engenharia bioquímica, prof. agenor furigo. alunos: brunno bagnariolli, felipe reffatti, joel pires...

42
Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari CERVEJA

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

114 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo.

Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

CERVEJA

Page 2: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Introdução

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

A cerveja é uma bebida proveniente da fermentação de um extrato aquoso açucarado (mosto) o qual é obtido a partir de cereais germinados, geralmente a cevada. Além da levedura e dióxido de carbono, é adicionado ao mosto o lúpulo, o qual transmite o sabor amargo à cerveja. As cervejas têm um teor alcoólico 0 a 8,5 %.

Page 3: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Histórico

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Um monumento conhecido como Pedra Azul, que se encontra hoje exposto no Museu do Louvre, em Paris, datado dos primórdios da civilização suméria, contém inscrições sobre como se produzia a cerveja.

A Idade Média que a cerveja passou a ser produzida nos mosteiros e deu os primeiros passos para tornar-se esta bebida nobre, de sabor ligeiramente amargo.

A cerveja chegou ao Brasil em 1808, trazida pela família real portuguesa de mudança para o então Brasil colônia.

Page 4: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo.

Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

MATÉRIAS PRIMAS

Page 5: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Água;

Cevada;

Malte;

Lúpulo;

Levedura.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 6: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Água A água é um dos principais fatores a ser levado em

consideração na fabricação de cervejas. Basicamente ela define o local de onde a cervejaria deve ser instalada. Para cada 1L de cerveja produzida é gasto em média 10L de água, considerando todas as etapas do processo.

A água deve ser insípida e inodora para não interferir no gosto e aroma da cerveja acabada. Também deve possuir um pH entre 6,5 e 8,0, faixa onde as enzimas do malte atuam para a transformação do amido em açucares fermentáveis.

A tecnologia de tratamento de águas evoluiu de tal forma que é possível adequar a composição de qualquer água às características desejadas. Porém o custo de alterar a composição salina da água normalmente é muito alto, motivo pelo qual as cervejarias ainda hoje consideram a qualidade da água disponível como fator determinante da localização de suas fábricas.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 7: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Cevada

A cevada é uma planta da família das gramíneas – parente próximo do trigo – e sua cultura é efetuada em climas temperados. No Brasil, é produzida em algumas partes do Rio Grande do Sul durante o inverno; na América do Sul, a Argentina é grande produtora.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 8: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Malte Malte é o grão de cevada que foi submetido a um

processo de germinação controlada para desenvolver enzimas e modificar o amido, tornando-o mais macio e solúvel.

Este processo consiste, basicamente, em colocar o grão de cevada em condições favoráveis à germinação, deixar que ela ocorra, e interrompê-la tão logo o grão tenha iniciado o processo de criação de uma nova planta. Nessa fase, o amido do grão apresenta cadeias menores que na cevada, o que o torna menos duro e mais solúvel, e, no interior do grão, formam-se enzimas que são fundamentais para o processo de fabricação de cerveja. A germinação é então interrompida por secagem a temperaturas controladas, de modo a reduzir o teor de umidade sem destruir as enzimas formadas.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 9: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Lúpulo O lúpulo (Humulus lupulus L.) é uma trepadeira perene, cujas

flores fêmeas apresentam grande quantidade de resinas amargas e óleos essenciais, os quais conferem à cerveja o sabor amargo e o aroma que caracterizam a bebida. É o tempero da cerveja e um dos principais elementos que os mestres cervejeiros dispõem para diferenciar seus produtos dos demais. A quantidade e o tipo de lúpulo utilizado é um segredo guardado a sete chaves pelos cervejeiros.

Trata-se de uma cultura dos climas frios do hemisfério norte, sendo os países do norte europeu e os Estados Unidos os grandes produtores.

A forma mais comum de utilização do lúpulo é em pellets, pequenas pelotas obtidas a partir da prensagem das flores. Consegue-se, assim, reduzir substancialmente os volumes de lúpulo a transportar, mantendo-se as características originais e puras das flores.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 10: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Levedura

A levedura utilizada em cervejaria é a espécie Saccharomyces Cerevisiae e cada cervejaria possui sua própria cepa (“raça”).

Tem como função promover a fermentação, ou seja, transformar açúcar em álcool e gás carbônico.

Embora todas as cepas façam basicamente o mesmo trabalhoo sabor do produto obtido difere de uma cepa para outra, em virtude de pequenas diferenças de metabolismo.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 11: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo.

Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

PRODUÇÃO DA CERVEJA

Page 12: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 13: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Limpeza da Cevada

O fabrico da cerveja envolve uma primeira fase em que a cevada é limpa, calibrada e molhada para desencadear a germinação e dar origem ao malte, que é finalmente seco e torrado.

A cevada é a principal fonte de carboidratos, os quais constituem a fonte de carbono para o processo de fermentação.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 14: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 15: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Molhagem da Cevada Quando a cevada é molhada inicia-se a germinação, ou seja,

ocorre a hidrólise da glicose proveniente do amido, maltose, maltotriose e outros derivados fermentáveis por ação da α- e β-amilase.

A hidrólise de outras oses da cevada leva ao aparecimento de outros açúcares fermentáveis como a sucrose e frutose no malte.

Durante a fase de germinação há ainda a síntese de proteases, que cindem as proteínas constituindo uma fonte de aminoácidos e peptídeos.

A germinação é interrompida por aquecimento e secagem quando cerca de 95% das sementes germinaram, o que corresponde a uma fermentação de apenas 5-10% do amido, no entanto, durante o processo há um aumento no teor em amilase, crucial para o passo posterior de obtenção do mosto.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 16: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 17: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Brassagem

O malte moído é misturado com água quente, e por extração a quente, obtém-se o mosto: solução aquosa de açucares, aminoácidos e péptidos, contendo sais de cálcio e com um pH ligeiramente ácido ( ≈5,5).

Nesta fase dá-se a conversão completa do amido em açúcares.

Após a conclusão do processo, o mosto é filtrado e o resíduo sólido lavado a quente para melhorar a eficiência de extração dos nutrientes.

Ao filtrado é posteriormente adicionada água para repor o volume inicial e o conteúdo alcoólico é monitorizado por medidas de densidade.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 18: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 19: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Fervura do Mosto

O filtrado é concentrado por evaporação e durante a “fervura do mosto” adiciona-se o lúpulo ao concentrado de mosto.

A mistura é mantida em ebulição de forma a assegurar a esterilização da solução, assegurando simultaneamente a hidrólise dos compostos resinosos do lúpulo (que conferem o sabor amargo), a oxidação de derivados fenólicos e a reação de Maillard (processos responsáveis pela coloração da cerveja).

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 20: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 21: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Fermentação

Após a fervura, o mosto é arrefecido até cerca de 60ºC e arejado, removendo-se a fração insolúvel por filtração ou centrifugação.

A adição da levedura à solução desencadeia o processo de fermentação.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 22: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Numa primeira fase ocorre uma fermentação aeróbia, dando-se a decomposição da glucose em dióxido de carbono e água mas sem formação de álcool.

Este processo é acompanhado por um aumento da biomassa, ou seja, da concentração de levedura no meio.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 23: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Numa segunda fase o decréscimo do oxigênio dissolvido leva à transição do processo para anaeróbio, segundo a via Embden-Meyerhof (glicólise), durante o qual a glucose se decompõe em piruvato com libertação de energia, e a levedura descarboxila o piruvato reduzindo-o a álcool por ação da enzima álcool desidrogenase.

Este processo deve ocorrer abaixo dos 37ºC evitando a inativação da enzima.

Conteúdo alcoólico ser avaliado por medidas de densidade ou refractométricas.

Na fase final, quando o conteúdo em açucares se reduziu, as células de levedura tendem a flocular e a ascender para a superfície do recipiente, de onde podem ser facilmente removidas, sendo posteriormente reutilizadas.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 24: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 25: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Maturação Esta cerveja verde é normalmente muito áspera e ácida e tem

de ser maturada para produzir o produto final. Primeiro se faz o arrefecimento (a 0°C) e a clarificação da

solução, por remoção do resíduo protéico precipitado a frio. Carbonatação eleva os níveis de dióxido de carbono dissolvido. Pequenas e sutis transformações ocorrem, que ajudam a

arredondar o sabor da cerveja. Algumas substâncias indesejadas, oriundas da fermentação, são

eliminadas e o açúcar residual é consumido pelas células de fermento remanescentes, em um fenômeno conhecido por fermentação secundária.

A maturação costuma levar de seis a 30 dias, variando de uma cervejaria para outra, em razão da cepa de fermento e do toque pessoal do cervejeiro. Ao término dessa fase, a cerveja está praticamente concluída, com aroma e sabor finais definidos.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 26: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Processos Posteriores

Filtração

Enchimento.

Pasteurização

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 27: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Filtração

Depois de maturada, a cerveja passa por uma filtração, que busca a eliminação de partículas em suspensão, principalmente células de fermento, deixando a bebida transparente e brilhante.

A filtração não altera a composição e o sabor da cerveja, mas é fundamental para garantir sua apresentação, conferindo-lhe um aspecto cristalino.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 28: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Enchimento

O enchimento é a fase final do processo de produção. Pode ser feito em garrafas, latas e barris. A cerveja é basicamente a mesma em qualquer das embalagens.

O processo de enchimento não altera as características do produto.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 29: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Pasteurização

Logo após o enchimento, é prática comum nas cervejarias submeter a cerveja ao processo de pasteurização. A pasteurização nada mais é do que um processo térmico, no qual a cerveja é submetida a um aquecimento a 60 °C e posterior resfriamento, buscando conferir maior estabilidade ao produto.

Graças a esse processo, é possível às cervejarias assegurar uma data de validade ao produto de seis meses após a fabricação. O processo de pasteurização é muito difundido em toda a indústria de alimentos e bebidas, e em nada altera a composição do produto.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 30: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo.

Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins LazzariCLASSIFICAÇÕES

Page 31: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Fermentação;

Extrato Primitivo;

Cor;

Teor Alcoólico;

Teor de Extrato;

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 32: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Fermentação

Alta fermentação (ale);

Baixa fermentação (lager);

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 33: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Extrato Primitivo

Leve: > 5% e <10,5%

Comum: > 10,5% e < 12%

Extra: >12,0% e <14%

Forte: > 14%

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 34: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Cor

Medida visualmente, sendo a escala de Lovibond o padrão mais antigo a ser usado.

Esta escala é composta por um conjunto bem definido de amostras coloridas, as quais são usadas por comparação com a amostra a ser classificada e à qual é atribuído o respectivo grau Lovibond.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 35: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

O “Standard Reference Method” (SRM) consiste na determinação da absorbância da amostra numa célula de 0.5 polegadas, usando um feixe monocromático de 430 nm, que é o comprimento de onda ao qual as cervejas apresentam uma maior diferença entre elas.

O valor de absorbância assim determinado é então multiplicado por dez, o que faz com que a escala SRM fique equivalente à escala de Lovibond.

Na Europa, a “European Brewing Convention” desenvolveu outra escala que foi designada de escala EBC. A relação entre esta escala e a americana é a seguinte: EBC = SRM x 1.97;

Clara: menos de 20 unidades EBC;

Escura: 20 ou mais unidades EBC.01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 36: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Teor Alcoólico

Sem álcool: menos de 0,5% em volume de álcool

Alcoólica: igual ou maior que 0,5% em volume de álcool

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 37: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Teor de Extrato (final)

Baixo: até 2%

Médio: 2% a 7%

Extra: >12,0% e <14%

Alto: mais de 7%

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 38: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

TIPOS DE CERVEJACERVEJA ORIGEM COLORAÇÃO TEOR ALCOÓLICO FERMENTAÇÃO

Pilsen República Checa Clara Médio Baixa

Dortmunder Alemanha Clara Médio Baixa

Stout Inglaterra Escura Alto Geralmente Baixa

Porter Inglaterra Escura Alto Alta ou Baixa

Weissbier Alemanha Clara Médio Alta

München Alemanha Escura Médio Baixa

Bock Alemanha Escura Alto Baixa

Malzbier Alemanha Escura Alto Baixa

Ale Inglaterra Clara e Avermelhada Médio ou Alto Alta

Ice Canadá Clara Alto -

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 39: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Mercado Brasileiro Quarto mercado em volume de cerveja: 10,34bilhões de

litros/ano;

Nono em consumo per capita, 47 litros/habitante ano;

Na saída da fábrica, seu custo é um dos menores do mundo. Porém até chegar ao consumidor final a cerveja sofre a incidência de uma série de tributos que encarecem o produto;

O setor emprega mais de 150 mil pessoas e não pára de crescer. Nos últimos cinco anos, as indústrias cervejeiras investiram mais de R$ 3 bilhões, com 10 novas plantas industriais entrando em operação;

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 40: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Cerveja e Saúde A cerveja possui alto valor nutritivo e é fácil e rapidamente

assimilada pelo organismo.

As cervejas são ricas em vitaminas, sobretudo as do chamado complexo B.

A vitamina B1 auxilia no funcionamento dos músculos, nervos e cérebro;

B2 colabora para a manutenção dos tecidos;

B5 atua no metabolismo dos carboidratos e gorduras;

Os minerais, como cálcio e fósforo, são essenciais para a composição dos ossos; e o potássio, junto com o cálcio, assegura, entre outros benefícios, o bom funcionamento do coração.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 41: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Cerveja e Saúde Diversos estudos demonstram que a cerveja,

consumida com moderação, é uma bebida saudável, que proporciona efeitos positivos, entre eles a melhoria da capacidade física, a redução dos estados ansiolíticos e depressivos, a diminuição das pressões sistólicas e diastólicas e a redução dos riscos de infartos e cardiopatias em geral, além de garantir maior resistência contra infecções.

Entende-se como consumo moderado de cerveja a ingestão diária média de até 1 litro, o que corresponde a, no máximo, 40 g de álcool puro por dia.

01/06/2009 - Cerveja - Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo - Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari

Page 42: Engenharia Bioquímica, Prof. Agenor Furigo. Alunos: Brunno Bagnariolli, Felipe Reffatti, Joel Pires Viana Jr., Lívia de Martins Lazzari Engenharia Bioquímica,

Obrigado !