empreendedorismo no ramo da confecção

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  • 7/31/2019 Empreendedorismo no Ramo da Confeco

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    CENTRO ESTADUAL DE EDUCAO TECNOLGICA PAULA SOUZA

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRGIO GONZAGA

    Diogo Carlos de Brito

    Lidiane Batista dos Santos

    Simone Oliveira Arajo

    Empreendedorismo no ramo da confeco

    Trabalho de Concluso de Curso

    SO PAULO

    2010

  • 7/31/2019 Empreendedorismo no Ramo da Confeco

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    CENTRO ESTADUAL DE EDUCAO TECNOLGICA PAULA SOUZA

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRGIO GONZAGA

    Diogo Carlos de Brito

    Lidiane Batista dos Santos

    Simone Oliveira Arajo

    Empreendedorismo no ramo da confeco

    Trabalho de Concluso de Curso

    Trabalho de Concluso de Curso

    apresentado Escola Tcnica Estadual

    Professor Aprgio Gonzaga, mantida pelo

    Centro Estadual de Educao Tecnolgica

    Paula Souza, como parte dos requisitos para

    a concluso do curso Tcnico em

    Administrao de Empresas, sob orientaodo professor Ms. Renato Antonio de Souza.

    SO PAULO2010

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    FICHA CATALOGRFICA

    BRITO, Diogo Carlos; SANTOS, Lidiane Batista; ARAJO, Simone Oliveira.Empreendedorismo no ramo da confeco. So Paulo: 2010.

    Trabalho de concluso de curso (TCC) - Centro Estadual de EducaoTecnolgica Paula Souza

    Orientador: Prof Ms. Renato Antonio de Souza

    1. Empreendedorismo. 2. Caractersticas. 3.Intraempreendedorismo.

    4. Confeco.

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    DEDICATRIA

    Aos pais, edocentes da ETEC,

    que proporcionaram

    realizao deste projeto.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos primeiramente a Deus, que nos deu a oportunidadede realizar este curso e que sempre esteve conosco. Aos nossos familiares que

    sempre nos apoiaram e colaboraram para um maior resultado na realizao de

    todas as etapas do trabalho. A empresa, aos gestores e colaboradores que se

    dispuseram a responder ao questionrio. Aos professores da ETEC que nos

    auxiliaram e proporcionaram um vasto conhecimento ao decorrer do curso e que

    sempre nos motivaram a persistir em nossos objetivos e em especial ao professor

    Roberto pela colaborao e apoio e ao professor orientador Renato por todo o apoio,orientao, ateno, dedicao e sabedoria.

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    Resumo

    Neste trabalho ser exposto de forma objetiva toda a evoluo do perfil

    empreendedor e sua atuao no ramo txtil do Brasil. Sendo assim, uma das formasempreendedoras mais citada ser o intraempreedndedorismo, que na verdade so

    os profissionais inseridos na organizao com o esprito empreendedor.

    A empresa estudada e submetida a pesquisa esta a 27 anos no mercado,

    tempo suficiente para se tornar solida e comprometida. Os resultados foram

    bastante satisfatrio, pois foi possvel constatar que ocorre falta de mo-de-obra

    qualificada no mercado, que no existem incentivos para a formao de novos

    intraempreendedores.

    Palavras Chave: Empreendedorismo; caractersticas empreendedoras;

    intraempreendedorismo; confeco.

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    Abstract

    This work will be exhibited in an objective way the whole evolution of the

    entrepreneurial profile and its role in the textile business in Brazil. Thus, one way is

    the most cited entrepreneurial intraempreedndedorismo, which actually are the

    health professionals involved in the organization with an entrepreneurial spirit.

    The company studied and submitted to this research 27 years on the market

    long enough to become solid and committed. The results were quite satisfactory,

    since it was established that there is a lack of skilled labor in the market, there are no

    incentives for the formation of new intrapreneur.

    Keywords: Entrepreneurship, entrepreneurial characteristics; intrapreneur;

    confection.

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    SUMRIO

    Introduo .......................1Captulo l -Fundamentao terica..........................................................................3

    1.1 Evoluo do Empreendedorismo..................................................................................3

    1.2 Surgimento do Empreendedorismo..............................................................................4

    1.3 Conceito de Empreendedor..........................................................................................5

    1.4 Tipos de Empreendedor...............................................................................................7

    1.5 Caractersticas Empreendedoras.................................................................................7

    1.6 Intraempreendedorismo..............................................................................................10

    1.6.1 Conceito de Intraempreendedorismo..........................................................................11

    1.6.2 Caractersticas do Intraempreendedor.......................................................................11

    1.6.3 Vantagens e Desvantagens do Intraempreendedorismo............................................12

    Captulo ll Metodologia da Pesquisa....................................................................14

    2.1 Contexto de pesquisa.....................................................................................14

    2.2 Participantes...................................................................................................14

    2.3 Instrumentos de coleta de dados....................................................................142.4 Procedimentos de anlise de dados...............................................................15

    Captulo lll Apresentao e Discusso dos resultados........................................16

    3.1 Colaboradores da linha de produo.............................................................16

    3.2 Gestores.........................................................................................................20

    3.3 Confrontos de informaes............................................................................22

    Concluso................................................................................................................24

    Referencia Bibliogrfica.......................................................................................25

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    INTRODUO

    Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil empreendedor de

    trabalhadores no ramo de confeco e verificar o desempenho dessas empresas,

    em funo desse perfil.

    Esta pesquisa ser realizada em uma empresa do ramo de confeco,

    localizada na zona oeste da cidade de So Paulo. Essa empresa est no mercado

    h 27 anos e, atualmente, conta com cerca de 80 funcionrios.

    Este trabalho pr-requisito para a obteno do diploma de Tcnico em

    Administrao de Empresas do curso Tcnico em Administrao de Empresas

    cursado na Escola Tcnica Estadual Professor Aprgio Gonzaga, mantida pelo

    Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza.

    Atualmente, existem poucas pesquisas no mercado voltadas para o

    empreendedorismo nas fbricas de confeces e as que existem relatam de forma

    resumida o perfil do empreendedor e o seu desempenho nas organizaes.

    No intuito de chegarmos aos objetivos propostos, identificamos algumas

    hipteses norteadoras desta pesquisa.

    Num primeiro momento, entendemos que o empreendedor apresenta

    caractersticas inovadoras, facilidade em detectar oportunidades e assim assumir

    riscos calculados, visando aumentar o desempenho da organizao.

    Atualmente, as empresas de confeces investem cada vez mais em

    qualidade dos produtos de acordo com as necessidades do mercado, por meio do

    uso de matria prima de qualidade, aprimoramento das mquinas com tecnologia,

    incentivos aos funcionrios e a otimizao da linha de produo, de modo que tudo

    esteja ao alcance de todos, reduzindo tempo e custos numa produo. Esses soalguns requisitos bsicos para aumentar a produo e assim agregar valores

    organizao.

    A palavra empreendedor possui diversas origens que tende a convergir para

    um ponto comum. De acordo com o Filion (1991), empreendedores so pessoas que

    definem projetos e identificam o que precisam aprender para realiz-los, como

    serem tenazes, criativos e tudo isso influencia e reflete na maneira como agem

    diante de certas situaes e conseguem retirar proveito dessas circunstncias,favorecendo para o crescimento e desempenho da empresa.

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    Alguns autores relatam a necessidade da viso micro e macro dos

    empreendedores e com isso transformam o bom em timo e uma boa organizao

    numa corporao que gera excelentes resultados (Filion et al. 1991).

    Desse modo, esta pesquisa contribui na melhoria do desempenho da

    confeco e amplia o conhecimento a respeito do empreendedorismo na rea de

    confeco.

    Com base na apresentao dos objetivos e justificativas acima

    desenvolvemos duas perguntas que conduzem esta pesquisa.

    1 - Qual o perfil empreendedor de trabalhadores do ramo de confeco?

    2- Qual o desempenho dessas empresas, em funo desse perfil?

    O presente Trabalho de Concluso de Curso apresenta a seguinteorganizao: no primeiro captulo, apresentamos o perfil empreendedor e suas

    formas de administrao.

    No segundo captulo, apresentamos a metodologia utilizada para a realizao

    deste trabalho, incluindo o cenrio de estudo, uma empresa do ramo de confeco.

    No terceiro captulo, apresentamos e discutimos os resultados desta

    pesquisa.

    Em seguida, apresentamos a concluso e, por fim, as refernciasbibliogrficas finalizam este trabalho.

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    CAPTULO I

    FUNDAMENTAO TERICA

    1.1 Evoluo do Empreendedorismo

    O mundo tem passado por vrias transformaes em curtos perodos de

    tempo, principalmente no sculo XX, quando foi criada a maioria das invenes que

    revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Por trs dessas invenes, existempessoas ou equipes de pessoas com caractersticas especiais, que so visionrias,

    que questionam, que arriscam, que querem algo diferente, que fazem acontecer,

    que empreendem.

    De acordo com Dornelas (2001), os empreendedores

    so pessoas diferenciadas, que possuem motivaosingular, apaixonadas pelo que fazem, no se

    contentam em ser mais um na multido, querem serreconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas,querem deixar um legado (DORNELAS, 2001, p.19).

    O avano tecnolgico tem sido de tal ordem, que requer um nmero muito

    maior de empreendedores. Portanto, a nfase em empreendedorismo surge muito

    mais como consequncia das mudanas tecnolgicas e sua rapidez e no apenas

    um modismo. A competio na economia tambm fora novos empresrios a adotar

    paradigmas diferentes.

    Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo,

    pois so os empreendedores que esto eliminando barreiras comerciais e culturais,

    encurtando distncias, globalizando e renovando os conceitos econmicos, criando

    novas relaes de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando

    riqueza para a sociedade. Com isso, propicia para o surgimento de um nmero cada

    vez maior de empreendedores. Por esse motivo, a capacitao dos candidatos a

    empreendedores est sendo prioridade em muitos pases, inclusive no Brasil, haja

    vista a crescente preocupao das escolas e universidades a respeito do assunto,

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    por meio da criao de cursos e matrias especficas de empreendedorismo, como

    uma alternativa aos jovens profissionais que se graduam anualmente nos ensinos

    tcnicos e universitrios brasileiros.

    Conforme pesquisa de Dornelas, o movimento do empreendedorismo no

    Brasil comeou a tomar forma na dcada de 90, quando entidades como Sebrae

    (Servio Brasileiro de Apoio s Micros e Pequenas Empresas) e a Softex (Sociedade

    Brasileira para Exportao de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente

    no se falava em empreendedorismo e em criao de pequenas empresas. Os

    ambientes poltico e econmico do pas no eram propcios e o empreendedor

    praticamente no encontrava informaes para auxili-lo na jornada

    empreendedora. O Sebrae um dos rgos mais conhecidos do pequenoempresrio brasileiro, que busca junto a essa entidade todo suporte de que precisa

    para iniciar sua empresa, bem como consultoria para resolver pequenos problemas

    de seu negcio. Passados anos, pode-se dizer que o Brasil est com todo o

    potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de

    empreendedorismo de todo o mundo.

    1.2 Surgimento do Empreendedorismo

    A palavra ou termo empreendedor derivado da palavra francesa

    entrepreneur, usada pela primeira vez em 1725, e quer dizer aquele que assume

    riscos e comea algo novo.

    De acordo, com a anlise histrica da teoria do empreendedor, tudo inicia-se

    atravs de Marco Plo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o oriente.

    Como empreendedor, Marco Plo assinou um contrato com um homem que possuadinheiro (conhecido atualmente como capitalista) para vender as mercadorias.

    Enquanto o capitalista era algum que assumia riscos de forma passiva, o

    aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos fsicos e

    emocionais.

    Na Idade Mdia, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que

    gerenciava grandes projetos de produo. Esse indivduo no assumiu grandes

    riscos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponveis,

    geralmente provenientes do governo do pas.

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    No sculo XVII, os primeiros indcios de relao entre assumir riscos e

    empreendedorismo ocorreram nessa poca, em que o empreendedor estabelecia

    um acordo contratual com o governo para realizar algum servio ou fornecer

    produtos. Como geralmente os preos eram prefixados, qualquer lucro ou prejuzos

    era exclusivo do empreendedor.

    No sculo XVIII, o capitalista e o empreendedor foram finalmente

    diferenciados, provavelmente devido ao incio da industrializao que ocorria no

    mundo. Um exemplo disso foi o caso das pesquisas referentes aos campos

    eltricos, de Thomas Edison, que s foram possveis com o auxilio de investidores

    que financiaram os experimentos.

    No final do sculo XIX e incio do sculo XX, os empreendedores foramfrequentemente confundidos com os gerentes ou administradores, sendo analisados

    meramente de um ponto de vista econmico, como aqueles que organizam a

    empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam a aes

    desenvolvidas na organizao, mas sempre a servio do capitalista.

    Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para

    obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador um empreendedor. O

    empreendedor tem algo mais, algumas caractersticas e atitudes que o diferenciamdo administrador tradicional.

    1.3 Conceito de Empreendedor

    O ato de empreender est diretamente relacionado utilizao de recursos

    de forma criativa, inovao, assumir riscos calculados e busca de novas

    oportunidades. Nada mais do que a capacidade de criao, por meio doestabelecimento de objetivos e obteno de resultados positivos. a materializao

    de um sonho, de uma imagem mental.

    Empreender um processo que ocorre em diferentes ambientes e situaes

    empresariais, provocando mudanas atravs da inovao realizada por indivduos

    que geram ou aproveitam oportunidades, que criam e realizam atividades de valor

    tanto para si prprios quanto para a sociedade.

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    um termo que est ligado criao de novas empresas, que comeam

    pequenas e, aos poucos, vo tomando forma, sendo que algumas chegam ao

    sucesso, outras no.

    O empreendedorismo til, positivo e importante para o desenvolvimento

    de pases e regies. Mas no o mar de rosas que apregoam. Precisa ser mais

    bem pensado, para que os seus adeptos no sejam pegos de surpresa ao se

    tornarem empreendedores.

    Segundo Filion (1999, p. 27), empreendedorismo significa

    inovar, buscar novas oportunidades de negcio, tendosempre como alvo a inovao e a criao de valor. Porisso, os empreendedores so pessoas que precisamcontinuar a aprender, no sobre o que estacontecendo no seu ambiente, para detectar asoportunidades de negcios e tomar as decises, paraque possam agir e ajustar-se de acordo com a situao(FILION, 1999, p. 27)

    Mas a deciso de tornar-se empreendedor pode ocorrer tambm por acaso. A

    esse respeito, Dornelas (2001) salienta que

    Essa deciso ocorre devido a fatores externos,ambientais e sociais, a aptides pessoais ou a umsomatrio de todos esses fatores, que so crticos parao surgimento e o crescimento de uma nova empresa(DORNELAS, 2001, p.37).

    O empreendedor aquele que cria um equilbrio, encontrando uma posio

    clara e positiva em um ambiente de caos e turbulncia, ou seja, um exmio

    identificador de oportunidades, sendo um indivduo curioso e atento s informaes,pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

    Para Schumpeter (1950, p. 26), o empreendedor:

    uma pessoa que deseja e capaz de converter umanova ideia ou inveno em uma inovao bem sucedidae sua principal tarefa a destruio criativa, a qual sed atravs da mudana, ou seja, atravs da introduode novos produtos ou servios em substituio aos queeram utilizados. A destruio criativa, podia sersintetizada na pratica de se criar novas organizaes ou

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    de revitalizar organizaes maduras (SCHUMPETER,1950, p. 26).

    O processo empreendedor envolve todas as funes, atividades e aes

    associadas com a criao de novas empresas. Em primeiro lugar, o

    empreendedorismo envolve o processo de criao de algo novo e de valor.

    Em segundo, o empreendedorismo requer a devoo, o comprometimento de

    tempo e o esforo necessrios para fazer a empresa crescer.

    Em terceiro, o empreendedorismo requer ousadia, que se assumam riscos

    calculados, que no se desamine com as falhas e erros.

    O talento empreendedor resulta da percepo, direo, dedicao e muito

    trabalho dessas pessoas especiais, que fazem acontecer. Onde existe este talento,

    h a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negcios. Mas

    talento sem ideias como uma semente sem gua.

    1.4 Caractersticas Empreendedoras

    O empreendedor de sucesso possui caractersticas extras, alm dos atributos

    do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a caractersticassociolgicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. Partindo

    de uma ideia, surge uma inovao, e dessa, uma empresa. Pois os empreendedores

    so mais visionrios que os gerentes.

    Quando a organizao cresce ou expande, os empreendedores geralmente

    tm dificuldade de tomar as decises do dia a dia dos negcios, pois se preocupam

    mais com os aspectos estratgicos, com os quais se sentem mais vontade.

    Segundo Filion (1997, p.72), gerente voltado para a organizao de recursos,enquanto o empreendedor voltado para a definio de contextos.

    interessante observar que o empreendedor de sucesso leva consigo ainda

    uma caracterstica singular, que o fato de conhecer como poucos o negcio em

    que atua, o que leva tempo e requer experincia. Talvez esse seja um dos motivos

    que levam falncia de empresas criadas por jovens entusiasmados, mas sem o

    devido preparo.

    Os empreendedores vivem em constante planejamento a partir de uma visode futuro.

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    Os empreendedores de sucesso so visionrios, eles tm a viso de como

    ser o futuro para seu negcio e tm a habilidade de implementar seus sonhos.

    Sabem tomar as decises corretas na hora certa, principalmente nos momentos de

    adversidades e isso um fator chave para o seu sucesso, pois no se sentem

    inseguros.

    Os empreendedores so indivduos que fazem a diferena, pois transformam

    algo de difcil definio, uma ideia abstrata em algo concreto, que funciona,

    transforma o que possvel em realidade. Sabem agregar valor aos servios e

    produtos que colocam no mercado.

    Segundo Joseph Schumpeter (1949, p.37):

    O empreendedor aquele que destri a ordemeconmica existente pela introduo de novos produtose servios, pela criao de novas formas deorganizao ou pela explorao de novos recursos emateriais (SCHUMPETER, 1949, p. 37)

    Para a maioria das pessoas, as boas ideias so aquelas que as veem

    primeiro, por sorte ou acaso. Para os visionrios, que so empreendedores em

    questo, as boas ideias so geradas daquilo que todos conseguem ver, mas noidentificaram algo prtico para transform-las em oportunidades, por meio de dados

    e informao.

    Os empreendedores dedicam-se 24 horas por dia, 7 dias por sema, ao seu

    negcio. Comprometem o relacionamento com amigos, com a famlia, e at mesmo

    com a prpria sade. So trabalhadores exemplares, encontrando energia para

    continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente e so incansveis e

    loucos pelo trabalho.So otimistas e apaixonados pelo que fazem e esse amor que produz o

    principal combustvel que os mantm cada vez mais animados e auto determinados,

    tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e servios, pois sabem,

    como ningum, como faz-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o

    sucesso, em vez de imaginar o fracasso.

    Esses indivduos querem estar frente das mudanas e serem donos do

    prprio destino. Querem ser independentes, em vez de empregados, e desejam criar

    algo novo e determinar os prprios passos, abrir os prprios caminhos, ser o prprio

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    patro e gerar empregos. Tambm acreditam que o dinheiro consequncia do

    sucesso dos negcios.

    Os empreendedores tm um senso de liderana incomum e so respeitados e

    adorados por seus funcionrios, pois sabem valoriz-los, estimul-los e

    recompens-los, formando um time em torno de si. Sabem que para obter xito e

    sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes. Sabem ainda

    recrutar as melhores cabeas para assessor-los nos campos em que no detm o

    melhor conhecimento, ou seja, so lderes e formadores de equipes.

    Eles so bem relacionados e sabem construir uma rede de contatos que os

    auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades

    de classe.Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu negcio, desde

    o primeiro rascunho do plano de negcios, at a apresentao do plano a

    investidores, definio das estratgias de marketing do negcio, sempre tendo como

    base a forte viso de negcio que possuem.

    So sedentos pelo saber e aprender continuamente, pois sabem que quanto

    maior o domnio sobre um ramo de negcio, maior sua chance de xito. Esse

    conhecimento pode vir da experincia prtica, de informaes obtidas empublicaes especializadas, em cursos, ou mesmo de conselhos de pessoas que

    montaram empreendimentos semelhantes.

    O verdadeiro empreendedor aquele que assume riscos calculados e sabe

    gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem

    relao com desafios e para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais

    estimulante ser a jornada empreendedora.

    Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para asociedade, com a gerao de empregos, dinamizando a economia e inovando,

    sempre usando sua criatividade em busca de solues para melhorar a vida das

    pessoas.

    1.5 Intraempreendedorismo

    O envolvimento de todos os integrantes de uma organizao na busca pelo

    melhor caminho a ser seguido pelas empresas torna-se uma tarefa essencial sua

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    sobrevivncia. ai, ento, que entra a figura do intraempreendedor ou

    empreendedor corporativo. Profissionais com iniciativa, visionrios, sem medo de

    tentar e que aprendem com os erros, determinados, criativos, ousados e capazes de

    mobilizar recursos e implementar novos negcios dentro do ambiente corporativo.

    O intraempreendedorismo est focado no papel exercido pelo indivduo dentro

    de uma organizao e na sua disposio para atuar de maneira empreendedora,

    bem como nos meios que promovam tal comportamento. O intraempreendedorismo

    oferece uma alternativa para as pessoas que possuem talentos a serem

    desenvolvidos.

    Nos ltimos anos, muitas empresas tiveram no comportamento empreendedor

    e na consequente gerao de inovao a base para o sucesso. Atravs do uso dascaractersticas dos intraempreendedores, possvel fazer a ligao entre os

    gerentes e os inventores, contribuindo para que as novas ideias se transformem em

    realidade lucrativa.

    No entanto, para que uma organizao consiga reter seus melhores

    inovadores, preciso oferecer oportunidades para que realizem suas ideias sempre

    que precisem deixar sua empresa. preciso dar condies para que esses

    empreendedores corporativos possam conceber vises de negcios e transform-lasem realidade lucrativas para a organizao. De acordo com Pinchot (1989, p. 44):

    o planejamento do negcio ou intraempreendedorismo,bem como a elaborao de um plano de negcios torna-se tarefa indispensvel para que o intraempreendedorconverta sua viso intuitiva em um plano de ao dentrode sua organizao (PINCHOT, 1989, p. 44)

    1.5.1 Conceito de Intraempreendedorismo

    Segundo os precursores do tema, quando o empreendedor est inserido

    dentro de uma organizao denominado de intraempreendedor ou empreendedor

    corporativo. Os intraempreendedores so todos os sonhadores que realizam, que

    sabem como transformar uma ideia em uma realidade lucrativa. So aqueles que

    assumem a responsabilidade pela criao de inovaes de qualquer espcie dentro

    de uma organizao.

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    O intraempreendedor aquele executivo que no deseja sair da empresa em

    que se encontra para criar um novo negcio. So pessoas que, a partir de uma

    ideia, transformam, atravs de sua viso holstica e de seu esprito empreendedor,

    um produto ou servio em uma nova rea de negcio dentro de sua atual

    organizao.

    Intraempreendedorismo, para Pinchot (1985, p. 17), um mtodo que tem

    como objetivo fomentar a criao de empreendedores dentro da empresa.

    No conceito de intraempreendedorismo, o funcionrio no necessita

    abandonar a organizao em que trabalha para colocar em prtica suas ideias ou

    dar asas ao seu esprito empreendedor. A ideia consiste em combinar as vantagens

    do aproveitamento das estruturas e todos os recursos de uma organizao com ascaractersticas de independncia e criatividade de um pequeno projeto.

    1.5.2 Caractersticas do Intraempreendedor

    Os intraempreendedores so pessoas com viso que sabem transformar uma

    ideia em um produto ou servio de sucesso e tem a capacidade de materializar e

    colocar em prtica seus sonhos de mudar onde quer que estejam.As pessoas tornam-se intraempreendedoras quando as circunstncias ou

    situaes ocasionais as levam a um ato de vontade, de tomar uma deciso de

    transformar um conceito de negcio em realidade dentro da empresa ou

    organizao em que trabalham, sem levar em conta as barreiras e os riscos, atravs

    de suas atitudes, conhecimentos e perspectivas. Segundo Pinchot (1985, p. 46):

    as caractersticas que definem o comportamento dointraempreendedor so: viso, polivalncia,necessidade de agir, prazer em realizar pequenastarefas, viso e ao, dedicao, prioridade, metas,superao de erros e administrao de riscos(PINCHOT, 1985, 46).

    A viso a capacidade de imaginar e ver a sua obra acabada, nos mnimos

    detalhes. Construir na mente um modelo de nova inveno e ver como o negcio

    poder funcionar e, ento, agir com coragem e deciso para fazer acontecer.

    A polivalncia reflete a sua capacidade de ultrapassar os limites da empresa a

    fim de fazer aquilo que funo de outras pessoas, para que o negcio prospere.

  • 7/31/2019 Empreendedorismo no Ramo da Confeco

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    Os intraempreededores possuem uma necessidade incessante e natural de

    ao. Eles buscam prazer nas pequenas tarefas e no se importam em executar

    trabalhos que estejam abaixo de sua posio.

    A viso e ao a caracterstica, pois os intraempreendedores so, ao

    mesmo tempo, pensadores e executores, planejadores, trabalhadores e totalmente

    dedicados ao seu negcio. Sua dedicao to extrema que eles quase no tm

    tempo ou ateno para outros aspectos da vida. Uma das razes pelas quais os

    sistemas tradicionais de desenvolvimento de produtos no podem competir com o

    intraempreendedorismo que eles so demasiadamente burocrticos.

    Os intraempreendedores tendem a confiar em seus talentos e nas

    perspectivas de seus negcios. Mesmo quando bvio para todos que o cercamque eles fracassaram, os intraempreendedores no culpam os outros pelo seu

    fracasso, mas pensam em como poderia ter feito melhor.

    So comuns algumas empresas pedirem aos intraempreendedores que

    assumam riscos. O objetivo disso que, quando colocam algo importante em jogo, o

    comprometimento torna-se muito maior, diminuindo assim os riscos de

    descomprometimento ou de um futuro abandono em troca de uma oferta melhor.

    1.5.3 Vantagens e desvantagens do Intraempreendedorismo

    Devemos analisar bem as vantagens do intraempreendedorismo, afim de no

    se ter uma viso excessivamente otimista e distorcida da realidade e como pode ser

    til para as empresas, pois o intraempreendedorismo no a soluo para todo e

    qualquer problema.

    Atravs de uma viso panormica da empresa e dos funcionrios,percebemos que ambos podem agregar valores satisfatrios empresa.

    Sob a viso da empresa, as vantagens do intraempreendedorismo so

    funcionrios com viso de scios e que pensam no crescimento da empresa, como

    se fossem seus prprios negcios.

    A valorizao e premiao dos intraempreendedores favorecem muito mais o

    trabalho, o que reflete em maior produtividade, visto que a possibilidade de se ter um

    menor ndice de funcionrios desligando-se da empresa potencializa sua produo.

  • 7/31/2019 Empreendedorismo no Ramo da Confeco

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    Sob a viso dos funcionrios, as principais vantagens so a participao nos

    lucros, a participao nas decises e criao de novos produtos e servios e para a

    reestruturao de processos internos.

    O intraempreendedorismo pode gerar competio excessiva, o que pode

    atrapalhar as trocas de informaes entre os funcionrios. Sabemos que a

    competio saudvel deve ser estimulada. Entretanto, o excesso de competio

    estimula a gerao de boatos e fofocas e a sonegao de informaes pela

    obteno de poder.

    Outra desvantagem a exigncia de conhecimento acima da mdia, apesar

    de parecer positivo, pois favorece a gerao de trabalhos com qualidade superior,

    estimula a competio e desconforto entre a mo de obra menos privilegiada.Os famosos apadrinhamentose quem indiquepode gerar premiao injusta

    para pessoas menos competentes. Os que no caem nas graas dos chefes so

    sempre relegados ao segundo plano e ficam estagnados profissionalmente. H

    ainda que considerar a premiao apenas por dinheiro, o que nem sempre o

    desejvel. Ao fazer isso, a empresa corre o risco de ter um exrcito de mercenrios,

    que s trabalham por dinheiro.

  • 7/31/2019 Empreendedorismo no Ramo da Confeco

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    CAPTULO II

    METODOLOGIA DE PESQUISA

    O objetivo deste captulo apresentar informaes do contexto de pesquisa,

    dos participantes, instrumentos de coleta de dados, assim como dos procedimentos

    de anlise.

    Sendo assim, para cumprirmos o objetivo desta pesquisa, apresentamos a

    seguir o contexto onde foi desenvolvido este trabalho.

    2.1 Contexto de pesquisa

    Esta pesquisa foi realizada numa empresa do ramo de confeco, situada na

    zona oeste da Cidade de So Paulo, que conta com cerca de 90 funcionrios. De

    acordo com o CIESP (2002), Centro das Indstrias do Estado de So Paulo, essa

    confeco considerada uma pequena empresa, pois seus funcionrios nopassam de 100 pessoas.

    2.2 Participantes

    Os participantes desta pesquisa esto divididos em trs grupos. O primeiro,

    formado pela parte gerencial da organizao pesquisada, so os gerentes

    administrativo e de produo, Sr. Eduardo Batista dos Santos e Sr. Eurico Rodrigues

    dos Santos, respectivamente. O segundo formado pelo Diretor Geral e scio

    majoritrio, Sr. Heleno Manoel de Oliveira. O terceiro grupo est constitudo pelos

    colaboradores da linha de produo, formado por 60 costureiras, 12 profissionais de

    corte e 14 responsveis pelo acabamento dos produtos.

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    QUANTIDADE FUNO TEMPO DE ATUAONA EMPRESANVEL DE

    ESCOLARIDADE

    4 Gestores Acima de 07 anos03 - Superior completo

    01 Ensino mdio

    60 Costureiras35 Acima de 7 anos15 Entre 3 e 6 anos10 Menos de 2 anos

    18 Ensino mdio42 Ensino fundamental

    12 Corte09 Acima de 7 anos03 Menos de 2 anos

    09 Ensino Mdio03 Ensino fundamental

    14 Acabamento 01 Entre 3 e 6 anos13 Menos de 2 anos 14 Ensino mdio

    2.3 Instrumentos de coleta de dados

    Os instrumentos de coleta de dados utilizados nesta pesquisa foram dois

    questionrios com perguntas abertas, que requerem respostas livres, e perguntas

    fechadas, nas quais so oferecidas algumas opes restritas de respostas,

    conforme Appolinrio (2009).Criamos um critrio ordenado com perguntas abertas e fechadas direcionado

    aos administradores e aos funcionrios que nortearam esta pesquisa, e assim

    facilitar ter material para efetivar o cruzamento destas informaes e como

    conseqncia alcanar os objetivos propostos neste estudo.

    2.4 Procedimento de anlise de dados

    Neste trabalho, utilizamos a anlise de contedo como procedimento para

    anlise de dados. Segundo Appolinrio (2009), a anlise de contedo um

    procedimento de anlise de dados que parte de uma unidade lingustica, ou seja, de

    um texto, e a partir disso atribumos significado s respostas fornecidas pelos

    participantes.

    Appolinrio (2009) ainda ressalta que a anlise de dados tem por objetivo

    simplesmente compreender um fenmeno em seu sentido mais intenso, em vez de

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    produzir inferncias que possam levar constituio de leis gerais ou a

    extrapolaes que permitam fazer previses vlidas sobre a realidade futura.

    A ideia bsica aqui identificar categorias, padres e relaes entre os dados

    coletados, de forma a desvendar seu significado por meio da interpretao das

    referncias tericas.

  • 7/31/2019 Empreendedorismo no Ramo da Confeco

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    CAPTULO III

    APRESENTAO E DISCUSSO DOS RESULTADOS

    A fim de respondermos nossas perguntas de pesquisa, apresentamos e

    discutimos neste captulo os resultados de nossa pesquisa. Em primeiro lugar,

    apresentamos os resultados referentes aos funcionrios da linha de produo. Em

    seguida, apresentamos os resultados obtidos por meio dos gestores. Por fim,

    apresentamos uma comparao entre os resultados referentes aos funcionrios dalinha de produo e entre os gestores.

    3.1 Funcionrios da linha de produo

    A linha de produo est dividida em setores: o de corte composto por

    homens, pois precisam usar fora fsica para manusear as peas de tecidos, que

    tm entre dezoito e vinte cinco quilos. nesse setor que feito o procedimento de

    recebimento e empilhamento, o desenrolar de cada pea, para deixar o tecido

    descansar de vinte e quatro a quarenta e oito horas e depois o enfesto para o corte

    dos modelos e cores de cada pea; j o de linha de produo e acabamento,

    composto por mulheres, considerando que no h muito esforo fsico para ser feito

    e sim muita dedicao e ateno ao comear e terminar as peas.

    Devido ao fato de o nvel de instruo dos funcionrios serem baixo, isso

    dificulta o processo de qualificao constante fornecido pela empresa pesquisada.

    Ao serem perguntados sobre o grau de satisfao de sua funo na empresa,

    todos os funcionrios da linha de produo responderam positivamente que todos

    estavam satisfeitos e que ainda desempenham com satisfao e paixo suas

    atividades. Isso pode colaborar com a qualidade do exerccio de suas funes, de

    modo que agrega valor aos produtos fabricados.

    Isso pode ser compreendido a partir das respostas abaixo transcritas:

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    Sim.Satisfeito.Estou muito satisfeito.Na realidade eu fiz um curso tcnico em contabilidade,mas gosto do que eu fao.

    Possivelmente, um dos fatores que contribuem com essa satisfao o fato

    de eles poderem expressar-se com liberdade em relao aos meios de produo, ou

    seja, a comunicao nesse departamento um fator colaborativo para a qualidade

    da prestao dos servios.

    Quando os funcionrios foram questionados a respeito da quantidade de

    peas produzidas por dia, de vinte e cinco entrevistados, apenas dez souberam

    responder. J quando foram questionados sobre como aumentar essa produo,mas sem perder a qualidade, apenas quinze dos pesquisados sugeriram que

    aumentasse o nmero de funcionrios do setor, para evitar que departamentos

    fiquem ociosos aguardando a chegada de produtos em processo de produo. Esse

    um problema que parece que precisa ser corrigido se a organizao almeja

    aumentar a sua produo. Tambm deveria levar em considerao a demanda por

    esses produtos, o que esta pesquisa no conseguiu verificar, demonstrando uma

    das limitaes deste estudo. Outra alternativa sugerida pelos funcionrios seriareorganizar as tarefas deles na linha de produo, de modo que executassem mais

    de uma funo para agilizar o processo de produo.

    Esses resultados trazem informaes relevantes para este estudo, uma vez

    que demonstram que os funcionrios, que conhecem bem as tarefas executadas na

    linha de produo, quando ouvidos pelos gestores, podem contribuir de forma muito

    positiva para a agilidade da produo sem perder a qualidade do produto fabricado.

    Pelas respostas fornecidas por eles, podemos perceber que eles trazemcaractersticas empreendedoras, de modo que visualizam um cenrio de melhoria da

    produo no que se refere acelerao desse processo. Apesar de o estresse pela

    longa jornada de trabalho, de quarenta e quatro horas semanais, eles so capazes

    de observarem os problemas e proporem solues eficazes. Uma gesto

    colaborativa, se no esse o modelo de gesto, poderia proporcionar uma melhoria

    de modo geral na organizao pesquisada.

    Os pesquisados apontaram como pontos fortes o grau de autonomia,

    benefcios e infra-estrutura que a organizao lhes confere. Isso gera segurana e

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    estabilidade no emprego, algo que, durante muito tempo, devido ao alto ndice de

    desemprego, no se via na rea corporativa. Parece que, por conta do enxugamento

    desse ndice e pelos rumos econmicos que o pas tomou na ltima dcada, esse

    grau da estabilidade no emprego est voltado a aparecer, como demonstrado neste

    estudo. A grande maioria dos funcionrios est na organizao pesquisada h mais

    de cinco anos.

    Vrios desses profissionais citaram que colaborar com a empresa pesquisada

    motivo de orgulho. Isso eleva o grau de comprometimento dos envolvidos na

    produo. Alm disso, o fato de os equipamentos e matria prima serem de primeira

    qualidade no mercado tambm contribui com o grau de satisfao demonstrado

    pelos colaboradores.Ao serem questionados se seriam capazes de liderar pessoas, cinquenta e

    cinco por cento dos funcionrios responderam de modo afirmativo e ainda

    salientaram que atividades profissionais desafiadoras proporcionam e estimulam o

    desenvolvimento profissional. Isso pode ser visto das transcries abaixo:

    Sim eu j fiz isso.Sim j liderei em outros lugares.

    Sim tenho potencial de liderana.Sim sou capaz, mas no tempo devido.

    Isso significa que se a organizao estimular o esprito empreendedor de

    seus funcionrios, fornecendo meios de promover esse conhecimento, ela pode

    beneficiar-se e muito, pois os funcionrios estaro mais estimulados a produzir por

    sentirem-se parte da organizao, como um colaborador de fato, que agrega valor

    aos meios de produo.

    Por outro lado, quando questionados se tinham participao nas decises,eles afirmaram que no, mas que sabiam que a empresa pesquisada est na

    direo de bons gestores.

    No, mas eu confio na minha encarregadaNo, eu acredito no gerente.No, talvez por no ter experincia nessa rea.No, eu confio na empresa.No, acho que no minha rea.

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    Os dados demonstram que a organizao, na verdade, no se utiliza de uma

    gesto colaborativa, pois se isso acontecesse, os funcionrios teriam afirmado que

    participam das decises da empresa, o que no ocorreu. Na verdade, parece que h

    uma tendncia de gesto ainda muito centralizada em pessoas com cargos mais

    elevados. Parece tambm que essas pessoas esquecem-se de que se todos os

    funcionrios no estiverem afinados com a misso, viso e valores da organizao,

    provavelmente ser mais difcil alcanar metas e objetivos. Seria interessante, nesse

    caso, que a organizao pesquisada implementasse um sistema de comunicao

    multidirecional, de modo que todos pudessem participar da gesto, pois as pessoas

    que executam tarefas diretas poderiam opinar a respeito delas, inclusive, propondo

    melhorias. Essas atitudes integrariam os colaboradores empresa pesquisada emotivariam muito mais seus funcionrios, que j se sentem motivados, conforme

    apresentado nesta subseo. Trabalhadores motivados, que sentem que seu

    posicionamento em relao produo levado em considerao pelos gestores,

    rendem mais e a empresa pesquisada s teria a ganhar. Poderiam ser propostas

    reunies peridicas para avaliao do trabalho realizado e assim propor melhorias

    para a realizao das atividades laboriosas.

    A gesto colaborativa pode ser uma estratgia para fazer fluir o espritoempreendedor de seus colaboradores, uma vez que a prpria empresa propicia

    momentos de construo de conhecimento a respeito da produo de seus

    produtos.

    Conforme demonstrado nesta subseo, parece que o intra-

    empreendedorismo ainda no uma caracterstica desenvolvida pela empresa

    pesquisada. Embora vimos que seus colaboradores consideram que atividades

    profissionais desafiadoras so motivadoras, a empresa pesquisada ainda noencontrou uma forma de potencializar isso. Acreditamos que, quando isso

    acontecer, a linha de produo ter uma melhoria substancial. Mas, para isso

    acontecer, algumas atitudes gestoras precisam ser mudadas, entre elas,

    destacamos o papel da comunicao interna como meio de integrar os funcionrios

    misso e viso da organizao.

    Sendo assim, podemos concluir que o perfil empreendedor desses

    colaboradores encontrar energia para continuar o trabalho, mesmo quando

    existem problemas em seus caminhos, sonhadores, onde visam uma situao ou

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    algo melhor para seu futuro e com muito otimismo para alcanar o sucesso pessoal

    e profissional.

    O amor e a satisfao tambm so caractersticas que fazem parte de sua

    rotina e que vai ser hoje e sempre um diferencial nessa rea na qual eles se

    propem a desenvolver. Poderemos concluir que isso como um combustvel dirio

    para a superao e dedicao de resultados positivos em seu ambiente

    organizacional.

    3.2 Gestores

    Neste segundo momento, analisaremos as questes dointraempreendedorismo em relao aos gestores da organizao pesquisada.

    Ao questionar os gestores sobre o grau de satisfao de cada um na rea em

    que so exercidas suas atividades, todos os quatros pesquisados afirmam estar

    satisfeitos com o que fazem e desempenham. Isso um ponto forte para eles e para

    empresa, pois entendemos que trabalhar na rea em que gostamos e nos

    dedicamos muito importante para o sucesso profissional e organizacional.

    Em seguida, perguntamos a eles qual a capacidade de produo de peasque a empresa tem na produo mensal. Todos os gestores revelaram o mesmo

    posicionamento e responderam que a produo da empresa varia entre trinta e cinco

    a quarenta mil peas no ms, mas todos deixaram bem claro que para alcanar essa

    meta preciso o comprometimento e ateno de todos.

    Entretanto, todos enfatizaram que existe um problema na linha de produo,

    tanto para produzir quanto para aumentar a produo e a capacidade de atender

    mais clientes sem perder a qualidade e que para resolver esses impasses, seriamnecessrios:

    A contratao de mo de obra especializada.Melhorar a qualificao dos funcionrios.Mudar o enfoque dos produtos.Ampliar a fabrica.Adquirir mais maquinrio.

    A gesto da empresa tem como obrigao no errar. Isso aponta para um dos

    pontos fortes de um intraempreendedor, que minimizar os riscos que preocupam a

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    todos no dia a dia. Isso significa que a viso dos gestores aqui vo ao encontro da

    viso dos colaboradores, identificava quando esses ltimos apontaram a

    necessidade de contratao de mo de obra especializada para potencializar a

    produo. Outra questo a ser considerada que os prprios colaboradores

    mencionaram que a empresa pesquisada est preocupada com a capacitao em

    servio de seus funcionrios. Talvez essa capacitao no esteja focando os pontos

    que na verdade deveriam focar, como os aspectos de melhoria da qualidade dos

    produtos produzidos.

    Sendo assim, salientamos que na empresa pesquisada a m qualidade e

    baixa produo so pontos que precisam ser aprimorados na busca de melhoria

    contnua como podemos analisar nas respostas abaixo:

    Baixa produtividade.Falta ao trabalho dos funcionrios.No conformidade dos produtos.Controle da qualidade.Melhoria nos setores.

    visvel a preocupao dos gestores nesse quesito, mas tambm podemos

    observar o comprometimento deles para melhorar esses pontos citados e para issoexistem meios de fazer anlises das colees, adequando as quantidades e as

    peas a serem colocadas na linha de produo, ou seja, uma viso e uma postura

    empreendedora em que vista com bons olhos no mercado atual. A empresa citada

    precisa traar um plano e seguir estratgias com um bom controle da produo, dos

    funcionrios e da qualidade na linha de produo.

    Esses resultados trazem uma contribuio muito positiva para o setor txtil no

    Brasil e para o intraempreendedorismo, pois dessa anlise podemos depreenderque a busca pelo controle da produo e da qualidade est sendo e ser o

    combustvel para as empresas alcanarem maiores patamares no mercado

    competitivo, levando-se em considerao, inclusive, a massificao de produo

    realizada pelo setor chins, por exemplo, e termos certeza de que empresas que

    tm como prioridade enxergar as mudanas e se adequar a elas podem ter a chave

    para o sucesso.

    Os pesquisados afirmam que a empresa pesquisada tem pontos fortes como

    o j citado maquinrio adequado e um timo ambiente de trabalho que a

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    organizao proporciona aos colaboradores, como ficou patente na subseo

    anterior.

    Ao perguntar aos gestores sobre os pontos fracos da organizao, cem por

    cento deles afirmaram que a mo de obra qualificada, ou seja, que seus

    funcionrios no tm qualificao suficiente. Isso aponta duas questes. A primeira

    delas vai ao encontro do que cotidianamente divulgado na mdia, que falta

    qualificao profissional para o Brasil continuar desenvolvendo-se de forma

    sustentvel e, ainda, que isso um obstculo que precisa ser corrigido

    urgentemente, frente ao desenvolvimento de outras naes emergentes e, em

    consequncia disso, o aumento da competitividade. A segunda delas demonstra que

    a empresa pesquisada poderia desenvolver programas de capacitao em serviopara seus funcionrios, de modo que corrigisse uma parte dos problemas que as

    escolas tcnicas e as universidades de forma geral no conseguem corrigir, ou seja,

    proporcionar aos seus funcionrios atualizao profissional de modo claro e objetivo

    para que isso refletisse diretamente na execuo de suas tarefas e permitir uma

    produo de maior qualidade. Isso melhoraria a qualidade da produo e

    consequentemente influenciaria na competitividade da empresa pesquisada.

    Podemos ter certeza de que quando uma empresa trabalha com uma divisode responsabilidade, ou seja, quando ela adota uma gesto colaborativa, de modo

    que todos podem participar ativamente do processo de produo, pode trazer

    benefcios singulares para corrigir problemas de carter tanto quantitativo quanto

    qualitativo, mas, para isso acontecer, todos precisam estar integrados misso e

    viso da organizao, ou seja, precisam estar em consonncia com metas e

    objetivos.

    Dessa forma, podemos concluir que o perfil empreendedor dos gestores gerar solues eficazes para os problemas do dia a dia da empresa foco e buscar

    meios de crescimento da empresa para gerar novos empregos, cargos e salrios

    para economia nacional, com a habilidade de gerenciar grandes projetos da linha de

    produo com a utilizao de recursos disponveis, calculando os riscos e os fatores

    externos ambientais e sociais, cuja pea chave das caractersticas encontrada nos

    gestores.

    aquele que encontra uma posio clara, objetiva e positiva mesmo em uma

    situao de caos e turbulncia. De acordo com anlise histrica do perfil desse

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    profissional desde seu surgimento, conceitos, tipos e caractersticas demonstram

    que so indivduos que fazem a diferena, transformar o possvel em realidade com

    muito comprometimento e dedicao.

    3.3 Comparaes entre a viso dos funcionrios e gestores

    Para ter mais clareza a respeito da questo do intraempreendedorismo,

    apresentamos neste sub-tpico uma comparao entre as vises dos gestores e dos

    funcionrios.

    Ao pesquisar e analisar os funcionrios e gestores da empresa pesquisada

    conseguimos identificar que no ramo txtil existe um alto nmero de funcionriosque no tem formao acadmica, o que dificulta as empresas em cobrar ou exigir

    um alto nvel de produo. Alm disso, isso dificulta a comunicao e a

    compreenso da viso e misso da empresa. Entretanto, como indicamos no item

    anterior, as empresas, de modo geral, poderiam proporcionar capacitao em

    servio para seus funcionrios, de modo a melhorar sua atuao na produo.

    Por outro lado, podemos perceber que esses funcionrios desenvolveram

    competncias relacionadas sua atuao profissional no prprio exerccio de suasatividades, ou seja, a capacitao foi pela prtica, haja vista que atuam no ramo

    txtil h bastante tempo. Isso no pode ser desconsiderado. O que poderia ser feito

    o alinhamento do conhecimento tcnico e acadmico dos gestores com o

    conhecimento pela prtica dos funcionrios. Isso demonstra, mais uma vez, a

    necessidade de uma gesto colaborativa, de modo que todo o conhecimento se

    coaduna em funo dos objetivos da empresa: produzir mais e com mais qualidade.

    Todos os pesquisados, gestores ou funcionrios, tm um vasto conhecimentoe muito tempo em sua rea de atuao. Eles dizem estar satisfeito com sua

    profisso e tem amor ao trabalho executado, o que acontece, s vezes, pode ser a

    transferncia de uma empresa para outra, mas permanecendo-se no mesmo setor

    txtil.

    Ao confrontar as vises, sobre a produo e o aumento da produo, entre os

    dois segmentos pesquisados, temos dois cenrios, com alguns pontos de vista

    diferentes. Os funcionrios visualizam defeitos no processo e solicitam melhorias de

    contrataes de mais pessoas para tornar mais eficiente e mais gil o setor da linha

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    de produo. Eles sugerem que cada profissional tem que ficar focado em um nico

    processo da produo, ou ainda, que se reorganize a distribuio das tarefas de

    produo para evitar que setores ficam ociosos esperando por produtos em

    processo de produo.

    A gesto tem sua viso de que preciso maior comprometimento dos

    funcionrios, por exemplo, em relao a faltas e atrasos. Em relao ao processo de

    produo, os funcionrios afirmam que h um alto nmero de modelos em que

    trabalham, mas, segundo os gestores, no h uma quantidade muito grande desses

    modelos. A soluo para esse obstculo seria a do volume de output, que se d ao

    alto grau de repetio de tarefas possibilitando especializao e sistematizao do

    trabalho em que propicia os custos a serem diludos em um maior nmero deproduo e, talvez, fazer investimentos em novos maquinrios para cada operao.

    Entendemos que quanto mais a empresa produzir menor ser os custos e ela

    ter competitividade no mercado e melhorias em todos os setores, ou seja, para

    alcanar as metas preciso uma parceria. Basta empresa passar a investir em

    mais profissionais qualificados e com maquinrio moderno e inovador para cobrar e

    ter os resultados dos funcionrios.

    Gestores e funcionrios enxergam essa dificuldade, mas apontam grandesdefeitos ao desenvolver os produtos. Percebemos que a empresa pesquisada busca

    sempre adiantar as colees, mas seu cliente tem um tempo e um sistema de

    trabalho que acaba dificultando o planejamento traado do processo da linha de

    produo da empresa pesquisada. Em vista desses pontos, podemos concluir que

    no h um problema s da linha de produo, mas que envolve mais pessoas e

    outras empresas, como cliente, fornecedor e o governo.

    Com base em nosso estudo, podemos informar que a empresa pesquisada efuncionrios podem caminhar juntos e que a troca de informaes e de valores pode

    ser a chave para resolver os problemas de produo. Alm disso, como ficou

    demonstrado, o clima organizacional da empresa pesquisada favorece o

    desenvolvimento do intraempreendedorismo. A empresa poderia investir nessa

    questo, proporcionando uma gesto colaborativa e incentivar os funcionrios a

    pensarem criticamente nos modos como realizam suas tarefas rotineiras.

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    CONCLUSES

    O objetivo deste trabalho foi identificar o perfil empreendedor de

    trabalhadores no ramo de confeco e verificar o desempenho dessas empresas.

    De acordo com a pesquisa verificamos que os funcionrios possuem algumas

    caractersticas empreendedoras, porm falta coragem e iniciativas para coloc-las

    em prtica. A grande maioria possui viso e capacidade de imaginar como o produto

    no qual est produzindo ficar nos seus mnimos detalhes e de que forma ou meio

    poderiam reduzir os custos na fabricao e aumentar a produtividade. Porm,

    demonstraram insegurana e medo de assumirem riscos e tomar decises prprias

    que so necessrias durante o processo de produo.

    O perfil empreendedor dos gestores da empresa pesquisada a capacidade

    de liderana, onde so respeitados e admirados por seus subordinados, so

    criativos, curiosos e informados o que favorece para gerar idias. Esto preparados

    para correr riscos, calcul-los e planejar alternativas de como enfrentar tais

    adversidades, possuem senso de visualizao do futuro e determinao.

    Com base nos resultados obtidos, pudemos constatar que o

    empreendedorismo e o intraempreendedorismo, da maneira como so expostos e

    estimulados no Brasil, podem ser considerados modismo. O assunto em questo

    carece de pesquisas mais complexas e slidas.

    Os profissionais com perfil empreendedor so pessoas visionrias, que

    questionam, que arriscam, possuem motivao e so apaixonados pelo que fazem.

    Como apontados nesta pesquisa, a empresa pesquisada no proporciona esses

    aspectos a seus funcionrios, embora haja um clima favorvel para o

    desenvolvimento disso. No s o clima, mas tambm h conhecimentos quepoderiam ser motivados de modo a melhorar a produo da empresa. H

    funcionrios satisfeitos com a empresa, que gostam de fazerem o que fazem, mas

    isso no potencializado pela empresa pesquisada.

    Identificamos que adoo do intraempreendedorismo nas gestes

    administrativas na maioria das vezes vista de modo desconfiado, devido a estudos

    divulgarem at o momento que o empreendedorismo passa uma ideia distorcida de

    que tudo muito simples e fcil. No entanto, basta desejar e despender muito

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    trabalho que esse paradigma pode ser mudado. Nesse percurso, percebemos que o

    plano de negcio um estgio essencial para a obteno do sucesso.

    Desta forma, fica comprovada a importncia de planejar e formular polticas

    de incentivos a especializao de mo de obra na rea txtil, pois dificilmente os

    funcionrios dessa rea desejam buscar outra profisso.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    APOLINRIO, F. Metodologia da cincia Filosofia e prtica de pesquisa. So

    Paulo: Editora Cegage Learning, 2009.

    FIALHO, F. Empreendedorismo na era do conhecimento. Florianpolis: Visual

    Books, 2007.

    DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negocio. Rio de

    Janeiro: Campus, 2001.

    PINCHOT, G. Intrapreneuring: Por que voc no precisa deixar a empresa para

    torna-se um empreendedor. So Paulo: Harbra, 1989.

    CAVALCANTI, M. Gesto estratgica de negcios. So Paulo: Pioneira, 2003.

    CHIAVENATO, I. Introduo a teoria geral da administrao. 5. ed. Rio de Janeiro:

    Campus, 1999.

    DRUCKER, P. F. Introduo administrao. Traduo de C. Malferrari. So Paulo:

    Thomson Learning, 2006.

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    Anexos

    Ficha de InstruesA proposta deste questionrio conhecer as pessoas que trabalham na

    empresa, analisar suas necessidades e insatisfaes, e tornar a organizao em ummelhor lugar para se trabalhar.

    A pesquisa de empreendedorismo ser avaliada atravs de um caderno dequestionrio contendo perguntas de mltipla escolha e dissertativas.

    Abaixo, algumas orientaes: Fique a vontade para responder o questionrio, seja o mais verdadeiro

    possvel. A participao na pesquisa voluntria, contudo, a sua participao

    importante.

    Considerando a importncia do sigilo, voc no deve registrar seu nome noscadernos.

    Leia com ateno as perguntas e marque um X nas perguntas de mltiplaescolha.

    Caso a pergunta no corresponda com sua realidade de trabalho, deixe aresposta em branco, ou marque no tenho opinio.

    QUESTIONRIO PARA OS COLABORADORES1) Qual a sua faixa etria?

    ( ) Abaixo de 21 anos( ) Entre 22 e 31 anos( ) Entre 32 e 41 anos( ) Acima de 42 anos

    2) Qual a sua escolaridade?( ) Ensino Fundamental( ) Ensino Mdio( ) Superior Completo. Emque?.......................................................................................

    ( ) Superior Incompleto

    3) Qual o seu sexo?( ) Masculino( ) Feminino

    4) Qual o seu cargo?..........................................................................................................................................................................................................................................................

    .................................................................................................................

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    5) H quantos anos atua nessa rea?( ) Menos de 2 anos( ) Entre 3 e 6 anos( ) Acima de 7 anos

    6) Voc est satisfeito com a sua funo? Caso no esteja, o que gostaria demodificar?.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    .............................................................................................................................

    .................................................................................................................

    .................................................................................................................

    7) Em sua opinio, a empresa trata os funcionrios com respeito? O que elapoderia melhorar?.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    ..................................................................................................................

    8) Quantas peas voc produz por dia?...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    9) H alguma maneira de voc aumentar sua produo sem perder a qualidadedo produto? Em caso positivo, qual?.............................................................................................................................

    .............................................................................................................................

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    10)10) Voc possui iniciativa em sua vida profissional?( ) Sim( ) No

    11)Voc possui iniciativa na empresa na qual trabalha?

    ( ) Sim( ) No

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    12)Voc incentivado na empresa na qual trabalha?( ) Sim( ) No

    13)Como voc avalia o grau de autonomia dentro da empresa na qual trabalha?( ) timo( ) Bom( ) Ruim

    14)Voc considera de qualidade o tecido utilizado para a confeco das peasque voc produz? Caso a resposta seja negativa, quais mudanas vocsugere?

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    .............................................................................................................................

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    15)Voc sabe ou capaz de liderar pessoas?.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    .................................................................................................................

    16)Voc gosta de viver desafios profissionais e correr riscos?( ) Sim( ) No

    17)Em sua opinio, a empresa proporciona ao funcionrio participar das decisessobre o modo de produo?( ) Sim( ) No

    18)A empresa na qual trabalha possui esprito empreendedor?( ) Sim( ) No

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    QUESTIONRIO PARA OS GESTORES

    1) Qual a sua faixa etria?( ) Abaixo de 25 anos( ) Entre 26 e 39 anos( ) Entre 40 e 49 anos( ) Acima de 50 anos

    2) Qual o seu sexo?( ) Masculino( ) Feminino

    3) Qual a sua escolaridade?

    ( ) Ensino Fundamental( ) Ensino Mdio( ) Superior Completo. Em que?.....................................................................................( ) Superior Incompleto

    4) H quantos anos atua nessa rea?( ) Menos de 2 anos( ) Entre 3 e 6 anos

    ( ) Acima de 7 anos

    5) Voc est satisfeito com a sua funo dentro da empresa? Caso no esteja, oque poderia ser feito para melhorar?

    6) Quantas peas so produzidas por ms?...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    7) Como a empresa poderia aumentar sua quantidade de peas produzidas semperder a qualidade?........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    8) Descreva algum problema da linha de produo que voc considereimportante?

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    9) Apresente solues para esses problemas?.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    10)Qual a meta do seu departamento?.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    .................................................................................................................

    11)Essa meta alcanada mensalmente?( ) Sim( ) No

    12)Caso contrrio, o que poderia ser feito para alcan-la?..........................................................................................................................................................................................................................................................

    ..........................................................................................................................................................................................................................................................

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    13)Em sua opinio, quais so os pontos fracos?........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    14)Em sua opinio, quais so os pontos fortes?.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    15)Quais so os projetos da empresa?..........................................................................................................................................................................................................................................................

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    16)Esses projetos, em sua opinio, so concretizados. Caso contrrio, o quepoderia ser feito para realiz-los?........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    17)Quem seu concorrente direto e indireto?............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    18)A empresa investe em automatizao do trabalho? De exemplos.

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    19)A quem recorre para conselhos na gesto?..........................................................................................................................................................................................................................................................

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    20)Voc tem iniciativa em sua vida profissional?( ) Sim( ) No

    21)Voc possui iniciativa na empresa na qual trabalha?( ) Sim( ) No

    22)Voc sabe ou capaz de liderar pessoas?( ) Sim( ) No

    23)Voc gosta de viver desafios profissionais e correr riscos?( ) Sim( ) No

    24)Voc se considera um empreendedor. Explique?

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