em tempo - 1 de junho de 2014

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 ANO XXVI – N.º 8.372 – DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. MÁX.: 30 MÍN.: 23 TEMPO EM MANAUS ESTAMOS PRONTOS? COPA 2014 DIEGO JANATÃ Senado votará a Lei Menino Bernardo, que estabelece o direito de menores serem educados sem castigos físicos. Política A6 Senadores votam ‘Lei Bernardo’ ANTIVIOLÊNCIA Organizações criminosas têm 5,2 milhões de armas, deixando a população brasileira vulnerável à ação da bandidagem. País B6 O país da organização criminosa ALERTA MEMÓRIAS DE CAMPEÃO O Ponta Negra Shopping promoveu, na manhã de ontem, a abertura da exposição “Brasil, um país, um mundo”, que contou com a presença do pentacampeão mundial Cafu. A mostra reúne um rico acervo de peças históricas do futebol brasileiro, entre objetos, fotos e vídeos. Última Hora A2 O pentacampeão mundial Cafu marcou presença na abertura da exposição em Manaus Ao longo de sua carreira como compositor e letrista, Chico Buar- que (foto) fez uso constante do recurso poético da aliteração, mas seus jogos de palavras vão além. Situada no oeste da Áustria, Innsbruck é passagem obrigatória para quem viaja à Europa. Ela é destinada aos esquiadores, no in- verno, e aos alpinistas, no verão. Estudiosos da Universi- dade Wageningen, na Ho- landa, comprovaram que o chocolate amargo favorece à saúde das artérias. A Orquestra de Câmara do Amazonas e o grupo Immigrant Band estreiam, amanhã, no Tea- tro Amazonas, o concerto “rOCkA – Clássicos do Rock”. PLATEIA As duas maiores obras de mobilidade urbana que a Copa do Mundo deixaria para Ma- naus não vingaram. O BRT não saiu do papel e o monotrilho se tornou inviável. MOBILIDADE Disfarçados de turistas, os re- pórteres Bruno Mazieri e Mella- nie Hasimoto constataram, em bares e táxis, a deficiência no atendimento a clientes que fa- lam outra língua. SERVIÇOS Cinco mil servidores vão com- por o efetivo de segurança que vai atuar de forma direta du- rante os quatro jogos da Copa do Mundo, em Manaus. Mas número pode dobrar. SEGURANÇA A Fifa Fan Fest, que ocorre- rá durante a Copa, terá várias atividades culturais. Além das atrações nacionais, o evento vai abrir espaço também para a música de artistas da região. EVENTOS Política A5, Economia B1, B4, B5, Dia a dia C1 a C8, Plateia D1, Pódio E3, E4 e E5 As últimas novidades no mun- do da informática e da tecno- logia estão na coluna Página Digital. Economia B2 PÁGINA DIGITAL Novidades do mundo tecnológico A paixão pelo futebol e pela seleção envolve o amazonense, mas a es- trutura da cidade ainda deixa a desejar RICARDO OLIVEIRA

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EM TEMPO - Jornal do Grupo Raman Neves de Comunicação

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Page 1: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

ANO XXVI – N.º 8.372 – DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. MÁX.: 30 MÍN.: 23

TEMPO EM MANAUS

ESTAMOS PRONTOS? COPA 2014

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JAN

ATÃ

Senado votará a Lei Menino Bernardo, que estabelece o direito de menores serem educados sem castigos físicos. Política A6

Senadoresvotam ‘Lei Bernardo’

ANTIVIOLÊNCIA

Organizações criminosas têm 5,2 milhões de armas, deixando a população brasileira vulnerável à ação da bandidagem. País B6

O país da organização criminosa

ALERTA

MEMÓRIAS DE CAMPEÃOO Ponta Negra Shopping promoveu, na manhã de ontem, a abertura da exposição “Brasil, um país,

um mundo”, que contou com a presença do pentacampeão mundial Cafu. A mostra reúne um rico acervo de peças históricas do futebol brasileiro, entre objetos, fotos e vídeos. Última Hora A2

O pentacampeão mundial Cafu marcou presença na abertura da exposição em Manaus

Ao longo de sua carreira como compositor e letrista, Chico Buar-que (foto) fez uso constante do recurso poético da aliteração, mas seus jogos de palavras vão além.

Situada no oeste da Áustria, Innsbruck é passagem obrigatória para quem viaja à Europa. Ela é destinada aos esquiadores, no in-verno, e aos alpinistas, no verão.

Estudiosos da Universi-dade Wageningen, na Ho-landa, comprovaram que o chocolate amargo favorece à saúde das artérias.

A Orquestra de Câmara do Amazonas e o grupo Immigrant Band estreiam, amanhã, no Tea-tro Amazonas, o concerto “rOCkA – Clássicos do Rock”.

PLATEIA

As duas maiores obras de mobilidade urbana que a Copa do Mundo deixaria para Ma-naus não vingaram. O BRT não saiu do papel e o monotrilho se tornou inviável.

MOBILIDADEDisfarçados de turistas, os re-

pórteres Bruno Mazieri e Mella-nie Hasimoto constataram, em bares e táxis, a defi ciência no atendimento a clientes que fa-lam outra língua.

SERVIÇOSCinco mil servidores vão com-

por o efetivo de segurança que vai atuar de forma direta du-rante os quatro jogos da Copa do Mundo, em Manaus. Mas número pode dobrar.

SEGURANÇAA Fifa Fan Fest, que ocorre-

rá durante a Copa, terá várias atividades culturais. Além das atrações nacionais, o evento vai abrir espaço também para a música de artistas da região.

EVENTOS

Política A5, Economia B1, B4, B5, Dia a dia C1 a C8, Plateia D1, Pódio E3, E4 e E5

As últimas novidades no mun-do da informática e da tecno-logia estão na coluna Página Digital. Economia B2

PÁGINA DIGITAL

Novidades do mundo tecnológico

A paixão pelo futebol e pela seleção envolve o amazonense, mas a es-trutura da cidade ainda deixa a desejar

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Page 2: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

A2 Última Hora MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

PC tem indicativo de greve

Com mais de 10 anos sem reenqua-dramento salarial, escrivães da Polícia Civil do Amazonas aprovaram indicativo de greve na tarde de ontem. Os 1.750 pro-fissionais reivindicam reajuste salarial de 77% para equiparar, já que é exigido o nível superior para ingresso na carreira.

“Queremos a valo-rização salarial para os policiais civis que estão nas classes de investigador escrivão. A lei exige formação de nível superior desde 2004, mas nosso salá-rio não é equivalente”, explicou o presidente da Associação dos Es-crivães da Polícia (Ade-pol), Odirlei Araújo.

De acordo com Araú-jo, o salário atual dos escrivães é de pouco mais de R$ 3,2 mil, e o reajuste reivindicado é de 77%. “A lei foi reformulada em 2004, e desde lá nada foi fei-to. Queremos sentar com o governo, colocar nossa proposta e en-contrar uma solução”, continuou.

O presidente disse-que tão logo o indica-tivo fosse aprovado, a categoria espera que o governo se pronuncie amanhã. “Queremos começar as negocia-ções da melhor manei-ra possível”, afirmou.

ESCRIVÃES

Portal EM TEMPO acompanha exigências do mercado virtual

Em sintonia com a veloci-dade e exigências dos novos tempos, o Grupo Raman Ne-ves de Comunicação decidiu repaginar o Portal EM TEM-PO, que congrega notícias e entretenimento nos melhores formatos das mídias atuais.

Depois de quase 2 anos em consolidação, a plataforma está de cara nova, em con-sonância com as mudanças que acontecem todos os dias no mundo real e virtual.

Hoje, o Brasil é o oitavo país em números de pessoas conectadas à internet, com mais de 40 milhões no total.

A inclusão digital e a po-pularização de celulares com tecnologia 3G ajudam a expli-car esse salto, que também foi sentido nas redes sociais. Em 8 anos, houve um acréscimo de 800% nesse quesito.

Em vista dessa realidade, o produto, que já vinha re-gistrando boa aceitação do público, passou por trans-formações que o deixaram ainda mais fácil de navegar e se informar.

Desde a última segunda (26), o internauta já pode conferir o salto de qualidade do site www.emtempo.com.br. Novo leiaute e mais espaço para notícias são al-guns dos muitos upgrades do projeto, fruto de três meses de planejamento.

O gerente de mídias do Portal EM TEMPO, Márcio Lopes, destaca que as no-vidades foram acompanha-das por muito trabalho e investimentos do grupo na estrutura do veículo. Para garantir mais velocidade e amplitude de cobertura às notícias do cotidiano da capi-tal, a equipe do Portal dobrou de tamanho.

“Em relação ao conteúdo, hoje há uma interação maior. Temos conteúdo 24 horas por dia. Por isso, o site aumentou sua equipe também. Além disso, todo mundo tem um Facebook, um Google Plus, então, nosso objetivo é atrair esse público das redes so-ciais para o novo portal do EM TEMPO”, destacou.

REPAGINAÇÃO

Novo leiaute e mais espaço para notícias são alguns upgrades

REPR

OD

UÇÃ

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FUTEBOL

Esporte vira tema de exposição

No clima da Copa do Mun-do, foi lançada no final da manhã de ontem, a exposição “Brasil, um país, um mundo”, que ficará aberta ao público a partir de hoje no Shopping Ponta Negra, a partir das 14h. Para esse pontapé inicial, a organização contou com os campeões mundiais Mengál-vio (1962), Ronaldão (1994) e Cafu (1994 e 2002).

Com relíquias como a bola do primeiro Mundial que aconte-ceu no Brasil em 1950, como camisas de épocas diferentes da seleção brasileira e fotos de jogos históricos, a expo-sição tem tudo para agradar os fanáticos por futebol do Amazonas.

Para o ex-jogador do Santos, Mengálvio, essa coleção será uma forma de apresentar para os novos torcedores os atletas que ajudaram a construir a história do futebol brasileiro. “É uma honra participar des-

se lançamento em Manaus. A exposição é importantíssima para manter viva a história de vários jogadores como Zito e Pepe”, disse Mengálvio, que fez parte do ataque da equipe do Santos na década de 1960.

Segundo o curador da expo-

sição, Ricardo Correia, essa co-leção foi planejada para mos-trar ao mundo como o futebol interfere na vida e na cultura dos brasileiros. “Brincamos um pouco de ser Felipão, olhando para a história do futebol bra-sileiro e escolher quais atletas

seriam homenageados. Fize-mos isso com todo carinho. Tentamos mostrar como esse esporte maravilhoso faz parte de nossas vidas. Mostramos a evolução da publicidade, moda, tecnologia no esporte e como isso foi usado para melhorar o jogo”, explicou Correia.

Esperançoso Cafu, capitão do Penta, foi

outro homenageado e se disse honrado por fazer parte desse projeto. Quando perguntado sobre sua expectativa para a Copa do Mundo, ele se mostrou confiante e acredita no sucesso do Brasil nesse Mundial. “Eu sou um cara muito otimista, tenho muita esperança sobre o que vai acontecer com a se-leção brasileira e com o nosso país. Acho que essa Copa vai servir para mostrar ao mundo o potencial do Brasil, não só no futebol, mas no geral. Vencer a Copa das Confederações ser-viu para dar esperança à popu-lação e começamos a acreditar no hexa”, finalizou.

Ronaldão (à esquerda) esteve presente na abertura da mostra que foi aberta ontem

DIEGO JANATÃ

OBJETOSA exposição tem relíquias como a bola do primeiro Mundial que aconteceu no Brasil em 1950, como camisas de épocas diferentes da seleção brasileira e fotos de jogos históricos

A aeronave da Total foi removida por volta das 3h30. Desde o pouso forçado, os terminais 1 e 2 ficaram fe-chados para pousos e de-colagens. A partir das 1h51, segundo a Infraero, por conta de chuva, neblina e ventos fortes, o aeroporto seguiu interditado até 9h55 de sá-bado, quando reabriu para pousos e decolagens.

Nove voos que pousariam em Manaus foram alterna-dos para os aeroportos de Santarém (PA), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO). En-

tre os voos, havia um inter-nacional, original de Miami (EUA), que seguiu para Boa Vista. Dos dez voos afetados, alguns seguiriam para Parin-tins, Campinas (SP), Belém (PA), Porto Velho, Santarém e Rio de Janeiro (RJ).

A aposentada Inês Aryce de Castro, 92, sairia de Manaus na madrugada de sábado, em voo da Gol Linhas Aére-as direto para Goiânia (GO), com chegada prevista para as 7h30. Contudo, familiares informaram que, por conta da mudança nas operações

do Eduardo Gomes, ela teve que seguir voo para São Pau-lo, e chegaria à capital goiana somente às 19h30.

Familiares reclamaram que a empresa não ofereceu apartamento nem alimen-tação à aposentada, como previsto no Código Brasilei-ro de Aeronáutica, reforçado pelo Código de Defesa do Consumidor, o qual deter-mina que qualquer atraso, independente da responsa-bilidade, configura quebra na prestação de serviço e por isso garante assistência.

Além da aeronave que teve trem de pouso danificado ao atingir anta na decolagem em Coari, ventos fortes e chuva ocasionaram mudanças de voos

Pouso forçado e mau tempo fecham aeroporto

Dezenove voos com operações no aero-porto internacional Eduardo Gomes, entre

às 22h20 de sexta-feira até às 7h de ontem, foram prejudica-dos pelo clima e por um pouso de emergência do avião da empresa Total Linhas Aéreas, feito na noite de sexta-feira.

Com quatro tripulantes e 45 passageiros, a aeronave vinha de Coari (a 363 quilô-metros de Manaus) e precisou fazer pouso forçado porque, durante a decolagem, seu trem de pouso colidiu com uma anta que passava pela pista do aeroporto da Provín-cia Petrolífera de Urucu.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), não houve feridos no incidente. Conforme o Corpo de Bombeiros, depois que os tripulantes constataram danos no trem de pouso direito, a aeronave precisou sobrevoar o espaço aéreo de Manaus várias vezes para reduzir o nível de combustível e diminuir o risco de explosão na hora do pouso.

Ambulâncias e veículos do Corpo de Bombeiros realizaram operação de apoio à aeronave que aterrissou com o pneu do trem de pouso furado.

Por causa da aterrissagem de emergência, aeroporto Eduardo Gomes ficou fechado por 11 horas

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Interdição da pista por 11 horas

Dante ficou na zaga no time titular testado por Scolari

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Felipão testa time com Dante no lugar de Thiago

Thiago Silva não deve, mesmo, enfrentar o Panamá na próxima terça-feira (3), no primeiro teste da seleção brasileira após o início da preparação para a Copa do Mundo. Ontem, no primeiro treino coletivo desde a apre-sentação dos jogadores, o técnico Luiz Felipe Scolari testou um time titular com Dante na zaga.

É o mais forte indício de que o capitão da equipe não deve nem mesmo via-jar para Goiânia, local da partida. O técnico já tinha avisado que até quatro atle-tas podem desfalcar o time no jogo. E o zagueiro do PSG tem sido poupado de treinamentos no gramado da Granja Comary.

Até agora, foram sete tra-balhos com bola feitos na

concentração. Thiago Silva participou, na totalidade, de apenas três. Além dele, Júlio César, Marcelo, Maxwell, Fer-nandinho e Oscar chegaram a ser poupados. Na tarde de sexta-feira, por exemplo, os seis fizeram trabalho na aca-demia enquanto os colegas treinavam no campo.

“Depois dos coletivos de sábado e domingo, vamos definir isso (quem será pou-pado). Todos estarão no cam-po, era nossa programação fazer esse trabalho”, afirmou o preparador físico da sele-ção, Paulo Paixão, na sexta.

Além do amistoso contra o Panamá, o Brasil jogará com a Sérvia, no dia 6 de junho, antes da estreia na Copa. O primeiro jogo no Mundial será contra a Croácia, dia 12 de junho, no Itaquerão.

COPA 2014

EMERSON QUARESMAEquipe EM TEMPO

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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Page 3: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 A3Opinião

Agora que não tem mais como esconder o que não foi feito, até o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que já xingou a “metodologia” de trabalho do Brasil nos preparativos para a Copa do Mundo deste ano e depois pediu desculpas, já se conformou com o irremediável e declarou para o mundo ver, ler e ouvir: “Será a minha décima Copa do Mundo seguida e estou empolgado para ir. Eu me sinto como um ator antes de ir ao palco. Será uma ótima Copa do Mundo e estou muito feliz” – de olho em uma reeleição em 2015.

A utopia do legado transformou-se em distopia (a utopia ruim), com agravante de juma propaganda enganosa. Já se sabe que não restará legado, senão uma arena brilhando de nova no meio de um trânsito sem mobilidade e uma elevação nos preços que arruinará, ao menos nos 30 dias do evento da Fifa (numa estimativa otimista), a poupança dos nativos das 12 cidades-sede. Uma pesquisa da TriAdvisor fl agrou Manaus no terceiro lugar entre as sedes mais caras.

Para o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, outro que morde e sopra, “não resta dúvida de que a febre da Copa do Mundo está começando a pegar nos brasileiros e nos milhões de torcedores por todo o mundo. O clima da Copa do Mundo já é evidente até mesmo a milhares de metros de altura”. A “febre” atingiu a presidente Dilma Rousseff . Ontem, em Minas Gerais, ela também já esquecera a propaganda do legado como convincente de que o Brasil era capaz de realizar em 4 o que fi zera em 40. Legado é passado.

“Ninguém, quando voltar do Brasil, sairá daqui e levará na mala estádio, aeroporto, obras de mobilidade urbana, como BRTs [transporte rápido por ônibus] e metrôs. Sabe o que eles podem levar? A gratidão, pela forma como foram tratados. Isso eles levam na mala. O resto fi ca aqui, para nós”, sacramentou com autoridade de presidente.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o professor Alex Bager, da Universidade Federal de Lavras, que criou o “Urubu Mobile”, um aplicativo para a coleta de dados sobre atropelamento de animais nas estradas, de-senvolvido para tablets e smartphones. Todos os anos, 450 milhões de animais morrem atropelados nas estradas brasileiras.

“Urubu Mobile”

APLAUSOS VAIAS

Vem comigo

O convite a Arthur foi feito no dia 23 de janeiro.

Quando Jurgen Klinsmann, técnico da seleção norte-ameri-cana, que joga em Manaus con-tra Portugal na Copa do Mundo, visitou a Arena da Amazônia.

Reconhecimento

Klinsmann veio ao Brasil para uma curta temporada com a seleção para treinos em São Paulo.

E aproveitou a viagem para conhecer as cidades onde seu time vai jogar durante a Copa do Mundo.

Veio, viu e gostou

No encontro com o prefeito, o técnico confessou que gostou de Manaus e fez o convite.

Arthur topou na hora.

Momento histórico

O PCdoB vai dar as mãos ao PSDB.

Pelo menos na literatura. A senadora comunista Vanessa Grazziotin será a “madrinha” do lançamento do livro do tucano Almino Afonso.

Ministro de Jango

“1964 na visão do ministro do trabalho de João Goulart” é o nome da obra do amazonense que será lançado nesta terça, 3, às 18h, na biblioteca do Sena-do, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Peso pesado

Amazonense de Humaitá, o autor de 85 anos deve reunir na casa os principais líderes e per-sonalidades do cenário político de Brasília.

Protagonista

Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora

do requerimento que resultou no convite ao ex-deputado federal e líder do governo Goulart, o lançamento do livro no Senado também é uma homenagem a um político de destaque na his-tória do país.

Incansável

Pauderney Avelino (DEM–AM) não tem medido esforços para defender a Zona Franca em Brasília.

Nas articulações para pressio-nar o governo federal a honrar o compromisso de votar a PEC que prorroga a Zona Franca, o parlamentar se reuniu com o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, na última sexta-feira.

Pé de ouvido

Após o frustrante adiamento da votação, Nogueira foi conver-sar com os representantes dos Ministérios de Ciência e Tec-nologia, Indústria e Comércio e Fazenda.

Também participou da con-versa de pé de ouvido com o ministro da casa Civil, Aloizio Mercadante.

Até que enfi m

Pela primeira vez, foi possível juntar numa única sala os ato-res principais do governo que podem ajudar a por um fi m na questão.

— Mas o caminho será feito por meio do líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS) – admitiu Pau-derney.

Inimigos dos gays

A tradicional lista anual da revista Lado A publicou a lista das personalidades brasileiras que, por meio de ações ou de-clarações na mídia, promovem o preconceito à comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e trans-gêneros no Brasil.

Capa

A reportagem de capa traz o título “Os 10 inimigos públicos dos gays no Brasil”.

Lado A é a mais antiga revista impressa para a comunidade gay brasileira.

Até a Dilma

A presidente Dilma Rousseff consta da lista, e ao que parece, desagrada a ambos os setores sociais.

Os políticos evangélicos se queixam que seu governo es-timula e patrocina a militância homossexual. Já os ativistas gays acusam a presidente de inimiga por não autorizar o “kit gay” nas escolas.

Quem está Dentre as lideranças evangéli-

cas presentes na lista publicada pela revista Lado A, estão os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano (PSC-SP).

Também estão no listão a can-tora Joelma Mendes (vocalista da banda Calypso); o deputado federal João Campos (PSDB-GO) e a psicóloga Marisa Lobo.

Joelma também

Campos é o autor do projeto conhecido como “cura gay” e Marisa é apoiadora.

Já a cantora Joelma, declara-damente evangélica, foi incluída por suas declarações contrárias ao casamento gay.

Chame a Rebecca

Os diretores da Honda Compo-nentes da Amazônia vão elabo-rar um relatório detalhado para entregar à deputada federal Rebecca Garcia (PP/AM).

O documento analisa os pro-blemas que enfrentam em rela-ção à logística e escoamento da produção local.

Para a gerência da Gol em Manaus que, por conta do acidente, que impediu a decolagem de seus voos, não deu hotel e nem alimentação para os passageiros – como manda a legislação da Anac.

Gol Manaus

O prefeito Arthur Virgílio Neto viajou na tarde de sexta-feira para os Estados Unidos.Na terra do Tio Sam, assiste neste domingo ao amistoso da seleção americana contra

a Turquia. Na segunda, o prefeito retorna para o Brasil e vai direto para Brasília, onde participa das articulações para a votação da PEC da Zona Franca de Manaus.

Arthur na terra do soccer

[email protected]

‘O resto fi ca aqui, para nós’

À proximidade da Copa do Mundo de Futebol, o que se vê na TV, nos jornais e revistas são as propagandas de empre-sas industriais, comerciais e de serviços a tentar estimular e incentivar os sentimentos “patri-óticos” nossos, dos brasileiros, numa subliminar tentativa de passar a imagem de que aquela instituição, aquele produto ou serviço se identificam com os anseios e com os sentimentos da torcida. Às vezes, são enti-dades realmente brasileiras, o que nos permite supor que até seja possível alguma sincerida-de e que não apenas se restrinja a uma operação de marketing. Outras vezes, são empresas vin-culadas a outras nacionalidades que também estarão a participar da disputa e cujas matrizes, evidentemente, não farão parte da torcida brasileira. Quem po-derá acreditar, por exemplo, que uma empresa de raízes france-sas pela sua constituição anseia por uma vitória brasileira à custa da derrota da França? O mesmo a dizer de uma Alemanha ou de uma Espanha.

Como em todos os povos, o patriotismo em maior ou menor grau se faz presente e o que gru-pos empresariais tentam fazer é alavancar suas vendas dentro do Brasil, usando a exploração desse sentimento.

E no nosso caso em que o nacio-nalismo facilmente se transmuda em ufanismo, o senso crítico cai ao nível do sofrível e aí se torna de extrema vulnerabilidade.

Ansiamos por um Brasil que justifique o entusiasmo patrió-tico dos brasileiros, mas é im-possível desconhecer que, até o momento, tais motivos não apareceram. Somos um país no qual, quem chegou a se alfabe-

tizar tem enorme chance de ser um analfabeto funcional. Nossos políticos, com as honrosas exce-ções de um ou outro Pedro Simon ou Cristovam Buarque, dão as costas ao bem da sociedade e correm atrás do seu próprio. Pesquisas mostram que nossos jovens vão muito mal quando avaliados em sua capacidade de inferir. Nosso patrimônio cul-tural, quando sai do plano do simples artesanato, se revela de muita pobreza, embora com episódios de brilho que geral-mente passam despercebidos e desvalorizados pelos próprios brasileiros.

Imagino que, se tivéssemos um acervo cultural ao nível da França, com seus romancistas, dramaturgos, pintores, músicos e filósofos, talvez nos tornásse-mos mais sensíveis.

Ter um Beethoven, um Wagner, um Goethe, um Heidegger, um Kant e quantos mais desse nível, deveria levar os alemães à crença de que são realmente superiores, mas, felizmente, nem todos eles se chamam Adolf Hitler.

O esforço fundamental seria levar o nosso povo a se nivelar por cima. Criar condições para que dele emerjam autênticos talentos e paralelamente que os acompanhe e assimile o salto de qualidade.

Isso é absolutamente possível. Afinal, o Chile tem dois prêmios Nobel de literatura (Pablo Ne-ruda e Gabriela Mistral), o Peru tem um (Mário Vargas Llosa), a Colômbia tem Gabriel García Márquez, a Guatemala, Miguel Ángel Asturias.

Investir mais em Educação tem sido a fórmula do sucesso mundo afora, tanto para elevar cultu-ralmente um povo, quanto para alavancar a sua economia.

João Bosco Araú[email protected]

João Bosco Araújo

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPO

Patriotismo e ufanismo

[email protected]

E no nosso caso em que nacionalismo facilmente se transmuda em ufanis-mo, o senso crítico cai ao nível do sofrí-vel e se torna de extrema vulnerabilida-de. Ansiamos por um Brasil que justifi que o entusiasmo dos brasilei-ros, mas é impossível desconhecer que, até o momento, tais motivos não aparece-ram”

DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO

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Page 4: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Frase

Maio passou e deixou no ar a atmosfera mariana que o marca. Ele é também mês das mães, das noivas, das fl ores, do trabalho. Nele, celebramos a festa de Maria Auxiliadora dos cristãos, uma devoção que veio de tempos violentos de guerras entre cristãos e infi éis pela hegemonia religiosa na Europa. Nos tempos moder-nos foi assumida por Dom Bosco e seus fi lhos e fi lhas.

Convidado para celebrar a sua festa, numa obra sale-siana, fui envolvido por uma atmosfera juvenil como pou-cas vezes acontece. Chegando ao Pró-Menor, instituição já tradicional em Manaus, en-contrei-me com mais de mil jovens envolvidos numa gin-cana mariana. O ambiente era de festa e cada equipe tinha bandeiras de diferentes países, o que lembrava Copa do Mun-do, mas também fraternidade universal. As equipes vibravam num espírito de camaradagem tão próprio da juventude. Os jovens que ali passam frequen-tam cursos profi ssionalizantes e, em geral, estão em pro-gramas de aprendizagem nas empresas de Manaus.

O ambiente não era de esco-la comum, mas de uma grande família. Além de profi ssionali-zação, deu para sentir que ali se vive a alegria da juventude, tempo de sonhos, de ideais, de descobertas, de entusiasmo e generosidade. A pedagogia salesiana era visível na pre-sença tranquila do diretor e dos assistentes e educadores que com o olhar terno e exi-gente como é próprio de quem ama a tudo supervisionavam e davam segurança, permitin-do aos jovens experimentar

uma liberdade que leva à realização pessoal quando vivida dentro dos limites da responsabilidade por si e pe-los outros.

Sai revigorado na minha fé e na minha esperança, e consciente de que havia tes-temunhado o reinado de Deus que já está entre nós. Pre-senciei o presente e o futuro que se encontram nesta idade tão bela e tão dramática. Esqueci, por uns momentos, da realidade trágica de jovens assassinos e assassinados, tomei consciência de que somos nós, os adultos, que, às vezes, nos comportamos como lobos vorazes e des-truidores de sonhos e revivi os sonhos de Dom Bosco, sentindo a urgência de prio-rizarmos crianças e juventude nos nossos planos de pastoral e nas políticas públicas, senti um santo orgulho de ser parte de uma igreja que produz tantos frutos de santidade, de solidariedade e de paz.

Percebi na presença nume-rosa de jovens que frequen-tam outras comunidades eclesiais, que na juventude repousa também a esperan-ça de um mundo plural, que respeita diversas expressões culturais e religiosas. Toda a agitação era presidida por Maria, cuja imagem foi tra-zida com alegria e respeito na procissão que deu início à eucaristia solene, seguida por todos, com respeito e com os silêncios previstos no rito. Senti a responsabilidade de ser pastor e ao mesmo tempo uma gratidão imensa por todos os que gastam suas vidas para que jovens possam viver.

Dom Sérgio Eduardo [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

Percebi na presença numerosa de jovens, que frequentam outras co-munidades eclesiais, que na juventude repousa tam-bém a espe-rança de um mundo plural, que respei-ta diversas expressões culturais e re-ligiosas. Toda a agitação era presidida por Maria, cuja imagem foi trazida na procissão”

Auxiliadora

Olho da [email protected]

Beco do Bragança. Igarapé do Bragança. Tudo se confunde na rua da Cachoeira, ao lado da ponte direita de quem sobe a ladeira do bairro São Jorge. A terra vira água. E, é na linha d’água que a criança aprende a ler as letras magras do seu destino, entre o rio e a rua, a terra e a água. Aprende mais: o caminho frágil das tábuas.

Quando se diz que falta água na cidade de São Paulo porque falta chuva, isso é uma masturbação

paraguaia. Falta água porque não foram buscar nos devidos mananciais e porque a rede da cidade é uma peneira: 30% do que se capta é perdido. Há 20 anos essa rede está furada e há 20 anos não

se troca essa rede no governo dos tucanos

Paulo Maluf, deputado federal (PP-SP), que responde a processos por corrupção e crimes fi nanceiros, criticou o tucano Geraldo Alckmin e selou a aliança do seu partido com o petista

Alexandre Padilha, que concorrerá ao governo paulista.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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EM Tempo OnlineYndira Assayag — MTB [email protected] GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

DIEGO JANATÃ

PainelVERA MAGALHÃES

Na conversa que tiveram na última segunda-feira, Aécio Neves disse a Geraldo Alckmin que não seria obstáculo à aliança do governador com o PSB em São Paulo. Antes refratário à ideia de dividir o palanque paulista com Eduardo Campos, o mineiro decidiu incentivar o acerto como um gesto de reaproximação com o adversário, que desfez o pacto de não agressão mútuo. Com isso, espera pavimentar o caminho para um acordo caso um deles vá ao segundo turno contra Dilma Rousseff .

Novela Nas últimas conver-sas, emissários do PSB pediram aos tucanos para empurrar a decisão sobre uma possível aliança em São Paulo para o fi nal desta semana.

Janela O partido, que sempre quis a vice de Alckmin, passou a considerar a possibilidade de lançar o candidato ao Senado na chapa, o que lhe daria a chance de mostrar o número na TV e fazer campanha para Campos no maior colégio eleitoral.

Moderno Petistas preocupa-dos em dissociar o apoio do PP a Alexandre Padilha de Paulo Maluf adotaram o discurso de que o partido não se resume ao cacique. Citam até dados: dos 28 prefeitos da sigla no Estado, 16 seriam “jovens” de menos de 50 anos.

Virou O PT, que apostava que Gilberto Kassab (PSD) não selaria aliança com Alckmin, viu na desistência de Henrique Mei-relles de concorrer ao Senado um sinal de que o ex-prefeito desistiu de ser candidato ao governo.

Missão... Caciques do PMDB querem que Lula viaje a suas

bases eleitorais para apoiar os candidatos do partido antes das convenções estaduais. O obje-tivo é domar o PT e garantir o apoio da sigla a candidatos peemedebistas.

... de paz Em troca, a cúpula do partido promete apoio irrestrito à reeleição de Dilma. O “roteiro” imaginado pela cúpula do PMDB para o ex-presidente inclui Ala-goas, Paraíba e Maranhão.

Sumário Ministros do Supre-mo avaliam que a passagem do julgamento de processos contra parlamentares do plenário para as turmas dará mais rapidez às decisões. As turmas, que só têm cinco membros e cujas sessões não são exibidas ao vivo na TV Justiça, têm uma dinâmica muito mais ágil.

Sumário 2 Os mesmos in-tegrantes da corte acreditam que, como o STF passou a ser mais duro no julgamento de políticos, a mudança pode ser um estímulo para o Congresso querer acabar com o foro pri-vilegiado.

Cafeína Instalada a CPI mista da Petrobras, o governo concluiu que, dada a magra vantagem

que tem na composição do colegiado, qualquer cochilo da base aliada pode culminar na aprovação de convocações ou pedidos de quebras de sigilo que podem desgastar o PT e a gestão Dilma Rousseff .

Grande... Entre os 551 reque-rimentos apresentados na CPI, estão convocações da própria Dilma e de José Carlos Bumlai, compadre de Lula, além da que-bra do sigilo bancário de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. “Só faltou o papa Francisco”, diz um integrante da comissão.

... elenco Os governistas apostam que haverá uma ba-talha entre o PMDB da Câmara e do Senado sobre a con-vocação de Sérgio Machado, presidente da Transpetro. Ele é aliado de Renan Calheiros, mas considerado desafeto dos deputados da sigla.

Sangria O comando do PT paulista convocou reunião extraordinária na segunda-feira para discutir o caso de Luiz Moura, deputado que participou de encontro com integrantes do PCC. Incomo-dados, os petistas tentam dar celeridade ao processo.

Bandeira branca

Contraponto

Médicos de Lula, Dilma e Alckmin, David Uip, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, e Paulo Hoff , diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, fi caram presos no trânsito há duas semanas quando se dirigiam para um evento com o governador em Osasco.Dois quilômetros antes do local, de terno e gravata e sob intenso calor, o secretário decidiu descer do carro e caminhar a pé, e foi seguido por Hoff. Andando apressa-do por um viaduto, o infectologista foi abordado por um cidadão que cruzava em sentido contrário e disparou:- É, doutor, não está fácil pra ninguém, hein?

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Médicos sem fronteira

Tiroteio

DE EDSON BARBOSA, marqueteiro do PSB, ao justifi car que Eduardo Campos deverá crescer nas sonda-gens de intenção de votos a partir de setembro.

A maioria só vai pensar em eleição depois da Copa. Até lá, as pesquisas só servem para mostrar o crescente enjoo com o governo.

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 A5Política

E o legado da Copa, qual é?Sete anos depois de o Brasil ter sido confirmado como sede dos jogos do Mundial e 5 anos de Manaus ter sido escolhida como uma das 12 subsedes do evento, os questionamentos sobre a concretização das promessas começam a incomodar

Faltando apenas 13 dias para o primei-ro dos quatro jogos que Manaus sediará

na Copa do Mundo 2014, po-líticos amazonenses fazem o balanço final do legado que o evento deixará para o Estado. Sem ter emplaca-do o extenso plano de mo-bilidade urbana vendido à exaustão nos últimos 5 anos, o tão comentado legado, se-gundo governistas e oposi-cionistas, ficou incompleto. Entretanto, os entrevistados pelo EM TEMPO são unâni-mes em afirmar que a expo-sição da cidade ao mundo e a potencialização do tu-rismo são itens que devem ser comemorados.

O encalhamento das obras de mobilidade urbana não só na capital amazonense como em outras cidades-sedes tem contribuído para a tensão do governo com o surgimento de novos pro-testos no país, a exemplo dos que foram vistos em junho e julho do ano passado. Nos últimos dias, centenas de eventos contra a Copa foram criados por usuá-rios da internet em todo o território brasileiro. Em Manaus, o evento “grande festa de inauguração do monotrilho” – ironia sobre a não concretização des-te projeto - já reúne qua-se 12 mil usuários da rede social Facebook.

O protesto marcado para 12 de junho, dois dias antes do primeiro jogo em Manaus, irá lembrar de duas promes-sas vendidas pelo governo do Estado à época, durante

a assina-tura dos pacotes de obras di-recionados para aten-der ao pa-drão-Fifa: o monotri-lho, orçado em 2009

em R$ 1,4 bilhão e pro-metido para inaugurar em dezembro do ano passado e também do BRT (Bus Ra-pid Transit), que foi orçado em R$ 260 milhões e com previsão de entrega por volta de março deste ano,

caso tivesse começado a ser construído em dezembro de 2011.

Para o ex-prefeito de Ma-naus e pré-candidato a de-putado estadual pelo PSB, Serafim Corrêa, o legado da Copa na cidade é tra-duzido na Arena da Ama-zônia, na ampliação do ae-roporto e nos dois estádios que foram reformados para atender às exigências da Fifa: o do Coroado, Zona

Leste e o da Colina, São Rai-mundo, Zona Oeste. “Esse le-gado é infinitamente menor do que o que se esperava, com obras de mobilidade urbana”, frisou.

Também do PSB e pos-tulante ao governo do Es-tado, o deputado estadual Marcelo Ramos vai além. “Gastou-se muito mais do que deveria sem ter in-vestido nessas obras tão indispensáveis”, criticou.

No último dia 16 de maio, o ex-governador e pré-can-didato ao Senado, Omar Aziz (PSD), quem respondeu pela construção dos comple-xos da Copa durante todo o período em que esteve à frente do Executivo, admi-tiu que o investimento não representou as prioridades do Estado. “Eu fiz porque fo-mos obrigados. Mas, se eu tivesse que escolher, não teria. A gente vê as ne-cessidades do povo, sabe-mos que há muita coisa faltando”, observou.

Quem também não cita as obras de mobilidade urbana quando se fala em legado da Copa é o governador e pré-candidato à reeleição, José Melo (Pros). Em março deste ano, Melo disse que as obras entregues já fornecem um complexo de turismo e de ne-gócios ao Estado. “Podemos citar estruturas no entorno da arena, onde tivemos que fazer investimentos no sam-bódromo, na Vila Olímpica e na construção de um grande Centro de Convenções. Por-tanto, hoje o Amazonas terá um grande complexo esporti-vo, cultural e de negócios”.

Não tivemos todos os projetos previstos

executados. Mas, sem dúvida, a Copa do Mundo deixará o seu legado positivo

a Manaus

Eduardo Braga, senador da República

No dia 14 de fevereiro deste ano, em visita oficial a Manaus, a presidente Dilma foi conhecer a Arena da Amazônia antes de sua inauguração. Estádio é apontado como um dos legados da Copa

Para o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), o le-gado será a abertura de novas portas econômicas para a capital. “Manaus será vista pelo mundo in-teiro. Várias lendas e más informações serão dissi-padas. Agora temos como receber turistas de forma mais fácil, com voos dire-tos. E mais, não tivemos essas obras importantes, mas conseguimos me-lhorar nossas ruas, cal-çadas e a aparência da cidade. Há autoestima em Manaus”, atenuou.

Na avaliação do 1º vice-presidente da Câmara Mu-nicipal de Manaus (CMM), vereador Sildomar Abtibol (Pros), os problemas de mobilidade urbana pode-rão ser resolvidos no futuro com os novos investimentos bilionários anunciados pelo governo federal. “A Câmara já está preparando os deba-tes do Plano de Mobilidade, que deverá ser finalizado em breve. Essa é uma prioridade da prefeitura”, informou.

Responsável pelo controle das contas públicas, o presi-dente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Josué Filho, acredita que as obras que não foram en-tregues ficarão como res-ponsabilidades futuras. “Não há nenhum país no mundo que tenha sediado uma Copa e depois se ar-rependido. Quem vai dizer se tem legado ou não é o país. Fiquei encantado com a propaganda positi-va que vi sobre o evento no exterior e desencantado com esse pessimismo que é visto aqui”, lamentou.

Arthur aponta desenvolvimento

Convite que circula nas redes sociais ironiza as obras anunciadas

MOBILIDADEDentre os projetos de mobilidade urbana para atender às exi-gências da Fifa, ne-nhum se concretizou. Monotrilho e BRT, que seriam feitos pelo governo e prefeitura não saíram do papel

Principal defensor de ter Manaus como uma das 12 subsedes da Copa do Mundo e governador à época em que a Fifa anunciou a escolha por Brasil, o senador Eduardo Braga (PMDB) defende o legado que o Mundial vai trazer ao país e à capital amazonense.

Segundo ele, o legado começou antes mesmo do evento, com a gera-ção de 1,3 mil empregos somente na construção da Arena da Amazônia. “No setor da construção civil, a geração de empre-gos deu um salto com a construção de dez novos hotéis erguidos em Ma-naus desde o anúncio da Copa em nossa cidade, em maio de 2009”.

Braga também enu-mera conquistas no se-tor industrial associado à realização deste even-to esportivo na cidade. “Nossas fábricas de te-levisores bateram todos os recordes de produção. Só a coreana Samsung produziu 3 milhões de televisores de última ge-ração. No comércio local, os empresários também festejam as vendas de televisores”, frisou.

Braga sai em defesa dos benefícios

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RICARDO OLIVEIRA

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Descontrolado, Vargas agora xinga os petistas

É genuína a revolta do deputado paranaense André Vargas, por ter sido abando-nado pelos ex-correligioná-rios do PT, após vir à tona suas relações promíscuas com Alberto Youssef, doleiro preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Nervoso, descontrolado, ameaçador, ele aborda pessoas que nem conhece para desabafar con-tra os ex-“cumpanhero”. Dias atrás, foi um jornalista que ouviu o seu desabafo.

XingamentosAndré Vargas não poupa

adjetivos contra Rui Falcão, presidente do partido, e a pre-sidenta Dilma, chamando-os de “canalha”, “vaca” etc.

Destino inevitávelApós renunciar à vice-presi-

dência da Câmara, André Var-gas não está otimista quanto ao próprio futuro. Acha que será cassado. Por perjúrio.

Fala, VargasA revolta à fl or da pele

pode fazer de André Vargas um aliado decisivo dos opo-sitores de Dilma, na eleição. Ele parece louco para abrir o jogo.

IsolamentoCândido Vaccarezza (PT-

SP), também citado na Ope-ração Lava Jato, é um dos poucos amigos que restam a André Vargas.

PP ‘fechou’ restaurante para almoçar com Dilma

O Partido Progressista (PP) fechou o restaurante “Le Jar-din”, do Clube de Golfe de Brasília, para um almoço com a presidenta Dilma, na terça (27), e ainda autorizou a ge-rência a cobrar o que quises-se. O valor da conta ainda é um mistério, todos a escondem,

inclusive o restaurante, mas um deputado do PP acha que não saiu por menos de R$ 60 mil. Tudo por conta do fundo partidário, abastecido com dinheiro público.

A conta é suaO Palácio do Planalto con-

fi rmou o almoço e que a conta foi paga pelo PP. Mas o presidente do PP perdeu a compostura ao ser ques-tionado.

Um gentlemanIndagado sobre o custo

do almoço, o presidente do PP, Ciro Nogueira, irritou-se: “Veja na prestação de contas do partido”. E desligou na cara.

Garoto de recadosO ministro Gilberto Carva-

lho não sabe como fazer para entregar a Dilma, sem levar grito, carta de 32 sindicatos pedindo reajuste salarial.

Famoso quem?Julio Delgado (PSB-MG), fi -

cou perplexo ao ouvir de Xuxa a pergunta “quem é Eduardo Campos?”, quando levou a ela o pedido de desculpas do presidenciável do PSB pelas grosserias do Pastor Eurico (PSB-PE).

ConfessionárioInformações atribuídas

à Operação Lava Jato dão conta de que as relações do deputado Arthur Lira (PP-AL) com Alberto Youssef, o do-leiro, são tão íntimas que até discutiam os respectivos casamentos.

Virou a canoaO atual governador do

Piauí, Zé Morais Filho, concorrerá à reeleição. O deputado Marcelo Castro (PMDB) ficou tão atordo-ado com o revés que nem sequer voltará a disputar

um novo mandato. Vai lan-çar o filho.

Os ‘culpados’Após divulgar o pibinho de

0,2%, a equipe econômica correu para apontar os cul-pados. Alegaram desde “fator conjuntural” até bancos que-rendo ganhar dinheiro com juro alto. Mais fácil olhar no espelho.

Pedido que é ordemO presidenciável Aécio Ne-

ves pediu ao amigo Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) para ajudar a reeleger Cícero Luce-na ao Senado, abandonando qualquer acordo fechado com Wilson Santiago (PTB).

Rebeldes na causaO PMDB-MS marcou para a

próxima quinta (5) um ato pró Eduardo Campos (PSB-PE) à Presidência, com a presença dos independentes Pedro Si-mon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE) e Ricardo Ferraço (ES).

Rumo ao plano BNo Alvorada, a senadora

Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-oposicionista, abriu o coração para Dilma: difi cilmente será candidata à reeleição, em ra-zão da briga com o ex-gover-nador Siqueira Campos, que ambiciona o mandato dela. O plano B de Kátia é disputar o governo de Tocantins.

Um exagero sóÀs vésperas da Copa, a Recei-

ta Federal no aeroporto de Bra-sília tirou do sério importante delegado da PF, cuja esposa teve o computador pessoal, com três anos de uso, retido após voltar do exterior.

Pensando bem......com blindados de guerra

e 170 mil policiais ostensiva-mente armados, não parece Copa do Mundo, mas estado de sítio.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Vai demorar alguns séculos paraa gente virar uma Alemanha”LULA, ex-presidente, adotando um discurso

longe do ufanismo que o caracteriza

PODER SEM PUDOR

O papa na campanhaApós uma derrota para o Senado,

Américo Farias candidatou-se ao go-verno de Santa Catarina, apesar das escassas possibilidades, e visitava Rio do Sul, no Vale do Itajaí, quando encon-trou o deputado Alexandre Traple:

- Como vai, meu senador? – saudou-o o deputado, simpático.

- O senhor está falando com o futuro governador!... – cortou Farias.

Traple não resistiu à piada:- Piacere, sone il papa (Prazer, eu

sou o papa).

‘Dirceu terá chance de trabalhar’O presidente nacional do

PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), disse acreditar que, após a saída do presi-dente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Jo-aquim Barbosa, o ex-mi-nistro da Casa Civil, José Dirceu, terá maior chance de conseguir autorização para trabalhar.

“Embora o ministro Mar-co Aurélio tenha recusado, liminarmente, eu acredito que pode predominar no Supremo a orientação que

vigora há muitos anos de que aqueles que são con-denados ao regime semia-berto têm o direito de tra-balhar”, disse Falcão.

Na terça-feira, 27, Mello rejeitou ação na qual o partido pedia ao STF que reconhecesse o direito ao trabalho de presos do sistema semiaberto, inde-pendentemente do tempo de pena cumprido.

Em decisão anterior, Barbosa havia negado a Dirceu a autorização de tra-

balhar, com base no artigo 37 da Lei de Execuções Penais, que dá permissão para a atividade externa apenas a partir de cum-primento mínimo de um sexto da pena.

“Nós fizemos, por meio do advogado em Brasília, uma consulta ao Supremo sobre a validade ou não do artigo 37”, afirmou o presidente nacional do PT e deputa-do estadual por São Paulo, dizendo que ainda espera resultado dessa consulta.

DIZ RUI FALCÃO

UNIASSELVI

Casa irá fazer na próxima semana um esforço concentrado para colocar em votação projetos pendentes no Legislativo

Lei da Palmada na pauta de votação do Senado

Senado vai se reunir nesta semana num “esforço concentrado” para avançar nas pautas pendentes

DIVULGAÇÃO

Na próxima semana, o Senado fará es-forço concentrado para agilizar a vota-

ção de várias matérias antes do início da Copa do Mundo. Haverá sessões deliberativas de segunda-feira (2) a sexta (6). Os destaques devem ser a chamada Lei da Palmada, o projeto que altera a Lei do Descanso dos caminhoneiros e a reforma do Código de De-fesa do Consumidor (CDC).

Antes conhecido como Lei da Palmada, o PLC 58/2014 estabelece o direito de crian-ças e adolescentes de serem educados sem o uso de cas-tigos físicos. Durante a tra-mitação na Câmara, onde foi aprovado na última semana, o texto passou a ser chama-do de Lei Menino Bernardo, em homenagem ao menino gaúcho encontrado morto em abril. A discussão do projeto, de autoria do Executivo, gerou polêmica na Câmara. O tex-to acabou sendo modifi cado para deixar claro o que seria considerado castigo físico.

“Queria só lembrar à casa que, na forma do calendário de esforço concentrado apro-vado há meses, nós vamos ter uma semana toda de sessões

deliberativas, a partir de se-gunda até sexta”, já havia adiantado o presidente Renan Calheiros ao se pronunciar no começo da semana.

Para o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), votações concentradas são necessárias, pois a Copa do Mundo e as eleições gerais vão desacele-rar os trabalhos do Legislativo

a partir de meados de junho. “É importante esse esforço con-centrado porque, à medida que vai se aproximando do meio do mês, nós temos convenções partidárias, tem a Copa do Mundo. Votaremos, em sessão deliberativa de segunda a sex-ta, todas aquelas matérias que já estão prontas ou que têm urgência”, explicou.

Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) acha que a apro-vação de propostas com benefícios para várias ca-tegorias e segmentos da sociedade, como já ocorreu nesta semana, deve-se à pro-ximidade das eleições.

“Semana de esforço con-centrado foi essa. Votamos inúmeras matérias. Aliás, a generosidade desse ano elei-toral está explícita nas vota-ções de algumas medidas pro-visórias com penduricalhos sem fi m. A impressão que se tem hoje é que os cofres da República estão abarrotados e que é possível aprovar pa-cotes de bondade todas as semanas”, provocou.

Entre outras matérias, os senadores aprovaram a PEC do Trabalho Escravo, a amplia-ção do Garantia-Safra, reajus-tes salariais para categorias do Executivo, facilitação do pagamento de dívidas de as-sentados da reforma agrária, a PEC dos Agentes de Trânsi-to, adicional de periculosidade para motoboys, parcelamento de tributos federais para fa-culdades, crédito para a indús-tria, a PEC das Defensorias Públicas, obrigatoriedade do “teste da linguinha”,

POLÊMICAA Lei da Palmada estabelece o direito de crianças e adolecentes de serem educados sem o uso de castigo físico. Projeto tem cau-sado enorme polêmica no Congresso desde que foi apresentada

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 A7Com a palavra

A 35 dias do início da campanha eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) já

está de olho nos pré-candi-datos e em possíveis deslizes que eles possam cometer, rea-lizando atos que se caracteri-zem em propaganda eleitoral antecipada. O responsável por chefiar a equipe de fiscaliza-ção do tribunal nestas eleições é o juiz Henrique Veiga Lima, que terá o apoio de outros dois colegas, Ana Maria Diógenes e Luis Márcio Albuquerque.

Personagem deste domin-go, do Com a Palavra, o juiz disse que está otimista quanto ao trabalho que será desenvol-vido por sua equipe durante o pleito. De acordo com o magis-trado, o reforço das atividades virá por meio de mecanismos como as redes sociais.

“Estaremos presentes até por meio do WhatsApp. Vamos ter uma sala, onde servidores estarão devidamente capaci-tados para agir com essas fer-ramentas tecnológicas. Ainda não temos noção do fluxo de trabalho que isso vai requerer, por ser uma iniciativa pioneira, mas o fato é que temos que nos adequar com aquilo que a modernidade nos impele”, ressaltou.

EM TEMPO - Quando de fato se inicia o período eleitoral?

Henrique Veiga - O pro-cesso eleitoral é deflagrado 1 ano antes do pleito. E a propaganda eleitoral em si, só pode ser implantada por meio da internet no dia 6 de julho, período posterior às convenções partidárias, onde os nomes dos candi-datos são oficializados, e a campanha no rádio e na te-levisão começará somente no dia 19 de agosto.

EM TEMPO - O TRE conta-rá com novos mecanismos para combater as irregula-ridades nas propagandas?

HV - Estaremos presentes nas redes sociais, o que in-

clui até o WhatsApp. Vamos ter uma sala, onde servidores estarão devidamente capaci-tados para agir com essas fer-ramentas tecnológicas. Ainda não temos noção do fluxo de trabalho que isso vai requerer, por ser uma iniciativa pioneira, mas o fato é que temos que nos adequar com aquilo que a modernidade nos impele.

EM TEMPO - A equipe que o senhor coordena é forma-da por quantas pessoas?

HV - A equipe é formada por mim e pelos juízes Ana Maria Diógenes e Luis Márcio Albuquerque. Outros 20 servi-dores também fazem parte da equipe principal. Além disso, contamos com o apoio de outros órgãos, que deverão ceder alguns de seus funcio-nários para nos ajudar nessa empreitada. Devemos formar um grupo de aproximadamen-te 400 pessoas.

EM TEMPO - É um nú-mero ideal?

HV - Sim, é um bom número, haja vista que temos os apoios das comarcas instaladas nos municípios do interior e que deverão suprir às demandas desses lugares.

EM TEMPO - Qual o trâmi-te que uma denúncia segue, após ser oficializada?

HV – Primeiro, o denunciante deve escolher o mecanismo que lhe é mais acessível. Pode ser o telefone 3663-5859, o email, [email protected]. Ele pode nos procurar aqui mesmo na sede do TRE, no bairro Aleixo, e também por meio das redes sociais, que estão sendo formuladas para atendê-lo. Depois disso, aqui-lo que for apresentado como prova do delito será catalogado e dependendo do grau da irre-gularidade, o Ministério Público será acionado.

EM TEMPO - O que pode ser considerado propagan-da irregular?

HV - Crime eleitoral é muito subjetivo, porque temos vá-rias situações dentro de ques-tões como: abuso econômico,

abuso político, uso indevido dos meios de comunicação, captação ilícita de sufrágio, gasto indevido. Um das proibi-ções mais combatidas é a vei-culação de propagada no dia do pleito, colaboradores com objetos que remetam a um determinado candidato, sho-wmícios, outdoors ou placas com mais de quatro metros, entre outros. Além disso, a distribuição de qualquer obje-to e brindes para a obtenção de vantagens continua sendo expressamente proibido.

EM TEMPO - E que tipo de propaganda é prevista pela legislação?

HV - Dentro do que prevê a lei 9.504 de 1997, é permitido o uso de cavaletes, bonecos, placas ou pinturas com até quatro metros, o uso das redes sociais como disseminador das campanhas. Mesas para a dis-tribuição de material de cam-panha e bandeira ao longo de logradouros públicos. Porém, é exigido que ao final do dia eles sejam retirados a fim de evitar transtorno na circulação de pedestres e veículos.

EM TEMPO - Caso uma irregularidade fique evi-denciada, a coligação ao qual pertence o candidato também pode sofrer san-ções?

HV - Não. Apenas o candi-dato será punido.

EM TEMPO - Como se dá essa punição?

HV - Por meio de multa, que é calculada pelo potencial do delito cometido.

EM TEMPO – Alguns pré-candidatos e parti-dos políticos têm realiza-do espécies de caravanas no interior, inclusive com realização de convenções. O TRE tem acompanhado essas ações?

HV - Temos nomes com participações bem definidas para o pleito de outubro e nada impede que os mesmos comecem a tecer suas redes pelos municípios. As reuni-ões reservadas, ou mesmo

as abertas podem acontecer normalmente, desde que atos como distribuição de mate-riais como rancho, exames médicos e demais não sirvam para a obtenção de votos.

EM TEMPO - Como acon-tece o trabalho de fiscali-zação nas cidades do in-terior?

HV - Por força da Cons-tituição Federal, cada re-presentante de comarca no interior fica responsável por acompanhar o desenrolar da propaganda eleitoral em sua cidade. Mas, como viveremos eleições gerais, a comissão de propaganda poderá inter-ferir em situações de grande complexidade. Esse juiz ganha poder de polícia para impedir que determinado delito tenha continuidade. Essa parceria que vem desde as primeiras eleições, e que também é con-solidada com a participação até das polícias, incluindo a fe-deral é essencial para a lisura e a eficiência do processo.

EM TEMPO - Faltan-do quatro meses para a concretização do processo eleitoral, o senhor já rece-beu denúncia referente à propaganda antecipada?

HV - Sim. Recebemos uma demanda do município de Iranduba. Ela também é de conhecimento da comarca lo-cal e diz respeito à colocação de placas e cartazes.

EM TEMPO - Para o se-nhor, a legislação eleitoral vigente é satisfatória?

HV - A grande verdade é que estamos debruçados em cima de uma colcha de reta-lho. Acredito que devem ser feitas reformas substanciais para que as legislações fiquem agrupadas. É por conta de desencontros na lei que vive-mos comumente problemas de jurisprudência. As interpre-tações têm mudado, confor-me o sabor de cada eleição e isso é um complicador. Mas, se essa é a ferramenta que nós temos, é com ela que vamos trabalhar sempre na procura de fazer o melhor.

‘O CRIME eleitoral é muito SUBJETIVO’

Henrique VEIGA

Estaremos presentes nas redes sociais, o que inclui até o WhatsApp. Vamos ter uma sala, onde servi-dores estarão devidamente capacitados para agir com essas ferramentas tecno-lógicas. Ainda não temos noção do fluxo de trabalho que isso vai requerer (...). O fato é que temos que nos adequar com aquilo que a modernidade nos impele”

JOELMA MUNIZEspecial EM TEMPO

FOTOS: RICARDO OLIVEIRA

Crime eleito-ral é muito subjetivo, porque temos várias situa-ções, como abuso econô-mico, político, uso indevido dos meios de comunicação, captação ilí-cita de sufrá-gio e gasto indevido”

A grande verdade é que estamos debruçados em cima de uma colcha de retalhos. Acredito que devem ser feitas refor-mas subs-tanciais para que as legis-lações fiquem agrupadas”

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

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[email protected], DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1045

A recepção amazonense aos turistas

Economia B4 B5

ROBERTO CARLOS/AGECOM

Um dos argumentos usados pelo governo Federal na defesa para a realização da

Copa do Mundo no Brasil foi o impacto econômico que o even-to traria para diversos setores da economia, principalmente os das cidades-sede. Mas, na avaliação de empresários do setor gráfi co, a rejeição popular evidenciada a partir das mani-festações iniciadas durante a Copa das Confederações, rea-lizada em 2013, impediu que a projeção se concretizasse.

Responsável pela elabora-ção de projetos de ornamen-tação de objetos, veículos e espaços comuns sobre temas diversos de eventos como, por exemplo, a Copa do Mundo, para empresas e torcedores (pessoa física), o setor gráfi co de envelopamento, de acordo com o empresário Américo Ro-sário, 46, amarga prejuízos.

Presente há 15 anos no mercado amazonense com a gráfi ca Amazon Sign, bair-ro Adrianópolis, Zona Cen-tro-Sul, Américo vai além e sustenta que nem mesmo as campanhas elaboradas por órgãos governamentais no Estado foram encomendadas no mercado local. “Se a pro-

cura do cidadão comum por produtos ligados à Copa está baixa, a demanda de órgãos do governo nem existe. O que é lamentável, porque temos um mercado que tem todas as condições de suprir essa necessidade”, comenta.

Américo diz que mesmo os itens mais baratos, como ban-deirinhas, estão encalhados, bem como o envelopamento de veículos que também não gera o lucro esperado. “Nesse

período, se nós elaboramos trabalhos de adesivagens para dez carros foi muito. As pesso-as me parecem desconfi adas com a Copa, elas não querem investir um dinheiro naquilo que não acreditam”, avalia.

O custo do envelopamen-to de veículos populares na Amazoon Sign, de acordo com Américo, varia entre R$

1 mil a R$ 1,2 mil. Para o segmento de carros de luxo, o em-presário in-forma que os valores podem ser negociados entre R$ 1,5

mil e R$ 1,8 mil.Na empresa WSA, gráfi ca

e comunicação visual, bair-ro Cachoeirinha, Zona Sul, a situação não é diferente, de acordo com o proprietário, Ricardo Wilde. Há 35 anos no ramo, o empresário afi r-ma que os prejuízos com os projetos encalhados para a Copa já somam montante de R$ 100 mil e a demissão de dois colaboradores.

“A demanda para o mundial está retraída. Até começa-mos a negociar com algumas empresas, mas elas deram para trás. Elaboramos kits e contratamos uma pessoa para fi car responsável pela venda do produto. Os itens estão encalhados e infeliz-mente tivemos que despedir colaboradores”, lamenta.

O empresário ressaltou que, assim como o concorrente, ele tem recebido encomendas pon-tuais de projetos voltados para a decoração de ambientes resi-

Setor gráfico ‘amarga’ prejuízos com a CopaEmpresários do segmento investiram em projetos e pessoal e não lucraram o que esperavam com o clima do evento

JOELMA MUNIZEspecial EM TEMPO

Proprietário da Amazon Sing, Américo Rosário diz que até mesmo as encomendas de material gráfi co com motivos da Copa do Mundo, dos órgãos públicos, não chegaram às empresas amazonenses

DIEGO JANATÃ

Empresários com ‘fé’ na eleição

Ricardo Wilde, da WSA, lamenta demissões e prejuízo fi nanceiro da ordem de R$ 100 mil

Decepcionado com a Copa do Mundo, a aposta do seg-mento agora está voltada para a campanha eleitoral, que iniciará ofi cialmente no dia 5 de julho, logo após as convenções partidárias. Os empresários do setor ouvi-dos pela reportagem estão programados para reforçar a impressão de peças elei-torais cujo pleito defi nirá a Presidência da República, go-

vernos estaduais, deputados federais e senadores.

Por conta da necessida-de de abertura de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) pelas coligações par-tidárias, os trabalhos para a confecção de material de campanha por parte das grá-fi cas como cartazes, panfl e-tos, adesivos e os famosos santinhos só devem começar a partir do dia 5 de julho.

Conforme a resolução nº 23.191, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o material impresso de campanha elei-toral deve conter o número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no Ca-dastro de Pessoas Físicas (CPF) do responsável pela elaboração do projeto de confecção, além de informa-ções sobre o contratante da campanha publicitária.MUNDIAL

Os jogos do mundial de futebol começam no próximo dia 12 de junho. O envelopamen-to na WSA sai ao preço de R$ 800 a R$ 1,2 mil para carros populares e R$ 1,4 mil a R$ 1,8 mil para veículos maiores

DIEGO JANATÃ

denciais e de veículos. “Algum torcedor ou outro que nos procura. Mesmo assim é para adesivar uma pequena parte do veículo. Aparecem também algumas empresas de táxi e nada mais que isso”, salienta.

A ornamentação de carros na WSA, às vésperas dos jogos do mundial que começam no próximo dia 12 de junho, sai ao preço de R$ 800 a R$ 1,2 mil para carros populares e R$ 1,4 a R$ 1,8 mil para veículos maiores.

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

∞ Galaxy Note... 4

PÁGINADIGITAL [[email protected]]Tricia Cabral

Bits &bytes

Layout: Mário Henrique Silva

Topnews

FONTE: EXAME

1. SecretPermite compartilhar textos e fotos com os

contatos sem se identifi car.

∞ Cuidado com os zumbisTá com saudade da série

“The Walking Dead”? Infeliz-mente, a quinta temporada chega só em outubro à Fox, mas enquanto isso dá pra ir “matando saudade” dos zumbis com DayZ (imagem

acima), game online produ-zido para Windows.

Assim como em todos os fi lmes do George Romero e a própria série americana, uma infecção misteriosa pegou todo mundo de sur-

presa e afetou a popula-ção. Para sobreviver nesse novo mundo pós-apocalipse zumbi, é necessário coletar mantimentos e itens, como armas, para se proteger. Boa sorte!

Mais 7 novidades em apps para IOS e Android

2. ScanbotEle capta a imagem

pela câmera e a trans-forma em arquivo PDF ou JPEG.

3. Word Lens’Traduz para o

português textos em inglês; e, para o inglês, textos em russo, alemão, es-panhol, italiano e francês.

4. MosaLinguaSérie de apps

para aprender in-glês, francês, espa-nhol, italiano e alemão. Seu método de ensino

é baseado em diálogos e na repetição cíclica de palavras.

5. Vestida de Noiva

Kit de ferramentas para noivos organiza-rem o casamento.

6. Focus LockPermite bloquear

temporariamente jo-gos, apps de mensa-gens, redes sociais e outros que poderiam distrair o usuário.

7. Bebê a BordoÉ um guia de bolso

para quem vai ter um bebê.

1º Kaspersky Internet Security 2014

2º Bitdefender Internet Security 2013

3º Avira Internet Secu-rity 2013

4º ESET Smart Securi-ty 6º0

5º Emsisost Anti-Malware 8º0

6º Avast! Free Antiví-rus 8º0

7º Sophos Endpoint Security

8º Fortinet FortiClient 5.0

Downloads

Os 8 melhores antivírus

FONTE: INFO

Para se manter no topo do mercado na linha de “phablets” – phone + tablet –, a Samsung já prepara o lançamento do Ga-laxy Note 4. É isso mesmo! Na Samsung é assim. Quando você começa se acostumar com o mais recente lançamento, lá vem outro e por aí vai. Pois bem. Tudo o que se sabe até o momento é que o novo aparelho deve ser lançado em setembro, vem como novo design e uma tela flexível de 5,7 polegadas com qualidade QHD (1.440 x 2.560 pixels) e câmera de 20 megapixels. A foto aí pode ser mera ilustração, caro(a) leitor(a)... ou não!

...E pensar que há menos de 15, 20 anos esse era um dos modelos disponíveis no Jurassic Park dos celulares! Era o Motorola PT-550 (foto), o finado tijolão. Foi consi-derado o primeiro celular vendido no Brasil e seu lançamento ocorreu na saudosa década de 1990. O disputado aparelho tinha 22,8 cm de altura e pesava 348 gramas. O visor tinha espaço para até 7 dígitos, mas para a época era r-e-v-o-l-u-c-i-o-n-á-r-i-o. Descanse em paz, tijolão.

∞ Pelamordedeus!

∞ Made in China Um dos principais fabricantes mundiais de alto-fa-

lantes wireless, a chinesa Microlab está trazendo para o país sua linha de sucesso, a série clássica M200. No Brasil, a série traz inovações e ganha a versão M200 Platinum (foto), que tem como principais destaques caixa de madeira em cor preta, detalhes em platina e dois satélites de acrílico em formato “L”, que com-binam com qualquer ambiente. O preço médio para o público brasileiro será de R$ 330.

∞ Microsoft vem para briga A Microsost anunciou o

tablet Surface Pro 3 (foto), com tela de 12 polegadas no formato 3:2 (padrão, em contraste com a 16:9 wides-creen dos dispositivos ante-riores), que roda o sistema

Windows 8. Em relação aos antecessores, o Surface Pro 3 tem processador da linha Intel Core atualizado, é mais fi no (espessura de 9,1 mm ante 13 mm do Surface Pro 2) e mais leve (800 g, em

comparação com os 907 g do dispositivo passado). O iPad Air (última geração do tablet da Apple) é mais fi no (7,5 mm) e mais leve (478 g), mas também tem tela menor (9,7 polegadas).

>>>> Brasileiro não deixa passar nada mesmo. Pois não é que já criaram o “ZapZap”! Por enquanto, o aplicativo inspirado no WhatsApp está disponível apenas para Android, mas a versão para iOS chega “em breve”.

>>>> Lançado nos EUA em janeiro, o Secret, aplicati-vo que permite aos usuá-rios postar mensagens anônimas, fi cou disponí-vel nas lojas de apps bra-sileiras. Ele permite que o usuário poste uma ou duas frases e receba comentá-rios de outras pessoas. É possível confi gurá-lo para ver confi ssões apenas de gente que está por perto, por exemplo.

>>>> O Ministério da Saúde lançou, na terça-feira (27), um aplicativo, batizado de Saúde na Copa, voltado para torcedores brasilei-ros e estrangeiros. A fer-ramenta traz dicas com localização de farmácias e postos de atendimento mais próximos, e por meio dela, torcedores podem também informar qual o seu estado de saúde.

>>>> Por falar no go-verno federal, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, admitiu que os usuários de internet móvel devem “enfrentar lentidão no serviço oferecido nos estádios onde será reali-zada a Copa do Mundo”. Valeu hein, ministro!

>>>> Uma pesquisa rea-lizada pela Kayak com 500 mil hotéis de todos os continentes revela que, em média, 90% deles ofe-recem acesso wi-fi gra-tuito para seus hóspedes. O Brasil fi cou acima da média mundial: 96% dos 10.815 hotéis nacionais pesquisados têm wi-fi grátis para seus clientes.

∞ De olho na Copa A LG anunciou o lançamento do My TV 28LB600B (foto), televisor equipado

com tecnologia LED, tela de 28 polegadas e resolução em alta definição (1366 x 768 pixels). O aparelho, que poderá ser adquirido pelo preço sugerido de R$ 899, oferece aos apaixonados por futebol uma experiência de imersão dife-renciada. Por meio do “modo torcida”, os espectadores poderão ouvir o som dos torcedores de forma ainda mais clara. Durma com essa, Galvão Bueno!

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Reino Unido e Brasil sobrebioeconomia

O Royal Botanic Gardens Kew, em parceria com o Ins-tituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), organi-zam o workshop “Brasil-Rei-no Unido: Biodiversidade e Bioeconomia”, de 2 a 6 de junho, na sede do Inpa, Zona Centro-Sul de Manaus.

O workshop reunirá um grupo de trabalho formado por pesquisadores e gesto-res de institutos de pesquisa, universidades e agências de fomento à pesquisa do Brasil e Reino Unido para a articula-ção de parcerias de pesquisa e extensão entre instituições brasileiras e britânicas, ten-do como foco a biodiversida-de e bioeconomia.

O objetivo da reunião é iden-tificar oportunidades de pes-quisas colaborativas em biodi-versidade e temas de projetos de pesquisa de cientistas e instituições britânicas e bra-sileiras, que possam concorrer aos recursos do Fundo Newton, lançado no Brasil, em abril.

O renomado botânico e eco-logista britânico Sir Ghillean Prancema, com uma história de mais de 50 anos de vivência e experiência na Amazônia, estará presente na progra-mação como facilitador da relação Reino Unido-Brasil.

WORKSHOP

Escola de idiomas oferece planos de intercâmbio em Fort Lauderdale, na Flórida (EUA), a alunos a partir dos13 anos

Estudar no exterior faz a diferença profissional

A Skill está presente em seis endereços em Manaus, incluindo a unidade do Shop-ping Ponta Negra. Para mais informações acesse www.

skillmanaus.com.br ou ligue na Central de Matrículas Skill: 3237-2222 e descubra os di-ferenciais que fazem da Skill a sua ponte com o mundo.

A sua ponte com o mundoCada vez mais, estudar e viver no exterior têm feito a diferença na vida de muitos profis-

sionais. São perceptíveis os di-ferenciais quando se conversa com quem já passou por essa experiência. No geral, são pes-soas mais seguras, sensíveis, flexíveis nos relacionamentos pessoais, com senso de lide-rança e de trabalho em equipe, afirmam especialistas. Um perfil ideal para quem almeja uma carreira internacional.

Viver em outro país propor-ciona ao profissional conhe-cer hábitos diferentes, abrin-do uma nova perspectiva, preparando-o para enfrentar desafios e crescer.

Hoje a maioria das empre-sas leva em consideração a experiência no exterior du-rante o processo de seleção para uma vaga. Este é um dos fatores que os departamen-tos de recursos humanos de diversas empresas brasilei-ras levam em consideração na hora de contratar novos profissionais.

Pensando nisso, a Skill Ma-naus proporciona a oportuni-dade de tornar real a vivên-cia no exterior para aqueles alunos que já atingiram determinado nível de con-versação no idioma Inglês. Foram meses de pesquisa, pensando sempre no bem- estar, segurança e conforto, e o destino escolhido foi Fort Lauderdale, na Flórida.

Os alunos da Skill Manaus têm planos e condições ex-clusivas para uma incrível ex-periência de intercâmbio na Flórida, na escola referência, a American English Experience, com professores nativos e me-todologia aplicada à vivência. Ao todo são duas categorias, para alunos de entre 13 e 17 anos (Teen) e para adultos maiores de 18 anos.

Alunos da Skill Manaus se preparam para viver experiência nos Estados Unidos da América

DIVULGAÇÃO

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B4 Economia

Mesmo incompleta Manaus ‘abraça’ turistasHá espaço suficiente para hospedar e agradar os visitantes, contudo, há muitas obras dentro e fora do quadrilátero da Copa por acabar como, por exemplo, o aeroporto internacional

Um dos desafios da capital amazonense para a Copa do Mun-do é hospedar com

qualidade os mais de 170 mil visitantes esperados no período do mundial, segundo estimativa do Ministério do Turismo. Por conta da alta de-manda, diversas alternativas foram criadas e os turistas brasileiros e estrangeiros têm a disposição, além dos tra-dicionais quartos em hotéis, leitos também em residências, motéis, barcos e albergues.

A Empresa Estadual de Tu-rismo do Amazonas (Amazo-nastur) informa por meio da assessoria de imprensa, que 15% dos 23 mil leitos de Ma-naus ainda estão disponíveis para reserva, cuja diária gira em torno de R$ 397. A Amazo-nastur segue em parceria com o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Ama-zonas (Sindimoveis) e com o cadastro de residências para aluguéis no período. Há pelo menos 195 residências aptas para aluguel, sendo que dez delas já estão reservadas e outras em negociação.

O órgão explica que a de-manda de turistas será via

aérea porque não haverá cru-zeiros aportando em Manaus durante o período da Copa do Mundo. De acordo com empre-sa, a temporada do segmento aquático ocorre de novembro a abril. No entanto, a Amazonas-tur aponta que há disponíveis 34 barcos turísticos com 900 leitos disponíveis para hospe-dagem e passeios pelos rios amazonenses.

Aos chegar a Manaus, os turistas poderão enfrentar problemas logo depois de ater-rissar. Ocorre que, as obras de reforma e ampliação do aeroporto internacional Edu-ardo Gomes, iniciadas em no-vembro de 2011 com previsão de entrega para dezembro de 2013, ainda não foram finalizadas. De acordo com a Empresa Brasileira de Infra-

es t r u tu ra Aeroportu-ária (Infra-ero), o novo prazo para conclusão está mar-cado para depois do mundial. O órgão afir-

ma que, com 80% das obras entregues, o aeroporto está preparado para receber a demanda.

CapacidadeA estatal destacou que,

mesmo antes das obras, quando a capacidade do ae-roporto era de 6,4 milhões de passageiros ao ano, o Eduar-do Gomes já estava apto para atender a demanda prevista para 2014, que é de 4 milhões de passageiros anuais.

A Infraero informou ainda que foram liberadas para os usuários as novas salas de em-barque e desembarque inter-nacional, parte das novas áreas do saguão, com embarque e desembarque, parte do desem-barque internacional, incluindo alfândega e imigração.

A empresa já entregou também parte do estaciona-mento de veículos do nível de desembarque, com um total Opção mais barata de hospedagem para turistas dispostos a dividir ambiente, albergues da capital como o Hostel Manaus e o Manaus Hostel Trip Tour são bastante procurados

DELEGAÇÕESA hospedagem das delegações de futebol será feita nos hotéis Blue Tree Hotels e Resorts e pelo Quality Hotel Manaus, ambos localizados no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

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Page 13: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 B5

Mesmo incompleta Manaus ‘abraça’ turistas

Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas (ABIH-AM), dos quatros jogos que serão realizados na Are-na da Amazônia Vivaldo Lima, os que renderam maior demanda de reser-vas, pela ordem, foram o terceiro (Estados Unidos e Portugal) e o primeiro (Inglaterra e Itália).

A explicação para a alta no número de reservas no ter-ceiro jogo, segundo a Abih-AM, é o fato de os Estados Unidos ser um país rico e a sua população viajar muito, e principalmente por existir três voos EUA/Manaus. Ou-tra situação que contribuirá será a facilidade do acesso

do turista português a partir do lançamento, em junho, do voo de Manaus/Lisboa.

No caso dos outros países, como Camarões e Croácia, a associação justificou que, além da distância, outro fa-tor que inibirá as popula-ções de ambos será o poder baixo aquisitivo.

Conforme a entidade, a permanência dos turistas na capital amazonense é de aproximadamente 2,6 dias. A Abih-AM tem em torno de 5 mil unidades habi-tacionais associadas, que equivalem a uma oferta de 11,8 mil leitos. A Amazonas-tur tem outro levantamento e considera outros tipos de alojamentos.

Terceiro jogo gera mais reservas

Além de serem opções mais baratas, os albergues promovem a socialização en-tre as pessoas e são procura-dos justamente por aqueles que gostam de fazer amiza-des, uma vez que, os locais oferecem quartos coletivos e também privativos.

Segundo o proprietário do Hostel Manaus, localizado na rua Lauro Cavalcante, Centro, Zona Sul, Alexander Philips, o espaço está 90% lotado para o período e 99% dos turistas são estrangei-ros. “No primeiro jogo as re-servas foram feitas mais por ingleses. No terceiro, com americanos e portugueses a procura foi maior. Tivemos aproximadamente 40 pes-soas que não pudemos mais hospedar”, declarou.

A diária é de R$ 155 em quartos coletivos, com capa-cidade para até oito pessoas. Os privativos, com banheiro e ar-condicionado, para um grupo de até quatro pessoas, a diária custa R$ 515. Segun-do Philips, para o período as diárias sofreram acréscimo de 5%, que passam a valer de 10 a 27 de junho.

O Manaus Hostel Trip Tour também está com um número considerável de reservas. Situado na rua Costa Azevedo, Centro, o local está com 60% de lotação no primeiro jogo, 50% no segundo e 40% nos dois últimos. Segundo a recepcionista Anne Mar-ques, a diária custa de R$ 150 a R$ 250, dependendo do tipo de quarto.

Cabem em todos os bolsos

Opção mais barata de hospedagem para turistas dispostos a dividir ambiente, albergues da capital como o Hostel Manaus e o Manaus Hostel Trip Tour são bastante procurados

Eduardo Gomes sofreu com alagação após forte chuva

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Visitantes norte-americanos serão maioria em Manaus

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Classe média deve voltar para escola

A classe média tem que voltar para a rede pública, defende a ex-secretária da Educação Básica do Ministé-rio da Educação (MEC), Ma-ria do Pilar Lacerda. Segundo ela, essa é uma maneira de que a população exerça seu direito e ainda ajude a melhorar o debate da edu-cação e, assim, a qualidade da escola.

Atual diretora da Fundação SM, Maria do Pilar considera a escola pública um espaço radicalmente democrático e por isso deve ser ocupada por diferentes grupos, não apenas os que não podem pagar o ensino privado.

“Ela é um equipamento fun-

damental para a democracia porque ali há o convívio com a religião diferente, a classe diferente, a cor diferente, a orientação sexual diferen-te”, disse.

Além de ser importante

para o contato com a diver-sidade, Maria do Pilar lembra que esse é um direito e que a entrada de pais da classe média fortalece o debate sobre a qualidade da edu-cação. O objetivo é mudar a visão brasileira clássica de que o que é para po-bre pode ser de qualquer qualidade, considerou.

Reversão“Essa reversão é uma re-

versão de cultura. A edu-cação sendo direito não é mercadoria, porque a mer-cadoria é para quem pode comprar. Como direito, a educação é obrigatoriamen-te para todos”.

EDUCAÇÃO

Pilar considera a escola pública radicalmente democrática e deve ser ocupada por outros grupos

ABR

Armas ilegais e tráfico no Brasil alimentam violênciaLíder em número de homicídios por armas de fogo, país tem um arsenal de 17,6 milhões em circulação e dentro da ilegalidade

O crime organizado, es-pecialmente o tráfico de drogas, tem uma simbiose com o mer-

cado de armas que aumenta a violência no Brasil. O país é líder em número de homicídios por armas de fogo, de acordo com o relatório Mapa da Violência de 2013. Levantamento reali-zado em 2010 pela ONG Viva Rio estimava que 57% das 17,6 milhões de armas em circulação são ilegais. O crime organizado detém um arsenal de 5,2 milhões de armas, tornando evidente a relação entre a insegurança e a atuação de grupos de ban-didos. “O problema do tráfico é que todo o processo é ilegal e, portanto, cercado de uma insegurança que exige que seus membros andem armados”, afir-ma a professora titular da Uni-versidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Alba Zaluar.

Alba aponta a política de combate às drogas como um dos problemas. A ilegalidade faz com que o processo, da pro-dução até a distribuição, seja acompanhado de violência. Se-gundo levantamento de 2013 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), 25% da popu-lação carcerária é formada por condenados por narcotráfico. Mas muitos presos são usu-ários ou pequenos traficantes, facilmente substituíveis no cri-me. “O Brasil precisa melhorar a forma de combate, com base na inteligência. Não adianta fo-car nas facções criminosas que atuam só no varejo, são valores muito menores que o de figurões que nunca são investigados, mas que estão por trás do tráfico”, afirma a professora. “A impuni-

dade é garantida pelo fato de a investigação ser muito difícil, porque tem a complacência e atuação dos próprios agentes do Estado, principalmente no Judiciário. Onde quer que haja tráfico, há polícia corrupta.”

Vínculos“Damos ênfase às organiza-

ções nascidas nas cadeias, como o PCC e Comando Vermelho, mas não existe grupo criminoso no mundo que tenha existido sem vínculo com o Estado”, afirma o cientista político e ex-subse-cretário de Segurança Nacio-nal Guaracy Mingardi, “É uma tradição brasileira fingir que o problema não existe”.

Para Mingardi, o Rio de Janeiro é um bom exemplo. “O Estado fin-gia que o tráfico nos morros era uma coisa sem solução, como se fosse algo da natureza e deixava o controle de grande maioria dos morros para a criminalidade”. Para Mingardi, só depois que o problema foi redefinido tornou-se possível reconquistar o terri-tório ocupado pelos bandidos. “O Estado readquiriu o controle formal, mas isso não diminui a força do tráfico”, diz.

Segundo Mingardi, mesmo que o Rio de Janeiro consi-ga desmantelar a cúpula do Comando Vermelho, outra or-ganização assumirá o espaço deixado. “Foi o que aconteceu na Colômbia com o Cartel de Medellín. É preciso perceber o

que faz essas organizações fi-carem fortes”, afirma. De acor-do com o cientista político, um dos principais problemas é a falta de inteligência estrutu-rada das forças policiais e a cooperação entre setores.

Para a pesquisadora do Nú-

cleo de Estudos da Violência da USP, Camila Nunes Dias, o problema é falta de interesse político. “A polícia deve iden-tificar quem está no centro e quem são os financiadores, sobretudo no narcotráfico”, diz. De acordo com Camila, os

membros realmente influen-tes raramente são persegui-dos, enquanto os mais pobres acabam na cadeia. Ela cita o exemplo do helicóptero do se-nador Zezé Perrella (PDT-MG) apreendido com quase meia tonelada de cocaína.

Falta interesse político no combate ao narcotráfico

Carregamentos de drogas chegam, com certa facilidade, ao mercado consumidor brasileiro, o que também alimenta a venda de armas

DIVULGAÇÃO

PROBLEMASEspecialista aponta a política de combate às drogas como um dos problemas no Brasil, ou seja, a ilegalidade faz com que o processo, da produção até a distri-buição, seja acompa-nhado de violência

DIREITOSSegundo a ex-secretária da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, essa é uma maneira para a popula-ção exercer seu direito e ainda ajude a melhorar o debate da educação

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B7MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 Mundo

Eleição de novo presidente só aumenta crise na Ucrânia

Um dia após a vitória de Pe-tro Poroshenko ter sido confir-mada pela Comissão Eleitoral Central (CEC) da Ucrânia, as autoridades de Kiev conse-guiram retomar o aeroporto de Donetsk, que havia sido ocupado por separatistas pró-russos, e a violência aumentou na região, com a destruição de um acampamento insur-gente na vizinha Lugansk. “O aeroporto está totalmente sob nosso controle. O inimi-go sofreu importantes baixas, nós nenhuma”, afirmou o mi-nistro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, por meio de um comunicado. Além disso, no Facebook, ele confirmou o bombardeio de um acampa-mento de treino dos separa-tistas em Lugansk, por parte da força aérea.

Poroshenko já havia infor-mado que a operação anti-terrorista no leste da Ucrânia

vai continuar, o que foi confir-mado hoje pelo vice-primei-ro-ministro, Vitali Yarema. “Prosseguiremos com a ope-ração até que em território da Ucrânia não fique nem um só terrorista”, afirmou.

O líder da autoproclama-da República Popular de Do-netsk, Denis Pushilin, havia dito hoje que os separatistas tinham assumido o controle do aeroporto da capital regio-nal. A incursão ao aeroporto começou no dia 26 de maio ao meio-dia, o que obrigou o local a fechar suas portas.

Em uma tentativa de expulsar os separatistas e retomar o controle das instalações aeroportuárias, as forças leais a Kiev lança-ram um ataque aéreo, que contou com a utilização de caças e helicópteros, dois dos quais foram abatidos, segundo Pushilin.

PRESSÃO

Fifa vai tomar providências para evitar que uma partida tenha seu placar afetado por apostas ou grupos criminosos

‘Crime organizado assediou jogadores que vêm à Copa’Árbitros e jogadores

que estarão na Copa do Mundo no Brasil já foram alvo de assé-

dio por parte de agentes que tentam comprar resultados e manipular o placar de jogos. O alerta está sendo feito pela Fifa, que afirma estar de olho em todas as movimentações para evitar que uma parti-da da Copa tenha seu pla-car afetado por apostas ou grupos criminosos.

Ralf Mutschke, responsável da Fifa por garantir a integrida-de dos jogos, indicou que vai ter um representante dele em cada uma das partidas e que poderá entrar em ação caso os serviços de inteligência e os sistemas de controle de apostas detectem alguma movimentação anor-mal em casas espalhadas pelo mundo enquanto uma partida está ocorrendo.

“Não esperamos que os ma-nipuladores viajem até o Brasil e batam nas portas dos quartos dos hotéis de cada jogador ou dos árbitros. Mas eu sei que esse contato já teria sido feito com jogadores e árbitros”, alertou o ex-funcionário da Interpol a meios britânicos. A Fifa não dá qualquer indicação de quem seriam esses jogadores ou se-

leções. Mas insiste que está “de olho” no comportamento desses times.

Para muitos especialistas, a Copa não seria alvo de grupos que tentam manipular resul-tados e que, no fundo, essa prática estaria limitada a jogos menores. A ideia é de que, num Mundial, um jogador tem muito a ganhar se vencer uma partida e, portanto, corrompê-lo seria uma tarefa quase impossível. Mas a Fifa não está tão con-vencida de que o torneio seja blindado.

PreocupaçõesDurante a Copa, a principal

preocupação da Fifa é com os últimos jogos da primeira fase da Copa. Nessas parti-das, várias equipes já estarão eliminadas e não tem nada a ganhar ou perder. Se a Copa do Mundo não é o principal alvo dos grupos criminosos que tentam comprar resultados, parte da manipulação seria para esta-belecer o número de gols feitos por uma equipe, e não tanto uma derrota ou vitória.

A entidade também afirma estar em alerta por conta dos amistosos que as 32 seleções estão disputando antes de co-meçar a Copa. Ralf Mutschke, responsável da Fifa, fez o alerta de supostas apostas criminosas

DIVULGAÇÃO

‘Turbulência política’ levou Tailândia a um golpe militar

Os militares dizem que to-maram o controle do governo e suspenderam a Constituição para restaurar a ordem e pro-mulgar reformas políticas.

A Tailândia vive atualmente uma grave crise política. O país está há meses à beira da desordem civil, com a oposição dizendo que o governo de-mocraticamente eleito é tão corrupto que precisa deixar o poder. Várias pessoas já morreram em episódios de vio-lência relacionados à crise.

Analistas afirmam que é improvável que os proble-mas possam ser resolvidos rapidamente. O gabinete mi-nisterial, por exermplo, rece-beu a ordem de se reportar diretamente aos militares, e reuniões com mais de cinco pessoas foram proibidas. Um toque de recolher foi implementado em todo o país entre 22h e 5h. Todas as redes de TV e rádio rece-beram ordens de suspender

a programação local.Uma nota dos militares

informou que o comandante do Exército, o general Prayu-th Chan-Ocha, vai controlar uma espécie de junta militar (o Conselho Nacional para a Manutenção da Paz e da Or-dem), mas deixou claro que as câmaras altas do parlamento e das cortes continuariam a funcionar normalmente.

RepressãoLíderes de partidos po-

líticos, incluindo o opositor Suthep Thaugsuban, foram retirados do local onde se reuniam com o Exército. Logo depois do anúncio do golpe, soldados foram enviados para locais onde estavam reunidos manifestantes, as tropas ati-raram para o alto para dis-persar as pessoas, mas não houve feridos. Muitos analis-tas temem que a decisão do Exército possa enfurecer os que apoiam o governo.

ANÁLISE

O presidente da Uefa, Michel Platini, deixou claro em entrevista que não vai tolerar que um jogador europeu seja alvo de manipulação e alertou que o mercado das apostas no futebol chega a 400 bilhões de euros por ano.

Segundo ele, no caso de uma partida da Copa do Mundo, os lucros a serem realizados seriam enormes. Grupos crimino-sos oferecem a jogadores dinheiro para tentar in-fluenciar no resultado da partida. Ao mesmo tem-po, apostam em casas es-palhadas principalmente na Ásia pelos resultados combinados. Assim, não apenas lucram milhões de euros, mas também con-seguiriam promover uma lavagem de dinheiro.

Mercado da bola fatura € 400 milhões

AP

Donetsk, na Ucrânia, vive dias de caos após novas eleições

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

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Dia a diaCade

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[email protected], DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1041

Idosos estão preparados para a Copa

Dia a Dia C4

IONE MORENO

Em que eu posso servir?O EM TEMPO foi até bares e restaurantes da cidade para saber se os atendentes estão preparados para receber turistas estrangeiros durante os jogos da Copa do Mundo na capital. Os primeiros levaram a pior na preparação

Bares visitados pela equipe disfarçada revelaram-se despreparados no trato com o cliente estrangeiro, com falta de domínio de outro idioma, apesar de o atendimento ter superado as expectativas

Um dos assuntos mais frequentes nas mesas de bares e restauran-tes de Manaus é o

atendimento. E como não po-deria deixar de ser, a reporta-gem do EM TEMPO foi às ruas e visitou bares do Vieiralves – área relativamente próxima à Arena da Amazônia – para sa-ber se tanto atendentes quanto proprietários estão preparados para receber não apenas os turistas brasileiros, mas tam-bém os estrangeiros durante a Copa do Mundo de 2014. O repórter devidamente disfar-çado de “gringo” visitou dois espaços da região e constatou que existe uma defi ciência na hora de atender.

O primeiro “alvo” foi um bar na rua Rio Branco. Com música ao vivo e áreas interna e externa, logo após o primeiro “hello”, o atendente mostrou um espanto, disparando em seguida uma sonora gargalhada. Sem saber o que dizer ao ser questionado se poderia sentar em qualquer mesa do local, ele automatica-mente virou as costas e saiu andando. O próximo passo foi observar o cardápio que, para surpresa, não é bilíngue, eviden-ciando as difi culdades que os turistas podem enfrentar.

Em um segundo momento, outro garçom chega até à mesa com um inglês um tan-to quanto precário, mas após muita persistência e infi nitos gestos, conseguiu entender o que estava pedido para beber. Chegou a hora de comer e é claro que, novamente, uma verdadeira saga é enfrentada. A ideia era que ele pudesse ex-plicar algumas coisas simples do cardápio como pratos con-tendo carne, peixe ou frango. E mais uma vez os gestos entra-ram em ação proporcionando no atendente um verdadeiro desespero por não conseguir

entender prontamente o que estava sendo pedido.

Após pedir a conta, a re-portagem ainda tentou ques-tioná-lo sobre a preparação do bar para o mundial, mas o garçom preferiu fi ngir que não estava ouvindo e deixou a mesa sem muitas respostas.

Segundo “alvo”O próximo destino da equipe

foi outro bar nas proximidades - e credenciado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) - , mas, desta vez, na rua Rio Madeira. A primeira difi culdade encontrada foi na hora de fazer as comandas. A atendente que não fala inglês não conseguiu explicar o motivo pelos quais precisava dos documentos da equipe. Normalmente, o proce-dimento padrão seria solicitar o passaporte para poder ser preenchido o cadastro e, auto-maticamente, liberar a entrada. Após um certo desconforto, ou-tra pessoa veio e fez a “fi cha” somente com o nome, sem per-guntar mais detalhes.

Por se tratar de um espaço te-mático, o cardápio possuía algu-mas opções em inglês, mas nada específi co. O primeiro garçom a atender o repórter “arranhava” o idioma. Mas logo em seguida, foi até a cozinha e solicitou ajudou de outra pessoa. Para alívio da equipe, o segundo atendente, que trabalha na cozinha do local, já havia morado em Londres e Itália, o que facilitou muito na hora dos pedidos.

Apesar das difi culdades ainda encontradas, o atendimento su-perou as expectativas. O único questionamento que fi ca, além das evidências, é com relação à quantidade de gringos em um mesmo local e ao mesmo tempo. Se apenas com a equipe disfarçada já foi um grave pro-blema, imagina com diversas mesas repletas de “gringos”. Os nomes dos locais foram preser-vados para não causar impacto na demanda.

BRUNO MAZIERIEspecial para o EM TEMPO

Seguindo na contramão, dois conhecidos restauran-tes da cidade estão prontos para receber turistas es-trangeiros. O Banzeiro Co-mida Amazônica, localiza-do no bairro Nossa Senhora das Graças, possui garçons que falam inglês, francês e

espanhol. “Além disso, pas-samos recentemente por um treinamento da Asso-ciação Brasileira de Bares de Restaurantes (Abrasel) e nosso cardápio é bilíngue, o que deve facilitar bas-tante a comunicação entre os clientes e atendentes”,

explica Samile de Almeida, auxiliar de relações públi-cas do local.

O Choupana Restauran-te, localizado em Adrianó-polis, também conta com garçons e cardápios bilín-gues. “Nossos funcionários estão devidamente prepa-

rados para receber tanto os turistas estrangeiros quan-to os próprios brasileiros. Independentemente da re-gião da qual o turista seja, todos estão capacitados”, afirma Simone Nogueira, assistente administrativa do restaurante.

Restaurantes preparados para o Mundial

Os bares visitados revelaram falta de preparo para atendimento a clientes de língua estrangeira durante a Copa do Mundo

DIEGO JANATÃ/ARQUIVO EM TEMPO

RICARDO OLIVEIRA/ARQUIVO EM TEMPO

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

‘Te vira, este é no inglês!’Motoristas de táxis cujos serviços foram utilizados pela equipe do EM TEMPO demonstraram falta de familiaridade com a língua inglesa, apesar dos cursos oferecidos pela Prefeitura Municipal de Manaus e pela Amazonastur

Falta pouquíssimo tempo para o início da Copa. Manaus espera milhares de turistas estrangeiros,

mas alguns serviços básicos não estão a par com o idioma fala-do por essas pessoas. A língua inglesa, considerada universal, não é falada por muitos mo-toristas de táxi, que esperam transportar alguns dos 80 mil turistas durante o período da competição. Para avaliar como está o inglês dessa categoria, a reportagem do EM TEMPO percorreu alguns lugares para descobrir se ao menos acontece um “embromation”.

O ponto de partida foi o Tro-pical Hotel, na Zona Oeste. A reportagem tomou um táxi do ponto que fica localizado nas dependências do hotel com des-tino a um bar da rua Rio Branco, no Vieiralves, Zona Centro-Sul de Manaus.

“Com licença, onde eu pego um táxi?”, foi perguntado, em inglês, a um motorista do pon-to que estava esperando outro cliente. “Ali”, disse, claramen-te entendendo a palavra táxi e apontando para um colega. “Shopping? Restaurante? Fes-ta?”, perguntou novamente o profissional, enquanto sinaliza-va para o outro taxista. “Não, para um bar”. Ele entendeu a palavra bar, no momento em que o motorista manobrava.

Enquanto abria a porta, o pri-meiro motorista disse para o segundo. “’Mano’, te vira que este é no inglês!”.

O taxista olhou pelo retro-visor, esperando o endereço. Supostamente, o turista, antes de sair do hotel, tem em mãos as informações do local para onde quer ir. Com o sotaque mais carregado possível, ainda assim o motorista entendeu o nome do local e começou a corrida. Os carros do ponto do hotel não contam com taxímetro, já que as corridas são tabeladas.

Durante o trajeto, havia trân-sito intenso na avenida Co-ronel Teixeira, próximo a um shopping, onde acontecia um evento em um salão de festas. “O que está acontecendo?”, foi perguntado, em inglês. Sem obter resposta do motorista, a reportagem buscava puxar assunto, para saber se ele pelo menos entendia, já que trabalha em um dos hotéis que mais recebe turistas estrangeiros na capital. “Quantos minutos leva daqui até o bar?”. O motorista entendeu algumas palavras, e respondeu, “enrolando” a lín-gua, “vinte minutos”. Em por-tuguês mesmo.

Após 25 minutos, a chegada ao destino. Perguntado sobre o valor da corrida, o taxista respondeu, em firme e claro inglês: “sixty-five”, ou salgados R$ 65. Ele, entretanto, percorreu o caminho na boa fé, sem desvio de percurso.

Taxistas têm à sua disposição cursos de língua inglesa para lidarem com o público estrangeiro

Hoje, em Manaus, trabalham mais de 5 mil taxistas (4.021 cadastrados no sindi-cato da categoria e outros 1,5 mil auxi-liares).

De acordo com Luiz Augusto Lins, presi-dente do Sindicato dos condutores autô-nomos e taxistas de Manaus (Sintaxi), a Prefeitura de Manaus e a Empresa Estadual de Turismo do Ama-zonas (Amazonastur) ofereceram cursos bá-sicos de idiomas para os interessados, mas muitos optaram por aulas particulares.

“Não temos como elaborar essas es-tatísticas, então nos baseamos pelos nú-meros oferecidos pela as oferecidas pela Associação Brasileira de Bares e Restau-rantes (Abrasel/AM) e pela Amazonastur”, informou.

Profissionais tem opção de cursos

RICARDO OLIVEIRA

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

O segundo trajeto aconte-ceu do cruzamento das ave-nidas João Valério e Djalma Batista, Zona Centro Sul, até o Teatro Amazonas,no Centro - 4 quilômetros de distância, em um percurso que demora pouco mais de oito minutos, sem trânsito. O taxista, de uma empresa cuja frota cobre

praticamente toda a cidade, aceitou a corrida um pouco relutante.

O pedido “Amazon The-ater, please!” foi recebido com um olhar de increduli-dade. A intimidação do mo-torista era perceptível, mas recusar a corrida era pouco provável. Sem entender di-

reito, o jeito foi tentar usar mímica e palavras-chave: segurando um violino ima-ginário, “music!”, “big pink building” (prédio grande e rosa), “downtown!” (Centro), e nada. Até que quando ouviu a palavra “ópera!”, o moto-rista entendeu que era o Teatro Amazonas.

Relutância com o outro idioma

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

E seja o que Deus quiser!O plano de mobilidade urbana que previa melhorias no sistema viário e de transporte em Manaus não saiu do papel em sua totalidade. Agora se corre contra o tempo para entregar obras em andamento e tentar minimizar transtornos

As duas grandes obras de mobilidade urba-na que a Copa do Mundo deixaria para

Manaus, geradoras de expec-tativas para organização do trânsito na cidade - o metrô de superfície e o monotrilho - se tornaram utopia. O pro-jeto BRT (Bus Rapid Transit), atrelado ao monotrilho, não saiu do papel e a prefeitura optou pelo BRS (Bus Rapid Service) que contemplou as obras de novas paradas de ônibus, criação da faixa azul (exclusiva para coletivos), restaurações em avenidas e linhas especiais para aten-der as alterações de trânsi-to e transporte coletivo nos dias de jogos na Arena da Amazônia e funcionamen-to do evento cultural Fifa Fan Fest, que será realizado no anfiteatro da Ponta Ne-gra, durante todo o período do Mundial.

O monotrilho e o BRT fo-ram projetados pelos go-vernos federal e estadual e pela Prefeitura de Manaus, e previstas na Matriz de Res-ponsabilidade da Copa. No entanto, a Superintendência Municipal de Transportes Ur-banos (SMTU) explica que em dezembro de 2012, o go-verno federal retirou a BRT da Matriz, e a Prefeitura de Manaus optou pelo projeto BRS (Bus Rapid Service). A alternativa foi possível tanto em relação a custos quan-to a tempo programado para execução.

À SMTU coube a respon-sabilidade da criação de novas linhas de transpor-te viabilizando acesso dos torcedores ao entorno da Arena e linhas específicas aos dias de jogos. De acordo com diretor Waldir Frazão, 56% do público vai utilizar o transporte coletivo ao se dirigirem aos jogos e outros 30% se dirigirão à Arena a pé. “Além das 61 linhas que já circulam pelo entorno da Arena, criamos mais nove dedicadas para o transporte específico do torcedor até o local dos jogos. São linhas especiais que funcionarão somente nos dias dos jo-gos. Já no caso da Fan Fest

vamos operar normalmente com as seis linhas desti-nadas para Ponta Negra e somente em dias de atrações nacionais, quando o público esperado pode ser maior, vamos reforçar a frota”, explicou Frazão.

Além disso, a SMTU se comprometeu com a recu-peração dos corredores vi-ários e com a reforma das plataformas e dos terminais de integração, bem como a construção de novas pa-radas de ônibus. A SMTU salienta a implantação da faixa exclusiva para ônibus (linha azul) do Sistema BRS na avenida Constantino Nery e diz que parte dos condu-tores já a tem respeitado, e aponta as obras de recupe-

ração do canteiro central da mesma avenida e da ponte do São Jorge fatos influen-ciador na fluidez do trânsito dessa via.

O Plano de Mobilidade, se-gundo Frazão, foi traçado a partir de estudos do Institu-to Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), SMTU, Fun-dação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manaus-cult), além da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) e Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa).

A operação de mobilidade urbana incluiu a obra da Pon-te do São Jorge, Zona Oeste da cidade, que será entregue na próxima quinta-feira (5) pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), mais 12 plataformas cen-trais no trecho da avenida Camapuã. A secretaria fri-sa a finalização dentro do cronograma previsto, com pequeno aditivo no prazo, a cerca de seis dias para o início dos jogos.

Para driblar os problemas causados pelas mudanças no plano de mobilidade urbana, intervenções no trânsito foram definidas

O projeto BRS abrangeu as vias que circundam os quatro eixos principais do Mundial, que são oaeropor-to internacional Eduardo Gomes, Arena da Amazô-nia, Ponta Negra e Centro, que recebem serviços de infraestrutura pela equipe da Seminf desde agosto do ano passado.

A secretaria afirma que concluiu reparos nas 42 plataformas (paradas do antigo Expresso) dentro

do mesmo perímetro, como também o recapeamento do asfalto, trocas de sar-jeta, o meio-fio e calçada e adequações na iluminação das 15 avenidas do qua-drilátero da Copa foram concluídas, tendo pendên-cia em alguns trechos da calçada ao longo da ave-nida Djalma Batista.

A importante obra para desafogar o trânsito de grande fluxo de veículos das zonas Oeste e Norte

da cidade, o complexo viário Torquato Tapajós, não será concluído no tempo previsto pela Seminf. As obras de terraplanagem foram preju-dicadas pelas chuvas, mas as vias de movimento da alça que passa pela aveni-da Torquato Tapajós serão entregues no começo de ju-nho, e o tráfego na avenida estará liberado, as obras-continuam intensas e sem data prevista para entrega completa à população.

O monitoramento do tráfego nos dias de jogos da Arena será orientado por 210 agentes e outros 70 estarão em serviço na Fan Fest. Durantes os jogos, nas avenidas Djalma Batista, Constantino Nery, Darcy Vargas e Mário Ypi-ranga Monteiro o restante do trajeto deverá ser feito a pé, da mesma maneira como será feito por quem optar em ir de táxi ou veículo particular.

Prazos estourados e entregas adiadas

OPÇÃOO governo federal reti-rou o Bus Rapid Tran-sit (BRT) da matriz da Copa, levando a prefei-tura a optar por outro sistema com menor custo e melhor tempo programado para a execução

DENY CÂNCIOEspecial para o EM TEMPO

No estacionamento do Amazonas Shopping esta-rão disponíveis vagas para 2 mil carros; no Ciesa, mil; e no Millenium, 7,2m mil. Na saída dos jogos, frotas de táxis estarão disponíveis fora do Perímetro de Segurança, em cinco pontos diferentes: rodoviária, conjunto Eldora-do, SPA Alvorada, colégio La Salle e nas proximidades do conjunto Kíssia.

Os espaços reservados e limitados para estaciona-mento estarão localizados ao longo do Complexo Turístico da Ponta Negra, com isso, o desembarque de passageiros do transporte coletivo será na alameda Alaska, a poucos metros da entrada da Fifa Fan Fest. A área pública do Alphaville disponibilizará 950 vagas, e a avenida do Turis-mo, 980 vagas. As 240 vagas de estacionamentos da Pon-ta Negra serão destinadas

aos veículos credenciados. No caso da locomoção por meio de táxis, o desembarque será próximo aos limites do perímetro imediato da Fifa Fan Fest. Na saída, frotas de táxis estarão disponíveis nas vias alameda Alaska, Thales Loureiro, Turismo e Coronel Teixeira.

Mudanças temporárias irão ocorrer no entorno da arena somente nos dias de jogos em Manaus e nas proximidades da Fan Fest. A operação no entorno da Arena da Ama-zônia começará a partir das 6h, com a implantação do Perímetro de Segurança.

Algumas das mudanças se-rão a interdição das avenidas Lóris Cordovil, Pedro Teixeira, alameda do Samba e Belmiro Vianez, a partir das 6h, e da avenida Constantino Nery a partir do meio dia, no trecho entre o viaduto de Flores e a avenida Darcy Vargas.

Mudanças para organizar o tráfego na cidade

Linha Azul: segundo a SMTU, respeito ao espaço tem crescido

RICARDO OLIVEIRA

DIEGO JANATÃ/ARQUIVO EM TEMPO

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Canarinhos da melhor idadeNa Fundação Doutor Thomas e no Parque do Idoso, a turma da terceira idade não vai deixar barato: os jogos da seleção brasileira já estão sendo aguardados com ansiedade e muita organização, para torcedor nenhum botar defeito

Detalhes da esca-lação da seleção brasileira, esque-mas táticos e até

mesmo as estimativas le-vantadas por especialistas, sobre as seleções com mais chance de conquistar o título da Copa do Mundo. Nenhuma informação escapa do olhar atento do aposentado Délio Contes, 84. É do sofá da Fundação Dr. Thomas (FDT) que o advogado e ex-jogador do time juvenil do Rio Ne-gro, analisa pacientemente a preparação para o torneio.

“O Brasil não está mui-to bem colocado. Os mais cotados são Alemanha, Es-panha, Itália e França. É o que tem dado na TV, no Minuto da Copa”, informou e, após detalhada avaliação, com conhecimento de cau-sa, ponderou. “A seleção de agora não é daquele tempo, e os times da Europa melho-raram muito, se dedicaram ao futebol, pegaram técni-co estrangeiro. Os Estados Unidos contrataram um téc-nico alemão. Temos muito jogador bom, mas que vão jogar fora”.

Apesar dos times euro-peus serem os favoritos, o aposentado acredita na possibilidade de classifica-ção da seleção canarinho. Para ele, a atual escalação pode surpreender. Contudo, lamentou a não convocação do atacante do Santos, Le-andro Damião. “A escalação é a melhor que pode ter no momento, quem ficou de fora que deveria ter sido es-calado é o Leandro Damião. Ele já foi da seleção, ele é bom, joga da mesma posição do Fred”, avaliou.

Há 15 anos na fundação, Délio faz questão de acom-panhar todos os jogos do mundial e garantir uma boa posição no sofá ao lado dos

colegas. “Isso aqui fica lota-do, com todo mundo torcen-do. Vou assistir tudo daqui. Sempre assisto futebol, e se o Brasil se colocar (classifi-car), vamos torcer”, disse.

Um dos finais mais emo-cionantes para ele, foi o dos pênaltis cobrados pelos jo-gadores do Brasil e da Itália, em 1994. “A melhor Copa que o Brasil fez e teve sorte muito grande, foi aquela que o italiano errou o pênalti e o Brasil ganhou”, lembrou. Na disputa, o Brasil conquistou o tetracampeonato por 3 a

2 nos pênaltis. Foi a pri-meira final de Copa definida pelos pênaltis.

Acompanhar os jogos pela TV é um dos passatempos preferidos de Délio, que há 66 anos ocupava a linha do time Rio Negro, seu time de coração. “Joguei na li-nha pelo Rio Negro no time juvenil. Fizemos um torneio lá no Nacional, no tempo em que a sede era na Saldanha Marinho, onde hoje é o Tro-pical”, disse.

A sede do clube ficava próximo à casa de Délio na rua Luiz Antony, no centro da cidade. Ele tinha 18 anos, quando se envolveu com o esporte. “Gosto de futebol, sempre gostei, é um bom esporte. Só torço pelo Rio Negro em Manaus”, disse. Depois, ele passou a inves-tir na carreira de advogado, mas nunca abandonou a pai-xão pela bola.

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

Dona Valdeíde Marinho (segurando a bola) e seu grupo de amigas do Parque do Idoso: admiração com o esporte começou na Copa de 1970 e lhe dá autoridade de opinar sobre a seleção

Quem vê os cuidados da servidora pública, Valdeída da Silva Marinho, 67, com a beleza, mal desconfia o que se esconde por trás da aparente vaidade. Antes de cumprir a carga horária de trabalho no turno da tarde, Valdeída divide sua agenda com os treinos de fut penalti: ela é goleira nas competições promovidas no Parque Muni-cipal do Idoso. Além disso, a servidora também pratica ca-minhada, corrida, hidroginás-tica, dança de salão e natação – atividade que conquistou várias medalhas.

A admiração de Valdeída pelo futebol é antiga e come-çou na Copa de 1970, quando o Brasil goleou a Itália de 4 a 1, em 21 de julho, no México, e arrebatou o tricampeonato. “Eu era bem jovenzinha, mas saí na rua me rasgando toda’. Acho que a melhor Copa para

mim foi quando o Brasil foi tetra. Era o time de Romário, Bebeto, Taffarel. Esse time agora (de 2014) tem tudo para ser igual ao do tetra, porque não tem ‘estrela’”, salientou.

Por dentro da escalação, Marinho aprovou todas as convocações do técnico Fe-lipão. Além da competência, para ela o que pode defi-nir a conquista do título é a humildade que deveria ser uma característica sempre presente na equipe. “Se de-pois desta Copa sair alguma estrela, parabéns, mas ago-ra o Brasil precisa é de bons jogadores”, sacramentou.

Única botafoguense em uma família de vascaínos, Marinho já se programa para assistir os jogos na casa da filha e no Parque do Idoso com os amigos. “Quero um lugar bem animado”, disse. Apesar de ter dezenas de ca-

misas verde-amarela, que tem usado todos os dias, ela não acredita em simpatias para “dar uma mãozinha” para a seleção. “Acredito em bola no pé mesmo”, defendeu.

Pulseira da sorteAo contrário de Valdeída

- avessa a simpatias - para a aposentada Lucy Brito, 64, toda ajuda é bem vinda. Dias antes do início dos jogos, ela resgatou o par de brincos e a pulseira verde-amarela que usa há três Copas. “Uso brin-co e pulseira para dar sor-te. Também visto a camisa do Brasil, faço isso todas as Copas. Pena que aqui em Manaus não vai ter jogo da seleção”, afirmou.

Além da simpatia e do pen-samento positivo, a aposen-tada também se interessa em entender particularidades do esporte, conhecer os jo-

gadores e acompanhar todas as novidades que envolvem a seleção brasileira. “Adoro futebol. Gostei muito da esca-lação, todos são profissionais de grande competência, como Neymar e o David Luiz. Acho que vamos chegar lá. Bem antes da escalação já tinha o pensamento que nossa sele-ção ia vencer”, desejou.

Os torneios de futebol são, para a aposentada, uma opor-tunidade de curtir ao lado das 120 pessoas que compõem a família na casa na Vila Amazo-nas, no bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul. “Não vou assistir aqui no par-que (do idoso) porque na hora do jogo eu me empolgo tanto e pode sair um palavrão e, como têm idosas, de mais idade que eu, elas podem não gostar. Vou assistir na casa da família, reunir ela toda, já está tudo enfeitado”, disse.

Analistas esportivos e ajuda das ‘simpatias’

FOTOS: IONE MORENO

AUTORIDADEO advogado aposenta-do Délio Contes, de 84 anos, foi ex-jogador do time juvenil do Rio Ne-gro e analisa paciente-mente a preparação do Brasil para a Copa do Mundo, que começa dia 12 de junho

Délio Conte, advogado aposentado: conhecedor e experiente no futebol, ele irá acompanhar os jogos com amigos da fundação

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C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 25 DE MAIO DE 2014

MAQSERRAS

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Page 22: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

A alegria é do torcedorQuem não vai acompanhar os jogos na Arena da Amazônia - seja por não se interessar ou por não ter conseguido ingresso - direciona seus esforços para colocar no corpo e em seus espaços todos os elementos para torcer pela vitória brasileira

O clima da Copa do Mundo já tomou con-ta de Manaus oficial-mente. A prova disso

já pode ser vista nas ruas, nos rostos das pessoas, nos olha-res, lugares e no jeito criativo que o amazonense manifesta toda essa euforia trazida com a realização de jogos na capi-tal amazonense. A alegria e a confiança na vitória da seleção brasileira em cada um é maior do que qualquer frustração por não ter conseguido ingresso para ver os jogos dentro da Arena da Amazônia.

Ruas e avenidas da cidade já expõem uma tradição comum nesse tempo que antecede a Copa. O espírito esportivo vai além dos muros das casas e invade portões, enfeita postes, fachadas e o chão das ruas de verde e amarelo.

A rua Leonardo Malcher, no Centro, é uma das mais tradi-cionais a decorar os postes e o chão com enfeites, formas e pinturas adequadas ao tema da Copa. Uma das coordena-doras da iniciativa, a autônoma Semone Santos, 53, conta da alegria e entusiasmo de fa-zer esse trabalho nessa época. “Com dificuldades, mais ainda muita dedicação, conseguimos vencer os obstáculos da falta de apoio. Todos aqui se dispõem, mas garantimos a gratificação

daqueles que fazem as pinturas no asfalto e também enfeitam as ruas”, comentou, erguendo com orgulho uma réplica da taça da Fifa que possui em casa.

Na rua 24 de Agosto, bairro Morro da Liberdade, Zona Sul, a paixão pelo futebol está nas formas montadas em bandei-rolas, como as bandeiras do Amazonas e do Brasil, motivo de orgulho para moradores. O organizador da ornamentação, o artista plástico Aldo Barbosa,

orgulha-se do trabalho que é feito com muito esmero e se-riedade. “Começamos a fazer esse trabalho há cerca de dois meses e queremos inaugurar no máximo cinco dias antes do início do mundial, com portal e tudo”, adiantou. Ele contou que o resultado, considerado impressionante, é obtido por meio de eventos realizados aos domingos na própria rua para angariar recursos para compra de materiais e promover ativida-

des nos dias de jogos. Ele disse já ter gasto mais de R$ 20 mil no portal para a rua, mais de um milhão de bandeirinhas e 200 rolos de barbante até agora.

Outra rua que mesmo com ornamentação tímida e com ar de simplicidade, como tantas outras da cidade, a rua Brasil, localizada no bairro Nossa Se-nhora das Graças, Zona Centro-Sul, apresenta decoração mais discreta, contudo reflete o en-tusiasmo de seus moradores. No bairro Alvorada 1, na Zona Centro-Oeste, na rua 3, também pode-se conferir o colorido.

Ansiedade e expectativa são os sentimentos com os quais hoje vive a professora e pedago-ga Andreia da Silva Henriques, 33. Casada e mãe de um filho de 3 anos, ela e o esposo garanti-ram a presença no mundial em Manaus e vão assistir ao jogo entre Croácia e Camarões no dia 18 de junho. “Se não fosse por todas essas exigências da Fifa teríamos conseguido para os outros três jogos, mas para nós isso é uma vitória fantástica”, comemorou a professora.

A professora contou que não planejaram nada, mas foram influenciados pela euforia que toma conta de todos nesse período. “Quando decidimos, resolvemos que se conseguís-semos para os outros jogos iríamos a todos, mas essas exigências para se adquirir os ingressos frustrou muita gente”, disse ela.

Rua 24 de Agosto, na Zona Sul: demonstração de criatividade e de orgulho pelo esporte

Paralelo a tudo isso, cer-tamente ainda permeia no imaginário de cada um que vai assistir aos jogos um sen-timento de apreensão em tor-no dos acontecimentos que poderão surgir, não somente dentro, mas fora dos está-dios. A professora Andreia, também, apesar de otimista, compartilha da mesma in-certeza. “Sou muito otimista, temos que ser. E temos que fazer a diferença, porém, não podemos deixar de levar essa possibilidade a sério, mas en-tendo que o povo brasileiro, especialmente o manauense,

vai dar exemplo de cidadania e respeito”, prevê. Ela acrescen-tou que quanto mais se apro-xima o evento futebolístico, a ansiedade aumenta.

Alheia e esperançosa ao mesmo tempo com essas questões, a professora diz como planejou ir à Arena da Amazônia. “Combinamos meu marido e eu de irmos de carona com meu pai. Ele vai levar, porém, se não der para buscar, voltaremos de táxi ou mesmo nos transportes alter-nativos. São muitas restrições no entorno da arena, é melhor não arriscar”, ressaltou.

Mesmo para quem vai estar fora dos muros da arena, não vai faltar criatividade para acompanhar os jogos. O con-tabilista João Alves mantém um grupo pessoal na rede social Whatsapp para com-partilhar informações inclu-sive sobre o mundial entre os amigos. Ele é um desses que vai usar da criativida-de para, mesmo não indo à arena, vibrar com os jogos realizados aqui. “Por meio do nosso grupo no Whatsapp, vamos combinar na casa de quem nos reuniremos a cada jogo”, contou.

Temor, otimismo e criatividade

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

TORCIDANa rua 24 de Agosto, no bairro Morro da Liberdade, Zona Sul, o portal criado por moradores deve ficar pronto cinco dias antes do início da Copa, ten-do levado mais de um milhão de bandeirinhas

FLÁVIO GUIMARÃESEspecial EM TEMPO

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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Segurança à toda provaPlano Operacional Integrado da SSP-AM prevê 15 mil servidores atuando de forma direta e indireta durante os jogos da Copa em Manaus. Ação nacional vai afetar também voos nos aeroportos das cidades-sede em todo o Brasil

Esquema de segurança vai abranger a Arena da Amazônia, seu entorno e outros locais considerados como estruturas críticas

Cerca de 5 mil servidores irão compor o efetivo de segurança que irá atuar de forma direta

durante os quatro jogos do cam-peonato mundial em Manaus, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Se-gurança Pública (SSP-AM). A estimativa é que cerca de 10 mil profissionais atuem de forma indireta no Plano Operacional Integrado de Segurança.

Eles fazem parte das polí-cias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), secretarias-adjuntas de Inte-ligência (Sesai), do Ronda no Bairro (Searb), de Grandes Eventos (Seasge), Corregedo-ria e Ouvidoria geral, Instituto Integrado de Ensino (Inep) e Centro Integrado de Opera-ções de Segurança (Ciops).

Segundo a SSP, todos partici-param de treinamentos, desde 2011, tanto em Manaus, como em outros Estados e em outros países, possibilitando a aplica-ção de técnicas modernas para gestão de conflitos e, assim poder atuar de maneira efetiva no plano integrado para a Copa do Mundo.

Outro investimento reali-zado foi a análise de risco de cenário, desenvolvida pela Secretaria Executiva de Inte-ligência (Seai) da SSP-AM e

a Agencia Brasileira de Inte-ligência (Abin) que possibilita o conhecimento de situações e o respectivo planejamento e aplicação dos recursos.

Terão atenção especial no Plano Operacional Integrado de Segurança não somente a arena, os centros oficiais de treinamento, os hotéis oficiais das delegações, as rotas pro-tocolares, os estacionamen-tos e pontos de triagem de acesso, o aeroporto, portos, rodoviária, Fan Fest, public views e outros locais com grandes concentração de pú-blico, consideradas estruturas críticas, mas também centrais de energia e abastecimento de água, entre outras.

Também haverá policiamento durante a transmissão dos jo-gos da seleção brasileira no Fan Fest na praia da Ponta Negra, Zona Oeste, que deve receber 100 mil pessoas.

Trinta câmeras de alta resolução além de potente imageador aéreo, acoplado a helicóptero, serão utilizadas durante os jogos, bem como as 340 câmeras já espalha-das por toda a capital.

Um montante de R$ 120 milhões por parte do governo federal esta sendo investido em todo aparato de seguran-ça e treinamento das equipes que serão empregadas na Copa do Mundo.

* Com matéria da SSP-AM

Fazem parte do efetivo po-licial 502 alunos formados no Curso de Formação de Sol-dados da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), na última sexta-feira (30). O grupo - remanescente do cadastro de reserva do concurso público realizado em 2011 - integra o Grupamento de Eventos, que vai atuar na capital durante os

jogos da Copa. Após o Mundial, será incorporado ao programa Ronda no Bairro, que está em fase de expansão para o inte-rior do Estado.

Na próxima segunda-fei-ra (2), será inaugurado o Centro Integrado de Co-mando e Controle Regional (CICC-R), que fará interface com o CICC Nacional, em

Brasília e Rio de Janeiro.

Tráfego aéreoA Força Aérea Brasileira

(FAB) anunciou que haverá restrição no tráfego aéreo durante os jogos em nove cidades. Os pousos serão sus-pensos quatro horas após o início das partidas e uma hora antes dos jogos no aeroporto

internacional Eduardo Gomes em Manaus, e nas cidades de Salvador, Recife, Fortale-za, Curitiba, Cuiabá, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Já, em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, serão suspensas as decolagens no momento das disputas, o que pode afetar cerca de 800 voos em todo país.

Grupamento de Eventos vai atuar na Copa

DIEGO JANATÃ/ARQUIVO EM TEMPO

IVE RYLO*Equipe EM TEMPO

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

ESCOLA JUDICIAL DO TRR

Cores a gosto do freguêsPara torcer pela seleção brasileira, o amazonense não mede gastos e corre atrás de tudo para enfeitar seu espaço, mas são as camisas os itens mais procurados para as reuniões das torcidas entre famílias e amigos em dias de jogos

No centro de Manaus, os comércios dispo-nibilizam diversos adornos decorativos

ao torcedor da Copa: bandei-rolas, chapéus, colares, bolas gingatescas e comésticos nas cores verde-amarelo. O torce-dor amazonense se encanta com as novidades do mercado e a variedade de artigos deco-rativos, contudo a recordista do consumo é a camisa canarinho (nas cores verde e amarela), apontada como sucesso de compra entre os torcedores de todas as idades, segundo os lojistas da área comercial.

Com a mesma intenção de outros torcedores, a dona de casa Marli Matsui, 48, definiu como prioridade nas compras a camisa da seleção brasileira a todos que irão compor a sua torcida orga-nizada. “Para todos os mem-bros da família compramos a peça verde e amarela, item indispensável”, comenta.

Matsui revela que parte do orçamento deste mês foi des-tinado a produtos da Copa. “Iremos assistir aos jogos na casa de amigos. Comprei cha-péu, bandeiras, vuvuzelas e até pandeiro para animar, e levarei a toalha de mesa com o tema da Copa. Gastei cerca de R$ 270 nestes últimos retoques”, diz.

Em meio a tantos itens na loja, a dona de casa Mara Barbosa, 52, estava na procura de ins-trumentos para agitar a torcida da família durante os jogos e adquirir objetos decorativos. “A minha casa está pronta com pintura nova nas cores do Brasil. Vim comprar os adereços para reunir a família e formar a nossa torcida organizada, que já está com a camisa pronta para vestir nos jogos. Falta-vam os instrumentos para fazer barulho na hora do gol e estou levando bate-bate, corneta e bandeirolas para acrescentar à decoração da casa”, relata.

Mara diz que a mídia a in-centiva ao consumo dos artigos personalizados. “É contagiante esse movimento, diferente da energia das outras Copas. Es-tamos recebendo este evento internacional no nosso país, e, além disso, Manaus é subsede. Torço pela nossa seleção e pelo hexa”, conta, entusiasmada.

A vendedora Franci Andrade, 27, relata que na loja em que trabalha as bolas de futebol gigante foram o “boom” das vendas. O artigo, além de deco-rar o ambiente dos torcedores, era atração para as crianças. As tintas para os “caras pin-tadas” disputou o lugar na preferência com outros cos-méticos. “Após acabarem as bolas gigantes, percebemos que as pinturas de rosto tive-ram muita procura”, conta. Venda de produtos padronizados para a Copa em loja de Manaus: artigos adequados ao público

A paixão do amazo-nense pelo futebol tem colorido as casas, carac-terizado os torcedores e todo ânimo tem sido le-vado às ruas. Os carros e motos dos amazonenses desfilam nas cores verde e amarela. Em uma loja de variedades, as capas de capôs e bandeirinhas para motos exibem a bandeira nacional, “O material de revestimen-to no capô e o adereço nas motos têm grande saída”, diz o vendedor Elcio Santos, 33.

O empresário José Moreira, 76, concorda que o produto mais con-sumido é a camisa da seleção, não importan-do o modelo de manga curta ou longa: o torce-dor parece querer entrar em campo junto com a seleção. “Percebi que a procura era grande pelas blusas do Brasil e defini um preço popular de R$ 30”, observa.

Lojistas atentos ao consumo

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

DENY CÂNCIOEspecial EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1010

2 As chaves da verve de ChicoRecursos que ressoam nas letras do trovador. Pág. 3

1 Uma visita a NollywoodE outras 8 indicações culturais. Pág. 2

3 O clube da luta bolivianoRitual violento divide opiniões no país andino. Págs. 4 e 5

4

5 Do arquivo de Leão Serva

Saberemos tomar conta de nós?Diário de Lisboa. Pág. 6

São Paulo, 1983. Pág. 7

Capailustração deDeborah Paiva

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G2 MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Ilustríssima SemanaO MELHOR DA CULTURA EM 9 INDICAÇÕES

Ilustríssimos desta edição

Folha.com

ARTESArtigo defende que obras que causam indignação são essen-ciais para fi mdo cinismo quan-to à arte contemporânea

FOLHA.COM/ILUSTRISSIMAAtualização diária da página da “Ilustríssima” no site da Folha

FERNANDO LEMOSVeja imagens da série “Ex-Fotos”

>>folha.com/ilustrissima

BRASILEIRO

ESTRANGEIRO

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O POP

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AÇÃO

LIVRO | O QUE É O CINEMA?A “Ilustríssima” faz três perguntas ao crítico e pro-fessor Ismail Xavier sobre o livro do francês André Bazin (1918-58), relançado em versão ampliada. (Cosac Naify, trad. Eloisa Araújo Ribeiro R$ 49,90, 416 págs.).

Folha - Qual o papel de Bazin no desenvolvi-mento da crítica de cinema?Ismail Xavier - Ele é um autor capital na história da crítica, pilar na análise do cinema moderno, nos anos 1940. Sua erudição e olhar arguto criaram balizas novas para a percepção do estilo, e sua noção de realismo na forma reuniu a constelação “Jean Renoir, neo-realismo, Orson Welles, Robert Bresson”, para além das diferenças de conteúdo e tema. Ele nos deixou ensaios notáveis nos vários gêneros e na relação com pintura e teatro.

Qual a importância da reedição desse livro em português?Bazin é leitura indispensável para quem se inte-ressa pela cultura visual do século 20. Fundador, em 1951, da infl uente revista “Cahiers du Cinéma”, em que militaram os jovens da nouvelle vague, seu pensamento está vivo no diálogo da crítica. Ele não sistematizou uma teoria, mas foi mestre na relação conceito-imagem no exercício da crítica, e é retomado por distintos teóricos.

Como seu pensamento infl uenciou a crítica do brasileiro Paulo Emilio Sales Gomes?Paulo Emilio conheceu Bazin quando vivia na França, entre 1946 e 54, momento de sua pesquisa sobre Jean Vigo. São ambos de uma geração que pensou o cinema nos termos da constelação moderna, mas atentos também à indústria. Um traço comum entre eles é que o conceito se cria no ensaio crítico, em interação com os fi lmes. (ÚRSULA PASSOS)

‘Asas Encarnadas’ (2014), Salvaterra, Ilha de Marajó, PA

CARLOS RENNÓ, 58, letrista e jornalista, é autor de versões brasileiras de canções de Cole Porter, como “Façamos (Vamos Amar)”, gravada por Chico Buarque e Elza Soares, e do livro “Cole Porter “” Canções, Versões” (Pauliceia).

DEBORAH PAIVA, 64, é artista plástica.

FABIANO MAISONNAVE, 38, é repórter especial da Folha.

ISABEL COUTINHO, 47, é repórter do jornal português “Público”.

JOSELY VIANNA BAPTISTA, 56, escritora e tradutora, publicou “Roça Barroca” (Cosac Naify).

LEÃO SERVA, 54, colunista da Folha, é autor de “Um Tipógrafo na Colônia” (Publifolha).

RODRIGO MACHADO, 33, é repórter fotográfi co da Folha.

1

DEBATE | PODER PROVISÓRIOA exposição de 86 fotos dos

do acervo do MAM de São Paulo termina no dia 15, mas antes o museu realiza debate e lançamento do catálogo. Estarão na mesa o curador da mostra, Eder Chiodetto, o curador da instituição, Felipe Chaimovich, a pesquisadora de antropologia da Unicamp Fabiana Bruno e a professora de comunica-ção da UFRJ Ivana Bentes.

MAM - SP | tel. (11) 5085-1300 | sáb. (7), às 15h | grátis

EXPOSIÇÃO | LUIZ BRAGA“Retumbante Natureza Humanizada” traz 160 imagens

do fotógrafo paraense realizadas desde 1976. Além das fotos, muitas delas feitas em Belém e na Ilha de Marajó, a mostra, com curadoria de Diógenes Moura, inclui vídeo do coletivo paraense Cêsbixo, inspirado no artista.

Sesc Pinheiros | tel. (11) 3095-9400 | de ter. a sex., das 10h30 às 21h30; sáb. e dom., das 10h30 às 18h30 | grátis | até 3/8

PREMIO | GRAVURA EAV PARQUELAGE + MUL.TI.PLOOs candidatos selecionados vão participar por um

mês das Ofi cinas de Imagem Gráfi ca da Escola de Ar-tes Visuais do Parque Lage, no Rio. Um deles irá para uma residência de 15 dias na Scuola Internazionale di Grafi ca, em Veneza.

Regulamento e inscrições em eavparquelage.rj.gov.br | até 13/6

LIVRO | A REPRESENTAÇÃO MATEMÁTICA DAS NUVENSQuarta coletânea do poeta, letrista e

compositor arrudA, parceiro de músicos como Tatá Aeroplano, Peri Pane e Alzira E, reúne 89 poemas, alguns deles breves como “o vagalume quando apaga/acende a lua na água”.

Patuá | R$ 30 | 96 págs.

CINEMA | BEM-VINDO A NOLLYWOODEm sua última semana, a mostra de fi lmes feitos na Nigéria

exibe oito longas. “Living in Bondage”, de 1993, que passa hoje, às 17h, marca o início de uma das maiores indústrias cinematográfi cas do mundo, ao lado de Hollywood e de Bollywood. Já em “Osuofi a in Brazil”, de 2013, homem se faz passar por professor para ser enviado ao país em busca de ideias para sua comunidade.

Cine Olido | tel. (11) 3331-8399 | R$ 1 | até 5/6

SARAU | FERNANDO LEMOSEvento paralelo à mostra “Ex-Fotos”,

do artista português radicado no Brasil, promove a leitura de poemas dele e de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), selecionados pelos professores de literatura da USP Augusto Massi e Paola Poma. Lemos, que completou 88 anos, participará da leitura.

Galeria FASS | tel. (11) 3037-7349 | sáb. (7), às 11h | de ter. a sex., das 11h às 19h, e sáb., das 11h às 17h | grátis | até 28/6

LIVRO | CARL SCHMITTEm “O Nomos da Terra no Direito das Gentes do

Jus Publicum Europaeum”, o pensador alemão (1888-1985) se volta ao direito internacional. Ele mostra a formação e declínio de uma ordem europeia, do século 16 à Primeira Guerra Mundial.

trad. Alexandre Franco de Sá, Bernardo Ferrei-ra, José Maria Arruda e Pedro Castelo Branco | Contraponto | R$ 78 | 360 págs.

EXPOSIÇÃO | DECO FARKAS“Esse Treco”, primeira individual do mu-

ralista e grafi teiro, traz pinturas sobre madeira e parede, além de vídeos. O universo do artista, que nos trabalhos de grafi te adota o codinome Treco, é povoado por criaturas fantásticas.

Galeria Virgilio | tel. (11) 2373-2999 | qua. (4), às 20h | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 17h | grátis | até 19/7

LUIZ

BRA

GA/

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AÇÃO

‘Peixe com Rodas’ (2013), grafite e caneta sobre MDF

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G3MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

2Para tirar efeito igual

Música

Chico Buarque sempre foi um grande cultor das aliterações. Desde o início do seu longo percurso de compositor-letrista

CARLOS RENNÓ

Jogos e joias na obra de Chico Buarque

RESUMOAo longo de sua carrei-ra como compositor-letrista, Chico Buarque fez uso constante do recurso poético da aliteração, tanto em seus sambas de conte-údo social quanto nas canções sensuais. Mas seus jogos de palavras vão além, e se asse-melham ora a dribles do futebol-arte, ora a canções de trovadores da Idade Média.

fora de série, ele se notabilizou pela mestria no emprego delas, como comprova um de seus primeiros sambas de conteúdo social e grande expressão, “Pe-dro Pedreiro” (1965).

A luxuriosa “Não Existe Peca-do ao Sul do Equador”, parceria com Ruy Guerra de um pouco mais tarde (1972), clássico que integra outra vertente impor-tante da obra de Chico, a das canções sensuais, ricas em su-gestões sexuais, também é bali-zada por palavras aliterantes.

Embora com o tempo as ali-terações tenham se tornado menos frequentes em sua obra, nem por isso Chico deixou de praticá-las com assiduidade. Na verdade, economizou estetica-mente o seu uso.

Assim, por exemplo, “Irace-ma Voou” (1998) apresenta, sobre a suavidade das frases melódicas, duas passagens assinaladas respectivamente por delicados eles (levemente entremeados de pês) e “ch”s. Ambos muito apropriados para colaborar para a transmissão do

sentimento de ternura, investi-da de alguma ironia, para com a personagem do título: “Leva roupa de lã/ E anda lépida/ [...] Lava chão numa casa de chá”.

Desde que o linguista e crítico Roman Jakobson, ao lado de outros nomes do formalismo russo, se dedicou sistematica-mente ao estudo dos efeitos so-noros na poesia, as aliterações e outros jogos de palavras e sons se constituem como recursos defi nidores da especifi cidade da linguagem poética.

Se isso vale para toda poesia, é ainda mais válido quando se trata da melopeia, a modalidade em que a seleção vocabular se orienta pela propriedade musi-cal dos termos, em que eventos sonoros como paronomásias, rimas inclusas, desempenham papel fundamental.

Normalmente, no entanto, tem-se uma concepção bastan-te limitada da qualidade estética das aliterações. Para a maioria, elas são indistintamente vistas tão só como uma proliferação ornamental de fonemas com

sons idênticos ou parecidos. Na obra de Chico, porém, há uma abundância de demonstrações do emprego artístico superior desse procedimento.

As aliterações podem vir com anagramas, como em “A Rita” (1965): “[Levou seu retrato,] seu trapo, seu prato”. Ou na citada “Iracema Voou” (de um período em que as aliterações, como as rimas, já se rarefaziam e se refi navam): “Não domina o idioma inglês” (imperfeito, sim, mas bom).

Ou então se constituir de palavras de um mesmo cam-po semântico, estabelecendo o que poderia ser visto como aliterações de som e de sentido. Veja-se este verso, de “Mam-bembe” (1972): “Mendigo, ma-landro, moleque, mulambo, bem ou mal”. Ou estes, de “Ana de Amsterdam” (1972/3): “Sou Ana do dique e das docas”; “Da cama, da cana, [...] bacana (sacana)”. De “Jorge Maravilha” (1974), “[Ela gosta do tango, do den-go,] do mengo domingo...”. Ou, de “Feijoada Completa” (1977),

este: “Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão”. Perfeitos, não?

Mas o grau de complexidade e originalidade na aplicação des-se recurso não fi ca por aí, ha-vendo ocasiões em que os sons dos trechos aliterantes chegam a remeter ao signifi cado deles, promovendo um isomorfi smo de especial valor.

“O povaréu sonâmbulo/ Am-bulando/ Que nem muamba/ Nas ondas do mar”: nessa pas-sagem de “Carioca” (de 1998) podemos “ver” (tendo como re-ferência as latas de maconha que tinham sido descobertas boiando nas águas do Rio, os versos, além do mais, são de uma força imagética a toda prova) as pessoas, de manhãzi-nha, a perambular ante nossos olhos ainda não plenamente despertos. O que dizer das linhas de “Morena de Angola” (1980)? Quase toda ela chiante, a le-tra, literalmente, efetivamente, chocalha do começo ao fi m, tal e qual a musa sensual e militan-te que ela canta e “que leva o chocalho amarrado na canela”,

deixando o poeta indeciso se “ela mexe o chocalho ou o cho-calho é que mexe com ela”.

Chico trata a palavra canta-da como o craque de futebol trata a bola; com o mesmo carinho, a mesma classe. E nesse tratamento explora as imensas possibilidades sono-ro-criativas da nossa língua, o português brasileiro.

Um artífi ce da palavra do quilate de Chico Buarque não apresentaria uma concepção comum de rima. Nesse senti-do, alguns exemplos são bas-tante ilustrativos, constituin-do pequenas joias a descobrir em sua obra.

Observe-se o que sucede na já referida “Iracema Voou”, canção que refl etiu a onda da mudança de brasileiros, na se-gunda metade da década de 90, para o exterior, mais preci-samente para os Estados Uni-dos. Muito a propósito, Chico escolheu para a sua imigrante o nome, anagrama de América, da personagem do romance romântico de José de Alencar.

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G4 MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Sociedade

RESUMONa Bolívia repete-se ano a ano o Tinku, festival de lutas pré-colombiano, cujo nome signifi ca “en-contro” e que assegu-raria boas colheitas. O governo de Evo Morales, que prega a revalorização da cul-tura indígena, rebate as críticas à violência que chega a causar mortes, dizendo que ela foi introduzida pelos espanhóis.

3Briga de roda nos Andes

Aos quatro anos, José Luiz Cruz caminhou com os pais por cerca de uma hora até a praça central do vilarejo de Macha, no altiplano bolivia-no. O fi lho de camponeses, vestido em coloridos trajes bordados, marchou e dançou com o seu grupo em volta da praça principal. Depois, foi colocado em um círculo e, incentivado pela comunida-de, trocou socos com outra criança do seu tamanho.

Era a primeira vez que Cruz, hoje com 27 anos, participa-va do Tinku (“encontro”, em quéchua), festa ritual realizada principalmente no norte do de-partamento de Potosí. “Desde então, só perdi um Tinku, por-que estava no Exército”, contou ele à Folha, a dois dias do ritual, que, em Macha, costuma ocorrer no início de maio.

Não se sabe quando o Tinku começou a ser celebrado, mas os primeiros espanhóis que chegaram à região, no século 16, o descreveram. Apesar de sua rotina de lutas sangrentas e mortes, persiste como a cele-bração anual mais aguardada da região.

Fora dessa data, Macha e seu entorno, de altitude média de 3.500 metros acima do nível do mar, sobrevive da agricul-tura de subsistência, praticada em pequenas faixas de terra incrustadas em montanhas pe-dregosas. Algumas comunida-des só falam quéchua, e as mais distantes estão a até quatro horas do “casco urbano”, de apenas 2.000 habitantes.

Desde o período colonial, o ritual vem sofrendo modifi ca-ções, sendo a mais visível a homenagem a Cristo, a pon-to de também ser conhecido como Festa da Cruz.

Outra mudança, mais recen-te, tem a ver com a presença de policiais. Nos anos 1970, durante a ditadura militar, o governo enviou tropas do Exército para tentar impedir o Tinku. A partir daí, explica o antropólogo italiano Michele de Laurentiis, que defendeu

FABIANO MAISONNAVEFOTOGRAFIA RODRIGO MACHADO

Impasses em torno de um ritual bolivia-no viram verdadeiro clube da luta latino

um doutorado sobre o tema na Universidade de Messina, a participação das forças de segurança foi “se instituciona-lizando” e atualmente é nego-ciada entre líderes campone-ses e os governos locais.

Nos últimos anos, coube ao presidente do país, Evo Mora-les, tentar infl uenciar o Tinku.

Ao mesmo tempo em que se tornou protegido por uma lei, o rito vem sendo relido pelo governo, por meio do vice-ministério da Descolonização. Segundo essa revisão ofi cial, a violência foi introduzida ao ritual pelos espanhóis – o pro-blema é convencer os campo-neses disso.

PachamamaNo primeiro domingo de

maio, membros de cerca de 70 comunidades rurais lotaram as ruas de Macha para render homenagem a Jesus Cristo e a Pachamama (mãe-terra), dançar ao som do charango (instrumento de cordas) e da jula jula (fl auta andina). Vão ao local para confraternizar, cortejar, consumir grandes quantidades de chicha caseira (bebida alcoólica feita do mi-lho), batizar os fi lhos na igreja – e, sobretudo, para tomar parte de sangrentas brigas individuais e coletivas que às vezes terminam em morte.

Para o Tinku deste ano, fo-ram enviados 54 policiais a Macha. Empunhando chicotes no lugar de cassetetes, eles organizaram centenas de lutas entre camponeses, moderando a violência.

A grande preocupação é evitar os óbitos, bastante frequentes até poucos anos atrás. Caso ocorram, porém, não há inquérito. Durante o Tinku, o que vale é a Jus-tiça originária, baseada na lei indígena e que, pela nova Constituição boliviana, ocupa o mesmo nível hierárquico que a Justiça comum.

A rotina se repetiu durante todo o dia: aos gritos de “can-cha, cancha” e distribuindo chi-cotadas, os policiais formam um pequeno círculo em meio a dezenas de camponeses di-vididos entre as comunidades (ayllus) de cima e as de baixo,de acordo com sua posição na formação da roda.

Trocas de olhares, provoca-ções e dedos apontados são os signos usados para acertar as brigas entre membros de cada grupo. Concedida a auto-rização policial, os oponentes entram no círculo e passam a trocar socos freneticamen-te – os poucos que levantam guarda ou se esquivam, como no boxe, são ridicularizados pelo adversário e até retirados da luta.

A briga difi cilmente chega a durar um minuto: quando um oponente cai ou está perdendo, os policiais retomam os chi-cotes para afastar os conten-dentes, aos gritos de “basta”. Quase todos saem sangrando, às vezes profusamente. Alguns precisam ser carregados. Os desafi os envolvem todas as

faixas etárias e mulheres, em-bora a maioria seja entre ho-mens jovens e de meia-idade. A reportagem só presenciou duas lutas entre mulheres e nenhuma de crianças.

Os cerca de 20 estrangei-ros presentes, entre turistas e jornalistas, eram recebidos com reações variadas. Muitos se incomodavam com as câ-

meras, outros ofereciam en-trevista em troca de dinheiro e uma minoria se prestava a explicar o Tinku esponta-neamente ou convidava para tomar um trago.

Um fotógrafo espanhol acei-tou chichas demais. Embriaga-do, levou socos e teve a câmera roubada. A subprefeitura foi avisada e conseguiu devolver o equipamento no dia seguinte, salientando que, “em Macha, nada se perde”.

Na praça, a intensidade das provocações entre os dois gru-pos costuma aumentar até as brigas se multiplicarem e se transformarem numa batalha campal. A polícia lança mão do spray de pimenta, enquanto as mulheres tentam separar bri-gas dos maridos com chicotes ou varetas.

Quando tampouco isso é sufi -

ciente ou se os grupos começam a lançar pedras, chega a vez do gás lacrimogêneo. A correria e a dispersão duram apenas alguns minutos, até os policiais recupe-rarem o fôlego e organizarem novamente a “cancha”.

Pluralismo“A lei fi ca sem efeito um dia

por ano”, explica o diretor de assuntos jurídicos do Minis-tério de Culturas e Turismo, Marvin Molina. “A polícia não pode impedir o enfrentamento físico, apenas os excessos na realização da cultura originá-ria. É um dos poucos lugares do mundo onde se vive o plu-ralismo jurídico”.

A violência é explicada de maneira contraditória pelos participantes. O sangue der-ramado e a morte são justi-fi cados como uma oferenda a

Pachamama em troca de uma boa colheita. A briga em si ocor-re por “costume”, explicam.

Ao mesmo tempo, a inter-venção policial não é contes-tada, embora muitas vezes se revele impotente.

Cruz, que, além de agricultor, está no seu primeiro mandato como vereador pelo partido governista MAS (Movimento ao Socialismo), explica: “Se há luta e sai sangue, é uma homenagem a Pachamama, para que tenha um bom ano na agricultura. Quando morre gente, é um bom ano, um ano produtivo. Quando não morre gente, a produção cai para o ano seguinte. Nestes dois últi-mos anos sem mortes, tivemos granizo e desastres naturais”.

E, no mesmo fôlego, arrema-ta: “Nós, como governo munici-pal, estamos evitando mortes.

ORIGEMNão se sabe quando realmente o Tinku começou; os primei-ros espanhóis que chegaram à região, no século 16, o des-creveram – mas desde então, vem sofrendo modificações

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Briga de roda nos Andes

Já não deixamos que haja esse problema, porque não pode-mos fazer do ser humano um brinquedo. Por esse motivo, haverá uns 50 policiais para dar segurança à população”.

“Há uma atitude bem am-bígua sobre a morte”, explica, por telefone, De Laurentiis, que estudou o Tinku de Aymaya, uma localidade vizinha a Ma-cha. “Por um lado, a morte é voltar a nascer e entrar no circuito de reprodução da terra e do cosmo”, afi rma. “Por outro lado, tentam também prevenir. Há três dias de rituais antes de participar do Tinku. Um deles se destina a saber o que vai se passar no Tinku e criar uma relação com os antepassados para que se evite principalmen-te a morte”.

Descolonização O caráter violento do Tinku vem repre-

sentando um desafi o para Evo Morales, o primeiro presiden-te indígena da Bolívia, originá-rio da etnia aimará, que não participa do Tinku. Ele nasceu a algumas dezenas de qui-lômetros de Macha, embora tenha migrado ainda criança para o distante departamento de Cochabamba, fora do alti-plano árido.

A valorização da cultura e da organização indígenas (70% da população bolivia-na) é um tema central para seu governo. Sob o marco da nova Constituição boliviana, de 2009, o país passou a ser nominalmente um Estado plurinacional. Há um capítulo específi co para a “autonomia indígena originária campone-sa”, dando-lhes direito a criar instituições políticas e judiciá-rias, além de outros aspectos

de autogoverno.Em 2012, o Tinku de Macha

foi contemplado com uma lei específi ca. Assinada por Mora-les, ela o declara “patrimônio cultural e imemorial” e encarre-ga o Ministério de Culturas de fazer a sua difusão. Mas como endossar uma festa ritual que, sem a intervenção externa da polícia, inevitavelmente pro-duz mortos?

O Tinku fi cou sob a incum-bência do vice-ministério da Descolonização. Criado logo após a promulgação da Cons-tituinte e subordinado ao Mi-nistério de Culturas, tem a missão de superar o legado de “cinco séculos de coloni-zação espanhola e crioula de eurobolivianos – conserva-dores, liberais, nacionalistas e neoliberais”.

O vice-ministério, por sua

vez, delegou a missão ao inte-lectual quéchua Tito Burgoa, que estuda o ritual desde 2002. Por volta de 2010, ele preparou a candidatura do Tinku a patrimônio cul-tural da Unesco, iniciativa rejeitada pelo organismo da ONU por causa da natureza violenta do evento.

Em palestra ao punhado de turistas e jornalistas que havia viajado à isolada Ma-cha (a localidade fi ca 450 km ao sul de La Paz, percorridos em 11 horas), ele atribuiu a violência do Tinku à colo-nização espanhola e, mais recentemente, às centenas de bolivianos que emigram para a Argentina e depois retornam. Disse ainda que o ritual começou por volta de 4.000 a.C., embora não haja registro histórico antes

do século 16.“A luta existia antes dos

espanhóis, mas depois per-deu o conceito de jogo”, disse Burgoa. “Foi a Igreja que impôs a batalha cam-pal para defender as suas fazendas e para entreter as suas festas”.

Agora, afi rma, a presença da polícia é necessária por causa de “gangues e delin-quentes” vindos dos grandes centros. “A contaminação cul-tural é terrivelmente negati-va, o problema atual da briga vem das grandes cidades”.

Questionado sobre a li-gação entre mortes e boa colheita, Burgoa disse que nem sequer os camponeses conhecem o que ele chama de Tinku histórico. “Estamos no período de descolonizar, de reiniciar com mentalidade própria. Todas as comuni-dades, todos os habitantes daqui perdemos a memória histórica..”

O arrazoado de Burgoa des-toa bastante do que dizem os participantes do Tinku, incluindo os mais antigos. “Claro que a luta é a parte mais importante da festa”, afi rmou Policarpo Cruz, 61, que lutou pela primeira vez aos dez anos.

“Há muito pouca diferença entre o Tinku de agora e o da minha infância. O proble-ma, agora, é que as pessoas já se civilizam, chegam com poucas vestimentas”, disse, em referência aos vários participantes sem os trajes bordados e que dispensam o uso da “montera”, espécie de capacete feito de couro. “Mas a luta é a mesma”.

Para o antropólogo e pa-dre jesuíta Xavier Albó, tido como um dos maiores espe-cialistas do mundo na cultura indígena boliviana, é equi-vocado atribuir a violência na região à chegada dos espanhóis.

“Tem havido violência antes e depois da colônia. Isso de pensar que toda a violência vem da colônia é uma ideologização recente”, afi rmou, por telefone.

Albó, espanhol radicado na Bolívia desde os anos 1950, afi rma que o governo ainda não tem claro o que é “descolonização” e menciona

DESAFIOTodo o caráter violen-to do rito vem repre-sentando um desafio para Evo Morales, primeiro presidente indígena da Bolívia, originário da etnia aimará, que não par-ticipa do Tinku

contradições entre essa pro-posta e a atuação do vice-ministério da Interculturali-dade, também ligado à pasta de Culturas. “Da mesma for-ma que o vice-ministério da Descolonização pretendia eliminar as marcas coloniais, como templos católicos, o de Interculturalidade estava feliz de poder reformar os mesmos templos”.

PertencimentoO antropólogo italiano De

Laurentiis vê no ritual “um idioma corporal para reafi r-mar seu pertencimento ao grupo”, semelhante a eventos de tradição popular que acon-tecem na Europa, como entre grupos católicos espanhóis.

Segundo ele, o rito serve também para representar disputas existentes entre as diferentes comunidades, principalmente territoriais. “O Tinku é uma maneira de expressar essa rivalidade, mas não se produz nem se resolve ali. É uma teatrali-zação”, explicou.

Para De Laurentiis, Morales demonstra pouca familiari-dade com o Tinku. Na sua tese de doutorado, ele conta que, em 2012, a comitiva presidencial chegou à região de Aymaya no mesmo dia em que estava marcado o ritual, que, ali, costuma ocorrer no início de outubro.

“Isso causou uma série de problemas às comunidades, que queriam acompanhar a visita de Evo ao seu municí-pio, pois era um orgulho ter o presidente ali. Mas quase 90% das pessoas que ouvi na pesquisa estavam na praça onde se lutava, e não na praça onde estava Evo, a 10 minutos de distância dali”.

O antropólogo relembra que houve dois mortos nesse dia. “No discurso, Evo disse algo como: ‘Vocês não têm de lutar entre vocês, têm de lutar pela revolução e pelo proces-so de mudanças’. Foi sua única referência ao evento”.

“A minha percepção é de que o governo não tem muito conhecimento do que real-mente acontece no campo. As referências são apenas o poncho, as produções mate-riais e a cosmovisão”.

Epílogo Ao final do dia, em Macha, os camponeses se espalhavam por várias ruas adjacentes. Muitos estavam desacordados nas calçadas, ensanguentados e embriagados, geralmen-te recebendo cuidados de suas mulheres. Outros ain-da buscavam briga, mais em clima de bar do que de rito ancestral. Para alívio e preocupação do vereador-camponês Cruz, pelo terceiro ano consecutivo, nenhuma morte foi registrada.

Cenas de luta no Tinku de Macha

deste ano, no dia 4 de maio

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Diário de LisboaO MAPA DA CULTURA

4

O adeus (ou até logo) português ao FMI

Já não somos entroikados

No dia 17 de maio disse-mos adeus à troika. Nesse mesmo dia completamos três anos de execução do memorando acordado pelas autoridades portu-guesas e pela troika, o triunvirato formado por Comissão Europeia, Ban-co Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário In-ternacional (FMI).

O país regressou aos mercados e equilibrou as contas públicas, mas nin-guém pode afirmar que está melhor do que no ano de 2011.

Os últimos dados do Ins-tituto Nacional de Estatís-tica (INE) mostram que o desemprego em Portugal atinge 261,8 mil pessoas

ISABEL COUTINHO

(entre 45 e 64 anos) e que 307 mil estão à procura de emprego há mais de 25 meses. Estamos mais pobres (um quarto dos portugueses tem dificul-dades em satisfazer ne-cessidades básicas), 300 mil partiram ao estran-geiro nos últimos anos, pagamos mais impostos e a reforma do Estado foi sendo adiada.

Num dos cartuns publi-cados no jornal “Público” desse dia, a personagem Bartoon, criada por Luís Afonso, recebia a visita de um homem do FMI para se despedir e lhe dizia: “Adeus, até ao meu regresso”. Bartoon, ad-mirado, perguntava-lhe: “Vocês vão voltar?” E o homem do FMI respon-dia: “Claro. Vocês têm um clima político-econô-mico-meteorológico tão bom que é impossível não pensar em vir de novo!”.

Mas a verdade é que a troika só deixará o país quando conceder a última fatia do empréstimo de 78 bilhões de euros, o que deve acontecer este mês de junho. E depois conti-nuará a vigiar-nos.

Tomar conta de nósPor isso, a pergunta

que marca a atualidade é aquela que a “Cabide”, a primeira revista portu-guesa “ao vivo” (que não existe impressa em pa-pel, nem sequer em ver-são digital, e acontece de quinta-feira até este domingo, no Cinema São Jorge), faz na sua capa: “Saberemos tomar conta de nós?”. A “Cabide” é tal e qual uma revista: tem dois diretores – o jornalista João Pombeiro e o designer Luís Alegre –, uma capa que está ex-posta na fachada do São Jorge e uma programação

(cabide.sapo.pt).As respostas – ao “de-

pois da troika saberemos tomar conta de nós?” – são dadas em palco pelo ensaísta Eduardo Louren-ço na entrevista ao vivo de Carlos Vaz Marques, o jornalista e editor da “Granta” em Portugal; no ensaio “Saída Limpa, Por-tugal na Lama”, que o es-critor Pedro Rosa Mendes apresenta no cinema, na conferência que o escritor Gonçalo M. Tavares dá com o tema “É Preferível um Anjo a uma Pedra” e na “Carta de Despedida à Troika” do encenador Tiago Rodrigues.

Luxúria canibal“Pelo Meu Relógio São

Horas de Matar” é o título do novo álbum do grupo de rock Mão Morta, que no ano passado partici-pou da Virada Cultural em São Paulo (mao-morta.

org). A banda de Adol-fo Luxúria Canibal, que comemora 30 anos e há quatro não lançava um disco, provocou por estes dias polêmica ao lançar o vídeo do single “Ho-ras de Matar”, realizado por Rodrigo Areias (bit.ly/1h9Fuck).

O cantor, que é tam-bém advogado, aparece de arma em punho em cenários como o Palácio de Belém (residência ofi-cial do presidente) e a As-sembleia da República e dispara sobre banqueiros, padres e políticos.

Enquanto isso, o resto da banda empunha ban-deiras e, por trás deles, passam imagens reais de manifestações nas ruas e de políticos portugueses. Já vieram dizer que não incitam à violência e que querem “contar a história de um português de classe média, que vivia até à cri-

se uma vida individualista e que com a crise ganha preocupações sociais”.

La Movida lisboetaMas, com troika ou

sem troika, Lisboa não para. No fim de semana passado, era como se a cidade fosse um estádio por causa da final da Liga dos Campeões, e como se Madri inteira tivesse se mudado para cá. Os adeptos do Real e do Atlé-tico esgotaram a cerveja e dizia-se que nunca se viu nada assim desde a vinda do papa, em 2010.

Nuestros hermanos ti-nham novidades: o Merca-do da Ribeira ganhou 30 restaurantes, alguns de chefs famosos, e o Merca-do de Campo de Ourique, também com novos res-taurantes, que foi buscar na reforma inspiração no Mercado de San Miguel, em Madri. Olé!

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Arquivo AbertoMEMÓRIAS QUE VIRAM HISTÓRIAS

5 Onde estão Waly e Leminski?São Paulo, 1983

Todo poeta é um pouco profeta e, como tal, pressente o que vai acontecer depois de seu tempo, concordaram os dois. “O futuro começa por a gente se sentir em casa num mundo eletrônico”, disse Waly Salomão há 30 anos, dez antes da internet. Ao seu lado, Paulo Leminski também vislumbrava uma poesia em tela eletrônica. Estávamos em setembro de 1983, e o paranaense disse: “Eu trou-xe para São Paulo, agora, o primeiro poema feito para o século 21”.

Referia-se a um trabalho concebido com o artista gráfi co Julio Plaza para ser exibido em videotexto, um sistema de comunicação inovador na época, que foi atropelado pela web.

Waly e Leminski tinham acabado de lançar seus pri-

LEÃO SERVA

meiros livros por uma gran-de editora. Sentiam leve-mente o cheiro do sucesso, depois de pelo menos duas décadas de carreira de pou-co público, com prestígio entre críticos e intelectuais e parcerias com composito-res da música brasileira.

Eu iniciava meu primeiro emprego, na Folha, no cader-no “Ilustrada”. Reunir os auto-res de canções como “Vapor Barato” (Waly, com Macalé) e “Verdura” (Leminski), que na voz de Gal e Caetano faziam a trilha sonora de minha ge-ração, era um êxtase.

Havia muito em comum en-tre eles: a “aventura da poesia concreta”, que atravessaram “muitas vezes com a água pelas canelas ou afogados”, segundo Waly, a vastidão de suas erudições literárias, a proximidade com a primeira geração do tropicalismo, o gosto pela canção popular. E, acima de tudo, havia os lan-çamentos de seus livros pela mesma editora, a Brasiliense, que vivia anos luminosos.

Mas havia também um monte de difi culdades para reuni-los: ambos eram fi guras agitadas (hiperativo defi niria melhor Waly), com personali-dades fortes e grande dose de vaidade. Recém-formado, eu teria que fazer um falar depois do outro, disciplina-damente, para que o diálogo fi casse compreensível, e os pensamentos, claros para o leitor. O desafi o era enorme, mas o encontro aconteceu. E foi realmente incrível.

Um tema destacado foi a “economia política” da po-esia. Na minha cabeça, era impossível que letristas da música popular não vendes-sem muitos livros, já que discos com suas letras can-tadas na época faziam tanto sucesso. Mas seus escritos vendiam pouco, como ocorria com a poesia no Brasil, e eles refl etiam muito sobre isso.

Em grande medida, como diziam, essas limitações do mercado ensinaram os dois a serem promotores de suas vendas, e isso talvez os tenha

feito ajudar o jornalista a construir a reportagem.

As brincadeiras tão típi-cas de Waly deram graça à conversa. Como ao chegar, cumprimentando com ironia um pôster do líder comunista Vladimir Lênin na parede: “A bênção meu pai, que fazer com a doença senil da facção ressentida da cultura brasilei-ra...” A frase fortuita brincava com o nome de dois livros do soviético e iniciava um ataque polêmico aos críticos que, no seu entender, elogia-vam poetas contemporâneos mortos, como Torquato Neto, a fi m de marginalizar os vi-vos, inclusos ele e Leminski. Waly era uma metralhadora verbal munida de referências irônicas o tempo todo.

Leminski, de início, parecia tenso. Dada hora disse com todas as letras o que o afl igia naquela manhã ensolarada: embora pouco passasse das dez horas, queria beber, e não havia nada na produtora. Fomos até uma lanchonete próxima, localizada no ponto

onde fi ca hoje o badalado bar Pirajá, no cruzamento das avenidas Faria Lima e Pedroso de Morais, em Pi-nheiros. Depois de tomar duas cervejas rapidamente, ele relaxou, e o papo fi cou ainda melhor.

Ao final do encontro com os “poetas-profetas”, ne-nhum deles, e nem mesmo eu, o “foca”, previra que as obras completas de Le-minski se tornariam um grande fenômeno literário no país dali a 30 anos (pela mesma editora que agora relança a poesia de Waly, a Companhia das Letras).

Menos ainda prevíamos que o destino pudesse ceifar tão cedo a vida de ambos, impedindo-os de fruir inte-gralmente o doce perfume do sucesso. Leminski se foi em 1989, Waly, em 2003.

De meu lado, sigo extasiado pelo encontro. Ouvindo na memória as gargalhadas dos dois, desde aquele dia nunca mais tive dúvidas sobre onde achar Waly.

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[email protected], DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1042 Plateia 3

Rock invade Festival de Ópera

Artistas autorais ganham espaço na Fifa Fan FestCasulo e Cordão do Marambaia estão entre as atrações locais para o evento que será realizado durante a Copa do Mundo

DENY CÂNCIOEspecial EM TEMPO

Artistas nacionais:

Biquini Cavadão

Maria Cecília & Rodolfo

Guilherme & Santiago

Zeca Baleiro

Jammil e uma Noites

Pixote

Babado Novo

Cheiro de Amor

Confi rmados para a Fifa Fan Fest:Artistas locais:CasuloEscândalo FônicoEdu GuedesEchoes BandBanda ImpaktoRock.comJúnior RodriguesAses do Pagode100% AbusadoMarrakechVai GarotãoProfessor LeonardoRedphone

Integrantes da banda de rock Escândalo Fônico dizem que estão felizes em mostrar o som autoral em um evento internacional

Cheiro de Amor

Além dos hits populares de atrações nacionais, a Fifa Fan Fest em Ma-naus vai abrir espaço

também para a música autoral de artistas da região. É o caso do reggae da banda Casulo, atração do dia 16 de junho, que comemora a oportunidade de se apresentar no anfi teatro da Ponta Negra (Zona Oeste) – local escolhido para o evento da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), em par-ceria com a Rede Globo.

“Tocar nesse evento mundial nos traz nova experiência e a alegria de dividir o palco com a banda Cabocrioulo, de quem apreciamos o trabalho. Quem quiser dividir esse momento com a gente é só chegar cedo ao evento. O show está marcado para começar às 15h e terá uma hora de duração”, diz o guitarrista Alex Gil.

A Fan Fest ocorrerá de 12 de junho a 13 de julho, no horário das 10h às 22h, com entrada franca. O evento terá a presen-ça de apresentadores da Rede Globo em cada palco das 12 cidades-sede da Copa no Brasil. Serão 27 dias de programação que inclui manifestações cultu-rais e a transmissão de todos os jogos do mundial, e durante os intervalos das partidas, os espectadores vão poder curtir as apresentações musicais.

A Casulo vai apresentar um repertório autoral, formado pe-los grandes sucessos “Tocar Você”, “Contando Estrelas” e “Será que Vai Chover”, esta última a atual música de tra-balho da banda. Alex diz que os integrantes seguirão a mesma estratégia de sucesso do início da carreira, ou seja, divulgar as canções antes do lançamento do CD. “Estamos com novas composições e tocaremos estas na Fan Fest, e quando lançarmos o novo álbum em dezembro, nossas canções já serão conhecidas pelo público. O evento nos dará maior visi-bilidade e diremos que estamos vivos e com força para apresen-tar algo bom”, salienta Alex.

SatisfaçãoOs membros do Cordão do

Marambaia, ainda fascinados pelo convite para o Festival Amazonas Jazz, no próximo dia 29, no Teatro Amazonas, estão felizes também pela confi rma-ção no evento da Copa na ca-pital, no dia 16 de junho. “Es-tamos numa fase satisfatória e fomos aceitos nesse evento de

organização nacional. O estilo Marambaia marcará presença com a característica de músicas ritmadas e estamos em ensaios semanais para o ajuste dos ar-ranjos”, frisa Gonzaga Blantez, cantor e compositor do grupo.

Ele relata que o novo CD do Cordão do Marambaia está em fase de preparação no estúdio, mas o grupo levará três mú-sicas novas do álbum para o show na Fan Fest. O repertório para essa apresentação, aliás, deve ter poucas modifi cações em comparação ao que está sendo preparado para o Festival Amazonas Jazz. “Entre as can-ções autorais estará ‘Banzaré’ e ‘Rimas de Cordão’, e um pout-porri em homenagem ao saxo-fonista Teixeira de Manaus e às guitarradas de Mestre Vieira e Aldo Sena”, comenta.

O grupo pretende tocar um repertório dançante durante os intervalos dos jogos no anfi tea-tro da Praia da Ponta Negra, e Blantez aposta que o ritmo con-tagiará os presentes. “O show

será empolgante. Nosso maior presente é tocar em um evento de organização nacional e em casa, valorizando o beiradão. Isso é gratifi cante”, diz.

OportunidadeCom o som variado, do folk

ao eletrônico, a banda Escân-dalo Fônico promete mostrar a qualidade do gênero no Norte do país, no dia 20 de junho, às 14h. “A oportunidade desse convite é a de levar um som de qualidade para o evento. O rock do Norte não tem infl uenciado tanto como outros segmentos, como o forró”, diz o tecladista e vocal de apoio da banda, Guedryan Rezende.

De acordo com ele, as dez faixas do novo álbum, “Ato 2”, abordarão diversos temas com levadas variadas. “Em agosto lançaremos esse CD, e vamos apresentar quatro faixas inédi-tas no evento”, adianta. O reper-tório conta com oito músicas do primeiro álbum da banda.

“Estamos felizes e sendo cri-teriosos na escolha das músicas. Sabemos que vamos tocar num evento de visibilidade interna-cional”, diz Guedryan.

Músicas mais recentes fazem parte do repertório preparado pela banda Casulo

PROGRAMAÇÃOA Fan Fest ocorrerá de 12 de junho a 13 de julho, no horário das 10h às 22h, com en-trada franca. Serão 27 dias de manifestações culturais e a transmis-são de todos os jogos do mundial

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D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Célia Villas-Boas e Wilson Périco durante evento que reu-niu poderosos da indústria, no Clube do Traba-lhador- Sesi

Ammer Hauache e Ana Carolina Ferreira, na recepção que se seguiu à cerimônia re-ligiosa de seu casamento, na Igreja de Nossa Senho-ra de Nazaré, no Diamond Convention Center

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

. A Givenchy se inspirou nas tradicionais sandálias alemãs Birkenstock para criar uma ver-são metalizada.

. Puro luxo e conforto por cerca de R$ 1.900. Fica a dica para as fashionistas de plantão.

>> Objeto de desejo

Cuka Fresca faz pré showOs meninos da banda Cuka

Fresca serão os responsáveis por animar o público e prepa-rar os corações dos fãs das bandas Sorriso Maroto e Tá Na Mente, que se apresentam no próximo dia 6 de junho na piscina do Tropical Hotel.

Com 7 anos de carreira e há cinco com a atual formação, a banda que começou tímida e tocando em barzinhos, hoje é sucesso e tem uma agenda de apresentações por todo o Estado do Amazonas.

Formado por Jefi nho, Sonata, Toinho e Rodrigo, o Cuka segue fazendo o que mais gosta para levar alegria ao público que comparece nos shows, garante o vocalista Jefi nho Briglia. “Nós procuramos estar ligados no acontece de bom nesse eixo Rio – São Paulo, o que tem de bom no mercado musical. O Cuka Fresca é infl uenciado por grandes nomes do samba e pagode brasileiro, então pro-curamos fazer o melhor para agradar o público”, destacou.

Cuka Fresca on lineEsta não será a primeira vez

que a banda abrirá um show nacional. No currículo, o Cuka

Fresca reúne os pré-shows de grandes eventos como o Sam-ba Manaus - promovido pela Fábrica de Eventos - e tam-bém de grandes artistas que hoje fazem carreira solo como, Thiaguinho e Belo. A banda que tem forte presença nas redes sociais e a partir dessa troca colhe informações sobre a receptividade do público, faz um repertório de acordo com o que a galera quer ouvir.

“As pessoas entram em conta-to pelas redes sociais para pedir que a gente toque tal música. Tem grandes sucessos de ou-tros ritmos que nós resolvemos adaptar para o pagode e que faz o público levantar o astral. Isso tudo é o combustível para que a gente possa seguir em frente fazendo o que gosta”.

Para o pré-show de Sorri-so Maroto e Tá Na Mente, o Cuka Fresca garante muita música boa e grandes suces-sos. A banda que caminha para a gravação do 4º DVD, vai fazer um repertório mesclado de composições próprias como ‘100% você’, ‘Eu Vou Te Amar’e ‘Marcas da Paixão’, assim como, de grandes sucessos que foram

regravados pelo Cuka, como ‘Deus de Aliança’ e ‘Gelinho’.

“A surpresa para o repertório será a música ‘Cê topa?’ do Luan Santana. O público tá pedindo bastante e estamos ensaiando para agradar”.

PAGODE

Cuka Fresca está confi rmada para a abertura do show da atração nacional Sorriso Maroto

DIVULGAÇÃO

SERVIÇOSHOW DO SORRISO MAROTO E TÁ NA MENTE

Quando:

Onde:

Quanto:

Pontos de vendas:

8 de junho (do-mingo)Tropical Hotel, Ponta NegraPista (2º lote): R$ 60 / Área VIP (1º lote): R$ 150 (valores de meia entrada) Stand do Amazo-nas Shopping e loja Shopping Cidade Leste (para ambos os tipos de ingres-so), Mind English School, Ótica Veja, Bar Chopp Brahma, Loja Sinhazinha.com (apenas para pista)

. O sost open da Pink Ele-phant Manaus, que seria no dia 5 de junho, foi transferido para o dia 12 de junho.

. Na ocasião serão entregues aos clientes os cartões VIPs do club americano, com fi lial em todo Brasil. O card dá direito a várias mordomias, entre elas, participar de festas em Pinks de outros Estados, não enfrentar fi las, gratuidade do estaciona-mento e um camarote no dia do aniversário do titular.

. A festa de abertura da boate terá a presença do Top Dj Romeo Blanco, residente do Tomorro-wland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, na Bélgica.

>> Dance fl oor

. O Simpósio Nacional do Ge-pelip é um evento fi nanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fape-am) por meio do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científi cos e Tecnológicos no Es-tado do Amazonas (Parev) e da Pró-Reitoria de Extensão e Inte-riorização da Ufam (Proexti).

. O objetivo do evento é promover debates e refl exões em torno da Interculturalidade nas Literaturas de Língua Portuguesa, entenden-do, Interculturalidade como a inter-secção entre duas ou mais culturas de forma horizontal e sinergética, favorecendo a integração e a con-vivência entre povos e nações, sem deixar anular sua diversidade.

. O evento ocorrerá no auditório Solimões, da Ufam, entre os dias 3 e 5 de junho, sempre às 14h.

>> Simpósio

evento que reu-

da indústria, no Clube do Traba-

Ammer Hauache e Ana Carolina Ferreira, na recepção que se seguiu à cerimônia re-ligiosa de seu casamento, na Igreja de Nossa Senho-ra de Nazaré, no Diamond Convention

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

. A UEA inaugurou, na manhã de sexta-feira, a ofi cina do projeto Baja, competição em que alunos de enge-nharia de várias universidades do país competem com a construção de um veículo de corrida próprio para com-petições off -road: o minibaja.

. A ofi cina inaugurada foi construída com fi nanciamento da Fundação de Pesquisa e Amparo do Amazonas (Fa-peam), além de patrocínio da empresa de motocicletas Yamaha.

. Atualmente, participam do projeto Baja UEA, 22 alunos dos cursos de engenharia mecânica, engenharia de produção e engenharia de controle e automação da Escola Superior de Tecnologia da UEA (EST).

>> Projeto

A atriz Deborah Secco, no gala do BrazilFoun-dation, que movi-mentou São Paulo na quinta-feira, na Funda-ção Maria Luisa e Oscar Americano, no Morumbi

. A Festa dos Namorados, que esta coluna oferece para o society de Manaus, anualmente, na versão 2014, será em ritmo de Copa do Mundo.

. O esquema é seguinte: como no dia 12 de junho acontece o primeiro jogo do Brasil, o Valetine’s Day brasileiro será no dia anterior – 11 de junho – data da nossa festa, o evento do grand monde de Manaus celebrando os casais da cidade.

. A festa será no Diamond Convention Center com jantar de menu brasileiríssimo e o som do DJ

Alexandre Prata. Não dá para perder, festão descontra-

ído e cheio de charme.

>> Namorados na Copa

Périco durante evento que reu-niu poderosos da indústria, no Clube do Traba-lhador- Sesi

. A Givenchy se inspirou nas

. Puro luxo e conforto por cerca de R$ 1.900. Fica a dica para as fashionistas de plantão.

Objeto de desejo

A atriz Deborah Secco, A atriz Deborah Secco, no gala do BrazilFoun-no gala do BrazilFoun-dation, que movi-dation, que movi-mentou São Paulo na mentou São Paulo na quinta-feira, na Funda-ção Maria Luisa e Oscar

Plateia. O sost open da Pink Ele-

phant Manaus, que seria no dia 5 de junho, foi transferido para o dia 12 de junho.

. Na ocasião serão entregues aos clientes os cartões VIPs do club americano, com fi lial em todo Brasil. O card dá direito a várias mordomias, entre elas, participar de festas em Pinks de outros Estados, não enfrentar fi las, gratuidade do estaciona-mento e um camarote no dia do aniversário do titular.

. A festa de abertura da boate terá a presença do Top Dj Romeo Blanco, residente do Tomorro-wland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, na Bélgica.

Dance fl oor

Simpósio

A bela Rena-tinha Braga, de modelo Dolce & Gabbana, em noite de jan-tar megachic no Alentejo

FOTOS: CÉSAR CATINGUEIRA

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Estreia do concerto “rOCkA”, que vai reunir no palco do Teatro Amazonas a Orquestra de Câmara e a banda Immigrant, está marcada para amanhã, 20h

Rock invade festival de ópera

Amanhã, a Orquestra de Câmara do Amazonas e o grupo de rock Immi-grant Band vão subir

ao palco do Teatro Amazonas para apresentar o concerto “rOCkA – Clássicos do Rock”. A produção faz parte do 18º Festival Amazonas de Ópera e destaca 20 hits do rock, a maioria lançada durante a dé-cada de 70, com arranjos que

unem instrumentos típicos de estilo musical aos do universo erudito.

Diretor artístico do festival e regente do espetáculo, Mar-celo de Jesus explica que não se trata de uma apresentação de covers, e sim, de releituras e novos arranjos para obras clássicas. O concerto também é, segundo ele, uma oportuni-dade para mostrar a grande proximidade entre o rock e a ópera, principalmente em relação ao que foi produzido nos anos 1970.

Para Gabriel Lima, integran-te das orquestras fi larmônica e barroca d o Estado e r e s - ponsá-

v e l

pelos ar-ranjos do “rOCkA”, a

mistura musical proposta pelo evento é uma maneira

de mostrar que é possível promover a união entre esses

estilos. Para ele, qualquer tipo de música pode passar pelo

mesmo processo de adapta-ção. “Basta ter criatividade”, observa. “O instrumento eru-dito pode, sim, ser usado para tocar o pop ou o rock”.

O músico, violista da Or-questra Amazonas Filarmôni-ca, conta que o “rOCkA” levou dois meses e meio para fi car pronto. Ele revela que os arran-jos originais de todas as can-

ções escolhidas passaram por modifi cações – a versão gra-vada de nenhuma delas possui harpa, por exemplo. Mas, as melodias permaneceram as mesmas. “Não descaracte-rizamos as melodias porque queríamos que continuassem familiares ao público”, diz.

Gabriel comenta que, entre todas as composições selecio-nadas, a que teve o processo de modifi cação de arranjo mais complicado foi da música

“Still Loving You”, que o grupo alemão Scorpions lançou em 1984. “Eu quis mesmo mudar bastante o arranjo desta. Ao invés do solo de guitarra, co-loquei um solo de violino, mas não baseado no original. Já no solo do meio eu quis que a guitarra ‘conversasse’ com o violino”, explica o músico.

O arranjador destaca ainda a inclusão de um solo de violino com distorções em “No Sur-prises” (1997), do Radiohead, e confessa que não conhecia “Kashmir” (1975), do Led Ze-ppelin. “Mas acabei gostando muito de escrever os arranjos para esta música”.

Violinos, violas, violoncelos e contrabaixo são os instrumen-tos que formam os arranjos comandados pelos músicos da Orquestra de Câmara do Amazonas. A instrumentação de rock fi cará a cargo de Ra-onny Oliveira (guitarra), Osias Torres (baixo) e Rubem Costa (bateria), todos integrantes do grupo Immigrant Band. Tam-bém estão confi rmadas as presenças dos músicos Diana Todorova (harpa), Andrio Dias (percussão), Bárbara Soares (violino elétrico) e Elias Ferrei-ra (guitarra), além dos canto-res Humberto Sobrinho (Glory Opera), Mário Fernandes, (Im-migrant) e Gustav Cervinka (Illusion).

LUIZ OTAVIO MARTINSEspecial EM TEMPO

VERSÕESSegundo o arranjador Gabriel Lima, todas as canções escolhidas para o “rOCkA” so-freram modifi cações, mas sem que fi cassem descaracterizadas, até mesmo para mantê-las familiares ao público

Dois grupos vocais tam-bém vão participar do con-certo “rOCkA”, o Coral In-fantil do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro e o Grupo Vocal dos Corpos Artísticos (GVCA), outrora conhecido como Madrigal Ivete Ibiapina. Este último estará em três músicas. Já os 40 integrantes do coral infantil serão os responsá-veis pelo coro de “Another Brick in The Wall Part 2” (1979), da banda inglesa Pink Floyd.

Ao contrário dos demais cantores e músicos do espe-táculo, a participação do co-ral infantil vai ser em forma de videoclipe. O maestro do grupo, Hugo Pinheiro, conta que o áudio foi gravado no Teatro Amazonas e depois

as crianças dublaram a si mesmas na gravação do ví-deo. Ele diz que a preparação para essa performance foi tranquila.

“Durante os ensaios eu trouxe a canção, ensinei para eles e todos decoraram de forma rápida. O áudio e o vídeo foram gravados em apenas um dia”, comenta Hugo, que dirige o coral há 5 anos.

Até o fechamento desta edição, havia poucos ingres-sos disponíveis para a es-treia de amanhã. As récitas do “rOCkA” serão apresen-tadas nos próximos dias 3 e 4, sempre às 20h, no Teatro Amazonas. As entradas po-dem ser compradas na bilhe-teria do teatro (3232-1768) e pelo site www.bestseat.

com.br. Mais informações sobre o 18º Festival Ama-zonas de Ópera podem ser acessadas na rede social www.facebook.com/cultu-radoamazonas.

Coral aparecerá em videoclipe

SET LIST:“Paranoid” – Black Sabbath

“Live and Let Die” – Paul McCartney

“Tom Sawyer” – Rush

“Dream On” – Aerosmith

“Smoke On The Water” – Deep Purple

“(I Can’t Get No) Satisfaction” – The Rolling Stones

“Eleanor Rigby” – The Beatles -

“Hotel California” – The Eagles

“Suspicious Minds” – Elvis Presley

“Another Brick in The Wall Part 2” – Pink Floyd

“Still Loving You” – Scorpions

“Stairway to Heaven” – Led Zeppelin

“Sympathy for The Devil” – The Rolling Stones

“Light My Fire” – The Doors

“No Surprises” / “Fitter happier” – Radiohead

“Run to The Hills” – Iron Maiden

“Rock and Roll All Nite” – Kiss

“Kashmir” – Led Zeppelin

“Golden Slumbers” / “Carry That Weight” / “The End” – The Beatles

“Bohemian Rhapsody” – Queen

SERVIÇO“ROCKA – CLÁS-SICOS DO ROCK”

Quando

Onde

Ingresso

Amanhã, às 20h

Teatro Ama-zonas

bilheteria do teatro (3232-1768) e www.bestseat.com.br

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Page 36: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Renovado para sua se-gunda temporada, o seriado norte-ame-ricano “Looking”,

exibido pelo canal pago HBO, parece ter agradado de for-ma certeira tanto à crítica, quanto o público-alvo: neste caso, os gays. O drama – sim, porque o gênero é recorren-te no cotidiano do público – conta a história dos ami-gos Patrick (Jonathan Groff), Augustin (Frank J. Alvarez) e Dom (Murray Bartlett), que vivem em São Francisco, Estados Unidos.

O primeiro, nerd convicto, trabalha em uma empresa que desenvolve games; o se-gundo, é assistente de uma artista plástica e vive às vol-tas com seu namorado com quem decide morar junto e; o terceiro é um garçom, mas que nutre o desejo de possuir seu próprio restaurante.

O que eles possuem em comum além da amizade? As diversas aventuras amoro-sas, mal que atinge qualquer gay atual. Confesso que em um primeiro momento, o se-riado pode parece um tanto quanto chato, caso tenha-mos a pretensão de com-pará-lo a “Queer As Folk”, outro seriado que fez muito

s u -

cesso durante o início dos anos 2000. Porém, o momento é outro e, conse-quentemente, a realidade é outra, a começar pelo tempo de duração de cada episódio que leva em média apenas 24 minutos, no máximo.

Enfim, “Looking” não vem à tona apenas para colocar em voga o tema homossexu-al, mas também mostrar, de certa forma, o dia a dia dos gays atuais. Um dos pontos positivos – além da trilha sonora – é com relação à fotografia. Sempre utilizan-do de tons mais frios, as imagens fogem do padrão dos seriados mais populares e o transformam, de fato, em uma obra de arte. Sempre captando com muita sensi bilidade os diversos movi-

mentos dos atores e seus sentimentos impressos em suas personagens.

Outro ponto diferenciado e positivo é com relação à veracidade na caracteriza-ção das personagens e suas ações. Diferentemente de “Queer As Folk”, que apesar de tudo tentava humanizar o seriado de alguma forma, em “Looking”, os estilos são bem mais comuns, longe do estereótipo de homens sarados. Os protagonistas são bem mais simples e podem ser facilmente en-contrados em qualquer ba-lada gay ou, quem sabe, na próxima esquina.

Entre os poucos pontos negativos está a fixação na mente do espectador com

relação aos personagens coadjuvantes. Muitas vezes esquecidos, é possível que você termine a primeira temporada sem saber o nome de cada um ou qual a sua importância no seriado. Entre poucos erros e muitos acertos, “Looking” mereceu ser renovado e, caso o leitor ainda não te-nha tido a oportunidade de assisti-lo, vale a pena usar a internet para encontrar to-dos os episódios da primei-ra temporada. Ressalva: se você possui uma tendência a chorar com dramas, assim como este que vos escreve, é aconselhável uma caixi-nha de lenços. As lágrimas são inevitáveis.

Dramas do gay atualRESENHA

PERFIL

Bruno Mazieri é editor do caderno Salão Imobiliário

Entre os poucos pon-tos negati-vos está a fixação na mente do espectador com relação aos persona-gens coad-juvantes. Muitas vezes esquecidos, é possível que você termine a primeira temporada sem saber o nome deles”

Agricultura familiar em livrosA editora Wega lança no

dia 16 de junho, às 10h, no auditório da Ciência do Ins-tituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), os livros Dinâmicas Socioambientais na Agricultura Familiar na Amazônia; Pesquisas Agro-nômicas Sustentável na Amazônia Central; e Agri-cultura Familiar no Amazo-nas- Volume 1 e 2.

A iniciativa é do Núcleo de

Estudos Rurais e Urbanos Amazônico (Nerua) e Núcleo de Etnoecologia na Ama-zônia Brasileira (Netno). O conteúdo bibliográfico dos livros é fruto das pesqui-sas das inúmeras teses de mestrado e doutorado fei-tas por pesquisadores do Instituto Nacional de Pes-quisas da Amazônia (INPA) e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). As

quatro obras, que abordam sobre a agricultura fami-liar no Amazonas, foram organizadas pelos pesqui-sadores dr. Hiroshi Noda; drª. Sandra do Nascimento Noda; drª. Anne Elizabeth Laques; dr. Philipe Léna; dr. Luiz Augusto Gomes de Souza; dr.Danilo Fernandes da Silva Filho; e do professor Ayrton Luiz Urizzi Martins.

LANÇAMENTO

Conteúdo das literaturas é resultado de dissertações e teses de pesquisadores do Inpa

DIVULGAÇÃO

SERVIÇOLANÇAMENTO DE LIVROS SOBRE AGRICULTURA FAMILIAR

Quando:

Local:

Contatos:

Dia 16 de junho, às 10hAuditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).3087-5370/ 8855-8239/ 9222-0320

BRUNO MAZIERIEspecial EM TEMPO

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Page 37: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

A revolução industrial provo-cou mudanças significativas no cenário socioeconômico mun-dial. Não cabe aqui relacionar-mos estes aspectos, afinal, es-tes já são bem conhecidos dos leitores. Mas basta dizer que as revoluções comunicacionais ad-vindas de matérias importantes como a eletricidade, a internet e os meios de transporte con-tribuíram para a emancipação das relações humanas além de emblemáticos para o entendi-mento do comportamento de diferentes tipos e modos de produção culturais nas mais di-ferentes latitudes.

A Economia de Mercado tem se firmado como prática a persona-lizar o mundo ocidental. Cabe ao Estado construir suas políticas de modo a proteger os valores culturais intrínsecos e imanen-tes à sua natureza e deixar com que o mercado regule aquilo que está ligado aos seus princípios competitivos.

Mas este conceito de Estado não chega a produzir reflexos no Brasil. Primeiro porque nos-sa tradição agrária e o tipo de cultura política forjado par-ticularmente neste ambiente, acrescido do perfil persona-lístico advindo de nossa he-rança ibérica, conforme falado nesta coluna na semana pas-sada, empurram o Brasil para trás, onde o populismo aparece como método a se configurar como uma tradição.

Logo, as políticas culturais sentem-se presas a essa ema-ranhada situação onde o folclore acabou se tornando o vetor prin-cipal de práticas abusivas ligas ao clientelismo e a submissão, onde, em muitos casos, grupos de iletrados, mas bastante ex-pertos, se submetem a pressões

políticas e acabam se tornando presas de um sem-número de exploradores.

Trata-se de uma cadeia, sem dúvida, onde cada membro da facção devora o outro, suga suas energias, moral e educação (ou o que restou dela), para ao final iludirem-se com as prebendas que não arrancam um sorriso de satisfação – mas é o que tem pra hoje. Neste sentido, não se pode, como bem fala-mos, pensar em política cultural sem antes pensarmos em polí-tica, compreender sua gênese e desenvolvimento.

A política nos acompanha des-de a hora que acordamos até a hora de dormirmos. Pensar em porque temos de nos le-vantar sempre em determinado horário, por exemplo, nos faz questionar o poder do tempo sobre os homens. Assim como poderíamos nos indagar sobre o poder da mulher sobre o ho-mem, do homem sobre a mu-lher, das plantas sobre dada sociedade, dos deuses, da água, dos mitos, em suma, todas as vezes que falamos de políti-ca estamos falando essencial-mente de poder. Logo, política são todas as práticas e formas relacionadas ao poder.

Já a cultura é absolutamente tudo. Todas as regras estabele-cidas pelo homem é cultura. O amor é universal, todas as so-ciedades amam, mas as formas e regras para amar, cada cultu-ra cria a sua. Assim acontece com a morte, a raiva, o sexo e muitos outros.

Portanto, quando pensamos em política cultura, estamos tratando do poder da cultura, da importância dela sobre a vida dos homens, que já é, ela própria, parte dela.

Márcio Braz*E-mail: [email protected]

Márcio Braz**ator, diretor,

cientista social e membro do Con-

selho Municipal de Política Cultural

A política nos acom-panha desde a hora que acordamos até a hora de dormir-mos. Pensar em porque temos de nos levantar sempre em determina-do horário, por exem-plo, nos faz questionar o poder do tempo sobre os homens”

Cultura é poder

REGI

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoRedação montada A Globo e o SporTV, di-

vidindo o mesmo local, estão com uma redação montada em Teresópolis, para acompanhar a sele-ção brasileira.

São 40 postos de tra-balho.

Chamou a atenção O editor Tiago Soa-

res, graças a qualidade do seu trabalho na Band, apresentado na última Liga dos Campeões, es-pecialmente na fi nal em Lisboa, chamou a atenção da Globo.

Já existe uma conversa com ele.

Gravado Aldine Muller, convoca-

da pela teledramaturgia do SBT, gravou participa-ção especial em “Chiquiti-tas”. Vera é a personagem, mãe da Clarita, Letícia Navas.

Inicialmente foram só algumas cenas, mas com possibilidades da perso-nagem retornar capítulos à frente.

Questão de foco “Chiquititas” passará a

movimentar ainda mais o seu elenco infantil, em função de uma máxima, interna, de que criança

quer ver criança. Daí, inclusive, a aposta

em novos valores, algo que se dará até o fi m da novela.

Questão de foco – 2 Depois de realizar estu-

dos, a direção de teledrama-turgia chegou à conclusão que quem consome a nove-la, via audiência e os mais diversos produtos licencia-dos, é o público infantil.

Então ele necessita ser bem tratado. Como era em “Carrossel”.

Na paralela disso... A próxima novela, com

estreia entre maio e junho do ano que vem, por en-quanto é tratada pela sua direção como um “projeto secreto”.

E que nada será adian-tado sobre ele até o fi m deste ano.

Preparada “Geração Brasil” é a novela de estreia de Júlia

Konrad na Globo, como Janaina, uma cantora.Ela é pernambucana, mas cresceu em Buenos

Aires, e para suas cenas, nem precisa de prepara-dor. Julia estudou interpretação e canto na AMDA (American Musical and Dramatic Academy) em Nova York, durante três anos.

Bate-rebate• Confi rmado: a partir do início

da Copa do Mundo o programa esportivo da Rede TV! terá 45 minutos de duração...

• ... Ainda não é uma decisão que vale para sempre. Por en-quanto, só para o período do mundial.

• Cleber Machado estará a postos novamente no futebol da Globo deste domingo ....

• ... Depois da fi nal da Liga dos Campeões, ele ganhou alguns dias de folga na Europa.

• Está confi rmada a participa-ção do Danilo Gentili e uma tur-ma de convidados no “Domingo Legal” do SBT, a partir das 11 da manhã...

• ... É a comemoração dos 47 anos de vida do Celso Portioli. Festa no palco.

• Xuxa e convidados estarão nesta segunda-feira, 2, às 13h, na fi nal do 1º Campeonato de Futebol e Cidadania da Funda-ção Xuxa Meneghel, em Pedra de Guaratiba, no Rio.

• Kaká Martins assume a edi-toria do “Rede TV! News” a partir desta segunda-feira.

Globo pensa sobre a volta da Xuxa

São grandes as chances da Xuxa voltar ao ar ainda este ano, bem no fi nalzinho dele, com um programa de temporada, cerca de 3 ou 4 meses no ar. Um projeto novo, sem qualquer relação com os seus trabalhos anteriores. Xuxa parou com o “TV Xuxa” em janeiro, com a promessa de se afastar por longo período.

SÉRGIO BAIA

Sobre as suas transmissões da Copa do Mundo, em todos os jogos, independentemente do Brasil estar em campo ou não, a Globo vai utilizar 5 câmeras exclusivas.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

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Page 38: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Programação de TV

5h Jornal Da Semana

6h Igreja Universal

7h Brasil Caminhoneiro

7h30 Planeta Turismo

8h30 Vrum

9h Sorteio Amazonas Da

Sorte

10h Domingo Legal

14h Eliana

18h Roda A Roda Jequiti

18h45 Sorteio Da Telesena

19h Programa Silvio Santos

23h De Frente Com Gabi

0h Nikita

1h Alvo Humano

2h Cult

3h20 Big Bang

4h Igreja Universal

SBTGLOBO

RECORD

5h57 Santa Missa5h57 Amazônia Rural 6h25 Pequenas Empresas, grandes Negócios 7h15 Globo Rural7h58 Auto Esporte8h30 Esporte Espetacular 11h55 Esquenta12h51 Temperatura Máxima - Os Pinguins do Papai15h Futebol 2014 - Cruzeiro X Flamengo17h Domingão do Faustão19h45 Fantástico22h10 SuperStar23h25 Domingo Maior - O Fim da Escuridão1h20 Sessão de Gala - O Solteirão2h52 Corujão - Contatos do Além

6h00 Santo Culto Em Seu Lar

6h30 Desenhos Bíblicos

9h Amazonas Da Sorte

10h Atendimento Show De

Bola

10h30 Record Kids

11h Domingo Show

15h15 Hora Do Faro

19h20 Domingo Espetacular

23h15 Spartacus

0h15 Série A Nova Super

Máquina

1h15 Programação Iurd

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES – 21/3 a 19/4 Seu modo de se comunicar e de esta-belecer relação com o ambiente pode se aperfeiçoar bastante. Converse so-bre seus afetos. Alguns momentos na rotina serão prazerosos.

TOURO – 20/4 a 20/5 Um dia positivo para tomar decisões e agir com espírito confi ante na lida com dinheiro, posses materiais e negócios fi nanceiros. Compras e vendas serão bem sucedidas.

GÊMEOS – 21/5 a 21/6 A conjunção entre Mercúrio e Vênus indica ser este um bom dia para as relações humanas, em especial as afetivas. Você expressa suas emoções de modo positivo.

CÂNCER – 22/6 a 22/7 Momento para a inspiração artística. A comunicação das afeições para você tem um caráter íntimo, talvez mesmo pelo contato com aspectos profundos das emoções afetivas.

LEÃO – 23/7 a 22/8 Mercúrio junto a Vênus indica uma boa disposição afetiva para com os amigos, desde que predominem as conversas leves, a camaradagem di-vertida e o gosto pela diversão

VIRGEM – 23/8 a 22/9 É tempo de estabelecer boas relações em seu trabalho, mesmo que mudan-do alguma situação. Hoje, diversão e trabalho devem caminhar juntos, estimulando-se mutuamente

LIBRA – 23/9 a 22/10 Momento em que os projetos de médio prazo deslancham bastante bem. Você revê seus interesses e afi nidades. Os estudos e o desenvolvimento da mente estão favorecidos.

ESCORPIÃO – 23/10 a 21/11 Você pode estabelecer acordos e par-tilhas em boa consonância com todos os envolvidos. Momento de facilidade para negociações e para o convívio íntimo com as pessoas.

SAGITÁRIO – 22/11 a 21/12 Encontro importante com a pessoa amada. O entendimento e a troca de sentimentos é a tônica do momento entre vocês. Encontre os pontos de afi nidade entre vocês.

CAPRICÓRNIO – 22/12 a 19/1 Momento para trabalhar, se bem que talvez tenha mais prazer e satisfação no convívio humano, do que realmente produção concreta. Mas a inspiração está a seu favor.

AQUÁRIO – 20/1 a 18/2 Os sentimentos amorosos estão ago-ra mais livres para fl uir intensa e plenamente. As restrições podem ter sido superadas. É importante comu-nicar bem o que você sente.

PEIXES – 19/2 a 20/3 É tempo de sentir o que não está de acordo com sua motivação essencial, e trabalhar para melhorar essa sinto-nia. Um dia positivo para o convívio no lar.

CruzadinhasCinemaPRÉ-ESTREIA REPRODUÇÃO

A Culpa é das Estrelas: EUA. 12 anos. A história gira em torno de Hazel e Gus, dois adolescentes que se conhecem em um grupo de apoio a pacientes com câncer, e compartilham, além do humor ácido e do desdém por tudo o que é convencional, uma história de amor que os faz embarcar em uma jornada inesquecível. Cinemark 6 – 0h01 (dub/somente quarta-fei-ra); Cinépolis Plaza 4 – 0h01 (dub/somente quarta-feira).

CONTINUAÇÕESX-Men – Dias de um Futuro Es-quecido: EUA. 12 anos. Cinemark 1 – 19h20 (dub/diariamente), 16h20, 22h20 (dub/diariamente), Cinemark 3 – 11h45 (dub/somente sábado e domingo), 14h40, 17h40, 20h45 (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente sábado), Cinema-rk 6 – 12h20 (dub/somente sábado e domingo), 15h30, 18h30 (dub/diaria-mente), 21h45 (dub/exceto quarta-feira); Cinépolis Millennium 1 – 18h15 (3D/dub/diariamente), 15h15, 21h15 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Millennium 2 – 14h45, 17h30, 20h30 (dub/diaria-mente), Cinépolis Millennium 7 – 16h15, 19h45 (leg/diariamente), 22h30 (leg/so-mente sábado); Cinépolis Plaza 5 – 13h,

15h30, 18h, 21h15 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 7 – 14h45, 17h15, 20h, 22h30 (dub/diariamente); Cinépolis Pon-ta Negra 1 – 16h50, 20h (3D/leg/diaria-mente); Cinépolis Ponta Negra 5 – 13h (3D/dub/somente sábado e domingo), 18h45 (3D/dub/diariamente), 15h45, 21h45 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 9 – 15h, 20h45 (dub/diaria-mente), 18h (leg/diariamente); Kinoplex 5 – 15h45, 18h30, 21h15 (3D/dub/diaria-mente), 13h, 15h45, 18h30, 21h15 (3D/dub/diariamente); Playarte 1 – 13h10, 20h20 (3D/dub/diariamente), Playarte 5 – 12h40, 15h15, 17h50, 20h30 (dub/diariamente), 23h (dub/somente sexta-feira e sábado); Playarte 10 – 14h10,

17h10, 20h10 (leg/diariamente), 22h40 (leg/somente sexta-feira e sábado).Godzilla: EUA. 12 anos. Cinemark 1 – 13h30 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 6 – 18h (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 8 – 16h15, 19h45, 22h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Ne-gra 10 – 13h15 (leg/somente sábado e domingo), 19h45, 22h30 (leg/diaria-mente); Playarte 9 – 12h45, 15h30, 18h15, 21h (dub/diariamente), 23h45 (dub/somente sexta-feira e sábado).Mulheres ao Ataque: EUA. 12 anos. Ciné-polis Plaza 6 – 15h (dub/diariamente).O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro: EUA. 12 anos. Cinépolis Millennium 6 – 15h, 20h45 (leg/

diariamente); Cinépolis Plaza 6 – 17h30, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Pon-ta Negra 10 – 16h15 (leg/diariamente); Playarte 2 – 12h35, 15h20, 18h05, 20h50 (dub/diariamente), 23h35 (dub/somente sexta-feira e sábado).Inatividade Paranormal: EUA. 12 anos. Playarte 2 – 15h25, 19h35 (dub/diariamente), 23h50 (dub/somente sex-ta-feira e sábado).Rio 2: EUA. Livre. Cinemark 5 – 11h30 (dub/somente sábado e domingo), 14h (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 7 – 13h45 (dub/diariamente); Cinépo-lis Plaza 8 – 13h45 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 13h45 (dub/somente sábado e domingo).

REPRODUÇÃO

BAND

5h Power Ranger – Rpm

6h Popeye

6h30 Santa Missa No Seu Lar

7h30 Sabadão Do Baiano

8h Power Ranger + Popeye

9h45 Infomercial – Polishop

10h15 Power Rangers – Spd

10h45 Verdade E Vida

11h Irmão Caminhoneiro – Boletim

11h05 Minuto Da Copa – Boletim

11h10 Pé Na Estrada

11h35 De Olho Na Copa – Boletim

11h40 Porsche Cup

12h40 Band Esporte Clube

14h Golh O Grande Momento Do

Futebol

14h30 Futebol 2014 – Ao Vivo

16h50 3º Tempo

20h Polícia 24h

21h Pânico Na Band

Só as respostas sobre a morte da fi lha pode deter Mel Gibson em “O fi m da escuridão”

No Limite do Amanhã: EUA. 12 anos. Quando a Terra é tomada por alie-nígenas, um jovem soldado fi ca preso no tempo, condenado a voltar sempre ao dia anterior a uma guerra. Entretanto, com as repetições, suas habilidades de guerreiro melhoram, e ele tem uma possibilidade de mudar o curso do dia. Cinemark 2 – 11h10 (dub/somente sábado e domingo), 13h40, 16h10, 18h40, 21h15 (dub/diariamente), 23h50 (dub/somente sábado); Cinépolis Millennium 5 – 14h15, 16h45, 19h15, 21h45 (leg/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 13h15, 15h50, 18h15, 20h50 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 4 – 21h30 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 8 – 14h15 (dub/diariamente), 16h45, 19h15 (leg/diariamente); Kinoplex 1 – 14h20, 16h40, 19h, 21h20 (dub/diariamente), Playarte 7 – 14h, 16h15, 18h30, 20h45 (dub/diariamente), 23h (dub/somente sexta-feira e sábado).

Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou: BRA. 14 anos. Ironia. Essa é a defi nição ideal para a situação de Fernanda, 39, que trabalha organizando a cerimônia mais importante do imaginário feminino, o casamento, mas é solteira. Forte devota do amor, a produtora lida com os mais diversos tipos de homem e reserva grande parte do seu tempo à procura do par perfeito. Cinemark 4 – 13h10, 15h50, 18h20 (diariamente), 21h (exceto terça-feira), 23h30 (somente sábado), Cinemark 8 – 12h (somente sábado e domingo), 14h30, 17h10, 19h40, 22h10 (diariamente); Cinépolis Millennium 4 – 13h30, 16h, 18h30, 21h (diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 14h30, 17h, 19h30, 22h (diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 14h30, 17h, 19h30, 22h (diariamente); Cinépolis Plaza 4 – 13h30, 16h, 18h30, 21h (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 15h50, 18h50, 21h55 (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 6 – 14h30, 17h, 19h30, 22h (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 7 – 13h30, 16h, 18h30, 21h (diariamente); Kinoplex 4 – 14h30, 16h50, 19h10, 21h30 (diariamente); Playarte 6 – 12h45, 14h55, 17h05, 19h15, 21h30 (diariamente), 23h40 (somente sexta-feira e sábado).

Malévola: EUA. 10 anos. Malévola é a história não contada da vilã mais icônica da Disney, do clássico de 1959, A Bela Adormecida. O fi lme revela os eventos que endureceram o coração de Malévola e a levaram a amaldiçoar a bebê Aurora. Cinemark 5 – 16h30, 19h, 21h30 (3D/dub/diariamente), Cinemark 7 – 13h20, 15h40, 18h, 20h30 (dub/diariamente), 23h (dub/somente sábado); Cinépolis Millennium 3 – 14h, 19h (3D/dub/diariamente), 16h30, 21h30 (3D/leg/diariamente); Cinépolis Plaza 2 – 14h, 16h30, 19h, 21h30 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 17h50 (3D/dub/diariamente), 14h45, 20h55 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 4 – 14h, 16h30 (3D/dub/diariamente), 19h (3D/leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 8 – 22h10 (leg/diariamente); Kinoplex 2 – 15h50, 18h10, 20h30 (dub/diariamente), 13h30, 15h50, 18h10, 20h30 (dub/somente sábado e domingo); Kinoplex 3 – 14h, 16h20, 18h40 (3D/dub/diariamente), 21h (3D/leg/diariamente); Playarte 1 – 16h, 18h10 (3D/dub/diariamente); Playarte 3 – 13h20, 15h20, 17h20, 19h20, 21h20 (dub/diariametne), 23h20 (dub/somente sexta-feira e sábado); Playarte 4 – 13h21, 15h21, 17h21, 19h21, 21h21 (dub/diariamente).

ESTREIA

0h Canal Livre

1h Minuto Da Copa – Boletim

1h05 Alex Deneriaz

1h40 Show Business

2h30 Igreja Universal

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Page 39: EM TEMPO - 1 de junho de 2014

D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

Filmes analisam meio ambienteCINE & VÍDEO

O dia 5 de junho é, simboli-camente, a data para refl etir sobre os danos que o homem, em sua ânsia de “progresso” e enriquecimento, provoca ao meio ambiente mundial. É o dia criado pela Orga-nização das Nações Uni-das (ONU) para tratar de assuntos ambientais. Com a intenção de valorizar o tema, o Cine & Vídeo Tarumã programou para a próxima semana a exibição de fi l-mes que levantam algumas preocupações e problemas com os atos que o homem pratica no meio ambiente sem medir as consequências para a sua própria existência. São produções que abordam questões específi cas (como é o caso de “A Enseada”) ou gerais (“O Veneno Está na Mesa” e “A Era da Estupidez”) sobre essa ações desastro-sas ao meio ambiente.

O fi lme de amanhã é “A Enseada”, de Louie Psihoyos, que ganhou o Oscar de Melhor Docu-mentário em 2010. A pro-dução expõe a matança de golfi nhos no Japão e a captura desses animais para serem enviados aos parques de diversões.

Em uma remota enseada da pequena cidade de Taiji, cercada por arame farpado e placas de “afaste-se”, é onde pescadores, impulsio-nados por uma multibilio-nária indústria de entrete-nimento com golfi nhos e um mercado clandestino de sua carne, participam de uma caçada invisível.

O diretor Psihoyos, que já trabalhou como fotógrafo para a National Geographic,

fundou a Oceanic Preserva-tion Society (OPS), uma so-ciedade sem fi ns lucrativos, para educar o público sobre o que está acontecendo com 70% da Terra, ou seja, nos seus oceanos.

Intoxicação“O Veneno Está na Mesa”,

que será exibido na quar-ta-feira, dia 4, é um docu-mentário de Silvio Tendler, de 2011, que apresenta o Brasil como o país do mundo que mais consome

agrotóxico: 5,2 litros/ano por habitante. O fi lme mos-tra os enormes prejuízos causados por um modelo agrário baseado no agrone-gócio. Além dos ataques ao meio ambiente, os venenos cada vez mais utilizados nas plantações causam sé-rios riscos à saúde tanto do consumidor fi nal quan-to de agricultores expostos diariamente à intoxicação. Nessa história toda, só quem lucra são grandes empresas transnacionais, como a Monsanto, Bayer, Dow, DuPont e Syngenta.

A proposta do fi lme é mos-trar à população como nos

alimentamos mal e perigo-samente, por conta de um modelo agrário perverso. No mesmo dia será exibido o curta de animação “A His-tória das Coisas”, de Louis Fox, que relata de forma didática e crítica as cincos etapas da economia de ma-térias: a extração, produção, distribuição, consumo e tratamento do lixo.

DevastadoO último fi lme da mostra,

na sexta-feira, dia 6, é o misto de documentário e fi cção “A Era da Estupidez”, de Franny Armstrong, que apresenta o ator (já fa-lecido) Pete Postlethwaite num mundo devastado no ano de 2055. Ele assiste a “imagens de arquivo”, fi l-madas em 2007 e 2008, e se pergunta “por que não paramos as mudan-ças climáticas enquanto tínhamos chance?”

O fi lme é um libelo contra as mudanças climáticas, o aquecimento global e temas que permeiam essa discus-são, como o cada vez mais in-sustentável mundo baseado e dependente do petróleo.

O projeto Cine & Vídeo Tarumã é uma atividade de extensão do Departa-mento de Comunicação Social da Universidade Fe-deral do Amazonas, com as sessões sempre às 12h30, no auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras, loca-lizado no setor norte do campus universitário. As sessões são gratuitas e re-cebem o apoio cultural da locadora Take Video.

VENENOSO documentário “O Veneno Está na Mesa” alerta para o alto consumo de agrotóxico no país, pois certas substâncias utilizadas em plantações podem causar sérios riscos à saúde humana

MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

Larissa Cordeiro está tro-cando de idade hoje. Amanhã, Rogério de Jesus e Érica Baran-da estarão aniversariando. Os cumprimentos da coluna.

O Sine Amazonas informa que, a partir da próxima quarta-feira, passará a atender das 8h às 17h. Anteriormente, o atendimento era feito até às 14h.

Para unir competência, char-me e credibilidade na próxima administração do MAG estão sendo cogitados dois nomes de peso: Izoney Thomé e Ana Lúcia Holanda. Rubras desde o DNA e experientes em ad-ministração, formam a dupla perfeita para a maioria dos sócios. Que venha a eleição no segundo semestre.

O concurso de Dia dos Namo-rados de O Boticário, o “Tire o Fôlego O Boticário”, está um luxo. A marca vai levar um casal

apaixonado para o Vale Nevado, no Chile. Para participar, basta cadastrar um vídeo romântico de até 30 segundos na página boticario.com.br/tireofolego até o próximo dia 12.

A lida e inteligente Natacha Atala convida para conferir o novo menu de delícias da So-pas & Sabores, no Vieiralves.

A editora Wega lançará, no pró-ximo dia 16, às 10h, no auditó-rio da Ciência do Inpa, os livros “Dinâmicas Socioambientais na Agricultura Familiar na Amazô-nia; Pesquisas Agronômicas Sus-tentável na Amazônia Central” e “Agricultura Familiar no Amazo-nas - Volume 1 e 2”.

Sala de Espera

Os profissionais do EM TEMPO saíram campeões na etapa estadual da 6ª edição Prêmio Sebrae de Jornalismo. O editor do caderno de Economia, Anwar Assi, foi o vencedor pelo terceiro ano consecutivo da categoria Jornalismo Impresso com a série de matéria “A força da mulher negra”, que retrata a participação da mulher negra no mercado de trabalho no Amazonas. Já o editor de Fotografia, Ricardo Oliveira, foi o vencedor da categoria Fotojornalismo, com foto publicada na matéria “O milagre dos peixes”, que fala da produção do pirarucu no Estado. A premiação será no dia 12 de agosto, em Brasília.

Finalmente, depois de décadas, a Constantino Nery está ganhando o tratamento que merece, já que é uma das mais importantes artérias de Manaus. A via está recebendo novos canteiros e um padrão de arborização condizente com a sua importância. Com grama e espécies amazônicas sendo plantadas, a avenida deve seguir os mesmos passos da Djalma Batista, que apesar do engarrafa-mento colossal, consegue ser humana com suas árvores que crescem com espantosa velocidade. Aplausos!

Verde

Competência

Formando par romântico: Sami-ra e Jr. Carvalho, nos domínios

de festa-tendência no Le Rêve

O governador José Melo e o se-cretário da SEC, Robério Braga, convidam para conferir o Concer-to Pop-Ópera que fará parte da pro-gramação do 18° Festival Amazonas de Ópera. Quan-do? Hoje, às 19h, no Centro Cultural

Largo de São S e b a s -

tião.

Cult

FOTOS: JANDER VIEIRA

era feito até às 14h.

Para unir competência, char-me e credibilidade na próxima administração do MAG estão sendo cogitados dois nomes de peso: Izoney Thomé e Ana Lúcia Holanda. Rubras desde o DNA e experientes em ad-ministração, formam a dupla perfeita para a maioria dos sócios. Que venha a eleição no segundo semestre.

O concurso de Dia dos Namo-rados de O Boticário, o “Tire o Fôlego O Boticário”, está um luxo. A marca vai levar um casal

apaixonado para o Vale Nevado, no Chile. Para participar, basta cadastrar um vídeo romântico de até 30 segundos na página boticario.com.br/tireofolego até o próximo dia 12.

A lida e inteligente Natacha Atala convida para conferir o novo menu de delícias da So-pas & Sabores, no Vieiralves.

A editora Wega lançará, no pró-ximo dia 16, às 10h, no auditó-rio da Ciência do Inpa, os livros “Dinâmicas Socioambientais na Agricultura Familiar na Amazô-nia; Pesquisas Agronômicas Sus-tentável na Amazônia Central” e “Agricultura Familiar no Amazo-nas - Volume 1 e 2”.

Os profissionais do EM TEMPO saíram campeões na etapa estadual da 6ª edição Prêmio Sebrae de Jornalismo. O editor do caderno de Economia, Anwar Assi, foi o vencedor pelo terceiro ano consecutivo da categoria Jornalismo Impresso com a série de matéria “A força da mulher negra”, que retrata a participação da mulher negra no mercado de trabalho no Amazonas. Já o editor de Fotografia, Ricardo Oliveira, foi o vencedor da categoria Fotojornalismo, com foto publicada na matéria “O milagre dos peixes”, que fala da produção do pirarucu no Estado. A premiação será no dia 12 de

Finalmente, depois de décadas, a Constantino Nery está ganhando o tratamento que merece, já que é uma das mais importantes artérias de Manaus. A via está recebendo novos canteiros e um padrão de arborização condizente com a sua importância. Com grama e espécies amazônicas sendo plantadas, a avenida deve seguir os mesmos passos da Djalma Batista, que apesar do engarrafa-mento colossal, consegue ser humana com suas árvores que crescem com espantosa velocidade. Aplausos!

Formando par romântico: Sami-ra e Jr. Carvalho, nos domínios

de festa-tendência no Le Rêve

de Ópera. Quan-do? Hoje, às 19h, no Centro Cultural

Largo de São S e b a s -

tião.

O deputado Francisco Souza e sua Elma, anfi triões ótimos, conferindo noite alto-astral no endereço do Aristocrático

Mesmo com todo o discurso corajoso do presidente Telo Pinto, o boi vermelho fatalmente terá que deixar as dependências da Cidade Garantido nos próximos dias. A cheia do rio Amazonas já ameaça as instalações do lugar e até mesmo os ensaios estão comprometidos. Segundo fontes deste colunista, além da cheia, o atraso na confecção das alegorias é outro problema a ser en-frentado pelo boi neste ano em que todos os holofotes estarão voltados para o Estado, já que Manaus é uma das sedes da Copa de 2014. O povo “da baixa” tem que orar muito. Pela fé.

Alagado

A toda bonita Karina Alecrim Bessa esbanjando simpatia única em encontro de lulus

A festejada aniversariante Simone Esteves em almoço de celebração

FOTOS: MANOEL NETTO

“A Ensea-da” aborda a matança e a captura de gol-fi nhos no Japão

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D8 Plateia MANAUS, DOMINGO, 1º DE JUNHO DE 2014

Corrida que inspira música e igualdade

The Color Run segue a proposta do ‘Holi’ na Índia, que promove diversão e a igualdade entre as pessoas. Em Manaus, a corrida será no dia 8 de junho

Esporte, diversão e igualdade. Com este tripé, a Color Run Manaus “movimen-

ta” a cidade na sua segunda edição que irá acontecer no dia 8 de junho (domingo), na avenida das Torres. Além da qualidade de vida, a corrida mais colorida do mundo se-gue o conceito do Festival das Cores (Holi) realizado em várias cidades indianas há mais de dois mil anos.

Levantando a bandeira da igualdade, a produtora nacio-nal da The Color Run, Loren Lunière, enfatiza que o pó colorido jogado nos partici-pantes da corrida dissemina a ideia de que “todos são iguais”, disse. “Na The Co-lor Run participam homens, mulheres, crianças, idosos, deficientes físicos... não exis-te distinção. A intenção é despertar nas pessoas este sentimento de igualdade e, claro, promover a qualida-de de vida e muita alegria”, acrescenta a produtora.

Música eletrônicaE como não existe “festa”

sem música, na linha de che-gada a diversão é elevada à potência máxima, com o Fes-tival das Cores da The Color Run. Uma explosão de cores agita todos os participantes que soltam o pó colorido ao som da música vibrante do DJ Graciano Rebelo, convidado para tocar nesta segunda edi-ção da corrida em Manaus.

No set, o melhor do Ele-tronic Dance Music (EDM) para manter a adrenalina dos corredores. Uma tarefa não muito difícil para quem tem a expertise de comandar pistas há mais de 15 anos. É o caso

do DJ amazonense Graciano Rebelo. “Em um evento onde as pessoas buscam alegria, o som tem que ser para cima. A música já tem o poder de ele-var o astral e quando o esporte é agregado, o resultado é uma explosão de alegria”, disse o DJ que também já comandou as pick-ups de eventos se-melhantes, como o Spinning River Session. “No ano pas-sado, participei da The Color Run como atleta, mas nesta edição, vou ter a satisfação de ser o DJ oficial do evento. O público pode esperar muito alto astral e um som vibrante” complementa Graciano.

SolidariedadeOs participantes da The Co-

lor Run Manaus podem fazer doações para as vítimas da cheia do rio Negro que afe-tou famílias de 13 bairros da capital. A Secretaria Muni-cipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) vai disponibilizar durante o evento uma tenda que irá servir de posto de arrecada-ção de donativos, tais como, roupas, alimentos não pere-cíveis e material de higiene. Após a realização da corrida, o material arrecadado será imediatamente entregue à secretaria responsável.

A The Color Run Manaus também firmou parceria com Grupo de Apoio à Criança com Câncer do Amazonas (GACC- AM). Parte da renda das inscrições será destinada à instituição, com sede no Dom Pedro. Vinte voluntários do grupo de apoio à criança com câncer estarão nos 5 km de percurso, dando apoio e ajudando a colorir os ma-nauenses participantes.

Música eletrônica anima a corrida inspirada em “Holi” (à direita)

FOTOS DIVULGAÇÃO

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