que se detenha o conhecimento

    constante na Figura 12.

    Figura 12: 1 Dgito da Ao

    3.(Cespe/ ABIN/ 2010/ Oficial de Inteligncia/ Administrao) O

    instrumento de programao, que envolve uma ou mais operaes que

    se realizam de modo contnuo e permanente, resulta em um produto ou

    um servio necessrio manuteno da atuao governamental.

    COMENTRIO A QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 86

    Apesar da assertiva no ter dito com todas as letras que se referia a uma

    atividade, todos os conceitos se referem a mesma e esto compatveis,

    razo pela qual o gabarito est CERTO.

    Por fim, apresento na Figura 13 os exemplos de operaes

    especiais.

    Figura 13: Operaes Especiais

    Vamos fazer uma questo sobre isso.

    4. (Cespe/2007/TCU/Auditor Ministro Substituto) As despesas chamadas

    transferncias so consideradas operaes especiais, caracterizadas

    como neutras em relao ao ciclo produtivo sob a responsabilidade do

    administrador pblico.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 86

    COMENTRIO A QUESTO

    CERTO, as transferncias so ao do tipo operaes especiais.

    2.4.3. Subttulos

    As atividades, os projetos e as operaes especiais sero

    detalhados em subttulos, utilizados especialmente para identificar a

    localizao fsica da ao oramentria, no podendo haver, por

    conseguinte, alterao de sua finalidade, do produto e das metas

    estabelecidas.

    Vale ressaltar que o critrio para a priorizao da localizao

    fsica da ao oramentria no territrio o da localizao dos

    respectivos beneficiados.

    A adequada localizao do gasto permite maior controle

    governamental e social sobre a implantao das polticas pblicas

    adotadas, alm de evidenciar a focalizao, os custos e os impactos da

    ao governamental.

    A localizao do gasto poder ser de abrangncia nacional, no

    exterior, por Regio (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por

    Estado ou Municpio ou, excepcionalmente, por um critrio especfico,

    quando necessrio.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 86

    O subttulo dever ser usado para indicar a localizao geogrfica da

    ao ou operao especial da seguinte forma:

    1.Projetos: localizao da obra;

    2.Atividades: localizao dos beneficirios/pblico-alvo da ao (atributo

    novo no cadastro);

    3.Operaes especiais: utilizao do subttulo apenas quando for

    possvel, por exemplo, para identificar a localizao do recebedor dos

    recursos provenientes de transferncias.

    A partir do exerccio de 2013, ser utilizado o cdigo IBGE de 7 dgitos,

    inclusive no caso de alocaes oramentrias originrias de emendas

    parlamentares. Este, e no mais o cdigo do subttulo, passa a ser o

    atributo oficial para consultas de base geogrfica. Porm, para efeito

    legal e formal do oramento, continuar-se- adotando os 4 dgitos do

    subttulo.

    2.5. Meta fsica

    A meta fsica a quantidade de produto a ser ofertado por ao, de

    forma regionalizada, se for o caso, num determinado perodo, e instituda

    para cada ano. As metas fsicas so indicadas em nvel de subttulo

    e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operaes

    especiais.

    Ressalte-se que a territorializao das metas fsicas expressa nos

    localizadores de gasto previamente definidos para a ao. Exemplo: No

    caso da vacinao de crianas, a meta ser regionalizada pela quantidade

    de crianas a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado

    (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de mbito nacional e

    a despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a

    distribuio de livros didticos.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 86

    2.6. Classificao por IDOC, IDUSO e FONTE DE RECURSOS

    Seguindo na nossa aula apresento o Quadro 4 contendo

    classificao por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso.

    Quadro 4: Classificao por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso

    IDOC

    IDUSO

    Fonte

    AAAA.

    B

    C.DD

    Para fins didticos, vamos comear pelo IDUSO. O IDUSO destina-

    se a indicar se os recursos compem contrapartida nacional de

    emprstimos ou de doaes ou destinam-se a outras aplicaes,

    constando da LOA e de seus crditos adicionais. A especificao a que

    consta na Figura 14.

    Figura 14: IDUSO

    J o IDOC identifica as doaes de entidades internacionais ou

    operaes de crdito contratuais alocadas nas aes oramentrias,

    com ou sem contrapartida de recursos da Unio. Os gastos referentes

    contrapartida de emprstimos sero programados com o IDUSO

    LJXDODRXHR,'2&FRPRQ~PHURGDUHVSHFWLYDoperao de crdito, enquanto que, para as contrapartidas de

    GRDo}HVVHUmRXWLOL]DGRVR,'862HUHVSHFWLYR,'2&. O nmero do IDOC tambm pode ser usado nas aes de

    pagamento de amortizao, juros e encargos para identificar a operao

    de crdito a que se referem os pagamentos.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 86

    Quando os recursos no se destinarem contrapartida nem se

    referirem a doaes internacionais ou operaes de crdito, o

    ,'2& VHUi Nesse sentido, para as doaes de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate fome, dever ser

    utilizado o IDOC 24XDGUR FRQWpPH[HPSORVGHDSOLFDomRGRIDOD, IDUSO e Fonte de Recursos.

    Quadro 5: Exemplos de aplicao do IDOD, IDUSO e Fonte de Recursos.

    IDOC IDUSO Fonte de Recursos7

    Exemplo

    9999 0 1.00 Imposto 9999 0 2.50 Receita de Aluguis, de

    Servios. 2001 (seria o nmero

    imaginrio da operao de crdito)

    1 1.71 Operao de Crdito em contrapartida de emprstimo

    do BIRD 9999 5 2.94 Receita de doao destinada

    ao combate fome 1001 (seria o nmero imaginrio da doao

    internacional) 5 2.95 Receita de Doao

    Internacional

    9999 5 2.96 Receita de Doao Nacional

    Trabalhei no Quadro 5 com as seguintes situaes:

    (i) Receita de imposto que pela essncia no pede contrapartida; Receitas

    de doao nacionais; receitas de doao destinada ao combate fome que em exigem o IDOC 9999. (ii) Receita de operao de crdito e doaes internacionais pedem o

    nmero do IDOC.

    Por fim, queria deixar registrado que vimos na aula anterior os

    aspectos relacionados sobre a fonte de recursos.

    A classificao por fonte de recursos o instrumento criado para

    assegurar que receitas vinculadas por lei a finalidade especfica sejam

    7 As Figuras 15 e 16 evidenciaram os cdigos dos grupos fontes e especificao das fontes.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 86

    exclusivamente aplicadas em programas e aes que visem a consecuo

    de despesas ou polticas pblicas associadas a esse objetivo legal, as

    fontes/destinaes de recursos agrupam determinadas naturezas de

    receita conforme haja necessidade de mapeamento dessas aplicaes de

    recursos no oramento pblico, segundo diretrizes estabelecidas pela

    SOF.

    Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o cdigo

    de fonte/destinao de recursos exerce duplo papel no processo

    oramentrio: na receita, indica o destino de recursos para o

    financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a

    origem dos recursos que esto sendo utilizados.

    As Figuras 15 e 16 retratam respectivamente os grupos fontes e

    especificao das fontes.

    Figura 15: Grupo Fonte

    5. (Cespe/IPEA/2008/Gesto em Oramento) A classificao por fonte de

    recursos , a um s tempo, uma classificao da receita e da despesa.

    COMENTRIO A QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 86

    CERTO, o cdigo de fonte/destinao de recursos exerce duplo papel no

    processo oramentrio: na receita, indica o destino de recursos para o

    financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a

    origem dos recursos que esto sendo utilizados.

    Figura 16: Especificao da Fonte

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 86

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 86

    Assim, cada cdigo da Figura 16 representa uma possvel fonte de

    receita. Para cada fonte representa uma ou mais origens com um ou

    mais destinos.

    Utilizando o exemplo da aula anterior, o cdigo 01 representa as

    origens decorrentes do imposto de renda e do IPI e os seguintes

    destinos: Fundo de Participao dos Estados, Fundo de

    Participao dos Municpios e Fundos Constitucionais do Norte,

    Nordeste e Centro-Oeste.

    6. (Cespe/IPEA/2008/Gesto em Oramento) Suponha que a Unio

    tenha assinado contrato com um organismo internacional para a

    realizao de um programa de conscientizao da populao em relao

    disseminao de doenas sexualmente transmissveis. Parte do

    programa ser financiado por recursos externos, enquanto outra parte

    ficar sob a responsabilidade da Unio, a ttulo de contrapartida. Nessa

    situao, o registro da parcela custeada pela Unio, a natureza de

    contrapartida do gasto ser especificada na classificao da despesa

    correspondentes fonte de recursos.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 86

    COMENTRIO A QUESTO

    6. (Cespe/IPEA/2008/Gesto em Oramento) Suponha que a Unio

    tenha assinado contrato com um organismo internacional para a

    realizao de um programa de conscientizao da populao em relao

    disseminao de doenas sexualmente transmissveis. Parte do

    programa ser financiado por recursos externos, enquanto outra parte

    ficar sob a responsabilidade da Unio, a ttulo de contrapartida. Nessa

    situao, o registro da parcela custeada pela Unio, a natureza de

    contrapartida do gasto ser especificada na classificao da despesa

    correspondentes fonte de recursos.

    ERRADO, quando h contrapartida, tal registro fica evidenciado na

    classificao por Identificador de USO (IDUSO).

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 86

    2.7.&ODVVLILFDomRTXDQWRjQDWXUH]DFODVVLILFDomRHFRQ{PLFD Assim como as receitas que vimos na aula anterior, as despesas

    oramentrias se subdividem em despesas correntes e de capital. O

    Quadro 6 mostra as diferenas entre as despesas correntes e as despesas

    de capital.

    Quadro 6: Diferenas entre despesas correntes e de capital Despesas

    correntes

    As que no contribuem, diretamente, para a formao

    ou aquisio de um bem de capital.

    Despesas de

    capital

    As que contribuem, diretamente, para a formao ou

    aquisio de um bem de capital.

    2.7.1. Classificao da despesa quanto categoria econmica

    viso 4320/1964

    Na lei oramentria anual a despesa, tal qual a receita, apresenta a

    classificao quanto natureza (classificao econmica). A classificao

    econmica foi instituda pela lei 4320/1964 e adotada at hoje com as

    devidas modificaes institudas pela Portaria 163/2001.

    Diferentemente das receitas, as despesas merecem maiores cuidados,

    pois existem contedos da lei 4320/1964 e da portaria 163/2001 mais

    divergentes.

    As bancas cobram tanto pela lei 4320/1964 quanto pela Portaria

    163/2001 e atualizaes posteriores.

    Inicialmente apresento a vocs o Quadro 7 que contm a

    classificao econmica instituda pela lei 4320/1964.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 86

    Quadro 7: Classificao da Despesa conforme a Lei 4320/1964

    Despesa

    Corrente

    Despesas de

    Custeio

    Aquelas dotaes para manuteno de

    servios anteriormente criados, inclusive as

    destinadas a atender a obras de

    conservao e adaptao de bens

    imveis.

    Transferncias

    Correntes

    Aquelas dotaes para despesas as quais no

    corresponda contraprestao direta em bens

    ou servios, inclusive para contribuies e

    subvenes destinadas a atender

    manifestao de outras entidades de direito

    pblico ou privado.

    Despesa

    de

    Capital

    Investimentos

    As dotaes para o planejamento e a

    execuo de obras, inclusive as destinadas

    aquisio de imveis considerados

    necessrios realizao destas ltimas, bem

    como para os programas especiais de

    trabalho, aquisio de instalaes,

    equipamentos e material permanente e

    constituio ou aumento do capital de

    empresas que no sejam de carter

    comercial ou financeiro.

    Inverses

    Financeiras

    Despesas relacionadas :

    I - aquisio de imveis, ou de bens de

    capital j em utilizao;

    II - aquisio de ttulos representativos do

    capital de empresas ou entidades de

    qualquer espcie, j constitudas, quando a

    operao no importe aumento do capital;

    III - constituio ou aumento do capital

    de entidades ou empresas que visem a

    objetivos comerciais ou financeiros,

    inclusive operaes bancrias ou de seguros.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 86

    Transferncias

    de Capital

    So Transferncias de Capital as dotaes

    para investimentos ou inverses

    financeiras que outras pessoas de direito

    pblico ou privado devam realizar,

    independentemente de contraprestao

    direta em bens ou servios, constituindo

    essas transferncias auxlios ou

    contribuies, segundo derivem

    diretamente da Lei de Oramento ou de lei

    especialmente anterior, bem como as

    dotaes para amortizao da dvida pblica.

    Legenda: observe as classificaes com duplo grifo, seus nomes sero alterados pela

    portaria 163/2001.

    Observe que dentro das despesas de transferncias correntes esto

    inseridas as subvenes. Consideram-se subvenes as

    transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das

    entidades beneficiadas, distinguindo-se em sociais e econmicas.

    As subvenes sociais se destinam

    a instituies pblicas ou privadas de

    carter assistencial ou cultural,

    sem finalidade lucrativa.

    As subvenes econmicas se

    destinam a empresas pblicas ou

    privadas de carter industrial,

    comercial, agrcola ou pastoril.

    Ainda quanto s despesas, o Quadro 8 mostra a relao entre a

    classificao da despesa conforme a lei 4320/1964 e os elementos da

    despesa.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 86

    Quadro 8: Relao entre a classificao da despesa e os elementos da despesa

    Despesa

    Corrente

    Despesas de

    Custeio

    Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de Consumo,

    Servios de Terceiros, Encargos Diversos.

    Transferncias

    Correntes

    Subvenes Sociais, Subvenes Econmicas,

    Inativos, Pensionistas, Salrio Famlia e Abono

    Familiar, Juros da Dvida Pblica, Contribuies de

    Previdncia Social, Diversas Transferncias Correntes.

    Despesa

    de Capital

    Investimentos

    Obras Pblicas, Servios em Regime de

    Programao Especial, Equipamentos e

    Instalaes, Material Permanente, Participao em

    Constituio ou Aumento de Capital de Empresas ou

    Entidades Industriais ou Agrcolas.

    Inverses

    Financeiras

    Aquisio de Imveis, Participao em Constituio

    ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades

    Comerciais ou Financeiras, Aquisio de Ttulos

    Representativos de Capital de Empresa em

    Funcionamento, Constituio de Fundos Rotativos,

    Concesso de Emprstimos, Diversas Inverses

    Financeiras.

    Transferncias

    de Capital

    Amortizao da Dvida Pblica, Auxlios para Obras

    Pblicas, Auxlios para Equipamentos e Instalaes,

    Auxlios para Inverses Financeiras, Outras

    Contribuies.

    7.(TCU/2013/AFCE) A concesso de um emprstimo pelo ente

    classificada como investimento. J a amortizao de outro

    emprstimo anteriormente obtido constitui inverso financeira. E os

    juros sobre o emprstimo obtido constituem uma transferncia de

    capital.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 86

    COMENTRIOS QUESTO

    7.(TCU/2013/AFCE) De acordo com a lei 4320, julgue o item abaixo.

    A concesso de um emprstimo pelo ente classificada como

    investimento. J a amortizao de outro emprstimo anteriormente

    obtido constitui inverso financeira. E os juros sobre o emprstimo

    obtido constituem uma transferncia de capital.

    ERRADO, a concesso de um emprstimo pelo ente classificada como

    inverso financeira. J a amortizao de outro emprstimo

    anteriormente obtido constitui transferncia de capital. E os juros

    sobre o emprstimo obtido constituem uma transferncia corrente.

    A classificao que acabamos de ver (classificao da lei 4320/1964)

    no seguida nas atuais leis oramentrias da Unio, Estados, DF e

    Municpios, apesar disso a mesma cobrada em prova.

    A classificao que seguida nas leis oramentrias atuais (Unio,

    Estados, DF e Municpios) ser vista na sequncia: classificao quanto

    natureza conforme a Portaria 163/2001. Essa tambm cobrada em

    prova.

    Assim, ateno ao comando da questo.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 86

    2.7.2. Classificao da despesa quanto categoria econmica

    viso Manual Tcnico do Oramento (MTO)

    Os arts. 12 e 13 da Lei 4.320/1964 tratam da classificao da

    despesa por categoria econmica e elementos, os quais foram tratados

    nos Quadros 7 e 8.

    Ocorre que os Quadros 7 e 8, atualmente esto consubstanciados,

    com modificaes, no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF

    163/20018.

    O conjunto de informaes que formam o cdigo conhecido como

    classificao por natureza da despesa e informa a categoria econmica

    da despesa (1 cdigo), o grupo (2 cdigo) a que ela pertence, a

    modalidade de aplicao (3 e 4 cdigos) e o elemento da despesa

    (5 e 6 cdigos). A Figura 17 ilustra os nveis e cdigos, enquanto a

    Figura 18 ilustra o que cada nvel pretende se prope a responder.

    Figura 17: Nveis da classificao quanto natureza

    8 Art. 5o Em decorrncia do disposto no art. 3 a estrutura da natureza da despesa a ser observada

    na execuo oramentria de TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?facultativo, do elemento de despesa. Art. 3 A classificao da despesa, segundo a sua natureza, compe-se de:

    I - categoria econmica; II - grupo de natureza da despesa; III - elemento de despesa.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 86

    Figura 18: Nveis e perguntas a serem respondidas

    A Figura 19 ilustra a classificao quanto natureza para a despesa

    estabelecida pela portaria 163/2001 e que deve ser seguida por todos os

    entes (Unio, Estados, DF e Municpios).

    Figura 19: Classificao quanto natureza estabelecida pela portaria 163/2001

    A partir de agora, vamos apresentar os conceitos referentes ao

    2 nvel Grupo Natureza da Despesa, pois no 1 nvel Categoria econmica no h diferena (despesas correntes e de

    capital) [caso no tenha entendido compare os Quadros 7 e 9 com a

    Figura 19]. O Quadro 9 mostra a relao entre a categoria econmica e os

    grupos de natureza da despesa.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 86

    Quadro 9: Categoria econmica e os grupos de natureza da despesa

    Fazendo uma comparao entre o Quadro 9 e o Quadro 7

    observamos que h um diferena quanto classificao no 2 nvel.

    Vamos fazer uma questo sobre isso.

    8. (MJ/2013/Contador) A classificao da despesa por categoria

    econmica, diferentemente da classificao funcional, aponta os

    efeitos do gasto pblico sobre toda a economia.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 86

    COMENTRIOS QUESTO

    CERTO.

    Pessoal, vimos que a Banca em uma

    prova cobrou o conceito tradicional da

    lei 4320/1964 (questo 7) e em

    outra cobrou o conceito da portaria

    163/2001 (questo 8). Assim, a

    soluo gravar os dois.

    Outro ponto importante que no se pode relacionar o 2 nvel com o 1

    nvel seja na viso da lei 4320/1964, seja na viso da portaria 163/2001.

    Dessa forma, no se pode utilizar despesas de pessoal (2 nvel) em

    despesas de capital (1 nvel). Nem despesas com investimentos (2

    nvel) com despesas correntes (1 nvel). Falou em investimentos, se

    subtende despesas de capital. Falou despesas com juros, se subtende despesas

    correntes. Vamos agora aos conceitos do 2 nvel segundo a portaria

    163/2001, os quais esto dispostos no Quadro 10.

    Lembro que o grupo natureza da despesa (2 nvel) um agregador

    de elemento de despesa com as mesmas caractersticas quanto ao objeto

    de gasto.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 86

    Quadro 10: Despesas do grupo natureza da despesa conforme a portaria 163/2001

    Pessoal e

    Encargos

    Sociais

    Despesas oramentrias com pessoal ativo, inativo e

    pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funes ou

    empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer

    espcies remuneratrias, tais como vencimentos e vantagens,

    fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria, reformas

    e penses, inclusive adicionais, gratificaes, horas extras e

    vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos

    sociais e contribuies recolhidas pelo ente s entidades de

    previdncia, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei

    Complementar 101, de 2000.

    Juros e

    Encargos da

    Dvida

    Despesas oramentrias com o pagamento de juros,

    comisses e outros encargos de operaes de crdito internas

    e externas contratadas, bem como da dvida pblica mobiliria.

    Outras

    Despesas

    Correntes

    Despesas oramentrias com aquisio de material de

    consumo, pagamento de dirias, contribuies,

    subvenes, auxlio-alimentao, auxlio-transporte, alm de

    outras despesas da categoria econmica "Despesas Correntes"

    no classificveis nos demais grupos de natureza de despesa.

    Investimentos

    Despesas oramentrias com softwares e com o planejamento

    e a execuo de obras, inclusive com a aquisio de imveis

    considerados necessrios realizao destas ltimas, e com a

    aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente.

    Inverses

    Financeiras

    Despesas oramentrias com a aquisio de imveis ou bens

    de capital j em utilizao; aquisio de ttulos representativos

    do capital de empresas ou entidades de qualquer espcie, j

    constitudas, quando a operao no importe aumento do capital;

    e com a constituio ou aumento do capital de empresas,

    alm de outras despesas classificveis neste grupo.

    Amortizao

    da Dvida

    Despesas oramentrias com o pagamento e/ou

    refinanciamento do principal e da atualizao monetria ou

    cambial da dvida pblica interna e externa, contratual ou

    mobiliria.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 86

    Fazendo uma comparao entre o Quadro 10 e os Quadros 7 e 8

    observamos que existem diferenas. Como nosso tempo curto eu

    poupei o trabalho e resumi as mesmas no Quadro 11.

    Quadro 11: Diferenas entre a portaria 163/2001 e a lei 4320/1964

    Elemento Portaria

    163/2001 Lei 4320/1964

    Juros Juros e encargos

    da dvida

    Transferncias

    Correntes

    Material de Consumo Outras despesas

    correntes Custeio

    Inativos Pessoal Transferncias

    Correntes

    Aquisio de Software

    Despesa de

    capital

    investimento

    Omissa

    Subvenes e Contribuies Outras despesas

    correntes

    Transferncias

    correntes

    Contribuies e Auxlios

    Investimento e

    Inverses

    Financeiras

    Transferncias

    de capital

    Constituio ou Aumento de Capital de

    Empresas ou Entidades que no visem a

    objetivos comerciais ou financeiros

    (Industriais ou Agrcolas) Inverses

    Financeiras9

    Investimentos

    Constituio ou aumento do capital de

    entidades ou empresas que visem a

    objetivos comerciais ou financeiros

    Inverses

    Financeiras

    9 Art.7 Lei 12919/2013 (LDO).

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 86

    Voc que est ligadssimo (a) na aula

    deve ter observado que existem

    despesas de contribuies que

    so despesas correntes e existem

    despesas de contribuies que

    so despesas de capital.

    Vamos aprofundar isso quando

    chegarmos ao elemento da

    despesa.

    Vamos agora para o 3 nvel (3 e 4 cdigos) a modalidade de

    aplicao conforme consta na Figura 3. Sabemos que a modalidade de

    aplicao define a estratgia de utilizao da despesa. Existem 3

    tipos de estratgias de aplicao as quais constam no Quadro 12.

    Quadro 12: Estratgias de aplicao dos recursos

    Estratgia Forma de aplicao

    Diretamente

    Pela unidade detentora do crdito oramentrio

    OU, em decorrncia de descentralizao de

    crdito oramentrio, por outro rgo ou entidade

    integrante dos Oramentos Fiscal ou da Seguridade

    Social.

    Indiretamente,

    mediante

    transferncia

    Por outras esferas de governo, seus rgos, fundos

    ou entidades ou por entidades privadas, exceto as

    que forem por delegao.

    Indiretamente,

    mediante

    delegao

    Por outros entes da Federao ou consrcios pblicos

    para a aplicao de recursos em aes de

    responsabilidade exclusiva da Unio que

    impliquem preservao ou acrscimo no valor

    de bens pblicos federais.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 86

    A modalidade de aplicao objetiva, principalmente, eliminar a

    dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados,

    conforme discriminado na Figura 19.

    Figura 19: Modalidades de aplicao utilizadas

    Voc deve estar se perguntando, tenho que decorar isso tudo? A

    resposta no. Acredito inclusive que as bancas em geral, no entram

    em tanto detalhe. Porm, como vamos fazer uma prova do Cespe pode

    ser que isto seja cobrado. Assim, temos que minimizar os esforos. O

    Quadro 13 contm o que entendo que voc deve decorar.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 86

    Quadro 13: Modalidades de aplicao esquema de memorizao Estratgia Cdigos da modalidade

    Diretamente 90, 91, 93 e 94

    Indiretamente, mediante delegao10 22, 32, 42 e 72

    Indiretamente, mediante transferncia As demais.

    $VVLP UHGX]LPRV QRVVD GHFRUHED D VHLV FyGLJRV $QWHV GHadentrarmos nas diferenas entre delegao e transferncia, gostaria de

    destacar a modalidade de aplicao 91 - Aplicao Direta

    Decorrente de Operao entre rgos, Fundos e Entidades

    Integrantes dos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social. Essa

    modalidade que combinada com a classificao da receita

    intraoramentria (4.7 e 4.8) evita a dupla contagem.

    Qualquer dvida quanto receita intraoramentria, retorne aula

    anterior.

    Vamos a um exemplo: suponha que a CGU (administrao direta)

    resolva fazer um concurso e que contrate mais uma vez a ESAF (integra a

    estrutura do Ministrio da Fazenda). Assim, a CGU e a ESAF fazem parte

    do Oramento Fiscal e da Seguridade Social. Pergunta: Como seria

    computada a receita e a despesa neste caso? O Quadro 14 responde

    esse questionamento.

    10 Conforme o art. 61 do PLDO 2013:

    Art. 61. A entrega de recursos aos Estados, Distrito Federal, Municpios e consrcios pblicos em decorrncia de delegao para a execuo de aes de responsabilidade exclusiva da Unio, das quais resulte

    preservao ou acrscimo no valor de bens pblicos federais, no se configura como transferncia

    voluntria e observar as modalidades de aplicao a que se refere o art. 7o, 8o, incisos III, VI e X. 1 A destinao de recursos nos termos do caput observar o disposto nesta Seo, salvo a exigncia prevista no caput do art. 60. 2 facultativa a exigncia de contrapartida na delegao de que trata o caput.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 86

    Quadro 14: Exemplo de operao intraoramentria

    rgos e entidades integrantes do Oramento Fiscal e da Seguridade Social

    Despesa para a CGU Receita para a ESAF

    Despesa com servios de terceiros-

    pessoa jurdica.

    Receita de servios.

    3.3.91.39 7.6.x.x.xx.xx

    Despesa corrente/outras despesas

    correntes/ Aplicao Direta

    Decorrente de Operao entre

    rgos, Fundos e Entidades

    Integrantes dos Oramentos Fiscal

    e da Seguridade Social/ Servios

    de terceiros pessoa jurdica

    Receita intraoramentria

    corrente/servios

    Legenda: cada grifo simples ou duplo relaciona os cdigos a descrio.

    Vamos agora a diferena entre transferncia e delegao conforme

    consta no Quadro 15.

    Quadro 15: Diferena entre transferncia e delegao

    Transferncia

    $ GHVLJQDomR WUDQVIHUrQFLD QRV WHUPRV GR DUW GD /HL no 4.320/1964 (Quadro 9), corresponde entrega de recursos

    financeiros a outro ente da Federao, a consrcios pblicos ou a

    entidades privadas, com e sem fins lucrativos, a que no

    corresponda contraprestao direta em bens ou servios.

    Os bens ou servios gerados ou adquiridos com a aplicao

    desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimnio

    do ente ou da entidade recebedora.

    Delegao

    Entende-se por delegao a entrega de recursos financeiros a

    outro ente da Federao ou a consrcio pblico para execuo

    de aes de responsabilidade ou competncia do ente

    delegante. Deve observar a legislao prpria do ente e as

    designaes da Lei de Diretrizes Oramentrias, materializando-se

    em situaes em que o recebedor executa aes em nome

    do transferidor.

    Os bens ou servios gerados ou adquiridos com a aplicao

    desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimnio

    de quem os entrega, ou seja, do transferidor.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 86

    A Figura 20 ilustra a relao entre as estratgias e as modalidades

    de aplicao.

    Figura 20: Modalidades de aplicao e estratgias

    Observamos que as transferncias se constituem em gastos

    no efetivos, uma vez que os produtos gerados no se incorporam ao

    patrimnio do ente transferidor, mas ao patrimnio do ente recebedor.

    Por outro lado, as delegaes se constituem em gastos

    efetivos, uma vez que os produtos gerados no se incorporam ao

    patrimnio do ente recebedor, mas ao patrimnio do ente transferidor.

    Vimos tambm que na Figura 20 fao meno aos elementos da

    despesa 41, 42, 43, 45 e 81 como gastos no efetivos. Vamos ento

    explicar o que viria a ser o elemento da despesa.

    O elemento de despesa tem por finalidade identificar os

    objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,

    dirias, material de consumo, servios de terceiros prestados sob

    qualquer forma, subvenes sociais, obras e instalaes, equipamentos e

    material permanente, auxlios, amortizao e outros que a Administrao

    Pblica utiliza para a consecuo de seus fins. Os cdigos dos

    elementos da despesa variam de 1 a 99. Seria desnecessrio inseri-

    los na aula.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 86

    Ao invs disso, vamos focar em alguns elementos da despesa: os

    gastos no efetivos representados pelos elementos que constam no

    Quadro 16.

    Quadro 16: elementos da despesa dos gastos no efetivos Elemento Descrio conforme a Portaria 163/2001

    41- Contribuies

    Despesas oramentrias para as quais no correspondam

    contraprestao direta em bens e servios e no sejam

    reembolsveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a

    atender a despesas de manuteno de outras entidades de

    direito pblico ou privado, observado o disposto na

    legislao vigente.

    42- Auxlios

    Despesas oramentrias destinadas a atender a

    despesas de investimentos ou inverses financeiras de

    outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins

    lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25

    e 26 da Lei Complementar no 101/2000.

    43- Subvenes

    sociais

    Despesas oramentrias para cobertura de despesas de

    instituies privadas de carter assistencial ou cultural,

    sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16, pargrafo

    nico, e 17 da Lei no 4.320, de 1964, observado o disposto no art. 26 da LRF11.

    Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras

    a concesso de subvenes sociais visar a prestao de

    servios essenciais de assistncia social, mdica e

    educacional, sempre que a suplementao de recursos

    de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-

    se mais econmica12.

    45- Subvenes

    econmicas

    Despesas oramentrias com o pagamento de

    subvenes econmicas, a qualquer ttulo, autorizadas em

    leis especficas, tais como: ajuda financeira a entidades

    privadas com fins lucrativos; concesso de bonificaes

    a produtores, distribuidores e vendedores; cobertura,

    direta ou indireta, de parcela de encargos de

    emprstimos e financiamentos e dos custos de aquisio, de produo, de escoamento, de distribuio,

    de venda e de manuteno de bens, produtos e servios

    em geral; e, ainda, outras operaes com caractersticas

    semelhantes13.

    11 MTO 2012. 12 Art. 16 da lei 4320/1964. 13 MTO 2012.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 86

    A cobertura dos dficits de manuteno das empresas pblicas,

    de natureza autrquica ou no, far-se- mediante subvenes

    econmicas expressamente includas nas despesas correntes

    do oramento da Unio, do Estado, do Municpio ou do Distrito

    Federal.14

    As dotaes destinadas a cobrir a diferena entre os preos de mercado e os preos de revenda, pelo Governo, de gneros alimentcios ou outros materiais As dotaes destinadas ao pagamento de bonificaes a

    produtores de determinados gneros ou materiais.

    81- Distribuio

    Constitucional ou

    Legal de Receitas

    Despesas oramentrias decorrentes da transferncia a

    outras esferas de governo de receitas tributrias, de

    contribuies e de outras receitas vinculadas, prevista na

    CF ou em leis especficas, cuja competncia de arrecadao

    do rgo transferidor. Lendo os conceitos do Quadro 16, observe que ainda no fica

    totalmente claro se as contribuies, auxlios e subvenes so despesas

    correntes ou de capital. Dessa forma, elaborei o Quadro 17 para suprir

    essa lacuna final de conhecimento.

    Quadro 17: Diferenas entre contribuies, auxlios e subvenes

    Caractersticas Contribuies Auxlios Subveno

    Social Subveno Econmica

    Categoria Econmica

    Despesa Corrente

    Despesa de Capital Despesa Corrente

    Entidade Destinatria

    Entidades pblicas ou privadas sem fins lucrativos

    Entidades privadas sem fins lucrativos que exeram atividades nas

    reas de assistncia

    social, sade e educao

    Entidades privadas com

    fins lucrativos; concesso de bonificaes a produtores,

    distribuidores e vendedores etc.

    Que no sejam as

    das subvenes

    sociais

    Srie de condies

    previstas na Lei

    12919/2013

    Deve estar prevista

    LOA Antes em Lei Especial

    LOA Antes em Lei

    Especfica

    Fonte: Portaria 163/2001; lei 4320/1964; lei 12.919/2013; IN 01/1997.

    14 Art. 17 da lei 4320/1964.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 86

    9. (Cespe/TRE-ES/2011/Analista Judicirio) Denomina-se auxlio a

    transferncia de recursos consignados na lei de oramento anual de um

    ente da Federao para outro para a aquisio de ttulos representativos

    do capital de empresas j constitudas.

    COMENTRIOS QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 86

    CERTO, a aquisio de ttulos uma despesa de capital de inverses

    financeiras. Auxlios so despesas oramentrias destinadas a atender

    a despesas de investimentos ou inverses financeiras de outras

    esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos.

    Assim, a assertiva se refere de fato despesa com auxlios.

    A seguir apresento a classificao completa dos elementos da

    despesa.

    Figura 21: Elementos da Despesa

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 86

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 86

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 86

    2.8. CLASSIFICAO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE

    RESULTADO PRIMRIO

    O identificador de resultado primrio, de carter indicativo, tem

    como finalidade auxiliar a apurao do resultado primrio previsto na

    LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os GNDs,

    identificando, de acordo com a metodologia de clculo das necessidades

    de financiamento, cujo demonstrativo constar em anexo LOA. De

    acordo com o MTO 2015, nenhuma ao poder conter, simultaneamente,

    dotaes destinadas a despesas financeiras e primrias, ressalvada a

    reserva de contingncia.

    Figura 22: Despesas por identificador de resultado primrio

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 86

    3. CLASSIFICAO DA DESPESA QUANTO AOS EFEITOS SOBRE O

    PATRIMNIO PBLICO: EFETIVAS E NO EFETIVAS (POR

    MUTAO)

    Para fins contbeis, quanto ao impacto na situao lquida

    SDWULPRQLDO D GHVSHVD SRGH VHU efetiva RX no-efetiva24XDGUR18 mostra a diferena entre as despesas efetivas e no efetivas.

    Quadro 18: Despesas efetivas e no efetivas

    Classificao Conceito

    Exemplo

    de

    despesa

    corrente

    Exemplo de

    despesa de

    capital

    Despesa

    Oramentria

    Efetiva

    Aquela que, no momento de

    sua realizao, reduz a

    situao lquida

    patrimonial da entidade.

    Constitui fato contbil

    modificativo diminutivo.

    Despesas

    de pessoal

    e encargos

    sociais;

    juros de

    encargos

    da dvida.

    Despesas com

    transferncias

    de capital

    (despesas com

    auxlios).

    Despesa

    Oramentria

    no Efetiva (por

    mutao

    patrimonial)

    Aquela que, no momento da

    sua realizao, no reduz a

    situao lquida

    patrimonial da entidade e

    constitui fato contbil

    permutativo. Neste caso,

    alm da despesa

    oramentria, registra-se

    concomitantemente conta de

    variao aumentativa para

    anular o efeito dessa despesa

    sobre o patrimnio lquido da

    entidade.

    Despesa

    como

    aquisio

    de material

    de

    consumo.

    Despesas com

    investimentos,

    inverses

    financeiras e

    amortizao da

    dvida.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 86

    Em regra as despesas correntes so

    despesas efetivas e as despesas de

    capital so no efetivas. Porm,

    existem despesas correntes no

    efetivas (despesa com aquisio de

    material de consumo para estoque e

    despesa com adiantamento) e despesas

    de capital efetivas (transferncias de

    capital).

    Na despesa no efetiva ocorre a sada de recursos financeiros a

    SDUWLU GR JDQKRGHXPEHPRXGR VXUJLPHQWRGHXPGLUHLWR RX GDEDL[D GH XPD REULJDomR DQWHULRUPHQWH FRQWUDtGD 1D GHVSHVD HIHWLYDoFRUUHDVDtGDGHGLQKHLURVHPHQWUDUXPEHPRXVXUJLUXPGLUHLWRRXVHPRFRUUHUDEDL[DXPDREULJDomRDQWHULRUFRQWUDtGD24XDGURmostra alguns exemplos.

    Quadro 19: Exemplos de despesas no efetivas (por mutao patrimonial)

    Exemplo de

    despesas

    eJDQKRXPbem/direito ou

    GDGDEDL[DHPXPDREULJDomR"

    Como se d o processo?

    Investimento

    dada a entrada

    de um bem

    intangvel

    (software).

    Ao final da execuo da despesa

    (empenho, liquidao e pagamento)

    ocorre uma diminuio do caixa (no

    ativo) e um aumento de um bem no

    ativo permanente (ativo intangvel).

    Inverses

    Financeiras

    dada a entrada

    de um bem imvel

    j em utilizao.

    Ao final da execuo da despesa

    (empenho, liquidao e pagamento)

    ocorre uma diminuio do caixa (no

    ativo) e um aumento de um bem no

    ativo permanente (ativo imobilizado).

    Amortizao da

    Dvida

    dada a baixa em

    uma obrigao

    (emprstimos a

    pagar).

    Ao final da execuo da despesa

    (empenho, liquidao e pagamento)

    ocorre uma diminuio do caixa (no

    ativo) e uma diminuio de uma

    obrigao (no passivo).

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 86

    Aquisio de

    material de

    consumo

    dada a entrada

    de um bem

    (material de

    consumo).

    Ao final da execuo da despesa

    (empenho, liquidao e pagamento)

    ocorre uma diminuio do caixa (no

    ativo) e um aumento de um bem,

    aumento do estoque de material de

    consumo (tambm no ativo).

    Legenda: Lembre-se de que o patrimnio composto por bens, direitos e

    obrigaes.

    10. (TCE-ES/2013/Contador) As despesas oramentrias podem ser

    classificadas em despesas efetivas e despesas no efetivas. Com relao

    a essas modalidades de despesas, assinale a opo correta.

    a) As despesas no efetivas so oriundas de fatos permutativos,

    produzem mutaes patrimoniais e no alteram o patrimnio lquido.

    b) As despesas no efetivas alteram o patrimnio lquido, sendo oriundas

    de fatos modificativos diminutivos.

    c) As despesas no efetivas so oriundas de fatos permutativos e, por

    no produzirem mutaes patrimoniais, so consideradas como despesas

    no conceito contbil.

    d) As despesas efetivas so oriundas de fatos permutativos, produzem

    mutaes patrimoniais e no alteram o patrimnio lquido.

    e) As despesas efetivas so consideradas fatos modificativos diminutivos

    que no alteram o patrimnio lquido.

    COMENTRIOS QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 86

    10. (TCE-ES/2013/Contador) As despesas oramentrias podem ser

    classificadas em despesas efetivas e despesas no efetivas. Com relao

    a essas modalidades de despesas, assinale a opo correta.

    a) As despesas no efetivas so oriundas de fatos permutativos,

    produzem mutaes patrimoniais e no alteram o patrimnio lquido.

    CERTO.

    b) As despesas no efetivas alteram o patrimnio lquido, sendo

    oriundas de fatos modificativos diminutivos.

    ERRADO, no alteram, so oriundas de fatos permutativos e e no

    alteram o patrimnio lquido.

    c) As despesas no efetivas so oriundas de fatos permutativos e, por

    no produzirem mutaes patrimoniais, so consideradas como

    despesas no conceito contbil.

    ERRADO, no so despesas para fins de conceito contbil

    (diminuio do PL).

    d) As despesas efetivas so oriundas de fatos permutativos,

    produzem mutaes patrimoniais e no alteram o patrimnio

    lquido.

    ERRADO, as despesas efetivas so alteram o patrimnio lquido,

    sendo oriundas de fatos modificativos diminutivos.

    e) As despesas efetivas so consideradas fatos modificativos diminutivos

    que no alteram o patrimnio lquido.

    ERRADO, as despesas efetivas so consideradas fatos

    modificativos diminutivos que alteram o patrimnio lquido.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 86

    4. TABELA-SNTESE DA CLASSIFICAO DA DESPESA

    Despesa quanto categoria

    econmica

    Classificao quanto aos efeitos sobre o Patrimnio Lquido

    Classificao quanto ao resultado primrio

    Efetiva No efetiva Primria Financeira

    Corrente Em regra as despesas

    correntes.

    Aquisio de material de consumo.

    Pessoal e Encargos Sociais (GND 1) e Outras Despesas

    Correntes (GND 3).

    Juros e Encargos

    da Dvida (GND 2)

    Capital Despesas com transferncias

    de capital: auxlios e contribuies de capital.

    Em regra as despesas de

    capital. Investimentos (GND 4).

    Amortizao da

    Dvida (GND 6)

    A classificao quanto ao resultado primrio mostrada na Tabela Sntese corresponde a classificao constante no

    Manual de Demonstrativos Fiscais (2011 vlido para 2012).

    Note que ficou faltando o Grupo Natureza da Despesa (GND) 5 Inverses Financeiras. Isso porque existem tipos de despesas neste grupo que so despesas financeiras e o restante so despesas primrias.

    As despesas financeiras do GND 5 so: Concesso de Emprstimos e Aquisio de Ttulo de Capital j Integralizado. As

    demais inverses financeiras so despesas primrias. Caso a questo seja omissa, considere as inverses financeiras

    despesas primrias.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 86

    Vamos fazer uma questo radical sobre classificao da despesa.

    (Cespe/2010/ABIN/Administrao) O oramento pblico organizado

    por meio de um sistema de classificao estruturado para oferecer, de

    maneira detalhada, informaes relevantes a respeito do uso dos

    recursos pblicos. A estrutura completa de programao oramentria,

    constante dos manuais tcnicos de oramento 2010 e 2011, da

    Secretaria de Oramento Federal, composta de trinta e sete dgitos,

    que indicam, pela ordem, a esfera oramentria, composta por dois

    dgitos; a classificao institucional; a classificao funcional; o

    programa, a ao; o subttulo, composto por 4 dgitos; os identificadores

    de operao de crdito e de uso, ambos totalizando cinco dgitos; a

    fonte de recursos; a categoria econmica, o grupo e a modalidade de

    aplicao da despesa; e o identificador de resultado primrio. Com base

    nessas informaes, julgue os itens a seguir, tendo como referncia a

    seguinte estrutura completa de programao oramentria:

    10.13.101.04.123.0750.2272.0001.9999.0.100.3390.0.

    11. Pela estrutura de programao apresentada, correto inferir que

    sero aplicados recursos do Tesouro Nacional na modalidade direta.

    12.A dotao oramentria pode referir-se aquisio de material de

    consumo ou ao pagamento de dirias.

    13.A despesa pode ser tanto objeto de limitao de empenho quanto de

    movimentao financeira.

    14. A dotao oramentria refere-se a rgo do Poder Executivo na

    esfera fiscal.

    COMENTRIOS A QUESTO

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 86

    11. Pela estrutura de programao apresentada, correto inferir que

    sero aplicados recursos do Tesouro Nacional na modalidade direta.

    CERTO. Primeiro vamos localizar a classificao quanto natureza:

    10.13.101.04.123.0750.2272.0001.9999.0.100.3390.0.

    Assim, observa-se que os cdigos representam: 3:Despesas Correntes;

    3:Outras Despesas Correntes; e 90: Aplicao Direta, corroborando esta

    ltima a questo.

    12.A dotao oramentria pode referir-se aquisio de material de

    consumo ou ao pagamento de dirias.

    CERTO. Tendo em vista que quando da publicao da LOA no

    detalhado o elemento da despesa, tal situao ocorre.

    13.A despesa pode ser tanto objeto de limitao de empenho quanto

    de movimentao financeira.

    ERRADO. Primeiro vamos localizar a classificao quanto ao

    identificador de resultado primrio:

    10.13.101.04.123.0750.2272.0001.9999.0.100.3390.0. Assim, observa-

    se que o cdigo representa: despesa financeira. Esse tipo de despesa

    relacionado ao servio da dvida, no pode sofrer limitao de empenho

    e movimentao financeira.

    14. A dotao oramentria refere-se a rgo do Poder Executivo na

    esfera fiscal.

    ERRADO. Primeiro vamos localizar a classificao por esfera e

    institucional:

    10.13.101.04.123.0750.2272.0001.9999.0.100.3390.1.

    Assim, observa-se que os cdigos representam um rgo do Poder

    Judicirio. A esfera est correta.

    Pegando o gancho na questo 11 seguem comentrios sobre o

    princpio oramentrio da especificao/discriminao.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 86

    A Lei n 4.320/64, em seu art. 15, determina que, na Lei de Oramento,

    a discriminao da despesa far-se- no mnimo por elementos. J a

    Portaria STN/SOF n 163/2001, determina que, na Lei de Oramento, a

    discriminao da despesa, quanto sua natureza, far-se-, no

    mnimo, por categoria econmica, grupo de natureza de despesa

    e modalidade de aplicao. Como a esfera federal trata a elaborao

    do oramento, quanto ao nvel de desdobramento da despesa?

    A Portaria Interministerial STN/SOF n 163/2001, em seu artigo 6

    determina que "Na lei oramentria, a discriminao da despesa, quanto

    sua natureza, far-se-, no mnimo, por categoria econmica, grupo de

    natureza de despesa e modalidade de aplicao".

    Por conta disso, passou a ser opcional o detalhamento por elemento de

    despesa. Assim, o detalhamento por elemento de despesa dever

    ento ser realizado no momento da execuo. Desta forma, em

    mbito do Governo Federal o oramento aprovado por grupo de

    natureza da despesa, acrescida da informao gerencial

    modalidade de aplicao, sendo o elemento indicado no

    momento da execuo da despesa.

    A Lei n 4.320/1964 introduziu em seus dispositivos a necessidade de o

    oramento evidenciar os programas de governo.

    Art. 2. A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmico-financeira e o

    programa de trabalho do governo, obedecidos aos princpios de unidade,

    universalidade e anualidade

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 86

    A partir da edio da Portaria MOG n 42/1999 aplicada Unio,

    Estados, Distrito Federal e Municpios, passou a ser obrigatria a

    identificao, nas leis oramentrias, das aes em termos de funes,

    subfunes, programas, projetos, atividades e operaes

    especiais:

    Art. 4 Nas leis oramentrias e nos balanos, as aes sero identificadas em termos de funes, subfunes, programas, projetos,

    atividades e operaes especiais

    Dessa forma, consolidada a importncia da elaborao do

    oramento por programa, com a viso de que o legislativo aprova as

    aes de governo buscando a aplicao efetiva do gasto, e no

    necessariamente os itens de gastos. A ideia dar transparncia

    populao e ao legislativo sobre o que ser realizado em um

    determinado perodo, por meio de programas e aes e quanto eles iro

    custar sociedade e no o de apresentar apenas objetos de gastos que,

    isoladamente, no garantem a transparncia necessria.

    A aprovao e a alterao da lei oramentria elaborada at o

    nvel de elemento de despesa poder ser mais burocrtica e,

    consequentemente, menos eficiente, pois exige esforos de

    planejamento em um nvel de detalhe que nem sempre ser

    possvel ser mantido. Por exemplo, se um ente tivesse no seu

    oramento um gasto previsto no elemento 39 Outros Servios de Terceiros Pessoa Jurdica e pudesse realizar esse servio com uma pessoa fsica, por um preo inferior, uma alterao oramentria por

    meio de lei demandaria tempo e esforo de vrios rgos, o que poderia

    levar em alguns casos, a contratao de um servio mais caro. No

    entanto, sob o enfoque de resultado, pouco deve interessar para a

    sociedade a forma em que foi contratado o servio, se com pessoa fsica

    ou jurdica, mas se o objetivo do gasto foi alcanado de modo eficiente.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 86

    Observa-se que a identificao, nas leis oramentrias, das

    funes, subfunes, programas, projetos, atividades e

    operaes especiais, em conjunto com a classificao do crdito

    oramentrio por categoria econmica, grupo de natureza de

    despesa e modalidade de aplicao, atende ao princpio da

    especificao. Por meio dessa classificao, evidencia-se como a

    administrao pblica est efetuando os gastos para atingir

    determinados fins.

    importante destacar que, a interpretao da Lei 4.320/64, no

    que se refere a elemento, no a mesma do elemento da

    despesa da Portaria STN/SOF n 163/2001. O conceito trazido na

    lei indica a necessidade de desdobramento das categorias econmicas

    correntes e de capital. Destacamos abaixo o disposto no artigo 15 da Lei

    4.320/64:

    1 Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com

    pessoal, material, servios, obras e outros meios de que se serve a

    administrao publica para consecuo dos seus fins.

    A Lei de Diretrizes Oramentria da Unio aprova exatamente conforme

    a Portaria STN/SOF n 163/2001, de maneira que a Lei

    Oramentria Anual detalha at o grupo de natureza da despesa,

    acrescentando a modalidade de aplicao como informao

    gerencial.

    02269753127

    02269753127 - Jhonatha Fonseca

  • Execuo Oramentria e Financeira

    Tcnico Federal de Controle Externo - TCU

    Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Aula 02

    Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 86

    5. ETAPAS/ESTGIOS DA DESPESA ORAMENTRIA

    5.1. Etapa de Planejamento

    A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a anlise

    para a formulao do plano e aes governamentais que serviram de base

    para a fixao da despesa oramentria, a descentralizao/

    movimentao de crditos, a programao oramentria e

    financeira, e o processo de licitao e contratao.

    5.1.1. Fixao

    A fixao da despesa refere-se aos limites de gastos,

    includos nas leis oramentrias com base nas receitas previstas,

    a serem efetuados pelas entidades pblicas. A fixao da despesa

    oramentria insere-se no processo de planejamento e compreende a

    adoo de medidas em direo a uma situao idealizada, tendo em vista

    os recursos disponveis e observando as diretrizes e prioridades traadas

    pelo governo.

    Conforme art. 165 da Constituio Federal de 1988, os

    instrumentos de planejamento compreendem o Plano Plurianual, a

    Lei de Diretrizes Oramentrias e a Lei Oramentria Anual.

    O processo da fixao da despesa oramentria concludo

    com a autorizao dada pelo poder legislativo por meio da lei

    oramentria anual, ress