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Empreendedorismo Feminino e Retorno na Imigração Brasileira de Portugal Suelda de Albuquerque Ferreira Teresa Sofia Teixeira XVI Conferência Internacional Metrópolis Açores , 12 a 16 de Setembro de 2011

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Empreendedorismo Feminino e Retorno na

Imigração Brasileira de Portugal

Suelda de Albuquerque Ferreira

Teresa Sofia Teixeira

XVI Conferência Internacional Metrópolis

Açores , 12 a 16 de Setembro de 2011

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Empreendedorismo Imigrante

Segundo a OCDE e o Eurostat consideram-se

empreendedores as “pessoas (proprietários de negócios)

que pretendem gerar valor, através da criação ou

expansão de uma actividade económica, ao identificarem

e explorarem novos produtos, processos ou mercados”.

“Qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou

novo empreendimento, como, por exemplo, uma

actividade autónoma, uma nova empresa, ou a expansão

de empreendimento existente, por um indivíduo, grupos

de indivíduos ou por empresas já estabelecidas” (GEM,

2004).

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A questão do retorno

Frequentemente, a imigração, sobretudo de longa distância e de

carácter internacional, é concebida como um projecto

temporário, como uma condição necessária à melhoria da

qualidade de vida no local de origem.

A ocorrência ou não de retorno é condicionada por factores

inerentes ao próprio migrante (internos – fase do ciclo de

vida, composição e estratégias familiares…) e por factores

externos, tanto no país de destino (situação económica, política

migratória - e.g. facilidade no reagrupamento familiar, acesso à

nacionalidade, estímulos ao retorno…), como no país de origem

(estímulo à captação de poupanças, facilitação do investimento,

programas de integração no mercado de trabalho…).

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Projecto de Investigação sobre empresárias

brasileiras em Portugal e no Retorno

Metodologia I

Fontes secundárias (quantitativas)

• a) Métodos quantitativos (3 fontes)

• Inquérito do Projecto SOCIUS/CIES/CES Vagas Atlânticas (1400 brasileiros

em Portugal filtrando género e situação na profissão – empresários e

trabalhadores por conta própria)

• Inquéritos do Projecto empreendedorismo feminino em Portugal da OIM para

a CIG (150 inquéritos a empreendedoras dos grupos PALOP, Europa de Leste

e Brasil);

• Base de dados da OIM sobre o programa de retorno (pedidos de apoio

para reintegração com base no desenvolvimento de actividades

empresariais)

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Projecto de Investigação sobre empresárias

brasileiras em Portugal e no Retorno

Metodologia II

b) Métodos qualitativos (Recolha directa do Projecto)

• Entrevistas semi-estruturadas a empreendedoras brasileiras

• Portugal: AML, Norte (Porto/Braga/Guimarães), Algarve, Figueira da Foz

e Leiria

• Brasil: nas principais regiões de retorno, nomeadamente micro-

região de Governador Valadares e Goiânia (imigrantes retornadas)

• Entrevistas semi-estruturadas a brasileiras que trabalham por conta de

outrem (com ou sem experiência de negócio)

• Entrevistas biográficas com imigrantes brasileiras que estão ou estiveram

envolvidas na prostituição para avaliar se o empreendedorismo é uma

alternativa válida como inserção profissional.

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Entrevistas em Portugal

Entrevistas Empreendedoras Conta de outrém Total

AML 21 15 36

Norte Litoral 9 6 15

Algarve 12 15 27

Figueira da Foz e Leiria

5 4 9

47 40 87

Fonte: Projecto BELTS-W 2011

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Entrevistas no Brasil

Entrevistas Empresárias Apoio OIM

MG 13 1

Goiânia 6 4

Total 19 5

Fonte: Projecto BELTS-W 2011

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Questões de investigação?

Que tipo de negócios abrem as mulheres brasileiras regressadas?

Quais as motivações e qual a origem dos recursos mobilizados?

Quais as principais dificuldades no processo de reinstalação no Brasil?

Há uma ruptura ou uma continuidade entre a condição de empresária e a actividade económica desenvolvida em Portugal e no Brasil?

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Motivos para o Retorno

Dados quantitativos (SEF; OIM), indicam um aumento dos regressos.

◦ Familiar;

◦ Pessoal;

◦ Pouco rendimento;

◦ Não se detectou nas entrevistas no Brasil um aumento das intenções de regresso explicitamente associado à crise económica portuguesa. Contudo, parece claro que esta contribui para incentivar e acelerar as opções de retorno.

“Era muito explorada. Ganhava pouco. As coisas foram ficando difíceis. Já não aguentava o meu trabalho em Portugal. Ganhava muito pouco.”

S. (abriu facção em Goiânia)

“A situação em Portugal estava muito mal. O dinheiro mal pagava as

contas. Eu ganhava muito pouco.”

M. (abriu facção em Goiânia)

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Candidatos inscritos (total e brasileiros) no programa

de apoio ao retorno voluntário da OIM (Lisboa)

Fonte: Base de dados OIM

252 320

634

1011

1791

128 220

503

788

1519

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

2006 2007 2008 2009 2010

Nº inscritos no

programa

Brasil

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Nacionalidade dos Candidatos retornados ao país de

origem (%) no programa de apoio ao retorno voluntário da

OIM (Lisboa)

Fonte: Base de dados OIM

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Regressados ao Brasil no âmbito do Programa de

Retorno apoiado pela OIM, segundo o sexo

Fonte: Base de dados OIM

24

109

81 88

123

13

69

48

65

91

0

20

40

60

80

100

120

140

2006 2007 2008 2009 2010

Total de retornados ao Brasil

Homens

Mulheres

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Peso das mulheres no conjunto de regressados ao

Brasil

Fonte: Base de dados OIM

30,0

35,0

40,0

45,0

2006 2007 2008 2009 2010

% m

ulh

ere

sPercentagem de mulheres no conjunto das solicitações

de retorno de brasileiros apresentadas OIM

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O retorno Ligado a iniciativas empresariais:

• Características:

•Pequena dimensão dos negócios (essencialmente empresas em nome individual)

•Micro – região Governador Valadares

• Beleza – 5

• Restauração – 3

•Confecção têxtil (artesanato) – 2

•Ciber café (lan house) – 1

•Imobiliária – 1

Goiânia

• Confecção têxtil – 5

• Restauração – 1

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Negócios no Brasil

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Negócios no retorno e recursos

mobilizados

Motivação para abrir o negócio

• Não querer trabalhar para outros

• Conciliar vida familiar e laboral

• Aumentar rendimentos

Origem do Capital

•OIM (apoio do programa retorno voluntário- PRV)

•Familiares e pessoais (poupanças próprias e do marido)

•Reinvestimento do dinheiro ganho em Portugal na compra de máquinas ou na reforma das suas casas para depois as adaptarem às novas actividades(nalguns casos).

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Negócios no Retorno

“(…) pelo fato da amiga minha que eu mandei o dinheiro para ela montar o

salão aqui pra mim, ela tinha feito pedagogia e não ia poder mais tomar conta

do salão pra mim. Ai eu tive que retornar para tomar conta do salão.”

Janaina, 27 anos, retornou para Governador Valadares, abriu salão

“Não tive dificuldades para abrir a minha facção. Juntei um bom dinheiro

enquanto estive trabalhando em Portugal. Chegando aqui comprei logo

quatro máquinas. Comecei a fazer facção para os outros. As roupas vêm

cotadas. Eu as costuro.”

Carmem, 54 anos, retornou para Goiânia, abriu facção

“Com a minha idade e muito tempo fora do mercado de trabalho não teria muitas

chances de conseguir um emprego. Com um pouco de economia que fiz enviando

para o Brasil e mais a ajuda da OIM estou iniciando uma jornada que creio será

vitoriosa.”

Carmem,42 anos,, retornou para Goiânia, abriu facção/lanchonete-ajuda da OIM

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Re – inserção no Brasil Dificuldades

• Défice de competências;

• Burocracia;

• Manter negócio (juros elevados dos empréstimos).

“(…)No Brasil é tudo muito burocrático. É muito difícil… é muito imposto eu não tive muito

capital de giro porque a reserva que eu tinha não era grande, então, se você não tem muito

capital de giro pra comprar mercadoria à vista você tem que pagar juros de tudo, tudo

envolve juros.”

Sílvia, 31 anos, retornou para Governador Valadares , abriu confecção

“Eu tava meio apreensiva porque é eu fiquei lá... dois anos, eu ficava com medo de chegar

no Brasil, não saber oo.... no que investir ou não conseguir o emprego de novo né, porque

tava fora do mercado de trabalho brasileiro.”

Joana, 30 anos, retornou para Governador Valadares, abriu confecção

“É... eu tinha algum pouco dinheiro guardado, juntei mais um, trabalhei mais um pouco,

fiquei devendo, comprei, dividi, parcelei... mas nada de empréstimo... fui pagando, fui

crescendo aos poucos... comprando uma cadeira hoje, outra amanhã... foi assim!!”,

Mariana, 27 anos, retornou para Governador Valadares, abriu salão

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Re – inserção no Brasil

Efeitos Negativos

• Dificuldade na adaptação;

• Perda de contacto;

• Estranhamento com o lugar.

“(…)eu tenho o corpo aqui e o coração lá!! Eu voltei lá... eu fui lá agora em

julho e... Foi difícil porque você acostuma!! Olha, o trabalho.... a assistência

médica por exemplo, você entra, passou mal, você chega no posto, tira uma

guia e paga 2 euros por uma consulta, 2 euros!! “

“Porque tudo é diferente!! Você está vendo todo este lixo?? Lá você não vê

nada disso... você chega no ponto do ônibus, chegam os portugueses, se

você estiver lá primeiro eles não entram na sua frente no ônibus. De jeito

nenhum eles entram... “

Eva, 50 anos, retornou para Governador Valadares, abriu imobiliária

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Re – inserção no Brasil

A presença em Portugal contribui para a re – inserção no Brasil?

• No domínio pessoal e profissional

• Melhor condição social e económica

• Experiência pessoal e profissional

“Com certeza eu aprendi a... a ter limite; a ter horário; a viver com pouco, a viver com muito; a administrar; “correr atrás”; organizar... com certeza a gente aprende né?! Tudo isso... o que eu tirei de lá foi isso...”

Mariana, 27 anos, retornou para Governador Valadares, abriu salão

“”Lá me deu mais experiência é na área de vendas né, é que ajuda também(…). Eu conheci um povo totalmente diferente do que eu estava acostumada aqui, né, outra língua, apesar de ser o português, mas têm várias, várias maneiras de falar, várias palavras que são totalmente diferentes do Brasil, uma cultura diferente então você acaba assim, tendo, ficando mais maleável com… com as outras pessoas né, você sabe que as pessoas são diferentes, então isso te dá uma experiência pra você lidar com pessoas .”

Silvia, 31 anos, retornou para Governador Valadares, abriu confecção

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Forma de inserção na vida activa: Ruptura vs continuidade

Nos ramos de actividade (antes de

migrarem para Portugal) Brasil

(antes)

Portugal

Salão manicure,

cabeleireiro…

Comércio prod.

Beleza

Cafés,

restaurantes e

lanchonetes

Costura,

Confecção

Outros

Salão manicure,

cabeleiriro…

2 1

Comércio

produtos de

beleza

Cafés,

restaurantes e

lanchonetes

4

1

Costura e

confecção

3

Outros 1 3 4

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Negócio no retorno e recursos

mobilizados

Experiência no Ramo de actividade

Brasil

retorno

Portugal

Salão manicure,

cabeleireiro…

Comércio prod.

Beleza

Cafés,

restaurantes,

lanchonetes…

Costura, Confecção Outros

Salão manicure,

cabeleiriro…

2 1

Comércio produtos

de beleza

Cafés, restaurantes

e lanchonetes

4

1

Costura e

confecção

3

Outros 3 1 3 1

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Situação na profissão antes de migrarem para Portugal

Situação na profissão em Portugal

Trabalhadoras por conta de

outrém

Empresárias

9 10

Trabalhadoras por conta de

outrém

Empresárias

18 1

Portugal e Brasil – ruptura ou continuidade

nas formas de inserção económica

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Notas conclusivas I

Iniciativas empresariais no Brasil de pequena

dimensão com adequação aos mercados

locais (confecção em Goiania; restauração e

estética);

Nas entrevistas às brasileiras retornadas, a

crise económica portuguesa não aparece

como motivo específico e explícito para o

retorno. Contudo, transparece a ideia de que

o agravamento da economia funciona como

um elemento acelerador dos projectos de

retorno;

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Notas conclusivas II

Motivos para a iniciativa empresarial:

autonomia, conciliação vida familiar-vida

profissional; aumento do rendimento.

Origem dos recursos: capital próprio, em

vários casos com inclusão de poupanças

resultantes do período de imigração em

Portugal; apoio ao retorno por parte da

OIM.

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Notas conclusivas III

Principais dificuldades (retorno): juros elevados dos

empréstimos, burocracia; valorização de certas práticas do

quotidiano português que não podem ser retomadas no Brasil.

Ruptura ou continuidade (nas actividades empresariais;

na condição de empresárias)?

- Actividades: Equilíbrio entre continuidade e ruptura;

- Condição de empresárias: Portugal representa uma ruptura

(trabalho por conta de outrem). Regresso à actividade por

conta própria no Brasil, beneficiando da acumulação de capital

e do reforço de algumas competências (organização,

administração, lidar com públicos diversos).

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Questões em aberto…

Que factores explicam os casos de ruptura e os

casos de continuidade?

Perceber se o desenvolvimento de actividades

empresariais no Brasil é, essencialmente,

efectuado pelas mulheres que foram

empresárias antes de partir?

A passagem por Portugal estimula o

empreendedorismo (a decisão de empreender)

ou apenas contribui para criar condições que

possibilitam a colocação em práticas dos

“desejos” de abrir negócio?

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Obrigado pela Vossa atenção!!!

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IGOT – Universidade de Lisboa