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Projectos sociais ganharão mais visibilidade #9 - JUN 2017 IPEME - www.ipeme.gov.mz +258 82 306 9569 www.moznegocios.co.mz Criação de websites como ferramenta de promoção das PME BAD financia projectos de geração de emprego Telemóvel como instrumento de capacitação Educação corporativa: aprendizado em períodos de turbulência Empreender na área das novas tecnologias Beto Macombo, proprietário do salão Betos Look, conversou connosco sobre o seu empreendimento que hoje, é uma referência no sector Estar presente no meio digital é uma tendência cada vez mais relevante para qualquer negócio. A presença digital das Pequenas e Médias Empresas (PME), serve como vitrine dos produtos e serviços prestados, podendo atrair para o negócio, novos consumidores assim como também fidelizar os antigos. Segundo o site InternetLiveStats.com, existem mais de 3 bilhões de usuários de internet no mundo e mais de 1 milhão de sites, o que prova o grande investimento das empresas em expandir a sua comunicação ... // P3 // P5 // P2 ARTIGO EXECUTIVO - JOSÉ PASCASIO // P8 EMPREENDEDORISMO // P6 ENTREVISTA // P4 Kit Peças Essenciais Nissan para o seu negócio Standard Bank vai lançar programa Incubadora // P7 // P3 // P6

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Projectossociais ganharão mais visibilidade

#9 - JUN 2017 IPEME - www.ipeme.gov.mz+258 82 306 9569www.moznegocios.co.mz

Criação de websites como ferramenta de promoção das PME

BAD financia projectos de geração de emprego

Telemóvel como instrumento de capacitação

Educação corporativa: aprendizado em períodos de turbulência

Empreender na área das novas tecnologias

Beto Macombo, proprietário do salão Betos Look, conversou connosco sobre o seu empreendimento que hoje, é uma referência no sector

Estar presente no meio digital é uma tendência cada vez mais relevante para qualquer negócio. A presença digital das Pequenas e Médias Empresas (PME), serve como vitrine dos produtos e serviços prestados, podendo atrair para o negócio, novos consumidores assim

como também fidelizar os antigos. Segundo o site InternetLiveStats.com, existem mais de 3 bilhões de usuários de internet no mundo e mais de 1 milhão de sites, o que prova o grande investimento das empresas em expandir a sua comunicação ...

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ARTIGO EXECUTIVO - JOSÉ PASCASIO // P8

EMPREENDEDORISMO // P6

ENTREVISTA // P4

Kit Peças EssenciaisNissan para o seu negócio

Standard Bank vai lançar programa Incubadora // P7// P3 // P6

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o site www.ciuem.mz. Para o funcionamento do site, o cliente paga pelo espaço que compra no servidor, para armazenar informações sobre a empresa, que podem ser vistas por qualquer pessoa, à partir de qualquer parte do mundo. Depois de registar o domínio, o site fica automaticamente disponível para o acesso, cabendo a empresa actualizar e administrar o sítio da instituição ou contratar uma empresa especializada na gestão e administração de websites.

Apesar de não ser um processo fácil para muitas startups assim como para as PME, a compra de websites tem sido cada vez mais adoptada por empresas que querem expandir o seu negócio. Ao escolher um certo plano de compra do domínio, que por sua vez disponibiliza a criação de certo número de contas de e-mail, de acordo com a necessidade da empresa. Com a globalização o registo de domínios pode ser feito ao nível da própria internet, através de sites de empresas especializadas, que dão acompanhamento virtual às empresas que pretendam estender a sua presença na internet e poder comunicar 24 horas por dia. O processo de criação, renovação ou transferência de domínios, assegura o funcionamento do site, duas horas depois da aquisição do endereço.

Relativamente a segurança das empresas que possuem domínios na internet, semanas de-pois de 74 empresas, terem sido vítimas de um ataque cibernético, Sithole refere que “a questão de segurança de um website, passa muito pela manutenção e gestão do site. Procedimentos como manter o sistema operativo do computa-dor, as aplicações instaladas no servidor actu-alizadas, ter um antivírus instalado e manter no servidor, manter backup e segurança do site num servidor externo”.

Sem dúvidas, é chegada a hora de as empresas modernizarem as suas estruturas de negócio e engrenarem na transformação digital para in-crementar o seu volume de vendas e acompa- nhar a dinâmica da concorrência.

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DESTAQUE DA EDIÇÃO

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Criação de websites como ferramenta de promoção das PME

Estar prEsEntE no meio digital é uma tendência cada vez mais relevante para qualquer negócio. A presença digital das Pe-quenas e Médias Empresas (PME), serve como vitrine dos produtos e serviços prestados, po-dendo atrair para o negócio, novos consumi-dores assim como também fidelizar os antigos.

Segundo o site InternetLiveStats.com, existem mais de 3 bilhões de usuários de internet no mundo e mais de 1 milhão de sites, o que pro-va o grande investimento das empresas em expandir a sua comunicação para o cenário cibernético. Pesquisas reportam que empresas que enviam e-mails através de um endereço institucional, têm mais credibilidade ao co-municar com os seus clientes e fornecedores, comparativamente aos que utilizam correi-os electrónicos comuns como o Gmail. Mas como funciona o processo de criação e registo de domínios, em Moçambique? Á procura da resposta, a equipa do MozNegócios esteve à conversa sobre tecnologia das PME com Célia Sithole, sócia e fundadora da Iberweb Moçam-bique, uma empresa dedicada ao alojamento e criação de sites. O alojamento de domínio é

MOZ NEGÓCIOS

PARA ANUNCIAR:

EQUIPA MOZNEGÓCIOS

O jornal MozNegócios é um produto do IPEME em parceria com a agência Playground. Com conteúdos sobre negócios que envolvem as PME em Moçambique, o jornal possui uma tiragem de 5.000 exemplares e é distribuído gratuitamente.

TELEFONE: +258 82 306 9569 E-MAIL: [email protected]

Produção: Carlos FernandoProjecto Gráfico: PlaygroundImpressão: Madeira & Madeira

Direcção Executiva: Miguel ProençaDirecção Editorial: Eduardo JúniorDirecção Criativa: Victor HolandaDirecção Comercial: Patrícia Aquarelli

PARCEIROS:

a possibilidade de registar o endereço de uma empresa na internet, passando a ter, além da es-trutura física, a presença na plataforma digital, e é livre para qualquer pessoa, organização ou empresa.

A ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers) é uma entidade internacional que é responsável pela gestão e coordenação do Sistema de Nomes de Domínio (DNS) a nível internacional, cabendo aos responsáveis de cada país, trabalhar em conformidade com as directrizes do ICANN. Em Moçambique, o CIUEM (Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane) é a entidade responsável pelo registo dos domínios co.mz, org.mz, gov.mz e ac.mz, desde 1993. O processo de criação de websites é simples e começa com a verificação da disponibilidade do nome pretendido, seguido do seu registo, inserido num determinado plano da entidade responsável pelo registo do domínio. Para efectuar o registo, a empresa deve dirigir-se ao CIUEM na avenida Julius Nherere no Campus da UEM ou contactar os números 21493724 / 21494755 ou 821618519 ou visitar

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lho e soja. Serão capacitados 2 mil mulheres, jovens e Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) em matérias de gestão de negócios e produção avícola. Prevê-se igualmente apoio financeiro a 30 produtores avícolas para com-pra de insumos, e mil com kits de startups.

Para a linha de financiamento de crédito, estão previstas duas linhas, sendo a primeira desti-nada a produtores emergentes e a segunda irá incidir sobre os estabelecidos. Para a capaci-tação dos produtores, serão criados pacotes de formação aos produtores, através dos cen-tros de emprego e assistência directa pelos extencionistas. Prevê-se com o PROGER, a implantação de duas fábricas de ração, dois matadouros e uma incubadora, beneficiando aproximadamente mil e quinhentos micro e pequenos produtores e três dezenas e meia de médios produtores suprindo-se assim, o deficit de aves e ração, principais limitantes na produção de frangos e ovos.

Participaram também do evento de lança-mento, diversos convidados, tais como mem-bros do governo ao nível central e provincial, representantes do BAD, representantes do sector privado (Associações, empreende-dores, Micro Pequenas e Médias Empresas), quadros do IPEME e o Consultor que desen-volveu o Modelo Operacional do projecto.

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BREVES NEGÓCIOS

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BAD financia projectos de geração de emprego

Standard Bank vai lançar programa Incubadora

Google apresenta ferramenta para busca de vagas de emprego

O standard Bank prepara-se para lançar, um projecto denominado “Incuba-dora”, um espaço criado com vista a acelerar o crescimento das startups moçambicanas, através de um acompanhamento especializa-do, onde o banco centenário irá disponibi-lizar formações, consultoria, apoio logístico, bem como também, financiamento aos em-preendedores moçambicanos munidos de projectos inovadores. O espaço incubadora irá funcionar na baixa da cidade de Maputo, promovendo e mediando o contacto entre talentosos empreendedores e investidores interessados nos seus projectos. Segundo Shasha Vieira, chefe da Incubadora do Standard bank, esta possibilidade de juntar várias PME para a construção do espaço, é uma dos objectivos do programa. Com a implementação desta ferramenta, espera-se o surgimento de mais Pequenas e Médias Em-presas (PME), mais postos de trabalho, mais investimentos no país e mais capital a circular na economia.

O  Google  estreou uma ferramenta para ajudar os usuários a encontrar ofertas de emprego. Basta que os usuários escrevam “trabalhos perto de mim” ou frases simi-lares relacionadas com a busca de empre-go no Google, que a ferramenta de busca mostrará resultados com essas ofertas. O Google afirmou que terá a colaboração de empresas que prestam serviço no sector, como LinkedIn e Facebook, para que a nova ferramenta inclua nos seus resulta-dos, os anúncios feitos nesses sites assim que eles forem publicados na internet.

a prOvíncia dE niassa acolheu recen-temente, o lançamento do projecto de Geração de Emprego e Melhoria de Renda (PROGER), que vai beneficiar os distritos de Gurúè e Chimbunila, províncias da Zambézia e Niassa, região centro e norte do país, respectivamente.O lançamento do projecto financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) que irá beneficiar com 6,3 milhões de dólares norte-americanos e será implementado pelo Governo de Moçambique, através do Instituto para Promoção de Pequenas e Médias Empre-sas (IPEME), consistiu num evento de apre-sentação pública com intervenções do financi-ador, Governo provincial, acto de lançamento que foi proferido pelo Vice-Ministro da In-dústria e Comércio, Ragendra de Sousa, bem como da apresentação do desenho do modelo operacional que incluiu a proposta do plano de actividades e de monitoria do projecto. O projecto consiste no desenvolvimento da cadeia de avicultura e melhoria do sistema de informação sobre mercado do emprego e segurança social, a ser implementado du-rante um período de cinco anos. Para o Vice Ministro da Indústria e Comércio, Regendra de Sousa, o projecto irá implantar uma in-cubadora, fábrica de ração e um matadouro nas províncias de Niassa e Zambézia que vão permitir assistir 15 mil produtores de mi-

ragendra de sousa, Vice-Ministro da Indústria e Comércio, durante o lançamento do projecto

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ENTREVISTA

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Fio a fio construiu um dos salões mais requisitados do país

nascEu Em maputO, a 20 de Novembro de 1983. Desde novo, trabalha como barbeiro e hoje é fundador e dono de um dos salões de beleza mais requisitados do país.

O MozNegócios conta-lhe a história de sucesso do empresário Beto Macombo, numa conversa sobre o seu percurso como barbeiro e também do processo de construção do seu negócio. Está convidado a ler a entrevista na íntegra.

moznegócios: Quando é que nascecomo empreendedor?

Beto macombo: Comecei a trabalhar aos 9 anos de idade, na barbearia dos meus avós no bairro do Aeroporto. Cresci sem conhecer o meu pai biológico e a minha mãe morava na beira, daí que vivia com os meus avós. Ape-sar de não gostar, os meus avós insistiram bastante para que eu fosse trabalhar com eles no salão. No entanto, depois de começar a tra-balhar com eles, apercebi-me de que muitos

clientes gostavam do meu trabalho e comecei a habituar-me àquela dinâmica. A maior di-ficuldade que tinha no salão, era alcançar os meus clientes, pois eu era baixo em relação aos assentos que usávamos, então tinha de re-correr a algumas artimanhas para alcançar os meus clientes.

Por ter crescido longe do meu pai biológico e a minha mãe a viver na Beira, à dada altura da minha vida, os meus colegas e parentes en-corajaram-me para que viajasse a Inhambane, para poder conhecer e me aproximar do meu pai de sangue. Foi nesta altura, que dei uma pausa ao trabalho no salão dos meus avós e fui a Inhambane e lá encontrei novos desafios.

moznegócios: Que trabalho é que faziaem Inhambane?

Beto macombo: Durante os dois anos que passei em Inhambane e já conhecendo o meu pai, custava-me ficar sem trabalhar, pois eu já havia habituando-me a trabalhar e não podia ficar sem fazer nada. Até gostava da ideia de

trabalhar numa barbearia, mas a casa do meu pai era distante da vila e não conseguiria ir para lá, todos os dias. Comecei então a andar pelas casas e perguntava se não precisavam de alguém para arrancar cocos. Aprendi esse ofício e cheguei a trepar mais de 20 coqueiros por dia, recebendo em troca três a quatro cocos ou um metical. Mais tarde aprendi também a construir casas, à partir das folhas de palmeira. Foi uma fase difícil, mas acima de tudo, uma grande lição de vida.

moznegócios: Quando decide abraçar o trabalho de cabeleireiro como um negócio?

Beto macombo: Durante o tempo que vivi com o meu avô, pude perceber que eu era uma pessoa capaz. Uma vez que o meu avô viajava constantemente para Inhambane e ficava de três a cinco meses lá, fiquei responsável por tomar conta da barbearia e com a receita, pagar as contas da casa – telefone, água, energia. Éramos 16 pessoas a depender daquele negócio. Nessa época dei conta de que era capaz de abrir a minha própria barbearia.

Beto macombo, dono do Betos Look

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ENTREVISTA NEGÓCIOS

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Depois de dois anos em Inhambane, regressei para Maputo e fui morar com meu irmão na cidade da Matola, bairro da liberdade. Decidi começar o meu próprio negócio pois já tinha boas bases para trabalhar. Fiz uma parceria com outro jovem e abrimos uma “barbearia móvel”, que montávamos de manhã e desmontávamos no final do dia e deixávamos numa casa ao lado de onde havíamos aberto o salão.

Depois dessa experiência, para abrir o meu próprio salão, pedi ao meu pai para que me comprasse duas máquinas para iniciar a trabalhar. Lembro-me que fazia cortes ao domicilio e cobrava de 10 a 20 Meticais. Mas o segredo era o facto de gostar do meu trabalho e digo que quem faz tudo com amor, cedo ou tarde, logra sucesso.

Pela fama que tinha na altura, de jovem barbeiro com talento, a minha história chegou aos ouvidos do proprietário do salão Carlitos Hair International, que na altura trabalhava para o salão Cupido e pretendia abrir um salão. Antes de abrir o salão chamou-me para um teste e por coincidência tive de fazer um corte ao também empresário, Júlio Sitoi – fiz o corte em fracções de segundos e comecei a trabalhar ali naquele instante. Quando comecei a trabalhar na cidade de Maputo, descobri que na verdade tinha de aprender alguns cortes novos e aprender a mexer com todo o tipo de cabelo.

moznegócios: Mas quando nasce o Betos Look de que muito se fala hoje?

Beto macombo: Em 2008 resolvi deixar o Carlitos Hair International e tinha de abrir o salão com um amigo, sendo que nessa altura, conciliava o meu negócio e os estudos. Algum tempo depois de abrir o salão, o meu sócio aconselhou-me escolher entre o negócio e a escola, pois eu não colaborava o suficiente no salão. Foi ai, que o espírito empreendedor falou mais alto e resolvi dar seguimento ao meu próprio salão sozinho, dando uma pausa aos estudos. Em pouco tempo, a minha carteira de clientes foi crescendo e senti a necessidade de abrir um novo salão, maior e melhor apetrechado para receber os meus clientes em melhores condições. Em abril de 2014 abri o Betos Look, arrendando a loja no Shooping 24, mesmo com uma renda alta para as minhas capacidades, naquela altura.

moznegócios: Contou com algum financiamento para esta nova fase? Beto macombo: O apoio da minha esposa e familiares foram fundamentais para que abrisse o empreendimento. Tive ainda de recorrer a

um pequeno financiamento bancário para custear as despesas do estabelecimento e vendi toda a mercadoria que lá tinha no bairro de Khongolote para ajudar nas despesas do Betos Look.

moznegócios: Qual foi o factor-chave para o sucesso do Betos look?

Beto macombo: Posso dizer que o Betos look conquistou o reconhecimento que tem hoje, graças ao apoio fundamental de amigos que espalharam a marca em tudo que é lado. Digo também que a minha estratégia de marketing através de figuras públicas como os apresentadores de televisão Sérgio Faife, Eunice Andrade, o cantor Zander Baronet, as personalidades do cenário político como Edson Macuácua, Osvaldo Petersburgo e claro, todos os nossos clientes contribuíram bastante para a referência que hoje somos.

Confesso que quando abri o negócio, não tinha ideia da dimensão que o salão viria a tomar, mas hoje é uma grande marca, graças às pessoas e acredito que o salão é hoje, uma das principais atracções do número de pessoas que visitam o Shopping 24.

moznegócios: Hoje, quantos trabalhadoresé que o salão emprega?

Beto macombo: Neste momento o Betos Look emprega 17 trabalhadores além de outros que estão a ser formados. Estes 17 trabalhadores estão divididos em vários serviços, nomeadamente cortes, penteados, manicure, pedicure, make-up, massagens, entre outros serviços, para poder alargar a nossa carteira e satisfazer as necessidades dos clientes que acreditam no nosso trabalho.

moznegócios: Deixe ficar uma mensagem aos nossos leitores que aspiram ser empreendedores de sucesso.

Beto macombo: Para quem pretende alcançar metas e construir a sua própria empresa, acima de tudo deve acreditar nas suas capacidades. No inicio, eu sempre sonhei trabalhar para o Carlitos Hair Internacional, ao vê-lo falar na televisão e determinei que um dia iria trabalhar com ele e dito feito, aconteceu. Mais tarde acreditei também, que poderia ter o meu negócio nesta área e cá estou, hoje. O mais importante é não desanimar face aos obstáculos, pois eles fazem-nos crescer. Hu-mildade para aprender e estabelecer contactos constantemente, são as recomendações que deixo para quem pretende ser um empresário de sucesso.

O ministériO da Indústria e Comér-cio através do Instituto para Promoção das Pequenas e Médias Empresa (IPEME), em parceria com a companhia Mowoza e o Conselho Municipal da Cidade de Mapu-to, com apoio da Australian Aid, levaram a cabo o programa Mabiz, com objectivo de capacitar as Micro e Pequenas Empre-sas (MPE), que actuam no sector informal nos mercados da cidade capital.

O programa foi implementado através de mensagens de texto (SMS), no qual 350 vendedores dos mercados do Museu, Janet, Fajardo e Mavalane, foram instruídos em matérias de gestão e desenvolvimento de negócios, o que aumentou a capacidade de gestão competitiva dos mesmos.

O Mabiz permite transmitir aos negoci-antes, a sensibilidade digital para o cresci-mento da capacidade financeira e ajudar a melhorar a gestão das contas dos em-preendedores.

Refere-se que 98,7 % do tecido empresari-al nacional, é composto pelas MPE.

Telemóvel como instrumento de capacitação às MPE

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RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPREENDEDORISMO

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Empreender na área das novas tecnologias célia sithOlE é uma empreendedora moçambicana, sócia e fundadora da Iber-web Moçambique, uma empresa de soluções informáticas, vocacionada para o registo de domínios e promoção de serviços de internet.

Nascida em Maputo a 21 de Abril de 1980, passou a sua infância e juventude em Portugal, onde formou-se em Técnicas de Informática na Escola Sal de Miranda, em Braga no ano de 1998.

Em 2008 estagiou no departamento de conta-bilidade da empresa Iberweb Portugal, em Braga, começando o seu contacto com o uni-verso informático - sem imaginar que haveria de passar para a área técnica, de que hoje é apaixonada.

Assumindo o desafio de trabalhar numa em-presa de alojamento e criação de websites (Iberweb Portugal), assimilou com sucesso o trabalho de programação de websites, tendo participado no processo de expansão da em-presa, para outros países como Brasil e Ango-la, prestando os mesmos serviços, no entanto, de forma autónoma. O sonho de Célia, foi possível, graças a sua dedicação e perseverança, com que conquis-tou a confiança de José Oliveira um dos sócios da empresa, onde trabalhava e que mais tarde aliou-se à empreendedora, na construção da Iberweb Moçambique.

Com as suas raízes em Moçambique, a talentosa empreendedora mais uma vez, assumiu o desafio de abrir um negócio inovador na sua terra natal, peso embora não ter sido tão fácil, começar a actividade na área de programação e registo de domínios em Moçambique, ainda baseada em Portugal.

Foi em 2016 que a empreendedora conseguiu finalmente abrir a Iberweb Moçambique, in-fluenciada pelo trabalho da Iberweb portu-guesa, que tem mais de 20 anos de actividade no mercado internacional, já vinha atendendo clientes moçambicanos interessados em criar domínios.

Com quadros moçambicanos maioritari-amente, entre efectivos e eventuais, deci- diu investir na promoção do seu negócio, às empresas moçambicanas, movendo-se com o desejo de ver cada vez mais empresas pre-sentes no meio digital com o domínio local “co.mz”.

Projectos sociais ganharão visibilidade em Moçambique

sOcial é o nome da primeira plataforma de registo dos projectos sociais implemen-tados em Moçambique, cujo o objectivo é dar reconhecimento e visibilidade às acções realizadas em prol do desenvolvi-mento do país.

As ONGs e empresas que aderirem, terão os seus projectos sociais publicados no primeiro anuário de actividades so-ciais de moçambique, uma publicação bilíngue impressa, que será disponibi-lizada em formato digital gratuitamente no site www.social.co.mz e na Amazon (maior loja de retalho do mundo), além de terem a sua disposição, uma plataforma de comunicação, para divulgação das suas acções sociais, durante o ano inteiro, sem limites, entre outros benefícios futuros, como consultoria em comunicação.

Um comité, composto por membros ac-tivos em iniciativas em prol do desenvolvi-mento de Moçambique, será responsável pela curadoria dos projectos participantes.

“Existem projectos sociais fantásticos em Moçambique, fruto do trabalho de quem dedica tempo e até recursos próprios para ajudar o próximo. Muitos desses projectos nem chegam a ser conhecidos e desapa-recem por falta de dinheiro. E é por isso que o Social existe, para fazer a aproxi-mação entre os projectos, as empresas e os doadores, ajudando no registo e dan-do visibilidade para os projectos sociais”, explicou Victor Holanda, fundador do Social.

Para participar do Social, é preciso ser uma ONG registada ou uma empresa que investe em responsabilidade social e aderir a um dos pacotes oferecidos, a partir de 5.000 Meticais.

Para saber mais sobre a plataforma, visite www.social.co.mz/sobre  ou envie e-mail para [email protected]

“A criação da empresa foi rápida e fácil. O difícil foi contactar a entidade moçambicana que regula o registo de domínios locais e o processo levou quase um ano para conseguir registar a iberweb.co.mz”, conta.

Um dos seus maiores desafios é trabalhar numa área em que as pessoas estão habitua-das a pessoas do sexo masculino, envolvidas. “Pensava que seria difícil trabalhar numa área dominada por homens e estava preocupada com isso, mas os resultados tem sido muito bons e sinto-me realizada”, acrescenta.

Sithole apostou no marketing digital, através de redes sociais, newsletters e na participação em feiras de exposição – sua primeira parti- cipação foi na Feira Internacional de Maputo (FACIM) e em maio último, participou pela primeira vez, na feira voltada para as PME tecnológicas – MozTech, promovendo os serviços da sua empresa.

Um dos seus projectos, a médio e longo prazo, é conseguir através da sua empresa, oferecer estágios profissionalizantes à estudantes de engenharias da informática, pois estes neces-sitam de terminar a sua formação dominando a sua área de formação e melhor preparados para trabalhar ou criar o auto-emprego.

Célia defende que para os que aspiram ser empreendedores de sucesso é importante terem paixão, conhecimento e domínio da área. “Muitas vezes quando saímos de uma universidade e queremos à partida, nos tor-nar empreendedores, o ideal é passar pelo contexto do trabalho. Perceber como como se trabalha na prática e ser humilde o suficiente para aprender com os que trabalham há mais tempo na área em que estamos”, finaliza.

célia sithole, fundadora da Iberweb

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que pode comprar o kit na MOTORCARE Nissan pode optar por fazer a instalação no seu mecânico de confiança ou deixar essa tarefa com os profissionais da MOTORCARE Moçambique, com concessionárias em todo o país que são especialistas em veículos Nissan. A oferta é válida para os modelos Nissan NP300, Hardbody ZD30, TD27e YD25.

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PUBLIREPORTAGEM

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O transpOrtE é uma das principais funções logísticas e representa a maior parcela dos custos logísticos de muitas empresas. O automóvel na maioria das empresas, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do serviço ao cliente e da equipa interna, além de ser a sua principal ferramenta de trabalho. Mas para garantir que o seu carro ou da sua empresa esteja em constante funcionamento, é preciso investir na compra de peças originais e com garantia.

Para que o veículo seja uma ferramenta 100% operacional é essencial que esteja com a manutenção e revisões sempre em dia, quando principalmente se se trata de um veículo com muitos quilómetros de estrada ou que já tenha passado da garantia.

A MOTORCARE Nissan sempre preocupada com os seus clientes e fans da Marca, recomenda a utilização de peças originais nos seus veículos porque apenas estas garantem a segurança e o melhor desempenho do seu veículo. As peças originais são auditadas pela empresa e fábrica dos veículos, passando por um processo muito mais rigoroso de qualidade e inspecção e só podem ser

Kit Peças Essenciais Nissan para o seu negócio

compradas apenas nas concessionárias ou revendedores autorizados da marca. Passam pelos mesmos testes de qualidade, são feitas com o mesmo material e mesmos processos de fabricação das peças usadas na montagem de carros novos.

De acordo com estudos recentes, a manutenção preventiva pode diminuir até 80% do custo nas revisões. Além disso, pesquisas apontam que as manutenções correctivas custam 30% a mais do que as preventivas.

Na MOTORCARE Nissan pode encontrar o novo kit peças essenciais Nissan que inclui Anilha de Carter, Filtro Primário, Filtro de Óleo, Filtro de ar, Filtro de Diesel. Um conjunto de peças fundamentais com maior vida útil do que as peças não originais, juntas num kit promocional. A grande novidade é

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ARTIGO EXECUTIVO - JOSÉ PASCASIO

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nOs últimOs tEmpOs, temos acom-panhado mudanças rápidas na maioria dos sectores da economia. Essas mudanças, nas suas essências, provocam ansiedade não só às organizações, mas também aos seus colabo-radores. A competitividade está directamente relacionada a habilidades e conhecimentos que representam o diferencial nos mercados. Portanto, é preciso fortalecer o desenvolvi-mento contínuo dessas capacidades, o que resgata o fortalecimento da cultura organiza-cional.

Gerir um sistema corporativo contaminado por movimentos de crises, em casos habituais, coloca a promoção do aprendizado e o de-senvolvimento da capacidade de fortalecer os conhecimentos internos como centro de custo, pois a razão lógica inicial é de sobrevivência e, portanto, extremamente vulnerável a cortes e postergações. Mudando de paradigma, como podemos sair de um modelo convencional de aprendizado e mantermos uma educação continuada e o desenvolvimento contínuo das competências?

Como optimizar as acções de formação para que as pessoas permaneçam produtivas em detrimento de mudanças e crises? Será que a resposta passa então pela experimentação, melhores práticas e formação de grupos para solução de problemas? Não, isoladamente.

É preciso pensar na capacidade de promover aprendizagens na organização e não em or-ganizar treinamentos isolados dos seus colab-oradores. Existe relativa dificuldade na identi-ficação de um modelo de educação aderente à companhia, que represente um equilíbrio entre o alcance dos conteúdos, a complexi-dade de sua logística, e como consequência a complexidade de suas retenções.

É preciso planear equilíbrio entre educar de forma contínua e treinar. Para isso, é preciso definir canais abrangentes e adoptar a for-mação por multiplicadores. Viver períodos

instáveis deve nos levar a pensar em novas for-mas para atracção e retenção de profissionais de alta performance.

Entre os conceitos actuais com maior força, está o que chamamos de verticalização nos modelos de educação corporativos. Ou seja, a ideia é não mais tratar temas de uma área es-pecífica de forma isolada, mas em cadeia com as outras áreas e departamentos da empresa, mediante cada efeito e resultado que o tema provoca.

Uma prova disso são os processos de inovação. Sustentar boas ideias não é factor e obrigato-riedade de uma área específica, mas sim de toda a empresa.

Também é preciso fortalecer o uso de fer-ramentas de tecnologia comunicativas e metodologias actuais que incrementem o de-senvolvimento e o barateamento de acesso na formação e retenção de profissionais.

Actualmente, com a massificação dos sistemas de tecnologia, passamos a ter ferramentas di-versas como solução, frente às necessidades dos quantitativos e das respostas do tempo.

Porém, sem dúvida, com as novas gerações

Educação corporativa: aprendizado em períodos de turbulência

“Z” ou gerações world wide web, o momento é de forte aderência. A solução de Educação a Distância (EAD) é reconhecida como caminho eficaz para avançar modelos de educação sólidos e consistentes. Representa investimento com retorno adequado e abrangente em tempo e linguagem.

Em geral as empresas não estão prontas para esse tipo de desafio. É preciso ter aderência às instituições que, na sua proposta de valor, tenham competência para ajudar as empresas na formação do seu modelo de educação e na organização dos conteúdos.

Outras dificuldades encontradas são a uni-ficação de linguagem e a racionalização do tempo mediante a condução de transferência dos conhecimentos requeridos. É preciso um sonido único permanente dos modelos para que de fato se tenha uma educação corpora-tiva. As soluções envolvem um design criativo que tenha amplo alcance.

Em muitos casos, passa pela adopção de práti-cas de EAD, pela actualização, produção e distribuição contínua de conteúdos e pela pro-moção do engajamento das pessoas em torno de temáticas e objectos estratégicos.