diretor: luÍs amÉrico fernandes bimensÁrio | …

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entre MARGENS DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO BIMENSÁRIO | 17 MAIO 2012 | N.º 476 Todos os dias ao seu dispôr com simpatia e profissionalismo JOAQUIM COUTO CANDIDATA-SE À CONCELHIA DO PS DE SANTO TIRSO... MAS CASTRO FERNANDES TAMBÉM 2 DE JUNHO 2012 / ELEIÇÕES PARA A COMISSÃO POLÍTICA DO PS DE SANTO TIRSO PÁG.S 8 E 9 Fazer da Ponte, uma ponte para mudar de vida DESTAQUE / PAG.S 4 E 5 ‘Ser Bispo foi coisa que nunca me passou pela cabeça’ ENTREVISTA A D. JOAQUIM LOPES, BISPO DE VIANA (ANGOLA) 4º RAID BTT DA AGRELA ORGANIZAÇÃO QUER JUNTAR 500 PARTICIPANTES Prodígio da guitarra clássica mostra-se, aos 19 anos, no festival de Santo Tirso CONCERTO DE ANNA LIKHACHEVA NO DIA 18 DE MAIO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL AVENSES TERMINAM A TEMPORADA NO TERCEIRO LUGAR E FALHAM A SUBIDA PÁG.S 22, 23 E 28

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Page 1: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

entreMARGENSDIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

BIMENSÁRIO | 17 MAIO 2012 | N.º 476

Todos os dias ao seu dispôr comsimpatia e profissionalismo

JOAQUIM COUTOCANDIDATA-SE À CONCELHIADO PS DE SANTO TIRSO...MAS CASTROFERNANDES TAMBÉM2 DE JUNHO 2012 / ELEIÇÕES PARA A COMISSÃOPOLÍTICA DO PS DE SANTO TIRSO PÁG.S 8 E 9

Fazer da Ponte,uma pontepara mudar de vida

DESTAQUE / PAG.S 4 E 5

‘Ser Bispo foicoisa que nuncame passoupela cabeça’

ENTREVISTA A D. JOAQUIM LOPES,BISPO DE VIANA (ANGOLA)

4º RAID BTT DAAGRELAORGANIZAÇÃO QUERJUNTAR 500PARTICIPANTES

Prodígio da guitarraclássica mostra-se,aos 19 anos, no festivalde Santo TirsoCONCERTO DE ANNALIKHACHEVA NO DIA 18 DE MAIONA BIBLIOTECA MUNICIPAL

AVENSES TERMINAMA TEMPORADA NOTERCEIRO LUGARE FALHAM A SUBIDAPÁG.S 22, 23 E 28

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FIM DE SEMANA

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADOS RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de maio foi o nosso estimado assinante José Ferreira da Silva,

residente na alameda Arnaldo Gama, 121, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

POR: BELANITA ABREU

‘Samarcanda”Amin Maalouf. Editora: Difel

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Após a exposição do EP homónimodisponível para download gratuito emhttp://optimus.blitz.pt/discos, os portu-gueses Julie and The Carjackers so-bem muito de nível com o seu primei-ro álbum de originais. Não conhe-ce? Isso não é motivo para apatia. Estepequeno artigo serve para, não só dar

uma opinião pessoal, mas tambémaconselhar e, mais importante ainda,convencer a tomar uma atitude. Secomeçar pelo YouTube, veja e ouça osque têm a indicação “live@15A” quepara além de uma cuidada ediçãode imagem tem uma qualidade sono-ra bastante aceitável. São quatro exem-plares que mostram uma mistura sofis-ticada de vários estilos e que, estouconvencido, irão ser do seu agrado.“Haystack” é uma boa montra da rique-za instrumental, onde a tónica exóti-ca e tropical transforma-se gradual-mente num inspirado redemoinho so-noro proporcionado pelas mãos deBruno Pernadas, responsável pela gui-tarra e teclados. Em “Wait By the Tele-

phone”, o brilho continua, com um rit-mo contagiante conjugado com as vo-zes de João Correia e Inês Sousa. “Mr.Williams” transporta alguma ironia lí-rica e “As We Walk Down This Road”revela toda a destreza da banda, com

Quebrar aapatia econvencer

Fora de portas - Santo Tirso - Guimarães - Famalicão - Trofa

Dentro de portas - “Parasol”

fragmentos melódicos colados a umaatmosfera intensa e bastante original.

Para além das quatro acima descri-tas, “Parasol” tem mais cinco faixas paradescobrir. Destaco a doce “Sing a HappyTune” que tem tudo para derreter mui-tos corações, não fosse na parte finallida uma carta piegas pela norte-ameri-cana Laurelin Kruse – um apaixonadoVince versus uma alma fútil e comple-tamente desinteressante. Sim, aindanão o tinha dito, mas a banda lisboetaadota a língua inglesa na totalidade.

Se realmente lhe escapou o lança-mento deste álbum no ano passado,poderá com 11,99 euros deliciar-se comeste surpreendente disco que merece,de facto, uma rápida aquisição. |||||

Nada, eles nada sabem, nada querem saber.Repara nestes ignorantes, eles dominam o mundo.Se não te lhes juntas, chamam-te incréu.Não lhes ligues, Khayyam, segue o teu caminho.Omar Khayyam

Pérsia é o palco deste romanceque relata a vida de Omar Khay-yam, poeta, astrónomo, matemáti-co e pensador.

Mais do que um romance his-tórico, Samarcanda é um livro ex-cecional pois faz reviver uma épo-ca e civilização distante e seduzfacilmente a atenção do leitor. Commão de mestre, Amin Maaloufdescreve a cultura muçulmana deuma forma notável. As descriçõesdos tribunais, do bazar, da vidaquotidiana são tecidas de umaforma evocativa e misteriosa. Todaa narrativa brilha com os excertosdos poemas de Omar, o poetado vinho, fornecendo uma ca-dência poderosa e melodiosa.

O autor soube tecer este “ta-pete oriental” com cores fortes echeias de filosofia, história, ide-ais, poesia e política. Publicado em1988, este livro que recebeu o‘Prix Maison de la Presse’, mereceser lido e apreciado. |||||

EXPOSIÇÃO: “PALAVRAS OBJECTO”Santo Tirso, Casa da Galeria. 19 de maioa 21 de julho. Entrada livre. Morada:Rua Prof. Dr. Joaquim Augusto Pires deLima, Nº 33-37. 4780-449 - Santo Tirso.

Exposição de pintura de JoanaRêgo (Porto, 1970) em que são ex-postos mais de 30 obras relacio-nadas com a temática do livro,“contentor por excelência de pa-lavras e imagens (reais ou por nósimaginadas)”. Lombadas de livrosou suas capas, prateleiras com li-vros, caixas e pilhas de livros. Ex-posição onde as palavras são li-vros e estas formas, livros aos quaisnão podemos aceder, porque sãopinturas. Patente até 21 de julho.

TEATRO: “CANASTRÕES”Famalicão, Casa das Artes, dia 19 deMaio, às 21h30. Bilhetes a 10 euros. M/12 anos. Morada: av. dr. Carlos Bacelar.Parque de Sinçães. 4760-103 Famalicão.Telefone: 252 371 297.

Peça de Moncho Rodriguez comGracindo JR, Gabriel e Pedro Gra-cindo. Contraditórios, patéticos,divertidos, dramáticos, interpretese músicos, estes actores/persona-gens, usam todos os truques e ar-timanhas que guardam nos seus“canastros” na busca de uma ver-dade cénica. O espetáculo con-duz o espetador pelo universomágico da poética teatral de to-dos os tempos e tem como prin-cipal fonte de inspiração a artede um dos maiores atores do te-atro brasileiro, Paulo Gracindo.

MÚSICA: EMERSON STRING QUARTETGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia19 maio, às 22h00. Bilhetes a 10 euros(7,50 com desconto).

Um dos mais aclamados quarte-tos do mundo apresenta-se em

Guimarães para que se ouça o seurepertório mais emblemático. Maisde 30 anos de carreira, outros tan-tos discos gravados e nove Gram-mys pelo melhor álbum de reper-tório clássico tornam este ensem-ble incontornável na história dosgrandes agrupamentos musicais.

TEATRO: “CIDADE DOMINGO”Guimarães, Fábrica ASA. Dias 18 e 19 deMaio, às 22h00. Bilhetes a 5 euros. Mora-da: Covas - Polvoreira. 4835-157 .

Com texto de Jacinto Lucas Pires,“Cidade Domingo”, com encena-ção de João Henriques, é a maisrecente produção do Teatro Ofi-cina. A Cidade está feliz, vive umlongo domingo como se estives-se dentro de um anúncio de cre-mes antirrugas. Mas um dia é con-frontada com o mistério da ver-dade. Não é religião, não é arte,não é política. Ou é isso tudo?Não, o mistério é o Mistério e re-siste às palavras habituais. A ques-tão é de que modo reagirá a Ci-dade a esta estranheza?

ARTISTA PLÁSTICA NATU-RAL DO PORTO, JOANAREGO EXPÕE O SEUTRABALHO NA CASA DAGALERIA, EM SANTO TIRSO,A PARTIR DE 19 DE MAIO

Page 3: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

SEXTA, DIA 18 SÁBADO, DIA 19Chuva moderada. Ventomoderado. Máx. 17º / min. 11º

Aguaceiros. Vento moderado.Máx. 14º / min. 9º

Aguaceiros. Vento moderado.Máx. 15º / min. 8º

DOMINGO, DIA 20

No âmbito do Ciclo de Teatro para a Infância, oCentro Cultural de Vila das Aves acolhe nopróximo sábado (19 de maio) a peça “Um diaColorido…”, numa coprodução do grupo deteatro amador de Santo Tirso “Os Quatro Ven-tos” e de Miguel Carvalho - Produções.

Promovida pela Câmara de Santo Tirso, a apre-sentação de “Um dia Colorido...” faz-se em duassessões, com entrada livre, às 10h30 e 11h30,estando cada sessão limitada à presença 20 es-petadores. Inscrição prévia no Centro Cultural.

Com direção artística de Pedro Ribeiro e en-cenação de Marta Costa, “Um dia Colorido…”dirige-se, em especial, a crianças com idadescompreendidas entre os 0 e os 5 anos. O espe-táculo conjuga várias disciplinas teatrais e tomaas cores como ponto de partida.

Fundado em maio de 2005 em Burgães ogrupo de teatro amador de Santo Tirso “OsQuatro Ventos” conta já no seu percurso comum considerável número de peças encenadas,com destaque para a incursão no universo deTchekhov, com a apresentação das peças “OUrso”, “Um Pedido de Casamento” e “O Cere-jal”. Atualmente, o grupo está integrado na Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Tirsenses. ||||| ||||| ||||| ||||| |||||

“Diz que é russa, de Rostov, filha deguitarrista... mas na verdade é um serde outro planeta a quem por um qual-quer acidente cósmico ‘nasceu’ umaguitarra como se de um membro ex-tra se tratasse, guitarra que foi cres-cendo com ela, com a naturalidadedesconcertante dos fenómenos”.Quem assim escreve é o cantor, com-positor e arranjador Samuel LopesQuedas, a propósito de Anna Likha-cheva, instrumentista russa nascida“no mês passado... bom, foi em 1993...o que é quase a mesma coisa”. Aos19 anos, Likhacheva estreia-se estasexta-feira em Santo Tirso para o pri-meiro dos dois concertos agendadospara este fim de semana, no âmbitodo Festival Internacional de Guitarra.O outro acontece na noite de sábado,com outro grande nome da guitarraclássica, o argentino Roberto Aussel.

Anna Likhacheva é natural, de fac-to, de Rostov-on-Don, na Rússia. Co-meçou a ter aulas de guitarra comtrês anos e meio e rapidamente im-pôs a sua grande mestria enquantoinstrumentista, de que são exemploalguns gravações registadas quandotinha apenas 9 anos de idade. Somano seu currículo vários primeiros pré-mios alcançados em competições in-ternacionais, nomeadamente em Espa-nha, Itália, Croácia e, naturalmente,na Rússia. Com uma atividade con-certista intensa, Anna Likhacheva lan-

Teatro paramenoresde 5 anos“UM DIA COLORIDO…”, ESTESÁBADO EM VILA DAS AVES

çou com excepcionais elogios da crí-tica internacional os CDs “Day in No-vember”, “Dedication” e, mais recen-temente “…memory Maestro”.

No âmbito do Festival de Guitar-ra, Anna Likhacheva apresenta-se estasexta-feira, dia 18, às 21h30, no audi-tório da Biblioteca Municipal. No dia19, é a vez de Roberto Aussel (1954);outro grande nome da guitarra paraquem, em 1981, Astor Piazzolla ha-veria de dedicar a sua primeira com-posição para guitarra. Atualmente aresidir em Colónia, na Alemanha, apartir da qual desenvolve uma ativacarreira performativa, Roberto Ausseldestaca-se também pela diversidadedo seu repertório, que vai desde obarroco à música contemporânea.

Referencia ainda para os restan-tes concertos do Festival de Guitarra:no dia 25 de maio, apresenta-se noauditório da Biblioteca Municipal oMicrotonal Guitar Duo (21h30); umadas grandes apostas da edição des-te ano do festival, que chega da Tur-quia. Constituído pelos guitarristasSinan Cem Eroglu e Tolgahan Cogulu,o duo apresenta-se com a denomi-nada ‘guitarra microtonal ajustável’,concebida pelo próprio TolgahanCogulu em 2008. Neste tipo de gui-tarra, todos os trastos da escala sãomóveis e qualquer trasto pode serinserido ou removido do braço. Opropósito para a criação desta gui-

tarra foi o de tocar música maqam(música clássica turca).

A 26 de maio, o regresso de Mar-tin Taylor (Auditório Padre AntónioVieira, Caldas da Saúde, 21h30) aoFestival de Guitarra. Martin Taylor (In-glaterra) é um músico aclamado inter-nacionalmente pelo seu estilo inimitá-vel e reconhecido como principal ex-poente mundial a solo da guitarra dejazz. A fechar o festival, o instrumen-tista e compositor alemão WolfgangLendle que se apresentará no Cen-tro Cultural de Vila das Aves (2 dejunho, às 21h30) com o QuartetoSolistas Artave. ||||||

Prodígio da guitarra clássicamostra-se, aos 19 anos,no festival de Santo TirsoCONCERTO DE ANNA LIKHACHEVA REALIZA-SE AMANHÃ,(SEXTA, DIA 18 MAIO), NO AUDITÓRIO DABIBLIOTECA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO, ÀS 21H30

ANNA LIKHACHEVA (RUSSIA)Guitarra Clássica. Dia 18 de maio, às 21h30. Bilhetes a7,5 euros. Biblioteca Municipal de Santo Tirso.

ROBERO AUSSEL (ARGENTINAGuitarra Clássica. Dia 19 de maio, às 21h30. Bilhetes a7,5 euros. Biblioteca Municipal de Santo Tirso.Morada: rua de Gross-Umstadt, Quinta de Geão, 4780S.to Tirso. Telef: 252 833 428. www.festivaldeguitarra.org

TEATRO: “UM DIA COLORIDO”Vila das Aves, Centro Cultural, dia 19 de maio, às 10h30 e 11h30.Entrada livre. Inscrição prévia. Morada: rua de Santo Honorato, 220.4795 - 114 Vila das Aves. Telefone: 252 870 020. [email protected]

Maio me molhou, mao me enxugou

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

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Page 4: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

DESTAQUE

||||| REPORTAGEM: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Dos cerca de 167 alunos, 94 nãosão de Vila das Aves e 21 utilizam,todos os dias, o autocarro e o com-boio para chegar à escola. Recebecerca de 27 visitas por semana e to-dos os anos chegam à Escola da Pontealunos vindos de várias cidades dopaís, alguns de outros países. Projetoà parte, a verdade é que mesmo forados portões a escola gera mudançasna comunidade.

Anabela Martins mudou-se para

Fazer da Ponte,uma ponte paramudar de vidaTROCAM O PORTO, LISBOA, E ATÉ O BRASIL POR VILA DASAVES E SANTO TIRSO. DEIXAM AS GRANDES CIDADES DELADO E, EM NOME DE UMA MAIOR QUALIDADE DE VIDA EDE UM ENSINO DIFERENTE PARA OS FILHOS, FIXAM-SE NOSOSSEGO DAS CIDADES E VILAS MAIS PEQUENAS. PARATRÁS DEIXAM A CASA, A FAMÍLIA E A ESTABILIDADE DE UMAVIDA INTEIRA E É AQUI QUE VIVEM, QUE ARRANJAM NOVASCASAS, QUE CONSOMEM NO COMÉRCIO DA REGIÃO E,TODOS OS DIAS, CONTRIBUEM PARA ODESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE. O CONCELHO É,CADA VEZ MAIS, ESCOLHIDO POR QUEM PROCURA UMAMUDANÇA E VÊ NA ESCOLA DA PONTE UMA MAIS-VALIA NAEDUCAÇÃO DOS FILHOS.

celho. Naturais de Brasília, no Brasil,vieram para Portugal para o maridofazer o doutoramento. De todas ascidades do país, escolheram SantoTirso. Keira garante que queriam aEscola da Ponte e “então todo o nos-so movimento em Portugal foi em fun-ção da escola”. Procuraram casa emVila das Aves através da Internet masa busca não foi fácil e acabaram porencontrar na sede do concelho ondeestão até hoje.

Apesar de todas as diferenças en-tre as cidades, a adaptação à nova co-munidade não foi um problema paranenhuma das famílias e a vontadede mudar acabou por ser uma ajudade peso. A Maria, filha de Anabela,tem hoje 12 anos e está muito satis-feita por frequentar a escola. A mãelamenta a pouca ligação com Vila dasAves. “Tirando a escola, eu trabalhoem Santo Tirso e Vila das Aves acabapor ser quase como um dormitório”.Ainda assim, Anabela Martins nãodeixa de se interessar pelo que se pas-sa na comunidade onde vive e tor-nou-se assinante do jornal para es-tar a par do mais importante. “Eu nãogosto de dizer que Vila das Aves éum dormitório e esta foi uma formade saber o que se passa”, garante.

“A verdade é que a nossa vonta-de de mudar era tanta que não sen-timos grandes diferenças”, garanteAna Ladeira. Ana admite tratar-se deuma mudança muito grande, mas as-segura ter sido muito bem acolhidae gostar de Vila das Aves, que parecetransmitir-lhe um grande sentimentode segurança. “Adoro estar em casae ter a porta aberta”, confessa, “e é fa-buloso descer umas escadinhas e es-tar na rua e não haver barulho, carrosa circular. As crianças vêm brincarpara a rua à vontade, ando muito me-nos preocupada com eles. Acho queeles crescem muito mais e são maisfelizes”. A autonomia e a facilidadede deslocação é, para a família, umamais-valia sem preço. “Eu gosto deconseguir deslocar-me a pé. Ir à mer-cearia, ao café. Acho que é fabulosoir a casa de um amigo a pé”, sublinhou.

Na sede de município, Keira elo-gia os mesmos pontos. “O carro já‘dormiu’ algumas vezes aberto e nin-guém mexeu, andar à noite na rua écompletamente diferente. No Brasilnós não temos essa segurança por-que moramos em cidades grandes”.Tal como Ana, Keira também não sen-tiu grandes dificuldades na adapta-ção, “o frio é, realmente um proble-ma, mas as outras coisas não”, afirmaa sorrir. “Vocês têm muito mais con-forto na questão social. O metro no

ANA LADEIRA

“O facto de cumprimen-tarmos as pessoas semqualquer questão, derecebermos um ‘bomdia’ e um ‘boa tarde’ devolta e andarmos apé para todo o lado é oque me fascina mais”.

cansados da cidade. “Já estava na al-tura do mais velho ir para o primeiroano, pensámos que seria o momen-to de mudar e começámos a ver pos-sibilidades para mudarmos de vida”,lembra. As possibilidades eram mui-tas mas Ana e o marido queriam tam-bém um ensino diferente. As ofertasde Lisboa eram a nível particular e sólecionavam até ao quarto ano, por is-so, quando numa conversa de ami-gos lhes falaram numa escola públi-ca, em Vila das Aves, que lecionavaaté ao nono ano perceberam que “es-tava a juntar-se tudo”. “O meu mari-do veio cá visitar a escola e ficou fas-cinado com o ambiente, com os pro-fessores e com o método”, recorda.

A família de Ana Ladeira muda-va-se de malas e bagagens para onorte em 2009. O marido tinha tra-balho em Matosinhos e fixaram-seem Mindelo. Rapidamente percebe-ram que as viagens diárias eram de-masiado exaustivas e ainda no mes-mo ano passaram a viver na vila.

Em 2010 era a vez de Keira Brito,o marido e os filhos chegarem ao con-

Vila das Aves há seis anos. Naturalde Guimarães, passou por Alcobaçae, por motivos pessoais, acabou a mo-rar na vila. “No serviço onde estouconsegui transferência para a zonanorte e quando soube que vinha paraSanto Tirso comecei a procurar casae Vila das Aves surgiu entre Guima-rães e Santo Tirso”. Foi quando pro-curava casa que ouviu, pela primeiravez, falar da Escola da Ponte. “O pri-meiro contacto foi através da senho-ra da imobiliária que me falou daescola e foi uma das coisas que elausou para me persuadir a comprar acasa”, recorda. Anabela procuroumais informação, leu sobre o projetoe diz ter percebido, de imediato, queera “uma excelente ideia”.

Anabela já vivia em Vila das Avesquando Ana Ladeira, o marido e osdois filhos se mudaram. Viveram emLisboa até ao nascimento do primei-ro filho, quando se mudaram paraAlmada, em busca da tranquilidadeque não encontravam na capital. Anaconta que a decisão de saírem deAlmada teve vários motivos mas ga-rante que acima de tudo já estavam ANA LADEIRA

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MAI

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Conhece o presidente da juntade Vila das Aves?ANA LADEIRA Sim, é o Carlos Va-lente.ANABELA MARTINS É o CarlosValente, nunca falei com ele masse o vir na rua reconheço-o.KEIRA BRITO Não, nem sei comose chama.

Conhece o presidente da Câmara?ANA LADEIRA Não conheço pes-soalmente, já vi fotografias. Sei queé engenheiro e que gosta de serengenheiro. Castro Fernandes?ANABELA MARTINS É o CastroFernandes, conheço-o de muitasfotografias.KEIRA BRITO Não.

Quantas freguesias tem o conce-lho de Santo Tirso?ANA LADEIRA Eu sei que são mui-tas mas não sei quantas.ANABELA MARTINS Não sei aocerto. Entre 15 e 20.KEIRA BRITO Meu Deus como éque se vive num lugar e não sesabe nada disso. 20?

O que é já conhece do municípiode Santo Tirso?ANA LADEIRA Da vila eu já pos-so dizer algumas coisas, o municí-pio já é mais complicado. Sei ondeé a câmara municipal, conheçoalguns pontos de referência: Aescola agrícola; a praça da Câma-ra Municipal; já fui à Nossa Se-nhora da Assunção, conheço oshipermercados, uma pastelariacom uns bolos fabulosos. Na vilaconheço a junta de freguesia, ocentro cultural, a escola da Ponte,os pontos de comércio, o estádiodo Aves, o mosteiro da visitação.ANABELA MARTINS Eu trabalhomesmo em Santo Tirso. Há omuseu, o monte da Assunção, omosteiro de Singeverga, o AmieiroGalego. Não são sítios que nor-malmente visitemos mas que co-nhecemos.KEIRA BRITO Conheço a câma-ra, o ginásio, a feira municipal, voumuito à feira. Conheço todos osmercados, algumas farmácias. Tema escola de música onde a mi-nha filha estuda. Sei onde sãoalgumas escolas, o parque da Ra-bada maravilhoso, com aquelepasseio, Correios. |||||

horário certo, um hospital com umaqualidade incrível. No Brasil nós te-mos sérios problemas sociais”. E quan-do os portugueses falam em crise,Keira respeita mas acha, também, al-guma graça. “O que vocês têm comocrise é uma coisa que nós vivemosnormalmente. É uma conquista quevocês conseguiram e nós ainda não.Aqui as coisas já estão mais organi-zadas”. Depois de dois anos a viverem Santo Tirso, diz-se apaixonada porPortugal, até porque desde que pisouo solo luso teve a sensação de estarna casa do pai. “Eu reconheço algu-mas coisas na minha cultura que vo-cês influenciaram totalmente”. Depois,há “uma coisa muito legal” que Bra-sília não tem: passeios. “Eu só andode carro”, conta, “até para comprar pãotem que ir de carro e aqui eu façotudo a pé. É qualidade de vida e eusei que eu tenho isso em santo Tirso”.

Anabela Martins assegura que aadaptação a Vila das Aves “nuncachegou a existir verdadeiramente”, masapesar de não conhecer muito davila diz, a sorrir, que o que mais gos-ta é a escola da Ponte. Ana Ladeiradestaca o à vontade com que se andana rua. “O facto de cumprimentar-mos as pessoas sem qualquer ques-tão, de recebermos um ‘bom dia’ e

4 PERGUNTASA ANA LADEIRA,ANABELAMARTINS EKEIRA BRITO

“As pessoas não têm no-ção do movimento quea escola [da Ponte] gera.É estranho porque oprojeto é maravilhoso”KEIRA BRITO

“O primeiro contacto coma Ponte foi através daimobiliária que usou aescola para me persuadira comprar a casa”. Anabe-la Martins procurou maisinformação, leu sobre oprojeto e diz ter percebi-do, de imediato, queera “uma excelente ideia”

um ‘boa tarde’ de volta e andarmosa pé para todo o lado. É o que mefascina mais”. Mesmo não entenden-do a falta de parques infantis, Anadiz gostar de levar os filhos até àpraça, “eles correm e arranjam ma-neira de brincar”, conta.

Keira Brito gosta do povo portugu-ês, “muito solícito, muito simpático ecom sentido de humor”. “Em SantoTirso, logo que chegamos, com jeitode estrangeiros, as pessoas foram mui-to atenciosas. Ficamos impressiona-dos, não esperávamos tanto”, lembra.

As três acreditam que, apesar daidade da escola, a comunidade con-tinua a desconhecer o projeto. “Aspessoas não têm noção do movimen-to que a escola gera. É estranho por-que o projeto é maravilhoso”, atiraKeira. Ana Ladeira acredita que as pes-soas não conhecem a escola nem aspessoas que estão na escola. “Não têmnoção e se calhar também não que-rem”. Anabela Martins sublinha quehá, também, quem crie “uma ideia er-rada da escola, pelo que ouviu falar”.

“Às vezes tenho a sensação de queum anjo fez tudo por nós. Chegámos,a escola correspondeu, o apartamen-to, a zona onde estamos; não foi nadaprevisto. Aconteceu e foi tudo muitobom”, confidencia Keira, que no final

do próximo ano voltará para o Brasil.Anabela Martins e Ana Ladeira

vão continuar por cá, pelo menos en-quanto o projeto da Escola da Pontese prolongar. Se se extinguisse? Ana,que tem agora três filhos, admite que,provavelmente, sairiam de Vila dasAves, “mas não para Almada, não pa-ra Lisboa”. Anabela talvez continuas-se a viver na freguesia, mas a ligaçãoà terra iria ser ainda mais escassa.“Se calhar era capaz de colocá-los nu-ma escola na zona de Guimarães”.Ainda assim, Ana Ladeira mantém aesperança. “Já se conquistou tanto equeremos mais, queremos que nosdeixem. Gostávamos muito que o pro-jeto crescesse”. ||||||

“Às vezes tenho a sensa-ção de que um anjo feztudo por nós. Chegámos, aescola correspondeu, oapartamento, a zona ondeestamos; não foi nadaprevisto. Aconteceu e foitudo muito bom”, dizKeira Brito

ANABELA MARTINS KEIRA BRITO

Page 6: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

OPINIAO~

No dia 25 de Abril, pela primeira vez emmuitos anos, não ‘jantei’ com os capitães deabril. Conheço de cor e salteado as imagensque todos os dias 25 de Abril passam nastelevisões à hora do jantar. Sei trautear, de fioa pavio, as canções de abril que as televisõestambém não se cansam de nos recordar.

Desta vez, não. Dispensei os capitães daRevolução e as canções do PREC e optei porme juntar, em lugar privilegiado, com algunsgenerais de Santo Tirso. Do que vi, ouvi, comie bebi, gostei.

Vi gente que, provavelmente, já não sejuntava debaixo do mesmo tecto há anos.Ouvi gente que não tem medo das palavras,que sabe o que diz e que diz presente. Comium bom bacalhau e bebi vinho verde deSanto Tirso, num restaurante que já viu me-lhores dias, como a cidade e o concelho.

Soube a pouco? Soube. Mas é um come-ço. Como diria o Zeca, venham mais cinco.Mas os que lá estiveram chegam, não parafazer uma Revolução, mas para construir algode novo para todos os que amam Santo Tirso.

Tenho esta terrível mania de gostar denomes e de os nomear. Olhei para aquelasala e vi tanta gente que sabe fazer, que temideias, que tem convicções, que acredita quehá um futuro melhor para todos.

E pergunto-me: que cidade, que concelho,se pode dar ao luxo de desaproveitar, deignorar, de esquecer, de desprestigiar, pessoascomo Azuíl Dinis, José Pedro Miranda, JoãoAbreu, Alcindo Reis, Carlos Almeida Santos,Alírio Canceles, Paulo Ferreira, Carlos Olivei-ra, Pimenta Carvalho (para só falar de quemteve ou tem funções públicas)?

Porque é que estas pessoas não têm oespaço que merecem na imprensa local paradizerem de sua justiça, para lançarem ideias,projectos, propostas, sugestões, alternativas?Porque é que não são chamadas para fórunslocais, para conferências, colóquios, seminá-rios? Nós queremos ouvi-las e aprender comelas? Com estas e com outras que tambémcá andam. Todos temos a ganhar com isso.Quem tem medo dos generais de SantoTirso? ||||| * Pedro Fonseca escreve de acordo coma antiga ortografia

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Não tem sido alheio aos meios decomunicação social o facto de, na pre-sente época, o nosso Clube Despor-tivo das Aves se apresentar na com-petição quase sempre com portugue-ses em campo!

Não tenho, nem nunca tive qual-quer tipo de entrave aos estrangeiros,mas esta preferência vai de encontroa uma aposta e valorização do produ-to nacional, neste caso no desporto.

Aparte, e aconteça o que aconte-cer, esta época tem sido um exemplofantástico, de como é possível triun-far sem entrar em loucuras, aliás umapolítica muito bem seguida neste clu-be, pois como sabemos, face às difi-culdades que todos vivemos, muitasentidades desportivas infelizmentenão vão aguentar…

O futebol não é um bem de pri-meira necessidade, mas nestes tem-pos conturbados é um “escape” atudo o que nos vai acontecendo, porisso tem sido gratificante seguir estacarreira do Desportivo das Aves, queatravés duma liderança técnica mui-to bem estruturada, vai “incomodan-do” todos aqueles que apostarammuito em outros objetivos, e estãomuito aquém do pretendido…

Ao falar em liderança técnica, evo-co de modo particular o jovem treina-dor Paulo Fonseca, que tem demons-trado saber gerir uma equipa, e sobre-tudo por conseguir “montar” um nívelde resguardo para a própria, pois apressão acaba por ser sempre um fac-tor determinante…

Está portanto de parabéns não sóa equipa profissional e técnica, mastambém os dirigentes que trabalhampara um engrandecimento do Despor-tivo das Aves! ||||| LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL BBBBBARBOSARBOSARBOSARBOSARBOSAAAAA

C. D. Aves, umexemplo...

Quando tanto se fala na revisão dos feria-dos, sejam eles civis ou religiosos, eis queo 1º de maio nos surpreende com uma novacarga simbólica, justamente a de um diavoltado para o consumo, o consumismo maispuro e duro que consiste em encher asarcas e esvaziar as prateleiras de uma gran-de cadeia comercial pelo país inteiro.

- Em que país estamos? - foi a perguntaque coloquei a um grupo de quatro con-cidadãos desta pacata vila que, ao contrá-rio de um qualquer outro 1º de maio per-feitamente letárgico e adormecido, numdia chuvoso e frio, regurgitava de filas efilas de carros buscando onde aparcar ouestacionados onde bem podiam e de gen-te atarantada em atingir um único objetivo:entrar nas filas do Pingo Doce, uma ope-ração publicitária que funcionou atravésdo boca a boca, de SMS e afins, sem campa-nhas mediáticas. Os concidadãos interpe-lados, praticamente comungavam da mes-míssima opinião de que o que estava a su-ceder era uma anormalidade, uma des-regulação completa do mercado num paísem crise, uma corrida doida aos abasteci-mentos própria de um período de pós-guerra com a diferença de que em vez deum surto de carestia e de preços altos, nestecaso, numa sociedade da abundância enuma situação de perda do poder de com-pra de uma maioria, os preços baixaramaté à fasquia de 50%. Um deles preferiurealçar a opinião de que ainda bem que ofenómeno da concorrência permitia aoorçamento das famílias mais carenciadasum certo desafogo e uma forma expeditade, com metade do dinheiro, vir a encherum pouco mais a dispensa para os próxi-mos dias e semanas, no que também nãodeixa de ter razão.

Ao longo dos dias que se seguiram, osmais diversos especialistas de diversas áre-as fizeram análises e diagnósticos sobre ofenómeno e formularam teorias sobre o

Cartas ao diretor

Feriadosconsumistas

fenómeno que se tornou quase uma metá-fora da crise em que o país se encontra. Éverdade que não ouvimos os responsáveispolíticos do governo e das oposições tece-rem muitos comentários sobre o caso emsi. Quanto aos responsáveis das centraissindicais que mobilizaram a dita “classeoperária” para as comemorações do Diado Trabalhador, de forma clara ou velada,lamentaram que os responsáveis por tal“operação” tivessem transformado um fe-riado de luta contra a “precariedade dosdireitos dos trabalhadores” numa eufóri-ca corrida aos abastecimentos e os respon-sáveis da ASAE saíram a terreiro para ga-rantirem que iam investigar, custe o quecustar, a dimensão de ilegalidades prati-cadas, se é que as houve, e que não deixa-riam de penalizar os infratores com as coi-mas que a legislação impõe. Também é claroque a legislação deve possuir malhas mui-to frouxas, primeiro para permitir que umferiado tão simbólico seja facilmente adul-terado e se transforme num dia de “loucu-ra” para os próprios trabalhadores dessagrande superfície, depois, para prever even-tualmente penalizações que os magnatas,munidos de consultores suficientementedestros, não se importarão de pagar, cons-cientes de que maior é o proveito do queo risco ao realizarem tal operação de autopromoção que a todos surpreendeu, nãodeixou ninguém indiferente e que até fezas delícias do proletariado e de uma clas-se média um tanto ou quanto proletari-zada, neste país que se vai habituando aum desemprego galopante que, soubemospor estes dias já vai na ordem dos 15%.

E terminando como comecei, na horade decidirmos, cidadãos em geral, religio-sos e não religiosos, os feriados que que-remos e entendemos continuar a celebrar,sejamos afirmativos e consentâneos comos valores que neles subjazem. Quanto àfalta de coerência com que os crentes ouque o afirmam se celebram ou pura e sim-plesmente não celebram os feriados quetinham e que por isso correm o risco deperder, temos dito. Mas que alguns dosditos feriados civis começam também a es-tar feridos de inconsequência e dedesmotivação cívica, de que foi exemplo o1º de maio, é algo que também clama aoscéus e nos faz pensar se ainda “há valoresmais altos” para celebrar! |||||

Capitãese generais

Pedro Fonseca*

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Vamos a ver...

Muros por derrubar

O último Congresso do PS que ele-geu o António José Seguro para Se-cretário Geral, também aprovou porlarga maioria a moção global de es-tratégia onde se incluía uma amplareforma Estatutária.

Esta Reforma Estatutária, amplamentedebatida no partido, foi aprovada qua-se por unanimidade na ComissãoNacional de 31 de março passado.

Dessa reforma estatutária resultaque o PS é o primeiro partido a nívelnacional, a instituir as eleições diretas(Primárias), para a escolha de candi-datos à Câmara e Deputados àAssembleia da República.

Da mesma moção, consta logo nocapítulo primeiro, sob o título: “Umanova forma de fazer política”, a convic-ção de que é necessário fazer umesforço sério, para envolver as pesso-as, com verdade e dando-lhe espaçode afirmação. Transcrevo um pará-grafo: “Buscamos o envolvimento daspessoas. Queremos fazer Política com aspessoas e para as pessoas. A participação eo envolvimento das pessoas, determina oêxito das propostas políticas. Só um proje-to mobilizador do melhor que há em cadaum de nós, pode gerar um horizonte deesperança”, sic.

No próximo dia 2 de junho o PSde Santo Tirso vai escolher a Comis-são Política Concelhia, através de duaslistas concorrentes. Da junção da per-centagem de cada uma, resultará acomposição da Comissão PolíticaConcelhia de 45 elementos. Con-vém referir que para Secretário-Geralhouve dois candidatos, para a Presi-dência da Federação do Porto con-correm dois candidatos, e em outrosMunicípios do Distrito do Porto, tam-bém haverá mais do que uma lista.

Santo Tirso terá uma situaçãoparticular quanto ao futuro da Câma-ra. O atual Presidente Engº Castro

PS - vai a eleiçõespara a Concelhiae Federação

Fernandes, não poderá candidatar-sepor força da lei de limitação de man-dato. Sou um defensor intransigentede que o candidato do PS à Câmaradeverá sair do consenso gerado nointerior dos órgãos do Partido, ouatravés de Eleições Primárias internas,que de acordo com os novos estatu-tos deverão ocorrer até final do ano.

E como serão as eleições Primári-as? Qualquer militante que pretendaser candidato, a candidato à Câmarapelo PS, só terá que se submeter aovoto secreto dos militantes, em elei-ções diretas. O vencedor desta elei-ção será o candidato do PS à Câma-ra Municipal.

As eleições para a Federação Dis-trital do PS, realizam-se a 16 de junhoe concorrem dois candidatos, José LuísCarneiro, presidente da Câmara deBaião e Guilherme Pinto, presidenteda Câmara de Matosinhos. José L. Car-neiro representa a mudança, uma novamaneira de fazer política, com as pes-soas e para as pessoas. O Porto e onorte ficarão a ganhar com a sua elei-ção, para presidente da Federação.

Sou colaborador assíduo do En-tre Margens, e por uma questão detransparência e ética, se vier a ser can-didato à Comissão Política Concelhiade Santo Tirso, solicitarei ao Sr. Diretor,Prof. Luís Américo, dispensa das mi-nhas crónicas.

Finalmente quero referir que o meuesforço, vai no sentido de promovero debate plural, com respeito pelasopiniões divergentes. Há tempo dediscussão, e tempo de decidir: Umnovo ciclo com um novo futuro. |||||

1 O Império Romano criou as are-nas onde os gladiadores lutavamaté à morte, e eram lançados leõescontra os escravos, com os romanosnas bancadas a assistir na galhofa,como os desgraçados eram despe-daçados. No passado primeiro demaio, o grupo Pingo Doce criou umasituação semelhante com as arenas.Quem viu o espetáculo nas televi-sões, deprimente e aviltante, não po-de deixar de pensar de como a mi-séria humana não deixa de surpre-ender. Sem pôr em causa o desejodas pessoas quererem obter produ-tos mais baratos, o que se questio-na é a operação de “bodo aos po-bres”, protagonizada pelo novo im-perador Alexandre Soares dos San-tos, e logo num dia que deveria serproibido trabalhar. Entretanto, a ope-ração do Pingo Doce teve o condãode abrir a discussão de como as gran-des superfícies praticam os preços;afirmar que não venderam abaixodo custo, apesar do desconto de50% só pode concluir-se que prati-cam o roubo durante todo o ano.Ao imperador Júlio César sabe-seo que aconteceu, ao novo impera-dor - Alexandre Soares dos Santos -

Acabou-se oMercozy

ainda não se sabe, mas não será coisaboa. No dia seguinte, o editorial doJornal de Notícias, assinado por umseu sub-diretor apelidava de idiotao apelo dos sindicados para boico-te ao Pingo Doce. Queria que ossindicatos aplaudissem? Logo numdia que é caro a quem trabalha? Seridiota é contagioso? Assinar um ar-tigo de opinião apenas responsabi-liza o próprio, mas um editorial vin-cula todo o jornal, e só se compre-ende à luz da tablóidização em cur-so no velho JN. Lamentável.

2 No dia 6 de maio a França des-pediu Sarcozy, acabou por isso oMercozy, a dupla que é a maior res-ponsável pela crise europeia. Nãodeve a expectativa ser posta dema-siado alta - basta lembrar o caso deBarak Obama -, para se conter qual-quer ilusão. Hollande quer rever opacto orçamental que Portugal já as-sinou à pressa e foi, aliás, o únicopaís a fazê-lo. Quer rever o papel doBanco Central Europeu, que, comose sabe, empresta aos bancos a 1%para estes emprestar aos governosa 8% ou mais, fomentando a agio-tagem. Depois, são os chamados eu-robonds, os títulos de dívida públicaeuropeus, etc, etc. Se vai conseguirlevar isso por diante é o que se estápara ver. Na Grécia, aconteceu oque se esperava. Os partidos quelevaram a Grécia ao fundo foramderrotados de forma estrondosa. OPasok, que estava no governo, ficou-se com uma percentagem residual,cerca de 13%, e a Nova Democracia

por cerca de 18%. Estes dois parti-dos detinham 80% antes das elei-ções. Não fora aquela coisa esqui-sita de o partido que vencesse fos-sem qual fosse a percentagem a mais,teria 50 deputados de bónus, está-se mesmo a ver que cozinharam ummodo de ganhar sempre os mes-mos, as eleições. A Nova Democra-cia apenas teria mais 6 deputadosque o segundo partido mais vota-do, Syriza, a coligação de esquerdaque ficou em segundo lugar.

Todos os meios de comunica-ção social dizem que foram as for-ças radicais os vencedores. É en-graçado verificar que quem destruiua Grécia, tal como em Portugal, nãosão os chamados radicais. São o quêentão? Dizer agora que vai ser mui-to difícil governar a Grécia? Só ago-ra é que vai ser difícil? Então temsido fácil? Alguém que destrói umpaís é considerado moderado? A ar-gumentação não se sustenta. O queé facto é que o povo Grego falou, esó ele resolverá os seus problemas.À hora que escrevo esta crónica, opartido Nova Democracia não con-seguiu formar governo. Foi chama-do o segundo partido mais votado,o tal radical. Na impossibilidade demesmo assim não conseguir, o ce-nário de novas eleições está à vista.Não é um bom cenário, naturalmen-te. Mas é a democracia, é o povo quemdeve exercer o poder e não qualquerdiretório, seja em Berlim ou Bruxelas.O governo português que vá fazen-do contas, pois não é impunemen-te que se pode destruir um país. ||||||

Abel Rodrigues

Joaquim Couto

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ATUALIDADE2 DE JUNHO 2012 / ELEIÇÕESPARA A COMISSÃO POLÍTICA DO PSDE SANTO TIRSO

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O vereador José Pedro Machado nãoesteve, por se encontrar em Lisboa, masna sala repleta de apoiantes à candi-datura de Joaquim Couto à concelhiado PS não faltou José Luis Carneiro,o candidato à Federação Distrital doPS Porto, e muito menos Carlos Mon-teiro, o demissionário presidente daJunta de Refojos. Lado a lado com JoséLuís Carneiro, Joaquim Couto mostrouo “espírito de compromisso e respon-sabilidade” com que se candidata.

O socialista diz tratar-se de uma

Joaquim Couto eCastro Fernandesdisputamliderança doPS de Santo Tirso

“candidatura natural”, que foi o cul-minar de um caminho que começouhá cerca de dois anos quando dei-xou claro querer voltar a ter “umavoz ativa dentro do partido”. “Numacomissão política do partido, pedi apalavra e disse que dez anos depoisda minha saída, ainda tenho forçasuficiente, ainda tenho entusiasmopara participar na vida política, sociale cívica do concelho”.

Dois anos depois, Couto diz terencontrado um partido “algo desmo-tivado, que reunia pouco, que eramuito seguidista, um partido de vozúnica”. A partir daí, considerou que“tinha que fazer mais do que há doisanos e tinha que assumir a lideran-ça para ajudar o PS”. O candidato dizsentir-se à vontade para perceber que“em qualquer disputa eleitoral nósconcorremos para ganhar mas mui-tas vezes, obviamente, não ganha-mos”, e defende que “um partidopolítico tem que ser independente,tem que funcionar por si, tem quedebater, tem que reunir”. JoaquimCouto vai mais longe e garante que“é preciso retomar o estímulo, a am-bição e isso só pode ser feito comuma reformulação profunda do par-tido, adaptando-o às circunstâncias,porque o mundo mudou e as pesso-as mudaram”.

Sobre a candidatura diz ainda“não ter nenhum motivo de nature-za pessoal”. “Não sou candidato con-

UM NOVO CICLO PARA SANTO TIRSO. PARA JOAQUIMCOUTO É ESSE O SIGNIFICADO DA SUA CANDIDATURA ÀCOMISSÃO POLITICA CONCELHIA DO PS QUE SURGE CERCADE 12 ANOS DEPOIS DE AFASTAMENTO. PERANTE UMA SALACHEIA, COUTO FALOU NA CLARIVIDÊNCIA QUE ASDIFERENTES FUNÇÕES QUE DESEMPENHOU LHE FORAMDANDO E DISSE TER, HOJE, UM OUTRO MODO DE OLHARPARA O PARTIDO E PARA O CONCELHO.

‘Não sou candidatocontra ninguém’

JOAQUIM COUTO

JOAQUIM COUTO COM JOSÉLUÍS CARNEIRO, CANDIDATO À

FEDERAÇÃO DISTRITAL DOPS. NA PÁGINA AO LADO,

CASTRO FERNANDES QUEASSUMIU ESTA SEMANA A SUACANDIDATURA À CONCELHIA

DO PS

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tra ninguém”, assegura, “e ninguémtem que se zangar porque eu tenhoesta opção e o António ou o Joa-quim têm outras”. O socialista subli-nha a existência de uma tentativa deconsenso no que diz respeito à can-didatura mas garante: “não foi possí-vel”. “Uma vez que tinha iniciado oclube de reflexão política, que nasceporque não havia espaço de discus-são interna no partido, a partir daieu não podia defraudar a expectati-va das pessoas”, afirma.

Apesar de anos a desempenharfunções na política tirsense, Coutoassegura, agora, que se trata de “umpercurso novo”. “Eu adquiri outrascompetências politicas e outra manei-ra de ver as coisas”, sublinha, “e hojesou um defensor acérrimo do diálo-go, de saber ouvir, da dignificação davida política, de falar a verdade àspessoas e sou um defensor acérrimoda construção das políticas de baixopara cima”. “É um começar de novo”,continua, ”nada será como dantes eportanto não tem nada a ver com opassado”.

Combate à resignação, valores éti-cos na política e liberdade de expres-são foram apenas alguns pontosapontados para “nortear o rumo doPS”. José Luís Carneiro, que tem oapoio de Couto na corrida à Federa-ção Distrital do PS Porto, não lhe pou-pou elogios, assegurou que “repre-senta aquilo que é um bom socialis-ta” e disse tratar-se de “um homemfranco, um homem leal, um homemgeneroso e um homem solidário”.

As eleições para a concelhia doPS realizam-se a 2 de junho e Joa-quim Couto está a trabalhar para avitória. “Estou convencido que osmilitantes já perceberam que a mu-dança está comigo”, concluiu. |||||

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

No próximo dia 2 de junho o PS deSanto Tirso vai a votos. Joaquim Coutoé candidato à presidência da con-celhia e, sabe-se agora, Castro Fernan-des também. O primeiro pode ser can-didato à Câmara Municipal, o segun-do não. Couto, de resto, já demons-trou essa disponibilidade mas paraCastro Fernandes isso seria “um re-gresso ao passado”.

Democraticamente “é legitimo” queJoaquim Couto queira “regressar”, masentende Castro Fernandes que a ‘fa-çanha’ pode ser “penalizadora paraSanto Tirso”. É pelo menos o que lhedizem as experiências ocorridas nou-tros concelhos. E se há coisa que Cas-tro Fernandes não quer, é ver o mu-nicípio nas mãos da oposição. Ideiaque Joaquim Couto, seguramente, par-tilhará, mas na hora de escolher uma

lista única à comissão política do PSfalhou o consenso. “Ocorreu umasérie de reuniões internas que visa-va o consenso. Eu era defensor deuma solução de consenso no senti-do de haver uma lista única, mas veri-fiquei que tal não seria possível”. Ali-as, sublinha Castro Fernandes, “nasreuniões internas [Joaquim Couto]acabou por confessar que queria serele, que queria ser ele, que queriaser ele [o candidato]”.

Mas “autarcas do PS”, “dirigentesconcelhios”, “membros da assembleiamunicipal” e da “comissão política”entenderam que quem devia avan-çar era Castro Fernandes. “Pressiona-ram-se positivamente”, assegura opróprio que diz inclusive ser “a pes-soa mais indicada” para garantir con-tinuidade “ao trabalho de quem ficara gerir os destinos da Câmara”.

“A minha principal intenção aocandidatar-me é ganhar as autárquicasem 2013, ganhar as europeias em2014 e ganhar as legislativas em2015”, concretiza o candidato às elei-ções do PS. Importa por isso, e deacordo com as palavras de Castro Fer-nandes, não deitar por terra “o scoremuito elevado que o PS tem, em San-to Tirso”. “Nas legislativas”, recorda,“fomos um dos poucos concelhos quea norte do Mondego conseguiu ga-nhar com o partido socialista”. “Eupodia agora colocar-me na situaçãomais cómoda que seria deixar correr,não ligar mas eu tenho uma culturade responsabilidade. Estou há 30anos seguidos na Câmara de SantoTirso, nunca abandonei o concelho,nunca me desloquei para qualqueroutro cargo, nem regional, nem na-cional e, por isso, mantenho essa mes-ma cultura de responsabilidade”.

Mas se, por um lado, nem as ain-da distantes legislativas de 2015 es-capam aos desígnios de Castro Fer-nandes, por outro, entende o mes-mo responsável ser prematuro falar-se em candidatos à Câmara. “Estamosa ano e meio das eleições, é muito

cedo para se definir já uma candida-tura. O partido agora vai ter as elei-ções para a concelhia e com essaseleições vai criar condições para de-pois, internamente, ao nível dos mili-tantes, preparar um muito bom can-didato para outubro de 2013”. Deresto, pensar-se no presidente dacomissão política como candidato àpresidência da Câmara “é redutor”,até porque, diz Castro Fernandes, “fe-lizmente o partido socialista tem vári-as pessoas que podem, claramenteassumir a presidência da câmara”.

Rui Ribeiro, atual presidente daconcelhia, é disso exemplo. “O dr. RuiRibeiro sempre disse que não seriacandidato a nada” sublinha Fernan-des que diz ter recebido do aindapresidente do PS de Santo Tirso umdos maiores incentivos para esta suacandidatura à concelhia. Não é oúnico: Castro Fernandes junta-lhe osnomes de “Asuil Dinis, ex-presidenteda Câmara, dos presidente de juntaPS, com a exceção do de Refojos, osdeputados da Assembleia Municipal”e, entre outros, a quase totalidadedos vereadores.

Depois das eleições para a con-celhia seguem-se as eleições para aFederação Distrital do PS. Castro Fer-nandes já tornou público o seu apoioa Guilherme Pinto, presidente da Câ-mara de Matosinhos. “Mas uma coisaé a concelhia outra é a federação”,distingue Fernandes. “Quando fizera apresentação da minha candidatu-ra à concelhia, ou estarei sozinho,ou com os militantes de Santo Tirsoporque eu não aspiro a uma carreirapolítica a seguir a Santo Tirso. De-pois, quando for a luta para a Fede-ração, estarei ao lado do GuilhermePinto que é um candidato de valor ecosmopolita”. |||||

CASTRO FERNANDES DIZ QUE PARTIDO NÃO PODEPOR EM CAUSA O “SOCORE” ELEVADOQUE O PS DETEM NO MUNICÍPIO DE SANTO TIRSO

CASTRO FERNANDES

“Estamos a ano e meiodas autárquicas, é muitocedo para se definirjá uma candidatura”.

“É preciso retomar o estí-mulo, a ambição e isso sópode ser feito com umareformulação profunda”

‘Nunca abandoneio concelho’

Page 10: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

ATUALIDADE

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 14,50 EUROS / EUROPA - 26,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 29,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: RUA DOS CORREIOS - ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS

ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ CARVALHO (C.P. N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.Nº 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO.

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, JOAQUIM COUTO, ABEL RODRIGUES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, REGINA LIMA,

ALBERTO GOUVEIA, VITOR MARTINS, SILVIA MENDES, CARLA VALENTE.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

DEP. MARKETING / PUBLICIDADE: ÂNGELA ISABEL GOMES MARTINS ([email protected])

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA | TEL.: 253

303 170 FAX.: 253 609 465

ENTRE MARGENS - Nº 476 - 17 DE MAIO DE 2012

|||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A Associação AMAR-Santo Tirso Tir-so, dizendo-se “apartidária mas polí-tica”, não teme apresentar-se publi-camente com uma intervenção perti-nente no sentido de quebrar aquiloa que o seu presidente, Pedro Fonse-ca, “recusando-se a quaisquer servi-lismos face a certos egos massajados”,chamou de “claustrofobia democráti-ca” instalada no concelho, no mo-mento de apresentar aquele a quema associação quis apresentar comoprotagonista de um importante tra-balho autárquico desenvolvido emprol da freguesia de Santo Tirso Tirso,justamente o seu presidente da jun-ta, José Pedro Miranda (JPM), duran-te um jantar de convívio celebrativotambém do 25 de Abril.

Na verdade, JPM conseguiu des-montar o preconceito da ineficácia efalta de justificação dos órgãos defreguesia na cidade sede do municí-pio, mostrando à evidência que a cida-de evidencia assimetrias entre a suacentralidade e a periferia mais rural,como é o caso da Várzea do Monteonde até o fornecimento de água, gaze saneamento ou não existem ou sãodeficientes, mantendo “as caracterís-ticas que tinha no século XVI”. O pre-sidente da junta não adiantou ain-

ASSOCIAÇÃO AMAR SANTO-TIRSO / DEBATE

A diplomacia feita de‘pequenos passos’ASSOCIAÇÃO CELEBROU O 25 DE ABRIL DANDO VOZ A JOSÉ PEDROMIRANDA, PRESIDENTE DA JUNTA DA FREGUESIA DE SANTO TIRSO QUEDEU CONTA DA SUA DISPONIBILIDADE PARA HONRAR O SEU PARTIDO(PSD) NAS MISSÕES QUE ELE DESEJAR.

da que aí os múltiplos problemas so-ciais de famílias depauperadas, a fome,a violência doméstica e a falta de hi-giene justificam “uma diplomacia depequenos passos”, um trabalho sériode diálogo e cooperação, com a reali-zação de parcerias protocolizadas comas mais diversas instituições de solida-riedade, públicas e privadas, a começarpelos serviços camarários com quem

tidades sociais - e a iniciativa de levar900 miúdos das escolas locais a inici-arem a prática de golf, entre outras.

JPM referiu em dada altura que aReforma Administrativa que estágizada só se tornará uma oportunida-de histórica para alterar o rumo dopaís, do concelho e da cidade se àsjuntas de freguesia forem atribuídasnovas competências, manifestandotoda a sua disponibilidade para hon-rar o seu partido nas missões que eledesejar que venha a desempenharna cidade e no concelho. As interven-ções de personalidades bem conhe-cidas em vários setores de atividade,quase todas identificadas com o PSD,alongaram-se para além da interpe-lação ao palestrante mas tambémhouve intervenções apelando a quea direção da AMAR-Santo Tirso dêigualmente voz a personalidades comprovas dadas noutros setores e corren-tes de opinião capazes de fazer que-brar o enguiço da propalada “claus-trofobia democrática” vigente até paraque não pareça que está a lançar epromover candidaturas. ||||||

afirmou manter toda a lealdadeinstitucional, muito embora nem sem-pre tenha obtido destes o melhor apoio.

Num rápido diagnóstico à situa-ção da freguesia que dispõe de umorçamento anual de 174 mil eurospara uma população de 14 mil habi-tantes dispersos por uma área de 8kms2, com as assimetrias já referidas,com um fortíssimo movimento asso-ciativo existente, com competências deprotecção civil decorrentes da exis-tência de duas corporações de bom-beiros; JPM lamentou não possuir osrecursos que outras freguesias dis-põem como os que resultam da ges-tão da feira e do cemitério e a impos-sibilidade de aceder a fundos comu-nitários pelo que teve que recorrer auma “diplomacia de pequenos pas-sos”, estabelecendo laços de muitaproximidade com as escolas, associa-ções, procurando manter e mobilizaruma rede de solidariedades, a come-çar pela dinâmica da Comissão Lo-cal de Ação Social da Freguesia quediagnosticou carências fundamentaisa incluir no plano de emergência aonível concelhio. Em resultado destesdiagnósticos surgiram dinâmicas quelevaram à criação de uma LavandariaSocial e de Banhos Públicos, à reali-zação de uma Horta Biológica com oapoio da Escola Conde S. Bento - cu-jos produtos são canalizados para en-

O PRESIDENTE DA JUNTA DESANTO TIRSO (DE PÉ, NAIMAGEM) MANIFESTOU TODA ADISPONIBILIDADE PARAHONRAR O SEU PARTIDO NASMISSÕES QUE ELE DESEJAR

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Refojos e Água Longa foram as fre-guesias escolhidas para dar continui-dade às visitas do PSD pelo conce-lho. O partido acredita que Água Lon-ga “continua votada ao esquecimen-to”, e Refojos, “continua desprovida deinfraestruturas de água e de sanea-mento”.

Em Água Longa, o grupo destacoua falta de infraestruturas de água e sa-neamento, assim como a “requalifica-ção da rede de caminhos públicos”.Os problemas do Lugar de Outeiro,da rua da Cruz e da Travessa da Portela,“novamente esburacada e sem ilumi-nação pública”, não foram esquecidospelo grupo que sublinhou a necessi-dade de uma “intervenção urgente”.

A falta de balneários no polides-portivo foi outro dos pontos da visitae o PSD chega mesmo a dizer que“esta é mais uma das obras que estáa “marcar passo”, para ser inauguradamais próximo das eleições de 2013”.

A última paragem foi o parque delaser e, segundo os sociais-democra-tas, as populações “não compreen-dem como foi possível gastar cercade 125 mil euros num espaço que

Em abril reuniram, na Junta de Freguesiade Santo Tirso, as entidades que com-põem a Comissão Social de Freguesia.De registar a presença de mais de 80por cento das instituições que integramo órgão, como o Agrupamento de Escu-teiros de S. Bartolomeu, as duas corpo-rações de Bombeiros, a Associação Co-mercial e Industrial, a ACOD, a GNR, aPSP, os Rotários e, entre outros, a CruzVermelha. Rita Azevedo deu conta que aCâmara Municipal tem articulado com asEquipas Sócio-Caritativas da Paróquia deSanta Maria Madalena e da Paróquia deS. Bartolomeu de Fontiscos, para que nãohaja sobreposição de intervenção e oapoio ser mais estruturado e efetivo. Foiainda informado que a Equipa Sócio-Caritativa da Paróquia de S. Bartolomeude Fontiscos angaria fundos para cobrirnecessidades prementes. Neste ponto,Paula Brandão, da Câmara Municipal deSanto Tirso, deu uma breve explicaçãosobre como se realiza a ação social noconcelho, referindo que a delegação deSanto Tirso da Cruz Vermelha tem proto-colo RSI e acompanha processos destanatureza, a ASAS tem intervenção ao ní-vel do RSI e da Ação Social, em todo oconcelho, a Irmandade e Santa Casa daMisericórdia de Santo Tirso, na sua valên-cia Centro Comunitário de Geão, acom-panha processos da área de Fontiscos/Geão, e a Ação Social dos residentes emBairros Sociais são acompanhados pelaCâmara Municipal, bem como pessoastoxicodependentes e alcoólicos em situ-ação de isolamento. Da reunião resulta-ram propostas como constituir uma basede dados sobre pessoas apoiadas pelasentidades com intervenção na freguesiade Santo Tirso e organização de gruposde trabalho sectoriais (territoriais, paro-quias) para partilha de informação sobrepopulação acompanhada, sendo quetodo este trabalho ficará à responsabili-dade de Rui Santos, técnico da Rede So-cial da Câmara de Santo Tirso. |||||

Comissão Socialde Freguesiade SantoTirso em ação

PSD continua périplopelas freguesias

VISITA ÀS FREGUESIAS DE REFOJOS E ÁGUA LONGA

está descuidado, que ninguém utili-za e que apenas tem meia dúzia demesas em granito”.

Antes, a 22 de abril, já a Comis-são Política Concelhia do PSD de San-to Tirso, tinha passado por Refojos edestacado a necessidade de requali-ficação do “arraial da Paróquia” e daligação da freguesia à carreira atra-vés da rua das Mourenças. A estrei-ta rua de Leça e as dificuldades deiluminação da travessa das Represasforam outros dos problemas focadospelo grupo durante a visita.

A falta de uma Capela Mortuáriaem Refojos é o centro de mais umadas questões da freguesia e o PSDafirma que “as populações de Refojosnão compreendem o facto da sua fre-guesia, ser das poucas que não temuma Capela Mortuária”. O Envelhe-cimento da freguesia esteve, também,na ordem do dia e o partido mos-trou-se preocupado com o aumentodo abando dos mais jovens.

As visitas foram lideradas pelo pre-sidente da Comissão politica do PSD,Alirio Canceles e acompanhadas pordiversas personalidades do partido. |||||

As manifestações somavam-seum pouco por todo o mundo ea Comissão Politica Concelhiado PCP de Santo Tirso juntou-se aos muitos manifestantesque se deslocaram, em protes-to, do Campo 24 de agosto atéà Rua de Santa Catarina, no Por-to. Os comunistas tirsenses di-zem não se conformar “com osistemático agravamento dosproblemas do país”, não acre-ditar “na política de rapina dasriquezas nacionais em curso” eafirmam ser “urgente rompercom este rumo de declínio eco-nómico, retrocesso social e de-pendência externa para ondenos conduz um Pacto de Agres-são”. O partido comunista jus-tifica a presença na manifesta-ção com a necessidade de di-

PCP manifesta-secontra o ‘pactode agressão’

zer “basta” e com “a necessáriacontinuidade da luta pela ru-tura e pela mudança”. “Estive-mos presentes porque, em tem-po de injustiça e sofrimentopara o povo, só aceitamos umademocracia que seja expressãoda vontade do povo e não dosmercados. Porque não renun-ciamos a viver num país sobe-rano e independente, não acei-tamos ver Portugal transforma-do num protetorado das prin-cipais potências europeias, di-rigido e submetido à sua visãoe interesses”, acrescentam ain-da os comunistas. A manifesta-ção, que encheu as ruas da ci-dade, contou com a presençade mais de 10 mil militantes edo Secretário-geral do PartidoComunista, Jerónimo de Sousa.Até à rua de Santa Catarina, mui-tos foram os que cumprimenta-ram o representante do PCP eofereceram palavras de incen-tivo. “É tempo de transformar aindignação e revolta de cada umna ação e na luta de todos. |||||

Os comunistas tirsensesdizem não se conformar“com o sistemáticoagravamento dosproblemas do país”

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Chegaram cheias de perguntas mas de-pressa encontraram todas as respostas.Três representantes do Ministério da Cul-tura Brasileiro, entre elas Juana Nunes,diretora de Educação e Comunicaçãoda Secretaria de Politicas Culturais, pas-saram a fazer parte do vasto leque devisitantes que a Escola da Ponte vai so-mando todos os dias. Conheceram di-reitos e deveres e perceberam melhor odia a dia de alunos que são tudo me-nos tradicionais.

“Aqui somos preparados para ser ci-dadãos”, explicava um dos alunos, “nasoutras escolas preparam-nos para seralunos e não para ser cidadãos, que éo mais importante”. Sob o olhar atentodas visitantes os pais explicavam quequem ali coloca os filhos “sabe que temque se dar à escola”, falavam da liber-dade que têm, da forma como “não sãodeixados à porta da escola”. Ali, os paispodem assistir às aulas e participar deforma ativa e todos dizem que isso “acabapor nos entusiasmar”. “Acho que não

Ministério daCultura Brasileirovisita Escolada PonteFAZEM PARTE DO MINISTÉRIO DA CULTURA BRASILEIRO EVIERAM CONHECER O PROJETO DA ESCOLA DA PONTE, EMVILA DAS AVES. DOIS ALUNOS DA ESCOLA ACOMPANHARAM ASTRÊS REPRESENTANTES NUMA VISITA GUIADA EEXPLICARAM TODOS OS RECANTOS DO PROJETO DA ESCOLA.

há aspetos que digam respeito só aosprofessores e outros aos pais”, asseve-rou Ana Moreira, “estamos todos inte-ressados no sucesso dos filhos, estamostodos na mesma linha”, continuou. Ospais garantem ter pena que “o reconhe-cimento internacional seja maior que onacional” mas continuam a trabalhar porobjetivo comum, a educação.

Alunos, pais, professores e funcioná-rios asseguram que a “a parte mais forteda escola são as relações que se criam”.“Aqui encaramos os professores comoamigos”, contavam os alunos, “e é mui-to mais fácil aprender com um amigo”.

A visita, levada a cabo na manhã dodia 7, devia ter contado, também, com apresença do secretário de Estado daCultura que, por razões de saúde, aca-bou por não comparecer. |||||||

Alunos, pais, professores efuncionários asseguramque a “a parte mais forte daescola [da Ponte] sãoas relações que se criam”

O pavilhão Desportivo Municipalacolheu na passada sexta-feira ànoite, o II Sarau Cultural das es-colas secundárias e agrupamen-tos do concelho, traduzindo-se oevento “numa exibição da qualida-de do trabalho desenvolvido pelacomunidade educativa ao longodeste ano letivo” refere a autarquiaem comunicado de imprensa.

Ana Maria Ferreira, vice-presi-dente e vereadora da Educação,esteve presente e nas palavras quedirigiu a todos não se esqueceude agradecer aos intervenientes:alunos, com uma palavra especialpara a Rita Cardoso, Presidente daAssociação de Estudantes da Es-cola Secundária D. Afonso Henri-ques, que abriu e abrilhantou osarau com as suas sentidas e sim-páticas palavras em nome de to-dos os alunos, aos diretores quesimbolizam todo o trabalho, em-

penho e dedicação à causa públi-ca que é, em particular, a educa-ção, aos professores, auxiliares deeducação, aos presidentes de juntae seus representantes, aos pais, atodas as associações presentes.

Promovido e organizado pelosdiretores das Escolas em colabo-ração com a Camara Municipal, oSarau Cultural “evidencia o bomrelacionamento entre a autarquiae a comunidade educativa, demons-trando que Educação e a Culturaandam de mãos dadas”. Os “nos-sos alunos são educados cultu-ralmente, como um bom exemplode como se educa através da Cul-tura”, referiu a vice-presidente.

Durante o sarau, assistiu-se àsmais variadas “performances” es-tudantis no que diz respeito à cria-tividade na dança, no canto, no te-atro e na poesia. Ana Maria Ferreiraconcluiu a sua intervenção com a

afirmação de que “a câmara nãopodia deixar de se associar a estemomento cultural das escolas donosso concelho. Somos parte in-tegrante no processo educativocom gosto e com a forte convic-ção que só em conjunto se cons-trói um futuro melhor”.

AGRUPAMENTO AVEEntretanto, em Vila das Aves, oCentro Cultural foi palco para asmais variadas iniciativas promovi-das no âmbito da Semana do Agru-pamento Ave. O evento decorreude 7 a 12 de maio, destacando-se do programa o conjunto de ex-posições levadas a cabo pelas es-colas que compõem o agrupamen-to, um conferencia sobre nutrição,uma observação noturna, uma tar-de desportiva, o sarau cultural e afesta da leitura com a qual se en-cerrou esta iniciativa. |||||

Sarau Cultural juntaagrupamentos escolares

O II SARAU CULTURAL DAS ESCOLAS SEC. E AGRUPAMENTOS DO CONCELHO

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A partir de agora, os tirsenses entreos 12 e os 30 anos podem aderir,de forma gratuita, ao ‘Cartão JovemConVida’. Entre os benefícios estãodescontos de 5% na aquisição delotes do município destinados “àconstrução de habitação permanen-te” ou “para instalação de atividadeseconómicas a explorar pelo próprio”.

Estas são só algumas das vanta-gens do novo cartão que garante, tam-bém entradas gratuitas em exposiçõespromovidas pela Câmara Municipal,descontos nos estabelecimentos co-merciais aderentes, reduções de 50%nos bilhetes para o festival de guitar-ra e na aquisição de bilhetes paraespetáculos promovidos pela Câma-

Cartão jovem ConVidaa ‘envolver a sociedade’

MUNICÍPIO / APRESENTAÇÃO DO CARTÃO JOVEM CONVIDA”

EM SANTO TIRSO OS JOVENS DISPÕEM, AGORA, DE UM CONJUNTO DE BENEFÍCIOS QUEPROMETEM APROXIMÁ-LOS DO CONCELHO. O ‘CARTÃO JOVEM CONVIDA’ É A NOVA APOSTADA CÂMARA MUNICIPAL E ENTRE AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS RELATIVAMENTE AO CARTÃOJOVEM NACIONAL ESTÃO OS DESCONTOS NA AQUISIÇÃO DE TERRENOS MUNICIPAIS.

Integrado no quarto ciclo do Proje-to de História e Memória Local, oseminário temático assenta, esteano, nas “Crises e ruturas na histó-ria contemporânea”. A primeira ses-são está marcada para dia 26 demaio e contará com a presença deMiguel Carvalho, jornalista da re-vista “Visão”. “Crise, Memória e Jorna-lismo: ainda há futuros como an-tigamente?” é o tema que marcaráo arranque da iniciativa promovidapela Câmara de Santo Tirso, peloCentro de Estudos de História Reli-giosa da Universidade Católica Por-tuguesa e pelo Departamento deHistória da Universidade do Minho.

Miguel Carvalho fala num jor-nalismo “low-cost, imediatista e pa-dronizado, sem agenda própria, vi-ciado no Portugal sentado e comdificuldade em sujar os sapatos” eassegura que “na última década, ojornalismo enfrentou várias crisese contribuiu para outras. As reda-ções modernizaram-se, mas perde-ram memória e recursos. A precarie-dade instalou-se e as narrativas so-bre o nosso tempo empobreceram”.

“Como é que este jornalismo es-

tá a mudar a nossa perceção domundo? O que se transformou narelação do jornalismo com a me-mória? O que nos ensina a crisedo jornalismo sobre a crise vista dojornalismo?” são algumas das ques-tões colocadas pelo próprio e quedarão o mote para a conferência dedia 26. 30 de junho é a data dopróximo seminário que se focaránas “Respostas de caráter religiosoem momentos de crise política e so-cial” e contará com a presença deTiago Pires Marques (CEHR, UCP).“A geografia diocesa em Portugalno século XIX: a reorganização de1882” e o “enquadramento jurídi-co do clero paroquial na rutura li-beral do Seculo XIX” são alguns dostemas que farão parte de outras ses-sões. O programa de História eMemória Local pretende ser um es-paço de reflexão cívica e mobiliza-dora de públicos com interesse portemas históricos.

O Seminário tem entrada livre,realiza-se uma vez por mês, aténovembro, sempre aos sábados en-tre as 10 e as 13 horas no CentroCultural de Vila das Aves. |||||

PROJETO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA LOCAL

A crise do jornalismoe a crise vista pelojornalismo em debate“CRISE, MEMÓRIA E JORNALISMO: AINDA HÁ FUTUROSCOMO ANTIGAMENTE?” É ESTE O TEMA DACONFERÊNCIA QUE MIGUEL CARVALHO, JORNALISTA DAREVISTA ‘VISÃO’ DARÁ EM VILA DAS AVES NO DIA 26 DEMAIO, NO ÂMBITO DO PROJETO DE HISTÓRIA EMEMÓRIA LOCAL

ra Municipal no Centro Cultural deVila das Aves.

Os descontos de 20% “na utiliza-ção dos serviços e espaços do com-plexo Desportivo Municipal”, “na aqui-sição de publicações municipais” e naaquisição de bilhetes para “outras ati-vidades culturais, recreativas ou des-portivas” completam o leque de rega-lias que os jovens de Santo Tirsopoderão usufruir.

O ‘Cartão Jovem ConVida’ foi apre-sentado, a 2 de maio, numa confe-rencia de imprensa onde CastroFernandes explicou que “o grandeobjetivo é criar uma relação de prefe-rência para com o comércio tradicio-nal e, por outro lado, reforçar a parti-cipação dos jovens nas atividades decariz social, cultural, desportivo ou re-

creativo”. “Este é o início de um pro-cesso em que nós pretendemos en-volver a sociedade, daí a importânciadesta iniciativa”, continuou o presi-dente da Câmara.

Aliado ao ‘Cartão Jovem ConVida’,está também o cartão ‘+ vida’, desti-nado a pessoas com mais de 60 anos.Os possuidores do ‘+ vida’, “têmacesso gratuito a iniciativas culturaise desportivas e, no caso do festivalde guitarra, têm uma redução”, afir-mou o autarca.

Os Cartões podem ser obtidosmediante preenchimento do formu-lário online ou através da BibliotecaMunicipal, do Posto de Turismo, doPavilhão Municipal, Museu AbadePedrosa ou Centro Cultural de Viladas Aves. ||||||

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Completou a 3 de maio, 10 lindas primaveras o menino Diogo Oliveira Rodrigues.Diogo Oliveira Rodrigues.Diogo Oliveira Rodrigues.Diogo Oliveira Rodrigues.Diogo Oliveira Rodrigues.Teus avós maternos, desejam-te nesta data tão especial, muitos parabéns e muitos anos devida na nossa companhia. Muitos beijinhos e parabéns!

Completou a 11 de Maio, um aninho o menino Rúben.Rúben.Rúben.Rúben.Rúben.

Faz um ano que nasciFoi para todos um belo diaNeste ano que viviTive risos e alegria

|||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Associação Recreativa de Sequeirôquis comemorar o 25 de Abril e comisso patentear um novo fôlego asso-ciativo reunindo os seus associadospara boas causas e mostrando assima vontade dos seus atuais corposgerentes na mobilização recreativa ecultural para que foi fundada nos idosde 1956.

Esta comemoração iniciou pelamanhã com a inauguração de umaexposição sobre a Guerra Coloniale o 25 de Abril, numa recolha deimagens levada a cabo por FranciscoAlberto Costa, membro da direção.A inauguração contou com a presen-ça do vereador do desporto da Câ-mara Municipal, José Carlos Ferreirae com o presidente da Junta da Fre-guesia. Pela tarde teve lugar um con-vívio musical com animação a cargo

Associação de Sequeirôluta contra a criseeconómica e associativa

SEQUEIRÔ / ASSOCIAÇÃO RECREATIVA CELEBROU 25 DE ABRIL

da Tuna da casa e leitura de poemas.Este ato de inauguração foi tam-

bém um pretexto para dar a conhe-cer as atividades concretizadas peladireção que teima em não deixar cairos braços e vencer não só a criseeconómica como a crise associativapor que tem passado. O presidente,Luís Andrade Azevedo historiou aoEntre Margens os momentos maisimportantes do passado associativo,com destaque para a inauguração doedifício-sede em novembro de 93,em terreno baldio oferecido pela Câ-mara; um projeto que inicialmente pre-via 1º e 2º andar e cave porque des-tinado também para sede da Juntade Freguesia e que acabou por ficarcomo está, destinado apenas a estaassociação. O edifício constitui umimportante património associativo quepermite o convívio dos associados emduas boas salas, uma delas transfor-

direção, estão patentes troféus con-quistados nestas modalidades, bemcomo símbolos e um núcleo biblio-tecário com interesse associativo. Nacave existe um salão de festas em quesão visíveis sinais de humidade quenaturalmente causam alguma apre-ensão pelos custos que acarretam.

A presença ativa de quase todosos componentes dos órgãos diretivosneste contacto com a comunicaçãosocial e com o representante da Câ-mara Municipal que realçou a escas-sez de recursos para acudir aos en-cargos que lhe são solicitados e quequase a estrangulam, foi o sinal maisclaro da motivação que sentem parafazer desta instituição uma presençaviva na comunidade de Sequeirô. ||||||

mada em bar com mesa de bilhar ede ping-pong e uma outra para jo-gos de mesa mais barulhentos, con-siderando a atual direção que pelassuas características bem podem serviros idosos com a mesma valência deCentro de Dia. Outro intuito da dire-ção é o de fomentar o convívio dascrianças e dos jovens através da pro-moção de atividades musicais e des-portivas: 40 crianças frequentam a Es-cola de Música onde recebem aaprendizagem dos instrumentos queconstituem a tradicional Tuna que,afinal, vem na linha da tradição maisantiga e que deu origem à associa-ção. Para além disso, existem equipasde futebol que participam nos Tornei-os camarários, bem como equipas defutsal masculino e feminino. Nas pau-sas escolares promovem torneios deping-pong e de snooky que têm tidomuita recetividade. Houve já umaequipa de Karaté – Shotakan que foiapoiada pelo Karaté de Vila das Aves.Numa sala do 1º andar, a sala da

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Obras de alargamento darede de água já começaramna Várzea do MonteDepois de ter sido anunciado, emconferência de imprensa, o alarga-mento da rede de água no conce-lho, as obras estão a arrancar e aVárzea do Monte está agora a al-guns meses de ver a sua rede deágua reforçada. As obras, que repre-sentam um investimento de 168 mileuros dão, assim, inicio à 3ª fase doPlano de Investimentos.

A rede terá uma extensão de qua-tro quilómetros e começou a serconstruída num caminho agrícolaque faz a ligação entre a rua dosCinco Caminhos e a rua do Preseiro.As obras têm duração prevista de seismeses e mal estejam concluídas osmoradores serão avisados, de modoa que possam efetuar a ligação à redepública. A Várzea do Monte é ape-nas uma das zonas que irá benefici-ar deste alargamento, sendo que, nospróximos dois anos serão construídosmais de 36.6 quilómetros de redenum investimento de 2.3 milhões deeuros. S. Mamede de Negrelos, S. Sal-vador do Campo e S. Miguel doCouto são apenas algumas das áre-as que terão uma maior facilidadede acesso à rede. |||||

Embora com alguns dias de atrasoface ao previsto, já começaram asobras de beneficiação da rua do bom-beiro Voluntário, em Vila das Aves.As mesmas deverão durar aproxima-damente 90 dias, condicionando otrânsito naquela via. Segundo refere a

autarquia, a obra em causa insere-se“numa estratégia de desenvolvimen-to e ordenamento do território”, tra-duzida pela “intervenção em várias zo-nas urbanas do concelho, seguindo asua política municipal para a requa-lificação do espaço público urbano”.

A mesma fonte refere ainda que,neste desígnio, a Câmara Municipal“tem a Junta de Freguesia de Vila dasAves como parceiro, uma vez queaquela entidade sempre manifestouo desejo de ver concretizada a requali-ficada aquela zona”.

A intervenção tem como objetivosprimordiais “a remodelação da dre-nagem e das condições de conser-vação do pavimento”. Por outro lado,e no sentido de melhorar o dese-nho urbano do arruamento, optou-se por proceder o corte das árvoresexistentes. “Havia pessoas que dizi-am que caíam nos passeios porqueas árvores deformavam todo o pavi-mento”, conta Castro Fernandes quegarantiu ao Entre Margens que asmesmas serão substituídas. Entretan-to, e segundo o mesmo responsável,a Junta de Freguesia “solicitou dire-tamente a cedência das árvores aba-tidas e também das guias dos pas-seios” que deverão ser deslocadaspara o Amieiro Galego. Desta forma,sublinha autarquia tirsense que, “asárvores existentes estão a ser dispo-nibilizadas à Junta de Freguesia deVila das Aves, numa postura de co-laboração institucional”. |||||

Câmara garante substituiçãodas árvores da rua do Bombeiro

“As árvores existentes es-tão a ser disponibiliza-das à Junta de Freguesiade Vila das Aves”

VILA DAS AVES

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||||| ENTREVISTA E FOTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Nascido há 62 anos, estudou em Sin-geverga, mas quis os “desígnios deCristo” que se tornasse FranciscanoCapuchinho. Rumou a Angola ondeestá há 40 anos. Pelo caminho estãolicenciaturas em Teologia e em Teo-logia Bíblica pela Universidade Gre-goriana de Roma. Estudou música noConservatório do Porto nas classes dePiano, Composição, História da Mú-sica e Acústica. Fala russo, alemão,grego e hebraico. Em 2002 foi or-denado Bispo.

De uma forma sucinta trace-nosuma pequena retrospetiva do seupercurso até chegar a Angola.

‘Ser Bispo foicoisa que nuncame passoupela cabeça’

ENTREVISTA A D. JOAQUIM LOPES,BISPO DE VIANA (ANGOLA)

NUMA VISITA QUASE RELÂMPAGO À SUA TERRA NATAL, O BISPO D. JOAQUIM LOPES,BISPO DE VIANA, EM ANGOLA, RECEBEU O ENTRE MARGENS DE BRAÇOS ABERTOSNUM ANEXO DO CAFÉ DA IRMÃ, EM RORIZ, O FAMOSO CAFÉ CENTRAL, MAISCONHECIDO POR CAFÉ DO MENDES. “EM RORIZ SEMPRE FUI RECEBIDO COMMUITA ALEGRIA E VEJO QUE AS PESSOAS SENTEM ORGULHO NO MEU TRABALHO”

A minha ida para Angola tem a veressencialmente com a Teologia daMissão que é uma disciplina do cur-rículo normal dos estudos teológi-cos. O seminarista que ao início dasua caminhada vocacional geralmenteencara a sua formação tendo comometa o sacerdócio, depois vai ama-durecendo e pode, como foi o meucaso, evoluir para considerar o exer-cício do ministério sacerdotal comouma saída do seu próprio ambientee uma oferta da sua pessoa ao anún-cio do Evangelho noutras paragens,longe da pátria e da família. Foi as-sim que a partir de um certo momen-to da minha vida tomei a decisão desair da pátria e entregar-me ao anún-cio de Cristo entre os povos de An-

nem adquirir uma segunda sendo ci-dadão de dupla nacionalidade. Con-servo a nacionalidade portuguesa enão penso adquirir outra. Mas o meucoração está evidentemente mais emAngola. Ali me fiz homem, exerci oministério sacerdotal e agora o epis-copal. As maiores e melhores experi-ências da minha vida em todos ossentidos, passam-se em Angola. Nãohá dúvida que amo Angola mais doque tudo e se a idade ou a saúde meobrigarem a retornar a Portugal, vive-rei sempre na nostalgia de Angola.

Recebeu a medalha de honra do con-celho e da freguesia. O que significaisso para si?Ao princípio achei que não as mere-cia, pois, tendo vivido praticamentesempre fora do país, achava que elasdeveriam ser dadas aos cidadãos resi-dentes que contribuem para o pro-gresso da sua terra. Mas depois depensar um pouco mais, aceitei-as porver nessa atribuição por parte dasautoridades do concelho e da Fregue-sia, o sentido da ligação das Institui-ções às pessoas e, sem querer deforma alguma exaltar méritos que nãotenho, no entanto, não se pode ne-gar aquilo que se é e o significadoque isso tem relativamente à terra quenos viu nascer. E, assim como nuncapodemos nem devemos negar asnossas origens, as nossas raízes, acheibem não recusar essa atribuição quefoi feita pelas autoridades de SantoTirso e Roriz que eu muito respeito.Seria uma grande indelicadeza daminha parte não ter aceitado.

Depois de chegar a Bispo, o que es-pera do seu caminho religioso? Che-gar a Cardeal ou quem sabe a Papa?Ser Bispo foi coisa que nunca me pas-sou pela cabeça e agora, acho que ter-minarei assim os meus dias. Não an-seio por mais nada e vivo o meu dia adia procurando cumprir com fidelida-de os meus deveres de Pastor da Dio-cese de Viana (Angola) até me retirar.

gola adotando este país como novapátria e este povo como a minha fa-mília, sem nunca esquecer evidente-mente as raízes.

Sendo de Roriz, não seria mais lógi-co ser beneditino e não capuchinho?Qual a sua relação com Singeverga?Estudei e professei em Singevergacomo monge beneditino. Mas os de-sígnios de Deus eram outros. A vo-cação ao seguimento de Cristo é umprocesso ativo e muito dinâmico. Deusinterfere na nossa vida por meio daspessoas e das próprias circunstânci-as que, longe de serem banais, atin-gem muitas vezes um elevado graude exigência levando o indivíduo amudar de rota segundo a inspiraçãodo Espírito Santo. Assim, surgiu nohorizonte da minha vida, por umaconfluência de várias circunstâncias,um momento de profunda reflexão quelevou à decisão de me tornar Francis-cano Capuchinho e, por isso, entreinesta Ordem religiosa e foi nela queme ordenei sacerdote.

Que recordações tem de Roriz dotempo em que morava aqui? E quediferenças encontra hoje em dia? Opassado é assim tão diferente dopresente?É claro que conservo de Roriz profun-das recordações da infância, adoles-cência e juventude. Como não recor-dar os anos da escola primária, os pro-fessores, a catequese, as festas litúrgi-cas e populares, as vindimas... tantacoisa! Do Roriz desse tempo para oRoriz de hoje, quanta diferença! A fre-guesia cresceu, desenvolveu-se, trans-formou-se e hoje apresenta um ros-to totalmente diferente. O passadonão pode nem deve ser eliminado, poisé ele que nos liga ao presente; mas éverdade que o presente de Roriz émuito diferente e a freguesia hoje temum aspeto mais de uma vila do quedaquela aldeia do meu tempo de crian-ça. É muito bonita a freguesia de Roriz!

Sente-se mais angolano do que por-tuguês? O que distingue e o queaproxima os dois países?Na verdade, vivi em Roriz cerca de20 anos e vivo em Angola há 40.Por isso, em certa medida, sou maisangolano do que português. Mas nun-ca aceitei mudar de nacionalidade

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Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

Pensa regressar definitivamente aPortugal?Eu acho que ou pela idade ou pelasaúde, todos temos que dar o nossolugar aos outros. Essa é a lei da vida.Sinceramente acho que depois de 40anos de serviço contínuo e já comvárias maleitas a surgirem, é tempode pensar em descansar, escrever,rezar e preparar os fins da vida paraentregar a alma ao Criador. O “regres-so da caravela”, para usar uma expres-são ligada aos descobrimentos estáno meu pensamento. Agora que osbarcos foram substituídos pelos mo-dernos aviões o regresso não nosantigos “Caravelle” mas num moder-no “Air Bus” será o mais prováveldentro de algum tempo.

Em Roriz é bem recebido ou “San-tos da casa não fazem milagres”?Na freguesia de Roriz sempre fui re-cebido com muita alegria e vejo queas pessoas sentem orgulho no meutrabalho. Nas poucas vezes que cele-bro Missa em Roriz quando por lápasso, noto o silêncio com que meescutam, a amizade com que me cum-primentam, as lembranças que me pro-vocam. Acho que o provérbio quecita e que tem a sua lógica, aqui nãose aplica. Sempre senti o carinho dopovo de Roriz para comigo e sei querezam a Deus pelo meu trabalho esentem que é algo deles que trans-porto comigo.

Quer deixar uma mensagem para osrorizenses e tirsenses em geral?A minha mensagem para o rorizensese tirsenses é que sejam orgulhososdos seus valores sociais, culturais ereligiosos que marcaram os nossosantepassados e neste momento deprofunda crise que afeta a todos, nãose deixem desencorajar; mas firma-dos nesses valores, olhem para o futu-ro com esperança e procurem na Féa força para ultrapassar este momen-to difícil pois o futuro será melhor e éagora que o devemos preparar. |||||

“Deus interfere na nossavida por meio daspessoas e das própriascircunstâncias”D. JOAQUIM LOPES, BISPO DE VIANA (ANGOLA)

No próximo dia 9 de junho rea-liza-se o Passeio Anual de Rorizque terá, este ano, como destinoo município de Marco de Cana-veses e, em particular, as fregue-sias de Alpendurada e Avessa-das. Organizado pela Junta de Fre-guesia, esta iniciativa (que vai jána sexta edição) tem como princi-pais destinatários os aposentadose os cidadãos com mais de 65anos. Estes poderão levar acom-panhantes sendo que terão depagar a inscrição no valor de 5euros. As inscrições terminamamanhã, 18 de maio.

Pelas contas da organização,sairão, no mínimo 5 autocarros,com 50 pessoas cada, num totalde 250 rorizenses. Todos rece-berão um roteiro para melhor lo-calização, um brinde e uma gar-rafa de água, e também será lidauma mensagem do presidente daJunta, Jorge Leal.

A partida está marcada para as8h30, fazendo parte do progra-ma a passagem por Entre os Rios,seguida de paragem, às 10h00,em Alpendorada e visita ao Mu-seu da Pedra e Convento de Al-pendurada (na imagem). O almo-ço e lanche terá lugar no Parquede Lazer Nossa Senhora do Cas-telinho – Avessadas e, pelas 18h30,visita ao Santuário do Sameiro, emPenafiel. A chegada a Roriz estáprevista para as 20 horas. ||||||

Passeio Anualde Roriza 9 de junho

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CULTURA||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Vera Kolodzig, Joaquim Horta, JoãoDidelet e Rui Melo interpretam apeça 77 anos depois de Alfred Hit-chcock ter realizado “39 Degraus”.Pelo menos era esta a equipa apre-sentada nos cartazes, mas a verda-de é que Joaquim Horta, tal como opróprio nos confirmou via Internet,já não faz parte do elenco anuncia-do. Em seu lugar, esteve presente,na Casa das Artes de Vila Nova deFamalicão, Samuel Alves.

O humor físico esteve sempre pre-sente e, neste campo, João Didelete Rui Melo evidenciaram-se. Des-dobraram-se em inúmeras persona-gens, quer escondidos da vista dopúblico, quer em cima do palco paratoda a gente ver. Nesta última hipó-tese, as gargalhadas apareciam commais força, como na fase em que tro-cam de chapéu. Ora vemos um polí-cia, ora um vendedor de jornais, tudofeito numa velocidade vertiginosa.

Traço duas perguntas de um lei-tor baralhado: mas o grande mestredo suspense não fazia filmes de ter-ror? Onde está afinal a comédia nes-te teatro? Pois, quem assim pensanão conhece, de facto, a obra do bri-lhante cineasta, uma vez que o hu-mor estava quase sempre presentee tinha, evidentemente, um elevadorequinte. O filme de 1935 não éexceção. A cena no Palladium comMr. Memory e a quase obrigatória

ESPETÁCULOS / TEATRO: “OS 39 DEGRAUS”CASA DAS ARTES, FAMALICÃO. 4 MAIO 2012

Muitos personagenspara apenas 4 atores

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Vinte semanas e um dia depois doespetáculo de B Fachada no CaféConcerto do Centro Cultural Vila Flor(edição n.º 468), o Entre Margensesteve, desta vez, no espaço similarda Casa das Artes de Famalicão. Es-tabelecer comparações torna-se, as-sim, uma tarefa fundamental. Se esti-véssemos no Microsoft Word, daría-mos um clique em “Inserir Tabela”,escolheríamos duas colunas e algu-mas linhas para o respetivo confron-to. Realmente, não vamos por aí…

A casa famalicense recebeu o ar-tista lisboeta no passado dia 28 deabril e, traçando um paralelismo coma concorrente vimaranense, teve al-gumas vantagens: maior conforto evisibilidade para o palco, inexistênciade fumo e, talvez o mais importante,novas canções apresentadas. Ora,aqui está uma clara regalia, mas, aavaliar pelos comentários de algunsespetadores, nem todos pensam as-sim. Há quem prefira ouvir apenasos grandes êxitos. Senti-me privilegi-ado em ouvir novo material, a par,obviamente, das músicas já existen-tes nos trabalhos discográficos. Mas,

As novidades agradam?Claro que sim!

Quem pretendia assistir a DeadCombo no Grande Auditório ea Dan Riverman no Café Con-certo, ambos no Centro Cultu-ral Vila Flor, teve que abdicar dofinal do primeiro ou do iníciodo segundo concerto. De facto,o dos lisboetas terminou por vol-ta da meia-noite e meia, pelo queoutro já ia, nessa hora, pratica-mente a meio. Seria sensato adi-ar trinta minutos o começo daatuação dos que têm origens tir-senses – um procedimento a terem conta no futuro para que doiseventos não partilhem parte domesmo horário.

Dan Alves e a restante comi-tiva não têm qualquer álbum gra-vado, mas isso não é impeditivoda existência de um público se-guidor e expectante de os ouvir.O som é calmo, quase a roçar amonotonia, realçado por umavoz calorosa e firme. Para Gui-marães trouxeram “Took Me ToWar” (vídeo já incluído no You-Tube), juntamente com algunsoriginais e algumas covers, en-tre as quais “Telepatia” (de LaraLi), música que concluiu o espe-táculo. Nota negativa para algu-mas pessoas que pagaram bilhetepara conversar em demasia naparte mais afastada do palco.

Deixamos aqui o alinhamen-to completo gentilmente forne-cido pelo vocalista: “Lo Live aDream”; “Underneath Your BlueSky”; “Took Me To War”; “AnchorHer”; “Silence”; “Yellow Flower”;“Fragile Hands”; “Lady Luck”; “CoolMe Down”; “Shipbuilding” (cover);“Sea and The Breeze”; “SingingKing”. “Dark Skin” e “Telepatia”(cover). ||||| MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDAMIRANDAMIRANDAMIRANDAMIRANDA

Voz calorosanum espaçoruidoso

em relação a Guimarães, tambémencontrei desvantagens: uma atuaçãomais frágil, com muitas notas falhadase com dois instrumentos – um órgãoe uma guitarra elétrica (Bernardo as-sumiu e bem que não é um grandeguitarrista) – incapazes de atingir aimponência do piano tradicional.

A abrir o concerto, três músicasseguidas com a guitarra. Dado quenão tem banda de apoio, quais ostrunfos mostrados? Acima de tudo,nenhuma rede de segurança, total-mente exposto a eventuais falhas etextos ricos em ironia. Quando erra,o músico sorri e quando se engasga,o público manifesta-se, aplaude eapoia. É sempre assim. Os espetadoresadoram quando os artistas se enga-nam, como se dissessem que os ído-los também estão sujeitos a desacer-tos. Com o passar do tempo, foi alter-nando entre a guitarra e o órgão.Carlos Tê, um conceituado letrista por-tuguês, serviu de inspiração para umanovidade, sendo um bom momentoda noite. “Estar à Espera ou Procurar”foi, sem dúvida, um dos mais ovacio-nados, revelando um desabafo sin-cero – “não consigo livrar-me destedisco”, um claro contraste com osamantes dos clássicos. Para fechar,“Memórias do Paco Forcado” do EP“Há Festa na Mouraria”, de 2010.Dois encores mostraram o espírito doambiente, no qual o inevitável “Deus,Pátria e Família” foi rei.

2012 ainda não foi testemunhade nenhum registo gravado do can-tautor português, em oposição aosdois anos anteriores, nos quais exis-tem quatro trabalhos. Aguarda-seentão o lançamento do novo proje-to, o qual irá incluir todas as inova-ções apresentadas no Café Concer-to da Casa das Artes. ||||||

aparição (cameo), a passar simples-mente na rua, são dois pequenosexemplos disso mesmo.

A história é fácil de ser resumi-da: um gentleman inglês conheceuma mulher misteriosa que lhe contaalgo sobre um caso de espionagem.Ela é assassinada, ele acusado e for-çado a resolver todo o mistério. Sa-muel é o tal cavalheiro do princípioao fim; Vera transita entre a mulherperseguida e a que acompanharáde perto o personagem principal(pelo meio, uma outra mulher, ca-sada com um campónio bruto); Joãoe Rui… bem, esses, como já foi refe-rido, transformam-se em imensas fi-guras, até mesmo femininas. Todasestas transformações, somadas à des-locação dos vários adereços pelospróprios intervenientes, criam um mo-vimento constante, pelo que o tem-po passa sem que o espetador dêconta. Dois momentos que devemser salientados: a perseguição de au-tomóvel e a estadia no hotel do ca-sal fugitivo que está algemado. Noprimeiro, os baús fazem de bancose, com um volante na mão, o con-dutor e restantes passageiros sofremas acelerações e travagens bruscas(interessante a sequência em queJoão Didelot não conseguiu agarraro volante deixando-o cair fora dopalco). No segundo, a elegante VeraKolodzig silencia toda a plateia aotirar as meias com uma natural sen-sualidade que agradaria ao próprioHitchcock, não estivesse ela, naquelaparte, loira.

O público que ocupava menosde metade do limite máximo do es-paço famalicense ficou claramentesatisfeito e revelou isso mesmo nofinal. De facto, “Os 39 Degraus” mos-trou-se um bom antídoto para a mádisposição e capaz de fazer esque-cer, durante cerca de 2 horas, a tristesituação económica atual. ||||||

VERA KOLODZIG

CONCERTO DEDAN RIVERMANC. C. VILA FLOR, GUIMA-RÃES. 5 MAIO 2012CONCERTO DE B FACHADA

CASA DAS ARTES, FAMALICÃO. 28 ABRIL 2012

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Assim vale a pena, quando o recintoestá completamente cheio, ainda maisvalorizado com a capacidade do gran-de auditório do Centro Cultural de VilaFlor. É óptimo estar perto do palco, olharpara trás e ver quase 800 pessoas.

O pretexto é assistir à apresenta-ção do quarto e mais recente álbumdos Dead Combo, “Lisboa Mulata”.A banda, composta apenas por doiselementos, Tó Trips (guitarras) e PedroGonçalves (contrabaixo, guitarras,melódica e piano), apareceu com al-guns convidados especiais: o fadistaCamané, o baterista Alexandre Frazão,a Royal Orquestra das Caveiras (pia-no, trompete, trombone e saxofone)e, finalmente, as Víboras do Chiado(coro de duas vozes femininas).

Permitam-me a ousadia de dividiro evento em quatro partes distintas:

Primeira. A dupla lisboeta come-çou muito discreta, ganhando a se-guir algum fulgor com “Sopa de Ca-valo Cansado”, nome que arrancoualguns sorrisos. “Cachupa Man” e“Anadamastor” anteciparam “A Me-nina Dança? (no salão)”, tema apre-ciado pela mãe de Tó Trips, como opróprio admitiu com alguma ironia.Esteve por aqui um dos atrativos danoite – a predisposição do guitarristaem anunciar, quase sempre, o nomedas músicas e a história associada.Dois exemplos: “O Assobio (Cançãodo Avô)” é uma homenagem ao gran-de clássico do cinema português “OPátio das Cantigas”; e “Pacheco”relembra o guitarrista de Hermínia Sil-va, António Pacheco. Imediatamenteantes, um momento marcante com“Cowboy’s Cure For Jah”, música re-cheada de interessantes sonoridades.

Segunda. Entram as Víboras doChiado e a mais-valia não é expres-

CONCERTO DE DEAD COMBOC. C. VILA FLOR, GUIMARÃES. 5 MAIO 2012

siva, com a exceção talvez em “Like aDrug”, um cover dos Queens Of TheStone Age e que foi associado a “umrádio a tocar num restaurante de co-zinha chinesa”.

Terceira. Com Camané a magia ficadiferente. À terceira música interpre-tada pelo fadista, surge “Inquietação”,de José Mário Branco, que obriga auma dose suplementar de aplausos.

Quarta. A presença da Royal Or-questra das Caveiras trouxe outroambiente. Ao divertido, acidentadoe espalhafatoso Alexandre Frazão, as-sociam-se o piano e os instrumentosde sopro. A profundidade é outra. Apotência aumenta significativamente.Os Dead Combo continuam no mes-mo local e não se escondem. Apro-veitam para dar uma energia adicio-nal com músicas mais envolventes,como “Cuba 1970”, “Mr. Eastwood”e “Old Rock’N’Roll Radio”, entre ou-tras. “Marchinha do Santo AntónioDescambado” (mais um nome hilari-ante) termina a setlist previamentedesenhada de uma forma curiosa: osmúsicos abandonam a sala, voltan-do pouco tempo depois para con-cluir o mesmo tema. Estamos na retafinal. Um estrondoso “Cacto” realçaa prestação do baterista, como seobrigasse ao rótulo de melhor mo-mento da noite. Concordo plenamen-te. “Lisboa Mulata” colocou um pon-to final na atuação.

Para finalizar, uma observação: ogangster e o cangalheiro foram de-masiado generosos. Duas horas emeia de espetáculo acabam por pro-vocar impaciência a quem assiste e,ao mesmo tempo, êxtase nos verda-deiros fanáticos ou obcecados. Julgoque a eliminação de algum tempoda primeira parte seria benéfica, dei-xaria uma satisfação do ar e evitariaalguns suspiros da plateia. |||||

Quatro partes deum longo concerto

“Quem diz que a poesia é chata / Não sabedo que fala / e tem cá uma lata / ou nãodistingue o ouro da prata! (…)” (pág. 4).São estes os primeiros versos de “As-sim se diz da Poesia”, com o qual Fran-cisco Correia começa “Histórias comMuitas Rimas”, apresentado no âm-bito da Feira do Livro de Vizela, nodia 8 de maio. Não é um aviso parao que se segue, mas bem que o po-dia ser, até porque as histórias con-tadas depois têm muito de poesia enada de chatice… que até rima comAlice. E j’agora: “Ó Alice / Quem foi que tedisse / Pra guardar a meninice / Numacaixinha, que tontice / Como se isso se par-tisse (…)” (pá. 18).

Antigo cronista do Entre Margense ex-elemento da Assembleia de Fre-guesia de Vila das Aves, FranciscoCorreia - que ainda não se diz escri-tor mas, como outros (escritores), tam-bém é biólogo (Mia Couto, por exem-plo que até passou pela mesma feira)- deu, com muitas rimas à mistura, aconhecer esta sua incursão pela po-esia, cheia de histórias tão imprová-veis como a do “Cão… que não émorcão” a da “Serpente Serpentina”ou a da “Galinha da D. Isaura”, ilus-tradas pelo arquiteto Rui Maciel deSousa. E tudo isto num momento de“verdadeira felicidade”, na definiçãode Charlie Chaplin, conforme recor-dou o autor: “a verdadeira felicidadeé o serviço aos outros”, uma vez queas receitas da venda do livro vão re-verter na íntegra para a Associaçãopara a Integração e Reabilitação Soci-al de Crianças e Jovens Deficientes

de Vizela que atualmente se encon-tra numa ação de angariação de fun-dos para a construção do seu edifí-cio-sede que deverá ficar pronto “atéao final do ano”, segundo deu contao presidente daquela instituição, Al-fredo Ribeiro. A vereadora da cultu-ra da autarquia de Vizela, Dora Gas-par, por sua vez, apelidou o momen-to de “extraordinário” pelo facto daangariação de fundos se fazer atra-vés da cultura e mostrou-se satisfeitapor este ter sido o evento que maisgente levou à feira do livro. Ou, comodiria Francisco Correia, “é a prova deque pela cultura se podem renovarmuitas esperanças”.

Conceição Lima, amiga pessoal deFrancisco Correia e autora do pro-grama “Hora da Poesia”, da Rádio Vi-zela, deteve-se sobretudo nas pala-vras. Nas palavras com as quais Fran-cisco Correia “brinca” e “nos faz brin-car” e que ora podem ser “pesadas”ou “leves”, “escuras” ou “alegres”, ora“palavras que falam por si”. E o autorescolhe-as a dedo, fazendo deste li-vro cheio de “Histórias com muitasrimas” numa “coisa fresca”. Mais: “époesia sim, mas uma nova poesia”,sublinhou Conceição Lima.

Poesia, de resto, que valeu recen-temente ao autor o quinto prémio noconcurso internacional “Cataratas dePoesia 2012”, da Foz do Iguaçu, noParaná, no Brasil. Entretanto, a 25 des-te mês, Francisco Correia apresenta-rá novo livro, em Vizela, e, mais tarde,também em Vila das Aves, em data aanunciar. ||||| JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

LIVRO / “HISTÓRIAS COM MUITAS RIMAS”

Rimas solidárias em livrode Francisco CorreiaANTIGO CRONISTA DO ENTRE MARGENS APRESENTOU OLIVRO “HISTÓRIAS COM MUITAS RIMAS”

Pelo quarto ano consecutivo,o Centro Cultural de Vila dasAves acolhe, a partir destasexta-feira, dia 18 de maio, aexposição “Educação pelaArte”. Organizada pelo De-partamento de Expressões daEB 2/3 de Vila das Aves, amostra reúne um vasto nú-mero de trabalhos artísticoslevados a cabo pelos alunosda referida escola.

Segundo refere a autarquiaem comunicado de impren-sa, esta iniciativa – que contacom o apoio da Câmara deSanto Tirso “traduz uma apos-ta continuada na educaçãoestética que, envolvendo di-ferentes modos de expressãoindividual (entre os quais oartístico), se assume de gran-de importância para o proces-so de individualização mastambém de integração, ouseja, de reconciliação da sin-gularidade com a unidadesocial”. Por outro lado, esta éigualmente uma oportunida-de dos alunos do referido es-tabelecimento de ensino da-rem a conhecer os seus tra-balhos a um público maisabrangente, em boa parte ex-terior à comunidade escolar.

A exposição resulta igual-mente do contacto dos alunoscom as obras que integram oMuseu de Escultura Contem-porânea de Santo Tirso, atra-vés da realização de visitasguiadas feitas no sentido deuma perceção mais abrangen-te das esculturas. Desta expe-riência dão, assim, conta al-guns dos trabalhos em expo-sição, nomeadamente nas dis-ciplinas como o desenho, aescultura, a pintura e, este anoem particular, a fotografia.

A exposição Educação pelaArte estará patente no centroCultural até dia 8 de junho. |||||

ExposiçãoEducaçãopela Arte’ noCentro CulturalEXPOSIÇÃO REÚNETRABALHOS DOS ALU-NOS DA ESCOLA EB2/3 DE VILA DAS AVES

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VALE DO AVECem dias depois,a CEC recorreao crédito

GUIMARAES, CAPITAL DA CULTURA 2012

CEM DIAS, MAIS DE 350 EVENTOS EM CERCA DE 100LUGARES DISTINTOS, MAIS DE 3500 ARTISTASENVOLVIDOS E CERCA DE MEIO MILHÃO DE VISITANTES.É ASSIM QUE SE CARACTERIZA O PRIMEIRO CICLO DEGUIMARÃES 2012, UM PROJETO COM BALANÇOPOSITIVO MAS MARCADO PELOS ATRASOS NASTRANSFERÊNCIAS DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Ao todo são 25 milhões de euros deinvestimento em toda a programaçãoda Capital Europeia da Cultura finan-ciados em 70 por cento pelo progra-ma ON2 e 30 por cento pelo Estadoportuguês. Apesar de garantirem queo investimento está assegurado, osproblemas prendem-se agora com osalegados atrasos nos reembolsos porparte da Comissão de Coordenaçãoe Desenvolvimento Regional do Norte(CCDRN), que levam a Fundação arecorrer a créditos bancários.

“A CEC está estruturada por áre-as de programação e os projetos de-moram vários meses a ser preparadose analisados pela estrutura do ON2.Só depois de aprovados é possívelefetuar o pedido de pagamento”. Eraassim que o presidente do Conselhode Administração da Fundação Ci-dade de Guimarães começava a abor-dar o assunto que iria encher pági-nas de jornais e suscitar uma resposta

por parte da entidade financiadora.João Serra garantiu que “o tempo quedecorre entre a realização de despe-sa e o recebimento pode atingir omês e meio, dois meses, em situaçãonormal” e afirmou que “os prazoscom que se contavam foram excedi-dos criando algumas dificuldades detesouraria suplementares àquelas queestavam previstas”. O presidente ga-rantiu ainda que a Fundação está “afazer tudo o que está ao nosso al-cance para não refletir na programa-

ção este problema”. Para isso, pediu acolaboração de todos os prestadoresde serviços e solicitou aos financia-dores “uma antecipação de transfe-rências”. A organização da CEC ad-mite recorrer ao crédito para equili-brar a situação de tesouraria até oreembolso ser feito na totalidade, oque só deverá acontecer em agosto.Ainda assim, João Serra garante queo financiamento não está em causa.“Pode haver um ou outro atraso masnão está em causa”, afirma. Em co-municado, a CCDRN esclarece que “ofinanciamento comunitário previstopara a programação da Capital Euro-peia da Cultura (CEC) está assegura-do e que a avaliação das candidatu-ras apresentada pela Fundação Ci-dade de Guimarães segue o seu cur-so normal, não colocando em causao apoio comunitário comprometido”.

A Fundação, que apresentou umaproposta de reprogramação para con-templar as despesas de comunicação,aumentando o orçamento em cercade 2.5 milhões de euros, assegura“que todos os compromissos serãoescrupulosamente cumpridos”.

A Fundação Cidade de Guimarãesassinalou os 100 dias da Capital Eu-ropeia da Cultura com uma conferên-cia de imprensa, na ASA e aprovei-tou para dar a conhecer alguns dosprojetos para os próximos tempos. Opúblico poderá visitar os bastidoresda CEC, mediante inscrição, e o “gui-as improváveis” irá levar os vimaranen-ses a mostrar-lhes a cidade. Os pró-prios responsáveis da CEC e os políti-cos de Guimarães vão ficar incumbi-dos da mesma missão. O projeto come-çará já a dia 19 e os inscritos poderãopassar “um dia em Guimarães com…”João Serra. O diretor executivo, CarlosMartins, deixou uma certeza: “Nós que-remos ser rigorosos e aquilo que po-demos garantir é que até hoje, 8 demaio, não houve nenhum projeto queficasse 1 cêntimo acima do seu orça-mento e isso para nos é um pontode honra na nossa gestão”. |||||

Escuteiros de Bairrojuntam mais de 200pessoas em Ceia MedievalNo dia 5 de maio os escuteiros deBairro (Famalicão), realizaram umaCeia Medieval, assinalando-se, des-ta forma, as comemorações dos 70anos do agrupamento 027. Nesteaniversário o agrupamento assumiua diferença, onde possibilitou a todosos participantes reviver os costumesda época.

Todo o ‘reino’ foi presenteado comum cortejo medieval, anunciando achegada do Rei D. Sancho I e dasua Rainha. Depois do rei declararaberta oficialmente a Ceia Medie-val, o banquete começou a ser ser-vido no centro paroquial, comple-tamente caracterizado dando cor ao“castelo”. O povo que, oportunamen-te se inscreveu para o acesso à ceia,tive que vestir uma túnica entroni-zando um espírito medievo, fazen-do reviver e transmitir às pessoasque partilharam esta ceia momen-tos de grande júbilo e vivência me-dieval. Durante a ceia decorreramvárias animações preparadas pelosescuteiros locais, como danças me-

dievais, acrobacias, bobos, poesia eteatro. A ceia foi servida para maisde 210 pessoas, tendo o agrupa-mento registado “o pedido de mui-tas pessoas do reino” para partici-parem “na mui nobre ceia”, mas quepor falta de espaço na sala do cas-telo, não puderam participar.

Momento de grande enalteci-mento, foi o cortejo medieval aosom de gaitas de foles, com a pre-sença do vice-presidente da Câma-ra de Famalicão, Paulo Cunha, dopresidente da junta de freguesiaAntónio Sousa, do Chefe de Núcleo,Valdemar, do assistente do Agru-pamento, padre Mesquita, padrinhosde agrupamento, familiares e amigos,bem como instituições e associaçõeslocais. Foram vividos momentosmuito emotivos e elucidativos daação do agrupamento local, mo-mento para o Chefe de agrupamen-to Pedro Santos agradecer o cari-nho e a dedicação dos dirigentesdos pais e das pessoas que traba-lham em prol do movimento. |||||

70 ANOS DO AGRUPAMENTO 027

A organização da CECadmite recorrer aocrédito para equilibrara situação de tesoura-ria até o reembolso serfeito na totalidade.Mas João Serra garanteque o financiamentonão está em causa.

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O Inquérito do Entre Margens tem o patrocínio de:

INQUÉRITO A BRUNO PEREIRA, CAMPEÃO NACIONAL NAÉPOCA DE 2010/2011, NA CATEGORA DE 69KG. A 25 DEABRIL, FOI DISTINGUIDO PELA CÂMARA MUNICIPAL DESANTO TIRSO COM A MEDALHA DE MÉRITO DESPORTIVO

Há menos de um mês, Bruno Pereirarecebeu da Câmara Municipal a me-dalha de mérito desportivo, enquan-to atleta de uma modalidade poucocomum: o Kickboxing, na qual sesagrou campeão nacional na épocade 2010/2011, na categora de 69kg.Bruno Pereira nasceu a 10 de junhode 1983, em Vilarinho. Iniciou aatividade desportiva nas artes marci-ais na modalidade de Ruy-San-Ryuem 1996 no ginásio OAMIS, com omestre António Lobo. É mestre (cin-turão negro) na modalidade Ruy-San-Ryu, tendo iniciado a sua carreira decombatente/instrutor. São vários osseus títulos na modalidade: 1º e 2ºclassificado no nacional de juniorese tricampeão nacional de seniores nopeso de 65kg. Em 2005 migra parauma nova modalidade, o kickboxing,na qual é já cinturão vermelho.

Embora natural de Vilarinho, Bru-no Pereira residiu até há pouco tem-po em Vila das Aves, mas atualmenteencontra-se em Bergamo, em Milão (Itá-lia), por motivos profissionais. O atle-ta é comissário de bordo na Ryanair.

“Santo Tirso conVida”… ou nem porisso?Sim! Santo Tirso “conVida” principal-mente nos últimos três a quatro anos.

De que gastos já abdicou neste pe-ríodo de crise?Apenas gastos em viagens...

Recebeu este ano, da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, a medalha de

‘Não imaginavapoderter tamanhadistinção!’

Tirso tem evoluído e tem criado no-vas áreas bem agradáveis tanto paraum belo passeio de domingo comopara uma bela noitada com amigos aum sábado a noite!

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Que se jogava futebol nas ruas, notempo de jogar ao pião! De fazer car-ros de rolamentos...

Entre os voos da Ryanair e as ‘para-gens’ por Vila das Aves, que temporesta para o desporto?Tempo para o desporto tenho que tersempre, não consigo ficar parado! Apósentrar para a Ryanair fui enviado aquipara a base de Bergamo (Milao) naqual tive de construir uma nova vida.Arranjar um ginásio com a modalida-de de kickboxing foi a primeira prio-ridade após arranjar casa para morar!

Já teve de se socorrer das técnicasde kickboxing para “salvar a pele”numa situação mais complicada?Felizmente nunca tive problemas quenão se resolvesse com uma conver-sa. Nunca fui um rapaz violento, hiperativo sim, mas violento não! Comeceicom as artes marciais ainda novo noqual “o juramento solene” dito diari-amente antes e depois de cada trei-no, fez me desenvolver um autocon-trole que mesmo na adolescência,nunca tive de “salvar a minha pele”.

Viver fora do país, faz mudar a ideiaque se tem de Portugal?Sim, sem dúvida que faz mudar a ideia!Dá-mos mais valor a coisas que emPortugal seriam banais...

Qual o local de eleição, no concelhoSanto Tirso, para se beber um copo?Sem duvida que no Largo BatistaCoelho!

A quem oferecia uma medalha demérito municipal?A toda a redação do Entre Margens. |||||

mérito desportivo. Como encarouesta distinção?Encarei com máximo orgulho e satis-fação, foi uma agradável surpresa...Não imaginava poder ter tamanhadistinção!

Depois de se sagrar, na modalidadede Kickboxing, campeão nacional naépoca 2010/2011 na categoria69kg, qual o próximo objetivo?Não engordar?! (risos)No fim da época passada o meu gran-de objetivo era repetir as vitórias tan-to no Regional e Nacional como fa-zer uma preparação para o mundial.Na época passada tive o convite paraintegrar a Seleçao Nacional no mun-dial de kickboxing, realizado naMacedonia, na cidade de Skopje, emoutubro passado, mas revelou seimpossível pois os custos por atletaera realmente elevados.

Quantas vezes já fez trocadilhos como nome “Parque da Rabada”?“Parque da Rabada” dá asas a muitotrocadilho dos quais, confesso já terfeito os meus... Mas o nome é bemaplicado por isso mesmo!

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Se me fizessem esta pergunta há unstrês anos, certamente que teria muitacoisa a dizer. O facto é que Santo

“Na época passada tive o convite paraintegrar a Seleçao Nacional no mundialde kickboxing, realizado na Macedonia,mas revelou se impossível pois os custos

por atleta era realmente elevados”.

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DESPORTO

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Com um grande ambiente na Trofa coma presença de cerca de 600 adeptosavenses na bancada e inúmeras men-sagens de incentivo, o Aves mais uma

A festa foi ao ladoMUITO SUOR, MUITO ESFORÇO, MAS TAMBÉM MUITA ANSIEDADE E DIGA-SE MUITO AZAR. NO JOGO EM QUE SÓ A VITÓ-RIA INTERESSAVA E DEPOIS DE 19 JOGOS SEM PERDER, O AVES ACABARIA POR PERDER O DESAFIO DECISIVO, NATROFA, NA DERRADEIRA JORNADA. OS AVENSES PERDERAM E AO MOREIRENSE BASTOU EMPATAR PARA SUBIR DE DIVISÃO

vez acusou um sentimento de ansie-dade que vinha já acontecendo nosúltimos jogos.

O primeiro sinal de perigo foi paraos homens da casa (4’), na sequên-cia de um livre direto cobrado por ZéManel para defesa segura de Rui Fa-ria. A resposta aconteceu no minutoseguinte, com Pedro Pereira a ganharespaço à entrada da área e a rema-tar também para defesa segura deMarco. Nova investida do Aves (17’)com Ricardo Chaves à entrada da áreaa rematar por cima da barra.

A explosão de alegria nas hostesavenses aconteceu ao minuto 24 como golo do Covilhã em Moreira deCónegos, mas dois minutos depoisa alegria esmoreceu pois foi golo doMoreirense. O ambiente pior ficouquando o Trofense (28’) na sequên-cia de um livre marcado de forma ten-

sa para a cabeça de Santos que su-bindo mais alto desvia a bola para ofundo das redes, sem hipótese paraRui Faria.

Apesar do calor, o ambiente gelou,mas o Aves continou a lutar e pode-ria ter marcado (32’) quando Nel-son Pedroso cruzou rasteiro e RicardoChaves, na zona do ponta de lança,a chegar ligeiramente atrasado paraencostar para o fundo da baliza. Novatentativa (39’), numa grande jogada,com Vasco Matos a servir NelsonPedroso, vindo de trás, a rematar for-te para grande defesa de Marco.

O Aves continuava a pressionar eaos 40 tem uma grande perdida comPires a ficar com abola no miolo daárea, mas de costas, a servir Pedro Pe-reira que, com a baliza desguarneci-da, remata com a bola a rasar o poste.

Paulo Fonseca ao intervalo arriscou

alegada agressão de Zé Manel a Qui-naz, que envolve depois praticamen-te todos os jogadores, Zé Manel vê osegundo amarelo e é expulso. Na se-quência dos desentendimentos VascoMatos vê primeiro o cartão amarelo elogo a seguir novo amarelo e conse-quente vermelho. Ambas as equipasficam reduzidas a dez.

O Aves pressionava cada vez maisà procura de empate e sucediam-seas oportunidades. Bischoff à entradada área remata para defesa segurade Marco (75’). Dois minutos depoisoutro lance marcante. Santos defendea bola com braço dentro da grandeárea e Benquerança assinala a gran-de penalidade. Na conversão Pires ape-sar de potente o remate sai à figura deMarco que defende a bola para dese-spero dos adeptos e do banco avense.

A equipa não desarmou e conti-nuou a lutar criando uma grandeoportunidade (80’) com um cruza-mento remate de Quinaz, desvio dePires e Elvis a salvar em cima da linhade golo. Logo a seguir, novamentePires, que na zona de penalty, remataem jeito com a bola a rasar a barra dabaliza de Marco.

A única oportunidade de golo dasegunda para o Trofense acontecequando Pedro Araújo (87’), num con-

II LIGA / AVENSES TERMINAM A TEMPORADA NO TERCEIRO LUGAR E FALHAM A SUBIDA

tudo, sendo que ainda no primeirotempo Pedro Cervantes tinha rendidoRicardo Chaves e para o reatamentodeixou o central João Pedro no balne-ário entrando o ponta de lança Fon-seca, defendendo com três homens.

O Aves passou a fazer um auten-tico sufoco no meio campo adversá-rio, mas o Trofense ia também ten-tando o contra-ataque aproveitandoa defesa avense mais desguarnecida.

O minuto 71 e seguintes marcamtambém o jogo. Na sequência de uma

Após o apito final, fica-ram as lágrimas e a tris-teza de todo o balneá-rio avense, mas tam-bém o agradecimento eo aplauso dos adeptos

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ENTR

E M

ARGE

NS17

MAI

O 20

12

23

NAVAL 5 - SANTA CLARA 1

ESTORIL 2 - AROUCA 2

BELENENSES 1 - LEIXÕES 0

MOREIRENSE 1 - COVILHÃ 1UNIÃO 2 - PORTIMONENSE 1

FREAMUNDE 1 - PENAFIEL 0OLIVEIRENSE 2 - ATLÉTICO 1

JORNADA 30 - RESULTADOS

TROFENSE 1 - CD AVES 0

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - ESTORIL 30 57

2 - MOREIRENSE 30 52

3 - CD AVES 30 504 - NAVAL 30 465 - BELENENSES 30 41

7 - OLIVEIRENSE 30 39

9 - PENAFIEL 30 38

10 - UNIÃO 30 37

11 - ATLÉTICO 30 37

6 - LEIXÕES 30 40

30

13 - AROUCA 30 34

16 - PORTIMONENSE

30 3414 - FREAMUNDE

30 32 15 - COVILHÃ30 32

12 - SANTA CLARA 30 34

398 - TROFENSE

PAULO FONSECA: “ORGULHO PELOCAMPEONATO FEITO”

O Tirsense terminou a temporada2011/2012 com uma derrota em Pon-te de Lima por 1-2, frente a Os Limia-nos. Com esta derrota, a equipa deSanto Tirso termina a temporada baix-ando duas posição face à jornada an-terior, descendo para o sétimo posto.

Com um primeiro tempo sem go-los, no início da segunda parte a equi-pa da casa beneficiou de uma gran-de penalidade convertida aos 49 mi-

tra-ataque, rematar forte para grandedefesa de Rui Faria para canto.

Mas o inacreditáve ainda estavapara acontecer. Em cima do minuto90, Fonseca remata com a bola a em-bater no ferro e ainda no mesmo lan-ce foi Pires quem também conseguiuacertar na barra da baliza de Marco.

Após o apito final, ficaram as lá-grimas e a tristeza de todo o balneá-rio avense, mas também o agradeci-mento e o aplauso dos adeptos. |||||

FICHA TÉCNICATROFENSE, 1 - AVES, 0TROFENSE: MARCO (RICARDO, 90+4’), ELVIS, ZÉ

MANEL, REGUILA (RAFA, 90+1’), PEDRO SANTOS, ANDRÉ

CARVALHAS (FELIZ, 39’), JOÃO VIANA, CRIVELLARO,

SANTOS, PEDRO ARAÚJO E TIAGO. AVES: RUI FARIA,

TIAGO VALENTE, RICARDO CHAVES (PEDRO CERVANTES

(37’), ROMEU, PEDRO PEREIRA (QUINAZ, 60’), PIRES,

GERALDES, JOÃO PEDRO (FONSECA, 45’), VASCO MA-

TOS, BICHOFF E NELSON PEDROSO. GOLO: SANTOS

(27’). ÁRBITRO: OLEGÁRIO BENQUERENÇA (LEIRIA).

CARTÕES AMARELOS: TIAGO VALENTE (29’), JOÃO

VIANA (31’), PEDRO ARAÚJO (45’), FELIZ (50’), ZÉ MANEL

(54’ E 71’ ), MARCO (72’), RICARDO CHAVES (28,2),

VASCO MATOS (72’ E 73’), RAFA (90+4’). CARTÕES

VERMELHOS: ZÉ MANEL (71’), VASCO MATOS (73’).

O Aves vai ter eleições internas amanhã, numa assembleia geral de associados a realizar-se nasala de imprensa do clube pelas 21 horas. As eleições para os corpos gerentes são o pontoforte da reunião magna, que reserva ainda 30 minutos para discutir assuntos do interesse doclube. Saber se Armando Silva se recandidatará a um terceiro mandato é a incógnita, sendo queé provavel que nesta reunião magna se faça também o balanço da época desportiva.

O banco avense viveu todo o jogo de forma intensa e no final da partida,o técnico avense reconheceu ser “enorme a frustração” sentida. Deu osparabéns ao Moreirense e disse que a sua equipa não ganhou mar jogoupara isso. “Falhamos a grande penalidade e acompanhou-nos novamen-te a infelicidade que nos tem acompanhado nos últimos jogos”.

De todo o modo diz que “temos de estar orgulhosos do campeonatoque fizemos. Todos reconhecem o bom trabalho que fizemos quando,no início da época, não eramos tidos como candidatos. Foi um trajetofeito sempre em crescendo e de grande orgulho”.No final da temporada,Fonseca era um homem pouco crédulo no alargamento da Liga e nadisputa de uma liguilha de acesso e quanto ao seu futuro espera verdefinido no decorrer da semana. Tem convite do Aves para renovar, maspode dar o salto e treinar uma equipa da primeira liga. Fala-se nointeresse do Rio Ave, mas Fonseca desmente. “Sinto-me muito bem noAves, sinto-me desejado. O Aves é um clube único, cumpridor, respeitadore com um ambiente espectaculor. Os adeptos tem sido fantásticos. Nuncavi numa vila tão pequena um apoio desta grandeza”, elogiou. |||||

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - VARZIM 30 68

2 - FAFE 30 54

3 - CHAVES 30 54

4 - MIRANDELA 30 525 - LIMIANOS 30 44

7 - TIRSENSE 30 44

9 - FAMALICÃO 30 39

10 - MAC CAVALHEIROS 30 39

11 - VIZELA 30 38

6 - RIBEIRÃO 30 44

30

13 - CAMACHA 30 34

16 - AD OLIVEIRENSE

30 3214 - LOUSADA

30 16 15 - MERELINENSE30 10

12 - MARITIMO B 30 38

428 - RIBEIRA BRAVA

CAMACHA 2 - AD OLIVEIRENSE 0

CHAVES 3 - VIZELA 4

FAMALICÃO 3 - MAC CAVALEIROS 2

LIMIANOS 2 - TIRSENSE 1LOUSADA 0 - FAFE 3

MIRANDELA 3 - MARITIMO B 2MERELINENSE 1 - RIBEIRÃO 1

JORNADA 30 - RESULTADOS

VARZIM 2 - RIBEIRA BRAVA 1

II DIVISÃO / FICOU EM SÉTIMO NA TABELA

Tirsense terminaépoca com derrota

nutos por Pedro Tiba. O Tirsense che-garia ao empate no minuto 60 atravésde Bruno Monteiro, mas Os Limia-nos marcariam o golo da vitória aominuto 75 por intermédio de Tanela.

Num campeonato em que o Tir-sense pertiu com o objetivo da subi-da de divisão, a época não correubem, tendo conhecido três técnicos.Primeiro foi Luís Miguel, seguiu-se asolução da casa, José Mota e final-mente o jogador Carlos Pinto quepassou a assumir as funções de trei-nador nas últimas jornadas.

O Tirsense fecha a temporada nosétimo posto com 44 pontos, os mes-mos que Os Limianos e o Ribeirão,mas com vantagem para estes no ‘goalaverage’. O Tirsense somou 11 vitóri-as e outros tantos empates e oito vitó-rias. Fez 39 golos e sofreu 29. Lio foio goleador da equipa com oito tentos,logo seguido de Vitor Hugo com sete.Destaque ainda de Marco Ribeiro,André Soares e Tiago André que porquatro vezes fizeram o gosto ao pé. |||||

O S. Martinho conseguiu asubida à Divisão de Honrada Associação de Futebol doPorto pois terminou a tempo-rada no segundo lugar nasérie 1 da 1ª Divisão. Vai ago-ra discutir o 3º e 4º lugarcom o segundo classificadoda série 2, o Sobrado. O jogoé sábado no terreno do ad-versário, pelas 17 horas.

Nos últimos jogos, o S.Martinho averbou duas der-rotas (2-4, na receção aoCitânia de Sanfins e 1-0 navisita ao Aliança de Gandra).A última vitória aconteceu nareceção ao Ermesinde (2-1).Com estes resultados, a equi-pa fechou a temporada com68, menos ove que o vence-dor o Perafita.

...E VILARINHO DESCEO Vilarinho FC com duasderrotas e um empate nas úl-timas partidas disputadas con-sumou a descida à 1ª divi-são da Associação de Fute-bol do Porto, quando falta dis-putar a derradeira jornadaque vai opor o Vilarinho aoRio Tinto , jogo para cumprircalendário.

Nas últimas jornadas per-deu por 3-1 na visita ao CAFelgueiras e por 1-2 na rece-ção ao S. Pedro da Cova, nãoindo além de um empate aduas bolas na visita ao Pe-drouços.

O Vilarinho soma 31 pon-tos e está na 16ª posição. |||||

DISTRITAIS

S. Martinhosobe àDivisãode Honra...

Eleições no Aves amanhã

FOTO: RICARDO BRITO

Page 24: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

DESPORTOFUTEBOL, FUTSAL / ASSOCIAÇÃO DE RINGE

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

Os juniores do Aves precisam deir a Santo Tirso derrotar a equipa lo-cal para assegurar a subida aos na-cionais deste escalão. O jogo é sá-bado pelas 17 horas. A equipaavense poderá mesmo assim asse-gurar a promoção se o Canidelo nãopontuar na receção ao Leixões B.

Neste momento, é a equipa ma-tosinhense que lidera com oito pon-tos, embora não possa subir poisjá tem a sua equipa principal nesteescalão. Logo a seguir está o Tirsen-se com sete pontos e o Aves comseis, fechando o Canidelo com cin-co. Todos estão ainda na corrida, sen-do decisiva a derradeira jornada.

No campeonato de Futsal daAssociaçao de Futebol do Porto,na Série 2, da 1ª Divisão, a ARNegrelos falhou a subida à Divi-são de Honra de Futsal. A se-quência de quatro derrotas con-secutivas, a última das quais frenteao campeão Vila Boa do Bispodeitou tudo a perder quando hápouco tempo atrás a equipanegrelense parecia balanceadapara vencer a prova. A equipa ter-minou na quarta posição depoisde vencer os dois últimos jogos:3-5 na visita a Areias e 9-2 nareceção ao Carvalheiras.

Terminou a época com 54pontos, menos dois que o segun-do, o Gramidense Infante, quedesta forma conseguiu a promo-ção. Já a equipa do Vale do Aveassegurou a manutenção termi-nando no 14º posto da geralcom 20 pontos. Na última jorna-da recebeu e venceu A Escola deGondomar por 2-1, perdendo osdois jogos anteriores: 2-0 na vi-sita ao Moinhos e 1-3 na receçãoao Freamunde.

AVES TRANQUILOTERMINA COM DERROTAO Desportivo das Aves com a ma-nutenção na II Divisão nacionalde Futsal já garantida terminou aépoca com uma derrota na visitaao já promovido Farlab por 4-2.Com estes resultados, o Despor-tivo das Aves terminou a tempo-rada 30 pontos no nono lugarcom os mesmos pontos do oita-vo, o Vale de Cambra. ||||||

Futsal = Campeões

||||| TEXTO: ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

A época já vai longa, mas a competi-ção continua. Alguns, ainda, a compe-tir nos seus campeonatos, outros a fa-zer convívios com outras equipas e ou-tros ainda a participar em torneios.

Assim, as equipas de Traquinas eBenjamins estiveram, este fim de se-mana, num convívio a convite do Tro-fense, equipa com quem a Associa-ção de Moradores do Complexo Ha-bitacional de Ringe tem excelentesrelações. Além deste convívio a equi-pa de Traquinas de 2004, esteve pre-sente no torneio IPP DragãozinhoAzul, onde se classificou em 4º lu-gar e onde ganhou ainda o prémiode melhor guarda-redes do torneiocom o seu atleta Pedro Rafael.

Em relação à equipa de Infantis,deslocou-se ao terreno do Académi-co de Felgueiras e foi batida por 1-6.

A contar para a Taça Promoção,jogaram este sábado as meninas deRinge. Receberam, no Estádio AbelAlves Figueiredo, o Pico de Regala-dos e empataram a duas bolas, num

jogo em que o equilíbrio foi nota do-minante e em que o calor foi um gran-de adversário.

Mas o destaque desta semana vaisem dúvida para a equipa sénior mascu-lina de Ringe, que venceu a série 2do campeonato da Inatel e para aequipa júnior de futsal (na foto), quevenceu o campeonato concelhio, aodeslocar-se ao terreno do AB92 evencer por 5-3. O futsal é uma moda-lidade com tradição em Ringe e ao lon-go dos tempos habituou os seus sim-patizantes a obterem bons resultados.Esta época foi mesmo o título de cam-peões e ainda poderão vencer a Taça,final que irão disputar em breve. Deparabéns está, sem dúvida, o misterTiago, que conseguiu um grupo uni-do, com todos a “remarem” no mes-mo sentido e com o mesmo objetivo.

Além da atividade desportiva, sa-liente-se ainda a atribuição da Me-dalha de Mérito Municipal, pela Câ-mara Municipal de Santo Tirso, pelosrelevantes serviços prestados pela as-sociação de Ringe, à comunidadeonde está inserida. |||||

FUTSAL

Negrelos falhasubida e Valedo Avemantém-se

EQUIPA JÚNIOR VENCEU O CAMPEONATO CONCELHIO

Aves decidepromoçãoem Santo Tirso

Nos últimos três jogos, o Avesvenceu primeiro o Tirsense por 3-0, depois foi empatar a zero a Ma-tosinhos e no passado sábado, numjogo que caso vencesse, colocavadesde logo a equipa avense nosnacionais, os juniores não foramalém de um empate a uma bola nareceção ao Canidelo (na foto).

Nota para a moldura humanaconsiderável que se juntou no ve-lhinho campo Bernandino Gomesenchendo por completo as banca-das, salientando-se ainda a presen-ça de muitos adeptos do Canideloque se deslocaram de Gaia até Viladas Aves. |||||

JUNIORES

Page 25: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

ENTR

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25

Ao voltante de um Mitsubishi Lancer,Luis Mota venceu o rali de Santo Tirsoque foi para a estrada nos passadosdias 4 e 5 de maio. Foi o terceirotriunfo do piloto do Cartaxo em qua-tro provas disputadas no Campeo-nato Regional de Ralis Norte. O ralicontou com 41 participantes tendosido aberto pelo piloto tirsense doWRC, Armindo Araújo, conduzindoo seu MINI como carro zero.

Luis Mota controlou o rali, exce-tuando a superespecial noturna rea-lizada na sexta-feira na cidade de San-to Tirso disputada debaixo de chuvaintensa, mas que atraiu, mesmo assim,uma multidão de gente num percur-so inédito, começando junto à Praço25 de Abril descendo até à envol-vente ao Mosteiro de S. Bento e ondeo público beneficiou de um autênticoanfiteatro natural para assistir à prova.

O segundo lugar pertenceu a An-tónio Oliveira ao passo que o derra-deiro posto do pódio foi para CelsoMoura. António Dias e Paulo Gomes

Quando tudo parecia encaminhado paraa conquista de um resultado dentro dosobjetivos traçados à partida, Armindo Ara-újo foi obrigado a abandonar o Rali daArgentina a três especiais do fim, numaaltura em que faltavam disputar poucomais vinte quilómetros cronometradospara chegar ao pódio final instalado emVilla Carlos Paz. A quebra de um braçoda direção do MINI foi o motivo da de-sistência do piloto português, quando seencontrava em lugar pontuável.

Ao contrário do que tudo fazia pre-ver, Armindo Araújo não conseguiu se-gurar no último dia a nona posição dageral, que ocupava na altura do abando-no, e quase com a meta à vista viu esfu-mar-se a possibilidade de voltar a pon-tuar no Mundial de Ralis e na sua es-treia na prova sul-americana. “Tivemosalguns problemas nos dias anteriores masfomos conseguindo ultrapassar as difi-culdades e manter viva a hipótese decumprir com os objetivos que traçamos àpartida. A meio da antepenúltima espe-cial, e com a nona posição da geral maisque segura, o braço da direção partiu-see só nos restou encostar. Depois de todoo esforço que efetuamos durante quase500 quilómetros é frustrante não con-seguir terminar a prova” afirmou o piloto.

Numa prova marcada pela dureza dasespeciais e pela extensa quilometragem,Armindo Araújo e Miguel Ramalho re-sistiram a quase todas as dificuldades mas,ao contrário de alguns dos seus adver-sários, este problema surgiu numa faseem que nada havia a fazer para mudar orumo final dos acontecimentos. “Ter pro-blemas no derradeiro dia é sempre o piordos cenários para as equipas e desta vezfomos nós os azarados. É a segunda pro-va consecutiva em que não somos feli-zes mas temos que levantar a cabeça epensar no que ainda resta do campeo-nato”, disse ainda Armindo Araújo.

O Rali da Grécia, na estrada entre 25e 27 de maio, é a próxima prova do ca-lendário da dupla portuguesa. ||||||

Decorreu no dia 5, em Cascaiso 14º campeonato nacional dekarate de infantis, iniciados e ju-venis. Organizado pela Federa-ção Nacional de Karate Portugal,a prova contou com a quase to-talidade dos karatecas apura-dos nos campeonatos regionais.

O Karate Shotokan Vila dasAves esteve presente com osseis atletas apurados. Ana Gui-marães foi vice-campeã nacio-nal kumite juvenis menos de55kg; Tiago Ferreira 3º lugarkumite juvenis menos 55kg.Não foram ao pódio PatriciaBrandão, Érica Machado, DiogoRodrigues e José Fonseca.

“Todos treinaram muito paraeste campeonato, só houve doispódios, mas a qualidade des-tes competidores é uma reali-dade, os resultados a nivel na-

RALI DE SANTO TIRSO / PROVA MARCADA POR ACIDEN-TE ENVOLVENDO O EX-FUTEBOLISTA CAÑIZARES

Luís Mota vencerali de Santo Tirso

fecharam o ‘top-five’. O rali tirsenseteve ainda uma prova extra com Ricar-do Costa, a estrear o Peugeot 206S1600, a vencer a prova, deixandoPaulo Alves a mais de um minuto dedistância. João Sousa foi o terceiro.

A prova tirsense ficou, no entan-to, marcada pelo acidente do pilotoespanhol, Cañizares (ex-guarda-redesdo Real Madrid e da seleção espa-nhola e que tem nos ralis a sua novapaixão desportiva), que ao volante deum Suzuki Swift, logo no início dosegundo dia de prova (na primeirapassagem pela especial Mourinha/Hortal), numa zona de transição depis emparedado para asfalto e debai-xo de uma chuva intensa, não con-seguiu segurar o carro e foi embaternuma numa paragem de autocarrosonde estavam refugiados da chuvaalguns espectadores. As placas dezinco do telhado do abrigo cairam eatingiram uma jovem que sofreu feri-mentos ligeiros, tendo sido assistidapelos Bombeiros de Vila das Aves. ||||||

RALIS / ESTEVE MUITO PERTODE PONTUAR NA ARGENTINA

Armindodesisteperto do fim KARATE

Ana Guimarães vice-campeã nacional

cional vão aparecer em breve,parabéns aos medalhados e atodos pela dedicação e entre-ga para representar dignamen-te o clube e a região” refere oclube em nota à imprensa.

II OPEN CSKO II Open CSK organizado peloClube Shotokan Karate decor-reu no dia do trabalhador emVila Nova de Gaia com 650participações de kata e kumiteem todos escalões etários.

Do Karaté de Vila das Avesnota para Manuel Ribeiro 2ºlugar kumite cadetes +70kg;Álvaro Rios 3º lugar kumite ju-niores -68kg e Emanuel Fer-nandes 1º lugar kumite senio-res -67kg. Não foram ao pódioPatricia Brandão (5º lugar), ÉricaMachado e João Pereira. ||||||

A associação dos AutênticosCamaleões Clube Desportivoparticipou mais uma vez no cam-peonato regional de kickboxingna vertente de light-kick que serealizou no passado dia 5 demaio em Leça da Palmeira.

O clube apresentou-se comseis atletas na competição, nascategorias de cadetes até junio-res e tirou cinco primeiros lu-gares, sendo campeões regio-nais Hugo Costa (-45kg), So-fia Lobo (-50kg), Rita Coelho (-55kg), Domingos Costa (-55kg)e Ricardo Cunha (-65kg), jun-tando-se assim aos também já

medalhados na categoria deseniores Pedro Santos (-63 kg),e Paulo Monteiro (-89kg) paraassim representarem o clubeTiger Gim no campeonato na-cional de kickboxing que se irárealizar em Mirandela a 2 e 3de junho de 2012.

Questionado acerca da pres-tação dos atletas o mestre e pre-sidente da associação AntónioLobo disse estar muito satisfei-to com a prestação dos atletase que tudo foi fruto do bom tra-balho e dedicação que estes temdemonstrado ao clube, estan-do assim todos de parabéns. |||||

KICKBOXING

Campeonato regional

Electricidade AutoMecânica geral

TacógrafosLimitadores de velocidade

AlarmesAuto-rádios

negrelcar - centro de assistência auto, lda.Av. 27 de Maio, 817 | 4795-545 Vila de Negrelos

Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]

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Page 26: DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES BIMENSÁRIO | …

ABÍLIO GODINHO - FUNERÁRIA - UNIPESSOAL, LDAAgência Funerária Abílio Godinho

Rua D. Nuno Álvares Pereira, nº 27(junto ao Largo da Mariana)Vila das AVila das AVila das AVila das AVila das AvvvvvesesesesesTelef. 252 941 316Escritório: Lugar da ArnozelaS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoTelef. 252 841 731Telm. 91 936 61 89Rua D. Laurinda F. Magalhães, nº 42Moreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosTelef. 253 563 250

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Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Martinho do Campo, com 88 anos deidade, falecido no Hospital S. João no Porto no dia 22de Abril de 2012. O funeral realizou-se no dia 24 deAbril, na Capela Mortuária da Vila das Aves, para aIgreja Paroquial, indo de seguida a sepultar no cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Joaquim de Oliveira

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Rebordões, com 75 anos de idade, falecidano Hospital de S. Tirso no dia 21 de Abril de 2012. Ofuneral realizou-se no dia 22 de Abril, na CapelaMortuária da Vila de Rebordões, para a Igreja Paro-quial, indo de seguida a sepultar no cemitério local.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Maria de Lurdes de Oliveira Ferreira

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

REBORDÕESAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Moreira de Cónegos, com 77 anos de ida-de, falecido no H. de Guimarães no dia 14 de Abril. Ofuneral realizou-se no dia 17 de Abril, na CapelaMortuária de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério Paroquial de Moreira deCónegos. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. dia.

João Dias Gonçalves

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Roriz, com 83 anos de idade, falecida noHospital de Vila Nova de Famalicão no dia 30 de Marçode 2012. O funeral realizou-se no dia 1 de Abril, naIgreja Paroquial de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. Dia.

Maria Luísa Neto

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

S.TOMÉ NEGRELOS AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lamas - S. Tirso, com 61 anos de idade,falecido no IPO do Porto no dia 15 de Março de 2012.O funeral realizou-se no dia 16 de Março, na CapelaMortuária da Vila das Aves, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela par-ticipação no funeral e missa de 7º Dia.

Armando Silva Azevedo

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELOAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de S. Tomé de Negrelos, com 83 anos deidade, falecida na sua residência no dia 3 de Abril de2012. O funeral realizou-se no dia 4 de Abril, naIgreja Paroquial de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. dia.

Joana Maria Pereira Torres

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

S.TOMÉ NEGRELOS

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 85 anos de idade, falecido noLar de Nespereira no dia 21 de Abril de 2012. O funeralrealizou-se no dia 22 de Abril, na Capela Mortuária daVila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo de se-guida a sepultar no Cemitério Paroquial da Vila deLordelo. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Artur de Abreu

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Rebordões, com 89 anos de idade, falecidono Hospital de Vila Nova de Famalicão no dia 1 deAbril de 2012. O funeral realizou-se no dia 2 de Abril,na Igreja Paroquial de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. Dia.

Joaquim da Costa Coelho

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

S.TOMÉ NEGRELOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Varziela - Felgueiras, com 94 anos deidade, falecido na sua residência no dia 11 de Abril de2012. O funeral realizou-se no dia 12 de Abril, naResidência Paroquial de Lustosa, para o Salão Paro-quial, indo de seguida a sepultar no Cemitério deLustosa. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. dia.

António Mendes

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LUSTOSA

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Couto (Santa Cristina) - S. Tirso, com 78anos de idade, falecido no Hospital de S. Tirso no dia21 de Abril de 2012. O funeral realizou-se no dia 22 deAbril, na Capela Mortuária da Vila das Aves, para aIgreja Paroquial, indo de seguida a sepultar no ce-mitério local. Sua família, renova os sinceros agra-decimentos pela participação no funeral e missa de 7º dia.

José Fonseca Ribeiro

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

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Horóscopo: segunda quinzena de maio

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Nome: ......................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................Código Postal: ........................ / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ...................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

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ENTRE MARGENSCAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE NOVOS ASSINANTES: 10 EUROS

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: 8 de Copas, sig-nifica Concretização, Felicidade.Amor: Grandes surpresas românti-cas. Saúde: Tendência para exces-sos, modere os seus impulsos.Dinheiro: Evite os conflitos no lo-cal de trabalho. Pensamento posi-tivo: Invista mais na sua própria fe-licidade! Horóscopo Diário Liguejá! 760 10 77 31.

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: Valete de Paus,que significa Amigo, Notícias Ines-peradas. Amor: não descarreguenas pessoas de quem mais gosta asua má disposição. Saúde: Prová-veis enxaquecas. Dinheiro: Os in-vestimentos estão favorecidos. Pen-samento: tanto a tristeza como aalegria são hábitos que pode edu-car, cabe-lhe a si escolher. Horós-copo Diário Ligue já! 760 10 77 31.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: O Imperador,que significa Concretização. Amor:Poderá surgir um mal entendido,mas com calma tudo se resolve. Saú-de: Este será um período de paz,aproveite para descansar. Dinhei-

ro: momento pouco favorável paragrandes investimentos. Pensamentopositivo: Seja honesto consigo pró-prio, não tenha receio de reconheceros seus erros e traçar novas rotas devida. Horóscopo Diário Ligue já! 76010 77 31

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 8 de Espadas, quesignifica Amor: Poderá sofrer umagrande deceção. Saúde: As preocupa-ções vão provocar-lhe dores de cabe-ça e mal-estar geral. Não se deixe ven-cer pelo pessimismo. Dinheiro: É im-portante controlar os gastos e preve-nir-se contra a influência de colegasno seu local de trabalho. Pensamen-to positivo: Não faça nada sem pen-sar, pois alguns atos são precipita-dos. Horóscopo Diário Ligue já! 76010 77 31.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Cavaleiro de Paus,que significa Viagem, Mudança. Amor:Cuidado com os falsos amigos, cuidedo seu amor. Saúde: Tendência paradores nas pernas. Dinheiro: pode ago-ra comprar aquele objeto de que tan-to gosta. Pensamento positivo: nãotenha medo de se apaixonar. Horós-

copo Diário Ligue já! 760 10 77 31

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Ás de Paus, quesignifica Energia, Iniciativa. Amor: Apaixão está no ar, prepare-se pois oCupido pode andar a trás de si. Saú-de: Uma nova fase da sua vida vaisurgir. Dinheiro: Tenha cuidado comas decisões a longo prazo que tomano seu campo financeiro. Pensamen-to positivo: Que os seus desejos serealizem! Horóscopo Diário Liguejá! 760 10 77 31.

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: 5 de Copas Amor:Bom momento para iniciar um rela-cionamento ou dar à sua relação umanova intensidade. Saúde: Cuidadocom as vias respiratórias, um resfri-ado ligeiro pode tornar-se algo mui-to mais grave. Dinheiro: Pequenasperdas financeiras com as quais nãose deve preocupar, ninguém é per-feito! Pensamento positivo: Não dis-cuta por tudo e por nada, controle asua impulsividade. Horóscopo Diá-rio Ligue já! 760 10 77 31

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: Cavaleiro de Co-

pas Amor: Deve ter cuidado pois anecessidade de sedução pode levarà infidelidade. Seja prudente! Saú-de: Problemas de estômago e difi-culdades digestivas chamarão a suaatenção. Dinheiro: É importante queesteja atento para que não o apa-nhem desprevenido no local de tra-balho. Pensamento positivo: Siga oseu coração. Horóscopo Diário Li-gue já! 760 10 77 31

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: o Diabo, que sig-nifica Energias Negativas. Amor: Es-tes próximos dias são muito impor-tantes para si, aproveite-os. Poderásentir que neste momento o seu amornão é correspondido, mas não sepreocupe, pois é só uma fase passa-geira. Saúde: vá ao ginásio com osamigos. Dinheiro: A sorte está do seulado, é uma boa altura para aventu-ras. Pensamento positivo: Não desistade lutar pela sua felicidade! Horósco-po Diário Ligue já! 760 10 77 31

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: A Roda da Fortu-na, que significa Sorte. Amor: o ego-ísmo é um aspeto da sua personali-dade que deveria tentar eliminar.

Saúde: Procure com maior frequên-cia o seu dentista. Dinheiro: Pensebem antes de gastar grande partedas suas economias. Pensamentopositivo: Quando houver discus-sões, tente resolver as coisas comcalma. Horóscopo Diário Ligue já!760 10 77 31

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: o Mundo, que sig-nifica Fertilidade. Amor: Área senti-mental favorecida. Faça projetospara o futuro. Saúde: Poderão ocor-rer pequenos acidentes. Mantenha-se alerta. Dinheiro: Não arrisque.Pensamento positivo: não deixe quea saudade tome conta do seu coraçãoe vá em busca da pessoa que ama. Ho-róscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: 5 de Ouros, quesignifica Perda e Falha. Amor: Deci-da-se pelo que for melhor para si.Saúde: Cuidado com as quedas. Di-nheiro: Não se envolva num novoempréstimo. Pensamento positivo:Deve ter mais confiança na pessoaque está a seu lado, deixe os ciúmesde lado. Horóscopo Diário Ligue já!760 10 77 31

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A FECHAR

/////////// Na manhã do dia 13 de maio, entre as 10 e as 13, o loteamentode Bom Nome animou-se com a presença de mais de cinquentacrianças e outros tantos adultos que acorreram para se divertiremnuma tenda insuflável instalada na relva, ao mesmo tempo queuma animadora ao som de música ambiente adequada puxavapela forma física de quantos se dispuseram a praticar aeróbica eoutras danças. As crianças tiveram ainda quem lhes fizesse pintu-ras faciais e uma onda de grande animação perpassou pela praçaarrelvada. Houve ainda a oportunidade de celebrar o 6º aniversáriodesta Clínica dentária cantando-lhe os parabéns e degustando umbolo de ocasião. Um bom exemplo de animação de bairro e decelebração comemorativa. //////////////////////////////////////////////////////////////////////////

CARIDENT COMEMORA 6º ANIVERSÁRIOPUB.

A secretária de Estado do EnsinoBásico e Secundário, Isabel Leite,desloca-se amanhã, 18 de Maio, àfreguesia de Bairro onde vai inau-gurar a obra de remodelação daEscola de Música da Fundação Cas-tro Alves – Centro de Cultura Mu-sical. A iniciativa está marcada paraas 15 horas e contará também – paraalém dos responsáveis autárquicos– com a presença de D. Jorge Ortiga,Arcebispo de Braga.

Segundo refere Alexandre Reis,diretor pedagógico do CCM, “des-de que passaram para a gestão do

Secretária de Estadoinaugura obrade remodelação daFundação Castro Alves

O primeiro Raid BTT, promovido pelaAssociação Estrelas da Serra – Agrela”em 2009 juntou cerca de 300 pes-soas. Há um ano, o número de partici-pantes chegou aos 500 e é de se pre-ver que a façanha se repita este ano.As inscrições estão abertas até dia 20de maio e, a julgar pela afluência dosanos anteriores, o melhor mesmo é nãoguardar para a última, pois a iniciati-va está limitada aos tais 500 partici-pantes. Há hora de fecho desta edi-ção do Entre Margens, e segundodados recolhidos junto da organiza-ção, já eram mais de 350 os inscritos

O Raid BTT – cuja quarta ediçãose realiza no dia 27 deste mês – “é omaior evento anual organizado” pelareferida associação da freguesia deAgrela, promovido “com o objetivo depromover a prática do desporto e a di-namização da terra”. E no sentido deum envolvimento o mais abrangentepossível da comunidade, a prova éorganizada em duas modalidades eem quatro circuitos diferentes “parapossibilitar que pessoas a partir dos6 anos de idade possam participar”.

A Federação Portuguesa de Fute-bol (FPF) chumbou, terça-feira, o alar-gamento da I Liga de 16 para 18clubes e desta forma já não haveráliguilha que o Desportivo das Avesdisputaria, em virtude de ter sido3º classificado da II Liga.

A FPF recusou assim a propostaaprovada pela maioria dos clubes.Isto significa que Feirense e Uniãode Leiria descem mesmo à Liga deHonra, e o Desportivo das Aves e aNaval 1º de Maio mantêm-se no se-gundo escalão do futebol português.

DESPORTIVO DAS AVES / LIGA

Numa reação a esta notícia o pre-sidente do Aves manifestou o seudesagrado. Armando Silva disse àLusa que competir na II Liga “é umaloucura completa em termos de fi-nanciamento”. Os clubes desta liga“têm de cumprir praticamente ospressupostos da I Liga, ou seja, te-mos de ter um orçamento entre 1a 1,2 milhões de euros, quando asreceitas televisivas não vão além dos200 mil euros”, concluindo que épreciso fazer “engenharia financei-ra para ter tudo em dia”. |||||

Não há alargamento

Centro de Cultura Musical, com acolaboração da ARTAVE, em 2009,o auditório e a escola de músicada Fundação foram submetidos auma profunda remodelação que seencontra agora concluída”. As no-vas instalações, segundo o mesmoresponsável, “estão dotadas de doismodernos auditórios” e permitema formação em música de mais deduas centenas de estudantes oriun-dos quer do concelho de Famalicão– Agrupamento de Pedome, querdo concelho de Santo Tirso – Viladas Aves e S. Tomé de Negrelos. |||||

BAIRRO (FAMALICÃO) / ISABEL LEITE E D. JORGEORTIGA VÃO ESTAR AMANHÃ NA FREGUESIA

É esse o caso do Mini-Circuito;especialmente pensada para criançascom idades entre os 6 e os 14 anos,este percurso destinado à prática deBTT tem cerca de cerca de 2 km e umnível de dificuldade muito baixo. Demaior dificuldade, mas ainda num re-gisto médio, existe a opção BTT 20km;percurso de nível de dificuldade téc-nica média, concebido a pensar na-queles que não pretendam fazer mui-tos quilómetros ou que sejam inician-tes no BTT. Este percurso, segundo aorganização, está disponível apenaspara pessoas de idade igual ou su-perior a 14 anos. Para os mais auda-zes – e maiores de 17 anos -, haverá oBTT 40km; um percurso ligeiramentemais longo do que o ano passado,com um nível de dificuldade técnicamédia/alta. De acordo com a organi-zação, o mesmo traduz-se num “bomdesafio para os que pretende testar asua técnica e resistência”.

Para além disso, há a possibilida-des de se ficar pela Caminhada, tradu-zida num percurso com cerca de 8km,em terreno florestal e que permite aos

participantes passarem por trilhos ver-des e bonitos, muitas vezes inacessí-veis em condições normais por per-tencerem a terrenos privados.

As inscrições podem ser feitas nosite da associação, sendo as mesmasgratuitas para os menores de 10 anos.Com idade superior a 10, o valor dainscrição para o BTT 20km e para o BTT40km é de 10 euros (13 euros paranão sócios); para a caminhada e parao mini-circuito o valor baixa para os8 euros (não sócios, pagam 10 euros).

Desde janeiro que a Associaçãotrabalha no evento, começando pelaangariação de apoios, contornado operíodo de crise “batendo a mais por-tas”, ou, por outras palavras, a mais emempresas, algumas delas fora da fre-guesia e mesmo do concelho. Há deresto, um patrocinador do Algarve. Se-gundo Flávio Ferreira, da organização,o propósito não é tanto o de aumentaro número de participantes, mas sim aqualidade e a logística do evento.

Para mais informação, basta ace-der a www.estrelasdaserraagrela.com. Estálá tudo, mesmo! ||||||

Raid BTT para toda a família4º RAID BTT DA AGRELA / ORGANIZAÇÃO QUER JUNTAR 500 PARTICIPANTES

Amanhã, dia 18 de maio, a Associação Vontade Singular promove uma Noite de Fados.A iniciativa, marcada para as 20h30, terá lugar no Cantinho dos Atletas (na ruaBernardino Gomes Ferreira, n.º 196, em Vila das Aves) e conta com a presença dosfadistas Manuel António e Joana Ferreira acompanhados à guitarra portuguesa porUrias Garcia e, à viola, por Nel Garcia. A entrada é livre.

Noite de Fados em Vila das Aves