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“Encontro Regional sobre Comercialização, Economia Solidária e Comércio Justo para Agricultura Familiar” Local: Hotel Costa Atlântico - Areia Branca, RN Data: De 11 a 13 de maio de 2010 Organização: CTA, IMCA, CSF Patrocínio: SDT/MDA

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“Encontro Regional sobre

Comercialização, Economia

Solidária e Comércio Justo para

Agricultura Familiar”

Local: Hotel Costa Atlântico - Areia Branca, RN

Data: De 11 a 13 de maio de 2010

Organização: CTA, IMCA, CSF

Patrocínio: SDT/MDA

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Terça, 11 de maio: Manhã:

Inscrições

Apresentação do programa

Apresentação dos participantes

Adriano Martins – IMCA/CSF Boas vindas aos participantes, que este encontro possa colaborar com os trabalhos já desenvolvidos

na região. Parabenizando as cadeias que estão entrando no mercado justo de mel orgânico e de castanha de caju.

Comércio justo: Histórico, estrutura de funcionamento, princípios e

critérios Edson marinho – ética

Visão mundial

• Organização não governamental (ONG) cristã humanitária e de desenvolvimento • Criada em 1950 (Brasil 1975) • Presente em mais de 100 países • Escritórios Brasil: PE, SP, MG, DF

Ética

• Fundação: Junho de 2005 • Atuação

Agricultura (mangas, uvas, guaraná) Artesanato (diversos) Confecções (surfwear)

• Mercados Externo: agricultura, surfwear Interno: artesanato

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Comércio justo: “O fluxo comercial diferenciado, baseado no cumprimento de critérios de justiça e solidariedade nas

relações comerciais que resulte no protagonismo dos empreendimentos econômicos e solidários (EES) por meio da participação ativa e do reconhecimento da sua autonomia”

Faces do Brasil Fonte: Sistema nacional de comércio justo e solidário

Um dos princípios fundamentais do comércio justo é a transparência, abertura de todos os gastos,

para que todos (produtores e consumidores) saibam de tudo. Existência de empresas de apoio a comercialização. Todos os processos de CJ chamam os clientes de parceiros. Relação de amizade, de longo prazo. Trabalhar com mercado justo, é um caminho para trabalhar com mercado convencional, a qualidade

é melhor, mais bem selecionado e o preço é mais caro por isso. Muitas pessoas falam que compram para ajudar.

Não tem mercado justo para todos os produtos, por isso, não se pode ser contra o mercado convencional, mas ter argumentos para discutir, e qualidade para negociar preços.

Critério de certificação de CJ, não é tão exigente quando a certificação orgânica, demora 3 anos, não recebem o mesmo preço de orgânico, mas já é um passo para chegar a certificação orgânica.

Quem já tem certificação orgânica, conseguir a certificação de CJ é tranqüilo, talvez sejam necessárias apenas algumas adequações sociais, inclusão de mulheres, não ter trabalho infantil, etc.

O preço mínimo deve sair dos custos de produção e não do preço da prateleira. Negociação direta com o mercado, sem apoio de empresa, é possível, mas demora. Alguns destaques 2008/2009:

• Vendas no varejo superaram € 2,9 bi – 22%

• (2007-08 € 2,3 – 47%) • Volume de bananas cresceu 28% (300 mil t)

• (2007-08 € 72% - 233.791 t) • Benefícios diretos a mais de 1 milhão de agricultores em 50 países • (2007 – mais de 1,5 milhão) • Mais de 2700 lojas no mundo • (2007 - 3000 lojas) • 746 organizações certificadas FLO

Existem duas formas de certificar uma empresa, por exemplo, a Nestlé, recebeu o certificado, pois

compra produtos do CJ. Existem dois certificados, um para empresas e um para produtos. Flo – no Brasil, define custos. Flo Cert – que definem auditorias. Instituições estão se organizando para ajudara definir os caminhos do CJ. Governo segue alguns princípios, instalando programas, merenda escolar da agricultura familiar,

entre outros. Sistema brasileiro/nacional de CJ, estão construindo leis, de um trabalho de 3 anos. Bancos de fundos comunitários, 14 milhões do governo para apoiar este sistema. Normativa

brasileira, que se transformará em uma lei.

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Preço para certificação, dependendo do volume de venda, torna-se caro, sendo muitas vezes do CJ, mas não podendo viabilizar o pagamento da certificação.

As discussões de CJ estavam sendo discutidas muito institucionalmente, agora é à hora desta discussão vir para a base, para os produtores.

Site comércio justo, como mercado livre, coloca-se os produtos, e só pagar uma pequena taxa de

manutenção do site, caso venda algum produto. Problema de gestão para manter os sistemas funcionando. Comprar do CJ, não é caridade.

Debate

Adriano – certificações, pequenos produtores muitas vezes debatem contra grandes certificadoras, e

acabam não comercializando. Precisa buscar uma nova forma de fazer este comércio alternativo. Brasil tem justo mercado, na merenda escolar. Cuidar com grandes mercados e cadeias.

Preocupação não com grandes empresas, mas que os pequenos possam gerir suas próprias atividades.

Grandes shoppings não fazem mais feira da economia solidária, pois o produto é competitivo. José Alves da Silva – maior problema dos agricultores é a falta de informação, quando se fala de

comércio justo, acham que vão ganhar muito mais dinheiro. Trabalho infantil, tema a ser discutido, como fazer a inserção dos adolescentes nas atividades da

família, isso pode gerar os problemas, pois não pode acompanhar o processo desde cedo. Grande problema, a escola não desenvolve o valor do trabalho rural.

É importante o estudo, mas que possa ser aplicado nas próprias cooperativas, nos trabalhos das

famílias.

Sugestão – levar famílias para os encontros, levar os filhos jovens. Sugestão – trabalho básico com as prefeituras para descobrir o potencial. Formação – através das mulheres, é quem formam os filhos, podem pegar pelo braço e levar, por

exemplo, para reunião da associação. Política partidária nas associações é ruim, apresentação de projetos que desejam, e discussão de

política associativista. Ética está disponível para o que for necessário nas organizações.

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Tarde:

Experiências de comércio justo José Hélio Morais da Costa - Apismel

Porque a serra do mel foi criada? Associação, criada em 2002, pela necessidade de acreditar na apicultura, 16 pessoas sem

experiência, mais 3 apicultores, criaram a Apismel, junto da prefeitura. Conseguiram a sede provisória com a Coopercaju e agora já tem sede própria. Trabalham divulgando seu trabalho. Não aceitam influências políticas. Trabalham na construção de projetos. Trabalham com jovens. São parceiros do Sebrae. Terezinha Medeiros de Oliveira - Coopercaju

A coopercaju nasceu à sombra de um cajueiro, espaço de

aprendizagem com todas as dificuldades. 1ª venda realizada foi em 1993, a 1ª exportação, apoiada pela AACC. Estão com os filhos integrados, trabalhando junto. A questão do comércio justo se deu, pois não podiam mais vender na

praia, faltava mercado, então uma pessoa da AACC levou a castanha para a Europa e foi aprovado.

Uma conquista com a Suíça. O apoio dos filhos é diferente de trabalho infantil. A Coopercaju sempre leva as outras organizações locais com ela.

José Alves da Silva – Coopercaju Necessidade nunca faltou, mas a caminhada continua... Sempre!!!

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Produção agroecológica: conceitos e fundamentos Raynald de Oliveira Miranda - Grupo Verde

Falar de sustentabilidade pressupõe o reconhecimento de que construímos e vivemos em

modelos de desenvolvimento e de agricultura que são insustentáveis. Agroecologia é a base de sustentação de todas as atividades desenvolvidas. Modelo de agricultura atual é insustentável, que gera exclusão social, extinção de espécies e

biomas, em função da produção sem limites. Um dos grandes problemas é o uso de agrotóxicos, chamados erroneamente de “defensivos”. Gastos de venenos por ano no Brasil é em média de 3,9 toneladas por habitante. Incentivo de grandes meios de comunicação, de retirar os agrotóxicos dos alimentos, lavagem

com água sanitária. Má-formação de fetos, por causa do uso de agrotóxicos.

• Faculdade de medicina da UBA – laboratório de embriologia molecular • Conicet – conselho nacional de pesquisas científicas e técnicas • Glifosato causa deformações em fetos - mesmo em doses ínfimas - doses 1.500 vezes menores

do que as usadas nas aplicações em lavouras de soja da argentina.

“Concentrações ínfimas de glifosato, usadas na agricultura, são capazes de produzir efeitos

negativos na morfologia do embrião, sugerindo a possibilidade de que estejam interferindo nos

mecanismos normais do desenvolvimento embrionário”

“Provoca diminuição do tamanho embrionário, sérias alterações cefálicas com redução dos olhos

e ouvidos, alterações na diferenciação dos neurônios com perda de células neuronais primárias.”

“Más formações intestinais e cardíacas. Alterações na formação das cartilagens e

conseqüentemente dos ossos do rosto.”

Durante a gravidez e a amamentação: a gordura do corpo se mobiliza e as substâncias químicas armazenadas passam para corrente sanguínea.

Uma proporção dos resíduos acumulados no corpo da mulher pode passar através da placenta ao feto e através do leite ao recém nascido.

Cerrado, funciona como uma esponja, absorvendo água, formando o aqüífero guarani. Desertificação no sul do Brasil e no nordeste. 20.000 litros de água são utilizados por árvore, uma bomba de sucção. Ciclos dos materiais na natureza e equilíbrio destes pelos microorganismos, mas o excesso causa

sérios problemas. Adubação NPK, a maioria é importado e finito. Passamos a imaginar o solo como se fosse somente uma base física. - imaginamos que o mistério da fertilidade do solo estaria resolvido pela química. - esquecemos os limites naturais das reservas de nutrientes. - geramos dependência de recursos escassos. Consumo de agrotóxicos -2007 Brasil = 5,4 bilhões de dólares Usa = 6,5 bilhões de dólares

• Em 2008, o Brasil passou a liderar o consumo mundial de agrotóxicos, posição antes ocupada pelos estados unidos.

• Consumimos 733,9 milhões de toneladas de venenos. • 3,9 toneladas por habitante.

- dados da ANDEF indicam que os produtores brasileiros gastaram.

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US$ 7,12 bilhões em pesticidas agrícolas. - os agricultores norte americanos, ainda que com uma área de cultivo bem maior, gastaram US$

6,7 bilhões em pesticidas.

Resistência ao modelo convencional. Imitação da realidade, de processos da natureza. Biomimética – compreender a regulação dos sistemas biológicos e imitando-os.

• A “biomimética aspira a comprender a organização auto-regulada dos sistemas biológicos.” • A expressão passou a ser usada nos anos 90

(ex: estudos de insetos para adotar disposição e movimento das patas em robôs) (ex: as fitas de velcro – nascidas a partir da observação de formas reprodutivas de plantas – que aderem) Biomímese – compreender um ecossistema e fazer com que as sociedades humanas se organizassem da mesma forma.

“Compreender os princípios de funcionamento da vida em seus diferentes níveis (e em especial no nível ecossistêmico) com o objetivo de reconstruir os sistemas humanos de maneira que se encaixem harmoniosamente em sistemas naturais” Eco-alfabetização: Seria mais ou menos o mesmo que ensina Fritjof Capra sobre alfabetização ecológica. 5 grandes princípios:

• Interdependência • Natureza cíclica dos processos ecológicos • Tendência de associar-se, estabelecer vínculos e cooperar – como característica essencial da vida • Flexibilidade • Diversidade • Ecologização e as vias de transição.

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Sustentabilidade: “Satisfazer as necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”. (CMMAD. Nosso futuro comum, 1987)‏

Produção Agroecológica: Oportunidades de mercado

Raynal de Oliveira Miranda - Grupo Verde

A agroecologia promove o “manejo ecológico dos recursos naturais, através de formas de ação

social coletiva que apresentam alternativas à atual crise de modernidade, mediante propostas de desenvolvimento participativo desde os âmbitos da produção e da circulação alternativa de seus produtos, pretendendo estabelecer formas de produção e de consumo que contribuam para encarar a crise ecológica e social e, deste modo, restaurar o curso alterado da co-evolução social e ecológica”.

• Os sistemas biológicos e sociais têm potencial agrícola.

• Este potencial foi captado por agricultores tradicionais através de processos de tentativas, erros e aprendizagem seletiva e cultural.

• Um ecossistema manipulado pelo homem, instável, e com necessidade de aportes de energia e materiais vindos de exterior para sua manutenção e reprodução são denominados ecossistemas artificiais, ou agroecossistemas;

• A manipulação dos ecossistemas pela sociedade criando os agroecossistemas modifica e interfere nos cinco grandes processos que tem lugar no seu interior: energéticos, biogeoquímicos, hidrológicos, sucessionais e de regulação biótica.

• Nenhum agroecossistema é uma unidade completamente independente, não possuindo limites bem definidos, principalmente do ponto de vista biológico;

• Os agroecossistemas podem ser de qualquer escala biogeográfica; • Os agroecossistemas variam de acordo com a natureza de seus componentes, sua conformação

com o tempo, o espaço e ao nível da intervenção humana; • Para Vitor Toledo, a estrutura interna dos agroecossistemas é o resultado de uma construção

social, produto da co-evolução dos seres humanos com a natureza. Mercado voltado à capacidade de abastecimento. Colocar o excedente no mercado seja ele local, nacional ou internacional.

Agricultura sustentável: “Aquela que reconhece a natureza sistêmica da produção de alimentos, forragens e fibras,

equilibrando, com equidade, preocupações relacionadas à saúde ambiental, justiça social e viabilidade econômica, entre diferentes setores da população, incluindo distintos povos e diferentes gerações.”

(Gliessman, 2000).

Produtividade: habilidade de um agroecossistema para produzir uma quantidade de bens e serviços. Equidade: é a habilidade do sistema para distribuir a produtividade (benefícios e custos) de uma maneira justa.

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Estabilidade: é a propriedade do sistema de ter um estado de equilíbrio dinâmico estável. Isto é: que mantenha a produtividade do sistema em um nível não decrescente ao longo do tempo em condições médias e normais.

Resiliência: é a capacidade do sistema de retornar ao estado de equilíbrio ou manter seu potencial produtivo depois de sofrer perturbações.

Confiabilidade: é a capacidade do sistema de manter-se em níveis próximos ao equilíbrio em casos de perturbações normais do ambiente.

Adaptabilidade (ou flexibilidade): é a capacidade do sistema de encontrar novos níveis de equilíbrio – isto é: de continuar sendo produtivo em caso de mudanças de longo prazo no ambiente. Auto- dependência (a autogestão- em termos sociais): é a capacidade do sistema de regular e controlar suas interações com o exterior.

O princípio da co-evolução social e ecológica é o princípio básico sobre o qual se assenta a agroecologia. Este princípio implica que qualquer sistema agrário e qualquer unidade de produção agrícola que analisemos é o produto da co-evolução entre os seres humanos (sistema social) e a natureza (sistema ecológico).

1- Conservação e regeneração dos recursos naturais

2- Solo

3- Água

4- Germoplasma (espécies nativas, locais, adaptadas)

5- Flora e fauna benéficas

1 - Princípios para o manejo ecológico no controle de parasitas: a) Toda praga tem pelo menos um inimigo natural; b) Toda planta suporta determinado nível de praga/doença; c) Toda planta com nutrição sadia e equilibrada dificilmente é atacada por pragas e doenças; d) Todo ecossistema pode atingir equilíbrio a natureza;

2- Manejo de recursos produtivos: a) Diversificação: - Temporal - Espacial - Genética - Regional b) Reciclagem de nutrientes e matéria orgânica - Biomassa das plantas - Biomassa animal - Reutilização de nutriente c) Regulação biótica (proteção de cultivos e saúde animal) - controle biológico natural - controle biológico artificiais e recursos externos e internos à propriedade 3 - Implementação de elementos técnicos a) Definição de técnicas de regeneração conservação e manejo de recursos: - Necessidades locais - Contexto agroecológico e sócio econômico b) Nível de implementação: microregião, MBH, unidade produtiva ou sistema de cultivo

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c)implementação orientada por concepção holística (integrada) d) estratégia de acordo com racionalidade camponesa ( incorpora elementos do manejo tradicional de recursos).

Debate

Temos a alternativa de escolher os produtos. Cada agricultor tem um selo para comercializar, no nordeste, por exemplo, em algumas feirinhas.

Apresentação do projeto redes de desenvolvimento

Edson Marinho – Ética

Meta:

◦ Contribuir para reduzir os níveis da pobreza através do aumento da renda, gerando oportunidades no nordeste do Brasil.

Objetivo:

◦ Desenvolver e implementar um modelo de intervenção, em larga escala, que seja eficiente e integrado, e que contribua para a redução da pobreza no nordeste do Brasil.

O foco do trabalho da visão mundial são as crianças. Mas a organização acredita que para

garantir-lhes um futuro melhor é preciso criar alternativas de desenvolvimento para as famílias e para as comunidades nas quais elas estão inseridas.

Missão: Seguir a Jesus Cristo, nosso senhor e salvador; trabalhar com os pobres e oprimidos para

promover a transformação humana, buscar a justiça e testificar as boas novas do Reino de Deus. Para promover o desenvolvimento, a visão mundial tem como estratégia de atuação (modelo de

intervenção) os programas de desenvolvimento de área (PDAS).

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Impacto da visão mundial Brasil (2009): • 49 PDAS e 50 projetos especiais - 76.934 crianças nos PDAS • Mais de 740 mil beneficiários diretos • Mais de 3 milhões de beneficiários (diretos e indiretos) • Mais de R$ 23 milhões investidos em projetos

Presença internacional (2008):

• Atuamos em 98 países • Nós servimos a mais de 100 milhões de pessoas • Apoiamos a 3,6 milhões de crianças pelo sistema de apadrinhamento • Levantamos US$ 2,6 bilhões de recursos em cash e produtos

Projeto iniciado na índia, para trabalhar com mulheres Parceria de Gold, Ande, visão mundial Discussão próxima, bancos comunitários. Cada membro coordena uma reunião. É um pequeno grupo de pessoas com características semelhantes, com afinidade, que

voluntariamente se encontram para: • Atender objetivos individuais e coletivos (econômicos e sociais) • Tomar decisões coletivas por consenso • Ter o hábito de poupar constantemente, dentro de suas possibilidades • Mutuamente concordar em ter um fundo comum • Emprestar entre os membros para necessidades de emergência ou desenvolvimento econômico • Estabelecer suas próprias regras e regulamentos • Valor a ser poupado, juros do empréstimo interno, prioridades, etc.

Impacto:

Piloto (julho de 2010)

◦ Metodologia adaptada, testada e sistematizada

◦ 15 facilitadores treinados

◦ 3.000 beneficiários ≅ 200 gol-d Global (dezembro de 2012)

◦ 50.000 beneficiários ≅ 2.800 gol-d

◦ 50% dos beneficiários do projeto classificados como pobres ultrapassem a linha nacional de pobreza

◦ Comitês locais estabelecidos (por estado)

◦ Comitês organizados em uma rede global

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Quarta, 12 de maio:

Trabalho direcionado mel: Centro Tecnológico do Sebrae Mossoró/RN

Manhã:

Centro tecnológico

Lionel Gonçalves – USP/UFERSA [email protected] Abelha é como um vício acaba tomando conta da vida da pessoa e que as asas das abelhas

levaram ele para o mundo, é um passaporte, possibilita inclusive o relacionamento humano. Apresentação das atividades desenvolvidas no centro tecnológico de apicultura de Mossoró –

Lagoinha. Contato com os apicultores é importante para saber dos problemas que estão acontecendo, para

que possa apoiar nas pesquisas. Cetec – apicultura – centro tecnológico de apicultura Projetos: pró-rainha, pró-mel e meliponicultura. Objetivos:

Banco de rainhas;

Produção de cera estampada;

Análise de mel;

Pesquisa sobre enxameação;

Capacitação de apicultores e meliponicultores;

Técnicas em meliponicultura e biologia de meliponídeos;

Instalaram-se no centro, começaram restaurando, adquirindo equipamentos, agora o maior desafio é ter pessoas para contribuir no trabalho.

Fecundação de rainhas (inseminação artificial), a 10m de altura, melhoramento genético, na natureza, acerto de 70% em clareiras, com controle, na estação com equipamento, 100% de garantia nas fecundações.

Tem apiários de produção e apiários para melhoramento de matrizes. Somos um produto de meio – genética mais meio ambiente, diferença grande do que serve para do

sul, não serve para norte e nordeste. Projeto pró-rainha e projeto biota FAPESP Pesquisas em andamento:

Comportamento enxameatório;

Comportamento de defesa; (como controlar abelhas africanas, que se espalharam pelo Brasil, conseguiram uma modificação de abelhas que o ferrão se abrisse em 3 e não atingisse, mas apicultores não gostaram porque roubavam os enxames. Abelhas não gostam de cores escuras, é importante observar.

Comportamento higiênico;

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Produção de rainhas;

Análise de mel e cera;

Dietas alimentares;

Fatores que interferem nas atividades enxameatórias e forrageiras das abelhas: Fatores bióticos – genética, feromônios, doenças, tamanho populacional, estresse, recrutamento. Fatores abióticos - chuvas, secas, umidade, alimento e água, temperatura. Projeto enxameação:

Reconhecer os fatores que interferem no comportamento enxameatório;

Variáveis em estudo (indução do enxame): temperatura, umidade, população, luminosidade, espaço, etc.

Outros, Comportamento enxameatório – 1970 – freqüência enxameatória da região, prestar atenção

para não perder o enxame, colocar a caixa para ter mais espaço, colocar a meia sombra. Controle de enxameação – câmara climática dotada de apidômetros, sensor de entrada e sensor

de saída com registro diário, mensal e anual. Resultados: mais de 41°c, provoca o abandono da colméia, causando um stress, então sugere-se

enxames a sombra e com água fresca no nordeste. Abandono e agressividade reduzidos com sombreamento. Projeto pró-rainha:

Instalação da colméia, inspeção, teste do comportamento higiênico, etc. Objetivo: formar banco de rainhas e zangões de qualidade. Projeto pró-mel e cera: Troca de cera bruta por cera estampada. Laboratório de análise de mel no campus da UFESA, pois no centro existe o problema de queda de energia.

Meliponia Vera Lúcia Fom – UFERSA

Abelhas sem ferrão. A meliponicultura no Brasil, o mel é pouco, mas é caro, em torno de R$30,00 o kg (alguns lugares

chega a R$ 80,00) e vende tudo. Aulas nas escolas, sobre meliponicultura. Turismo sem ferrão no RS, para conhecer ninhos de abelhas sem ferrão.

Qualidade dos produtos da horta são diferenciados, pois a produção polinizada por meliponias, tem uma qualidade superior.

4 rainhas fecundadas num mesmo ninho, após estudo, descobriram 8 rainhas irmãs, fecundadas no mesmo período.

Embrapa do Pará desenvolve várias caixas para diferentes espécies. Polinização do açaí. Multiplicação de enxames, venda de enxames, caixas, excelente negócio. Pólen de meliponia é vendido, serve para polinizar pimentão, berinjela,

tomate em estufas. Criação de rainhas de meliponia.

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Armadilhas para pegar enxames, em caixa de papelão, garrafa PET coberta de preto, pega enxames fortes, selvagens.

Santo Ambrósio, santo das abelhas. Meliponia está entrando nas atividades dos apicultores, cuidarem, dividir, preservar os ninhos,

venda de própolis, pode ser um mercado importante. Abelha sem ferrão, tanto ninhos, quanto produtos serão ótimo negócio.

Fazer registros da história das abelhas sem ferrão, quem manuseava, plante árvores!!!

A participação do Sebrae nos programas de expansão de apicultura e meliponicultura no RN Valdemar Belchior Filho – gestor do projeto Apis no RN Rio Grande do Norte é 73% urbanizado, com problema de

desertificação na região do Seridó. O Sebrae trabalha com orientação empresarial, matriz de

soluções educacionais, hoje tem 80% para capacitação e 20% para trabalhar acesso ao mercado, no próximo ano 20% para capacitação e 80% para trabalhar ferramentas de mercado, sendo que cada organização deverá buscar recursos para capacitação.

Metodologia desenvolvida, desde a utilização da roupa de apicultura, até participação em feiras para acesso ao mercado.

RN é o 6º maior exportador brasileiro de mel. Grande volume de mel exportado iniciou em 2005. O RN foi o primeiro a vender mel para CONAB, para merenda escolar, o que contribuiu muito para o desenvolvimento da apicultura na região. Desenvolvimento de rótulos, melhoramento da qualidade. Projeto Apis – apicultura, integrada sustentável. Vai definir grupos de trabalho, não trabalhar o estado todo. Discussão sobre legislação de casa de mel para exportar para Europa

Sugestão Valdemar - seminário – proposta para o próximo ano, CJ já foi feito, planilhas para controle (necessário),

Umidade do mel e cor precisa ser adequada para certificação. Mas solicitar certificação provisória e depois adequações.

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Adriano – sugere trabalhar com o tema de mel orgânico, tem países que estão buscando este produto, pois não encontram. Apicultura orgânica. Valdemar - ainda não tem recurso para isso. Adriano – sugere sentar e desenvolver um plano de ação 2010/2011, apresentar propostas. Projetos com caminho de continuidade, de buscar mercado, pois os financiadores não querem mais investir no que não tem continuidade. Valdemar – terão os melhores pesquisadores do Brasil e não tem os equipamentos. Adriano sugere a Apismel, buscar outras certificadoras, para facilitar o processo.

Tarde:

Melhoramento genético de abelhas e produção de mel Rogério Pereira - UFERSA

Abelha só é higiênica se receber os genes do pai e da mãe higiênicos. Método de nitrogênio líquido causa muitos acidentes, o melhor método é o método de

perfuração de crias. Genética = do grego genno; fazer nascer É a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que

estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. Um conjunto de processos que visam a aumentar a freqüência dos genes desejáveis ou das

combinações genéticas boas em uma população.

De um modo geral é um processo lento Seleção: envolve muitas colmeias e se deve evitar o “inbreeding” ou consangüinidade Rainha: é fundamental em qualquer programa de seleção e de melhoramento genético de abelhas Portanto, é importante termos colméias matrizes, cujas rainhas sejam escolhidas para a produção de

rainhas e zangões para os acasalamentos. Gonçalves & Kerr (1970) características para serem selecionadas nas colônias de abelhas:

1. Alta produtividade da colônia; 2. Alta capacidade de postura das rainhas; 3. Alta resistência às doenças (usar o comportamento

higiênico como indicador); 4. Capacidade de defesa baixa (agressividade); 5. Baixa tendência à enxameação; 6. Polinização dirigida; 7. Outras características de interesse do apicultor.

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Comportamento higiênico (CH) = capacidade das abelhas detectarem. E removerem crias mortas, doentes ou parasitadas do interior das colônias. As abelhas de uma colônia devem limpar ou remover 90% ou mais das abelhas mortas em menos de

24 horas depois da perfuração das crias. Para a seleção: ter boa quantidade de material biológico (100-500colmeias) e boa variabilidade

genética quanto à característica a selecionar.

Abelhas que não tem o comportamento higiênico devem ser descartadas, vão produzir menos.

Características de qualidade do mês de abelha (apis melífera l.) Da Serra do Mel do RN - Brasil Luciene Xavier de Mesquita- UFERSA

O mel é um dos alimentos mais complexos produzidos pela natureza e, certamente, o único

agente edulcorantes que pode ser utilizado por seres humanos, sem transformação. O mel é produzido pelas abelhas a partir de carboidratos contendo exsudados produzidos pelas plantas (Terrab et. Al., 2004).

Abelhas que não tem o comportamento higiênico, devem ser descartadas, vão produzir menos.

Curso com teste de qualidade do mel, com agricultores, teste laboratorial.

Desenvolveu sua tese de mestrado na apismel. Teste de coliformes fecais (bactérias termo-

tolerantes). Análises químicas do mel de abelha Apis mellifera.

Hidroximetilfurfural - HMF

Formado pela reação de certos açucares com ácidos (frutose – principal)

Elevação de tº, armazenamento inadequado ou adição de açúcar invertido - Eleva o HMF

Princípio do método:

Baseado na leitura, em diferentes

Escalas, da absorbância UV

Cinzas

Teor expressa os minerais presentes no mel - baixa porcentagem

Influem na coloração do mel méis escuros com maior concentração de minerais

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Mel floral menos cinzas que melato origem botânica (Bogdanov, 1999)

Princípio do método:

Toda substância orgânica submetida a altas temperaturas se decompõem em gases, restando às

cinzas

Sólidos insolúveis

Princípio do método:

Determina o teor de sólidos insolúveis do mel (cera, grãos de pólen, etc) por gravimetrica

Tabela 01: valores encontrados nos méis produzidos pela serra do mel de março de 2008 a

setembro 2009:

Méis Serra do

mel

Umidade (%)

Cinzas

(g/100g)

HMF ( mg/kg.)

Sólidos insolúveis (g/100 g)

Açúcares redutores (g/100g)

Sacarose (g/100g)

Média 18,7 0,1 11,6 0,26 67 5,6

Valor Máximo 21,5 0,2 21,1 1,2 87,56 8,2

Valor Mínimo 15,9 0,01 4,2 0,004 60 3,3

Tabela 03: valores encontrados nos méis produzidos pela serra do mel de março de 2008 a

setembro 2009:

Análise realizada Mínimo máximo padrão

Mínimo máximo padrão

Mínimo máximo padrão - mercosul/gmc/res no. 15/94.

Coliformes a 35o

C (nmp g-1)

<3 <3 <3

Coliformes a 45o

C (nmp g-1)

<3 <3 <3

Contagem de bolores e leveduras (ufc g-1)

<10

3,8

x

102

1,0 x 102

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Qualidade do Mel da Serra do mel é fantástica.

Desenvolvimento da cooperativa se dá através: Organização Produtividade Qualidade Debate: Existe mel orgânico? Todo mel é orgânico? A abelha quando contaminada não volta para a

colméia? Existe análise para isso, para verificar a presença de agrotóxicos no mel. O que define a durabilidade do mel? Depende das características físico-químicas, abaixo dos níveis da legislação para suportar a

armazenagem. Mel branco cristalizado, misturado com mel escuro, modifica as propriedades. Fortalecer as bases com equipamentos, como por exemplo, a decantação altera a qualidade.

Certificação de mel orgânico IBD – Raynald de Oliveira Miranda

Existe um nível mínimo, para o mel ser orgânico. Comparar com mel biodinâmico, interessante observar as propriedades. O processo de certificação de mel envolve uma série de procedimentos que vão desde a escolha

do local para instalação dos apiários, casas de mel e entrepostos até o processo de comercialização. Está baseado na lei brasileira 10.831 in 64 e em diretrizes de acordo com o mercado que se

pretende atuar.

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Art. 18. Os sistemas orgânicos de produção apícola devem buscar: I - a existência de áreas de colheita de néctar e pólen com dimensões suficientes para promover

a nutrição adequada e o acesso à água de qualidade isenta de contaminantes intencionais; II - a adoção de medidas preventivas para a promoção da saúde das abelhas, tais como a seleção

adequada das raças, a existência de área de liberação favorável e suficiente e o manejo apropriado dos enxames;

III - a construção de colméias mediante a utilização de materiais naturais renováveis que não apresentem risco de comprometimento e contaminação para o meio ambiente e para os produtos da apicultura; e

IV - a preservação da população de insetos nativos, quando da liberação das abelhas em áreas silvestres, respeitando a capacidade de suporte do pasto apícola.

Conversão: período de conversão: 120 dias (4 meses) Art. 64. Durante o período de conversão, a cera necessária para a fabricação de novas folhas de

cera deve ser proveniente de unidades orgânicas de produção ou dos próprios opérculos. Parágrafo único. É proibida a reutilização da cera e dos favos não obtidos em sistemas orgânicos. Localização dos apiários Art. 71. Os apiários deverão estar instalados em unidades de produção orgânica, em áreas

nativas ou em áreas de reflorestamento. Parágrafo único. A instalação de apiários em áreas de reflorestamento dependerá da autorização

do OAC ou da OCS. Art. 73. Os apiários em manejo orgânico deverão situar-se a uma distância de no mínimo 5 km

(cinco quilômetros) de centros urbanos, auto-estradas, zonas industriais, aterros e incineradores de lixo e unidades de produção não agrícolas.

Art. 74. A localização de apiários orgânicos deve ser avaliada levando-se em Consideração a presença de néctar e pólen num raio de no mínimo 3 km (três quilômetros) e que

essa área seja constituída essencialmente por: I - culturas em manejo orgânico; II - vegetação nativa ou espontânea; ou III - outras culturas em que só sejam aplicados produtos permitidos por esta instrução normativa. Alimentação: Art. 76. Deverá haver disponibilidade de água de boa qualidade nas proximidades do apiário. Art. 77. Ao término de cada estação de produção, deverão ser deixadas Reservas de mel suficientes para a sobrevivência dos enxames até o início de uma nova estação

de produção. Art. 78. No caso de deficiências temporárias de alimento devido a condições Climáticas adversas, poderá ser administrada alimentação artificial ao enxame, devendo ser

utilizados mel, açúcares e plantas produzidas organicamente, preferencialmente da mesma unidade de produção.

Do manejo das colméias : Art. 83. É proibida a colheita de mel a partir de favos que contenham ovos ou larvas de abelhas e

a destruição das abelhas nos favos como método associado à colheita dos produtos da apicultura, assim como não são permitidas mutilações nas abelhas, tais como o corte das asas.

Art. 88. É proibido o uso de materiais de revestimento e outros materiais com efeitos tóxicos na confecção e na proteção de caixas para acondicionamento dos enxames.

Art. 89. Não é permitido o uso de telhas de amianto ou outro material tóxico, para a cobertura das colméias.

Art. 90. Para a produção de fumaça, necessária para o manejo das abelhas, deverão ser usados materiais naturais ou madeira sem tratamento químico.

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Parágrafo único. É vedado o uso de combustíveis que gerem gases tóxicos, tais como querosene e gasolina, para viabilizar a queima do material gerador da fumaça.

Aspectos da unidade de extração de mel que devem ser verificados para aprovação: 1 – paredes: construídas e revestidas com material não absorvente, lavável e de cor clara. Devem

apresentar superfície lisa, sem fendas que possam acumular sujeiras, e cantos arredondados entre piso/parede/teto, facilitando a higienização.

2 – pintura (tinta lavável ou cal). 3 – pia com água corrente para lavagem e higienização das mãos (abastecimento de água). 4 – pisos: devem ser de material antiderrapante, resistente e impermeável e de fácil higiene,

apresentando declividade adequada e evitando o acúmulo de água. 5 – forro em PVC ou gesso. 6 – presença de EPI’S – vestimenta apropriada e exclusiva a atividade de extração(avental), luva,

touca, botas brancas etc. 7 – aberturas teladas. 8 – aspectos higiênicos (limpeza antes e depois da extração). Obs: para certificação para o mercado europeu, todas as unidades deverão estar em

conformidade com as normas do mapa/dipoa – ministério da agricultura, pecuária e abastecimento / departamento de inspeção de produtos de origem animal.

Aspectos da unidade de extração de mel que devem ser verificados para aprovação: 9 – banheiro externo (sistema de esgoto). 10 – área específica para armazenagem de produtos. 11 – na unidade deverão ser armazenados apenas equipamentos e utensílios diretamente

ligados à manipulação do mel. 12 – apresentar lista de apicultores que fazem uso de cada unidade de extração. 13 – de preferência que seja acompanhada por órgão municipal de vigilância sanitária. Equipamentos e utensílios 1 – um dos principais pontos para aprovação da unidade. 2 – todos os equipamentos deverão ser de aço inox obs. Devem ser de aço inoxidável 304,

específico para produtos alimentícios. 3 – deverão ser limpos antes e após o uso. Higienização para que se possa garantir ao consumidor a qualidade do produto final, os produtos

alimentícios, devem ser processados seguindo-se normas rigorosas de higiene, tanto das instalações

como do pessoal envolvido e dos equipamentos utilizados. Essas normas estão contidas no que se

denomina "boas práticas de fabricação de alimentos" – BPF.

As melgueiras, ao chegarem na casa de mel, devem ser depositadas em área isolada do recinto onde ocorrerá a extração do mel e as outras etapas do beneficiamento; devem ser colocadas sobre estrados (de madeira ou material plástico) devidamente limpos, que impeçam seu contato direto com o solo. Essas melgueiras provenientes do campo não devem ter acesso à área de manipulação; assim, apenas os quadros devem ser transportados para a manipulação, podendo-se usar outras melgueiras ou caixas plásticas, devidamente limpas, apenas para esse fim.

Higienização Todas as etapas posteriores (desoperculação dos quadros, centrifugação, filtragem e decantação

do mel) devem também seguir as normas higiênico-sanitárias indicadas pelas BPF. Para tal, deve-se tomar cuidados especiais em relação às vestimentas e higiene do pessoal envolvido e aos procedimentos de manipulação.

Armazenamento Cuidados especiais devem ser tomados em relação ao armazenamento, tanto do mel a granel

(baldes plásticos e tambores) como do fracionado (embalagens para o consumo final), em relação à

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higiene do ambiente e, principalmente, em relação ao controle da temperatura. Altas temperaturas durante todo o processamento e estocagem são prejudiciais à qualidade do produto final, uma vez que o efeito nocivo causado ao mel é acumulativo e irreversível. Essas embalagens devem ser colocadas sobre estrados de madeira ou outro material, impedindo o contato direto com o piso e facilitando seu deslocamento no caso da utilização de empilhadeiras.

Procedimentos de rastreabilidade 1 – cada produtor deverá ter as seguintes tabelas atualizadas:

Tabela i – compra de insumos Tabela ii – uso de insumos e atividades nos apiários Tabela iii – vendas de produtos 2 – cada unidade de extração deverá ter uma planilha de rastreabilidade de produtos (tabela vi –

processamento) 3 – a central de processamento (entreposto) deverá manter sempre atualizados os seguintes

controles: Tabela v – estoque entrada e saída (matéria-prima) Tabela vi – processamento Tabela v – estoque entrada e saída (produto acabado) Tabela iii – vendas Procedimentos de rastreabilidade no âmbito do plano nacional de controle de resíduos e

contaminantes - PNCRC

1 - para aquisição de matéria-prima oriunda de apicultores integrados ao grupo

1.1 - a aquisição de mel de apicultores integrados deve ser acompanhada de um documento específico que comprove a origem do produto e informações sobre o mesmo. Não é um documento fiscal, mas sim uma “carta de garantia” que deve acompanhar o produto. Essa carta deve ser expedida pelo entreposto ao apicultor fornecedor, com os seguintes dados:

• Nome do apicultor e CPF, • Código de rastreabilidade do apicultor junto a empresa, • Código de rastreabilidade junto a empresa da unidade utilizada para extração do mel, • Quantidade de mel fornecida na operação de compra/venda,

Termo de garantia de fornecedor : Não é um documento fiscal, e sim um comprovante de origem; Deve ser emitido em duas vias, em que uma fica com o comprador e outra com o fornecedor; Todo lote de mel estocado e/ou comercializado pela empresa processadora (entreposto) deve

ter seu termo de garantia de fornecedor correspondente arquivado. Procedimentos no âmbito do plano nacional de controle de resíduos e contaminantes – PNCRC

(mercado europeu) toda unidade que manipula, prepara, embala e armazena mel e produtos da

apicultura destinado ao mercado europeu deve possuir aprovação pelo mapa;

MBPF – manual de boas práticas de fabricação; Plano APPCC – análise de perigos e pontos críticos de controle; Deve ter fluxo operacional adequado, evitando contaminação cruzada.

- área de recepção de mel (melgueiras) - área de processamento (desoperculação e centrifugação) - área de armazenagem de mel - depósito de embalagens (circulares 313 e 314/2008 – DIPOA (departamento de inspeção de produtos de origem animal)

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2 - para unidade de extração de mel – casas de mel e/ou apiários, conforme designação oficial do estabelecimento

2.1 - as unidades de extração de mel devem obrigatoriamente ser inspecionadas pela certificadora a fim de checar procedimento de BPF, preenchimento da documentação padrão de registro de operações – tabela vi - processamento, bem como as condições das instalações e equipamentos na ocasião da inspeção.

2.2 - as casas de mel cadastradas pela empresa, associação ou cooperativas certificadas para manuseio de mel orgânico e/ou em sistema de segurança de alimentos – HACCP, deverão expedir a carta de garantia acima citada, como documento oficial de rastreabilidade da empresa. Para tanto os operadores dessas casas de mel devem estar devidamente instruídos e capacitados para essa operação.

2.3 - a carta de garantia da unidade de extração de mel para entreposto final deve constar a discriminação dos lotes que compõe essa carta de garantia, de acordo com lote inicial da carta de garantia fornecida ao produtor.

2.4 - as cartas de garantia devem ser feitas em duas vias, uma para a pessoa que vende o mel e outra para a empresa, associação ou cooperativa que compra o mel. As cartas de garantia farão parte da rastreabilidade orgânica para fins de segurança de alimentos e devem estar à disposição da certificadora, caso seja requisitada.

2.5 - as unidades de extração de mel são de responsabilidade da empresa, associação ou cooperativa que as tiver cadastrando, cabendo a essas a gestão e arquivo dos documentos pertinentes a rastreabilidade, cartas de garantia, pelo prazo mínimo de 5 anos.

2.6 - as unidades de extração de mel, casas de mel ou apiários (conforme registro) deverão estar em conformidade com as exigências do ministério para a atividade em questão. Essa medida deve constar dos manuais de HACCP das empresas exportadoras e serão checados/auditados pelo IBD.

3 - para entreposto de produto acabado – exportação. 3.1 - o mel somente poderá entrar no entreposto como sendo produto orgânico se ele possuir as

respectivas cartas de garantia que relacionam toda a rastreabilidade do produto, bem como sua relação com processo de auditoria, inspeção e certificação realizado pelo IBD certificações.

3.2 - a questão referente ao HACCP deverá estar normatizada e aprovada pelo mapa e/ou certificadoras de terceira parte. Para essa segunda opção, espera-se a aprovação do mapa.

3.3 - para processos de re-certificação, será necessário apresentação das respectivas cartas de garantia junto ao certificado anual, certificados de transação e se necessário os respectivos relatórios de inspeção feitos pela certificadora de origem.

3.4 - a emissão de certificado de transação será mediante procedimento padrão já estabelecida para “solicitação de certificado de transação”, sendo que passarão serem exigidas as seguintes informações:

- 3.4.1 – planilha de estoque de matéria prima, individualizada para cada um dos fornecedores, do mel existente na empresa no dia da solicitação do certificado de transação.

- 3.4.2 – planilha de estoque de produto acabado, mistura de lotes, com respectiva composição dos lotes que compõe o lote final.

- 3.4.3 – planilha de composição do lote que se solicita emissão de certificado de transação, com respectiva origem de fornecedor e de safra do mel (por exemplo: PI/08, ou CE/07), cor – em mm, bem como a “carta de garantia” de cada um dos lotes adquiridos junto a esses fornecedores. Modalidades de certificação 1 – Certificação individual:

2.1.13QP – questionário de produção apícola – certificação individual

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2 – Certificação de grupos de apicultores Para grupos sem controle interno 2.1.13QP-g – questionário para certificação de grupos de apicultores 2.1.13.6 – cadastro de apicultor (substituído por croqui, codificação e localização dos apiários) 2.1.13.7 – cadastro de unidade de extração de mel Mapa de localização dos apiários (coordenadas GPS) Para grupos com controle interno (além dos anteriores) 2.1.13 – f2 – folha de campo - apicultura 2.2.13.1 – descrição cronológica da visita 2.1.13MP – mapas de problemas 2.1.13 – parecer final

3 – Alimentação artificial

IBD /in64 – deve ser de origem orgânica. Manter registros de fornecimento de alimentação (tipo, origem, data, quantidade e exames alimentados). Obs: de acordo com as duas normas, deve-se deixar mel e pólen suficientes para a sobrevivência

dos enxames até o início de um novo ciclo de produção. 4 – Controle de doenças

IBD/in64 – apenas com produtos aprovados (preferência para fitoterápicos e homeopáticos) Manter registros (data de aplicação, tipo de produto, colméias tratadas) IBD – caso o único meio de tratamento seja o uso de medicamentos químicos sintéticos, a

colméia deverá ter sua cera trocada, ser isolada e passar por conversão de 6 meses. In64 – neste caso, o apiário deverá passar por período de conversão para recuperar o status de

orgânico. 5 – Manejo

IBD/in64 – uso de madeira natural - sem tratamento químico – para produzir fumaça IBD/in64 – o corte de asas de rainhas é proibido

IBD/in64 – supressão de zangões só é permitido como controle de varroatose 5 – manejo

IBD – inseminação artificial de rainhas é proibido IBD/in64 – o corte de asas de rainhas é proibido IBD/in64 – supressão de zangões só é permitido como controle de varroatose IBD – as caixas devem ser de madeira de madeira não-tratada e só podem ser pintadas na parte

externa com tinta a base de água, ou outro produto não tóxico. IN64 – é proibido revestimentos das caixas com produtos com efeitos tóxicos IBD – limpeza das caixas deve ser realizada através de métodos físicos (calor, fogo, raspagem

e/ou escovação) IBD/in64 – a cera deve ser oriunda de colméias orgânicas

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Trabalho direcionado castanha: Hotel Costa Atlântico

Manhã:

Beneficiamento de castanha de caju - uma alternativa de geração de renda no semi-árido

nordestino

Processo metodológico:

Apresentação das experiências das organizações presentes

Visualização dos pontos comuns

Tarde:

Cajucultura familiar no RN, CE, PE e PB:

*conquistas/avanços das organizações (produção, beneficiamento e comercialização)

*gargalos e desafios

*proposições de ações conjuntas

Processo metodológico:

Trabalho em grupos e socialização dos trabalhos dos grupos

Dentro da proposta de discussão:

1- Produção:

Área plantada

Produção média anual

Sistema de produção convencional/agroecológico/orgânico

Dificuldades e gargalos

Pontos fortes e fracos

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2- Beneficiamento:

Produção atual média mensal

Sistema de beneficiamento (unidades familiares, comunitárias ou minifábricas)

Gargalos - pontos fortes e fracos

3- Comercialização:

Quanto vendemos

A quem vendemos

Onde vendemos

Como vendemos

Por quanto vendemos

Gargalos - pontos fortes e fracos

4- Proposições:

O plano era discutir a agenda acima, porém a prosa tomou

outro rumo, e acabou com as explanações abaixo:

Canal de comunicação onde se informe e divulgue tudo sobre o mercado de castanha e amêndoas do RN: produção / preço castanha e amêndoas.../ novas tecnologias para o beneficiamento / qualidade / insumos / processos

Integração das marcas do RN: Coopercaju / Coopapi / e outras marcas visando valorizar a agricultura familiar, economia solidária e o comércio justo, não juntar todas, mas todas sejam divulgadoras das demais.

Plano comum para melhoria dos pomares, atendendo as especificidades de cada comunidade; tecnologia, método, (casos de sucesso e os fracassos também para que não se repita)

Troca de tecnologia, melhoria de processos, maior interação entre as beneficiadoras, criando-se um cluster do RN.

Padronização comum, como deve ser pensado este padrão (processos, qualidade, até tudo relativo a comercialização)

Como ter um preço médio que atenda os custos específicos de cada beneficiador

Como fazer para uma comercialização comum....

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Noite

Programação especial

Apresentação do Grupo de crianças da Prefeitura de Areia Branca; Fala das autoridades e representantes de Cooperativas.

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Quinta, 13 de maio:

Manhã:

Programa compra direta: Histórico, avanços e desafios

Breno de Lira Leão - Emater

Alimentação escolar – no mínimo 30% da merenda escolar deve ser proveniente de um pequeno

agricultor. É lei, deve prestar conta disso. Emater – faz a articulação entre a escola que quer comprar determinado produto e o produtor que

tem aquele produto.

PAA Programa de aquisição de alimentos Ministério do desenvolvimento agrário - MDA Ministério do desenvolvimento sustentável – MDS Decreto nº 6.447 de 7 de maio de 2008 Compra e dá fonte de renda ao produtor. Modalidades do PAA

I. Aquisição de alimentos para atendimento da alimentação escolar até R$ 9.000,00 ano. II. Compra direta da agricultura familiar para distribuição de alimentos ou formação de estoque

público até R$ 8.000,00 ano. III. Apoio à formação de estoque pela agricultura familiar até R$ 8.000,00 ano. IV. Compra da agricultura familiar com doação simultânea R$ 4.500,00 ano. V. Compra direta local da agricultura familiar com doação simultânea R$ 4.500,00 ano.

Alimentação escolar

• Programa nacional de alimentação escolar • Lei nº 11.947 de 16 de junho de 2009 • No mínimo 30 % de todo o recurso repassado às escolas pelo FNDE, no âmbito do PNAE, deverá

ser utilizado na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar • Valor máximo por produtor r$ 9.000,00

Compra direta da agricultura familiar • Realizado pela CONAB e Emater • Valor máximo de R$ 4.500,00 • Compra direto do produtor rural. • A entrega e realizada em um local pré-estabelecido. • Qualidade dos produtos. • Rotulagem padrão

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Requisitos para participar do programa:

• Declaração de aptidão ao PRONAF – DAP

• CPF

• Secretaria de tributação SET

• Ter o produto

• Seguir as normas do programa

• Manter a qualidade do produtos

Qualidade do produto ( mel de abelha):

• Em sache e embalagem de 1 kg. • Rotulado. • Mel livre de impurezas. • Dentro do prazo de validade de 2 anos após a colheita.

Legislação para beneficiamento de produtos da agricultura familiar;

Jean Berg Alves da Silva - LIPOA

É necessária uma legislação específica a agricultura familiar, porque não pode comparar a uma sadia

e perdigão, por exemplo. Alimentos em vários ministérios (saúde, agricultura), com legislações que precisam ser atendidas,

com especificidades. Doenças causada pelo consumo de alimentos alterados. Cuidados com uso de luvas, máscaras, gorros. Cuidar com o destino do lixo. Legislação, segue regras para compra, pode-se discutir estas

leis.

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Certificações de comércio justo – por que e para que certificar

Franco Marinho - Sebrae

Relato de participação em feiras internacionais

Ubiratan carvalho de oliveira – COODAP

Comunidade de Pau Branco, em Mossoró. Certificaram Fair Trade, exportaram melão. Única certificação Fair Trade no mundo para venda de melão. COODAP – cooperativa de desenvolvimento agroindustrial potiguar – Mossoró/RN -Brasil Experiência Fair Trade COODAP – Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar, composta por 20

cooperados, beneficia 80 pessoas diretamente; 2005 – Problemas com Preços Baixos; Conheceram Fair Trade em Outubro de 2007. Visita do representante da Univeg; Dezembro de 2007, envio de amostra para a Inglaterra (350 cx. de melão amarelo); 07 de setembro de 2009 – COODAP certificada pela Flo Cert; 1ª certificada melão Fair Trade no mundo; Assinamos contrato com a Pillar Group/Univeg, para exportação de 120 mil Kg de melão.

Benefícios • Ampliação de mercados. Acesso ao mercado europeu; • Produto certificado com melhoria na qualidade; • Produtor consciente; • Segurança alimentar; • Respeito meio ambiente; • Benefício social; • Fortalecimento do grupo; • Consumidor satisfeito; • Aumento de emprego e renda; • Certificado global GAP.

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Falta de organização e cooperação dos produtores;

Desconfiança inicial dos produtores no resultado do projeto;

Baixa escolaridade dos produtores (maioria);

Demora no processo de certificação – Flo.

Recursos financeiros

Ações para futuro: Capacitação em produção de doces, geléias, sabonetes a base de frutas; Certificação Fair Trade dos produtos doces, geléias e sabonetes e melancia; Prospecção de novos mercados para produtos certificados Fair Trade; Aumentar em 30% as vendas de melão Fair Trade em 2010; Ampliar o número de produtores; Incentivar e apoiar a fundação Fair Trade no Brasil beneficiando mais pessoas. Parceiros: Sebrae; Comitê executivo de fitos sanidade do Rio Grande do Norte – COEX; Prefeitura Municipal de Mossoró; Governo do Estado do RN; Univeg e Pillar Group; Banco do Brasil; Flo. Apresentação do Programa Bom Dia Brasil – Rede Globo

Gestão empresarial de cooperativas Pedro Jofilsan

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Gerência, gestão... Compromisso Contextualização

Esse momento da história da administração e do conhecimento parece exigir um modelo de gestão

aberto e democrático, admitindo que o trabalhador contemporâneo, tanto na área urbana quanto na rural, recebe informações (mesmo que superficiais), de praticamente tudo o que acontece no mundo, por meio do rádio, televisão, periódico e inclusive pela internet.

Motivo pelo qual as cooperativas têm problemas – fala de comprometimento. Por outro lado, estamos cada vez menos subordinados às esteiras de montagem e de produção em

série e cada vez mais autônomos no exercício de nossas profissões – o que requer uma capacidade de autogestão cada vez maior. Não que as esteiras não mais existam, é que cada vez mais são controladas por robôs e computadores, estando o trabalho, em nossos dias, mais intelectual, independente e algumas vezes solidário.

Reúnem-se e acordam, mas não é seguido o compromisso: Descrição de atribuições 2.000 a.C. Época dos egípcios – nas pirâmides; Tempos e movimentos – O&M: Gregos antigos criaram métodos de trabalho - usavam a música

para marcar ritmo de trabalhos rotineiros; Seleção científica - 200 a 100 a.C. na China; Essas e outras práticas semelhantes são ferramentas de controle para uma cultura sem

informação e capacidade apenas para tarefas repetitivas de esteiras dos “tempos modernos”, como retrata Charles Chaplin em seu famoso filme.

Toda essa trajetória, que gerou e sobreviveu à revolução industrial, precisa ser revisada para um novo tempo em que os trabalhadores já não se submetem a realizar tarefas isoladas, sem conhecer a razão de ser dessas tarefas para o conjunto do seu trabalho.

É um novo momento, é a era do conhecimento, são os compromissos cartoriais substituídos por compromissos psicológicos que possibilitam uma descentralização do processo gestor.

Modelos de gestão:

Gestão vigiada ou fiscalizada:

Desde 2000 anos a.C. até nossos dias, começando com a construção das pirâmides chegando até

a década de 30, com a escola burocrática – como denominou Max Weber, com uma estrutura de

poder autoritária e formato piramidal. Aproximadamente 4.000 anos;

Razões: racionalidade no trabalho, velocidade em sua execução...;

Dos egípcios a Taylor, para manter a sincronia, o conjunto num modelo fragmentado.

Gestão por objetivo:

Com início por ocasião da escola de relações humanas, tendo como forte característica a mudança de paradigma de: “todo homem é relapso e preguiçoso precisando de supervisão

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constante”, pela máxima de Macgregor, “todo homem é justo e responsável e assim será tratado até que prove o contrário”.

Uma visão mais sistêmica dos processos, já não mais se submetendo ao trabalho fragmentado, rotineiro e alienado. Gestão de compromisso

Na era do conhecimento Advento da terceirização e criação de inúmeras pequenas empresas Necessidade de compreender todo processo de produção e suas redes e arranjos produtivos Surge a necessidade de um modelo de gestão alicerçado no compromisso Não é uma prática atrelada a cronologia Mas sim uma decisão, de um modelo inteligente adotado como resposta ao momento

político/técnico/cultural. Uma saída inteligente para o momento:

Político, Social, Cultural, Educacional, Econômico

A comunicação dos dias de hoje, mudou muito, agiliza processos. Conhecer os interesses das partes envolvidas na construção de compromissos Falta de transparência nas negociações Disputas são saudáveis, mas com regras e princípios éticos, o que raramente acontece Grande cliente nacional – fazendo planejamento estratégico:

• “estamos tentando” • “não é fácil” • “não gosto de falar, prefiro trabalhar” • “eu sou isso mesmo, não tenho nada pra dizer”

A palavra mercado, lembra espaço, local de comercialização. Aproveitar o erro pra crescer e não para punir, Desenvolver a capacidade de escuta solidária, com compaixão humana, com abertura para

compreender a verdade do outro, Amar sem ser piedoso, mas com respeito. A piedade quase sempre é desrespeitosa e

desqualifica o outro. É como se o outro não tivesse competência para suportar a verdade e isso desqualifica e

enlouquece. Diferença entre ouvir e escutar Muitos perguntam para confirmar sua opinião preestabelecida Alguns perguntam pra dizer Quem pergunta para saber são as crianças – sem pressupostos. Deveríamos exercitar nossa escuta para compreender o outro, como fazem as crianças. “considero fundamental na postura do analista sustentar o lugar do não saber para que possa

ser ‘pego’ pelo elemento surpresa” (Márcia Vascocelos) Só 25% será lembrado 2 meses depois, segundo Barker,pesquisador.

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Curso de escuta? Paciência pedagógica Parafrasear Terapia de casais – “escuta do outros” Na gestão de compromisso, a escuta é a principal ferramenta antes de ser uma metodologia, é

uma filosofia de trabalho.

“aprendizagem organizacional” Clima de confiança Compromissos com:

• A sociedade, • Parceiros e • Companheiros. (próximo)

Na sua opinião, o que principalmente tem impedido o estabelecimento de compromissos com a:

“sua cooperativa?”

Objetivamente, com o que eu preciso me comprometer para vencer barreiras que impedem ainda hoje, o nosso projeto, “de desenvolvimento?”

“VIVA A ECONOMIA SOLIDÁRIA E O COMÉRCIO JUSTO”

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Avaliação

Emocionado/tudo está na emoção das pessoas

Bom local/diversas entidades presentes/espera desenvolver o trabalho

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Boas palestras

Um evento assim faz muito bem pra gente

Aprendizado e boa partilha de experiência

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Ver economia solidária crescendo/palestra motivadora no início do evento

Envolver mais pessoas das comunidades

...qualidade da palestra do melão...

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Compromisso/trabalho a fazer

Satisfação/aprendizado

Querer mais

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Convidar jovens para participar

Algumas palestras repetidas para algumas pessoas

Parabenizando o convite e o RN pelo trabalho desenvolvido

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Esperava mais participação dos representantes da castanha

Sugere um evento específico para cadeia da castanha

Palestra do professor Pedro dá um ânimo para as pessoas

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Boa degustação de cachaça com caju

Agradecimento a todos...

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Participantes e Organizações

Adriano Martins CSF

Andréa Hartmann IMCA

Antonio Francisco dos Santos APISMEL

Antônio Gautama Dantas da Silva APIAB

Antônio Jeferson Soares de Lima APIAB

Breno de Lira Leão EMATER

Carlos Alberto Holanda de Souza APISMEL

Cláudia Medeiros Suassuna CTA

Clealdo Francisco do Nascimento APIAB

Didier Pirroni Rodrigues Segundo EMATER

Edson Marinho ÉTICA

Edson Moreno da Silva APISMEL

Eduardo Eugênio Mendonça Rolim Prefeitura Municipal de Areia Branca

Eliel Souza Freitas Júnior APOMS - Assoc. dos Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul

Francisco Aleimar Melo Barbosa APIAB

Francisco Clebson de Lima COOPAPI

Francisco Evânio do Nascimento COOAFAP

Francisco Gilormane de Souza ACAT - Associação dos Criadores de Abelha de Tibau

Franco Marinho Ramos SEBRAE/RN

Gilson Damascemo Muniz ACOSE

Giomar Neves Lopes APISMEL

Givaldo Leite Bezerra Associação dos Apicultores do Municipio de Condado

Iatagan Dantas da Silva APIAB

Jakeline Alves de Almeida Souza APISMEL

Jean Berg Alves da Silva UFERSA

João Henrique de Mendonça COOPERCAJU

João Duarte da Silva COOPERCAJU

João Nelcide da Silva Ceará - COAMPPP- COOPERATIVA MISTA DOS PEQUENOS PRODUTORES DE PARAMBU

José Alves da Silva COOPERCAJU

José de Arimatéia Silva Associação dos Produtores Agrícolas de Bebida Velha - APABV

José Helio Morais da Costa APISMEL

José Inácio de Medeiros COOPERCAJU

José Nilton de Macedo APISMEL

Laércio Meirelles Centro Ecológico

Liliane Marques Maganin ÉTICA

Lionel Gonçalves USP/UFERSA

Luciene Xavier de Mesquita UFERSA

Marcilene Santana da Silva APISMEL

Maria Iris Enias do Nascimento APIAB

Moacyr Januário de Souza Júnior EMATER

Murilo Marques de Medeiros COOPERCAJU

Pedro José Alves APISMEL

Pedro Tavares Jofilsan IADH / RECIFE

Raniere Barbosa de Lira REDE XIQUE-XIQUE

Raynald de Oliveira Miranda Visão Mundial

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Rogério Pereira UFERSA

Terezinha de Oliveira Medeiros COOPERCAJU

Terezinha Maria de Oliveira Medeiros COOPERCAJU

Ubiratan Carvalho de Oliveira COOADAP

Valdemar Belchior Filho SEBRAE Mosoró

Vera Lúcia Imperatriz Fom UFERSA

Vilma Felix da Costa APISMEL