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A revista brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos. Ano 26 / edição 145. No Rio, o primeiro exame para a Certificação Internacional SRMP/ABRAMAN, marco histórico para o 27º CBM O RIO DE JANEIRO, SEDE DO 27º CONGRESSO BRASILEIRO DE MANUTENçãO, EM SETEMBRO, VIVE MOMENTO DE INVESTIMENTOS PúBLICOS E PRIVADOS SEM PRECEDENTES. EM FOCO OPORTUNIDADES EXTRAORDINáRIAS PARA GESTORES DE ATIVOS E MANUTENTORES. EM OBRAS

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A revista brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos. Ano 26 / edição 145.

No Rio, o primeiro exame para a Certificação Internacional SRMP/ABRAMAN, marco histórico para o 27º CBM

O RIO de JANeIRO, Sede dO 27º CONgReSSO BRASIleIRO deMANuteNçãO, eM SeteMBRO, vIve MOMeNtO deINveStIMeNtOS PúBlICOS e PRIvAdOS SeM PReCedeNteS.eM fOCO OPORtuNIdAdeS extRAORdINáRIAS PARAgeStOReS de AtIvOS e MANuteNtOReS.

EM OBRAS

Revista Manutenção – Maio / Junho 20122

Extrator hidráulicoFusos de esferas Graxas lubrificantesGuias lineares Aquecedor indutivoRolamentos

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 3

manutenção

SumárioRevista oficial da abRaman | ano 26 | nº 145maio / Junho 2012

CAPA: Foto/arte Shutterstock Images

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Ação Brasil« Filial V (SP-MS). M&T Expo 2012 – 8ª Feira Internacional de Equipa-mentos para Construção e 6ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração, promovidas pela Sobratema, com a participação da ABRAMAN. « Filial VII (PR-SC). Com o apoio do Senai, em Jaraguá do Sul, workshop sobre o tema Valorizando a Manutenção de Utilidades. « Filial XI (CE-RN). Capacitação e certificação profissional no Ceará com parcerias da ABRAMAN, com ABENDI, Prominp, Petrobras e UNIFOR- Universidade de Fortaleza.

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0812

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Palavra do Presidente« Anote na agenda: 10 a 14/9, 27º CBM. O Rio de Janeiro continua lindo. E cada vez mais eficiente.

27º CBM« Aproxima-se o maior evento de Manutenção e Gestão de Ativos do Bra-sil, que será aberto no dia 10 de setembro próximo, no Centro de Conven-ções SulAmérica, no Rio.

PNQC« ABRAMAN e SMRP, a associação americana dos profissionais de Manu-tenção e Confiabilidade, promovem a primeira certificação internacional no Brasil,durante o 27º CBM.

Destaque« Superporto do Açu. Projeto inovador utiliza modernas práticas de engenha-ria, construção e operação, comparável aos mais modernos do mundo.

Sensor« Notícias empresariais.

MCI« Trabalho Técnico premiado em 5º lugar no 26º CBM.

Nossa Capa« Mega investimentos. Mais de 200 bilhões de dólares serão investidos até 2014 no Rio de Janeiro, a maior parte na área metropolitana da capital. « Decisão Rio 2012-2014, da Firjan: Copa do Mundo e Jogos Olímpicos im-pulsionam novos empreendimentos, dos quais 70% são novos projetos.« Setor de óleo e gás no centro dos grandes projetos envolvendo, entre outros, produção nas Bacias de Campos e Santos e pré-sal. « Infraestrutura terá R$ 50 bilhões, até 2014. Destaque para metrô e im-plantação do sistema de BRT – Bus Rapid Transit.« Barra da Tijuca, Deodoro, Copacabana e Maracanã beneficiados com obras relacionadas com os Jogos Olímpicos.« Obras do Metrô em andamento. Ligação Barra da Tijuca-Ipanema terá seis estações e extensão de 13,5 km, para demanda superior a 230 mil passageiros/dia.

Revista Manutenção – Maio / Junho 20124

Correspondente InternaCIonaLFrançaCelso de Azevedo (ASSETSMAN)

[email protected]

MANUTENÇÃO é uma publicação bimestral da ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de AtivosISSN 0102-9401EndereçoAvenida Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro CEP 20 020-080 Rio de Janeiro, RJTel.: (21) 3231-7000Fax: (21) 3231-7002Críticas, dúvidas e sugestões:[email protected]

As ideias expressas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da ABRAMAN.

PresidenteJoão Ricardo Barusso Lafraia(PETROBRAS / REDUC)

Vice-presidenteRogério Arcuri Filho(ELETRONUCLEAR)

Diretor de Administração Bernardo Frydman(PETROBRAS)

dIretores naCIonaIsCarlos Waldemar Wilke Diehl

(BRASKEM)

Evandro de Figueiredo Neto(ARCELORMITTAL TUBARÃO)

Hélio Burle de Menezes(CHESF)

Pedro Augusto Cardoso da Silva(METRÔ RIO)

Ricardo Medeiros(FURNAS)

Gerente executivoAthayde Araújo Tell Ribeiro(ABRAMAN)

dIretores das FILIaIsFILIAL I (PA-AC-AP-RO-RR)Wladson de Souza Lima(ENGENORTE ENGENHARIA)

[email protected]

FILIAL II (BA-SE)Carlos Alberto Stagliorio(STAGLIORIO ENGENHARIA)

[email protected]

FILIAL III (MG)Hiram Reis Filho (COMAU)

[email protected]

FILIAL IV (RJ)Ernesto Roberto Pinto de Oliveira(METRÔ-RIO)

[email protected]

FILIAL V (SP-MS)Célio Cunha de Almeida Prado(SABESP)

[email protected]

FILIAL VII (PR-SC) Takao Paulo Hara(HARA ENGENHARIA)

[email protected]

FILIAL VIII (DF-GO-MT-TO)Carlos Humberto de Souza e Silva(ELETRONORTE – TOCANTINS)

[email protected]

FILIAL IX (ES)Paulo Barbosa(ASSERTEC ENGENHARIA) [email protected]

FILIAL X (MA-PI)Roger Toledo Gissoni(CEMAR)

[email protected]

FILIAL XI (CE-RN)Cícero Roberto de Oliveira Moura(PETROBRAS)

[email protected]

FILIAL XII (PE-AL-PB)Marco Antonio Souza Brito(CPS – TEROTEC)

[email protected]

FILIAL XIII (AM)Douglas Lopes Alvarenga (PETROBRAS)

[email protected]

ConseLho edItorIaLAlexandre Fróes(NSK)

Antonio Carlos Vaz Morais(PETROBRAS)

Arlete Paes(SKF)

Jornalista ResponsávelAntonio Alberto Prado AAPrado & Associados

Projeto Gráfico, Diagramação e Pré-Impressão

ImpressãoLaser Press

manutenção

Bruno Ferreira(CEGELEC)

Carlos Alberto Barros Gutiérrez(NM ENGENHARIA)

Luciana Corrêa(MANSERV)

Eduardo de Santana Seixas(RELIASOFT)

Fabiana Gimenez(SKANSKA)

Fabio Gomes(ABRAMAN)

Joazir Nunes Fonseca(ELETROBRÁS - UNISE)

Renata Gonçalves Ramos(COMAU)

Thiago Gadelha(METRÔ RIO)

Wagner Gorza(ARCELORMITTAL)

Gustavo de Almeida Machado

Retrato Falado

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 5

PALAVRA DO PRESIDENTE

Anote nA AgendA: Rio, 10 A 14/9, 27º CBM

O Rio de Janeiro continua lindo. E cada vez mais eficiente. A cidade prepara-se para projetar--se para o mundo como hub logístico internacio-nal, centro de excelência em pesquisas avançadas para a indústria de petróleo e gás e benchmark para questões ambientais.

O aperitivo foi bastante estimulante, em junho úl-timo, durante a Rio+20, que mostrou, num primeiro ensaio geral, que a cidade está preparada para recep-cionar grandes contingentes de visitantes em eventos globais e oferecer serviços públicos que funcionam de forma organizada e sem alvoroços.

Em setembro próximo, teremos mais dois exercí-cios importantes de cidadania: o nosso 27º Congres-so Brasileiro de Manutenção, com a Expoman 2012, e a Rio Oil&Gas. Mais uma vez a cidade poderá mos-trar que está madura, a nível global, para atrair o turismo de negócios.

A Cidade Maravilhosa será palco de importan-tes atividades empresariais do setor de engenharia, serviços, Gestão de Ativos e Manutenção. O Esta-do concentra 80% da produção brasileira de óleo e metade do gás nacional. A programação técnica de alto nível do 27º Congresso Brasileiro de Ma-nutenção está sendo feita para superar as expec-tativas de nossa comunidade e oferecer trabalhos, palestras, workshops, visitas técnicas e atividades que agregarão valor ao moderno Gestor de Ativos, num ambiente de intercâmbio de experiências e de oportunidades para contatos valiosos que irão trazer conhecimentos capazes de fazer a diferença em am-bientes competitivos e levar os participantes a uma mudança de patamar profissional.

Na agenda internacional do 27º CBM, teremos a reunião do Global Forum, com a presença das princi-pais lideranças das associações mundiais de Gestão de Ativos. Outro marco histórico do avanço de nos-sa Associação para o nível mais elevado de Gestão de Ativos será a realização do primeiro exame para certificação internacional de profissionais brasileiros de Manutenção e Confiabilidade, num trabalho que é fruto de longas negociações que temos mantido com entidades internacionais para certificação conjunta de profissionais. A primeira certificação brasileira, com exames realizados em português, terá a chancela da SMRP, associação dos profissionais de Manuten-ção e Confiabilidade dos Estados Unidos. Enriquece-remos, desta forma, a estrutura de nosso consagrado

PNQC com este importante salto de qualidade que irá reforçar a qualificação de nossos profissionais, abrindo-lhes um promissor cenário internacional.

Tudo isso no Rio de Janeiro, que se prepara para in-gressar num extraordinário novo ciclo de desenvol-vimento que transformará as feições do Estado. Nesta edição de nossa revista, oferecemos um cenário dos investimentos que começam a ser feitos e que irão acelerar-se até 2014 para deixar a cidade preparada para receber os grandes eventos internacionais.

A comunidade de Manutenção e Gestão de Ativos poderá, em setembro, conhecer este admirável mun-do novo que começa a desenhar-se na Cidade Maravi-lhosa. As oportunidades que começam a surgir para gestores de ativos qualificados e bem preparados es-tendem-se em vários segmentos, desde a indústria de petróleo e gás, até a siderurgia, logística, incluindo um complexo portuário que colocará o Estado num nível de excelência mundial; infraestrutura e equipa-mentos para o turismo, envolvendo hotéis e serviços, entre outros setores.

Trata-se, portanto, de uma oportunidade imperdí-vel. Prepara-se para quando setembro chegar e anote em sua agenda: de 10 a 14, no Rio que, como sempre, continua lindo.

Aquele abraço!

João Ricardo Lafraia, presidente da ABRAMAN

Revista Manutenção – Maio / Junho 20126

AÇÃO BRASIL

Filial V (SP-MS)

Congresso da Sobratema tevea participação da ABRAMAN

M&T Expo 2012 – 8ª Feira Internacio-nal de Equipamentos para Construção e 6ª Feira Internacional de Equipa-mentos para Mineração, consideradas pelo público presente como as maio-

res já promovidas pela Sobratema, contaram com o apoio e a participação ativa da ABRAMAN no temário da conferência, representada pelo diretor da Filial V (SP-MS) Célio de Almeida Prado, que foi, também, palestrante.

As mostras constituem um momento importan-te para lançamentos e inovações tecnológicas em equipamentos para o setor de construção. Segun-do os organizadores, a feira movimentou cerca de R$ 1,2 bilhão em negócios realizados pelos expo-sitores. O volume de compras de equipamentos e serviços para construção e mineração é um indi-cador importante da atividade econômica do setor e aponta para o aumento dos investimentos em infraestrutura até 2016.

A realização de negócios foi considerada expressi-va pelos organizadores. A Case Construction Equip-ment, por exemplo, informou o fechamento de cerca de 500 pedidos, o Grupo Wirtgen registrou cresci-mento de vendas, a New Holland Construction atin-giu os seus objetivos, além de ter vendido na feira seus lançamentos em motoniveladoras e manipula-

dores telescópicos. A Manitowoc, segundo os organi-zadores, vendeu 13 equipamentos para a Odebrecht e uma grua automática hidráulica para a Central Lo-cadora, que assinou carta de intenção para a compra de outras dez unidades.

“Esses exemplos ratificam o papel da M&T Expo como gerador de negócios para as empresas fabri-cantes e revendedoras de equipamentos, fomentan-do a competitividade e o desenvolvimento econô-mico-financeiro e tecnológico de todo o setor da construção e mineração”, avaliou Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

Entre as autoridades presentes à M&T Expo 2012 esteve o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que visitou o estande da Randon onde par-ticipou da solenidade de entrega das chaves de 382 retroescavadeiras compradas pelo MDA para utiliza-ção nos projetos do PAC2 destinados a programas de agricultura familiar.

Em sua palestra, Célio de Almeida Prado desta-cou que a carência de profissionais capacitados é uma das travas para a competitividade das empre-sas brasileiras. Lembrou que o fator decisivo re-presentado por confiabilidade dos equipamentos para produzir e operar com segurança é o “produto esperado pela organização, que o moderno depar-tamento de Manutenção e Gestão de Ativos deve

disponibilizar para a empresa”. “Para que isto ocorra, não basta termos

bons engenheiros, bons planos de Manu-tenção preventiva, bons serviços de Ma-nutenção preditiva, bons softwares de gerenciamento dos ativos, etc.. É funda-mental que o profissional executante de Manutenção, que é a primeira interface entre o equipamento e a gestão da Manu-tenção, seja capacitado e tenha um desem-penho previsível e confiável’, concluiu o diretor da Filial V.

Célio Prado descreveu como a ABRAMAN vem colaborando com a indústria brasileira através do PNQC - Programa Nacional de Qualificação e Certificação, que já certificou cerca de 16.000 profissionais do setor.

A

A partir da esquerda, Célio de Almeida Prado, diretor da Filial V (SP-MS); Ernesto Pinto de Oliveira, diretor da Filial IV (RJ) e

Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 7

Filial XI (CE-RN)

Filial VII (PR-SC)

Parcerias para promover acertificação profissional

Regional VII (PR-SC) realizou no final de maio último, com o apoio do Se-nai, no auditório do campus de Jara-guá do Sul, workshop de Manutenção sob o tema Valorizando a Manuten-

ção de Utilidades. O evento teve a participação de 150 profissionais de Manutenção das indústrias e do setor de serviços, além de técnicos, engenheiros, professores e alunos das instituições de ensino dos cursos de tecnologia e engenharia. O evento pro-porcionou o debate sobre como Manutenção deve encarar e ajudar as empresas a fazer a gestão de seus setores de utilidades.

Segundo os organizadores, um dos diferenciais deste workshop foi sua formatação, tendo como

ções de capacitação e certificação profissional no Ceará vêm sendo de-senvolvidas por meio de parcerias da Filial XI (CE-RN), da ABRAMAN, com a ABENDI - Associação Brasileira de

Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, Prominp - Pro-grama de Mobilização da Indústria de Petróleo e Gás, Petrobras e UNIFOR - Universidade de Fortaleza.

Além de eventos como o Workshop de Oportuni-dades e Parceria Rede Petro-Ce com a ABENDI e o Seminário de Qualificação de Pessoas em END e Ins-peção, foram realizadas provas do exame de certifica-ção de inspetores de END (Ensaios Não Destrutivos), nas modalidades de inspeção por líquidos penetran-tes, partículas magnéticas, ultrassom e exame visual de solda, evitando o deslocamento destes profissio-nais para outros Estados.

Visando a descrever com maior profundidade o 10º Encontro Regional de END e Inspeção, que ocor-rerá em Fortaleza no dia 23 de agosto próximo, foi realizada reunião com a participação do diretor da Filial XI e gerente de Inspeção da Petrobras, Cícero Moura; do engenheiro da área de Manutenção e Ins-

proposta temas objetivos e a integração dos parti-cipantes, o que possibilitou a troca de experiências entre os profissionais envolvidos. Outro ponto a destacar foi o processo de inscrição, com a cobran-ça na forma de dois quilos de alimentos não pere-cíveis que foram encaminhados às instituições as-sistenciais da cidade, cumprindo a função social da ABRAMAN. Todo o evento foi custeado por sete pa-trocinadores, que tiveram a oportunidade de divul-gar seus produtos em uma área dedicada a este fim.

O workshop foi composto por palestras com os seguintes temas: Eficiência energética e redu-ção de custo operacional na indústria de motores elétricos linha W22 PREMIUM - Campanha Pen-se Verde – WEG Motores; Seleção e manutenção de purgadores – Bermo Válvulas e Equipamentos Industriais; Manutenção de compressores e o uso do compressor VSD como melhoria da eficiência energética - Atlas Copco/Comprevalle.

peção da Petrobras, Raimundo Witt; do diretor do Centro de Tecnologia da Unifor, Almeida Júnior; do diretor executivo da ABENDI, João Conte e do repre-sentante da ABENDI no Ceará, Antônio Noca, para a discussão de novas ações de capacitação no nível técnico. Estas ações envolverão cursos de qualifica-ção em END e de pós-graduação em Especialização em Engenharia de Inspeção e Manutenção, além de um calendário de aplicação de provas de exame de certificação em END.

O diretor da ABENDI, João Conte, comentou que “o Ceará já pode estudar a possibilidade do lança-mento de uma Comissão Regional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (CORENDI), que tem por objetivo propor o intercâmbio técnico e a troca de experiências sobre END e Inspeção, envolvendo as inovações tecnológicas, treinamento e certificação, melhores práticas de gestão e avaliação da integrida-de dos equipamentos”.

O diretor da Filial XI da ABRAMAN, Cícero Mou-ra, acrescentou que “a sinergia entre as instituições só tem a contribuir com o processo de capacitação de profissionais e empresas da região”.

A

Workshop em Jaraguá do Sul

A

Revista Manutenção – Maio / Junho 20128

27º CONGRESSO BRASILEIRO DE MANUTENÇÃO

stá chegando a hora do maior evento de Manutenção e Gestão de Ativos do Bra-sil, e um dos mais importantes do mun-do, que será aberto no dia 10 de setembro próximo, no Centro de Convenções SulA-

mérica, um dos mais modernos locais de encontros empresariais do país, no centro do Rio de Janeiro.

Às vésperas da Primavera, a ABRAMAN convida gestores de ativos, manutentores e profissionais que atuam na área de Manutenção para congregarem-se em torno dos temas que irão apresentar o estado da arte deste segmento profissional em centenas de ativi-dades, com especialistas brasileiros e internacionais, durante o 27º Congresso Brasileiro de Manutenção.

Além do acesso a conhecimentos atualizados, os participantes poderão familiarizar-se com os avanços das principais empresas brasileiras e mundiais, nos mais importantes segmentos da economia e, também, ter acesso a equipamentos e tecnologias que serão mostradas na Expoman 2012.

O grande evento de Gestão de Ativos e Manuten-ção, que está em fase final de montagem, terá um mo-mento marcante com a realização prevista para o dia 10 de setembro, da primeira prova do SRMP, a asso-ciação dos profissionais de Manutenção e Confiabili-dade, em parceria com a ABRAMAN, no Brasil. No mesmo dia, três conferências completam a programa-ção: Gerson Arcos, da Pragma, falará sobre a Introdu-ção da PAS 55, norma internacional que, também, foi lançada no Brasil, em português, pela ABRAMAN; Lourival Tavares abordará Planejamento e Controle da Manutenção e Manoel Segadas Planejamento e Controle de Paradas.

A abertura solene do 27º CBM, no dia 10/9, será co-ordenada por âncora de renome do cenário da comuni-cação brasileira e terá como convidado de honra líder

empresarial de grande grupo industrial que oferecerá aos congressistas uma visão das perspectivas do de-senvolvimento econômico do País e das oportunida-des que se abrem para investidores e profissionais.

Mesas redondas, com a participação de empresas de classe internacional, estão, também, sendo com-postas, já estando definidas as de Manutenção Elé-trica e Automação na Área Naval, Ferramentas de Planejamento, Gestão da Manutenção no Varejo e Shopping Centers, Desafios na Formação de Mão de Obra na Manutenção, Água de Reuso no Comperj e Indústrias, Manutenção de Dutos Rígidos Submari-nos e Terrestres, entre outras.

Conferências e workshops internacionais estão agen-dos sobre temas como ISO 55000 & PAS 55 – Diferen-ças e Semelhanças; Reability & Maintenance (RAM) – The Path to World Class Performance; How do Con-ciliate Industrial and Financial World, entre outras.

Na esfera internacional, o 27º CBM terá sessões de debates com foco na introdução da PAS 55, norma in-glesa de Gestão de Ativos e nos conceitos inovadores sobre esta que é a mais moderna ferramenta de gestão deste segmento e que está em processo de adoção por empresas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Visitas técnicas que agregarão conhecimento e va-lor aos participantes estão agendas, entre elas ao Cen-tro de Controle Operacional e Centro de Manutenção do Metrô Rio, ao píer de GNL na Baía de Guanabara e à Usina Nuclear de Angra dos Reis. Estes contatos permitirão a familiarização com importantes núcle-os de tecnologia onde Gestão de Ativos significa um conceito crucial para o sucesso da operação, em am-bientes de alta complexidade.

A reunião do Global Forum on Maintenance & Asset Management – GFMAN, no Rio, como progra-mação paralela ao 27° Congresso Brasileiro de Ma-

E

Aproxima-se a Primavera da Manutenção e Gestão de Ativos, no Rio, em setembro

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 9

nutenção e Expoman 2012, trará ao Brasil cerca de dez executivos das principais instituições mundiais representativas da Manutenção e da Gestão de Ati-vos, o que significa uma etapa fundamental para o programa de internacionalização da ABRAMAN e de importância decisiva para os manutentores brasi-leiros que passam a circular em esferas profissionais globais e consolidam uma posição de vanguarda no universo empresarial.

A organização do 27º CBM incorporará iniciativas introduzidas no 26º Congresso, em Curitiba, que se mostraram bastante atraentes para os patrocinadores, entre os quais o Dia Vip de Gestão de Ativos que es-timula ações de relacionamento como o programa de Convidados VIP’s indicados pelos clientes e pros-pects que representem a alta direção, ou gerência de empresas. Os expositores que aderirem a este pro-grama terão, entre outros benefícios, a oportunidade de participar de cafés da manhã com palestrantes e dirigentes de empresas estratégicas e a possibilidade de agendarem encontros de seus convidados VIP’s com players do mercado. Outros benefícios incluem a disponibilização de auditórios com capacidade para 150 pessoas, sem concorrência de sessão técnica do Congresso, com sistema de sonorização, projetor multimídia, computador e recepcionista para a reali-zação de eventos satélites.

A Expoman 2012 começa a ter procura intensa nes-tas semanas que antecedem o evento. A área de expo-sições, superior a 1700 metros quadrados, foi reserva-da em grande parte por empresas que atuam no setor de Manutenção e Gestão de Ativos. As áreas rema-nescentes estão sendo negociadas, podendo prever-se que haverá ocupação completa da área ofertada.

Para aumentar o interesse e a visibilidade dos even-tos, foram firmadas parcerias institucionais com en-tidades como a Sobratema – Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, ICZ – Instituto de Materiais Não Ferrosos e CONAEND&IEV 2012 – Congresso Nacional de Ensaios Não Destru-tivos e Inspeção, um dos eventos mais tradicionais do setor, que trata das principais aplicações de END, Inspeção, Condições de Monitoramento e Controle da Qualidade em diferentes segmentos industriais, que será realizado em conjunto com a IEV – Confe-rencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales.

Pelos acordos, as entidades parceiras ampliam a di-vulgação dos eventos da ABRAMAN para seus asso-ciados, veiculam peças publicitárias em suas publi-cações e obtêm reciprocidade para suas iniciativas.

O 27º Congresso Brasileiro de Manutenção e a Ex-poman 2011 serão realizados no moderno Centro de Convenções Sul América, o mais novo comple-xo empresarial e de eventos da cidade, situado na

área central, com acesso fácil por transporte público. Trata-se de um espaço multiuso, de última geração, que oferece localização, infraestrutura e tecnologia diferenciadas para a realização simultanea de pales-tras, workshops, congressos, convenções e feiras na-cionais ou internacionais.

Uma das atrações do complexo arquitetônico é um prédio antigo, tombado pelo patrimônio histórico, o Solar, construido em 1869 e recuperado em 1907 para abrigar o Hospital das Crianças, da Santa Casa de Misericórdia, tendo sido, na década de 90, sede dos estúdios da então TV Rio.

Atividades paralelas estão sendo programadas tam-bém para os familiares dos congressistas visando a es-timular o clima de congraçamento e aproximação en-tre a comunidade de Gestão de Ativos e Manutenção.

Há, enfim, atividades estimulantes e enriquecedo-ras para todos, dentro de uma programação densa de conteúdo e elaborada em todos os seus pormenores para que o 27º Congresso Brasileiro de Manutenção e a Expoman 2012 constituam-se nos mais importantes já realizados e sejam, portanto, memoráveis.

O Solar do Centro de Convenções

Amplo espaço para a Expoman

Revista Manutenção – Maio / Junho 201210

Destaque

SENAI “Frederico Jacob” oferece assessoria técnica de

processos energéticos à empresas

Unidade, proporciona consultoria em gestão de energia elétrica e estudo e diagnóstico de eficiência energética

• Conhecimento real dos processos fabris no que tange o impacto energético;

• Otimização / Redução do consumo de energia;

• Identificação de equipamentos com baixo rendimento energético;

• Economia graças ao uso racional de energia;

• Análise das grandezas elétricas, fator de carga, fator de potência, tarifação e contrato de fornecimento;

• Prospecção de oportunidades de melhoria da eficiência energética nos principais consumidores

de energia: iluminação, motores, processos de resfriamento, calor, compressão e utilidades;

• Assessoria e implantação da ISO 50001;

• Levantamento de pontos críticos de consumo de energia;

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Trabalhos executados por consultores com certificação internacional da TÜV da Siemens da Alemanha, e também por auditores da ISO 50001 em

Eficiência Energética certificados pela Bureau Veritas.

Edson Santos (11) 2227 8023 / [email protected]

Evandro Campara (11) 2227 8033 / [email protected]

Mais informações:

O título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido ao Rio pela Unesco abre novas oportu-nidades para a economia da cidade e reforça a es-tratégia de crescimento e inserção internacional.

A decisão da Unesco implica no compromisso de manutenção permanente do patrimônio da ci-dade e abre a possibilidade de novos financiamen-tos internacionais para obras e ações de preserva-ção de interesse histórico. É, portanto, mais um aval para o projeto de transformação do Rio em polo de atração mundial de investimentos ao asse-gurar mais políticas públicas para áreas turísticas.

O dia 1º de julho torna-se, portanto, uma data histórica para o Brasil por marcar o momento em que a Cidade Maravilhosa tornou-se a primeira metrópole do mundo a receber o importante título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisa-gem Cultural Urbana.

“A paisagem carioca é resultado da utilização intencional da natureza que, atendendo aos inte-resses econômicos dos colonizadores portugueses,

formou espaços únicos no mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela tro-ca entre diferentes culturas associadas a um sítio natural”, comemorou o presidente do Iphan, Luís Fernando de Almeida.

Os locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural, entre eles o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e a Praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Gua-nabara. As atrações cariocas incluem, ainda, o Forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.

A candidatura foi apresentada pelo Iphan - Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O trabalho que levou a cidade à conquista única no mundo foi fruto do trabalho do Iphan em par-ceria com a Associação de Empreendedores Ami-gos da Unesco, da Fundação Roberto Marinho.

Patrimônio Cultural da Humanidade cria oportunidades para a economia

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 11

PNQC

Revista Manutenção – Maio / Junho 201212

PNQC

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PNQC: marco histórico com o início das certificações

primeira certificação brasileira, com exames realizados em português, ou-torgada pela SMRP, a associação dos profissionais de Manutenção e Confia-bilidade dos Estados Unidos, em par-

ceria com a ABRAMAN terá o seu exame inaugural no Brasil no dia 10 de setembro próximo, no âmbito da programação do 27º Congresso Brasileiro de Ma-nutenção. A prova será enviada em envelope lacrado pela SMRP para ser aberta no momento do exame. Os aprovados formarão o grupo de facilitadores que irá disseminar o processo.

A SMRP é uma sociedade profissional, sem objetivo de lucros, formada para preparar lideranças e avan-çar conceitos estratégicos de Confiabilidade e Gestão de Ativos. A instituição oferece formação que agrega valor tanto para os profissionais quanto para empre-sas visando a que aprimorem e disseminem as suas melhores práticas. Com cerca de três mil profissionais certificados e, aproximadamente, quatro mil membros em todo o mundo, a maioria dos quais nos Estados Unidos, onde tem a sua sede, a SMRP mantem um pro-grama de certificação amplamente reconhecido, que envolve concorrido e rigoroso processo de exames.

Este será o coroamento de um processo cujos pri-meiros movimentos ocorreram durante o Global Fo-rum, realizado na Austrália, com o diretor interna-cional da entidade americana, Tim Goshert que, no passado, esteve no Brasil para participar do 26º Con-gresso Brasileiro de Manutenção, em Curitiba, para fechar os entendimentos. Agora é para valer, com os resultados concretos das negociações estabelecidas com entidades internacionais com foco em parcerias para certificação conjunta de profissionais, conduzi-da pela ABRAMAN.

“Atingimos um novo patamar de formação profis-sional na estrutura de nosso PNQC, com um signifi-cativo salto de qualidade que reforça a qualificação

de profissionais de todos os níveis para atuarem em Gestão de Ativos” comemora o presidente da ABRAMAN, João Ricardo Lafraia.

O diretor de Operações e Manutenção da AES Tietê e Uruguaiana, Ítalo Freitas, que apoia a ABRAMAN na condução do processo de certificação, participou de um programa para preparação de facilitadores para aplicação do exame da SMRP e tornou-se o pri-meiro certificador brasileiro. Ítalo adianta que o exa-me consta de seções de avaliação de desempenho de empresas de classe mundial e aplicação prática de conhecimentos. O regulamento do processo de certi-ficação da SMRP obriga a presença de um facilitador no país onde se realiza o exame.

O exame busca aferir a vivência do candidato e, também, o seu conteúdo teórico, mesclando experiên-cia com conceitos teóricos das melhores práticas do mercado. O exame fundamenta-se nos pilares concei-tuais da SRMP: gerenciamento de negócios, confiabi-lidade do processo, confiabilidade de equipamentos, liderança organizacional e gerenciamento do traba-lho. Mas, além da parte prática, os candidatos devem estar em dia com a base teórica para terem condições de responder questões que podem estar relacionadas com outras áreas de atuação, num exame amplo.

O primeiro facilitador brasileiro diz-se “entusias-mado pela possibilidade de trazer mais conhecimen-to para o Brasil”. Para ele, Gestão de Ativos e Con-fiabilidade irão consagrar uma gama de profissionais brasileiros cuja competência ainda não é formalmen-te reconhecida.

A certificação SRPM/ABRAMAN terá reconheci-mento internacional. O PNQC da ABRAMAN cre-dencia-se, desta forma, como instituição de difusão de conhecimento e prossegue a caminhada que teve início na década de 90 e estende-se por todo o País, avançando das bases estabelecidas no chão de fábri-ca e médias gerências para alcançar novos patamares.

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Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 13

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Revista Manutenção – Maio / Junho 201214

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 15

ais de 200 bilhões de dólares serão investidos até 2014 no Rio de Janei-ro, a maior parte na área metropo-litana da capital, em obras que vão de nova infraestrutura,a indústrias,

superporto, metrô, logística, vias públicas, hotéis e outras que irão vestir a cidade em trajes de gala para as grandes festas que começam em 2013 com a Copa das Confederações, têm o seu ápice futebolístico em 2014 com a Copa do Mundo e prosseguem em 2016 com as Olimpíadas.

A movimentação de recursos aquece a atividade empresarial e cria novas oportunidades para enge-nheiros, técnicos e profissionais qualificados que tenham foco em Gestão de Ativos e domínio da coor-denação de empreendimentos complexos.

Este é o cenário que espera os congressistas do 27º Congresso Brasileiro de Manutenção e expositores da Expoman 2012, quando setembro vier. No bojo deste cenário, estão os desafios para os manutentores e empresas prestadoras de serviços.

A movimentação tem sido, realmente, sem parâ-metros anteriores. Em junho, a cidade recebeu mais de 100 mil visitantes, que deixaram na economia lo-cal cerca de R$ 250 milhões, números que entusias-maram os empreendedores e gestores públicos. Do ponto de vista da sustentabilidade, alguns números que refletem o compromisso do cidadão são entusias-mantes: dos quase 400 ônibus utilizados pelos parti-cipantes da conferência, 10% deles foram movidos a biodiesel. A Comlurb - Companhia Municipal de Limpeza Urbana e as cooperativas de catadores re-colheram cerca de 40 toneladas de lixo nos eventos oficiais e paralelos.

A população notou, também, avanços no cotidiano

M

Rio de Janeiro no compasso dos mega investimentos que renovarão o Estado

Em obras

das pessoas. Nas regiões onde houve atividades da Rio+20 foram registradas quedas nas ocorrências po-liciais graças à presença ostensiva de mais de 20 mil agentes das Forças Armadas e das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar no esquema de se-gurança da conferência.

O Rio mostrou que pode fazer a gestão de grandes eventos. Esta temática será abordada em setembro, durante o 27º CBM.

O sucesso da organização envolveu, também, iniciativas que terão reflexos econômicos dura-douros, com cerca de 700 compromissos de inves-timentos relacionados com questões ambientais firmados durante a Conferência, com total supe-rior a 500 bilhões de dólares.

“É preciso o apoio e o envolvimento do setor pri-vado e da sociedade civil para o sucesso das iniciati-vas”, destacou Sha Zukang, sub-secretário geral das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais e coordenador internacional do evento.

Um dos acordos firmados prevê que todas as insti-tuições de nível superior do Brasil terão que incluir o tema da sustentabilidade em seus currículos, o que pode significar oportunidades para especialistas da área de Manutenção e Gestão de Ativos.

“A mudança dos currículos escolares, desde a edu-cação básica, é uma das ferramentas mais simples, baratas e imediatas que podemos usar em prol do de-senvolvimento sustentável. Será um enorme avanço se os demais países se inspirarem no compromisso assumido pelas instituições de ensino brasileiras”, avalia Antonio Freitas, Pró-Reitor de Ensino, Pesqui-sa e Pós-graduação e diretor de integração acadêmica da Fundação Getúlio Vargas.

Apesar de a cidade estar se transformando num can-

CAPA

Revista Manutenção – Maio / Junho 201216

teiro de obras, o dia a dia das pessoas está sob con-trole. Segundo a ABIH-RJ - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro a rede hoteleira registrou índice de ocupação de 95% e deverá repetir o desempenho durante a temporada esportiva interna-cional com mais 10 mil vagas adicionadas à estrutura atual que incluirá 36 novos hotéis e resorts que estão sendo construídos. Estas obras irão criar mais de 40 mil postos de trabalho diretos e indiretos para traba-lhadores qualificados na construção civil e prestação de serviços, que envolvem ar condicionado, elevado-

* Investimentos da Petrobras contemplados no valor de R$ 107,7 bilhões não são apresentados por não estarem detalhados.** O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil engloba a construção de uma base naval e de um estaleiro para fabricação e manutenção de submarinos, bem como a fabricação de quatro submarinos convencionais e um nuclear.*** Os investimentos do PAC 2 em desenvolvimento urbano incluem o aumento da oferta de serviços e equipamentos públicos nas áreas de cultura, educação, lazer e saúde nos bairros populares, prevenção de áreas de risco, investimento em mobilidade urbana e pavimentação, redução do déficit habitacional, garantia do acesso à casa própria e universalização do acesso à energia elétrica.

INVESTIMENTO SETOR MUNICÍPIO OBJETIVO

VALOR DOINVESTIMENTONO PERÍODO

2012-2014(R$ BILHÕES)

Siderúrgica da Ternium Siderurgia São João da Barra Implantação 8,8

Usina Nuclear de Angra 3 Energia Angra dos Reis Implantação 7,2

Exploração de camposde petróleo pela OGX

Petróleo e Gás Vários Implantação 6,5

Comperj Petroquímico Itaboraí Implantação 5,3

PROSUB** Construção Naval Itaguaí Implantação e Construçãode Embarcação

5,2

Porto Maravilha DesenvolvimentoUrbano

Rio de Janeiro Expansão/Modernização 4,8

Metrô Linha 4 Transporte/Logística

Transporte/Logística

Transporte/Logística

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Implantação 4,2

Governo federal ( PAC 2 -Desenvolvimento Urbano)***

Governo federal ( PAC 2 -Saneamento Básico)

DesenvolvimentoUrbano

Vários Implantação e Expansão/Modernização

Implantação e Expansão/Modernização

Implantação e Expansão/Modernização

Implantação e Expansão/Modernização

3,4

Unidade de ConstruçãoNaval do Açú - OSX

Construção Naval São João da Barra

São João da Barra

Implantação

Implantação

Implantação

Implantação

Implantação

3,0

Sistema BRT 2,8

Complexo Portuário do Açu 2,7

Fábrica da Renault-Nissan Automotivo Resende 2,6

Investimentos Cedae Saneamento Básico Diversos 2,4

Programa Morar Carioca DesenvolvimentoUrbano

Rio de Janeiro 2,1

Saneamento Básico Diversos 1,8

Fábrica da PSAPeugeot Citroën

Automotivo Porto Real Expansão/Modernização

Expansão/Modernização

Expansão/Modernização

1,7

Estaleiro Mauá Construção Naval NiteróiConstrução deEmbarcação

Construção deEmbarcação

Construção deEmbarcação

Construção deEmbarcação

1,5

Porto do Rio Transporte/Logística

Transporte/Logística

Rio de Janeiro 1,4

Porto de Itaguaí Itaguaí

Transporte/Logística Itaguaí

1,3

Porto do Sudeste Implantação

Transporte/Logística Itaguaí Implantação

1,3

Terminal da Usiminasem Itaguaí

1,3

Estaleiro Ilha S.A. Construção Naval

Construção Naval

Construção Naval

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

1,3

Siderúrgica da Gerdau(Cosigua)

Siderurgia 1,2

Grupo Fischer - CBO Niterói 1,1

Integração de navios FPSOOSX-4 e OSX-5 para OGX

São João da Barra 0,9

MAIORES INVESTIMENTOS PREVISTOS,POR SETOR DE ATIVIDADE*

res, redes elétricas e de informática, entre outras áreas. Mas há, ainda, gaps importantes a preencher. Se-

gundo a Riotur, um deles é a escassez de atendentes bilíngues no setor de recepção turística. Para mino-rar o problema, será ampliado o programa munici-pal Rio Hospitaleiro que, em 2011, capacitou mais de três mil pessoas. O projeto visa a oferecer trei-namento não só ao setor turístico, mas também a garçons, taxistas, policiais, guardas municipais e prestadores de serviço.

São tempos, realmente, de mudanças.

Fonte: Decisão Rio 2012-2014, Firjan

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 17

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Revista Manutenção – Maio / Junho 201218

estudo Decisão Rio 2012-2014, recente-mente lançado pela Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, calcu-la que, até 2014, impulsionados pela Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, os

novos empreendimentos receberão investimentos públicos e privados de R$ 211,5 bilhões, sendo que quase 70% deste total para novos projetos.

“O Rio traça seu futuro com determinação política e planejamento e passa por transformações radicais”, resume o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

O setor de petróleo e gás deve receber metade do total de investimentos previstos. Obras importantes começam a ser realizadas, também, em infraestrutu-ra e ampliação da indústria de transformação, como constatou o Decisão Rio 2012-2014.

“O mapeamento dos investimentos mostra o cami-nho em direção às oportunidades presentes e futuras. Ao todo, estão mapeados 234 empreendimentos”, destaca Gouvêa Vieira na apresentação do estudo.

Além do setor de petróleo, investimentos em trans-porte e logística, como o Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra; a Linha 4 do Metrô Rio, o Arco Metropolitano ligando o Porto de Itaguaí ao Comperj, em Itaboraí, receberão vultosos investimentos. Estas intervenções reforçarão a importância logística do Rio, tanto no âmbito nacional quanto internacional.

O setor automotivo tem projetos que transformarão o eixo Sul Fluminense em novo polo desta indústria, estimulando a formação de ampla cadeia de forne-cedores e aumentando a demanda de trabalhado-res qualificados. O mesmo ocorrerá com o setor de construção naval, impulsionado pela exploração de petróleo e gás, que estimulou a estruturação de avan-çado polo de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias no Estado.

Mais de R$ 200 bi serão investidos pelos setores público e privado até 2014

O

TM

Construção naval, inclusive plataformas offshore, destaque nos estaleiros cariocas

Na capital, a revitalização urbana é um aconteci-mento visível pela população, com obras na zona portuária com o projeto Porto Maravilha que abre possibilidades de parcerias público-privadas.

“O Sistema Firjan, em sua missão de informar, for-mar e transformar, contribui ao colocar a sua rede de ensino, de qualificação profissional e de centros de tecnologia à disposição dos que querem colaborar para o crescimento e o desenvolvimento da econo-mia fluminense” diz o presidente da entidade.

O estudo Decisão Rio é um dos frutos do traba-lho da Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Associativo do Sistema Firjan que, por meio de sua Gerência de Competitividade Industrial e In-vestimentos, realiza pesquisas sobre as intenções de investimentos no Estado junto aos investidores privados e públicos com o objetivo de apresentar tendências e orientar os tomadores de decisão. Os investimentos identificados mostram que o Rio tem uma clara vocação para ser um hub internacional de oportunidades e centro logístico estratégico in-ternacional. O Estado é a segunda maior economia do País, sua renda per capita mais que dobrou des-de 2000, superando a média nacional. A capital é o principal destino de turistas estrangeiros do País

e o Estado é o maior produtor nacional de petróleo e gás, com reservas comparáveis às dos principais países produtores mundiais.

Os setores de petróleo e gás, construção naval, ener-gia, siderurgia e automotivo, representam o maior peso na economia do Estado, mas investimentos em logística destacam-se com mais de R$ 20 bilhões a serem aplicados em grandes obras. Já se observa no Estado aumento da demanda por mão de obra quali-ficada, tanto nas empresas construtoras, quanto nas operadores, com reflexos nas indústrias, comércio e prestadores de serviços.

A infraestrutura logística que está em construção coordena-se com os grandes empreendimentos do Estado, como Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, considerado um dos principais em-preendimentos da Petrobras, previsto para entrar em operação em 2014, com previsão de geração de mais de 200 mil postos de trabalho. Outro empreendimen-to notável e de grande impacto econômico e social é o Complexo Industrial do Porto do Açu.

O documento da Fierj destaca, também, a constru-ção do Arco Metropolitano, um dos projetos mais importantes da malha rodoviária do Estado e fator de atração de empresas para seu entorno, com ên-

TM

CAPA

Revista Manutenção – Maio / Junho 201220

fase para as da cadeia de petróleo e gás, indústrias química e petroquímica e serviços de apoio logísti-co. O Arco vai conectar o Porto de Itaguaí, no eixo Sepetiba, ao Comperj, em Itaboraí, no eixo Leste Fluminense, permitindo a redução nos custos de transporte de cargas.

As ferrovias receberão investimentos na construção e na adequação de trechos que vão integrar as diver-sas regiões do Estado e permitirão a movimentação mais rápida de cargas e a redução das distâncias aos estados vizinhos, aumentando a importância do Es-tado como centro logístico. Portos de alta capacida-de em construção e ampliação oferecerão vantagens econômicas competitivas, destaca a Firjan. Espera-se que, até 2014, o estado venha a ter o maior conjun-to portuário do Atlântico Sul e um dos maiores do mundo, com 13 portos e três grandes terminais, com uma instalação portuária a cada 40 km de costa para

a movimentação de contêineres, petróleo e deriva-dos, minério de ferro, produtos siderúrgicos e auto-móveis, entre outros produtos.

As novas instalações portuárias terão maior capa-cidade de armazenamento e de escoamento de pro-dutos e permitirão a atracação simultânea de vários navios com calados profundos. Entre os projetos em execução, o Complexo Portuário do Açu está proje-tado para receber até 40 navios ao mesmo tempo, in-cluindo os maiores, da classe Chinamax.

Outro elemento importante deste cenário é o Ae-roporto Internacional do Galeão – Antônio Carlos Jobim, que será ampliado para atender o fluxo de passageiros esperados nos próximos anos. Além do Galeão, está em andamento a construção e ampliação de aeroportos regionais visando a agilizar a movi-mentação de funcionários nos campos de exploração de petróleo offshore.

Forte programa de portos prevê instalações em vários pontos da costa do Estado do Rio

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 21

setor de petróleo e gás do Rio de Janeiro deverá receber cerca de R$ 108 bilhões em investimentos da Petrobras e de empresas parceiras em seus diver-sos projetos no Estado, envolvendo,

entre outros, a produção nas Bacias de Campos e Santos e no pré-sal, além de novas plantas, expan-são e modernização das existentes, construção de embarcações e centros de pesquisa.

Inversões importantes serão feitas, também, no setor de infraestrutura onde os orçamentos su-peram a casa dos R$ 50 bilhões. Na indústria de transformação estão previstos R$ 40 bilhões e em turismo cerca de R$ 2 bilhões. Os esportes, que es-tarão na crista da onda até 2016, atrairão em torno de R$ 9 bilhões de investimentos em construção e instalação de equipamentos esportivos, instalações de apoio, segurança e tecnologia.

Comparando-se com o documento Decisão Rio 2011-2013, registra-se um aumento de mais de 80% nos investimentos em transporte e logística, que re-presentam mais de 40% do total de investimentos em infraestrutura. Neste contexto, construção naval vive um momento de expansão em razão das enco-mendas de embarcações pelo setor de petróleo e gás. Outro setor impulsionador de uma vasta cadeia de fornecedores, o automotivo, registrou volumes de in-vestimentos 10 vezes superiores aos de 2011-2013, superando os R$ 6 bilhões. O investimentos no se-tor automotivo são liderados pela implantação da fá-brica da Renault-Nissan, em Resende e expansão da PSA Peugeot Citroën, em Porto Real.

Na indústria de transformação, serão investidos, no período 2012-2014, mais de R$ 40 bilhões, com destaque para a indústria naval. A construção do es-taleiro da OSX, no Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, voltado para construção de plata-formas e embarcações de apoio e à construção de um estaleiro para fabricação de submarinos da Marinha, em Itaguaí, estão entre os principais projetos.

No setor siderúrgico, os principais movimentos são a ampliação da planta da Cosigua/Gerdau e a implan-tação da siderúrgica da Ternium, em São João da Barra, no Complexo Portuário do Açu. O setor petroquímico é liderado pela construção do Comperj em Itaboraí.

Setor de óleo e gás está no centro dos grandes projetos

O

Bacias de Campos e de Santos e pré-sal: intensa atividade de produção

CAPA

Revista Manutenção – Maio / Junho 201222

Novos portos formam umhub logístico eficiente

Estado do Rio receberá, ainda, um volume de investimentos em infraes-trutura superior a R$ 50 bilhões, até 2014. Mais de 40% deste total serão destinados a transporte e logística,

com destaque para a construção da linha 4 do Me-trô Rio, que ligará a Zona Sul à Zona Oeste da capi-tal e implantação do sistema de BRT – Bus Rapid Transit, constituído de ônibus articulados que tra-fegam em faixas exclusivas.

No setor portuário será construído o Complexo Portuário do Açu, além da expansão do Porto do Rio e a construção do Porto do Sudeste, em Itaguaí, para

O exportação de minério de ferro. O projeto Porto Ma-ravilha de revitalização da região portuária do Rio terá investimentos próximos dos R$ 5 bilhões e tor-nará a zona do cais um local de atração turística im-portante para a região central da cidade.

Os empreendedores do Porto do Rio, a Companhia Docas do Rio de Janeiro, a Secretaria Especial de Portos, a Multiterminais e Libra Terminais, reali-zação o projeto de expansão em diversas frentes: a expansão da MultiRio (terminal de contêineres) e da MultiCar (terminal de veículos), ambas da Multiter-minais; a ampliação do cais da Libra Terminais para 665 metros de extensão, que possibilitará a atraca-

Navio ao mar. Petroleiro da Transpetro. Construção abre oportunidades para fornecedores de equipamentos e serviços.

Agência Petrobras

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 23

ção simultânea de dois navios do tipo Post Pana-max de quarta geração; o aumento da área da Libra Terminais para aumentar a capacidade de movi-mentação de 214 mil para 428 mil contêineres/ano; a modernização e ampliação do parque de equipa-mentos operacionais e armazéns da Libra Terminais e construção de prédios de apoio; reforço estrutural de 1.100 m do Cais da Gamboa para recebimento de navios de calado de 13,5 m; dragagem de aprofun-damento e implantação de novo traçado geométrico do canal de acesso ao Cais da Gamboa; dragagem de aprofundamento e alargamento de trecho do ca-nal principal; dragagem de aprofundamento na área de atracação do cais para navios de passageiros que servirá à Copa de 2014; implantação de três novos píeres dispostos em formato de “Y”, com capacida-de para seis navios de passageiros.

O deque será construído entre os armazéns 3 e 4, ao lado do antigo píer, onde está sendo erguido o Museu do Amanhã, com aprofundamento dos acessos aqua-viários para atender navios de até 15,5 m de calado.

O estudo da Fierj alerta que há oportunidades para

fornecedores de máquinas e equipamentos e serviços de engenharia e construção pesada, incluindo gestão de ativos e manutenção.

Outra obra portuária importante, o porto de An-gra dos Reis, prevê a ampliação do cais e da retro-área do porto para atender aos mercados offshore ligados ao pré-sal. As obras serão divididas em três fases previstas para serem concluídas em setembro de 2013, agosto de 2014 e fevereiro de 2016. O por-to já tem uma base de fluidos, operada pela Brasil Supply, e oferece, em parceria com o Senai, trei-namento e capacitação profissional para formar e desenvolver a mão de obra local.

A primeira das três fases da obra tem o seu início previsto para este segundo semestre do ano, com duração de 14 meses. A segunda fase, que aumen-tará a área do porto em 19 mil metros quadrados deverá começar logo após o fim da primeira, em 2013, e terá a duração de um ano. A terceira au-mentará a área do porto e o cais, com inicio das obras marcado para agosto de 2014 e conclusão prevista para fevereiro de 2016.

CAPA

Revista Manutenção – Maio / Junho 201224

Obras em vários bairros para os Jogos Olímpicos

arra da Tijuca, Deodoro, Copacabana e Maracanã são alguns dos bairros cariocas que serão beneficiados com obras impor-tantes relacionadas com os Jogos Olímpi-cos. A organização deste grande evento

mundial, considerado o que mais atrai público de te-levisão em todo o mundo, é comandado pelo Comitê Olímpico Internacional, que delega aos integrantes locais a responsabilidade pela organização.

O Comitê Olímpico Brasileiro tem a função de fis-calizar os investimentos para a realização do even-to, mas diante da dimensão do empreendimento e da complexa estrutura necessária, que envolve vila olímpica, arenas, hotéis, sistemas de transportes e se-

gurança, com impactos na economia, estabeleceu-se uma parceria entre os três níveis de governo - mu-nicipal, estadual e Federal - por intermédio da APO – Autoridade Pública Olímpica, criada com o objeti-vo de planejar e coordenar a organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

A Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A, empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Esportes, com sede na cidade do Rio de Janei-ro tem como atribuições a realização de estudos para o desenvolvimento de planos e projetos rela-tivos aos investimentos em infraestrutura, plane-jamento e proposta de gerenciamento da destina-ção e legado dos Jogos.

B

Obras em andamento. Pacote Olímpico permite novos projetos de hotéis no Rio.

Edu Simões. O

debrecht Informa

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 25

O governo do Estado e Prefeitura do Rio, repre-sentada pela EOM - Empresa Olímpica Municipal, poderão assumir a construção das arenas esporti-vas em Deodoro e na Barra da Tijuca. Os valores a serem investidos nas instalações olímpicas serão detalhados após a aprovação dos projetos execu-tivos pela APO. O investimento na reforma e mo-dernização do estádio do Maracanã é o único que está em execução por ser um projeto previsto para a realização da Copa de 2014.

Para estimular os investimentos privados volta-dos para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, o governo federal criou, com recursos do BNDES, um pacote de incentivos, entre os quais o Pro Copa Turismo, para ampliação, construção e reforma de hotéis em todo o Brasil, e o Pro Copa Arenas, para construção e reforma das arenas que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 e urbanização do seu entorno. A Prefeitura do Rio de Janeiro tam-bém estruturou o seu pacote de incentivos fiscais e criou novas regras urbanísticas para estimular a construção de hotéis, o Pacote Olímpico, cujo im-pacto refletiu-se no acréscimo de mais de 70% no total de projetos para hotéis no Rio.

Ônibus rápido em faixa exclusiva. Modelo implantado em Curitiba e outras cidades inspira o Rio.

Trabalhadores em treinamento para atender demanda crescente

Roberto Rosa. Odebrecht Inform

a

CAPA

Revista Manutenção – Maio / Junho 201226

Obras da Linha 4 do Metrô Rio estão em andamento

governo estadual, por meio da Secreta-ria de Estado da Casa Civil, e Consór-cio Rio Barra, formado pelas empresas Queiroz Galvão, Odebrecht, Carioca Engenharia, Cowan e Servix, estão a

todo o vapor nos trabalhos de ligação entre a Bar-ra da Tijuca e Ipanema do Metrô Rio, que terá seis estações e extensão de 13,5 km, para atender a uma demanda estimada em mais de 230 mil passageiros/dia. A construção das estações de São Conrado e da Barra foi iniciadas o ano passado. O início da mon-tagem da máquina que fará as escavações do túnel, o “tatuzão”, em direção à Gávea está prevista para meados de 2013.

Outra obra estratégica importante, o Arco Metropo-litano, anel viário que passará por vários municípios da região me-tropolitana do Rio, entre os quais Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Ja-peri e Itaguaí, agilizará a movimen-tação de cargas de longa distância em torno da região metropolitana e permitirá o acesso ao Porto de Itaguaí. O Arco conectará, fora da zona urbana dos municípios, cin-co grandes eixos rodoviários que convergem para a cidade do Rio de Janeiro: a BR-101 Norte e Sul, a BR-116 Norte e Sul e a BR-040, conectando o Porto de Itaguaí ao Comperj, o maior empreendimento do Estado, em Itaboraí, passando pelo polo gás-químico de Duque de Caxias. Com 145 km de extensão, o anel está subdividido em quatro trechos. Um dos trechos, de 72 km, está em fase de construção e os ou-tros três já existem – a rodovia Rio--Teresópolis, a rodovia Rio-Santos e a BR-493, embora os dois últimos tenham de passar por reformas.

O Arco terá pistas duplas, que permitirão velocida-de média 100 km/h, com nove pontes, seis viadutos, três passagens inferiores e três passarelas e acessos às áreas próximas aos principais aglomerados urba-nos. De acordo com estudo realizado pelo Sistema Firjan, o Arco Metropolitano tem potencial para se tornar um corredor de desenvolvimento, com refle-xos logísticos e socioeconômicos para o Rio de Janei-ro e outros estados e redução de custos de transporte para o Porto de Itaguaí. O empreendimento, como avalia a Firjan, oferece potencial de negócios para empresas de construção e, também, para a cadeia de fornecedores de insumos das empresas construtoras. A longo prazo poderá ter impactos na reordenação do espaço urbano, com aumento da população nas

O

Investimentos impactam a cadeia de fornecedores de serviços.

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 27

proximidades da rodovia, o que vai gerar maior de-manda por serviços de infraestrutura básica. O Arco Metropolitano levará à redução do custo de transpor-te, o que produzirá efeitos sobre o comércio exterior e, consequentemente, na arrecadação de impostos e o emprego. Beneficiará, também, importantes inves-timentos, como a ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e Polo Gás-químico de Duque de Caxias.

Demanda por mão de obra qualificada e certificada em siderúrgicas, Comperj e Polo Gás-Químico.

Edu Simões. O

debrecht Informa

CAPA

Revista Manutenção – Maio / Junho 201228

Polo de tecnologia e de cultura são outras vocações do Estado

s investimentos estratégicos programa-dos até 2014, além dos setores de pe-tróleo, turismo, logística e indústrias orientam seus sensores para a van-guarda do desenvolvimento visando a

transformar o Rio num centro importante de tecno-logias de ponta para petróleo e gás, com a formação de um complexo polo de pesquisa no Parque Tecno-lógico da Ilha do Fundão. Ali já o Cenpes, centro de pesquisa da Petrobras; o Coppe, centro de pesquisa em engenharia da UFRJ e os centros de pesquisa da Baker Hughes, da FMC Technologies e da Schlum-berger. Outros centros ingressarão no complexos até 2020. Os centros de pesquisa irão ocupar uma área superior a 135 mil metros quadrados e trarão benefí-cios e oportunidades para o crescimento econômico. Os estabelecimentos de pesquisa situados no Parque desenvolverão sinergias com a iniciativa privada para estimular e diversificar linhas e elevar a quali-dade do ensino universitário local.

O desenvolvimento de tecnologias inovadoras per-mitirá às empresas aumentar a eficiência de proces-sos e melhorar a qualidade de seus produtos e servi-ços. Ao reunir diversas empresas do setor de petróleo e gás, o Parque Tecnológico será um importante vetor para atração de novos negócios para o Rio.

Entre os projetos privados destaca-se o primeiro centro de pesquisas global da General Electric no Brasil e o quinto no mundo, o Brazil Technology Center, que desenvolverá novas tecnologias nas áreas de petróleo e gás para serem aplicadas na ex-ploração do pré-sal, energias renováveis, minera-ção, ferrovias e aviação. A GE construíra, também, um centro de treinamento e desenvolvimento e um Centro Global de Aprendizagem, a ser implantado no centro de pesquisas.

A L’Oréal, gigante mundial do setor farmacêutico de cosméticos, também escolheu o Rio para instalar

seu centro de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, na Ilha de Bom Jesus, vizinha ao Parque Tecnológico da UFRJ. Ali será construída a sede de seu 18º centro de pesquisa, o primeiro na América Latina.

O centro visa a intensificação do desenvolvimento de produtos inovadores adaptados aos mercados bra-sileiro e latino-americano. A L’Oréal deverá firmar acordos de cooperação científica com a UFRJ para re-crutamento de profissionais de alta qualificação.

No setor industrial, também a Usiminas instalará o seu centro de tecnologia e pesquisas no Fundão para na aplicação de aços para os setores de petróleo e gás, naval e offshore. Essa será a primeira unidade da em-presa no Rio de Janeiro e terá como foco as demandas do pré-sal. Serão construídas uma oficina para pro-dução de corpos de prova, laboratório de ensaio me-cânico, além da parte administrativa e áreas comuns.

Centros de cultura, vida marinha, biodiversidade, museus, compõem o cenário mais amplos dos esfor-ços para o redesenho da metrópole num novo centro de conhecimento e de produção. O Instituto Museu Aquário Marinho do Rio de Janeiro, por exemplo, fará o maior aquário da América Latina, numa área de 25 mil metros quadrados, com exposição permanente de 12 mil animais de 400 espécies. O local terá dois ambientes, ligados por túneis – o Recinto Oceânico, onde ficarão expostas diversas espécies e Recinto Mergulho, onde será possível nadar com os animais. As instalações serão utilizadas como um polo para a pesquisa científica da fauna marinha e centro de re-abilitação para animais resgatados na orla do estado.

O Museu do Amanhã será outra instituição que completará a cena cultural carioca, tendo como em-preendedor a Fundação Roberto Marinho, em parce-ria com os governos municipal e estadual do Rio de Janeiro. O museu integra o projeto Porto Maravilha e é parte da revitalização da zona portuária.

O

soluções para os desafios do conStrubuSineSS

Realização: local:

informações e reservas de áreas: [email protected] Central de atendimento: 11 3662-4159 www.constructionexpo.com.br

até 2016, o mercado da infraestrutura terá investimento de r$ 1,5 trilhão.Para atender à demanda dos canteiros de obra e das empresas de construção, a Construction Expo 2013 vai reunir todas as soluções para engenharia e obras: l materiais l serviços l equipamentos. Prepare-se. Esta é uma importante oportunidade para quem faz ou quer fazer negócios no mercado brasileiro da construção. aproveite que o mercado estará em pleno aquecimento e exponha na construction expo 2013.

de 5 a 8 de junho, 2013 são paulo Brasil centro de exposições imigrantes

2a Feira Internacional de Edificações & Obras de InfraestruturaMateriais, Serviços e Equipamentos

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 29

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Revista Manutenção – Maio / Junho 201230

DESTAQUE

O Superporto do Açu, uma obra no estado da arte da engenharia

Superporto do Açu, complexo portuá-rio privativo de uso misto, foi desenha-do com base num projeto inovador que utiliza modernas práticas de engenha-ria, construção e operação. O resultado

esperado é um porto comparável aos mais modernos e eficientes do mundo, como os da Ásia e Europa.

O superporto brasileiro está sendo construído para receber navios de grande porte, como Capesize e os VLCC - Very Large Crude Carrier, que transportam até 320 mil toneladas de carga e Chinamax para 400 mil tonela-das. Com 17 km de píer, poderá receber até 47 embarcações. As obras incluem dois terminais, um offshore e outro onshore, no norte fluminense, próximo à área res-ponsável por 85% da produção de petróleo e gás do Brasil.

Os investimentos totais são R$ 3,8 bilhões no Complexo Portu-ário Privativo de Uso Misto do Superporto do Açu, sendo R$ 1 bilhão aportado pela LLX Minas--Rio, empresa responsável pela implantação do terminal portuário dedicado ao mi-nério de ferro, e R$ 2,8 bilhões pela LLX Açu, que responde pela operação das demais cargas, como pro-dutos siderúrgicos, petróleo, carvão, granito, escória, ferro gusa e carga geral. A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, fundado e presidido pelo empresário Eike Batista, foi criada em março de 2007 com a mis-são de prover infraestrutura e competências logísti-cas, principalmente no setor portuário. Seus projetos contemplam instalações em locais estratégicos e a construção de portos com profundidades adequadas aos maiores navios utilizados no mundo.

O Superporto do Açu é o maior investimento em infraestrutura portuária da América Latina, com área

total de 90 km², profundidade que chegará a 26 me-tros e capacidade para receber navios de grande por-te, situação que se verifica em somente 7% dos por-tos brasileiros. Contará, ainda, com dois conjuntos de terminais: o TX1, um terminal offshore com uma ponte de acesso de 3 quilômetros de extensão, píer de rebocadores, píer de minério de ferro, canal de acesso e bacia de evolução, já concluídos, podendo movimentar até 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

O terminal TX2, onshore, será instalado no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de ex-tensão e 300 metros de largura e 13 quilômetros de cais onde serão movimentados produtos siderúr-gicos, carvão, ferro gusa, escória e granito, além de granéis líquidos e sólidos. No total, o Superporto de-verá movimentar 350 milhões de toneladas por ano entre exporta-ções e importações, com destaque para o petróleo, o que o posiciona-rá entre os três maiores complexos portuários do mundo.

O projeto foi desenvolvido com base no conceito porto-indústria, com um distrito industrial em área contígua, além de uma retroárea para armazenamen-to dos produtos que serão movimentados. Essas áre-as, em conjunto com o porto, formarão o Complexo Industrial do Superporto do Açu, onde serão insta-ladas siderúrgicas, cimenteiras, base de estocagem para granéis líquidos, polo metalmecânico.

Nesta área estará, também, a UCN - Unidade de Construção Naval da OSX, empresa do setor de equi-pamentos e serviços para a indústria naval offshore de petróleo, também do Grupo EBX, além do com-plexo termelétrico da MPX, empresa de energia do Grupo EBX. No conjunto industrial estarão, também,

OInteresse pelo

projeto: 70 memorandos

de entendimento em negociação

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 31

plantas de pelotização de minério de ferro, unida-de para tratamento de petróleo, indústrias offshore e indústrias de tecnologia da informação que, como pretendem os controladores, será o futuro “vale do silício” brasileiro.

O projeto do Complexo Industrial do Superpor-to do Açu engloba, ainda, centros de distribuição e consolidação de cargas, instalações para embar-cações de apoio às atividades offshore e clusters para processamento de rochas ornamentais, reves-timentos e cerâmica.

O complexo pretende atender às necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos e está estrategicamente posicionado para movimentação e tratamento do petróleo, base de apoio para as opera-ções offshore de E&P e para receber um polo metal mecânico dedicado a indústria de petróleo e gás.

O Superporto do Açu poderá conectar-se com gaso-dutos, principalmente da Bacia de Santos, para abas-tecer a demanda de gás natural de siderúrgicas e do complexo termelétrico da MPX, empresa de energia do Grupo EBX.

Segundo informações da empresa, a LLX possui cerca de 70 memorandos de entendimento em nego-ciação com empresas que querem se instalar, ou mo-vimentar cargas no Superporto do Açu, entre as quais a Wisco - Wuhan Iron and Steel Co., a terceira maior siderúrgica da China e um contrato a Ternium para a instalação de parque siderúrgico com capacidade inicial de produção de 8,4 milhões de toneladas de aço bruto por ano. Com a Anglo American, a empre-sa possui um contrato take or pay para embarque de minério de ferro. Firmou, ainda, acordos comerciais com a Camargo Correa Cimentos e com a Votorantim Cimentos para a implantação de unidades industriais no Complexo Industrial.

No final do ano passado, a empresa anunciou a assinatura de contrato com a empresa dinamarque-sa NKT Flexibles (NKTF), para a instalação de uma unidade de produção de tubos flexíveis para apoio a indústria offshore, com início de produção previsto para 2013. Outro contrato, com a Technip Brasil, visa a instalação de unidade de produção de tubos flexí-veis para apoio à indústria offshore no Superporto do Açu. Outros contratos foram assinados com a Gene-ral Electric Energy do Brasil, para equipamentos de energia e óleo e gás; InterMoor, para a instalação de uma unidade que oferecerá apoio logístico e serviços especializados à indústria de óleo e gás e SubSea 7 para instalação de uma unidade para montagem e re-vestimentos de dutos rígidos submarinos de grande extensão no Superporto do Açu.

Draga em atividade no Superporto do Açu

Obras do porto e da área industrial

Movimentação nos aterros para o cais

Revista Manutenção – Maio / Junho 201232

SENSOR - NOTÍCIAS EMPRESARIAIS

A SKF escolheu Camaçari para receber a sua primeira unidade no Nordeste. A iniciativa faz parte da es-tratégia de regionalização de negócios, que inclui proximidade com os clientes e aumento da demanda por produtos e serviços industriais. A SKF estima receita próxima aos R$ 12 milhões para a nova unidade, até 2015, com atuação em duas frentes: suporte à rede de distribuidores autorizados e execução de serviços de manutenção industrial. Os produtos da empresa, como rolamentos, correias, polias, acoplamentos e cor-rentes, ajudam a aumentar a eficiência operacional das indústrias e a reduzir os custos das operações com paradas não programadas. A SKF faz manutenção preditiva e proativa em sistemas rotativos e ajuda grandes conglomerados a obter mais eficiência na gestão de ativos.

A conclusão da ampliação da unidade de serviços da GE O&G em Macaé, RJ permitirá que todas as ope-rações de manutenção e reparo de equipamentos e sistemas submarinos sejam realizadas no município flu-minense, exceto linhas flexíveis, que ficam a cargo da Wellstream. A General Electric terá capacidade para operar serviços que antes não podiam ser executados no local, como o reparo de ferramentas de instalação de BOP (blow out preventer) e de controles multiplexados. O incremento do portfólio da unidade é considerado fundamental pela empresa para evitar deslocamentos interestaduais. Com investimento de US$ 32 milhões, a unidade de serviços da GE terá sua capacidade de manutenção triplicada, chegando a mil operações por ano. A ampliação da planta, que também funcionará como um almoxarifado, contando com programa de manuten-ção preditiva e preventiva de ferramentas estocadas, gerou um aumento de 150% no quadro de funcionários.

O Senai e o MIT - Massachusetts Institute of Technology, dos Estados Unidos, firmaram parceria que permi-tirá transferência de conhecimento e experiência para a operação dos 23 Institutos de Inovação que a institui-ção brasileira da indústria instalará até 2014. O MIT, um dos mais avançados centros mundiais de tecnologia, dará apoio ao Senai com intercâmbio, seminários e pesquisas conjuntas na elaboração dos projetos de implan-tação das unidades. Pelo acordo, o Senai atuará como ponte na colaboração do MIT com a indústria brasileira para o desenvolvimento de soluções para o setor produtivo nacional. Os Institutos Senai de Inovação atuarão em pesquisas aplicadas com base nas necessidades da indústria em oito áreas estratégicas – produção, mate-riais e componentes, engenharia de superfícies, microeletrônica, tecnologia da comunicação e da informação, tecnologia da construção, energia e defesa. A implantação dos Institutos integra o Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira para aumentar a oferta de formação profissional, de serviços técnicos e tecnológicos e de pesquisas em inovação para a indústria.

SKF

GE O&G

Senai/MIT

A Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água e saneamento básico do Estado de São Paulo, promoveu o seu II Campeonato de Operadores e Manutentores. O Campeonato é uma iniciativa da ABES – As-sociação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental em seus Congressos bianuais e utilizada pela Sabesp para que equipes operacionais de saneamento demonstrem sua destreza, habilidade e prática na execução de determinadas tarefas, na busca do aprimoramento técnico e desempenho operacional, além da integração e disseminação de boas práticas entre as equipes. Foram quatro as modalidades de provas: manutenção ele-tromecânica, ligação de água, leitura de hidrômetros e entrega de contas, instalação de kit de segurança em cilindro de cloro. A modalidade de manutenção foi realizada nas oficinas da Superintendência Estratégica de Manutenção em São Paulo e contou com a participação de 8 equipes que se confrontaram em tarefas de identificação de defeitos em painéis elétricos, montagem e alinhamento de conjunto moto-bomba.

Sabesp

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 33

A KPMG lançou durante a Cúpula das Cidades do Mundo, em Cingapura, a segunda edição de Infrastruc-ture 100: World Cities Edition que apresenta cem dos projetos de infraestrutura urbana mais inovadores e inspiradores do mundo. A publicação oferece visões sobre projetos de infraestrutura que fazem das grandes cidades locais onde as pessoas desejam morar e fazer negócios. O Brasil aparece com dez iniciativas. O projeto de consumo eficiente de energia Cidade Inteligente Búzios, RJ está entre os dez mais relevantes. Destaque, também, para a modernização do Hospital do Subúrbio por meio de PPP, na Bahia; o Projeto Integrado de Gestão de Água e Saúde, também na Bahia; o Centro de Operações Rio da IBM, no Rio de Janeiro; o corredor de transporte coletivo Transolímpica por meio de concessão, no Rio; o Porto Maravilha, que promove a revi-talização da região portuária carioca por meio de PPP; o Parque Olímpico do Rio, por meio de PPP, na zona oeste da cidade; a primeira PPP brasileira para a construção e operação de escolas em Belo Horizonte; a PPP da Linha 4 do Metrô de São Paulo e o Embraport, maior terminal privado multiuso do Brasil, no porto de Santos, em São Paulo.

Assinado, durante a Rio + 20, termo de compromisso entre a Vale e a Capes - Coordenação de Aperfeiço-amento de Pessoal de Nível Superior para o lançamento, na edição 2012, do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade voltado para teses de mestrado e doutorado que apresentem ideias, soluções e processos inovadores de desenvolvimento sustentável. Em foco redução do consumo de água e energia, redução de gases do efeito estufa (GEE), aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos e tecno-logia socioambiental com ênfase no combate à pobreza. Comissão formada por integrantes indicados pelo ITV – Instituto Tecnológico Vale e Capes vai escolher um ganhador por tema, com oito premiados, sendo quatro dissertações de mestrado e quatro teses de doutorado.

A MCE Engenharia traz para o mercado brasileiro de Manutenção industrial solução integrada para paradas de Manutenção, o One Stop Shopping Concept, que reduz interfaces na execução de serviços. A aplicação do conceito oferece, como ganho adicional, o aumento de segurança ao diminuir o número de pessoas expostas a risco. Reduz, ainda, o prazo da execução dos serviços e incrementa a qualidade com o uso de equipamentos de alta tecnologia e melhor relação custo-benefício. A solução pode ser exemplificada nos serviços de manu-tenção de permutadores de calor ou manuseio de catalisadores em reatores, onde uma só empresa é capaz de prover todos os serviços afins com zero interface. O emprego da solução integrada em paradas de manutenção possibilita a redução do tempo de parada e aumento da qualidade e segurança. Parte deste serviço foi ofereci-do à Vale Fertilizantes durante a parada da Unidade de Piaçaguera, em Cubatão/SP.

A Voith Hydro, fornecedora de tecnologia hidrelétrica, foi eleita a melhor empresa do setor de bens de ca-pital na 39ª Edição Especial de Melhores e Maiores da revista Exame. A empresa fornece soluções completas para os maiores projetos hidrelétricos brasileiros, como Belo Monte, Estreito, Jirau e Santo Antônio, conside-rados estratégicos para garantir o fornecimento de energia elétrica. Em 2010, instalou uma unidade fabril em Manaus para atender a demanda por energia da Região Norte. Com produção local há quase 50 anos, a em-presa fez o primeiro fornecimento para a usina de Itatinga, no litoral paulista, em 1905. Atualmente, informa a empresa, quase 50% da capacidade hidrelétrica instalada na América Latina vêm de usinas que utilizam turbinas e/ou geradores produzidos pela Voith Hydro.

KPMG

Vale

MCE

Voith Hydro

Revista Manutenção – Maio / Junho 201234

SENSOR - NOTÍCIAS EMPRESARIAIS

A Sumitomo Heavy Industries, fabricante de redutores de velocidade industrial (dispositivo usado em equipamentos como esteiras de transporte de minérios e torres de refrigeração, entre outros), apresentou sua linha de produtos fabricados no Brasil. Entre eles, os redutores Paramax, fabricados há seis décadas, são reco-nhecidos no mercado pela confiabilidade e longa vida útil, sendo amplamente utilizados pelos setores side-rúrgico, de mineração, alimentos e bebidas, plásticos e borracha, papel e celulose e cimenteiras, entre outros. Os redutores estão disponíveis em modelos standard, SFC (torres de resfriamento e condensadores) e SEC (extrusoras). Entre as características das linhas, destaque para torque nominal de até 552 mil Nm, variedade de tamanho de carcaças e utilização de materiais resistentes. Os redutores e moto redutores de velocidade da linha Cyclo são indicados para operações industriais e podem ser utilizados em correias transportadoras, máquinas para produção de alimentos e de reciclagem, misturadores, frigoríficos, entre outros. Estes produtos são reconhecidos por sua tecnologia de redução de velocidade cicloidal, utilização de materiais resistentes e variação de tamanhos.

Sumitomo

A Volkswagen do Brasil desenvolveu tecidos à base de PET reciclado para o revestimento de bancos e portas de automóveis, com a utilização de mais de 50 garrafas plásticas de 1,5 litro para cada carro. A matéria prima é fornecida por empresas certificadas por órgãos ambientais internacionais. Os tecidos à base de PET oferecem o mesmo conforto, qualidade e resistência que os materiais tradicionalmente utilizados nos revestimentos e atendem às especificações de aparência e durabilidade exigidas pela empresa. A produção dos tecidos à base de PET reciclado começa com a separação das garra-fas por cores, após o que são limpas e trituradas para serem transformadas em fios. A fibra de PET é apli-cada, também, em carpetes e tapetes de revestimento do assoalho, teto, porta-malas e caixas de rodas.

A Petrobras Distribuidora e a Nissan do Brasil as-sinaram memorando de entendimentos para estudar a expansão da infraestrutura de recarga de veículos elétricos. O acordo permitirá que as empresas estu-dem a infraestrutura, produtos e serviços necessá-rios para atender a demanda dos veículos híbridos plug-in e puramente elétricos pela Rede de Postos Petrobras e a aderência da BR ao Programa de Mobi-lidade com Emissão Zero. Atualmente, a Petrobras Distribuidora possui o Eletroposto, estação inaugu-rada em 2009 como primeiro ponto com serviços de suporte para recarga de bateria de veículos elétri-cos, incluindo bicicletas e scooters e que faz parte do conjunto de tecnologias implantadas no Posto do Futuro Petrobras, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A parceria teve início em 2011 quando a BR inaugu-rou o Posto do Futuro e realizou o abastecimento do primeiro veículo 100% elétrico produzido em larga escala no mundo, o Nissan LEAF.

Volkswagen

Petrobras/Nissan

MCI - Manutenção, Ciência e Inovação

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 3535

Resumo

A pressão por melhores indicadores de produtividade, disponibilidade e confiabilidade nas organizações tem au-mentado a cada ano, tornando os diversos processos de trabalho aliados neste sentido, pois todos participam dire-tamente ou indiretamente no sentido de proporcionar melho-res práticas de trabalho.

Quando nos envolvemos com os ativos relacionados aos processos produtivos, estamos a todo o momento ne-cessitando utilizá-los da melhor maneira possível, tendo nos indicadores já mencionados, um sinal de qual cami-nho estamos percorrendo para que possamos nos alimen-tar de informações, com o objetivo de buscarmos práticas cada vez mais atualizadas no sentido de obtermos resul-tados cada vez melhores.

Contribuindo para atingir as melhores práticas de traba-lho, temos na metodologia de “Análise de Falhas” um aliado extremamente importante, pois desta maneira estaremos aplicando o que denominamos “Engenharia de Manutenção”, na constante busca pela identificação da causa do problema, determinando uma ação de bloqueio e a solução dos proble-mas que interferem negativamente nos indicadores que me-dem o desempenho das áreas de processo.

Este processo de trabalho tem como característica ser realizado através da utilização de grupos multidisciplinares. Como um dos maiores motivadores em qualquer nível hierár-quico dentro de uma organização é o colaborador, trabalhar criativamente, com auto-desenvolvimento, envolvendo-se com o problema do ativo instalado, estamos aliando esta metodologia com a chave natural do sucesso.

Esta técnica de trabalho é um excelente condicionador ao trabalho criativo.

1) Introdução:

O processo de análise de falha é vital no dia-a-dia da manutenção, pois através dela é possível conhecer as causas raízes das falhas e defeitos, trabalhar para a con-dição de quebra zero e fornecer maior disponibilidade e confiabilidade dos ativos.

Quando a manutenção, através de seu pessoal ou em

A FALHA NÃO É UMA OPÇÃO

Trabalho Técnico premiado em 5º lugar no 26º CBM

grupos multidisciplinares, utiliza as ferramentas de análise de falhas, está praticando a Engenharia de Manutenção.

Estas técnicas, basicamente, identificam a causa do pro-blema e sugerem uma ação de bloqueio para solucionar os problemas que influenciam negativamente na confiabilidade de ativos e instalações.

A equipe de manutenção, na rotina diária de serviços, tende a realizar o conceito “trocapeça”, onde os componen-tes são trocados sem uma análise da causa raiz do proble-ma. A metodologia de análise de falhas permite a mudança deste paradigma.

A equipe ao se envolver em atividades de levantamento e estudo de casos de falhas, irá absorver estes novos con-ceitos e aplicar intuitivamente a cada falha observada.

Ao realizar a análise de falhas com um grupo multidisci-plinar, incluindo manutenção e operação, há uma mudança no conceito “a máquina quebrou”, e os próprios operadores irão solicitar os serviços de manutenção indicando os com-ponentes que estão em estado de falha, e o estudo de causa será focado nestes componentes.

Para manter as condições e as funções de um ativo, um dos principais fatores é o colaborador. A equipe de operação deve utilizar os ativos dentro dos padrões estabelecidos, e a equipe de manutenção deve seguir os planos de manuten-ção dos ativos, atuando de maneira acurada.

A metodologia de análise de falha auxilia na moti-vação do pessoal, através do envolvimento na solução dos problemas, permitindo um autodesenvolvimento de cada colaborador.

Toda falha necessariamente possui uma causa (origem) e uma solução, portanto nesta metodologia são analisados todos os aspectos que influem no ativo, por exemplo:

• Serviços de manutenção anteriores;• Materiais utilizados na manutenção;• Modo de operação do ativo;• Materiais utilizados na produção;• Mudanças no ambiente;• etc.A Engenharia de Manutenção elaborou então um Proce-

dimento Operacional para a “ANÁLISE DE FALHAS”.A metodologia elaborada pela Engenharia de Manuten-

ção através de um Procedimento Operacional busca os se-

José Wagner Braidotti Junior (1)

MCI - Manutenção, Ciência e Inovação

36 Revista Manutenção – Maio / Junho 2012

guintes benefícios:• Análise e definição clara da falha;• Uso da equipe para a solução das falhas;• Identificação das causas fundamentais;• Elaboração de planos de trabalho para bloqueio e

correção das causas identificadas;• Verificação da efetividade dos planos de ação;• Uso de ferramentas auxiliares para solução e análi-

se dos problemas tais como, Gráficos de Pareto, Brainstor-ming, Diagrama de causa e efeito (Ishikawa), entre outros;

• Definição das medidas de prevenção contra o res-surgimento da causa e conseqüentemente da falha;

• Propiciar a melhoria contínua dos Planos de Manutenção.

Para a definição da necessidade de aplicação de análise de falhas, são utilizados alguns parâmetros, entre eles:

• Criticidade do ativo;• Riscos de segurança;• Riscos ambientais;• Indisponibilidade dos ativos;• Riscos a qualidade do produto;• Reincidência da falha.Devido ao fato que no estudo de análise de falhas ser

comum haver dificuldades na resposta dos “Por quês?”. O formulário padrão (apresentado abaixo) elaborado pela Engenharia de Manutenção é direcionado a identificar as diferenças entre a parcela que apresentou o problema e a parcela sem problemas, evidenciando a causa raiz da falha.

O formulário padrão utilizado reúne os dados levantados ao longo do estudo, as hipóteses levantadas, os testes reali-zados, as conclusões obtidas e os planos de ação elaborado-res, tudo de forma bem organizada e estruturada.

O formulário padrão também abrange a replicação das ações para ativos semelhantes e alterações nos planos de manutenção dos ativos.

As análises de falha são armazenadas, formando um banco de dados histórico de soluções, que poderá ser utili-zado na solução de novas falhas.

Na resolução dos problemas provenientes de manuten-ções corretivas, a equipe de manutenção busca a rápida obtenção da solução, através do comprometimento com a satisfação do cliente e a disponibilidade de seus ativos.

Busca-se a melhor solução técnica e econômica viável.As soluções incluem atividades temporárias que buscam

manter o sistema produtivo do cliente, e soluções definiti-vas que extinguirão definitivamente a causa da falha, garan-tindo a confiabilidade dos ativos e da instalação.

Quando tratamos das 10 maiores tendências mundiais das práticas de manutenção, podemos verificar a existência de uma forte tendência também na aplicação de técnicas que venham a identificar as causas das falhas, com o prin-cipal objetivo da eliminação de problemas futuros, conforme pode ser observado abaixo:

1. Visão geral dentro da empresa;2. Influenciando todos os ativos;3. Eliminando as causas das falhas;4. Organização apropriada;5. Técnicas de Manutenção orientadas para o resultado;6. Tarefas compartilhadas com a operação;7. Política de sub-contratação;8. A Manutenção no estágio do projeto;9. Aumento da multi-funcionalidade;10. Melhores sistemas informatizados de gestão.Desta maneira, podemos aplicar a metodologia de Análi-

se de Falhas, em 2 situações bem distintas no nosso dia-a--dia das atividades relacionadas com a manutenção, confor-me apresentado abaixo:

a) Análise de Falha no contexto da Confiabilidade;A análise de falha no contexto da confiabilidade está

diretamente relacionada com os estudos técnicos quando analisamos um novo ativo, ou seja, antes deste ativo ser colocado em operação, desta maneira, o comportamento da metodologia segue o padrão apresentado abaixo:

Inicio:Término:

Componente/Conjunto:

Data da última troca/reparo: Intervalo padrão de troca/reparo:

FORMULÁRIO DE FALHA FUNCIONAL Local: Data da detecção: Hora da detecção:

Tempo de Parada Acidente com Pessoas

Perd

as

OS

Detectado por:

Descrição da falha funcional:

Turno:Setor:

Des

criç

ão d

a fa

lha

func

iona

l

Equipamento/Instalação:

Gerente:Dad

os

Elaborado por:Revisado por:Supervisor:

Data:Data:

Solu

ção

Tem

porá

ria

Coordenador:

Inve

stig

ação

Causa Raiz

Açõ

es C

orre

tivas

Tempo de Reparo: Homens/Hora:

2

Análise deFalha

Ocorrênciade Quebras

AçõesPreventivas

1 3

Novo AtivoB

“Corrigir o Estudo e o Plano”

Plano deManutençãoPreventiva

EstudoTécnico

FalhaFuncional

2

Análise deFalha

Ocorrênciade Quebras

AçõesPreventivas

Análise deFalha

Ocorrênciade Quebras

AçõesPreventivas

1 3

Novo AtivoB

“Corrigir o Estudo e o Plano”

Plano deManutençãoPreventiva

EstudoTécnico

FalhaFuncional

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 3737

b) Análise de Falha após a ocorrência de uma interven-ção de manutenção.

A análise de falha após a ocorrência de uma interven-ção de manutenção está diretamente relacionada com os estudos técnicos quando analisamos um ativo já operando, desta maneira, o comportamento da metodologia segue o pa-drão apresentado abaixo:

1.1) Por Que Devemos Identificar e Erradicar as Falhas Funcionais?

• Porque cada problema identificado representa uma oportunidade de melhoria;

• Porque à medida que identificamos e erradicamos problemas, nós estabelecemos novos padrões de qualidade para os nossos produtos, serviços e processos;

• Porque cada problema erradicado representa uma melhoria no setor e na empresa;

• Porque à medida que identificamos e erradicamos problemas, nós exercemos o controle do nosso processo.

Podemos utilizar várias ferramentas para que pos-samos tratar as informações já conhecidas, conforme listadas abaixo:

• PDCA (Plan, Do, Check, Act);• Diagrama de Pareto;• Análise GUT (Gravidade x Urgência x Tendência);• Estratificação;• Metodologia 5W2H (Why, Where, Who, When, What,

How, How Much);• Ishikawa Seqüencial;• Diagrama de Causa e Efeito;• Diagrama dos Porquês; (na qual estaremos apresen-

tando na seqüência deste trabalho);• Brainstorming (tempestade de idéias).Portanto, esta metodologia apresentada consiste na apli-

cação de técnicas de análise que auxiliam a identificação da causa raiz de cada problema apresentado, sugerindo uma ação de bloqueio e solução dos desvios que podem impactar negativamente na confiabilidade dos ativos ou instalações,

possibilitando ainda o envolvimento da equipe de manuten-tores, estimulando a equipe nas tomadas de decisões que irão gerar as devidas correções das falhas detectadas, au-mentando com isto a disponibilidade dos ativos, diminuindo o risco de paradas inesperadas e falhas sistemáticas.

Na seqüência estaremos descrevendo estas 2 si-tuações com suas metodologias particulares e suas aplicações individuais.

2) A Análise de Falha no contexto da Confiabi-lidade:

A Engenharia de Manutenção atua na busca do desenvol-vimento e implementação de soluções para manutenção, na logística correspondente, no desempenho da manutenção de classe mundial e no desenvolvimento de serviços globais e de satisfação do cliente.

A Engenharia de Manutenção opera como engenharia de melhorias, atuando na melhoria contínua sustentável dos processos na empresa, trabalhando com metas, análise e coleta de dados, mostra de tendências, análise das melho-rias, ajustes em planos de manutenção corretiva planejada, preventiva, preditiva e sensitiva, e em planos de melhorias e resultados de monitoramento.

Sob o ponto de vista da Engenharia de Manutenção, po-demos gerir um ativo na condição de mantê-lo operando conforme necessidade do processo produtivo, ou modifi-cá-lo para que o mesmo venha a atender a uma exigência deste mesmo processo.

Estas duas situações possíveis fazem com que tenha-mos a necessidade de atingirmos um nível de controle de tal maneira, que possamos atuar de uma forma mais pro-dutiva para a empresa.

E, para que tenhamos o domínio sobre os ativos e as instalações, temos que atingir uma condição de conheci-mento amplo dos ativos, nos aspectos operacionais e nos aspectos técnicos relacionados ao comportamento duran-te o período a ser estudado.

Para que possamos criar um ambiente favorável ao atendimento desta necessidade anterior, estaremos imple-mentando uma metodologia de trabalho relacionada com as práticas de manutenção, denominada, Manutenção Baseada na Confiabilidade (MBC).

2.1) Manutenção Baseada na Confiabilidade (MBC):

A metodologia denominada “Manutenção Baseada na Confiabilidade” consiste em uma seqüência de estudos téc-nicos e operacionais, com o principal objetivo de podermos definir, de uma maneira estruturada e rastreável, a melhor

1Ações

PreventivasAnálise de

Falha

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EstudoTécnico

FalhaFuncional

MCI - Manutenção, Ciência e Inovação

38 Revista Manutenção – Maio / Junho 2012

estratégia das atividades de manutenção para todos os ati-vos relacionados com o processo produtivo.

Desta maneira, define-se os ativos nas quais estarão sendo tratados neste contexto da confiabilidade, seja pela sua importância no processo produtivo, seja pela sua complexidade operacional, seja pelo seu histórico de custos associados ao desempenho, ou seja, por qualquer motivo que a empresa identificar como sendo importante a ponto de utilizarmos esta metodologia. Depois de de-finido o ativo alvo desta técnica, estaremos iniciando o estudo com a definição dos modos de falha funcionais, conforme apresentado a seguir:

a) Os modos de falhas:A manutenção é realmente gerenciada ao nível individu-

al de cada modo de falha. Os modos de falha irão depender da situação específica para cada ativo analisado.

b) Definição de falha:A “Falha” pode ser definida com a cessação da função

requerida de um ativo ou a incapacidade de satisfazer a um padrão de desempenho definido.

c) A definição e a seqüência do “Downtime”:O tempo de paralisação “Downtime” no contexto da me-

todologia MBC, significa o tempo total que o ativo estaria fora de serviço, em função de uma determinada falha.

De uma maneira esquemática, podemos representar as falhas funcionais conforme a figura abaixo.

O objetivo principal é o de externarmos todos os agen-tes que podem ser responsáveis pela geração destas falhas, pois através desta identificação podemos capacitar e melho-rar continuamente nossos planos de manutenção.

d) Definição da Manutenção Baseada em Confiabilidade (MBC):

A Manutenção Centrada em Confiabilidade é um proces-so utilizado para determinar o que precisa ser feito, para assegurar que qualquer ativo físico continue a cumprir as

funções desejadas no seu contexto operacional atual.

e) Equipe de trabalho MBC:Para que possamos desenvolver os estudos abordando

todos os aspectos que envolvem os ativos dos processos operacionais, estaremos utilizando uma equipe multifun-cional, composta por profissionais das diversas áreas rela-cionadas com os processos produtivos, ou seja, operador, eletricista, mecânico, supervisor de operação, supervisor de manutenção, inspetor técnico, instrumentista, supervisor de segurança do trabalho, facilitador do projeto de confiabi-lidade (MBC), etc.

f) As características exclusivas do MBC:• Preservação da Função do Sistema (Confiabilidade).• Identificação das falhas funcionais e dos modos de

falhas dominantes.• Identificação dos tipos de atividades de Manu-

tenção potencialmente adequados através de um dia-grama de decisão.

• Seleção de tarefas aplicáveis e eficazes.

g) Definição de “sistema”:Um “SISTEMA” é uma coleção de itens de uma planta, os

quais são interdependentes de alguma forma.A característica chave de um “SISTEMA”, é que a maio-

ria de seus itens é mecanicamente ou eletricamente in-terconectada e, a falha de um destes itens afetará direta-mente a performance mecânica ou elétrica do “SISTEMA” como um todo.

h) A seqüência gráfica do processo MBC: i)

Detritos, sujeiras,aderência de matérias-primas

Atritos, desgastes, folgas e vazamentos

FalhasFuncionais

Corrosão, deformação e trincasTemperatura e vibração

Detritos, sujeiras,aderência de matérias-primas

Atritos, desgastes, folgas e vazamentos

FalhasFuncionais

Corrosão, deformação e trincasTemperatura e vibração

Metodologia CAEM

Funções

Falhas Funcionais Diagrama de Decisão

Causas das Falhas

Planilha de Decisão Metodologia RBM

Funções

Falhas Funcionais Diagrama de Decisão

Causas das Falhas

Planilha de Decisão

Área de Processo

Sistemas

Ativos

Conjuntos

Metodologia MBC

Área de Processo

Sistemas

Ativos

Conjuntos

Metodologia MBC

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 3939

i) Definição de “ativo”:Um ativo é uma parte distinta de um “Sistema”. É nor-

malmente o menor conjunto que podemos ter do ponto de vista operacional. Por exemplo, quando nos referimos a uma bomba como um ativo, significa que é normalmente encon-trado sobre a base da bomba.

j) Etapas do projeto MBC:• Conhecimento das linhas de processo e levanta-

mento dos ativos de cada linha, para a definição dos “Siste-mas”. (fronteiras e as interfaces).

• Estudo detalhado das funções desempenhadas pelos sistemas, e a identificação das correspondentes falhas funcionais.

• Para cada falha funcional acima, é realizada uma FMECA (Análise Crítica de Modos e Efeitos de Falhas). Esta análise é um filtro para selecionar apenas os mo-dos de falhas dos ativos a serem escalados para a Ma-nutenção Preventiva.

• Para os modos que passaram pela análise do ativo anterior, é feita a seleção da atividade de manutenção con-siderada aplicável e eficaz, de acordo com critérios de segu-rança, operacionais e econômicos.

OBS: Para alguns modos de falhas, podemos chegar à conclusão de que “A MANUTENÇÃO CORRETIVA OU A TROCA DO ÍTEM ANALISADO, É O MODELO MAIS APROPRIADO”.

k) O diagrama de decisão:

l) Os obstáculos na implementação MBC:•Infra-estruturainadequadaparanovastarefasdema-

nutenção preventiva.•Nãoaceitaçãopelopessoaldaplanta.• Falta de tempo para colocar em prática as ações

necessárias.•SeparaçãoentreaOperaçãoeaManutenção(Distân-

cia entre as áreas).•Faltaderecursosparanovastarefasdemanutenção

preditiva (humanos e materiais).

m) Os principais benefícios do MBC:•FornecebasesracionaisparaoPlanodeManutenção.• Redução dos custos de Manutenção (Manutenção

Preventiva).•Aumentodadisponibilidadedainstalação.• É uma base sistemática para o processo de

melhoria contínua.

n) Os tipos de manutenção:

3) Análise de Falha após a ocorrência de uma intervenção de manutenção:

A aplicação de um critério padronizado para a identifica-ção de uma causa raiz deve ser analisado de uma maneira prática, pois temos que caracterizar que quando estamos à frente de um problema já ocorrido, não tivemos a capacidade de evitá-lo, através de um programa de manutenção preven-tiva eficaz no atendimento aos nossos ativos e instalações.

Quando ocorre uma falha, seja em um ativo ou em uma instalação, a função já prejudicada, pode ser completa ou parcial (conforme diagrama abaixo), desta maneira, a ação de correção pode também ser temporária (paliativa), carac-terizando a ação realizada sobre o efeito, ou final (reparo completo), caracterizando a ação realizada sobre a causa.

Em condições normais, osoperadores ficam sabendoda ocorrência da falha ?

Este modo de falha temimplicações na segurança

da planta ?Falha Oculta

Problema deSegurança /

Meio Ambiente

Este modo de falha causauma parada total ouparcial da planta ?

Problema Operacional Problema Econômico

B

A

DC

(2) SegurançaMeio Ambiente ?

(3) ContinuidadeOperacional ?

(1) Evidente ?

oãNmiS

Sim

Sim

Não

Não

Em condições normais, osoperadores ficam sabendoda ocorrência da falha ?

Este modo de falha temimplicações na segurança

da planta ?Falha Oculta

Problema deSegurança /

Meio Ambiente

Este modo de falha causauma parada total ouparcial da planta ?

Problema Operacional Problema Econômico

B

A

DC

(2) SegurançaMeio Ambiente ?

(3) ContinuidadeOperacional ?

(1) Evidente ?

oãNmiS

Sim

Sim

Não

Não

Corretiva

TradicionalCorretivaPlanejada

InspeçãoSensitiva

PreventivaSistemática

Preventivapor Condição

Melhorias eModificações

Serviço apósa ocorrência

da Falha

Serviço comFalha

identificada

1 2 3 4 5 6

16

Interferecom:

Lista dechecagem4 sentidos

126

Interferecom:

Serviço no Tempo sem

Falhaidentificada

26

Interferecom:

Serviço porCondição sem

Falhaidentificada

246

Interferecom:

Serviços queenvolvem

a Engenhariae Projetos

345

Interferecom:

6

Interferecom:

NãoPlanejada Planejada

A A A AD D

A = Ação // D = Diagnóstico

CorretivaTradicional

CorretivaPlanejada

InspeçãoSensitiva

PreventivaSistemática

Preventivapor Condição

Melhorias eModificações

Serviço apósa ocorrência

da Falha

Serviço comFalha

identificada

1 2 3 4 5 6

16

Interferecom:

Lista dechecagem4 sentidos

126

Interferecom:

Serviço no Tempo sem

Falhaidentificada

26

Interferecom:

Serviço porCondição sem

Falhaidentificada

246

Interferecom:

Serviços queenvolvem

a Engenhariae Projetos

345

Interferecom:

6

Interferecom:

NãoPlanejada Planejada

A A A AD D

A = Ação // D = Diagnóstico

Completa(=parada)

Falha

Parcial(=defeito)

• mudança da função original

• perda da função

Reparo(ação final)

Paliativa(ação temporária)

•ação sobre a causa

•ação sobre o efeito

Completa(=parada)

Falha

Parcial(=defeito)

• mudança da função original

• perda da função

Reparo(ação final)

Paliativa(ação temporária)

•ação sobre a causa

•ação sobre o efeito

40 Revista Manutenção – Maio / Junho 2012

3.1) A Curva da Falha Funcional:

É a curva que demonstra:•Aimportânciadeumtrabalhoplanejadoecontrolado,

de ações bem orientadas e na velocidade que o diagnóstico apresentar como sendo necessária;

•Acompetênciadamanutençãonoatingimentodosobjetivos do processo produtivo. (disponibilidade, con-fiabilidade, etc.).

Passo 1: Desempenho de um ativo no estado de “novo”:

Passo 2: Início de uma Falha Funcional no Ponto 1, no Tempo T1:

A partir deste momento, caso nenhuma intervenção pro-gramada seja realizada, a tendência é de um agravamento desta falha funcional (falha potencial) já iniciada, com uma tendência até a ocorrência de uma falha total no Tempo T6. Neste momento temos uma excelente condição de realizar-mos uma atividade de corretiva planejada, com um excelen-te intervalo de tempo para sua programação e realização.

Passo 3: Seqüência da Falha Funcional no Ponto 2, no Tempo T2:

Neste momento, caso nenhuma intervenção programa-da seja realizada, a tendência é de um agravamento desta falha funcional (falha potencial) já iniciada, com uma ten-dência até a ocorrência de uma falha total no Tempo T6. Neste momento temos uma ótima condição de realizarmos uma atividade de corretiva planejada, com um ótimo inter-valo de tempo para sua programação e realização.

Passo 4: Seqüência da Falha Funcional no Ponto 3, no Tempo T3:

Neste momento, caso nenhuma intervenção programa-da seja realizada, a tendência é de um agravamento desta falha funcional (falha potencial) já iniciada, com uma ten-dência até a ocorrência de uma falha total no Tempo T6. Nes-te momento temos uma boa condição de realizarmos uma atividade de corretiva planejada, com um bom intervalo de tempo para sua programação e realização.

Passo 5: Seqüência da Falha Funcional no Ponto 4, no Tempo T4:

Neste momento, caso nenhuma intervenção programada seja realizada, a tendência é de um agravamento desta falha funcional (falha potencial) já iniciada, com uma tendência até a ocorrência de uma falha total no Tempo T6. Neste mo-mento temos uma razoável e perigosa condição de realizar-mos uma atividade de corretiva planejada, com um razoável intervalo de tempo para sua programação e realização.

Tempo

Desempenho

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

Tempo

Desempenho

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A

1

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A

1

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

12

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

BA

12

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

BA

12

3

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

12

3

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

12

3

4

6

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

D

12

3

4

6

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

D

MCI - Manutenção, Ciência e Inovação

Revista Manutenção – Maio / Junho 2012 4141

Passo 6: Seqüência da Falha Funcional no Ponto 5, no Tempo T5:

Neste momento, caso nenhuma intervenção programada seja realizada, a tendência é de um agravamento desta falha funcional (falha potencial) já iniciada, com uma tendência até a ocorrência de uma falha total no Tempo T6. Neste mo-mento temos uma péssima e perigosa condição de realizar-mos uma atividade de corretiva planejada, com um péssimo intervalo de tempo para sua programação e realização.

Passo 7: Seqüência da Falha Total no Ponto 6, no Tempo T6:

Neste momento, caso nenhuma intervenção programa-da tenha sido realizada, a falha total no Ponto 6 e no Tempo T6 se torna evidente e uma péssima realidade, pois estará demonstrando que qualquer tipo de planejamento existente para este ativo deverá ser revisado e atualizado. Neste mo-mento não temos nenhuma condição de realizarmos uma atividade de corretiva planejada, e o que nos resta é aten-dermos esta situação de emergência, no sentido de retornar o ativo à sua condição operacional no atendimento ao pro-cesso produtivo.

3.2) A Aplicação da Metodologia de Análise de Falha:

A Engenharia de Manutenção, juntamente com os opera-dores e manutentores dos ativos atuam na busca constante

12

3

4

5

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

DE

12

3

4

5

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

DE

da identificação das causas das falhas funcionais, mas ne-cessitam inicialmente definir se a falha ocorrida é passível ou não da aplicação da metodologia apresentada a seguir.

Para esta definição pode-se aplicar a matriz abaixo, com o principal objetivo de caracterizarmos de uma maneira pa-dronizada, a melhor alternativa para o tratamento a ser dado para o ativo que está sendo analisado:

A partir do momento que a análise de falha é definida após a aplicação da matriz acima, devemos seguir por todas as etapas do fluxograma abaixo, no sentido de identificar-mos corretamente a causa da falha funcional apresentada:

n

Fluxograma para aplicação da metodologia de análise de falhas

Não

Investigar a falha funcional para identificação da causa raiz, aplicando-se:

Princípio dos 3 GENS • Ir ao Local da ocorrência; • Observar as evidências • Analisar o fenômeno

Método dos Por Quês?

Preencher o formulário de falha funcional, registrando:

Causa raiz Ação corretiva Implementada Descrição da falha funcional

Aprovação do Formulário de Falha cional

Implantar ações planejadas

Sim

Ações eficazes?

Planejar novas contramedidas

A

Etapa 01

Etapa 02

Etapa 03

Etapa 04

Etapa 06

Início

Planejar ações corretivas

Etapa 05

12

3

4

5

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

D6

FalhaE

12

3

4

5

Tempo

Desempenho

Início da Falha Funcional (Falha Potencial)

T1 T2 T3 T4 T5 T6T0Intervalo T1 - T6

A BC

D6

FalhaE

42 Revista Manutenção – Maio / Junho 2012

Conforme a etapa 1 do fluxograma acima, aplicar a meto-dologia dos “Por Quês?” para que possamos identificar de uma maneira segura a causa raiz de um problema apresentado.

4) Conclusão:

A metodologia de análise de falha deve ser aplicada e en-tendida como sendo uma das principais técnicas que contri-buem com a base de toda gestão do conhecimento, quando estamos tratando das práticas de manutenção dos ativos dentro das organizações.

Portanto, quando utilizada sempre que for necessário, com determinação, seriedade, profundidade e disciplina, os resultados estarão sendo refletidos diretamente no desem-penho dos processos produtivos, contribuindo para o atingi-mento de uma produção com qualidade, na quantidade pro-gramada, no atendimento às necessidades e exigências dos clientes, com economia, controle e uma operação eficiente, no alinhamento com os requisitos ambientais, na garantia da integridade estrutural das instalações e na ótima aparên-cia física dos ativos.

Este processo de análise de falha é um ótimo caminho para que possamos registrar todos os principais eventos relacionados com os ativos, gerando um banco de dados his-tórico rico em informações para uma tomada de ação futura com mais confiabilidade, reduzindo os custos envolvidos com as intervenções, tornando as práticas de manutenção cada vez mais produtivas para a empresa.

Concluindo, esta técnica contribui para que possamos entender o real significado quando tentamos traduzir e re-presentar as práticas de manutenção, relacionadas com o lucro da empresa.

Exemplo do "Método dos Por Quês?" para Investigação da Causa Raiz

Baixo nível de óleo hidráulico

Vazamento de óleo pela mangueira do

cilindro atuador Por Que?

Por Que? Mangueira rachada próximo a conexão superior do cilindro

Por Que?

A mangueira esta mal posicionada e

torcida

A borracha da mangueira esta

deteriorada

Por Que?

A mangueira foi instalada

incorretamente

A mangueira ficou exposta a

intempéries durante a

estocagem

A mangueira ficou estocada

alem do recomendado

Mangueiras de borracha não são trocadas

periodicamente

Por Que?

Caus

a R

aiz

Utili

zar o

"Prin

cipi

o do

s 3

Gen

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− Ir

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ba)

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ência

s ou

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s af

etad

os (G

enbu

tsu)

Ente

nder

o fe

nôm

eno

(Gen

sho)

Fluxograma para aplicação da metodologia de análise de falhas (continuação)

Registrar no histórico dos ativos e enviar uma cópia para a engenharia de

manutenção

Estender contramedidas aos ativos similares

Análise periódica dos Formulários de Falha funcional. Fazer análise

de Pareto

Identificação das Falhas reincidentes para definição de projetos com metas

Execução dos projetos através do CAPDo de Solução de Problemas

Fim

Etapa 07

Etapa 08

Etapa 09

Etapa 10

Etapa 11

Emissão de relatório ao Cliente Etapa 12

A

Do C

P A

(1) Sócio da Abraman; Engenheiro Mecânico; JWB Engenharia e Consultoria; Diretor Técnico.

4343Revista Manutenção – Maio / Junho 2012

44 Revista Manutenção – Maio / Junho 2012

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