eo-debates e perspectivas centrais na teoria das organizações
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Debates e Perspectivas Centrais na teoria das organizações
W. Graham AstleyAndrew H. Van de Ven
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Introdução• Guia para compreensão dos caminhos do desenvolvimento do
funcionalismo depois dos anos 1970
• Apesar de concentrar-se no estruturalismo sistêmico, conseguia vislumbrar novos caminhos para o funcionalismo
• Mérito de perceber tendências e fragilidade por esquecer de vislumbrar novos caminhos do funcionalismo e também por concentrar-se em abordagens que seriam inexpressíveis( Caldas e Bertero, 2007)
• Constatação de que o determinismo sistêmico não mais simbolizava um consenso no campo
• Constatação de que o contingencialismo não expressava mais a única teoria possível.
• O surgimento, a partir de quatro perspectivas teóricas, de seis debates que orientariam os debates que orientariam o desenvolvimento teórico do campo
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Introdução• Reconhecimento do aumento da pluralidade teórica no campo dos
estudos organizacionais pelos motivos: • Aumento da complexidade das organizações: de Taylor aos nossos dias• Refinamento dos interesses e preocupações dos teóricos em melhorar a
compreensão das organizações.• Vantagens e Riscos do pluralismo: descoberta de novos aspectos da vida
organizacional e excessiva compartimentalização das teorias e redução da possibilidade das interconexões entre as diversas escolas.
• Reconhecimento da limitação de cada escola(teoria) em oferecer uma visão completa do todo organizacional
• Reconhecimento de que as discussões por conta desta diversidade de abordagem estão por trás dos principais debates que estariam caracterizando a teoria das organizações. Mérito em reconhecer este momento das discussões( Caldas e Bertero, 2007)
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As questões norteadoras• Organizações como sistemas funcionalmente racionais, tecnicamente
limitados, ou são elas personificação socialmente construídas, subjetivamente significativas, da ação individual?
• As mudanças nas formas organizacionais são explicadas por adaptação interna ou por seleção ambiental?
• A vida organizacional é determinada por restrições ambientais intratáveis, ou ela é criada ativamente por decisões gerenciais estratégicas?
• O ambiente deve ser visto como um agregado simples de organizações governadas por forças econômicas externas, ou como uma coletividade integrada de organizações governadas por suas próprias forças políticas e sociais internas?
• O comportamento organizacional deriva da ação individual ou da ação coletiva?
• As organizações são instrumentos técnicos neutros, programados para alcançar metas ou são manifestações institucionalizadas de interesses fundados e estruturas de poder da sociedade mais ampla?
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DIMENSÕES ANALÍTICAS
O nível organizacional: micro e macro: foco na organização individual X foco nas populações de organizaçõesPremissas Determinismo X voluntarismo
Determinismo Voluntarismo
Foco nas propriedades estruturais do contexto
Comportamento individual determinado pelas estruturas
Comportamento reativo a restrições estruturais
Estruturas que geram estabilidade e controle sobre a vida organizacional
Indivíduos e as instituições criadas por eles são agentes autônomos
Proativos
Autodireção dos atores
Indivíduos como unidade básica de análise
Indivíduos como fonte de mudança organizacional
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Perspectivas teóricas: Derivadas das combinações entre as dimensões macro-micro e determinsmo x voluntarismo.
• Visão sistêmico-estrutural• Visão da Escolha estratégica• Visão da Seleção Natural• Visão da ação coletiva
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Visão Sistêmico-estrutural(83)
• Teoria da burocracia, teoria contingencial, teoria de sistemas, teorias clássicas• Orientação Determinista: Comportamento organizacional moldado por
mecanismos impessoais que regulam o comportamento dos atores• Elementos estruturais inter-relacionados de forma adequada servindo para alcance
de metas organizacionais• Foco nos papéis- indivíduos desempenham papéis organizacionais para os quais são
adequadamente selecionados, treinados e controlados. Os papeis são estruturados e os indivíduos se “encaixam” nestes papéis.
• Os indivíduos são absorvidos como participantes de uma coletividade Interdependente-um sistema estruturado e engrenado que molda e determina o seu comportamento
• O gestor adota o papel de reativo, reagindo às mudanças ambientais• A palavra chave: adaptação- o gestor deve perceber, processar e responder às
mudanças ambientais, promovendo a reorganização da estrutura interna para garantia de sobrevivência
• O foco da tomada de decisão não está na escolha gerencial, mas na coleta de informações corretas sobre as variações ambientais e no emprego de critérios técnicos para examinar as consequências das respostas às demandas alternativas
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Visão da Escolha estratégica • Surge como crítica ao modelo sistêmico-estrutural: Adota uma visão
voluntarista• Dirige atenção para os indivíduos, suas interações, construções sociais,
autonomia e escolhas• As organizações são construídas, mantidas e alteradas pelos atores: dão
significados e interpretam a realidade das quais são responsáveis pela construção
• O ambiente não deve ser visto como um conjunto de restrições intratáveis, pois ele pode ser alterado e manipulado por meio de negociação política( Pfeffer; Salancik, 1978; Lorange, 1980)
• A escolha está disponível na delineação da estrutura organizacional que pode ser modelada de acordo com considerações políticas e não somente critérios técnicos
• Ambiente e estrutura incorporam sentidos e as ações dos indivíduos, principalmente daqueles que estão no poder.
• Os atores são vistos como proativos, fazendo escolhas com autonomia e moldando o mundo organizacional
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Visão da Seleção Natural• Dimensões: macro ambiente e determinista• Visão mais macro que as abordagens sistêmico-estruturais e da escolha
estratégica: ao deslocar a dimensão de análise para grupos de populações(sistêmico-estrutural) e ao retirar o grau voluntarista dos atores organizacionais(escolha estratégica)
• Teorias: ecologia populacional, • Na ecologia populacional: a população é um agregado de organizações que são
relativamente homogêneas(95)• Os recursos ambientais estão estruturados em termos de nichos, cuja presença
e distribuição na sociedade são mais insuscetíveis à manipulação por organizações isoladas.
• Existem limites ao grau de escolha estratégica autônoma( ALdrich, 1979)• Ver limitações na “habilidade” das organizações em adaptarem suas estruturas
internas a nichos diferentes• A evolução da sociedade corporativa e de sua infraestrutura econômica é
governada por forças ambientais.• O papel do gestor é inativo( Pfeffer e Salancik, 1978)
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Visão da Ação coletiva• A sociedade corporativa é concebida como guiada e construída por
escolhas e propósitos coletivos• Dimensões: macro e voluntarista• Teorias: ecologistas sociais, teóricos de planejamento social, ecologia
humana• Ênfase na sobrevivência coletiva pela colaboração entre organizações,
pela construção de um ambiente social, regulado e controlado• Desenvolve a noção de rede interorganizacional: sistema interconectivo
de relações de troca negociada entre os membros de diversas organizações.
• Rede que funciona como uma unidade e tome as decisões necessárias à satisfação dos interesses individuais e coletivos das organizações que a integram.
• Mudanças produzidas por negociação política e definição social e não por forças econômicas e ambientais neutras.
• Papel do gestor: interativo- interação para construir ou modificar o ambiente, regras e opções coletivas das organizações
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Debates centrais: discussão em grupo 15 minutos
• Sistema X Ação• Adaptação X seleção• Nichos restritos X Domínios representados• Agregados Econômicos X Coletividades
Políticas• Ação individual X Ação coletiva• Organização X Instituição