em tempo - 22 de novembro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 37 MÍN.: 26 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. DENÚNCIAS • FLAGRANTES 981163529 O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 8.944 DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO Abandono e descaso em Manaquiri Denúncias de corrupção e desvio de verbas podem levar o Ministério Público do Estado (MPE) e a Polícia Federal (PF) a investigarem a gestão pública do município de Manaquiri. Em estado de abandono, os moradores da cidade reclamam que o prefeito Aguinaldo Martins (PRTB) quase nunca está no município, da suspensão das aulas da rede pública, da falta de medicamentos e denunciam obras inacabadas. Política A6 e A7 DIEGO JANATÃ SUPLEMENTOS ESCRITORA Paixão pelas histórias do homem da Amazônia Etelvina Garcia criou sua própria editora para relatar as histórias e a vida dos homens da Amazônia, deixando um registro histórico para as próximas gerações. Plateia D1 DIEGO JANATÃ ENTREVISTA Depois de ser anulada em ou- tubro, ocorre hoje a eleição dos 45 novos conselheiros tutela- res. Votação será realizada em 143 escolas. Última hora A2 Nova eleição para Conselhos Tutelares Procurador-geral do Ministério Público do Estado (MPE), Fábio Monteiro afirma que, como Iran- duba, outros municípios do Estado são alvos do órgão. Política A5 MPE cumpre obrigação, não ‘caça às bruxas’ Muitos passageiros julgam embarcações seguras e, por isso, desnecessário o uso de coletes MÁRCIO MELO IONE MORENO Equipamento de segurança é deixado de lado em quase todas as embarcações que transportam passageiros no porto da Ceasa. Fiscalização da Marinha é ineficiente e imprudência coloca em risco a vida de usuários. Dia a dia C4 e C5 Passageiros deixam de lado coletes salva-vidas EMBARCAÇÕES HOJE

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

MÁX.: 37 MÍN.: 26TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

DENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116�3529

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 8.944 � DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

Abandono e descaso em Manaquiri

Denúncias de corrupção e desvio de verbas podem levar o Ministério Público do Estado (MPE) e a Polícia Federal (PF) a investigarem a gestão pública do município de Manaquiri. Em estado de abandono, os moradores da cidade reclamam que o prefeito Aguinaldo Martins (PRTB) quase nunca está no município, da suspensão das aulas da rede pública, da falta de medicamentos e denunciam obras inacabadas. Política A6 e A7

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SUPLEMENTOSSUPLEMENTOS

ESCRITORA

Paixão pelas histórias do homem da Amazônia

Etelvina Garcia criou sua própria editora para relatar as histórias e a vida dos homens da Amazônia, deixando um registro histórico para as próximas gerações. Plateia D1

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ATÃ

ENTREVISTA

Depois de ser anulada em ou-tubro, ocorre hoje a eleição dos 45 novos conselheiros tutela-res. Votação será realizada em 143 escolas. Última hora A2

Nova eleição para Conselhos Tutelares

Procurador-geral do Ministério Público do Estado (MPE), Fábio Monteiro afi rma que, como Iran-duba, outros municípios do Estado são alvos do órgão. Política A5

MPE cumpre obrigação, não ‘caça às bruxas’

Muitos passageiros julgam embarcações seguras e, por isso, desnecessário o uso de coletes

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Equipamento de segurança é deixado de lado em quase todas as embarcações que transportam passageiros no porto da Ceasa. Fiscalização da Marinha é inefi ciente e imprudência coloca em risco a vida de usuários. Dia a dia C4 e C5

Passageiros deixam de lado coletes salva-vidas

EMBARCAÇÕESHOJE

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Page 2: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015A2 Ultima horaUltima hora

Cerca de 3 mil servidores irão trabalhar nas eleições para conselheiro tutelar neste domingo. A apuração dos votos será realizada amanhã

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Eleição para conselheiros tutelares acontece hojeVotação será realizada em 143 escolas espalhadas por toda Manaus, incluindo a zona rural rodoviária e ribeirinha

Após a anulação do pri-meiro pleito no mês passado, as eleições para conselheiros tu-

telares de Manaus serão re-alizadas neste domingo (22). Os 165 candidatos concorrem a 45 vagas para conselheiro titular e outras 45 vagas para suplente. A votação será reali-zada em 143 escolas, com um total de 375 urnas, que foram lacradas na manhã de ontem, espalhadas em todas as zonas da cidade, incluindo a zona rural rodoviária e ribeirinha.

Uma das principais preocu-pações para esta eleição foi a logística de alimentação. Seis cozinhas comunitárias, dois restaurantes populares e mais as cozinhas de duas escolas da Zona Norte estão sendo utilizadas para dar suporte.

“Estamos empenhados em atender a determinação do prefeito Arthur Neto para que esta eleição seja impecável. Tudo está sendo estudado mi-nuciosamente para garantir uma eleição segura e trans-parente para os candidatos e os eleitores. Principalmente nas últimas semanas, todos os nossos esforços foram concentrados em organizar e planejar todos os detalhes”, afi rmou a secretária municipal

da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmas-dh), Goreth Garcia Ribeiro.

A votação segue por todo o dia de hoje até as 17h. Após o encerramento do pleito, as urnas serão recolhidas e escol-tadas pela Polícia Militar (PM) e pela Guarda Municipal até a Arena Amadeu Teixeira, onde fi carão guardadas. A apuração será realizada na amanhã (23).

As escolas de votação rece-beram faixas de identifi cação e banners com informações so-bre as unidades de ensino que foram agregadas, de forma a manter o eleitor informado sobre o local correto. Um disque eleição (0800 092 6644) tam-bém foi disponibilizado para tirar dúvidas de eleitores sobre os pontos de votação.

Outra preocupação dos or-ganizadores do pleito foi em estabelecer uma data de corte para os eleitores que fi zeram o cadastramento biométrico junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Foi defi nido o dia 30 de outubro como parâmetro, ou seja, eleitores que fi zeram o cadastramento até a determinada data de-verão se dirigir ao novo local de votação. Quem não fez o cadastramento ou fez a partir desta data, deverá votar na

mesma escola que votou nas eleições de 2014.

Cadernos de votaçãoDe acordo com a presidente

do CMDCA, Gecilda Albano, diferente do que aconteceu

na eleição do dia 4 de outu-bro, que foi cancelada após denúncia de eleitores que não conseguiram votar por não ter o nome na relação, os 548 cadernos eleitorais foram organizados por escolas e em

ordem alfabética, o que vai facilitar a identifi cação.

“Passamos a semana toda trabalhando nestes cadernos, folha a folha. Todas as se-cretarias e o conselho estão integrados para proporcionar

uma infraestrutura adequada para este pleito. Mais de 3 mil pessoas estão envolvidas neste trabalho. Todo o ma-terial que será utilizado nos locais de votação está pronto”, esclareceu Gecilda.

TORQUATO

Acidente deixa mulher presa entre ferragens

A dona de casa Márcia Regina Vasconcelos Silva, 40, teve escoriações leves após acidente na avenida Torquato Tapajós, próximo ao aeroporto internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus, ocorrido por volta das 5h43 de ontem (21). Populares que tentaram retirar a vítima das ferra-gens afi rmaram que um carro modelo Civic colidiu com o veículo modelo Palio, de cor cinza, placa JWU 7666, e em seguida fugiu do local sem prestar socorro à vítima.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local às 5h50 e conseguiu fazer o resgate da vítima, que, segundo eles, foi encaminhada ao hospital e pronto-socorro 28 de Agosto, localizado na avenida Mário Ypiranga, Adrianópolis, Zona Centro-Sul, em estado está-vel, sentindo fortes dores no corpo e apresentando esco-riações. Ainda de acordo os bombeiros, um mototaxista teria informado que a polí-

cia encontrou o veículo que supostamente teria causado o acidente, abandonado na rua Teófi lo de Matos, bairro Santo Antônio. A suspeita é que o carro seja roubado.

TombamentoNa manhã de ontem, uma

carreta contêiner com pla-ca JXI-0445, de Porto Velho (RO), tombou quando passa-va pela rotatória do Armando Mendes, localizada no bair-ro de mesmo nome, Zona Leste de Manaus. Segundo informações dos agentes do Instituto Municipal de En-genharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) que estavam no local, o veículo está regularizado e trans-portava bebidas. O aciden-te aconteceu devido a uma pane mecânica que travou o eixo traseiro da carreta. Ape-sar do ocorrido, o trânsito do local não foi afetado. Um guincho foi acionado, mas até o fi nal desta edição não havia removido o contêiner.

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Palio fi cou com a traseira destruída após acidente na Torquato

Estado belga elevou o nível de alerta na capital do país para 4

TERRORISMO

LA MURALLA

Bélgica eleva nível de alerta

OAB-AM pede prisão domiciliar

São Paulo (SP) - O go-verno da Bélgica elevou ontem (21) o alerta na capital Bruxelas ao nível 4, o máximo da esca-la, citando uma ameaça terrorista iminente.

O metrô e vários centros comerciais da cidade foram fechados e shows e partidas de futebol previstos para o fi m de semana, adiados.

Nas principais ruas da ci-dade, que abriga a sede da União Europeia e da Otan (aliança militar ocidental), soldados e policiais refor-çavam a segurança.

Segundo o jornal belga “Dernière Heure”, museus, alguns cinemas e o centro de visitantes do Parlamento europeu foram fechados.

O premiê belga, Charles Michel, disse que a decisão foi tomada com base em informação “relativamen-te precisa” sobre o risco de um ataque coordenado,

similar aos do dia 13 em Pa-ris, na França, reivindica-dos pelo Estado Islâmico.

“Nós estamos falando so-bre a ameaça de vários indi-víduos com armas e explo-sivos lançarem um ataque em vários locais ao mesmo tempo”, disse Michel.

O premiê não deu mais detalhes e nem explicou a origem da informação.

A população foi alertada a evitar lugares com grande concentração de pessoas, como estações de trem.

Michel pediu, contudo, que os belgas permane-cessem calmos. “Nós to-mamos as medidas neces-sárias”, declarou.

O comitê de crise belga vai voltar a se encontrar na tarde deste domingo para reavaliar a ameaça.

O resto do país continua sob alerta nível três, que sig-nifi ca ameaça “verossímil”.

A medida foi decretada

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Amazonas (OAB-AM) protocolizou na tarte de ontem (21) o pedi-do de prisão domiciliar para os seis advogados presos na operação La Muralla, realiza-da pela Policia Federal (PF) na última sexta-feira (20).

Segundo Christian Naran-jo, advogado que representa a comissão de direitos e prerrogativas da OAB-AM, o pedido de prisão domici-liar será feito por conta da

falta de vagas nas celas do Comando de Policiamento Especial (CPE), onde os seis advogados deveriam estar presos. “Em razão de falta de salas do Estado maior, o nosso estatuto diz que nesse caso é obrigatória a prisão domiciliar”, disse.

Na operação La Muralla a Polícia Federal cumpriu 86 mandatos de prisão dos 127 expedidos pela Justi-ça Federal. Entre os presos estão os narcotrafi cantes e

membros da facção crimino-sa denominada Família do Norte (FDN), José Roberto Fernandes, o “Zé Roberto da Compensa”, Marcos Roberto Miranda, conhecido como “Marcos Pará”, Francisco Álvaro Pereira, conhecido como “Bicho do Mato”, Jaime Machinga, Jorge Moçambite da Silva – o “Moçambite”, Geomisson, conhecido como “Rock”, Gelson Carnaúba e Joleardson, o “Giba”.

Além dos 86 detidos, a Po-

lícia Federal encontrou nas residências dos investigados cerca de R$ 880 mil em espé-cie, mais de US$ 700, 25 ve-ículos de luxo e motocicletas que foram transportados por cegonhas para a sede da PF.

ContagemOntem a PF finalizou

a contagem do dinheiro em espécie apreendido na operação. O montante é de, aproximadamente, R$ 1,045 milhão.

horas depois de a Justiça belga acusar formalmente o terceiro suspeito detido em conexão com os ataques de Paris.

A Procuradoria afirmou ontem que várias armas fo-ram encontradas na casa de um dos três detidos.

Não foram achados ex-plosivos ou coletes-bomba, disse a Procuradoria, que não deu mais detalhes.

PrisõesUm belga de origem mar-

roquina foi detido ontem pela polícia turca. Ahmed Dahmani, 26, é suspeito de envolvimento na pre-paração dos ataques à capital francesa.

Segundo o jornal turco “Hürriyet”, Dahmani viajou da França à cidade turística de Antalya, no sul do país, com destino final à Síria.

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

Algumas comparações, ainda que perfeitamente fora de contexto, costumam ser feitas com a Amazônia, talvez, para que que a região seja melhor compreendida pelo “público externo”, muito distante de tudo. O boi, por exemplo, desde que não seja o peixe-boi, “não casa” com a paisagem amazônica compacta, que obriga o animal a viver nos alagados ou em regiões de cerrado. Mas o boi foi aceito, sem difi culdade, como “expressão cultural” do Estado do Amazonas, desde os seus currais ou arenas, na cidade de Parintins.

Outra imagem recorrente é a do “campo de futebol”, que está sempre ligado a uma situação de desconstrução. Em Manaus, destruiu-se um estádio para a construção de outro, no mesmo lugar, ainda que a capital amazonense não ofereça nem perspectiva de ter um mercado futebolístico a curto ou médio prazos. No testemunho de uma manchete de jornal: “Desmatamento na Amazônia Legal equivale a 32 campos de futebol”, ou uma área de 230 quilômetros quadrados foi desmatada no mês de outubro deste ano, segundo levantamento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e registrado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).

O Estado do Amazonas é o quarto “estádio” de futebol. Antes dele, vêm Pará em ter-ceiro lugar, Rondônia, em segundo, e, campeão entre os campeões, Mato Grosso, que não desce do pódio há alguns anos, desde que, na crise, o agronegócio assumiu a condição de salvaguarda da combalida economia nacional. Entre os meses de outubro de 2014 e outubro de 2015, observou-se que a área degradada no mês em 2015 cresceu 115%. Boi e campo de futebol, metáforas do desmatamento. Pouco recomendável, às vésperas de um encontro sobre a questão climática em Paris, em que o Brasil antecipou a promessa de “zerar” o desmatamento na Amazônia.

Boi, futebol e Amazônia

[email protected]

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPONeste domingo, dar-se-á o turno fi nal da eleição presidencial na Argen-tina. Ela, que já teve um PIB superior ao brasileiro, hoje, porque o Brasil cresceu (e não nos governos petistas) e também porque lá se instalaram governos “bolivarianos”, a nossa eco-nomia a suplantou. Essa mudança na posição econômica, entretanto, não constitui um fato absoluto que possa arrastar a Argentina para o fundo do buraco e o Brasil para o cume da montanha, no concerto das nações sul-americanas.

Muitas coisas não mudaram e, as-sim, continuam onde desde muito tempo já estavam. Outras talvez te-nham tido alguma alteração, mas não tão grande. Sabia-se, por exemplo, que só em Buenos Aires havia mais livrarias do que em todo o território brasileiro. Pessoalmente, certa vez, assombrei-me com a quantidade de-las que pude contar só na Avenida Corrientes. Talvez a relação já não seja a mesma, mas, se mudou, foi bem recentemente, o que por si só já cons-titui uma vergonha, ao considerar-se a desproporção das populações.

Os resultados que a Educação apresenta lá, também nos humilham quando colocam o analfabetismo na casa do zero e, mais ainda, quando recordo que, estudante numa das melhores universidades brasileiras, tinha que recorrer aos livros estran-geiros, dentre os quais aos editados na Argentina, sempre fartos. Cons-trangedor também, ouvir do gentil funcionário do hotel, que se pode sair à noite e levar máquina fotográfi ca, relógio, celular, sem correr risco de ser assaltado.

Há alguma coisa naquele país que o destaca e lhe confere posição de liderança, mesmo quando atravessa as crises, sempre de natureza origi-nariamente política, muito frequentes na sua história. Certamente o caráter hispânico da sua gente não o tem

abandonado e lhe confere a tenaci-dade marcante.

Não faz muito tempo, “The Econo-mist” surpreendeu aos seus leitores quando afi rmou que o Japão e a Argentina são, em todo o mundo, os países com a individualidade mais forte e marcante, a lhes conferir singularidades únicas. Tivemos, na pessoa de Getúlio Vargas, o nosso caudilho mais duradouro e infl uente na formação da nossa feição nacional. Hoje, certamente são muito poucos os jovens que o identifi cam quanto à sua índole e à sua caminhada po-lítica. Se tanto, apenas reconhecem o nome, como o de alguém que um dia chefi ou o governo.

A vigência e a presença de Juan Perón na Argentina, assim como o conhecimento da sua doutrina po-lítica, populista e caudilhista como a de Vargas, são de impressionar, a ponto de se poder identifi car, ainda hoje, um peronismo de direita, outro de esquerda, outro neoliberal, a se digladiarem, exatamente como ora acontece entre a facção kirchnerista e a sua oposição, curiosamente ambas declaradas como linhas do Partido Justicialista, fundado por Perón. O que permaneceu foi uma ideologia política, o peronismo, que, assim, pode ser debatido, apoiado ou refu-gado, e não simplesmente uma fi gura humana encerrada numa redoma de saudosismo.

O processo eleitoral que ora se desenvolve na Argentina e que, já defi nido em primeiro turno, agora chega à decisão fi nal, não pode ser ignorado por nenhuma das socieda-des latino-americanas. Tudo o que ocorre na Argentina interessa a toda a América Latina, pelo simples fato de a sociedade que ali prosperou ser uma sociedade que desde sempre exerceu e foi aceita como uma nação de liderança, formadora de posições e de paradigmas.

Ainda a Argentina [email protected]

João Bosco Araújo

A vigência e a presença de Juan Perón na Argentina, assim como o conhecimento da sua dou-trina política, populista e caudilhista como a de Vargas, são de impressio-nar, a ponto de se poder identifi car, ainda hoje, um peronis-mo de direita, outro de es-querda, outro neoliberal, a se digladia-rem”

Editorial [email protected]

Apoio técnico

Até o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) teve de entrar na disputa. O tribunal mon-tou uma comissão que treinou os mesários que atuarão nas escolas, hoje, durante a eleição para os Conselhos Tutelares de Manaus e acompanhará todo o processo eleitoral até o fi m do dia.

Madrugada adentro

Ontem, a primeira-dama do município, Goreth Garcia, publicou uma foto em uma rede social na qual servidores municipais organi-zavam os documentos para o plei-to. Segundo a primeira-dama, os servidores estavam encadernando os 500 cadernos de votação “para evitar contratempos”. Então, tá...

Denúncias

A eleição acontece em meio às denúncias recebidas pela Comis-são de Jovens, Crianças e Adoles-centes da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Dentre as denúncias está a de que as crianças acolhidas em abrigos de Manaus sofrem maus-tratos.

Recuo

O ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Gilberto de Deus, que deixou o governo e denun-ciou irregularidades em obras no interior do Estado, parece ter mudado de ideia. Após titubear e quase não comparecer em uma audiência no Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), o ex-secretário se esquivou de dar esclarecimentos na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.

Cunho político

Após confi rmar a participação

em uma audiência pública, na semana passada, o ex-secretário mandou uma carta ao presidente da Comissão, informando que não iria. Segundo ele, “os componentes da Comissão são opositores do governo” e a questão seria levada para o cunho político.

Quase lá

Corre nos corredores da Aleam que o deputado estadual Belar-mino Lins (PMDB) está com o pé direito no PSD. Ele está sendo convencido pelo irmão, deputado federal Átila Lins (PSD), a trocar o PMDB, do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, pelo PSD, do senador Omar Aziz, para ganhar mais espaço para as eleições, em 2018.

Dobradinha

Átila e Belarmino Lins sempre fi zeram uma dobradinha política em busca de votos. Um como candidato ao Legislativo estadual e outro ao federal. Mas, com o PSD e o PMDB cada vez mais em lados opostos, os planos dos irmãos acabam indo por água abaixo. A ideia é unir forças, mesmo que para isso seja preciso mudar de partido político.

Sem mudança

Magistrados e assessores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) acreditam ser impossível que as sete novas vagas de de-sembargadores para o tribunal sejam abertas este ano.

Com a caneta

Primeiro, porque há pelo me-nos dois deputados recorrendo em todas as instâncias contra a criação das vagas no TJAM e, se-gundo, porque a atual presidente,

desembargadora Graça Figueire-do, é veementemente contrária à medida. Cabe a ela convocar a eleição, ou seja, tudo deve fi car para a próxima gestão.

Eleições à vista

Enquanto isso, o TJAM vive em clima pré-eleitoral, seja pela elei-ção do novo desembargador da corte para a vaga aberta com a aposentadoria de Rafael Romano, seja pela articulação para a dis-puta para a presidência, em 2016. Vale lembrar que o desembargador Djalma Martins se aposenta em fevereiro do ano que vem.

Disputa acirrada

Djalma Martins é das cadeiras do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), que terá de escolher, entre os seus membros, um promotor ou procurador para a vaga. Podem disputar os maiores de 35 anos que tenham mais de 10 anos de exercício no MPE-AM. O procurador-geral de Justiça, Fábio Monteiro, já adiantou que não é candidato à vaga.

Novo presídio

Manaus “ganhou” um novo pre-sídio. Com a prisão do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), e do prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros (Pros), o Coman-do de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar (PMAM) se transformou em um presídio.

Privilégio

Adail já perdeu o foro privilegia-do, mas mesmo assim permanece no CPE. Xinaik foi preso esta sema-na, mas está prestes a ser cassado, ou seja, também perderá o foro privilegiado do cargo. Até quando ambos continuarão no CPE?

Ao que tudo indica, o domingo será movimentado em Manaus. Isto porque os 166 candidatos a conselheiro tutelar na capital prometeram dar o sangue e o suor para que a eleição aconteça, hoje. Esta será a segunda tentativa de eleição. Na primeira, em outubro deste ano, o pleito foi cancelado após diversas irregularidades: escolas fechadas, boca de urna, ausência de nomes de candidatos nos cadernos de vota-ção, falta de publicidade da disputa. Desta vez, uma força-tarefa foi montada pela Prefeitura de Manaus para que a eleição dos 45 conselheiros e 45 suplentes ocorra sem grandes transtornos.

Sangue e suor pelos Conselhos

[email protected] |[email protected]

Contexto3090-1017/992292981

VAIAS APLAUSOS

De acordo com um estudo publicado na últi-ma sexta-feira, mais da metade das espécies de árvores da Amazônia está sob ameaça em todo o planeta. Os estudiosos concluíram que de 36% a 57% das 15 mil espécies de árvores do bioma Amazônia estão classifi cadas como “globalmente ameaçadas”.

Desmatamento DIVULGAÇÃO

Para os moradores de condomínios que estão racionando gás e água. Em meio à crise econômica mundial e à escassez dos recursos naturais, medidas de racio-namento são cada vez mais necessárias para manutenção, por exemplo, da água para todos. Vale a iniciativa!

Moradores de condomíniosDIVULGAÇÃO

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Page 4: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Dom Sérgio Eduardo

CastrianiArcebispo

Metropolitano de Manaus

Painela equipe de defesa de Dilma Rousseff junto ao TSE.

Deslize Em conversas re-servadas, Cardozo tem con-cordado com a avaliação de que faltou “bom senso” na decisão da Polícia Federal de intimar o fi lho de Lula às 23h.

Uma mão... Na campanha de 2014, Edinho Silva, tesou-reiro de Dilma, pediu ajuda a Fernando Haddad para, na condição de prefeito, solici-tar contribuições eleitorais a empresários ligados à admi-nistração municipal.

... lava a outra Petistas dizem que nada foi feito. Alguns prometem cruzar os braços no ano que vem, quando Haddad tentará a reeleição.

Dança... Depois de mexer no comando da Secretaria de Habitação, Haddad tam-bém fará mudanças na pre-sidência da Cohab, estatal da área. Sai João Abukater Neto, indicado pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP), e entra Geraldo Juncal Júnior, hoje à frente da pasta de Desen-volvimento Urbano de Embu das Artes.

... das cadeiras Haddad decidiu tirar o PP de seu governo depois de o partido anunciar que não estará com ele em 2016 e que pretende lançar o apresentador José Luiz Datena à sua sucessão.

Farofa eleitoral De um petista de cinco estrelas so-bre a eleição de São Paulo: “Marta Suplicy vai virar pó. Celso Russomanno pegará seu espólio na periferia, e na classe média ela não entra.”

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Depois de abandonar o plenário para retomar a sessão do Conselho de Ética que analisava o pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados marcharam juntos até a sala. Ao fi nal, alguns já demonstravam cansaços, e as palavras de ordem soavam repetitivas. O decano Ivan Valente (PSOL-SP) sugeriu, então, que se entoasse uma música das recentes manifestações de jovens e mulheres contra Cunha:–Vamos assim, pessoal: “Ai, ai ai ai, ai ai ai ai ai ai ai, empurra o Cunha que ele cai!”.Silvio Torres (PSDB-SP) reclamou:–Ivan, reduz uns ‘ais’ aí, senão a gente perde o fôlego!

Balão de oxigênio

TIROTEIO

É preciso clarear o signifi cado de golpismo. O país está parado, e quem decide não reage. Dilma e Cunha são duas faces da mesma crise

DO DEPUTADO MARCUS PESTANA �PSDB MG� , SOBRE A DECISÃO DO PSDB, QUE PEDE A SAÍDA DE DILMA, DE TAMBÉM DEFENDER O AFASTAMENTO DE EDUARDO CUNHA.

O governo federal prepara uma lista de medidas que não exigem aportes fi nanceiros para ajudar a destravar a economia. Consultado nos últimos dias, o setor privado fez reiterados apelos pela simplifi cação das relações tra-balhistas e pela viabilização dos acordos de leniência das empresas atingidas pela operação Lava Jato, considerados muito lentos. Na área de infraestrutura, empresários pedi-ram a criação de mecanismos que garantam a execução das obras contratadas.

Contágio Dados do governo mostram que a inflação e o desemprego devem chegar aos dois dígitos em breve.

Herança maldita 1 O pessimismo nas proje-ções econômicas para 2016 tem alimentado em setores do PT o receio de que Dilma conclua seu mandato com índices de desemprego semelhan-tes aos do fim do governo FHC e com o retorno dos que ingressaram na nova classe média à base da pirâmide.

Herança maldita 2 Na avaliação desses petis-tas –que coincide com a de parte da oposição–, o partido, que já perdeu o discurso da ética, pode viver a “desmoralização” de ver a regressão no processo de inclusão social.

Quanto antes Pre-feitos fizeram chegar ao Planalto a falta de “timing político” do go-verno para autorizar os empréstimos de municí-pios junto a instituições bancárias estrangeiras –a maior fatia do pedido deve ficar apenas para o ano que vem.

Vitrine Os prefeitos queriam os recursos ain-da neste ano para iniciar obras antes das eleições municipais.

Para depois Os audito-res da Receita Federal de-vem rejeitar a proposta de reajuste para a categoria que o Ministério do Plane-jamento apresentará nos próximos dias. Eles reivin-dicam a equiparação dos salários aos da Advoca-cia-Geral da União.

Lá ou cá? Para a de-fesa de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, as manifestações do relator Fausto Pinato na reunião da última quinta-feira corroboram o pedido de suspeição do deputado apresentado pelo pee-medebista.

No meio “Como o rela-tor do caso, que é o julga-dor, pode dizer que ele está preparado para debater com a defesa? Quem de-bate são as partes, não o juiz”, diz Marcelo Nobre, advogado de Cunha.

Amigo defensor Se deixar o Ministério da Justiça, José Eduardo Cardozo poderia coorde-nar, mesmo à distância,

Hoje, a liturgia católica cele-bra a festa de Cristo Rei. Para os cristãos é a ocasião de pro-clamar que Jesus de Nazaré é o Verbo encarnado e que tudo existe nele e para ele. Para quem tem fé, a realidade fundamental na qual tudo existe é Cristo. O sentido da História está nele e caminhamos para a plenitude dos tempos quando ele será tudo em todos. Na dinâmica do tempo a sua realeza se manifesta na cruz onde acontece a redenção da hu-manidade e a identificação total da divindade com a humanidade. A doação e a entrega total de si mesmo no serviço aos deserdados e excluídos é o caminho pelo qual se encontra a verdade que liberta. O contrário disto traz consigo morte e destruição. A criação inteira geme aguardando ansiosa a consumação dos tempos e o tempo novo em que o amor seja a força a mover o mundo.

Nestes dias, assistimos estar-recidos o desastre ecológico de Mariana quando um mar de lama vai destruindo a vida por cen-tenas de quilômetros. Desastre anunciado e previsível sob vários aspectos. Acusam-se as empresas e é justo que indenizem todos os que foram atingidos, muito embora seja impossível reparar todos os danos. Fica explícito pelo desastre que o lucro é o grande objetivo, senão o único a mover as grandes mineradoras. O Estado ausente ou conivente reage com muita hipocrisia. O que fica evidente é que está em curso uma destruição sistemática da casa comum e da criação, numa direção oposta à ação do Espírito criador e redentor que realiza a obra de Cristo.

Onde estão os cristãos, bati-zados, crismados, participantes

da Eucaristia? Como podemos permitir que isto aconteça com a casa comum? Estas questões me inquietam. Há pessoas por trás das empresas, há homens e mulheres que tomaram decisões, aprovaram projetos, justificaram lucros, ou se omitiram. O dia de Cristo Rei é o dia do leigo e da sua missão na Igreja e no mun-do. Todos nós batizados somos responsáveis pela continuidade da missão de Jesus e pelo seu cumprimento. A impressão que se tem é que a fé tem pouca ou nenhuma influência nas decisões técnicas, econômicas e políticas.

Nos escandalizamos e com ra-zão com os ataques de terroristas que tiraram vidas inocentes com o nome de Deus nos lábios. Não fazem a mesma coisa as pesso-as de bem que tomam decisões que destroem a vida do planeta e inviabilizam a vida humana? Proclamar que Jesus é Rei é um tremendo compromisso, que facil-mente pode se tornar blasfêmia. Que Deus adoramos? Por isso, acho que a crise fundamental é a religiosa. Que tipo de relação estabelecemos com Deus. Temos por modelo o Cristo e por método a cruz? Ou nos entretemos com rituais bonitos, mas inócuos?

No próximo domingo, teremos um dia de conscientização a res-peito das mudanças climáticas. Na catedral estará um grupo que faz uma campanha por uma Ma-naus mais verde convidando todos a plantarem árvores. Gesto peque-no, mas de grande valor simbólico e educativo. Oxalá, ele nos leve a uma atitude de vida que brote da nossa fé e que nos torne defen-sores da vida sobretudo quando nossas decisões e opções tiverem consequências para a vida dos outros e até das futuras gerações.

Mar de lama [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Natuza Nery

CONTRAPONTOOnde estão os cristãos, batizados, crismados, participantes da Eucaristia? Como pode-mos permitir que isto acon-teça com a casa comum? Estas questões me inquietam. Há pessoas por trás das empresas, há homens e mulheres que tomaram de-cisões, aprova-ram projetos, justifi caram lucros, ou se omitiram”

Nanoeconomia

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Frase

RICARDO OLIVEIRA

Antoine Leiris, que perdeu esposa em ataque terroris-ta à boate Bataclan, em Paris, na sexta-feira 13, escre-

veu recado comovente a grupo extremista, compartilhado milhares de vezes nas redes sociais.

OLHO DA [email protected]

Vocês roubaram a vida de um ser humano excep-cional. O amor da minha vida, a mãe do meu fi lho. Mas vocês não terão meu ódio. Vocês querem que eu tenha medo? Que eu dê um olhar desconfi ado aos meus irmãos na rua? Somos apenas nós dois, meu fi lho e eu. A cada dia, esse pequeno irá insultá-los com sua felicidade e liberdade. Porque vocês

também não terão o ódio dele

Lá, na margem esquerda do rio, onde o asfalto desenha a sede municipal de Iranduba (recentemente saqueada por quem também roubou a confi ança do eleitor), o pescador Milson Gomes da Silva leva para as ruas a imagem de Jesus, que foi mais traído que o povo do Amazonas e não perdeu a esperança na justiça. Hoje é Dia do Cristo Rei, lá e cá

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

MANAQUIRI

Sob o signo do abandono

Política A6 e A7

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EM TEMPO – Há 12 dias, o MPE deflagrou uma ope-ração em Iranduba, que culminou na prisão do pre-feito Xinaik Medeiros. O combate à corrupção será a “cara” da sua gestão no Ministério Público?

Fábio Monteiro - Com cer-teza. É algo irreversível. Quando eu coordenava o CAO-Crimo (Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e de Combate ao Crime Organi-zado) sempre defendi que não se pode pensar em combater a organização criminosa sem combater a corrupção na ad-ministração pública. Iniciamos esse trabalho e não poderia ser diferente estando à frente da instituição. Até porque todos no país entendem que isso é necessário. A tendência é nos aprimorarmos e investirmos nesse setor para combater cada vez mais a corrupção.

EM TEMPO - Quando o senhor fala em investir nesse setor, é investir em quê, exatamente?

FM - Em todos os aspectos. Precisamos investir na nossa equipe, nos membros, no que diz respeito ao conhecimen-to técnico e legal. Estamos investindo e, ao longo desse 1 ano de gestão completa-dos em outubro, já fi zemos três cursos modulares para todos os promotores da área do patrimônio público, da área criminal e do interior, trazen-do o que há de melhor nessa área, promotores de outros Estados e procuradores da República. Enfi m, trouxemos diversos professores para ca-pacitar nossos membros. Isso passa também por Termos de Cooperação com a Polícia Civil, com servidores lotados no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Cri-me Organizado), para auxiliar nas investigações, compra de equipamentos, Termos de Co-operação técnica como o que assinamos recentemente com o procurador-geral da Repúbli-ca, Rodrigo Janot, para que o MPE passe a utilizar o Sistema de Investigação de Movimen-tações Bancárias (Simba), que é um sistema utilizado para identifi car o caminho do desvio da verba na lavagem de dinhei-ro utilizado na operação Lava Jato. Enfi m, temos que traba-lhar com investimentos para combater o crime organizado.

EM TEMPO - Como fun-ciona o Gaeco?

FM - Os promotores de Justi-ça que atuam no grupo atuam exclusivamente no grupo. Até pouco tempo atrás, eles tinham que acumular funções. E isso, é claro, prejudicava a resposta, a investigação. Agora, não mais. São três promotores exclusi-vos, mais um coordenador, que é o procurador de Justiça Mauro Veras, e, dependendo da neces-sidade, também designamos outros promotores para atuar em conjunto.

EM TEMPO - Além de Iranduba, temos um caso emblemático de corrupção, desvio de recursos e forma-ção de quadrilha em outro município, em Coari. E tudo iniciou com uma investi-gação do MPE. Há outros indícios de corrupção ou investigação em andamen-to no interior do Estado?

FM - Muitos. Não se trata de caça às bruxas. Não estamos dizendo que há corrupção em todas as gestões. O que existe são denúncias aos promotores no interior do Estado e eles instauram um procedimento, mas eles não têm estrutura. Então, temos investido mui-to nesta estrutura, mas ainda está longe do ideal porque as demandas são muito grandes. Então, ele tem encaminhado para o Gaeco, que instaura um procedimento em conjunto com o promotor do local. Se tiver o mínimo de elementos, procedemos com a instauração de uma ação. Temos, hoje, situ-ações em maior ou em menor quantidade em mais de 30 municípios. Isso sem contar as situações aqui em Manaus. Às vezes é uma situação pontual, mas temos de investigar. Nós temos hoje alguns procedimen-tos extremamente avançados e outros que estão no início.

EM TEMPO - Às véspe-ras de um ano eleitoral, qualquer investigação no cenário político ganha grandes proporções. Há alguma preocupação em tratar desse tema?

FM - É claro que pode acon-tecer de a atividade do MPE ser utilizada contra o grupo X ou Y, mas o papel do Ministé-rio Público não é esse. Somos apartidários. Tenho 1 ano de gestão. Como assumi em outu-bro de 2014, evidentemente foi o tempo de conseguir entender o funcionamento da máquina e

passar a investir em setores que considero primordiais, como o combate à corrupção. Com re-lação à proximidade do pleito, o meu mandato acaba sen-do muito próximo da disputa eleitoral. Não temos nenhuma inclinação a grupos políticos, sempre agimos e vamos con-tinuar agindo com prudência. Nosso patrão é a sociedade. Em cima disso, a coisa é mui-to clara: somos funcionários públicos e, como funcionários, temos de servir ao povo que nos paga. Temos o dever de instaurar os procedimentos e apurar. Se isso vai trazer refl exo positivo ou negativo ao político X ou Y... Os bons políticos têm de estar muito tranquilos. Os maus políticos têm de pagar o que deve.

EM TEMPO - O senhor assumiu o Ministério Público há 1 ano. O que mudou na instituição nesse período? O órgão está mais vigilante?

FM - Não se faz uma institui-ção em um mandato. Gestão é eleição de prioridades. Elegi as minhas prioridades e uma delas é o combate à corrupção nas instituições públicas e só tenho condições de estar investindo porque peguei a instituição com uma estrutura sufi ciente, com saúde sufi ciente para me de-bruçar nas prioridades que por mim foram eleitas. Não mudou. O que tem acontecido é que nós temos avançado. O que é importante é que elegi isso como uma prioridade e tenho municiado os colegas, investido muito no material humano da nossa instituição.

EM TEMPO – Nesse momento em que a crise econômica é a palavra de ordem nas instituições, o MP está sentindo a crise ou tem ‘gordura’ orçamen-tária para queimar?

FM - A crise chegou para todos, inclusive ao Ministério Público, mas conseguimos fazer com que a crise não chegasse aos promotores. Ela parou na administração. Temos conseguido, com difi culdade, sustentar a crise fazendo os remanejamentos necessários. Nosso orçamento para 2015 era R$ 230 milhões e, prova-velmente, com base em dados da Secretaria de Fazenda, va-mos conseguir executar R$ 209 milhões. Isso signifi ca quase 10% a menos do que estava programado. Isso é muita coi-sa. Ninguém está nadando em

dinheiro, mas remanejamentos que se faziam necessários para não parar a máquina. Onde estamos aplicando os recursos é investimento e não despesa. Revisamos todos os contratos e vamos fi nalizar o ano economi-zando quase R$ 2 milhões em contratos repactuados.

EM TEMPO - Qual a previsão orçamentária para 2016?

FM - No que diz respeito ao orçamento, será de R$ 232 milhões. Isso é o projetado. Sinceramente, torço para que pelo menos esse orçamento a gente consiga executar. Mas, sem sombra de dúvida, a insti-tuição não para. Se a crise ainda prosperar, nós temos condição de cortar e fazer um sacrifício, sem prejudicar os investimen-tos em pessoal e em estrutura.

EM TEMPO - O senhor falou muito em investimen-tos em pessoal e em es-trutura. E quanto à nova sede do MPE no terreno adquirido na avenida André Araújo? Quando as obras iniciam efetivamente?

FM - Quando o terreno foi comprado e o projeto da sede foi feito, a realidade fi nanceira do Estado era uma. O Estado vivia uma época de excesso de arrecadação a cada ano. Hoje a realidade é outra. É um projeto muito bom, que reuniria promotorias e procuradorias, nas proximidades do Tribunal de Justiça, do Fórum. Mas, no momento atual, nós não temos condições em sequer iniciar a obra. Para 2016, com a reali-dade atual, não vejo condições de iniciarmos a obra.

EM TEMPO - Qual será a cara do Ministério Pú-blico depois da gestão do Fábio Monteiro?

FM - Não tenho a vaidade e a pretensão de achar que a minha gestão dará uma cara nova à instituição, até porque isso não aconteceu. O Minis-tério Público só evoluiu e isso aconteceu porque a população evoluiu. Temos dado eco às vozes das ruas. A população está mais consciente, com-bativa, mais insatisfeita com a desigualdade e, por tabela, está cobrando mais das insti-tuições. O que gostaria é que, ao término da minha gestão, o Ministério Público fosse cada vez mais compreendido como uma entidade que existe para servir a população.

Fábio MONTEIRO

‘Nosso patrão É A sociedade’

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Não tenho a vaidade e a pretensão de achar que a minha gestão dará uma cara nova à instituição, até porque isso não aconte-ceu. O MP só evoluiu e isso aconte-ceu porque a população evoluiu. Te-mos dado eco às vozes das ruas. A população está mais consciente, combativa, mais insatis-feita com a desigualdade e, por tabela, está cobrando mais das insti-tuições. O que gostaria é que o MP fosse cada vez mais compreendido”

Não se trata de caça às bruxas. Não estamos dizendo que há corrupção em todas as ges-tões. O que existe são denúncias aos promotores no inte-rior do Estado e eles instauram um pro-cedimento, mas eles não têm estrutura. Então, temos in-vestido muito nesta estrutura”

CAMILA CARVALHO

Uma semana após o Ministério Público do Estado (MPE) defl agrar uma operação que apura o desvio de mais de R$ 50 milhões de recursos públicos no município de Iranduba, o procurador-geral de Justiça, Fábio Monteiro, recebeu o EM TEMPO para ressaltar a postura do órgão no combate à corrupção nas instituições públicas. Monteiro disse que mais da metade dos municípios do interior do Estado e Manaus é alvo de procedimentos do MP, mas disse que o órgão não promoverá uma “caça às bruxas”.

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A6 PolíticaPolítica

MANAQUIRI, sob o signo do

Entregue à própria sorte e abandonada pelo pre-feito Aguinaldo Martins (PRTB), o município de

Manaquiri (distante a 156 qui-lômetros de Manaus), pode ser o próximo alvo de investigações do Ministério Público do Estado (MPE) e da Polícia Federal (PF), a exemplo do que aconteceu re-centemente em Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), em que veio à tona um esquema robusto de desvio de verba pública por meio de licitações fraudulen-tas, ocasionando a prisão do prefeito daquela cidade, Xinaik Medeiros (Pros).

Na última terça-feira, a equi-pe do EM TEMPO esteve em Manaquiri e observou in loco o estado de abandono em que se encontra a cidade, onde o prefeito governa o município por telefone, de Manaus ou de qualquer outra parte do Esta-do. Inclusive, ele não estava na cidade neste dia. O fato de ele praticamente não viver em Manaquiri é alvo, inclusive, de chacota e ironia entre os moradores que se ressentem da má qualidade do serviço prestado aos poucos mais de 22 mil habitantes.

Das várias denúncias que pesam sobre “Guina Pureza”, como é mais conhecido o pre-feito da cidade, uma que trata de desvio de recursos públicos gerou a abertura de uma Co-missão Parlamentar de Inqué-rito (CPI) na Câmara municipal em novembro do ano passado, mas que foi paralisada por uma liminar da Justiça em favor do gestor. O microempresá-rio Cleocivaldo Silva de Souza, 37, proprietário da empresa Cleocivaldo S. de Souza – ME denunciou que repassou mais de R$ 500 mil em notas frias ao prefeito somente em 2013, primeiro ano de sua gestão.

A empresa de Cleocivaldo

venceu o processo licitatório no município para fornecer de-rivados de petróleos para a prefeitura, mas com o “racha” entre o empresário e o prefeito, que deixou de pagar pelos pro-dutos fornecidos e, sem a menor esperança de receber o débito, Cleocivaldo saiu do esquema e resolveu formalizar denúncia ao Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM); Tribunal Regional Eleitoral (TRE); Tribu-nal de Contas do Amazonas (TCE); Polícia Federal (PF); e na Delegacia Geral da Polícia Civil.

Em entrevista ao EM TEMPO, o empresário reafi rma que rece-bia uma quantia acima do que era consumido em combustível pelo município e, em seguida, repassava ao chefe do Execu-tivo os valores combinados em espécie, que eram entregues ao secretário de Finanças, Adro-aldo Martins, na presença do prefeito. Ele revelou que os re-passes começaram a ser feitos ainda no mês de abril de 2013.

“Hoje o prefeito fala para to-

dos que ele pode pagar qualquer um que ele deve, menos eu. Isso por eu não ser de acordo com que ele faz dentro do nosso município. Dessa forma, ele não fez meu pagamento e afi rma isso para todo mundo. Sem os reajustes ele deve para minha empresa mais de R$ 300 mil”, disse Cleocivaldo.

Essa mesma revelação está no Termo de Declaração em que formalizou o depoimento que o empresário prestou aos verea-dores que integram a Comissão Especial de Inquérito, no dia 26 de novembro de 2014.

O processo contra o prefei-to estava paralisado desde o dia 12 de dezembro de 2014, após ele conseguir liminar favorável em um mandado de segurança concedido pela desembargadora Encarnação Sampaio. Entretanto, no início deste mês, após julgamento do Tribunal de Justiça do Ama-zonas (TJAM), a corte aprovou, por unanimidade, o retorno das investigações da CPI.

Prefeitura abandonadaDurante a reportagem do EM

TEMPO na cidade de Manaquiri, a equipe recebeu diversas quei-xas e reclamações da população local, a maioria relacionada à ausência do prefeito na cidade.

Conforme relatos de popula-res, “Guina Pureza” não passa mais de 24 horas no município. A própria irmã do prefeito, a secretária municipal de Saúde, Marcilene Martins Rodrigues, 43, fi cou sem palavras ao ser questionada sobre o motivo da constante ausência do gestor na prefeitura. Ela afi rmou que prefere não se “meter” nas questões políticas do irmão.

“Eu vejo que a população deveria receber um esclare-cimento, mas isso ele deve fazer. Eu fi co muito no muni-cípio e faço a minha parte e como irmã do prefeito sou bas-tante cobrada. Eles esperam que eu resolva tudo, mas eu afi rmo que só posso resolver

HENDERSON MARTINSTrecho do Termo de Declaração, em que o empresário confi rma o repasse de dinheiro para o prefeito

questões da minha pasta. Eu não me envolvo muito, prefi ro não me envolver na política, pretendo, sim, continuar até o fi nal da gestão, é claro, se for da vontade Deus”, disse.

Entre os funcionários dos ór-gãos públicos municipais não era tão diferente quando se perguntava pelo prefeito. Mui-tos deles olhavam um para o outro e sorriam de forma que “debochavam da situação”. A população, já indignada com a situação, apenas respondia: “Que prefeito? Manaquiri tem prefeito? Não conheço!”

A aposentada por invalidez Liliane Costa, 33, afi rma que Manaquiri falta tudo e que o prefeito vem para o município e passa apenas 4 horas. confor-me ela, falta remédios na cidade e os funcionários públicos estão com salários atrasados.

“Nem ambulância temos no município, as aulas estão pa-radas por falta de merenda, do transporte das crianças, uma vez que os barqueiros que fazem o transporte dessas crianças não recebem há mais de seis meses”, disse Liliane.

Apesar do cenário nebuloso e crítico que se encontra a cidade, a secretária de Saú-de sai em defesa do irmão. Segundo ele, antes da gestão de Aguinaldo Martins, as coi-sas eram piores em Manaquiri e que muitos avanços foram conquistados neste mandato do prefeito atual.

Ela reconhece que existem difi culdades, mas nega que haja falta de medicamentos na cida-de e enaltece o fato de Mana-quiri ter sido benefi ciado com o programa “Mais Médicos”. Construção de uma creche municipal, que era para estar pronta em junho deste ano, está paralisada

Empresário Cleocivaldo Souza, que integra um esquema, resolveu denunciar o prefeito

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015A7

MANAQUIRI, Município com 22 mil habitantes sofre com a má gestão do prefeito Aguinaldo Martins (PRTB) e com a incerteza de dias melhores. População não sabe a quem recorrer

Aliado do prefeito, o ve-reador Everton Jacob ten-ta justificar à reportagem as constantes ausências de Aguinaldo Martins da cidade. “Ele informou aos vereadores que vem resol-vendo problemas na capi-tal. Existem alguns aspec-tos contra o prefeito, mas sua gestão é razoável”, disse. Ao ser questiona-do sobre o retorno da CPI, Jacob se esquivou e disse que não pode falar sobre o assunto.

O vice-presidente do Po-der Legislativo, vereador Francisco Rolin, o Chiqui-nho (PRB), informou que até o momento a Câma-ra não foi notifi cada pelo TJAM e que os vereadores aguardam a notifi cação.

Sobre a situação do município, e se caberia uma questão de CPI, o vereador Chiquinho conta que só quem pode avaliar isso é o Ministério Público,

mas ele não nega que existam denúncias contra o prefeito.

A declaração de Rolin é contestada pelo pro-motor de Justiça do mu-nicípio, Hilton Serra. Ele disse à reportagem que outros processos existem contra o chefe do Exe-cutivo municipal, como um criminal tramita no Poder Judiciário, em que o prefeito é suspeito de apropriação indébita de recursos destinados ao Fundo de Previdência dos Servidores Públicos do município (Funprevi).

Hilton explica que algu-mas coisas estão sendo apuradas, e que a prin-cípio não tem nenhuma operação em andamen-to contra o prefeito. Ele conta que existe outras denúncias, entre elas, pela falta de merenda esco-lar, que foi confirmada após investigação.

As aulas do município foram suspensas conforme ressaltam os vereadores e um dos gestores municipais, eles explicam que o motivo foi a grande cheia dos rios e também pela seca. Mas, que um dos fatores principais foi a falta de merenda escolar.

Sobre a falta de aula na escola de tempo integral da comunidade de Barro Alto, parte rural de Mana-quiri, o gestor da escola Claudionor José Gomes, 39, informou que essa semana estão encerrando o ano letivo e que no dia 30 de novembro se encerra o ano escolar, isso devido a vários

Vereadores defendem prefeito

Aulas foram suspensas na cidade

informou que essa semana estão encerrando o ano letivo e que no dia 30 de novembro se encerra o ano escolar, isso devido a vários

isso é o Ministério Público, após investigação.

acontecimentos, entre eles, eventos naturais, que vem por meio da grande cheia e agora pela seca dos rios.

Entretanto, Claudionor explica que o grande mo-tivo da escola está funcio-nado apenas no período da manhã é pela falta de merenda e do transporte escolar das crianças.

Uma funcionária da esco-la, que pediu anonimato, in-formou que o prefeito parou a aula de tempo integral e deixou de fornecer a me-renda escolar e produtos de limpeza para a unidade de ensino municipal. “Nós tra-balhamos das 6h da manhã até às 14h, e não ganhamos nem um valor próximo ao salário mínimo”, disse.

Até o início deste mês, a prefeitura recebeu cerca de R$ 10,9 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvi-mento da Educação Básica e de Valorização dos Profi ssio-nais da Educação (Fundeb).

Procurado, o prefeito de Manaquirinão foi localiza-do e não respondeu aos telefonemas nos números 99119***.

Irmã do prefeito, secretária de Saúde afi rma que não faltam remédios

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Transporte precário no munícipio, em que moradores têm que pa-gar R$ 14 para ir e vir

A estiagem no mu-nicípio também tem

contribuído para o estado de abandono

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015A8 PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, ironiza o prefeito Fernando Haddad. “Ele soma a rejeição pessoal com a rejeição ao PT”. O petista é candidato à reeleição.

Fisiologismo puro“O partido deveria ter marca-

do uma data para romper com o governo, não adiar para ano eleitoral”, afi rma o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), sobre o congresso do PMDB, que nada decidiu.

Peso nos ombros“O Renan (Calheiros) sustenta

o governo no Senado, levando as votações em banho-maria”, acusa o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), sobre a ma-lemolência no Senado.

Dinheiro limpoEm tempo de repatriação de

recursos, Jerônimo Goergen (PP-RS) se reunirá com o secretário da Receita, Jorge Rachid, para tentar derrubar a bitributação a empresas brasileiras com in-vestimentos fora do país. “Não faz sentido deixar dinheiro lim-po no exterior”, diz.

Pelo fi m do auxílioPetição no site change.org

quer o fi m do auxílio moradia para juízes, promotores e procu-radores. Defende que a moradia deve ser custeada pelo próprio salário, como todos. Já soma mais de 50 mil assinaturas.

ConstrangimentoA bancada tucana na Câmara

anda constrangida com a atu-ação do líder Carlos Sampaio (SP). Já desenvolvem ativida-des escondidas dele, contra sua orientação. Perderam confi an-ça no seu juízo.

Pensando bem......a oposição anda tão fraca,

mas tão fraca, que é até benefi -ciada por liberação de emendas pelo Palácio do Planalto.

PODER SEM PUDOR

Governo banca diárias para Stédile, líder do MST

Contribuinte lesadoEm 2015, a Presidência pa-

gou diária para Stédile com-parecer a uma entrevista no programa “Espaço Público”, da EBC, a “TV do Lula”.

Raspando o tachoStédile não dispensa nem

as merrecas saídas dos cofres públicos. Em 2004, embolsou R$ 120 para ir a evento de “qualifi cação social”.

Dinheiro fácilO líder do MST abusou das

“diárias”, com dinheiro público, em 2013, pagas pela Presi-dência da República, ora pelo Ministério da Educação.

Não deu em nadaEm 2005, o Tribunal de Con-

tas da União chegou a inves-tigar a farra de Stédile. Teve trecho que recebeu e não viajou. Mas acabou em pizza.

Pasadena: conselheiros devem ser incriminados

A revelação de que o conselho de administração da Petrobras aprovou a compra superfatura-da da refi naria de Pasadena no dia seguinte ao fechamento da aquisição, e não no intervalo habitual de 15 a 30 dias, levará ao plenário do Tribunal de Con-tas da União (TCU) a discussão sobre a responsabilidade dos conselheiros nesse negócio, considerado lesivo ao Brasil. Como presidente do conselho,

Dilma deve virar alvo.

Jogo brutoA pressa em aprovar a compra

de Pasadena espantou Aghos-tilde Carvalho, em delação pre-miada: “Nunca vi isso antes”, desabafou.

Interesse do PlanaltoPara o conselho aprovar a

compra de Pasadena já no dia seguinte, só com ordem de alguém com muito poder na Petrobras”, diz Aghostilde.

Tudo combinadoEm seu depoimento, Aghos-

tilde contou que ninguém, no conselho de administração da Petrobras, questionou sua con-vocação vapt-vupt.

Crime ‘legalizado’O governo Dilma abriu os co-

fres para aprovar na Comissão Mista de Orçamento o projeto de lei que legaliza as pedaladas fi scais. Liberou R$ 3 milhões em emendas para cada deputado do colegiado.

Oposição temporáriaA presidente nacional do PTB,

Cristiane Brasil, avisou a inter-locutores que se não houver uma mudança no governo até março, seu partido vai passar a propor uma “agenda positiva” para o Brasil.

Dobrando a metaO presidente da Federação

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

“Essa crise, ao contrário do que dizo governo, foi gerada aqui”

AÉCIO NEVES, PRESIDENTE DO PSDB, para quema crise tem mãe e pai: Dilma e o PT

Medo mineiroO senador Milton Campos, da antiga UDN mineira,

não era conhecido apenas pela honestidade. Tam-bém era conhecido o seu cuidado excessivo, para não dizer medo, nas viagens aéreas. Uma vez, voando de Belo Horizonte para Brasília, ao passar por uma turbulência preocupante, ele levou a mão à garganta e fi cou pálido. A aeromoça, gentil, perguntou:

- O senhor está com falta de ar?Milton Campos respondeu amavelmente:- Não, minha fi lha. É falta de terra mesmo.

O governo federal repassou, sem qualquer processo licitató-rio, milhares de reais ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile. A grana tem sido depositada ao longo dos governos petistas, ao menos 24 vezes. A maioria dos pagamentos (18) foi justifi cada como “Diárias a colaboradores eventuais” para bancar viagens de Stédile para locais como Brasília, São Paulo e Florianópolis.

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ULG

AÇÃO

Tribunal de Justiça prepara a inauguração de algumas obras para o primeiro trimestre de 2016

A presidência da instituição afi rma que a recessão atingiu a casa, mas obras de novos prédios estão em andamento

Mesmo com ‘ajuda’ da Aleam, TJAM alega crise fi nanceira

Às vésperas de um pro-cesso eleitoral interno para escolha de um membro para a corte

e na iminência de ter que preencher outras sete vagas - que estão sub judice - o Tri-bunal de Justiça do Amazonas (TJAM) tem sentido os efeitos da crise econômica que assola o país, segundo as recentes declarações da presidente do tribunal, desembargadora Graça Figueiredo.

Em outubro deste ano, a presidente informou, em uma entrevista, que o orçamen-to previsto para o Judiciário sofreu uma queda de R$ 20 milhões. Segundo ela, até o fi nal deste ano, o repasse feito pelo Estado deve ser re-duzido em mais R$ 5 milhões. “É um cenário preocupante. Estamos fazendo contenção para que não haja desconti-nuidade no pagamento tanto dos servidores quanto dos magistrados”, disse Graça em entrevista ao site Conjur (Consultor Jurídico).

Um mês antes, em setem-bro, Graça negou, em um processo administrativo, o pedido dos servidores inati-vos e pensionistas do tribunal que requeriam o pagamento retroativo das diferenças dos reajustes da data base de 2009 a 2012, que totaliza R$ 1,8 milhão, segundo cálculo do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Estado do Ama-zonas (Sintjam).

De acordo com as decisões publicadas no Diário de Justiça do TJAM, a Divisão de Orça-mento e Finanças do tribunal

informou à presidência que se forem mantidos os valores

atuais da folha de pagamento de pessoal do TJAM e do re-passe do governo ao tribunal, não há previsão de dotação orçamentária para cobrir os pagamentos retroativos aos inativos e pensionistas.

Em 2013, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) aprovou um aumento no percentual de repasse do Orçamento do Estado ao Judiciário. Para que o aumento fosse possível, foram remanejados 0,2% do

Orçamento da Aleam e 0,2% do Estado, totalizando 0,4% repassados ao tribunal a partir de 2014. Com esse aumento, o TJAM passou a receber R$ 24 milhões a mais por ano.

Á época, o projeto tinha como objetivo melhorar a es-trutura do tribunal e a pres-tação jurisdicional no interior do Estado. “A presidência do tribunal recebe com muita sa-tisfação o zelo e a responsa-bilidade que os parlamentares estaduais demonstraram hoje, reconhecendo as difi culdades por que passa o Poder Judici-ário para, em troca, devolver

a segurança e a tranquilida-de dos jurisdicionados. Com certeza, a partir de fevereiro de 2014, poderão contar com um Judiciário enxuto, célere e mais efi ciente”, disse, à época, o presidente em exercício da instituição, desembargador aposentado Rafael Romano.

Disputa Neste ano, se não bas-

tasse a crise fi nanceira, o TJAM teve de “brigar” para manter o percentual de re-passe. Alegando difi culdades orçamentárias, os deputados aprovaram uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) reduzindo de R$ 34 milhões para R$ 17 milhões a “ajuda” que o Legislativo daria ao Judiciário, em 2016.

O TJAM reagiu ao corte e, após sucessivas reuniões, in-clusive com a intervenção do governo, conseguiram fazer com que os deputados re-duzissem o corte para R$ 7 milhões. O governo do Estado aumentou em 0,05% o valor do repasse que fará à Aleam em 2016 para que o Legislativo não corte valores do tribunal.

Mas, parece que os recur-sos não fariam tanta falta. Na última semana, o TJAM informou que o primeiro tri-mestre de 2016 será marca-do pela conclusão de obras no Poder Judiciário. Devem ser concluídas as reformas de fóruns no interior do Es-tado, além do restaurante-refeitório, anexo ao Fórum Henoch Reis, em Manaus; o edifício-garagem; e o Fórum Cível Desembargadora Euza Maria Naice de Vasconcelos, no Aleixo, Zona Sul.

ORÇAMENTO

Segundo dados do Portal da Transpa-rência do Estado, o TJAM tinha uma do-tação orçamentária inicial de R$ 545,9 milhões para este ano. Deste valor, o tribunal tem R$ 434,5 milhões liquidados

CAMILA CARVALHO

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[email protected], DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

EconomiaB1

NOVA CTP

Em tempo de conexão com o meio ambienteEconomia B3

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Racionamento de gás e de energia nos condomíniosIniciativa de síndicos e administradores veio com a crise e as altas nas tarifas de energia elétrica e do gás de cozinha

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AÇÃO

A inadimplência em con-domínios subiu 40% em relação a 2014. Os administradores

e síndicos classifi cam 2015 como o pior ano para os empre-endimentos imobiliários. Com os reajustes nas tarifas de gás e energia elétrica, algumas empresas do segmento e re-presentantes de condomínios de Manaus racionam gás e energia para economizar nos custos de manutenção do am-biente e nem alterar os valores da taxa condominial.

Para o administrador de condomínios do edifício Barão do Rio Negro, Benedito Balbi, neste ano todas as classes so-ciais estão prejudicadas com a crise econômica. Segundo ele, o negócio imobiliário foi um dos segmentos mais afetados. Nesse âmbito, condôminos e inquilinos sofrem com despe-sas crescentes a partir dos reajustes no preço do gás, que subiu 15% neste ano, e da energia, que já chegou a subir quase 40% em novembro.

Estas despesas a mais nos custos do ambiente condomi-nial forçam alterações na taxa de condomínio. Balbi revela que em Manaus a inadimplência saiu da média de 10% para 40% em condomínios de cinco torres, e de 10% para 20% nos condomínios de menor porte.

Ele explica que a forma encon-trada para driblar o problema fi nanceiro é a economia de 50% nos gastos de serviços. Segundo o administrador, as luzes de jar-dim que antes eram ligadas às 18h e desligadas só pela manhã, agora estão sendo desligadas às 22h. Além da economia na energia, Balbi aponta que o gás será racionado e as despesas adicionais como, terceirizados e obras de reparo, serão con-tadas pela metade para que o locatário não sinta os impactos.

“Se antes gastávamos R$ 1 mil no dia para algum serviço, hoje nós estamos pagando R$ 500. O negócio é

POR ASAFE AUGUSTO

ALTERNATIVA

Alternativa encontra-da por Thalita para diminuir a inadim-plência foi a troca de serviços. O inadim-plente pode contribuir com materiais como cimento, areia e tinta para as melhorias do condomínio

hoje nós estamos pagando R$ 500. O negócio é

fechar a torneira, pois infeliz-mente surgiram esses reajustes que infl uenciam, inclusive, na taxa de condomínio de algu-

mas empresas da região. Tivemos

que cortar funcioná-

r i o s

também. Temos que racionar para não piorar”, avalia Balbi.

No Condomínio Parque Resi-dencial Solimões, na Zona Sul, 7,5% dos inquilinos, do total de 159 apartamentos, estão ina-dimplentes, porém esse índice é considerado baixo pela dire-ção do residencial. De acordo com o sindico, Emilio Bolano, para que essa porcentagem não cresça, ele está reunindo com os moradores para frisar a importância dos pagamentos em dia, além de articulações do setor jurídico do condomínio junto aos residentes.

Outra solução encontrada pela direção do condomínio, segundo ele, foi o acordo de dívidas com os inquilinos, que é um caminho que tem surtido efeito. “Usando esses meios, nosso índice de inadimplência não tem sido alto mesmo nesse período fi nanceiramente difícil do nosso país”, observa.

Não só em Manaus a inadimplência dos loca-tários tem aumentado. Em São Paulo, por exem-plo, algumas empresas têm índices que admi-nistradores consideram imensuráveis, e a expec-tativa para 2016 não é a melhor para quem gerencia residenciais e edifícios. De acordo com o especialista em condomínios e negócio imobiliário, da empresa paulista Paris Condomí-nios, José Roberto, para a inadimplência não se agravar é necessário que os condôminos façam um controle das dívidas.

Ele explica que o ca-minho é o acompanha-mento junto ao cliente, e corte de gastos daquilo que é supérfl uo, e tam-bém até mesmo no que é necessário, como água e luz. “Muitas empresas já trocaram as lâmpadas normais por LEDs, estão cavando poço para eco-nomizar água e fazendo escala de funcionários”, diz o especialista.

Trocar e reduzir para economizar

A policial militar Thalita Vale da Costa Mattiazo, 33, é síndica do condo-mínio residencial Jussara. Ela afi rma que nem tudo são dores no ano que se fala em crise. A síndica diz que o jogo de cintura e o relacionamento com fun-cionários e locatários tem sido essencial para que os problemas do condomínio sejam resolvidos.

Thalita afi rma que mes-mo com o aumento na conta de energia e demais despesas correntes do dia a dia, a taxa do condo-mínio não terá reajuste. “A taxa custa R$ 200 e quem paga até o dia do vencimento, tem desconto de 10%. Nos últimos três meses do ano, essa taxa vai para R$ 225, tendo também com desconto de 10% se o pagamento for efetuado em dia”, explica.

O valor será o mesmo porque ela acredita que se aumentar a taxa, o índice de inadimplência também vai subir. “É melhor manter para que os moradores continuem pagando, do que aumentar a taxa e eles não pagarem, impe-dindo assim as melhorias no condomínio. Os aumen-

tos de impostos existem, porém aqui não serão re-passados aos locatários. Como é necessário fazer melhorias no condomínio, será feita a cobrança de uma taxa extra não obri-gatória que é uma possível solução”, afi rma.

DiálogoDe acordo com a síndi-

ca, até o mês de agosto deste ano, do total de 96 pagantes do condomínio, o índice de inadimplência estava em 7%, diferente-mente dos 40% dos anos anteriores. Ela conta que há dividas muito altas, mas busca conversar com os locatários para nego-ciar. “Em último caso ele será negativado, pois te-nho autonomia da CDL para fazer isso”, afi rma.

Thalita ressalta que para manter um bom padrão de convivência no condomí-nio, ela está investindo em cursos de capacitação para funcionários pelo sindica-to. “Já fi zeram os cursos e tem os certifi cados. Vamos iniciar com os bombeiros o curso de segurança do trabalho, pois acredito que vale a pena investir no funcionário”, diz.

Jogo de cintura é essencial

Especialista diz que, para a inadimplência

não agravar, é neces-sário o controle do

que é supérfl uo

A síndica do condomínio residencial Jussara, Thalita Vale (no centro), busca alternativas para combater o reajuste da taxa condominial e evitar com isso a alta da inadimplência

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015B2 Economia

Márcio Vieira

Graduado em Co-municação Social

Especialista em Marketing

Palestrante em técnicas de vendas

e atendimentoConsultor em

marketing e posi-cionamento

A demonstração é uma fase muito importante do proces-so de vendas. Começamos a falar dessa etapa no artigo do domingo passado e vamos aprofundar um pouco mais esse assunto, compreendendo como esta fase pode ser deter-minante para um fechamento positivo para o vendedor e para a empresa. Trata-se de uma ocasião na qual a oportunidade de venda se apresenta de forma mais clara. Isso signifi ca dizer que o cliente já está sob seus cuidados, e agora a bola é sua. A meta é fazer um belo gol.

Como sabemos, o ser huma-no dispõe de cinco sentidos através dos quais ele percebe e sente o mundo ao seu redor:

visão, audição, olfato, tato e paladar. Geralmente, o desejo por um produto começa pela visão e, a partir daí, confor-me vão ocorrendo as demais sensações, o interesse pelo consumo ou pela compra au-menta ou se retrai. Por isso a demonstração tem uma gran-de importância no processo de conquista de uma venda.

Lembre-se, a venda não é um acidente; é uma conquista.

Sabendo disso, bons vende-dores exploram ao máximo os sentidos dos clientes, de forma que eles possam ter uma ex-periência única com o produto ou serviço. Signifi ca dizer o seguinte: dois sentidos con-vencem mais que um. Portanto,

não hesite em fazer o cliente experimentar o produto, sentir a textura, ou mesmo o aroma. Promova a sensação de posse.

Veja bem, inicialmente o des-pertar do interesse pelo produto veio através dos olhos e as experiências através do con-tato direto devem fortalecer a primeira intenção, e somente através da experiência geral o cliente vai decidir pela com-pra, ou não. Note o seguinte: a experiência geral não está restrita ao cliente e sua relação com o produto; a experiência geral inclui você, vendedor, desde sua postura e forma de abordagem até sua conclusão fi nal, seu fechamento.

Atenção, agora! Na demons-

tração deixe claro que você não vende para ganhar sua comissão; você vende para ga-nhar um amigo, seja fi el. Utilize suas habilidades para ajudar o cliente a fazer a melhor es-colha. Clientes apreciam uma relação ética e respeitosa. Não comprometa sua venda ou a reputação da empresa, a troco de fazer uma venda acontecer a todo custo, e de qualquer jeito. Quando você ganha um amigo, ele se tornará seu cliente fi el e até, quem sabe, um promotor ocasional de seu negócio.

É mais barato deixar de ven-der do que recuperar a con-fi ança de um cliente. Lembra-se, sempre: cliente satisfeito costuma indicar sua empresa

para, em média, 10 pessoas; cliente insatisfeito fala mal de sua empresa para quantas pessoas ele puder.

Para fi nalizar, a dica de hoje é a seguinte: não misture fi nan-ças pessoais com as fi nanças da empresa. Por mais que seu empreendimento seja peque-no, trate-o com a seriedade de uma grande empresa. A receita gerada por sua loja, ou negócio, é dela, e não sua. A empresa é um organismo social vivo e precisa ser tratado como tal, com profi ssionalismo e compromisso. O faturamento de uma empresa não é o seu faturamento. Pense nisso.

Sucesso, sempre.Até o próximo domingo.

[email protected]

Técnicas e conhecimento combatem crise VI

Aprofundando a demonstração

Como fazer render o seu 13º a curto e longo prazoNão se deixar levar pelo impulso das compras de fi m de ano e investir em renda fi xa é a sugestão dos especialistas

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Além da compra de Nota do Tesouro Nacional e do Certifi cado de Depósito Bancário, Corecon-AM sugere aquisições da Letra de Crédito Imobiliário

Trocar o impulso consu-mista natural de fi m de ano pelo investimento na renda fi xa é uma

excelente opção para aplicar melhor o dinheiro que even-tualmente poderá sobrar do 13º salário, e com ele garantir retorno fi nanceiro a curto ou longo prazo. A sugestão é do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM).

O presidente da entidade, Marcus Evangelista, destaca que adquirir itens por impulso faz parte dos hábitos do bra-sileiro nas festas de Natal e Reveillon, porém, com educação fi nanceira o desejo de consumir pode ser redirecionado para fi ns mais vantajosos, como a com-pra de Nota do Tesouro Nacional (NTN-B), Certifi cado de Depósi-to Bancário (CDB) ou Letra de Crédito Imobiliário (LCI).

“A vantagem é que você sacia a vontade de consumo, mas com a consciência tran-quila de que esse ‘gasto’ vai retornar em forma de lucro. Existem investimentos que podem ser feitos a partir de R$ 30, valor até duas, três vezes inferior ao que costu-mamos gastar em uma ida ao shopping em um fi m de sema-na”, argumentou Evangelista.

O economista ressalta que uma pesquisa feita este ano pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e o Portal de Educação Financeira “Meu Bolso Feliz” apontou que mais da metade dos brasileiros (53%) adquirem produtos por impulso, motivados principalmente pelas

promoções, preços atrativos e facilidade no pagamento.

Dentre as alternativas de investimento apontadas pelo vice-presidente do Corecon-AM, Nelson Azevedo, estão títulos do Tesouro Direto que têm apresentado ótimos rendimentos: de 7% ou mais sobre a infl ação, com risco praticamente zero. Já o CDB funciona como um empréstimo para o banco, o rendimento varia conforme foi acordado no contrato e, quanto mais se investe, maior tende a ser a porcentagem de rendimento. Aplicar na LCI tem a vantagem de estar isento do Imposto de Renda (IR), o que garante uma rentabilidade líquida maior, principalmente no longo prazo.

“A poupança não tem apre-sentado vantagens ao cliente durante essa crise, fato é que os saques têm superado os depó-sitos. Por outro lado, o Tesouro Direto atingiu a arrecadação recorde de R$ 20 bilhões ultima-mente. Isso mostra que investir é um caminho melhor do que apenas poupar. O problema é que muitas pessoas acham que ‘isso é coisa para rico’ e não é”, ponderou Azevedo.

Já Marcus Evangelista des-tacou que o primeiro passo para quem quer fazer o dinhei-ro render é ter um objetivo. “É preciso pensar no que se quer fazer com esse dinheiro e em quanto tempo? Pode ser planos como comprar uma casa ou um carro. Metas em longo prazo têm mais chances de sucesso”, exemplifi ca.

ESTÁGIO PGE

Até a próxima quinta-feira (26), a Procuradoria Geral do Estado do Amazonas (PGE) estará com as inscrições abertas para o exame de seleção para estagiários de direito. Ao todo, são 14 va-gas com cargas horárias de 20 e 30 horas. O público-alvo são estudantes de direito a

partir do 5º período.Para a bolsa de 20 horas, o

benefício será de R$ 729 mais R$ 132 de auxílio-transporte. Já para a carga de 30 horas, o salário será de R$ 879 mais R$ 132 de auxílio-transporte. Os candidatos poderão se inscrever somente na sede da PGE, localizada na rua

Emílio Moreira, bairro Praça 14 de Janeiro.

Os interessados em mais informações sobre o proces-so deverão ligar para os nú-meros 3649-3108 ou 3649-3190. O edital para a seleção também está disponível no Facebook e na página da PGE-AM (www.pge.am.gov.br).

Inscrições terminam na quinta

A Procuradoria Geral do Estado tem 14 vagas para estudantes de direito a partir do 5º período

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015B3Economia

Em tempos de respeito à preservação ambientalJornal adota uma forma de produção das suas edições que alia efi ciência, economia e respeito ao meio ambiente

Sustentabilidade, atual-mente, deixou de ser um termo genérico e passou a ser uma ca-

racterística fundamental para qualquer grande empresa em qualquer campo profi ssional. Ciente disso, o jornal Ama-zonas EM TEMPO passa a adotar uma forma de produção que alia efi ciência, economia e respeito ao meio ambiente. “A partir da instalação e funcio-namento do novo equipamen-to, o grupo passara a ter além de um compromisso maior com a responsabilidade am-biental, uma economia mensal considerável em relação aos químicos, que passarão a não integrarem mais o proces-so, que tem como objetivo principal ser limpo e correto”, explica Leandro Nunes, diretor fi nanceiro do EM TEMPO.

Em termos de impressão para gráfi cas, a CPT é o que há de mais moderno no mercado. “A nova CPT é uma máquina de última geração, de qualidade muito boa, não usa químicos, água, não tem problema com corrosão do equipamento de-vido ao não uso de químicos”, explica Leandro. CTP é uma sigla para “Computer to Plate”, um processo computadoriza-do de gravação das chapas usadas na impressão off set. A chapa é gravada através de laser, que é controlado por um computador, de forma si-milar às impressoras laser. No processo anterior, ao invés do laser, eram utilizados produtos químicos pesados, cujo des-carte pode agredir a natureza.

O novo CTP foi criado com base na consagrada tecnolo-gia de gravação Trendsetter.

“A Kodak está constantemen-te atenta às necessidades de seus clientes e desenvolvendo tecnologias e soluções que os auxiliam a se tornarem mais lucrativos”, disse Rich Rindo, gerente geral de marketing da Kodak para soluções gráfi -cas em release de lançamen-to da tecnologia, em outubro de 2012. Outro benefício do CTP Kodak Achieve é o baixo consumo de energia, que é cerca de 40% menor durante o processo de gravação da imagem. Além disso, possui de-sign extremamente compacto, reduzindo o espaço necessário na produção.

Outros benefíciosUma das características in-

teressantes desse processo é a economia. “Por se tratar de um processo mais preciso, o uso de papel e água é con-sideravelmente menor, o que representa maior economia”. Além disso, como o descarte de produtos químicos precisava ser feito empresas especiali-zadas, a contratação dessas empresas representava um custo a mais ao processo. O fi m dessa utilização representa uma economia a mais ao fi nal do processo. “Levando em con-ta todo o processo, é possível dizer que a economia, ao fi nal de um período de 1 ano, é de mais de 30% em relação ao processo tradicional”, explica o representante da Kodak no Amazonas, Samuel Alves.

O CTP permite que as ima-gens geradas digitalmente em um computador possam ser geridas e gravadas numa chapa com dados digitais sem a utilização do fotolito. No

CTP, as chapas são gravadas em condições mais uniformes, garantindo o perfeito registro nas cores, o que diminui o índice de erros na montagem. Há também um melhor con-trole das áreas de máximas e mínimas impressões, resul-tando em maior qualidade de impressão e na possibilidade de uso de retículas mais fi nas.

O Computer to Plate pos-sibilita o ajuste de máquinas de impressão e acabamento por meio de transmissão de informações digitais, além de ter menor uso de sistema de processamento químico, redu-zindo o impacto ambiental. Ao dispensar o processo de mon-tagem manual, o CTP reduz o tempo de ajuste das impres-soras em média 50%, além de reduzir o desperdício de papel nos ajustes, principalmente em máquinas rotativas e planas de grande formato.

Outro benefício será sentido pelos leitores do jornal. O mé-todo adotado utiliza a impres-são em conjuntos de pequenos pontos, as chamadas retículas. Elas dão maior nitidez para as imagens e maior precisão nas cores. “Com a implantação da nova CTP, além de ter um pro-cesso ecologicamente correto, poderemos também agilizar o processo industrial. O jornal Amazonas EM TEMPO, vem implantar tal tecnologia com foco na efi ciência e no meio ambiente, pois o verde é a cor da alma do povo amazonense e a bandeira do Grupo Raman Neves. Com isso, provamos que a efi ciência, a tecnologia e a responsabilidade ambiental podem caminhar lado a lado”, celebra Leandro Nunes.

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Nova CTP traz um processo ecologicamente correto e dá ao EM TEMPO melhor defi nição

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B4 Economia B5MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Ceia e cestas natalinas por encomendaEmpresários apostam suas fi chas nesse nicho de mercado, na expectativa de crescimento depois de baixa nos serviços

A quase um mês do Natal, as vendas de produtos e serviços de fi m de ano são

a última esperança para empresários do segmento de serviços fecharem 2015 com saldo positivo. Entre as apostas que se mantêm em alta para grandes e pequenos empresários é o serviço de encomenda de buff et de ceias natalinas, ofertadas às famí-lias que buscam comodidade e requinte nesse momento.

Residente em Manaus há 11 anos, a paulista Rosemary Luciano, 54, encontrou no serviço de encomendas de doces uma grande oportu-nidade para empreender. Ela conta que as vendas de doces personalizados, com a cara do Papai-Noel, costumam aumentar de 20% a 30% nessa época do ano.

O preço das unidades varia de R$ 6 a R$ 60. As sugestões de Rosemary são o Papai-No-el e boneco de neve - que é a novidade deste ano -, além dos salgadinhos que não fi -cam de fora de cardápio. “A minha proposta é deixar o Natal mais doce. Ter aquela mesa bonita, bem apresen-tável, que faz os convidados encherem os olhos e falarem:

passa logo o peru que eu que-ro comer os docinhos”, diz.

A doceira diz que a ex-pectativa para este ano é dobrar as vendas no Natal. “Nossa expectativa é que os números neste ano dobrem ou tripliquem. Sabemos que é difícil, mas estamos confi an-tes que as vendas vão superar as do ano passado”, avalia.

Ele observa que a cada ano essas ideias mais práticas estão caindo no gosto das pessoas, segundo ela, porque quem encomenda não tem tempo para preparar a ceia.

A especialista em bolos caseiros diz que o desafi o do segmento é diversifi car os produtos sem subir dema-siadamente os preços, uma vez que a execução de bolos sem recheios ou coberturas

elaboradas é menos oneroso. O transporte também pode ser um elemento limitador do crescimento.

“Como os doces são um produto delicado, é preciso haver cuidado no momento da entrega, o que inclui uma atenção especial com a em-balagem. Além disso, recebo muitas encomendas de São Paulo, onde tenho parentes. O custo é grande. Sentimos muito o preço dessa logística no bolso”, observa a doceira.

Rosemary diz que vender fatias no local iria descarac-terizar seu negócio. O grande desafi o foi apresentar este novo conceito ao mercado. “Meu primeiro e maior de-safi o foi fazer com que as pessoas acreditassem no meu negócio, passar esse conceito, esse costume meu. Meu grande desafi o foi criar um mercado para bolo casei-ro, atitude que deu certo até hoje com o apoio da minha família”, afi rma.

A pequena empresária é dona da Rosemary Bolos Caseiros. O empreendimen-to funcionado na rua José Praxedes de Oliveira, núme-ro 257, Conjunto Duque de Caxias, bairro Flores, Zona Centro-Sul. Para mais in-formações, basta ligar para 98196-7873.

CENÁRIO

O setor de serviços se manteve até o fi nal do primeiro semestre em alta diante do comércio e da indús-tria. Mas, no segundo semestre as empresas que prestam serviço começaram a entrar numa linha de queda

Não há como negar que as festividades de Natal e Reveillon compõem um excelente período para o setor de buffet, festas e eventos, principalmente porque coincidem com as confraternizações de fim de ano das empresas. É nor-mal que durante novembro a agenda de uma empresa do ramo já esteja prati-camente lotada, sobretudo nos finais de semana.

Para não dispensar clien-tes, muitas empresas do segmento optam por ofe-recer banquetes delivery ao invés de deslocar equipe e realizar festas presenciais. Essa pode ser considerada como uma forma eficaz e rentável de encarar as fes-tas de fim de ano, principal-mente se o seu buffet não é de grande porte.

O empresário da Cacha-çaria do Dedé, André Paren-te, avalia que o momento é uma grande chance para “alavancar” as vendas em serviços de buffet comple-to, já que nesse cenário de crise inovar é a melhor saída para os negócios.

“Inovação é o que a ca-chaçaria está fazendo. A crise existe. É fato. Mas, não ficamos retraídos com isso. A cada quatro meses

sempre fazemos o dife-rencial no planejamento e para dar certo apostamos nessa época do fim de ano, com pacotes especiais que variam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. Atualmente, não procurei mexer nos preços. Mantive cerca de 80% os mesmos valores do produto da cesta para facilitar a encomenda dos clientes”, afirma o empresário.

No cardápio, “Dedé” ofe-rece o tradicional bacalhau manauense, entre outros pratos que servem de oito a dez pessoas. “Entramos com uma campanha muito boa, com o cartão des-conto, que vai fomentar as vendas. Tudo isso para fugir dessa crise. Acredi-to que ano que vem, com o aprendizado possamos seguir forte como a cacha-çaria”, destaca.

Pensar em um cardápio diferenciado para o empre-ário é tão importante como ter a infraestrutura mapea-da e pronta para funcionar a todo o vapor. “Evidente-mente, não se pode fugir do tradicional tender, peru, lentilhas e bacalhau. Mas é preciso investir no conceito do menu, apostando por sa-bores e acompanhamentos inusitados”, observa.

Buff et completo de Natal

De forma artesanal, a loja Mimo Fino, situada no Carre-four da Ponta Negra, prepara as cestas natalinas para pre-sentes que serão a grande novidade para este período, segundo a sócia-proprietária Sabrina Maranhão. Os clien-tes terão, inclusive, a opção de montar a própria cesta. Com preços entre R$ 135 e R$ 185, a expectativa é uma alta nas vendas de cestas de 40% ante 2014.

“Os kits já elaborados pela loja agradam o gosto e bolso dos clientes. A grande novidade este ano são as facilidades oferecidas nas

compras, onde o pagamen-to poderá ser feito em até três vezes sem juros no cartão. A cesta pode ser uma ótima escolha para quem não tem tempo de escolher seu item favorito”, ressalta.

Segundo ela, o estoque das cestas - que podem ser encomendadas pelo What-sApp (99471-6006 e 98151-7330) - já começou a ser pre-parado em novembro, para poder atender a demanda de clientes. Entre os itens preferidos pelos consumido-res que optam por comprar cestas de Natal estão os chocolates, vinhos, queijos

e as castanhas. “O mais im-portante é inovar na hora de montar a cesta. Produzimos dois tipos de cestas, e, além disso, montamos de acordo com as exigências do clien-te, para melhor atendê-lo”, destaca Sabrina.

As cestas natalinas devem ser o carro-chefe nos super-mercados e comércio vare-jista neste fi nal de ano. Os mais otimistas apostam em incremento de até 40% em relação ao volume de cestas de Natal comercializados no ano passado, enquanto ou-tros esperam empatar com as vendas comparadas a 2014.

Monte a sua cesta para presenteAs sócias Daniele Rodrigues e Sabrina Maranhão têm boas expecativas sobre o mercado de cestas

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Dona Rosemary acredita que as encomendas de doces para o Natal terão crescimento da ordem de 30% em relação ao ano passado

LINDIVAN VILAÇA

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B4 Economia B5MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Ceia e cestas natalinas por encomendaEmpresários apostam suas fi chas nesse nicho de mercado, na expectativa de crescimento depois de baixa nos serviços

A quase um mês do Natal, as vendas de produtos e serviços de fi m de ano são

a última esperança para empresários do segmento de serviços fecharem 2015 com saldo positivo. Entre as apostas que se mantêm em alta para grandes e pequenos empresários é o serviço de encomenda de buff et de ceias natalinas, ofertadas às famí-lias que buscam comodidade e requinte nesse momento.

Residente em Manaus há 11 anos, a paulista Rosemary Luciano, 54, encontrou no serviço de encomendas de doces uma grande oportu-nidade para empreender. Ela conta que as vendas de doces personalizados, com a cara do Papai-Noel, costumam aumentar de 20% a 30% nessa época do ano.

O preço das unidades varia de R$ 6 a R$ 60. As sugestões de Rosemary são o Papai-No-el e boneco de neve - que é a novidade deste ano -, além dos salgadinhos que não fi -cam de fora de cardápio. “A minha proposta é deixar o Natal mais doce. Ter aquela mesa bonita, bem apresen-tável, que faz os convidados encherem os olhos e falarem:

passa logo o peru que eu que-ro comer os docinhos”, diz.

A doceira diz que a ex-pectativa para este ano é dobrar as vendas no Natal. “Nossa expectativa é que os números neste ano dobrem ou tripliquem. Sabemos que é difícil, mas estamos confi an-tes que as vendas vão superar as do ano passado”, avalia.

Ele observa que a cada ano essas ideias mais práticas estão caindo no gosto das pessoas, segundo ela, porque quem encomenda não tem tempo para preparar a ceia.

A especialista em bolos caseiros diz que o desafi o do segmento é diversifi car os produtos sem subir dema-siadamente os preços, uma vez que a execução de bolos sem recheios ou coberturas

elaboradas é menos oneroso. O transporte também pode ser um elemento limitador do crescimento.

“Como os doces são um produto delicado, é preciso haver cuidado no momento da entrega, o que inclui uma atenção especial com a em-balagem. Além disso, recebo muitas encomendas de São Paulo, onde tenho parentes. O custo é grande. Sentimos muito o preço dessa logística no bolso”, observa a doceira.

Rosemary diz que vender fatias no local iria descarac-terizar seu negócio. O grande desafi o foi apresentar este novo conceito ao mercado. “Meu primeiro e maior de-safi o foi fazer com que as pessoas acreditassem no meu negócio, passar esse conceito, esse costume meu. Meu grande desafi o foi criar um mercado para bolo casei-ro, atitude que deu certo até hoje com o apoio da minha família”, afi rma.

A pequena empresária é dona da Rosemary Bolos Caseiros. O empreendimen-to funcionado na rua José Praxedes de Oliveira, núme-ro 257, Conjunto Duque de Caxias, bairro Flores, Zona Centro-Sul. Para mais in-formações, basta ligar para 98196-7873.

CENÁRIO

O setor de serviços se manteve até o fi nal do primeiro semestre em alta diante do comércio e da indús-tria. Mas, no segundo semestre as empresas que prestam serviço começaram a entrar numa linha de queda

Não há como negar que as festividades de Natal e Reveillon compõem um excelente período para o setor de buffet, festas e eventos, principalmente porque coincidem com as confraternizações de fim de ano das empresas. É nor-mal que durante novembro a agenda de uma empresa do ramo já esteja prati-camente lotada, sobretudo nos finais de semana.

Para não dispensar clien-tes, muitas empresas do segmento optam por ofe-recer banquetes delivery ao invés de deslocar equipe e realizar festas presenciais. Essa pode ser considerada como uma forma eficaz e rentável de encarar as fes-tas de fim de ano, principal-mente se o seu buffet não é de grande porte.

O empresário da Cacha-çaria do Dedé, André Paren-te, avalia que o momento é uma grande chance para “alavancar” as vendas em serviços de buffet comple-to, já que nesse cenário de crise inovar é a melhor saída para os negócios.

“Inovação é o que a ca-chaçaria está fazendo. A crise existe. É fato. Mas, não ficamos retraídos com isso. A cada quatro meses

sempre fazemos o dife-rencial no planejamento e para dar certo apostamos nessa época do fim de ano, com pacotes especiais que variam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. Atualmente, não procurei mexer nos preços. Mantive cerca de 80% os mesmos valores do produto da cesta para facilitar a encomenda dos clientes”, afirma o empresário.

No cardápio, “Dedé” ofe-rece o tradicional bacalhau manauense, entre outros pratos que servem de oito a dez pessoas. “Entramos com uma campanha muito boa, com o cartão des-conto, que vai fomentar as vendas. Tudo isso para fugir dessa crise. Acredi-to que ano que vem, com o aprendizado possamos seguir forte como a cacha-çaria”, destaca.

Pensar em um cardápio diferenciado para o empre-ário é tão importante como ter a infraestrutura mapea-da e pronta para funcionar a todo o vapor. “Evidente-mente, não se pode fugir do tradicional tender, peru, lentilhas e bacalhau. Mas é preciso investir no conceito do menu, apostando por sa-bores e acompanhamentos inusitados”, observa.

Buff et completo de Natal

De forma artesanal, a loja Mimo Fino, situada no Carre-four da Ponta Negra, prepara as cestas natalinas para pre-sentes que serão a grande novidade para este período, segundo a sócia-proprietária Sabrina Maranhão. Os clien-tes terão, inclusive, a opção de montar a própria cesta. Com preços entre R$ 135 e R$ 185, a expectativa é uma alta nas vendas de cestas de 40% ante 2014.

“Os kits já elaborados pela loja agradam o gosto e bolso dos clientes. A grande novidade este ano são as facilidades oferecidas nas

compras, onde o pagamen-to poderá ser feito em até três vezes sem juros no cartão. A cesta pode ser uma ótima escolha para quem não tem tempo de escolher seu item favorito”, ressalta.

Segundo ela, o estoque das cestas - que podem ser encomendadas pelo What-sApp (99471-6006 e 98151-7330) - já começou a ser pre-parado em novembro, para poder atender a demanda de clientes. Entre os itens preferidos pelos consumido-res que optam por comprar cestas de Natal estão os chocolates, vinhos, queijos

e as castanhas. “O mais im-portante é inovar na hora de montar a cesta. Produzimos dois tipos de cestas, e, além disso, montamos de acordo com as exigências do clien-te, para melhor atendê-lo”, destaca Sabrina.

As cestas natalinas devem ser o carro-chefe nos super-mercados e comércio vare-jista neste fi nal de ano. Os mais otimistas apostam em incremento de até 40% em relação ao volume de cestas de Natal comercializados no ano passado, enquanto ou-tros esperam empatar com as vendas comparadas a 2014.

Monte a sua cesta para presenteAs sócias Daniele Rodrigues e Sabrina Maranhão têm boas expecativas sobre o mercado de cestas

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Dona Rosemary acredita que as encomendas de doces para o Natal terão crescimento da ordem de 30% em relação ao ano passado

LINDIVAN VILAÇA

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[email protected], DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

País B6PESQUISA

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AÇÃO

A desocupação no Brasil aumentou e os salários dos trabalhadores empregados sofreram redução mais uma vez. A população desocupada somou 1,9 milhão de pessoas e mostrou um aumento de 67,5% em relação a outubro de 2014.

Acidente em Mariana teve o maior nível de rejeitos Segundo especialistas, a bacia atinginda poderá levar anos e até decadas para se recompor do desastre ambiental

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AÇÃO

Acidente na barragem de Mariana no último dia 5 levou 62 milhões de metros cúblicos de lama para o rio

A tragédia de Mariana é o maior aciden-te da História em volume de material

despejado por barragens de rejeitos de mineração. Os 62 milhões de metros cúbicos de lama que vazaram dos de-pósitos da Samarco no dia 5 representam uma quantida-de duas vezes e meia maior que o segundo pior acidente do gênero, ocorrido em 4 de agosto de 2014 na mina canadense de Mount Polley, na Colúmbia Britânica, diz o pesquisador Marcos Frei-tas, coordenador executivo do Instituto Virtual Interna-cional de Mudanças Globais (Ivig), ligado à Coppe/UFRJ.

Freitas é um dos que par-ticipam da criação do Grupo de Recomposição da Bacia do Rio Doce, iniciativa aca-dêmica. Como outros espe-cialistas, ele conta em anos, possivelmente décadas, o tempo de recuperação da bacia, onde vivem cerca de três milhões de pessoas. E

na casa dos bilhões de reais os custos de recuperação de estruturas urbanas e ecossis-temas destruídos.

“Não podemos estimar ago-ra o tempo e o dinheiro que custará a recuperação. Vai depender de cada área e será caro. A região existente no raio de uns 30 quilômetros da área das barragens, por exemplo, pode estar perdida. Está co-berta por camada espessa de lama. A recuperação será tão cara que pode se mostrar invi-ável fi nanceiramente. Quando a lama secar, vai se tornar terra endurecida, um chão de ferro, uma terra de ninguém”, alerta o pesquisador, que é membro do IPCC e já dirigiu a Agência Nacional de Águas.

Ele não crê que a recupera-ção da extensa área afetada, de Minas ao Espírito Santo, leve menos do que dez anos. Até porque alguns dos efeitos da destruição e da poluição colossal de uma região de mais de 700 quilômetros de comprimento só poderão ser

percebidos após anos. Desas-tres ambientais têm vida longa. É o caso do que aconteceu no Exxon Valdez. O navio vazou óleo para uma das regiões mais intocadas do Alasca há 26 anos. Mas até hoje pescados nobres, como arenque e caran-guejo gigante, não voltaram às redes dos pescadores. O Exxon Valdez virou Oriental Nicety e já foi até desmantelado, ano passado, na Índia. Mas o Alasca ainda sofre.

O biólogo e geógrafo Rodri-go Medeiros, vice-presidente da Conservação Internacional, ONG que desenvolve projetos sobre preservação da biodiver-sidade e seu impacto social, diz que a tragédia de Mariana é uma doença simultaneamente aguda e crônica.

“À medida que passa, a lama mata imediatamente de pessoas a plantas e animais. E, ao se depositar nas mar-gens e no leito do Rio Doce, ela se torna um mal crônico, que continua a impactar o ambiente”, diz o especialista.

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015B7PaísPaís

Brasil em 74º lugar entreos países com terrorismoDe acordo com Índice de Terrorismo Global, Brasil teve três incidentes em 2014 que podem ser considerados terrorismo

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AÇÃO

Atentando em Paris, na semana passada, levantou um alerta de discussões sobre a insegurança no mundo

Frequentemente apon-tado pela mídia es-trangeira como “um dos países mais violentos do

mundo’’, por conta dos dados e homicídios e criminalidade registrados nacionalmente, o Brasil não costuma ser associado a problemas re-lacionados ao terrorismo internacional. Enquanto o mundo ainda tenta enten-der os grandes atentados realizados na última semana em Paris e em Beirute, um levantamento sobre o ter-rorismo em todo o planeta mostra que o Brasil não está totalmente livre deste problema, entretanto.

O Brasil é o 74º país do mundo com maior incidên-cia de casos de terroris-mo, segundo o Índice de Terrorismo Global, um le-vantamento de atentados realizados ao longo de 2014 em todo o mundo.

Segundo o índice, o Bra-sil teve três incidentes que podem ser considerados terrorismo registrados no ano passado. O índice de terrorismo do Brasil (GTI) é 2,21 em uma avaliação que vai de 0 a 10. No total, duas pessoas morreram e

três propriedades foram da-nificadas nos atentados. O relatório completo não de-talha que incidentes foram estes, entretanto.

O país subiu seis posições nesse nada elogioso ranking em apenas um ano. Em 2013, o Brasil estava em 80º lugar

na lista, com pontuação 1,62. A maior mudança ocorre em comparação com o ano de 2011, quando o índice não registrou nenhum incidente que possa ser considera-do terrorismo no país. No ranking daquele ano, o Brasil aparecia em 122º lugar, e era considerado um país “sem impacto de terrorismo’’.

O Iraque lídera o ranking, com pontuação mais alta

possível, 10, seguido pelo Afeganistão (9,23), pela Ni-géria (9,21), pelo Paquistão (9,06) e pela Síria (8,1).

EstatísticasEm 2014, 32.658 pessoas

morreram em todo o mundo por causa do terrorismo. O número é 80% mais alto de que o registrado pelo mesmo índice um ano an-tes. O Estado Islâmico e o Boko Haram são, juntos, res-ponsáveis por 51% dessas mortes, e 78% das vítimas de terrorismo morreram nos cinco países que lideram o ranking. Somente no Iraque, que aparece no topo da lis-ta, foram registradas 9.929 mortes por terrorismo.

O Índice de Terrorismo Global faz uma análise de-talhada das tendências da violência deste tipo em 162 países. O estudo é desenvol-vido pelo Instituto de Econo-mia e Paz, uma multinacional voltado ao desenvolvimento de metodologias para estu-do da paz. O trabalho inves-tiga os padrões de terror, as metodologias de ataque, as organizações envolvidas e os contextos políticos em uma estrutura geográfica.

DADOS

Em 2014, 32.658 mil pessoas morreram em todo o mundo por causa do terrorismo. O número é 80% mais alto que o registrado pelo mesmo índice um ano antes. Estado Is-lâmico é responsável por 51% das mortes

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[email protected], DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Mundo B8

CRESCIMENTO

Segundo relatório anual Open Doors, realizado pelo Instituto de Educação Inter-nacional (IIE), o número de estudantes universitários bra-sileiros nos Estados Unidos aumentou 78% entre os anos de 2013 e 2014. O estudo também revelou que o Brasil ocupa a 6ª colocação na lista de países com maior número de intercambistas em territó-rio norte-americano.

No período acadêmico en-tre 2014 e 2015, foi regis-trado um total de 974.926 estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, o que afi rma,

segundo o relatório Open Do-ors, que o país continua sendo um dos destinos favoritos dos alunos do ensino supe-rior. Segundo a medição feita pelo instituto, nos últimos 35 anos, nunca se viu um número tão grande de jovens estu-dantes nos Estados Unidos.

Outra informação curiosa di-vulgada no relatório foi que, entre as 25 primeiras posições do ranking de países com es-tudantes em território norte-americano, o Brasil é o que apresentou um crescimento mais feroz no número de jovens intercambistas estudando por

lá, totalizando 23.675 alunos. Um dos motivos apontados como crucial pelo crescimen-to veloz de estudantes, além do aumento do interesse dos brasileiros pelas instituições de ensino superior americanas, é o programa Ciências sem Fronteiras, do Governo Federal.

No ranking, na frente do Brasil estão China (1º lugar), índia (2º lugar), Coreia do Sul, (3º lugar), Arábia Saudita (4º lugar) e Canadá (5º lugar). Já países como Japão (8º lugar) e México (9º lugar) foram ul-trapassados e registraram um número inferior de estudantes.

Estudantes brasileiros no exterior

No período acadêmico entre 2014 e 2015 foi registrado um total de 974.926 estudantes no exterior

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AÇÃO

Remédio para alcoolismo poderá erradicar a AidsEstudo está sendo executado por hospital da Austrália. Proposta será combinar remédio com outras substâncias

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AÇÃO

Medicamento teste chamado Disulfi ram acorda o vírus adormecido no organismo do infectado

Um medicamento usado para tratar o alcoolismo em combinação com outras substâncias po-

derão contribuir para a erradica-ção do vírus da aids nas pessoas soropositivas em tratamento, aponta um estudo divulgado por um hospital da Austrália.

O medicamento, chama-do disulfi ram, acorda o vírus adormecido no organismo infectado, permitindo assim destruir tanto o vírus quanto as células que o abrigam, e isso sem efeitos colaterais, notam os autores da pesquisa, publi-cada na revista especializada “The Lancet HIV”.

Atualmente um tratamento antirretroviral (ART), um co-quetel de medicamentos pa-drão chamado terapia tripla, permite manter o vírus (HIV) em controle nos pacientes so-ropositivos, mas sem deixá-los completamente livres. O vírus permanece à espreita no organismo das pessoas trata-

das, de forma latente (inativo). Este reservatório, difícil de alcançar, é um dos maiores obstáculos para o desenvolvi-mento de um tratamento para proporcionar alguma cura.

“Acordar” o vírus latente é uma estratégia promisso-ra para livrar o paciente do HIV. Mas “despertar o vírus é apenas o primeiro passo para eliminá-lo”, disse Julian Elliot, diretor de pesquisa clínica no departamento de doenças in-fecciosas no Hospital Alfred de Melbourne (Austrália), pri-meiro autor do estudo.

“Agora, temos que trabalhar a maneira como nos livrar-mos das células infectadas”, acrescentou.

Outras drogas foram tam-bém testadas para atacar o reservatório de HIV, mas sem muito sucesso, ou que se mostraram tóxicas. No ensaio clínico liderado por Sharon Lewin, diretora do Instituto Doherty em Melbourne, 30

pessoas em tratamento an-tirretroviral receberam doses crescentes de disulfi ram du-rante um período de três dias.

Na dose mais elevada, a estimulação do HIV adorme-cido sem reações adversas nos pacientes, foi obtida, de acordo com os autores. “Este teste mostra claramente que o dissulfi ram não é tóxico e é seguro de usar, e que poderia muito provavelmente ser o único a mudar a história”, disse Lewin em comunicado divulgado por seu instituto.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é testar esta droga em combinação com outras, tendo como alvo o próprio vírus.

Com mais de 34 milhões de mortes até hoje, o HIV continua sendo um grande problema de saúde pública, segundo a OMS. No fi nal de 2014, registrava-se cerca de 36,9 milhões de pessoas vi-vendo com o HIV.

AMEAÇA

Militantes islâmico divulgaram um vídeo ameaçando a Casa Branca com atentados suicidas e explosões de carros e prometen-do realizar mais ataques contra a França. A mais recente amea-ça ocorre um dia depois de o grupo militante divulgar um vídeo mostrando cenas de Nova York, sugerindo como alvo.

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AÇÃO

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Dia a [email protected]

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Creches oferecem muito mais que aprendizadoEspaços educacionais mantidos pelo município vão além dos cuidados, oferecendo também desenvolvimento e inclusão

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Contando com equipes multiprofi ssionais, as creches municipais oferecem atividades que auxiliam no desenvolvimento cognitivo, social, educacional e motor, como é o caso da menina Vitória, de uma unidade na Zona Sul

A vida da pequena Vitó-ria, de 3 anos, explica o porquê do nome. A menina é portadora

de uma difi culdade motora: tem uma perna maior que a outra e até um 1 de vida não conseguia sustentar a cabeça e o tronco. Apesar das con-sultas médicas, nenhum pro-fi ssional de saúde conseguia dar um diagnóstico defi nitivo sobre o caso. Paralelo à difi -culdade, a auxiliar de servi-ços gerais Edileuza Furtado, mãe da menina, matriculou a criança na creche munici-pal Magdalena Arce Dou, no bairro Santa Luzia, Zona Sul, há 2 anos, e o que seria so-mente um local onde deixaria a fi lha no horário de trabalho tornou-se o antídoto para o problema motor enfrentado por Vitória.

O convívio com os colegui-nhas e as aulas de educação física do projeto Portas Aber-tas para Inclusão fi zeram a garota vencer os problemas de saúde. Hoje, ela não só anda como faz parte da equipe de balé da unidade de ensino e é uma das mais espertas durante as atividades físicas.

No minicircuito motor exis-tente dentro da creche, ela “puxa a fila” dos exercícios com um sorriso no rosto de quem, mesmo sem saber explicar, entende a transfor-mação que vivencia dia após dia, uma vez que antes só ficava no colo.

“É uma alegria eu ver minha fi lha aqui na creche. Antes ela não andava, era fraquinha, só fi cava no colo. Agora, quando chega em casa, ela não para. A primeira coisa que ela fala

de manhã cedo é que ela quer vir para creche. É uma alegria muito grande para mim vi-ver isso”, comemora Edileuza, com os olhos marejados.

Histórias como a de Vitó-ria não são uma exceção. As 12 creches municipais em funcionamento em Manaus têm ações que englobam uma série de atividades para o desenvolvimento educacio-nal, cognitivo, afetivo, social e motor. As creches públi-cas da capital, que atendem mais de 3,4 mil alunos, são

locais preparados para re-ceber as crianças com ou sem defi ciências e trabalhar no crescimento integral dos pequenos, contando com uma equipe multiprofi ssional que vai desde o professor, passan-do por técnicos de enferma-gem, pedagogos, gestores, psicólogos e até assistentes sociais. Mais cinco creches municipais devem estar em funcionamento no início do ano letivo de 2016 e atender mais 1 mil crianças.

EspaçoEngana-se quem pensa que

espaços educacionais volta-

dos para crianças de 1 a 5 anos servem apenas como local de cuidado. A gerente de creches da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Wissile-ne Brandão, explica que por meio das brincadeiras que parecem simples, os alunos são desenvolvidos do ponto de vista cognitivo e psicomotor, o que resultará na melhoria do processo de aprendizagem em outras fases educacionais do estudante, até chegar à universidade. Ela lembra que pesquisas da neurociência re-velaram que 80% do cérebro humano é desenvolvido até os 3 anos de idade, por isso a importância da educação infantil na vida de um ser humano.

“Pesquisas da neurociência comprovam a efi cácia do in-vestimento motor, social e afetivo nas crianças até 3 anos. Então, tudo o que a gente faz para desenvolver a criança seja no aspecto cognitivo, sensório e motor, social e afetivo terá projeção na vida adulta dela. A trajetó-ria escolar de uma criança é muito infl uenciada por esses 3 primeiros anos. Aliás, a vida dela toda é muito infl uenciada por contas desses primeiros anos de vida”, reforça. “Por isso, o trabalho das creches no município de Manaus atua, prioritariamente, no desen-volvimento de competências e habilidades necessárias para ampliar as potencialidades desta criança no futuro. Tudo o que é desenvolvido segue as instruções nacionais da educação infantil que visam o desenvolvimento integral da criança”, complementa. Além das atividades diárias, os pequenos alunos também interagem com os demais colegas de creche

Crianças mais independentes

LOCAL

Apesar dos esforços do poder público para construir creches pela cidade, uma das principais difi culdades alegada pelo Exe-cutivo Municipal diz respeito à aquisição de áreas para a cons-trução das unidades

Outro exemplo de desen-volvimento cognitivo é do pequeno Dimy Ricardo. Com apenas 3 anos, ele conversa como gente grande e chama a atenção por não pronunciar palavras erradas, algo comum para crianças nesta idade. De temperamento expansivo, ele tem amizade com todos na classe e ao ser perguntado do que mais gosta de fazer, diz que adora brincar com seus bonecos.

“Eu gosto de brincar de boneco. Eu tenho quatro bo-necos. Meu pai brinca comigo. Eu estou tentando fazer um dinossauro, mas está faltan-do a cabeça”, declara Dimy, se referindo às peças de Lego

que estava montando no mo-mento da entrevista.

O vendedor autônomo Die-go da Silva, pai de Dimy, vê o desenvolvimento do fi lho como um presente da cre-che para a família. Grato ao trabalho desenvolvido pelos profi ssionais, ele retribui o carinho que o fi lho recebe se envolvendo em todas as atividades da unidade.

“O Dimy está desde a inau-guração da creche. E logo que a criança chega aqui, aprende sobre a rotina da creche. É tudo diferente para ele e vai se adaptando às coisas. Aqui tem horário para tomar café, fazer as refeições. Isso vai gerando na cabeça

da criança uma organização, desde pequenininha. A crian-ça aprende muita coisa. Outra coisa muito importante que ele aprendeu aqui na creche foi se relacionar com as outras crianças. Isso é fundamental”, observa Diego.

“A criança aprende a divi-dir o brinquedo, a ajudar o coleguinha em alguma coisa. São coisas simples, mas que vão ser aplicadas na vida dela. O mais legal disso tudo é o acompanhamento que as professoras dão. Elas são nota 10. Acompanham não só como um trabalho, mas envolvem sentimento. Meu fi lho chega em casa e me sur-preende com frases”, conta.

CEASA

Passageiros fazem descaso de coletesDia a dia C4 e C5

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015C2 Dia a diaProjetos científi cos estarão expostos à comunidadeAtividades desenvolvidas pelas escolas estaduais e municipais do AM, por meio do PCE, poderão ser conferidas

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AÇÃO

Para a coordenação do PCE, a ação será uma espécie de retorno social à comunidade externa

Entre os dias 23 e 25 de dezembro, estudantes, professores e a comu-nidade em geral poderão

conferir de perto os projetos científi cos desenvolvidos no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Esta-do do Amazonas (Fapeam), por meio da ação “PCE de portas abertas”, inserida na programa-ção da 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Amazonas. Em visitas guiadas por coordenadores de projetos e cientistas juniores, a popula-ção poderá conferir os resul-tados de pesquisas realizadas por estudantes de escolas es-taduais e municipais em todo o Amazonas.

De acordo com a coorde-nadora geral do PCE, Fátima Vieira Nowak, a ação pode ser considerada também como um retorno social. “A organização do evento como um todo é um retorno social que nós estamos dando ao investimento que foi feito em cima do Programa Ciência na Escola. Nós demos credibilidade para essas pes-soas para que elas pudessem desenvolver suas pesquisas, en-tão seria como prestar contas com a sociedade sobre aquilo que nós fi zemos, e nada melhor

nesse momento que o próprio receptor do recuso mostrar para o público o que foi, quanto ele ganhou – não necessaria-mente em termo de dinheiro - mostrando para a sociedade o que vem a ser a inclusão social científi ca, ou seja, todas essas pessoas foram incluídas de alguma maneira dentro do

universo científi co”, explica.O objetivo da ação é ampliar

o alcance das ações de popu-larização da ciência durante a SNCT, fortalecendo as ativida-des de popularização científi ca promovida por meio do PCE, nos 39 municípios onde o programa está presente. Cada um dos 420 projetos contemplados estarão inscritos e seus participantes devidamente certifi cados. Apro-ximadamente 2.100 alunos, 840

professores e apoios técnicos e mais de cem escolas do Estado estarão envolvidos na atividade.

Para a professora e coorde-nadora de projeto, Leila Fer-nandes, o momento de sociali-zação é de extrema relevância para os estudantes. “Eu acre-dito que, além da certifi cação, que do ponto de vista prático é algo extremamente importan-te, a própria oportunidade de estar interagindo com vários outros trabalhos, com outros estudantes, coordenadores de pesquisa, é de grande relevân-cia tanto para interação de saberes quanto para relações interpessoais”, avalia.

O evento se concretiza tam-bém como uma oportunidade de abrir as portas da escola para que as pessoas possam conhe-cer, se aproximar e entender mais sobre os projetos cientí-fi cos desenvolvidos nas escolas pelos alunos. “Nesse momento, o PCE de portas abertas acon-tece como a formalização de uma rotina, nós estamos apenas formalizando, ele já acontece em qualquer um dos municípios onde temos a presença do PCE. Nessas nossas andanças pelo interior do Estado, observamos um clamor muito grande das pessoas em saber o que vem a ser o PCE”, conclui Nowak.

EVENTOS

O total de 47.299 ati-vidades está cadas-trado para participar da SNCT 2015, em 730 cidades brasilei-ras, ligadas a 2.415 instituições de ensino, pesquisa, desenvolvi-mento, tecnologia e inovação

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Page 19: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015C3Dia a dia

Ciclo completo de polícia será abordado em eventoDurante dois dias, seminário abordará temas ligados à prática policial e também a ampliação da atuação da Polícia Militar

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PEC propõe que durante uma ocorrência policial o cidadão possa sair da mesma sabendo quando e onde será sua audiência no Judiciário

Nestas segunda (23) e terça-feiras (24) acon-tece em Manaus o 1º Seminário Nacional de

Ofi ciais da Polícia e Bombei-ros Militares no Amazonas, que entre outros temas discutirá o Ciclo Completo de Polícia, que amplia a competência de outras instituições policiais, dentre elas a Polícia Militar, com atribuições de Polícia Judiciária e poder de investigação de crimes de natureza comum. O evento será realizado no auditório do hotel Novotel, no Distrito Industrial, Zona Sul. A proposta do seminá-rio é repassar informações para quem pretende adquirir mais conhecimentos sobre noções e práticas da atividade policial.

Promovido pela Associa-ção dos Ofi ciais da Polícia e Bombeiro Militar do Amazonas (AOPBMAM) e com apoio da Fe-deração Nacional de Entidades de Ofi ciais Militares Estaduais (Feneme), o evento contará com a presença do deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT/MG), autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 431/2014, que trata sobre o tema. O texto da PEC prevê que a PM tenha competência para realizar o Ci-clo completo de Polícia, durante a persecução (perseguição) pe-nal, além das atribuições de po-

lícia ostensiva e de preservação da ordem pública, já defi nidas pela Constituição Federal.

Para o presidente da AOPB-MAM, major Emerson Figuei-redo, o sistema brasileiro de atuação policial é burocrático e causa um prejuízo imenso ao erário público, prestando um desserviço ao cidadão, que muitas vezes espera por horas por um atendimento em uma delegacia, quando poderia ser atendido no local da ocorrência “no capô da viatura”, já saindo sabendo quando e onde vai ser sua audiência no Judiciário.

Outros tópicos abordados du-rante evento serão participação associativa, legislação policial em tramitação no congresso” e formação jurídica como forma de ingresso do ofi cial militar estadual. Além do parlamentar, o evento contará com a pales-tra do tenente-coronel Marcello Martinez Hipólito, da Polícia Mi-litar de Santa Catarina, que irá tratar sobre a previdência dos militares estaduais.

As inscrições são gratuitas e, para participar, basta acessar o formulário de inscrição no site www.feneme.org.br. Ao fi nal, os participantes receberão certifi -cado pela participação. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3642-5152.

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C4 Dia a dia C5MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Coletes deixados de lado nas embarcaçõesEquipamento de segurança é dispensado pela maioria dos viajantes que fazem a travessia no porto da Ceasa. Atitude chama a atenção para o fato de que a Marinha realiza fiscalização com frequência no local e em outras áreas

Mesmo com a fisca-lização da Marinha, é comum flagrar passageiros sem

o uso de equipamentos de segurança nas embarcações, em Manaus. A situação é mais crítica entre passageiros de lanchas que fazem a travessia para o município do Careiro da Várzea - a 25 quilômetros da capital - saindo do porto da Ceasa, na Zona Leste. Eles, raramente, usam o co-lete salva-vidas. Conforme a Marinha, a fiscalização é realizada nos dias úteis, fins de semana e feriados por uma equipe de inspetores navais da Capitania Fluvial da Ama-zônia Ocidental (CFAOC).

De acordo com Márcia Pe-reira, 32, mesmo o uso sendo fundamental, ela considera que nem sempre o equipa-mento é necessário. “Eu uso às vezes, somente quando os pilotos solicitam. As embar-cações são seguras, não tem por que eu usar”, justifica.

Conforme os relatos da dona de casa Maria do Ro-sário Oliveira, 47, que de-sembarca no porto com fre-quência, muitos viajantes descumprem o pedido dos pilotos. “Para falar a verdade, eu não uso colete. Você entra e sai nesses barcos e não vê ninguém usando. Na verdade, eu acho que nem tem coletes para o número de passagei-ros”, afirma.

Trabalhando com o trans-porte fluvial há mais de 20 anos, o fiscal da Associação dos Canoeiros dos Portos da Ceasa e do Careiro da Várzea, Cassimiro Teófilo, 51, explica que a embarcação só inicia viagem com o número correto de passageiros a bordo, e que, de acordo com o tipo e tama-nho da embarcação, a parti-

da só acontece se todas as pessoas estiverem portando o equipamento de segurança.

“A embarcação nunca sai do porto lotada. Todos os pilotos têm curso e estão habilita-dos para exercerem a função com segurança, assim como possuem curso de primeiros socorros para atuarem em casos de situações extremas de perigo e, dependendo do tamanho da lancha, o motor só dá partida se todos esti-verem sentados e portando o equipamento salva-vidas”, informa.

Ainda segundo Teófilo, aproximadamente, 60 em-barcações saem do porto dia-

riamente, revezando-se entre si, elas chegam a levar mais de 2,5 mil passageiros e o principal destino é o municí-pio do Careiro da Várzea, do outro lado do rio, que liga Manaus ao restante do Brasil por meio da BR-319.

PrevençãoContrariando a opinião de

quem afirma que o uso do equipamento de segurança não se faz necessário, a produtora agrícola Cleide do Nascimento da Silva, 50, que utiliza as embarcações como principal meio de transporte na vinda do município de onde mora para a capital, diz que o uso deveria ser

obrigatório em todas as si-tuações, sem exceção.

“Eu venho da comunidade São Pedro, e a lancha é o meio que mais utilizamos. Eu venho todo mês para Manaus, e vejo que muita gente não usa o colete salva-vidas. Eu uso, mas acho que deveria ser uma obrigação dos proprietários de lancha só saírem depois que todos estivessem com coletes. Eles informam que têm o colete, mas na hora do desespero, pode aparecer quem não consiga se amarrar corretamente e isso é um pe-rigo. Devemos pensar sempre com a prevenção”, orienta.

InspeçãoOs condutores de embar-

cação devem ser habilita-dos perante a Capitania dos Portos. Caso o piloto venha a descumprir as normas de segurança, os mesmos são notificados por inspetores navais que atuam nos portos e em seguida seguem para prestar esclarecimentos na sede da Capitania Fluvial, em Manaus.

As equipes de inspeção na-val da CFAOC não ficam em um local específico. As fisca-lizações acontecem 24 horas por dia, na área delimitada do bairro Puraquequara até a praia do Tupé, localizada a 34 quilômetros de Manaus, e servem para observar o cum-primento das leis e normas da autoridade marítima, assim como orientar os navegan-tes quanto à segurança da navegação.

Além das inspeções no ma-terial de salvatagem, (coletes e boias, por exemplo), os fis-cais observam a presença de extintor de incêndio, o estado de conservação da embarca-ção, o excesso de lotação e a documentação da embarca-ção e dos condutores.

Luís Henrique OLiveira

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contatos

A equipe de inspeçao naval da Marinha pode ser acionada a qualqiuer momento pelos telefones (092) 99302-5040 (What-sApp), 185 (Socorro e Salvamento) e o 0800-280-7200 (Dis-que Denúncia)

O reajuste no preço do combustível refletiu no valor cobrado pelas viagens. Para o piloto de lanchas Pedro Nogueira, 74, que realiza a travessia de Manaus para a margem direita do rio Negro, por exemplo, não há como não fazer o repasse do valor do combustível, no preço da viagem aos passa-geiros. “Não tem condições com o preço da gasolina e do diesel repassado para a gente, temos que repassar para o cliente, é natural. Mesmo perdendo clientes eu preciso aumentar e é complicado porque nem todo mundo entende”, es-clarece.

Para alguns passageiros, o aumento na passagem da travessia acaba interferin-do em outras necessidades, como relata a dona de casa Maria José Oliveira. “Antes eu pagava R$ 15, agora estou pagando R$ 20. Eu preciso vir para Manaus todo mês para tratar do meu marido doente. O dinheiro que eu usava antes do re-ajuste, servia para comprar remédios, agora fico só com o da passagem”, reclama.

A infraestrutura oferecida na Ceasa também dificulta quem precisa se locomover a caminho das embarca-

ções. No local, é possível perceber a presenças de baratas e roedores e há quem diga que até jacarés e cobras também já foram encontrados na área de em-barcação do porto da Ceasa.

Depois de viajar por horas, a viagem parece ainda mais complicada, principalmente para quem carrega malas e bagagens pesadas. Após cinco horas em uma lancha, o comerciante João Almei-da, 62, explica que trans-portar mercadorias para o seu estabelecimento em Manaus é um obstáculo. “Para quem vem do interior carregando um monte de bagagem, isso aqui é uma tortura, essa subida aqui não ajuda. Imagina você ter que carregar um mon-te de mala? Eu que sou saudável tenho dificuldade, deficiente físico, então, não consegue nem sair do lugar com a cadeira de rodas”, ressalta.

“Isso aqui é uma nojeira e ninguém faz nada. Toda água que cai aqui não tem tratamento nenhum. Além do forte odor, a gente ainda tem que dividir lugar com esse monte de bicho. Até cobra e jacaré o povo já en-controu por aqui”, afirma o estivador Elias da Silva, 40.

Reajustes e infraestrutura

infraestrutura precária do local causa descontentamento a quem precisa passar pelo lugar frequentemente

Para alguns passageiros, uso do colete salva-vidas deveria ser obrigatório nas embarcações

após cruzar o rio, viajantes são obrigados a caminhar por uma área sem a devida infraestrutura, inviável a portadores de necessidades especiais

Marinha fiscaliza com frequên-cia a travessia na ceasa, porém, maioria dos passageiros não utiliza o colete de segurança

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Page 21: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

C4 Dia a dia C5MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Coletes deixados de lado nas embarcaçõesEquipamento de segurança é dispensado pela maioria dos viajantes que fazem a travessia no porto da Ceasa. Atitude chama a atenção para o fato de que a Marinha realiza fiscalização com frequência no local e em outras áreas

Mesmo com a fisca-lização da Marinha, é comum flagrar passageiros sem

o uso de equipamentos de segurança nas embarcações, em Manaus. A situação é mais crítica entre passageiros de lanchas que fazem a travessia para o município do Careiro da Várzea - a 25 quilômetros da capital - saindo do porto da Ceasa, na Zona Leste. Eles, raramente, usam o co-lete salva-vidas. Conforme a Marinha, a fiscalização é realizada nos dias úteis, fins de semana e feriados por uma equipe de inspetores navais da Capitania Fluvial da Ama-zônia Ocidental (CFAOC).

De acordo com Márcia Pe-reira, 32, mesmo o uso sendo fundamental, ela considera que nem sempre o equipa-mento é necessário. “Eu uso às vezes, somente quando os pilotos solicitam. As embar-cações são seguras, não tem por que eu usar”, justifica.

Conforme os relatos da dona de casa Maria do Ro-sário Oliveira, 47, que de-sembarca no porto com fre-quência, muitos viajantes descumprem o pedido dos pilotos. “Para falar a verdade, eu não uso colete. Você entra e sai nesses barcos e não vê ninguém usando. Na verdade, eu acho que nem tem coletes para o número de passagei-ros”, afirma.

Trabalhando com o trans-porte fluvial há mais de 20 anos, o fiscal da Associação dos Canoeiros dos Portos da Ceasa e do Careiro da Várzea, Cassimiro Teófilo, 51, explica que a embarcação só inicia viagem com o número correto de passageiros a bordo, e que, de acordo com o tipo e tama-nho da embarcação, a parti-

da só acontece se todas as pessoas estiverem portando o equipamento de segurança.

“A embarcação nunca sai do porto lotada. Todos os pilotos têm curso e estão habilita-dos para exercerem a função com segurança, assim como possuem curso de primeiros socorros para atuarem em casos de situações extremas de perigo e, dependendo do tamanho da lancha, o motor só dá partida se todos esti-verem sentados e portando o equipamento salva-vidas”, informa.

Ainda segundo Teófilo, aproximadamente, 60 em-barcações saem do porto dia-

riamente, revezando-se entre si, elas chegam a levar mais de 2,5 mil passageiros e o principal destino é o municí-pio do Careiro da Várzea, do outro lado do rio, que liga Manaus ao restante do Brasil por meio da BR-319.

PrevençãoContrariando a opinião de

quem afirma que o uso do equipamento de segurança não se faz necessário, a produtora agrícola Cleide do Nascimento da Silva, 50, que utiliza as embarcações como principal meio de transporte na vinda do município de onde mora para a capital, diz que o uso deveria ser

obrigatório em todas as si-tuações, sem exceção.

“Eu venho da comunidade São Pedro, e a lancha é o meio que mais utilizamos. Eu venho todo mês para Manaus, e vejo que muita gente não usa o colete salva-vidas. Eu uso, mas acho que deveria ser uma obrigação dos proprietários de lancha só saírem depois que todos estivessem com coletes. Eles informam que têm o colete, mas na hora do desespero, pode aparecer quem não consiga se amarrar corretamente e isso é um pe-rigo. Devemos pensar sempre com a prevenção”, orienta.

InspeçãoOs condutores de embar-

cação devem ser habilita-dos perante a Capitania dos Portos. Caso o piloto venha a descumprir as normas de segurança, os mesmos são notificados por inspetores navais que atuam nos portos e em seguida seguem para prestar esclarecimentos na sede da Capitania Fluvial, em Manaus.

As equipes de inspeção na-val da CFAOC não ficam em um local específico. As fisca-lizações acontecem 24 horas por dia, na área delimitada do bairro Puraquequara até a praia do Tupé, localizada a 34 quilômetros de Manaus, e servem para observar o cum-primento das leis e normas da autoridade marítima, assim como orientar os navegan-tes quanto à segurança da navegação.

Além das inspeções no ma-terial de salvatagem, (coletes e boias, por exemplo), os fis-cais observam a presença de extintor de incêndio, o estado de conservação da embarca-ção, o excesso de lotação e a documentação da embarca-ção e dos condutores.

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A equipe de inspeçao naval da Marinha pode ser acionada a qualqiuer momento pelos telefones (092) 99302-5040 (What-sApp), 185 (Socorro e Salvamento) e o 0800-280-7200 (Dis-que Denúncia)

O reajuste no preço do combustível refletiu no valor cobrado pelas viagens. Para o piloto de lanchas Pedro Nogueira, 74, que realiza a travessia de Manaus para a margem direita do rio Negro, por exemplo, não há como não fazer o repasse do valor do combustível, no preço da viagem aos passa-geiros. “Não tem condições com o preço da gasolina e do diesel repassado para a gente, temos que repassar para o cliente, é natural. Mesmo perdendo clientes eu preciso aumentar e é complicado porque nem todo mundo entende”, es-clarece.

Para alguns passageiros, o aumento na passagem da travessia acaba interferin-do em outras necessidades, como relata a dona de casa Maria José Oliveira. “Antes eu pagava R$ 15, agora estou pagando R$ 20. Eu preciso vir para Manaus todo mês para tratar do meu marido doente. O dinheiro que eu usava antes do re-ajuste, servia para comprar remédios, agora fico só com o da passagem”, reclama.

A infraestrutura oferecida na Ceasa também dificulta quem precisa se locomover a caminho das embarca-

ções. No local, é possível perceber a presenças de baratas e roedores e há quem diga que até jacarés e cobras também já foram encontrados na área de em-barcação do porto da Ceasa.

Depois de viajar por horas, a viagem parece ainda mais complicada, principalmente para quem carrega malas e bagagens pesadas. Após cinco horas em uma lancha, o comerciante João Almei-da, 62, explica que trans-portar mercadorias para o seu estabelecimento em Manaus é um obstáculo. “Para quem vem do interior carregando um monte de bagagem, isso aqui é uma tortura, essa subida aqui não ajuda. Imagina você ter que carregar um mon-te de mala? Eu que sou saudável tenho dificuldade, deficiente físico, então, não consegue nem sair do lugar com a cadeira de rodas”, ressalta.

“Isso aqui é uma nojeira e ninguém faz nada. Toda água que cai aqui não tem tratamento nenhum. Além do forte odor, a gente ainda tem que dividir lugar com esse monte de bicho. Até cobra e jacaré o povo já en-controu por aqui”, afirma o estivador Elias da Silva, 40.

Reajustes e infraestrutura

infraestrutura precária do local causa descontentamento a quem precisa passar pelo lugar frequentemente

Para alguns passageiros, uso do colete salva-vidas deveria ser obrigatório nas embarcações

após cruzar o rio, viajantes são obrigados a caminhar por uma área sem a devida infraestrutura, inviável a portadores de necessidades especiais

Marinha fiscaliza com frequên-cia a travessia na ceasa, porém, maioria dos passageiros não utiliza o colete de segurança

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Page 22: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015C6 Dia a diaMaterial reciclável é usado em adornos natalinosProdução de enfeites também faz parte das atividades que auxiliam no tratamento de internos de centro de reabilitação

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AçãO

Além de auxiliar na ornamentação do espaço, internos participam de atividade complementar do espaço

Criatividade e consciên-cia ecológica refletem o Natal do Centro de Reabilitação em De-

pendência Química Ismael Abdel Aziz, localizado no quilô-metro 53, da rodovia AM-010 (Manaus Rio Preto da Eva). Com o intuito de preservar o meio ambiente e propagar a sustentabilidade, professores das oficinas terapêuticas da unidade, junto com os pa-cientes, produzirão os adornos natalinos a partir de matérias recicláveis.

Garrafas PET, papelão, jor-nais e até borra de café serão reutilizados e transformados em guirlandas, estatuetas de café, luminárias de jardim, árvore entre outros símbolos do Natal que enfeitarão os 5 mil metros quadrados de área construída do centro de reabilitação.

Para a construção da árvore principal, serão reutilizadas 5 mil garrafas PET. Todo mate-rial reciclável arrecadado para a ornamentação do espaço é resultado da campanha inter-na “Recicla Natal”, lançada em agosto deste com o objetivo de expandir a consciência de preservação do meio ambien-te. Grande parte do material coletado veio da cozinha da

própria unidade, das casas dos funcionários e das comunida-des onde moram.

A professora do curso de cor-te e costura Lúcia Jeffs explica a importância de reciclar. “Re-aproveitar é renovar ideias, além de reduzir gastos e evi-tar a exploração de recursos naturais. O PET, por exemplo, que é nosso carro-chefe, leva,

aproximadamente, 450 anos para se decompor”.

Antes de começar o processo de produção dos enfeites na-talinos, o material precisa ser rigorosamente higienizado. O processo de higienização e corte das garrafas iniciou essa sema-na e todos os residentes estão envolvidos nas atividades. “Os profissionais tiveram uma ideia inovadora, aproveitando objetos

que iriam poluir o meio ambien-te. Além de ser uma atividade que faz parte do nosso tratamento, deixando uma mensagem de transformação”, avalia o resi-dente Daniel Oliveira da Silva, 38, há 60 dias internado.

OcupaçãoO trabalho de confecção dos

enfeites natalinos faz parte das atividades da oficina terapêu-tica de artesanato. A referida oficina faz parte das atividades complementares ofertadas aos residentes em tratamento na unidade. “Nós temos institucio-nalizadas diversas atividades terapêuticas complementares ao tratamento médico hospi-talar, como o artesanato, corte e costura, confecção de bio-joias, panificação e confeitaria, entro outras. Elas fazem parte do tratamento e mantêm as pessoas ocupadas no período em que ficam em tratamento na unidade”, explica o diretor do centro de recuperação Pablo Gnutzmann.

Ele destaca ainda que as ofici-nas, além de funcionarem como terapias, também funcionam como uma capacitação, dando ao residente a oportunidade de aprender a desenvolver uma ati-vidade que poderá servir como geradora de renda no futuro.

referência

O Centro de Reabi-litação é referência no tratamento de dependentes químicos e é gerenciado pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam) por meio da organização social Instituto Novos Caminhos

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Page 23: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015C7Dia a dia

Um projeto desenvol-vido em parceria en-tre pesquisadores do Instituto Leônidas e

Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Instituto Rene Ra-chou (IRR/Fiocruz MG) e o Ins-tituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) fará com que o mosquito Aedes aegypti vire o próprio antídoto para combater o vírus da dengue, cujo inseto é vetor. A pesqui-sa pretende fazer com que os mosquitos sejam usados para disseminar inseticida em criadouros.

O teste em campo foi feito no município de Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus) por uma equipe composta por técnicos, uma pesquisadora e agentes de saúde locais. O grupo visitou a casa da apo-sentada Maria Santos, 65, e a orientou que deixasse no quintal baldes com um pouco de água e inseticida para o combate ao Aedes.

Com baldes com um pouco de água e suas paredes inter-nas cobertas de um pano preto aveludado, no qual é aplicado o larvicida Pyriproxyfen triturado até a consistência de um pó, a armadilha permite que as fêmeas sejam atraídas até o recipiente. Dessa forma, ao pousarem na armadilha, os mosquitos fi cam impregnados com o inseticida, que acaba sendo levado por eles para ou-tros criadouros, aumentando o combate às larvas.

Um dos pesquisadores do projeto, o diretor do ILMD/Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz, explica que o método é importante, pois há muitos criadouros que fi cam em lo-cais fechados, escondidos ou inacessíveis.

“Um dos problemas mais im-portantes e difíceis de resol-ver no controle dos mosquitos vetores da dengue e outras doenças (como a febre chi-kungunya e zica) é que muitos dos criadouros dos mosquitos não são tratados durante as

Método usa mosquito da dengue contra a doença Pesquisa permite que o Aedes aegypti contribua para a disseminação de inseticida e eliminação de larvas

ações de controle, por conta do difícil acesso ou por não conseguirem ser identifi ca-dos. Os agentes de controle simplesmente não podem tra-tar esses criadouros, que con-tinuam a produzir mosquitos. O nosso trabalho mostra que os próprios mosquitos podem tratar muitos desses criadou-ros”, explica.

Antes do projeto, que come-çou sua fase inicial de estudo básico em novembro de 2013, os criadouros positivos de lar-vas nas casas de Manacapuru eram presentes em 98% das residências. Até outubro deste ano, a equipe registrou apenas 2% de casas positivas.

As notifi cações das doen-ças no município, conforme o subgerente de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Mário Fernandes da Silva, em 2015, foram 79. No ano passado, o número chegou a 200.

Segundo Sérgio Luz, após a utilização das armadilhas dis-seminadoras no trabalho de monitoramento dos mosqui-tos continua. “Este trabalho indica em qual(is) localidade(s) que aparece(m) mosquitos. Assim, é possível fazer o blo-queio utilizando armadilhas disseminadoras de inseticida, apenas nas áreas positivas, pelo próprio serviço e agentes de endemias e controle. Tive-mos uma baixa populacional de mosquitos bem representa-tiva, onde caiu de mais de 1,5 mil por mês, para menos de 50. Com isso fi ca quase impossível ter transmissão epidêmica do vírus”, observa o pesquisador.

Além do diretor do ILMD/Fiocruz Amazônia, o projeto também conta com as parti-cipações dos pesquisadores Fernando Abad-Franch (IRR), Elvira Zamora e os técnicos de campo, Ricardo Mota e Se-bastião Dias, ambos do ILMD.

Larvicida em pó é colocado em armadilhas, para onde as fêmeas do mosquito são atraídas. Ao pousar no balde, o Aedes fi ca impregnado com o produto, sendo levado por ele para outros criadouros, combatendo as larvas

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[email protected], DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Plateia D1

Fascinada pela for-mação do Estado do Amazonas, por sua trajetória econômica,

política, cultural e, sobre-tudo pelo homem da terra, suas realizações e desafi os, a escritora Etelvina Garcia tem seu nome gravado na história do Estado. Exigen-te, serena e talentosa, além de escritora Etelvina é tam-bém jornalista e professora. Amazonense com orgulho, a artista das palavras afi rma que se sente responsável por deixar um legado importante para as próximas gerações por meio de seu conhecimen-to, porém, ressalta não se achar merecedora de tanto reconhecimento.

“Não faço nada de especial. Sou uma cidadã comum. Acho que tenho responsabilidades diante das gerações futuras, até porque já vivi algumas dé-cadas. O trabalho que desen-volvo não é para mim. Espero que ele seja uma contribuição para a sociedade, começando com as crianças que estão nas escolas e professores que tem uma responsabilidade enor-me com as gerações futuras. Mas o que faço, qualquer pessoa pode fazer”, opina ela.

Entre suas obras está o livro “Navegação, Comércio e Construção Naval no Ama-zonas”, que apresenta um re-gistro histórico da navegação na região, desde os primeiros tempos dos desbravadores, como Francisco de Orellana e Gaspar de Carvajal, ao pro-cesso de expansão territorial da coroa portuguesa, passan-do pela construção do Porto de Manaus, o fortalecimento da navegação comercial a vapor e as primeiras gerações empreendedores do setor de navegação no Estado.

Ilustrado por mapas e fotos raras, o livro revela as iniciati-vas de valorização econômica

da Amazônia com a criação da Companhia-Geral do Grão-Pará, responsável pelo estí-mulo à agricultura tropical com concessão de terras, cré-ditos e implementos agríco-las, além da coordenação das atividades de navegação e comércio exterior. Os primór-dios da navegação comer-cial a vapor na Província do Amazonas, presidida por João Baptista de Tenreiro Aranha é um capítulo minuciosamen-te pesquisado com reprodu-ção dos documentos que mostram, entre outros registros, a a l teração do nome da antiga cidade da Barra do Rio Ne-gro para a “Cidade de Manáos” em 1856.

A importância da indústria naval para a formação da primeira geração de empreendedo-res do Amazonas, como Alexandre Amorim, é outro ponto de destaque do livro da escritora. Também é de autoria de Etelvina Garcia o livro “Modelo de Desenvolvimento Zona Franca de Manaus - His-tória, Conquistas e Desafi os”, em parceria com a Superin-tendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). A obra faz um passeio pela história da economia da região, tendo

como enfoque o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), se-guindo um perfi l cronológico.

A escritora retrata a impor-tância dos incentivos fi scais para atrair investimentos para a Amazônia, como me-canismo de desenvolvimento regional desde os tempos de Marquês de Pombal, passan-do pela navegação a vapor, fundamental para permitir a economia da borracha. Depois, a fase de extrema difi culdade que a região en-frentou com a queda do ci-clo da borracha, a tentativa frustrada do plano de defesa da borracha, em 1912, no governo Marechal Hermes, a criação da Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), e a cria-ção da Suframa por meio do Projeto Pereirinha, de autoria

do deputado federal Francisco Pereira

da Silva, em 1957.

A obra re-úne as mo-tivações de ordem econômi-co-social

até a re-f o r m u l a -

ção da ZFM e criação da

Suframa, em 28 de fevereiro de 1967. Dando um salto à dé-

cada de 90, o livro trata da abertu-ra da economia e da política de nacional ização

industrial que transformaram-se

rapidamente em fator de atraso da tecnologia. As

indústrias tiveram que inves-tir rapidamente em moderni-zação e automação e caíram os índices de nacionalização, como resultado as indústrias ampliaram os seus estoques de competência tecnológica em níveis internacionais.

Exigente, minuciosa e dedicada, a escritora, historiadora e jornalista Etelvina Garcia é uma inquieta estudiosa sobre o Amazonas e sobre Manaus. O desenvolvimento político e econômico da região são os condutores das obras da autora

POR THIAGO FERNANDO

Aos 75 anos, a escritora não perde a sua paixão pe-los estudos. Etelvina dedi-ca boa parte de seus dias buscando novos conheci-mentos para conseguir sempre evoluir e melhorar a cada publicação. Para ela, é importante sempre ter autocrítica sobre o trabalho feito.

“Vivo em função do que eu faço. Procuro desen-volver o meu trabalho com responsabilidade. Estudo com seriedade, pesquiso, uso as minhas informações e adoto a metodologia científi ca que permite reduzir ao máximo a margem de er-ros. Não sabemos tudo. Quanto mais estudamos, mais precisamos ter cons-ciência de que devemos estudar mais. Faço força para que o meu novo livro seja melhor que o anterior. Hoje, olho para trás e vejo que consegui evoluir em certos pontos, mas preci-so melhorar em outros. É importantíssimo saber fa-zer uma autocrítica sobre o seu trabalho”, ressalta Etelvina, que devido a sua dedicação, abriu a Norma Editora para continuar fa-zendo o seu trabalho.

“Quando escrevo um livro, construo na minha cabeça toda a arquitetura. Verifi co todas as palavras para certifi car que seja a correta. Criei uma editora para não entrar no mer-cado editorial, mas para publicar os meus livros, porque sei o que quero”, explica a escritora.

Paixão pelos estudos

Estudos ehistórias

de Manaós

Entre as Obras de Etelvina Garcia estão:

- Centro de Artes Chaminé (1993)- Zona Franca de Manaus: história,

conquistas e desafi os (2004)- Manaus: referências da histó-

ria (2012)

CURIOSIDADE

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MÚSICA

Manaus coleciona talentos

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015D2 Plateia

Objeto de desejo

Estrelas na Catedral

Gastronomia

Prêmio. A equipe Tomazelli fará a iluminação cênica

do exterior da Catedral da Imaculada Conceição. Estrelas azuis vindas de canhões de luz bailarão pela Catedral em seu exterior no dia 4 de de-zembro dia da outorga da Medalha do Mérito de Nossa Senhora.

. Toda despesa feita com contribuição do corpo diretivo, inclusive Buffet, cerimonialistas, medalhas, diplomas e todos os detalhes, são obras e graças da diretoria que ao longo do ano arregimenta todos os meses colaboração entre si, sem nenhum pedido externo, assim como reza o estatuto da A.A.C- As-sociação Amigos da Catedral.

. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, sec-ção Amazonas - Abrasel-AM -, movimentou o Centro de Convenções Vasco Vasques, com evento concorridíssimo.

. Promoveu a Feira Inter-nacional de Gastronomia Amazônica, com imenso su-cesso e reunindo muitos no-mes conhecidos da cidade. Evento ótimo!

. A UniNilton Lins tem ótimos motivos para comemorar.

. A instituição de ensino acaba de vencer o Prêmio San-tander Universidades. Na categoria Ciência e Inovação , Tecnologia da informação e comunicação.

. O projeto campeão é assinado pela pesquisadora Ana Carolina Oliveira Lima, com o trabalho intitulado “Meu Guia”, sistema baseado em estimulação vibrátil aplicável em ves-timentas para orientação de atletas cegos na modalidade de corrida em pista. A reitora Gisélle Lins Maranhão recebe os cumprimentos.

. Se você adora fi lmar as suas aventuras com o celular e gostaria de dar um ar mais profi ssional aos seus vídeos, apresentamos um acessório que dará uma nova “cara” para as suas “produções”.

. A “Yuneec Typhoon ActionCam” promete estabilizar as suas fi lmagens não importa o quanto você esteja se movimentando, ou seja, mesmo se estiver descendo uma montanha em cima de um snowboard a sua fi lma-gem vai fi car “perfect”. Preço do gadget: 550 dólares.

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Fernando Coelho Jr.

Alta hotelaria

O empresário José Ricardo e sua esposa Carmen Novoa Silva com Dom Sérgio Eduardo Castriani

. A rede Marriott vai comprar a Starwood por US$ 12,2 bilhões (R$ 46,3 bilhões) em uma transação que vai resultar na criação da maior cadeia de hotéis do mundo. O negócio foi anunciado pelas empresas no início da semana em um comunicado geral.

. Em abril, a Starwood, dona de marcas como St. Regis e Sheraton, já havia anunciado que estava em busca de “opções estratégicas”. Com o negócio, a Marriott e a Starwood so-madas ultrapassam o Intercontinental Hotels Group (IHG), atual líder global da indústria hoteleira, com 4.840 unidades e mais de 710 mil quartos. A rede Marriott, com 4.117 uni-dades, era até o momento a terceira maior, e a Starwood, com 1.207, a sétima – segundo o ranking MKG Hospitality. O acerto prevê o pagamento com US$ 11,9 bilhões (R$ 45,1 bilhões) em ações da Marriott e US$ 340 milhões (R$ R$1,29 bilhão) em dinheiro.

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Objeto de desejo. Se você adora fi lmar as suas aventuras

com o celular e gostaria de dar um ar mais profi ssional aos seus vídeos, apresentamos um acessório que dará uma nova “cara” para

. A “Yuneec Typhoon ActionCam” promete estabilizar as suas fi lmagens não importa o quanto você esteja se movimentando, ou seja, mesmo se estiver descendo uma montanha

de um snowboard a sua fi lma-gem vai fi car “perfect”. Preço do gadget:

milhões (R$ R$1,29 bilhão) em dinheiro.

1. O presiden-te da Manaus-cult Bernardo Monteiro de Paula e a presidente da Abrasel-AM, Jane-th Fernandes, no evento no Vasco Vasques

2. Camila e o vice-governador Henrique Oliveira

3. Hiroya Takano e Luciana Felicori

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Folk, rock e elementos de música eletrônica compõem o som da Luneta Mágica, que já lançou dois CDs

Temas sociais e afetivos formam música autoral de Kely Guimarães

Integrantes da Antiga Roll avaliam de forma otimista o cenário do rock autoral, com o público consumindo CDs, camisetas e indo aos seus shows

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AÇÃO

BANDAS LOCAIS tendência ascendente de

reconhecimento e prestígioArtistas e grupos musicais de Manaus têm buscado cada vez mais se preparar e organizar seus trabalhos,

o que refl ete em conquista de mais respeito por parte do público

O cenário musical ma-nauense fervilha aos olhos de quem busca o bom som no ce-

nário alternativo da cidade. Repleto de bandas que fazem sucesso tanto local quanto nacionalmente, exemplo das já conhecidas Alaídenegão, Supercolisor, Selva Madre e Platinados, que conseguiram romper as fronteiras da região Norte, outros bons músicos têm emergido com a ajuda da internet e prêmios que apre-sentam os artistas ao público.

No cenário musical amazo-nense, a cantora e composito-ra Kely Guimarães, 28, é pro-fessora de música graduada em música pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Lançou seu primeiro proje-to solo, o EP “Essência”, em 2013, especialmente na web, tendo excelente receptividade do público. A artista afi rma que embasa seu trabalho autoral em pesquisas e conteúdos de assuntos sociais, afetivos e ambientais de forma poéti-ca e coerente, bem como da sua musicalidade, que mistura rock, folk e MPB.

De acordo com a cantora, suas infl uências são bastan-tes diversas e variadas, que vão de Led Zeppelin e David Bowie, até Naná Vasconcelos, bandas locais como a Zero Hora, Elisa Maia, e costuma consumir as músicas produ-zidas na Região Norte, para compor e para criar.

“Trabalho profi ssionalmen-te com a música desde 2008. Comecei tocando na noite e em seminários que aconte-ciam dentro da Ufam. Também participei de outros projetos. Estou trabalhando no segundo CD, que terá dez faixas, com produção musical de Bruno Prestes, e será lançado em 2016, além do clipe ‘Essência’, que foi lançado este ano”, garante a artista.

Outra banda que tem trilha-do uma estrada ascendente no cenário local é a Antiga Roll. Há mais de 10 anos, os músicos de Maués vivem na capital amazonense tocando suas músicas. Infl uenciada

por lendas como Ramones, a banda busca inspiração no som dos anos 1950, incluindo nomes como Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e Johnny Burnette. Inconfundível tam-bém é a infl uência do grupo Velhas Virgens.

Sobre a produção do ce-nário local, a Antiga Roll é otimista. “Nunca tínhamos visto bandas tão boas lan-çando CDs de alta qualidade no cenário da cidade. Tanto de composições quanto sono-ridade, como Dpeids, Infâmia e Os Playmobils são algumas delas. Sempre temos eventos de rock autoral e sempre lotados. Percebemos que as pessoas estão dando mais valor à música feita em nossa cidade comprando CDs, cami-sas e pagando ingressos. Com toda certeza, não perdemos para nenhum outro Estado do país”, declara o guitarrista Tharciso Yamane.

Segundo ele, a banda já tem no currículo alguns prêmios, além de três EPs produzidos. “Recentemente, lançamos o ‘Zumbi do Bar’, nosso primeiro disco de estúdio, gravado aqui em Manaus, mixado e maste-rizado no Rio de Janeiro, com 12 faixas e mais outras quatro como bônus”, conta.

Rompendo as fronteiras amazonenses do som do rock, a banda Os Tucumanus, que faz uma mistura de batidas de sons e ritmos brasileiros, mes-cla também temáticas varia-das em suas letras, passando pelo cotidiano urbano e pela realidade regional amazônico. O grupo tem mais de 14 anos de carreira e já está no seu terceiro álbum.

Uma das mais antigas ban-das do cenário local contem-porâneo, a Platinados vez por outra “acaba e ressurge com novas formações”, que sem-pre agradam a cena local. Comemorando os 15 anos de estrada, o grupo se defi ne como uma “uma história cons-truída aos poucos, na base do boca a boca, dos shows inesquecíveis e da inegável qualidade poética das letras”. Os músicos lançaram o single “Betty Boop”, que pode ser ouvido na internet.

POR STÊNIO URBANO

A banda Luneta Mágica está em seu segundo álbum, “No meu peito”, depois do elogiado disco de estreia, “Amanhã vai ser o melhor dia da sua vida”. Os artistas trazem um som bastante consistente e pro-duzido pela própria banda, o novo trabalho traz 11 canções autorais, que marca o amadu-recimento artístico do grupo. A Luneta Mágica apresenta uma mistura entre o rock, o folk e elementos da músi-ca eletrônica. Recentemente, recebeu o prêmio de menção honrosa pelo videoclipe “Lulu”, na terceira edição do Festival

de Audiovisual de Belém 2015.

Prêmio XibéEste ano, o Prêmio Xibé

premiará os melhores músi-cos autorais do Estado do Amazonas. Considerado uma das iniciativas mais envolven-tes da música amazonense, o Prêmio Xibé 2015 vai eleger

os melhores artistas do ano.Ao todo 15 categorias se-

rão agraciadas com menções honrosas. Entre elas, o júri formado por produtores cul-turais, músicos, professores e jornalistas pontuará os indica-dos com base nos seguintes critérios: musicalidade, per-formance/estilo, originali-

dade, criatividade/inovação, popularidade/carisma, versa-tilidade e sonoridade.

Serão premiados baterista, baixista, vocalista, guitarrista, DJ, além da melhor banda e melhor música de 2015. As votações seguem até o fi m do mês pelo www.premioxibe.com.br/votacoes.

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SERVIÇO

QUANDO: dia 12 de de-zembro (sábado)ONDE: Pavilhão do Studio 5 (avenida General Rodrigo Otávio, Distrito Industrial)QUANTO: Pista 1° Lote R$ 60; Área Vip 1° Lote R$ 200 com Open Bar de água, refrigerante, cerveja, caipirinha e caipiroska até às 3h. Entrada diferen-ciada. Bares e banheiros exclusivos. Acesso ao Front Stage. Vendas somente para maiores de 18 anos (preços de meia-entrada)VENDAS ANTECIPADAS: www.fabricaingressos.com e Centrais da Fábrica de Eventos no Amazonas Shopping, Shopping Cidade Leste e Sumaúma Park Shopping.

CABARÉ � COM LEO�NARDO E EDUARDO COSTA

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AÇÃO

Leonardo e Eduardo Costa trazem turnê para ManausShow de DVD gravado em São Paulo chega em dezembro para o público manauense, com assinatura da Fábrica de Eventos

Com uma pegada ro-mântica e intimista, os sertanejos Leonardo e Eduardo Costa inicia-

ram o projeto intitulado “Caba-ré”, em São Paulo. A gravação do DVD reuniu apenas 400 pessoas, entre amigos e con-vidados, e fãs escolhidos por meio de sorteios. Um ano após a gravação, que aconteceu em setembro de 2014, esse “Caba-ré” se tornou o mais famoso e mais querido do Brasil.

Em turnê nacional desde en-tão, os sertanejos chegam a Manaus no dia 12 de dezembro. O show que acontece no Pavilhão do Studio 5 Festival Mall encerra em grande estilo o calendário de atividades da Fábrica de Eventos no ano de 2015.

No show especial para a grava-ção do DVD, saíram os clássicos de Leonardo e Eduardo Costa e entraram canções românticas dos anos 1980 e 1980, principal-mente. São músicas que fi zeram sucesso nas vozes de Chitãozi-nho e Xoxoró, João Mineiro & Marciano, Teodoro & Sampaio, Milionário & José Rico, Reginaldo Rossi, Amado Batista, Waldick Soriano, entre outros.

‘Moulin Rouge’ O cenário usado na gravação

do DVD é o mesmo levado para a turnê. Todo em tons de verme-

lho, com escadas, letreiros lu-minosos e cortinas plissadas, o que lembra aqueles cabarés dos fi lmes antigos de Hollywood. Idealizado por Zé Carratu, o Cabaré de Leonardo & Eduar-do Costa conta ainda com um bailado fi xo de seis bailarinas e coreografi a assinada por An-dréa Santos, com danças são bem sensuais, inspiradas nas apresentações de dançarinas dos mais famosos cabarés do mundo, como o Moulin Rouge.

Em apenas 15 dias após a estreia do DVD ‘Cabaré de Leo-nardo & Eduardo Costa’, o mes-mo atingiu a marca de 150 mil cópias vendidas, o que rendeu de imediato um DVD de Platina Triplo aos sertanejos. Com a venda de CDs, o Cabaré já soma mais de 400 mil cópias.

Outros rumosÉ inegável o sucesso do pro-

jeto ‘Cabaré’, tanto que os cantores Leonardo e Eduardo Costa já pensam em uma ex-tensão do trabalho. Outro CD e DVD estão cotados para entrar na rota de sucesso da dupla de sertanejos, com gravações previstas para este ano.

Há rumores que o ‘Cabaré 2’ será gravado no dia 23 de dezembro ainda deste ano, mas ainda sem local e repertório de-fi nidos. Mas a única afi rmação

que os cantores fi zeram acerca do segundo trabalho foi a músi-ca “Telefone Mudo”, que os fãs pedem muito.

A turnê ‘Cabaré com Leo-nardo & Eduardo Costa’ chega a Manaus no dia 12 de de-zembro, no Pavilhão do Studio 5 Festival Mall.

Gravação de DVD foi

apenas para amigos mais

próximos

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TV TudoPonto de vistaAté por se tratar de um

brinquedo caro, a televisão está muito longe de se tornar um quintal para aventurei-ros. Não há e nem pode haver espaço para eles. Se o pro-fi ssional não tiver bagagem, respeito do público e do mer-cado, não vai chegar a lugar nenhum, mesmo dispondo de uma certa estrutura. Pode até “enrolar” algum tempo, mas o desfecho é sempre o mesmo, já conhecido.

Ponto de vista 2Isto vale para justifi car a

longa permanência na tele-visão de nomes como Silvio Santos, Raul Gil, Fausto Silva, Carlos Alberto de Nóbrega e Ana Maria Braga, além de outros. Pessoas que estão aí na estrada, não em função de caras e bocas ou rebolados, mas porque conseguiram pavimentar uma carreira e atingiram um nível de exce-lência ainda perseguido por vários apresentadores.

Vem aí A Globo vai exibir entre

19 de janeiro e 5 de abril, sempre às terças, portanto, a nova temporada do “Tá no Ar”, com Marcelo Adnet e Marcius Melhem. Promessa de novas esquetes, qua-dros e personagens sobre os bastidores e o mundo da

televisão brasileira. O elenco segue o mesmo, com Danton Mello, Luana Martau, Carol Portes, Georgiana Góes, Márcio Vito, Maurício Riz-zo, Renata Gaspar, Verônica Debom e Welder Rodrigues.

EscaladaO jornalismo da Globo con-

vocou Veruska Donato para fazer as férias de Sandra An-nenberg no programa “Como Será?”, exibido nas manhãs de sábado. Uma tarefa que começa em janeiro. No “Hoje”, durante a ausência da mesma Sandra, Evaristo Costa vai to-car os trabalhos sozinho.

Fim de anoDanilo Gentili e Marlei Ceva-

da também irão participar das gravações do especial “Man-são Bem Assombrada” que o SBT exibirá em dezembro. O programa terá como protago-nistas atores que passaram por “Carrossel” e “Chiquititas”.

ReestruturaçãoAs mudanças na Globo

News, canal de notícias da Globo, não têm data para terminar. Mas, segundo o seu pessoal, a grade de pro-gramação, a partir de 2016, estará bem mais competitiva. É o que se espera.

Bate – Rebate• Sophia Abrahão, além da

carreira musical, tem feito testes para o cinema.

• Jorge Fernando iniciou as gravações de “Êta Mundo Bom”, próxima das seis na Glo-bo, em cidade cenográfica...

• ...Ainda não existe previ-são para aos trabalhos em estúdio...

• ...Produção de época es-crita por Walcyr Carrasco, “Êta Mundo Bom” estreia em janeiro.

• Grazi Massafera segue mantida no elenco de “A Sa-grada Família”, substituta de “Velho Chico”...

• ...Na Globo, no entanto, não se descarta participação da atriz em séries ou produções exibidas no “Fantástico”...

• ...Até para que ela não “enferruje”.

• Maurício Destri está nos planos da equipe de “Haja Coração”...

• ...Existem duas opções de personagens para ele.

Viva prepara a volta de Mateus Solano à TV

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Com dezembro logo ali, é de se esperar, a qualquer mo-mento, alguma movimentação no “CQC” da Bandeirantes. Os holofotes miram a bancada do programa, se haverá ou não novas mudanças no quadro de apresentadores.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Rumo à famaEm cenas que serão exibidas a partir de segunda-feira,

em “Totalmente Demais”, na Globo, fi nalmente, Eliza (Ma-rina Ruy Barbosa) vai aceitar a proposta de Arthur (Fábio Assunção) para concorrer ao prêmio do concurso “Garota Totalmente Demais”. Antes de assinar contrato e fi rmar parceria, ela visitará a agência de Arthur, acompanhada de Jonatas (Felipe Simas).

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

Enfi m, a partir desta segunda-feira às 23h15, no canal Viva, com a estreia da nova “Escolinha do Professor Raimundo”, Mateus Solano interrompe suas férias da televisão, após o grande sucesso em “Amor à Vida”, em 2013. Mateus vai voltar como Zé Bonitinho, personagem que fez história com Jorge Loredo, ao lado de outros grandes nomes da televisão, numa série de programas que irá homenagear ao Chico Anysio, mas, ao mesmo tempo, à própria “Escolinha”.

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS CULTURA ING

Se dependesse da vontade dos censores da Índia, James Bond poderia usar e abusar de sua licença para matar, mas teria que diminuir os beijos – pela metade, para ser exato.

O fi lme mais recente da famosa franquia, “007 Contra Spectre”, será lançado sexta-feira na Índia com grandes cor-tes, uma vez que os censores

consideraram os encontros românticos entre Daniel Craig e as coprotagonistas Monica Belluci e Léa Seydoux impró-prios para os espectadores.

“O comitê que tinha que aprovar o fi lme achou algu-mas das cenas de beijo muito longas”, disse uma fonte a par da ação dos censores, que pediram ao estúdio Sony

Pictures para reduzi-las em 50 por cento.

“O estúdio tinha a escolha de aceitar os cortes ou pedir um certifi cado A, que reduz signifi cativamente o alcance e a exibição”, acrescentou.

O Conselho de Censores é controlado pelo governo da Ín-dia e vem se mostrando avesso a fi lmes com cenas de sexo.

JAMES BOND

Índia censura cenas de beijo

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Jogos Vorazes: A Esperança – O Final: EUA. 14 anos. Após assumir o papel do Tordo, o símbolo da Revolução, Katniss Everdeen, seus amigos e os habitantes do Distrito 13 se engajam na batalha contra a autocrática Capital e seu líder, o Presidente Snow. Cinépolis Ponta Negra 1 – 15h (3D/dub/diariamente), 18h, 21h (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 3 – 17h (dub/diariamente), 14h, 20h (leg/diariamente), 23h (leg/somente sábado), Cinépolis Ponta Negra 4 – 18h20 (3D/dub/diariamente), 15h20, 21h20 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 19h15 (3D/dub/diariamente), 16h15, 22h15 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 9 – 14h20, 17h20 (dub/diariamente), 20h20 (leg/diariamente); Kinoplex 3 – 13h, 15h45, 18h30, 21h15 (3D/dub/diariamente), Kinoplex 5 – 15h, 17h50 (3D/dub/diariamente), 20h40 (3D/leg/diariamente).

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AÇÃO

“Eliana” traz variedades para telespectador do SBT no início da tarde

ÁRIES - 21/3 a 19/4Na dúvida ou na incerteza, não convém você divul-gar o que pensa. Hoje é um bom dia para cuidar da sua vida espiritual e seguir suas convicções. A vida íntima recebe bons estímulos e é tempo de fazer planos e colocar em ação. Carta do dia: A Torre: Tire de dentro de você toda a insegurança e tristeza, sorria mais.

TOURO - 20/4 a 20/5Tenha cuidado para não criar expectativas demais em algo que nada mais é do que projeto. Seu estado de otimismo pode não se confi rmar nos resultados, principalmente no que toca à sua vida amorosa. É possível que possa sentir pressão, não saia do seu ritmo por nada. Faça apenas o melhor que puder no seu trabalho. Carta do dia: O Mundo: Você pode tudo basta tentar.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Bom dia para estreitar os seus laços com as pessoas da família ou com quem há muito você não vê. Uma

viagem pode ser bem-sucedida neste momento. O setor afetivo recebe boas vibrações do astral. Guie-se pela intuição, mas não deixe de ouvir a opinião de quem tem mais experiência do que você, a humildade em ouvir o outro ajudará muito. Carta do dia: O carro: Só cabe a você tomar a direção.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 A Lua em seu signo preencherá o dia com mais emoção, sonhos e uma dose extra de romantismo. Aproveite para cuidar das necessidades pessoais e também para planejar uma viagem exótica. A conexão positiva da Lua com Urano inspirará um clima de aventura.

LEÃO - 23/7 a 22/8A semana começará mais devagar, não se cobre além das suas forças. A entrada do Sol na sua área afetiva trará posicionamentos mais claros na relação íntima, além de aumentar as chances para um novo encontro. Mas, hoje, prefi ra a companhia dos sonhos e descanse mais!

VIRGEM - 23/8 a 22/9Fé e confi ança: é tudo o que você precisa para chegar aonde quer. Não dê tanta atenção aos detalhes, crie uma meta e não se desvie. Use a sensibilidade que você tem sempre disponível e não se confunda com falsas emoções. Não faça juras de amor pelo simples prazer de usar as pessoas. Carta do dia: A Roda da Fortuna: Acompanhe a evolução das suas ações!

LIBRA - 23/9 a 22/10O dia não será dos mais fáceis, portanto não ceda às pressões e seja rápido para se proteger das investidas e cobranças. No amor não descarte uma boa oportunidade de ser feliz, de uma opor-tuniza a felicidade que bate a sua porta. Valorize outras qualidades além da beleza. Carta do dia: O Imperador: Trabalhe a fl exibilidade e perdão.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11O dia favorece o trabalho. Não deixe de experi-mentar novos métodos e compartilhar as suas

ideias com as pessoas próximas. Bom momento para obter ajuda de pessoas que gosta de você. A dois, um bom diálogo esclarece mal-entendidos e trás o romance ao nível que te do prazer. Carta do dia: O Diabo: explore seus potenciais.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Profi ssionalmente, você não poderá reclamar da sorte. Embora as fi nanças estejam prote-gidas, não é hora de contar com recebimento de herança, pensão, seguro ou venda de imó-vel. Convém lutar contra a sua insegurança. Romance com pessoa de outra cidade pode encontrar obstáculos, repense para não se magoar. Carta do dia: A Força: Coragem e determinação marcam este momento.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1Os contatos com pessoas mais experientes ou detentoras de altos cargos estão favorecidos, aproveite para ganhar experiências. No amor: boa fase no relacionamento invista mais na

vida afetiva. Carta do dia: O Diabo: Momento favorável para novos aprendizados e oportuni-dade. A sedução pode nos desviar do caminho da felicidade!

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Se possível, dedique este dia à sua vida pessoal, sem se preocupar com os problemas alheios. Faça exercícios, vá a um salão de beleza, cuide de você. No amor: novos envolvimentos podem acontecer, analise se isso o que deseja! Carta do dia: A Estrela: Se permita sonhar!

PEIXES - 19/2 a 20/3Nem tudo vai sair como planejou. Contudo, não desista e insista na condução dos planos em andamento, alguma difi culdade deve servir de estímulos para atingir o objetivo. No amor: procure compreender a pessoa amada, a melhor forma é se colocar no lugar dela! Carta do dia: O Sol: Embora tudo parecermos confuso, acredite em dias de sol e alegria!

SBT GLOBO3H45 JORNAL DA SEMANA SBT 5H BRASIL CAMINHONEIRO 5H30 TURISMO & AVENTURA 6H15 ACELERADOS 7H CHAVES 9H15 PEQUENOS CAMPEÕES 10H MUNDO DISNEY 11H DOMINGO LEGAL 13H ELIANA 17H RODA A RODA JEQUITI 17H45 SORTEIO DA TELESENA 18H PROGRAMA SILVIO SANTOS 22H CONEXÃO REPORTER 23H ARQUEIRO 0H15 TRUE BLOOD 1H BIG BANG 2H30 IGREJA UNIVERSAL

BAND4H SANTO CULTO EM SEU LAR4H30 DESENHOS BÍBLICOS5H55 DESENHOS BÍBLICOS6H55 RECORD KIDS –TODO MUNDO ODEIA O CHRIS9H DOMINGO SHOW13H30 HORA DO FARO17H30 DOMINGO ESPETACULAR21H A FAZENDA21H45 REPÓRTER EM AÇÃO22H30 ROBERTO JUSTUS +23H15 PROGRAMAÇÃO IURD

4H DRAGON BALL Z KAI6H SANTA MISSA NO SEU LAR7H30 POWER RANGERS7H30 PROGRAMA MASKATE NA TV8H30 QUAL É O DESAFIO?9H45 VERDADE E VIDA10H PÉ NA ESTRADA10H30 PAGUE MENOS SEMPRE BEM11H PORSCHE CUPETAPA DE INTERLAGOS/SP12H OS SIMPSONS“O PEQUENO IMPOSTOR”12H30 BAND ESPORTE CLUBE14H GOL O GRANDE MOMENTO DO FUTEBOL14H30 FUTEBOL 2015 – AO VIVOCAMPEONATO BRASILEIROJOINVILLE X VASCO – DIRETO DA ARE-NA JOINVILLE / JOINVILLE-SC16H50 3º TEMPO18H40 SABE OU NÃO SABE19H40 SÓ RISOS20H40 SÓ RISOS – EXTRA21H20 PÂNICO NA BAND0H15 CANAL LIVRE1H15 WENDELL & VINNIE“VINNIE E O SAPO”1H45 EI ARNOLD!“PHOEBE SE SAI MAL”“A GUERRA DO PORCO”2H05 IGREJA UNIVERSAL

6H26 SANTA MISSA. 7H27 AMAZÔNIA RURAL. 7H55 PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES NEGÓCIOS. 8H29 GLOBO RURAL. 9H26 AUTO ESPORTE. 10H ESPORTE ESPETACULAR. 13H10 ESQUENTA. 15H FUTEBOL 2015 - JOINVILLE X VASCO DA GAMA. 17H TEMPERATURA MÁXIMA - PERCY JACK-SON E O LADRÃO DE RAIOS. 19H DOMINGÃO DO FAUSTÃO. 21H FANTÁSTICO. 23H23 DOMINGO MAIOR - TROPA DE ELITE 2.1H20 ENCERRAMENTO PREVISTO (MANU-TENÇÃO MENSAL)

RECORD

Programação de TV

CruzadinhasCinema

Horóscopo

ESTREIA

ESTREIAS

Aliança do Crime: EUA. 16 anos. Cinépolis Ponta Negra 8 – 22h (leg/diariamente).

Como Sobreviver a um Ata-que Zumbi: EUA. 14 anos. Cinépolis Ponta Negra 8 – 14h30, 19h40 (dub/diariamen-te); Kinoplex 4 – 17h20, 19h30, 21h40 (dub/diariamente).

Amizade Desfeita: EUA. 16 anos. Cinépolis Ponta Negra 6 – 21h30 (dub/diariamente).

O Reino Gelado 2: RUS. Livre. Cinépolis Ponta Negra 6 – 14h50, 17h30, 19h30 (dub/dia-riamente); Kinoplex 4 – 13h40,

15h30 (dub/diariamente).

007 Contra Spectre: EUA. 14 anos. Cinépolis Ponta Ne-gra 2 – 22h (leg/diariamen-te), Cinépolis Ponta Negra 7 – 15h30, 18h40 (dub/diariamen-te), 21h50 (leg/diariamente); Ki-noplex 1 – 15h, 18h, 21h (dub/diariamente).

O Último Caçador de Bru-xas: EUA. 14 anos. Cinépolis Ponta Negra 8 – 16h40 (dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 20h30 (leg/diaria-mente); Kinoplex 2 – 14h20, 16h40, 19h, 21h20 (dub/dia-riamente).

Atividade Paranormal – Dimensão Fantasma: BRA. 14 anos. Cinépolis Millennium 4 – 21h15 (3D/dub/diariamen-te); Cinépolis Plaza 4 – 19h15, 21h40 (eD/dub/diariamente); Kinoplex 5 – 21h30 (3D/dub/diariamente).

SOS Mulheres ao Mar 2: BRA. 14 anos. Cinépolis Ponta Negra 2 – 16h, 19h (diaria-mente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 15h40, 18h10 (dub/dia-riamente).

Vai Que Cola – O Filme: BRA. 12 anos. Kinoplex 1 – 13h (diariamente).

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AÇÃO

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015D7Plateia

Uma ação inovadora marca a campanha Cabe-leireiros contra Aids 2015. No dia 1º de dezembro, Dia Internacional da Luta contra Aids, será realizado o Salão Solidário, onde salões parceiros de todo o Brasil se unirão em prol de uma causa nobre. Em Manaus, o salão que aderiu à campanha foi o Amanda Beauty (sho-ppings Millennium, Ponta Negra e Manauara).

Os principais cabeleirei-ros doarão seu tempo e talento durante este dia para realizar cortes e toda a renda arrecadada com o serviço será revertida para a Sociedade Viva Cazuza, que cuida de crianças por-tadoras do vírus HIV/Aids.

Para compartilhar a im-portância dessa iniciativa, nós propomos usar toda a atitude que existe dentro de você para realizar uma corrente do bem. A cam-

panha estará presente nas redes sociais, onde convida todos os seus seguidores a usar divulgar a ação em sa-lões próximos e postarem mensagens sobre preven-ção à Aids direcionada para a ação usando a hashtag #cortecontraaids

Em 2014, a Campanha arrecadou R$ 60 mil em um dia. No total, 62 salões de Norte a Sul do Brasil participaram do Salão So-lidário. Foram realizados 5 mil cortes com o apoio de 700 cabeleireiros.

O Programa de Educa-ção Preventiva Contra a Aids começou em 2001 na África do Sul. Mas foi lançado mundialmente em 2005, com a assinatura, em Paris, de um acordo entre a presidência da L’Oréal Divisão de Produ-tos Profi ssionais e a Unes-co. O Brasil foi um dos primeiros países a aderir à campanha, em 2006.

SOLIDARIEDADE

Ação social mobiliza salões de beleza contra o HIV

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AÇÃO

Artista promete um show mais intimista e interativo para o público local, no dia 18 de dezembro. Ingressos já estão à venda na bilheteria e internet

Zeca Baleiro comemora 5 anos do Teatro Manauara

O cantor e compositor maranhense Zeca Ba-leiro vem a Manaus fazer única apresen-

tação, com show em formato intimista com mais interação com o público. Canções auto-rais e de seu repertório afetivo são valorizadas em arranjos contagiantes, que estarão na apresentação do artista, em comemoração aos 5 anos do Teatro Manauara, no dia 18 de dezembro, às 21h. Os ingressos já estão à venda pelo www.ingresse.com e na bilheteria do teatro, localizada no Piso Buriti, do Manauara Shopping (ave-nida Mário Ypiranga Monteiro, 1.300 - Adrianópolis).

Neste formato, além de uma proximidade maior com o públi-co, Baleiro tem mais liberdade e espaço para improvisos, garan-tindo boas surpresas ao longo do show cantando também seus maiores sucessos musicais.

“É um show que permite maior interação com o público, expe-rimentar canções que normal-mente não estão no repertório... Gosto muito deste formato”, comenta Zeca Baleiro.

Zeca Baleiro nasceu em 11 de abril de 1966, em São Luís do Maranhão. Seu primeiro dis-co (“Por Onde Andará Stephen Fry?”) foi lançado em 1997. Desde então, lançou outros nove discos de inéditas, alguns pro-

jetos especiais e oito DVDs. Em 2014 lançou seu primeiro álbum infantil, “Zoró [bichos esquisitos] Vol.1”, que ganhou um aplicativo em DVD com animações em 2015, mesmo ano em que lança o CD e DVD “Zeca Baleiro canta Zé Ramalho – Chão de Giz”.

Artista multifacetado, Zeca Baleiro construiu uma carreira sólida, sempre surpreendendo público e crítica a cada traba-lho. Com melodias certeiras, arranjos elaborados e poe-sia em alta voltagem, Balei-ro apresenta sua espirituosa visão de mundo em canções

originais. Além disso, tem se revelado sagaz intérprete de outros compositores e se en-volvido com novas áreas, como o teatro e a literatura.

Em 2014, Zeca lançou seu segundo livro, “A Rede Idiota e outros textos”, com artigos publicados na revista Isto É e no blog Questões Musicais, da revista Piauí, além de textos publicados em diversos jornais e revistas e outros escritos es-pecialmente para o livro.

Mais informações pelo telefo-ne (92) 3342-8030 e pelas redes sociais do Teatro Manauara no Facebook e Instagram.

Improvisos e “experimentações” fazem parte do formato do show que o artista maranhense traz à cidade

Toda a renda obtida na ação será revertida para “Viva Cazuza”

DIV

ULG

AÇÃO

SERVIÇO

QUANDO: 18 de dezembro (sexta), às 21hONDE: Teatro Manauara (Manauara Shopping)QUANTO: Plateia - R$ 80 e Pista - R$ 60 (preços de meia-entrada)INFORMAÇÕES: 3342-8030 VENDAS: bilheteria do teatro e site ingresse.comREALIZAÇÃO: 5 E Eventos

SHOW DE ZECA BALEIRO

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Page 32: EM TEMPO - 22 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2015D8 Plateia

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