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PESQUISA IBOPE73% DOS BRASILEIROS GOSTARIAM DE ESCOLHER O SEU FORNECEDOR DE ENERGIA
EDIÇÃO 02 | JANEIRO DE 2017
ISSO É DA SUA CONTAENERGIA LIVRECAMPANHA COLOCA ENERGIA NA LUTA PELA PORTABILIDADE DA CONTA DE LUZ EM TODO O PAÍS. MOBILIZAÇÃO IMPACTOU MAIS DE 4 MILHÕES DE PESSOAS EM APENAS CINCO MESES.
AMPLIAÇÃO DO MERCADO LIVREJÁ NÃO SE FALA NA POSSIBILIDADE DE ABRIR O MERCADO, MAS SIM QUAIS OS DESAFIOS PARA A SUA ABERTURA
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 3
SUMÁRIOO que é a Abraceel
Missão e Visão
Mensagem do Conselho de Administração
Mensagem da Diretoria-Executiva
Contexto do mercado em 2016
Mercado livre em números
Pesquisa Ibope/Abraceel 2016
O Novo Setor Elétrico Brasileiro
A portabilidade na agenda política brasileira
Mais eficiência na comunicação
Energia Livre – Isso é da sua conta
Expansão do ACL com sustentabilidade
Geração do Mercado Livre chegou ao poder
Prova de Certificação de Operadores do Mercado de Energia Elétrica
Abraceel lança cartilha sobre mercado livre de energia elétrica
Comercializador varejista
Frederico Rodrigues assume a Diretoria de Relações Institucionais
Gás natural: aprimoramentos no mercado
Planejamento Estratégico
Mercado livre em pauta
Transparência – Relatórios da auditoria
Abraceel em números
Associados
Equipe
040506070812162123303236384648495152545660626370
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Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 20174
Sobre a Abraceel
Associação Brasileira dos Comer-cializadores de Energia (Abra-ceel) foi constituída no início do ano 2000 e conta com 71
empresas vinculadas, de características societárias diversas: de grande e peque-no porte, privadas e públicas, controla-das por capital nacional e internacional. Defende a livre competição de merca-do como instrumento de promoção da eficiência e segurança do abastecimen-to nas áreas de energia elétrica, etanol e gás natural, bem como de estímulo ao crescimento das negociações de créditos de carbono. Esse trabalho é feito com foco na análise técnica e na consistência jurídica, sempre em favor do crescimento susten-
tável do mercado livre e da livre escolha dos consumidores por seus fornecedores de energia. Existem atualmente 189 agen-tes de comercialização registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As empresas associadas, contudo, respondem por cerca de 94% do volume negociado pelo segmento na CCEE, o que confere representatividade singular à Abraceel. O mercado livre aten-de hoje a 812 consumidores livres e 3250 consumidores especiais, responsáveis por 27% do consumo de energia elétrica na-cional e aproximadamente 70% do con-sumo industrial brasileiro, sendo um elemento fundamental para a competi-tividade industrial e geração de emprego e
ABanco de Imagens CPFL Energia/Foto Matheus Meireles
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renda para o país.A associação atua junto à sociedade em geral, incluindo formadores de opinião, órgãos governamentais, outras organizações das áreas de energia elétrica, etanol, gás natural e créditos de carbono, e agentes econômicos em geral, de forma a:
• Promover a liberdade de esco-lha como valor fundamental da competição para promoção da ino-vação, da eficiência e de menores preços de energia;
• Divulgar as melhores práticas e experiências nacionais e interna-cionais na regulação, no desenvolvi-mento dos mercados de energia e na comercialização de energia;
• Defender o aperfeiçoamento do marco legal e regulatório de modo que a livre comercialização possa promover, cada vez mais, a efi-ciência do mercado por meio da portabilidade da conta de luz, em benefício da sociedade;
MISSÃO ABRACEELPromover o desenvolvimento sustentável do livre mercado de energia, defendendo os interesses da atividade de comercialização no que diz respeito aos aspectos regulatório, político, técnico e jurídico, com credibilidade junto à sociedade.
VISÃO ABRACEELSer reconhecida como uma associação que lidera a defesa do livre mercado de ener-gia com coerência técnica e em benefício da sociedade, trabalhando pela oferta segura, sustentável e competitiva.
ESSE TRABALHO É FEITO COM FOCO NA ANÁLISE TÉCNICA E NA CONSISTÊNCIA JURÍDICA, SEMPRE EM FAVOR DO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DO MERCADO LIVRE DE ENERGIA
• Defender a ampliação e a consolida-ção do mercado livre de energia elé-trica, bem como a estruturação do mercado de gás natural e a con-solidação dos mercados de etanol e créditos de carbono; e
• Manter seus associados informados so-bre a evolução do ambiente legal e ins-titucional, buscando identificar e com-bater possíveis ameaças, além de criar e difundir, com isonomia entre os associa-dos, as oportunidades de mercado.
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Mensagem do Conselho de Administração
Tenho grande satisfação em apresentar o relatório anual de atividades da Abra-ceel correspondente ao exercício de 2016. O ano que passou representou um divisor de águas na história da Abraceel, reflexo de uma situação política e econômica particu-lar enfrentada pelo país.
Ao mesmo tempo em que enfrentamos um período político conturbado no primei-ro semestre, fechamos o ano com uma nova equipe no setor elétrico brasileiro, oriunda do mercado, interessada em mudanças e em busca de um setor mais eficiente e produtivo.
A Abraceel também adotou novas formas de atuação, estabelecendo um diálogo mais próximo e direto com o consumidor bra-sileiro de energia por meio da campanha “Energia Livre – Isso é da sua conta”. Em apenas cinco meses de campanha, mais de quatro milhões de brasileiros foram impac-tados e desejam ter o direito de escolher o fornecedor de energia, assim como os gran-des consumidores do país já fazem. É uma forma de reivindicar o direito a ter uma energia mais barata, limpa e com atendi-mento comercial de qualidade.
A nossa associação também se esforça para cumprir o que os associados dela es-peram. Vale destacar que a pesquisa feita com os representantes de cada empresa apontou um índice de satisfação de 72%. Esse tipo de pesquisa é parte dos nossos instrumentos para conhecer com profun-didade as preocupações dos associados. Também é uma forma de avaliarmos a as-sociação e corrigir rumos. E seus resulta-dos são fundamentais para o nosso Plane-jamento Estratégico.
Satisfeito com os resultados alcança-dos, registro meus agradecimentos às empresas associadas, que têm enorme confiança no trabalho da Abraceel, e aos meus colegas de Conselho (Cristopher Vlavianos, João Carlos de Abreu Guima-rães, Marcos Keller, Mikio Kawai Jr., Pau-lo Cezar Coelho Tavares, Rafael Mathias e Ricardo Lisboa). Também agradeço aos nossos parceiros de negócios e à colabo-ração de outras associações empresariais. Finalmente, faço um agradecimento es-pecial aos integrantes da Diretoria-Execu-tiva e a todos da equipe da Abraceel, sem-pre atentos para que a associação possa cumprir bem a sua principal finalidade, atender da melhor forma possível aos in-teresses das empresas associadas.
Oderval Esteves Duarte FilhoPresidente do Conselho de Administração da Abraceel
Oderval Esteves Duarte Filho
Presidente do Conselho de Administração da Abraceel
O CONSUMIDOR BRASILEIRO EM PRIMEIRO LUGAR
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Mensagem da Diretoria-Executiva
ENERGIA LIVRE ISSO É DA SUA CONTA
O ano de 2016 foi singular na história po-lítica e econômica do país, o que refletiu di-retamente na configuração do setor elétrico brasileiro. A mudança de governo apontou uma perspectiva positiva, traduzida na con-figuração e nova diretriz do Ministério de Minas e Energia. Agora conduzido pelo ino-vador Fernando Coelho Filho, o MME reno-vou suas lideranças, colocando executivos de mercado nos principais cargos da pasta.
Paulo Pedrosa, presidente-executivo da Abraceel entre 2005 e 2010, foi nomeado se-cretário-executivo do ministério. Trata-se de uma personalidade extremamente respeitada no setor e com altíssimo conhecimento técni-co e regulatório sobre o mercado de energia.
Entre outros, destacamos Luiz Barroso, um dos mais reconhecidos consultores do merca-do, que foi nomeado presidente da Empresa de Pesquisa Energética. Com sua expertise e experiência, Barroso está reerguendo e dina-mizando o setor com base em credibilidade, transparência, independência e eficiência.
A mudança de direção foi confirmada ain-da com a abertura, pelo MME, da consulta pública para debater os desafios para a ex-pansão do mercado livre de energia elétrica (Consulta Pública nº 21/2016). A Abraceel vê com grande otimismo a decisão, mas re-conhece que a ampliação do mercado livre deve ser feita com cuidado, para manter a estabilidade do sistema elétrico.
Entendemos que essa decisão do governo está alinhada com os interesses da sociedade: o direito à portabilidade da conta de luz (direi-to de escolha do consumidor) interessa a 73% da população, conforme a 3ª Pesquisa de Opi-nião Pública sobre Energia Elétrica realizada pelo Ibope Inteligência em maio.
A leitura deste relatório deixará claro que, nesse contexto, a associação não li-mitou seu trabalho à defesa dos interesses mais diretos e imediatos dos seus associa-dos, mas na busca da ampliação da livre contratação de energia, do espírito da livre iniciativa, da competição e da inovação.
Também reafirmamos nosso compromis-so de evoluir a cada dia e, com o apoio de todos os nossos associados, projetar uma Abraceel mais participativa e capaz de ge-rar valor para cada empresa.
Por esse motivo, a partir do Planejamento Estratégico 2017, passaremos a trabalhar com foco num horizonte de três anos, de forma a projetar uma associação que consiga fortale-cer a liberdade de escolha de cada cidadão em um momento em que o setor elétrico está olhando para si e buscando se reestruturar.
Aproveito a oportunidade para registrar meus agradecimentos aos meus colegas de Diretoria-Executiva, Alexandre Lopes e Fre-derico Rodrigues, e a toda a equipe da Abra-ceel pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano. Também destaco meus agradecimen-tos ao presidente do Conselho, Oderval Duarte, e aos conselheiros Cristopher Vla-vianos, João Carlos Guimarães, Marcos Kel-ler, Mikio Kawai Jr., Paulo Cezar Tavares, Rafael Mathias e Ricardo Lisboa.
Por fim, renovamos o convite a todos para que participem do dia-a-dia da asso-ciação. Estamos sempre abertos às críticas, sugestões e comentários de todos aqueles interessados em uma Abraceel ainda mais presente, ativa e respeitada.
Reginaldo Almeida de MedeirosPresidente Executivo da Abraceel
Reginaldo Almeida de Medeiros
Presidente Executivo da Abraceel
Mercado
s mudanças no Governo Federal abriram a possibilidade de me-lhora das condições do mercado livre de energia elétrica. A nova
equipe à frente do Ministério de Minas e Energia (MME), capitaneada pelo ministro Fernando Coelho Filho, resultou na mu-dança da visão do governo, com o reconhe-cimento de que o modelo setorial precisa de mudanças estruturais. Essa sinalização acarretou em intensa atividade regulatória, não só no MME, mas também no parlamen-to e na agência reguladora.
Ampliação do mercado livreJá não se fala mais na possibilidade de
abrir o mercado, mas sim quais os desafios para sua abertura.Nos primeiros meses de 2016, o Senado Federal apresentou o Projeto de Lei nº 232 (PLS 232/2016), que prevê mu-
danças regulatórias para uma gradual aber-tura do mercado. Esse projeto vem passando por um amplo debate entre os agentes seto-riais, que está sendo liderado pela Abraceel. Atualmente o projeto aguarda o parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) na Co-missão de Assuntos Econômicos do Senado.
Também no início de 2016, o deputado Fá-bio Garcia (PSB/MT), relator do PL 1917/15 na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara, realizou uma consulta pública com as associações do setor elétrico sobre as mudanças no modelo setorial que estão sendo propostas no projeto. O parecer do relator deverá ser apresentado à CME nos primeiros meses de 2017.
Com a forte movimentação setorial em torno do tema, para debater com a socie-dade os desafios para a expansão do mer-cado livre, o MME abriu a consulta públi-
CONTEXTO DO MERCADO EM 2016A
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Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
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ca nº 21 em outubro, como detalhado no texto “Expansão do ACL com eficiência e sustentabilidade” (página 36). Diante dessa atitude, a Abraceel acredita que os próximos passos para a expansão do mer-cado livre devem acontecer no primeiro semestre de 2017.
Alterações na formação de preço: novos valores do CVaR podem diminuir a GFOM.
Outro tema discutido entre o MME e a so-ciedade durante o ano foi o aprimoramento na formação de preços de curto prazo.
Em outubro de 2016, o MME abriu a consulta pública nº 22 para estabelecer as competências e diretrizes nas alterações dos modelos computacionais de operação e formação de preço.
As alterações, que foram regulamentadas por meio da resolução CNPE nº 07/2016, trazem maior segurança e previsibilidade aos agentes. A Resolução CNPE estabelece que as mudanças estruturais nos modelos promovidas pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias de Programas
JÁ NÃO SE FALA MAIS NA POSSIBILIDADE DE ABRIR O MERCADO, MAS SIM QUAIS OS DESAFIOS PARA SUA ABERTURA
Banco de Imagens CPFL Energia
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201710
Computacionais do Setor Elétrico - CPAMP devem ser aprovadas até o final de julho e implantadas a partir de janeiro do ano subsequente, após ampla discussão com a sociedade. Define ainda que as alterações excepcionais dos dados de entrada do mo-delo promovidas pela Aneel tenham efeito somente um mês após o aviso ao mercado, conferindo condições de maior previsibili-dade aos agentes.
No mês seguinte, o MME iniciou a discus-são, por meio da CP 23/2016, para redefini-ção dos parâmetros de aversão ao risco, alfa (α) e lambda (λ) a partir de maio de 2017.
Com o resultado da consulta pública, foram definidos os novos valores α=50% e λ=40%. A expectativa é que reflitam com maior precisão a aversão ao risco do ONS, diminuindo o despacho fora da ordem de mérito e, por consequência, o encargo pago pelos consumidores.
Outra medida tomada para garantir maior aderência entre o planejamento e a operação do modelo foi o estabelecimento de nova função do custo de déficit, passando para um patamar único de R$ 4.650,00/MWh.
A carga poderá ter papel ativo na forma-ção do PLD.
No âmbito do Poder Legislativo, a Lei 13.360/2016 deve trazer mudanças na for-mação de preços. Isso porque estabelece a reação da demanda como parâmetro de otimização do despacho, fazendo com que a carga passe a ter papel ativo no cálculo dos preços de curto prazo, o que ainda deve ser regulamentado.
Nesse sentido, os comercializadores de energia terão um papel fundamental nesse processo como agregadores de cargas – ou seja, consolidando, para o ONS, as cargas de vários consumidores interessados em parti-cipar do processo.
Todas essas alterações são convergentes com as metas da associação, que buscam minimizar a discrepância entre despacho real e o indicado pelo modelo, além de for-talecer a previsibilidade regulatória da for-mação de preços.
Um ano de forte migraçãoAlém da movimentação legislativa e do
MME, mudanças também ocorreram na Aneel e trouxeram avanços imediatos para o mercado livre.
Mercado
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Matheus Meireles
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
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Em fevereiro de 2016, mais uma etapa da simplificação do sistema de medição para faturamento (SMF) foi concretizada pela agência reguladora: não é mais necessária a utilização do medidor de retaguarda pelo consumidor especial; o ONS não participa mais do processo de adequação da medição; e é possível realizar a adesão à CCEE no mes-mo mês em que foi finalizada a adequação.
Essas mudanças desoneraram e deram ce-leridade ao processo de migração e, somadas ao baixo preço da energia no mercado livre e ao aumento das tarifas do cativo, resultaram em um recorde de migrações para o ACL em 2016, como detalhado no texto “Mercado li-vre em números” (página 12).
Outra medida que simplificou as ativi-dades no ACL, por meio do Legislativo, foi o fim da necessidade de contratação de potência, medida trazida pelo decreto nº 8.828, de 2016.
No final do ano, foi superada a barreira do requisito mínimo de 69 kV de tensão para a migração de consumidores conec-tados ao sistema elétrico antes de 8 de ju-lho de 1995. A medida foi implantada por
A ABRACEEL ACREDITA QUE OS PRÓXIMOS PASSOS PARA A EXPANSÃO DO MERCADO LIVRE DEVEM ACONTECER NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017
meio da Lei 13.360, de 2016 (conversão da MP 735), e terá aplicação a partir de janei-ro de 2019.
Em 2017, as migrações devem continuar e espera-se maior participação do comercia-lizador varejista, uma vez que, em 2016, três agentes dessa categoria foram habilitados e já fizeram contratos no mercado.
A sobrecontratação das distribuidorasNo âmbito do ambiente regulado, mas
com potencial para afetar todo o mercado, o tema mais debatido em 2016 foi a situação de sobrecontratação das distribuidoras. As concessionárias de distribuição se viram expostas acima dos 5% de suas cargas e com PLD abaixo do seu mix de contratos, situação crítica e que poderia acarretar em danos para todo o setor.
Esse cenário levou à tomada de diversas medidas regulatórias para diminuir a ex-posição das distribuidoras ao preço spot. A principal delas, que carece de regulamen-tação, é a permissão para que as concessio-nárias vendam seus excedentes no mercado livre, medida defendida pela Abraceel, para dar maior liquidez e dinamismo ao ACL, além de favorecer o equilíbrio entre os am-bientes de contratação de energia.
A perspectiva da Abraceel é que a regu-lamentação da medida seja definida em breve. A venda dos excedentes das distri-buidoras deve ser realizada somente via leilões regulados e com a participação de todos os agentes interessados em comprar os produtos ofertados pelas concessioná-rias sobrecontratadas.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201712
m 2016, o mercado livre de ener-gia teve um crescimento notável, provocado pela intensa migração de consumidores. Neste ano, o nú-
mero de consumidores desse ambiente de contratação mais do que dobrou, passando de 1.826, em 2015, para 4.062, em 2016. Des-tes, 812 são consumidores livres e 3.250 são consumidores especiais.
Com esse avanço, o mercado livre alcan-çou, em outubro de 2016, a marca de 27% do consumo do Sistema Interligado Nacio-nal (SIN). O consumo mensal médio do ACL em 2016 foi de 15.516 MW, representando uma alta de 6,6% em relação a 2015; no mes-mo período, foi verificada uma redução de 2% no consumo no ACR. Quanto à carga, os consumidores livres registraram uma média de 9.769 MWmed em 2016 e os consumido-res especiais atingiram 2.368 MWmed, o que
MERCADO LIVRE EM NÚMEROSMercado
E
O mercado livre alcançou a marca de 27% do consumo do Sistema Interligado Nacional (SIN), o maior nível desde setembro de 2013.
CONSUMIDORES
812 Livres 3.250 Especiais4.062 Total
Banco de Imagens CPFL Energia
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corresponde a um crescimento de 47,9% para esse perfil de agente.
Destaque ainda para o fato de que, em 2016, a indústria atingiu o patamar recorde de participação no ACL, 70% do consumo in-dustrial foi realizado nesse ambiente. O se-tor de comércio também se destaca: graças ao grande volume de migrações de unidades consumidoras do varejo, o consumo do seg-mento aumentou em 26% quando compara-do com o de 2015, atingindo 308 MW médios. Apenas dois setores, o automotivo e o de ex-tração de minerais, reduziram o consumo de energia no ACL em 2016, em decorrência da diminuição de suas atividades.
A participação do ACL no volume comer-cializado no SIN também aumentou, pas-sando de 46,8%, em 2015, para 48,7%, em 2016. Isso representa um giro de mercado (número de vezes que a mesma energia foi vendida no mercado) de aproximadamente 3,1 vezes a carga de consumidores livres e especiais e autoprodutores, ante a um giro de 2,9 em 2015, o que indica uma expansão da liquidez no ano.
Esse aumento de liquidez tem sido favo-recido pela atuação dos comercializadores. As 189 empresas do segmento registradas na CCEE negociaram, em 2016, aproxima-damente 19.965 MW médios, representan-do 48,1% de toda a energia transacionada no ACL. Destas, 68 pertenciam ao quadro
VÁRIAÇÃO DO CONSUMO3%
12%
10%
-3%
26%
9%
6%
4%
14%
16%
9%
10%
6%
0%-10% Fonte: CCEE10% 20% 30%
15%
-10%
Telecomunicações
Saneamento
Bebidas
Transporte
Comércio
Têxteis
Veículos
Serviços
Extração de minerais metálicos
Manufaturados diversos
Alimentícios
Minerais não-metálicos
Madeira, papel e celulose
Químicos
Metalurgia e produtos de metal
de associadas da Abraceel e, juntas, transa-cionaram 94% de toda a energia negociada pelo segmento no período.
Além disso, o mercado livre se mostrou um grande propulsor no desenvolvimento de fontes limpas, conciliando a oferta des-sas fontes com o interesse crescente dos consumidores por matrizes energéticas re-nováveis. Em 2016, cerca de 26% de toda a energia consumida pelo mercado livre foi proveniente de fontes renováveis de peque-no porte (eólica, biomassa, PCHs e solar). Vale observar que o mercado livre tem se consolidado como um vetor para o desen-volvimento das fontes renováveis, sendo 64% da energia elétrica proveniente de usi-nas a biomassa e 74% da energia das peque-nas centrais hidrelétricas comercializada no ACL em 2016.
*os dados de 2016 são referentes à média do período de janeiro a outubro.
O NÚMERO DE CONSUMIDORES DO MERCADO LIVRE MAIS DO QUE DOBROU, PASSANDO DE 1.826, EM 2015, PARA 4.062, EM 2016
Carga (MW médios)
ACL 16.546 27,1%
ACR 44.608 72,9%
SEB 61.154 100%
Número de Consumidores Especiais
Participação do ACL no SEB
3250
120311681142985
587455221194
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
100%
27,1%
72,9%
Mercado
14 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
Participação dos Submercados no ACL
Participação das Renováveis (eólica, pch e biomassa)
Participação do ACL na indústria
NE18%
S25%
SE/CO28%
ACR17%
PROINFA11%
ACL48%
RESERVA24%
N29%
80%
Set 04
Set 05
Set 06
Set 07
Set 08
Set 09
Set10
Set11
Set12
Set13
Set14
Set15
Set16
70%
60%
50%
40%
30%
20%
15 JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL
ATINGIU70%
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201716
Pesquisa
COMO OS BRASILEIROS VÊEM A FORMA COMO A ENERGIA ELÉTRICA TEM SIDO TRATADA NO BRASIL PELAS AUTORIDADES (%)
3ª PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ENERGIA ELÉTRICA
OPINIÃO SOBRE O PREÇO DA ENERGIA ELÉTRICA (%)
Nota 0 26
2
6
6
6
21
7
7
10
2
4
2
Nota 1
Nota 2
Nota 3
Nota 4
Nota 5
Nota 6
Nota 7
Nota 8
Nota 9
Nota 10
Não responderam
Nota média
DESTAQUES
DESTAQUES
4,0
3,92015
16 a 24 anos: média de 4,6
Acharam muito caro
25-34 anos: 55%
Ensino Superior: 59%
45 a 54 anos: 34% dão nota zero
Região sul: média de 4,5
Muito caro
Caro
Justo
Barato/Não sabe/Não respondeu
2
28
9
5750
31
3936
11
1 1
2014 2015 2016
2016
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 17
MOTIVAÇÃO PARA A ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA (%)
QUALIDADE DO ATENDIMENTO COMERCIAL E RELACIONAMENTO COM A DISTRIBUIDORA DE ENERGIA DA RESIDÊNCIA (%)
Nota média
DESTAQUES
5,5
Campanha publicitária do governo/
distribuidoras
Medo de ficar sem energia elétrica
Onde mais caiu o medo:Periferia: 17 ppSudeste: 16 pp
45-54 anos: 14 pp
Onde mais aumentou a questão financeira:16-24 anos: 17 pp Periferia: 9 ppSudeste: 10 pp Ens. médio: 9 pp
Para não pagar uma conta muito
elevada/atrapalhar o orçamento familiar
Preservar o meio ambiente
Não sabe / Não respondeu / Não está
economizando
Maiores índices de nota 10:Até a 4ª série: 21%55 anos e mais: 19%Até 1 SM: 17%
Maiores índices de nota 0:Capitais: 18%Mais de 500k hab.: 16%
2015
2016
4 3
22
6570
0
610 1011
12Nota 0
2
4
5
5
21
8
10
15
4
11
3
Nota 1
Nota 2
Nota 3
Nota 4
Nota 5
Nota 6
Nota 7
Nota 8
Nota 9
Nota 10
Não responderam
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201718
PREFERÊNCIA PELA ESCOLHA DA OPERADORA DE ENERGIA ELÉTRICA NO DOMICÍLIO (%)
OPINIÃO SOBRE O PREÇO DA ENERGIA ELÉTRICA CASO SE LIBERE A ESCOLHA DA FORNECEDORA (%)
Gostaria
Não gostaria
Não sabe / Não respondeu
7372
66
23 2121
6711
2014 2015 2016
Pesquisa
DESTAQUES
DESTAQUES
Não gostariamAté 4ª série: 31%55 anos e mais: 28%Até 1 SM: 27%Nordeste: 25%Nota 9-10 para fornecedor: 35%
Aumentar: 23%Ficar igual: 28%Diminuir: 43%Não sabe/Não respondeu: 6%
Que mais acham que vai aumentar16-24 anos: 29%
Que mais acham que vai aumentar5ª a 8ª séries: 33%
Que mais acham que vai diminuirSuperior: 52%5 SM: 51%Norte/Centro-Oeste: 48%25 a 44 anos: 47%Favoráveis à portabilidade: 50%Nota de 0-4 à fornecedora: 49%
GostariamSuperior: 31%Mais de 5 SM: 82%25-34 anos: 81%Norte/Centro-Oeste: 80%Nota 0-4 para fornecedor: 83%
Aumentar muito
Aumentar um pouco
Ficar igual Diminuir um pouco
Diminuir muito
Não sabe / Não respondeu
7
1512 13 13
11
2522
28
33 3229
1012
1412
6 6
2014
2015
2016
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 19
DISPOSIÇÃO EM TROCAR DE EMPRESA FORNECEDORA DE ENERGIA ELÉTRICA (%)
NOTA PARA SATISFAÇÃO COM FORNECEDORA DE ENERGIA
5762
58
2527
29
181113
DESTAQUESTrocariamNorte/Centro Oeste:69%Capital: 66%Superior: 65%Mais de 500k: 63%Favorável à portabilidade: 71%
Não trocariamAté a 4ª série: 39%55 anos e mais: 37%Desfavorável à portabilidade: 64%
Trocaria
Não trocaria
Não sabe/ Não respondeu
Trocaria Não trocaria Não sabe/ Não respondeu
2014
2015
2016
9 a 105 a 80 a 4
76%
57%
32%
14%
30%
57%
9% 13%
12%
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201720
Pesquisa
RAZÃO PARA EVENTUAL MUDANÇA DA OPERADORA DE ENERGIA (%)
DISPOSIÇÃO EM GERAR ENERGIA EM CASA (%)
Preço Procura por energia/fontes
limpas/mais ecológicas
Qualidade de atendimento
Não sabe/não respondeu
5764
68
2116
12 11 115 4
16 15
2014
2015
2016
DESTAQUESPreço: Sul (74%) e Muito caro (75%)Qualidade de atendimento: Norte/Centro Oeste (19%)Fontes limpas de energia: Mais de 5 SM (21%) e Superior (19%)
8988 Gostaria de gerar
Não gostaria de gerar
Não sabe/Não respondeu
77
1211
810
24
2014 2015 2016
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 21
contexto político singular vivencia-do pelo brasil em 2016 refletiu di-retamente nas lideranças do setor elétrico brasileiro. Após o impea-
chment de Dilma Rousseff, em maio, o pre-sidente Michel Temer nomeou o então depu-tado federal Fernando Coelho Filho (PSB/PE) para o Ministério de Minas e Energia.
O novo ministro trouxe esperança ao setor, na medida em que renovou as li-deranças com profissionais qualificados, oriundos do mercado. Paulo Pedrosa, pre-sidente-executivo da Abraceel entre 2005 e 2010, foi nomeado secretário-executivo do ministério. Trata-se de uma personalidade extremamente respeitada no setor, com al-tíssimo conhecimento técnico e regulatório sobre o mercado de energia
Além disso, Luiz Barroso, um dos mais re-conhecidos consultores do mercado, foi no-meado presidente da Empresa de Pesquisa
O NOVO SETOR
Energética. Com sua expertise e experiên-cia, Barroso está auxiliando na reorganiza-ção e dinamização do setor, com base em credibilidade, transparência, independên-cia e eficiência.
Logo após assumir o cargo no MME, o mi-nistro Fernando Coelho Filho convocou uma reunião com todas as associações setoriais, à qual Reginaldo Medeiros compareceu em nome da Abraceel. Fez uma breve apresenta-ção da sua trajetória política, destacando sua atuação de mais de 10 anos no parlamento, sempre pautada no diálogo com seus pares e na busca do consenso. Também reforçou sua insatisfação com os repasses de custos injustificados às tarifas dos consumidores de energia, firmando logo de saída um posicio-namento voltado para o mercado.
Quando convidado a se manifestar, Me-deiros falou sobre o Projeto de Lei da Por-tabilidade (PL 1917/2015) e a importância
OO contexto político singular vivenciado pelo Brasil em 2016 refletiu diretamente nas lideranças do setor elétrico brasileiro
ELÉTRICO BRASILEIRO
Setor
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
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do mercado livre para os consumidores. Tratou ainda da fixação correta do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), sem manipulações, para o bom funcionamento do mercado livre. Mencionou que o progra-ma de governo do então candidato Eduar-do Campos (PSB) à presidência, em 2014, trazia a portabilidade da conta de luz como bandeira do partido, o que foi mantido pela candidata Marina Silva. E destacou a expec-
tativa de que a nova gestão seria fortalecida com diálogo e transparência, permitindo a realização das mudanças necessárias.
No mês seguinte, o Conselho de Adminis-tração e a Diretoria-Executiva da Abraceel se reuniram com o ministro Coelho Filho para discutir a agenda de trabalho. Na oportuni-dade, o ministro destacou que é favorável ao diálogo para a tomada de decisões e que, para o governo, não há solução pronta. O presiden-te do Conselho da Abraceel, Oderval Duarte, enfatizou que a associação e os comercializa-dores estão à disposição para colaborar com o MME, sempre com uma visão estrutural do setor e foco na sua eficiência, e não olhando somente para o próprio segmento de comer-cialização. Por fim, quando Luiz Barroso foi nomeado presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a nossa associação cumpriu agenda em conjunto com o secretário-exe-cutivo do MME, Paulo Pedrosa, para tratar de questões relativas à formação do PLD, fi-nanciamento e abertura do mercado livre e sobrecontratação das distribuidoras.
O NOVO MINISTRO TROUXE ESPERANÇA AO SETOR, NA MEDIDA EM QUE RENOVOU AS LIDERANÇAS COM PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, ORIUNDOS DO MERCADO
Setor
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Giancarlo Giannelli
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 23
e o ano de 2015 assegurou o ingres-so da portabilidade da conta de luz na agenda política brasileira, 2016 consolidou essa entrada, com
a apresentação do Projeto de Lei do Sena-do 232/2016. O projeto do Senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) propõe o direito de todo o brasileiro poder escolher o seu fornecedor de energia, aprimorando o PL 1917/2015, da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Energias Renováveis, Eficiência Energética e Portabilidade da Conta de Luz na Câmara dos Deputados. Ambos os pro-jetos estabelecem um cronograma para a abertura gradual do mercado brasileiro de
energia elétrica, de modo que todos os con-sumidores possam escolher livremente o seu fornecedor de energia.
Relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Energias Renová-veis, Eficiência Energética e Portabilidade da Conta de Luz
O relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Energias Renováveis, Eficiência Energética e Portabilidade da Con-ta de Luz e a realização de evento na Câmara dos Deputados sobre o tema foram alguns marcos do relacionamento institucional da Abraceel com o Poder Legislativo em 2016.
A PORTABILIDADE NA AGENDA POLÍTICA BRASILEIRA
S
Pesquisa Ibope revela que escolher o próprio fornecedor de energia elétrica interessa a 73% da população brasileira
Portabilidade
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
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O relançamento da Frente Parlamentar, realizado em junho, reuniu dez parlamen-tares em almoço com a equipe da Abraceel e jornalistas. Destaque para a presença dos deputados Mendes Thame (PV/SP), coorde-nador da Frente, Fábio Garcia (PSB/MT), re-lator do projeto da Portabilidade na Comis-são de Minas e Energia (PL 1917/2015) e José Stédile (PSB/RS) e do senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), que aproveitou a ocasião para entregar em mãos ao presidente Regi-naldo Medeiros o projeto da portabilidade no Senado (PLS 232/2016).
A proposição foi apresentada pelo senador no dia 07.06 e, além do cronograma da porta-bilidade e ajustes no modelo setorial, incorpo-ra em sua redação importantes aprimoramen-tos que foram oferecidos pela Abraceel, no início do ano, como contribuição ao deputado federal Fábio Garcia (PSB/MT), que é o relator do PL 1917/15 na Comissão de Minas e Energia da Câmara. Destacamos a seguir as principais alterações do PLS 232 em relação ao texto ori-ginal do Projeto de Lei da portabilidade:Tratamento dos contratos legados das dis-tribuidoras:
a. Após a realização dos mecanismos de ajuste existentes, as distribuidoras poderão realizar leilões periódicos de venda de sobras contratuais (marca-ção a mercado do valor da energia).
b. Distribuidoras continuam como in-tervenientes dos CCEARs originais (não afeta financiamento).
c. Sobrecustos ou sobrerreceitas, por migração de consumidores, serão repassados às tarifas (via encargo).
d. Possibilidade de write off de contra-tos após o período de financiamen-
to, com prorrogação da concessão como contrapartida (opcional para o gerador).
e. Utilização do benefício das conces-sões para abater o valor do encargo de contratos legados.
Separação entre Lastro e Energia:a. Fim da obrigação de 100% de contra-
tação de energia para ACR e ACL.b. Contratação de energia somente
como mecanismo de proteção à va-riação de preços.
c. Possibilidade de exigir contratação no ACR para evitar flutuações nas tarifas reguladas.
Mecanismo de contratação de capacida-de (lastro):
a. Mecanismo centralizado de contrata-ção de capacidade, via leilão.
b. Encargo de capacidade pago por con-sumidores ACR e ACL.
c. Governo persegue o planejamento na contratação de capacidade.
d. Preço teto do leilão será valorado por fonte/tecnologia.
e. Consideração das externalidades das fontes na definição do preço teto.
Subsídios tarifários:a. Revisão dos subsídios presentes no
setor pela Aneel.b. Rateio da CDE na proporção do uso
dos sistemas de transmissão de dis-tribuição.
Formação de preços via mercado:a. ONS define volume mínimo dos re-
servatórios (segurança energética).b. Oferta e demanda definem volume
de despacho térmico.c. ONS otimiza despacho hidrelétrico e
cascatas.d. MRE preservado (compartilhamento
do risco hidrológico).
Modelo tarifário:a. Possibilidade de aplicação de tarifa
binômia para consumidores de bai-xa tensão, com a recuperação dos custos relativos ao fio em R$/kW, conforme regulamentação da Aneel.
AMBOS OS PROJETOS ESTABELECEM UM CRONOGRAMA PARA A ABERTURA GRADUAL DO MERCADO BRASILEIRO DE ENERGIA ELÉTRICA, DE MODO QUE TODOS OS CONSUMIDORES POSSAM ESCOLHER LIVREMENTE O SEU FORNECEDOR DE ENERGIA
Setor
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201724
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 25
No mesmo dia, também foi lançado o totem que permite à população simular quanto pagaria pela energia elétrica com a portabilidade da conta de luz. O software presente no totem simula a economia nas contas residenciais, considerando os pre-ços médios verificados no mercado livre, com base na curva forward da Dcide con-vencional de longo prazo, e os dados das concessionárias de distribuição de todo o País, incluindo as tarifas de energia e de distribuição homologadas pela Aneel, além de impostos e encargos. Para simular a eco-nomia, basta o usuário inserir o valor da sua conta de luz e sua distribuidora.
No evento, apresentou-se também a 3ª Pesquisa Ibope/Abraceel, sobre o que pensa e quer o brasileiro do setor elétri-co. Os resultados da pesquisa mostram que a possibilidade de escolher o próprio fornecedor de energia elétrica interessa a 73% da população brasileira, reforçando a importância de o Brasil rever as regras do mercado. Na pesquisa, foram consultadas cerca de 2 mil pessoas de 142 municípios do País, em maio de 2016.
Além disso, destaque no evento para o discurso do deputado Fábio Garcia (PSB/MT), que ressaltou que aguardava a mani-festação oficial do MME sobre a possibili-dade de ampliação do mercado para: (i) realizar uma audiência pública para deba-ter o projeto na CME; (ii) apresentar o seu relatório e (iii) votar a matéria no primeiro semestre de 2017.
O PROJETO DE LEI DA PORTABILIDADE TEM GRANDE CHANCE DE SUCESSO COM A NOVA EQUIPE DO MME, COMPOSTA POR PROFISSIONAIS DO MERCADO QUE COMPREENDEM A NECESSIDADE DE MUDANÇA NO SETOR
O Deputado Mendes Thame deu ênfase à importância do projeto de lei da câmara para a população e reforçou que iniciativas como essa trazem a verdadeira essência da arte da política, tão conhecida e esquecida pelos po-líticos, qual seja, fazer o bem à população.
O senador Cássio Cunha Lima, por sua vez, colocou-se inteiramente à disposição dos agentes do mercado livre, pois tem certeza de que esse é o caminho para o de-senvolvimento do setor elétrico brasileiro. Por fim, o deputado José Stédile (PSB/RS), falando em nome do ministro Fernando Bezerra Coelho Filho, disse que o projeto de lei da portabilidade tem grande chan-ce de sucesso com a nova equipe do MME, composta por profissionais do mercado que compreendem a necessidade de mu-dança no setor.
Reginaldo Medeiros em audiência pública no Senado Federal para discutir a expansão do mercado livre de energia.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201726
Portabilidade da conta de luz é tema de seminário na CâmaraA Frente Parlamentar realizou em novembro, na Câmara dos
Deputados, em parceria com a EcoCâmara (Comitê de Gestão So-cioambiental da Câmara dos Deputados), o seminário “O Novo Prosumidor – um debate sobre geração distribuída, energias re-nováveis, eficiência energética e portabilidade da conta de luz no contexto da economia de baixo carbono”.
O evento, que reuniu cerca de 120 pessoas, teve a participação do secretário de energia elétrica do MME, Fábio Lopes, do secretário de Mudanças Climáticas do MMA, Everton Lucero, dos deputados Antônio Carlos Mendes Thame (PV/SP), Fábio Garcia (PSB/MT) e João Fernando Coutinho (PSB/PE) e do coordenador-geral da Eco-Câmara, Luiz Vicente. Também estiveram presentes representantes da Aneel, EPE e CCEE, entre outras entidades e empresas.
Em sua exposição, o deputado Fábio Garcia (PSB/MT) explicou que, se aprovado o PL 1917/2015, será necessário um tempo de tran-sição para a abertura total do mercado. Em um primeiro momento, o projeto reduz as exigências para que os grandes consumidores comprem energia livremente. Mas o objetivo da proposta é que, a partir de 2022, também o consumidor comum possa escolher de quem contratar a energia elétrica, em um sistema de abertura total.
PL 1917 e 232: Ajustes no Modelo SetorialMarco Mudança Benefícios
Abertura do Mercado Definição de um cronograma para a abertu-ra gradual do mercado até 2022
Contestabilidade do mercado promove a competição, eficiência e inovação
Contratação no ACR Leilões descentralizados de compra de energia e leilões de venda de excedentes
Melhor gestão de compra de energia pelas distribuidoras
Concessões de hidrelétricasLeilões para operação da usina e venda
de energia. Diferença abate encargos comuns ACR e ACL.
Corrige MP 579. Energia a preço de mercado e benefício econômico alocado
de forma isonômica
Formação de preços Formação de preço via mercado, através de curvas de oferta e demanda
Preço de curto prazo crível, aderente às expectativas de agentes e consumidores
Estabilidade Regulatória Participação dos agentes nos comitês setoriais e análise de impacto regulatório
Melhoria do Processo decisório e governança setorial
PL 232/16: Aprimoramentos ao PL 1917/15Marco Mudança Benefícios
Separação Lastro/Energia
Contratação em separado entre lastro (ade-quabilidade do sistema) e energia (proteção
de preços)
Liquidez para o mercado e desenvolvimen-to de produtos financeiros. Fim das crises
de papel
Mercado de Capacidade Criação de um mercado de capacidade para a expansão do sitema de geração
Aderência ao planejamento, financia-bilidade de projetos e consideração de
externalidades
Contratos LegadosCompatibilização do cronograma Write Off de CCEARs (opcional) Venda de Excelentes
com repasse
Neutralidade de compra de energia do ACR no processo de abertura do mercado
EncargosReavalidação dos encargos setoriais e
subsídios e correção da forma de cobrança da CDE
Evitar a criação de novos encargos e subsídios cruzados
Setor
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 27
Simulação e carro elétrico Durante o seminário, esteve à disposição
dos participantes o totem para calcular quan-to o consumidor residencial pagaria em sua
ABRACEEL PROMOVE DEBATE COM ASSOCIADOS SOBRE PORTABILIDADEA Abraceel realizou, em janeiro, um debate com as-sociados e especialistas do setor elétrico sobre o Pro-jeto de Lei 1917/15, que cria a portabilidade da conta de luz. O principal objetivo do encontro era organizar as contribuições da Abraceel ao projeto, solicitadas pelo deputado Fábio Garcia (PSB/MT), relator do projeto na Comissão de Minas e Energia. Estiveram presentes 53 convidados, dentre associados, repre-sentantes de associações e outros especialistas do setor. Dentre os especialistas, destaque para os con-sultores João Carlos Mello (Thymos Energia) e Luiz Barroso (então à frente da PSR), e o consultor jurídi-co da Abraceel, Julião Coelho, além da diretoria-exe-cutiva da Abraceel e parlamentares.
O evento tratou de diversos aspectos contemplados no projeto. O consultor João Carlos, da Thymos Energia, iniciou o debate fazendo um diagnóstico do setor elé-trico, passando pelas mudanças propostas no projeto
de lei, com comentários do presidente-executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros.
Ricardo Faria, assessor técnico do deputado Fábio, que estava representando o parlamentar, aproveitou a ocasião para agradecer a iniciativa da Abraceel de promover o debate, a fim de consolidar suas contri-buições. Reforçou a favorabilidade do deputado ao projeto e disse que o objetivo é ouvir todos os agentes do setor, para que o relatório seja consistente e possa ser aprovado na comissão.
No painel do então consultor Luiz Barroso, foi discu-tido o tratamento dos contratos legados das distri-buidoras e propostas para amenizar os seus custos afundados, que foi comentado pelo consultor João Carlos, da Thymos Energia. Alexandre Zucarato dis-cutiu mercado de capacidade, apresentando possíveis metodologias para separação de lastro e energia, com comentários do Luiz Barroso.
conta de luz caso tivesse acesso ao mercado livre. Ao final do evento, os participantes tive-ram a oportunidade de fazer um teste drive no carro elétrico desenvolvido pela CPFL Brasil.
Reginaldo Medeiros em reunião com o deputado Mendes Thame (PV/SP), com o senador Álvaro Dias (PV/PR) e equipe.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201728
DEPUTADO FÁBIO GARCIA DISCUTE PORTABILIDADE COM CONSELHO DA ABRACEELdas concessões amortizadas para consumidores cativos e livres.
• Cronograma de abertura do mercado: foram debatidos ajustes para que o cronograma seja compatível com o prazo de tramitação do PL e o portfólio de contratos das distribuidoras, que devem ser respeitados.
• Ampliação da oferta: foi discutida a criação de me-canismos nesse sentido. Dentre as possibilidades, usinas termelétricas e o fim do tratado de Itaipu, que pode gerar uma oportunidade para a amplia-ção do mercado.
• Subsídios: não há mais espaço para a criação de no-vos subsídios, devendo ser corrigidas as distorções existentes atualmente, como no caso da CDE.
O deputado Fábio Garcia (PSB/MT), relator do proje-to da portabilidade na Comissão de Minas e Energia (PL 1917/2015), participou da reunião do Conselho de Administração da Abraceel em março. O parla-mentar foi convidado para discutir a proposição, pontuando os tópicos que são motivos de diver-gência entre as associações setoriais, de forma que se consolide uma proposta consistente e que traga benefícios a todos os agentes. Os principais pontos tratados foram os seguintes:
• Contratos legados das distribuidoras: foram dis-cutidas formas para que, com a abertura do mer-cado, estes não recaiam sobre os consumidores remanescentes. Também foram discutidas alter-nativas para minimizar o impacto desses contra-tos no mercado - como a destinação do benefício
Setor
Reunião do Conselho de Administração da Abraceel com o deputado Fábio Garcia (PSB/MT)
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 29
PORTABILIDADE É PAUTA NO CONSELHO DE INFRAESTRUTURA DA CNI
AGENDA LEGISLATIVA DA INDÚSTRIA
O Projeto de Lei 1917 de 2015, que cria a portabilida-de da conta de luz, ingressou na agenda da indústria. Atendendo a sugestão do presidente-executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros, o Conselho de Infraes-trutura da CNI realizou uma reunião em março para discutir o projeto. As associações setoriais presen-tes na reunião (Abraceel, Abrace, Abiape, Abradee e ABCE) apresentaram suas contribuições ao texto que aguarda relatório na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
No caso da Abraceel, além de apresentar os pontos defen-didos em relação ao PL, Medeiros destacou a abertura do mercado de energia na União Europeia e México.
Mostrou que o Brasil é o 28º colocado, em um ranking de 34 países, no que se refere à abertura do mercado de energia mundial. Todas as associações concordam que a proposição é ampla e traz aperfeiçoamentos estruturais necessários ao setor. Por outro lado, o grande desafio do projeto é sua complexidade e seu amplo alcance em praticamente todas as áreas do setor elétrico. O projeto dentre outras transformações, incentiva o investimento em fontes renováveis, traz maior competitividade ao setor, atrai investimentos e propicia melhor ambiente de negócios. Foi unanimidade entre os presentes que a discussão da proposição acontece em um momento oportuno, quando tanto o governo, como o setor elétrico necessitam de reformulação e aperfeiçoamento.
A indústria mostrou sinais claros da sua favorabilidade à ex-pansão do mercado livre de energia no Brasil. A Confederação Nacional da Indústria lançou, no dia 07.04, a agenda legisla-tiva da indústria 2016, colocando o projeto da portabilidade (PL 1917 de 2015) como uma das prioridades de atuação da entidade no Congresso Nacional. A publicação, que já está na sua 21ª edição, analisa as propostas em tramitação na Câma-ra dos Deputados e no Senado Federal que tem impacto na competitividade dos diversos segmentos industriais.
Na agenda, foram escolhidas 121 proposições legislativas e o projeto de lei da portabilidade foi incluído como prioridade no tópico de infraestrutura, com posicionamento favorável, com ressalvas, da CNI. A inserção do projeto da portabilida-de na Agenda Legislativa da Indústria 2016 foi resultado de um longo trabalho da Diretoria de Relações Institucionais da Abraceel, iniciado em 2015.
ABRACEEL TORNA-SE MEMBRO DO CONSELHO DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS DA CNIA CNI designou Reginaldo Medeiros como membro do Conselho de Assuntos Legislativos da entidade (CAL). O CAL analisa e orienta a ação política da CNI no Con-gresso Nacional, com foco no acompanhamento e na defesa de interesses no processo legislativo. Além disso, articula apoio político a projetos importantes para o setor industrial, divulga posições da CNI sobre os projetos em tramitação e participa do processo de formulação da Agenda Legislativa da Indústria.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201730
iante de um cenário de mudanças importantes no setor elétrico, a Abraceel criou, em agosto de 2016, o GT de Comunicação. O principal
objetivo do grupo é aprimorar o diálogo do mercado livre com a sociedade.
A ação faz parte dos esforços da Abraceel em favor do aumento do poder de escolha dos consumidores – a partir da defesa do merca-do livre e da portabilidade da conta de luz, os principais pleitos da Abraceel. Em paralelo, tradicionais segmentos do setor elétrico es-tão se estruturando para evitar que o modelo setorial avance na direção da liberdade de es-colha do consumidor. Teremos, portanto, um grande embate entre duas visões de mercado. Diante disso, o papel da comunicação torna-se ainda mais estratégico para a associação.
As principais ações do GT desenvolvidas em 2016 foram o I Prêmio de Jornalismo Mercado Livre de Energia Elétrica e Ener-gias Renováveis e o workshop para jornalis-tas com o tema “Mercado Livre de Energia – tendências de curto e médio prazo no setor elétrico e gás natural”, detalhados a seguir.
MAIS EFICIÊNCIA NA COMUNICAÇÃO Grupo de Comunicação criado pela
associação busca aprimorar o diálogo do mercado livre com a sociedade.
D
Comunicação
A AÇÃO FAZ PARTE DOS ESFORÇOS DA ABRACEEL EM FAVOR DO AUMENTO DO PODER DE ESCOLHA DOS CONSUMIDORES – A PARTIR DA DEFESA DO MERCADO LIVRE E DA PORTABILIDADE DA CONTA DE LUZ, OS PRINCIPAIS PLEITOS DA ABRACEEL
Reunião do GT de Comunicação.
WORKSHOP PARA JORNALISTAS COM O TEMA “MERCADO LIVRE DE ENERGIA – TENDÊNCIAS DE CURTO E MÉDIO PRAZO NO SETOR ELÉTRICO E GÁS NATURAL
I PRÊMIO DE JORNALISMO MERCADO LIVRE DE ENERGIA ELÉTRICA E ENER-GIAS RENOVÁVEISVisando reconhecer o esforço dos profissionais da im-prensa para esclarecer questões sobre o mercado livre de energia, em 2016 a Abraceel criou o I Prêmio de Jornalismo Mercado Livre de Energia Elétrica e Energias Renováveis. A ação fez parte da campanha “Energia Livre – Isso é da sua conta”, promovida pela associação. Do amplo debate com seus associados surgiu a necessidade de intensificação de divulgação na mídia de informações de qualidade e corretas acerca do mercado livre, levando ao conhecimen-to do grande público temas centrais para a modernização e desenvolvimento sustentável do setor elétrico.
Foram consideradas as seguintes categorias:
A) Mídia Escrita Geral (Jornais, Revistas e Internet)
B) Mídia Eletrônica Geral (TVs e Rádios) e
C) Mídia Especializada (Impressa e Digital), reconhe-cendo os veículos de comunicação que tratam exclu-sivamente do setor de energia.
As empresas associadas da Abraceel votaram nas cinco melhores matérias de cada categoria no site www.queroenergialivre.com.br. Posteriormente, es-sas matérias foram julgadas por um júri especializa-do, composto por: Kátia Ogawa, Gerente de Relações Institucionais da CCEE; Thaís de Mendonça, doutora em Comunicação Social pela Universidade de Brasília; e Pedro Ortiz, doutor do Departamento de Jornalismo da Fundação Casper Líbero.
Mais de 50 jornalistas concorreram ao prêmio.
Na categoria mídia eletrônica geral, o ganhador foi o jornalista Paulo José Mueller, do “RICTV Record”, com a série “Futuro Renovável”.
Na categoria mídia escrita geral, a vencedora foi a jor-nalista Luciana Collet, do “Estadão”, com a reportagem “Migração de consumidores para o mercado livre dis-para e deve seguir em alta”.
Por fim, na categoria mídia especializada, o ga-nhador foi o jornalista Maurício Godói, do “Canal Energia”, com a matéria “PLD: em busca da reali-dade perdida”.
ticiparam estudantes do curso de Engenharia de Energia da Universidade de Brasília (UnB). Foram discutidos os seguintes temas:
1. Introdução ao Mercado Livre de Energia;
2. Consumidor como agente, não mais como sujeito;
3. Status regulatório do mercado livre de energia elé-trica no Brasil;
4. Desenvolvimento do mercado livre de gás natural.
A associação realizou também o I workshop para jornalistas com o tema “Mercado Livre de Ener-gia – Tendências de curto e médio prazo no Setor Elétrico e Gás Natural”. O evento contou com a participação dos jornalistas Laís Lis, do site “G1”, Danilo Fariello, do jornal “O Globo”, Sueli Monte-negro, do portal de notícias “Canal Energia”, Anne Warth, do jornal “Estadão/Agência Estado”, e José Henrique de Oliveira, assessor de imprensa do deputado Mendes Thame (PV/SP). Também par-
31 JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201732
Campanha
ENERGIA LIVRE ISSO É DA SUA CONTACampanha coloca energia na luta pela portabilidade da conta de luz em todo o País. Consumidor residencial tomou conhecimento do mercado livre de energia; mobilização impactou mais de 4 milhões de pessoas em apenas cinco meses
WWW.QUEROENERGIALIVRE.COM.BR
Foto DepositPhotos
campanha “Energia Livre – Isso é da sua conta” foi lançada em julho com o objetivo de divul-gar, ao consumidor residencial,
a possibilidade de escolha do fornecedor de energia elétrica. A informação, pouco conhecida pela população, teve crescente alcance e gerou grande interesse dos in-ternautas. Para tanto, foi elaborado um conteúdo próprio para o meio digital, de fácil entendimento.
Além da difusão de informações sobre o tema, o esforço inicial foi voltado ao recolhi-
A
mento de assinaturas apoiando a portabili-dade da conta de luz. O site da campanha (queroenergialivre.com.br) concentrou to-das as informações, a começar pelo abaixo--assinado. Também foram apresentados os principais benefícios da portabilidade e, no próprio site, o internauta tem a oportuni-dade de calcular o quanto sua conta de luz ficaria mais barata se pudesse migrar para o mercado livre.
Além disso, na página foram disponi-bilizados os projetos de lei 1917, de 2015, da Câmara dos Deputados, e o 232, de 2016, do Senado. Os visitantes também tiveram acesso à 3ª pesquisa Ibope/Abra-ceel, que mostrou o desejo de 73% dos brasileiros de escolher o seu fornecedor de energia, e o vídeo produzido durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 em que es-trangeiros falaram sobre a sua experiên-cia com a portabilidade.
Durante toda a campanha, houve um trabalho detalhado para responder de ma-neira rápida e precisa a todos os comen-tários feitos nas publicações, pois muitas dúvidas foram levantadas pelo público. “Os leitores ficaram bastante interessados na possibilidade de escolher o fornecedor de energia, uma realidade desconhecida para boa parte da população, mas que já se faz presente em vários países”, afirmou o presidente-executivo da Abraceel, Regi-naldo Medeiros.
A campanha propriamente dita e sua re-percussão foram amplamente tratadas na mídia tradicional, com destaque em veícu-los como Veja Online e Correio Braziliense. As informações também foram temas de reportagens de veículos regionais como Diário de Pernambuco (PE), Gazeta do Povo (PR), Jornal do Commércio (PE), A Gazeta (MT), O Estado de Minas (MG) e a Tribu-na do Norte (RN), além de especializados, como o Canal Energia.
33 JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL
CAMPANHA COLOCA ENERGIA NA LUTA PELA PORTABILIDADE DA CONTA DE LUZ EM TODO O PAÍS
WWW.QUEROENERGIALIVRE.COM.BR
34 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
WWW.QUEROENERGIALIVRE.COM.BRQUER SABER COMO? ACESSE
Campanha
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 35
CiberativismoA campanha chamou a atenção de pági-
nas de ciberativismos no Facebook, como Anonymous Brasil (com mais de 1,4 milhão de seguidores), Nordeste Livre (com mais de 98 mil seguidores) e Ideias Radicais (mais de 33 mil seguidores), entre outros. Essas pági-nas compartilharam as publicações da cam-panha, ampliando de maneira significativa o número de pessoas impactadas. A página “Ideias Radicais” também postou, esponta-neamente, um vídeo no Youtube explicando a proposta da campanha, que teve mais de 50 mil visualizações.
A campanha nas ruasAo mesmo tempo em que a campanha
conquistava o público por meio das mí-
dias sociais, foram realizadas ações diretas com cidadãos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Nessas ações, as pessoas pude-ram calcular, no totem desenvolvido pela Abraceel, quanto economizariam na conta de luz com a portabilidade.
Nos dias 27 e 28 de outubro, o totem es-teve presente no Centro e na Zona Leste de São Paulo. Na sequência, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, o equi-pamento ficou disponível na sede da Fe-deração das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para que os cariocas pudessem simular sua economia na conta de luz. Por fim, nos dias 11 e 12 de no-vembro, foi a vez dos brasilienses conhe-cerem a portabilidade, em ação realizada no Shopping Conjunto Nacional.
DADOS DA CAMPANHA EM 5 MESESSITE
MAIS DE 10MIL ASSINATURAS
MAIS DE 40MIL ACESSOS
FACEBOOK E TWITTER
EVOLUÇÃO DE CURTIDAS NA PÁGINA DO FACEBOOK
MAIS DE 460MIL VISUALIZAÇÕES DOS VÍDEOS NO FACEBOOK
MAIS DE 80 ANÚNCIOS NO FACEBOOK
80MAIS DE 4 MILHÕES
PESSOAS ALCANÇADAS
MAIS DE 19 MIL SEGUIDORES NA PÁGINA DO FACEBOOK E MAIS DE 1.800 NO TWITTER
20k
10k
0Ago Set Out Nov Dez
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201736
onsiderando que o mercado livre de energia elétrica é um veículo de empoderamento dos consumi-dores e de estímulo à eficiência e à
inovação, em outubro de 2016 o Ministério de Minas e Energia (MME) abriu a consul-ta pública 21/2016, que colocou em debate, junto à sociedade, os desafios para a expan-são desse mercado.
A consulta recebeu 28 contribuições. Além da Abraceel, participaram as prin-cipais associações e os maiores grupos de energia do País. Essas entidades tive-ram uma posição unânime: a abertura do mercado deve acontecer e trará benefícios para a sociedade.
Entretanto, há alguns pontos de atenção para uma abertura eficaz e sustentável. Os principais temas a serem aprofundados são: (I) a expansão da geração após a abertura do mercado; e (ii) o tratamento que será dado aos contratos legados das distribuidoras.
A Abraceel estuda ambos os temas desde 2013 e propôs algumas premissas básicas para contorná-los, como a separação de las-
EXPANSÃO DO ACL COM EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE
tro e energia, com a criação de um mercado de capacidade; leilões de venda de exceden-tes das distribuidoras; e a concatenação da abertura do mercado com a descontratação das concessionárias. Os assuntos foram aprimorados em um estudo encomendado à PSR, que foi amplamente discutido com os associados e apresentado ao ministério em fevereiro de 2017.
A consulta pública nº 21 marca um momen-to histórico no setor. A última consulta públi-ca sobre a ampliação do mercado havia sido realizada há 18 anos, na AP 010/1999 da Aneel, que previa a abertura completa do mercado até 2005. Contudo, a transferência do Poder Concedente do órgão regulador para o MME impediu a conclusão da audiência.
A Abraceel, que, por muitos anos, luta para que consumidores de menor porte também possam escolher livremente seus fornecedores de energia, enxerga com grande otimismo o novo posicionamento do MME e busca meios para que a abertura se concretize neste momento de forma efi-ciente e sustentável.
ACL
C
Banco de Imagens CPFL Energia
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 37
Consultorias, Escritórios jurídicos
FORNECEDORES
ASSOCIADOS
OUTRAS ASSOCIAÇÕES
INSTITUIÇÕES DE ENSINO BNDES
Associações de consumidores, Federações de indústria, Conselhos
de consumidores, CNI
CONSUMIDORES
Cativos, Potencialmentelivres, Livres
MME, MDIC, MF, ANEEL, ANP, CCEE, EPE, ONS, EPE, Governos estaduais,
Poder legislativo, TCU
INSTITUCIONAIS
IMPRENSAASSOCIAÇÕES SETORIAIS
Oferecer suporte técnico às teses defendidas pela Abraceel
Divulgar as melhores práticas do mercado
Reduzir o preço da energia e assegurar o direito de acesso ao mercado livre
Articular os pleitos do segmento
Desenvolver modelos de financiamento para
o mercado livreApresentar as oportunidades do mercado livre de energia
Desenvolver temas relacionados ao desenvolvimento sustentável do mercado
Promover o desenvolvimento sustentável do livre mercado de energia, defendendo os interesses da atividade de comercialização no que diz respeito
aos aspectos regulatório, político, técnico e jurídico, com credibilidade junto à sociedade
Articular modelo comercial estável e eficiente
MAPA DE STAKEHOLDERS
Stakeholders
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 37
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201738
Mercado
O País está em novas mãos e a equipe à frente do setor elétrico impressiona por sua qualificação e assertividade
GERAÇÃO DO MERCADO LIVRECHEGOU AO PODER
38 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 39
A geração do mercado livre chegou ao poder e tem responsabilidade pelo aprimoramento do modelo setorial. Ao mesmo tempo, o go-
verno é simpático e entende bem o ambiente de contratação livre (ACL), querendo mostrar para a sociedade que o mercado é capaz de trazer eficiência ao setor. Essa foi a principal mensagem do secretário-executivo do Minis-tério de Minas e Energia (MME), Paulo Pe-drosa, em palestra no 8º Encontro Anual do Mercado Livre, realizado na Praia do Forte, em Salvador, nos dias 24 a 26 de novembro.
Esse desejável alinhamento de expectati-vas entre o governo e os agentes de comer-cialização de energia ficou demonstrado pelo fato de que, ao contrário das edições anteriores, o encontro contou com a pre-sença maciça de representantes do governo durante os três dias de debates. Participa-ram como palestrantes, além de Pedrosa, o secretário de Petróleo, Gás e Biocombus-tíveis do Ministério, Márcio Félix, e o pre-sidente da EPE, Luiz Barroso. Os represen-tantes do governo contribuíram ativamente para os debates ao longo de todo o evento, apresentando sempre uma visão técnica so-bre as questões em discussão, em busca da eficiência para o desenvolvimento do setor.
Aprimoramento na formação de preços Na visão de Pedrosa, os pontos prioritários para a abertura do mercado incluem o apri-moramento dos preços de curto prazo, uma reavaliação do sistema de subsídios, o em-poderamento dos consumidores e a busca de um mecanismo sustentável para a ex-pansão da geração.
De maneira geral, a visão e o otimismo de Pedrosa foram compartilhados pelos demais palestrantes. “O país está em novas mãos e a equipe à frente do setor elétrico impressiona por sua qualificação e asser-tividade. Com esse novo governo, temos confiança de que as intervenções do esta-do devem ficar para trás e de que estamos diante de importantes desafios, como a pri-vatização, o aumento da eficiência setorial e a expansão coordenada do ACL”, destacou o presidente do Conselho de Administração da Abraceel e anfitrião do evento, Oderval Duarte, que também ressaltou as recentes conquistas da atual administração federal, como a coragem de vetar, da MP 735/2016, dispositivos indesejáveis que haviam sido incluídos pelo Congresso Nacional.
GOVERNO É SIMPÁTICO E ENTENDE BEM O AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE (ACL), QUERENDO MOSTRAR PARA A SOCIEDADE QUE O MERCADO É CAPAZ DE TRAZER EFICIÊNCIA AO SETOR.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201740
Mercado
Na mesma linha, o presidente do Grupo Canal Energia, Rodrigo Ferreira, felicitou a maciça presença do governo no encontro. Ferreira relembrou que Pedrosa e o atual presidente da EPE, Luiz Barroso, estiveram em edições anteriores, quando estavam à frente de entidades privadas, e a participa-ção de ambos na edição 2016 demonstra a coerência do atual governo.
Modelo de formação de preços e comercia-lizador varejista desafiam portabilidade
O desenvolvimento de um mercado li-vre totalmente aberto exige a superação de alguns desafios, como o modelo de for-mação de preços e os subsídios às tarifas de energia elétrica, na avaliação do secre-tário Paulo Pedrosa, apresentada em de-bate sobre o futuro do mercado livre rea-lizado no segundo dia do evento. A mesa teve participação também do presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, e moderação de Reginaldo Me-deiros, da Abraceel.
Em relação aos subsídios às tarifas, Pe-drosa informou que o MME está articulando com as principais associações do setor um ajuste nos subsídios. Outra frente de atuação do governo para que o mercado seja mais bem estruturado é o tratamento na forma-ção de preços. Pedrosa entende que o PLD deve buscar a realidade operacional, dando o sinal econômico adequado aos agentes.
A expansão da oferta, com a abertura do mercado, também deve ser revista. “É preci-so combinar a agilidade e eficiência do ACL
para garantir a expansão de todo o sistema”, disse. Destacou ainda que a transição de migração também é uma questão a ser ob-servada. Para Pedrosa, é preciso adequar a regulação para que não haja um passivo de contratos legados, que poderia onerar todos os consumidores.
Medeiros reforçou seu otimismo com as ações do governo para ampliação do merca-do, mas ressaltou que é necessária a direção do governo para um novo design do merca-do de energia. Também levou novas discus-sões à mesa, questionando o presidente do Conselho da CCEE, Rui Altieri, em relação à visão da Câmara sobre a separação entre atacado e varejo.
Comercializador varejista – Altieri afir-
O COMERCIALIZADOR VAREJISTA É ESSENCIAL PARA A AMPLIAÇÃO SUSTENTÁVEL DO MERCADO. NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE UM AUMENTO DE AGENTES DE PEQUENO PORTE NA CCEE
Banco de Imagens CPFL Energia
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 41
mou que a visão sobre a separação entre atacado e varejo está clara para a Câmara, mas é preciso que os mecanismos para tan-to efetivamente deslanchem, se referindo ao comercializador varejista. “Essa figura é essencial para a ampliação sustentável do mercado. Não há possibilidade de um aumento de agentes de pequeno porte na CCEE”, afirmou.
A principal preocupação da Câmara é que, muitas vezes, esses agentes têm dificul-dades para gerir suas obrigações. Por esse motivo, está aumentando o número de des-ligamento por questões que poderiam ser resolvidas de forma simples, como o atraso do pagamento de mensalidade e débitos de valores relativamente muito baixos.
Altieri destacou ainda a questão da judi-cialização setorial. Ele acredita que, caso não se resolvam as questões judiciais que impactam a liquidação do MCP, existe o ris-co de o mercado travar novamente, como aconteceu no ano passado.
Corrida contra o tempo – Diante de tan-tas preocupações, Medeiros questionou Pe-drosa quanto ao prazo com o qual o gover-no trabalha para realizar as alterações em discussão, levando em consideração que a atual gestão tem pouco mais de um ano e meio para finalizar as atividades. O secretá-rio respondeu que o governo trabalha para resolver tudo até o final do mandato e que, se tivesse de colocar uma prioridade, que poderia resolver imediatamente diversos problemas setoriais, seria o sinal de preço de curto prazo. “Com um preço de curto prazo que reflita a realidade, os mecanis-mos de mercado devem se adequar, como o incentivo para expansão da oferta e a rea-ção da demanda dos consumidores”, disse.
EPE: expansão da geração via mercado livreO presidente da EPE, Luiz Barroso, con-
sidera que o modelo mais adequado de expansão da geração via mercado livre é a separação de lastro e energia. “Hoje, a expansão do setor é baseada num sistema muito confortável aos geradores, que é a contratação de energia, via contratos com o mercado regulado, pelo período de 30 anos e indexados ao IPCA. Com a separa-ção de lastro e energia, o mercado passaria a contratar não mais energia, mas sim las-tro para garantir o consumo dos agentes”, explicou Barroso, acrescentando que isso deixaria à livre disposição a energia dos empreendimentos, podendo ser alocada nos mercados cativo ou livre.
O valor referente à contratação do lastro poderia ser pago por todos os consumido-res, via encargo de capacidade. Barroso lembrou que, embora a proposta esteja em discussão, também é preciso analisar uma política de transição entre os modelos.
Em relação à possibilidade de participa-ção do ACL nos leilões de contratação de energia, o presidente da EPE avalia que ela é possível e favorável, mas precisa de ajus-tes para funcionar corretamente. “Acontece que os consumidores do mercado livre não estão dispostos a contratar energia por 30 anos, como faz o ACR, então é necessário avaliar mecanismos que tragam contratos
GERAÇÃO:A geração do mercado livre chegou ao poder e tem responsabilidade pelo aprimoramento do modelo setorial
DESENVOLVIMENTO:O desenvolvimento de um mercado livre totalmente aberto exige a superação de alguns desafios, como o modelo de formação de preços e os subsídios às tarifas de energia elétrica
coerentes com a contratação do ACL”, disse. Outra preocupação diz respeito ao aporte de garantias para participação, que pode ser demasiadamente onerosa para os agen-tes desse mercado, a exemplo do que acon-teceu em países como o México.
Financiamento – A mesa de discussão sobre a expansão da geração via mercado livre também contou com a participação de Alexandre Siciliano, gerente da área de energia do BNDES, e André Flores, vice-pre-sidente da Brookfield Energias Renováveis. A moderação foi de Fábio Zanfelice, presi-dente da Votorantim Energia.
Siciliano, do BNDES, destacou que o banco precisa de previsibilidade e que, por esse mo-tivo, é necessário trazer novos mecanismos de financiamento de empreendimentos no ACL. Um mecanismo que está em avançada discussão, inclusive com participação dire-ta da Abraceel, é a possibilidade de o banco aceitar um mecanismo de contratos rolantes, que trazem maior previsibilidade ao banco. A entidade está aberta para debater o assunto.
Mercado
OS PONTOS PRIORITÁRIOS PARA A ABERTURA DO MERCADO INCLUEM O APRIMORAMENTO DOS PREÇOS DE CURTO PRAZO, UMA REAVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SUBSÍDIOS, O EMPODERAMENTO DOS CONSUMIDORES E A BUSCA DE UM MECANISMO SUSTENTÁVEL PARA A EXPANSÃO DA GERAÇÃO
42 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Matheus Meirelles
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 43
Flores, da Brookfield, entende que um dos principais pontos para garantir a ex-pansão da oferta via mercado livre é a fide-lidade do PLD ao despacho. Dessa forma, os investidores teriam um menor grau de in-certeza para participar de empreendimen-tos com longo prazo de retorno.
Formação de preços – O moderador questionou Barroso sobre suas expectativas quanto ao futuro da formação de preço no país. Barroso avalia duas possibilidades: despacho por custo (praticada atualmente) e formação do preço por oferta.
A metodologia de despacho por cus-to utiliza o conhecimento de um único agente para determinar o preço, um ponto negativo, mas traz como ponto positivo a possibilidade de todos os agentes tentarem reproduzir os valores que serão determi-nados. Essa metodologia coíbe o poder de mercado, pelo fato de os consumidores e geradores não darem lances para forma-ção de preço, mas também pode ser muito frágil, pois necessita de dados e de gover-nança bem definida para dar previsibilida-de ao mercado.
Quanto à formação de preço por oferta, a ideia é que o preço seja formado pelo mercado, pulverizando as expectativas de todos os agentes. Esse modelo retrataria,
COM ESSE NOVO GOVERNO, TEMOS CONFIANÇA DE QUE AS INTERVENÇÕES DO ESTADO DEVEM FICAR PARA TRÁS E DE QUE ESTAMOS DIANTE DE IMPORTANTES DESAFIOS, COMO A PRIVATIZAÇÃO, O AUMENTO DA EFICIÊNCIA SETORIAL E A EXPANSÃO COORDENADA DO ACL
8º Encontro Anual do Mercado Livre
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201744
portanto, de forma mais fiel, a necessidade do mercado pela energia.
O presidente ressaltou que o governo está fazendo análises que devem aprimorar a formação de preço, como a consulta pú-blica nº 22 de 2016, elaborada pelo MME e que deve definir a governança dos modelos computacionais. A boa definição da gover-nança da formação de preço seria a última iniciativa do governo antes da migração para a formação de preço por oferta.
Rumo a um novo mercado de gás naturalO governo pretende criar um comitê, com
agentes da indústria, para conduzir a tran-sição do setor de gás natural conforme os passos delineados pelo programa Gás para Crescer. A informação foi apresentada pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis do MME, Márcio Félix, em palestra durante a qual voltou a chamar a atenção para a janela de oportunidade vivi-da pelo setor com a diminuição da partici-pação da Petrobras no mercado.
A mesa para tratar do tema também con-
Mercado
O GOVERNO PRETENDE CRIAR UM COMITÊ, COM AGENTES DA INDÚSTRIA, PARA CONDUZIR A TRANSIÇÃO DO SETOR DE GÁS NATURAL CONFORME OS PASSOS DELINEADOS PELO PROGRAMA GÁS PARA CRESCER
Banco de Imagens CPFL Energia
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 45
tou com a presença do gerente geral de Compra de Gás Natural e Comercialização de GNL da Petrobras, Alvaro Tupiassú, e do diretor de Gás da Ecom Energia, Percival Amaral. A moderação foi realizada por Wal-frido Ávila, presidente da Tradener.
Nesse cenário de transição, conforme Félix, é importante que sejam analisados pontos que garantam uma transição sus-tentável para o setor, como o compartilha-mento de infraestruturas essenciais, ges-tão independente da malha de transporte, integração entre o setor elétrico e o de gás natural e a harmonização entre a regula-ção dos estados.
Tupiassú falou sobre os principais pon-tos enxergados pela Petrobras para dar continuidade ao desenvolvimento do mer-cado de gás natural.
• Tributação – Permitir que o fluxo físi-co seja ignorado, e a tributação, rea-lizada de acordo com o fluxo contra-tual. Essa medida deve ser tomada o mais rápido possível.
• Transporte – O transporte é contrata-do ponto a ponto, é necessário contra-tar todos os transportadores no cami-nho em que a molécula vai percorrer.
Semelhante ao que se fez na Europa, o Brasil deve adotar um regime de capa-cidade por entradas e saídas.
• Coordenação central – É necessária a coordenação central, não só para ope-ração, mas também para a expansão e previsibilidade de alocação.
• Coordenação estadual e federal – Tem de haver competição na demanda. Muitos estados estabelecem barreiras de entrada muito altas aos consumi-dores livres.
Finalizando os trabalhos, o diretor da Ecom Gás, Percival Amaral, parabenizou o MME e a Petrobras, que estão propon-do discussão e oportunidades de mudan-ças para o mercado. O diretor ressaltou a necessidade de regulação para evitar possíveis verticalizações estaduais, pois, caso isso ocorra, não haverá espaço para o desenvolvimento do mercado. Lembrou ainda que a diminuição do espaço ocupado pela Petrobras deve ser paulatina, a partir de 2020, quando se encerra o seu contrato com a Bolívia, e os agentes devem se pre-parar para oportunidades de aquisição da molécula, como a importação via GNL.
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Matheus Meirelles
Abraceel promove, desde 2011, a Prova de Certificação de Opera-dores do Mercado de Energia. O processo é feito em parceria com
a Fundação para o Desenvolvimento Tecno-lógico da Engenharia (FDTE), órgão vincu-lado à Universidade de São Paulo (USP).
A habilitação profissional foi criada com o objetivo de certificar os profissionais que trabalham na comercialização de energia elétrica, oferecendo maior transparência e aumentando a segurança nas operações, além de atestar seus conhecimentos sobre negócios e sobre o mercado. Com a obten-ção do certificado, o profissional comprova o conhecimento necessário para lidar com os processos técnicos, legais, regulatórios e operativos inerentes à comercialização de energia no âmbito do mercado livre.
Em 2016, foram realizadas duas provas: a quinta edição da prova de certificação e
MAIS PROFISSIONAIS CERTIFICADOS EM 2016A
46 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
Prova de Certificação de Operadores do Mercado de Energia Elétrica
A CCEE PASSOU A TER UM PAPEL MAIS ATIVO NA INICIATIVA. OS PROFISSIONAIS TERÃO O CERTIFICADO ASSINADO TAMBÉM PELA CCEE, ALÉM DA ABRACEEL E DA USP
a primeira prova de revalidação dos certi-ficados emitidos em 2011 e 2012. Na prova de habilitação, foi registrado recorde de aprovação – dos 47 inscritos, 20 foram apro-vados, ou 41% do total. Na prova de revali-dação, por sua vez, os seis candidatos ins-critos foram aprovados.
Com a realização do certame em 2016, já são 86 profissionais que obtiveram o Certificado de Operador de Energia (COE) e um total de 311 especialistas que já par-ticiparam do processo ao longo dos últi-mos cinco anos.
Destaque ainda para o fato de que o projeto, desde o seu início, tem o apoio institucional e técnico da Câmara de Co-mercialização de Energia Elétrica (CCEE), papel que foi ampliado na edição de 2016. Os profissionais terão o certificado assi-nado também pela CCEE, além da Abra-ceel e da USP.
47 JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL
PROVAS DE CERTIFICAÇÃO
PROVAS DE REAVALIAÇÃO
AprovadosInscritos
2011 20132012 2015 2016
110
29
63
13
41
9
48
15
49
20
2016 40,8% 2015
31,3%
100%
2013 22%
2012 20,6%
2011 26,4%
2016 6 6
Inscritos Aprovados
Entrega simbólica dos certificados no 8º Encontro Anual do Mercado Livre
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201748
A cartilha “Mercado Livre de Ener-gia Elétrica – um guia básico para consumidores potencialmente li-vres e especiais” foi lançada em
julho de 2016, em São Paulo,durante evento da Abraceel, em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equi-pamentos - Abimaq.
O propósito da publicação é orientar os consumidores livres e especiais no proces-so de migração para o mercado livre, des-
CARTILHA MERCADO LIVRE DE ENERGIA ELÉTRICAUM GUIA BÁSICO PARA CONSUMIDORES POTENCIALMENTE LIVRES E ESPECIAIS
mistificando o ambiente de negócio e escla-recendo as dúvidas relativas ao processo, a partir da exposição dos conceitos básicos do exercício da liberdade de escolha do for-necedor e do detalhamento das regras apli-cáveis e das oportunidades oferecidas.
A intenção é que o material seja uma refe-rência aos associados. As empresas podem imprimir exemplares com suas respectivas logomarcas para distribuí-los aos novos consumidores do mercado livre.
Use o QR code para acessar a cartilha ou acesse nosso site www.abraceel.com.br.
Cartilha
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201748
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 49
CCEE habilitou, em 2016, os primeiros comercializadores varejistas: Comerc Power, da Comerc Energia; CPFL Brasil Va-
rejista, do Grupo CPFL; e Ekce, da Elektro. Com isso, as empresas de pequeno porte – consumidoras livres, especiais ou gerado-ras – que não quiserem aderir diretamen-te à CCEE passam a ter a opção de serem representados por agentes desse perfil. Os varejistas ficam responsáveis pelo cumpri-mento de todas as obrigações do agente representado perante a Câmara, incluin-do a habilitação técnica para modelagem, obrigações financeiras (como liquidações e encargos), entre outros.
O cenário atual, de grande migração de consumidores livres e especiais para o Am-biente de Contratação Livre (ACL), é propício
COMERCIALIZADOR VAREJISTAA para a atuação dos varejistas. A CCEE tem
registrado aproximadamente 120 migrações por mês. Somente em 2016, até junho, o cres-cimento de consumidores especiais na insti-tuição foi de 51%, enquanto os livres, 11%.
Varejista e representadas – quem pode participar
Regulamentado em 2015, o comerciali-zador varejista foi criado para tornar mais simples a atuação de empresas de menor porte no mercado, reduzindo a complexi-dade da adesão e facilitando o desenvolvi-mento do ambiente de contratação. O vare-jista pode representar consumidores e/ou geradores junto à CCEE, sendo responsável por todas as operações de seus representa-dos no mercado livre de energia – desde a migração para o Ambiente de Contratação
Comercializador
Banco de Imagens CPFL Energia
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201750
Livre (ACL) até a gestão dos procedimen-tos relacionados à sua operacionalização, como modelagem, medição, contabilização e obrigações financeiras, entre outros.
A empresa interessada em se habilitar como varejista deve ser uma comercializa-dora ou um gerador, além de ser obrigato-riamente agente da CCEE. Os representados não precisam se tornar agentes da Câmara. Podem ser usinas com capacidade instalada inferior a 50 MW (autoprodutores e produ-tores independentes), consumidores livres (carga superior a 3 MW) e especiais (carga entre 0,5 MW e 3 MW).
Há apenas uma situação em que o repre-sentado pelo varejista precisa permanecer como agente da CCEE: quando é detentor de concessão ou autorização para geração com capacidade instalada igual ou superior
a 50 MW, não comprometidos com contra-tos do ambiente regulado (CCEAR, CER, Cotas). Neste caso, o representado continua respondendo por seus resultados e obriga-ções, apesar de todo o relacionamento ser mantido exclusivamente pelo comercializa-dor varejista. É importante ressaltar que no-vas usinas, ou aquelas que queiram trocar de representação, a partir de agora poderão ser representadas apenas por um varejista.
HabilitaçãoAs empresas interessadas em se habilitar
para atuar como comercializadoras varejistas devem seguir uma série de requisitos. Den-tre as principais condições, o agente precisa realizar a integralização patrimonial de R$ 4 milhões e limite operacional de R$ 1 milhão, ambos corrigidos anualmente pelo IPCA.
Comercializador
A EMPRESA INTERESSADA EM SE HABILITAR COMO VAREJISTA DEVE SER UMA COMERCIALIZADORA OU UMA GERADORA
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Photo Studio
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 51
engenheiro Frederico Rodrigues assumiu a Diretoria de Relações Institucionais da Abraceel em ja-neiro de 2017, respondendo pela
articulação institucional da associação jun-to aos poderes públicos, governo, agências reguladoras e associados.
“Rodrigues reforça o quadro de diretores da Abraceel num momento muito importan-te, em que o setor energético brasileiro passa por mudanças profundas relativas à liberali-zação do mercado, tendo como centro o con-sumidor de energia”, destaca o presidente--executivo da entidade, Reginaldo Medeiros, que acumulou as funções da diretoria desde a saída de Maurício Correa, em 2015.
Rodrigues é engenheiro mecânico pela Universidade de Brasília (UnB) e tem mestra-do pelo Instituto Tecnológico de Aeronáuti-ca (ITA). Trabalhou na Themag Engenharia em projetos de hidrelétricas e em outras em-presas do setor de infraestrutura. Na Aneel, foi assessor de Diretoria e superintendente de Estudos de Mercado até julho de 2016, quando se desligou da Agência.
RODRIGUES REFORÇA O QUADRO DE DIRETORES DA ABRACEEL NUM MOMENTO MUITO IMPORTANTE, EM QUE O SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO PASSA POR MUDANÇAS PROFUNDAS RELATIVAS À LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO, TENDO COMO CENTRO O CONSUMIDOR DE ENERGIA
FREDERICO RODRIGUESFrederico Rodrigues é o novo diretor de Relações institucionais da Abraceel
O
Equipe
Mikio Kawai Jr. e Frederico Rodrigues
Gás Natural
m 2016, a Petrobras, que detém o monopólio da maior parte dos ne-gócios do setor de petróleo e gás no Brasil, anunciou ao mercado a
redução de sua participação no segmento de gás natural, como parte de seu plano de desinvestimentos. A partir de então, iniciou-se um debate em torno de medidas concretas de aprimoramento do arcabouço normativo do setor de gás natural.
A discussão foi liderada pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
do MME, Márcio Félix, por meio da iniciati-va Gás para Crescer.
A Abraceel participou ativamente das dis-cussões, tanto com seus associados, como na coordenação do Fórum do Gás, que reú-ne diversas associações do setor. Mais de 20 reuniões sobre o tema ocorreram, e, em diversas oportunidades, envolveram o mi-nistério e a ANP.
O resultado da iniciativa do governo foi leva-do ao CNPE que, por meio da resolução CNPE nº 07/2016, definiu as diretrizes estratégicas
EAPRIMORAMENTOS NO MERCADOGÁS NATURAL
Foto Shutterstock
Em 2016, os primeiros passos para o aprimoramento do mercado de gás natural foram concretizados.
52 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
para o setor, englobando, dentre outros, o estí-mulo à formação de mercados de curto prazo e secundários; acesso não discriminatório de terceiros a infraestruturas essenciais; harmo-nização entre regulações estaduais e federal; e aperfeiçoamento da estrutura tributária. Defi-nidas ainda estratégias relativas à importação de gás da Bolívia após 2019 e à possibilidade de comercialização, ao mercado, da parcela do gás do Pré-sal que cabe à União.
Uma das principais alterações propostas pelo Gás para Crescer é a alteração do mo-delo de transporte de GN, com a adoção do sistema de entradas e saídas e a operação independente dos gasodutos. Isso permiti-ria tornar o gás natural um produto fungí-vel e desassociado do transporte físico, es-timulando o desenvolvimento do mercado.
Para seguir as diretrizes, por meio de uma transição regulatória do modelo, foi criado o Comitê Técnico para o Desenvolvimento da Indústria do Gás Natural (CT-GN), que terá até abril de 2017 para apresentar propostas de medidas regulatórias ao Congresso Nacional.
O Comitê é composto por representantes
Foto Shutterstock
dos diversos órgãos do Governo Federal e de associações, representadas pelo Fórum do Gás, e de outros agentes da indústria do gás natural, da sociedade civil e da universidade.
No ano de 2016, os primeiros passos para o aprimoramento do mercado de gás natu-ral foram concretizados. O ano de 2017 será de intensa movimentação regulatória para darmos prosseguimento à caminhada de mudanças no setor. A Abraceel continuará trabalhando para auxiliar no desenvolvi-mento do mercado livre de gás no Brasil.
PARA SEGUIR AS DIRETRIZES, POR MEIO DE UMA TRANSIÇÃO REGULATÓRIA DO MODELO, FOI CRIADO O COMITÊ TÉCNICO PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DO GÁS NATURAL (CT-GN)
53 JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201754
s prioridades da diretoria-executi-va da Abraceel no ciclo 2016/2017 foram: ampliação do Mercado Livre, barreiras à migração, for-
mação de preço e expansão da oferta para o mercado livre. Essas prioridades foram defi-nidas na reunião anual de Planejamento Es-tratégico, realizada em fevereiro de 2016, na sede da associada BTG Pactual, em São Pau-lo. O encontro contou com 52 participantes, de 38 empresas associadas, e foi conduzido pelo consultor Hipa Stoffel, da IndexTech.
Desde que foi aplicada pela primeira vez, a ferramenta do planejamento mudou radi-calmente a qualidade do trabalho desempe-nhado pela associação, que passou a focar mais objetivamente no que é de interesse direto dos associados.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
ADESDE QUE FOI APLICADA PELA PRIMEIRA VEZ, A FERRAMENTA DO PLANEJAMENTO MUDOU RADICALMENTE A QUALIDADE DO TRABALHO DESEMPENHADO PELA ASSOCIAÇÃO
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
Planejamento
Ampliação do Mercado Livre
Formação de preços
Barreiras à Migração
Expansão da oferta para o Mercado Livre
MME
EPE
CCEE
Internas
MME
Aneel
Internas
ONS
FASE
Outras
MME
Aneel
BNDES
CCEE
Internas
AssociaçõesOutras
Associações
Parlamento
FaseOutras
Aneel
CCEE
Internas
8
22
14
4
16
623
46
9
44
1
1
42
3
8
2
3
4
4
3
REUNIÕES REALIZADAS PARA TRATAR SOBRE AS METAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 55
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201756
Defendendo suas teses em fa-vor de melhorias e da ampliação do mercado livre de energia, a Abraceel compareceu nos se-
guintes eventos em 2016:
3º Fórum de Comercialização de Energia Outlook
A associação participou do 3º Fórum de Comercialização de Energia Outlook 2016 nos dias 8 e 9 de março. O evento foi reali-zado na sede de Furnas, no Rio de Janeiro, e contou com apoio institucional da Abra-ceel e participação de diversas empresas associadas. Reginaldo Medeiros foi pales-trante no painel de abertura do evento, quando apresentou a agenda setorial para 2016, com ênfase no mercado livre. O dire-tor técnico da Abraceel, Alexandre Lopes, participou de painel sobre o comercializa-dor varejista e a simplificação da medição.
MERCADO LIVRE EM PAUTAD 6º workshop PSR e Canal Energia
Representando a Abraceel, o diretor-técni-co Alexandre Lopes participou do 6º Wor-kshop PSR-CanalEnergia, no dia 29.03, no Rio de janeiro. Durante o encontro, foram discutidos ajustes no modelo do setor elé-trico para viabilizar a ampliação do merca-do livre, como o tratamento dos contratos legados e a separação entre lastro e energia.
Mercado livre de gás em Sergipe
A Abraceel expôs as contribuições da as-sociação para a minuta de resolução que propõe a abertura do mercado livre de gás natural no estado de Sergipe. A audiên-cia para debater a minuta foi realizada em Aracaju, no dia 29.03, e contou com a participação da diretoria da Agência Re-guladora de Serviços Públicos do Estado
Reginaldo Medeiros palestrando na sede da ABIMAQ
Em pauta
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 57
de Sergipe (Agrese) e do vice-governador do Estado, Belivaldo Chagas.
Agenda Setorial 2016
O diretor técnico, Alexandre Lopes, par-ticipou como comentarista do painel “O Mercado em 2016”, do seminário Agen-da Setorial, organizado pelo Grupo Canal Energia, no dia 30.03. O painel contou com apresentações do conselheiro da CCEE Roberto Castro, do presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, e do diretor da Aneel Tiago Corrêa. No painel, foram dis-cutidos o destravamento do MCP, o balan-ço energético das distribuidoras e o trata-mento dos contratos legados.
Fieg
Reginaldo Medeiros participou da reu-nião do Conselho de Infraestrutura da Fe-deração das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), no dia 13.04, quando apresentou o Projeto de Lei 1917/15, que cria a portabi-lidade da conta de luz. O encontro ocor-reu na sede da federação, em Goiânia, e contou com a presença do presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Fieg, Célio Eustáquio, e de empresários do estado de Goiás.
Enase
A Abraceel teve forte participação no 13º Encontro Nacional de Agentes do Se-tor Elétrico (Enase), realizado no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19.05. Reginaldo Medeiros foi expositor no painel em que foram discutidas questões do mercado e representantes das associadas palestra-ram nos demais painéis.
Fiesp
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) realizou o workshop Mercado Livre de Energia, no dia 29.06. O evento foi promovido pelo Departamento de Infraestrutura da Fiesp (Deinfra), com o apoio da Abraceel e da CCEE, e reuniu
mais de 500 profissionais do setor indus-trial. Durante o workshop, a Fiesp lançou sua cartilha sobre o mercado livre, elabo-rada com a colaboração das duas entida-des, que contém um passo-a-passo para a migração de consumidores. Também du-rante o workshop, a Abraceel lançou seu totem de simulação de economia na mi-gração para o mercado livre, com foco no consumidor residencial.
Abimaq
Em parceria com a Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas e Equipamen-tos (Abimaq), a Abraceel realizou o semi-nário Mercado Livre de Energia, na sede da Abimaq, no dia 05.07, em São Paulo. O evento contou com 84 presentes, dentre comercializadores e potenciais clientes do mercado livre de energia. Na oportuni-dade, Reginaldo Medeiros e o gerente-exe-cutivo de Atendimento da CCEE, Rodolfo Aiex, apresentaram o funcionamento do mercado e as etapas do processo de mi-
Abraceel participa de workshop sobre Mercado Livre de Energia na FIESP
gração. A CCEE montou um balcão no evento para que os consumidores pudes-sem tirar suas dúvidas relacionadas a esse processo. Na ocasião, a Abraceel lançou a “Cartilha Mercado Livre de Energia – um guia básico para consumidores potencial-mente livres e especiais”.
PROS
João Barreto, assessor técnico da Abraceel, realizou uma palestra sobre o mercado li-vre de energia no workshop “Crescimento de Energias Renováveis”, promovido pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS). O evento aconteceu no dia 05.07, na Câmara dos Deputados, e reuniu cerca de 300 pessoas, entre parlamentares, pre-sidentes estaduais e municipais do PROS, empresários, universitários, professores e diversas associações ambientais e de sus-tentabilidade de todo o Brasil.
MDIC
Reginaldo Medeiros e Alexandre Lopes fo-ram expositores em seminário promovido pelo Ministério de Desenvolvimento, In-
dústria e Comércio (MDIC), no dia 05.08, cujo tema foi “Migração para o Mercado Livre de Energia Elétrica”. Dentre os pre-sentes, estavam representantes da CNI, Itamaraty, MCTI e Abiape, entre outros.
Abras
A Abraceel participou da Convenção de 50 anos da Associação Brasileira de Super-mercados (Abras), em Atibaia (SP), no dia 08.11. Na ocasião, João Barreto fez uma exposição abordando as oportunidades do mercado livre de energia.
Energy Risk Management
Reginaldo Medeiros palestrou na 4ª Edi-ção do Energy Risk Management, em São Paulo, no dia 23.08. O evento reuniu empresas de comercialização de energia, geração e consumidores de diferentes portes para tratar de estratégias e opor-tunidades de contratação de energia no atual contexto regulatório e econômico. Também abordou aspectos relativos à comercialização de energia, como proje-ções de cenários para o mercado elétrico,
58 REVISTA ABRACEEL JANEIRO 2017
Ministro Fernando Coelho Filho e representantes de associações setoriais
Em pauta
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 59
gestão de riscos de mercado e projeções para o mercado livre e cativo. Medeiros palestrou no painel “Repensando o mode-lo do setor elétrico – Aprimoramentos re-gulatórios e realinhamentos estruturais”, quando defendeu, entre outros temas, a portabilidade da conta de luz para todos os brasileiros e a necessidade de ajustes no funcionamento dos leilões de energia.
VI Seminário CEISE Br/UNICA Reginaldo Medeiros foi um dos palestran-tes de renome no “VI Seminário CEISE Br/UNICA sobre Bioeletricidade”, seminário que reuniu diversas autoridades políticas, especialistas e executivos do setor elétrico e da indústria da cana durante a Fenasucro & Agrocana 2016, dia 24.08, em Sertãozinho (SP). O evento tratou do atual momento e perspectivas para o melhor aproveitamento da biomassa da cana na matriz elétrica do País. Medeiros palestrou sobre o mercado li-vre de energia e a sua forte ligação com ener-gias renováveis, com ênfase na biomassa
V Encontro Nordeste dos representantes dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica
Reginaldo Medeiros participou do V En-contro Nordeste dos representantes dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica, no dia 23.09. Na oportunidade, cerca de 130 especialistas debateram, em Natal (RN), temas de interesse dos consu-midores, tais como tarifas, portabilidade da conta de luz e panorama das energias renováveis no País. Medeiros apresentou o mercado livre de energia e seus benefí-cios, dando ênfase aos projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que criam a portabilidade da conta de luz.
Simpósio Jurídico da ABCE
A Abraceel participou do Simpósio Jurídi-co da ABCE, dia 26.10, em São Paulo. Em sua exposição, Reginaldo Medeiros abor-dou o Projeto de Lei 1917/2015 e o modelo regulatório vigente.
ABRASCE
Benefícios e perspectivas do mercado livre foi o tema discutido por Reginaldo Medeiros no Fórum Regional da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). Convidado a participar do painel “Eficiência Energéti-ca na Indústria de Shopping Centers”, Me-deiros dividiu a exposição com Luiz Pita, vice-presidente do Conselho de Adminis-tração da Absolar. O evento aconteceu em Brasília, no dia 09.11, com a participação de aproximadamente 100 associados.
Findes
A Abraceel apresentou o mercado livre de energia elétrica e suas perspectivas regras aos industriários da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), no dia 23.11.
2º ENALTESSE - Encontro dos Altos Executivos do Setor Elétrico
Reginaldo Medeiros foi expositor do 2º ENALTESSE - Encontro dos Altos Execu-tivos do Setor Elétrico, em painel sobre comercialização de energia. O evento aconteceu em São Paulo, dia 01.12, e as discussões foram sobre “Temas dominan-tes para o aperfeiçoamento do Setor Elé-trico Brasileiro”, com a abertura realizada pelo ministro Fernando Coelho Filho.
EM 2016, A ABRACEEL APROVEITOU TODAS AS OPORTUNIDADES DISPONÍVEIS PARA DEFENDER SUAS TESES EM FAVOR DE MELHORIAS E DA AMPLIAÇÃO DO MERCADO LIVRE DE ENERGIA
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201760
Abraceel acredita que a liberda-de de mercado, o poder de esco-lha do fornecedor de energia, a competição e o foco no atendi-
mento das necessidades dos clientes têm fundamental importância para tornar o se-tor elétrico brasileiro mais eficiente, trans-parente e seguro. Essa postura resultou na criação, em 2009, do Código de Ética e de Conduta da associação, consolidando sua transparência, abertura ao diálogo, esta-belecendo ligações permanentes com seus associados e sempre buscando adaptar-se às novas demandas e desafios. As ativida-des da Abraceel são desenvolvidas confor-me os mais elevados padrões de probida-de, honestidade e correção. Estes padrões devem ser aplicados em todos os campos de atuação e por todos os profissionais en-volvidos em suas relações com consumido-res, fornecedores, competidores, agentes e instituições de governo e setoriais e com a sociedade em geral.
RELATÓRIO DE AUDITORIAA Vale ressaltar que os membros do Con-
selho de Administração da Abraceel, desde 2009, são escolhidos por votação direta de todas as associadas. Isso forta-lece o caráter moderno de governança da associação, solidamente apoiado na polí-tica de transparência. Além disso, todas as decisões tomadas pela associação são com base nas discussões realizadas com os associados no âmbito do Conselho, que tem por objetivo atender as demandas das empresas associadas.
Como acontece desde a criação da Abra-ceel, de modo a reforçar a transparência, todos os documentos de gestão financeiro e contábil do exercício de 2016 foram apre-sentados aos associados e aos membros do Conselho de Administração. Também cumprindo as exigências do Estatuto Social da Abraceel, a gestão contábil, financeira e administrativa, bem como o Balanço Patri-monial foram submetidos à apreciação da auditoria independente.
Banco de Imagens CPFL Energia/Foto Juan Carabetta
Transparência
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 61
AS ATIVIDADES DA ABRACEEL SÃO DESENVOLVIDAS CONFORME OS MAIS ELEVADOS PADRÕES DE PROBIDADE, HONESTIDADE E CORREÇÃO
Relatório da auditoria Com a antecedência de 90 dias referente
ao prazo estabelecido no Estatuto Social, todos os documentos de gestão financeira e contábil do exercício de 2016 foram apre-sentados aos associados e aos membros do Conselho de Administração da associação. Também cumprindo as exigências do Esta-tuto Social da Abraceel, a gestão contábil, financeira e administrativa, bem como o Balanço Patrimonial, foram submetidos à apreciação da auditoria independente. A consultoria Múltipla entregou seu relatório, em 23.01.2017, no qual indica o resultado da verificação das contas e da gestão da asso-ciação, cuja conclusão se segue:
Relatório de Gestão – Conclusão Com base nos exames efetuados, concluí-
mos pela adequação dos numerários apresen-tados à auditoria, bem como a propriedade dos pagamentos efetuados a terceiros e os créditos advindos de contribuições de associados.
Os pagamentos estão suportados por documentos hábeis que confirmam a ido-neidade das operações realizadas e o cum-primento regular dos compromissos finan-ceiros assumidos pela ABRACEEL.
Também concluímos, diante das análi-ses efetuadas, que a ABRACEEL está em dia com os impostos, tributos e contribuições sociais devidos.
Relatório de Auditoria Contábil relativa ao período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016:
A auditoria confrontou os valores (débi-tos e créditos) registrados no extrato ban-cário, mês a mês, com o Livro Razão (Con-tabilidade), não detectando anormalidades passíveis de ressalvas, bem como os saldos estão adequadamente conciliados entre as fontes de informações.
Cumpre salientar que a posição dos capi-tais informados pelo Banco do Brasil e Ban-co Santander está devidamente compatível com a posição existente no Balanço Patri-monial encerrado em 31 de dezembro de 2016, pela Contabilidade.
As obrigações fiscais e sociais apresen-tadas no balanço patrimonial são provi-sões recomendadas pela contabilidade e atendem os prazos estabelecidos pela legislação fiscal para os devidos recolhi-mentos (pagamentos).
A auditoria confrontou os pagamentos efetuados pela associação no período de janeiro a dezembro de 2016 com os lança-mentos ocorridos nos extratos bancários. E, todos os registros estão amparados com documentação adequada.
Parecer do Auditor Independente sobre o Balanço Patrimonial da Abraceel:
Examinamos o Balanço Patrimonial da ABRACEEL – Associação Brasileira Dos Comercializadores de Energia, levantado em 31 de dezembro de 2016, e as respec-tivas Demonstrações do Resultado, corres-pondente ao exercício findo naquela data, elaborado sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas de-monstrações contábeis.
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e com-preenderam:
a. o planejamento dos trabalhos, con-siderando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade;
b. a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informa-ções contábeis divulgados; e
c. as avaliações das práticas e das esti-mativas contábeis mais representa-tivas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresen-tação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Em nossa análise podemos afirmar a con-tento que os recursos da Associação foram aplicados dentro de suas funções estatutá-rias, dado que a documentação apresentada retrata a realidade.
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mar/00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
5 618
31 3541
47 44 48 55
70
93
113
145149 154
168
189
4 6 1423 19 23 25 30 29 35
41 4353
60 66 64 67 70
ABRACEEL EM NÚMEROS
ASSOCIADOS
AGENTES COMERCIALIZADORES
EVOLUÇÃO DO QUADRO DE ASSOCIADOS
70EMPRESAS ASSOCIADAS AO FINAL DE 2016 20
11
09
REUNIÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DA ABRACEEL
PRESENCIAIS
POR TELEFONE148
361620
27
REUNIÕES DO GRUPO TÉCNICO
DA ABRACEEL
PRESENCIAIS POR TELEFONE
INFORMAÇÕES DIVERSAS DISPONIBILIZADAS NA ÁREA RESTRITA
CONTRIBUIÇÕES TÉCNICAS ENCAMINHADAS À ANEEL
142 APARIÇÕES NA MÍDIA 12
30 MIL52
EDIÇÕES DA NEWSLETTER ELETRÔNICA “CONEXÃO ABRACEEL ENVIADA PARA APROXIMADAMENTE
EDIÇOES DE RELATÓRIOS SEMANAIS
NOMES QUE INTEGRAM O BANCO DE DADOS DO GRUPO CANAL ENERGIA
Abraceel em números
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*A marca corresponde às associadas: CTG Brasil Negócios de Energia S.A, Geração Sapucai-Mirim LTDA e Rio Paranapanema Energia S.A
*
Associados
**
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201764
Associados
** Ingressaram na Abraceel em 2017
**
**
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AMÉRICA ENERGIA S.ARua Olímpiadas, 200 - 5º Andar, Vila Olímpia São Paulo, SP. CEP 04551-000http://www.americaenergia.com.brTelefone: (11)2365-4800Responsável: Andrew Frank Storfer
ARCELORMITTAL COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAv. Carandaí, 1.115 - 13º andar, Bairro Funcionários Belo Horizonte, MG. CEP 30130-915http://www.arcelormittal.com.brTelefone: (31)3219-1493Responsável: Márcio Guimarães Fenelon
ATLANTIC ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.Al. Carlos de Carvalho, 555, conj 161 - Centro. Curitiba, PR. CEP 80430-180 http://atlanticenergias.com.br/Telefone: (41) 3079-7100 Responsável: Gabriel Luaces
ATMO ENERGIARua Samuel Morse, 74. 14° andar – Sala 141, Brooklin São Paulo, SP. CEP 04576-060http://www.atmoenergia.com.brTelefone: (11)4890-8301Responsável: Gabriel Rosa
BC COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Avenida T-30 nº 2.700 Qd.108 Lote 03/04 - Setor Bueno. Goiânia, GO. CEP 74215-060http://www.grupobritocunha.com.br/bcenergiaTelefone: (62)3642-0933 Responsável: Alessandro de Brito Cunha
BEP COMERCIALIZADORA DE ENERGIA ELÉTRICA LTDARua Helena, 260, Cj 93, Vila Olímpia São Paulo, SP. CEP 04552-050http://www.bepenergia.com.brTelefone: (11)3045-5616Responsável: Giovani Polidoro
BIO ENERGIAS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Rua Funchal, 263, Conjunto 31, bloco A, 3º andar - Vila OlímpiaSão Paulo, SP. CEP 04551-060http://www.bioenergias.com.brTelefone: (11)3595-3600Responsável: Armando Vilela de Araújo Júnior
BOLT SERVIÇOS E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA LTDARua Funchal, 263 - Cj. 72,73 e 74 - Vila OlímpiaSão Paulo, SP. CEP 04551-060http://www.boltenergias.com.brTelefone: (11)2626-1770Responsável: Gustavo Ayala
BRASIL COMERCIALIZADORA DE ENERGIAS S.A.Rua Helena, 260 conjunto 72, Vila Olímpia São Paulo, SP. CEP 04552-050http://www.brcomercializadora.com.brTelefone: (11)5171-6600Responsável: Moacyr Carmo
BRENNAND INVESTIMENTOS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA S.AAv. Faria Lima, 2.601 - 4º andar - Jardim PaulistanoSão Paulo, SP. CEP 01452-924http://www.brennandenergia.com.brTelefone: (11)3811-3181Responsável: Luiz Godoy Peixoto Filho
BROOKFIELD ENERGIA RENOVÁVELAv. Embaixador Abelardo Bueno, 600, bloco 2, 4º andarBarra da Tijuca - Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22775-023https://www.brookfieldenergia.comTelefone: (21)2439-9498Responsável: André Flores
BTG PACTUALAv. Brigadeiro Faria Lima, 3.477 - 14º andar - Edifício Pátio Victor Malzoni - Bairro Itaim Bibi. São Paulo, SP. CEP 04538-133http://www.btgpactual.comTelefone: (11)3383-2439Responsável: Oderval Esteves Duarte Filho
CAPITALE ENERGIA COMERCIALIZADORA LTDAAv. Presidente Juscelino Kubitschek, 360, conjunto 161, 16º andar. Itaim Bibi. São Paulo, SP. CEP 04543-000http://www.capitaleenergia.com.brTelefone: (11)3074-5100Responsável: Rafael Villano Mathias
CARGILL - COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Avenida Chucri Zaidanm 1240, Morumbi Corporate , Torre Diamond, 6º Andar. São Paulo, SP. CEP 04709-111http://www.cargill.com.brTelefone: (11)5099-3581Responsável: Andrea Stoppa
CELER COMERCIALIZADORA DE ENERGIA ELÉTRICA LTDAPraia do Flamengo 66, bloco B, salas 1.816 e 1.817 FlamengoRio de Janeiro, RJ. CEP 22.210-030http://www.celerenergia.com.br/Telefone: (21)3852-8234Responsável: João Magalhães Dahl
CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.Av. Barbacena, 1200 – 15º andar - Ala A 1 - Bairro Santo Agostinho - Belo Horizonte, MG. CEP 30190-131http://www.cemig.com.brTelefone: (31)3506-4922Responsável: Marcos Aurélio Alvarenga Pimentel Junior
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201766
CLIME TRADING COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAv Roque Petroni Júnior, 1.089, 11º andar, Sala 1.101, Jd. das Acácias. São Paulo, SP. CEP 04707-000http://www.climetrading.com.brTelefone: (11)3957-9400 Responsável: Pedro Pileggi
CMU COMERCIALIZADORA DE ENERGIAAv. Brasil 1.666 - 16º andar - Funcionários. Belo Horizonte, MG. CEP 30140-003http://www.cmuenergia.com.brTelefone: (31)3262-0722Responsável: Walter Luiz de Oliveira Fróes
COMERC - COMERCIALIZADORA DE ENERGIA ELÉTRICA LTDAAv. Pres. Juscelino Kubitschek, 1909,21º andar, Torre Norte Vila Nova Conceição. São Paulo, SP. CEP 04543-907http://www.comerc.com.brTelefone: (11)3039-3955Responsável: Cristopher Alexander Vlavianos
COMPASS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA ELÉTRICA LTDAAv. Nove de Julho, 5.109, 8º andar, Jardim Paulista São Paulo, SP. CEP 01407-200http://www.compassenergia.com.brTelefone: (11)4949-9000Responsável: Paulo Cesar Mayon Benevides das Neves
COPEL ENERGIARua Coronel Dulcídio, 800 - 4º andar, BatelCuritiba, PR. CEP 80420-170http://www.copelenergia.com.brTelefone: (41) 3331-4230Responsável: Franklin Kelly Miguel
COWAT COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDARua Bandeira Paulista, 275 9° andar conj. 92 - Itaim Bibi. São Paulo, SP. CEP 04532-010http://www.cowat.com.brTelefone: (11)4949-7800Responsável: Ricardo Abouchar
CPFL COMERCIALIZAÇÃO BRASIL S.A.Rodovia Engenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier, 1755, Bloco 2 Térreo - Parque São Quirino. Campinas, SP. CEP 13088-900http://www.cpfl.com.br/brasilTelefone: (19)3756-8943Responsável: Daniel Marrocos Camposilvan
CPFL RENOVÁVEISAv. Dr. Cardoso de Melo, 1.184, 7º andar, Vila Olímpia São Paulo, SP. CEP 04548-004http://www.cpflrenovaveis.com.brTelefone: (11)3157-9301Responsável: Fernando Salvo Mussnich
CTG BRASIL NEGÓCIOS DE ENERGIA S.ARua Funchal, nº. 418, Cj. 2.901, Sala 01 - Vila Olímpia. São Paulo, SP. CEP 04551-060http://www.ctgbr.com.brTelefone: (11)5632-3200Responsável: Anderson Vitor Pereira Tonelli
DEAL COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAlameda Campinas, 802, cj. 122, Jardim PaulistaSão Paulo, SP. CEP 01404-200 http://www.dealcomercializadora.com.brTelefone: (11)3594-0801Responsável: Rodrigo Cosac Nacacio
DELTA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAv. das Nações Unidas, 11.541 – 16º andarBrooklin Novo. São Paulo, SP. CEP 04578-907http://www.deltaenergia.com.brTelefone: (11)3897-6500Responsável: Ricardo Lisboa
DIFERENCIAL COMERCIALIZADORA DE ENERGIAAvenida Presidente Vargas, 482 – 17º andar (Centro) Rio de Janeiro, RJ. CEP 20071-909http://www.diferencialenergia.com.brTelefone: (21)2169-5900Responsável: Marco Antônio Campos
ECEL – ELÉTRON COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAv. Conselheiro Aguiar, nº 1748, 15º andar; Boa Viagem. Recife, PE. CEP 51111-011http://www.eletronenergy.com.brTelefone: (81)3201-0000Responsável: André Cavalcanti Rosa e Silva.
ECOM ENERGIA LTDA.Rua Funchal, nº 418 – 25º andar - Vila OlímpiaSão Paulo, SP. CEP 04551-060http://www.ecomenergia.com.brTelefone: (11)2185-9500Responsável: Paulo R. D. Toledo
EDP COMERCIALIZAÇÃO E SERVIÇOS DE ENERGIA LTDA.Rua Gomes de Carvalho, 1.996 - 7º andar - Vila Olímpia -São Paulo, SP - CEP 04547-006http://www.edp.com.br/Telefone: (11)2185-5801Responsável: João Carlos de Abreu Guimarães
ELECTRA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Rua Almirante Gonçalves, 2416 - Rebouças. Curitiba, PR. CEP 80250-150http://www.electraenergy.com.brTelefone: (41)3023-3343Responsável: Robson Luiz Rossetin
Associados
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 67
ELEKTRO COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Rua Ary Antenor de Souza, 321 - Jd. Nova América. Campinas, SP. CEP 13053-024http://www.elektro.com.brTelefone: (19)2122-1021Responsável: André Augusto Teller Moreira
ELETROBRAS - CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A.Av. Presidente Vargas, 409 – 10º andar – CentroRio de Janeiro, RJ. CEP 20071-003http://www.eletrobras.comTelefone: (21)2514-6121Responsável: Renato Soares Sacramento
ENECEL ENERGIA COMERCIALIZAÇÃO E CONSULTORIA ENERGÉTICA LTDARua Conselheiro Quintiliano Silva, 20 - Santo Antônio. Belo Horizonte, MG. CEP 30350-040http://www.enecel.com.brTelefone: (31)3281-0323Responsável: Raimundo de Paula Batista Neto
ENEL GREEN POWER CACHOEIRA DOURADAPraça Leoni Ramos, nº 1, 6º andar, Bloco 2, parte, São Domingos, Niterói, RJ. CEP 24210-205http://www.enel.com.brTelefone: (21)2555-9891Responsável: Tathiane Simões da Motta Telles Ribeiro
ENERGISA COMERCIALIZADORAAvenida Pasteur, 110 – 5º andar – Botafogo. Rio de Janeiro, RJ. CEP 22290-240http://comercializadora.grupoenergisa.com.brTelefone: (21)2122-6949Responsável: Alessandra Amaral
ENEVA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Praia de Botafogo 501, Torre Pão de Açucar, 7º andar Botafogo. Rio de Janeiro, RJ. CEP 22250-040http://www.eneva.com.brTelefone: (21)3721-3338Responsável: Flávia Martins
ENGIE BRASIL ENERGIA S/ARua Paschoal Apostolo Pitsica 5064, 5º andar - Agronômica. Florianópolis, SC. CEP 88025-255http://www.engie.com.br/ptTelefone: (48)3221-7187Responsável: Marcos Keller Amboni
FDR ENERGIA LTDAAv. Eng. Luís Carlos Berrini, 105 - Vila Olímpia. São Paulo, SP. CEP 04571-010http://fdrenergia.com.br/ Telefone: (11)3920-8858Responsável: Erick Menezes
FEDERAL ENERGIA LTDAAv. Paulista, 1.776, 1º andar, Bela Vista São Paulo, SP. CEP 01310-200http://www.federalenergia.com.brTelefone: (11)3178-7090Responsável: Otto Resende Vilela
GERAÇÃO SAPUCAI-MIRIM LTDA.Avenida das Nações Unidas 12901, Torre Norte, 30º andar - Brooklin. São Paulo, SP. CEP 04578-000http://www.ctgbr.com.brTelefone: (11)5501-3400Responsável: Plautius Soares André Filho
GERDAU AÇOS LONGOS S.A.Avenida das Nações Unidas, 8.501, PinheirosSão Paulo, SP. CEP 05425-070http://www.gerdau.comTelefone: (11)3094-6646Responsável: Claudio Lindenmeyer
IBS-ENERGYAvenida Ibirapuera, 2332, cj. 132, 13º andar, Torre II - Indianópolis. São Paulo, SP. CEP 04028-002http://www.ibs-energy.com.br/Telefone: (11)5053-8666Responsável: Antônio Carlos Bento de Souza
IGUAÇU COMERCIALIZADORA DE ENERGIA ELÉTRICA LTDA.Rua Pedroso Alvarenga, 1.221 - 9º andarSão Paulo, SP. CEP 04531-012http://www.icomercializadora.com.brTelefone: (11)3709-0803Responsável: Joaquim Salles Leite Neto
INFINITY BRASIL COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDARua Pequetita, 179, 6º andar - Vila Olímpia. São Paulo, SP. CEP 04552-060http://www.infinityenergias.com.br/Telefone: (11) 3044-6155Responsável: Bruna Tiziani
INOWATT COMERCIALIZADORA DE ENERGIARua Leopoldo Couto de Magalhães Junior, nº 110, Conj. 53, Itaim Bibi. São Paulo, SP. CEP 04542-000http://www.inowattenergia.com.br/Telefone: (11)4501-2020Responsável: Luis Fernando Manzano
KROMA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAv. República do Líbano, 251, torre B, Rio Mar Trade Center, salas 2603 e 2604 - Bairro do Pina. Recife, PE. CEP 51110-160http://www.kromaenergia.com.brTelefone: (81)3035-9388Responsável: Rodrigo Fernando P. de Albuquerque e Mello
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201768
LÉROS ENERGIA E PARTICIPAÇÕES S.A.Rua Gomes de Carvalho, 1.510, 15º andar, Conjunto 151 – Vila Olímpia. São Paulo, SP. CEP 04547-005http://www.grupoleros.com.brTelefone: (11)2892-0009Responsável: Edval Falcão da Silva
LIGHT COM COMERCIALIZADORA DE ENERGIA SAAlameda Ministro Rocha de Azevedo, 38, conj. 202 Cerqueira Cesar. São Paulo, SP. CEP 01410-000http://www.light.com.brTelefone: (11)3269-8350Responsável: Fernanda Crespo
LIGHT ESCO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA.Avenida Marechal Floriano, 168 - CentroRio de Janeiro, RJ. CEP 20080-002http://www.lightesco.com.brTelefone: (21)2211-2526Responsável: Jalisson Lage Maciel
MATRIX COMERCIALIZADORAAv. Presidente Juscelino Kubitschek, 1.700, 14° andar, Vila Nova Conceição. São Paulo, SP. CEP 04543-000http://www.matrixenergia.comTelefone: (11)3027-2900Responsável: Cláudio Monteiro
NC ENERGIA S/A.Av. Praia do Flamengo,78 - 4º andar - FlamengoRio de Janeiro, RJ. CEP 22210-904http://www.ncenergia.com.brTelefone: (21)3235-8901Responsável: Leonardo Calabró
NOBLE COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAvenida das Nações Unidas, 8501, 17º andar - Pinheiros. São Paulo, SP. CEP 05425-070http://www.thisisnoble.comTelefone: (11)3434-6737Responsável: Renata Ferrari
NOVA ENERGIA COMERCIALIZADORA S.ARua Funchal, 418, 17° andar, CJ 1702, Edifício E-Tower, Vila Olímpia, São Paulo, SP – CEP 04551-060http://www.novaenergia.com.brTelefone: (11)3124-4160Responsável: Gustavo Doná Machado
PETROBRAS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Avenida Henrique Valadares, 28, 17º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ. CEP 20231-030http://www.petrobras.com.brTelefone: (21)2166 0636Responsável: Paulo Tarso Fournier de Araújo
PIERP COMERCIALIZADORA DE ENERGIA S.A.Al. Dr. Carlos de Carvalho, nº 603, 8º andar, Centro, Curitiba, PR.Telefone: (41)3021-1100Responsável: Guilherme Avila
QUEIROZ GALVÃO ENERGIAS RENOVÁVEISAv.Presidente Juscelino Kubitschek, 360, 12º andar - Itaim Bibi São Paulo, SP. CEP 04543-000http://www.qgrenovaveis.comTelefone: (11)5033-8820Responsável: Max Xavier Lins
RENOVA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA S.AAvenida Roque Petroni Junior, 999, Vila Gertrudes São Paulo, SP. CEP 04707-910http://www.renovaenergia.com.brTelefone: (11)3509-1100Fax: (11)3509-1113Responsável: Wilton Carvalho
RIO PARANAPANEMA ENERGIA S.AAv. das Nações Unidas 12.901, 30º andar, Torre Norte - Brooklin São Paulo, SP. CEP 04578-000http://www.paranapanemaenergia.com.brTelefone: (11)5501-3400Responsável: Plautius Soares André Filho
SAFIRA ADMINISTRAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA LTDA.Al. Tocantins, 125, conjunto 1.202, Edifício West Side Alphaville – Barueri - São Paulo, SP. CEP 06455-931http://www.gpsafira.com.brTelefone: (11)4191-3752Responsável: Mikio Kawai Jr.
SANTO ANTÔNIO ENERGIAAv. da Nações Unidas, 4777 – Ed. Villa Lobos, 6º andar, sala 1 Alto de Pinheiros – São Paulo, SP. CEP 05477-000http://www.santoantonioenergia.com.brTelefone: (11)3702-2251Responsável: Ricardo Barbi Costa
SOLENERGIAS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDARua Quirino do Amaral, 114, 12º andar - Cambuí. Campinas, SP. CEP 13023-570http://www.solenergias.com.brTelefone: (19)2512-6270Responsável: Paulo Cezar Coelho Tavares
STATKRAFT ENERGIA DO BRASIL LTDA.Av. Atlântica 1130, ABC, 15º andar, parte A - Copacabana. Rio de Janeiro, RJ. CEP 22021-000http://www.statkraft.comTelefone: (21)3873-7504Responsável: Marcelo Lamar
Associados
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 69
TERMOMACAÉ COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAvenida Henrique Valadares, 28, 17º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ. CEP 20231-030http://www.petrobras.com.brTelefone: (21)2166-0636Responsável: Paulo Tarso Fournier de Araújo
TRADENER LTDA.Alameda Carlos de Carvalho, 603 - 8º andar - Ed. Omni - Centro - Curitiba, PR – CEP 80430-180http://www.tradener.com.brTelefone: (41)3021-1100Responsável: Walfrido Victorino Ávila
TRADER ENERGIARua Padre Carapuceiro, nº 910 – sala 1.102 – Empresarial Torre Acácio Gil Borsoi. Bairro: Boa Viagem Recife, PE. CEP 51020-280http://www.traderenergia.com.brTelefone: (81)3198-9850Responsável: Rodrigo Arruda Rosa
VALE S.A. ENERGIAAv. Dr. Marco Paulo Simon Jardim, 3580, Bairro Piemonte, Prédio 4, 2º andar, Nova Lima, MG. CEP: 34006-200http://www.vale.comTelefone: (31)3279-4473Responsável: Ricardo Batista Mendes
VALORA ENERGIA LTDA.Avenida das Nações Unidas, 8501, 17º andar, sala 1749 Pinheiros. São Paulo, SP. CEP 05425-070.http://www.valoraenergia.com.br/Telefone: (11)3434-6498Responsável: Zebedeu Fernandes de Souza
VOTENER - VOTORANTIM COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDAAv. Eusébio Matoso, 1375 – 5º Andar, Edifício Company - Butantã. São Paulo, SP. CEP 05423-180http://www.venergia.com.brTelefone: (11)2874-2596Responsável: Fábio Zanfelice
WX ENERGY COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.Rua George Ohm, 230, Torre B, Sala 82. Brooklin, São Paulo, SP. CEP 04576-020http://www.wxe.com.brTelefone: (11)2755-0640Responsável: Luiz Henrique Macedo
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201770
ODERVAL ESTEVES DUARTE FILHO PRESIDENTEGraduado em Ciências Econômicas pela UFMG, Oderval Duarte é sócio do Banco BTG Pactual, responsável pela Mesa de Comercia-lização de Energia e pela área de Infraestru-tura. É gestor da carteira de alguns fundos, dentre elas a do FIP Brasil Energia, o primeiro fundo criado para investimentos no setor elétrico nacional, responsável direto pela implementação de mais de 1.000 MW de geração, a partir das mais distintas fontes. Ocupou cargo executivo, entre 1998 e 2003, da Southern Company, tendo coordenado os investimentos da empresa no Brasil. Antes desse período, foi auditor sênior da PwC. Também atuou como conselheiro da Cemig por cinco anos. Atualmente, é membro do Conselho de Administração de várias em-presas do setor elétrico brasileiro. Em mar-ço de 2013, foi eleito para a presidência do Conselho de Administração da Abraceel, com mandato de dois anos, e, em março de 2015, reeleito para mais dois anos.
CRISTOPHER VLAVIANOSVICE-PRESIDENTEGraduado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Cris-topher Vlavianos é fundador e presidente da Comerc Energia. Iniciou sua vida profis-sional no mercado financeiro atuando com commodities e energia. Após 16 anos de experiência nesses mercados, vislumbrou a oportunidade de empreender no mercado livre de energia elétrica. Fundada em 2001, a Comerc Energia responde pela gestão de 13% da carga de energia do Mercado Livre. Foi eleito em março de 2013 para o Con-selho de Administração da Abraceel, com mandato de dois anos e reeleito para mais dois anos, em março de 2015.
MIKIO KAWAI JR. VICE-PRESIDENTEGraduado em Economia pela FEA-USP, é mestre em economia pela Unicamp, dou-tor em engenharia civil (ênfase recursos energéticos) pela Unicamp e AMP pelo IESE Business School. Acumula mais de 20 anos de experiência nos mercados de energia e financeiro. Foi diretor de Opera-ções da OpenLink – Gestão de Risco e Tra-ding – Consultoria em Mercados de Energia, em Nova York e em São Paulo; gerente de Suprimento de Energia do Grupo AES, tra-der de energia na CPFL Energia, além de ter atuado na mesa de operações em alguns bancos nacionais e internacionais com ope-ração no Brasil. Foi professor universitário e mentor de cursos ministrados pela BM&F. Assumiu, em 2008, o cargo de diretor-exe-cutivo da Safira Energia. Foi eleito para o cargo de conselheiro da Abraceel em março de 2015, para um mandato de dois anos.
Equipe | Conselho de Administração
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 71
RAFAEL VILLANO MATHIASVICE-PRESIDENTEGraduado em Engenharia Elétrica pela Uni-versidade Mackenzie, com MBA pelo INSPER, Rafael Villano Mathias é sócio-fundador e di-retor da Capitale Energia. Iniciou sua carreira no mercado financeiro, na área de crédito do Unibanco e, posteriormente, na Mesa Corpo-rate do ING Bank. Ingressou no setor elétrico em 2003, na Delta Energia, sendo respon-sável pela área de operações e back office. Posteriormente, entre 2007 a 2010, trabalhou na EDP, sendo co-responsável pela mesa de trading e operações estruturadas. Em 2010, fundou a Capitale Energia. Em 2012, o Pátria Investimentos se tornou acionista da empresa, trazendo uma sólida estrutura financeira para a Capitale Energia. Foi eleito para o cargo de conselheiro da Abraceel em março de 2015, para um mandato de dois anos.
JOÃO CARLOS GUIMARÃESVICE-PRESIDENTEGraduado em Engenharia Elétrica pela Uni-versidade Federal de Minas Gerais, com MBA em Finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais – IBMEC, de São Paulo. Trabalhou na Cemig, na Enron South América e na AES Eletropaulo, em cargos gerenciais nas áreas comercial e de desenvolvimento de negócios. Posteriormente, foi diretor Comer-cial e Regulatório da Santo Antônio Energia. Atualmente, é diretor da EDP Comerciali-zação e Serviços de Energia, do Grupo EDP. Participa do Conselho de Administração da Abraceel desde 2011, tendo ocupado a pre-sidência de 2011 a 2013. Foi reeleito para o Conselho de Administração da Abraceel por mais dois anos, em março de 2015.
PAULO CEZAR COELHO TAVARES VICE-PRESIDENTEGraduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco, com Mestrado pela Unicamp, na área de “Con-trole de Sistemas de Potência”. Pós-gra-duado em Finanças pelo IBMEC, é professor da Escola Politécnica de Pernambuco. Tra-balhou na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e na Eletrobrás, na qual foi secretário-executivo do Programa Na-cional de Conservação de Energia (Procel). Ocupou a presidência da Companhia Ener-gética de Pernambuco (Celpe), entre 1998 e 2000, quando conduziu o processo de pri-vatização da concessionária. Em junho de 2001, assumiu a presidência da Guaraniana Comércio e Serviços (GCS Energia, hoje NC Energia) e, em setembro de 2002, passou a ocupar a vice-presidência de Gestão de Energia da CPFL Energia. Desligou-se dessa empresa em maio de 2011 e, em seguida, constituiu a Sol Energias, da qual é diretor. Participa do Conselho de Administração da Abraceel desde 2003, tendo ocupado a pre-sidência de 2009 a 2011. Foi reeleito para o Conselho de Administração da Abraceel por mais dois anos, em março de 2015.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201772
RICARDO MARQUES LISBOA VICE-PRESIDENTEGraduado em Engenharia Civil pela Univer-sidade Mackenzie, com MBA em Finanças pelo IBMEC. Iniciou a carreira profissional no mercado financeiro, nas mesas de operação do Unibanco e do CreditSuisse First Boston, com ênfase na operação de juros e câmbio nos mercados do Brasil e Chile. Ingressou no setor elétrico em 1998, logo no início das atividades da Enron América do Sul, tendo participado do desenvolvimento da estra-tégia e da implantação da comercializadora de energia da companhia no Brasil. Deixou a Enron para fundar a Delta Comercializadora de Energia, empresa associada da Abra-ceel desde 2002, sendo uma das pioneiras em comercialização de energia elétrica no Brasil. A partir de 2006, a Delta assumiu o papel de trading de commodities, indo além da área de energia elétrica e passou a atuar nos setores de etanol (tancagem e trading internacional) e biodiesel (produção), com escritórios nas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto (SP), Rio Brilhante (MS) e nos Estados Unidos e na Europa. Foi eleito em março de 2011 para o Conselho de Administração da Abraceel, com mandato de dois anos e ree-leito para mais dois anos, em março de 2015.
MARCOS KELLER AMBONI VICE-PRESIDENTEGraduado em Engenharia Elétrica pela Uni-versidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Engenharia Elétrica pela mesma universidade e com MBA em gestão empre-sarial pela Fundação Getulio Vargas (FVG). Trabalhou no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e atua, desde 2004, na Trac-tebel Energia, onde ocupa o cargo de geren-te de Assuntos Regulatórios e de Mercado. Foi eleito em março de 2011 para o Conselho de Administração da Abraceel, com manda-to de dois anos e reeleito para mais dois anos, em março de 2015.
Equipe | Conselho de Administração
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 73
ALEXANDRE LOPES DIRETOR TÉCNICOGraduado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em aná-lise e elaboração de projetos pela Fundação Getulio Vargas. Em 2001, foi fundador e presidente da Econsult, empresa júnior de consultoria econômica da UnB. Entre 2001 e 2007, assessorou a Superintendência de Regulação Econômica da Aneel, onde parti-cipou diretamente da elaboração das resolu-ções normativas da área, além dos proces-sos de reajustes, revisões e realinhamentos tarifários das concessionárias de distribui-ção. Nessa função, apoiou o desenvolvimen-to da metodologia de cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) e da Tarifa de Energia (TE). Ingressou na Abraceel em julho de 2007, como assessor técnico, acompanhando as atividades dos grupos técnicos internos, o desenvolvimento da re-gulação, a operação do sistema elétrico e a evolução do mercado livre, além de ministrar cursos sobre regulação econômica e tarifas de energia elétrica. Coordena o Grupo Técnico da Abraceel desde março de 2009, e, desde abril de 2013, é diretor técnico. Seu mandato atual vai até o final de 2018.
FREDERICO RODRIGUES DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAISFrederico Rodrigues é engenheiro mecânico formado pela Universidade de Brasília (UnB) e tem mestrado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Trabalhou na Themag Engenharia em projetos de hidrelétricas e em outras empresas do setor de infraestrutura. Na Aneel, foi assessor de Diretoria e superintendente de Estudos de Mercado até julho de 2016, quando se desligou da Agência. Assumiu a Diretoria de Relações Institucionais da Abraceel em janeiro de 2017.
REGINALDO DE MEDEIROS PRESIDENTE EXECUTIVOGraduado em economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado em Planejamento Energético e Ambiental pela Coppe/UFRJ. Entre 1978 e 1981, trabalhou na Eletrobrás, CER – Roraima e Eletropaulo. Entre 1982 e 1990, coordenou os estudos de carga pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), base da estrutura tarifária brasileira. Foi consultor independen-te do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID), na área de estudos de mercado e carga, entre 1988 e 1991, tendo atuado na assessoria dos governos do Peru, Venezuela e Colômbia. Entre 1992 e 1996, gerenciou o escritório compartilhado das empresas CPFL, Eletropaulo, Sabesp, Comgás e CESP. Também foi chefe de Gabinete e Secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Energia, no período entre 1996 e 1999. A partir daí, até o final de 2010, gerenciou as atividades da CPFL Ener-gia em Brasília. Entre 1982 e 2000, ministrou cursos de tarifas pelo custo marginal em vá-rias universidades e instituições de ensino. É autor do livro “O Capital Privado na Reestru-turação do Setor Elétrico Brasileiro”, editado em 1995. Assumiu a presidência-executiva da Abraceel em janeiro de 2011, com manda-to até o final de 2017.
Equipe | Diretoria Executiva
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201774
JULIÃO SILVEIRA COELHOCONSULTOR JURÍDICOO advogado Julião Silveira Coelho é consultor jurídico da Abraceel desde meados de outu-bro de 2014, função que também ocupou en-tre 2006 e 2009, antes de ser indicado para a diretoria colegiada da Aneel. No início de sua carreira profissional, passou pelos escritórios Pinheiro Neto e Wald), e, depois, atuou na Advocacia Geral da União (AGU), na condição de procurador federal junto à própria Aneel, entre 2002 e 2004. Em seguida, ingressou, por meio de concurso, para a Procuradoria Geral do Distrito Federal. Em 2006, foi ati-vado o Escritório Julião Coelho Advocacia, quando passou a apoiar a Abraceel na área jurídica. O escritório ficou fechado durante todo o período em que ocupou a diretoria da Aneel, entre 2009 e 2013, e foi reativado no segundo semestre de 2014, depois que o advogado fez um mestrado em Direito de Energia e Tecnologia Limpa, na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
FRANCISCA LEITE ASSISTENTE DA DIRETORIA- EXECUTIVAIngressou na na Abraceel em fevereiro de 2013 depois de trabalhar durante sete anos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Na Aneel, na maior parte do tempo atuou na Secretaria-Geral (SGE), tendo, entre outras funções, a responsabilidade pela or-ganização da reunião pública ordinária sema-nal da diretoria colegiada.
ISABELLA GUIMARÃES ASSISTENTE ADMINISTRATIVAOcupa o cargo desde julho de 2010. Antes, trabalhou durante nove anos na Energética Tech, empresa de consultoria em energia elé-trica estabelecida em Brasília, onde exerceu função similar. Em 2014, concluiu o Curso Superior em Gestão Pública, no Centro Uni-versitário do Distrito Federal (UDF).
Equipe | Abraceel
JANEIRO 2017 REVISTA ABRACEEL 75
ÂNGELA BATISTA DE OLIVEIRA ASSESSORA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAISÂngela de Oliveira é cientista política for-mada pela Universidade de Brasília (UnB). Estagiou na Subchefia de Assuntos Parla-mentares da Presidência da República, du-rante um ano, e também na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio, na área de Relações Institucionais. Foi esta-giária na área de Relações Institucionais da Abraceel, no período de março a dezembro de 2014, quando foi efetivada no quadro de colaboradores, como trainee. Após concluir a graduação, foi promovida a assessora de Relações institucionais. Em 2016, concluiu o curso “O Setor Elétrico – Aspectos Físicos e Regulamentação”, ministrado pelo Professor Vilson D. Christofari.
JOÃO FERREIRA BARRETO ASSESSOR TÉCNICOJoão Barreto é engenheiro de energia forma-do pela Universidade de Brasília (UnB). Foi estagiário na área técnica da Abraceel no período de março de 2014 a agosto de 2015, quando foi efetivado no quadro de colabora-dores, como trainee. Após concluir a gradua-ção, foi promovido a assessor técnico.
REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201776
AMANDA MONTALVÃO FERRAZ ASSESSORA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAISAmanda Montalvão Ferraz é cientista polí-tica pela Universidade de Brasília (UnB). Es-tagiou na Assessoria de Articulação Parla-mentar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2014 e 2015. Também foi presidente institucional da Strategos – Empresa Júnior de Consultoria Política da Universidade de Brasília, e estagiária na área de Relações institucionais da Abraceel de março de 2015 a janeiro de 2016, quando foi efetivada no quadro de colaboradores, como trainee. Em dezembro de 2016, foi promovida a asses-sora de relações institucionais.
YASMIN MARTINS DE OLIVEIRATRAINEEYasmin Martins de Oliveira é formada em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). Iniciou suas atividades na Abraceel em abril de 2016 como estagiária na Diretoria técnica, sendo promovida a trainee em de-zembro do mesmo ano. Anteriormente, es-tagiou no Tesouro Nacional, na Coordenação do Fundo Soberano. Participou de um inter-câmbio acadêmico na Alemanha em 2014 e do Intercâmbio Cultural do Rotary, em 2010, para o mesmo país.
Equipe | Abraceel
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REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201778
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REVISTA ABRACEEL JANEIRO 201780