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Em tempos de crise

Educação Financeira

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Copyright 2015 (1ª Edição)

Todos os direitos desta edição reservados aos autores. Impresso no Brasil Printed in Brazil. Depósito Legal na Biblioteca Nacional,

conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907

Projeto Editorial Diagramação:

Antônio Ramos da Silva

Capa:

Prima Obra

Revisão técnica e ortográfica:

Ivanilde Kiem Dranka

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA

PUBLICAÇÃO (CIP)

ISBN –

PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980) sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

A634 Em tempos de crise – Educação Financeira/ Antônio

Ramos da Silva... [et al.]. – 1. ed. – [S.l.]: InVerso, 2015. 77p.

ISBN: 978-85-62112-21-8

1. Economia. 2. Literatura brasileira I. Ramos da Silva, Antônio II. Título.

CDD: 640 Elaborada por: Andréa Blaskovski CRB 14/999

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Antônio Ramos da Silva

Em tempos de crise

Educação Financeira

1ª Edição

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Antônio Ramos da Silva

Nasceu em 19 de setembro de 1960 na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). Economista, professor, escritor,

historiador e poeta. Formado em Ciências Econômicas pela

Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR). Pós graduou-se em Gestão Financeira pela Pontifícia Universidade

Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR).

Atuou com Gerente Regional de Controladoria e Finanças para o Paraná e Santa Catarina na empresa Supergasbras Distribuidora de

Gás S.A sediada no pólo petroquímico de Araucária – Paraná, no

período de 1979 a 2000.

Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina Municipal de São Bento do Sul

(SC) e membro da Associação Internacional de Poetas para São Bento do Sul. Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim,

Indiferente Não”, e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC).

Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu

Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013. Publicou: 30 títulos, entre poesias, textos, diálogo e história.

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Sumário

História sobre economia doméstica...................................................................... 9

Lição dos sábios...................................................................................................... 11

Fatores psicológicos - Comportamento do consumidor....................................14

Poesia “Educação Financeira”...............................................................................18

Receita da prosperidade........................................................................................ 19

Programa de educação financeira........................................................................ 20

Planejamento financeiro da família..................................................................... 24

Orçamento doméstico............................................................................................ 26

Orçamento doméstico – dicas............................................................................... 29

A realidade financeira do lar................................................................................ 33

Reduzir despesas e economizar........................................................................... 35

Economia e conservação de alimentos................................................................ 40

O desperdício de alimentos no Brasil.................................................................. 42

Melhorar sua remuneração................................................................................... 47

Emprego & Salário................................................................................................. 50

Dinheiro & Qualidade de vida............................................................................. 51

Crianças e adolescentes precisam aprender administrar o dinheiro...............55

Proposta em tramitação na câmara..................................................................... 57

Educação financeira para criança nas escolas privadas................................... 58

Educação financeira para jovens.......................................................................... 60

Cartão de Crédito................................................................................................... 62

Cheque..................................................................................................................... 63

Vilões que contribuem para o endividamento.................................................. 64

Como funciona a Pesquisa de Orçamento Familiar – POF.............................. 66

Proposta – Horta escolar e doméstica................................................................. 71

Por uma economia pautada na ideia do decrescimento................................... 74

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HISTÓRIA SOBRE ECONOMIA DOMÉSTICA A ideia da criação de Cursos de Economia Doméstica, no Brasil, surgiu em 1945, por ocasião da 3ª Conferência Interamericana de Agricultura, realizada em Caracas, com o tema “A mulher e o fomento agrícola”.

Era necessário pessoal técnico para orientar o agricultor e sua família sobre as formas e os melhores métodos de administração doméstica e de aproveitamento de produtos rurais. Em 1952, foi implantada a primeira Escola Superior de Ciências Domésticas, na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, hoje Universidade Federal de Viçosa.

A primeira coluna jornalística sobre Economia Doméstica foi lançada na década de 80, pelo Jornal do Brasil. Seu comentarista era o professor da Fundação Getúlio Vargas, Felicissimo Cardoso Neto.

Área de Atuação do Curso De Economia Doméstica A área de atuação do Curso de Economia Doméstica estava diretamente ligada à responsabilidade de auxiliar no desenvolvimento social como nas áreas: - Alimentação, - Higiene, saúde e vestuário, - E ainda as leis do direito do consumidor. Mercado de Trabalho Atualmente, a classe média contrata os serviços de um profissional, uma espécie de Consultor em Economia Doméstica, para que este as ajude a:

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- Controlar melhor as despesas da família, - Armazenar corretamente alimentos, roupas e outros objetos em casa, - Preparar pratos que aproveitem melhor os ingredientes, entre outras funções, - Levar informações a locais mais afastados (na zona rural, por exemplo) ou menos abastadas sobre higiene, aproveitamento dos alimentos, roupas e saúde da família. Importante lembrar: O dinheiro é como a água que escorre pelos dedos pode influenciar na mente das pessoas, muito vai do psicológico de cada um. Faz com que a pessoa se deixe levar pelos gastos. Algumas acham que não merecem algo melhor na vida, outras boicotam as suas próprias metas. É preciso decidir qual caminho seguir e correr atrás. O brasileiro recebe um aumento de salário de 6% anualmente, mas paga em torno de 10% de juros ao mês, uma grande diferença que pesa no bolso do consumidor. Fazendo um bom planejamento é possível reverter este quadro e ainda conseguir aplicar o dinheiro.

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LIÇÃO DOS SÁBIOS Quem não conhece ou tem na família aquela senhora simpática, aposentada, e com dinheiro para ajudar alguém, emprestar para um parente, socorrer um filho ou presentear uma neta com aquele presente que ela tanto queria. É a mãe que parece fazer o milagre da multiplicação dos peixes com a aposentadoria que recebe ou o avô que realiza os pequenos desejos do neto. Como essas pessoas idosas conseguem ter sempre um dinheiro guardado? É a Sabedoria do bem gastar!

Alguns desses sábios por natureza viveram em momentos difíceis, enfrentaram várias crises financeiras e até as dificuldades da segunda guerra mundial. Conheceram a escassez e aprenderam a gastar somente o necessário e a necessidade de ter sempre uma reserva financeira, por menor que fosse. Naquela época não existiam linhas de crédito, cheque especial nem cartão de crédito. Só era possível gastar o que se ganhava. Não existia a atual magia bancária que provoca pesadelos quando se transformam em dívidas fora de nossas possibilidades de honrá-las. Além disso, esses sábios do bem gastar não precisa e nem valorizam tanto as facilidades da tecnologia. Vivem bem, gastam o que precisam e sabem controlar os seus gastos. Nos dias de hoje as pessoas não conseguem viver sem os mais modernos aparelhos eletrônicos e celulares de última geração, computador que cabe na palma da mão, celular que controla o ciclo menstrual da mulher e tantas outras facilidades modernas.

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Não é preciso ficar parado no tempo para economizar, mas podemos aprender a sabedoria do bem gastar dos nossos sábios amigos. É gastar o necessário, planejar as despesas, programar a realização dos desejos e saber poupar para não faltar. Um conhecimento que deve passar de pai para filho no caminho da prosperidade e do equilíbrio da família por várias gerações. As tecnologias modernas trazem benefícios necessários, mas também acarreta em facilidades para gastos desnecessários. Para acompanhar a evolução eletrônica, muitas vezes, se gasta o que não tem e assume dívidas que a própria tecnologia bancária se encarrega de cobrar com juros e correções de última geração.

Banco Empréstimo pessoal (% ao mês)

Cheque especial (% ao mês)

Banco do Brasil 5,25% 10,34%

Caixa Econômica Federal

4,27% 9,52%

Fonte: Procon/SP – Maio/2015

Gastar sem planejar é como estar num barco à deriva numa tempestade onde os trovões anunciam tempos difíceis. Quem controla os gastos e sabe como gastar o que tem aprendeu a navegar num mar de novidades e atrações supérfluas e não perder o comando do barco da prosperidade.

Sabe para onde quer ir, tem o mapa do lugar e tem a certeza de que o seu tesouro está bem guardado “A harmonia financeira”. Esse é o lugar ideal.

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Saber gastar é um aprendizado que começa na infância e que evolui com a maturidade. Um conhecimento que deve ser aprimorado diariamente sempre a favor do crescimento pessoal e da estabilidade de toda a família, sem deixar de viver com dignidade e muito prazer. Bem gastar é a sabedoria que libera o fluxo do dinheiro, uma energia que deve ser usada para o bem viver. Saber gastar é assumir a responsabilidade financeira consigo mesmo e decidir ser o senhor do seu próprio destino. Quem domina as suas finanças não fica à mercê das crises econômicas e decide para onde vai o seu dinheiro, com quem divide o lucro e com quem convive na paz financeira. Se consciente! Ao invés de comprar um sapato de R$ 400,00, porque não comprar um de R$ 150,00 e investir R$ 250,00 em boas ações. Comprar um notebook de R$ 1.900,00 ao invés de R$ 3.000,00, até mesmo porque são produtos que logo ficam desatualizados e perdem valor, e investir o restante. Tudo é uma questão de aprendizado e conscientização.

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FATORES PSICOLÓGICOS COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Fatores que interferem no comportamento de compra e na escolha do consumidor por determinado produto ou marca:

Culturais, Sociais,

Familiares, Econômicos, Psicológicos.

Numa compra esses fatores agem em conjunto, dificultando sua identificação do fator preponderante em uma decisão de compra. No mundo atual, cada vez mais competitivo, o conhecimento desses fatores torna-se primordial na busca da tão almejada vantagem competitiva pelas empresas. Esse conhecimento é fundamental!

Ele compreenderá as necessidades e desejos de determinados grupos e para determinar o mercado alvo a serem atendidos por uma empresa, bem como, na definição de estratégias e compostos de marketing que deverão ser utilizados. Os fatores psicológicos

Esse muitas vezes é negligenciado pelas empresas que não dispõem de profissionais capacitados para interpretá-los e conhecê-los mais profundamente. Na maioria das vezes aqueles que lidam mais diretamente com o consumidor, também não estão preparados e se prendem ao preço do produto, considerando-o como fator determinante na decisão de compra.

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Esquecem que não só o preço agrega valor ao cliente, mas também o serviço (por exemplo: o bom atendimento). Fatores psíquicos também influenciam a decisão de compra por determinadas marcas de produtos independentes de seu preço. O preço elevado, muitas vezes, acaba sendo o fator determinante que leva à aquisição daquele produto e não de outro mais barato, na medida em que atua elevando a autoestima de quem o utiliza. DESENVOLVIMENTO

Diversos são os fatores que influenciam ou determinam a aquisição de um produto por um consumidor: - Reconhecimento da necessidade

Estímulos internos (Fome, sede, cansaço ou interesses pessoais - são chamados de motivação). Estímulos externos (Comercial em geral, incentivo de outras pessoas etc.). Necessidades Fundamentais:

Deficiência (são as fisiológicas, as de segurança, de afeto e as de estima). Crescimento (são de desenvolvimento e realização dos seres humanos). As necessidades fisiológicas

São as mais prementes e dominam fortemente a direção do comportamento caso não estejam satisfeitas.

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Se todas as necessidades estão insatisfeitas e o organismo é dominado pelas necessidades fisiológicas, quaisquer outras poderão tornar-se inexistentes ou latentes. Podemos então caracterizar o organismo como simplesmente faminto, pois a consciência fica quase inteiramente dominada pela fome. Todas as capacidades do organismo servirão para satisfazer a fome. Assim, uma pessoa dominada por esta necessidade tende a perceber apenas estímulos que visam satisfazê-la, sua visão de presente e futuro fica limitada e determinada por tal necessidade. É impossível a uma pessoa faminta pensar em liberdade, amor, sentimentos humanitários e respeito, pois tais conceitos e sentimentos “não enchem o estômago”. As necessidades de segurança Surgem na medida em que as necessidades fisiológicas estejam razoavelmente satisfeitas. Levam a pessoa a proteger-se de qualquer perigo, seja ele real ou imaginário físico ou abstrato. Enfatizam que todo ser humano necessita de abrigo e proteção para o corpo e de manutenção de uma vida confortável. Assim, como na necessidade fisiológica, o organismo pode ser fortemente dominado por tal necessidade, que passa a dirigir e a determinar a direção do comportamento. Tendo satisfeitas as necessidades acima, surgem as necessidades de amor, afeição e participação. Necessidades sociais presentes em todo ser humano. A satisfação desta necessidade gera sentimentos de autoconfiança, de valor, de capacidade e sentimento de utilidade. Sua frustração leva a sentimentos de inferioridade, fraqueza e desamparo.

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As necessidades de realização são necessidades de crescimento e revelam uma tendência de todo ser humano em realizar plenamente o seu potencial. Essa tendência pode ser expressa como o desejo de a pessoa se tornar sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser. O aparecimento desta necessidade supõe que as anteriores estejam satisfeitas. Diferentemente das necessidades anteriores, as necessidades de realização não se extingue pela plena saciação. Quanto maior for à satisfação experimentada por uma pessoa, tanto maior e mais importante parecerá a necessidade. Além da realização, o desejo de todo ser humano de saber e conhecer e de ajudar os outros a realizar seu potencial. As necessidades fundamentais são em grande parte inconscientes. Fatores socioculturais influenciam na forma ou objetos com que os homens buscam satisfazer suas necessidades, mas não modifica substancialmente à hierarquia motivacional proposta. Conclusão

Em tempos de intensa competitividade o conhecimento dos fatores que influenciam o comportamento do consumidor nas decisões de compra é fundamental para a sobrevivência das organizações. Os fatores psicológicos interferem em todo processo de compra de um produto, portanto, devem ser bem compreendidos e interpretados pelos profissionais de marketing e por todo aquele que lida direta ou indiretamente com o cliente. Sua concepção humanista acredita no potencial de realização de todo ser humano. Para a realização são fundamentais, consideração respeito e transparência.

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POESIA EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Não diga tudo o que sabes. Não faça tudo o que podes.

Não acredite em tudo o que ouves. Não gaste tudo o que tens.

Por quê?

Quem diz tudo o que sabe, Quem faz tudo o que pode.

Quem acredita em tudo o que ouve. Quem gasta tudo o que tem.

Muitas vezes

diz o que não convém.

Faz o que não deve. Julga o que não vê.

Gasta o que não tem.

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RECEITA DA PROSPERIDADE

Uma xícara de planejamento. Duas xícaras cheias de orçamento. Uma xícara de decisão. Uma xícara de compreensão. Um copo transbordando de união. Uma pitada de humor. Uma colher de fermento de força de vontade. PREPARO

Meça as despesas cuidadosamente. Acrescente o planejamento e o orçamento misturando tudo com muito carinho. Use fogo brando para os gastos. Nunca ferva! Tempere com a decisão e a compreensão. Dê um toque especial de humor. Não esqueça a força de vontade. Sirva porções generosas,

sempre com muito amor. Não deixe esfriar. A temperatura ideal é a do equilíbrio financeiro. A receita nunca falha. Se alguém não gostar é porque ainda precisa de educação financeira para realmente poder sentir o gosto do bolo da prosperidade.

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA Se você crê e pratica a fé se ti pedires migalhas de um pão. “A Educação Financeira como instrumento de cidadania”.

Paz financeira é qualidade de vida. Quem trabalha e ganha, consome. Quem ganha e poupa, consome ainda mais. O consumo cria a oportunidade de novos empregos. E quem consome é o próprio trabalhador. É claro, que quem planeja seus gastos, consome mais e garante o pagamento de suas dívidas. Isso é Educação Financeira da Família!

Educação Financeira facilita o convívio de todos em família e permite uma vida em harmonia física, material, emocional e espiritual. É em casa que se forma o futuro cidadão! É preciso aprender a lidar com a frustração do “não ter” o que deseja e

economizar para atingir o objetivo. Um treinamento constante que determina a maneira que cada um lida com o dinheiro por toda a vida. Um ensinamento que pode salvar vidas e unir familiares e aumentar o consumo consciente. A ideia é implantar um PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA.

Uma união de forças e de conhecimentos em favor do consumidor que deve gastar consumir, mas não deve ficar refém em dívidas impagáveis. Fora da roda-viva dos maus pagadores que sufoca e humilha. Esse consumidor vai aprender a gastar e saber viver em equilíbrio financeiro. Enfim, um consumidor consciente, responsável por seus compromissos e contribuindo para o crescimento da economia. Esse cidadão que aprendeu a educação financeira vai poupar gastar melhor e se tornar investidor, podendo até se transformar em um pequeno empresário que vai criar novos empregos e melhorar ainda mais a economia. Uma orientação que deveria ser dada desde os primeiros aprendizados em casa e na escola. Com Planejamento e Orçamento Doméstico, a família irá consumir com

responsabilidade.

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A falta de Educação Financeira pode causar danos irreversíveis a muitos cidadãos que quando descobrem que estão endividados ficam prisioneiros de suas atitudes e presas fáceis dos oportunistas do mundo financeiro. No Brasil, está instalada uma verdadeira “indústria das dívidas e dos juros extorsivos”. É uma fonte de renda de

quem não produz e tira o pouco que resta ao trabalhador desesperado, um devedor de boa-fé, que quer pagar as suas dívidas e não sabe como. O devedor dos dias de hoje é uma pessoa comum, que deu um passo maior que as pernas. Deve, sim, mas não ficou devendo por má-fé. Ele faz a dívida tendo a convicção, naquele momento, que vai poder pagá-la. Não levam em consideração os imprevistos ou a verdadeira situação econômica da família. Não tem Planejamento, Orçamento Doméstico e nem Educação Financeira. Em geral, as pequenas dívidas são feitas com o orçamento enxuto, no limite. E aos poucos a pessoa começa a dever mais do que ganha, sem nenhuma perspectiva imediata de ganhos extras. É assim que nasce mais um devedor assustado, um cidadão honesto que não consegue pagar seus compromissos e manter o habitual padrão de vida. O consumidor que vira devedor é um trabalhador que deixa de consumir e passa a ser sugado pela “indústria das dívidas”. Ele acaba não pagando os compromissos, se afogando mais e mais em juros absurdos, ficam refém de bancos, financeiras de crédito pessoal, agiotas e escritórios de cobrança. Além de tudo, está absolutamente só, sem ter ninguém que se preocupe e o ajude a sair da armadilha financeira que ele caiu. Um prejuízo para todos: família, que fica desestruturada, cidadão, que fica com o nome sujo, e empresário, que fica sem receber, e passa a ser um cruel credor. O cliente vira devedor e o comerciante cobrador. O consumo diminui e toda a economia sai perdendo com uma situação que parece isolada, de menor importância. Ledo engano! O que acontece na microeconomia acaba por se refletir negativamente na macroeconomia.

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É evidente que a situação de descontrole financeiro que invadem os lares brasileiros é fruto das constantes crises e das dificuldades que o país enfrenta; mas é preciso lembrar, também, da falta de Educação Financeira que, infelizmente, atinge a maior parte da população. As pessoas se deixam levar por ondas de consumo e de compras desnecessárias sem levar em conta a realidade do seu orçamento doméstico. A educação financeira deve começar muito cedo. A criança já deve aprender a importância do dinheiro e de como ele é necessário. É preciso explicar que não é fácil ganhar o dinheiro, que depende de muito trabalho e esforço diário e, principalmente, a necessidade de economizar para adquirir um objeto de desejo. Isso tudo deve ser aprendido no aconchego do lar. A casa pode ser considerada a célula mãe de todos os comportamentos e reações do homem em sociedade. Também é em família que tomamos contato pela primeira vez com o dinheiro e passamos a entender a importância do equilíbrio financeiro. O dinheiro permeia todos os nossos desejos e necessidades. Cada ação financeira corresponde a uma reação no nosso bolso. A falta do dinheiro, que foi gasto de uma maneira inconsequente, será sentida no dia a dia e fará muita diferença no orçamento doméstico. Como lidamos com o dinheiro tem ligação direta ou indireta com o que vivenciamos em casa. Por isso, é preciso ensinar a diferença entre realizar um desejo e atender a uma necessidade. A realidade financeira de uma família deve estar espelhada em todas as decisões do cotidiano. Ter consciência do que se pode gastar é o caminho para viver em harmonia, saber buscar novas alternativas de renda e encontrar a prosperidade. Saber lidar com o dinheiro pode ser um dos ensinamentos mais importantes que os pais devem dar aos seus filhos. É o dinheiro que move a sociedade de consumo que enfrentamos todos os dias. Por que não aprender a importância de se ter dinheiro e de saber usá-lo a nosso favor e em nosso benefício? Para começar é preciso esclarecer: “eu quero” ou “eu preciso”.

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Para as necessidades, devemos tomar uma atitude concreta para viabilizar a comprar; já para as “querências”, podemos planejar economizar e analisar a possibilidade de realizar o desejo. É preciso entender que um desejo pode impedir o cumprimento de uma necessidade. A realização de um sonho pode se transformar num pesadelo assustador. Já o planejamento para a concretização de um desejo gera a satisfação total. Um planejamento bem elaborado pode fazer a diferença para o sucesso, ou não.

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PLANEJAMENTO FINANCEIRO DA FAMÍLIA Todo mês é a mesma ladainha. Faltou dinheiro e sobraram contas. A tendência é ir gastando com tudo o que é considerado mais necessário, até o dinheiro acabar. E depois, o que fazer? Muitas pessoas quase enlouquecem tentando ajustar as entradas de dinheiro com todas as despesas. Noites sem dormir, discussão em família, privações e muita frustração.

Essa é a dinâmica financeira descontrolada que pode acabar com casamentos, distanciar os filhos do núcleo familiar e fazer do convívio no lar um verdadeiro martírio. Será que os integrantes da família querem viver esse suplício todos os meses?

2900

2950

3000

3050

3100

3150

Sálario Gastos

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Para o bem de todos é preciso mudar radicalmente as atitudes e as despesas. Chegou o momento de tirar a venda dos olhos e enxergar a verdadeira realidade da casa:

“O real padrão de vida da família”.

Uma tarefa difícil e que sempre arranjamos uma desculpa para não começá-la. Quem sabe no próximo mês?

Não! Não! E Não!

É já, agora, não adianta tapar o sol com a peneira, quer dizer, não adianta cobrir as despesas com o dinheiro que não tem. Com muita força de vontade, compreensão e união é hora de começar o Planejamento Financeiro da Família.

Definir o que é preciso gastar, pagar e o que pode ser planejado, esperado, aguardado. O Planejamento deve ser feito levando em conta as necessidades atuais e as metas a serem atingidas. É hora de lidar com o concreto, com o que realmente se tem de entrada (renda). Não adianta contar com o “ovo na galinha”.

Imaginar que pode ser que aconteça um aumento salarial ou que um grande negócio pode ser fechado. O Planejamento deve ser feito com o valor real das entradas da família. Um eficiente Planejamento Financeiro precisa de muita

disciplina e controle de todos os gastos, do menor ao mais importante. O primeiro passo é fazer o ORÇAMENTO DOMÉSTICO, uma

poderosa arma contra as dívidas e a favor da prosperidade.

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ORÇAMENTODOMÉSTICO

Para ter um poder de poupança e começar a investir, você precisa manter o orçamento doméstico mensal muito bem controlado. É importante se planejar para que a soma de receitas da família seja superior à dos gastos. Se essa conta ficar no vermelho, você não conseguirá fazer uma reserva para um gasto extraordinário ou até mesmo poupar. Essa tarefa não é simples, ela exige empenho, disciplina e, em muitos casos, corte de despesas. “Disciplina é a palavra-chave”.

Montar uma PLANILHA ajuda a ter uma visão global e

permite uma melhor análise para manter um orçamento equilibrado. Com os gastos CONTROLADOS, uma viagem no

final de semana, a compra de uma camisa nova ou um jantar com a família, não vão comprometer o orçamento do mês. Tendo consciência de sua renda e de suas despesas, é possível equilibrar os dois lados da balança.

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O QUE SE RECEBE E O QUE SE GASTA!

Controle em uma planilha de gastos domésticos:

1 - Anote a renda familiar numa coluna da tabela, inclua os rendimentos de todas as pessoas que contribuem para a casa. 2 - Listem todas as Despesas Fixas, como:

Aluguel de moradia Condomínio Prestação casa

Diarista/Mensalista Prestação do carro

Seguro do carro IPTU

IPVA Plano de saúde/Aposentadoria

Colégio/Faculdade/Curso Assinaturas: Livros/Revistas/Jornais

Mensalidade: Academia/Internet/TV a Cabo Contas parceladas

Empréstimos

3 - Listem todas as Despesas Variáveis, como:

Alimentação

Luz/Água/Gás/Telefone Material de Limpeza/Higiene/Beleza

Material Escolar Medicamentos/Despesas Médicas

Reparos Diversos da Casa Combustível

Reparos Diversos do Veículo

4 - Gastos esporádicos, como:

Viagens/Cinema/Show/Diversão/ Restaurante

Roupas/Presentes

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Analise os gastos anteriores e veja o que dá para reduzir. Como exemplo: Trocar o plano atual do celular ou da TV a cabo. IMPORTANTE:

* Tem despesas que aparecem em determinada ocasião (eventuais) como: Dentista ou médico sem planejamento, material escolar, vazamentos hídricos ou a revisão do carro. IPVA, IPTU. Planeje esses valores e vai fazendo um fundo de reversa com base no histórico. Depois de fazer o LEVANTAMENTO DE TODOS OS DADOS, Se a conta for positiva, você está no caminho certo

para começar a poupar e investir. Se o resultado for negativo, refaça suas contas, reduza gastos e procure buscar uma solução em curto prazo. Lembre-se...

O equilíbrio financeiro das contas da família tem que ser uma meta a ser atingida por todos; assim teremos um lar harmônico e amoroso.

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ORÇAMENTO DOMÉSTICO – DICAS!

Enganam-se quem acha que economia doméstica é atributo de dona de casa. Aliás, “dona de casa” é uma expressão

meio anacrônica em nossa sociedade contemporânea, onde espaço ocupado por mulheres e os homens têm-se equiparado em praticamente todos os campos de atuação da administração de lares a cargos executivos. Em todo caso, mulher ou homem tem muita gente arrancando os cabelos para não entrar no cheque especial no final do mês. É tanta despesa para pouco salário. Cuide-se com um dos equívocos mais frequentemente cometido pelo “Executivo do Lar”, encontrar um fator externo é a maneira mais fácil de isentar da responsabilidade pelo saldo negativo no banco.

Quatro em dez brasileiros estão inadimplentes, segundo SPC Brasil e a CNDL, há 55,3 milhões de devedores negativados. Em abril/2015, número de devedores teve alta de 3,77%.

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Total Endividada

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Não que os salários não devessem ser melhorados, mas perder alguns neurônios aplicando alguns conceitos básicos de economia doméstica em suas finanças ajuda a minimizar ou até mesmo reverter resultados desfavoráveis ao seu bolso. O conselho vale também para aqueles que, após pagarem todas as contas do mês, ainda conseguem poupar dinheiro. O saldo positivo poderá ser aumentado e (por que não?) alavancado em aplicações financeiras, como a caderneta de poupança ou planos de previdência privada.

Elabore um orçamento pessoal

Dica para domar as próprias finanças é conhecer rigorosamente todos os seus gastos. Sabe aquela sensação de lapso de memória que o dinheiro sumiu da sua carteira? Isto não pode acontecer e para evitar é necessário elaborar uma planilha de “GASTOS PESSOAIS”.

Dicas úteis:

Para que não seja necessária novamente parcelar sua fatura do cartão de crédito e evitar usar o limite do cheque especial incorpore no seu dia a dia: 1 - Defina prioridades: É a compra do carro? O financiamento da casa própria? O plano de seguro médico e odontológico? O colégio, a faculdade, a mesada? O plano de previdência privada? A viagem para o exterior, o intercâmbio?

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Quem dera fosse possível atender a todos os nossos desejos e o de nossas famílias, na maioria dos casos, isso não é possível! E para não se embaralhar em meio a tantas demandas orçamentárias, é fundamental definir as prioridades de gastos para cada momento, o que pode esperar e o que tem de ser agora. Caso contrário, vai todo o dinheiro pelos ares. 2 - Evite excessos e desperdícios: Planejar as compras antes de realizá-las pode resultar em uma bela economia. Não é difícil: faça uma lista com tudo o que precisa, evitando exageros. Dessa maneira evita-se comprar produtos que ainda não haviam sido consumidos. O ideal, se possível, é substituir a compra do mês por compras semanais. Hábito que o brasileiro perdeu durante os anos de recessão, quando a inflação alta não deixava outra opção se não comprar tudo de uma vez logo após o dia do pagamento. A história econômica brasileira recente é marcada por períodos de inflação elevada e por várias tentativas fracassadas de estabilização. Em particular, vários planos de choque foram aplicados na tentativa de reduzir ou estabilizar a inflação, como, por exemplo, os planos Cruzado (março, 1986), Collor (março, 1990) e Real (junho, 1994). O cenário atual (2015) onde assistimos as economias mundiais se recuperação, após duas décadas, a insegurança bate a porta dos brasileiros. 3 - Compartilhem responsabilidades em família:

É muito difícil administrar a pressão familiar pelo abastecimento de bens e serviços, sobretudo quando há apenas a um membro administra. Uma maneira de relativizar a pressão é compartilhar a responsabilidade, envolvendo todos os membros, inclusive os filhos, nas decisões de compras do lar. É uma forma de educação financeira.

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4 - Faça pesquisa de preços: A possibilidade de se fazer um mau negócio ao comprar produtos sem pesquisa prévia de preços é enorme. A variação de preços, em muitos casos, é significativa. A internet, nesse sentido, tem sido uma parceira dos consumidores, através de sites especializados em cotação de preços (mecanismos que varrem as páginas e listam as principais ofertas de determinado produto. Não faça supermercado com fome: Experimente ir ao supermercado depois de ter malhado por duas horas na academia: o carrinho vai chegar ao caixa com o dobro de produtos. Com fome, compramos pelo instinto de saciá-la, levando produtos que não são necessários. 5 - Consciência no consumo:

Você já deve ter ouvido falar em consumo consciente, cujo um dos princípios básicos é evitar excessos e desperdícios. São práticas simples, como fechar a torneira ao escovar os dentes ou tirar da tomada os aparelhos eletrônicos que não estão sendo utilizados, que resultam na redução de alguns gastos tradicionais.

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A REALIDADE FINANCEIRA DO LAR Com o orçamento mensal ajustado e abatido das receitas (o valor que se ganhou no mês) é hora de discutir a verdade nua e crua das finanças domésticas. Não é um momento fácil nem agradável, mas é necessário e prioritário para definir os rumos financeiros da família no caminho da tão desejada prosperidade. É mais fácil continuar fingindo que não existem problemas e que no próximo mês tudo será diferente. Pode parecer mais fácil, mas é muito mais cruel submeter os familiares às mesmas restrições, sem planejamento. O mês termina com reclamações: o dinheiro não dá, preciso ganhar mais, precisamos cortar despesas etc. e tal. Mas ninguém sabe ao certo qual é a dificuldade, quais são os gastos necessários e quais os mais supérfluos. Ter o conhecimento da realidade financeira do lar só é possível com a análise minuciosa do orçamento do mês, onde foram anotados todos os gastos da família. “Gastos feitos são pagos. Gastos planejados são passíveis de discussão”. É necessário? O que podemos cortar o que podemos melhorar? Por que o supermercado ficou tão caro? Que alimentos podem ser substituídos por outros mais baratos e de igual valor nutricional? O que podemos fazer em casa e deixar de gastar com terceiros? Descobrir o real padrão de vida da família pode ser uma aventura que envolva todos os familiares. Uma luta para ser vencida. A vitória será comemorada em breve e todos estarão mais sábios e preparados para enfrentar com mais segurança as incertezas e sobressaltos do mundo financeiro.

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Um gasto sem previsão é certeza de confusão. Pense assim!

É desrespeito aos limites financeiros, desorganização no orçamento da casa e descumprimento do planejamento já efetuado. E dívida pela frente que pode causar muita tempestade no lar. Gastar sem ter é humano, persistir no gasto é burrice! Aceitar as dificuldades é ter conhecimento do precipício que está bem à frente e construir uma ponte segura para transpor o empecilho. Com planejamento a família vai vencer todos os obstáculos e encontrar a paz financeira. Saber o que realmente se pode ter é uma forma de ser livre para voar no sentido da abundância e verdadeiramente encontrar alternativas para a realização de nossos desejos. Quem gasta só o que tem, sabe que pode conseguir ganhar o que ainda não tem. O planejamento permite uma clareza de raciocínio que possibilita a busca de novas formas de ganhar mais dinheiro. Com uma estrutura financeira sólida é possível honrar todos os compromissos e poupar para conseguir realizar os seus sonhos.

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REDUZIR DESPESAS E ECONOMIZAR Nem sempre são bem aceitas pelas pessoas envolvidas diretamente com essa decisão. Por desconhecerem as razões para essas alterações no Orçamento Familiar. Diante disso, a figura do Chefe da casa ou o “Administrador do Orçamento Familiar” passa a ser visto com um adjetivo bastante incômodo: O “Pão-Duro”.

O que fazer para mudar essa situação?

Sabemos que a falta de um projeto familiar cria a imagem de uma pessoa mesquinha e controladora. E a imagem do pão-duro aparece quando a família não tem um projeto financeiro.

Importante! Antes de reduzir os gastos. DIÁLOGO.

Todos os seres humanos têm Necessidades:

A Economia... é a ciência social que estuda a forma de como as empresas irão produzir distribuir e colocar esses produtos a nossa disposição para serem adquiridos e consumidos. Lembre-se! Temos Necessidades. É importante ser racional

e equilibrado! As empresas produzem e nós consumimos. Essa relação tem que existir equilíbrio. A balança não pode ir tanto a baixo

como também ir para o alto. Isso é uma lei, chamamos de “LEI da OFERTA e PROCURA”. Quando um produto é muito procurado, o seu preço será MAIOR, porque as empresas

terão que investir mais para atender essas necessidades que não estavam programadas.

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Elas terão que repensar sua produção (quando, em que quantidade e para quem irão produzir). Só ao longo do tempo o preço desse produto cairá. Não existe milagre. Temos que ter consciência deste funcionamento; e a família toda concordando em economizar. Para a obtenção de uma redução no Orçamento, a única alternativa é ter um Controle Diário e Permanente dos Gastos. Sugestão:

Avalie os gastos da família (assunto descrito em capitulo do livro – COMO ELABORAR O ORÇAMENTO DOMÉSTICO). Ao agir dessa forma, conseguiremos verificar o que pode ser cortado ou reduzido do orçamento.

“Se a família gasta tudo o que ela recebe, há algo errado, e o orçamento precisa ser revisto. Uma alternativa para equilibrar os gastos é ter uma “Renda Extra” e começar a eliminar as

despesas fixas ou não ter despesas fixas elevadas”. “A família pode fazer um orçamento equilibrado, no qual seja possível economizar e se divertir.”

Por exemplo, destinar:

70% da renda para as despesas do dia a dia, 20% para a poupança ou outro tipo de investimento, 10% restantes, para gastar sem critério, ou seja, fazer com o dinheiro o que ele quiser e ser feliz. Nota: esse objetivo é determinado e aprovado por todos.

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Como economizar? 1 - Se você tem o costume de gastar muito com ligações telefônicas, tente reduzir. Afinal, é mais divertido falar com a

pessoa ao vivo do que por telefone. Use o telefone para evitar despesas de combustível, perder viagem. Se informe sempre. Agende. Ligações mais longas ou interurbanas devem ser feitas nos horários de tarifas reduzidas, e lembre-se que telefonemas

para celulares encarecem a conta telefônica. Procure sempre a operadora que oferece as tarifas menores. 2 - As contas de água, luz e gás podem ser reduzidas em

até 30%, quando há um consumo consciente em toda a família: Água

- Mantenha as torneiras sempre bem fechadas e verifique regularmente se não há vazamentos. - Enxágue de loucas. Escovação de dente. Descarga de banheiro. Energia elétrica

- Aproveite a iluminação natural, reduza o uso de lâmpadas. - Utilize lâmpadas de leds, duram e reduz o consumo. - Use de forma racional, apagando a luz dos ambientes que não estão sendo ocupados. Gás de cozinha

- Observe: No verão gastamos menos gás, o tempo de cozimento é menor em função da temperatura externa, mas podemos utilizar forma mais adequada de uso:

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- Tapar uma panela concentra mais calor. - Ferver água na quantidade que será usada. - A panela de pressão é uma grande aliada de economia. - Observar o tempo certo de cozimento e aquecimento. Microondas é um grande aliado para economia de gás.

Energia Elétrica Geladeira e freezer:

- Só abra quando for necessário. - Ao fazer compras, procure guardá-las de uma vez só. - Quando for comprar, procure os que possuem menor consumo de eletricidade. Ferro de passar:

- Junte a maior quantidade de roupas possíveis e passe as de uma só vez. Chuveiro elétrico:

- Evite os banhos demorados. Televisão:

- Não deixe a televisão ligada sem necessidade. Máquinas de lavar e secar:

- Vale o mesmo para o uso do ferro de passar. Junte o máximo de roupas ou louças, e ligue os equipamentos quando estiverem com a capacidade máxima.

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Lembretes: - Aluguel Residencial

Nunca comprometa mais de 1/3 de seu orçamento com esses gastos, e inclua o IPTU nessa conta. Procure sempre pagar em dia para evitar juros e multas. - Compras Procure sempre pagar à vista. Se a opção for dividir, faça-o apenas se não houver cobrança de juros, mas lembre-se de não acumular parcelas de diferentes gastos que somadas, complicarão seu orçamento mensal. - Mensalidades Procure pagar sempre em dia. Se for possível. Coloque os vencimentos sempre após o dia de pagamento de seu salário.

Marque alerta também para a economia que pode ser feita em casa com atitudes simples do dia a dia.

Fazer um algum tipo de doce, pão, salgado, ser criativo na cozinha, até uma horta ou um pomar, além de ser mais

saudável faz bem para o bolso.

- Lembre-se! Compare sempre os preços. Compras de supermercado só com lista e aprovada pelo casal. - Aproveite as promoções sem comprometer o orçamento. O ideal e usar parte das reservas para as despesas eventuais.

Não tenha vergonha de pedir “Desconto” nos pagamentos à

vista. Controlar compras por impulso e evitar juros, ajudam a economizar. O equilíbrio financeiro é uma meta a ser atingida por todos; assim teremos um lar harmônico e amoroso.

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ECONOMIA E CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS 1 - Coloque os dentes de alho descascados dentro de um vidro com óleo de cozinha. Assim, eles não ficam ressecados e o óleo pode ser utilizado depois como molho para saladas. 2 - Se você não tem paciência e nem tempo de descascar o alho toda vez que prepara a comida, pegue uma quantidade de alho que você usa na semana toda, descasque e esprema em um vidro, cubra com óleo e guarde na geladeira. Pode ser guardado durante uma semana. 3 - Dê um sabor especial ao vinagre colocando na garrafa uma azeitona. 4 - Para dar um aroma agradável ao vinagre, coloquem no frasco algumas folhas de manjericão ou alecrim e depois tampe bem. 5 - Retire a maionese que sobrou no fundo do vidro espremendo o suco de meio limão. A mistura dará um ótimo molho para saladas. 6 - Para guardar os ovos coloque-os com a parte mais pontuda para baixo, nesta posição eles duram mais. 7 - Para evitar que o açúcar fique empedrado, coloque dentro do recipiente algumas bolachas salgadas. 8 - Para absorver a umidade, misture ao sal do saleiro alguns grãos de arroz ou feijão. 9 - Reaproveite o óleo usado na fritura colocando, quando ainda quente, algumas fatias de batata crua. A batata absorverá todo e qualquer sabor estranho ao óleo.

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10 - Quando sobra muita gordura de uma fritura, ninguém quer jogar fora. O negócio é economizar, guardá-la para aproveitar outra vez. Só que já ficou com um cheiro desagradável, um gosto amargo e dificilmente poderá ser usada para qualquer coisa. Para evitar isso, assim que terminar a fritura deite sobre a gordura ainda quente algumas rodelas de batata crua. Espere um pouquinho, retire as rodelas e pode guardar sua gordura sossegada, pois a batata absorveu todo o gosto deixado pelo que você fritou. 11 - Se guardar na geladeira metade da cebola evite que ela resseque passando sobre o corte um pouco de manteiga. 12 - Pó de café mantém o sabor por mais tempo se for guardado num recipiente bem fechado, dentro da geladeira. 13 - Nunca guarde condimentos perto do fogão, pois eles perderão a cor e o sabor. Para que os condimentos continuem sempre frescos, guarde na geladeira. 14 - Para evitar que se forme mofo na lata de extrato de tomate guarde o que sobrar na geladeira, em vasilha de louça ou vidro, tendo o cuidado de cobrir com um pouco de azeite ou óleo. 15 - Para recuperar o queijo que ficou duro, é só deixá-lo de molho no leite de um dia para o outro.

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O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NO BRASIL

Quase metade da comida produzida no mundo é jogada fora. Boa parte desse desperdício acontece em casa.

Composição da Cesta Básica (São 13 alimentos)

Carne (6 kg), feijão (4,5 kg), arroz (3 kg), farinha (1,5 kg), batata (6 kg), tomate (9 kg), óleo (900 ml), pão (6 kg), café (600 g), leite (8 litros), açúcar (3 kg), manteiga (750 g) e banana (Sete dúzias). No Brasil, a quantidade de cada ingrediente varia de acordo com a tradição alimentar de três grandes áreas do país: - A região Sudeste. - As regiões Sul/Centro-Oeste. - As regiões Norte/Nordeste. É um conceito abstrato, que mede o poder de compra do Salário Mínimo para suprir as necessidades: Primárias Fisiológicas e Básicas (nutrição) de uma pessoa durante um

mês. Não atende plenamente às necessidades de vitaminas e minerais, encontrados em frutas, verduras e legumes.

O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos, produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). De toda esta riqueza, grande parte é desperdiçada. Segundo dados da Embrapa, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas por dia, quantidade suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar. Comida é o que não falta.

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Aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:

20% na colheita; 8% no transporte e armazenamento; 15% na indústria de processamento; 1% no varejo; 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.

O Valor Bruto da Produção das 20 principais culturas agrícolas do país estima-se numa perda R$ 283,5 bilhões, de acordo com Ministério da Agricultura, 57 bilhões desperdiçado em casa. Para evitá-lo: Compras só por semana

Deixe a ideia da compra do mês de lado. Vá ao mercado mais vezes e adquira menos produtos. Compre só o que vai usar na semana, evitando que alimentos fiquem velhos.

Desperdícios de Alimentos

Colher

Armazenar

Industrializar

Varejo

Residência

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Planeje o cardápio da semana Definindo como serão as refeições diárias, permite planejar as compras semanais e evitar desperdícios. O maior desperdício doméstico verifica-se em frutas, legumes e verduras, ou seja, nos produtos típicos das compras semanais. Cardápio esperto

Antes de cozinhar, verifique quais alimentos estão perto da data de vencimento e crie um cardápio que priorize esses ingredientes. Vale fixar uma lista na geladeira com detalhes de cada produto. Parada obrigatória antes de ir ao mercado, verifique no armário e na geladeira quais produtos realmente precisam ser comprados. Evite fazer estoque. Operação limpeza

Higienize e seque frutas, hortaliças e legumes antes de armazená-los na geladeira. É importante guardar alimentos em embalagens hermeticamente fechadas para evitar a proliferação de bactérias. Saiba que a limpeza de alimentos reduz seu tempo de vida, assim como pode contaminá-los com produtos tóxicos. Qualquer legume ou batata com um pouco de terra dura mais e pode ser facilmente lavado em casa. Não se preocupem com a aparência dos alimentos

Nas compras a granel (alimentos não embalados), não se deixe impressionar pelo aspecto “limpeza” de legumes e especialmente batatas. Cuidados ao manipular os alimentos

Na hora de comprar frutas, verduras e legumes, escolha com os olhos.

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Somente depois de decidido que vai levar ai sim, pegue o alimento. Assim, o produto será preservado por mais tempo. Aproveitem as partes boas de verduras e legumes

Se depois de alguns dias notarem que abobrinha, chuchu, mandioquinha e outros legumes apresentam partes estragadas, corte-os, lave bem o que pode ser aproveitado e faça uma sopa de legumes e também pode acompanhar assados em geral. Promoção vilã

As promoções são grandes vilãs do desperdício. Antes de se deslumbrar com a oportunidade de economia, avalie se vai conseguir consumir os produtos antes que estraguem. Opte apenas pelo essencial. Compre somente o necessário para sua alimentação. Comprar em quantidade exagerada acaba gerando uma sobra que vai para o lixo. Se você economizar uma batata, uma cenoura, duas favas de vagem e um ovo por dia, ao final de uma semana os ingredientes suficientes para fazer uma maionese será o resultado da economia. Mais velhos primeiro Disponha os alimentos na geladeira e na despensa de acordo com a data de validade. Produtos que vão vencer antes devem ficar a frente, ao alcance da visão. Importante! Não joguem fora as sobras:

Aprenda a reciclar as sobras de alimentos: do feijão, faça sopa. Com arroz, purê de batatas, cenouras cozidas, carne assada ou o que restou da bacalhoada prepare deliciosos bolinhos.

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Frutas azedas ou maduras demais viram compotas, geléias e recheios para bolo. Sirva no prato somente o que vai comer. Reedite o lema dos nossos pais e avós: respeito aos alimentos e ao trabalho alheio. Ponha no prato apenas a quantidade suficiente para aquela refeição. Produtos da estação Consuma verduras, legumes e frutas da estação, que além de mais saborosos têm preços mais baixos. Em geral, esses produtos vêm de mais perto, não exigindo grande transporte, desta forma reduzindo perdas pela manipulação, gastos de combustível e poluição.

“Produtos regionais são muito gostosos”

Dê preferência às comidas típicas e aos ingredientes de sua região, pois estará ajudando a reduzir os custos de transporte e as perdas causadas pela manipulação dos alimentos.

“Faça o alimento durar mais”

Vegetais, incluindo talos e folhas, podem ser congelados pelo processo de branqueamento: mergulhe os vegetais em água fervente, espere que a água volte a ferver, retire do fogo e mergulhe imediatamente esses vegetais em uma vasilha de água gelada. Não confunda o branqueamento com preparação definitiva. O vegetal branqueado não está pronto, mas apenas protegido para ser guardado por mais tempo.

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MELHORAR SUA REMUNERAÇÃO Você está pensando em pedir um aumento a seu chefe? Foi chamado para uma entrevista e, no meio da conversa, o entrevistador perguntou qual seu salário atual ou a pretensão salarial? Foi sondado por uma empresa com uma proposta salarial maior e pensa em tentar cavar um aumento? Para ajudá-lo a não meter os pés pelas mãos. Como devemos

agir em cada situação na hora de negociar o salário? A arte de negociar salário é um processo delicado e que exige do profissional: - Preparo. - Consistência de informações e principalmente, firmeza no que está pleiteando como remuneração ou aumento. - Fazer com que o chefe acredita que você realmente merece o aumento tem papel fundamental na decisão dele, pois sua postura e posição crítica diante do assunto mostraram se você merece ou não receber uma promoção ou um aumento. A melhor forma de negociar salário é ter uma conversa franca, objetiva e adulta com o chefe, baseada em argumentos de mercado e de desempenho, sabendo que pode perder ou ganhar. “Critério também é fundamental”.

Antes de se aventurar a pedir um aumento salarial o funcionário deve colocar na balança o que o chefe esperava dele e se ele obteve efetivamente os resultados, além de avaliar se está contribuindo para a empresa atingir os resultados desejados.

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A Empresa concorda que, quanto mais objetiva for à conversa, mais fácil. Na hora de encarar o patrão, para garantir o sucesso da negociação é importante que o profissional se atente a alguns preceitos básicos deste processo: - Relatar o máximo de ações que realizou nos últimos tempos que impactaram positivamente em seu trabalho, sua área e na empresa em que trabalha. - Buscar informações salariais do seu cargo no mercado, para que você entenda suas expectativas e compare com a realidade aplicada a outros profissionais atuantes na mesma função. - Entender claramente a importância da sua função na estrutura organizacional da empresa, pois a análise de seu mérito deve partir primeiramente de você mesmo. - Conhecer a missão, os objetivos e as necessidades de crescimento da empresa, para que seus argumentos estejam alinhados com os interesses da organização. - Saber o momento certo de pedir o aumento também é importante. Antes de marcar uma conversa com o chefe, o profissional deve estar consciente o que o mercado remunera e conhecer a política salarial da empresa. - Se o salário já está acima da média de mercado e/ou o profissional teve algum aumento recentemente, por exemplo, então não é o momento de voltar ao tema. - Solicitação de aumento antes de um tempo mínimo de empresa ou próximo de um aumento anterior, não é muito coerente, salvo algumas exceções.

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- Normalmente, as empresas estabelecem um parâmetro de um ano e avaliam caso a caso. Vale lembrar que o desempenho de um funcionário é avaliado segundo o parâmetro 'metas e comportamento'. Isso quer

dizer que não basta alcançar ou superar as metas, mas é preciso fazê-lo de acordo com os valores e atitudes que a empresa adota e privilegia. - Remuneração é uma das formas que a empresa tem para reconhecer o trabalho do funcionário. Se o saldo está positivo, ou seja, o profissional está bem avaliado, está é uma boa hora para colocar a questão em pauta. O momento mais apropriado para pedir aumento ''é você que faz''.

- Marcar uma reunião com o chefe para tratar somente do assunto é o ideal. Porém, se perceber que o chefe não está dando a atenção necessária no momento, pergunte se não seria interessante remarcar a reunião, deixando no ar sua ansiosa expectativa de tratar logo do assunto, para que não seja outras vezes protelada por desinteresse ou falta de tempo do chefe. Na hora de avaliar uma proposta de emprego, o salário não pode ser o único critério. Isso não significa, contudo, que o pacote de remuneração não seja um fator importante para essa decisão.

Mas como abordar o assunto com o recrutador?

Há quem vá direto ao ponto e já no primeiro contato telefônico pergunte sobre questões monetárias. Se você se insere neste grupo, sinal vermelho. De cara, você pode queimar sua reputação ou, pior, perder uma boa oportunidade. "Isso indica que seu principal interesse é o salário e não a empresa ou o trabalho em si”.

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EMPREGO & SALÁRIO O ideal é ter cautela

A entrevista de emprego é o momento para a empresa conhecer o candidato. Em outras palavras, nada de colocar o recrutador na parede ou já partir para uma negociação salarial. O assunto, contudo, não é um tabu. Em um mercado aquecido, ninguém quer trocar seis por meia dúzia. Todos querem alguma vantagem, por isso, vale sim conversar sobre o pacote de remuneração na entrevista. Como se vê, a questão não é o tópico, mas sim a maneira como você irá tratá-lo. Seja paciente

Tocar no assunto logo no primeiro contato telefônico ou começar a entrevista já por esse viés é sinal de gafe na certa. O ideal é deixar para o recrutador a responsabilidade de entrar na questão salarial. Geralmente a empresa já fala sobre valores ao expor detalhes sobre a vaga. Jogue a pergunta de volta

Se, no entanto, ele perguntar sobre qual é a sua pretensão salarial, jogue a questão de volta para a empresa. Pergunte sobre qual a faixa salarial que a empresa está pretendendo oferecer. Contextualize

Agora, para não deixar o recrutador sem resposta, uma boa estratégia é oferecer informações sobre o seu contexto atual. Enumere o pacote de benefícios atual e a sua condição na empresa – se tem oportunidade de crescimento na carreira, por exemplo.

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DINHEIRO & QUALIDADE DE VIDA Saber lidar bem com dinheiro é uma questão de qualidade de vida. Reconhecer esse fato não é comum, pois o planejamento financeiro não é prioridade para a maioria das pessoas, famílias e empresas. O dinheiro costuma entrar de um lado e sair do outro. Não estamos acostumados a dialogar sobre dinheiro. O assunto infelizmente só vem à tona quando já se tornou um problema. O ideal, visando evitar confundir-se, gastar mais do que o necessário, entrar em dívidas, seria ter com o dinheiro uma relação saudável. Isto é, organizar-se, elaborar o orçamento, fazer as contas, planejar-se, começar a poupar, investir corretamente. O que, certamente, traria mais tranquilidade e menos estresse. Portanto, ótimo seria aprender a: - Controlar o seu orçamento: saber exatamente quanto você

ganha e o quanto você gasta. Conhecer entradas e saídas do seu dinheiro. Organizar-se! - Eliminar gastos supérfluos: em resumo e de forma

bastante simples, pode-se afirmar que precisamos de apenas três coisas para sobreviver: ar, água e pão. Saiba em que você está gastando o seu dinheiro e elimine os itens sem importância para você. - Gastar com prudência: significa saber diferenciar o que é

essencial do que é supérfluo, se você pode gastar ou não, se, por exemplo, existe saldo na sua conta bancária naquele momento. - Manter-se sem dívidas: com um mínimo de organização é

possível saber quais são os seus gastos médios e controlá-los. Saber com antecedência os períodos do ano em que os gastos são maiores e preparar-se para eles.

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- Eliminar os juros de sua vida: os juros em nosso país são exorbitantes. Pessoas desorganizadas e desatentas direcionam grande parte do seu dinheiro para pagar altos juros aos bancos, aos cartões de crédito e aos financiamentos. Relacionamentos com bancos costumam custar caro para clientes pouco atentos. Com um mínimo de planejamento você poderá se organizar e viver de modo a não ultrapassar o limite dos seus próprios ganhos. - Poupar com sabedoria: os apelos para o consumo, em

nossa sociedade, são constantes. É necessário resistir a eles para ser mais eficiente nos gastos e no controle do dinheiro. Poupar é importante, mas não o suficiente. É preciso mais. É preciso fazer sua poupança render o máximo possível, investindo corretamente os seus recursos. - Construir um patrimônio: para isso não existe fórmula

mágica. Tenha você uma renda atual grande ou pequena, gaste sempre menos do que você recebe. É imprescindível reservar uma parcela de seus ganhos, sistematicamente, para formar os investimentos que se transformarão em segurança e tranquilidade financeira. - Preparar sua independência financeira: É necessário montar uma reserva estratégica, para imprevistos e emergências. Assim, você diminui e evita os empréstimos a juros elevados. Desenvolvendo o hábito positivo e sadio da poupança você poderá formar seu fundo de reserva. Ao longo do tempo, você poderá transformar esse fundo, pouco a pouco, num investimento de peso que poderá até constituir uma das fontes de renda complementar para sua aposentadoria. Mas para tanto é preciso planejamento.

Comece ontem. Cuide da aposentadoria é um assunto seu! Você tem, com certeza, inúmeros motivos para pensar no

futuro e esperar o melhor para você e sua família.

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Gerencie o seu dinheiro

Lidar com dinheiro é uma das grandes necessidades da vida. São poucos os que consideram essa uma tarefa fácil. Infelizmente não somos ensinados e treinados nas escolas a lidar bem com nosso dinheiro. Nosso aprendizado geralmente vem através da observância dos modelos daqueles que nos cercam. Só quando adultos vamos perceber que ficou faltando alguma coisa em nossa formação escolar. Inclusive, nos cursos superiores, aprendemos uma profissão, mas novamente não nos ensinam como devemos lidar e tratar o nosso rico dinheiro. Mas, como a voz do povo é a voz de Deus, podemos iniciar nossa reflexão lembrando-se do ditado popular “Dinheiro não aceita desaforo”. Isto é, o dinheiro não precisa ser idolatrado, mas deve ser tratado com respeito. E o seu? Fica jogado em qualquer lugar da casa ou solto, perdido nos fundos dos bolsos e das bolsas? Pois é, melhor colocar cada coisa em seu lugar. Notas na carteira (bem organizadas e dobradas) e moedas no cofrinho, apenas para começar. Saiba exatamente qual é sua renda líquida mensal. Muitas pessoas desconhecem o exato valor do seu salário ou renda. É importante saber com certeza com quanto se pode contar por mês para não gastar mais do que se ganha. Aliás, o ideal é gastar sempre 10% menos (renda líquida – 10% dessa renda = valor da renda mensal disponível). Isto porque o 10% que não foi gasto será destinado à formação de uma reserva estratégica. Reserva está que poderá ser usado para atingir sonhos. Sonhos que são nossos motivadores. São os sonhos que nos projetam para frente: curso superior, especialização, viagens, troca de carro, casa própria, aposentadoria tranquila, etc. etc.

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Muitas vezes pensamos “quando sobrar, guardo”. Inicie o hábito de economizar e poupar agora mesmo, já! É muito simples. Comece fazendo um exame de consciência e observe se no seu dia a dia há desperdícios. Se houver, e geralmente há, elimine-os imediatamente. Alimentos que são jogados fora, produtos adquiridos e que não foram e nem serão consumidos ou usados (compras por impulso?), multas por excesso de velocidade, contas de luz, água e telefone muito altos, etc. Alguns exemplos simples de como o seu rico dinheirinho podem estar indo embora pelo ralo. Tome consciência de que com algumas medidas fáceis, você pode ter uma sobra no seu orçamento no final do mês. Esta sobra poderá ser destinada a engrossar a poupança que você já tem ou, se você não tiver ainda, ela poderá ser iniciada imediatamente. Não despreze pequenos valores justamente porque são pequenos. Lembre-se, a chuva é formada por pingos de água. Inicie sua poupança mesmo que ela seja modesta, nem que seja com um cofrinho! O importante é começar a tratar o seu dinheiro com respeito desde já, ou com mais respeito ainda, se você já faz isso. Como a expectativa de vida tem aumentado nos últimos anos, graças inclusive aos diversos avanços da medicina, a boa notícia é que você poderá viver até os 100 anos ou mais! Portanto, prepare-se para ter qualidade de vida e desfrutar muito bem dos anos a mais que lhe estão reservados. Tome consciência também de que ter qualidade de vida é muito bom, mas tem seu preço. Melhor estar prevenido! Portanto, gerencie muito bem o seu dinheiro hoje e todos os dias.

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CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRECISAM APRENDER A ADMINISTRAR O DINHEIRO

Muitas crianças em datas comemorativas tiraram dos seus cofrinhos aquelas economias que fizeram de suas mesadas e

compram presentes para as suas mães, seus pais e seus amigos, porque aprenderam, a economizar e administrar o dinheiro desde cedo. Como elas conseguiram?

“Eu junto um pouco. Depois, junto mais um pouquinho”. Por que o exemplo vem de casa. A FAMÍLIA

A mãe e o pai mantêm o pulso firme quando o assunto é a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA da família.

“Você tem que criar o seu filho para o mundo, para a vida, não para ser rico! Nesse momento você está com uma situação financeira muito boa, não é possível prever se amanhã você estará.”

Essa condição de dar o brinquedo que o filho quer a roupa que quer a boa educação escolar, o bom acompanhamento odontológico e médico e também das novas tecnologias. É a partir dos seis aos dez anos de idade a “Idade Ideal” para dar um valor por semana, a "semanada", ao invés da

mesada. “Nessa fase, as crianças ainda não têm muita noção de tempo; portanto os pais não devem dar mais dinheiro se a semanada ou a mesada acabar.”

Os gastos básicos da casa e também com a educação dos filhos são responsabilidade dos pais.

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Presentes só em ocasiões especiais (Natal, dia das crianças e aniversário).

Sempre estimule os seus filhos a pouparem. Será possível o caminho inverso? Os filhos aprenderam primeiro o conceito de EDUCAÇÃO FINANCEIRA, colocando em prática esse aprendizado, para depois ensinarem à família a maneira mais sensata de lidar com o dinheiro? É possível! A educação financeira é uma disciplina e deveria ser “Matéria Escolar”. Os alunos aprenderiam:

- Noção de orçamento, controle de gastos e planejamento. Começando guardar dinheiro do recreio, que estaria gastando. De uma festa que deixou de ir, guardando o dinheiro da passagem.

De pouquinho em pouquinho, a gente vai caminhando para o nosso sonho, sabendo nossos limites. É importante esse aprendizado desde a infância. A partir do momento que a criança começa a entender que o pai e a mãe não têm condições para comprar o que desejam como brinquedos ou desejos supérfluos. É quando a criança começa a entender o

quanto é importante gastar com o que é realmente necessário. São pilares da educação financeira: - Diagnosticar - Sonhar - Orçar - Poupar.

Com isso as pessoas conseguem se planejar e gastar de maneira consciente.

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PROPOSTA EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA Um projeto de lei tramita no Congresso Nacional para incluir oficialmente a educação financeira no currículo escolar nos ensinos fundamental e médio. O projeto propõe que o tema integre o currículo de matemática. Especialistas no assunto, no entanto, defendem que a educação financeira seja trabalhada de forma transversal, incluída em diversas disciplinas. Em tramitação desde 2009, o Projeto de Lei Nº 171/09,

apresentado na Câmara dos Deputados, está na Comissão de Educação do Senado e aguarda para entrar na pauta. Há também uma iniciativa do governo federal que, em 2010, publicou decreto instituindo a Estratégia Nacional de Educação Financeira. A partir da estratégica, foi implantado um projeto-piloto em escolas públicas e os resultados foram avaliados de forma positiva em 2011. Um dos desdobramentos da experiência fora à instalação de um grupo de apoio pedagógico que, de acordo com o Ministério da Educação, discute a validação de materiais pedagógicos de educação financeira elaborada para os nove anos do ensino fundamental e também para o ensino médio.

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA CRIANÇA GANHA ESPAÇO EM ESCOLAS PRIVADAS

O objetivo é as crianças aprendam a lidar com o dinheiro, planejar os gastos dentro do orçamento e ficar longe das dívidas. Propomos: Analisar a conta de luz e água e elaborar um plano de redução de consumo e gastos para discutir com os pais: Coleta de dados

Junte as últimas três contas analise o valor gasto, depois o consumo em watts e metros cúbicos e estabelece um % de redução. Proposição do ensaio

1 - A intenção é que as crianças se tornem adultos. 2 - Aprendam a lidar com o dinheiro. 3 - Planejam os gastos dentro do orçamento disponível. 4 - Fiquem longe de dívidas e faça uma reserva financeira. O estímulo não é para que a criança queira ser rica, mas para que ela saiba lidar com o dinheiro no seu dia a dia. Isso fará com que ela tenha menos problemas financeiros, logo terá menos estresse e assim mais qualidade de vida. O ideal é a criança começar a ter noções de educação financeira. O conteúdo inserido no currículo a partir da educação infantil. O importante é que seja adequado à idade e trate de situações práticas da rotina das crianças e dos adolescentes para despertar o interesse e facilitar o aprendizado. A educação financeira infantil não deve trazer assuntos de adultos e é importante a abordagem em falar de dinheiro relacionado a brinquedo, passeio, lanche e dessa forma introduzir os fundamentos de educação financeira.

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O ideal é que o tema não entre no currículo como uma disciplina isolada, que sejam trabalhadas de forma transversal, inseridos o conteúdo de matérias como: matemática, história, artes e física.

A Educação Financeira Infantil deve ser ensinada amplamente abordando o consumo sem desperdício, consciente e

ambientalmente sustentável.

São orientações para as crianças cuidarem: - Dos próprios brinquedos. - Do material escolar. - Apagar a luz ao sair do quarto. - Fechar a torneira enquanto escova os dentes.

Além do impacto que o aprendizado pode ter na vida dos jovens e crianças, quando os pais não têm uma situação financeira organizada, a orientação que os filhos recebem na escola pode fazer a diferença em casa. É um processo cíclico. Aliás, como foi à educação ambiental. Como vai ser a educação para o trânsito.

A capacitação do professor é outro elemento fundamental nesse processo. Indicações de leitura e palestra: Livros

- Ter Dinheiro Não Tem Segredo - O Menino do Dinheiro Palestra

- Educação Financeira

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA JOVENS Por que ela é importante? Qual a importância de se educar financeiramente um jovem? A resposta é óbvia: Evitar que essa geração não seja a geração endividada no futuro. É a nossa esperança! De um país mais justo, equilibrado e sustentável. No entanto, a realidade atual é bem diferente. O percentual de famílias endividadas no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). No mês Abril de 2015, chegou a 61,6% – ou seja, cerca de seis em cada dez famílias Brasileiras têm algum tipo de dívida, entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.

Fonte: Confederação Nacional do Comércio. Cidadãos entre 15 e 24 anos fazem parte da lista dos endividados .

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Dividas Atrasos Inadimplentes

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- Celular e carro são os bens adquiridos que mais levam essa população de jovens ao endividamento. Por que essa nova geração chega a essa situação tão cedo?

Resposta: Com toda certeza, por falta de Educação Financeira.

- A ânsia de acompanhar os amigos em todas as baladas e bares; - A vontade de comprar roupas, tênis e acessórios de marca, para, dessa forma, fazer parte de um grupo; - O planejamento de viagens corriqueiras nos finais de semana; - A compra de um carro sem levar em consideração os diversos gastos que um veículo dá. Enfim, isso tudo leva a um descontrole financeiro que, muitas vezes, só é percebido no final do mês – ou até antes, porque, como dizem... “Sobra mês no final do salário”.

Para que isso não ocorra ou – se já aconteceu – para sair dessa condição, REPLANEJE CAIA NA REAL... AINDA DÁ TEMPO... EDUQUE-SE... Você tem um longo caminho a

percorrer.

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CARTÃO DE CRÉDITO O que é preciso levar em conta para não se afogar em dívidas! Na hora das compras, o cartão de crédito pode ser um poderoso aliado. Sem cuidado, porém, ele pode virar uma perigosa armadilha. Para usá-lo sem medo, é preciso alguns cuidados: Pague a fatura total

Não há uma restrição de quando o cartão pode ou não ser usado, contanto que seja possível pagar tudo o que foi gasto no final do mês. Ou seja, nada de cair na tentação de pagar apenas a parcela mínima da conta. Tenha um cartão compatível com a renda

Mantenha um limite baixo. De preferência, não tenha um crédito muito acima do orçamento mensal. O limite menor do que o salário dificulta dívidas muito pesadas para o bolso. Busque benefícios

Leve em conta a taxa de anuidade do banco e as vantagens oferecidas, como, por exemplo, os programas de milhas. Informe-se, também, sobre as tarifas antes de decidir ter o cartão de um determinado banco. Gaste com consciência

Se não puder se controlar, deixe o cartão em casa. Usar o bom senso é a melhor alternativa. Controle-se nos gastos do mês para que o cartão não se torne uma enorme dor de cabeça.

O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 75% das famílias endividadas no Brasil.

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CHEQUE O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente. Cheque pré-datado é um acordo informal entre fornecedor e consumidor. Se você for utilizá-lo como forma de pagamento, faça o vendedor anotar no pedido ou na nota fiscal ou no orçamento os números dos cheques e as datas de quando deverão ser descontados; os valores desses cheques deverão fazer parte de seu orçamento (despesas fixas) durante os meses em que eles serão descontados. Se possível faça opção de pagamento por meio de carnê, principalmente se a mercadoria for para entrega futura. CHEQUE ESPECIAL

Evite entrar no limite do cheque especial já que as taxas de juros costumam ser muito elevadas. Não faça desse limite um segundo salário. Banco Taxa mensal Taxa Anual Banco do Brasil 9,91% 210,64% Bradesco 9,23% 188,47% Caixa Econômica Federal 9,55% 198,89% Fonte: Banco Central - 11 a 17/06/2015

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VILÕES QUE CONTRIBUEM PARA O ENDIVIDAMENTO - Compras por impulso. - Utilização frequente do limite do cheque especial. - Gastos excessivos com cartão de crédito - Pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito. - Financiamentos em geral. - Pequenas despesas não consideradas. O cenário atual mostra como os brasileiros estão despreparados para organizar as finanças: O número de falências e o nível de consumidores endividados estão em alta. De acordo com pesquisas, Aproximadamente 62% das famílias brasileiras possuem alguma dívida. Por que mais da metade das famílias estão no vermelho? Quais são os principais vilões do endividamento? 1 - Usar o cartão de crédito sem planejamento

O cartão de crédito não é um vilão do endividamento – a forma como é usado o torna um. Quando o cartão é utilizado sem planejamento e as parcelas ficam muito altas, as pessoas tendem a parcelar novamente a fatura. O problema? Os juros são muito altos. No primeiro mês do

parcelamento, não se sente dificuldade para pagar a dívida, pois o valor ainda cabe dentro do seu orçamento. Nos meses seguintes, além das despesas normais, a pessoa passa a ter as prestações anteriores. Solução: O cartão de crédito pode ser um aliado para guardar e aplicar 20% da receita, mas não é saudável usar a facilidade de crédito para aumentar ainda mais o consumo. As faturas devem estar equilibradas na data de vencimento, para que seja possível pagá-las integralmente.

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2 - Se endividar com juros Nem todos os estabelecimentos e lojas dividem o valor no crédito sem cobrar juros. Solução: Dividir é permitido, desde

que com responsabilidade e sem juros. Compras a prazo em até três parcelas sem juros para não carregar a dívida por muito tempo e mesmo assim conseguir aliviar o peso dos gastos. 3 - Usar o cheque especial

A possibilidade de ficar no negativo no banco. A maioria das pessoas não se preocupa com o fato de estarem no vermelho, mas os juros são elevados – geralmente, 9% ao mês. A dívida surge pela facilidade de crédito que o banco oferece. Solução: O cheque especial deve ser zerado. 4 - Desejos consumistas

Com tantas novidades no mercado adquirir coisas que em sua maioria não são necessárias é cada vez mais comum. A compulsão pela compra pode ser um dos motivos do endividamento. Solução: A pessoa não pode se acomodar e

acreditar que tudo que ela quer, deve ser comprado. Pé no chão é fundamental. 5 - Gastar mais do que ganha

Ainda que pareça óbvio, o principal vilão do endividamento ainda é consumir mais do que se ganha. Solução: Faça um

planejamento financeiro com todas as entradas e saídas do ano. Depois de montar o orçamento, é preciso que sobre 20% de sua renda. A quantia, que deve ser aplicada, será usada quando houver alguma necessidade, evitando dívidas. Se a saídas forem maiores que a entrada é preciso repensar os gastos.

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FUNCIONAMENTO DA PESQUISA

De Orçamento Familiar – POF Introdução A Pesquisa de Orçamento Familiar, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem como objetivo traçar o perfil do consumo da família brasileira, independente do rendimento. A pesquisa mostra o que e como o brasileiro come, veste, estuda e diverte-se. Foi a partir da primeira entre os anos 1974 e 1975, que surgiram os primeiros índices de inflação feitos pelo IBGE. Com os dados da pesquisa, foi possível conseguir informações sobre questões tão diversas quanto os gastos das famílias com educação, quanto à qualidade nutricional dos alimentos e suas consequências. A pesquisa é uma ferramenta para decidir os rumos de políticas públicas ou mesmo tendências do mercado. Histórico da pesquisa A primeira Pesquisa de Orçamento Familiar - POF se

chamou Estudo Nacional de Despesa Familiar e aconteceu entre 1974 e 1975. Com apoio da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a pesquisa abrangeu vários pontos do território nacional, abordando tanto o Brasil Urbano quanto o Brasil Rural. Com os resultados da pesquisa, surgiram os índices de inflação medidos pelo IBGE:

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e seus derivados como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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A ponderação matemática de cada item dos índices inflacionários como transporte ou alimentação é feita baseada nos pesos de cada item da pesquisa. Além disso, a pesquisa tem sido base para grande parte de outras pesquisas e para o planejamento de políticas públicas. Nas pesquisas seguintes às de 1975 abrange as onze cidades consideradas as maiores do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Goiânia, Belém e Distrito Federal. Já aconteceram quatro pesquisas de orçamento familiar no Brasil: Entre 1974 e 1975 Entre 1987 e 1988 Entre 1995 e 1996 Entre 2002 e 2003. No decorrer dos anos, a metodologia da pesquisa foi melhorando e ampliando a cada ano. Quem é entrevistado?

A Pesquisa de Orçamento Familiar - POF é feita em onze

capitais brasileiras. São elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Goiânia, Belém e Distrito Federal. Através dos dados do censo, os pesquisadores fazem uma amostragem dos mais diferentes perfis de famílias para a pesquisa. São escolhidas proporcionalmente famílias de todas as classes sociais, do mais rico ao mais pobre, dos moradores de condomínio de luxo aos moradores de favelas. O número de entrevistados em cada classe social é escolhido proporcionalmente à distribuição de renda entre a população Brasileira. Na última PESQUISA, por exemplo, foram pesquisados 48.500 domicílios.

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Como e o que é perguntado? A Pesquisa de Orçamento Familiar - POF é uma das mais longas pesquisas feitas pelo IBGE. Sua duração é de 12

meses. Durante esse período, os pesquisadores visitam várias vezes as casas e fazem perguntas diretamente a cada integrante da família e, com mais detalhes, para o (a) chefe de família. Grosso modo, os pesquisadores querem saber no que a família gasta seus rendimentos, além disso, parte importantíssima da pesquisa é a nutricional, quando os entrevistados chegam inclusive a ser pesados e medidos. Depois de familiarizado com o método, os próprios entrevistados chegam a preencher uma caderneta de despesas. Durante sete dias, tudo o que for comprado para casa, deve constar dessa caderneta. Para entender um pouco melhor os métodos da pesquisa, é interessante conhecer o perfil dos seis questionários: Características do domicílio

São feitas perguntas para definir o perfil de cada morador sobre nível escolar, religião, cor, ocupação etc. de cada morador. Características do rendimento

Detalhes sobre os ganhos da família. Despesas coletivas

Detalhes sobre os gastos comuns de toda família como luz, água, aluguel, compra de eletrodomésticos etc.

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Despesas individuais

Detalhes sobre o que cada pessoa consome individualmente como mensalidades escolares, transporte, lazer, vestuário etc. Caderneta de despesa

Nesse caso, os entrevistados devem anotar durante uma semana todas as despesas feitas desde alimentos, material de limpeza. Condições de vida

Introduzido na última pesquisa, esse questionário tem 12 perguntas qualitativas para o chefe de família como, por exemplo, se ele acha que a renda é suficiente para as despesas. Com todos esses dados na mão, vem o momento do cruzamento de informações. Tal trabalho pode criar milhares de conclusões diferentes. Para a próxima pesquisa, o IBGE vai incluir um questionário

sobre alimentação fora de casa. Já que o hábito é cada vez mais comum nas famílias brasileiras. “Veja o que a pesquisa já detectou nesses anos de existência”.

Para ter uma ideia da importância de uma pesquisa, é interessante ver os resultados e saber o que eles podem dizer, por exemplo, sobre uma sociedade. Dos últimos dados divulgados pelo IBGE da Pesquisa de

Orçamento Familiar - POF, um teve bastante destaque na mídia. Foi sobre a obesidade e excesso de peso.

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Além desses dados, a pesquisa traça as diferenças de consumo entre classes sociais. A pesquisa mostra que, em 30 anos, o brasileiro diversificou sua alimentação, reduzindo o consumo de gêneros tradicionais como arroz, feijão, batata, pão e açúcar e aumentando, por exemplo, o consumo por pessoa de iogurte. Outro sinal de mudança nos hábitos é dado pelo consumo dos alimentos preparados.

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PROPOSTA - HORTA ESCOLAR E DOMÉSTICA A Prefeitura de seu município, através de uma Secretaria Municipal específica adjunta de segurança alimentar e nutricional poderia desenvolver e executar programas e projetos visando o incentivo a agricultura urbana com foco na produção de alimentos, entre os quais: O Programa Hortas Escolares. Através da Gerência de Apoio a Produção e Comercialização de Alimentos elaborariam: - O projeto de planejamento de plantio. - Fornecimento de assistência técnica. - Sementes, composto orgânico, ferramentas. - Acompanhamento das atividades de manutenção e colheita. - Distribuídos folhetos didáticos com orientações sobre o plantio e controle de pragas. Este Programa visa estimular a formação de hortas ensinando o estudante da rede pública de ensino a produzir e dar valor ao meio ambiente. Hortas Escolares Com uma pequena horta escolar, podem-se atingir vários objetivos. Aperfeiçoar o processo educacional dos alunos, mediante uma aprendizagem ativa e integrada a um plano de estudos de conhecimentos teóricos e práticos sobre diversos conteúdos: - Produzir verduras e legumes frescos e sadios a baixo custo. Para isso basta que as hortaliças sejam plantadas e cuidadas com carinho e dedicação.

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- Proporcionar aos alunos experiências de práticas ecológicas para a produção de alimentos, de tal forma, que possam transmiti-las a seus familiares e consequentemente, aplicá-las em hortas caseiras e comunitárias. - Melhorar a nutrição dos alunos, complementando o Programa Merenda Escolar com alimentos frescos, ricos em nutrientes e sem contaminação por agrotóxicos. Além de todos os aspectos educacionais abordados com a horta escolar, é importante que o aluno aprenda também a consumir as hortaliças produzidas. O estudante pode aprender a prepará-las de forma criativa e ser informado sobre seu valor nutritivo, ao participar do seu cultivo, e ter a satisfação de consumir o que ajudou a plantar. A existência de hortas nas escolas é importante para enriquecer a alimentação, auxiliar na mudança de hábitos alimentares, e despertar o interesse dos alunos pela conservação do meio ambiente. Esta atividade possibilita ao estudante levar conhecimento para o seu lar como: Maior oferta de alimentos de qualidade, ampliando seu consumo e reduzindo o preço final desses produtos nos orçamentos domésticos. Em contrapartida, a melhoria das

condições de vida da família, em especial os que vivem em situação de insegurança alimentar e nutricional, além de contribuir para a geração de renda, elevando as oportunidades de ocupação. É uma atividade que é o binômio “saúde e economia” na renda familiar, proporcionando também lazer e fortalecimento dos vínculos entre os cidadãos, podendo ser praticada por pessoas de qualquer classe social.

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Com uma pequena horta familiar, são vários os benefícios que podem ser alcançados: - Melhoria do estado nutricional e a saúde da família envolvida através do consumo de verduras e legumes frescos e sem agrotóxicos, reforçando a segurança alimentar e nutricional. - Possibilidade de geração de renda direta e indireta, por meio da diminuição dos gastos domésticos com alimentação. - Diminuição dos resíduos orgânicos domésticos, os quais podem ser utilizados na produção de composto e reutilização de resíduos inorgânicos (garrafas plásticas) na estruturação dos espaços de produção. - Melhoria da qualidade ambiental da cidade, através do cultivo em vazios urbanos privados.

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POR UMA ECONOMIA PAUTADA NA IDEIA DO DECRESCIMENTO

Enquanto a lógica do sistema econômico herdada dos ensinamentos da economia clássica estiver centrada na ideia do crescimento, a economia continuará cometendo o seu mais grave erro ao considerar os recursos naturais como algo infinito, ignorando os limites da biosfera no que tange à sua capacidade de prover recursos e absorver dejetos. Romper com essa lógica dominante e buscar estabelecer uma economia pautada na ideia do decrescimento parece ser, a contento, a saída mais plausível para assegurar-se uma perspectiva de vida saudável num futuro próximo. Fora isso, a economia deve “conversar” com a ecologia. A temática ecológica precisa, necessariamente, estar na agenda econômica de tal forma que não pode haver separação de diálogos e ações entre essas ciências. Nesse pormenor, o tema mais relevante talvez seja discutir os limites do crescimento e a possibilidade de crescer sem agredir o meio ambiente; portanto, de prosperar economicamente sem fazer a economia se expandir. Até mesmo porque esse produtivíssimo/consumismo

exagerado apresenta sérias consequências; esgotamento dos recursos energéticos (petróleo, gás, urânio, carvão) e degradação ambiental (efeito estufa, aquecimento global, perda da biodiversidade e poluição constante). A busca pela preservação da qualidade de vida dos seres humanos passa obrigatoriamente pela adoção de um modelo econômico regido pela biosfera, incorporando a ideia central de fazer (produzir) menos com menos e, claro, consumir menos.

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O resultado disso? Menos produção econômica significa menos poluição. Menos estrago ambiental é sinônimo de mais vida e ambiente saudáveis. Torna-se cada vez mais insuportável manter um modelo econômico agressivo em termos de exploração de recursos naturais, dilapidador do meio ambiente, em troca de uma gama variada de produtos disponibilizados no mercado de consumo. O segredo para isso talvez seja trocar quantidade por qualidade, mudando o discurso da busca de crescimento pelo desenvolvimento, à medida que o primeiro conceito representa expansão física da economia, ao passo que o segundo se refere à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Em economia, o mais importante não são as mercadorias, mas sim as pessoas. Para isso, a economia tradicional deve aceitar a premissa que o sistema econômico é parte – e não o todo – de um sistema maior, a biosfera. Sem sistema ecológico, não há economia. Não é mais possível continuar fazendo a economia crescer à custa da pilhagem do capital natural, diminuindo avassaladoramente o patrimônio natural. A insistência nesse modelo fará com que a própria economia diminua, num futuro próximo, à medida que a biosfera vai sendo completamente enxuta pela máquina de produzir da economia. É certo que não há recursos em quantidades infinitas para o atendimento dos desejos de consumo ilimitados e expansivos. Atender esse consumo cada vez mais exigente de bens materiais é sacrificar substancialmente as bases da natureza. O exemplo do automóvel ainda é paradigmático. Se a sociedade chinesa, por exemplo, desejar ter o mesmo número de automóveis que tem a sociedade norte-americana, acabaria com o planeta em poucos dias.

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Apenas como único exemplo para cada litro de gasolina queimado é necessários cinco metros quadrados de floresta durante um ano para absorver o gás carbônico. Não há a menor condição física para isso. O ponto mais relevante para a reversão desse modelo dilapidador da natureza, cuja “Pegada Ecológica” comprova

que já ultrapassamos em 40% a capacidade deste planeta em nos prover recursos e absorver resíduos, está em estabelecer uma economia que leve prioritariamente em conta à sustentabilidade da Terra. E, para isso, o melhor a fazer é buscar o decrescimento da economia. Quatro princípios devem ser seguidos para a consolidação da ideia do decrescimento: 1 - Transformar a indústria do consumo, tornando a ideia da vida sustentável tão natural quanto à ideia de consumir; 2 - Redistribuir os impostos, cobrando mais de indústrias que poluem, da publicidade (que fortalece o consumismo) e de quem ganha além do necessário para a sobrevivência básica; 3 - Reduzir as jornadas de trabalho, dando às pessoas mais tempo, redistribuindo riquezas e gerando mais empregos; 4 - Fortalecer a chamada “Economia da Plenitude”, em que

as pessoas plantam mais para prover sua própria alimentação, cuidar de sua família e aprender novas habilidades. É de fundamental importância mudar o paradigma dominante da economia tradicional que insiste no crescimento econômico como sinônimo de indicador supremo de prosperidade individual.

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Riqueza não está ligada à produção de mais bens e serviços pelos sistemas econômicos, assim como bem-estar não é sinônimo de acesso (consumo) às mercadorias. A riqueza mais proeminente de uma nação é a preservação da saúde dos serviços ecossistêmicos; o bem-estar mais interessante que uma pessoa pode almejar é viver com plena qualidade. Dilapidar o patrimônio natural em nome da busca de modelos econômicos que priorizam o consumo supérfluo, tipo das economias ocidentais, é subestimar sensivelmente a qualidade de vida.