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MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 entre MARGENS BIMENSÁRIO | 7 SETEMBRO 2017 | N.º 589 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO ENTREVISTA A HENRIQUE PINHEIRO MACHADO, CANDIDATO À CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO PELO MOVIMENTO P’RA FRENTE SANTO TIRSO ENTREVISTA A MARIA AUGUSTA CARVALHO, CANDIDATA À CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO PELA CDU Amanhã o cineteatro, mas cumpram- se hoje as necessidades essenciais” Era um grave erro político eu juntar- me a um partido” Quem é que, sendo candidato em Santo Tirso, não pode votar em si próprio ? A TEIA DAS AUTÁRQUICAS TIRSENSES PÁGINAS 6 E 7 PÁGINAS 3, 4 E 5

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MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 7 SETEMBRO 2017 | N.º 589 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

ENTREVISTA AHENRIQUEPINHEIROMACHADO,CANDIDATO ÀCÂMARAMUNICIPALDE SANTOTIRSO PELOMOVIMENTOP’RA FRENTESANTO TIRSO

ENTREVISTAA MARIAAUGUSTACARVALHO,CANDIDATAÀ CÂMARAMUNICIPALDE SANTOTIRSO PELACDU

Amanhã ocineteatro,mascumpram-se hoje asnecessidadesessenciais”

Era umgrave erropolíticoeu juntar-mea umpartido”

Quem éque,

sendocandidatoem Santo

Tirso,nãopode

votar emsi

próprio

?“ “

A TEIADAS

AUTÁRQUICASTIRSENSESPÁGINAS 6 E 7 PÁGINAS 3, 4 E 5

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Começamos a ouvir John Martyn erecordamos, instantaneamente, ou-tros nomes britânicos, como VanMorrison, Bill Fay ou Roy Harper. Onosso estado de alma coloca “SolidAir” no mesmo nível da balança deobras-primas como “Astral Weeks”,“Time Of The Last Persecution” ou“Stormcock”. Não insistimos em compa-rações diretas e traçamos apenas va-gas associações. Recusamos distraçõese só queremos absorver os nove temas.Enraizados no folk, combinam diferen-tes atmosferas, criando uma aberturaa ambientes do jazz e do blues.

A junção de vários elementos tema assinatura de músicos virtuosos dosFairport Convention e Pentangle. Avoz de Martyn fica com mais liberda-de e exibe-se titubeante na faixa quedá o título a este disco de 1973. Aquihomenageia o seu amigo Nick Drake,o génio depressivo que morreria pre-coce e tragicamente no ano seguin-te. Por isso, o tom dolente parece-nos tão adequado. Em “I’d Rather Bethe Devil” subverte o original de SkipJames, transformando-o totalmente.

Torna-o mais corrosivo com os seusfamosos efeitos sonoros do echoplex(vale a pena apreciar uma actuaçãono YouTube). A delicadeza de “MayYou Never” seria reciclada por EricClapton em “Slowhand”. “Over theHill” (interessante bandolim deRichard Thomson) e “Dreams by theSea” (guitarra hipnótica e final sono-lento ao modo de “Riders on theStorm”) completam os difíceis desta-ques deste trabalho sincero e emotivo.Está disponível no Spotify com umafaixa-bónus, “I’d Rather Be the Devil”,tocada ao vivo na Universidade deLeeds. É mais uma oportunidade paracomprovarmos o talento e carisma docompositor inglês.

Mesmo com o drama das depen-dências, conseguiu gravar mais de vin-te álbuns de estúdio e construir umacarreira com mais de quarenta anos.Em 2009, ano da sua morte, foinomeado para a Ordem do ImpérioBritânico. O título foi entregue a Te-resa Walsh, a mulher que o acompa-nhou nos últimos anos de vida. |||||

“Alergia aos solos de guitarra” é este otítulo correto do artigo publicado naedição anterior que, por lapso, surgeintitulado “Alegria aos solos de Gui-tarra”, a propósito do disco “Entertain-ment!” (grafado também erradamen-te com um “e” no fim) dos Gang ofFour. Aos leitores do Entre Margense ao autor do texto apresentamos asnossas desculpas.

Combinaçãoemotiva de folk,jazz e blues

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de setembro foi o nosso estimado assinante António Fernandes

Oliveira, residente na rua da Vinha, em Vila das Aves.

Dentro de portas - “Solid Air” FAMALICÃO | FEIRA

O nosso estado de almacoloca “Solid Air” nomesmo nível da balan-ça de obras-primascomo “Astral Weeks”, ou“Stormcock”.

““Avivar os momentos de convívio deoutrora através da transmissão oralde contos populares portugueses, delengalengas, adivinhas, orações e decanções tradicionais”. É este o princi-pal objetivo do projeto Contos na Eiraque esta sexta-feira está por SantoTirso, mais concretamente na Quintade Fora. Promovida pela Câmara Mu-nicipal, a iniciativa realiza-se a partirdas 15h00 e os interessados podeminscrever-se através do telefone 252833 428 ou pelo endereço eletróni-co: [email protected]

Num cenário alusivo a uma desfo-

Contam-se contosna Quinta de ForaESTA SEXTA-FEIRA, UM GRUPO DE NARRADORES CONTAHISTÓRIAS DE OUTROS TEMPOS PARA TODOSQUANTOS AS QUEIRAM OUVIR. É NA CASA DAEIRA, DA QUINTA DE FORA, A PARTIR DAS 15 FORAS

lhada numa eira, cada narrador apre-senta um conto tradicional. Na transi-ção entre cada conto são cantadascanções tradicionais de diversas re-giões do país e apresentadas lenga-lengas, provérbios e adivinhas do can-cioneiro popular português. As histó-rias narradas têm como fonte as anto-logias de contos populares portugue-ses de Adolfo Coelho, de Ana Cas-tro Osório e de diversas entidades ofi-ciais ligadas aos diferentes municípiosdo país. A iniciativa tem a duração de60 minutos, e destina-se ao públicoem geral. A participação é gratuita. |||||

NARRAÇÃO DE CONTOS | SANTO TIRSO

Até ao próximo domingo, dia10, decorre em Famalicão a34.ª Feira de Artesanato naqual cerca de uma centena deartesãos dão a conhecer o seutrabalho ao vivo. Mas à belezae excelência do artesanato, a fei-ra junta ainda os verdadeirossabores e aromas da gastro-nomia nacional. Nas tasquinhasprovam-se os tradicionais chou-riços e presuntos, queijos, do-ces, compotas, vinhos e licores.Tudo isto, num ambiente mar-cadamente popular animadopela presença de grupos fol-clóricos, cantares ao desafio emuita música tradicional por-tuguesa, que animar as noitesdo evento. Com entrada gra-tuita, esta mostra de artesana-to e gastronomia decorre noantigo campo da feira semanal.No último fim de semana a fei-ra contou com cerca de 40 milvisitantes e, nova enchente éesperada nos últimos dias. |||||

Gastronomiae artesanatoem destaqueaté domingoNO ANTIGO CAMPODA FEIRA SEMANAL

ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 03

ENTREVISTA | AUTÁRQUICAS 2017

|||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Volta a candidatar-se por um movi-mento independente, o que é queisso significa para Santo Tirso, em2017?Significa não depender das regras e deorientações que as pessoas que estãoligadas aos partidos estão. Já quan-do tinha atividade partidária cheguei,várias vezes, a estar em desacordo comas tomadas de posição do meu parti-do e as pessoas não gostaram muito.

Nota alguma diferença na reação daspessoas quando se refere ao movi-mento, em relação a 2013?Noto uma maior sensibilidade daspessoas. Algumas quase que desco-briram que cada um de nós pode teropiniões próprias sem estar condici-onado a regras e a ditames vindosdas direções dos partidos.

Mas acha que a descrença nos parti-dos aumentou?Aumentou e bastante. E confirmei

“Era um graveerro políticoeu juntar-mea um partido”ENTREVISTA A HENRIQUE PINHEIRO MACHADO,CANDIDATO PELO MOVIMENTO P’RA FRENTE SANTO TIRSO

isso. Não tive possibilidade de andarmuito no terreno a recolher assina-turas, mas reparei que há uma maiorsensibilização para o facto de que épreciso mudar. As pessoas estão sa-turadas dos partidos, os partidos sãoculpados desta situação porque elespróprios se desacreditaram e esvazi-aram, quer a nível de política nacio-nal, quer até a nível de política autár-quica. Há uma grande preocupaçãoem servir clientela do partido e a cli-entela do partido está, muitas vezes,à frente dos interesses da população.As camadas mais antigas, por diver-sas circunstâncias, entre elas o factode virem do tempo do 25 de Abril,acreditam mais nos partidos, emborahaja muita gente descrente. Os jo-vens entendem que tem que haveruma mudança, que isto não pode con-tinuar assim, que é preciso modificara maneira de fazer politica, que é pre-ciso tirar aos partidos o poder total quetêm, reparti-lo com outras forças quetragam novas ideias e novos projetose consigam criar uma outra situaçãode bem-estar para a população queos partidos não têm conseguido.

Acha que, a nível concelhio, o regres-so de Joaquim Couto à Câmara po-derá ter trazido alguns fantasmas dopassado?Trazer, trouxe. Isso notou-se mais háquatro anos. Eu ouvia muitos comen-tários de pessoas que diziam ‘mas oque é que vem fazer para aqui o Dr.Couto novamente? Ele que se deixeestar por onde andou. Abandonou-nos a meio do mandato, prometeuque nunca mais voltaria a Santo Tirsoe que nunca mais seria autarca emSanto Tirso, fez uma conferência deimprensa a dizer isso e agora apareceaqui outra vez a fazer o quê? Ele quevá para onde andou”. Isto da bocade pessoas do Partido Socialista.

Mas quais é que acha que foram osfatores que contribuíram para que,mesmo assim, ele ganhasse?

Porque, no fundo, há uma grande mai-oria de população sénior que o conhe-cia e, às vezes, escolhe-se o mal menor.

Acha que é o fator Partido Socialista?Também. É um fator importante o fac-to de o concelho de Santo Tirso serum concelho onde o Partido Socia-lista tem uma grande implantação. Éaquela história do ‘continuarei a votarno Partido Socialista, é o meu partido’.

A recolha de assinaturas foi mais oumenos difícil do que em 2013?Eu vivi mais esta recolha de assina-

turas porque há quatro anos estavana junta e tinha uma equipa grandeque trabalhava comigo, que pratica-mente fez todo esse trabalho. Agorative de ser eu a coordenar e fi-lo deoutra maneira. Desta vez pedi a mui-tos amigos para recolherem as assi-naturas que pudessem dentro do cír-culo da família e alguns amigos maischegados. E foi assim. E as pessoasrecolheram chegando a númerosiguais aos de há quatro anos. Háquatro anos tivemos também cerca2500 assinaturas para a câmara e2500 para a Assembleia.

Dra. Lídia LeitePediatriaDra. Ana LanzinhaGinecologiae Obstetrícia

Contactos: 252 874 508 /932 056 797Edifício Torre 2º F -Fontainhas - Vila das Aves

ENTREMARGENS

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UMA DAS VOZES MAISCRÍTICAS NA ASSEMBLEIAMUNCIPAL DE SANTOTIRSO, HENRIQUEPINHEIRO MACHADOVOLTA A RECANDIDATAR-SEÀ CÂMARA MUNICIPAL PELOMOVIMENTO PR’A FRENTESANTO TIRSO

ENTREVISTA

04 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

ENTREVISTAComo é que olha para a formaçãoda coligação entre o PSD e o CDSaqui em Santo Tirso?Eu acho que ela é perfeitamente na-tural, face à situação do CDS (risos).

Qual é a situação do CDS?Não quero estar a falar muito nissoporque eu estou fora do ativo masacho que está à vista de toda a gen-te. Em 10 anos, um partido que nãofaz uma assembleia de militantes eque faz uma coligação sem consultaros militantes, está tudo dito. Aliás, sefor ver as listas dos candidatos que apa-recem pelo CDS eles repetem-se deuns lados para os outros, são quatroou cinco pessoas, sempre os mesmos.

E já que falamos no CDS como é queviu as afirmações de Ricardo Rossisobre a questão dos mais velhos?(risos) Eu já não estranho nada doRossi porque já o conheço há mui-tos anos.

Não levou a sério?Não, eu acho que não era comigo. Se-ria com alguém, se calhar até com elepróprio, ele é que terá um pensamentode velho em relação aos outros.

Sendo um histórico do CDS, algumavez lhe foi proposto um lugar naslistas da coligação Por Todos Nós?Não, Nunca. Aliás, eu tenho um gru-po de trabalho que me ajudou aolongo destes quatro anos. Há coisasque exigiriam muito estudo para che-gar ao âmago dos assuntos e eu nãotenho disponibilidade de tempo eposso até, em alguns aspetos, nem tercapacidade para isso e esses amigosfizeram-me este trabalho ao longo des-tes quatro anos, mas sempre nesta con-dição: se é para ser, é independente.

E o seu principal adversário será Jo-aquim Couto ou a coligação?O meu adversário é o Dr. JoaquimCouto, não há duvida nenhuma. É opoder. A coligação não a tenho comoadversária nem nunca me ouviu ou

ouvirá criticar o que quer que sejada coligação porque, de facto, o ad-versário é quem está no poder.

É o objetivo do Movimento eleger umvereador, tendo em conta que ficoua meros 400 votos de o conseguir?Sem dúvida. E foi pena. Eu ia ter umavida desgraçada. Ia ser, provavelmente,o fiel da balança e isso ia-me trazerproblemas de vária ordem, mas creioque este ano esse objetivo vai seratingido. Há até quem fale em dois.

Qual é que acha que é a vantagem deter dois partidos na oposição?Se forem dois com posições políticasdiferentes melhor. Isto contradiz o quemuita gente diz de que por minhacausa o Dr. Couto pode ganhar acâmara. Por minha causa não. Eu achoque como estive quatro anos comoindependente, se fosse agora asso-ciar-me a um partido perdia toda acredibilidade e os meus votos esva-ziavam-se todos. Diziam: “este tipo afi-nal é igual aos outros”. Não quero,mas se quisesse, acho que era umgrave erro político juntar-me a umpartido. Acho que esvaziava toda acredibilidade que terei ganho ao lon-go deste tempo.

Que papel é que deve ter um verea-dor da oposição?Ter uma oposição critica nas situa-ções que o mereçam e uma oposiçãoconstrutiva. Criticar o que achar queestá mal e apresentar alternativas paraque essa situação possa ser melho-rada em benefício da população e doconcelho. Claro que um vereador emminoria nunca consegue nada por-que a maioria vota sempre. As pesso-as não pensam pela sua cabeça, têmalguém a comanda-los, às vezes vo-tam contrariados, porque o partido dis-se para votar e determinada maneira.

Se não conseguir um lugar na verea-ção vai voltar a assumir um cargo naAssembleia Municipal?Eu penso que sim. Como líder destemovimento voltarei à AssembleiaMunicipal.

Tendo em conta a sua longa experi-ência política, existe alguma dife-rença entre ser deputado na Assem-bleia Municipal por um partido oupor um Movimento Independente?Eu tenho toda a liberdade de expres-sar as minhas opiniões. Pode agradarao partido A ou ao partido B, masmesmo quando agrada ao partido B,o partido B não se manifesta. Foi umacoisa que eu constatei durante estesquatro anos: mesmo as posições que

eram óbvias e que às vezes até senotava que eram em certa maneiracoincidentes, quando se tratava devotar, não votavam. Muitas vezes fi-quei sozinho a votar, as pessoas abs-tinham-se. Isso é um absurdo; se aspessoas entendiam que a ideia era deaproveitar e até se expressavam nes-se sentido, então porque não votavamnessa ideia?!. É o tal partidarismo, ‘sevamos votar no que ele disse estamosa apoiá-lo, estamos a perder a nossaidentidade’. Eu não sei, não sei o queeles pensam, nunca pensei nesses ter-mos mesmo quando estava nos par-tidos, mas acho que é errado, se acha-mos que está mal, está mal.

O presidente Joaquim Couto tem usa-do a palavra ‘diálogo’ desde o iníciodo mandato, tendo em conta a suaexperiencia na Assembleia e na re-lação com o executivo, parece-lheuma perspetiva realista?Em Santo Tirso não há diálogo. E issovê-se. Há diálogo formal, só. Por exem-plo, quando há propostas dos parti-dos da oposição para serem incluí-dos no plano de atividades, o presi-dente convoca-nos, ouve-nos e fazo que bem entende, não contestoisso. Mas, essa é a única parte emque há algum diálogo.

E nas relações com as juntas de fre-guesia?Pode haver e há algum diálogo, cer-tamente, eu não estou lá para confir-mar. Mas não há o diálogo que sa-bemos que existe com juntas do Par-tido Socialista e com presidentes doPartido Socialista que são queridosdo presidente da Câmara. Com ou-tros que não são queridos dele e queele não os queria lá, como é o casode Vilarinho, em que o presidente dajunta foi menosprezado. E, claro, quan-do se passa para os partidos da opo-sição isso então é por demais evi-dente, nós temos o caso de Vila dasAves que é flagrante. Não se com-preende como é que se fazem obrasque redundam numa asneira, poruma única iniciativa da Câmara, semse discutir com a junta.

Refletindo no trabalho do movimen-to P’ra Frente Santo Tirso, o que éque foi conseguido desde 2013?Politicamente não conseguiu nada. (ri-sos) A maioria PS votou sempre contra.

Mas qual foi o vosso papel nos últi-mos quatro anos? Disse várias vezesque foram voz única na oposição...Sim, infelizmente. Eu numa altura atéme exaltei e virei-me para o grupodo PSD e disse: ‘vocês não têm boca

para falar?’. Eu não tenho problemanenhum, estou a usar uma prerroga-tiva que tenho e o tempo que tenho.

Mas nota alguma diferença nas vo-zes da oposição desde o início domandato?Foi claro que houve um apagar pro-gressivo da oposição do PSD, o Parti-do Comunista manteve mais ou me-nos a mesma linha. O PSD no iníciodo mandato era mais ativo e veio a de-cair para um apagamento quase total.

Há quatro anos referia que “ninguémacredita em alguém que, em 17 anos,não fez o que deveria ser feito’. Ten-do Joaquim Couto sido eleito, con-tinua a defender estas afirmações?Ora bem, até acreditaram, votaramnele. (risos)

Mas mantem a mesma posição relati-vamente ao Joaquim Couto político?Mantenho. As pessoas viram duran-te o mandato que houve uma parali-sia quase total no concelho, quasenão se fez nada, mas isso é uma prá-tica comum no Dr. Joaquim Couto, eledepois veio desculpar-se com o atra-so nos fundos. Mas só faz obras noúltimo ano ou nos últimos seis me-ses de cada mandato..

Mas em contrapartida chegou a te-cer alguns elogios ao executivo an-terior.Pois, cheguei. Porque o executivo an-terior não tinha qualquer compara-ção com o do Dr. Couto. Ele não gos-ta nada de ouvir isto, mas tenho deo dizer. Não haverá tão cedo em SantoTirso, um presidente da câmara comoo Engº Castro Fernandes, que erauma pessoa perfeitamente conhece-dora dos assuntos, embora muitoagarrado ao dinheiro, sempre commedo de o gastar (risos). Não hácomparação nenhuma possível entrea gestão seguida pelo Engº Fernandese a gestão do Dr. Joaquim Couto.

Como é que classifica este primeiromandato de regresso de JoaquimCouto à Câmara Municipal?Mais do mesmo. O mesmo de há 17anos.

Em que aspetos?Está mais refinado na propagandapolítica do que estava anteriormente.Mais refinado no marketing, maisrefinado no acompanhamento doseventos do concelho. Ele agora vai atodos os sítios possíveis e imaginári-os quando antigamente isso não acon-tecia, isso ficava muitas vezes para osvereadores. De resto, o comportamen-

O meu adversário é oDr. Joaquim Couto, nãohá dúvida nenhuma. Éo poder. A coligaçãonão a tenho comoadversária nem nuncame ouviu ou ouviráacriticar o que querque seja da coligaçãoporque, de facto, oadversário é quem estáno poder”.

“Joaquim Couto estámais refinado na pro-paganda política doque estava anterior-mente. Mais refinadono marketing, maisrefinado no acompa-nhamento dos eventosdo concelho. Ele agoravai a todos os sítiospossíveis e imagináriosquando antigamenteisso não acontecia”.

“É preciso reconstruir ocineteatro e transfor-má-lo numa casa dacultura. Mas SantoTirso tem tantas carên-cias como a rede viária,o saneamento e a águaque o melhor é primei-ro terminar as infraes-truturas que faltam emtodo o território”.

ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 05

to dele como presidente da câmaraaté piorou. Em certa medida, ele eramais aberto do que é hoje. Hoje é umapessoa fechada, com medo de per-der o lugar e que se rodeia de umpequeno núcleo de pessoas que es-tão predispostas a tudo. Alguns sãouns autênticos lambe-botas, que an-dam ali a engraxar para conseguiremalguma coisa de retorno.

Considera que existe um descréditoda Assembleia Municipal?A Assembleia Municipal infelizmen-te não tem os poderes que deveriater. As críticas e discussões que aliacontecem ficam fechadas dentro da-quelas quatro paredes. Uma das nos-sas propostas é que a AssembleiaMunicipal fosse itinerante pelo con-celho, sair da cidade e percorrer oconcelho para tentar cativar as pes-soas e levá-las a participar e ver comoé o seu funcionamento. Ou entãofazer como em Famalicão com umcanal de televisão que leva as ses-sões da Assembleia Municipal atéjunto de cada pessoa. Claro que nãopodem participar diretamente, comopúblico, mas pelo menos podem vero que se lá passa, o que se discute ecomo decorrem os trabalhos.

Chegou a referir em declarações devoto que “as políticas da Câmara Mu-nicipal invertem as prioridades”.Para o movimento que representa,quais são essas prioridades?Primeiro, dotar o concelho de sane-amento. Continuamos como há qua-tro anos. Levar o saneamento e aágua à maior parte do concelho demaneira a fazer uma cobertura qua-se total. A Câmara preocupa-se mui-to em fazer festas, atividades de re-creio e lazer e não investe num aspetoextremamente importante que é arede viária. Devia apostar-se nisto enão na aquisição de serviços exter-nos que estão a levar o dinheiro tododo município. Repare, entre 2006 e2013, a aquisição de serviços exter-nos rondava os 7 milhões de euros.Em 2014 passou para 14,4 milhõesde euros. A câmara tem funcionári-os qualificados e técnicos competen-tes para executar a maior parte dosserviços requisitados ao exterior. Issoé um desperdício! O município po-deria poupar 30 milhões de eurosem quatro anos se utilizasse o mate-rial da casa.

Uma questão pela qual se tem bati-do muito são os impostos Munici-pais. É este um dos principais pro-blemas do município?É um dos principais problemas, clara-

mente. Santo Tirso está a perder po-pulação. Está a perder porque não éum concelho atrativo. A taxa de IMIpodia ser perfeitamente reduzida parao mínimo legal de 0.30% que a Câ-mara continuaria a receber o mesmoque em 2013. As tarifas do lixo po-diam ser reduzidas e até abolidas nocaso daquelas tarifas sociais. O preçoda água deveria ser renegociado coma empresa, como fez Paços de Ferreira,embora a empresa não seja a mesma.

O Presidente anunciou ainda esteano uma redução na tarifa da água...As reduções feitas em Santo Tirso sãotodas mini, o que tem pouca influên-cia no orçamento familiar, logo nãoé atrativo para as pessoas. Hoje háuma grande competitividade entre osmunicípios, procuram captar o maispossível as populações e para tal,devem dar-lhes as melhores condi-ções para que se possa não pagarimpostos elevados e ter boas vias eter boas condições de vida. O IMI éum caso flagrante. O lixo devia serreduzido em 30%. No caso da tarifada água, a Trofa reduziu todos osescalões, em Santo Tirso não. A Trofatambém reduziu nas tarifas do co-mércio e da indústria, aqui não. EmPaços de Ferreira, inclusive, acabaramcom a taxa de disponibilidade. Se nãose conseguisse renegociar a tarifa daágua, há uma outra solução que évoltar a municipalizar a água.

Mas isso não implicaria custos proi-bitivos?Bom, seria um processo complicado,certamente.

Mas considera que traria mais van-tagens do que desvantagens?Sim, porque a câmara poderia pôr aágua a um preço razoável e aceitável.Assim não. A empresa atualizou otarifário há pouco tempo em SantoTirso. Houve aquela redução da Câ-mara que leva a autarquia a gastardo erário público para compensar aempresa pela redução. Mas entretan-to já aumentou o tarifário porquecontratualmente isso é possível.

A Câmara congratula-se com os nú-meros do desemprego e da criaçãode empresas. Atribui o sucesso dessesnúmeros às políticas do executivo?Não. É uma face da conjuntura naci-onal. Como sabemos, o desempregotem diminuído por um conjunto defatores vários. E é certo que têm abertoalgumas empresas no concelho, masna sua maioria são empresas de altatecnologia que poucas pessoas ab-sorvem, pois precisam de menos ma-

terial humano para a sua atividade.

Tem sido muito crítico em relação àsolução encontrada para o nó doBarreiro e para a Rua do EspíritoSanto. Porquê?Porque é um grave erro urbanísticofechar a rua do Espírito Santo. Eu nãosou contra a solução para o Barreiro,mas fechar ao trânsito a rua do Espí-rito Santo é um grave erro. Desde quedemoliram as duas casas é notórioque a solução encontrada não vairesolver nada. É hoje visível que po-diam perfeitamente fazer ali uma ro-tunda convencional, se entendem quedevem fazer uma rotunda, sem estara implicar com a rua do Espírito Santoque ficaria até com uma maior abertu-ra para escoamento de trânsito. Ali-ás, vê-se que desde que começaramas obras na ponte, há engarrafamen-tos durante quase todo o dia na Estra-da Nacional, porque muitos dos car-ros escapavam-se pela rua do Espíri-to Santo e agora não o podem fazer.

O que lhe parece o facto das obrasdo alargamento da ponte e da rotun-da do Barreiro estarem a acontecersimultaneamente?Eleitoralismo. E provavelmente vai

correr mal, porque não há alternati-vas para o trânsito. Mas as pessoassão teimosas, obsessivas e não que-rem ver aquilo que é evidente. Nestecaso, há uma obsessão em quererfazer as coisas de qualquer maneira.Uma obsessão que vai destruir umaparte histórica de Negrelos.

Como é que vê o posicionamento doconcelho de Santo Tirso no contex-to regional?É uma situação que está por explo-rar. Santo Tirso podia e devia ser umfoco cultural e turístico mais dinâmi-co. Eu próprio já sugeri isso ao Presi-dente a celebração de contratos comagências turísticas do Porto, Braga,Guimarães de modo a canalizar maisturistas para Santo Tirso. Claro que erapreciso criar mais condições do queaquelas que temos. Mas toda a genteadora Santo Tirso pelo aspeto am-biental e paisagístico, mas é precisomais, sobretudo no aspeto cultural.

Refe a transformação de Santo Tirsonum polo cultural, qual é a sua opi-nião sobre a questão do cineteatro?É preciso reconstruir o cineteatro etransformá-lo numa casa da culturacom uma programação anual com-pleta, tal como a Casa das Artes emFamalicão. Mas Santo Tirso tem tan-tas carências como a rede viária, osaneamento e a água que o melhoré primeiro terminar estas infraestruturas.

Quais são as expectativas do Movi-mento P’ra Frente Santo Tirso parao próximo dia 1 de outubro?O resultado que vier será bem-vin-do, mas espero sinceramente que sejamelhor do que me 2013 porque tra-balhamos para isso e noto nas pes-soas que estão mais sensíveis àsnossas propostas.

Se não vencer as eleições, quem éque prefere ver assumir os destinosda Câmara de Santo Tirso?Nenhum dos candidatos me satisfaz,sinceramente. Sou amigo do Dr. Joa-quim Couto há muitos anos, mas nãogostava que ele continuasse. A Dra.Andreia Neto é uma pessoa muitosimpática, mas não lhe reconheço ca-pacidade para estar à frente da câ-mara e acho que ela está a prestarum serviço ao partido, como muitosoutros deputados prestam pelo paísfora. E veio aqui a Santo Tirso prestaresse serviço, ao concelho natural dela,onde tem toda a legitimidade. Masnão me parece que ela tenha conhe-cimento do concelho, nem projetosque façam prever que com ela as coi-sas iriam mudar muito. |||||

Não há comparação nenhumapossível entre a gestão seguidapelo Engº Fernandes e agestão do Dr. Joaquim Couto”.

HENRIQUE PINHEIRO MACHADO:“SANTO TIRSO ESTÁ A PERDER POPU-

LAÇÃO. ESTÁ A PERDER PORQUENÃO É UM CONCELHO ATRATIVO”.

06 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

ENTREVISTA~

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

“Venha amanhã ocineteatro, mascumpram-se hoje asnecessidades essenciais”||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

PAULO R. SILVA

A que é que ainda não foi candidatano concelho de Santo Tirso?Já fui candidata a tudo. Inclusivamentejá fui candidata a assembleias de fre-guesia fora daqui, para fazer número.

Há quantos anos está nestas lides?Eu não sei localizar no tempo. O bi-chinho, a consciencialização política,começou ainda era muito pequenina.Nasci na praça Conde São Bento, naaltura, ainda praça da República e omeu pai era Republicano. À porta decasa estavam, às vezes, uns senhoresque eu achava muito esquisitos, e quena minha memória aparecem com ga-bardina, chapéu e óculos escuros, per-guntavam pelo meu pai. Mais tarde, vima perceber quem eram aqueles senho-res. Depois no colégio obrigavam-nosa ir para à capela rezar pela conver-são da Rússia, quando nem sabia oque aquilo era. Eu tive sempre muitacuriosidade em saber o porquê detudo mas as freiras não explicavamnada. Quando fui estudar para Coim-bra apanhei épocas de sobressalto e

sentia mais forte ou mais fraca, euacho que não venho mais forte nemmais fraca, venho com mais experi-ência. De tudo quanto vivi e do quecorreu menos bem. Sou uma pessoaque procura aprender com os erros,porque ninguém é perfeito. Eu nun-ca tive problemas em ser atacada, mastambém nunca o fui. Ando pela rua,dou muitas voltas, sou andarilha,muito ativa e nunca fui maltratadapor ninguém. Aliás, as pessoas diri-gem-me palavras de força e carinho.Se as manifestações de carinho querecebemos fossem até ao voto, a ex-pressão seria muito maior.

Nunca a assustou a luta com os ad-versários de outros partidos? Porvezes estes jogos políticos…Eu não sou pessoa de jogos políti-cos. Não consigo entrar nesses me-andros. O que sei, com todas as im-perfeições que possa ter, é fazer umprograma e defendê-lo. Olhar parao que é nosso, passar a mensagem etentar construir algo que seja melhorpara todos. As guerrilhas políticas nãome dizem nada. Não tenho tempopara essas coisas, tenho tanto quefazer. Há quem tenha um gabinetede imprensa, um gabinete de imagem,há quem tenha quem lhe escreva oprograma. Nós não temos nada, so-mos nós próprios.

A rotatividade dos nomes da CDUpara ocupar as listas, é uma escolhaou necessidade?É uma escolha entre nós, mas vamosprocurando renovar, dentro das nos-sas possibilidades. Há pessoas, atéjovens, que receiam. Há dias, um jo-vem aceitou fazer parte das nossaslistas, até que no dia seguinte me per-guntou se era mesmo necessário. Dis-se-lhe que gostava de poder ter umacara nova. Ao que esse jovem merespondeu, que tinha medo que oseu nome ficasse associado ao PCP.

Porque acha que isso acontece?

Ficar ligado ao PCP não é desonra,porque somos um partido honrado.Não sei se tem a ver com o estigmada ditadura que não passou. Veem-nos como muito fechados. No nos-so partido somos super livres. Eu te-nho a minha opinião, tu tens a tua ea gente discute até ao limite. E sehouver necessidade, a gente vota.

Um pouco por todo o concelho, oscartazes e outdoors multiplicam-se.Porque é que a CDU volta a não apos-tar nesse tipo de campanha?Vamos fazer a campanha dentro dasnossas possibilidades, que são bai-xas, pois vivemos das quotas dosnossos militantes. Eu não sei quantocusta um outdoor. Em 2013 aindaperguntei, por curiosidade. Como éque alguma vez nós teríamos dinheiropara pôr lá um cartaz?

Não apostando nessa vertente, qualvai ser o vosso trunfo para esta cam-panha eleitoral?Nós procuramos sempre falar com aspessoas. Para construir o nosso pro-grama queremos conversar. E falamoscom toda a gente, com aqueles comquem me cruzo diariamente e vouver essas pessoas em contextos dife-rentes. Vou vê-las na Liga dos Ami-gos do Hospital de Santo Tirso, naMisericórdia, na Associação Indus-trial e Comercial, na ASAS, etc. E per-guntamos: O que pensa? Onde sen-te necessidades? Problemas? Preocu-pações? Vamos registando e depoisdamos-lhe o nosso tratamento.

Desses contactos e reuniões, que re-trato é que traçam do concelho?Encontramos preocupações comunsa todos. Toda a gente fala no preçoda recolha de resíduos. Porque émuito caro, porque vêm faturas comengano, porque se vai pagar por mul-tibanco e a referência está errada,coisas assim. Mas principalmente, opreço exagerado comparativamentecom outros concelhos. Alguns co-

luta. Conheci lá gente muito importan-te que me marcou muito, como o Zeca[Afonso], o Manuel Freire, conheci oCarlos Paredes e o Alberto Martins. Eassim se iniciou o processo de luta.Não aconteceu, foi acontecendo.

Porque decidiu voltar a ser candi-data este ano?A primeira vez que apareci em lugarde destaque numa lista foi quandoo Fernando Moreira foi candidato eme colocou a número dois. Depoisdisso, o Bilita também me pôs a nú-mero dois e em 2013 lançaram-meo desafio. Primeiro estranhei, depoisentranhei, mas, apesar da minha ida-de, eu gosto de desafios. E isto eraalgo totalmente novo. Aceitei e assu-mi a candidatura com orgulho. Eu nãoestava a contar repetir, mas a partir domomento em que os meus camara-das, em decisão coletiva, o fazem,decidi aceitar.

Desde 2013 em que foi cabeça delista pela primeira vez até agora, al-guma coisa se alterou na sua perceçãopolítica do concelho?Claro. Há dias perguntavam-me se me

ENTREVISTA | AUTÁRQUICAS 2017

ENTREVISTA A MARIA AUGUSTA CARVALHO, CANDIDATA ÀPRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL PELA CDU

MARIA AUGUSTA CARVALHO:“JOAQUIM COUTO MOSTROU-NOS PREOCUPAÇÃO COM OSANEAMENTO, O CERTO É QUEO SANEAMENTO NÃO ESTÁAINDA CONSEGUIDO, HÁMUITAS ZONAS AQUI BEMPERTO, SEM SANEAMENTO”.

ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 07

merciantes falaram-nos muito preo-cupados em relação ao ordenamentode trânsito e das obras que afetamos negócios. São coisas simples, dodia-a-dia, mas que têm impacto nassuas vidas.

Já referiu várias vezes a preocupa-ção com o desemprego, agora que odesemprego começa a regredir, achaque essa melhoria se deve mais àatuação do governo ou da Câmara?O governo atualmente está num con-texto muito diferente do que haviahá quatro anos. Foi a visão do Jeróni-mo de Sousa que abriu, naquele mo-mento após as eleições legislativas,perspetivas de algo diferente. E as coi-sas mudam, e começam a apareceravanços. São avanços pequeninos, sãoavanços, por exemplo, na gratuitidadedos manuais escolares, no descon-gelamento de pensões, no aumentode pensões e reformas. E estas me-lhorias também se devem, com certe-za, à Câmara Municipal. Eu não es-tou lá dentro, mas se estivesse naCâmara, gostaria que no meu conce-lho o emprego diminuísse e gostariade criar condições para isso e certa-mente que o presidente que lá estátambém quer isso.

E com estas melhorias no desempre-go quais são os pontos em que aCDU se quer focar?A grande prioridade do nosso pro-grama é, de facto, o desemprego e asmedidas para o combater. Há tantacoisa que gostaríamos mas tem quehaver prioridades. A verdade é quenão vamos passar nunca para o aces-

sório sem ter o essencial. Defende-mos o direito a um trabalho com di-reitos como o nosso grande objetivo,e isso é cumprir a Constituição. Odireito ao trabalho é direito de to-dos nós e não é isso que vemos.Vemos, antes, muitos jovens a sair deSanto Tirso para outros concelhos.

Mas o que é que acha que tem quemudar no concelho para se tornartão atrativo como esses municípios?Precisamos de criar um concelho maisatrativo ao investimento. Se houver,haverá certamente mais empresas aquerer investir, haverá certamentemaior criação de emprego. Dentrodessas medidas, achamos que deve-ria haver melhores acessibilidades ro-doviárias e prestar particular atençãoàs zonas industriais, porque mesmonos contactos que mantivemos fala-mos nas zonas industriais e na aces-sibilidade que não são as mais dig-nas, as mais adequadas que devemser dotadas de infraestruturas neces-sárias, como a água e saneamento.

Pensa que os problemas de SantoTirso neste momento são os mesmosde há 20 anos?Alguns vão-se arrastando. Por issomesmo temos no nosso programaobjetivos que tínhamos em 2013 econtinuam por cumprir. Vemos comagrado as tarifas sociais que a Câ-mara implementou, vemos com agra-do o diálogo que conseguimos tercom o presidente da Câmara, JoaquimCouto. Diálogo para ouvir as nossaspropostas, pedi-las por escrito antesde fazer um orçamento. É certo que

as pode contemplar ou não. Há mui-tas coisas que gostaríamos de ver re-solvidas. Joaquim Couto mostrou-nospreocupação com o saneamento, ocerto é que o saneamento não estáainda conseguido, há muitas zonasaqui bem perto, sem saneamento. Házonas sem água da rede pública eisso é um direito.

Com a experiência que têm com ageringonça e na freguesia de Roriz,em que um elemento da CDU inte-grou o executivo, vê a possibilidadede voltar a acontecer no concelho?Chamaram-lhe um dia geringonçadepreciativamente, mas ela, mais oumenos oleada, mais ou menos em-penada, até tem geringonçado. E têm-se conseguido avancinhos, não tan-to como os que queríamos, mas avan-ços. Em Roriz, o Armando Barrosoacaba por ir para o executivo da jun-ta e a junta funcionou e, foi dito naapresentação dele pelo meu camara-da José Alberto que a atuação dajunta não teria sido a mesma se oArmando lá não estivesse. E achoque foi uma boa opção.

Vê com bons olhos que isso possaser replicado no concelho?Tudo que seja o aumento da CDUeu vejo com bons olhos, aumentode votos e aumento do número deeleitos. Há um papel interventivo quevamos mantendo, vamos denuncian-do situações, vamos tentando contri-buir para que as coisas corram bem.Mesmo que estejamos cá fora.

Quando olha pela janela e vê o esta-

do em que está o cineteatro, pensa oquê?Às vezes vejo ratos, às vezes vejo ba-ratas, já vi filinhas de baratas a atra-vessar a passadeira. É muito feio oque eu lá vejo, muito feio. Fala-seimenso no cineteatro e temos no nos-so programa um ponto que fala nocineteatro, na parte da cultura e dodesporto, porque também na Consti-tuição da República portuguesa estáescrito que todos têm direito à cultu-ra e ao desporto. E achamos que aconstituição deve ser cumprida, quea cultura faz parte do desenvolvimentointegral do indivíduo. No caso de San-to Tirso, temos que reconhecer o pa-pel cultural que tem sido feito pelaBiblioteca, que tem eventos culturaisimportantes. Temos que reconhecero papel do Centro Cultural de Viladas Aves. A requalificação do cine-teatro era importante. Agora, since-ramente não o vemos como priorida-de. Vemo-lo com bons olhos e digo-lhe: venha amanhã a requalificaçãodo cineteatro, mas cumpram-se hojeas necessidades essenciais.

Que necessidades são essas?Não falei de algo muito importanteque são os transportes. Como é queum habitante de S. Salvador do Cam-po ou de S. Mamede de Negrelos, quetem uma reforma baixa ou está de-sempregado, pode usufruir da cultu-ra se não tem acesso a ela e se nãotem um transporte coletivo que o tra-ga onde ela existe? Como pode serlivre uma pessoa que conta os tos-tões? Já falamos ao presidente Joa-quim Couto que é de primordial im-

portância a cobertura total do conce-lho em termos de água, saneamentoe transportes. Temos no nosso pro-grama três pontos essenciais que é ocombate ao desemprego, o combateàs assimetrias geográficas e sociais,entre as quais está englobado o com-bate ao isolamento, e temos a defesados serviços públicos. Não estamosna Câmara mas é este o nosso papelcá fora também. Fomos pioneiros naprimeira marcha contra o desempre-go em Santo Tirso, foi nossa a ban-deira da defesa da maternidade, fi-zemos a defesa do Centro de Saúdede S. Martinho do Campo, fizemos adefesa do Centro de Saúde das Cal-das da Saúde, sem condições. Temosum papel importante.

Mas o que é que acha que falta paraque a CDU conquiste um vereador?Votos. Falta-nos que aqueles que tantonos dizem: vá em frente, não desista,não desistam de ir lá votar.

Porque é acha que a CDU não temmais implementação num concelhoque sociologicamente está alinha-do com os ideais do partido?Temos vindo a subir mas, de facto,não é o suficiente. Há medo. Mas dequê? Nós não metemos medo a nin-guém. Sempre temos estado ao ladode quem trabalha, sempre temos es-tado lá onde há populações em luta,onde há problemas a resolver láestamos nós. Temos provas dadasonde somos eleitos. Falou de Roriz,mas na Assembleia Municipal tam-bém defendemos as nossas propos-tas e lutamos por aquilo que acha-mos mais justo, no sentido de cons-truirmos um concelho melhor, ondeas pessoas vivam melhor. Na Câma-ra Municipal, de facto, não estamoshá muito tempo. A voz da CDU fazfalta porque é uma voz da diferença,é a voz que leva os problemas dequem trabalha. Acho que fazemosfalta, sinceramente, seja comigo ououtro qualquer. |||||

Chamaram-lhe um dia geringonçadepreciativamente, mas ela, mais oumenos oleada, mais ou menosempenada, até tem geringonçado.

“Faltam-nos votos. Falta-nos queaqueles que tanto nos dizem:‘vá em frente, não desista’,não desistam de ir lá votar’.

08 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

OPINIAO

Luís Américo FernandesO DIRETOR

“A Espanha em si mesmo se consome/É uma nação louca e a loucura/Em vez de nas fronteiras se conter/Contamina um país tão inseguro como Portugal.” - Ruy Belo(1)

Ruy Belo, o poeta citado que tão bemconheceu Espanha porque nela vi-veu e nela se entranhou para lhe pa-recer tão “esquisita” (uma das pala-vras aparentemente tão idênticas emambas as nossas línguas mas que sãoafinal “falsos amigos”!) proporciona-nos o pretexto para o texto que va-mos procurar delinear. Quis o desti-no que Ruy Belo, poeta atlântico quena Praia da Consolação e de Vila doConde foi feliz, fosse transmigradopara o “mar de Madrid” onde, confor-me deixou escrito num outro longopoema (2), “aqui eu fui feliz aqui fuiterra/ aqui fui tudo quanto em mim seencerra/aqui me senti bem aqui o ventoveio/ aqui gostei de gente e tive mãe/ emcada árvore e até em cada folha/ aqui en-chi o peito e mesmo até desfeito/ eu fui aqueleque da vida vil se orgulha...” e que, de-pois de explicitamente dizer, “MeuDeus, como amo a Espanha este país todoesta gente/ apenas o país e a gente quandogente...”, acrescenta este desabafo pre-

monitório: “Mesmo se porventura um diaem Espanha/ a pessoa civil que sou fosseconsiderada estranha/ sempre teria um risoou gesto gente a ajudar-me/ e na falta degente que até hoje nunca me faltou/ nãoduvido que as próprias árvores haviam/ decobrir com as folhas os cuidados...”

Sei bem que não é este o sentircomum recíproco de portugueses eespanhóis, dois irmãos desavindosda meseta comum ibérica, por causade uma nesga de praia atlântica e deuma partilha dos mares e dos novoscontinentes que deles emergiram nasrusgas que ousaram como intrépidosnavegantes. Porém, nos nossos dias,com a queda das fronteiras e a inte-gração europeia, já é outra a perceçãoda realidade. No entanto, a mesmasensação de pertencermos à perife-ria europeia cria entre Espanha e Por-tugal, por um lado, uma coexistênciapacífica, por outro, uma natural con-corrência em função sobretudo deuma economia e comércio globais.Considerámo-nos, é certo, um anãoà beira de um gigante, ou, se quiser-mos, um Sancho Pança ao lado deum dom Quixote mas, até neste do-mínio das proporções correlativas,tendo em conta que “esta nova Espa-nha das autonomias” de certa formaa relativiza e o fenómeno aberrante dosnacionalismos e da independência(veja-se o caso da Catalunha - essesim, um caso de loucura que, nos ter-mos de Ruy Belo, pode contaminar otodo ibérico!), podemos até respirarde alívio e olhar-nos melhor ao espe-lho do vizinho, se não vejamos: numartigo de “A Voz de Galicia” de 11do corrente mês (já para não referiroutros mais recentes) um conceitua-do especialista de economia, Venân-cio Salines, num texto de opinião in-titulado “O Espelho Português” queacompanhava um dossiê minuciososobre a “deslocalização de empresasda Galiza para o norte de Portugal”enunciava o seguinte: “Estamos pe-rante um dos debates mais importan-tes da nossa história recente: o quehá-de levar-nos a ser mais ineptos queantes ou a entender de uma vez portodas como funciona este mundo.

Recordemos que já há mais de 3.000empregos perdidos a favor de Portu-gal. O nosso vizinho está a fazer 4coisas muito simples: a primeira, bo-nificar fiscalmente o investimento; asegunda, embaratecer o solo industri-al; a terceira, reduzir a burocracia; e,por último, baixar os tributos locais.”A “Voz da Galícia” terminava este dos-siê de duas páginas de alertas para oque considerava “a ameaça lusa” queatraía para os municípios portugue-ses da raia, sobretudo os de Valençae Arcos de Valde-vez, importantesempresas têxteis com sede na Galizaou de componentes de automoçãode nacionalidade francesa, contabili-zando o seguinte: “Desde o ano 2000Portugal construiu um total de 17 po-lígonos industriais na fronteira com aGaliza… mais de 3 milhões de m2

cujos preços de venda oscilam entreos 20 e os 40 euros, isentos de car-gas fiscais municipais em troca decontratar mão de obra local”. O dossiêdeixa mesmo no ar a suspeita de quea concorrência, julgada “desleal”, po-deria dar azo a uma queixa junto dasautoridades europeias contra os mu-nicípios portugueses, com eventuaissanções; no entanto, o tom em que oassunto era tratado, apontava que nãoseria qualquer sanção contra Portugalque iria concorrer para um maior dina-mismo da Galiza e não resolveria osproblemas com que esta se debate.

Com isto apetece-me dizer, con-trariando um pouco Ruy Belo, quetalvez Portugal já não seja assim umpaís tão inseguro e a Espanha nãoconsiga da mesma forma “contami-nar” o nosso desenvolvimento. |||||

Em 2012 e 2015 escrevi sobre tu-rismo em Santo Tirso. Textos publi-cados neste jornal, o Entre Margens.Agora pretendo encerrar este “ca-pítulo”. Três textos e um ponto final.

No primeiro ano, com o anteriorexecutivo em funções na CâmaraMunicipal, referi que Santo Tirso, aocontrário de cidades como Porto,Braga e Guimarães, não era um des-tino turístico. Em 2015, com um exe-cutivo diferente, o actual, pelo me-nos até Outubro de 2017, entre ou-tras coisas, acabei por depositar es-peranças no que está previsto acon-tecer no Mercado Municipal e nolargo da feira, bem como na recém-inaugurada escola de hotelaria, ten-do ainda referido que em termosde estratégia promocional, o turis-mo em Santo Tirso era menos “avul-so” e a cidade, não o concelho, ca-minhava em direcção a um posicio-namento mais competitivo.

Dois anos volvidos, em 2017, háa somar mais eventos, mais serviçoshoteleiros (alojamento e restaura-ção), mais e melhores espaços e par-ques de lazer, mais promoção e di-vulgação. Santo Tirso não era, nemé ainda um destino turístico no en-quadramento teórico e prático da-quilo que é tido como sendo, masestá (muito!) ligeiramente mais pró-ximo de o ser. Pois, como se sabe,para se ser não basta parecer.

Apesar de sinais positivos, sendoescusado falar-se no concelho comoum todo, será fácil perceber-se quea cidade não tem (ainda) argumen-tos que motivem uma maior procu-ra pela mesma. Pelo menos em rela-ção à que tem tido e aquela que in-teressará em termos quantitativos,qualitativos e regulares a muitas em-presas do sector. Existem dados es-tatísticos que não são negativos, mascomo se sabe não correspondem àrealidade em termos globais.

Terras deEspanha,areias de Portugal

(1) Do poema “ao regressar episodicamente a Es-panhaem Agosto de 1534, Garcilaso de la Vega temconhecimento da morte de Dona Isabel Freire”, Toda aTerra, Círculo de Poesia Moraes Editores, págª 175;(2) Do poema “Meditação Anciã”, págs.130 e 131.

A sensação de perten-cermos à periferia euro-peia cria entre Espanhae Portugal umacoexistência pacífica

Turismo emSanto Tirso

O sector privado tem sido algodinâmico, o que é bom para SantoTirso, beneficiando em certa medidadaquilo que o sector público vai le-vando a efeito, como a organizaçãode eventos, a promoção dos mesmose da cidade, mas também a reconver-são, recuperação e manutenção deespaços públicos. Neste último aspec-to existem situações ambíguas. Exem-plo; se a Praceta do Alto da Feira éagora um espaço aprazível, o LargoCoronel Baptista Coelho, ao lado, pa-rece estar a ser constantemente força-do a tornar-se naquilo para o qualnão tem perfil, com eventos promovi-dos por ambos os sectores, públicoe privado, desproporcionais para oespaço (pessoas e veículos a mais!)e pseudo-esplanadas altamente des-caracterizadoras do mesmo. A parde outras, uma situação a rever.

Denota-se alguma volatilidade einconsistência em relação à políticaturística do município, pois emborapossa ser usado o chavão da diver-sidade, certo é que se “salta” dacontemporaneidade e modernidadepara o popularucho com, talvez, de-masiada facilidade. A diversidade énecessária, mas apostas claras e con-cretas também, para definição deuma imagem consistente e coeren-te, pois sendo Santo Tirso uma ci-dade de pequena dimensão estaquestão é relevante, tal como nasde maior dimensão.

Um plano que contemple a iden-tificação, o diagnóstico e a valoriza-ção dos recursos turísticos, materi-ais e imateriais, existentes no con-celho seria útil para a implementaçãode acções focadas no desenvolvi-mento. Que os “Velhos do Restelo”esqueçam o cineteatro do passado,hoje apenas ruínas e frágil argumen-to político. Olhe-se para o futuro,porque Santo Tirso pode ser aindamelhor. ||||| (*mestre em Turismo, Inova-ção e Desenvolvimento. Professor de Turis-mo no Ensino Superior). Texto escrito deacordo com a antiga ortografia.

Jorge Coelho*

PT. III (FIM)

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ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 09

CARTOON // VAMOS A VER...

Hugo Rajão

Com risco para a minha própria saú-de, decidi assistir, através da plata-forma Youtube, à palestra, na íntegra,lecionada por Cavaco Silva na uni-versidade de verão do PPD/PSD. Iguala si próprio, ressabiado, moribundo eprivado de qualquer sentido de Es-tado, toda a intervenção denota oespírito revanchista que lhe é famili-ar, materializada pelos sucessivos ata-ques que foi direcionando aos seusinimigos políticos, anunciados (semreferir nomes, na maioria das vezes)quase sempre, à boa maneira do seufiel militante arquiteto Saraiva, como rótulo de relevação bombástica.

Cavaco não se coloca, no entan-to, no mesmo plano dos seus adver-sários. Em bicos de pés, como sem-pre, arroga para si um patamar su-perior e independente que o dis-tancia da restante classe política (ali-ás, nunca se reviu na figura do po-lítico), assumindo-se em consequên-cia, como portador de uma verdade,alegadamente neutral e objetiva,

Cavaco, a personificaçãodo nosso atraso

PERSPETIVAS

As viagens são experiências essenci-ais. Viajamos à medida das nossaspossibilidades, da nossa curiosida-de, dos nossos anseios e das circuns-tâncias, também.

No nosso tempo ainda só pode-mos viajar pelo planeta Terra (embo-ra já haja quem venda quem compreviagens à Lua!...) e toda a História dahumanidade se se traduz em movimen-tos migratórios e, mais recentemente,turísticos. Se os primeiros correspon-dem à busca da satisfação de neces-sidades essenciais de sobrevivência-fuga da fome, desemprego, da guer-ra, de catástrofes naturais - os segun-dos situam-se no plano da realiza-ção e satisfação do prazer de conhe-cer e admirar a natureza, bem comoa arte e o engenho humano que avem transformando.

Nos finais do século XIX e iníciosdo século XX, o turismo era privilégiodos ricos e poderosos, porém, ao lon-go do século passado, a melhoria dascondições de vida dos trabalhado-res da média e pequena burguesia ea democratização das sociedades oci-dentais permitiram o alargamentodesta atividade a cada vez mais gen-te, o chamado turismo de massas.

Os turistas são, à uma, observa-dores e agentes da mudança, já quesó por existir, o turismo implica a cri-ação de estruturas de suporte dasviagens e acomodação bem como deiniciativas de atração, como se cons-tata hoje em Portugal. Daí a prolifera-ção de hotéis, hostels, guest houses,casas de turismo rural, bares, feiras efestivais,”sunset partys” e outros even-tos que, na língua de Camões ou noincontornável inglês, se sucedem umpouco por todo o território.

A transformação que esta ativida-de implica nas comunidades locaistraz dinheiro, reconhecimento dosseus valores e, como foi muito evi-dente sobretudo nas cidades do Por-to e Lisboa, a recuperação de nume-rosos edifícios públicos e privados,de pequenos e grandes negócios,

M.ª Assunção Lino

Viagenstudo vantagens para as populaçõese para os cofres do país.

Porquê, então, o recente movimen-to de contestação e recusa do turis-mo, noticiado como crescendo emvárias cidades europeias? O receioda perda de identidade? A pressãode novas formas de ocupação doespaço, a intromissão de estranhosnos usos e rotinas? O encarecimen-to de produtos e serviços, se é queisso acontece?

Eu cá tenho uma teoria: depoisde dezenas de anos de crescimentoturístico, de abertura à diferença, ascomunidades ditas evoluídas come-çam a fechar-se, a querer preservar assuas supostas riquezas, os seus valo-res, de uma forma muito aproximadados movimentos xenófobos e racistasque vão ganhando terreno um pou-co por todo o mundo. O desenvolvi-mento, a riqueza, a evolução trazemfrequentemente consigo o sentimen-to de superioridade, de enfado pe-los que beliscam essa suposta prima-zia, originando esses movimentos po-líticos e organizações extremistas, cujasatividades sobejamente conhecemos.

Eu tenho uma teoria e gostariaque estivesse errada. |||||

Depois de dezenasde anos de crescimentoturístico, de aberturaà diferença, ascomunidades ditasevoluídas começama fechar-se, aquerer preservar assuas supostas riquezas,os seus valores.

que, dirimindo todos as oposições,transcende a disputa ideológica, pró-pria de uma sociedade democrática.Daí discorrer acerca das idiossin-crasias do país como se lhe fossemalheias, mesmo sendo historicamentea personalidade que encabeçou opoder durante mais tempo, após o25 de Abril. Dado o estatuto queoferece à sua perspetiva, acaba porconfundi-la, em total sintonia com aortodoxia de Bruxelas, com a pró-pria realidade (conforme tenho es-crito), não concedendo a mínimabrecha para alternativas. Trata-se dadefesa da mesma TINA, isto é, naatribuição de um carácter absolutoà disciplina orçamental, como se dosentido natural das coisas se tratas-se, perante a qual Hollande, Tsiprase a Geringonça, não obstante o seus“pios” e “devaneios ideológicos ini-ciais” se viram, segundo o próprio,inexoravelmente forçados a curvar.Ignora ou faz por esquecer, portan-to, a natureza contingente e arbitrá-ria das imposições europeias, em re-sultado do desequilíbrio de forçasexistente entre as nações da UE.

No fundo nunca mudou. Se aMário Soares era, muitas vezes, reco-nhecida a intuição para aferir o ladocerto da história, Cavaco, por seu tur-no, teve sempre a especial aptidãopara identificar os mais fortes (de

modo semelhante a Durão Barroso)e assim colar-se a eles na condiçãodo mais fiel dos vassalos, porventurana esperança de um afago enquan-to reconhecimento pela sua obedi-ência férrea. Nessa linha, projeta omesmo para Portugal: um país orgu-lhosamente pobre que se subalterni-za face aos poderosos, na expectati-va de, por essa via, conseguir delesa esmola necessária para se manterà tona, espezinhando ao mesmo tem-po aqueles que encontrando-se emsituação semelhante almejam, de for-ma contrária, a autodeterminação ea rutura com um estado de perpé-tua assistência. Cavaco é o rosto donosso atraso. ||||| hugorajã[email protected]

Em bicos de pés, [Cava-co Silva] como sempre,arroga para si umpatamar superior eindependente que odistancia da restanteclasse política (aliás,nunca se reviu nafigura do político),assumindo-se em con-sequência, como porta-dor de uma verdade.

Santo Tirso não era, nem é ainda um destinoturístico no enquadramento teórico e práticodaquilo que é tido como sendo, mas está(muito!) ligeiramente mais próximo de o ser.JORGE COELHO

12 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

ATUALIDADE||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A campanha não começou oficial-mente mas a troca de acusações, crí-ticas, os dedos apontados e as cul-pas de tudo o que alguma vez acon-teceu de errado na vida já arrancouhá meses. A lista de galhardetes queos candidatos dos diversos partidostêm trocado é longa, variada e trans-versal aos mais diversos temas mas,na realidade, há um que sobressai: olocal de residência dos candidatos.E nisto, Joaquim Couto e AndreiaNeto são os campeões dos ‘bitaites’mútuos. Couto diz que Andreia Netovive em Guimarães e a resposta che-ga com a oposição dizendo que opresidente vive...em Leça da Palmeira.Mas afinal, quem vive onde? Quemé que, sendo candidato em SantoTirso, não poderá votar em si pró-prio? Foi isso que procuramos saber.

Quem é que, sendo candidatoem Santo Tirso, não

pode votar em si próprio?Consultamos as listas, públicas,

entregues nos tribunais desde a Câ-mara à Assembleia Municipal, pas-sando por toda e qualquer fregue-sia, de todo o qualquer partido e mo-vimento independente e é com basena informação lá contida que traça-mos este cenário. É importante quequem decide os destinos de deter-minada região seja alguém a quemas decisões irão afetar? Que vive lá?Que tenha ligações à terra? É justoque determinados candidatos possamvotar em si próprios e outros não? Émais adequado o sistema adotado

nas regiões autónomas onde só oseleitores podem ser candidatos? Asopiniões sobre este assunto são asmais diversas e se é verdade que alei concede o direito de os cidadãosse candidatarem ao local que enten-derem, não é menos verdade que serou não da terra não é, por si só, ga-rantia de que se trabalhará mais oumenos. Na realidade, não fosse esteum tema recorrente entre os candida-tos tirsenses, provavelmente não es-taria a ler estas palavras e este seriaapenas mais um assunto irrelevante.

Percorremos páginas e páginas re-pletas de nomes e percebemos, des-de logo, que nesta saga de quem nãovai poder votar em si próprio há al-gumas questões essenciais: Há listascom pessoas de fora de Santo Tirso?Quais os cabeças de lista que nãovão poder ajudar a eleger-se? Há lis-tas em que todos os nomes são da

região? E em que todos são de fora?Há nomes sem ligação aparente aoconcelho?

Sobre os nomes que, aparentemen-te, caíram de paraquedas em SantoTirso, a ênfase deve ser colocado napalavra “aparentemente”. É que se éverdade que nenhum deles é natu-ral de Santo Tirso ou vive atualmenteno concelho, isso não garante que nãotenham tido um papel ativo na soci-edade tirsense ao longo dos anosou tenham por cá vivido num deter-minado momento da vida. Ainda as-sim, na tabela de pessoas que sendocandidatas, não são naturais de San-to Tirso nem votam cá a CDU vai àfrente, com 12 nomes. A coligaçãosoma 4, o PS 2 e o PFST 1 (incluindoas freguesias da Trofa).

Há candidatos a votar na Maia,em Valongo, na Povoa, no Porto, emMatosinhos, Famalicão e até em Lis-boa e com as mais distintas naturali-dades. Comum é também, em todasas forças políticas e independentes,a existência de candidatos que sen-do naturais do concelho não terão,ainda assim, oportunidade de votarno projeto que representam por se-

rem eleitores noutros concelhos. Jánas freguesias, o mais comum é mes-mo a existência de pessoas que sen-do do concelho não residem na fre-guesia a que se candidatam.

Comecemos, então, pelas certezas.Recenseados em Santo Tirso e a vi-ver no concelho, Maria Augusta Car-valho, candidata à Câmara pela CDU,e Henrique Pinheiro Machado, peloMovimento Independente P’ra FrenteSanto Tirso, não deixam dúvidasquanto à possibilidade, já que o votoé secreto, de votarem em si próprios.

A CDU é a única força políticaem que todos os candidatos à Câ-mara Municipal votam em Santo Tirso.A coligação Por Todos Nós tem doiscandidatos que não estão recensea-dos no concelho, o PS também e oPFST tem um. Mas a CDU é tambémdetentora dos casos mais caricatos. Éque nenhum dos nomes escolhidos

para integrar as listas da Agrela e daReguenga vota nas freguesias. Emcompensação, nas listas de Vila dasAves, Vila Nova do Campo e Uniãode Freguesias de Santo Tirso, Couto(Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães,todos são locais. Mas neste campo, éo PS quem marca mais pontos. É, delonge, o partido que mais aposta emresidentes e, para além da AssembleiaMunicipal, seis freguesias são, exclu-sivamente, compostas por tirsenses.Já a coligação Por Todos Nós, só oscandidatos a Monte Córdova e à Re-guenga são todos recenseados nasfreguesias. A lista à Câmara do Mo-vimento Pra Frente Santo Tirso contaapenas com um nome que não é natu-ral de Santo Tirso nem reside no con-celho, já na Assembleia Municipal aaposta é total e exclusiva em tirsenses.

Sendo o único movimento Inde-pendente para a Câmara e AssembleiaMunicipal, não é, no entanto, exclu-sivo no concelho. O Movimento To-dos por Negrelos, liderado por CarlaFerreira inclui um nome vota emRebordões, o Movimento Indepen-dente por Agrela, encabeçado porJosé Miguel Vieira inclui um suplen-

te que, sendo natural da freguesia,está recenseado em Valongo. JoséPacheco, do Água Longa é de Todos,aposta exclusivamente em fregueseslocais e o mesmo acontece com Jor-ge Faria, para o Unidos Por Vilarinhoe com Paulo Leal, com o MovimentoIndependente pela Reguenga.

Os casos mais pertinentes sãomesmo os dos cabeças de lista quenão vivem na localidade a que secandidatam. A CDU aposta em NádiaCastro para S. Tomé de Negrelos,como fez há quatro anos, mas acandidata não vai poder ajudar a ele-ger-se, dado que vota em Vila Novado Campo. Na mesma situação estáSofia Gonçalves Paiva, candidata dacoligação a Roriz. É natural de Roriz,mas não é lá que vota. E tudo istonos leva ao cerne inicial de toda estaquestão com as dúvidas em tornodos dois principais cabeças de lista àCâmara Municipal. Couto é naturalde Água Longa, Andreia Neto, de S.Martinho do Campo. Ambos têm umlongo percurso no concelho, conhe-cem-no de lés a lés e são conheci-dos em cada esquina. Mas residemonde? No dia 1 de outubro vão po-der votar nos seus próprios projetospolíticos? Andreia Neto, sim. Nãopodemos provar que as acusaçõesdo Partido Socialista de que vive emGuimarães sejam infundadas, pode-mos, no entanto, revelar que sãofactualmente imprecisas. O facto é queAndreia Neto está recenseada noconcelho e pode, por isso, votar emsi própria. Quanto ao atual presiden-te, vota, efetivamente, na União deFreguesias de Matosinhos e Leça daPalmeira. Pelo menos, é disso que dáconta a informação publicada no tri-bunal. Detalhes à parte, a verdade éque todos os candidatos de todasas listas estão a exercer um direitoque lhe é conferido. Aos tirsenses é-lhes pedido, apenas, que cumpram oseu dever e no dia 1 de outubroescolham a quem querem entregaros seus destinos. |||||

ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 13

AUTÁRQUICAS 2017

Andreia Neto quer Pimentade Carvalho e CarlosValente a vereadores

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“Nos ultimos 35 anos nunca foi tãodifícil a escolha que o povo do nos-so concelho tem que fazer”. Esta é,pelo menos, a convicção da candida-ta da coligação à Câmara de SantoTirso, Andreia Neto. O segredo emtorno dos nomes que integram a listaque lidera foi, de resto, desvendadono passeio dos frades, com vista pa-ra o rio Ave. Conhecidos os nomes,a resposta às questões que se im-põem é sim. Sim, Carlos Valente in-tegra a lista em lugar elegivel. Sim,Sofia Roriz é a unica dos atuais ve-readores a fazer parte das escolhasde Andreia Neto. Sim, Ricardo Rossiestá lá também, não fosse esta umalista de coligação.

Andreia Neto, 37 anos, é, de to-dos, o nome que, neste momento,dispensa apresentações e por isso outalvez nao, foi a ela a quem coubeapresentar todos os outros. José Pi-menta de Carvalho não é novo nasandanças camarárias e já foi verea-dor sem pelouro entre 1995 e 1997.É o segundo da lista seguido por umdos nomes mais falados nos últi-

SOFIA RORIZ E RICARDO ROSSI OCUPAM, TAMBÉM, OS LUGARES CIMEIROSDA LISTA DA COLIGAÇÃO POR TODOS NÓS, APRESENTADA NO DIA 18

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Depois do PSD, o Partido Socialista,também vai construir o cineteatro. Ossocialistas querem “acabar de vez coma especulação em torno da recons-trução daquele emblemático espaçocultural” e dão garantias “de que arequalificação do cineteatro será umcompromisso assumido para o man-dato autárquico 2017-2021”.

Ainda assim, lembram que estanão foi uma prioridade apresentadaem 2013 e que, como tal, ”o executi-vo municipal não falhou qualquercompromisso para com a população”.Sublinhando assumir apenas compro-missos que poderá cumprir, o PS ga-rante, agora, com todas as letras queirá requalificar aquele espaço cultu-ral no próximo mandato.

E naquela que se arrisca a ser acampanha do cineteatro, não faltamas criticas mútuas. O PS lamenta, deresto “o gratuito e eleitoralista oportu-nismo político da coligação PPD-PSD/CDS-PP”, relativamente ao cineteatroe garante não enganar a populaçãonem hipotecar o futuro. “O projetoestá a ser redimensionado, para setornar exequível e sustentável”, adi-anta o PS, sublinhando que “os muní-cipes não compreenderiam que me-tade do orçamento municipal desti-nado a investimento fosse gasto emapenas um equipamento cultural,quando há ainda necessidade deapoiar as famílias, nomeadamentecom transporte, refeições e lanchesescolares gratuitos, e as empresas, porvia da redução da carga fiscal”.

“Santo Tirso está, de facto, a mu-dar”, pode ler-se, ainda, no comuni-cado, que assegura que “isso pareceestar a incomodar a candidata doPPD-PSD/CDS-PP”. Andreia Neto é acu-sada de “tudo fazer numa lógica decaça ao voto”, “desde financiar jor-nais para difamar e devassar a vidaprivada do candidato do PS à Câma-ra Municipal, instigar a denúncia de

AUTÁRQUICAS 2017

PS (também) querconstruir cineteatro

falsos processos contra o presidenteda Câmara Municipal, fazer acordoscom aqueles que a acusaram de serum “carneiro manipulado” no pro-cesso de escolha do anterior candi-dato à Câmara Municipal do seu par-tido, com o objetivo de instrumen-talizar mais uma associação do con-celho”. Mas não é só, uma das acu-sações mais enigmáticas prende-secom o facto de ter a seu lado, comoconselheiros políticos, “militantes doPS com altas responsabilidades au-tárquicas num passado recente. Con-selheiros, esses, que devem uma ex-plicação à população de Santo Tirso,por nunca terem executado o proje-to apresentado publicamente”. Para já,e trocas de galhardetes à parte, a úni-ca certeza que o município parece po-der ter é que, reerguer o cineteatroserá uma realidade até 2021, inde-pendentemente de quem governe osdestinos do concelho. |||||

mos tempos. A expeculação era gran-de antes, a celeuma é grande depoise Carlos Valente, avense, ex-presiden-te de junta e atual presidente dosBombeiros de Vila das Aves é mes-mo o número três. Sofia Roriz é des-de há anos, um dos nomes femini-nos mais conhecidos a nivel do PSDde Santo Tirso. É vereadora na Câ-mara Municipal desde 2005 e, des-de 2015, coordenadora do Movimen-to das Mulheres Social Democratasde Santo Tirso. Surge em quarto lu-gar nas listas lideradas por AndreiaNeto e é a única que se mantém davelha guarda de vereadores. Segue-se Ricardo Rossi, o primeiro nomedo CDS, em quinto lugar. Elegivel emcaso de vitória, mas não o suficientepara conquistar a vereação no casode um resultado menos favorável àcoligação. Nuno Martins, Maria deAnunciação Monteiro, José DuarteMalheiro e Ricardo Dinis Oliveira ocu-pam os lugares seguintes. CatherinePereira é a primeira dos suplentes, se-guida por José Paulo da Costa, TiagoMoreira, Claudia Almeida, ManuelMonteiro, Abílio Lima, Quitéria Roriz,Henrique Gonçalves e Sara Almeida.

Com idades entre os 29 e os 60anos, as apostas de Andreia Netopara a Câmara incluem pessoas deáreas como o direito, o desporto, aeducação, a comunicação, a saúdee as ciências. Andreia Neto descre-ve-a como ‘uma equipa jovem, mui-to dinâmica’ e admite ter sido issoque procurou, um conjunto de pes-soas “atenta, que gosta do seu con-celho, que está perfeitamente prepa-rada, completamente preparada paraabraçar o grande de-safio de ga-nharmos a câmara”. Sobre as deci-sões a ser tomadas pelos tirsensesno dia 1 de outubro, acredita que“nunca foi tao importante a decisaoe a escolha dos cidadaos como estaque se aproxima”. “O que está emcausa é o futuro que queremos parao nosso concelho”, sublinha a can-didata, “o que está em causa é a esco-lha livre e democratica entre pessoase tambem projetos, o que está emcausa é o modelo de governação ede relação da Câmara Municipalcom as pessoas, com as paróquias,com as nossas juntas de freguesia,com as nossas associações, com asempresas”, concluiu. |||||

PS DIZ QUE CANDIDATURA DE ANDREIA NETO TEM ASEU LADO, COMO CONSELHEIROS POLÍTICOS,“MILITANTES DO PS COM ALTAS RESPONSABILIDADESAUTÁRQUICAS NUM PASSADO RECENTE”.

“O projeto [docineteatro de SantoTirso] está a serredimensionado,para se tornarexequível esustentável”,argumenta oPartido Socialista

Com idades entre os 29 e os 60 anos, as apostas deAndreia Neto para a Câmara incluem pessoas deáreas como o direito, o desporto, a educação, a co-municação, a saúde e as as ciências.

14 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

ATUALIDADEJORGE GOMES E ROBERTO FIGUEIREDO FORAM APOSTAS GANHAS EM2013 E EM 2017 O PARTIDO SOCIALISTA VOLTA A CONFIAR-LHEA IMPORTANTE MISSÃO DE RECONQUISTAREM O ELEITORADO.

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Se há local emblemártico no conce-lho é o Sanguinhedo. Jorge Gomesapresentou lá a sua candidatura, háquatro anos, e voltou a repetir o feitono dia 14 de agosto.

“A nossa linha orientadora foisempre igual à da Câmara de SantoTirso. Temos a consciência tranqui-la”, adiantou Jorge Gomes, sublinhan-do ter procurado “fazer da União deFreguesias uma união melhor e maissensível, com as pessoas mais aten-tas ao vizinho, ao familiar ou ao ami-go. Essa é a grande razão de querercontinuar”. Assumindo o compromis-so de dar “uma atenção especial àspopulações que estão mais longe docentro de Santo Tirso”, Jorge Gomesanunciou “o ambiente” como umnovo pilar para construir nos próxi-mos quatro anos: “Nós temos o de-ver e a responsabilidade de fomen-tar as boas práticas ambientais. Nãobastam palavras, é preciso ações. Eessas ações vão acontecer no próxi-mo mandato.”

Joaquim Couto, por outro lado,garante que “a proximidade e o bomrelacionamento institucional entre aUnião de Freguesias e a Câmara Mu-nicipal foram a imagem de marca des-te mandato” e acredita que foi alcan-çado, assim, “um bom serviço às pes-soas da União de Freguesias”. Coutoenfatizou a sintonia entre a União

Sofia Gonçalves eJúlio PatrícioMoreira são apostas

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Em Roriz, a candidata à presidênciada Câmara Municipal apresentouSofia Gonçalves, “orgulhosa filha daterra”, como candidata à junta local.“Mulher de garra”, membro do movi-mento de mulheres sociais-democra-tas, Sofia Gonçalves diz que “quero melhor para a freguesia”, apontan-do para a “péssima condição das es-tradas” que está à vista de todos, bemcomo as deficitárias condições deacesso à rede de saneamento e águapública. “Não descansaremos, nemnos calaremos enquanto não tivermosos nossos problemas resolvidos”,anunciou a candidata de 35 anosque sublinhou as “potencialidadesda freguesia de Roriz” que estão aser desaproveitadas, os produtos emonumentos históricos que, sendo“elementos de grande importâncianão têm sido potenciados”.

Sofia Gonçalves apresentou-secom a ambição de “fazer melhor ediferente” daquilo que tem sido agestão socialista das últimas três dé-cadas. “Nós somos mais de três mile quinhentos habitantes. Somos gen-

ANDREIA NETO DESVENDOU OS NOMES CABEÇAS DELISTA PARA AS FREGUESIAS DE RORIZ E VILA NOVA DOCAMPO RESPETIVAMENTE.

AUTÁRQUICAS 2017 | COLIGAÇÃO POR TODOS NÓS

por sermos humildades e acima de tu-do verdadeiros negrelenses que pode-mos fazer mais e melhor”, continuou.

Joaquim Couto fez um rasgadoelogio à figura de Roberto Figueiredo,considerando que o autarca negre-lense “fez um mandato excelente” aoserviço da população da vila, cujaJunta de Freguesia estava “depau-perada e quase falida”.

Destacando que Roberto Figueire-do conseguiu “recuperar uma ima-gem de seriedade para a Junta de S.Tomé de Negrelos”, Joaquim Coutorevelou o segredo para o bom de-sempenho do autarca: “As pessoas ea proximidade foram o segredo doRoberto na freguesia. É por isso queele trata todas as pessoas pelo nome.”

“Cumpriu o seu dever com as pes-soas e pode agora pedir mais quatroanos para novos sonhos e novasmetas”, reforçou Joaquim Couto, as-sumindo um tom pedagógico aomencionar que, atualmente, osautarcas “não devem pensar em coi-sas megalómanas, mas, isso sim, pen-sar em resolver os problemas daspessoas, correspondendo às suasexpectativas”. |||||

PS mantém aposta em JorgeGomes e Roberto Figueiredo

de Freguesias e a Câmara Municipale referiu-se a Jorge Gomes, enquan-to autarca, como “um bom exemplopara todo o município”.

A PROXIMIDADE DEROBERTO FIGUEIREDO“É uma recandidatura por todos epara todos os negrelenses”. Quem odiz é Roberto Figueiredo que quer,juntamente com as pessoas, ”conti-nuar a dar sentido a uma política deproximidade, de diálogo contínuo,com verdade e transparência”. Robertoquer fazer mais e melhor e, por issomesmo, assumiu a recandidatura àjunta que lidera, no passado dia 11.

Elencando a obra feita nos últi-mos quatro anos, destacou as medi-das de apoio social à população, adefesa do património cultural, a cria-ção de condições para o desenvolvi-mento de atividades para o lazer eformação da população e interven-ções ao nível das infra-estruturas.

“É uma recandidatura por todos epara todos os negrelenses. Juntos con-tinuaremos a dar sentido a uma políti-ca de proximidade, de diálogo contí-nuo, com verdade e transparência. É

AUTÁRQUICAS 2017 | PS

te de bem e trabalhadora. Mas te-mos problemas que já não se justi-ficam em pleno século XXI”, concluiu.

De regresso a casaAndreia Neto concluiu a apre-

sentação dos candidatos da coliga-ção ‘Por Todos Nós’ às assembleiasde freguesia em São Martinho doCampo, sua terra natal, com a apre-sentação de Júlio Patrício Moreiracomo cabeça de lista para a juntade Vila Nova do Campo.

“Na vida por vezes temos o de-ver de aceitar desafios e correr ris-cos a favor dos outros e da nossaterra”, declarou Júlio Patrício Moreiraem tom confessional quando admi-tiu que inicialmente hesitou em acei-tar o convite feito por Andreia Netopara encabeçar a lista concorrentea Vila Nova do Campo. “É preciso aajuda de todos, ir porta a porta,chegar à população.”

Aos eleitores da união de fre-guesias que agrega São Martinhodo Campo, São Mamede de Negre-los e São Salvador do Campo, ocandidato afirmou: “somos mais deseis mil habitantes e é por todos elesque darei o melhor de mim.” |||||

ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 15

Parque Metropolitanode Monte Córdovacomo polo turístico

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Ambiente, empreendedorismo, des-porto e infraestruturas. Joaquim Cou-to, presidente da Câmara Municipalde Santo Tirso, anunciou em confe-rencia de imprensa no Centro Inter-pretativo Monte Padrão, o vasto pla-no de ação que a autarquia quer le-var a cabo a médio/longo prazo paraos cerca de 600 hectares que cons-tituirão o parque. Para já, decorre umacandidatura a fundos comunitários novalor de 500 mil euros para a cria-ção de uma ligação pedonal entreos Castros do Monte Padrão e Sanfinse a musealização do Rego dos Frades.

Segundo o presidente, esta é umaárea com “enorme potencial e quepode ser um ponto turístico de exce-lência” para o concelho. Couto afir-mou que a autarquia pretende “de-senvolver ações que possam atrairparceiros privados a investir”. Um dosobjetivos fundamentais da execuçãodeste plano é “potenciar o desenvol-vimento de novos negócios a nívelturístico” para a instalação de uma

PLANO INTEGRADO PREVÊ QUE O FUTURO PARQUEMETROPOLITANO DE MONTE CÓRDOVA SEJA UM CENTROTURÍSTICO DE EXCELÊNCIA. EM EQUAÇÃO ESTÁ A INSTALA-ÇÃO DE UM TELEFÉRICO ENTRE A CIDADE DE SANTOTIRSO E O MONTE DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

Estrada de Paradelapara avançarjá em setembro

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A muito ansiada obra com um his-tórico de décadas na freguesia deVilarinho vai avançar com um pro-jeto a executar em duas fases, comum valor total a rondar os 1.5 mi-lhões de euros, sendo que cercade 700 mil euros estão destina-dos à primeira fase relativa à ter-raplanagem, saneamento e águas.A restante verba pertence à segun-da fase que contempla os traba-lhos de pavimentação e conclu-são da empreitada.

A ligação entre o cemitério dafreguesia e o lugar de Paradela éum troço de novecentos metros deintervenção total para estar con-cluída em abril do próximo ano àqual se seguirão mais seis mesesda segunda fase de uma obra degrande complexidade.

“É uma obra importante para aspessoas da freguesia de Vilarinho,sendo um percurso onde passa mui-ta gente” declarou Joaquim Couto

JOAQUIM COUTO DESLOCOU-SE A VILARINHO PARADESVENDAR OS CONTORNOS DO PROJETO PARA AREQUALIFICAÇÃO DA VIA CONHECIDA COMO“ESTRADA DE PARADELA”. INVESTIMENTO DE700 MIL EUROS PARA A EXECUÇÃO DA PRIMEIRA FASE

MONTE CÓRDOVA | OBRAS VILA DAS AVES

unidade hoteleira, alojamentos deturismo rural, campismo, serviços derestauração e circuitos para atividadesde aventura.

Joaquim Couto anunciou que emtermos de infraestruturas se encon-tra no terreno a requalificação daEstrada Municipal 558-1 e o alar-gamento das escavações no Castrodo Monte Padrão, um dos espaçosmais visitados do concelho com cer-ca de 90 mil visitantes por ano. Nacalha estão ainda a criação de ummiradouro panorâmico, um posto deinformação turística e uma interven-ção de melhoramento na áreaenvolvente ao Mosteiro de NossaSenhora da Assunção.,

Na vertente desportiva, está pre-vista a implementação de novos per-cursos pedestres, construção de pis-tas de downhill e BTT e a promoçãode concursos hípicos, sendo que anível ambiental Joaquim Couto frisoua necessidade de promover oreordenamento florestar do ParqueMetropolitano de Monte Córdova eo repovoamento animal e vegetal. |||||

durante a apresentação pública doprojeto. Para ir de encontro às ne-cessidades dos utilizadores da via,será criado um novo arruamentoe contemplará ainda a requalifica-ção de parte do arruamento atual.

A apresentação pública do pro-jeto decorreu no passado sábado,26 de agosto, na antiga escola bá-sica de Paradela e contou com apresença dos vereadores socialis-tas e do candidato ‘rosa’ à juntalocal. O atual presidente da Junta,Jorge Faria, assistiu também a apre-sentação do projecto, embora aoEntre Margens tenha afirmado quenão foi convidado oficialmente pelaCâmara Municipal para o evento. |||||

VILARINHO | OBRAS

A primeiura fase da li-gação entre o cemité-rio de Vilarinho e olugar de Paradeladeverá concluída emabril do próximo ano.

Em Vila da Aves, a partir do dia 23deste mês, acontecem as “Grandio-sas Festas ao Padroeiro”, que é comoquem diz, as festividades de home-nagem a S. Miguel Arcanjo com umprograma em que se destaca a Gran-diosa Procissão marcada para o do-mingo, dia 24.

Para assinalar o arranque das festi-vidades, no dia 23, a partir das 8h00,dá-se a entrada do Grupo de ZésPereiras que irão percorrer as ruas dafreguesia. Nesse mesmo dia, será ain-da celebrada Missa na Igreja Matriz,às 19h00. Das celebrações religio-sas marcadas para dia 24, destaquetambém para a missa cantada pelogrupo Pacificando (às 11h15). Quan-do à procissão, tem início às 15h00e irá percorrer o seguinte itinerário:Igreja; Largo da Tojela, rua D. Eva, ruaJoão Bento Padilha, rua da Visitação,rua de São Miguel e Igreja. No finalda mesma, está garantida animaçãomusical no adro da Igreja. Este ano,participam nas festividades as bandasde música de Riba de Ave e de Vizela.Nos dias 28 e 29, as festas em hon-ra de S. Miguel Arcanjo terão umcarácter exclusivamente religioso comconfissões, eucaristias e a realizaçãodo Sagrado Lausperene.

Uma vez extinta a Associação deS. Miguel Arcanjo, as festividades sãoagora asseguradas por uma comis-são de festas eleita com o objetivode dar continuidade ao trabalho dareferida associação. |||||

Festas em honrade S. Miguel apartir de dia 23

PROCISSÃO DE HOMENAGEMAO PADROEIRO REALI-ZA-SE NA TARDE DE DIA 24

ASAS CELEBRA 25 ANOS COM JANTARNo próximo dia 22 de setembro, a Fábrica de Santo Thyrso vai acolher a realização do jantar do 25.ºaniversário da Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso (ASAS). O preço do jantar éde 30 euros, metade do valor para crianças com idades entre os 5 e os 12 anos. Crianças até aos 4anos, não pagam. Os interessados devem inscrever-se até dia 18 através do e-mail: [email protected]

16 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

DESPORTO

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

À quarta jornada o CD Aves é 18º eúltimo classificado, com os mesmospontos do Chaves, equipas que pa-recem eternamente ligadas desde astransações de pré-época. É certo que,ambos os jogos em casa foram fren-te a adversários “inacessíveis”, cujasderrotas são “aceitáveis”, mas tambémnão deixa de ser verdade que o em-pate na capital do móvel foi desmo-ralizador e que a derrota contra oBoavista mostrou um CD Aves páli-do, sem ritmo, nem ideias, naquelaque foi, de longe, a pior exibição daformação avense.

Frente aos axadrezados, RicardoSoares efetuou várias alterações noonze inicial na tentativa de dar maisengenho criativo ao ataque com a en-trada de Ryan Gauld em detrimentode Amilton e capacidade atlética coma estreia de Derley no lugar de Ale-xandre Guedes. Porém, desde cedo

LUIS FARIÑAE PAULO MACHADOSÃO REFORÇOSA pior exibição

acentuainício tremido

Mais dois reforços de peso in-gressaram no Desportivo dasAves no fecho do mercado.Fariña de 26 anos, chegou a cus-to zero e assinou por três épo-cas. É um médio que pertenciaaos quadros do SL Benfica e quena época passada esteve ao ser-viço do Asteras Tripolis

Já o ex-internacional portu-guês, Paulo Machado, integra oplantel do Desportivo até ao fi-nal da época, após ter jogadono Dínamo Zagreb na últimaépoca. O médio de 31 anos fezgrande parte da sua carreira emFrança ao serviço do Toulouse eSaint-Étiénne, tendo passadocom sucesso pelo Olympiacos daGrécia. |||||

LIGA NOS | DESPORTIVO DAS AVES se notou que a partida não ia ser umregalo para apreciadores. Bolas divi-didas, passes errados, muito disputaa meio-campo sem que alguma equi-pa controlasse as rédeas do encontro.

Aliás, o futebol praticado peloDesportivo das Aves esteve distantedos níveis a que já tinha chegadonas partidas anteriores. Talvez por mé-rito do adversário, talvez por deméritopróprio. O que salta à vista são osníveis físicos deficitários de jogado-res que deveriam ter mais influênciano jogo avense, casos de Braga eVítor Gomes.

É início de época, o plantel étalentoso, mas totalmente novo. Naluta pela permanência todos os pon-tos contam, sobretudo quando con-tra adversários diretos. E num encon-tro deste tipo, onde qualquer ressal-to pode decidir os três pontos, foium lance de bola parada que desfezo nulo. Raphael Rossi encostou àboca da baliza ao minuto 58’ e colo-cou os anfitriões na frente.

Até que dez minutos depois, JoãoCapela acabou com a partida. Após

assinalar um falta de Derley sobre oguarda-redes boavisteiro na peque-na área e ter mostrado um amarelopor entrada perigosa, o árbitroacionou o assistente vídeo, alteran-do a sua decisão inicial e expulsan-do, com vermelho direto, o avança-do brasileiro. Pela segunda ocasiãoem quatro jogos, o Aves vê o vídeo-árbitro punir de forma excessiva com-portamentos dos seus jogadores.

No encontro com o Braga tinhasido Amilton a ser expulso por umacotovelada considerada intencionalnuma disputa de bola aérea que le-vou para o balneário ainda no pri-meiro tempo com a partida empata-da a zero. O que numa partida equi-librada, frente a um adversário deoutro nível, faz toda a diferença.

Sempre muito forte na pressão apartir da sua dupla de avançados, Sal-vador Agra e Alexandre Guedes, oAves ia ameaçando os “Guerreiros”com jogadas rápidas de contragolpe,aproveitando as falhas dos centrais.

No segundo tempo, com um ele-mento a menos, a pressão do SC Bra-

COM DOIS ZERO A FAVOR AO INTERVALO DO JOGO EMPAÇOS DE FERREIRA, O REGRESSO À 1ª LIGA PARECIA BEMENCAMINHADO PARA O DESPORTIVO DAS AVES. DESDEENTÃO, DUAS EXPULSÕES, UM EMPATE E DUAS DERROTASTROUXERAM DE VOLTA FANTASMAS ANTIGOS E OENCONTRO DO BESSA É DISSO EXEMPLO.

IMAGENS DOSJOGOS DO CD

AVES COM OBOAVISTA E, NA

PÁGINA AO LADO,O PAÇOS DE

FERREIRA

ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 17

www.ortoneves.pt

São Martinhocom arranquecem porcento vitorioso

Juniores entramcom o pé direito

18 - CD AVES04 01 17 - CHAVES04 01

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - SPORTING 04 12

2 - FC PORTO 04 12

3 - BENFICA 04 10

4 - RIO AVE 04 105 - MARÍTIMO 04 09

7 - BRAGA 04 06

9 - TONDELA 04 04

10 - BELENENSES 04 04

11 - V. GUIMARÃES 04 04

6 - FEIRENSE 04 08

04

13 - V. SETÚBAL 04 03

16 - MOREIRENSE

04 0314 - BOAVISTA

04 02 15 - PAÇOS DE FERREIRA04 02

12 - PORTIMONENSE 04 03

068 - ESTORIL PRAIA

BELENENSES 1 - SETEÚBAL 1

PAÇOS DE FERREIRA 0 - V. GUIMARÃES 0

MOREIRENSE 0 - TONDELA 3

CHAVES 0 - FEIRENSE 2RIO AVE 1 - BENFICA 1

SPORTING 2 - ESTORIL PRAIA 1

FEIRENSE - SPORTINGBENFICA - PORTIMONENSE

BOAVISTA 1 - CD AVES 0

MARÍTIMO - RIO AVEFC PORTO - CHAVESV. SETÚBAL - BRAGA

V. GUIMARÃES - BOAVISTA

TONDELA - PAÇOS DE FERREIRA

JORNADA 04 - RESULTADOS

ESTORIL PRAIA - MOREIRENSE

BRAGA 0 - FC PORTO 1PORTIMONENSE 1 - MARÍTIMO 2

CD AVES - BELENENSES PRÓ

XIM

A JO

RNAD

A - 8

-11

SETE

MBR

O

ga aumentou e as ocasiões foram-sesucedendo. Xadas e Paulinho estive-ram em destaque na criação ofensi-va, mas foi Danilo, médio ex-Benfica,que aos 57’ de livre inaugurou omarcador.

Após o golo, o encontro perdeua intensidade com o Braga a contro-lar e o Aves incapaz de criar ascen-dente. Agra fez a vida negra a Se-quei-ra, Guedes e Rodrigo Soares dis-puseram de lances oportunos, massem consequência. Mesmo a fechar,ao quarto minuto dos descontos,Ricardo Esgaio faz o 2-0 final comum remate incrível de fora da área.

EMPATE DE SABOR AMARGODois lances relâmpago colocaram oDesportivo das Aves na frente domarcador na curta deslocação à MataReal. Aos 8’ Carlos Ponck corres-pondeu de cabeça a um canto NildoPetrolina para o 1-0 e três minutosvolvidos, um roubo de bola de VítorGomes no meio campo pacense so-brou para Braga que isolou SalvadorAgra para o 2-0.

A primeira parte encerrou comprotestos de ambos os lados relati-vamente à arbitragem, e no recome-

ço o Paços de Ferreira reduziu o mar-cador aos 54’ no seguimento deuma perda de bola infantil de Ponckdentro da grande área ofereceu ogolo a Pedrinho e a esperança aosanfitriões.

O Paços foi para cima do CD Avesà procura do empate e criou váriasoportunidades ao longo do segun-do tempo, mas foi quase ao cair dopano, 87’, que Awer Mabil assistiuLuiz Phellype que, acabado de en-trar, empatou a partida e fixou o re-sultado final.

O Desportivo das Aves recebe oBelenenses em jogo a contar para aquinta jornada da Liga NOS no pró-ximo dia 11 de setembro às 20h. |||||

Na jornada inicial em Oliveirade Santa Maria, o São Marti-nho derrotou a AD Oliveiren-se por 2-0. Os golos dos fo-rasteiros surgiram por parte deRúben Gonçalves e Pedrinho,garantindo o primeiro triunfoda época.

Na segunda jornada, o SãoMartinho voltou a vencer por2-0 desta feita o Merelinense.Perante os seus adeptos, omarcador mexeu logo aos quin-ze minutos por intermédio deRui Luís, resultado com que sechegou ao final da primeira par-te. No segundo tempo, a his-tória voltou a repetir-se, comBobô a aumentar a vantagemantes do quarto de hora daetapa complementar.

Com estas vitórias o SãoMartinho é um dos elementospertencentes ao grupo de líde-res da Série A do Campeona-to de Portugal. |||||

EQUIPA DE RUIORLANDO CONQUIS-TOU DUAS VITÓRIAS AABRIR O CAMPEONATODE PORTUGAL

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O regresso ao principal escalão dofutebol de formação em Portugal paraos jovens do CD Aves fez-se em Bar-celos frente ao Gil Vicente e não po-dia ter corrida melhor. Aos 33’ Sam-ba So abriu o marcador colocando oDesportivo na frente, resultado comque se chegou ao intervalo. Na se-gunda parte um penalti assinalado afavor dos gilistas devolveu o equilí-brio ao marcador, por intermédio deJoão Alves aos 65’. Contudo, a for-mação aos comandos de Sérgio Gon-çalves respondeu e virou o resulta-do com dois golos em minutos con-secutivos. Primeiro, aos 80’ FlorentinoSilva fez o 2-1 e aos 82’ Mada Perei-ra estabeleceu o resultado final, 3-1

VITÓRIA FRENTE AO GIL VICENTE PERMITE AOS JUNIORESAVENSES ENTRADA FELIZ NA PRIMEIRA DIVISÃO DOCAMPEONATO NACIONAL DA CATEGORIA. RECEÇÃO AO FCPORTO TERMINOU EM GOLEADA.

para o Clube Desportivo das Aves.Na segunda jornada, a Vila das

Aves foi palco da receção ao FC Por-to, uma das potências do escalão nosanos mais recentes e a diferença no-tou-se desde logo. Se ao intervalo oresultado ainda fazia transparecer al-gum equilíbrio (2-0), o segundo tem-po trouxe um vendaval de golos paraos azuis e brancos. Jorge Teixeira comum hat-trick foi a estrela da partidaem que Afonso Sousa, Junior Malecke Fábio Borges também fizeram o gos-to ao pé. O 6-0 final mostra que,mesmo no escalão máximo, há equi-pas de divisões diferentes.

O Desportivo das Aves fará a curtaviagem até Vila do Conde para defron-tar o Rio Ave na próxima jornada docampeonato, a 10 de setembro. |||||

CAMPEONATO DE PORTUGAL - JORNADA 1, 2, 3Oliveirense AD 0-2 São MartinhoSão Martinho 2-0 MerelinenseVilaverdense FC - São Matinho (10/09)

DIVISÃO ELITE AF PORTO (SÉRIE 2) - JORNADA 1, 2, 3Barrosas - Tirsense (10/09)Vilarinho - Penafiel B (10/09)

DIVISÃO HONRA AF PORTO (SÉRIE 2)Tisense B - Bougadense (10/09)

1º DIVISÃO AF PORTO (SÉRIE 2)Lousada B - UDS Roriz (09/09)

2ª DIVISÃO AF PORTO (SÉRIE 1)Monte Córdova - SC Nun´Álvares B (01/10)

FUTSAL - LIGA SPORTZONERio Ave - CD Aves (09/09)

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18 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

DESPORTO

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA,

ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 589 - 7 SETEMBRO 2017

ENTREMARGENS

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“Ana Pinto é o exemplo da dedicaçãoe ambição desportivas. Este voto delouvor retribui, de uma forma simbóli-ca, o seu contributo à promoção doDesporto e do concelho e a relevân-cia do feito desportivo alcançado noCampeonato da Europa Universitáriode Karaté”, expressou Joaquim Coutono voto de louvor prestado pelaautarquia em reunião de Câmara.

Numa competição que juntou maisde 250 atletas, em representação demais de uma centena de instituiçõesuniversitárias de vinte países do velhocontinente, a atleta de 23 conquistou

Câmara atribui voto delouvor a Ana PintoKARATECA DO SHOTOKAN VILA DAS AVES SAGROU-SEVICE-CAMPEÃ EUROPEIA NA CATEGORIA KUMITE

Para além do novo tapete verde, foraminstalados no complexo os equipamen-tos necessários à sua plena utilização emfutebol de 11 e 7 especificamente, ban-cos de suplentes, balizas e bandeirolasde canto, para além da execução das re-des de drenagem de águas pluviais e derega do campo, a beneficiação da ilumi-

Relvado sintéticode Areias éuma realidadeCÂMARA DE SANTO TIRSO INVESTIU CERCA DE 340MIL EUROS PARA DAR NOVA VIDA AO COMPLEXODESPORTIVO DE AREIAS COM A COLOCAÇÃO DE UMRELVADO SINTÉTICO.

nação existente e a pavimentação das áre-as de circulação pedonal em pedra de chão.

Segundo, Joaquim Couto, presidenteda Câmara Municipal, “este era um doscasos de necessidade, tanto mais quehavia aqui uma prática desportiva contí-nua, e nas condições em que estava nãoera possível continuar”. O edil frisou aindaque durante este mandato, a autarquia“triplicou o número de sintéticos destetipo, passando de dois para seis.”

Eurico Tavares, presidente de junta daUnião de Freguesias de Além Rio, subli-nhou que esta “é uma obra bastante im-portante para a prática do desporto, nomea-damente para a prática de futebol. Emtodo o caso, estávamos a falar de um in-vestimento e de uma requalificação total,não só ao nível do piso, mas também aonível dos balneários, mas penso que acimade tudo é preponderante para o desenvol-vimento das associações. É um investimen-to que vai criar alguma dinâmica, maiorenvolvência dessas mesmas associações”.

Joaquim Couto referiu que esta obrafaz parte de um plano mais vasto quevisa dotar o concelho das condições paraa prática desportiva. . “Temos a CartaDesportiva Municipal praticamente con-cluída, e, portanto, temos inventariadasas necessidades do concelho nesta área.”

A ARCA estabeleceu um protocolocom o Sport Lisboa e Benfica para o fun-cionamento da mais recente escola doclube encarnado para crianças e jovensdos 3 aos 14 anos. O dia aberto decorreuno passado sábado, 2 de setembro. |||||

aquele que é o melhor resultado dasua carreira que se iniciou aos oitoanos sob a direção do mestre JoaquimFernandes, no clube da Vila das Aves.

Aos seis títulos de campeã nacio-nal, três de vice-campeã e quatro ter-ceiros lugares, bem como um título decampeã nacional universitária, dois device-campeã e um terceiro lugar, a atletade Vila das Aves soma assim uma me-dalha de prata no Campeonato daEuropa Universitário, fruto do esforço,empenho e capacidade de sacrifíciopara conciliar os treinos e as competi-ções com a formação académica. ||||

DIVERSOSENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017 | 19

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: Rainha de Paus, quesignifica Poder Material. Amor: Tudoestará em plena harmonia. Que o seusorriso ilumine todos em seu redor!Saúde: Faça um check-up. Dinheiro:Tente poupar um pouco mais, poismais vale prevenir do que remediar.Pensamento positivo: Dou atenção àsmensagens dos meus sonhos.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 8 de Copas, quesignifica Concretização, Felicidade.Amor: A sua relação tem vindo a esfriare você precisa de tomar uma atitude.Não exija tanto do outro, dê mais de sipróprio. Saúde: Não faça dietas demasi-ado rigorosas. Dinheiro: Invista nestemomento em algo que planeia há mui-to. A sorte é-lhe favorável. Pensamentopositivo: Mereço todas as glórias etriunfos que a vida me dá.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Papisa, que signifi-ca Estabilidade, Estudo e Mistério.Amor: Tenha cuidado pois pode perderaquilo que tanto trabalho lhe deu aconquistar. Seja o seu melhor amigo!Saúde: Não se sobrecarregue desneces-sariamente. Dinheiro: Trabalhe e confie

no seu sucesso. Pensamento positivo:Tenho força e domínio sobre as minhasemoções e pensamentos.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: A Morte, que significaRenovação. Amor: Poderá ter de en-frentar uma forte discussão com al-guém da sua família. Que a sabedoriaseja a sua melhor conselheira! Saúde: Ocansaço poderá invadi-lo, tente relaxar.Dinheiro: A sua conta bancária andaum pouco em baixo, seja prudente nosgastos. Pensamento positivo: Cultivo asenergias positivas na minha vida.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Ouros, quesignifica Reflexão, Novidades. Amor:Guarde o seu sarcasmo e fique atentoàs queixas do seu par. A força do Bemtransforma a vida! Saúde: Espere umperíodo regular. Dinheiro: Poderá inves-tir em novos projetos, mas, com pru-dência. Pensamento positivo: Venço amelancolia através da confiança e da fé.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: O Louco, que significaExcentricidade. Amor: Ao enfrentaralgum problema só poderá ser resolvi-do se for abertamente discutido pelos

Por: Maria Helena ([email protected])

SEGUNDA QUINZENA DE SETEMNBRO

HORÓSCOPO ZODÍACO

A família neste momento doloroso e profunda-mente sensibilizada pelo apoio e carinho rece-bidos, vêm por este meio agradecer a todosquantos se dignaram a participar no funeralbem como na missa de 7º dia em sufrágio daalma do saudoso extinto.

Funeral a cargo de: Funerária das Aves de Alves da Costa, Unip, Lda.

AGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTOAGRADECIMENTON- 03.06.1953 F- 26.07.2017N- 03.06.1953 F- 26.07.2017N- 03.06.1953 F- 26.07.2017N- 03.06.1953 F- 26.07.2017N- 03.06.1953 F- 26.07.2017

José Sílvio Ferreira MartinsJosé Sílvio Ferreira MartinsJosé Sílvio Ferreira MartinsJosé Sílvio Ferreira MartinsJosé Sílvio Ferreira Martins(Discoteca Starlight)(Discoteca Starlight)(Discoteca Starlight)(Discoteca Starlight)(Discoteca Starlight)

dois. Aprenda a escrever novas páginasno livro da sua vida! Saúde: Cuidadocom a alimentação. Dinheiro: Lembre-se das contas que tem em atraso. Pen-samento positivo: A felicidade permane-ce na minha vida!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: Ás de Copas, quesignifica Principio do Amor, GrandeAlegria. Amor: O convívio com a pessoaamada será proporcionado nesta fase.Aproveite estes momentos e esqueçatodos os seus receios. Mantenha-sealegre e recetível. Saúde: Fase estávelmas esteja sempre alerta. Dinheiro: Osseus problemas poderão ser resolvi-dos, embora com lentidão. Pensamentopositivo: Tenho habilidade para lidarcom todos os elementos da minha vida.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: A Roda da Fortuna, quesignifica acontecimentos inesperados.Amor: Não dê atenção a quem não omerece. Selecione apenas aquelas pes-soas que o compreendem e gostam desi para o rodear. Que a clareza de espí-rito esteja sempre consigo! Saúde: Cui-de da sua imagem. Inicie uma dieta. Di-nheiro: Não se esforce demasiado na suaatividade laboral, será recompensado

na devida altura. Pensamento positivo:Sou equilibrado em tudo na minha vida.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: A Estrela, que significaProteção, Luz. Amor: Não tenha medo dedemonstrar os seus sentimentos à pes-soa que ama, até poderá sercorrespondido. Tenha a ousadia de so-nhar! Saúde: Não deixe que o seu sorrisofique amarelo e procure o seu dentista.Dinheiro: Momento favorável. Pensamen-to positivo: Tenho vitória sobre as ques-tões que me preocupam.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: 6 de Ouros, quesignifica Generosidade. Amor: Tenhaalgum cuidado com a forma como falacom os seus familiares, pois podemagoa-los sem querer. Aceite os errosdos outros. Saúde: Tudo estará dentroda normalidade. Dinheiro: Momentopropício a investimentos um poucomais alargados. Pensamento positivo: Aminha confiança em mim mesmo dá-me esperança mesmo nos momentosdifíceis.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: 5 de Copas, quesignifica Derrota Amor: Procure ser

sincero nas suas promessas se querque a pessoa que tem a seu lado confieem si. Viva o presente com confiança!Saúde: Liberte-se e a sua saúde irámelhorar. Dinheiro: Excelente períodopara tratar de assuntos de caráterprofissional. Pensamento positivo:Esforço-me diariamente para dar omeu melhor.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: Os Enamorados, quesignifica Escolha. Amor: Esteja atento atudo o que o rodeia. Preocupe-se comaquilo que você pensa sobre si pró-prio, faça uma limpeza interior. Saúde:Dê mais atenção à sua saúde. Dinheiro:Algumas dificuldades avizinham-se.Pensamento positivo: Graças ao meuempenho consigo muitos ganhos.

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20 | ENTRE MARGENS | 7 SETEMBRO 2017

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

21 de setembro

|||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Gualter Dias, um dos representantesda Comissão de Festas de Santo An-dré que, a par de Carlos Azevedo,há cerca de um ano tomaram a deci-são de avançar para a recuperaçãoda Igreja, justificou: “pensámos quenão fazia sentido fazer uma festa coma capela no estado em que estava”,não fosse esta, “de repente, cair-nos

A renovada IgrejaSanto de Andréde Sobradoabriu as portasINTERVENÇÃO EM “TEMPO RECORD” CONCRETIZA UMSONHO ANTIGO DA POPULAÇÃO DE SOBRADO, VILA DASAVES, RESTABELECENDO O ASPETO ORIGINAL DO EDIFÍCIO

referiu Gualter Dias. “Depois de asse-gurar essa base, reunimos com a Câ-mara Municipal que nos deu luz ver-de por intermédio do presidente.”

Joaquim Couto, presidente da Câ-mara, frisou no final da cerimónia ofacto de esta ser uma obra que partiuda iniciativa popular, realçando queé “importante a nível da comunidadetodos terem participado, todos teremassumido, todos sentirem que têm umbocadinho de si na sua realização.” Econcluiu, “demos uma primeira com-participação de 10 mil euros, mas va-

mos gastar mais 40 mil no arranjoenvolvente da Capela e nas águaspluviais”. Já a Junta de Vila das Avescontribuiu com um valor que rondaos 4500 euros, para saldar a verbaque faltava à Comissão de Festas.

Apesar de alguma contestação, oaspeto exterior, agora rebocado e pin-tado a branco foi uma exigência técni-ca dos responsáveis camarários paradevolver ao monumento a estética ori-ginal e condição fundamental para ga-rantirem o financiamento municipal.

Nas palavras de Gualter Dias, “al-

gumas pessoas desconheciam a rea-lidade da capela e manifestaram-secontra essa situação, dúvidas que fa-cilmente foram dissipadas com oavançar das obras.”

A cerimónia realizada no passa-do dia 13 de agosto juntou persona-lidades dos mais variados quadrantesdo concelho que ajudaram a con-cretizar o sonho da população. Presi-dida pelo Pároco Fernando Abreu,que garantiu a celebração de umaeucaristia mensal, foram homenage-ados os benfeitores da requalificaçãoe membros da Comissão de Festasque se empenharam no projeto. |||||

em cima”, referiu ao Entre Margens.A recuperação foi completa, “só

ficaram as paredes”. Do telhado aoaltar, passando pelos azulejos, pintu-ra e reboco interno e externo. Umaobra de fundo, orçada em 40 mileuros que só foi possível concluir coma contribuição de todos.

“Tivemos uma ajuda muito parti-cular dos emigrantes. Disseram ime-diatamente para contarmos com eles”,