ensino de lÍnguas: inovaÇÕes, desafios e … · em 2003, enquanto projeto de extensão de ensino...

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ENSINO DE LÍNGUAS: INOVAÇÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITARIA PROGRAMA PORTAL

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ENSINO DE LÍNGUAS: INOVAÇÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITARIA

PROGRAMAPORTAL

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LIVRO DE RESUMOS

I SEMINÁRIO DO PROGRAMA PORTAL: ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS: INOVAÇÕES,

DESAFIOS E PERSPECTIVAS

&

I SEMINÁRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PROFORMA DE ESPANHOL:

CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Universidade Estadual de Feira de Santana — UEFS Feira de Santana, Bahia, Brasil Período: 12 e 13 de novembro de 2013

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LIVRO DE RESUMOS

I SEMINÁRIO DO PROGRAMA PORTAL: ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS: INOVAÇÕES,

DESAFIOS E PERSPECTIVAS

&

I SEMINÁRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO PROFORMA DE ESPANHOL:

CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Universidade Estadual de Feira de Santana — UEFS Feira de Santana, Bahia, Brasil Período: 12 e 13 de novembro de 2013

Imprensa Universitária Feira de Santana, 2013

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Universidade Estadual de Feira de Santana — UEFS

Reitor: José Carlos Barreto Santana

Vice-Reitor: Genival Correia de Souza

Pró-Reitoria de Extensão — PROEX/UEFS

Pró-Reitora: Maria Helena Besnosik

Coordenação Geral do Programa Especial de Formação para Professores – PROFORMA: André Luiz Brito Nascimento

Vice-Coordenação Geral do PROFORMA: Cleide Mércia Soares

da Silva Pereira

Departamento de Letras e Artes — DLA/UEFS

Diretora: Mávis Dill Kaiper Vice-Diretora: Flávia Aninger de Barros Rocha

Colegiado de Letras Coordenadora: Valéria Marta

Coordenadora do Programa Portal: ensino-aprendizagem de línguas modernas para a cidadania, inclusão social, diálogo multi e intercultural:

Iranildes Almeida de Oliveira Lima

Presidente da Comissão Organizadora: Iranildes Almeida de Oliveira Lima

Ficha Catalográfica: Biblioteca Central Julieta Carteado (UEFS)

Créditos Livro de Resumos:

Organização: Iranildes Almeida de Oliveira Lima/ Matheus Santos Oliveira

Projeto gráfico e editoração: Geovanio Silva do Nascimento Revisão: Matheus Santos Oliveira

Capa: Geovanio Silva do Nascimento

Assistente editorial: João Marcel Andrade Santana Impressão: Imprensa Universitária — UEFS, Núcleo de Editoração Gráfica (NUEG)

Seminário do Programa Portal (1.: 2013: Feira de Santana, Bahia)

S474l Livro de Resumos [do] I Seminário do Programa Portal e I Seminário de

Estágio Supervisionado de Letras com Espanhol PROFORMA, de 12 a 13 de

novembro de 2013 / Organização: Iranildes Almeida de Oliveira Lima, Matheus

Santos Oliveira. - Feira de Santana: UEFS, 2013.

89 p.

1. Língua estrangeira – Estudo e ensino. 2. Programa Portal – Universidade

Estadual de Feira de Santana. I. Seminário de Estágio Supervisionado de Letras

com Espanhol PROFORMA. II. Lima, Iranildes Almeida de Oliveira, org. III.

Oliveira, Matheus Santos, org. IV. Título.

CDU:801

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I SEMINÁRIO DO PROGRAMA PORTAL E I SEMINÁRIO DE ESTÁGIO

SUPERVISIONADO DE LETRAS COM ESPANHOL PROFORMA

Programa Portal, Universidade Estadual de Feira de Santana

Feira de Santana, de 12 a 13 de novembro de 2013

COMISSÃO ORGANIZADORA

Portaria de 002/2013 de 11 de novembro de 2013

Comissão Científica:

Hely Dutra Cabral da Fonseca

Humberto Luiz Lima de Oliveira

Iranildes Almeida de Oliveira Lima

Juliana Ribeiro Carvalho

Maria Avani Nascimento Paim

Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda

Liz Sandra Souza e Souza

Conselho Editorial:

Cliver Gonçalves Dias

Gracielli Fabres de Araújo

Hely Dutra Cabral da Fonseca

Humberto Luiz Lima de Oliveira

Iranildes Almeida de Oliveira Lima

Juliana Ribeiro Carvalho

Maria Avani Nascimento Paim

Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda

Matheus Santos Oliveira

Geovanio Silva Nascimento

João Marcel Andrade Santana

Luciana Santos Lima

Comissão de infraestrutura, alimentação e hospedagem:

Maria Rita Carneiro Suzarte

Crismarie Mendes Menezes

Bruno Dias

Rubem José Seixas Cardoso Filho

Comissão de marketing, divulgação, inscrição e certificação:

Edcleide da Silva

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Geovanio Silva do Nascimento

Helio de Souza Aleixo Campos

João Marcel Andrade Santana

Géssica Kieronski

Rodrigo Coutinho

Rosângela Martins Peixoto

Comissão Cultural:

Matheus Santos Oliveira

Mellissa Moreira Figueiredo Barbosa

Daniela Rocha de França

Comissão de Decoração:

Carine Andrade Santana

Wadisllane Borges Santos

Elizabeth Mascarenhas

Elaine Cristina dos Santos Costa

Comissão de Monitoria:

Kássia da Silva Santana

Luciana Lima

Janivam Assunção

Iago Santos

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SUMÁRIO

Apresentação do tema............................................................ 11

Programação....................................................................... 15

Conferências de abertura..................................................... 25

Mesas redondas ................................................................. 29

Relatos de Experiência ....................................................... 65

Oficinas ............................................................................ 77

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APRESENTAÇÃO

O Programa Portal: ensino-aprendizagem de línguas modernas para

a cidadania, inclusão social e diálogo multi e intercultural teve seu início

em 2003, enquanto projeto de extensão de ensino de línguas. Em 2009 foi

reformulado, e em 2011 foi transformado em programa, com o objetivo

fundamental de desenvolver ações de ensino, pesquisa e extensão. O I

Seminário do Programa Portal foi planejado para divulgar, para a

comunidade acadêmica e externa, todos os trabalhos e estudos que vêm

sendo desenvolvidos ao longo de sua trajetória. O seu tema, Ensino-

aprendizagem de línguas: inovações, desafios e perspectivas, por um lado,

encerra uma proposta de apresentação das inovações ocorridas no âmbito de

ensino-aprendizagem de línguas que foram implementadas no contexto do

Programa Portal e, por outro, convoca a comunidade a participar das

discussões e reflexões sobre os desafios consequentes das inovações, e a

debater sobre as perspectivas.

O Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura é uma exigência

da Lei 11 788/2008 e está normatizado pela LDB 9394/96. É um momento

importante na formação docente, pois constitui-se em um espaço

fundamental para a construção da identidade profissional, desenvolvida a

partir de uma vivência reflexiva e crítica nos espaços formais ou não

formais de ensino. O I Seminário de Estágio Supervisionado do Proforma

de Espanhol: Contribuições da Extensão Universitária apresenta-se com a

proposta de discutir, a partir das experiências vivenciadas no Estágio

Supervisionado desenvolvido pelos licenciandos, com o apoio do Programa

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Portal, a importância da Extensão Universitária para a construção de sua

identidade como professor de espanhol, bem como os desafios próprios da

profissão. Há que ressaltar que o Estágio Supervisionado vai além da

inserção do aluno no campo de atuação profissional. Ele se apresenta como

um campo repleto de intencionalidades, críticas e perguntas que visam à

busca de alternativas e intervenções que auxiliem a formação do futuro

profissional e potencializem transformações na realidade.

Assim, o I Seminário do Programa Portal e o I Seminário de Estágio

Supervisionado do Proforma de Espanhol se constituem em uma importante

forma de socialização dos conhecimentos produzidos no âmbito do

Programa Portal, bem como em um espaço de reflexões sobre a contribuição

da extensão universitária para o Estágio Supervisionado e,

consequentemente, para o desenvolvimento da competência profissional dos

licenciandos. O Estágio como componente curricular intrínseco desta

formação também precisa ser revisto e repensado continuamente.

A seguir, apresentam-se os resumos dos trabalhos do evento.

Os organizadores

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PROGRAMAÇÃO

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I SEMINÁRIO DO PROGRAMA PORTAL: ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS INOVAÇÕES,

DESAFIOS E PERSPECTIVAS & I SEMINÁRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO

PROFORMA DE ESPANHOL: CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

DIA 12 DE NOVEMBRO DE 2013 (TERÇA-FEIRA)

Mestre de Cerimônia: Carine Andrade

Credenciamento 7h30min às

8h30min

Local: Módulo I – Hall dos Auditórios I e II

Apresentação Cultural 8h30min às

9h

Local: Auditório II – Módulo I

Mestre de Cerimônia: Carine Andrade

Abertura Oficial 9h às

9h30min

Local: Auditório I – Módulo I

Moderadora: Liz Sandra Souza e Souza

CONFERÊNCIA DE ABERTURA 9h30min às 10h15min

Local: Auditório I – Módulo I

Moderadora: Liz Sandra Souza e Souza

O Estágio na formação do Professor de E/LE: Realidade e

Provocações

Prof. Dr. Robério Barreto (UNEB)

Intervalo 10h15min às

10h30min

Mestre de Cerimonia – Carine Andrade

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1ª mesa: “DOS CONTEÚDOS ÀS COMPETÊNCIAS”

10h30min às 12h

Local: Auditório I – Módulo I

Moderadora: Liz Sandra Souza e Souza

Diferentes concepções de Competência em Chomsky e em Hymes

Hely Dutra Cabral da Fonseca (UEFS)

Competência Comunicativa e Ensino em Língua Materna

Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda (UEFS)

Competência Comunicativa e Ensino-aprendizagem de Língua

Estrangeira

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)

Competência linguística e Sociolinguística no ensino-

aprendizagem de LE

Geovanio Silva do Nascimento (IFBaiano)

Por uma competência intercultural integrada ao ensino-

aprendizagem de LE

Juliana Ribeiro Carvalho (UEFS)

Por uma competência estratégica integrada no ensino-

aprendizagem de LE

Cliver Gonçalves Dias (UEFS)

Intervalo para almoço 12h às 14h

Mestre de Cerimônia – Carine Andrade

2ª mesa: “Ensino-aprendizagem de Línguas no Programa Portal:

Inovações e Perspectivas” 14h às 15h

Local: Anfiteatro – Módulo II

Moderadora: Mariana Fagundes

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Ensino-aprendizagem de Português como língua estrangeira:

considerações teórico-metodológicas em experiências de imersão

Cliver Gonçalves Dias (UEFS)

Ensino-aprendizagem de língua portuguesa como língua

estrangeira no Programa Portal: desafios e perspectivas

Carine Andrade Santana (Letras com

Espanhol - UEFS)

Do uso do ambiente virtual MOODLE ao ensino-aprendizagem

de E/LE no Programa Portal

João Marcel Andrade Santana (Letras com Espanhol - UEFS)

Leitura e produção de textos: práticas de multiletramento na extensão

universitária

Matheus Santos Oliveira (Letras com Espanhol - UEFS)

Intervalo 15h às

15h15min

Mestre de Cerimônia: Maria Rita Suzarte

Oficinas 15h30min às 17h30

Desenvolvimento da Competência Comunicativa a partir de

curtas metragens no ensino-aprendizagem de E/LE

Gessica Kieronski dos Santos (Letras com Espanhol - UEFS)

Rodrigo Coutinho da Silva (Letras com Espanhol - UEFS)

Local: MT – 26 – Módulo II

Moderadora: Denise Pereira / a combinar

Integrando TICs ao ensino de línguas

Eleomarques Rocha (IFBaiano)

Local: LIAL – Módulo II

Moderador: Geovânio Silva do Nascimento

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Da tela para a vida real: aspectos interculturais no filme

“espanglês”

Mellissa Moreira Figueiredo Barbosa (UEFS)

Local: ITAN I - Módulo II – MP

Moderadora: Lina Garrido

DIA 13 DE NOVEMBRO DE 2013 (QUARTA-FEIRA)

Apresentação Cultural:

8h às 8h30min

Local: Auditório II – Módulo I

Mestre de Cerimônia: Maria Rita Suzarte

1ª mesa: “Programa Portal de línguas: 10 anos de história”

8h30min às 9h15min

Local: Auditório I – Módulo I

Moderador: Patricio Nunes Barreiros

O Projeto Portal: uma proposta de democratização do acesso ao

ensino de línguas estrangeiras

Humberto Luiz Lima de Oliveira (CELCFAAM-NEC/ UEFS)

A inclusão do diálogo multi e intercultural no Projeto Portal

Roberto Henrique Seidel (UEFS)

Programa Portal em dados

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)

2ª mesa: “Contribuições da Extensão para o Estágio

Supervisionado”

9h15min às 10h

Local: Auditório I – Módulo I

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Moderador: Ana Jaci Carneiro

As contribuições da extensão universitária para o estágio

supervisionado curricular

Maria Avani Nascimento Paim (UNEB)

As contribuições do estágio supervisionado no Programa Portal

para o desenvolvimento da competência comunicativa nos ensinantes e

aprendentes

Edicleide Silva (Espanhol – PROFORMA/UEFS)

O estágio supervisionado do curso de espanhol do PROFORMA e

as contribuições do programa portal para seu desenvolvimento

Urânia Cruz (Espanhol – PROFORMA/UEFS)

Intervalo 10h às

10h15min

Mestre de Cerimônia: Maria Rita Suzarte

3ª mesa: “Planos de Aula e atividades: implicações teóricas e

práticas”

10h15min às 10h45min

Local: Auditório I – Módulo I

Moderadora: Karoline Conceição (UEFS)

Modelo de competência comunicativa: da teoria para à prática

Cliver Gonçalves Dias (UEFS)

O desenvolvimento da competência intercultural: uma proposta

de atividade didática

Kássia da Silva Santana (UEFS)

4ª mesa: “Trabalhos acadêmicos produzidos no âmbitos do

Programa Portal”

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10h45min às 12h

Local: Auditório I – Módulo I

Moderadora: Hely Cabral da Fonseca (UEFS)

Crenças e atitudes e suas influencias no desenvolvimento da

competência comunicativa no ensino-aprendizagem de FLE

Luciana Santos Lima (UEFS)

A construção da autonomia e o desenvolvimento da competência

comunicativa na aula de E/LE

Daniela Rocha de França (Letras com Espanhol - UEFS)

Memórias e imagens do Programa Portal: ensino-aprendizagem

de línguas modernas para a cidadania, inclusão social, diálogo multi e

intercultural

Erika Gomes da Silva Santos (Letras com Espanhol - UEFS)

Intervalo para almoço .... ..12h às

14h

Mestre de Cerimônia: Rita Suzarte

Relatos de experiências dos bolsistas e voluntários ....14h às

15h

Local: Anfiteatro – Módulo II

Moderadora: Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)

Cuenta cuentos: Contribuições do teatro para o desenvolvimento

de competências comunicativas

Daniela Rocha de França(Letras com Espanhol - UEFS)

Ressignificando a prática: da observação à experiência

Crismarie Mendes Menezes (Letras com Espanhol - UEFS)

Análise dos signos não verbais presente nas BDs das atividades do

curso de língua francesa do Programa Portal

Vanderlei Silva Gonçalves (ProgPORTAL - UEFS)

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A interculturalidade no desenvolvimento da competência

comunicativa em língua inglesa

Mellissa Moreira Figueiredo Barbosa (Letras com Inglês - UEFS)

Crescimento acadêmico no âmbito do Programa Portal:

compartilhando uma experiência

Wadisllane Borges (Letras com Inglês - UEFS)

Intervalo 15h às

15h30min

Mestre de Cerimônia: Rita Suzarte

Oficinas 15:30 às

17:30

O inglês nosso de cada dia – transferências fonético-fonológicas

do português brasileiro para anglicismos usados no Brasil

Genivaldo da Conceição Oliveira (UFRB)

Mediador: Nigel Hunter/ a combinar

Local: Anfiteatro – Módulo II

Sobre o ambiente virtual no Programa Portal: uso da Plataforma

MOODLE no ensino-aprendizagem de E/LE

João Marcel Andrade Santana (Letras com Espanhol - UEFS)

Moderador: Kássia da Silva Santana

Local LIAL

O gênero música no desenvolvimento da competência

comunicativa: uma visão sociolinguística

Wadisllane Borges Santos (Letras com Inglês - UEFS)

Moderador: Cliver Gonçalves Dias (UEFS)

Local: MT 26 – Módulo II

Encerramento

17h45min

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CONFERÊNCIA DE ABERTURA

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ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE E/LE:

REALIDADES E PROVOCAÇÕES

Robério Pereira Barreto (UNEB)1 [email protected]

Resumo: Este texto configura-se como um debate sobre o estágio

curricular, tendo, como referência, o ensino de Língua Espanhola no Brasil,

considerando que a presença da língua de Cervantes em nossa cultura

remonta às primeiras aventuras da Coroa Espanhola na América. Mais tarde,

a assinatura do Tratado Comercial entre os países da America Latina –

Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) –, nos anos 1990, reforçou e

colocou em destaque e expansão significativa o uso do espanhol como

língua estrangeira no país. Não com a mesma propriedade, os cursos de

formação de professores, na modalidade de licenciatura em Letras, Língua e

Literatura Espanholas, foram ampliados nas universidades brasileiras. Desse

pressuposto é que nos propomos a discutir a importância da formação de

professores e as atividades de estágio no contexto da realidade local, onde a

legislação sobre a implantação do espanhol como língua estrangeira

moderna no currículo da educação básica não se efetiva de forma ampla.

Nossa fala está articulada em dois pontos de tensão: a) as realidades da

formação dos estudantes nos cursos de graduação em que se valorizam o

auge e o prestígio social, cultural e econômico do E/LE são postas em

cheque pela falta de espaço institucional e pelo já conhecido desinteresse

dos estudantes para aprender língua estrangeira e: b) a provocação do Por

que aprender espanhol se tornou uma urgência para nós brasileiros nos

últimos anos? Nossa experiência mostra que, se quisermos entender isto,

temos que levar em consideração o lugar que nossos parceiros comerciais e

consumidores assumiram nesse grande mercado cultural, econômico e

simbólico que é a Hispanoamérica. Para isso, temos uma única saída:

interagirmos com a cultura dos vizinhos hispano-americanos, aprendendo

sua língua e partilhando de sua cultura de modo interessado. Por outro lado,

o déficit na formação do professor de espanhol pelas licenciaturas tem sido

reforçado pela complicação em preparar os futuros professores de LE no

que diz respeito à interação entre teoria e prática. Além disso, a falta de

1 Professor Doutor em Educação UNEB/FACED. Linha de pesquisa Filosofia, Linguagem e

Práxis Pedagógica. Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia, Campus V,

Colegiado de Letras Espanhol. Endereço eletrônico: [email protected]

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coerência na aplicação da lei sobre o ensino de espanhol na escola básica

tornou-se questão de incompreensão institucional a respeito da lei do estágio

curricular por parte de gestores educacionais.

Palavras-chave: Estágio. Formação de professores. E/LE.

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MESAS REDONDAS

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1ª MESA REDONDA: DOS CONTEÚDOS ÀS COMPETÊNCIAS

DIFERENTES CONCEPÇÕES DE COMPETÊNCIA EM CHOMSKY

E EM HYMES

Hely Dutra Cabral da Fonseca (UEFS)2

[email protected]

Resumo: Desde a proposta chomskiana dos conceitos ‘competência e

desempenho’, nos primórdios da teoria gerativa, muitas discussões se

seguiram. O presente trabalho pretende esclarecer que competência

comunicativa é derivada do conceito inicial proposto e que tomou novos

rumos ao valorizar a comunicação linguística. Os dois conceitos devem ser

complementares, considerando-se os diferentes objetivos a que se propõem.

Ao pretender descrever e explicar a sintaxe das línguas, estamos no campo

da teoria gerativa; se optamos por valorizar a função da língua nos grupos

sociais e sua relevância na vida diária do cidadão, podemos falar em

competência comunicativa. O discernimento entre essas duas formas de

abordagem do objeto de estudo - que é a língua - pode ajudar os estudiosos

a melhor se posicionarem quando forem dar início a suas análises.

Palavras-chave: Línguas Naturais. Competência. Desempenho. Aquisição

da Linguagem.

2 Doutora em Linguística. Professora adjunta do Departamento de Letras e Artes da

Universidade Estadual de Feira de Santana.

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COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E ENSINO EM LÍNGUA

MATERNA

Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda (UEFS/FAPESB)3

[email protected]

Resumo: As línguas são objetos históricos e socioculturais, e a diversidade

faz parte de sua natureza. O graduando do curso de Letras Vernáculas,

futuro professor de língua materna, deve ser preparado para apresentar essa

realidade aos seus alunos, trabalhando na perspectiva de um ensino

bidialetal, ampliando-lhes a competência comunicativa e tornando-os, com

isso, capazes de movimentar-se, sem maiores dificuldades, dentro da

sociedade, dominando os recursos e mecanismos da língua, veiculando por

ela os significados e sentidos que desejarem e compreendendo os

significados e sentidos que chegam até ela. O conceito de gramática com

que se trabalha nas escolas é um conceito limitado, uma gramática

predominantemente prescritiva, preocupada apenas em marcar o “certo” e o

“errado”, que desconsidera o bidialetalismo, uma gramática que não tem

como apoio o uso da língua em textos reais da comunicação funcional. O

graduando do curso de Letras Vernáculas deve ser apresentado a um

conceito mais amplo de gramática – a gramática como o estudo dos usos

comunicativamente relevantes – e a um conceito mais amplo de letramento

(diferente do chamado letramento escolar), um que dê conta de ampliar a

competência comunicativa dos seus futuros alunos, refletindo sobre a

relação entre a oralidade e a construção da escrita, entre leitura e escrita,

sobre como tratar a diversidade linguística no processo de aquisição das

formas de expressão escrita etc., preparando-se para um ensino de língua

escrita que leve os seus alunos a apropriar-se dela, a envolver-se nas

práticas sociais de leitura e de escrita, melhorando suas condições de

existência sociocultural, sua qualidade de vida. Há a necessidade de uma

reflexão sistemática na pedagogia da língua materna; é preciso que o

professor reflita sobre sua prática docente, procurando estruturar e planejar

as atividades das suas aulas, atendendo às necessidades dos seus alunos,

detectadas por meio da avaliação de aprendizagem. O trabalho com a língua

materna em sala de aula que amplia a competência comunicativa dos alunos

3 Doutora em Linguística. Professora adjunta do Departamento de Letras e Artes da

Universidade Estadual de Feira de Santana.

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implica o planejamento e a avaliação de atividades pelo professor, questões

que devem, portanto, ser trabalhadas com o graduando do curso de Letras

Vernáculas.

Palavras-chave: Língua Materna. Competência Comunicativa. Oralidade.

Escrita.

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COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E ENSINO DE LÍNGUAS:

PERSPECTIVAS

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)4

[email protected]

RESUMO: Competência comunicativa (CC), quer seja em língua materna

ou em língua estrangeira, é um tema que, frequentemente, apresenta-se na

agenda dos estudos da linguagem. Neste momento, em que as competências

voltaram a ocupar um lugar de destaque nas discussões das diversas áreas

do conhecimento humano, em especial, à educação – sem querer entrar nas

polêmicas das razões político-econômico-sociais de sua entrada – vale a

pena provocar: é possível ensinar e aprender por competências? Quais são

as implicações teórico-metodológicas para a implementação de um ensino-

aprendizagem baseado nesta perspectiva? Estamos, os professores,

preparados para avançarmos dos conteúdos às competências? Que barreiras

enfrentamos? Para embasar as reflexões consequentes deste primeiro bloco

de questionamentos, é fundamental que recorramos aos conceitos de sujeito,

identidade, crenças e atitudes, desconstrução que nos ancoram Bakhtin,

Vigotsky, Rajagopalan e Derrida. Por outro lado, em se tratando do ensino-

aprendizagem de línguas, e retomando as discussões levantadas pelos

linguistas José Carlos Paes de Almeida Filho e Maria Luiza Ortiz, quando

estiveram aqui na UEFS, sobre o conceito de competência e competência

profissional do professor de língua estrangeira, assumimos que competência

é a capacidade do indivíduo de mobilizar todos os recursos, os

conhecimentos, os saberes, as vivências, as crenças, as atitudes para realizar

determinada atividade ou agir e interagir adequadamente numa determinada

situação, seja ela de comunicação ou não. Como, nesta mesa de discussões,

o que está em pauta é a competência comunicativa, no contexto de

aprendizagem de uma língua, vale esclarecer outros conceitos como língua,

comunicação, autonomia e aprendizagem. Por último, apresentaremos o

modelo de competências com o qual trabalhamos dentro do Programa Portal

de línguas e, com mais detalhe, as competências: pragmática e discursiva.

4 Doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora do

Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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Palavras-chave: Ensino-aprendizagem por competência. Competência

comunicativa. Língua estrangeira.

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AS COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICA E SOCIOLINGUÍSTICA NO

ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS

Geovanio Silva do Nascimento (IFBaiano) 5

[email protected]

Resumo: A tradição no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras

sempre primou pela abordagem dos conteúdos ditos gramaticais. Toda a

pesquisa linguística desse contexto centrava-se em aspectos fonéticos,

morfológicos, sintáticos etc. da língua, o que justificava o ensino

tradicional. Com o advento da sociolinguística y da relação entre língua e

sociedade/contextos sociais, e a aplicação de estudos de outras áreas para a

área de linguagem, este paradigma foi quebrado e iniciou-se uma busca por

um ensino-aprendizagem de línguas que levasse em consideração aspectos

muito mais amplos que apenas os linguísticos. Partindo do pressuposto de

que, para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras por competências,

a gramática pura e simplesmente não tem funcionalidade, pretendemos

discutir os papéis das competências linguística e sociolinguística no ensino-

aprendizagem de LE. Para acompanhar a discussão é necessária a

conscientização de que essas competências fazem parte da competência

comunicativa, tal como, a discursiva, a pragmática, a intercultura etc. como

discutem alguns estudiosos como Canale & Swain, Canale, Celce-Murcia e

Almeida Filho. Além disso, veremos o tratamento dado por eles ao que se

chamava de ‘conteúdo gramatical’ que em um momento era a base do

trabalho com uma LE, e em outro, o vilão que deveria ser completamente

esquecido, ademais do sociolinguístico. Por fim, explicitaremos a postura

que assume o Programa Portal: ensino-aprendizagem de línguas modernas

para a cidadania, inclusão social, diálogo multi e intercultural com relação

a competência linguística e a sociolinguística para o trabalho com o ensino-

aprendizagem de uma LE e o desenvolvimento da competência

comunicativa.

Palavras-chave: Competência linguística. Competência sociolinguística.

Ensino-aprendizagem de línguas.

5 Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Espanhola pela IBPEX, professor de

Língua Espanhola do Instituto Federal Baiano, coordenador pedagógico do Programa

Programa Portal - UEFS.

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POR UMA COMPETÊNCIA ESTRATÉGICA INTEGRADA NO

ENSINO-APRENDIZAGEM DE LE

Cliver Dias Gonçalves (UEFS)6

[email protected]

Resumo: A primeira proposição de competência comunicativa (cc) foi feita

por Hymes (1972), mas foi com o modelo proposto por Canale e Swain

(1980) que explicitamente a competência estratégica foi apresentada, sobre

a qual eles discorrem dizendo que, durante as interações sócio-

comunicativas, muitas vezes, são necessárias estratégias para compensar

determinados ruídos de comunicação, especialmente quando trata-se de

aprendentes de uma língua estrangeira. A partir de então, essa competência

também passou a figurar como fundamental nos modelos propostos

posteriormente. Paralelo aos estudos sobre CC, houve um relevante

crescimento também dos estudos sobre os estilos de aprendizagem, que

preconizam que cada indivíduo possui sua forma particular de assimilar

informações e consolidar o conhecimento por ter mais aguçado um dos seus

canais de input. Com isso, buscou-se desenvolver estratégias, categorizadas

por estilo, que pudessem auxiliar os aprendentes a potencializar seus canais

de input no momento da aprendizagem. Dessa forma, o objetivo desse

estudo é discorrer sobre a importância da competência estratégica para o

desenvolvimento da CC, principalmente em um contexto de ensino-

aprendizagem de língua estrangeira, bem como apresentar um modelo

integrado de competência estratégica, que abrange tanto as estratégias de

comunicação quanto as de aprendizagem. Na primeira parte desse trabalho,

são apresentados e discutidos os conceitos de competência estratégica e

as estratégias presentes em alguns modelos de CC. Em seguida, há

revisão de literatura dos estudos sobre os estilos de aprendizagem

juntamente com suas categorizações e estratégias propostas. Logo depois, a

apresentação do modelo de competência estratégica adotado pelo Programa

Portal e seu embasamento teórico. E, por fim, considerações acerca das

contribuições da competência estratégica para o desenvolvimento da CC,

6 Licenciado em Letras com Habilitação em Língua Inglesa, atua como coordenador

pedagógico de área e professor de língua inglesa e professor de PLE dentro do Programa

Portal.

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com enfoque maior no âmbito do ensino-aprendizagem de línguas

estrangeiras.

Palavras-chave: Competência comunicativa. Competência estratégica.

Estilos de aprendizagem. Ensino-aprendizagem de LE.

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2ª MESA REDONDA: ENSINO-APRENDIZAGEM DE

LÍNGUAS NO PROGRAMA PORTAL: INOVAÇÕES, DESAFIOS E

PERSPECTIVAS

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO LÍNGUA

ESTRANGEIRA NO PROGRAMA PORTAL: DESAFIOS E

PERSPECTIVAS

Carine Andrade Santana (UEFS)7

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)8

[email protected]

Resumo: Nas palavras de D. Hymes (1972), Competência Comunicativa

(CC) se “relaciona com saber quando falar, quando não, do que falar, com

quem, quando, onde, de que forma”; ou seja, trata-se não só da capacidade

de formar enunciados gramaticalmente corretos, mas de usar a língua

adequadamente e em contextos socialmente apropriados. O referido autor

foi um dos primeiros a entender o significado de competência comunicativa

voltada para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras. Já se sabe que

o ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira não pode ser visto

separadamente do ensino-aprendizagem de elementos culturais e sociais dos

7 Graduando em Letras com Espanhol; 8 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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falantes nativos desse idioma, já que são parte da língua que se ensina e se

aprende. No Brasil, a discussão sobre CC no ensino-aprendizagem de língua

estrangeira se deve a Almeida Filho (1993), para quem o professor de LE

exerce um papel preponderante no desenvolvimento da habilidade

comunicativa, e que seu comportamento e sua prática são de fundamental

importância para os alunos. O ensino de Língua Portuguesa como Língua

Estrangeira é uma realidade contemporânea. Com o objetivo de estabelecer

e expandir a interação acadêmica, tanto com a comunidade local quanto

entre as instituições nacionais e internacionais, o Programa Portal: ensino-

aprendizagem de línguas modernas para a cidadania, inclusão social,

diálogo multi e intercultural desenvolveu um plano de trabalho que

contempla o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa como língua

estrangeira para estudantes e professores que almejam inserir-se na

Universidade Estadual de Feira de Santana, seja na graduação ou na pós-

graduação. Neste sentido, o trabalho aqui exposto tem o objetivo de

apresentar os desafios e perspectivas do plano de trabalho supramencionado

desenvolvido no Programa Portal.

Palavras-chave: Ensino. Português como Língua Estrangeira. Programa

Portal. Desafios. Perspectivas.

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ENSINO-APRENDIZAGEM DE PORTUGUÊS COMO

LÍNGUA ESTRANGEIRA: CONSIDERAÇÕES TEÓRICO-

METODOLÓGICAS EM EXPERIÊNCIAS DE IMERSÃO

Cliver Gonçalves Dias (UEFS)9

[email protected]

Resumo: O ensino-aprendizagem de Português como língua estrangeira

(PLE) tem crescido significativamente tanto em países onde esse idioma é

falado como língua materna, portanto em um ambiente de imersão, quanto

em países onde ele figura somente como língua estrangeira. Junto a isso, há

também um crescente número de estudos sobre o desenvolvimento da

competência comunicativa por aprendentes de uma língua estrangeira. No

âmbito desses estudos, muitos pesquisadores e estudiosos, dentre eles, Dell

Hymes (1972), Canale e Swain (1980), Canale (1983), Celce-Murcia (2007)

e Almeida Filho (2009), demonstram consenso ao defender que a

competência comunicativa requer o desenvolvimento de outras

competências além da competência linguística, a saber, a competência

discursiva, sociolinguística, a pragmática, a intercultural e a estratégica,

dentre outras. Assim, o presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre

alguns princípios teórico-metodológicos do ensino-aprendizagem de línguas

estrangeiras com foco no desenvolvimento da competência comunicativa

em um ambiente de imersão sócio-linguístico-intercultural. Esse estudo é

fruto de duas experiências vividas dentro do Programa Portal, onde dois

grupos de estudantes oriundos dos Estados Unidos cursaram aulas de língua

portuguesa. Inicialmente, são discutidos os pressupostos teóricos e

apresentado o modelo de competência comunicativa utilizado dentro do

Programa Portal para o desenvolvimento das aulas de línguas estrangeiras.

Na sequência, são estabelecidos paralelos distintivos entre os dois contextos

de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, ambiente de imersão e

de não-imersão; posteriormente, são discutidos quais princípios teórico-

metodológicos podem ser considerados indispensáveis para um ensino-

aprendizagem que vise o desenvolvimento da competência comunicativa de

forma geral e, especificamente, em um ambiente de imersão; e por fim são

9 Graduado em Letras com Habilitação em Língua Inglesa, atua como coordenador

pedagógico de área e professor de língua inglesa e professor de PLE dentro do Programa

Portal.

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apresentadas algumas experiências de atividades desenvolvidas nas aulas

ministradas aos estudantes intercambistas estadunidenses.

Palavras-chave: Português como língua estrangeira. Competência

comunicativa. Imersão sócio-linguístico-cultural. Programa Portal.

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DO USO DO AMBIENTE VIRTUAL MOODLE PARA O

ENSINO-APRENDIZAGEM DE E/LE NO PROGRAMA PORTAL

João Marcel Andrade Santana (UEFS)10

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)11

[email protected]

Geovânio Silva do Nascimento (IFbaiano)12

[email protected]

Resumo: A globalização rompeu fronteiras físicas e modificou a noção de

espaços, conferindo às novas tecnologias um papel de grande importância

na sociedade, e não pode ser diferente no processo de ensino-aprendizagem

de uma língua estrangeira (LE). As práticas pedagógicas de LE podem e

devem ultrapassar o espaço da sala de aula, na medida em que o uso dessas

novas tecnologias de informação e comunicação (TIC’s), no processo de

ensino-aprendizagem de LE, torna-se cada vez mais relevante, pois

proporciona práticas de ensino através do ambiente colaborativo. A

comunicação, informação e interação por meio da internet vêm

demonstrando novas formas de representação da linguagem e é neste novo

contexto social e linguístico, que se faz necessária a formação do usuário-

aluno para interagir e interpretar a linguagem virtual a partir da mediação

docente. A web possibilita o surgimento de gêneros digitais que estão

presentes nos notebooks, tabletes, computadores, smartphones, etc., e

trazem a tecnologia para produção colaborativa, ajudando no

desenvolvimento da formação de usuário de LE. Esta comunicação,

portanto, tem o objetivo de apresentar o uso da Plataforma MOODLE

(Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) para o ensino-

aprendizagem de Espanhol como língua estrangeira no Programa Portal:

ensino-aprendizagem de línguas modernas para a cidadania, inclusão

10 Graduando em Letras com Espanhol (UEFS) 11 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

de Espanhol do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de

Santana. 12 Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Espanhola pela IBPEX, professor de

Língua Espanhola do Instituto Federal Baiano, coordenador pedagógico do Programa

Programa Portal - UEFS.

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social, diálogo multi e intercultural, e está destinado aos alunos da

comunidade externa à Universidade Estadual de Feira de Santana (desde

que egressos de escola pública). O presente trabalho não está em

desenvolvimento por isso ainda não há resultados definitivos

PALAVRAS-CHAVE: Ensino-aprendizagem de E/LE. Plataforma

MOODLE. Ambientes Colaborativo. TIC’s. Programa Portal.

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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS: PRÁTICAS DE

MULTILETRAMENTO NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Matheus Santos Oliveira (UEFS)13

[email protected]

Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda (UEFS)14

[email protected]

Resumo: O ensino em língua portuguesa é ineficiente na escola tradicional.

Isso acontece muito em virtude do fato de a escola dar primazia ao trabalho

com a gramática normativa em detrimento da formação de leitores e

escritores em língua materna. Nessa perspectiva de memorização de regras

da prescrição gramatical, os alunos nem se tornam falantes aptos e seguros

para participar das mais variadas práticas sociais que envolvem a oralidade,

nem bons leitores e escritores em sua língua materna. Tampouco

memorizam tais regras e nomenclaturas, posto que sejam distantes de sua

realidade linguística. Esta comunicação tem o objetivo de apresentar o

modus operandi do curso de Leitura e Produção de Textos, revelando seus

pressupostos teóricos, sua metodologia e os resultados que ele tem

apresentado no âmbito do Programa Portal: ensino-aprendizagem de

línguas modernas para a cidadania, inclusão social, diálogo multi e

intercultural. Esse curso, perpetrado, em 2011, no referido programa e

destinado tanto a alunos da comunidade externa à universidade (desde que

egressos de escola pública) quanto a estudantes da própria graduação, tem,

por afã, contribuir com a elevação do grau de multiletramento (Rojo, 2012)

dos aprendentes. A noção de multiletramento tem sido amplamente

discutida na Linguística Aplicada como a capacidade que os utentes da

língua têm de compreender e produzir textos diversos, lançando mão da

apropriação das mais variadas modalidades linguísticas (a oralidade, a

escrita, a imagem, a imagem em movimento, as cores, a diagramação etc.).

Durante as aulas do curso de Leitura e Produção de Textos do Programa

13 Graduando do curso de Licenciatura em Letras com Língua Espanhola da Universidade

Estadual de Feira de Santana, extensionista vinculado ao Programa Portal/UEFS, bolsista

PEVIC de Iniciação Científica na área de Linguística Histórica do CE-DOHS/UEFS,

professor estagiário da rede privada de educação. 14 Orientadora, doutora em Linguística. Professora adjunta do Departamento de Letras e

Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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Portal, docente e discentes participam de enriquecedoras situações de

compartilhamento de saberes e de produção de conhecimentos diversos

através de leitura crítica, análise e produção de textos multissemióticos –

aqueles que envolvem diferentes linguagens, conforme supramencionado –,

numa perspectiva multicultural. A utilização das novas tecnologias digitais

constitui uma importante ferramenta para se alcançarem os resultados

esperados, já que, segundo Rojo (2012, p. 13), “[elas] permitem a criação e

o uso de imagem, de som, de animação, e a combinação dessas

modalidades”.

Palavras-chave: Língua Materna. Multiletramento. Extensão Universitária.

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3ª MESA REDONDA

PROGRAMA PORTAL: 10 ANOS DE HISTÓRIA

PROJETO PORTAL: UMA PROPOSTA DE

DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO ENSINO DE LÍNGUAS

ESTRANGEIRAS

Humberto Luiz Lima de Oliveira (CELCFAAM/UEFS)15

[email protected]

Resumo: A aquisição de línguas estrangeiras modernas de grande

circulação pode ser uma ferramenta para a ascensão social? O que pode a

universidade para propiciar a aprendizagem de línguas estrangeiras? Como

pode a universidade internacionalizar-se se seus estudantes são apenas

monolíngues, falando apenas a língua portuguesa? Como operacionalizar

acordos de cooperação se não falamos a língua dos parceiros estrangeiros?

Com estas indagações principais, a Assessoria de Intercâmbio e o Núcleo de

Estudos Canadenses, há dez anos, nesta UEFS, tomaram a iniciativa de

oferecer cursos de línguas estrangeiras (inglês, francês e espanhol) a um

público que, até então, não tinha acesso a esse conhecimento.

Palavras-chave: Extensão Universitária. Democratização. Línguas

Estrangeiras.

15 Professor Adjunto do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira

de Santana.

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HISTÓRICO E PERSPECTIVAS DE UM PROGRAMA DE

EXTENSÃO COMO O PROJETO PORTAL — LÍNGUAS E

CULTURAS ESTRANGEIRAS: RUMO A UM CENTRO

UNIVERSITÁRIOS DE LÍNGUAS E CULTURAS?

Roberto H. Seidel (Dep. de Letras e Artes da UEFS) 16

Resumo: Apresenta-se um pequeno histórico da evolução e reformulação

do Projeto Portal, programa de extensão do Dep. de Letras e Artes (DLA)

da UEFS, dedicado ao oferecimento de cursos, para a comunidade

acadêmica e extra-acadêmica, das línguas estrangeiras modernas para as

quais o DLA forma docentes, quais sejam, espanhol, inglês e francês. A

exposição elenca argumentos, tanto a partir do histórico do

programa/projeto quanto a partir das novas exigências de

internacionalização colocadas para a graduação e para a pós-graduação, para

a defesa de novas reformulações, no sentido da implantação de um centro

universitário de línguas e culturas, quiçás sustentado por programas de pós-

graduação lato e stricto sensu em linguística aplicada ao ensino de línguas

estrangeiras.

Palavras-chave: Projeto de extensão. Ensino de línguas estrangeiras

modernas. Projeto.

16 Professor Titular do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de

Santana

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PROGRAMA PORTAL DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE

LÍNGUAS EM DADOS

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)17

[email protected]

Resumo: O Projeto Portal: ensino-aprendizagem de línguas modernas

para a cidadania e inclusão social foi criado com o intuito de responder a

uma demanda social de expansão e defesa de uma educação pública de

qualidade, a partir do binômio inclusão e democratização do acesso. De um

lado, estavam os alunos das licenciaturas em letras que não tinham onde

realizar suas práticas e, de outro, uma grande parcela da sociedade sem

condições de pagar cursos de línguas. Este era seu escopo: tanto cuidar da

construção da competência profissional dos licenciandos em letras, como

desenvolver a competência comunicativa em uma língua estrangeira – ou na

sua própria – daqueles que assim o desejavam. Passada já uma década de

existência, cabe rever e analisar os documentos, ouvir as memórias, discutir,

refletir, avaliar os resultados e socializar o alcance das ações, para mantê-las

e/ou ressignificá-las e/ou vislumbrar novas. É nesta perspectiva que se

desenvolve esta comunicação. Sendo assim, valendo-nos da revisão dos

documentos, analisando depoimentos dos agentes envolvidos no processo,

analisamos os dados coletados, e, através de uma abordagem quantitativa e

qualitativa, porque a quantitativa sozinha se nos apresentou inócua,

mostramos até que ponto o Programa Portal de ensino de línguas cuida da

inclusão e da democratização do acesso. Os resultados têm revelado que o

alcance do programa vai muito além dos limites fronteiriços do município

de Feira de Santana, da ideia de inclusão, ou do desejo de democratização

do acesso à aprendizagem de línguas. Ele atravessa fronteiras do físico e

alcança a pessoa. O ser que está por trás do licenciando que quer aprender a

lecionar, ou do estudante que quer aprender uma língua. Ele mexe com as

identidades dos sujeitos. É o espaço dos encontros, da interação, das

relações interculturais, do redimensionamento das identidades, ou por que

não dizer, é o espaço em que nos encontramos com nós mesmos e com os

outros, com a necessidade de desconstrução de muitas das nossas crenças,

de muitas das nossas certezas. Ao mesmo tempo em que se dão as

17 Doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora do

Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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construções novas de crenças, novos valores, ressignificação de identidades

para a construção de novos sujeitos. Sujeitos ensinantes-aprendentes.

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem de línguas. Inclusão.

Democratização do acesso. Identidade. Sujeito.

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4ª MESA REDONDA: CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA PARA O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

AS CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA O

ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURRICULAR

Maria Avani Nascimento Paim (UNEB)18

[email protected]

Resumo: O estágio supervisionado curricular apresenta-se como um espaço

de vivências e aprendizagens necessárias à formação do professor.

Atividade de ação-reflexão-ação que, em consonância com os espaços

institucionais formativos, visam a fomentar o processo de ensino-

aprendizagem por meio da problematização, da reflexão, da produção

individual ou coletiva, tanto nas Instituições de formação de professores,

quanto nos contextos de atuação. Este texto é resultado de uma discussão

que versa sobre a o Estágio Supervisionado, seu desenvolvimento nos

cursos de Licenciatura e a contribuição da Extensão Universitária para a

formação de professores de espanhol que atuarão na Educação básica. O

objetivo desta pesquisa é apresentar a extensão universitária como um

18 Mestranda pela Universidade Nacional Argentina, Professora de Estagio Supervisionado

de Língua espanhola da Universidade do Estado da Bahia (Campus V).

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processo formativo, articulado ao processo de ensino-aprendizagem. A

abordagem metodológica utilizada neste trabalho foi o estudo de caso

realizado com os discentes do curso de licenciatura em Espanhol do

Programa de Formação de Professores – PROFORMA, da Universidade

Estadual de Feira de Santana – UEFS, na disciplina Estágio Supervisionado.

A coleta de dados foi feita a partir da observação direta das aulas

ministradas pelos licenciandos como requisito obrigatório desta disciplina.

Os Estágios deveriam ser realizados nas instituições de ensino em turmas

regulares do ensino básico. Entretanto, por problemas da não oferta do

espanhol nas escolas, o estágio supervisionado foi realizado no formato de

curso de extensão oferecido para alunos do ensino fundamental II e médio

em instituições diversas, nas cidades de atuação profissional dos alunos-

professores com o apoio do Programa Portal. Esta parceria entre estágio

supervisionado e extensão universitária convoca uma função social junto à

sociedade e proporciona, ao futuro professor, o conhecimento da realidade

profissional, despertando-lhe a consciência e o compromisso social.

Palavras – chave: Formação de Professor. Estágio Supervisionado.

Extensão Universitária.

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AS CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA PORTAL PARA O

ESTÁGIO SUPERVISIONADO E PARA O DESENVOLVIMENTO

DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA DE ENSINANTES E

APRENDENTES

Edcleide da Silva (UEFS)19

[email protected]

Maria Avani Nascimento Paim (UNEB)20

[email protected]

Resumo: Diante da atualidade, percebem-se constantes mudanças na

sociedade. No mundo globalizado em que vivemos, as relações humanas se

estreitam e se fortalecem. As línguas, naturalmente, acompanharam esses

processos de globalização. Um exemplo disso é a língua espanhola, que se

tornou indispensável em relações sociais e comerciais brasileiras, haja vista

o MERCOSUL. Nesse sentido, essa comunicação objetiva apresentar as

contribuições que o Programa Portal: ensino-aprendizagem de línguas

modernas para a cidadania, inclusão social, diálogo multi e intercultural,

da Universidade Estadual de Feira de Santana, ofereceu aos alunos do Curso

de Licenciatura em Espanhol, na modalidade PROFORMA, no que diz

respeito à realização do Estágio Supervisionado. A opção por utilizar, neste

estágio, a metodologia do Programa Portal reside no fato de seus

procedimentos metodológicos favorecerem a comunicação e a interação

entre os participantes. Dessa maneira, o processo de ensino-aprendizagem

não se fixa em regras gramaticais desvinculadas de outros aspectos da

língua. Segundo Sanchez (1997, p. 690), “el principal objetivo de la

enseñanza comunicativa es que el alumno adquiera la capacidad de usar la

lengua para comunicarse de forma efectiva”. O Programa Portal foi de

extrema importância, pois, além de sua metodologia encantadora e eficiente,

proporcionou o desenvolvimento da competência comunicativa em língua

espanhola tanto para os ensinantes, quanto para os aprendentes.

Palavras-Chave: Estágio. Língua Espanhola. Interação. Ensino-aprendizagem.

19 Licenciada em Pedagogia pela UEFS; Graduanda em Letras com Língua Espanhola pelo

PROFORMA (UEFS); 20 Mestranda pela Universidade Nacional Argentina, Professora de Estagio Supervisionado

de Língua espanhola da Universidade do Estado da Bahia (Campus V).

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O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE LETRAS COM

ESPANHOL DO PROFORMA E AS CONTRIBUIÇÕES DO

PROGRAMA PORTAL PARA SEU DESENVOLVIMENTO: UM

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Urânia Maria Fernandes Pereira da Cruz (Letras com Espanhol –

PROFORMA UEFS) 21

[email protected]

Maria Avani Nascimento Paim (UNEB) )22

Resumo: A língua espanhola é a segunda língua mais falada do mundo,

perdendo somente para o chinês em número de falantes. Com a

globalização, acordos e blocos econômicos, aumenta o interesse pelo estudo

do idioma. A inserção do espanhol como opção de língua estrangeira em

provas de seletividade, além de profissionais de diversas áreas perceberem a

necessidade de aprendê-la fez com que aumentasse a oferta da língua

espanhola em escolas particulares, cursos de idiomas e cursos preparatórios

para vestibular, Enem, concursos etc. Diante desse crescimento do ensino

do espanhol, aumenta, também, a demanda por professores. Assim, faz-se

necessária a formação de docentes para ministrar aulas de acordo com a

LDB, Lei de diretrizes e Base da Educação Brasileira, em consonância com

os PCNs, além de outros documentos, como o Marco Comum Europeu. O

trabalho intitulado “O estágio supervisionado do curso de espanhol do

PROFORMA e as contribuições do programa portal para seu

desenvolvimento: um relato de experiência” apresenta reflexões construidas

durante o estágio supervisionado e o desenvolvimento deste em forma de

curso de extensão, com o apoio do Programa Portal da Universidade

Estadual de Feira de Santana – UEFS. Este estudo foi norteado pelo

seguinte questionamento: Qual a importância do estágio supervisionado e de

que maneira o Programa Portal contribuiu para a sua realização? O objetivo

é apresentar a experiência obtida durante este período com o Programa

portal e mostrar a importância desta disciplina para a formação do professor.

A metodologia utilizada neste trabalho foi de natureza qualitativa e teve,

21 Graduanda do VI Módulo do curso de Letras com Espanhol do PROFORMA, UEFS. 22 Orientadora, Mestranda em Educação pela Universidade Nacional Argentina, Professora

de Estagio Supervisionado de Língua espanhola da Universidade do Estado da Bahia

(Campus V).

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como instrumento de coleta de dados, a observação direta das aulas

ministradas no período do estágio supervisionado, além da análise do

material didático e do método de ensino utilizado. A pesquisa bibliográfica

foi utilizada como suporte e fundamentação teórica na análise das

informações coletadas. O que se observou ao longo do curso, pela

metodologia comunicativa utilizada no Programa Portal e o material

destinado a este fim, é que houve um avanço significativo no

desenvolvimento da competência comunicativa do professor-aluno. As

atividades propostas fomentavam uma agradável inter-relação pessoal entre

professor e aluno e estes demonstravam grande interesse em participar das

aulas e aprender a língua alvo. Apesar de alguns problemas de estrutura

física para a realização das aulas e a dificuldade de manter a frequência dos

alunos, a conclusão a que se chega, ao fim deste estudo, é que o estágio é

um momento muito importante e imprescindível do curso para o

desenvolvimento da práxis pedagógica do futuro professor. A participação

como voluntária da extensão universitária foi de fundamental importância

para este desenvolvimento.

Palavras – chave: Ensino do Espanhol. Estágio Supervisionado. Extensão

Universitária

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4ª MESA REDONDA: PLANOS DE AULA E ATIVIDADES:

IMPLICAÇÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS

MODELO DE COMPETÊNCIA COMUNICATIVA: DA

TEORIA PARA A PRÁTICA

Cliver Gonçalves Dias (UEFS)23

[email protected]

Resumo: Um dos grandes desafios para os professores de línguas

estrangeiras após a adoção de um modelo de metodologia de ensino-

aprendizagem talvez seja aplicá-lo em sua realidade profissional, pois tanto

a elaboração do plano de aula quanto sua execução requerem um

conhecimento substancial da(s) teoria(s) que o embasa(m), além da

habilidade de transformar as palavras, o conhecimento, em ações concretas.

Em igual medida, é um grande desafio para o professor de língua

estrangeira elaborar um modelo de plano de aula que contemple com

fidedignidade e completude a teoria que almeja desenvolver em sua prática

pedagógica. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar o atual modelo

23 Graduado em Letras com Habilitação em Língua Inglesa, atua como coordenador

pedagógico de área e professor de língua inglesa e professor de PLE dentro do Programa

PALLE &PORTAL - UEFS.

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estrutural do plano de aula e os procedimentos metodológicos utilizados

pelo Programa Portal com base nas teorias de competência comunicativa,

bem como apresentar uma atividade ilustrativa referente a um plano de aula.

A apresentação do trabalho foi estruturada da seguinte forma: inicialmente

será apresentado o modelo de competência comunicativa que serve como

base para a metodologia do Programa Portal, com explicações sucintas

acerca de cada uma das competências que compõem o todo. Na sequência,

será apresentado o modelo estrutural do plano de aula, sempre

estabelecendo um paralelo entre seus elementos e a teoria. Logo após, será

apresentado um plano de aula e uma a atividade já elaborados para ilustrar a

conexão entre a teoria, o planejamento e a prática. E, por fim, serão feitas

considerações a respeito de novos elementos e/ou competências que podem

ser agregadas à metodologia e ao plano futuramente.

Palavras-chave: Competência Comunicativa. Teoria. Prática. Extensão

Universitária.

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O DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA

INTERCULTURAL: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE DIDÁTICA

Kássia da Silva Santana (UEFS)24

[email protected]

Resumo: Um dos temas mais abordados na atualidade no que se refere ao

ensino-aprendizagem de línguas é o da competência intercultural. Vários

são os conceitos, dentre os quais está o de Casal (2003), que trata a

competência intercultural como a habilidade para relacionar-se afetiva e

apropriadamente em uma variedade de contextos. Ou de Byram (1997), que

afirma que alguém com Competência Comunicativa Intercultural está apto

para interagir com pessoas de outro país e cultura em uma língua

estrangeira. O objetivo deste trabalho é propor uma atividade didática no

contexto de ensino-aprendizagem de língua estrangeira, buscando o

desenvolvimento da competência intercultural, permitindo que o aprendente

seja e esteja apto para interagir no contexto em que seja inserido. Para tanto,

faz-se necessário que nos debrucemos em outros conceitos como o de língua

(Bakhtin, 2006), o de cultura (Geertz, 1973) e o de competência

comunicativa (Cantero, 2008), que precedem e alicerçam os de CI já citados

aqui. Pleiteamos, inicialmente, neste trabalho, apresentar um breve

panorama histórico abordando tais conceitos. Em seguida, propomos uma

atividade didática que contemple o desenvolvimento da CI com o intuito de

despertar nos professores de língua estrangeira não somente o interesse,

como também a inserção da competência intercultural na elaboração dos

seus planos de aula e na realização dos mesmos. E, finalmente, faremos

considerações acerca da relevância do desenvolvimento da CI no ensino-

aprendizagem de línguas no contexto atual, no qual estamos inseridos.

Palavras-chave: Competência intercultural. Competência comunicativa.

Cultura. Língua. Ensino-aprendizagem de línguas.

24 Graduada em Letras com Habilitação em Língua Espanhola e Especialista em Filologia

Hispânica, atua como professora de língua espanhola dentro do Programa PALLE &

PORTAL da Universidade Estadual de Feira de Santana – Bahia – Brasil.

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5ª MESA REDONDA: TRABALHOS ACADÊMICOS PRODUZIDOS

NO ÂMBITO DO PROGRAMA PORTAL

CRENÇAS E ATITUDES E SUAS INFLUÊNCIAS NO

DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA NO

ENSINO-APRENDIZAGEM DE FLE

Luciana Santos Lima (UEFS)25

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)26

[email protected]

Resumo: A comunicação ora apresentada nasce de uma inquietação surgida

nas aulas de francês língua estrangeira (FLE), para o público do programa

de extensão universitária, Portal, da Universidade Estadual de Feira de

Santana. Seu objetivo fundamental inicialmente foi de conhecer as crenças e

atitudes de aprendizes de FLE, e avaliar suas interferências no processo de

aprendizagem da língua francesa no desenvolvimento da competência

comunicativa. Partimos de questionamentos como: que crenças e que

25 Graduada em Letras com Língua Francesa. Atua no ensino de FLE nos Programas

PALLE/PORTAL, da UEFS, e PROEMF, da UFBA. 26 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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atitudes sobre aprendizagem de línguas podem-se depreender dos

aprendizes que se matriculam nos cursos de extensão de FLE? Em que

medida tais crenças e tais atitudes influenciam no processo de aprendizagem

da língua francesa e, consequentemente, no desenvolvimento de sua

competência comunicativa? Tratava-se de uma pesquisa de caráter

explicativo, na qual a apresentação, análise e interpretação dos dados se

dariam a partir da abordagem quantitativa e qualitativa. No entanto, ao nos

depararmos com problemas referentes às questões éticas e falta de tempo

hábil para resolvê-los, decidimos propor uma construção do Estado da Arte

sobre o tema, passo fundamental para a compreensão do conhecimento já

produzido e, consequentemente, para proposições de avanços em pesquisas

futuras.

Palavras-Chave: Crenças. Atitudes. Ensino-aprendizagem. FLE.

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MEMÓRIAS E IMAGENS DO PROGRAMA PORTAL: ENSINO-

APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS MODERNAS PARA A

CIDADANIA, INCLUSÃO SOCIAL, DIÁLOGO MULTI E

INTERCULTURAL

Erika Gomes da Silva Santos (UEFS)27

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)28

[email protected]

Resumo: O projeto de pesquisa apresentado neste resumo foi desenvolvido

no âmbito do Programa Portal: ensino e aprendizagem de línguas

modernas para a cidadania, inclusão social, dialogo multi e intercultural,

que é desenvolvido na Universidade Estadual de Feira de Santana. O foco

principal deste programa é contribuir para a construção da competência

profissional do docente de línguas modernas e, ao mesmo tempo, oferecer

uma oportunidade para a comunidade carente de Feira de Santana aprender

línguas. O referido projeto de pesquisa reúne ações para a preservação do

Programa através da criação de um acervo documental contendo registros e

dados de forma organizada e acessível para servir de berço para novas

pesquisas no âmbito da Linguística Aplicada, mais especificamente, Ensino-

aprendizagem de línguas, ou como instrumento importante para fomentar o

desenvolvimento das monografias dos estudantes de Licenciatura em Letras

e, também, para que todos os trabalhos realizados ao longo dos anos não se

percam. Para que tudo isso ocorra, foram reunidos todos os documentos

utilizados no Programa, como: questionários para avaliar o interesse,

crenças, atitudes linguísticas dos inscritos etc.; fichas de identificação para

avaliar o conhecimento dos beneficiados das estratégias de aprendizagem;

questionários para avaliar a aplicação das estratégias de aprendizagem; atas

das reuniões realizadas no Programa pela coordenação; fotos dos momentos

marcantes do Programa; questionários para os beneficiados avaliarem o

curso; questionários para os bolsistas e voluntários avaliarem a importância

do curso para a sua formação acadêmica etc. Nesta comunicação,

primeiramente, serão abordadas questões relacionadas ao Programa Portal,

27 Graduada em Letras com Espanhol da Universidade Estadual de Feira de Santana. 28 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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discutindo sua concepção e missão, metodologia utilizada pelo programa,

atividades desenvolvidas, publicações, experiências pessoais dos membros

envolvidos e as técnicas de preservação do programa. Em seguida, será

descrita a metodologia utilizada para a realização dessas atividades. Por fim,

serão discutidos assuntos relacionados à concepção de memória, sua relação

com as imagens, os tipos de memória (especialmente do ponto de vista

coletivo e social), as contribuições da memória para a formação da

identidade e história e a importância das imagens durante este processo.

Palavra-chave: Memória. Imagem. Ensino-aprendizagem. Arquivo de

documento.

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A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA E O

DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA NA

AULA DE E/LE.

Daniela Rocha de França (UEFS)29

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)30

[email protected]

Geovânio Silva do Nascimento (IFbaiano)31

[email protected]

Resumo: Nesta pesquisa, busca-se refletir sobre o papel da autonomia no

ensino-aprendizagem de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE),

procurando analisar, descrever e avaliar o grau de percepção dos

aprendentes sobre a autonomia, partindo da conscientização sobre seu

próprio processo de desenvolvimento da competência comunicativa em

língua espanhola através do uso de estratégias de aprendizagem. Como

pesquisa-ação, esse trabalho tem, como finalidade, ser descritivo, lançando

mão do método qualitativo e dos respectivos instrumentos de coleta de

dados desse método. Pretende-se desenvolver a pesquisa no âmbito do

Programa Portal: ensino/aprendizagem de línguas modernas para a

cidadania, inclusão social, diálogo multi e intercultural, com os alunos de

língua espanhola, oriundos de escolas públicas de Feira de Santana que

estejam cursando do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. A pesquisa

está em andamento, sendo que, nesse primeiro momento, estão sendo

definidas as concepções teóricas que nortearão a pesquisa e os seus

instrumentos de coleta de dados.

Palavras-chave: Autonomia. Competência Comunicativa. E/LE.

Estratégias de Aprendizagem. Pesquisa-ação.

29 Graduanda em Letras com Língua Espanhola; bolsista do Programa Portal, em que leciona

Língua Espanhola 30 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana. 31 Co-orientador, Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Espanhola pela IBPEX,

professor de Língua Espanhola do Instituto Federal Baiano, coordenador pedagógico do

Programa Portal - UEFS.

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RELATOS DE EXPERIÊNCIA

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CUENTACUENTOS: CONTRIBUIÇÕES DO TEATRO PARA O

DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA

Daniela Rocha de França (UEFS)32

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)33

[email protected]

Resumo: As atividades de extensão possibilitam, aos estudantes de

graduação, uma experiência de importância inestimável na sua área de

atuação profissional, permitindo-lhes perceber a importância do

desenvolvimento de um trabalho consciente, ético, e que lhes dará suportes

para enfrentar e entender as dinâmicas da vida laboral. Nesse contexto, o

Programa Portal: ensino-aprendizagem de línguas modernas para a

cidadania, inclusão social, diálogo multi e intercultural tem contribuído

intensamente para a formação de estudantes de graduação, oferecendo, aos

participantes do Programa, meios para a sistematização do conhecimento, a

aproximação entre teoria e prática, o desenvolvimento do trabalho em

equipe, o crescimento pela troca de experiências. Este relato de experiência

propõe expor os resultados e as reflexões sobre uma das atividades de

extensão que acontecem no Programa Portal, denominada Cuentacuentos. A

proposta dessa atividade surgiu da ideia de trazer para Universidade

Estadual de Feira de Santana uma experiência exitosa da Comunidade de

Catalunha, especificamente do município de Castellbisbal, em Barcelona,

que leva a dinâmica de contar contos para o teatro. Na nossa modalidade,

reconhecemos as vantagens desta atividade para o desenvolvimento da

competência comunicativa, e experienciamos o Cuentacuentos no processo

de ensino-aprendizagem da língua espanhola. O período em análise foi de

agosto a dezembro de 2012, e teve os seguintes pressupostos teórico-

metodológicos: o conceito de gêneros textuais, as metodologias do teatro e a

ideia de que a atividade era geradora de muitas outras que favoreciam o

contato, a reprodução, a produção de uma série de gênero discursivos e

32 Graduanda do curso de Licenciatura em Letras com Língua Espanhola pela Universidade

Estadual de Feira de Santana. Bolsista de extensão do Programa Portal, em que leciona

Língua Espanhola e ministra oficinas de teatro em língua espanhola. 33 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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conhecimentos culturais, fundamentais para o desenvolvimento da

competência comunicativa dos aprendentes. Ao fim desse período, eles

apresentaram os resultados num evento de encerramento do Programa. Para

a construção desse trabalho, foi feita uma revisão bibliográfica sobre as

estratégias de desenvolvimento da competência comunicativa e de como o

teatro poderia subsidiar esse desenvolvimento, por meio de suas atividades e

metodologia. Por outro lado, foram feitas leituras dos estudos e pesquisas

relacionadas à arte-educação, que foram fundamentais nesse processo. Em

seguida, foi feito um levantamento de autores contemporâneos dos países

hispânicos e, dentre eles, foram escolhidos quatro autores para serem

trabalhados nas classes do Cuentacuentos. Um dos critérios de escolha

desses autores foi a sua produção literária.

Palavras-Chave: Gêneros textuais. Extensão. Teatro. Competência

Comunicativa.

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RESSIGNIFICANDO A PRÁTICA: DA OBSERVAÇÃO À

EXPERIÊNCIA

Crismarie Mendes Menezes (UEFS)34

[email protected]

Iranildes Almeida Lima de Oliveira (UEFS)35

[email protected]

RESUMO: Diversos anos na educação básica não me foram suficientes

para uma aprendizagem significativa de uma língua estrangeira. Isso

acarretou uma sensação de insucesso e, consequentemente, uma

inquietação. Daí eu ter vislumbrado, no Programa Portal, uma forma de

reconstruir minha visão de língua estrangeira, com todos os elementos que a

subjazem (e, particularmente, da língua espanhola, já que esta foi a língua

que escolhi estudar na graduação). Sendo voluntária do Programa Portal,

descobri o quão importante é dialogar ensino, pesquisa e extensão. Inserida

neste contexto, o exercício do movimento teoria-prática-teoria, orientado

pela coordenação do Programa, trouxe outra possibilidade de conceber a

prática docente e o ensino de línguas. As oportunidades de observar-refletir-

agir-refletir corroboraram para a desconstrução de modelos e preconceitos

ante o ensino-aprendizagem de línguas, e para a reconstrução de um novo

olhar sobre a postura docente e o ensino reflexivo e comprometido. Este

relato trata, pois, de uma experiência cuja amplitude fomenta novas práticas

formativas, tendo em vista uma educação reflexiva, por meio da

investigação e da intervenção nas realidades. O aporte teórico que subjaz à

nossa pratica pedagógica é a Competência Comunicativa, definida por Dell

Hymes (1971), e reelaborado, mais tarde, por Merril Swain e Michael

Canale (1980), no Brasil, por Almeida Filho (1993) e reelaborada pela

equipe do Programa Portal. No que concerne ao conceito de língua,

utilizamos, como embasamento teórico, o conceito de Mikhail Bahktin

(1973) e Lev Vygotsky (1987), trazido, pela Linguística Aplicada, para o

ensino-aprendizagem de Línguas Estrangeiras. Portanto, refletirei sobre a

34 Graduanda do curso de Licenciatura em Letras com Espanhol pela Universidade Estadual

de Feira de Santana. Bolsista de extensão do Programa Portal, em que leciona Língua

Espanhola. 35 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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contribuição da extensão universitária, no Programa Portal, para a

construção de saberes, o meu contínuo amadurecimento acadêmico e a

ressignificação continuada da minha prática docente.

Palavras-chave: Programa Portal. Observação. Reflexão. Ressignificação

da Prática.

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ANÁLISE DOS SIGNOS NÃO VERBAIS PRESENTE NAS BDs DAS

ATIVIDADES DO CURSO DE LÍNGUA FRANCESA DO

PROGRAMA PORTAL

Vanderlei Silva Gonçalves (UEFS)36

[email protected]

Joelma Freitas da Mota (UEFS)37

[email protected]

Juliana Ribeiro Carvalho)38

Resumo: A presente comunicação se construiu a partir de textos elaborados

pelos alunos do Curso de Francês do Programa Portal/UEFS. As BDs ou

histórias em quadrinhos (em língua portuguesa), produzidas em diferentes

semestres, foram arquivadas para estudos posteriores. Esta proposta de

análise parte da concepção de linguagem de Bakhtin. Destarte, poder-se-ia

compreender o sistema de signos, sinais, símbolos e gestos presentes nas

histórias em quadrinhos diferentemente de outros conceitos convencionais.

Foram estabelecidos critérios para a execução deste trabalho como: revisão

de literatura para fixar concepções de linguagem, competência comunicativa

e arte sequencial; análise todas as atividades arquivadas para seleção das

histórias que fizeram parte do corpus, e foi estabelecida a metodologia

apropriada que atendeu ao propósito. Há que ressaltar o valor singular da

temática para academia, assim como para projetos futuros, visto que o

trabalho transita na área de linguagem, e são inúmeras as possibilidades de

análise das bds elaboradas pelos alunos.

Palavras-chave: Habilidades Comunicativas. Programa Portal. Ensino.

Signos não-verbais. Bédé.

36 Graduado em Letras com Francês e especialista em Desenho pela Universidade Estadual

de Feira de Santana. Colaborador externo do Programa Portal, em que leciona Língua

Francesa. 37 Graduanda em Letras com Francês pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

Bolsista do Programa Portal, em que leciona Língua Francesa. 38 Orientadora, Professora de Língua Francesa do Departamento de Letras e Artes da UEFS.

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A INTERCULTURALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA

COMPETÊNCIA COMUNICATIVA EM LÍNGUA INGLESA

Mellissa Moreira Figueiredo Barbosa (UEFS)39

[email protected]

Cliver Gonçalves Dias (UEFS) 40

[email protected]

Hely Dutra Cabral da Fonseca (UEFS) 41

[email protected]

Resumo: A competência intercultural, assim como as demais competências,

tem um papel fundamental no desenvolvimento da competência

comunicativa (doravante CC) de um aprendente de uma língua estrangeira.

Esta comunicação tem, como objetivo, destacar a importância da

interculturalidade no desenvolvimento da CC em língua inglesa, dando

ênfase às expressões idiomáticas, que são fundamentais para que os

aprendentes possam desenvolver essa competência, pois elas requerem não

somente o conhecimento da cultura dos países de língua inglesa, como

também o estabelecimento de uma conexão com a cultura do estudante, para

que não haja nenhum tipo de estranhamento ou julgamento da cultura do

outro. Teoricamente, este estudo está fundamentado no conceito de

competência comunicativa de Dell Hymes (1972) e Celce-Murcia (2007), na

visão intercultural de Bennett (2008) e Sercu (2004), e se baseia, ao tratar de

idiomatismo, em Xatara (1998) e Welker (2011). Inicialmente, é proposta

uma discussão sobre a importância da competência intercultural para a

compreensão e consequente uso adequado das expressões idiomáticas em

língua inglesa. Neste intuito, houve uma seleção criteriosa das expressões

idiomáticas que serão trabalhadas na sala de aula, levando em consideração

os requisitos de maior ocorrência de uso nas fontes pesquisadas, bem como

o de maior distanciamento dos contextos culturais, mostrando assim aos

alunos a importância da interculturalidade no aprendizado da língua

39 Graduanda em Letras com Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Feira de Santana;

bolsista do Programa Portal, em que leciona Língua Inglesa A1; Professora de cursos

particulares de Língua Inglesa. 40 Orientador. Graduado em Letras com Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Feira

de Santana. Professor do Portal-Palle/UEFS, em que leciona Língua Inglesa. 41 Orientadora. Doutora em Linguística pela UNICAMP. Professora do Departamento de

Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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estrangeira. As aulas serão ministradas de acordo com as bases teóricas de

ensino-aprendizagem do Programa Portal, que, com foco no

desenvolvimento da competência comunicativa, envolve também as

competências discursivas, pragmáticas, sociolinguísticas, linguísticas e

estratégicas de uma língua. Ainda não há resultados concretos, pois o plano

de trabalho ainda está em fase inicial de desenvolvimento.

Palavras-chaves: Competência comunicativa. Competência intercultural.

Idiomatismo.

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CRESCIMENTO ACADÊMICO NO ÂMBITO DO PROGRAMA

PORTAL: COMPARTILHANDO UMA EXPERIÊNCIA

Wadisllane Borges Santos (UEFS)42

[email protected]

Cliver Gonçalves Dias (UEFS) 43

[email protected]

Hely Dutra Cabral da Fonseca (UEFS) 44

[email protected]

RESUMO: No processo de formação da minha identidade, enquanto

discente do curso de Letras, o Programa Portal tem sido de fundamental

importância. Isso porque meu percurso sendo bolsista dele tem me

aprimorado intelectual e academicamente, na medida em que me permite ter

um espaço além da sala de aula para ressignificar minhas habilidades

enquanto (futura) professora de língua estrangeira. Voluntária desde o

primeiro semestre, não tinha nenhum suporte teórico ou experiência no

ensino de línguas. Por isso, o primeiro passo dentro do programa foi estudar

a metodologia aqui utilizada. Este trabalho tem, por objetivo, portanto,

relatar o meu crescimento intelectual e acadêmico desde o meu ingresso no

Programa Portal. Assim, primeiramente, falarei sobre os primeiros contatos

que tive no programa, a metodologia utilizada, minhas experiências em sala

de aula, a elaboração do meu plano de trabalho, que visa à utilização de

séries de TV e filmes como suporte para o ensino de línguas, e, por fim, o

que pude adquirir de conhecimento e experiência até aqui. O Programa

Portal utiliza como base teórica o conceito de Competência Comunicativa

no ensino de línguas, que foi fundamentada por Dell Hymes (1971), e o

conceito de língua de Mikhail Bahktin (1973) e Lev Vygotsky (1987). Para

o plano de trabalho, além dos autores já citados, foram utilizadas as ideias

de Francisco Wellington Borges Gomes (2006).

42 Graduanda do curso de Letras com Língua Inglesa da Universidade Estadual de Feira de

Santana; bolsista do Programa Portal, em que leciona Língua Inglesa. 43 Orientador. Graduado em Letras com Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Feira

de Santana. Professor do Portal-Palle/UEFS, em que leciona Língua Inglesa. 44 Orientadora. Doutora em Linguística pela UNICAMP. Professora do Departamento de

Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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Palavras-chave: Programa Portal. Ensino-aprendizagem. Língua Inglesa.

Extensão Universitária. Relato de Experiência.

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OFICINAS

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DA TELA PARA A VIDA REAL: ASPECTOS INTERCULTURAIS

NO FILME “ESPANGLÊS”

Mellissa Moreira Figueiredo Barbosa (UEFS) 45

[email protected]

Cliver Gonçalves Dias (UEFS) 46

[email protected]

Hely Dutra Cabral da Fonseca (UEFS) 47

[email protected]

Resumo: Para o desenvolvimento da competência comunicativa em uma

língua estrangeira, ou mesmo na língua vernácula, é necessário que seus

falantes tenham domínio não somente das estruturas línguísticas, mas que

também desenvolvam outras competências, como por exemplo, a

intercultural. Assim, esta oficina tem, como objetivo, trabalhar alguns

aspectos interculturais no âmbito da língua inglesa e evidenciar como o

choque entre culturas distintas altera a maneira como as pessoas se

relacionam e vivem. Para tanto, utilizaremos cenas do filme “Espanglês”

(BROOKS, 2004) e os procedimentos metodológicos de ensino-

aprendizagem de línguas desenvolvidos pelo Programa Portal, que, com

foco no desenvolvimento da competência comunicativa, abarca também os

elementos discursivos, pragmáticos, sociolinguísticos, estruturais e

estratégicos presentes em uma língua. Na parte mais prática da oficina,

primeiramente, o trailer do filme será exibido e uma breve apresentação

contextual será feita. Feito isso, os participantes formarão trios e duas cenas

do filme com elementos interculturais serão exibidas sem o áudio, uma

cujas personagens principais se conhecem e fica bem evidente a diferença

entre as duas culturas, e a outra na qual podemos observar a imersão de uma

das personagens em um ambiente cultural nos Estados Unidos,

demonstrando uma oposição entre a cultura estadunidense e a cultura latina.

Os trios deverão discutir entre eles e apresentar em inglês a conclusão sobre

45 Graduanda do curso de Licenciatura em Língua Inglesa da Universidade Estadual de Feira

de Santana, bolsista de extensão do Programa Portal, em que leciona Língua Inglesa. 46 Orientador. Graduado em Letras com Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Feira

de Santana. Professor do Portal-Palle/UEFS, em que leciona Língua Inglesa. 47 Orientadora. Doutora em Linguística pela UNICAMP. Professora do Departamento de

Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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o que presumem que foi falado na cena. Depois da exposição das opiniões

dos trios, os vídeos serão exibidos com áudio, abrindo assim uma discussão,

em língua inglesa, sobre língua e identidade cultural. Serão trabalhadas

algumas falas das cenas, como situações de apresentação e algumas

perguntas usadas no primeiro contato, junto com a observação dos aspectos

interculturais mostrados em cena. Seguinte à discussão, os trios deverão

usar as competências interculturais discutidas e dramatizar uma situação de

um imigrante brasileiro em um país de língua inglesa passando por uma

entrevista de emprego, o que lhes permitirá interagir e fazer uso do

conhecimento adquirido.

Palavras-chave: Interculturalidade. Competência Comunicativa. Identidade

cultural. Filme.

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SOBRE O AMBIENTE VIRTUAL NO PROGRAMA PORTAL:

USO DA PLATAFORMA MOODLE NO ENSINO/APRENDIZAGEM

DE E/LE

João Marcel Andrade Santana (UEFS)48

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)49

[email protected]

Resumo: Diante de mudanças tão intensas, modernas e repentinas nos

paradigmas sociais e políticos, faz-se necessário que os professores de LE

estejam familiarizados com as inovações tecnológicas, não se limitando à

tão utilizada mídia impressa, mas, antes, atentando para o uso das novas

tecnologias de informação e comunicação (TIC’S). Partindo do pressuposto

de que os alunos devem ser vistos como sujeitos protagonistas de sua

própria construção de conhecimentos, os ambientes virtuais de

aprendizagem (AVA) ganham espaço na modalidade presencial e

contribuem para que novas formas de ensino-aprendizagem, baseadas numa

abordagem construtivo-colaborativa mudem paradigmas no ensino de

línguas. O presente trabalho tem, portanto, o objetivo de utilizar a

Plataforma MOODLE (Modular Object-Oriented Dynamic Learning

Environment) para o ensino-aprendizagem de espanhol como língua

estrangeira no Programa Portal: ensino-aprendizagem de línguas modernas

para a cidadania, inclusão social, diálogo multi e intercultural, e seu

publico alvo são estudantes de espanhol como LE. Para tanto, nesta oficina,

propõe-se o uso da Plataforma. Num primeiro momento, os alunos verão um

vídeo ilustrativo de como se utiliza o MOODLE. Na parte mais prática,

primeiramente, os alunos receberão seus usuários e senhas e, logo após

estarem conectados, acessarão o grupo “Da Teoria À Prática: Plataforma

MOODLE no ensino-aprendizagem de E/LE”. Feito isso, serão propostas

atividades ilustrativas que servirão de exemplos de como utilizar, no ensino-

aprendizagem de E/LE, a modalidade colaborativa.

48 Graduando do curso de Letras com Espanhol da Universidade Estadual de Feira de

Santana. Bolsista de extensão do Programa Portal, em que leciona Língua Espanhola. 49 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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Palavras-Chave: Ensino-aprendizagem de E/LE. Plataforma MOODLE.

Ambiente Colaborativo. TIC’s.

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DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA A

PARTIR DE CURTAS-METRAGENS NO ENSINO-

APRENDIZAGEM DE E/LE

Gessica Kieronski (UEFS)50

[email protected]

Rodrigo Coutinho da Silva (UEFS)51

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)52

[email protected]

Resumo: Considerando que saber uma língua estrangeira é um direito de

todos, o Programa Portal contribui com a inclusão social, a formação da

cidadania e o diálogo multi e intercultural, oferecendo aos estratos menos

favorecidos socialmente um ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras de

compromisso com o desenvolvimento da competência comunicativa

(doravante CC) em línguas modernas. Este trabalho, portanto, insere-se no

contexto deste Programa e tem, por objetivo, apresentar uma proposta de

utilização de curtas-metragens no processo de desenvolvimento da CC em

língua espanhola. Para tanto, serão utilizados critérios de elaboração de

atividades adequadas ao nível A, no qual as habilidades propostas, segundo

o Marco Comum Europeu (MCE), são: compreender e utilizar expressões

cotidianas de uso muito frequente, bem como frases simples destinadas à

necessidade de uso imediato, saber pedir e dar informações pessoais básicas,

como o lugar onde vive, seus pertences e pessoas que conhecem, entender e

interagir em um diálogo espanhol, quando este estiver expresso de maneira

clara e lenta. O público alvo são os estudantes de língua espanhola de nível

básico, especificamente dos níveis relacionados ao nível A, a saber, A1 e

A2, segundo descrito no MCE. Para lograr o objetivo proposto na oficina,

serão feitas atividades que demonstrarão como se dá o desenvolvimento das

competências pragmática, linguística, discursiva, estratégica, cultural e

50 Graduada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

Graduanda em Letras com Língua Espanhola pela mesma universidade. Professora de Língua

Portuguesa da rede privada de educação básica. 51 Graduando em Letras com Língua Espanhola pela Universidade Estadual de Feira de

Santana. Bolsista de extensão do Programa Portal, em que leciona Língua Espanhola. 52 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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sociolinguística. Estas competências são formadoras da CC, de acordo com

o que preconiza o Programa Portal. A escolha de trabalhar com os curtas-

metragens vislumbra a possibilidade de enxergar, na cultura do outro,

expressões faciais, hábitos, costumes e a língua em seus âmbitos formais e

informais, o que contribui para tornar os aprendentes imersos ao mundo

hispânico.

Palavras-chave: Competência Comunicativa. Curtas-metragens. E/LE.

Extensão universitária.

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O INGLÊS NOSSO DE CADA DIA – TRANSFERÊNCIAS

FONÉTICO-FONOLÓGICAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

PARA ANGLICISMOS USADOS NO BRASIL

Genivaldo da Conceição Oliveira (UFRB)53

Resumo: Este trabalho discute a interface entre processos fonológicos e

fonéticos relacionados à transferência do português brasileiro (PB) para os

empréstimos do inglês. Esta pesquisa enfoca falantes nativos do português

que não são proficientes na língua inglesa, o que representa uma grande

maioria na sociedade brasileira, e investiga se há uniformidade no uso dos

processos fonéticos e fonológicos do PB com relação aos anglicismos que

estes brasileiros podem encontrar no seu cotidiano no Brasil. Estes

indivíduos, que fazem uso de anglicismos, fornecem uma fonte interessante

para o estudo de palavras tomadas de empréstimo do inglês. A análise de

dados tornou possível afirmar que as realizações fonéticas destes itens

lexicais são altamente influenciadas pelos processos fonológicos do

português brasileiro. Onomástica que sofre influência de anglicismos

também é analisada neste estudo. Os dados foram coletados de revistas,

livros, websites e entrevistas em formato de conversação com falantes

nativos do PB. Os informantes foram entrevistados para verificação da

pronúncia e estas entrevistas determinaram os resultados deste estudo.

Palavras-chave: Português. Inglês. Anglicismo. Fonética.

53 Professor de Língua e Literatura Inglesa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

– UFRB.

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O GÊNERO MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DA

COMPETÊNCIA COMUNICATIVA: UMA VISÃO

SOCIOLINGUÍSTICA

Wadisllane Borges Santos (UEFS)54

[email protected]

Cliver Gonçalves Dias (UEFS) 55

[email protected]

Hely Dutra Cabral da Fonseca (UEFS) 56

[email protected]

Resumo: A competência comunicativa é a capacidade que o indivíduo tem

de se comunicar apropriadamente em uma determinada língua, seja ela

materna ou estrangeira. Para isso, o falante precisa dominar diversas

competências, dentre elas: pragmática, linguística, sociolinguística,

discursiva, estratégica e intercultural. Com base em estudos a respeito do

uso de músicas no ensino de língua estrangeira, conclui-se que a música, por

ser um elemento lúdico, ajuda o aprendente de LE no aprimoramento da

pronúncia, do ritmo e da entonação, além de aumentar o interesse do

aprendente, favorecendo o processo de aprendizagem. Miragaya (1992)

aponta, com razão, o ritmo e a melodia das canções como responsáveis pela

consolidação de diferentes tipos de informação na memória, especialmente

o léxico. Assim, esta oficina tem, por objetivo, trabalhar os elementos

linguísticos e sociolinguísticos presentes em duas músicas selecionadas

como um dos recursos para o desenvolvimento da competência linguística –

léxico, sintaxe, morfologia, pronúncia, entonação, ritmo – e da

sociolinguística – variantes contextuais. Para isso, será utilizada a

metodologia de ensino-aprendizagem do Programa Portal, que, com foco no

desenvolvimento da competência comunicativa, abarca as competências

citadas anteriormente. E, já que a comunicação implica em interação,

durante a oficina, os participantes estarão organizados em duplas ou

54 Graduanda do curso de Letras com Língua Inglesa da Universidade Estadual de Feira de

Santana; bolsista do Programa Portal, em que leciona Língua Inglesa. 55 Orientador. Graduado em Letras com Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Feira

de Santana. Professor do Portal-Palle/UEFS, em que leciona Língua Inglesa. 56 Orientadora. Doutora em Linguística pela UNICAMP. Professora do Departamento de

Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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pequenos grupos. Na prática da oficina, a primeira música será tocada, e os

participantes, que estarão organizados em duplas, irão discutir em língua

inglesa a respeito do que eles foram capazes de compreender na música. Em

seguida, será entregue a letra da música ouvida aos participantes e serão

trabalhados os elementos linguísticos e sociolinguísticos presentes na

música, momento no qual haverá um treino pontual dos elementos fonéticos

através da repetição em coro. Logo depois, os participantes serão

incentivados a cantar a música. A segunda música seguirá a mesma

metodologia da primeira. Ao final, será aberta uma discussão em língua

inglesa sobre a contribuição do conhecimento dos elementos linguísticos e

sociolinguísticos presentes nas duas músicas para o desenvolvimento das

competências referidas por parte dos participantes.

Palavras-chave: Competência Comunicativa. Música. Elementos fonético-

fonológicos.

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LOS COLORES DE LA LENGUA: Competência comunicativa e

Arte

Elaine Cristina dos Santos Costa (UEFS) 57

[email protected]

Geovânio Silva do Nascimento (IFBaiano)58

[email protected]

Iranildes Almeida de Oliveira Lima (UEFS)59

[email protected]

Resumo: Trata-se de uma oficina que tem o objetivo fundamental de

mostrar que é possível aprender sobre arte, mais especificamente a pintura,

e aprender línguas, aplicando a metodologia do Programa Portal. Este

trabalho está ancorado no conceito de língua em Rajagopalan (2003, p. 69),

que diz que “as línguas não são meros instrumentos de comunicação como

costumam alardear os livros introdutórios. As línguas são a própria

expressão das identidades de quem delas se apropria. Logo, quem transita

em diversos idiomas esta redefinindo sua própria identidade. Dito de outra

forma, quem aprende uma língua nova está se redefinindo como uma nova

pessoa”. A proposta dessa oficina, intitulada “Los colores de la lengua”, é

justamente comprovar que a metodologia desenvolvida no Programa Portal,

norteada pelos conceitos que permeiam a ideia de competência

comunicativa, permite sua aplicação com a utilização de qualquer gênero

discursivo. Aqui, a sugestão é através da pintura, aliados a outros como a

biografia, os textos em movimento, etc. Será possível desenvolver

competências: linguística, sociolinguística, discursiva; pragmática;

estratégica; cultural e intercultural. Há um leque de possibilidades: o

contexto histórico em que o artista criou sua obra com os temas de seus

quadros, sua biografia, além do léxico das cores. Exploraremos os traços das

pinceladas (finos, grossos, fortes, fracos...), os quais marcam a identidade

do pintor expressa no quadro. A oficina se destina a alunos de nível A2 e

57 Graduanda em Letras com Língua Espanhola pela Universidade Estadual de Feira de

Santana. Bolsista do Programa Portal, em que leciona Língua Espanhola A1. 58 Co-orientador, Professor de Língua Espanhola do IFbaiano e Coordenador Pegagógico de

Língua Espanhola do Programa Portal. 59 Orientadora, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidad de Alcalá. Professora

do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Feira de Santana.

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será dividida em seis momentos: no primeiro momento, os alunos serão

convidados a se sentarem em duplas assistirão a um vídeo que apresenta a

vida e a obra de Picasso. No segundo momento, serão entregues atividades

para serem completadas com os dados que obtiveram anteriormente e

comentarão com o colega da dupla o resultado final da atividade. Depois,

receberão um texto com a biografia do pintor e o contexto do período

modernista Espanha-Brasil e, em seguida, um membro da dupla comentará

com o outro o que entendeu e depois escreverá uma paráfrase bem curta;

Posteriormente, escutarão a canção “Furia de color”, de Rosana Arbelo,

com a letra impressa para acompanhá-la. Também receberão um texto com

o significado das cores do ponto de vista de várias áreas do conhecimento,

receberão quadros de Picasso impressos, e de posse de todas as

informações, estabelecerão uma discussão entre os membros da dupla ou do

grupo. Finalizando a oficina, os participantes receberão tintas guache e

pincéis para pintarem um mural e em trios, apresentarão oralmente, em

espanhol, a mensagem de suas pinturas.

Palavras-chave: Arte. Pintura. Língua Espanhola. Competência

Comunicativa.

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