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EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS A maioria dos produtos artesanais no Brasil não possui embalagens adequadas, especialmente peças frágeis como cerâ- mica e as cestarias. O transporte ocorre de maneira rústica da residência do arte- são, das feiras ou dos pequenos comér- cios. Na comercialização de produtos ar- tesanais é muito comum o uso de jornais, caixas reutilizadas ou a ausência de em- balagens. O produto artesanal, com valor sociocultural, é transportado pelo cliente embrulhado em jornais. Muitas vezes, as folhas de jornal sujam de tinta o belíssimo trabalho, como no transporte das cerâmi- cas do Vale do Jequitinhonha (MG). Lars Jorge Diederichsen, consultor do Sebrae em Artesanato e Design, relatou em 2002 que o produto artesanal necessita de cuidados para o transporte e os artesãos utilizam caixas doadas por supermercados ou por empresas próximas ao local de co- mércio ou de produção. De certa forma, do ponto de vista ambiental, o reaproveita- mento de materiais para embalagens é co- erente com o conceito para a sustentabili- dade. Porém, os valores artísticos e culturais do produto artesanal são depreciados pelo material que o envolve. Os critérios de embalagens depen- dem do tipo de comercialização. Em feiras ou na oficina do artesão, os clientes geral- mente adquirem quantidades menores e não se importam em levar os produtos nas mãos. Mas, os produtos comercializa- dos em lojas especializadas de artesanato necessitam de embalagens adequadas à identidade e aos riscos no transporte. Como oportunidade de incentivo à co- mercialização, que atenda aos empresá- rios do ramo artesanal, as embalagens podem conter elementos iconográficos, com cores e padrões que remetam aos valores estético-culturais. É comum um produto ser comercializado pela embala- gem, elevando o valor do mesmo. Há ainda as embalagens apropriadas para presentear, com características que garantam a identidade do produto e re- gião, que sejam sustentáveis e que agre- guem valor ao produto, além das funções básicas de qualquer embalagem: prote- ger, transportar, identificar, etc. A embalagem é muito importante para o produto, pois contribui para a preserva- ção e longevidade do mesmo, também funciona como elemento de valorização sociocultural e estímulo para o consumi- dor. O design é igualmente relevante, pois impacta no sucesso da empresa e deve ser um aliado no aumento das vendas. Entretanto, como as embalagens podem fomentar as oportunidades de negócios de pequenos empresários no ramo artesanal, solucionando questões de identificação, transporte seguro e valores estético-culturais? FEIRA NACIONAL DE ARTESANATO

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EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

A maioria dos produtos artesanais no

Brasil não possui embalagens adequadas,

especialmente peças frágeis como cerâ-

mica e as cestarias. O transporte ocorre

de maneira rústica da residência do arte-

são, das feiras ou dos pequenos comér-

cios. Na comercialização de produtos ar-

tesanais é muito comum o uso de jornais,

caixas reutilizadas ou a ausência de em-

balagens. O produto artesanal, com valor

sociocultural, é transportado pelo cliente

embrulhado em jornais. Muitas vezes, as

folhas de jornal sujam de tinta o belíssimo

trabalho, como no transporte das cerâmi-

cas do Vale do Jequitinhonha (MG).

Lars Jorge Diederichsen, consultor do

Sebrae em Artesanato e Design, relatou em

2002 que o produto artesanal necessita de

cuidados para o transporte e os artesãos

utilizam caixas doadas por supermercados

ou por empresas próximas ao local de co-

mércio ou de produção. De certa forma, do

ponto de vista ambiental, o reaproveita-

mento de materiais para embalagens é co-

erente com o conceito para a sustentabili-

dade. Porém, os valores artísticos e culturais

do produto artesanal são depreciados pelo

material que o envolve.

Os critérios de embalagens depen-

dem do tipo de comercialização. Em feiras

ou na oficina do artesão, os clientes geral-

mente adquirem quantidades menores

e não se importam em levar os produtos

nas mãos. Mas, os produtos comercializa-

dos em lojas especializadas de artesanato

necessitam de embalagens adequadas

à identidade e aos riscos no transporte.

Como oportunidade de incentivo à co-

mercialização, que atenda aos empresá-

rios do ramo artesanal, as embalagens

podem conter elementos iconográficos,

com cores e padrões que remetam aos

valores estético-culturais. É comum um

produto ser comercializado pela embala-

gem, elevando o valor do mesmo.

Há ainda as embalagens apropriadas

para presentear, com características que

garantam a identidade do produto e re-

gião, que sejam sustentáveis e que agre-

guem valor ao produto, além das funções

básicas de qualquer embalagem: prote-

ger, transportar, identificar, etc.

A embalagem é muito importante para

o produto, pois contribui para a preserva-

ção e longevidade do mesmo, também

funciona como elemento de valorização

sociocultural e estímulo para o consumi-

dor. O design é igualmente relevante, pois

impacta no sucesso da empresa e deve ser

um aliado no aumento das vendas.

Entretanto, como as embalagens podem fomentar as oportunidades de negócios de pequenos empresários no ramo artesanal, solucionando questões de identificação, transporte seguro e valores estético-culturais?

FEIRA NACIONAL DE ARTESANATO

EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

As cestarias executadas por artesãos da comunidade de Várzea Queima-da, no Piauí, durante o projeto ‘A Gente Transforma’, foram expostas na Feira de Milão, na Itália. Marcelo Rosenbaum, arquiteto, designer e coordenador do projeto, relatou no 1º Seminário Brasil Original – Design e Inovação para o Artesanato, realizado em 2012, que os artesãos foram aler-tados desde o processo de produção da Coleção Toca, sobre a possibilidade de participação em evento internacional. Assim, os modelos foram confec-cionados, pensando em soluções de encaixes entre as peças, otimizando o transporte. Porém, nas feiras e merca-dos brasileiros, os cestos e esteiras são culturalmente transportados e comer-cializados sem nenhuma embalagem.

MODELOS E TIPOS DE EMBALAGENS

TRANSPORTE DE CERÂMICAS

A principal finalidade da embalagem é

garantir um transporte seguro, desde a pro-

dução até o destino final. A escolha da emba-

lagem mais apropriada depende dos custos,

pois a maioria dos artesãos não dispõe de

recursos suficientes para investir em seguros,

que são aconselháveis para o transporte de

produtos frágeis.

Conforme Diederichsen, dois fatores

dificultam a especificação de embalagens

padronizadas para produtos artesanais: di-

versidade dos materiais e a logística. No pri-

meiro caso, considera-se que uma cerâmica

necessita de mais cuidados do que uma cesta

de palha ou uma bandeja de madeira. No se-

gundo, a utilização de material para as emba-

lagens deve ter custo adequado ao produto

e de fácil acesso para reposição. Portanto, é

compreensível que as embalagens sejam di-

ferenciadas para cada tipo de produto.

No caso das cerâmicas, o fator de segu-

rança é fundamental para o acondiciona-

mento e o transporte. As cerâmicas passam

por etapas de deslocamento do forno à ex-

portação até o consumidor final. Em todas

essas etapas, caixas de madeira, papelão e

jornais são materiais mais usados como em-

balagens de armazenamento e transporte.

No entanto, existem riscos no deslocamento

sem os procedimentos de segurança. Assim,

o ceramista Sebastião Pimenta relata que

ocorrem muitas perdas no transporte.

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PROJETO‘A GENTE TRANSFORMA’

COLEÇÃO TOCA DE BORRACHAColar Fio Coroa de Frade

CLIQUE E SAIBA MAIS DETALHES

DO PROJETO

EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

Pimenta expõe algumas dicas para

embalagens de produtos em cerâmica,

sugerindo a escolha de caixas reforça-

das de madeira ou papelão, ou mesmo

de isopor; o uso de materiais para pro-

teger as peças como plástico-bolha ou

outros que sirvam para acolchoamento;

grafar a caixa com a palavra frágil em

todos os lados; o uso de nota fiscal, pois

o artesanato é isento de impostos e a

documentação de trânsito é fundamen-

tal; declaração do valor real do produto,

para que não haja perda maior em caso

de extravios; uso de transportadora de

confiança, de preferência o correio, que

também oferece o seguro do objeto.

Porém, os materiais citados por Pi-

menta, como plástico-bolha e isopor,

não são aconselháveis em regiões de

difícil acesso. Em alguns casos, o custo

de materiais industrializados para em-

balagens pode ser maior que os produ-

tos artesanais. O fator localização traz

a reflexão de como as embalagens po-

deriam ser adequadas aos produtos, va-

lorizando a identidade do mesmo. Mas

é preciso considerar o descarte de tais

materiais dessa natureza e sua reutiliza-

ção, reaproveitamento ou reciclagem.

Pensar mesmo em substituí-los por si-

milares, menos agressivos ao ambiente,

tanto em sua produção quanto em seu

descarte futuro.

DICAS PARA TRANSPORTAR COM SEGURANÇA

Tradicionalmente, as embalagens e

os meios de transporte permanecem os

mesmos por várias gerações, para mui-

tos artesãos. As principais causas são os

recursos disponíveis e a fragilidade dos

produtos. As cerâmicas do Vale do Je-

quitinhonha, por exemplo, são transpor-

tadas das comunidades para as feiras de

artesanato, na capital mineira, em caixas

de madeira ou de papelão, enroladas em

jornais. Os mesmos jornais servem de em-

balagem ao cliente, acrescentando ape-

nas uma sacola de plástico.

O “Projeto Design Participativo: uma ex-

periência no Vale do Jequitinhonha” da Uni-

versidade do Estado de Minas Gerais (UEMG),

em Turmalina, buscou desenvolver soluções de

design em embalagens com madeiras de euca-

liptos, encontradas próximas à região de pro-

dução, conforme relata André Corrêa (2008), no

blog Projeto A Terra - através de suas lentes. Para

tanto, foram solucionados os problemas como:

formas como são manuseadas e ou transporta-

das, armazenamento em prateleiras, acomo-

dação em pallets, acomodação nos veículos

de transporte, exposição nas feiras, retorno das

peças não comercializadas.

Porém, ao acompanhar a comercialização

na Feira de Artesanato do Vale do Jequitinho-

nha, na UFMG, em Belo Horizonte, foram ob-

servadas as mesmas embalagens anteriores à

capacitação. As artesãs de Turmalina relatam

a dificuldade para produzir novas embalagens,

pois já estão habituadas ao processo anterior e

continuam a transportar e comercializar os pro-

dutos em jornais.

Design de embalagens

EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

VISÃO DO CLIENTEDe um modo geral, os produtos carac-

terísticos de uma localidade ou região que

carregam as riquezas territoriais no sentido

da arte, da cultura e do artesanato são de

grande interesse para o turista. São produ-

tos que despertam curiosidade pela diversi-

dade e especialmente pela trajetória, desde

a origem da produção até o processo de

criação e execução, que se traduz nos arte-

fatos os valores característicos de um lugar.

Agregar valor aos produtos, por meio

do investimento em embalagens apropria-

das, não só promoverá os produtos, como

também mostrará sua origem e sua histó-

ria, despertando maior interesse e amplian-

do potencial de negociação. Outro aspecto

fundamental é a segurança no transporte

como valor agregado, além dos diferenciais

estéticos que o design pode gerar no senti-

do de diferenciação, personalização do pro-

duto pela materialização de determinados

“É preciso valorizar o tempo e a habilidade exigidos em um trabalho feito à mão”Adélia BorgesJornalista especializada em Design

aspectos intangíveis e imateriais da cultura

local e da sociedade produtora.

Adélia Borges, jornalista especializada

em design, relatou durante o 1º Seminário

Brasil Original – Design e Inovação para o

Artesanato, a importância dos produtos

da cultura brasileira no mercado mundial.

Para Adélia, o SEBRAE está incentivando os

artesãos a se organizarem como empreen-

dedores, considerando a importância da

sustentabilidade, da identidade e do valor

artesanal, vinculado ao design.

Em relação ao projeto gráfico e da es-

tética dos produtos artesanais, como da

coleção Toca, a empresária Cláudia Soares

relatou à Lívia Barreto, da Agência Sebrae

de Notícias – DF, que ficou estimulada a

ter mais atenção para produtos artesanais

que possam ser comercializados durante os

grandes eventos esportivos que ocorrerão

no Brasil nos próximos anos, entre eles a

Copa do Mundo da Fifa 2014.

EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

O superintendente do SEBRAE no Dis-

trito Federal, Antônio Valdir Oliveira Filho,

considera fundamental a inovação para a

sustentabilidade dos pequenos negócios.

“Ela implica em aplicar ferramentas como

o design, melhores práticas de comercia-

lização e produção”.

Assim, considerando as afirmações,

para que as embalagens de produto

e de transporte sejam adequadas aos

produtos artesanais, especialmente

nas tipologias de cerâmica e cestaria,

devem valorizar a identidade, o design

e a qualidade. A melhor embalagem é

também a que se ajusta aos conceitos

do produto e ao ambiente.

Para atender a função principal

de proteção durante o transporte das

embalagens, novos materiais estão em

uso. As espumas de polietileno expan-

dido de baixa densidade é um exem-

plo citado pela gerente de marketing

da empresa Vick, Sílvia Orrú, à Revista

EmbalagemMarca. São 100% recicláveis

e de fácil processamento. Também po-

dem ser cortadas, termosseladas e gra-

vadas. São comercializadas em bastões,

mantas, redes ou tubos. Como mantas

podem ser filmadas, aluminizadas, com

tratamento antiestético, e colaminadas

com papel Kraft.

Mas, o material mais usado é o pa-

pelão ondulado, pela facilidade de fabri-

cação, uso e descarte, evitando o uso de

madeiras. Este está sendo usado até mes-

mo para produtos de grandes dimensões,

pois é extremamente versátil, conforme

descreve Alecir Francisco de Carvalho, em

sua dissertação Design e Identidade: es-

tudo de casos aplicados no Brasil.

Destaca-se a importância da participa-

ção do designer neste processo, que busca

as soluções locais para a concepção de no-

vas embalagens, favorecendo a sua comer-

cialização. Para atender à diversidade dos

produtos artesanais, são empregados al-

guns conceitos nas embalagens, como: uso

de sacolas para entrega direta ao consumi-

dor, etiquetas com identificação do artesão

e informações técnicas do produto e ainda

uso de papel Kraft impresso para embru-

lhar caixas de produtos.

O projeto buscou soluções de embala-

gens para produtos de cerâmica. Conforme

Roberto da Silva Pereira Jr, em seu projeto

de graduação Design de Embalagens, são

necessários vários tamanhos: P, M, G. As em-

balagens apresentam soluções com uso do

papelão ondulado, que pode ser impresso

em várias cores. Uma das vantagens do pa-

pelão ondulado é a facilidade que oferece

para a fabricação de caixas com diferentes

estilos e com uma grande variedade de

acessórios internos.

PALAVRA DO SEBRAE

O SEBRAE tem se comprometido em contribuir para o desenvolvimento do artesanato de maneira original”

José SobrinhoPresidente do Conselho Deliberativo do Sebrae

No projeto desenvolvido pelo SEBRAE - RO, em 2002, foram apresentadas soluções de sacolas

de papel com maior resistência, que apresentam a identidade local, simbolizada pelo corte para

coleta do látex das seringueiras

INOVAÇÃO

Embalagens para cerâmicas, em caixas de papelão, contendo

informações necessárias sobre o produto.

EMBALAGENS ADEQUADAS AOS PRODUTOS ARTESANAIS

Uma boa embalagem serve para

agregar valor ao produto e nortear no-

vas perspectivas de mercado no futuro.

Diante do exposto, as principais dificulda-

des encontradas pelos artesãos para suas

embalagens são: matéria-prima e preços

acessíveis, profissionais para criar uma

identidade visual e embalagem própria

para melhor acondicionamento dos pro-

dutos de artesanato.

Os modelos de embalagens adequa-

dos aos produtos artesanais e ao transpor-

te ainda estão em evolução. Em lugares de

difícil acesso, as embalagens ainda man-

têm a mesma matéria-prima utilizada no

passado em função dos poucos recursos.

Existem diferenças entre as embalagens

para cerâmicas e cestarias, pois as primei-

ras são frágeis e de maior peso. Entre as

inovações em embalagens, principalmen-

te nas tipologias de cerâmica, destacam-

se os materiais sintéticos, como plásticos

e polietilenos. No entanto, foi constatado

que o papelão ondulado pode ser adap-

tado a qualquer produto e evita impactos.

Outra inovação está na inserção do de-

sign, qualificando as embalagens e incen-

tivando a identidade dos produtos. Desta

forma, o Sebrae atua por meio dos con-

sultores que oferecem dicas sobre design

dos produtos e da embalagem, além de

orientar o artesão a respeito do material de

divulgação a ser distribuído aos clientes.

Essa preocupação com o design se torna

cada vez mais importante, tendo em vista

que os clientes estão mais atentos às ino-

vações e ao valor percebido nos produtos

e que alguns deles já alcançam o mercado

internacional. Existem casos bem-suce-

didos, com soluções de embalagens que

valorizam os produtos.

Considerando as oportunidades da

Copa do Mundo da Fifa 2014 no Brasil, o

uso correto das embalagens, modelos

adequados à valorização estético-cultural

do produto e do território e as inovações

no setor podem gerar novas oportunida-

des para os empresários brasileiros de pe-

quenos negócios de artesanato.

O artesanato, quando pensado para

atender uma demanda no cenário turís-

tico, especialmente quando se envolve o

público internacional, demanda maior cui-

dado ao pensar na embalagem como se-

gurança e transporte, mas, especialmente,

quando se trata de identificar e agregar

valor estético-cultural. Tanto o produto

quanto sua embalagem comunicam, pro-

longam e estendem a outros a experiência

vivida no seu local de aquisição, origem

ou produção. Levar um artesanato local na

bagagem é estender a viagem para si mes-

mo ou aos que estão longe. A embalagem

é a continuidade do produto e pode im-

pactar na decisão de compra, no interesse

por parte do turista.

CONCLUSÃO