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Endocardite Endocardite infecciosa infecciosa Escola Superior de Ciências Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Coordenação: Sueli R. Falcão Falcão www.paulomargotto.com.br 5/8/09

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Page 1: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

EndocarditeEndocarditeinfecciosainfecciosa

Escola Superior de Ciências Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DFda Saúde (ESCS)/SES/DF

Ulysses Meireles AlvesUlysses Meireles AlvesCoordenação: Sueli R. FalcãoCoordenação: Sueli R. Falcãowww.paulomargotto.com.br

5/8/09

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Definição Definição Infecção microbiana da superfície Infecção microbiana da superfície

endotelial do coração. Na maioria endotelial do coração. Na maioria das vezes, a infecção envolve a das vezes, a infecção envolve a superfície valvular mas pode superfície valvular mas pode acometer outras regiões do acometer outras regiões do endocárdio.endocárdio.

Substitui o antigo termo Substitui o antigo termo “endocardite bacteriana”.“endocardite bacteriana”.

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Epidemiologia Epidemiologia Era pré-antibiótica x pós-antibióticaEra pré-antibiótica x pós-antibiótica Incidência – 1,6 a 6 / 100.000 pessoas/anoIncidência – 1,6 a 6 / 100.000 pessoas/anoo Mudanças no perfil epidemiológico: Mudanças no perfil epidemiológico: o Populações suscetíveis - Populações suscetíveis - febre reumática febre reumática

congênitas congênitas drogaditosdrogaditos

o 8 a 10% dos casos pediátricos ocorrem na 8 a 10% dos casos pediátricos ocorrem na ausência de cardiopatia estrutural ou ausência de cardiopatia estrutural ou fatores de risco.fatores de risco.

Page 4: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

ClassificaçãoClassificação Historia natural: aguda ou Historia natural: aguda ou

subaguda/crônicasubaguda/crônica

Valvas nativasValvas nativas PrótesesPróteses Usuários de drogas endovenosasUsuários de drogas endovenosas HospitalaresHospitalares

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ClassificaçãoClassificação AgudaAguda

Condição associada a febre alta, sinais de Condição associada a febre alta, sinais de toxemia de início agudo (geralmente menos de toxemia de início agudo (geralmente menos de 2 semanas, no máximo 6 semanas). Com 2 semanas, no máximo 6 semanas). Com evolução fatal e curto período de tempo.evolução fatal e curto período de tempo.

Principal agente:S. Principal agente:S. staphylococcus aureusstaphylococcus aureus SubagudaSubaguda

Manifestações clinicas arrastadas que incluem Manifestações clinicas arrastadas que incluem febre baixa intermitente, sudorese noturna, febre baixa intermitente, sudorese noturna, perda ponderal, fenômenos imunológicos.perda ponderal, fenômenos imunológicos.

Principal agente: Principal agente: Streptococcus viridiansStreptococcus viridians

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Etiologia Etiologia Válvula nativaVálvula nativa

Mitral e aórticaMitral e aórtica 70 a 80% doença cardíaca predisponente70 a 80% doença cardíaca predisponente Doença reumática: países em Doença reumática: países em

desenvolvimentodesenvolvimento Cardiopatias congênitas: 10 a 20%Cardiopatias congênitas: 10 a 20% É incomum em crianças.É incomum em crianças. Na faixa pediátrica o principal fator Na faixa pediátrica o principal fator

predisponente é a cardiopatia reumática.predisponente é a cardiopatia reumática.

Page 7: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Etiologia Etiologia Válvula nativaVálvula nativa

Estreptococos Estreptococos Presentes na cavidade oral,orofaringe e Presentes na cavidade oral,orofaringe e

pele.pele. Causam de 40 a 70% dos casos.Causam de 40 a 70% dos casos. A maioria é do grupo A maioria é do grupo viridans.viridans. Têm baixa virulência.Têm baixa virulência. Causam EI subaguda.Causam EI subaguda. Geralmente infectam defeitos congênitos e Geralmente infectam defeitos congênitos e

válvulas previamente lesadas.válvulas previamente lesadas.

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Etiologia Etiologia Válvula nativaVálvula nativa

EnterococosEnterococos Habitantes naturais da uretra anterior, Habitantes naturais da uretra anterior,

trato digestivo e da orofaringe.trato digestivo e da orofaringe. Acomete principalmente homens Acomete principalmente homens

idosos e mulheres jovens.idosos e mulheres jovens. 50% dos pacientes não possui lesão 50% dos pacientes não possui lesão

valvular predisponentevalvular predisponente

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Etiologia Etiologia Válvula nativaVálvula nativa

EstafilococosEstafilococos 30% dos casos de EI são causados por estafilococos, 30% dos casos de EI são causados por estafilococos,

com predomínio de com predomínio de S.aureusS.aureus sobre sobre S.epidermidisS.epidermidis.. Acomete principalmente usuários de drogas Acomete principalmente usuários de drogas

injetáveis e pacientes com cateteres de acesso injetáveis e pacientes com cateteres de acesso venoso prolongado.venoso prolongado.

S. aureusS. aureus pode afetar válvulas normais, causar pode afetar válvulas normais, causar doença aguda e localmente destrutiva.doença aguda e localmente destrutiva.

S.epidermidisS.epidermidis é menos virulento, afeta válvulas é menos virulento, afeta válvulas anormais e causa doença subaguda.anormais e causa doença subaguda.

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EtiologiaEtiologia Válvula nativaVálvula nativa

Bactérias do grupo HACEKBactérias do grupo HACEK

Bactérias dos gêneros: Bactérias dos gêneros: Haemophilus, Haemophilus, Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella e Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella e KingellaKingella..

Habitam a cavidade oral.Habitam a cavidade oral. Têm em comum a baixa virulência, a Têm em comum a baixa virulência, a

associação com hemoculturas negativas.associação com hemoculturas negativas. Causam quadro de EI subaguda, com grandes Causam quadro de EI subaguda, com grandes

vegetações.vegetações.

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EtiologiaEtiologia Prótese valvarPrótese valvar

EPV precoce (menos de 1 ano): “hospitalar”EPV precoce (menos de 1 ano): “hospitalar” Procedimento cirúrgico, eventos peri-operatórioProcedimento cirúrgico, eventos peri-operatório Incidência de 1 a 3,3%Incidência de 1 a 3,3%

EPV Tardia (mais de 1 ano)EPV Tardia (mais de 1 ano) Procedimentos orais, urológicos, TGI.Procedimentos orais, urológicos, TGI. Incidência de 0,3 a 0.6% ao ano.Incidência de 0,3 a 0.6% ao ano.

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EtiologiaEtiologia Prótese valvar precocePrótese valvar precoce

HC-FMUSP(1997-2004)

Page 13: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

EtiologiaEtiologia Prótese valvarPrótese valvar

HC-FMUSP(1997-2004)

Page 14: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

EtiologiaEtiologia Prótese valvar tardiaPrótese valvar tardia

HC-FMUSP(1997-2004)

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EtiologiaEtiologia Usuários de drogas endovenosasUsuários de drogas endovenosas

Incidência de EI entre UDI 1,5 a 20 por 1000 Incidência de EI entre UDI 1,5 a 20 por 1000 indivíduos/anoindivíduos/ano

S.aureus 60 a 70% dos casosS.aureus 60 a 70% dos casos Disseminação para pulmões acarreta Disseminação para pulmões acarreta

pneumonia bilateral e múltiplos abscessos.pneumonia bilateral e múltiplos abscessos.

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EtiologiaEtiologia Nosocomial Nosocomial

Após 48/72 h internação hospitalar ou Após 48/72 h internação hospitalar ou relacionada a procedimento hospitalar 8 relacionada a procedimento hospitalar 8 semanas antes.semanas antes.

7,5 a 29% das EI7,5 a 29% das EI Fontes bacterianasFontes bacterianas

Cateteres centrais 20 a 40%Cateteres centrais 20 a 40% Cateter periféricos 9 a 22%Cateter periféricos 9 a 22% Procedimentos geniturinários 20 a 30%Procedimentos geniturinários 20 a 30%

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Etiologia Etiologia NosocomialNosocomial

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Fisiopatologia Fisiopatologia Lesão endotelialLesão endotelial endocardite trombótica endocardite trombótica

estéril (aderência de plaquetas e fibrina) estéril (aderência de plaquetas e fibrina) formação da vegetação formação da vegetação ativação da ativação da cascata de coagulação cascata de coagulação deposição de mais deposição de mais fibrina fibrina crescimento da vegetação. crescimento da vegetação.

BacteremiaBacteremia alojamento de alojamento de microorganismos na vegetação estéril microorganismos na vegetação estéril produção de glicoproteínas pelas bactérias produção de glicoproteínas pelas bactérias adesão . adesão .

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Fisiopatologia Fisiopatologia Situações que levam a lesões Situações que levam a lesões

endoteliais:endoteliais: Presença de fluxo sanguíneo intenso e Presença de fluxo sanguíneo intenso e

de alta velocidade (cateter venosos)de alta velocidade (cateter venosos) Fluxo de uma câmara de alta pressão Fluxo de uma câmara de alta pressão

para uma de baixa pressãopara uma de baixa pressão Fluxo sanguíneo de alta velocidade Fluxo sanguíneo de alta velocidade

através de um orifício estreitoatravés de um orifício estreito

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Fisiopatologia Fisiopatologia Lesões de alto riscoLesões de alto risco

Válvula cardíaca protéticaVálvula cardíaca protética Endocardite prévia na válvula nativaEndocardite prévia na válvula nativa Cardiopatia congênita cianótica complexaCardiopatia congênita cianótica complexa Derivações cirúrgicas sistêmico-pulmonaresDerivações cirúrgicas sistêmico-pulmonares Coarctação da aortaCoarctação da aorta

Lesões de risco moderadoLesões de risco moderado Doença reumáticaDoença reumática Doenças cardíacas degenerativasDoenças cardíacas degenerativas Cardiopatia hipertróficaCardiopatia hipertrófica Prolapso de válvula mitral.Prolapso de válvula mitral.

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Fisiopatologia Fisiopatologia As manifestações se originam de 5 As manifestações se originam de 5

fatores:fatores:1.1. Efeito destrutivo local do processo infeccioso.Efeito destrutivo local do processo infeccioso.2.2. Embolização de fragmentos da vegetação.Embolização de fragmentos da vegetação.3.3. Infecção de outros sítios através da Infecção de outros sítios através da

bacteremia.bacteremia.4.4. Uma resposta imune humoral, com a Uma resposta imune humoral, com a

formação de imunocomplexos.formação de imunocomplexos.5.5. Produção de citocinas que determinam Produção de citocinas que determinam

sintomas constitucionais (febre, mal estar). sintomas constitucionais (febre, mal estar).

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Quadro clinicoQuadro clinico

No início do quadro clínico os sintomas podem No início do quadro clínico os sintomas podem variar de leve intensidade e arrastados à variar de leve intensidade e arrastados à sintomas agudos e graves a depender do agente sintomas agudos e graves a depender do agente etiológico.etiológico.

Freqüentemente encontram-se sintomas Freqüentemente encontram-se sintomas inespecíficos.inespecíficos.

Febre é o achado mais comum, chegando a 90% Febre é o achado mais comum, chegando a 90% dos casosdos casos

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Quadro clinicoQuadro clinico Manifestações cardíacasManifestações cardíacas: :

o sopro cardíaco ocorre em até 85% dos casos. o sopro cardíaco ocorre em até 85% dos casos. A alteração de um sopro pré-existente é achado clássico A alteração de um sopro pré-existente é achado clássico

(10-40%)(10-40%) ICC principal causa de morteICC principal causa de morte

Embolização sistêmica:Embolização sistêmica: Ocorrem em até 40% dos paciente e determinam a Ocorrem em até 40% dos paciente e determinam a

maioria das seqüelas.maioria das seqüelas. Cerebral ( AVC, encefalite, meningite)Cerebral ( AVC, encefalite, meningite) RenalRenal CoronáriaCoronária pulmonarpulmonar

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Quadro clinicoQuadro clinico Manifestações periféricasManifestações periféricas

Petéquias (20-40%) tipicamente Petéquias (20-40%) tipicamente subconjuntivais. Presentes também no palato, subconjuntivais. Presentes também no palato, mucosas e extremidades.mucosas e extremidades.

Nódulos de OslerNódulos de Osler Manchas de JanewayManchas de Janeway Manchas de RothManchas de Roth Baqueteamento digitalBaqueteamento digital Esplenomegalia (60%)Esplenomegalia (60%)

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Quadro clinicoQuadro clinicoNódulos de Osler : intradérmicos, Com 2 a 15mm, dolorosos, nas Polpas digitais

Lesões de Janeway : eritematosas ou hemorrágicas indolores nas regiõespalmares e plantares

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Quadro clinicoQuadro clinicoManchas de Roth: lesões hemorrágicasretinianas, com palidez central

Baqueteamento digital

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Quadro clinicoQuadro clinico

Hemorragia subconjuntival

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Diagnóstico Diagnóstico HemoculturaHemocultura

Devem ser colhidas pelo menos 3 amostras de Devem ser colhidas pelo menos 3 amostras de 10ml de sangue em sítios de punção diferentes. 10ml de sangue em sítios de punção diferentes.

Na EI aguda deve ser colhido com 15 minutos de Na EI aguda deve ser colhido com 15 minutos de intervalo e na subaguda acima de 6 horas. intervalo e na subaguda acima de 6 horas.

Nos com uso prévio de antibiótico são necessárias Nos com uso prévio de antibiótico são necessárias mais 3 amostras (total de 6).mais 3 amostras (total de 6).

Eco cardiogramaEco cardiograma Transtorácico: menor custo, sensibilidade (60-65%)Transtorácico: menor custo, sensibilidade (60-65%) Transesofágico: método de escolha, sensibilidade Transesofágico: método de escolha, sensibilidade

(90-95%)(90-95%)

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Diagnóstico – Critérios de Diagnóstico – Critérios de DukesDukes

Critérios maioresCritérios maiores

1. Hemocultura positiva1. Hemocultura positiva A.A. Microrganismos típicos duas amostras:Microrganismos típicos duas amostras: - - Grupo viridans, S. bovis Grupo viridans, S. bovis , HACEK, , HACEK, Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus ouou enterococos comunitários, ouenterococos comunitários, ou B. Hemocultura persistentemente positiva ( no mínimo 2 amostras + B. Hemocultura persistentemente positiva ( no mínimo 2 amostras +

no intervalo de 12 horas ou 3 amostras + com intervalo de 1 hora no intervalo de 12 horas ou 3 amostras + com intervalo de 1 hora entra a primeira e a ultima.entra a primeira e a ultima.

2. Evidência de envolvimento endocárdico:2. Evidência de envolvimento endocárdico: A. Ecocardiograma: vegetação ou abscesso ou nova deiscência A. Ecocardiograma: vegetação ou abscesso ou nova deiscência

parcialparcial de prótesede prótese B. Nova regurgitação valvarB. Nova regurgitação valvar C. Isolamento por cultura de Coxiella burnetii ou anticorpos antifaseC. Isolamento por cultura de Coxiella burnetii ou anticorpos antifase 1 IgG com títulos ⊇1:8001 IgG com títulos ⊇1:800

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Diagnóstico – Critérios de Diagnóstico – Critérios de DukesDukes

Critérios menoresCritérios menores

1. Condição predisponente1. Condição predisponente 2. Febre > 38°C2. Febre > 38°C 3. Fenômeno vascular3. Fenômeno vascular 4. Fenômeno imunológico4. Fenômeno imunológico 5. Evidência microbiológica: hemocultura 5. Evidência microbiológica: hemocultura

positiva sem preencher os critérios maiores positiva sem preencher os critérios maiores ou evidência sorológica de infecção ativa com ou evidência sorológica de infecção ativa com microrganismo compatível com endocardite microrganismo compatível com endocardite infecciosainfecciosa

Page 31: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Diagnóstico Diagnóstico

Page 32: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Diagnóstico Diagnóstico

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ProfilaxiaProfilaxia

Administração de antibióticos previamente Administração de antibióticos previamente ou juntamente a procedimentos que ou juntamente a procedimentos que encerram risco de bacteremia em pacientes encerram risco de bacteremia em pacientes com risco para endocardite.com risco para endocardite. Indicações Indicações

Pacientes de risco.Pacientes de risco. Procedimentos de risco Procedimentos de risco

( procedimentos dentários com solução ( procedimentos dentários com solução de continuidade).de continuidade).

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Profilaxia Profilaxia Os benefícios da profilaxia ainda não são bem Os benefícios da profilaxia ainda não são bem

estabelecidos em evidência científica e podem, estabelecidos em evidência científica e podem, de fato, ser modestos:de fato, ser modestos: Apenas 50% dos pacientes com endocardite de Apenas 50% dos pacientes com endocardite de

valva nativa sabiam que tinham lesão valvar.valva nativa sabiam que tinham lesão valvar. Maioria dos casos de endocardite não Maioria dos casos de endocardite não

acontece após procedimento invasivo acontece após procedimento invasivo (bacteremia espontânea) .(bacteremia espontânea) .

35% dos casos são ocasionados por 35% dos casos são ocasionados por microorganismos não atingidos na profilaxia.microorganismos não atingidos na profilaxia.

Uma boa higiene oral seria mais importante Uma boa higiene oral seria mais importante

Page 35: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Profilaxia Profilaxia Condições cardíacas associadas a alto Condições cardíacas associadas a alto

risco:risco: Prótese cardíaca valvarPrótese cardíaca valvar EI préviaEI prévia Cardiopatia congênitaCardiopatia congênita

Cardiopatia cianótica irreparávelCardiopatia cianótica irreparável Cardiopatia congênita reparável nos 6 Cardiopatia congênita reparável nos 6

primeiros meses de pós-operatório.primeiros meses de pós-operatório. Cardiopatia congênita reparada com defeitos Cardiopatia congênita reparada com defeitos

residuais no sítio ou nas adjacências do sítioresiduais no sítio ou nas adjacências do sítio Transplante cardíacoTransplante cardíaco

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Profilaxia Profilaxia Procedimentos dentários, esôfago e trato Procedimentos dentários, esôfago e trato

respiratório superior:respiratório superior: Amoxicilina 50mg/kg VO 1 hora antes do Amoxicilina 50mg/kg VO 1 hora antes do

procedimentoprocedimento Se alergia: cefalexina 50mg/kg VO ouSe alergia: cefalexina 50mg/kg VO ou clindamicina 20mg/kg ouclindamicina 20mg/kg ou azitromicina 15mg/kgazitromicina 15mg/kg

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Tratamento Tratamento O início da antibioticoterapia depende do O início da antibioticoterapia depende do

quadro clínico:quadro clínico: Endocardite aguda: ATB deve ser iniciada logo Endocardite aguda: ATB deve ser iniciada logo

após a coleta das três primeiras amostras.após a coleta das três primeiras amostras. Endocardite subaguda: iniciar a ATB somente Endocardite subaguda: iniciar a ATB somente

após a obtenção dos resultados das após a obtenção dos resultados das hemoculturas.hemoculturas.

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Tratamento Tratamento

A via preferencial dos antibióticos é a IV.A via preferencial dos antibióticos é a IV. A ATB deve ser bactericida.A ATB deve ser bactericida. As doses devem ser altas, garantindo níveis As doses devem ser altas, garantindo níveis

séricos bastante superiores à MIC.séricos bastante superiores à MIC. A duração da terapia deve ser prolongada.A duração da terapia deve ser prolongada.

Page 39: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Tratamento Tratamento Streptococcus Streptococcus do grupo do grupo viridans viridans ou ou S. S.

bovis bovis (com MIC<0,1(com MIC<0,1g/ml)g/ml)

• Penicilina G Cristalina IV 200.000-300.000 U/kg/dia 4/4h Penicilina G Cristalina IV 200.000-300.000 U/kg/dia 4/4h por 4 semanas.por 4 semanas.

• Penicilina G Cristalina IV 200.000-300.000 U/kg/dia 4/4h Penicilina G Cristalina IV 200.000-300.000 U/kg/dia 4/4h + Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 2 semanas.+ Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 2 semanas.

• Ceftriaxone IV 80 mg/kg/dia 24/24h por 4 semanas.Ceftriaxone IV 80 mg/kg/dia 24/24h por 4 semanas.• Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h por 4 semanas.Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h por 4 semanas.

Page 40: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Tratamento Tratamento Enterococcus Enterococcus spp (E. spp (E. faecalis faecalis ou E. ou E.

faeciumfaecium))

• Ampicilina IV 200-300 mg/kg/dia 4/4h + Ampicilina IV 200-300 mg/kg/dia 4/4h + Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas.semanas.

• Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h + Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h + Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas.semanas.

Page 41: Endocardite infecciosa Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Ulysses Meireles Alves Coordenação: Sueli R. Falcão

Tratamento Tratamento Staphylococcus Staphylococcus sp em Valva Nativa (geralmente sp em Valva Nativa (geralmente S.S.aureusaureus))

• Oxacilina IV 200 mg/kg/dia 4/4h por 4-6 semanas Oxacilina IV 200 mg/kg/dia 4/4h por 4-6 semanas (opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h nos (opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h nos primeiros 3-5 dias).primeiros 3-5 dias).

• Cefalotina IV 100 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas Cefalotina IV 100 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas (opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg /dia8/8h nos (opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg /dia8/8h nos primeiros 3-5 dias).primeiros 3-5 dias).

• Se MARSASe MARSA• Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h por 4-6 semanas.Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h por 4-6 semanas.

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Tratamento Tratamento Staphylococcus Staphylococcus sp em Valva Protética sp em Valva Protética

(geralmente S. (geralmente S. epidermidisepidermidis))

• Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h + Rifampicina VO Vancomicina IV 40 mg/kg/dia 12/12h + Rifampicina VO 10-20 mg/kg/dia 8/8h por no mínimo 6 semanas 10-20 mg/kg/dia 8/8h por no mínimo 6 semanas (opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h nas (opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h nas primeiras duas semanas) .primeiras duas semanas) .

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Tratamento Tratamento Bactérias do grupo HACEKBactérias do grupo HACEK

• Ceftriaxone IV 80 mg/kg/dia 24/24h por 4 semanas.Ceftriaxone IV 80 mg/kg/dia 24/24h por 4 semanas.• Ampicilina IV 200-300 mg/kg/dia 4/4h + Gentamicina IV Ampicilina IV 200-300 mg/kg/dia 4/4h + Gentamicina IV

5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4 semanas.5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4 semanas.

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Tratamento empíricoTratamento empírico EI em válvula nativa, adquirida na EI em válvula nativa, adquirida na

cominidade ou pós operatório tardio.cominidade ou pós operatório tardio.

Penicilina cristalina 12-18 milhões U/dia - 4 Penicilina cristalina 12-18 milhões U/dia - 4 semanas semanas

ouou Ceftriaxona 2g/dia dose única diária por 4 Ceftriaxona 2g/dia dose única diária por 4

semanassemanas Gentamicina 3mg/kg/dia por 2 semanasGentamicina 3mg/kg/dia por 2 semanas Oxacilina 200mg/kg/dia por 6 semanasOxacilina 200mg/kg/dia por 6 semanas

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Tratamento empíricoTratamento empírico EI nosocomial associado a cateter ou EI nosocomial associado a cateter ou

pós operatório precoce:pós operatório precoce:

Vancomicina 30mg/kg/dia por 6 Vancomicina 30mg/kg/dia por 6 semanassemanas

++ Gentamincia 3mg/kg/dia por 2 Gentamincia 3mg/kg/dia por 2

semanassemanas

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Cirurgia Cirurgia

Objetiva retirar o material infectado e Objetiva retirar o material infectado e corrigir a disfunção valvar.corrigir a disfunção valvar.

A cirurgia trouxe uma importante redução A cirurgia trouxe uma importante redução da letalidade nos casos de endocardite da letalidade nos casos de endocardite complicada.complicada.

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Indicação de cirurgiaIndicação de cirurgia EI de valva nativaEI de valva nativa

Regurgitação aórtica ou mitral relacionadas a Regurgitação aórtica ou mitral relacionadas a IC classe funcional III ou IV.IC classe funcional III ou IV.

Regurgitação aórtica aguda com taquicardia e Regurgitação aórtica aguda com taquicardia e fechamento precoce de valva mitral.fechamento precoce de valva mitral.

Evidências de abscesso anular ou aórtico, ou Evidências de abscesso anular ou aórtico, ou aneurisma/pseudo-aneurisma do seio Valsalva aneurisma/pseudo-aneurisma do seio Valsalva ou aórtico.ou aórtico.

Evidências de disfunção valvar e bacteremia Evidências de disfunção valvar e bacteremia persistente por mais de 10 dias.persistente por mais de 10 dias.

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Indicação de cirurgiaIndicação de cirurgia EI de valva protéticaEI de valva protética

EI de valva protética precoce com menos de 2 meses de EI de valva protética precoce com menos de 2 meses de troca valvar.troca valvar.

Disfunção da prótese valvar com IC.Disfunção da prótese valvar com IC. Endocardite fúngica.Endocardite fúngica. Endocardite estafilocócica não responsiva ao tratamento Endocardite estafilocócica não responsiva ao tratamento

.. Endocardite por Gram negativos.Endocardite por Gram negativos. Evidências de Evidências de leakleak paravalvar, ou abscesso anular ou paravalvar, ou abscesso anular ou

aórtico, ou aneurisma/pseudo-aneurisma do seio aórtico, ou aneurisma/pseudo-aneurisma do seio Valsalva ou aórtico, ou formação de fístulas intra-Valsalva ou aórtico, ou formação de fístulas intra-cardíacas, ou distúrbio novo de condução cardíacas, ou distúrbio novo de condução intraventricular.intraventricular.

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Nota do Editor do site www.paulomargotto.com.br,

Dr. Paulo R. MargottoMonografia-2008 (Apresentação): Endocardite infecciosa: relato de casoAutor(es): Germano da Silva de Souza

Monografia-2008: Endocardite infecciosa: relato de casoAutor(es): Germano da Silva de Souza

      

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