ensaio teórico administração pública e trabalho
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Trabalho final da disciplina isolada "Comportamento Humano nas Organizações" do Mestrado em Administração da UFMG (1º/2012)TRANSCRIPT
Administração Pública e Trabalho: a atração popular e o impacto da cultura
organizacional sobre o comportamento do trabalhador
Mariana Márcia Rezende da Costa1
Resumo: A Administração Pública Brasileira é conhecida por sua burocracia e
complexidade, o que torna o sistema de atendimento a população lento e defasado.
Apesar dos esforços para a modernização e reforma com base nos pressupostos da
Administração Privada, nota-se que ainda prevalecem práticas que impactam
negativamente no serviço prestado a população, no desempenho e motivação do
trabalhador e na Gestão de Recursos Humanos. Através de pesquisa bibliográfica,
algumas dessas práticas são apresentadas, bem como são expostas as possíveis
razões pelas quais as pessoas se interessam pelo trabalho no setor público.
Palavras-chave: Trabalho. Administração Pública. Gestão de Pessoas.
Organizações. Mudança.
1. INTRODUÇÃO
O trabalho organiza e dá sentido à existência humana, possibilitando o
desenvolvimento e integração social do sujeito. Representa não apenas a
sobrevivência material, como também social e psicológica dos indivíduos. Isto
significa que “é pelo trabalho que o homem se faz homem, constrói a sociedade,
transforma-a e faz a história” (ARAÚJO; SACHUK, 2007, p.55).
1 Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2012)
A forma de produção dominante dita à organização do trabalho de
determinada conjuntura social, o que implica em posturas e ideologias próprias que
influenciam no investimento e nas considerações sobre o trabalhador. As diretrizes
econômicas articulam as políticas e ideias dominantes em cada contexto histórico,
subsidiando as manifestações coletivas e individuais.
O mercado de trabalho hoje segue a lógica da rapidez da informação, das
inovações tecnológicas e da diminuição das fronteiras, necessitando cada vez mais
ser dinâmico e integrador. Desde então, o capital intelectual se valoriza cada vez
mais, tornando-se estratégico para que as organizações se desenvolvam e
mantenham-se atualizadas e competitivas.
Porém, na mesma proporção que esse capital intelectual é valorizado, é
também elevado o nível de cobrança por produtividade, qualidade e agilidade. Do
trabalhador são exigidas uma série de competências, voltadas sempre para metas e
resultados. As implicações dessas práticas dificultam o equilíbrio entre vida pessoal
e profissional, muitas vezes, fazendo com que a primeira seja negligenciada,
gerando estresse e queda na qualidade de vida.
Nas organizações privadas, o objetivo é único: o lucro. E sendo assim, as
práticas de Gestão de Pessoas se voltam para a seleção, retenção e maximização
dos talentos humanos, além da melhoria das relações interpessoais, a fim de criar
as melhores condições para que o objetivo seja atingido.
Por outro lado, na Administração Pública, o objetivo de trabalho e impacto
dele são diferentes do setor privado. Aqui, a prestação de serviços é ao cidadão, a
fim de satisfazer suas necessidades de educação, saúde, segurança, cultura, dentre
outros.
Quanto aos servidores públicos, cabe uma particularidade: os resultados de
seu trabalho vão muito além do salário, pois se voltam para eles próprios na medida
em que os esforços e produções implicam no desenvolvimento do país. Sua atuação
se torna assim, uma via de mão dupla.
Porém, o que se nota, é que os principais incentivos para o ingresso na
carreira pública, vão muito além do patriotismo ou aptidão. Neste artigo, busca-se
compreender o que leva as pessoas a serem atraídas por este tipo de ocupação,
sendo que muitas vezes, elas exercem funções aquém de suas potencialidades e
divergentes de seu perfil ou formação profissional.
Infere-se que as exigências do mundo do trabalho do setor privado e as
representações sociais sobre a atuação do profissional no âmbito público sejam os
fatores responsáveis por essa escolha. Além disto, são levantadas algumas
características do trabalho nas organizações públicas que impactam no
comportamento do trabalhador quanto ao seu desempenho e motivação.
Trata-se de um estudo de cunho bibliográfico e abordagem qualitativa. No
decorrer do texto são apresentadas as duas hipóteses explicativas do
comportamento do sujeito em escolher trabalhar no serviço público e após isto, o
impacto das particularidades do trabalho neste setor no comportamento
organizacional. Em seguida são feita as considerações finais.
2. O TRABALHO NO CONTEXTO DA HIPERMODERNIDADE
O trabalho possibilita a construção de subjetividades correspondentes a cada
época histórica, o que significa que “é pelo trabalho que o homem se faz homem,
constrói a sociedade, transforma-a e faz a história” (ARAÚJO; SACHUK, 2007, p.55).
Na sociedade capitalista e globalizada impera a inovação tecnológica, a
rapidez da informação, o narcisismo e o consumo. Os valores são instáveis e
manipulados pela publicidade e a mídia. As fronteiras são encurtadas, a cultura
prevalecente é a do efêmero e do individualismo. As identidades são adaptadas aos
interesses políticos e econômicos, referências já não existem ou são mutáveis.
Identidade hoje é sinônimo de processo contínuo e inconstante. Bauman (2011)
refere-se há esses tempos, como o mundo líquido “porque, como todos os líquidos,
ele jamais se imobiliza nem conserva sua forma por muito tempo”.
O consumo é acelerado e personalizado, torna tudo descartável, inclusive os
trabalhadores. Esses que, ao produzir desenvolvem suas faculdades, também as
consomem no mesmo processo, gastando sua energia, força e afeto. O trabalhador
se encontra em meio a um círculo vicioso, no qual precisa produzir para consumir e
ao mesmo tempo consumir para manter a produção ativa e gerar lucros.
Nota-se que a realidade sócio-profissional se torna cada vez mais concorrida,
exigindo das empresas grandes investimentos não apenas tecnológicos, mas
intelectuais para se manter no mercado, além da adoção de práticas mais
agressivas e inovadoras.
O capital humano se torna estratégico para que as organizações se
desenvolvam e mantenham-se atualizadas e competitivas. Os investimentos em
captação de mão de obra qualificada com posterior desenvolvimento delas são cada
vez mais fortes.
Quanto ao trabalhador, ele deve se adaptar e operar segundo as
movimentadas leis do mercado, sendo controlado pelo que ainda pode alcançar,
produzir e “doar” à empresa.
Agora cabe aos atuais e futuros empregados “se automonitorarem”, serem seus próprios observadores a fim de assegurar que seu desempenho é convincente e aprovável pelos compradores – e que continuará a merecer a aprovação caso estes mudem de desejos, gostos e preferências [...]” (BAUMAN, 2011, p.120)
A lógica capitalista é reproduzida nos relacionamentos profissionais, o
trabalhador se torna uma mercadoria, passível de ser consumida, inclusive
subjetivamente. E como todo produto ofertado, está sujeito a ser descartado na
medida em que se torna menos “rentável, prático e inovador” assim como produtos,
tecnologia e serviços.
O mundo do trabalho torna-se, de forma rápida e surpreendente, um complexo monstruoso, que se por um lado poderia ajudar o homem em sua qualidade de vida, por outro lado – patrocinado pelos que mantém o controle do capital, da ferramenta diária que movimenta a escolha de prioridades, avassala o homem em todos os seus aspectos. Alguns são absorvidos, exigidos, sugados. Outros alçados a postos de poder e de liderança que reproduzem o capital virtual. (CAPITÃO; HELOANI, 2003, p.103)
O trabalho não integra apenas a dimensão material, mas toma para si a
dimensão afetiva entre empresa e trabalhador, fazendo com que perfis de
profissionais sejam idealizados no estereótipo de “super-homens”, que conseguem
se superar a cada momento. Essa imagem é vendida e se torna um ideal a ser
atingido, o que, do contrário, faz do trabalhador um fracassado socialmente.
Tal realidade contribui para a emergência de sofrimento psíquico, que tende a
ser reforçado pelo discurso ideológico de que o indivíduo é o único responsável pelo
seu desenvolvimento profissional, ou seja, é ele o provedor de meios para seu
sucesso, através do esforço e de sua competência. Esquecendo-se assim, que as
oportunidades não são iguais para todos.
Entre os maiores impactos dessa contingência estão à insegurança e a
ansiedade. O trabalhador percebe que a qualquer momento pode ser substituído,
mesmo sendo o “melhor” naquele momento. Isto tende a elevar o nível de estresse e
diminuir a qualidade de vida.
Sendo assim, atuar no setor público representaria a chance de se conseguir
um emprego mais “tranquilo”, mesmo que fora de sua área de atuação. E mais do
que isso, um emprego em que não se tenha que se sujeitar as altas exigências de
qualificação, cobranças da chefia, metas e desvalorização da profissão,
conhecimento e esforço.
3. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O TRABALHO NO SETOR PÚBLICO
Sobre Representações Sociais, Xavier (2002) afirma que estas são
um sistema (ou sistemas) de interpretação da realidade, que organiza as relações do indivíduo com o mundo e orienta as suas condutas e comportamentos no meio social, permitindo-lhe interiorizar as experiências, as práticas sociais e os modelos de conduta ao mesmo tempo em que constrói e se apropria de objetos socializados. (XAVIER, 2002, p. 24)
As representações sociais se alimentam dos eventos do cotidiano: da cultura,
ideologias e experiências que são elaborados psicologicamente e socialmente.
Entender as representações sociais é importante, pois elas fundamentam as práticas
sociais. Elas seriam
“uma modalidade de conhecimento particular”, que têm por função a elaboração de comportamentos e a comunicação entre os indivíduos. O estudo das representações sociais, nessa perspectiva, consiste na análise dos processos pelos quais os indivíduos, em interação social, constroem
teorias sobre os objetos sociais, que tornam viável a comunicação e organização dos comportamentos. (XAVIER, 2002, p. 23)
As representações sociais construídas em torno do tema trabalho e setor
público podem representar outro fator motivador para a tentativa de ingresso nessa
área. Culturalmente é propagado em nosso país que no setor público, trabalha-se
menos e se ganha mais. Isto representa no imaginário das pessoas maior tempo
para a família, lazer e para si mesmo, além de menor esforço e possibilidade de
autonomia financeira.
Soma-se a isto, a não exigência muitas vezes, de experiência anterior na
função, benefícios adicionais e o status de quem passa no concurso público e vai
trabalhar em empresas reconhecidas nacionalmente. Esse último fator, é suficiente
para que as pessoas não se empenhem em conhecer a realidade de tal empresa
quanto à gestão de pessoas e ética. O que importa é ingressar nelas.
Sendo assim, trabalhando no setor público, haveria maiores chances de se
precaver quanto ao futuro, de se conseguir atingir as metas pessoais e levar uma
vida na qual o trabalho é como uma extensão de sua vida e não ela própria.
4. CULTURA ORGANIZACIONAL E O IMPACTO NO COMPORTAMENTO DO
TRABALHADOR
No Brasil, a Administração Pública, apesar dos esforços de modernização e
adoção de projetos que visam reformular as políticas administrativas, ainda se
caracteriza pela amplitude e complexidade, sendo representada por um elevado
conjunto de órgãos, o que tende a dificultar a execução de planos e projetos. O setor
tem grandes dificuldades para tornar suas ações efetivas, que em geral, são
burocráticas e inflexíveis.
Isso reflete na baixa capacidade de resposta no atendimento das demandas
da população, na “definição dos processos internos, na relação com inovações e
mudança, na formação dos valores e crenças organizacionais e políticas de recursos
humanos.” (MACÊDO; PIRES, 2006, p. 96)
A primeira característica da cultura organizacional aqui estudada é a forma de
ingresso no setor público, feita por meio de concursos. A Lei nº 8112 de 11 de
Dezembro de 1990, em seu artigo 11 determina:
O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas" (BRASIL, 1990)
Essa técnica de seleção (prova), na maioria das vezes, não privilegia a
competência para o cargo, mas sim a persistência e disciplina de estudos. A decisão
por fazer o concurso não necessariamente é feita por aptidão ou vocação, as
motivações para se trabalhar neste setor, como discorrido anteriormente são
diversas: estabilidade, salário, tranquilidade, dentre outros.
A escolha de um trabalho feita apenas com essas ponderações, certamente
impactará na qualidade da prestação do serviço a população, no desempenho do
indivíduo, na produtividade das equipes e na gestão de recursos humanos,
principalmente quanto à motivação, noção de coletividade e liderança.
Outra característica se refere à baixa flexibilidade e possibilidade de
implementação de ideias e projetos, o que significa redução dos níveis de variação
do comportamento e consequente alinhamento dos perfis e capacidades dos
trabalhadores. Isto tende a reprimir a inovação e o empreendedorismo. Os reflexos
dessa ineficiência podem explicar, não de forma isolada, a defasagem na prestação
de serviços públicos, bem como a queda da qualidade e produtividade das pessoas.
Profissionais com perfil mais dinâmico, criativo e questionador ou até em
início de carreira, que ainda estão se desenvolvendo podem se desmotivar ao
perceber que a máquina pública não acompanha seu ritmo de trabalho, não reforça
o desempenho individual e não permite movimentação a curto ou médio prazo
devido a grande hierarquização.
A manutenção dos avanços conquistados também é outra característica, já
que a cada novo mandato, priorizam-se novos projetos ou até mesmo alguns são
interrompidos ou abandonados. O conflito de objetivos de cada nova gestão dificulta
a continuidade das ações, o que interrompe o processo de formação e
desenvolvimento de equipes e as práticas de Recursos Humanos.
Por último, a estabilidade no emprego, que pode provocar problemas no
ajuste e adaptação do trabalhador, como: ineficiência, desmotivação e falta de
disposição para o trabalho. A ausência de punição pode ainda acarretar sobrecarga
de trabalho para alguns.
Ainda sobre isso, Pereira citado por Macêdo e Pires (2006) afirma que,
Outro ponto fundamental gerado pela estabilidade é o aumento dos custos públicos, que impede a adequação dos quadros de trabalhadores às reais necessidades do serviço, tanto em termos de quantidade quanto de especialização técnica, inviabilizando, ao mesmo tempo, a implantação de um sistema de administração eficiente, baseado em incentivos e punições. (PEREIRA apud MACÊDO; PIRES, 2006, p. 98)
Todas as características citadas impactam na percepção das pessoas sobre a
Administração Pública e nas tentativas por parte do governo, de mudar o processo
histórico e cultural vigente.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fim de mudar o cenário da Administração Pública, desde os anos 90,
estratégias de melhoria vêm sendo desenvolvidas e implementadas, o objetivo da
reforma é o de abandonar o modelo burocrático e adotar técnicas de gestão
empregadas no setor privado com foco no resultado e considerando o cidadão agora
como cliente.
O impacto das mudanças propostas vai além da desburocratização e
melhorias do serviço prestado a população, pois pode representar também uma
mudança de percepção dos funcionários do setor público e um consequente
aumento do comprometimento dos mesmos. Isto a longo prazo, pode afetar a forma
como o trabalho na Administração Pública é considerado pela população em geral,
ou seja, as representações sociais.
Para que isto ocorra, é necessário que seja revista a forma de ingresso, já
que esta é a possibilidade de selecionar as pessoas com capacidade prática,
psicológica e volitiva para cada função, pois serão estas mesmas pessoas que
poderão promover a reforma necessária, junto claro, a flexibilização do governo.
Soma-se a isto, a revisão dos benefícios oferecidos, principalmente quanto à
estabilidade e maneiras de se valorizar o funcionário. De nada adiantará
implementar práticas do setor privado como avaliação de desempenho e
meritocracia, se as pessoas estão resguardadas por este benefício (que pode
contribuir para a ineficiência ou limitar a correção de comportamentos inadequados)
ou acreditam que uma promoção, por exemplo, não é fruto de seus esforços, mas
sim de interesses políticos.
Frente a isto, as práticas de Gestão de Pessoas também devem ser revistas e
seus gestores devem tomar conhecimento do que vem sendo feito sobre o assunto,
principalmente quanto a motivar o agente público e afastar as influências do poder
político na gestão de pessoas.
O enfoque deve ser o do profissionalismo para se superar paternalismos,
intrigas, falta de integração e personalismos. Tudo isto para fazer com que as
pessoas consigam atuar de forma sistêmica, responsável e mais condizente com a
realidade.
REFERÊNCIAS
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BAUMAN, Zygmunt. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 226p.
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