ensino da matemÁtica como fator preponderante no desenvolvimento do raciocÍnio lÓgico-matemÁtico...

1
2 5 1 0011 0010 1010 1101 0001 0100 1011 ENSINO DA MATEMÁTICA COMO FATOR PREPONDERANTE NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO E NA FORMAÇÃO CRÍTICO- INTELECTUAL DO CIDADÃO Programa PUIC (Educação Matemática) Campus Virtual Resultados Fotografias que mostram alguns estímulos (matemáticos) visuais, auditivos e motor, sofridos pela criança “A” Quadros comparativos entre os níveis de capacidade crítico-intelectuais e qualidade dos argumentos Quadro 1 - Adolescentes Quadro 2 - Adultos Conclusões Ao final da experiência percebeu-se que, a criança “A”, que recebeu estímulos enfáticos em educação matemática durante a pesquisa, aumentou ainda mais seu nível de desenvolvimento crítico e seu poder questionador. Isso pôde ser observado em suas falas, atitudes e comportamentos. A adolescente “A”, que demonstrou ter maior domínio dos conteúdos matemáticos, mostrou também ter maior nível de capacidade crítico-intelectual do que a adolescente “B”, possuindo ainda uma melhor fluência com as palavras na exposição suas idéias. Situação análoga foi observada com relação aos adultos. Com os resultados obtidos chegou-se à conclusão de que, apesar de existirem outros fatores que influenciam no desenvolvimento da capacidade crítico-intelectual, como o hábito da leitura, exigências profissionais, etc, a educação matemática prepondera sobre eles, sendo essencial para a aquisição, manutenção ou aperfeiçoamento do senso crítico do cidadão. + + = + Apoio Financeiro: QUESTÕES NÍVEL DE CAPACIDADE CRÍTICO- INTELECTUAL / RESPOSTAS ADOLESCENTE “A” ADOLESCENTE “B” Nível de Capacidade Crítico- Intelectual Nº 3 – Ideal (Pontuação 18) Nº 1 – Subdesenvolvido (Pontuação 3) (Questão 09 do Formulário-Padrão) Ao Propor que encadeasse as 05(cinco) palavras-chave dadas: (1)FERRAMENTA – (2)MATEMÁTICA – (3)CIDADÃO – (4)PENSAMENTO – (5)DESENVOLVIMETO, de forma a obter uma frase de sentido lógico, como a montou? Perguntado o que pensou ao formular a frase, o que respondeu? Frase: “A (2) é a (1) do (5) do (4) do (3)” Pensou numa questão do questionário que tratava da importância da matemática Frase: “Um (3) pegou uma (1) para construir uma casa. Em seu trabalho usava muito a (2); seu (4) era ter um bom (5) com seus colegas” Idealizou uma situação qualquer em que pudesse usar as palavras de uma forma a frase pudesse ter sentido QUESTÕES NÍVEL DE CAPACIDADE CRÍTICO- INTELECTUAL / RESPOSTAS ADULTO “A” ADULTO “B” Nível de Capacidade Crítico- Intelectual Nº 2 – Normal (Pontuação 10) Nº 2 – Normal (Pontuação 6) (Questão 09 do Formulário-Padrão) Ao Propor que encadeasse as 05(cinco) palavras-chave dadas: (1)FERRAMENTA – (2)MATEMÁTICA – (3)CIDADÃO – (4)PENSAMENTO – (5)DESENVOLVIMETO, de forma a obter uma frase de sentido lógico, como a montou? Perguntado o que pensou ao formular a frase, o que respondeu? Frase: “Para o (5) do (4) e do (3), é necessária a (1) da (2)” Formulou a frase envolvida pelo tema da pesquisa Frase: “A ferramenta maior como “cidadões” que precisamos e desenvolvimento da matemática pensarmos num bom futuro, como bons “cidadões”. Não pensou em nada, apenas escreveu Acadêmico Aurélio do Carmo Moura Profa. Dra. Diva Marília Flemming Introdução A falta ou a deficiência da capacidade crítico-intelectual, definida aqui como sendo a capacidade de argumenta e contra-argumentar, isto é, discutir opiniões num contexto tal que exige do indivíduo o emprego da habilidade que ele tem para fazer construções lógicas, de idéias e/ou palavras, encadeando-as na forma escrita ou falada, é um problema observado entres crianças, jovens e adultos. Não é difícil concluir com isso que sem essa capacidade desenvolvida, o cidadão, como sujeito ativo, não estará apto a realizar as transformações socio-culturais de que a sociedade necessita, ficando submisso à doutrinas, ideologias e sistemas de governos opressores. Baseado em experiências pessoais e na observação crítica e analítica da realidade, foi possível propor a seguinte hipótese: acredita-se que a educação enfática em conteúdos matemáticos, desde a fase pré escolar, sem parar, até a fase adulta, cria condições básicas e essenciais para que o indivíduo aumente seu poder persuasivo e argumentativo, ou seja, sua capacidade crítico-intelectual. Com essa expectativa é que foi desenvolvido o Projeto de Pesquisa, no contexto do Programa Unisul de Iniciação Científica – PUIC/2007. Objetivos Geral : Comparar os níveis de capacidade crítico-intelectual, na resolução de problemas, entre duas crianças, dois adolescentes e dois adultos, relacionando tais capacidades com a ênfase dada ao estímulo/ensino matemático de cada um. Específicos : a) Estimular o raciocínio lógico-matemático no desenvolvimento da capacidade crítico- intelectual, na resolução de problemas, de uma criança com idade até 3 anos de idade; b) Analisar e comparar a capacidade crítico-intelectual de dois adolescentes; c) Aprimorar o raciocínio lógico-matemático bem como a capacidade crítico-intelectual de um aluno-adulto, por meio de reforço didático ou pedagógico na disciplina matemática. Metodologia Foi realizado um estudo qualitativo envolvendo duas crianças em idade pré-escolar, duas adolescentes e duas adultas, com níveis instrucionais relativos à educação matemática diferentes. As que tinham maior nível instrucional receberam a denominação de “A” (exemplo, criança “A”), e as de menor nível, foram denominadas de “B”. Através da aplicação de técnicas como entrevistas e questionários e outros métodos, foi possível medir o nível de capacidade crítico-intelectual de cada uma delas, usando- se para isso um documento específico, criado para esse fim. Nesse documento elas receberam uma pontuação e se enquadraram em um dos níveis: nº 4 - SUPERDESENVOLVIDO; nº 3 – IDEAL; nº 2 – NORMAL e nº 1 – SUBDESENVOLVIDO. Tendo em vista que uma das crianças, uma das adolescentes e uma das adultas sofreram estímulos matemáticos diferenciados - estímulos esses dados durante a pesquisa ou não -, seus níveis de capacidade crítico-intelectuais foram (novamente) comparados ao final da pesquisa. Essa (nova) comparação era com o intuito de se obter alguma relação com a quantidade e qualidade dos estímulos (reforço didático-pedagógico em matemática) e com o teor de seus respectivos sensos críticos. Esperava-se concluir que: quanto maior o nível de capacidade crítico-intelectual (pontuação), maiores e melhores os estímulos e melhor a qualidade de formulação de argumentos. Referências Bibliográficas AZEVEDO, José Francisco-tradução. Programa de Pesquisa Cognitiva, Divisão de Educação Especializada da Universidade de Witwatersrand, África do Sul; Mandia Mentis coordenação. Aprendizagem Mediada Dentro e Fora da Sala de Aula. São Paulo: Instituto Pieron de Psicologia Aplicada, 2002. CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência: normalidade e psicopatologia. Petrópolis, Vozes, 1987. CURY, Augusto. Pais Brilhantes & Professores Fascinantes. A educação de nossos sonhos: formando jovens felizes e inteligentes. DOLMAN, Glenn; DOLMAN, Janet. Como multiplicar a Inteligência do seu bebê. NORTON, L. (Trad.). Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1993. JEAMMET, Philippe. Respostas a 100 questões sobre a adolescência. Petrópolis: Vozes, 2007, p.204.

Upload: internet

Post on 22-Apr-2015

109 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: ENSINO DA MATEMÁTICA COMO FATOR PREPONDERANTE NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO E NA FORMAÇÃO CRÍTICO-INTELECTUAL DO CIDADÃO Programa

4251

0011 0010 1010 1101 0001 0100 1011

ENSINO DA MATEMÁTICA COMO FATOR PREPONDERANTE NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO E NA FORMAÇÃO

CRÍTICO-INTELECTUAL DO CIDADÃO

Programa PUIC(Educação Matemática)

Campus Virtual

Resultados

Fotografias que mostram alguns estímulos (matemáticos) visuais, auditivos e motor, sofridos pela criança “A”

Quadros comparativos entre os níveis de capacidade crítico-intelectuais e qualidade dos argumentos

Quadro 1 - Adolescentes

Quadro 2 - Adultos

Conclusões

Ao final da experiência percebeu-se que, a criança “A”, que recebeu estímulos enfáticos emeducação matemática durante a pesquisa, aumentou ainda mais seu nível de desenvolvimentocrítico e seu poder questionador. Isso pôde ser observado em suas falas, atitudes ecomportamentos. A adolescente “A”, que demonstrou ter maior domínio dos conteúdosmatemáticos, mostrou também ter maior nível de capacidade crítico-intelectual do que aadolescente “B”, possuindo ainda uma melhor fluência com as palavras na exposição suasidéias. Situação análoga foi observada com relação aos adultos.

Com os resultados obtidos chegou-se à conclusão de que, apesar de existirem outros fatores

que influenciam no desenvolvimento da capacidade crítico-intelectual, como o hábito da leitura,exigências profissionais, etc, a educação matemática prepondera sobre eles, sendo essencialpara a aquisição, manutenção ou aperfeiçoamento do senso crítico do cidadão.

+ + = + Apoio Financeiro:

QUESTÕES

NÍVEL DE CAPACIDADE CRÍTICO-INTELECTUAL / RESPOSTAS

ADOLESCENTE “A” ADOLESCENTE “B”

Nível de Capacidade Crítico-IntelectualNº 3 – Ideal

(Pontuação 18)

Nº 1 – Subdesenvolvido

(Pontuação 3)

(Questão 09 do Formulário-Padrão) Ao Propor que encadeasse as 05(cinco) palavras-chave dadas:

(1)FERRAMENTA – (2)MATEMÁTICA – (3)CIDADÃO – (4)PENSAMENTO –

(5)DESENVOLVIMETO, de forma a obter uma frase de sentido lógico, como a montou? Perguntado o que

pensou ao formular a frase, o que respondeu?

Frase: “A (2) é a (1) do (5) do (4) do (3)”

Pensou numa questão do questionário que tratava da importância da matemática

Frase: “Um (3) pegou uma (1) para construir

uma casa. Em seu trabalho usava muito a (2); seu (4) era ter um

bom (5) com seus colegas”

Idealizou uma situação qualquer em que pudesse usar as palavras de uma

forma a frase pudesse ter sentido

QUESTÕES

NÍVEL DE CAPACIDADE CRÍTICO-INTELECTUAL / RESPOSTAS

ADULTO “A” ADULTO “B”

Nível de Capacidade Crítico-IntelectualNº 2 – Normal

(Pontuação 10)

Nº 2 – Normal

(Pontuação 6)

(Questão 09 do Formulário-Padrão) Ao Propor que encadeasse as 05(cinco) palavras-chave dadas:

(1)FERRAMENTA – (2)MATEMÁTICA – (3)CIDADÃO – (4)PENSAMENTO –

(5)DESENVOLVIMETO, de forma a obter uma frase de sentido lógico, como a montou? Perguntado o que

pensou ao formular a frase, o que respondeu?

Frase: “Para o (5) do (4) e do (3), é necessária a

(1) da (2)”

Formulou a frase envolvida pelo tema da

pesquisa

Frase: “A ferramenta maior como “cidadões”

que precisamos e desenvolvimento da

matemática pensarmos num bom futuro, como

bons “cidadões”.

Não pensou em nada, apenas escreveu

Acadêmico Aurélio do Carmo Moura

Profa. Dra. Diva Marília Flemming

Introdução

A falta ou a deficiência da capacidade crítico-intelectual, definida aqui como sendo a capacidade de

argumenta e contra-argumentar, isto é, discutir opiniões num contexto tal que exige do indivíduo o

emprego da habilidade que ele tem para fazer construções lógicas, de idéias e/ou palavras,

encadeando-as na forma escrita ou falada, é um problema observado entres crianças, jovens e adultos.

Não é difícil concluir com isso que sem essa capacidade desenvolvida, o cidadão, como sujeito ativo,

não estará apto a realizar as transformações socio-culturais de que a sociedade necessita, ficando

submisso à doutrinas, ideologias e sistemas de governos opressores.

Baseado em experiências pessoais e na observação crítica e analítica da realidade, foi possível propor a

seguinte hipótese: acredita-se que a educação enfática em conteúdos matemáticos, desde a fase pré

escolar, sem parar, até a fase adulta, cria condições básicas e essenciais para que o indivíduo aumente

seu poder persuasivo e argumentativo, ou seja, sua capacidade crítico-intelectual.

Com essa expectativa é que foi desenvolvido o Projeto de Pesquisa, no contexto do Programa Unisul de

Iniciação Científica – PUIC/2007.

Objetivos

Geral:

Comparar os níveis de capacidade crítico-intelectual, na resolução de problemas, entre duas crianças, dois adolescentes e dois adultos, relacionando tais capacidades com a ênfase dada ao estímulo/ensino matemático de cada um.

Específicos:

a) Estimular o raciocínio lógico-matemático no desenvolvimento da capacidade crítico- intelectual, na resolução de problemas, de uma criança com idade até 3 anos de idade;

b) Analisar e comparar a capacidade crítico-intelectual de dois adolescentes;

c) Aprimorar o raciocínio lógico-matemático bem como a capacidade crítico-intelectual de um aluno-adulto, por meio de reforço didático ou pedagógico na disciplina matemática.

Metodologia

Foi realizado um estudo qualitativo envolvendo duas crianças em idade pré-escolar, duas adolescentes

e duas adultas, com níveis instrucionais relativos à educação matemática diferentes. As que tinham

maior nível instrucional receberam a denominação de “A” (exemplo, criança “A”), e as de menor nível,

foram denominadas de “B”. Através da aplicação de técnicas como entrevistas e questionários e outros

métodos, foi possível medir o nível de capacidade crítico-intelectual de cada uma delas, usando-se para

isso um documento específico, criado para esse fim. Nesse documento elas receberam uma pontuação

e se enquadraram em um dos níveis: nº 4 - SUPERDESENVOLVIDO; nº 3 – IDEAL; nº 2 – NORMAL e

nº 1 – SUBDESENVOLVIDO. Tendo em vista que uma das crianças, uma das adolescentes e uma das

adultas sofreram estímulos matemáticos diferenciados - estímulos esses dados durante a pesquisa ou

não -, seus níveis de capacidade crítico-intelectuais foram (novamente) comparados ao final da

pesquisa. Essa (nova) comparação era com o intuito de se obter alguma relação com a quantidade e

qualidade dos estímulos (reforço didático-pedagógico em matemática) e com o teor de seus respectivos

sensos críticos. Esperava-se concluir que: quanto maior o nível de capacidade crítico-intelectual

(pontuação), maiores e melhores os estímulos e melhor a qualidade de formulação de argumentos.

Referências Bibliográficas

AZEVEDO, José Francisco-tradução. Programa de Pesquisa Cognitiva, Divisão de Educação Especializada da Universidade

de Witwatersrand, África do Sul; Mandia Mentis coordenação. Aprendizagem Mediada Dentro e Fora da Sala de Aula.

São Paulo: Instituto Pieron de Psicologia Aplicada, 2002.

CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência: normalidade e psicopatologia. Petrópolis, Vozes, 1987.

CURY, Augusto. Pais Brilhantes & Professores Fascinantes. A educação de nossos sonhos: formando jovens felizes e

inteligentes.

DOLMAN, Glenn; DOLMAN, Janet. Como multiplicar a Inteligência do seu bebê. NORTON, L. (Trad.). Porto Alegre:

Artes e Ofícios, 1993.

JEAMMET, Philippe. Respostas a 100 questões sobre a adolescência. Petrópolis: Vozes, 2007, p.204.