embalagens de produtos hortifrutÍcolas … · em 1985, iniciou-se o declínio do sistema e as...

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EMBALAGENS DE PRODUTOS HORTIFRUTÍCOLAS “IN NATURA”: DESCRIÇÃO DE UM MODELO LOGÍSTICO REVERSO NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO (CEASAS) Rosani de Castro (UNESP) [email protected] Plinio Silvio Julioti (UNESP) [email protected] As Centrais de Abastecimento (CEASAs) foram desenhadas sob a ótica da organização e da regulação do mercado fornecedor de alimentos básicos, visando o abastecimento dos grandes centros com volumes e sem diferenciação de produtos. O mercado de hortifrutícolas carece de embalagens paletizáveis, modulares (adequadas para diferentes produtos), limpas e baratas. Se retornáveis, com garantia de retorno, desinfecção, de disponibilidade e quando vazias, não entrem em comercialização. Este artigo tem como objetivo descrever e analisar o modelo de logística reversa de embalagens de produtos hortifrutícolas “ïn natura” nas CEASAs, através de uma pesquisa qualitativa, focando a análise, inicialmente, nas interpretações dos dados obtidos no estudo de caso da CEASA de Uberlândia (MG). Palavras-chaves: reciclagem, logística reversa, meio-ambiente XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão. Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009

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EMBALAGENS DE PRODUTOS

HORTIFRUTÍCOLAS “IN NATURA”:

DESCRIÇÃO DE UM MODELO

LOGÍSTICO REVERSO NAS CENTRAIS

DE ABASTECIMENTO (CEASAS)

Rosani de Castro (UNESP)

[email protected]

Plinio Silvio Julioti (UNESP)

[email protected]

As Centrais de Abastecimento (CEASAs) foram desenhadas sob a ótica

da organização e da regulação do mercado fornecedor de alimentos

básicos, visando o abastecimento dos grandes centros com volumes e

sem diferenciação de produtos. O mercado de hortifrutícolas carece

de embalagens paletizáveis, modulares (adequadas para diferentes

produtos), limpas e baratas. Se retornáveis, com garantia de retorno,

desinfecção, de disponibilidade e quando vazias, não entrem em

comercialização. Este artigo tem como objetivo descrever e analisar o

modelo de logística reversa de embalagens de produtos hortifrutícolas

“ïn natura” nas CEASAs, através de uma pesquisa qualitativa, focando

a análise, inicialmente, nas interpretações dos dados obtidos no estudo

de caso da CEASA de Uberlândia (MG).

Palavras-chaves: reciclagem, logística reversa, meio-ambiente

XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão.

Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009

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Seção 1.01

1. Introdução

O setor distribuidor de hortifrutícolas é composto por empresas atacadistas e pelas CEASAs -

Centrais de Abastecimento, que são empresas estatais ou de capital misto destinadas a

promover, desenvolver, regular, dinamizar e organizar a comercialização de produtos em uma

região, na qual esta esteja inserida.

Para as pequenas empresas, as CESASs ainda são as grandes responsáveis pela distribuição

dos legumes em geral. Para as frutas a situação não é muito diferente, pois a CEASA continua

sendo a grande fornecedora, tanto de frutas nacionais como de importadas. No caso do

produto hortifrutícola, já há uma parcela significativa de supermercados comprando da

CEASA e diretamente do produtor.

Segundo Mourão (2007), as CEASAs foram criadas pelo Governo Federal em 1972, e foram

desenhadas sob a ótica da organização e da regulação do mercado fornecedor de alimentos

básicos, visando o abastecimento dos grandes centros com volumes e com uniformidade de

produtos, com o objetivo de sanar problemas de estrangulamento no sistema de

comercialização, problema este, advindo da década de 60.

A comercialização de hortifrutícolas ficou concentrada nas CEASAs das principais capitais

brasileiras até a década de 1980, e à medida que as cidades do interior começaram a crescer,

os governos estaduais tiveram que investir também na criação de entrepostos nessas regiões.

Em 1985, iniciou-se o declínio do Sistema e as discussões sobre a privatização das empresas,

as CEASAs passaram a fazer parte da lista de privatizáveis e o setor hortifrutícola deixou de

receber do Governo Federal a atenção e o reconhecimento de sua importância. Diante desse

panorama, cada estado ou município passou a conduzir sua CEASA como melhor lhe

aprouvesse, e assim, perdendo-se assim, a idéia do sistema existente até então.

As CEASAS ainda tentam sobreviver desempenhando a mesma função e com basicamente a

mesma infra-estrutura para as quais foram criadas na década de 1970. No entanto, a cada ano,

verifica-se nas CEASAs, grande fragilidade do produtor na comercialização, inexistência de

um elo atuante coordenador da cadeia e, pela melhoria das embalagens destes produtos,

causando grandes perdas de alimentos.

Segundo Cunha (2008), o atual sistema das CEASAS movimenta cerca de 14 milhões de

toneladas de produtos hortigranjeiros e a movimentação financeira supera a casa dos US$ 10

bilhões anuais, considerando-se os produtos e serviços que comercializados. Supera o valor da

soma das vendas das duas principais redes varejistas do mercado brasileiro: o Pão de Açúcar

e o Carrefour.

A necessidade da existência e da adoção de padrões de qualidade, bem como da melhoria de

embalagens na cadeia de produtos hortifrutícolas frescos, sempre se fez presente. Com o

intuito de sanar as deficiências do processo, entidades públicas e privadas se articularam ao

longo dos anos conforme segue:

Portaria no.

127 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAA) de 04 de outubro

de 1991, normatizou as dimensões e as matérias-primas das embalagens utilizadas pelo

mercado, entretanto, não foi sufuciente por não levar em conta as necessidades do produto,

e por impedir que o setor acompanhasse as inovações do mercado, uma vez que, o material

e as medidas das embalagens eram padronizadas.

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Reuniões realizadas no Ministério da Agricultura e Abastecimento com técnicos e

representantes de todos os elos da cadeia de produção, apresentaram ao Ministro da

Agricultura uma nova proposta de normatização da embalagem, no início do 2o. semestre

de 2.000. A proposta era estabelecer normas gerais e dividir as categorias de embalagens

em retornáveis (com obrigatoriedade de desinfecção) e descartáveis (incentivando a

reciclágem, ou a incinerabilidade limpa).

Em 12 de novembro de 2002, foi instituída pelo Instituto Nacional de Metrologia

(INMETRO), pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Secretaria

de Apoio Rural e Cooperativismo (SARC), a Instrução Normativa nº.09, regulamentando o

acondicionamento, o manuseio dos produtos hortifrutícolas“in natura” em embalagens

próprias para a comercialização, visando a proteção, conservação e integridade dos

mesmos. Seu principal foi a exigência de que as embalagens retornáveis devem ser íntegras

e higienizadas, sem, no entanto, especificar o material das mesmas.

O Decreto 5.940 de 25 de outubro de 2006, do Governo Federal, instituiu a separação dos

resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal

direta e indireta na fonte geradora e a sua destinação às associações e cooperativas dos

catadores de materiais recicláveis.

O Decreto 6.268 do governo federal de 22.11.07, regulamentou a Lei n. 9.972 de 25 de

maio de 2000, que instituiu a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e

resíduos econômicos. Uma das grandes mudanças neste Decreto, foi a responsabilização

dos atacadistas e varejistas pela reciclagem das embalagens descartáveis e pela

higienização das embalagens retornáveis.

Atualmente, os produtos comercializados nas CEASAs, não obedecem às normas

estabelecidas, um problema já muito antigo antigo. A criação de um sistema nacional de

caixas ainda é um projeto embrionário, e começa a ser discutido entre vários representantes de

entrepostos de alimento do Brasil. Algumas CEASAs estão adiantadas em relação à

implantação do Banco de Caixas, seguindo o modelo do projeto desenvolvido pelos técnicos

da CEAGESP-Comapnhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.

A CEASA de Uberlândia (MG) é uma dessas centrais de abastecimento que utiliza esse

modelo de banco de caixas, onde os produtores de hortigranjeiros e os compradores dos

produtos adquirem créditos que lhes garantem as condições de retirada das embalagens na

central de distribuição. O modelo propõe a adoção de caixas plásticas em substituição às de

madeira e inclui também, uma central de higienização que funciona nas proximidades da

central de abastecimento, onde são descontaminadas cerca de 25 mil caixas de plástico por

dia, dentro das normas de proteção ambiental e segurança.

Este trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de modelo logístico reverso das

embalagens hortifrutícolas, de forma a melhorar o aspecto sanitário e ambiental, otimizando

os recursos logísticos do sistema.

2. Revisão da Bibliografia

2.1. Logística Empresarial e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

Segundo Gomes & Ribeiro (2004), logística é o processo que gerencia estrategicamente a

aquisição, a movimentação e o armazenamento de materiais, de peças e de produtos

acabados, sua organização e dos seus canais de distribuição de modo a poder maximizar a

lucratividade da empresa e o atendimento e satisfação dos clientes a baixo custo.

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Para Ballou (2006), a logística é o processo de planejamento, de implantação e de controle

do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, dos serviços e das informações, desde o ponto de

origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências do cliente.

Apesar de ter sua origem há muitos anos atrás, na área militar, e ter seus primeiros registros

por volta do ano de 1800, nos escritos do engenheiro francês Julie Dupuit, ela somente teve

verdadeira ênfase no Brasil por volta de 1990, após a abertura de mercados.

Normalmente uma empresa não possui o controle do fluxo produtivo no canal todo, desde a

aquisição de matéria-prima até a entrega ao cliente. Dois canais de distribuição física distintos

existem nesse processo: o canal de suprimento físico que é o hiato de tempo e espaço entre as

fontes de material até o processamento do mesmo, e o canal de distribuição física que se

refere ao hiato de tempo e espaço entre os pontos de processamento da empresa e seus

clientes. Todas estas atividades estão integradas na logística empresarial, e o gerenciamento

desta, é conhecido como Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain

Management (SCM).

Conforme Christopher (1997), o conceito de SCM é entendido como a gestão e a coordenação

dos fluxos de informações e de materiais entre a fonte e os usuários, como um sistema de

forma integrada.

Wanke et al. (2003), definem SCM como uma tarefa mais complexa que a gerência logística

dos fluxos de produtos, de serviços e de informações relacionadas entre o ponto de origem e o

ponto de consumo, ou seja, a estratégia logística é necessária no gerenciamento da cadeia de

suprimentos, mas esta além da gerência logística, visa uma maior integração das atividades

das organizações, além do estabelecimento de relacionamentos confiáveis e duradouros com

os clientes e os fornecedores. Entretanto, o SCM não termina com a simples entrega do

produto ao consumidor final, também se preocupa com o fluxo reverso desses bens, uma vez

que as organizações hoje atuam num mercado global, onde as exigências dos fornecedores e

dos clientes quanto às questões ambientais se multiplicam, tornando-se um fator de peso nas

negociações.

2.2. Logística Reversa

O avanço da tecnologia gerou um aumento do nível de descartabilidade dos produtos em

geral, acelerando a obsolescência dos mesmos. Como conseqüência, há um desequilíbrio entre

as quantidades de resíduos descartadas e as reaproveitadas, tornando o lixo urbano um dos

mais graves problemas da atualidade. Isso se dá porque muitas vezes não existem canais de

distribuição reversos devidamente estruturados e organizados nas empresas

Stock (1998:20 apud LEITE, 2003), comenta que a logística reversa refere-se ao papel da

logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição e reuso de

materiais, disposição de resíduos, reforma e reparação de manufatura.

A logística reversa de pós-venda é a área de atuação que se ocupa do equacionamento e

operacionalização do fluxo físico e das informações de bens de pós venda, sem uso, ou com

pouco uso, os quais, por diferentes motivos, retornam aos elos da distribuição direta com o

objetivo de agregar valor a um produto, que é devolvido por razões comerciais diversas, tais

como: erros no processamento de pedidos, garantia pelo fabricante, defeitos, avarias no

transporte, entre outros motivos. LEITE (2003).

Leite (2003) define ainda, que os bens de pós-consumo são os produtos em fim de vida útil,

ou usados com possibilidade de reutilização, como é o caso das embalagens de hortifrutícolas.

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O objetivo estratégico destes produtos é agregar ao proprietário de origem, valor de um

produto constituído de bens inservíveis, ou que ainda, possuam condições de utilização, após

descarte, terem atingido o fim da vida útil. Esses produtos de pós-cosumo poderão se originar

de bens duráveis ou descartáveis, além de fluir por canais reversos de reuso, desmanche,

reciclagem e até destinação final.

Como pode se observar na Figura 1, a logística reversa se utiliza das mesmas atividades da

logística direta.

Fonte: Adaptado de Rogers &Tibben-Lembke (1999)

Figura 1 – Gerenciamento da SCM direta e reversa

Para Bowersox e Closs (2001), as necessidades da logística reversa também se originam das

legislações que proíbem o descarte indiscriminado de resíduos no meio ambiente incentivando

a reciclagem. O aspecto mais importante da logística reversa é a necessidade de um máximo

controle, quando existe uma possível responsabilidade por danos à saúde humana.

2.3. Ciclo de Vida de Embalagens

De acordo com Bjöörn (1990 apud BRAMKLEV et al., 2001), o custo da embalagem situa-se

entre 5 e 10% dos custos logísticos de um produto, para Lancioni e Chandran (1990 apud

BRAMKLEV et al., 2001), estes mesmo custos representam cerca de 8%, podendo oscilar

entre 15 e 20% dos custos logísticos em operações de exportação.

Packforsk (2000 apud BRAMKLEV et al., 2001), descreve que a embalagem logística tem o

objetivo de desenvolver embalagens e sistemas de embalagens para suportar os objetivos

logísticos de forma a criar o benefício de produtos em termos de tempo, e de espaço, a fim de

estabelecer a amizade com cliente.

Segundo a Associação Brasileira de Embalagem – ABRE (2006), a abordagem de ciclo de

vida (ACV), é usada para identificar os aspectos e impactos ambientais que ocorrem durante o

ciclo de vida completo da embalagem (desde a extração da matéria-prima, fabricação, uso e

seu descarte), auxiliando assim na definição das diretrizes do projeto de melhorias ambientais.

Para Kotler (2000), a ACV de um produto é dividida em quatro estágios: Introdução,

Crescimento, Maturidade e Declínio (Figura 2).

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Introdução é um período de baixo crescimento em vendas, uma vez que o produto esta sendo

introduzido no mercado. Não existem lucros neste estágio, devido às pesadas despesas com a

introdução do produto. O Crescimento é um período de rápida aceitação no mercado e de

melhoria substancial dos lucros. A Maturidade é um período de baixa no crescimento de

vendas, pois, o produto já conquistou a aceitação da maioria dos compradores potenciais, e os

lucros se estabilizam ou declinam, devido à competição acirrada. O Declínio é o período em

que as vendas mostram uma queda vertiginosa e os lucros desaparecem.

Figura 2 - Ciclo de vida do produto

Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matéria-prima,

de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também

outros custos que estão relacionados ao gerenciamento do seu fluxo reverso como um todo.

É importante considerar todos os estágios do ciclo de vida da embalagem, bem como

conhecer como estas podem afetar o meio ambiente nestes diferentes estágios. Deve-se

garantir que qualquer melhoria efetuada num determinado estágio do processo fabril ou na

estrutura da embalagem não venha, mesmo que involuntariamente, gerar impacto ambiental

em outros estágios.

Conforme CETEA/CEMPRE (2002), em sistemas retornáveis para alimentos e bebidas é

necessário higienizar as embalagens primarias e secundarias entre os ciclos de uso, por razões

de segurança alimentar. Dessa forma, devem ser considerados o gasto energético e o consumo

de água para lavagem das embalagens entre os ciclos de uso. Por meio da ACV, é possível

prolongar a vida da embalagem e do produto, proporcionando formas de reutilização e

aproveitamento, reduzindo a necessidade de extração de novos recursos naturais.

3. Classificação das Embalagens

Segundo a ABRE (2006), a embalagem descartável pode ter uma estrutura menos robusta,

requerendo menos matéria-prima em sua composição e energia para o seu processamento, o

que implica em ganho ambiental. Por ser descartada após o consumo do produto, esta

embalagem deve prever formas de desmontagem e reciclagem ou reaproveitamento das

matérias-primas utilizadas em sua estrutura.

Leite (2003) enfatiza que as embalagens descartadas pela sociedade apresentam uma

considerável negativa „Visibilidade ecológica‟ em alguns centros urbanos, devido ao grande

crescimento de sua utilização, sendo muitas vezes dispostas impropriamente, gerando

poluição mas, oferecendo ao mesmo tempo, importantes oportunidades econômicas.

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Para ABRE (2006), a embalagem retornável é aquela que retornará à indústria para reenvase

do produto. Esta deverá passar pelas etapas de transporte da logística reversa e pelo processo

de lavagem e esterilização. A sua estrutura e tecnologia, de abertura e fechamento, deverão

prever o reacondicionamento de produtos em escala industrial.

Embalagem reutilizável é a embalagem que poderá ser reaproveitada pelo consumidor para

o acondicionamento de outros produtos, devendo possuir estrutura adequada para

proporcionar a sua reutilização, com segurança.

Em síntese, a embalagem ideal é aquela que melhor atende a proposta do produto que nela

esta acondicionado. Para isto deve ser estudado o seu posicionamento em todas as etapas:

produção, distribuição, comercialização, consumo e destinação final. O importante é justificar

a decisão e tê-la embasada na proposta real de vida do produto.

4. Tipos de Embalagens Hortifrutícolas

Existem no mercado de hortifrutícolas vários tipos de embalagens de diferentes materiais e

modelos, sendo os principais: madeira, papelão ondulado e plástico.

4.1 Caixas de Madeira

Silva (2006) salienta que este tipo de embalagem é amplamente difundida utilizando a

madeira na sua confecção. As principais vantagens dessas embalagens são: baixo preço e

elevada resistência, além de proporcionarem ampla e generalizada reutilização, chegando a

cinco o número de reutilizações. Como desvantagens: não permitem a unitização da carga,

são pesadas, sujas, de má aparência, além de machucar o produto, acarretando perdas e

contaminações. Cabe ressaltar ainda, que a madeira como matéria prima das caixas, consiste

na absorção da água dos produtos hortifrutícolas lavados e, sem secagem adequada, chega a

representar 37% do peso da embalagem, aumentando os riscos para a saúde do operador do

ponto de vista ergonômico. A figura 3 apresenta as embalagens mais tradicionais como: a

caixa M, a caixa K, o torito e o engradado.

Fonte: Silva (2006)

Figura 3 - Caixas de madeira

4.2 Caixas de Papelão

Silva (2006), descreve que os varejistas são quase sempre o ponto final do grande volume de

embalagens de papelão, fator este que facilita a coleta e revalorização destas embalagens. Nas

CEASAs essas embalagens são largamente usadas no acondicionamento de frutas, produtos

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com valoração maior, que permitem os custos relativamente altos da unidade de caixa.

Permitem a unitização da carga, são auto-expositivas, diminuem significativamente o

manuseio do produto e possibilitam também a utilização do marketing visual. Apresentam

como desvantagem além do custo, a necessidade do controle do teor de água remanescente da

lavagem das frutas para manter a sua estrutura íntegra.

4.3 Caixas Plásticas

Além de oferecerem maior durabilidade, resistência e permitirem a paletização, as caixas

plásticas também contribuem para reduzir o desperdício de hortifrutícolas por terem um

melhor acabamento, sem apresentar arestas que podem machucar o produto e por permitirem

fácil lavagem, higienização e não absorverem água, dificultando a proliferação de

microorganismos. As caixas de plástico, apesar de serem mais caras, trazem benefícios a

longo prazo pela possibilidade de reutilização, seu custo de aquisição vai sendo amortizado ao

longo da vida útil, sendo uma opção muito vantajosa na maioria das situações (SILVA, 2006).

Fonte: Silva (2006)

Figura 4 - Caixas plásticas

A Tabela 1 apresenta de forma resumida as características dos principais tipos de caixas

existentes no mercado.

CAIXAS DE MADEIRA CAIXAS DE PAPELÃO CAIXAS PLÁSTICAS

Não paletizáveis

(geralmente) Paletizáveis (geralmente) Paletizáveis (geralmente)

Grandes e pesadas para

empilhamento

Resistentes e com

tamanhos adequados

Relativamente leves e

resistentes

Maior mão de obra para

manuseio

Baixo número de Mão de

obra

Baixo número de Mão de

obra

Descartáveis Descartáveis Reutilizáveis

Ocupam muito espaço

(packing house)

Ocupam pouco espaço

(montadas na hora)

(packing house)

Ocupam espaço

(packing house)

Elevado nível de perdas

do produto Perda zero (descartáveis)

Baixo nível de perdas do

produto

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Média ventilação Baixa ventilação Alta ventilação

Alto custo Alto custo Baixo custo (por

operação)

Baixo custo de retorno

(descartáveis)

Baixo custo de retorno

(descartáveis)

Alto custo de retorno

(reutilizáveis)

Difícil Higienização Higiênicas (descartáveis) Fácil Higienização

Fonte: Silva (2006)

Tabela 1 - Características dos tipos de caixas

5. Central de Embalagens

A proposta da Central de Embalagens teve um forte apoio no projeto de planejamento

estratégico, do CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP.A Central de

Embalagens aluga a embalagem plástica através de um contrato mínimo de 24 meses,

armazena, higieniza e repara as caixas vazias, sua viabilização teve um grande sucesso no

mercado varejista. Grandes redes como o Pão de Açúcar, o Sé, o Carrefour, o Wall-Mart

exigem dos seus fornecedores a utilização das caixas plásticas da Central de Embalagens.

Para uma maior garantia, exigem do fornecedor a apresentação do contrato de aluguel do

número de caixas necessárias no fluxo adequado de caixas. Esse número chega a até cinco

vezes o volume de cada entrega.

Gutierrez (2000), justifica que esse sistema de caixas possui ainda muitos problemas:

a) A caixa não pode ser adquirida só alugada, mesmo que o comprador da caixa tenha

produção de apenas alguns dias no ano, ele continua tendo que pagar o aluguel de 24

meses;

b) O locatário das caixas fica responsável pela administração do retorno das caixas; o que

pode onerar o mesmo em situações de perda ou, quebra das caixas;

c) As caixas não estão sendo higienizadas, conforme foi proposto no projeto. Onde o aluguel

da caixa garantiria todas as desinfecções necessárias, a CE cobra pela desinfecção. Caso

as desinfecções não sejam efetuadas, haverá mais um agravante: a caixa plástica dura

mais, permitindo que os meandros microscópicos do plástico acumulem mais sujeira. O

que se tem percebido no mercado hortifrutícola é a substituição gradativa da caixa de

madeira pela de plástico.

d) O custo do aluguel da caixa é muito alto, com aproximadamente seis meses de aluguel, é

possível adquirir uma boa caixa nova;

e) Algumas grandes redes estão realocando a caixa e repassando para o fornecedor com uma

boa margem de lucro;

f) Excessiva demora na retirada da caixa vazia do grande varejo;

g) O volume elevado de caixas alugadas exigido pelo varejo, até cinco vezes o volume de

cada entrega: Tal operação serve de “pulmão” para as grandes redes;

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h) As dificuldades e o custo da administração das embalagens são encargos do fornecedor. A

maioria do produto embalado em caixas plásticas, chega ao mercado em caixas

reutilizáveis, sendo repassadas pelo atacadista antes de ser entregue ao varejo. O manuseio

desnecessário aumenta as perdas e diminui a vida de prateleira do produto.

O mercado hortifrutícola carece de embalagens paletizáveis, modulares, adequadas para

diferentes produtos, limpas e baratas. Se retornáveis, com garantia de retorno e desinfecção,

com disponibilidade garantida. Quando vazias, não devem entrar na área de comercialização.

Surgiu face à necessidade de aprimoramento da CE surgiu o projeto do Banco de Caixas (BC)

da CEAGESP.

O projeto do BC teve início na CEASA-Campinas, que por problemas internos, ainda não está

operando. Os parâmetros da idéia inicial são:

O vale-caixa e o depósito de caixas são os alicerces do BC que é o responsável pela venda

e pela garantia do Vale-Caixa;

O sistema oferece uma variedade de caixas paletizáveis e modulares de diferentes

tamanhos. A caixa deverá permitir a sua identificação individual através de um código de

barras ou de alguma tecnologia de tipo RFID (Radio-Frequency Identification), medida

esta, que surge como idéia futura;

Qualquer pessoa que adquirir um vale-caixa torna-se proprietário de uma caixa, podendo

retirar ou negociar a caixa no momento que lhe aprouver, pois o vale caixa não tem data de

vencimento;

O BC é responsável, 24 horas por dia, pela disponibilidade, manutenção e higienização

adequada de caixas vazias. Na prática, quem adquiri um vale-caixa é dono de uma caixa

virtual, com garantia de disponibilidade;

O vale-caixa é utilizado como moeda no BC. Cada um dos usuários na retirada de uma

caixa, precisa entregar um vale-caixa e na entrega de uma caixa receberá um vale-caixa;

Deverá ser possível a recompra do vale-caixa com um lastro-caixa e o vale-caixa só poderá

ser emitido na primeira venda da caixa;

O BC não precisa possuir um espaço dentro da CEASA, a área necessária é muito grande.

O depósito de caixas ficará responsável pelo abastecimento e entrega de embalagem para

os permissionários que precisarem de caixa para o repasse do produto ou reembalamento.

A caixa vazia, dentro da CEASA, será sempre armazenada no Depósito de Caixas. Poderão

ser admitidos no sistema mais de uma empresa, porém a entrada da caixa vazia dentro da

CEASA só será permitida se destinadas, ou oriundas do BC;

A formação de um pool de caixas vazias livrará o produtor ou o permissionário da

necessidade de estoque de caixas em virtude da demora de retorno da caixa. Hoje o número

de dias para o retorno da caixa varia de 5 a 8 dias, o que significa um estoque 5 a 8 vezes

maior que o número de caixas colocados à venda. O BC pode reduzir esse número para 2:

uma caixa cheia no mercado e uma caixa sendo embalada na roça. A entrega da caixa cheia

no mercado dará direito ao vale caixa e a retirada da caixa vazia;

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O Vale-Caixa deverá se responsabilizar por um sistema que garanta e fiscalize a

higienização das caixas e que incentive a utilização do BC. É aconselhável que as

empresas financiem a compra parcelada da embalagem.

A Figura 5 demonstra o fluxo logístico do BC.

Fonte: CQH-CEAGESP

Figura 5 - Fluxo do Banco de Caixas

6. Estudo de Caso: a Experiência do CEASA-Uberlândia

Silva Filho (2008), Assistente técnico do CEASA-Uberlândia, enfatiza que o conceito de

Banco de Caixas (BC) é diferente da Central de Embalagens (CE).

A CE é a proprietária das caixas e trabalha com a locação das mesmas por períodos de 30

dias, ou mais. A CE higieniza as caixas caso essas sejam encaminhadas para esse fim no

período de locação, já o BC administra a troca das embalagens, higieniza e armazena as

caixas que não estão em uso no momento. Tanto os clientes (qualquer comprador), quanto os

produtores e comerciantes estabelecidos na Ceasa, possuem suas próprias caixas (50% de

cada lado) e, utilizam a seguinte logística:

O cliente (comprador) descarrega suas caixas no BC, antes de sua entrada para o mercado;

Ao depositar as caixas no BC, recebe o número correspondente de caixas em um cartão

vale-caixa;

Ao acessar o mercado efetua suas compras e para cada caixa de produto adquirido, entrega

ao vendedor um vale-caixa. Enquanto isso as caixas serão higienizadas no BC;

Ao final de comercialização o vendedor de posse dos vales-caixas dirigem-se ao BC e os

troca por caixas higienizadas;

Chama-se banco, por possuir esse "lastro", ou seja, para cada vale circulante no mercado é

necessário haver uma caixa correspondente no banco;

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As unidades de vales existente são 1, 2, 5, 10 e, 50.

A Tabela 2 indica a padronização das medidas disponíveis.

400 x 600 x 240 mm

401 x 600 x 180 mm

LOGIKAIXA 400 x 600 x 240 mm

401 x 600 x 310 mm

402 x 600 x 380 mm

Fonte: CEASA-Minas

Tabela 2 - Padronização das caixas

O processo já funciona com sucesso há quatro anos no mercado de Uberlândia. Foi

implantado para atender a Instrução Normativa Conjunta da ANVISA-AGÊNCIA

NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA(2002). As caixas são padronizadas na cor e no

tamanho, não possuem marca do proprietário, pois eles possuem vales-caixas.

Na época da implantação não foram realizados estudos sobre as perdas com as embalagens de

madeira, portanto não houve possibilidade de comparações com o processo atual. Na verdade,

os agentes do CEASA-Uberlândia estão satisfeitos com o novo sistema.

O processo pode e precisa ser melhorado, com a introdução de práticas corretas: rotulagem,

modernização das caixas, permitindo assim, a nacionalização do processo, sem perder de vista

o fato de que a ANVISA (2002), não proíbe o uso de outras embalagens, apenas proíbe o

retorno de embalagens de madeira e de papelão, exigindo a higienização das retornáveis,

aconselhando que as mesmas sejam paletizáveis.

Oliveira (2008), gerente da empresa que opera o (BC), relata que o sistema opera com a

seguinte eficiência:

Rendimento da Máquina de Higienização

600 caixas/h (3 estágios)

1.100 caixas/h (4 estágios)

2.200 caixas/h(4 estágios - Pista dupla)

Manutenção Mínima / Custo Baixo (GLP) / Vida Útil Prolongada

7. Considerações Finais

Os resultados observados no presente trabalho permitem concluir que a substituição das

caixas de madeira (maioria nas CEASAs do país) pelas caixas plásticas é fundamental sob o

aspecto sanitário, ambiental, como ainda, pela otimização dos recursos logísticos. A

implantação de novos modelos depende do custo e do perfil da plantação.

As embalagens de plástico são as mais caras, porém trazem benefícios a longo prazo. Com

isso, as caixas plásticas começaram a ganhar espaço, porque podem ser higienizadas

(exigência da legislação) e, são mais resistentes. Além disso, os supermercados têm dado

preferência a elas, porque reduzem o desperdício de alimentos.

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Quanto às caixas de papelão, as mesmas são eficientes quando utilizadas uma única vez,

cabendo observar as necessidades e características de cada produto. Importante salientar que

as caixas de papelão, assim como as de madeira, após o descarte, devem passar por processo

de reciclagem ou incineração limpos, evitando-se a formação de grandes depósitos de rejeitos.

Tal medida raramente ocorre.

A solução para modernizar as embalagens nas CEASAs seria a criação do banco de caixas. O

sistema tem sido usado em unidades regionais em Minas Gerais e São Paulo, com sucesso,

mas especialistas ainda estudam uma maneira de implantar o processo em grandes centros de

distribuição de alimentos in natura, interligando o serviço em vários Estados.

Na CEASA-Uberlândia, todos os produtores usam somente caixas plásticas, e os resultados

esperados e em grande parte alcançados, com o novo modelo são: padronização das

embalagens; modernização do sistema de comercialização; maior eficiência no processo;

diminuição da perda de alimentos na pós-colheita; garantia de qualidade e higiene dos

alimentos comercializados na CEASA; atendimento as normas estabelecidas pelo Ministério

da Agricultura - ANVISA (2002); redução significativa no roubo de caixas no mercado;

redução no custo de estoque e de embalagens vazias; maior organização e limpeza da

CEASA; diminuição em longo prazo, do custo com embalagens por parte de produtores e

atacadistas.

O modelo proporcionou ainda, a higienização efetiva, controle, estoque, segurança e

satisfação dos agentes envolvidos mas, pode ainda, ser melhorado com a introdução de

medidas efetivas na pratica da lei, como por exemplo, a devida rotulagem.

O presente trabalho sugere um estudo futuro mais aprofundado do modelo apresentado, de

forma que o mesmo gere subsídios para a adequação do modelo junto às demais CEASAs,

propondo melhorias, levando em consideração as características próprias de cada unidade.

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