embargos de declaração1

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  • 8/6/2019 embargos de declarao1

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    EXCELENTSSIMO SR. DR. JUIZ RELATOR DA 1 TURMA DO TRIBUNAL

    REGIONAL DO TRABALHO DA 1 REGIO RIO DE JANEIRO

    Processo n.:xxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxx, nos autos do RECURSO

    ORDINRIO movido por xxxxxxxxxxxxxx, com fundamento nos artigos 463, 535 e

    seguintes do Cdigo de Processo Civil e artigos 893 e 894 da Consolidao das Leis doTrabalho e, observando que o V. Acrdo no apreciou matrias contidas nas

    contrarrazes ao Recurso Ordinrio interposto pela recorrente, ora embargada, com o

    objetivo de esgotar os limites da defesa dos seus direitos vem interpor

    EMBARGOS DE DECLARAO

    com o objetivo de esclarecer e modificar o que se segue:

    1. DA DECISO DE 2 GRAU

    Esta Colenda Turma, ao proferir o julgamento do presente feito,

    reformou a r. sentena proferida pelo MM. juiza quo, seno vejamos:

    PRESCRIO. ADITAMENTO INICIAL. Mesmo

    ocorrendo a interrupo na contagem do prazo, pela propositura

    de reclamao trabalhista, o aditamento petio inicial deve

    ser feita no prazo de dois anos, a contar do trmino do contrato.

    Se transcorrido o binio, o pedido objeto do aditamento inicial

    encontra-se prescrito.

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    O Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Regio, em Sesso de sua

    Primeira Turma, analisou o presente processo e, unanimemente, conheceu do recurso

    e,sem divergncia,deu-lhe provimento para o fim de declarar como prescrito o pedido

    de condenao subsidiria da segunda reclamada, comfulcro no art. 7 , XXIX, da

    CRFB, pelo fato da apresentao do mesmo ter sido feita aps o decurso do binio quetal norma prev, nos termos da fundamentao.

    2. DA OMISSO NO JULGADO

    Contudo, por qualquer lapso, esta Colenda Turma no analisou a matria

    sobre o prisma da acessoriedade do pedido de condenao subsidiria. Assim que a

    recorrida ingressou com a presente reclamatria em 08/06/2006.

    Por esta razo, entende a embargante que a emenda ocorrida em

    10/06/2008 no ventilou novos pedidos, mas, to somente o requerimento da

    responsabilidade subsidiria da ora embargada, pedido este acessrio ao que

    consta na inicial, razo pela qual houve a interrupo da prescrio com relao

    aos pedidos vindicados na inicial.

    Cumpre salientar, outrossimque no foi observado o contido nos

    pargrafos primeiro e terceiro do art. 204 do Cdigo Civil Brasileiro , seno

    vejamos:

    Art. 204. A interrupo da prescrio por um credor no

    aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupo operada

    contra o co-devedor, ou seu herdeiro, no prejudica aos demais

    coobrigados.

    1o A interrupo por um dos credores solidrios aproveita aos

    outros; assim como a interrupo efetuada contra o devedor

    solidrio envolve os demais e seus herdeiros.

    (...)

    3o A interrupo produzida contra o principal devedor

    prejudica o fiador.

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    Ora Srs. Julgadores, no se pode afastar que a responsabilidade

    subsidiaria espcie do gnero responsabilidade solidria. Assim que na

    responsabilidade solidria, o credor pode exigir a dvidade qualquer um dos devedores

    solidrios enquanto o devedor subsidirio s ter a obrigao de adimplir a dvida caso

    esgotados todos os meios que obriguem o devedor principal ao seu cumprimento.

    Podemos concluir, desta forma, que a interrupo efetuada contra o

    devedor solidrio tambm atinge o devedor subsidirio e ainda que assim no fosse,

    prevaleceria os efeitos da interrupo contra o devedor subsidirio, na medida que,

    analogicamente, a responsabilidade do fiador se equivale a responsabilidade do devedor

    subsidirio, considerando que os dois s so acionados para adimplirem a

    obrigao se o devedor principal no o fizer.

    3. DA NECESSIDADE DOS EMBARGOS DECLARATRIOS

    Caso no seja analisada a questo sob o prisma jurdico daacessoriedade

    da responsabilidade subsidiria, bem como sobre a tica do art. 204, pargrafo primeiro

    e terceiro do Cdigo Civil Brasileiro, restar inviabilizada a possibilidade de se pleitear

    o reexame desta matria, haja vista que segundo Enunciado 297 do Colendo TST,

    obrigatrio que a matria seja prequestionada, para que a tese jurdica especfica seja

    defendida pelo recorrente, como requisito para o conhecimento de eventual recurso em

    instncia superior, seno vejamos.

    Enunciado do TST

    N 297 Prequestionamento. Oportunidade. Configurao - Nova

    redao Res.121/2003, DJ 21.11.2003

    1. Diz-se prequestionada a matria ou questo quando na

    deciso impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a

    respeito.

    2. Incumbe parte interessada, desde que a matria haja sido

    invocada no recurso principal, opor embargos declaratrios

    objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de

    precluso.

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    3. Considera-se prequestionada a questo jurdica invocada no

    recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar

    tese, no obstante opostos embargos de declarao.(grifos e

    destaques nossos)

    Assim,espera-se que esta Colenda Turma conhea dos presentes

    embargos declaratrios para que seja esclarecido o julgado, manifestando-se

    explicitamente acerca da tese jurdica e da omisso ventilada, conforme fundamentao

    supra,para,que ao final, sejam julgados procedentes,com a reforma do V. Acrdo por

    ser medida de JUSTIA!.

    Nestes termos,

    pede deferimento.Rio de Janeiro, 23 de maio de 2011.