entrevista - mailson da nóbrega - dc

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Diário Catarinense – Por que o se- nhor discorda da opinião do governo de que a unificação do ICMS sobre importados poderá frear a avalanche de produtos importados no país? Maílson da Nóbrega – Esse assunto está mal estudado pelo governo. Porque ele (o governo federal) parte do pressu- posto de que os incentivos para a impor- tação (como o programa Pró-Emprego, de SC) são uma causa importante do aumento das importações para o Brasil. Mas isso é um equívoco. Embora a guer- ra fiscal não seja desejável, e que ela gere ineficiências na economia porque usa um tributo inadequado – o ICMS, que é um imposto sobre o consumo –, não é isso que está em jogo. DC – O que impulsiona esse aumen- to das importações? Nóbrega – As importações não estão aumentando por causa dos incentivos fiscais. Tudo indica que estão crescendo por outros fatores. Por exemplo, a expan- são do mercado doméstico e da econo- mia. O Brasil está (funcionando) em um modelo em que nós consumimos mais e gastamos mais do que o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país ). Essa diferença está sendo suprida por importações. Por outro lado, indústria brasileira está passando por uma perda alarmante de sua competitividade por razões conhecidas: a infraestrutura logís- tica que não funciona, o sistema tributá- rio caótico, os juros altos, o custo da mão de obra, a baixa produtividade e assim por diante. Tudo indica que está em cur- so um processo de mudança da cadeia de suprimento das empresas brasileiras, que estão buscando comprar matérias- primas, parque fabril (equipamentos, maquinários etc), peças e componentes onde esses produtos são mais baratos. DC – O aumento dos importados passa, então, por uma escolha da in- dústria por comprar insumos e equi- pamentos fora do país? Nóbrega – As empresas decidiram ad- quirir esses insumos no mercado exter- no, onde eles são mais baratos. Por que estão importando por estes portos (onde a importação aumentou tanto nos últi- mos anos)? Porque barateia ainda mais a produção. E só importam por estes por- tos se o benefício do imposto for maior que o aumento dos custos do transporte. A primeira observação sobre este ponto é que o cálculo do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, de que o benefício fiscal produz o equi- valente à variação cambial, está equivo- cado. Porque ele não considera o custo de transporte. ( Barbosa argumenta que a re- núncia fiscal dos estados torna os impor- tados 9% mais baratos do que os nacio- nais, pressionando a indústria. Seria como comprar no exterior com o dólar a R$ 1,64 e não no patamar atual de R$ 1,80). DC – E o que poderá acontecer se a unificação do ICMS for aprovada? Nóbrega – Se o governo federal e os donos da indústria conseguirem aprovar esta resolução, a importação vai continu- ar forte. Tudo indica que mesmo com o pagamento do imposto (como está sendo proposto), o valor destes produtos impor- tados ainda fica mais barato que os pro- dutos nacionais. Até porque as pessoas não estão considerando que as empresas têm o crédito do ICMS. Quando elas in- corporam no processo produtivo (o pro- duto), elas incorporam o crédito do ICMS. A mudança não vai causar alívio nas im- portações. Se a resolução for aprovada, haverá um deslocamento de importações para outros portos, provavelmente grande parte para Santos (SP). Qual será o efeito disso? O efeito imediato será aumentar o congestionamento no porto, o que vai piorar a operação da logística e prejudica os exportadores também. DC – Que outras perdas a provação do projeto no Senado poderá trazer para o país? Nóbrega – A questão das perdas abre outro capítulo. A questão essencial deste processo é que se trata de uma questão federativa. Alguns estados usando o ICMS para se apropriarem de uma parcela do imposto que caberia a outro estado... Isso tem pouco a ver com desindustrialização ou aumento de importações. A questão é outra. Os estados que criaram esses in- centivos e ganharam arrecadação, claro que vão perder. Porque todos incorpora- ram essa receita nos seus orçamentos. DC – E o que acontece a partir daí? Nóbrega – Mesmo que essa injeção de valores venha a acabar, das duas uma: ou se faz um longo prazo para a transição (das alíquotas do ICMS atu- ais para as que se quer implantar), ou o governo cobre a perda. E aí você vai ter uma coisa interessante. Porque o objetivo de diminuir a importação não é atendido e o governo federal terá o custo de indenizar os estados. Além dis- so, ele vai criar insatisfação, desgaste... o governador de SC não vai ficar mais satisfeito com isso, e vai conseguir que os senadores do Estado votem contra. Outros farão o mesmo, e será reduzida a base parlamentar do governo. Por isso que ele está dando um tiro n’água. DC – Que mudança seria mais im- portante o governo realizar agora do que a alíquota do ICMS? Nóbrega – O governo federal, o Se- nado e o lobby sobre este assunto estão atacando os efeitos. Mas as causas são mais profundas e são muito complexas. É um simplismo resolver por aí. Quais são as causas mais graves para a perda de competitividade da indústria, que levam elas a mudar as suas próprias ca- deias de suprimento? A explicação delas comprarem mais barato no exterior é mais ampla. Primeiro, o Brasil tem apro- fundado um modelo econômico baseado no consumo. Hoje o consumo, e me refiro à soma do consumo das famílias com o consumo do governo com os investi- mentos que ele tem feito, é maior do que o PIB. A diferença disto com a poupança acaba vazando para o exterior. A indústria nacional não tem condições de competir por causa do sistema tributário caótico, a infraestrutura deteriorada, a logística que não funciona e com este modelo de consumo. DC – Qual o prejuízo deste modelo? Nóbrega – Ele aumenta a demanda por serviços, por mão de obra neste setor. A consequência é que temos uma escas- sez de mão de obra. O efeito é que os tra- balhadores estão conseguindo aumentos acima de sua produtividade. E a indús- tria, que concorre no mesmo mercado de mão de obra dos serviços, tem que dar os mesmos aumentos. A indústria está ten- do aumento de custos salariais superio- res à produtividade e isso reduz a compe- titividade do setor. DC – Após a crise de 2008, o gover- no federal disse que o Brasil sentiu menos do que os países ricos porque acertou ao incentivar o consumo dos brasileiros, reduzindo o IPI sobre car- ros novos, por exemplo. Qual é a opi- nião do senhor sobre esta política? Nóbrega – O governo cuida só da de- manda. Dá incentivos, faz desonerações e disponibiliza mais crédito neste sentido, mas não cuida da oferta. Como o consu- mo sobe, há mais investimento e mais produtividade, mas o governo não cuida da infraestrutura, das reformas que pre- cisa fazer. Essa mudança que envolve os portos, não reforma coisa alguma. O sis- tema tributário vai continuar o mesmo. As empresas vão seguir lidando com o mesmo caos, com 27 legislações diferen- tes de ICMS. Tudo que o governo faz é para aprofundar esse modelo de aumen- to de consumo. DC – Essa alteração na alíquota do ICMS sobre importados poderá au- mentar os preços no país? Nóbrega – A subida dos preços não depende do aumento do custo, mas da demanda. Se a economia e o consumo continuarem aquecidos, a renda conti- nuar subindo e o emprego continuar em um nível alto, os custos vão se traduzir em mais inflação. Por isso, também, a medida será um tiro n’água. Porque será muito dispendiosa para o governo. DC – O senhor acredita que este projeto ainda poderá ser rediscutido ou deverá será aprovado em breve? Nóbrega – O governo federal está colocando todo o seu prestígio e força para a aprovação desta barbaridade. Ele pode colocar o rolo compressor em ação. Isso só não vai acontecer se exis- tirem forças que se oponham à isto e façam a resistência. O que vai depen- der da capacidade dos governadores em mostrar que o projeto resultará em mais problemas que soluções. Eles de- vem mobilizar, sobretudo, o Senado. Porque os senadores são mais suscetí- veis a ações racionais do que a Câmara, são mais experientes e maduros. Mas o governo está colocando todo o seu peso no projeto. O que, infelizmente, vai ge- rar mais problemas que soluções. Segundo estudo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), 11 estados serão prejudicados. O Brasil ficou apenas na 53ª posição no Relatório Global de Competitividade 2011-2012, do Fórum Econômico Mundial, que avaliou 142 países. O déficit na balança comercial de máquinas e equipamentos foi de US$ 17,9 bilhões em 2011, 13,6 % maior do que no ano anterior. Programa criado pelo governo do Estado em 2007. Segundo a Fazenda estadual, atraiu 352 empresas e gerou 15,1 mil empregos diretos. O crescimento das importações foi recorde em SC. Entre 2004 e 2011, avançou 681%, contra 181% da média nacional. O consumo das famílias cresceu 4,1% em 2011, pelo oitavo ano consecutivo. E deve seguir neste ritmo, impulsionada pelo avanço da renda. SC negociará compensações com a Fazenda amanhã. Vai abrir mão do incentivo fiscal em alguns setores (aço, plástico e têxteis) para tentar preservar outros. A carga tributária representou 36% do PIB no ano passado. Quer dizer que de cada R$ 100 produzidos, R$ 36 reais foram parar nos cofres do governo. SIRLI FREITAS, BD, 27/05/2011 Pernambuco Ceará 330% 216% Rio de Janeiro São Paulo Paraná Rio Grande do Sul Santa Catarina Brasil 181% 115% 148% 243% 121% 681% RECORDE ABSOLUTO SC apresentou o maior crescimento de importações entre 2004 e 2011 no Brasil A BALANÇA COMERCIAL DE SC NOS ÚLTIMOS 10 ANOS (US$ BILHÕES) 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 3,16 3,70 4,86 5,59 5,98 7,38 8,33 6,43 7,58 9,05 0,93 0,99 1,51 2,19 3,47 5 7,94 7,29 12 14,85 Saldo Exportação Importação QUEM MAIS IMPORTOU NO BRASIL EM 2011 (% DO TOTAL) SP Outros RJ PR RS SC 2,23 2,71 3,35 3,40 2,51 2,38 0,39 - 0,86 - 4,40 - 5,8 Quando começou a vigorar o Compex Início do Pró-Emprego 36 8 8 7 7 34 O governo está colocando todo o seu prestígio para aprovar esta barbaridade.

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Diário Catarinense – Por que o se-nhor discorda da opinião do governo de que a unificação do ICMS sobre importados poderá frear a avalanche de produtos importados no país?

Maílson da Nóbrega – Esse assunto está mal estudado pelo governo. Porque ele (o governo federal) parte do pressu-posto de que os incentivos para a impor-tação (como o programa Pró-Emprego, de SC) são uma causa importante do aumento das importações para o Brasil. Mas isso é um equívoco. Embora a guer-ra fiscal não seja desejável, e que ela gere ineficiências na economia porque usa um tributo inadequado – o ICMS, que é um imposto sobre o consumo –, não é isso que está em jogo.

DC – O que impulsiona esse aumen-to das importações?

Nóbrega – As importações não estão aumentando por causa dos incentivos fiscais. Tudo indica que estão crescendo por outros fatores. Por exemplo, a expan-são do mercado doméstico e da econo-mia. O Brasil está (funcionando) em um modelo em que nós consumimos mais e gastamos mais do que o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país).

Essa diferença está sendo suprida por importações. Por outro lado, indústria brasileira está passando por uma perda alarmante de sua competitividade por razões conhecidas: a infraestrutura logís-tica que não funciona, o sistema tributá-rio caótico, os juros altos, o custo da mão de obra, a baixa produtividade e assim por diante. Tudo indica que está em cur-so um processo de mudança da cadeia de suprimento das empresas brasileiras, que estão buscando comprar matérias-primas, parque fabril (equipamentos, maquinários etc), peças e componentes onde esses produtos são mais baratos.

DC – O aumento dos importados passa, então, por uma escolha da in-dústria por comprar insumos e equi-pamentos fora do país?

Nóbrega – As empresas decidiram ad-quirir esses insumos no mercado exter-no, onde eles são mais baratos. Por que estão importando por estes portos (onde a importação aumentou tanto nos últi-mos anos)? Porque barateia ainda mais a produção. E só importam por estes por-tos se o benefício do imposto for maior que o aumento dos custos do transporte. A primeira observação sobre este ponto é

que o cálculo do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, de que o benefício fiscal produz o equi-valente à variação cambial, está equivo-cado. Porque ele não considera o custo de transporte. (Barbosa argumenta que a re-núncia fiscal dos estados torna os impor-tados 9% mais baratos do que os nacio-nais, pressionando a indústria. Seria como comprar no exterior com o dólar a R$ 1,64 e não no patamar atual de R$ 1,80).

DC – E o que poderá acontecer se a unificação do ICMS for aprovada?

Nóbrega – Se o governo federal e os donos da indústria conseguirem aprovar esta resolução, a importação vai continu-ar forte. Tudo indica que mesmo com o pagamento do imposto (como está sendo proposto), o valor destes produtos impor-tados ainda fica mais barato que os pro-dutos nacionais. Até porque as pessoas não estão considerando que as empresas têm o crédito do ICMS. Quando elas in-corporam no processo produtivo (o pro-duto), elas incorporam o crédito do ICMS. A mudança não vai causar alívio nas im-portações. Se a resolução for aprovada, haverá um deslocamento de importações para outros portos, provavelmente grande parte para Santos (SP). Qual será o efeito disso? O efeito imediato será aumentar o congestionamento no porto, o que vai piorar a operação da logística e prejudica os exportadores também.

DC – Que outras perdas a provação do projeto no Senado poderá trazer para o país?

Nóbrega – A questão das perdas abre outro capítulo. A questão essencial deste processo é que se trata de uma questão federativa. Alguns estados usando o ICMS para se apropriarem de uma parcela do imposto que caberia a outro estado... Isso tem pouco a ver com desindustrialização ou aumento de importações. A questão é outra. Os estados que criaram esses in-centivos e ganharam arrecadação, claro que vão perder. Porque todos incorpora-ram essa receita nos seus orçamentos.

DC – E o que acontece a partir daí?Nóbrega – Mesmo que essa injeção

de valores venha a acabar, das duas uma: ou se faz um longo prazo para a transição (das alíquotas do ICMS atu-ais para as que se quer implantar), ou o governo cobre a perda. E aí você vai ter uma coisa interessante. Porque o objetivo de diminuir a importação não é atendido e o governo federal terá o custo de indenizar os estados. Além dis-so, ele vai criar insatisfação, desgaste... o governador de SC não vai ficar mais satisfeito com isso, e vai conseguir que os senadores do Estado votem contra. Outros farão o mesmo, e será reduzida a base parlamentar do governo. Por isso que ele está dando um tiro n’água.

DC – Que mudança seria mais im-portante o governo realizar agora do que a alíquota do ICMS?

Nóbrega – O governo federal, o Se-nado e o lobby sobre este assunto estão atacando os efeitos. Mas as causas são mais profundas e são muito complexas. É um simplismo resolver por aí. Quais são as causas mais graves para a perda de competitividade da indústria, que levam elas a mudar as suas próprias ca-deias de suprimento? A explicação delas comprarem mais barato no exterior é mais ampla. Primeiro, o Brasil tem apro-fundado um modelo econômico baseado no consumo. Hoje o consumo, e me refiro à soma do consumo das famílias com o consumo do governo com os investi-mentos que ele tem feito, é maior do que o PIB. A diferença disto com a poupança acaba vazando para o exterior. A indústria nacional não tem condições de competir por causa do sistema tributário caótico, a infraestrutura deteriorada, a logística que não funciona e com este modelo de consumo.

DC – Qual o prejuízo deste modelo?Nóbrega – Ele aumenta a demanda

por serviços, por mão de obra neste setor. A consequência é que temos uma escas-sez de mão de obra. O efeito é que os tra-balhadores estão conseguindo aumentos acima de sua produtividade. E a indús-tria, que concorre no mesmo mercado de mão de obra dos serviços, tem que dar os mesmos aumentos. A indústria está ten-do aumento de custos salariais superio-res à produtividade e isso reduz a compe-titividade do setor.

DC – Após a crise de 2008, o gover-no federal disse que o Brasil sentiu menos do que os países ricos porque acertou ao incentivar o consumo dos brasileiros, reduzindo o IPI sobre car-ros novos, por exemplo. Qual é a opi-nião do senhor sobre esta política?

Nóbrega – O governo cuida só da de-manda. Dá incentivos, faz desonerações e disponibiliza mais crédito neste sentido, mas não cuida da oferta. Como o consu-mo sobe, há mais investimento e mais produtividade, mas o governo não cuida da infraestrutura, das reformas que pre-cisa fazer. Essa mudança que envolve os portos, não reforma coisa alguma. O sis-tema tributário vai continuar o mesmo. As empresas vão seguir lidando com o mesmo caos, com 27 legislações diferen-tes de ICMS. Tudo que o governo faz é para aprofundar esse modelo de aumen-to de consumo.

DC – Essa alteração na alíquota do ICMS sobre importados poderá au-mentar os preços no país?

Nóbrega – A subida dos preços não depende do aumento do custo, mas da demanda. Se a economia e o consumo continuarem aquecidos, a renda conti-nuar subindo e o emprego continuar em um nível alto, os custos vão se traduzir em mais inflação. Por isso, também, a medida será um tiro n’água. Porque será muito dispendiosa para o governo.

DC – O senhor acredita que este projeto ainda poderá ser rediscutido ou deverá será aprovado em breve?

Nóbrega – O governo federal está colocando todo o seu prestígio e força para a aprovação desta barbaridade. Ele pode colocar o rolo compressor em ação. Isso só não vai acontecer se exis-tirem forças que se oponham à isto e façam a resistência. O que vai depen-der da capacidade dos governadores em mostrar que o projeto resultará em mais problemas que soluções. Eles de-vem mobilizar, sobretudo, o Senado. Porque os senadores são mais suscetí-veis a ações racionais do que a Câmara, são mais experientes e maduros. Mas o governo está colocando todo o seu peso no projeto. O que, infelizmente, vai ge-rar mais problemas que soluções.

Segundo estudo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), 11 estados serão prejudicados.

O Brasil ficou apenas na 53ª posição no Relatório Global de Competitividade 2011-2012, do Fórum Econômico Mundial, que avaliou 142 países.

O déficit na balança comercial de máquinas e equipamentos foi de US$ 17,9 bilhões em 2011, 13,6 % maior do que no ano anterior.

Programa criado pelo governo do Estado em 2007. Segundo a Fazenda estadual, atraiu 352 empresas e gerou 15,1 mil empregos diretos.

O crescimento das importações foi recorde em SC. Entre 2004 e 2011, avançou 681%, contra 181% da média nacional.

O consumo das famílias cresceu 4,1% em 2011, pelo oitavo ano consecutivo. E deve seguir neste ritmo, impulsionada pelo avanço da renda.

SC negociará compensações com a Fazenda amanhã. Vai abrir mão do incentivo fiscal em alguns setores (aço, plástico e têxteis) para tentar preservar outros.

A carga tributária representou 36% do PIB no ano passado. Quer dizer que de cada R$ 100 produzidos, R$ 36 reais foram parar nos cofres do governo.

SIrlI Fr

EITAS, BD, 27/05/2011

Pernambuco

Ceará330%

216%

Rio de JaneiroSão Paulo

Paraná

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

Brasil

181%115%148%

243%

121% 681%

RECORDE ABSOLUTOSC apresentou o maior crescimento de importações entre 2004 e 2011 no Brasil

A BALANÇA COMERCIALDE SC NOS ÚLTIMOS 10 ANOS(US$ BILHÕES)

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

3,16 3,704,86 5,59 5,98

7,388,33

6,437,58

9,05

0,93 0,99 1,51 2,19 3,475

7,94

7,29

12

14,85Saldo Exportação Importação

QUEM MAIS IMPORTOU NO BRASIL EM 2011

(% DO TOTAL)

SPOutros

RJ

PRRS

SC

2,232,71

3,353,40 2,51

2,380,39

- 0,86

- 4,40

- 5,8

Quando começou a vigorar o Compex

Início doPró-Emprego

36

8877

34

O governo está colocando todo o seu prestígio para

aprovar esta barbaridade.