entrevista inicial psicidiagnostico

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Psicidiagnostico

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  • UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

    CPA Centro de Psicologia Aplicada (Tatuap)

    REA: PSICODIAGNSTICO

    Nome do cliente: E. C. F

    Sexo: feminino

    Idade: 5 anos

    Instruo: Jardim

    Data de nascimento: 15/01/2010

    Profisso: estudante

    Filiao ou responsvel: X

    Telefone: 2368-6332

    Telefone recado: 99655-8765

    Estagirios: Andressa/ Aline/ Tatiane

    rea: psicodiagnstico

    Pronturio: 2740

    Supervisor: Elizabeth Cardoso

    Coordenadora: Mrcia g. Da Silva rego CRP: 06/20900-7

    DESCRIO DA SESSO

    No dia 06/03/2015, s 08h00min foi realizado o primeiro encontro com

    a finalidade de conhecermos os motivos pelos quais os pais/responsveis procuraram o

    atendimento neste CPA. Inicialmente, foram efetuadas as apresentaes da supervisora,

    estagirios e responsveis, antes da formulao das respectivas queixas que motivaram a

    procura pela clnica. Na sequncia a supervisora explicou aos responsveis a finalidade

    da entrevista de triagem como forma de realizao do processo psicodiagnstico.

    Explicou que este procedimento prope encontros com as crianas e com os

    responsveis o que possibilitar aos mesmos uma participao no processo. Estavam

    presentes: A supervisora responsvel, os estagirios do 4 ano de Psicologia e os

  • pais/responsveis que compareceram na entrevista inicial. As entrevistas de triagem,

    pensadas como um processo interventivo propem que o psiclogo se coloque

    disponvel as diferentes demandas, procurando transformar estes encontros em um

    processo que de ao cliente a oportunidade de engajar-se no seu prprio entendimento,

    tornando-se responsvel pelo seu problema avaliando com ele qual o alcance de uma

    interveno imediata ou quais as possibilidades de encaminhamento, evitando a postura

    tradicional de ignorar as intervenes possveis e enviar o cliente para a psicoterapia,

    desconhecendo suas necessidades (Ancona-Lopez, 2005, p. 244).

    IMPRESSO PESSOAL

    Nosso primeiro contato com os pais das crianas foi de grande valia, pois foi

    possvel obter informaes sobre a criana, e claro a queixa manifestada pelos pais. A

    me de E. trouxe como queixa o comportamento agressivo de sua filha de 5 anos

    quando a mesma contrariada, demonstrando ser uma criana controladora e muito

    independente para sua idade. Alm de E. a me trouxe a queixa de seu filho mais velho,

    em que ela se deteve a falar bem mais sobre o menino, e acabou no dando tanta

    importncia, digamos assim, quando foi relatar sobre a menina. E. a filha caula de

    mais trs irmos, e pelo relato da me se apresenta como uma menina que no espera

    que faam as coisas para ela, pois tem iniciativa de realizar tarefas do dia a dia sozinha,

    como tomar banho, se trocar, fazer as lies de casa, estudar, etc,. Em relao ao seu

    irmo a me apresentou os extremos, informando que o menino no faz nada sozinho,

    tendo que mand-lo fazer, ou at mesmo fazer para ele. Referente a queixa que o fato

    de E. estar muito agressiva e controladora, a me informou que a criana no gosta de

    ser contrariada, e que j chegou ao ponto de jogar seus materiais de escola no cho da

    sala de aula e sair correndo aps a sua professora chamar a sua ateno na frente

    dos colegas de sala. Neste momento a me apresentou bastante indignao pelo

    comportamento que a filha exerceu na escola, sendo o fato que mais marcou para

    procurar atendimento na clnica. O mesmo ocorre dentro de casa, quando repreendida

    pelos pais, ficando agressiva e no respeitando o que lhe passado como o correto. A

    me informou que odeia gritos dentro de casa, mas na maioria das vezes declarou que se

    pega gritando com os filhos em relao aos comportamentos dos mesmos. Referente a

  • relao de E. em casa, a me informou que a menina gosta de ficar junto e ajudar

    quando seus irmos esto fazendo as lies de casa, onde acaba querendo fazer junto

    tambm, respondendo algumas questes, e mesmo estando incorreta eles falam que ela

    est certa para no contrari-la. A me disse que E. a nica dos filhos que est

    estudando em Escola Pblica atualmente, devido situao financeira atual da famlia,

    porm disse que se a situao no melhorar vai colocar todos os filhos em

    escola pblica para no ter diferenas na criao entre eles. O contedo manifesto que a

    me trouxe na entrevista foi de grande valia para um primeiro contato da criana,

    mesmo a me se atendo a falar mais sobre o filho mais velho, demonstrando at uma

    preocupao maior com ele, mas que tambm se torna um fato importante para o

    processo de psicodiagnstico. O psicodiagnstico infantil visa explorar a queixa trazida,

    os sintomas trazidos pela criana e a compreenso que eles tm da presente situao.

    necessrio que o Psiclogo trabalhe o significado do encaminhamento com os pais,

    sempre deixando claro o que est acontecendo a cada etapa, pois mesmo sendo a criana

    que precisa do atendimento, os pais tambm fazem parte deste processo. Precisam

    entender e saber quais suas expectativas frente a situao apresentada, que se trata de

    um procedimento no qual haver uma compreenso do que est acontecendo com a

    criana nos meios em que ela vive.

    A entrevista inicial com os pais, em especial com a presena de ambos,

    possibilita um maior entendimento da criana, j que apresenta contedos emergentes

    do grupo familiar. O processo de triagem tambm considera a presena individual da

    criana, durante a sesso ldica. Esta sesso tem a finalidade de conhecer a realidade

    infantil, pois um espao em que se possibilita o aparecimento da fantasia inconsciente

    de doena/cura. Entende-se que o surgimento to imediato destas fantasias devido ao

    temor a que se repita a conduta negativa dos objetos originrios provocadores da

    enfermidade/conflito (Aberastury, 1986).

    No simples para os pais recorrerem a qualquer tipo de ajuda externa diante de

    problemas internos da famlia. Quando os pais o fazem porque entendem que o

    ambiente familiar no consegue solucionar os sintomas da criana, o que desperta neles

    ansiedades e angstias. Tal situao pode fazer com que eles levem seus filhos para

    atendimento mobilizados no s pelo desejo de pedir ajuda, mas, tambm, por

    ansiedades persecutrias e depressivas diante da dificuldade de contato com a criana.

    Nesse sentido, importante que o profissional no s seja continente s necessidades

    destes pais como tambm lhes d espao para pensarem, cooperarem e se apropriarem

  • da avaliao/atendimento. Esta participao ativa dos pais pode deix-los mais

    estimulados a utilizarem seus recursos (Safra, 2001).

    Sendo que diferentemente da viso clssica do psicodiagnstico, a estratgia

    utilizada com entrevistas e sesses ldicas insere os familiares no processo de triagem.

    Lembrando que muito importante que se consiga comparar os dados apresentados

    pelos pais, no caso a queixa que se apresenta como contedo manifesto, com os obtidos

    durante a anlise da criana, para avaliar as relaes pais e filho.