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EMTI Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral MODELO LÓGICO DEZEMBRO 2018 VOLUME I

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EMTI Programa de Fomento às Escolas de

Ensino Médio em Tempo Integral

MODELO LÓGICO

DEZEMBRO 2018

VOLUME I

EMTI Programa de Fomento às Escolas de

Ensino Médio em Tempo Integral

MODELO LÓGICO

Apresentação do Desenho do Programa

Coordenação Geral

Daniela Mesquita Ribeiro

Coordenação Executiva

Regina Kfuri

Coordenação de Avaliação e Inovação

Manoela Vilela Araújo

Coordenação de Análise de Informações

Henrique Chaves Faria Carvalho

Equipe

Bruno Martins Rizardi

Flávia Defacio

Tomaz Santos Vicente

Vitor Knöbl Moneo

2018

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5

O QUE SÃO MODELOS LÓGICOS E COMO UTILIZÁ-LOS 6

Quais informações podem ser extraídas do modelo lógico? 7

Como ler o modelo lógico de um programa em implementação? 7

O QUE É O PROGRAMA DE FOMENTO ÀS ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL

(EMTI)? 12

Breve histórico 12

Síntese do programa 13

Normativas e documentos de criação do programa 14

DESENHO DO PROGRAMA 16

PROBLEMA 16

EVIDÊNCIA 17

PÚBLICO-ALVO 17

CAUSAS IMPLÍCITAS 17

ATIVIDADES 18

RESULTADOS 22

IMPACTOS 23

SUPOSIÇÕES 23

ÁREAS RESPONSÁVEIS E LINHA DO TEMPO 25

MATRIZ RACI 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS 29

ANEXOS 33

5

APRESENTAÇÃO

Os recursos públicos são escassos e as decisões sobre como utilizá-los devem se

basear na compreensão do valor público produzido por determinado programa ou polí-

tica. Por essa razão, a discussão sobre a necessidade de se avaliar políticas públicas e

saber o tamanho do impacto dos programas governamentais tem crescido no mundo

todo. Se antes, iniciativas do tipo ficavam circunscritas ao debate acadêmico e a institui-

ções do terceiro setor, aos poucos a temática ganhou projeção e atualmente governos

vêm promovendo a cultura de avaliação e do melhor uso do recurso público. Sendo as-

sim, a Assessoria Estratégica de Evidências (AEVI) atua no âmbito do Ministério da

Educação para promover o uso adequado de evidências no desenho, na implementação

e no monitoramento das políticas educacionais, de modo a torná-las mais efetivas, efica-

zes e eficientes.

Na AEVI, o Núcleo de Análise de Informações (NAI-Info) tem como objetivo orga-

nizar e sistematizar informações e dados de políticas e programas prioritários do MEC.

Nesse contexto, um dos produtos do NAI-Info é a publicação de uma série de relatórios

que apresentam os modelos lógicos dos programas do ministério, fomentando seu uso

para a avaliação de políticas públicas e seu monitoramento.

Este relatório tem como objetivo explicitar o funcionamento do Programa de Fo-

mento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), abordando tanto seu

desenho quanto detalhes de sua implementação.

6

O QUE SÃO MODELOS

LÓGICOS E COMO UTILIZÁ-LOS

O modelo lógico é um instru-

mento de avaliação de políticas públicas

que expõe de forma simples e visual qual

é a intervenção de um programa e quais

são os resultados e impactos esperados.

Dessa forma, a utilização do modelo per-

mite ao gestor a compreensão do

programa de maneira ampla, auxiliando

na análise das informações, no desenho

de avaliações ou no diagnóstico dos re-

sultados e impactos esperados.

A principal finalidade de um mo-

delo lógico é a de explicitar a teoria de

um programa em momento de concep-

ção ou implementação. Por teoria do

programa, entenda-se a ideia por trás do

programa, ou seja, como se espera que

ele funcione para alcançar os resultados

e impactos pretendidos. Documentos

oficiais, como leis, portarias e resolu-

ções, dificilmente dão conta de explicar

totalmente o funcionamento de um pro-

grama e os resultados pretendidos, o

que dificulta sua análise tanto por parte

da equipe quanto de atores externos.

Nesse sentido, o modelo lógico organiza

as informações de maneira que o gestor

consiga identificar os componentes de

um programa e as relações causais entre

suas atividades e os resultados e impac-

tos esperados. Sendo assim, o gestor

pode fazer uso do modelo lógico para:

PROMOVER AVALIAÇÕES

O modelo lógico subsidia pesqui-

sadores no desenho e na realização de

avaliações, além de propiciar aos gesto-

res do programa mais clareza acerca das

perguntas que querem ver respondidas

pelas avaliações.

MONITORAR

Ao explicitar a teoria do pro-

grama e as suposições, o modelo lógico

aponta os principais aspectos do pro-

grama a serem monitorados pela equipe

de implementação.

COMUNICAR

O modelo lógico permite comuni-

car de forma visual e lógica a teoria do

programa para membros de equipe, lide-

ranças e parceiros.

7

REGISTRAR AS MUDANÇAS

O modelo lógico pode e deve ser

revisado na medida em que o programa

sofre alterações; dessa forma, as dife-

rentes versões do modelo lógico formam

um registro das mudanças ao longo do

tempo.

Quais informações podem ser

extraídas do modelo lógico?

Após a construção do modelo ló-

gico, ele pode auxiliar o gestor a

responder a algumas perguntas sobre o

programa, tais como:

Como funciona a lógica da cadeia

de valor do programa?

Quais são as causas do problema

atacadas pelo programa?

Como o programa está dese-

nhado para atacar as causas do

problema?

Quais são as atividades realiza-

das pelo Ministério da Educação

e os produtos gerados?

Quais os efeitos dos produtos no

público-alvo? Como isso se tra-

duz nos resultados?

Quais são resultados esperados

que o programa busca atingir?

Quais são os impactos espera-

dos, ou seja, quais são as

mudanças que o programa pre-

tende concretizar sobre o

problema identificado?

Quais são as suposições mais crí-

ticas, ou seja, quais são as

condições necessárias para que o

programa ocorra conforme espe-

rado?

Quais as fragilidades ou as opor-

tunidades do programa?

Quais os pontos críticos que de-

vem ser monitorados?

Como ler o modelo lógico

de um programa em

implementação?

A metodologia de formulação do

modelo lógico varia de acordo com o

momento da política, que pode ser um

programa em concepção ou em imple-

mentação. Assim, a leitura do modelo

deve considerar essa diferença. Se o mo-

delo lógico foi feito sobre um programa

já em implementação, é importante ob-

servar que, muitas vezes, o problema do

qual o programa parte pode não ser o

mais adequado, ainda que seja aquele

8

que foi utilizado no momento de concep-

ção do programa. O modelo lista ainda

atividades e produtos que em alguns ca-

sos já estão em execução. Finalmente, as

causas implícitas do problema podem

ser inferidas a partir dos resultados espe-

rados do programa.

O modelo lógico desenvolvido

pela AEVI possui 09 componentes. A se-

guir, cada um desses componentes é

definido.

1. PROBLEMA

É a situação indesejada que ori-

enta o desenho do programa. No caso de

programas em implementação, é preciso

identificar qual foi o problema que susci-

tou sua criação, mesmo que este

problema não seja de fato o mais ade-

quado para ser atacado.

2. EVIDÊNCIA

É a comprovação da existência do

problema. O modelo registra apenas a

evidência analisada à época da criação

do programa.

3. PÚBLICO-ALVO

População para qual o programa

é dirigido, seus beneficiários diretos.

Caso existam, são especificados critérios

de focalização. O modelo deixa claro se

os beneficiários diretos dos programas

são escolas, professores ou alunos e de

quais etapas de ensino.

4. CAUSAS IMPLÍCITAS

Causas potenciais do problema

atacadas pelo programa. No caso dos

programas em implementação, o mo-

delo infere as causas a partir dos

resultados.

5. ATIVIDADES

São os principais processos exe-

cutados pelo MEC que produzem bens e

serviços. Quando possível, estão organi-

zadas em ordem cronológica e

sequencial.

6. PRODUTOS

Bens ou serviços resultantes do

uma atividade, com os quais se procura

Na parte superior do modelo,

encontramos 4 componentes

estruturantes da política. São eles:

Na parte central do modelo lógico,

encontram-se 4 colunas, que

apresentam o desenho da política:

9

atacar as causas do problema. Os produ-

tos podem resultar de uma ou mais

atividades.

7. RESULTADOS

Os efeitos gerados a partir dos

produtos criados, relacionados ao en-

frentamento das causas implícitas do

problema.

8. IMPACTOS

Mudanças geradas na situação

indesejada (o problema) a partir da qual

o programa foi criado.

9. SUPOSIÇÕES

Condições que devem ocorrer

para que parte do programa ocorra

como esperado. Suposições podem rela-

cionar atividades e produtos, produtos e

resultados, ou resultados e impactos. As

suposições podem auxiliar a detectar fa-

lhas de implementação ou falhas de

ideia do programa1.

Na parte inferior do modelo,

encontram-se as Suposições, que

relacionam os componentes do modelo:

1 A falha de implementação ocorre quando um programa não é executado corretamente, e os resultados e impactos não são alcançados devido a problemas operacionais. Uma falha de ideia ocorre quando o programa é implementado como esperado, mas ainda assim os resultados e impactos não são atingidos. (ver: Weiss, Carol H., 1972. Methods for assessing program effectiveness. Englewood Cliffs.)

10

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11

O EMTI, foi instituído pela Portaria

nº 727 de 13 junho de 2017 e tem como

objetivo geral apoiar a ampliação da

oferta de educação de ensino médio em

tempo integral nas redes públicas dos Es-

tados e do Distrito Federal por meio da

transferência de recursos às Secretarias

Estaduais e Distrital de Educação - SEE

que participarem do programa. A gestão

do programa está sob a responsabilidade

do Ministério da Educação (MEC) e do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação (FNDE), em colaboração com o

Conselho Nacional de Secretários de Edu-

cação (CONSED).

12

O QUE É O PROGRAMA DE FOMENTO ÀS ESCOLAS

DE ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL (EMTI)?

Breve histórico

Desde 2008 um modelo parecido

com o EMTI já estava sendo implemen-

tado em Pernambuco de maneira

exitosa. O modelo é fundamentado em

uma concepção de educação interdi-

mensional como espaço privilegiado do

exercício da cidadania e o protagonismo

juvenil como estratégia imprescindível

para a formação do jovem autônomo,

competente, solidário e produtivo, desse

modo o Estado esperava formar jovens

mais qualificados para a continuidade da

vida acadêmica, da formação profissio-

nal e até mesmo para o mundo do

trabalho. Pernambuco hoje tem mais de

40% de sua rede de Ensino Médio em

tempo integral, e saltou do 21° lugar no

IDEB 2007 para o 1° lugar no IDEB 2015,

impulsionado pelo EMTI.

Inspirado em Pernambuco, o Pro-

grama de Fomento à Implementação das

Escolas de Ensino Médio em Tempo Inte-

gral foi criado pelo Ministério da

Educação visando a necessidade de esta-

belecer ações conjuntas entre os entes

federados que propiciem um novo currí-

culo para o Novo Ensino Médio de

maneira compatível com as perspectivas

da sociedade contemporânea e com os

anseios dos jovens. O programa entra

conformidade com a Lei nº 13.415, de 16

de fevereiro de 2017, com a meta seis do

Plano nacional de Educação - PNE que

trata do compromisso de oferecer edu-

cação em tempo integral em no mínimo,

50% das escolas públicas, atendendo

pelo menos 25% dos estudantes da Edu-

cação básica, e também com a meta três

que visa universalizar, até 2016, o aten-

dimento escolar para toda a população

de quinze a dezessete anos e elevar a

taxa líquida de matrículas no ensino mé-

dio para 85%.

O programa foi instituído em ní-

vel federal por meio da Portaria nº 1.145

de 10 de outubro de 2016, e estabelece

os objetivos e normas do programa tais

como o número máximo de escolas por

Unidade Federativa que podem aderir ao

Programa.

13

Em junho de 2017 foi lançada a

Portaria nº 727, a segunda do Programa.

Ela determinou com mais detalhes os cri-

térios de elegibilidade e processo de

seleção/ análise técnica das escolas que

desejarem aderir ao Programa. Até o ano

de 2018, 967 escolas tiveram sua adesão

deferida e foram repassados R$ 1,5 bi-

lhões para investimento sendo R$ 2.000

por aluno, valor estabelecido após um

estudo entre os gastos do Ensino Médio

atual e o Novo Ensino Médio. Após 2020

serão repassados R$ 910 milhões/ano

para manutenção do Programa pelo pe-

ríodo de dez anos.

Recentemente, foi publicada a

Portaria 1.023, que estabelece diretrizes

para a realização de uma avaliação de

impacto aleatorizada do EMTI além de

selecionar novas unidades para a imple-

mentação do programa. A avaliação de

impacto consiste em avaliar o desempe-

nho de pares de escolas semelhantes

sendo que uma recebe o Programa e ou-

tra não, e com base nessas informações

avaliar o quanto da melhoria dos resulta-

dos educacionais podem ser atribuídos

ao Programa. Os indicadores de desem-

penho para a avaliação de impacto do

EMTI serão as habilidades socioemocio-

nais dos estudantes e seu desempenho

em Língua Portuguesa e Matemática.

Síntese do programa

O EMTI está diretamente ligado

com a meta seis do PNE que tem como

objetivo oferecer educação em tempo

integral em no mínimo 50% das escolas

públicas de forma a atender ao menos

25% dos estudantes da educação básica.

Veio como um novo modelo de ensino

médio que busca desenvolver um jovem

autônomo (com competências socioe-

mocionais), solidário (com valores de

cidadania) e competente (preparado

para o mercado de trabalho). Além disso,

o Programa busca diminuir a evasão es-

colar no Ensino Médio.

Diminuir a taxa de evasão que em

2017 chegou a 6,7% no terceiro

ano e 11% nos três anos e a taxa

de reprovação.

Diminuir a taxa de abandono;

Aumentar o desempenho acadê-

mico nas avaliações nacionais.

Os principais objetivos do

programa são:

14

Normativas e documentos de

criação do programa

Lei Nº 9.394, De 20 De Dezembro De

1996.

Estabelece as diretrizes e bases da edu-

cação nacional.

Lei Nº 13.005, De 25 De Junho De

2014

Aprova o Plano Nacional de Educação –

PNE.

Portaria nº 1.143/2016

Institui o Programa de Fomento à Imple-

mentação de Escolas em Tempo Integral,

criada pela Medida Provisória no 746, de

22 de setembro de 2016.

LEI Nº 13.415, De 16 De Fevereiro De

2017

Altera a Lei ns 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional.

Portaria nº 1.143/2016

Estabelece novas diretrizes, novos parâ-

metros e critérios para o Programa de

Fomento às Escolas de Ensino Médio em

Tempo Integral - EMTI, em conformi-

dade com a Lei nº 13.415, de 16 de

fevereiro de 2017.

Portaria nº 1.023/2018

Estabelece diretrizes, parâmetros e cri-

térios para a realização de avaliação de

impacto do Programa de Fomento às Es-

colas de Ensino Médio em Tempo

Integral - EMTI e seleção de novas unida-

des escolares para o Programa.

Portaria nº 1.024/2018

Define as diretrizes do apoio financeiro

por meio do Programa Dinheiro Direto

na Escola às unidades escolares perten-

centes às Secretarias participantes do

Programa de Apoio ao Novo Ensino Mé-

dio, instituído pela Portaria MEC nº 649,

de 10 de julho de 2018, e às unidades es-

colares participantes da avaliação de

impacto do Programa de Fomento às Es-

colas de Ensino Médio em Tempo

Integral - EMTI, instituída pela Portaria

MEC nº 1.023, de 4 de outubro de 2018.

*Para íntegra dos documentos e normativas, ver anexo

15

16

DESENHO DO PROGRAMA

O problema que originou o EMTI foi o baixo desempenho dos estudantes

matriculados no ensino médio nos testes de proficiência, assim como as taxas de

matrícula baixas, reduzindo os fluxos nas escolas. Sendo assim, o problema gera-

dor da política foi definido como: “Baixa taxa de matrícula entre jovens de 15 a 17

anos no Ensino Médio e baixo índice de aprendizado dos jovens matriculados.”. A

evidência que comprova a existência desse problema veio da baixa proporção de

jovens matriculados no Ensino Médio, estagnação do IDEB para a etapa e retro-

cesso no desempenho do SAEB, nos quais apenas 62,7% dos jovens de 15 a 17

anos estão matriculados no ensino médio, o IDEB está estagnado desde 2011 e

notas do SAEB em 2015 foram menores que em 1997.

O programa é voltado para escolas de ensino médio de pequeno e médio

porte e de alta vulnerabilidade socioeconômica, regido por portarias especifica-

mente desenhadas para o processo seletivo das SEE e escolas. Além disso, o

programa conta com uma avaliação de impacto, conforme disposto na Portaria

Nº 1.023, de 4 de Outubro de 2018. Esta avaliação não está desenhada neste Mo-

delo Lógico, uma vez que a portaria que rege a avaliação de impacto não

corresponde à portaria do programa que deu origem a este relatório.

PROBLEMA

É situação indesejada que orienta o desenho do programa.

PROBLEMA DETALHAMENTO

Baixa taxa de matrícula entre jovens de 15 a 17 anos no Ensino Médio e

O Ensino Médio tem apresentado baixos resultados em diversos indi-cadores, como abandono, reprovação e aprendizagem.

17

baixo índice de aprendi-zado dos jovens matriculados.

EVIDÊNCIA

Comprovação da existência do problema.

EVIDÊNCIA DETALHAMENTO

Baixa proporção de jovens matriculados no Ensino Médio, estagnação do IDEB para a etapa e retro-cesso no desempenho do SAEB.

Apenas 62,7% dos jovens de 15 a 17 anos estão matriculados no EM , o IDEB está estagnado desde 2011 e notas do SAEB em 2015 foram me-nores que em 1997.

PÚBLICO-ALVO

População para qual o programa é dirigido, seus beneficiários diretos.

PÚBLICO-ALVO DETALHAMENTO

Estudantes matriculados no ensino médio em esco-las públicas estaduais ou distritais

A focalização se dá em escolas de pequeno e médio porte e de alta vulnerabilidade socioeconômica, além de outros critérios dispostos em cada uma das normativas.

CAUSAS IMPLÍCITAS

Causas potenciais do problema atacadas pelo programa, deduzidas a partir dos resultados.

CAUSAS IMPLÍCITAS DETALHAMENTO

1. Fatores de risco con-tribuem para desengajamento dos estudantes

Causa implícita deduzida a partir do resultado 1: Aumento da propor-ção de estudantes matriculados no Ensino Médio em tempo integral

18

CAUSAS IMPLÍCITAS DETALHAMENTO

2. Escolas e equipes pouco adaptadas para entender e se relacio-nar com os jovens

Causa implícita deduzida a partir do resultado 3: Professores e demais profissionais preparados para atender às novas demandas da apren-dizagem (FASE 2)

3. Carga horária e quali-dade das aulas de português e matemá-tica são insuficientes para formação acadê-mica de excelência

Causa implícita deduzida a partir do resultado 3: Aumento da exposi-ção dos estudantes a conteúdos de português e matemática.

4. Ausência de formação com foco em compe-tências socioemocionais e em competências do sé-culo XXI

Causa implícita deduzida a partir do resultado 4: Maior engajamento dos jovens com seu projeto de vida e com a escola.

ATIVIDADES

São os processos executados pelo MEC que produzem bens e serviços.

ATIVIDADES DETALHAMENTO

1. Abertura do período de adesão para Uni-dades da Federação

O processo de adesão ao EMTI se dá pela assinatura do Termo de Com-promisso pela UF. A adesão das escolas se dará por processo seletivo, respeitando os critérios de elegibilidade e priorização do programa.

Mínimo de matrículas variando entre 33 (Portaria 1.023) e 120 (Portarias 1.045 e 727) no primeiro ano do ensino médio;

Existência de pelo menos quatro dos seis itens de infraestru-tura (biblioteca ou sala de leitura, salas de aula, quadra poliesportiva, vestiário masculino e feminino, cozinha e refei-tório);

Escolas de ensino médio em que mais de 50% dos estudantes tenham menos de 2.100 minutos de carga horária semanal;

Prioridade para alta vulnerabilidade socioeconômica em rela-ção à respectiva rede de ensino;

Não ser participante do Programa.

Ainda serão utilizados os IDH como critério de priorização, podendo ser substituído pelo indicador de nível socioeconômico.

19

ATIVIDADES DETALHAMENTO

2. Análise e Deferi-mento do Plano de Implementação das Secretarias Estadu-ais de Educação (SEEs)

O Plano de Implementação deverá ser entregue pelas SEE após o pro-cesso seletivo. Este documento será composto por:

Lista de escolas selecionadas para participar do EMTI, com suas informações gerais;

Plano de trabalho, considerando o detalhamento de curto prazo que contemple um período de três anos;

Matriz curricular, incluindo plano político-pedagógico, apro-vada pelo Conselho Estadual de Educação.

3. Primeira parcela de recursos de custeio e capital

Os recursos destinados à implementação e desenvolvimento do EMTI serão repassados pelo FNDE. O repasse de recursos às SEE que forem selecionadas para participar do Programa será calculado anualmente, segundo disponibilidade orçamentária. No primeiro ano de participa-ção de cada escola incluída pela SEE em seu plano de implementação, será considerado o número declarado de matrículas no ensino médio em tempo integral em cada uma das escolas. A partir do segundo ano de participação de cada escola no Programa, serão consideradas as ma-trículas no ensino médio em tempo integral de cada escola, conforme seu registro no Censo Escolar.

4. Monitoramento do Plano de Implemen-tação das SEEs

Uma vez selecionadas, tanto as SEE como as escolas participantes serão submetidas a avaliações de processo e de resultado como critério para se manterem no EMTI. A avaliação de processo irá considerar critérios no âmbito dos estados, do Distrito Federal e das escolas. Os critérios para a avaliação de processo das SEE no âmbito dos estados e do Dis-trito Federal são:

Vigência de marco legal em forma de Lei Estadual ou Distrital;

Análise da execução do plano de implementação e plano de marcos de implementação; e

Prestação de contas da Secretaria em dia.

Os critérios para a avaliação de processos das SEE para a implementa-ção do EMTI no nível das escolas são:

Ter número mínimo de 60 matrículas para cada ano em tempo integral;

Apresentar carga horária semanal mínima, com respectivo au-mento para as disciplinas de português, matemática e parte flexível do currículo.

Alcançar condição de infraestrutura conforme requisitos do programa

A avaliação de processo das SEE no âmbito dos estados e do Distrito Federal será realizada até 31 de dezembro de cada ano e a avaliação de processo das SEE no nível da escola será realizada anualmente. O MEC, por meio da SEB, pode realizar visitas in loco para verificar a adequação das SEE e das escolas aos critérios da avaliação de processo. A avaliação

20

ATIVIDADES DETALHAMENTO

de resultado será realizada anualmente e utilizará como critério a me-lhoria no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, tanto no componente de fluxo quanto no de proficiência. A melhoria de fluxo escolar será aferida pelos dados de taxa de abandono e reprovação, que devem ser reduzidas da seguinte forma:

No primeiro ano do Programa, reduzir 3.5 p.p;

No segundo ano do Programa, reduzir 3.5 p.p;

Do terceiro ano do Programa em diante, alcançar e manter o patamar de até 5%.

Para as escolas novas, a soma das taxas de abandono e reprovação, de-vem atingir:

No primeiro ano do Programa, taxa de até 15%;

No segundo ano do Programa, reduzir 3.5 p.p;

Do terceiro ano do Programa em diante, alcançar e manter a taxa de até 5%.

A melhoria da proficiência deve utilizar como critério a nota média pa-dronizada que compõe o IDEB. O Comitê Estratégico de Monitoramento e Avaliação do EMTI deverá sugerir a meta de profici-ência a ser alcançada pelas escolas e SEE participantes do EMTI.

5. Segunda parcela de recursos de custeio e capital

Os recursos destinados à implementação e desenvolvimento do EMTI serão repassados pelo FNDE. O repasse de recursos às SEE que forem selecionadas para participar do Programa será calculado anualmente, segundo disponibilidade orçamentária. No primeiro ano de participa-ção de cada escola incluída pela SEE em seu plano de implementação, será considerado o número declarado de matrículas no ensino médio em tempo integral em cada uma das escolas. A partir do segundo ano de participação de cada escola no Programa, serão consideradas as ma-trículas no ensino médio em tempo integral de cada escola, conforme seu registro no Censo Escolar.

6. Análise da prestação de contas do re-curso pelas SEEs

As SEE que aderirem ao EMTI deverão prestar contas dos recursos re-cebidos anualmente, em conformidade com Resolução do FNDE: Resolução No 16, De 7 De Dezembro De 2017.

PRODUTOS

São os bens ou serviços resultantes de uma atividade, com os quais se procura

atacar as causas do problema.

21

PRODUTOS DETALHAMENTO

1. Unidades da Federa-ção inscritas

O processo de seleção compreenderá as seguintes etapas:

A SEB-MEC enviará a cada SEE uma lista das escolas de sua rede consideradas elegíveis;

A SEE indicará, dentre as escolas elegíveis, aquelas que pre-tende incluir no EMTI, elencadas por ordem de prioridade;

A SEB-MEC avaliará as escolas indicadas pela SEE, selecio-nando-as de acordo com a quantidade de escolas e de matrículas.

2. Planos de Implemen-tação das SEEs aprovados

A análise técnica dos pleitos submetidos pela SEE para participar do EMTI será realizada pela SEB-MEC e terá a finalidade de:

Analisar o plano de implementação e a documentação com-plementar encaminhada pela Secretaria de Educação; e

Verificar se a SEE e cada escola indicada atende às especifica-ções e às condições estabelecidas na portaria do programa.

Após a análise, a participação de cada escola que conste do plano de implementação será considerada:

Deferida, com ou sem ressalvas; e

Indeferida.

As SEE que tiverem escolas deferidas com ressalvas deverão contem-plar as pendências elencadas pela SEB-MEC no plano de marcos de implementação. As SEE que tiverem escolas indeferidas poderão inter-por recurso por meio de modelo de documento constante na Portaria. O resultado final da seleção será aprovado e homologado pela SEB-MEC e publicado no sítio eletrônico www.mec.gov.br e o extrato do re-sultado no Diário Oficial da União.

3. Recursos de custeio utilizados (ex: gratifi-cação, formações, compra de materiais)

Os recursos de custeio poderão ser utilizados nas seguintes atividades:

Remuneração e aperfeiçoamento dos profissionais da educa-ção;

Manutenção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;

Uso e manutenção de bens e serviços vinculado ao ensino;

Realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;

Aquisição de material didático-escolar.

4. Recursos de capital utilizados (ex: refor-mas escolares e construção de labora-tórios)

Os recursos de capital poderão ser utilizados nas seguintes atividades:

Construção de instalações necessárias ao ensino;

Aquisição de equipamentos necessários ao ensino.

22

PRODUTOS DETALHAMENTO

5. Aumento da carga ho-rária de português e matemática

A proposta curricular integrada e específica das escolas participantes, deve contemplar carga horária semanal mínima de 2.250 minutos, com pelo menos 300 minutos semanais dedicados à Língua Portuguesa, 300 minutos semanais à Matemática e 500 minutos semanais dedicados a atividades da parte flexível. No caso das escolas em tempo integral em dois turnos, deverá ser de 2.100 (dois mil e cem) minutos semanais por turno, com um mínimo de 300 minutos de Língua Portuguesa, 300 mi-nutos semanais de Matemática e 300 minutos semanais para atividades da parte flexível.

6. Incorporação da parte diversificada à matriz curricular e trabalho com Projeto de Vida e protagonismo juvenil

Conforme lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de ma-neira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemoci-onais.

7. Informações do moni-toramento inseridas no SIMEC pelas SEEs

As escolas das SEE participantes que não cumprirem os critérios do pro-grama poderão ser desligadas do EMTI e as Secretarias não poderão substituí-las por outras. A SEE que tiver mais de 50% das escolas desli-gadas poderá ser desvinculada do Programa mediante recomendação técnica da SEB-MEC.

8. Prestação de contas aprovada

A prestação de contas consiste na comprovação da execução da totali-dade dos recursos recebidos, incluindo os rendimentos financeiros, e deverá ser enviada ao CACS pela SEE até 30 de junho do ano subse-quente ao do repasse dos recursos, por meio do SiGPC - Contas On-line e na forma da Resolução no 2/2012, e alterações posteriores, para que o respectivo Conselho emita seu parecer sobre a execução do Pro-grama.

RESULTADOS

Os efeitos gerados em relação ao enfrentamento das causas implícitas do pro-

blema.

RESULTADOS DETALHAMENTO

1. Aumento da propor-ção de estudantes matriculados no En-sino Médio em tempo integral

Espera-se que a partir das mudanças implementadas a partir do pro-grama, o fluxo das escolas registre taxas melhores, principalmente reduzindo os índices de abandono.

23

RESULTADOS DETALHAMENTO

2. Modelo pedagógico implementado nas escolas

A melhoria da aprendizagem dos estudantes do ensino médio passa pela revisão dos modelos pedagógicos vigentes, implementando-se a proposta do EMTI de projeto de vida e protagonismo, além dos itine-rários formativos e flexibilização do currículo.

3. Aumento da exposi-ção dos estudantes a conteúdos de por-tuguês e matemática

O EMTI tem como critério de implementação o aumento da carga ho-rária das disciplinas de português (300 minutos por semana) e matemática (300 minutos por semana), registrando um aumento na exposição dos estudantes a essas disciplinas durante o turno escolar.

4. Maior engajamento dos jovens com seu projeto de vida e com a escola

O projeto de vida e protagonismo juvenil tem por objetivo engajar os jovens no aprendizado, relacionando-se com suas realidades e proje-tando práticas que gerem uma visão de futuro para os jovens.

IMPACTOS

Os efeitos gerados em relação ao problema do programa.

IMPACTOS DETALHAMENTO

1. Aumento do apren-dizado dos estudantes

O aumento do aprendizado dos jovens será maior segundo uma me-lhoria em seu engajamento e exposição a conteúdos como português e matemática, além da reformulação do modelo pedagógico e currícu-los flexíveis, que serão mais adaptados à realidade do jovem, com melhoria na absorção dos conteúdos.

2. Redução de aban-dono e reprovação

Com maior aprendizagem e engajamento dos jovens, espera-se que as taxas de abandono e reprovação diminuam.

SUPOSIÇÕES

As condições que devem ocorrer para que parte do programa ocorra como espe-

rado.

24

SUPOSIÇÕES DETALHAMENTO

S1. Secretarias Estaduais de Educação executam o recurso recebido ade-quadamente.

Os recursos deverão ser executados conforme Resolução No 16, de 7 de dezembro de 2017 do FNDE, nos quais a aplicação se dará segundo grupo de despesa (capital e custeio). O uso destes recursos deverá ser direcionado a atividades correspondentes ao plano de implementação e, ainda, conforme os requisitos dispostos na portaria do programa.

O sistema de monitoramento implementado e alimentado permitirá ao MEC acompanhar a execução do plano de implementação a nível das SEE e das escolas, para orientar correção de rumos e prazos dis-postos na portaria e cronograma do programa.

S2. Sistema de monitora-mento é alimentado em dia pelas UFs e permite acompanhar indicadores de processo da imple-mentação.

O sistema de monitoramento implementado e alimentado permitirá ao MEC acompanhar a execução do plano de implementação a nível das SEE e das escolas, para orientar correção de rumos e prazos dis-postos na portaria e cronograma do programa.

S3. Escolas iniciam o pro-cesso de implementação do EMTI

O processo de implementação do EMTI deverá seguir o plano de im-plementação aprovado pelo SEB-MEC e, ainda, cronograma disponibilizado pelo Ministério.

S4. Conteúdo do modelo pedagógico é absorvido e aplicado pelos profes-sores e gestores

O novo modelo pedagógico deverá ser absorvido e aplicado pelos pro-fessores e gestores a partir da matriz curricular aprovada no plano de implementação, contendo a parte flexível, projeto de vida e protago-nismo juvenil.

S5. Aulas previstas na grade são efetivamente ministradas

Espera-se que as alterações realizadas na matriz correspondentes às disciplinas de português e matemática sejam efetivamente ministra-das conforme número mínimo de minutos por semana.

S6. Matriz curricular fle-xível e atividades voltadas para protago-nismo aumentam o engajamento

A matriz curricular flexível deve incorporar o projeto de vida e prota-gonismo para que aumente o engajamento dos estudantes e adapte-se às necessidades dos jovens.

S7. Aprendizado dos es-tudantes em português e matemática aumenta devido à maior carga ho-rária e modelo pedagógico

A carga horária mínima ampliada das disciplinas de português e mate-mática, somada ao maior engajamento dos jovens, deverá aumentar o aprendizado dos estudantes..

25

SUPOSIÇÕES DETALHAMENTO

S8 Maior engajamento dos jovens e modelo pe-dagógico contribuem para redução do aban-dono e reprovação

O maior engajamento dos jovens e modelo pedagógico flexível deverá melhorar o fluxo das escolas e reduzir as taxas de abandono e repro-vação.

ÁREAS RESPONSÁVEIS

E LINHA DO TEMPO

A área responsável pela gestão e implementação do Pro-

grama de Fomento às Escolas de Ensino Médio Em Tempo

Integral é a Coordenadoria de Ensino Médio (COEM) vincu-

lada à Diretoria de Currículos e Educação Integral (DICEI),

da Secretaria de Educação Básica (SEB). O programa tam-

bém conta com a participação do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE), em colaboração

com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (CON-

SED).

26

MATRIZ RACI

Atividade Responsável Aprovar Consultar Informar

1. Abertura do perí-odo de adesão para Unidades da Fede-ração

COEM GM - SEE / CONSED

2. Análise e Deferi-mento do Plano de Implementação das Secretarias Estadu-ais de Educação (SEEs)

COEM COEM - SEE

3. Primeira parcela de recursos de cus-teio e capital

COEM DICEI - SEE

4. Monitoramento do Plano de Imple-mentação das SEEs

COEM COEM - SEE

5. Segunda parcela de recursos de cus-teio e capital

COEM DICEI - SEE

6. Análise da pres-tação de contas do recurso pelas SEEs

FNDE FNDE - SEE / COEM

27

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise do modelo ló-

gico do EMTI, combinada com consultas

feitas à equipe gestora do programa, é

possível destacar alguns aspectos que

merecem atenção quanto ao desenho

do programa. Uma das funções do mo-

delo lógico é ressaltar pontos a serem

monitorados no programa, e alguns des-

ses tópicos serão abordados abaixo.

Uma análise mais completa sobre o mo-

nitoramento do EMTI pode ser

encontrada no vol. II deste relatório.

Atividade 3: Primeira parcela de re-

cursos de custeio e capital

A utilização dos recursos repassa-

dos para as SEE pode ser em custeio ou

capital, a depender da natureza do

gasto. Para os recursos de capital, se-

gundo a resolução FNDE nº 16, de 7 de

dezembro de 2017 em seu Anexo I - Des-

pesas passíveis de execução com

recursos do Programa, distingue os tipos

de despesa como “Grandes reformas no

prédio, construção ou adequação de

quadras esportivas, salas, laboratórios,

vestiários, refeitório, despensa, cister-

nas, de central de gás, entre outros,

cobertura de quadras” e “Aquisição de

equipamentos e mobiliário para labora-

tórios, vestiários, refeitórios, salas de

aula e bibliotecas; acervo para a biblio-

teca (incluindo livros e softwares)”. Esses

recursos, enfrentando, não podem ser

repassados diretamente às escolas, que

poderiam melhor escolher e priorizar o

seu uso, destinando-se às SEE a execu-

ção, gestão e prestação de contas destes

recursos, que podem gerar gargalos, en-

traves e ruídos em relação às

necessidades de investimento das esco-

las. Além disso, as diretrizes do FNDE não

estão alinhadas com os parceiros, o que

dificulta a execução dos recursos de ca-

pital, outro fator que pode gerar ruídos e

desperdício de recursos no processo de

aquisição de itens de capital.

Atividade 4: Monitoramento do

Plano de Implementação das SEEs

O monitoramento da implemen-

tação do Ensino Médio em Tempo

Integral se dará por meio do preenchi-

mento de informações pelas SEE a partir

do plano de implementação. Neste

ponto, é necessária atenção, uma vez

30

que o monitoramento de processos se

dá a partir dos marcos de implementa-

ção, das prestações de conta em dia e

das metas de carga horária estipuladas

no programa, enquanto a avaliação de

resultados observa a redução das taxas

de abandono, reprovação e melhora das

taxas de proficiência. Assim, o monitora-

mento não é estruturado para observar

as premissas do programa, como a qua-

lidade dos currículos, o nível de

aprendizagem dos gestores pelas forma-

ções, podendo gerar inconsistências

entre o esforço depreendido (atividades)

e resultados alcançados. Este aspecto

poderá prejudicar o entendimento da te-

oria de mudança do programa, uma vez

que não há acompanhamento das hipó-

teses que ligam as atividades aos

resultados, podendo estes emergir a

partir de outras intervenções ou aconte-

cimentos, dificultando assim a gestão e

melhoria do programa e avaliações mais

aprofundadas do impacto do programa.

Por fim, é importante apontar que o Co-

mitê Estratégico de Monitoramento e

Avaliação do EMTI não foi estruturado,

sendo este uma parte estratégica para a

implementação do EMTI, essencial-

mente no estabelecimento das metas de

proficiência, que guiam o monitora-

mento de resultados.

Produto 7: Informações do monitora-

mento inseridas no SIMEC pelas SEEs

A inserção das informações nos

sistemas de monitoramento é de res-

ponsabilidade da SEE. Neste sistema, os

dados serão autodeclarados quanto às

metas do plano de implementação e im-

plementação das melhorias nas escolas,

ampliação das cargas horárias e efetiva-

mente aplicação dos currículos flexíveis.

Uma vez que o desempenho da imple-

mentação do plano e cumprimento dos

critérios é uma condição para continuar

no programa, e portanto, recebimento

de recursos, os dados estarão vulnerá-

veis a alterações e distorções para

alcance das metas pré-estabelecidas

pelo MEC. Neste sentido, é importante

fortalecer o aspecto de fiscalização e au-

ditorias pela SEB-MEC, conforme

estabelecido na portaria, a fim de garan-

tir fidelidade das informações recebidas

pelo ministério e garantia do uso efeito

do recurso público.

Produto 8: Prestação de contas apro-

vada

31

A prestação de contas pelas SEE

deverá ser feita ao FNDE segundo reso-

lução própria, ainda que o MEC

acompanhe os resultados dos recursos

disponibilizados - gerando um descom-

passo entre o que é investido e os

resultados e metas alcançadas pelas SEE

e escolas - podendo gerar divergências

entre os acompanhamentos financeiro-

fiscal e o acompanhamento de proces-

sos e resultados. Este problema é

potencializado devido o diálogo entre o

Ministério e o FNDE estar condicionado

a diversos gargalos. Desta maneira, tam-

bém, é possível haver uma qualidade de

aplicação baixa, uma vez que a diretriz

para os gastos é pouco diretiva e há

baixo alinhamento entre atores envolvi-

dos (SEE, escolas e instituições

parceiras), dificultando a aplicação dos

recursos com qualidade e eficiência.

Suposição 6 (S6): Matriz curricular

flexível e atividades voltadas para

protagonismo aumentam o engaja-

mento

A matriz curricular flexível tem

em sua estruturação os itinerários for-

mativos, que é um conjunto de situações

e atividades educativas que os estudan-

tes podem escolher conforme seu

interesse, para aprofundar e ampliar

aprendizagens em uma ou mais Áreas de

Conhecimento e/ou na Formação Téc-

nica e Profissional. Desse modo, o

estudante será estimulado a desenvol-

ver seu projeto de vida por meio deste

currículo, contribuindo para seu desen-

volvimento e engajamento na escola.

Esta suposição toma por base que um

dos fatores necessários para despertar o

engajamento dos estudantes no ensino

médio é por meio de formações práticas

que o habilitem a aplicar seu conheci-

mento em sua esfera pessoal, portanto,

desenvolvendo suas habilidades a partir

de uma necessidade individual. A efeti-

vação dessa hipótese deverá ser validada

em avaliações, de forma a mensurar o ní-

vel de engajamento do jovem e como

isso se relaciona com seu projeto de vida

- uma vez que o sucesso desta hipótese

afeta outros resultados e impactos.

Suposição 7 (S7): Aprendizado dos

estudantes em português e matemá-

tica aumenta devido à maior carga

horária e modelo pedagógico e Su-

posição 8 (S8): Maior engajamento

dos jovens e modelo pedagógico

32

contribuem para redução do aban-

dono e reprovação

É provável que, mesmo com a

ampliação da carga horária para as disci-

plinas, não haja alteração nos

indicadores de proficiência - é necessá-

rio que o modelo pedagógico seja

alterado também, uma vez que este

também encontra-se como uma das cau-

sas para as baixas taxas e notas

alcançadas nos principais indicadores de

educação. Neste sentido, é importante

que se priorize a alteração da carga ho-

rária conjuntamente com a mudança de

modelo pedagógico. A partir da análise

do monitoramento do programa, é pos-

sível visualizar que a melhoria do modelo

pedagógico não será monitorada de

perto, ou seja, um dos resultados-chave

para o EMTI não faz parte da matriz pri-

oritária de acompanhamento do

programa, o que poderá gerar falhas de

implementação e distorção entre o es-

forço depreendido e os resultados

alcançados. O MEC deverá, a partir da

criação de novos indicadores ou outros

mecanismos de acompanhamento, veri-

ficar a implementação dos modelos

pedagógicos e sua qualidade, para que

possa mensurar sua interferência na me-

lhoria dos demais índices considerados

no monitoramento de resultados do pro-

grama.

ANEXOS

ANEXO I

PORTARIA Nº 727, DE 13 DE JUNHO DE 2017

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

GABINETE DO MINISTRO

DOU de 14/06/2017 (nº 113, Seção 1, pág. 9)

Estabelece novas diretrizes, novos parâmetros e critérios para o Programa de Fomento às Escolas de En-

sino Médio em Tempo Integral - EMTI, em conformidade com a Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de

2017.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, inciso II, pará-

grafo único, da Constituição, atendendo ao disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e ao

art. 13 da Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, e

Considerando:

A necessidade de estabelecer ações conjuntas entre os entes federados, que propiciem novas organiza-

ções curriculares para o novo ensino médio, compatíveis com as perspectivas da sociedade

contemporânea e com os anseios dos jovens, em conformidade com a Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro

de 2017;

A necessidade de promover ações compartilhadas com os estados e o Distrito Federal para a melhoria do

ensino médio e a perspectiva de universalização do acesso e da permanência de todos os adolescentes

de 15 a 17 anos nesta etapa da educação básica, de forma a atender à Meta 3 do Plano Nacional de Edu-

cação - PNE, instituído pela Lei nº 13.005, de 2014;

A necessidade de apoiar os sistemas de ensino público para oferecerem educação em tempo integral, de

forma a atender à Meta 6 do PNE; e

A necessidade de apoiar os sistemas de ensino público na operacionalização de ações voltadas à melhoria

da qualidade da oferta do ensino médio em consonância com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, resolve:

CAPÍTULO I

DO PROGRAMA

Art. 1º - Fica instituído o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral - EMTI,

em conformidade com as diretrizes dispostas nos arts. 13 ao 17 da Lei nº 13.415, de 2017, com vistas a

apoiar a implementação da proposta pedagógica de tempo integral em escolas de ensino médio das re-

des públicas dos Estados e do Distrito Federal.

Parágrafo único - A proposta pedagógica das escolas de ensino médio em tempo integral terá por base a

ampliação da jornada escolar e a formação integral e integrada do estudante, tendo como pilar a Base

Nacional Comum Curricular e a nova estrutura do ensino médio.

Art. 2º - O EMTI tem como objetivo geral apoiar a ampliação da oferta de educação de ensino médio em

tempo integral nas redes públicas dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com os critérios estabele-

cidos nesta Portaria, por meio da transferência de recursos às Secretarias Estaduais e Distrital de

34

Educação - SEE que participarem do programa e o desenvolverem de acordo com as diretrizes desta Por-

taria.

Art. 3º - O EMTI terá duração de dez anos, a partir da adesão, considerando-se sua implantação, seu

acompanhamento e a mensuração dos resultados alcançados, conforme diretrizes desta Portaria.

Art. 4º - Para participar do EMTI, as SEE devem atender aos critérios e às diretrizes de elegibilidade e sele-

ção estabelecidas no Capítulo II.

Art. 5º - A adesão de cada ente federado está condicionada à assinatura de Termo de Compromisso espe-

cífico, conforme Anexo I, bem como ao preenchimento de seus documentos complementares, o plano de

implementação das escolas de sua rede e prestação de informações em outros instrumentos disponibili-

zados pelo Ministério da Educação - MEC.

Parágrafo único - No termo de compromisso, a SEE deverá comprometer-se a dar publicidade aos recur-

sos recebidos e às atividades fomentadas em parceria com o Governo Federal, fazendo menção explícita

ao Programa em quaisquer materiais distribuídos ou divulgados.

CAPÍTULO II

DA ELEGIBILIDADE E DO PROCESSO DE SELEÇÃO

Art. 6º - São consideradas elegíveis para o EMTI as escolas das SEE que atenderem aos seguintes critérios:

I - mínimo de 120 (cento e vinte) matrículas no primeiro ano do ensino médio, de acordo com o Censo

Escolar mais recente;

II - alta vulnerabilidade socioeconômica em relação à respectiva rede de ensino, considerando indicador

socioeconômico desagregado por escola;

III - existência de pelo menos 4 (quatro) dos 6 (seis) itens de infraestrutura exigidos no Anexo III a esta

Portaria, necessariamente registrados no Censo Escolar mais recente ou comprovados pelas SEE no ato

da adesão;

IV - escolas de ensino médio em que mais de 50% dos alunos tenham menos de 2.100 (dois mil e cem)

minutos de carga horária semanal, de acordo com o último Censo Escolar; e

V - não ser participante do Programa.

§ 1º - Conforme a Lei nº 13.415, de 2017, o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH será utilizado para

priorização na escolha das escolas que participarão do Programa.

§ 2º - Não havendo o índice referido no § 1º do caput em nível da escola, será utilizado o indicador de ní-

vel socioeconômico das escolas.

§ 3º - Caso queira incluir escolas novas, definidas como aquelas que não apresentem informações sobre

matrículas de ensino médio no Censo Escolar ou que sejam novos estabelecimentos da rede, as SEE de-

vem enviar ofício à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação - SEB-MEC comprovando

que o estabelecimento cumpre os critérios dos incisos II, III e V deste artigo, acompanhado de estudo de

demanda, comprovando como pretende atingir o mínimo de 350 (trezentos e cinquenta) alunos ao final

do terceiro ano de inclusão da escola no EMTI, bem como comprovar que o prédio escolar estará pronto

até o mês de outubro do ano de inclusão no Programa.

§ 4º - Caso as SEE queiram indicar escola que não esteja na lista de elegíveis e que não seja escola nova,

deve pleitear a inclusão por meio de ofício enviado a SEB-MEC, comprovando de que forma o estabeleci-

mento de ensino atende aos critérios definidos nos incisos I a V deste artigo.

35

§ 5º - As SEE cuja implementação esteja em desacordo com as diretrizes desta Portaria não poderão soli-

citar a adesão de novas escolas em processo seletivo subsequente.

Art. 7º - O processo de seleção compreenderá as seguintes etapas:

I - a SEB-MEC enviará a cada SEE uma lista das escolas de sua rede consideradas elegíveis, de acordo com

critérios definidos no art. 6º desta Portaria;

II - a SEE indicará, dentre as escolas elegíveis, aquelas que pretende incluir no EMTI, elencadas por ordem

de prioridade, conforme Lei nº 13.415, de 2017; e

III - a SEB-MEC avaliará as escolas indicadas pela SEE, selecionando-as de acordo com a quantidade de

escolas e de matrículas estabelecida no Anexo II.

§ 1º - No mínimo 75% (setenta e cinco por cento) das escolas indicadas pela SEE devem atender aos crité-

rios estabelecidos nos incisos de I a V do art. 6º. Cada uma das demais devem, necessariamente,

enquadrar-se em apenas 1 (uma) das seguintes condições:

I - escolas com ensino médio em tempo integral que têm mais de 50% dos alunos com carga horária se-

manal de pelo menos 2.100 (dois mil e cem) minutos, de acordo com o Censo Escolar mais recente;

II - escolas que oferecem educação profissional integrada ao ensino médio e outros dois itinerários for-

mativos propedêuticos;

III - escolas que em anos anteriores tiveram menos de 120 (cento e vinte) matrículas, mas acima de 60

(sessenta) alunos no primeiro ano do ensino médio; e

IV - escolas que adotarão modelo de tempo integral em dois turnos, totalizando ao menos 2.100 (dois mil

e cem) minutos semanais em cada turno, não podendo haver sobreposição entre os turnos.

§ 2º - Escolas que apresentem qualquer uma das características citadas nos incisos I, II e IV do parágrafo

anterior devem necessariamente atender aos incisos I, II, III e V do art. 6º.

§ 3º - Escolas citadas no inciso III do § 1º, devem necessariamente atender aos incisos II, III, IV e V do art.

6º.

Art. 8º - Cada escola indicada pelas SEE para participar do EMTI deverá ter, no primeiro ano de implanta-

ção, o mínimo de 60 (sessenta) matrículas para cada ano do ensino médio em tempo integral, e após três

anos de sua inclusão, deverá atender no mínimo 350 (trezentos e cinquenta) alunos em tempo integral,

conforme dados oficiais do Censo Escolar.

Art. 9º - Cada SEE terá direito a incluir no EMTI um número mínimo garantido de escolas e alunos que

atendam aos critérios estabelecidos nos artigos 6º a 8º desta Portaria.

§ 1º - Os números mínimos garantidos de escolas e alunos por Unidade Federativa, definidos no Anexo II,

foram estabelecidos pelo MEC de acordo com princípios de representatividade e abrangência das matrí-

culas nas redes públicas.

§ 2º - Caso a SEE pleiteie um número de escolas abaixo do mínimo garantido previsto no Anexo II, esse

valor a menor configurará um excedente que poderá ser incluído em outra(s) unidade(s) da Federação,

após avaliação nacional do atendimento pelo MEC, conforme critérios elencados no § 4º deste artigo.

§ 3º - Caso as SEE pleiteiem um número maior de escolas que contemplem os critérios de elegibilidade e

seleção descritos neste capítulo, a inclusão de todo ou parte desse excedente poderá ser autorizada pelo

MEC, após avaliação nacional do atendimento, conforme critérios elencados no § 4º deste artigo.

36

§ 4º - A diferença entre o total de escolas e alunos a serem contemplados no programa e o mínimo ga-

rantido, se aplicável, será priorizada entre as SEE de acordo com os seguintes critérios:

I - vulnerabilidade socioeconômica da escola, definida conforme o inciso II do art. 6º;

II - maior número de alunos atendidos no ensino médio da escola, de acordo com o Censo Escolar mais

recente; e

III - disponibilidade de infraestrutura, conforme previsto no Anexo III.

§ 5º - O número máximo ofertado, incluindo o mínimo garantido e a parcela excedente descritas nos § 1º

a § 4º deste artigo, de escolas e matrículas no ano de adesão de 2017, para início em 2018, será de 572

(quinhentos e setenta e duas) escolas e 257.400 (duzentos e cinquenta e sete mil e quatrocentas) matrí-

culas.

Art. 10 - As escolas indicadas pelas SEE deverão ter o aceite da comunidade escolar antes do envio do

plano de implementação.

CAPÍTULO III

DO PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO

Art. 11 - O plano de implementação do EMTI nas escolas, a ser entregue pela SEE após o processo de se-

leção, será composto por:

I - lista de escolas selecionadas, conforme arts. 7º a 10 desta Portaria, para participar do EMTI, com suas

informações gerais;

II - plano de trabalho, considerando o detalhamento de curto prazo que contemple um período de 3

(três) anos e vise à implantação da proposta de tempo integral, atendendo a todos os requisitos constan-

tes desta Portaria; e

III - matriz curricular, incluindo plano político-pedagógico, aprovada pelo Conselho Estadual de Educação,

conforme critérios definidos por esta Portaria e em consonância com a Lei nº 13.415, de 2017.

§ 1º - O plano de implementação deverá ser elaborado conforme critérios detalhados a serem divulgados

pelo MEC no sítio eletrônico www.mec.gov.br ou em módulo específico do SIMEC.

§ 2º - O plano de implementação de cada SEE será submetido à análise e à aprovação pela SEB-MEC

como condição para recebimento de recursos do Programa.

Art. 12 - No plano de trabalho referido no inciso II do art. 11, a SEE deverá:

I - declarar que as escolas participantes seguirão a matriz curricular aprovada pelo Conselho Estadual de

Educação, conforme inciso III do art. 11;

II - apresentar legislação ou documentação comprobatória de encaminhamento do projeto de lei que re-

gulamenta a implementação do EMTI nas escolas de ensino médio em tempo integral;

III - comprovar a instituição da equipe de implantação, conforme atribuições descritas no Anexo IV a esta

Portaria, com a seguinte composição e carga horária de dedicação ao EMTI:

a) Coordenador-Geral (dedicação de 40 horas);

b) Especialista pedagógico (dedicação de 40 horas);

c) Especialista em gestão (dedicação de 40 horas); e

d) Especialista em infraestrutura (dedicação de 40 horas).

37

IV - demonstrar que estão em funcionamento mecanismos objetivos para seleção, monitoramento, avali-

ação, formação continuada e possível substituição de gestores das escolas participantes, em consonância

com a Meta 19 do PNE, para o efetivo atendimento em escolas de educação em tempo integral;

V - apresentar ação de conversão das escolas selecionadas para a nova proposta de educação em tempo

integral, com o intuito de garantir a adesão destas de forma gradual;

VI - comprovar que, nas escolas participantes, a admissão dos alunos se dá por proximidade da escola pú-

blica de origem ou localidade de residência, sem qualquer outro critério de seleção;

VII - apresentar dados do diagnóstico inicial realizado nas escolas participantes e apresentar plano para a

realização de diagnóstico inicial acadêmico dos novos alunos admitidos, incluindo proposta de ações vol-

tadas à melhoria do processo de ensino e aprendizagem e de seus resultados;

VIII - propor um plano para promover a participação da comunidade nas escolas;

IX - elaborar proposta de gestão escolar para as escolas participantes;

X - propor plano para que os professores da base comum do currículo trabalhem em dedicação integral à

escola ao final dos três anos de conversão completa; e

XI - elaborar proposta curricular integrada e específica para as escolas participantes.

§ 1º - Caso não apresente a legislação que regulamenta o Programa no plano de trabalho, conforme de-

termina o inciso II do caput, a SEE terá um prazo de até 1 (um) ano para criá-la e aprovála na Assembleia

Legislativa ou na Câmara Distrital, com vista à perenidade do modelo integral na unidade da Federação.

§ 2º - A ação de conversão gradual, conforme inciso V do caput, é definida como a conversão de todas as

turmas do primeiro ano do ensino médio no primeiro ano de implementação do Programa, chegando a

todos os anos do ensino médio ao final do terceiro ano de implementação, de acordo com o art. 8º desta

Portaria; § 3º Todas as escolas em tempo integral que participam do Programa devem iniciar o ano letivo

com a carga horária estendida e com a nova matriz curricular implantada.

§ 4º - A proposta curricular integrada e específica das escolas participantes, conforme inciso XI, deve con-

templar carga horária semanal mínima de 2.250 (dois mil, duzentos e cinquenta) minutos, com pelo

menos 300 (trezentos) minutos semanais dedicados à Língua Portuguesa, 300 (trezentos) minutos sema-

nais, à Matemática e 500 (quinhentos) minutos semanais dedicados a atividades da parte flexível.

§ 5º - No caso das escolas em tempo integral em dois turnos, mencionadas no inciso IV, § 1º do art. 7º, a

carga horária mínima deverá ser de 2.100 (dois mil e cem) minutos semanais por turno, com um mínimo

de 300 (trezentos) minutos de Língua Portuguesa, 300 (trezentos) minutos semanais de Matemática e

300 (trezentos) minutos semanais para atividades da parte flexível.

§ 6º - A proposta curricular das escolas participantes deve conter a parte flexível em conformidade com

as legislações vigentes.

§ 7º - A proposta curricular da SEE deverá estar em conformidade com o art. 36 da Lei de Diretrizes e

Base da Educação - LDB, o qual dispõe sobre a organização curricular e da oferta de diferentes itinerários

formativos.

§ 8º - No caso de, ao iniciar sua participação, a escola atender os anos finais do ensino fundamental, ao

ensino noturno ou à educação de jovens e adultos - EJA, o plano de trabalho apresentado pela SEE deverá

prever uma estrutura de gestão dedicada especificamente ao EMTI, visando a conversão completa do es-

tabelecimento ao ensino médio em tempo integral no final de três anos de implementação.

38

§ 9º - As escolas profissionalizantes selecionadas pelas SEE que não têm outros itinerários propedêuticos

no momento da adesão, conforme estabelecido no inciso II, § 1º do art. 7º, a esta Portaria, terão um

prazo de 2 (dois) anos para implantá-los.

CAPÍTULO IV

DA ANÁLISE TÉCNICA E DO DEFERIMENTO

Art. 13 - A análise técnica dos pleitos submetidos pela SEE para participar do EMTI será realizada pela

SEB-MEC e terá a finalidade de:

I - analisar o plano de implementação e a documentação complementar encaminhada pela Secretaria de

Educação; e

II - verificar se a SEE e cada escola indicada atende às especificações e às condições estabelecidas no Ca-

pítulo III a esta Portaria.

§ 1º - As etapas da adesão seguirão cronograma a ser estabelecido pela SEB-MEC e publicado no sítio ele-

trônico www. mec. gov. br.

§ 2º - O não cumprimento dos prazos estabelecidos pelo cronograma a que se refere o § 1º deste artigo

levará ao indeferimento da SEE na respectiva adesão.

Art. 14 - Após a referida análise, a participação de cada escola que conste do plano de implementação

será considerada:

I - deferida, com ou sem ressalvas; e

II - indeferida.

Parágrafo único - Serão indeferidas as escolas que constem do plano de implementação e não atendam

às normas contidas nesta Portaria.

Art. 15 - O resultado preliminar da seleção será publicado e divulgado no sítio eletrônico

www.mec.gov.br.

Art. 16 - As SEE que tiverem escolas deferidas com ressalvas deverão contemplar as pendências elenca-

das pela SEB-MEC no plano de marcos de implementação.

Art. 17 - As SEE que tiverem escolas indeferidas poderão interpor recurso por meio de modelo de docu-

mento no Anexo V a esta Portaria, em prazo não superior a 15 (quinze) dias corridos a contar da

publicação do resultado preliminar.

Art. 18 - O resultado final da seleção será aprovado e homologado pela SEB-MEC e publicado no sítio ele-

trônico www.mec.gov.br e o extrato do resultado no Diário Oficial da União.

Art. 19 - Após a divulgação do resultado final da adesão, a SEE poderá retirar escolas do EMTI por meio de

ofício enviado a SEB-MEC e assinado pelo Secretário de Educação do Estado e Distrito Federal solicitante.

Parágrafo único - A retirada de escola(s) pelas SEE não permite a inclusão de nova(s) escola(s) no lugar

da(s) excluída(s) no processo de adesão em curso.

CAPÍTULO V

DO PLANO DE MARCOS DE IMPLEMENTAÇÃO

39

Art. 20 - Ao final do período de seleção de escolas, a ser divulgado conforme § 1º do art. 13, a SEE deverá

enviar à SEB-MEC o plano de marcos de implementação contendo suas ações, desembolso orçamentário

e respectivas datas, em formato a ser divulgado pela SEB-MEC.

§ 1º - O não cumprimento do envio do plano de marcos de implementação nas datas a serem divulgadas

pelo MEC, conforme § 1º do art. 13, implicará no desligamento das referidas escolas da SEE do EMTI.

§ 2º - No ato do envio do plano de marcos de implementação, todas as escolas, inclusive as novas, deve-

rão ter número INEP registrado, sendo por ele identificadas.

§ 3º - A SEE deverá demonstrar em seu plano como se adequará às recomendações de infraestrutura

dentro do prazo de dezoito meses após o primeiro repasse de recursos de capital ou deverá apontar solu-

ções alternativas que compensem a falta dos itens descritos no Anexo III.

CAPÍTULO VI

DA GOVERNANÇA

Art. 21 - Fica instituído o Comitê Estratégico de Monitoramento e Avaliação do Programa de Fomento à

Implementação de Escolas em Tempo Integral, composto pelos seguintes integrantes:

I - Secretário de Educação Básica do MEC, que o presidirá;

II - Diretor de Currículos e Educação Integral, que atuará como Secretário-Executivo;

III - Coordenador-Geral de Educação Integral;

IV - Coordenador-Geral do Ensino Médio;

V - Diretor de Apoio à Educação Básica;

VI - Representante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP;

VII - Representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação - Consed; e

VIII - Representante do Ministério da Fazenda.

§ 1º - Os titulares deverão indicar os suplentes para atuarem em suas eventuais ausências.

§ 2º - Cabe ao Comitê acompanhar, anualmente, as ações de monitoramento e avaliação do Programa e

propor, em caráter de sugestão, metas de desempenho das escolas e das SEE.

CAPÍTULO VII

DO MONITORAMENTO E PERMANÊNCIA NO PROGRAMA

Art. 22 - Uma vez selecionadas, tanto as SEE como as escolas participantes serão submetidas a avaliações

de processo e de resultado como critério para se manterem no EMTI.

Art. 23 - A avaliação de processo irá considerar critérios no âmbito dos estados, do Distrito Federal e das

escolas.

§ 1º - Os critérios para a avaliação de processo das SEE no âmbito dos estados e do Distrito Federal são:

I - vigência de marco legal em forma de Lei Estadual ou Distrital;

II - análise da execução do plano de implementação e plano de marcos de implementação; e

III - prestação de contas da Secretaria em dia.

40

§ 2º - Os critérios para a avaliação de processos das SEE para a implementação do EMTI no nível das esco-

las são:

I - ter número mínimo de matrículas em tempo integral conforme estabelecido no § 1º do art. 8º a esta

Portaria;

II - apresentar carga horária definida nos parágrafos 3º, 4º e 5º do art.12 a esta Portaria, conforme dados

oficiais do Censo Escolar; e

III - alcançar condição de infraestrutura conforme requisitos do Anexo III e de acordo com o estabelecido

no § 3º do art. 20 a esta Portaria.

§ 3º - A avaliação de processo das SEE no âmbito dos estados e do Distrito Federal será realizada até 31

de dezembro de cada ano, conforme critérios definidos no § 1º deste artigo.

§ 4º - A avaliação de processo das SEE no nível da escola será realizada anualmente, conforme critérios

definidos no § 2º deste artigo, após a data de divulgação dos resultados de matrícula do Censo Escolar.

§ 5º - O MEC, por meio da SEB, poderá realizar visitas in loco para verificar a adequação das SEE e das es-

colas aos critérios da avaliação de processo de que trata este artigo.

Art. 24 - A avaliação de resultado será realizada anualmente e utilizará como critério a melhoria no Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, tanto no componente de fluxo quanto no de proficiência.

§ 1º - A melhoria de fluxo escolar será aferida pelos dados de taxa de abandono e reprovação divulgados

no Censo Escolar:

I - a escola deve reduzir soma das taxas de abandono e reprovação, da seguinte forma:

a) no primeiro ano do Programa, reduzir 3.5 p.p;

b) no segundo ano do Programa, reduzir 3.5 p.p; e

c) do terceiro ano do Programa em diante, alcançar e manter o patamar de até 5%.

II - para as escolas novas, a soma das taxas de abandono e reprovação, devem atingir:

a) no primeiro ano do Programa, taxa de até 15%;

b) no segundo ano do Programa, reduzir 3.5 p.p; e

c) do terceiro ano do Programa em diante, alcançar e manter a taxa de até 5%.

§ 2º - A melhoria da proficiência deve utilizar como critério a nota média padronizada que compõe o

IDEB.

§ 3º - O Comitê, de que trata o art. 21 desta Portaria, deverá sugerir meta de proficiência a ser alcançada

pelas escolas e SEE participantes do EMTI.

Art. 25 - O MEC poderá criar indicadores de desempenho adicionais, podendo aplicar as mesmas conse-

quências de avaliação e desligamento previstas nesta Portaria, devendo os indicadores de desempenho e

suas respectivas regras serem divulgadas previamente junto às SEE.

Art. 26 - As escolas das SEE participantes que não cumprirem o disposto nesta Portaria poderão ser desli-

gadas do EMTI e as Secretarias não poderão substituí-las por outras.

41

Art. 27 - A SEE que tiver mais de 50% das escolas desligadas poderá ser desvinculada do Programa medi-

ante recomendação técnica da SEB-MEC.

CAPÍTULO VIII

DO FINANCIAMENTO E ESTRUTURA DE PAGAMENTOS

Art. 28 - Os recursos destinados à implementação e desenvolvimento do EMTI de que trata esta Portaria

correrão à conta da dotação orçamentária consignada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-

ção - FNDE na Lei Orçamentária Anual - LOA, conforme disposto no art. 17 da Lei nº 13.415, de 2017.

§ 1º - O FNDE realizará o repasse de recursos às SEE que forem selecionadas para participar do Programa,

cumprido o disposto nos arts. 18 e 20 desta Portaria e de acordo com normas estabelecidas em Resolu-

ção de seu Conselho Deliberativo.

§ 2º - O repasse às SEE será calculado anualmente, segundo disponibilidade orçamentária.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 29 - As SEE que aderirem ao EMTI nos termos desta Portaria deverão prestar contas dos recursos re-

cebidos anualmente, em conformidade com Resolução do FNDE.

Art. 30 - As escolas participes de adesões anteriores ao Programa deverão se enquadrar nos critérios esti-

pulados pelo Capítulo VII desta Portaria.

Art. 31 - Casos não previstos nesta Portaria serão dirimidos pelo Ministério da Educação.

Art. 32 - Está revogada a Portaria MEC nº 1.145, de 10 de outubro de 2016.

Art. 33 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MENDONÇA FILHO

ANEXO I

Termo de Compromisso

O Governo de _______________, neste ato representado por seu Governador (a),

Sr./Sra._______________, portador(a) do RG nº _______________, inscrito(a) no CPF/MF sob nº

_______________, doravante denominado Governo, e a Secretaria de Educação do Estado de

_______________, inscrita no CNPJ/MF sob nº _______________, estabelecida na cidade de

__________, Estado de __________, Rua/Av. __________, nº __________, CEP __________, neste ato

representada pelo seu Secretário, Sr./Sra. ________________ portador(a) do RG nº __________, ins-

crito(a) no CPF/MF sob nº___________, doravante denominada SEE, tendo em vista a Lei nº 13.415 de 16

de fevereiro de 2017, a Portaria MEC nº [ ] e a Resolução nº [ ]/2017 (Resolução), todas relacionadas ao

Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (Programa), pelo presente mani-

festam seu interesse em participar do Programa e comprometem-se a observar todas as regras e

disposições constantes da Portaria e demais leis e atos relacionados.

Este governo se compromete a dar publicidade aos recursos do Programa como procedência do Governo

Federal em todas as suas comunicações, comprometendo-se também a divulgar a marca do Ministério da

Educação e do Governo Federal.

42

A inobservância do disposto na Portaria e demais leis e atos relacionados ou o envio de informações in-

corretas ao Ministério da Educação - MEC, poderá(ão) implicar no cancelamento da participação do

Governo, da SEE bem como de suas escolas no Programa, sem prejuízo de outras penalidades previstas

na Portaria e na legislação aplicável.

Local e data:

_____________________________________________

[Nome do(a) governador(a)]

Governo do Estado de ______________________________________

[Nome do secretário (a)]

Secretaria de Educação do Estado de ___________________________

ANEXO II

Número mínimo garantido de escolas e de matrículas por estado

Estado Número mínimo garantido de escolas Número mínimo garantido de alunos

Acre 4 1.800

Alagoas 5 2.250

Amapá 4 1.800

Amazonas 9 4.050

Bahia 27 12.150

Ceará 17 7.650

Distrito Federal 5 2.250

Espírito Santo 6 2.700

Goiás 10 4.500

Maranhão 14 6.300

Mato Grosso 7 3.150

Mato Grosso do Sul 5 2.250

Minas Gerais 40 18.000

Pará 16 7.200

Paraíba 6 2.700

Paraná 19 8.550

Pernambuco 16 7.200

Piauí 7 3.150

Rio de Janeiro 24 10.800

Rio Grande do Norte 5 2.250

Rio Grande do Sul 16 7.200

Rondônia 4 1.800

Roraima 4 1.800

Santa Catarina 9 4.050

São Paulo 80 36.000

Sergipe 4 1.800

Tocantins 4 1.800

ANEXO III

Infraestrutura requerida das escolas com metragens sugeridas

43

1. Biblioteca ou Sala de Leitura - 50 m²

2. Salas de aula (8) - mínimo 40 m² cada

3. Quadra poliesportiva - 400 m²

4. Vestiário masculino e feminino - 16 m² cada

5. Cozinha - 30 m²

6. Refeitório

ANEXO IV

Atribuições recomendadas para a equipe de implantação

A equipe responsável pela implantação do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo

Integral em cada SEE deverá ter a seguinte composição:

a) Coordenador-Geral;

b) Especialista pedagógico;

c) Especialista em gestão; e

d) Especialista em infraestrutura.

Cada um dos componentes da equipe deverá ter 40 horas semanais de dedicação ao Programa.

Atribuições da equipe de implantação

1.1. Coordenador-Geral:

Planejar a implantação das Escolas a partir da definição dos aspectos regulatórios e legais junto às áreas

de competência da Secretaria para institucionalizar a sua criação;

Formular políticas e diretrizes associadas à Proposta Pedagógica e de Gestão que orientarão a condução

do Programa;

Planejar e administrar direta ou indiretamente os recursos de diversas naturezas: materiais, humanos e

financeiros necessários à implantação do Programa;

Estruturar os processos para operação das funções definidas na Gerência do Programa bem como estabe-

lecer e gerenciar as interfaces com as áreas da Secretaria;

Avaliar e diagnosticar os resultados obtidos pelas Escolas para subsidiar a SEE na definição da revisão das

estratégias de implantação e na orientação da expansão do Programa;

Acompanhar, monitorar e reportar regularmente as metas definidas no Plano de Ação do Programa de

acordo com a governança definida pela Secretaria e Governo do Estado ou Distrito Federal, conforme

aplicável.

1.2. Especialista pedagógico:

Formular e acompanhar a execução da proposta pedagógica das escolas em período integral no que se

refere aos desenhos curriculares, programas de ensino, regimento escolar, código de ética, sistema de

avaliação escolar, avaliação de entrada dos estudantes e posterior nivelamento dos conteúdos, consolida-

ção dos resultados de aprendizagem, entre outros;

44

Formular e implementar os planos de formação continuada das equipes das Escolas e áreas correlatas da

Secretaria, quer diretamente, quer pela interação com outros setores da Secretaria;

Fomentar a produção de material estruturado, bem como a sistematização de soluções de caráter peda-

gógico identificadas nas escolas;

Formular e executar os programas relativos à parte flexível do currículo;

Acompanhar e analisar os resultados obtidos pelas Escolas identificando as revisões necessárias para sus-

tentar a consolidação e perpetuação do Programa.

1.3. Especialista de gestão:

Planejar junto às áreas da Secretaria todos os processos e rotinas administrativas e operacionais das Es-

colas;

Definir e coordenar o processo de monitoramento e acompanhamento da gestão das Escolas, prevendo e

aportando os recursos necessários para tal;

Orientar a elaboração dos Planos de Ação das Escolas e o efetivo desdobramento em Programas de Ação;

Consolidar os resultados obtidos pelas Escolas, divulgar e promover a efetiva revisão em conjunto com a

equipe de acompanhamento e as Áreas da SEE;

Sistematizar o processo de gestão e operação das Escolas com vistas a orientar a expansão do Programa;

Acompanhar a execução do orçamento financeiro do Programa no que tange a remuneração da equipe

pedagógica (em especial os professores) e repasses do MEC, criando e monitorando os relatórios de pres-

tação de contas.

1.4. Especialista de infraestrutura:

Elaborar e acompanhar a execução do orçamento financeiro do Programa no que tange a parte de infra-

estrutura, bem como pelo controle da utilização dos recursos diretamente repassados às escolas;

Assegurar o cumprimento das metas estabelecidas relativas à construção e reforma de escolas e disponi-

bilização de toda sua infraestrutura pedagógica (biblioteca, laboratórios etc.), quer diretamente, quer

pela interação com outros setores da SEE;

Assegurar a oferta de serviços de apoio, quer diretamente, quer pela interação com outros setores da Se-

cretaria;

Coordenar a logística necessária para a operação da Gerência do Programa quanto às sessões de Acom-

panhamento e Formações nas Escolas.

ANEXO V

Modelo de Recurso

A Secretaria de Educação de ________________, inscrita no CNPJ/MF sob nº ____________, estabele-

cida na cidade de ____________, Estado de/Distrito Federal __________, endereço _______________,

CEP __________, neste ato representada pelo seu Secretário, Sr./Sra. _______________, portador(a) do

RG nº ____________, inscrito(a) no CPF/MF sob nº__________, doravante denominada SEE, tendo em

vista a Lei nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017 e a Portaria MEC nº [ ] referente ao Programa de Fo-

mento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (Programa), vem, pelo presente, apresentar

recurso junto à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação - SEB-MEC, nos seguintes ter-

mos:

45

[explicitar as razões de seu recurso de forma sucinta e anexar documentação que entender necessária]

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data: _________________________________

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47

48