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04 Soniamar Zschornack Rodrigues Saraiva CURSO TÉCNICO EM PESCA O que é Agronegócio? Empreendorismo no Agronegócio

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04Soniamar Zschornack Rodrigues Saraiva

C U R S O T É C N I C O E M P E S C A

O que é Agronegócio?

Empreendorismo no Agronegócio

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Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky

Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira

Design Gráfico Ivana Lima

Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de BritoVitor Gomes Pimentel

Arte e ilustração Adauto HarleyCarolina CostaHeinkel Huguenin

Revisão Tipográfica Adriana Rodrigues Gomes

Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias

Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade

Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva

Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho

Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva

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Projeto Gráfico

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Governo Federal

Ministério da Educação

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�Empreendorismo no Agronegócio A04

Você verá

por aqui...

Objetivo

Na aula de hoje, temos uma novidade: depois de muita conversa sobre empreendedorismo e empreendedores, vamos nos deter a um tema cujo entendimento é vital para o bom desempenho do profissional técnico em aqüicultura ou pesca – o Agronegócio. Embora exista muita polêmica acerca desse tema, em função de diferentes interpretações e do modelo de desenvolvimento que ele representa, vamos nos deter ao seu significado como “o conjunto de todas as ações comerciais que envolvem as atividades relacionadas à pesca/aqüicultura” e à importância de uma visão empreendedora por parte de todos aqueles que atuam nessa atividade. Vamos começar?

Conhecer o conceito de “agronegócio”.

Perceber os diferentes significados desse conceito, dependendo do contexto em que é utilizado ou das diferentes correntes de pensamento que a ele se referem.

Identificar possibilidades reais de atuação no agronegócio da pesca/ aqüicultura, de acordo com a realidade da sua Região.

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�Empreendorismo no Agronegócio A04

Afinal, o que é agronegócio?O termo agronegócio , assim como ocorre com o empreendedorismo, não possui unanimidade na sua definição. Para entendermos um pouco mais sobre ele, vamos conceituar duas palavras básicas, a partir da qual ele se originou:

Agrícola – adj. m. e f. Relativo à agricultura ou ao agricultor.

Negócio – s.m. [...] �. Relações comerciais, negociação [...]

(MICHAELIS, �00�, extraído da Internet).

O conceito de Agronegócio surge em �957, quando John Davis e Ray Goldberg, pesquisadores norte-americanos, definem o conceito de Agribusiness como: “a soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles” (CRUVINE; MARTIN NETO, �999).

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1Praticando...

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Para entender melhor, procure identificar, na prática, como o pescado consumido na sua casa é capturado e quantas pessoas/processos estão envolvidos nessa atividade, até que ele chegue à sua mesa. Será que são mais ou menos de 5?

1) _____________________________________________________________

2) _____________________________________________________________

3) _____________________________________________________________

4) _____________________________________________________________

5) _____________________________________________________________

Resumindo: quando falamos no “agronegócio da pesca”, por exemplo, estamos falando de todas as operações, ou seja, tudo o que envolve essa atividade, desde a captura do pescado até o mesmo chegar ao seu destino final, que é o consumidor. Mas será que tudo começa mesmo com a captura?

Bem, se você mora numa comunidade pesqueira onde o pescado é comercializado diretamente pelos pescadores, sem a presença de atravessadores ou outros canais de comercialização, certamente, o número de atores envolvidos nesse processo será menor. Ainda assim, você deve levar em consideração quais os apetrechos de pesca utilizados na captura e se o pescador utilizou algum tipo de embarcação. Nesse caso, os atores envolvidos na fabricação e comercialização desses apetrechos e/ou da embarcação também fazem parte do processo. E se o pescador obteve algum tipo de financiamento para adquirir a sua embarcação, por exemplo, temos uma Agência de Financiamento (provavelmente uma instituição bancária), além do Órgão Governamental responsável pela política pública que permitiu ao pescador o acesso ao referido financiamento. E se ele utiliza um congelador, gelo ou sal para conservar o seu pescado, temos mais alguns atores envolvidos.

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Percebeu como o número de atores envolvidos numa atividade pode ser muito maior do que se imagina? E quanto mais complexos os processos de captura e/ou de comercialização, maior será esse número. Se o pescado, ao invés de ser comercializado diretamente pelo pescador, for comercializado através de um supermercado de uma grande cidade, por exemplo, temos envolvidos, ainda, os responsáveis pelo transporte, pela embalagem, pelo armazenamento, etc... Além do que, esse pescado pode ainda ser submetido a diferentes tipos de beneficiamento, gerando novos produtos.

Todos esses atores estão envolvidos, de forma direta ou indireta, com o “agronegócio da pesca”, que nada mais é do que o conjunto de todas essas operações. Traduzindo “ao pé da letra”, poderíamos então dizer que o agronegócio nada mais é do que o conjunto das relações comerciais que envolvem, de alguma forma, produtos agrícolas ou agrope-cuários. Sendo assim, o que haveria de tão polêmico com esse conceito? Vamos ver:

Pato ou coelho?

Observando atentamente as figuras acima, você consegue ver um pato e um coelho, respectivamente? Ou seria um coelho e um pato? Ou dois patos? Ou dois coelhos? Você certamente vai responder que depende do ângulo com que você observa cada uma dessas figuras. De acordo com o seu “olhar”, podemos afirmar uma ou outra coisa.

Estamos brincando com as figuras para facilitar nosso entendimento sobre a polêmica que cerca o conceito de agronegócio. Se utilizarmos esse conceito em sua conotação técnica, conforme exposto acima, ele tem um significado. Já se dermos a ele uma conotação política, ele passará a representar um outro significado. Isso está ligado ao seu contexto histórico. Para entender melhor, vamos conhecer um pouquinho dessa história.

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... E tudo começou com a revolução verde...

Revolução verde refere-se à invenção e disseminação de novas sementes e práticas agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos durante as décadas de 60 e 70. O modelo se baseia na intensiva utilização de sementes melhoradas (particularmente sementes híbridas), insumos industriais (fertilizantes e agrotóxicos), mecanização e diminuição do custo de manejo. Também são creditados à revolução verde os usos extensivos de tecnologia no plantio, na irrigação e na colheita, assim como no gerenciamento de produção. De uma forma crítica, a “Revolução Verde” proporcionou, através desses ‘pacotes’ agroquímicos, a degradação ambiental e cultural dos agricultores tradicionais. Esse ciclo de inovações se iniciou com os avanços tecnológicos do pós-guerra, embora o termo revolução verde só tenha surgido na década de 70. Desde essa época, pesquisadores de países industrializados prometiam, através de um conjunto de técnicas, aumentar estrondosamente as produtividades agrícolas e resolver o problema da fome nos países em desenvolvimento. Mas, contraditoriamente, além de não resolver o problema da fome, aumentou a concentração fundiária, a dependência de sementes modificadas e alterou significamente a cultura dos pequenos proprietários. A introdução destas técnicas em países menos desenvolvidos provocou um aumento brutal na produção agrícola de países não-industrializados. Países como o Brasil e a Índia foram alguns dos principais beneficiados na produção, mas também mais prejudicados ambiental e culturalmente, pois muitas técnicas agrícolas que harmonizavam com a produção de alimentos foram tratadas como “atraso” e, em busca da modernidade, efetuou-se um caso clássico de modernização conservadora que, em benefício de poucos, destruiu o patrimônio de todos. No Brasil, passaram a desenvolver tecnologia própria, tanto em instituições privadas quanto em agências governamentais (como a Embrapa) e universidades. A partir da década de �990, a disseminação dessas tecnologias, em todo o território nacional, permitiu que o Brasil vivesse um surto de desenvolvimento agrícola, com o aumento da fronteira agrícola, a disseminação de culturas em que o país é recordista de produtividade (como a soja, o milho e o algodão, entre outros), atingindo recordes de exportação.

(WIKIPÉDIA, 2008, extraído da Internet)

O texto acima foi retirado da Internet e mostra, de forma resumida, os principais acontecimentos que desencadearam a chamada “revolução verde”. Por se tratar de um assunto polêmico, é interessante que você faça a sua própria pesquisa na internet, ou que consulte os materiais indicados na seção “para saber mais”, no final desta aula. Assim, você terá acesso a diferentes argumentos e poderá formar a sua própria opinião acerca do tema. Além do que, como futuro técnico em pesca ou em aqüicultura, você deve estar sempre bem informado.

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Seguindo adiante......percebemos que não é o conceito do agronegócio em si que está sendo criticado por alguns grupos da sociedade, mas a sua utilização. Nesse sentido, quando falarmos em “agronegócio da pesca” não estaremos falando de grandes empresas praticando a pesca predatória para obter mais lucros, expulsando os pequenos pescadores de suas comunidades. Estaremos falando de todo o conjunto de operações que envolvem a comercialização do pescado, podendo esta ser realizada pelos próprios pescadores artesanais. E um pequeno pescador pode utilizar técnicas de captura mais eficientes, pode aumentar a eficiência nos processos de conservação e transporte do seu pescado, pode agregar valor ao seu produto e descobrir novas formas de comercialização. Como conseqüência, ele iria aumentar sua renda e melhorar sua qualidade de vida. É essa a nossa visão de “agronegócio”. E para que isso se torne realidade, o papel do técnico em pesca é fundamental. O mesmo ocorre com a aqüicultura, que pode ser praticada de forma responsável e ecologicamente correta, servindo de fonte alternativa de renda para pequenos produtores familiares.

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Cadeias Produtivas, Agroecologia e Econegócios:Para entender melhor o significado do agronegócio, vamos estudar alguns conceitos bastante utilizados e que têm relação direta com o mesmo. Estamos falando de “cadeias produtivas”, “agroecologia” e “econegócios”.

Cadeia Produtiva:A cadeia de produção como conjunto de operações técnicas constitui a definição mais imediata e mais conhecida do conceito. Este enfoque consiste em descrever as operações de produção responsáveis pela transformação da matéria-prima em produto acabado ou semi-acabado. Segundo esta lógica, uma cadeia de produção apresenta-se como uma sucessão linear de operações técnicas de produção (BATALHA, �00�, p. �0).

Você já ouviu falar em “cadeia produtiva”? Se pesquisar sobre o tema, vai encontrar definições muito parecidas com o conceito de agronegócio, exposto nos parágrafos anteriores. Ou seja, uma cadeia produtiva pode ser considerada como o conjunto de todos os atores e processos que envolvem um determinado produto desde a sua concepção até chegar ao consumidor. Cada uma das operações que a compõem é chamada “elo”, formando uma longa cadeia (nesse caso, o termo “cadeia” lembra “encadeamento”).

Então, podemos dizer que agronegócio do pescado e cadeia produtiva do pescado são a mesma coisa?

Não, agronegócio e cadeia produtiva não são a mesma coisa. Primeiramente, precisamos contextualizar esses dois conceitos. O conceito de agronegócio você já sabe quando surgiu, já o conceito de “cadeia produtiva” passou a ser utilizado, com essa mesma conotação, a partir da década de 80, pois os processos produtivos estavam tornando-se cada vez mais complexos e, segundo essa visão sistêmica, temos vários sub-sistemas dentro de um sistema maior. Ou seja, temos várias cadeias produtivas dentro de um mesmo agronegócio.

Outra forma de entender esse conceito é pensar que uma cadeia produtiva é avaliada a partir de um produto final. Por exemplo: o filé de pescado empanado e congelado é um produto a partir do qual podem ser analisadas todas as operações de produção envolvidas até o seu consumo. Nesse mesmo exemplo, o “agronegócio da pesca” representa todas as operações que envolvem a atividade da pesca como um todo, incluindo, entre outros produtos, o filé de pescado empanado e congelado.

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2Praticando...

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Para fixar o aprendizado, escolha três diferentes produtos (peixes, crustáceos, produtos à base de pescado, etc.) comercializados no seu município e tente acompanhar o esquema da cadeia produtiva de cada um deles, depois compare: qual deles envolve um maior número de operações até chegar ao consumidor final? Qual deles apresenta uma maior variação de preços desde a captura até o consumidor final? Qual desses produtos necessita de um maior investimento em tecnologia?

Exemplificando:

Você se lembra do exemplo acima, quando foram colocadas algumas alternativas de como o pescado que você consome em casa pode percorrer caminhos diferentes, envolvendo mais ou menos atores, até chegar à sua mesa? Pois é, estamos falando de vários exemplos de “cadeias produtivas do pescado”, algumas mais, outras menos complexas. O conjunto de todas elas vai compor o “agronegócio do pescado” no seu município ou na sua região.

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Agroecologia[...] é a ciência ou a disciplina científica que apresenta uma série de princípios, conceitos e metodologias para estudar, analisar, dirigir, desenhar e avaliar agroecossistemas, com o propósito de permitir a implantação e o desenvolvimento de estilos de agricultura com maiores níveis de sustentabilidade. A Agroecologia proporciona então as bases científicas para apoiar o processo de transição para uma agricultura “sustentável” nas suas diversas manifestações e/ou denominações. (ALTIERI apud ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGROECOLOGIA, �008, extraído da Internet).

O conceito de agroecologia passa a ser discutido no Brasil a partir da década de 80, sendo apresentado como um projeto alternativo, envolvendo o conhecimento tecnológico com a sabedoria popular sobre os ecossistemas, considerado um modelo de agricultura socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável, contrapondo-se à agricultura convencional, que utilizava uma grande quantidade de herbicidas e outros insumos.

Embora alguns autores utilizem o termo “agroecologia” como o oposto do “agronegócio”, devemos considerar que é possível a existência do agronegócio em micro e pequena escala, ou seja, micros e pequenos produtores que adotam práticas ecologicamente corretas em suas propriedades e, ao mesmo tempo, estão inseridos no mercado, comercializando seus produtos, utilizando-se de técnicas de planejamento e marketing e tendo acesso a novas tecnologias.

Econegócios[...] é o segmento de mercado que reúne produtos e serviços que se propõem solucionar problemas ambientais ou que utilizam métodos mais racionais de exploração dos recursos naturais para a produção de bens e serviços. (INSTITUTO INOVAÇÃO, �008, extraído da Internet).

Reparem que quando falamos em “agroecologia” estávamos falando em uma ciência ou disciplina científica. Já o econegócio é considerado um segmento de mercado, ou seja, um nicho, ou um mercado específico, voltado para a produção e comercialização de produtos com apelo ecológico.

O conceito de econegócios é mais recente e vem sendo discutido no Brasil há pouco mais de uma década. Como exemplos, podemos citar a fabricação de produtos com materiais recicláveis, a utilização de energias vindas de fontes renováveis e a produção de alimentos orgânicos.

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No caso específico da pesca, o aproveitamento de resíduos e a adoção de práticas de captura consideradas menos predatórias podem ser utilizadas como exemplo de produtos com “apelo ecológico”, entre muitos outros.

Voltando a falar em empreendedorismo...Agora que já conversamos sobre agronegócio, cadeias produtivas, agroecologia e econegócios, você ainda se lembra do tema da aula passada? E da primeira aula? Você recorda quais são as principais características de um empreendedor? Vamos tentar?

Considerando que os � têm o mesmo objetivo, observe as figuras abaixo e tente descobrir, através do número de características encontradas, qual desses gatinhos está apresentando mais características “empreendedoras” no seu comportamento:

E então? Conseguiu descobrir qual das imagens representa melhor a figura de um empreendedor?

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Empreendedorismo e Agronegócio:

Agora que você já conhece o significado dos termos “empreendedorismo” e “agronegócio”, observe, no seu município, o comportamento de um dos profissionais que representa um dos elos da cadeia produtiva no agronegócio

da pesca e/ou da aqüicultura. Pode ser um pescador que você conhece, um pequeno aqüicultor, um feirante que comercializa pescados, etc.

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4Praticando...

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Procure analisar o comportamento do profissional observado, faça uma entrevista, se achar necessário, e tente responder às seguintes perguntas:

Você acha que essa pessoa representa o comportamento dos demais profissionais que atuam na área, ou seja, é um comportamento padrão, ou ela seria uma exceção?

1 Você consegue identificar características empreendedoras no perfil desse profis-sional? Quais?

2 Se você tivesse a oportunidade de assessorar esse profissional, utilizando uma visão empreendedora, que mudanças você consideraria necessárias para melhorar essa atividade?

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��Empreendorismo no Agronegócio A04

Fique atento...

Para internalizar e expandir seus conhecimentos, tornando-se um bom profissional na área que escolheu, você não deve se deter apenas aos conceitos teóricos apresentados a cada aula, e isso se aplica a todas as disciplinas do Curso.

Freqüentemente você será chamado a observar, entrevistar, interagir com pessoas, profissionais inseridos no mundo real do trabalho. Cumprir essas etapas é de fundamental importância para o seu sucesso como futuro profissional, acredite nisso. E não espere apenas pelos exercícios, procure aproveitar, no seu cotidiano, as muitas oportunidades de aprendizado a que você tem acesso, diariamente.

No texto a seguir, Marcos Hashimoto, professor e consultor na área de empreendedorismo, chama a atenção para um detalhe importante, que já foi discutido em aulas anteriores e cujo aprendizado você pode reforçar a partir da observação de exemplos concretos. Ele está falando de atitudes empreendedoras:

Pessoas que possuem um negócio próprio, os empresários, existem aos montes, mas são apenas alguns poucos deles que são de fato empreendedores. Um empresário pode ter adquirido uma empresa já formada, pode ter herdado o negócio da família ou pode ter aberto um pequeno negócio apenas como meio de subsistência, sem necessariamente ter grandes ambições empreendedoras. Da mesma forma, muitas pessoas têm atitude empreendedora sem necessariamente possuir um negócio. Com freqüência tenho conhecido pessoas que são determinadas, criativas, cheias de iniciativa, auto-motivadas, com sede de aprender e dispostas a qualquer coisa para realizar suas idéias, mas que são funcionários, donas-de-casa, militantes de causas sociais, executivos, estudantes e que não têm a menor intenção de abrir um negócio próprio.

Assim, qualquer pessoa, e não apenas o empresário, pode adotar uma atitude empreendedora nas mais diversas situações, seja com o cliente, diante de um problema, durante uma reunião, ao montar a barraca de camping, ao ir a um show de rock ou dando banho no cachorro [...]. (HASHIMOTO, �006, extraído da Internet).

Agora que já relembramos alguns conceitos importantes e que você já teve a oportunidade de observar, no mundo real, algumas atividades relacionadas ao agronegócio da pesca/aqüicultura, chegou a hora de você escolher o “empreendimento” no qual irá investir nas próximas aulas. Como um bom empreendedor, você precisa se planejar e não é bom deixar tudo para a última hora, não é mesmo?

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Então, que tal darmos o primeiro passo? O seu primeiro passo, nessa tarefa, é identificar uma oportunidade. Não se esqueça da diferença entre idéia e oportunidade, apresentada na aula passada. Observe e identifique, no agronegócio da pesca/aqüicultura do seu município ou região, uma boa oportunidade de negócio. Você já iniciou essa escolha na nossa primeira aula. Observe a escolha feita anteriormente e mude, se achar necessário, ou continue com ela. Na nossa próxima aula, voltamos a falar no assunto.

Leituras complementaresCRUVINE, Paulo E.; MARTIN NETO, Ladislau. Subsídios para o Desenvolvimento do Agronegócio Brasileiro: o Programa Automação Agropecuária, Visão e Estratégias. Embrapa: Comunicado Técnico, n. ��, p. � – �, set. �999.

INSTITUTO INOVAÇÃO. Econegócios: as “inovações verdes” como oportunidades de negócios. Disponível em: <http://www.institutoinovacao.com.br/downloads/inovacao_econegocios.pdf%�e%�0%�0%�0%�0%�0>. Acesso em: �� jul. �008.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/>. Acesso em: 5 ago. �008.

PORTAL DO AGRONEGÓCIO. Disponível em: <http://www.portaldoagronegocio.com.br>. Acesso em: 5 ago. �008.

Para saber mais sobre os assuntos estudados na aula de hoje, você pode acessar materiais anteriores.

Na aula de hoje, conversamos sobre “agronegócio” e ficamos sabendo que esse conceito pode assumir diferentes significados, dependendo do contexto em que está sendo empregado. Também conversamos sobre os conceitos de cadeias produtivas, agroecologia e de econegócio. Finalizando, fizemos uma retrospectiva de alguns assuntos estudados em aulas anteriores e concluímos com um exercício em que você interagiu com profissionais inseridos no mundo real do trabalho, procurando identificar características empreendedoras e oportunidade de negócios no agronegócio da pesca/aqüicultura do seu Município ou Região. É importante lembrar que, nesta disciplina, quando falamos em agronegócio da pesca e/ou da aqüicultura, estamos falando do conjunto de cadeias produtivas, de diferentes produtos oriundos da atividade pesqueira e/ou aqüícola, incluindo toda a escala de produção. Na próxima aula, vamos falar um pouco mais sobre cadeias produtivas, utilizando exemplos concretos, e vamos aprender também um novo conceito: “Arranjos Produtivos Locais”. Até lá.

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Auto-avaliação

�6Empreendorismo no Agronegócio A04

E então, você tem conseguido acompanhar nossas aulas? Esse espaço é destinado à sua auto-avaliação, aproveite mais essa oportunidade para rever conceitos e reforçar o aprendizado.

Para a tarefa de hoje, procure acessar os endereços sugeridos acima, fazendo ainda uma pesquisa em sites de pesquisas, como Scielo <http://www.scielo.br/?lng=pt> ou Portal da Capes <http://www.capes.gov.br/>, sobre os principais conceitos estudados na aula de hoje. Agora, tente definir estes conceitos, com suas próprias palavras:

1- Agronegócio é...

________________________________________________________________

________________________________________________________________

2- Cadeias Produtivas são...

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3- Agroecologia significa...

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4- Econegócio se refere a ...

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5- Então, quando falamos em “empreendedorismo no agronegócio”, estamos falando em...

________________________________________________________________

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�7Empreendorismo no Agronegócio A04

ReferênciasASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGROECOLOGIA. Conceito de agroecologia. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/abaagroeco/?A_Associa%E7%E�o:Quem_somos%�F:Conceito_de_Agroecologia>. Acesso em: �� jun. �008.

BATALHA, Mário O.(coord.). Gestão Agroindustrial: GEPAI: Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais. Vol. �. �. ed. São Paulo: Atlas, �00�.

CRUVINE, Paulo E.; MARTIN NETO, Ladislau. Subsídios para o Desenvolvimento do Agronegócio Brasileiro: o Programa Automação Agropecuária, Visão e Estratégias. Embrapa: Comunicado Técnico, n. ��, p. � – �, set. �999.

HASHIMOTO, Marcos. Atitude empreendedora. Universia, �0 set. �006. Disponível em: <http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=���9�>. Acesso em: �� jun. �008.

INSTITUTO INOVAÇÃO. Econegócios: as “inovações verdes” como oportunidades de negócios. Disponível em: <http://www.institutoinovacao.com.br/downloads/inovacao_econegocios.pdf%�e%�0%�0%�0%�0%�0>. Acesso em: �� jul. �008.

MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Editora Melhoramentos, �007. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: � ago. �008.

WIKIPÉDIA. Revolução verde. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C�%A7%C�%A�o_Verde>. Acesso em: 7 jul. �008.

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Anotações

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Anotações

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