em investigação entrevista jovem é preso após invadir

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A6 Campo Grande-MS | Quinta-feira, 2 de julho de 2020 CIDADES Entrevista Deliveries Serial killer Em investigação O médico Julio Croda acompanha os testes de vacinas e resultados são promissores ‘Diversos grupos buscam o Brasil para novos tratamentos’, revela infectologista Entregadores da Capital aderem a paralisação e pedem por melhorias Defesa chama testemunhas para provar insanidade de filha Jovem é preso após invadir condomínio de luxo na Capital Rafael Ribeiro Pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), professor da UFMS (Uni- versidade Federal de Mato Grosso do Sul), o infectolo- gista Julio Henrique Rosa Croda estima que o prazo inicial para a população ter acesso a uma vacina contra o coronavírus pode ser o primeiro semestre de 2021. Além da atuação na Fiocruz, Croda foi diretor do Depar- tamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde até 23 de março, ainda durante a gestão Luiz Henrique Man- detta à frente da pasta. O otimismo vem após o governo federal anunciar uma parceria com o Reino Unido para a testagem e produção da vacina contra a COVID-19, que está sendo desenvolvida pela Univer- sidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. O princípio ativo será trans- ferido para o Brasil, junto com as demais tecnologias, e a Fiocruz será a res- ponsável por embalar em doses que serão ofertadas à população. É a segunda imunização contra a do- ença em estudo no Brasil. O Instituto Butantan, de São Paulo (SP), também vem trabalhando em uma vacina, utilizando a mesma plataforma de elaboração contra a dengue. Na vacina de Oxford, os ingleses já Rafaela Alves Seguindo um movimento nacional, a paralisação dos motociclistas que trabalham como entregadores de apli- cativos na Capital teve pouca adesão. Um dos motivos, se- gundo o líder do movimento em Campo Grande, o também entregador, Fernando Al- buquerque, 25 anos, é que muitos trabalhadores tiveram medo de ser bloqueados nas plataformas ao participar do ato. A ação chama a atenção para o pedido de melhorias e as formas de pagamento das plataformas de entrega. Ontem (1º), 35 entregadores se reuniram no Horto Flo- restal e saíram pelas ruas da cidade. Fernando explicou a luta da categoria por um repasse maior do valor cobrado pelas entregas. Segundo ele, para conseguir um valor bruto de R$ 120, o entregador tem de trabalhar no mínimo 12 horas por dia. “Ou eles aumentam a taxa de entrega ou diminuem o repasse porque, por exemplo, em uma taxa de R$ 10, R$ 3 é da plataforma, então eles des- contam da gente e do produto vendido. O mínimo que eles po- deriam fazer por nós era não descontar do valor da entrega ou o desconto ser menor, por exemplo 5%”, explicou. Além da melhoria no sistema de trabalho, o entregador Marcos André, 27 anos, também pede por respeito. Segundo ele, a categoria sofre preconceito. Rafael Ribeiro Pelo menos dois diretores de escolas e um professor foram intimados a depor pela defesa de Cléber de Souza Carvalho, o serial killer, 43 anos, para que a Justiça de Mato Grosso do Sul entenda que sua filha, Yasmin Na- tacha Gonçalves Carvalho, 19, tem indícios de ser doente mental. Carvalho é acusado de sete assassinatos ocor- ridos desde 2015. Em todos os casos, escondeu os cadá- veres. Ele foi preso em 7 de maio, após esconder o corpo do comerciante José Leonel dos Santos, 61, morto pelo menos duas semanas antes para, segundo a investigação, a família tomar posse da casa da vítima, na Vila Planalto. Yasmin e sua mãe, Roselaine Tavares Gonçalves, 40, foram presas nesse último crime, acusadas de ajudar no homi- cídio e na ocultação de cadáver. Mas, segundo o advogado Jean Carlos Cabreira, que repre- senta a família, ambas foram manipuladas por Carvalho. O caso de Yasmin seria o mais grave. Um atestado médico de 2008 foi anexado ao processo pela defesa para justificar que ela já fazia tratamento psiqui- átrico. Sinais como a gagueira e uma “sensibilidade extrema” seriam os sintomas da sua doença. Cabreira aponta que Yasmin é dependente química e já passou por dois psiquiatras que atestaram sua condição. O pedido de insanidade para pai e filha foi feito no dia 19 de junho e teve parecer positivo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Depois das várias alegações da defesa, o advogado quer atestar ilegali- dade e coação no momento em que foram colhidos os depoi- mentos de Yasmin e Roselaine. Segundo Cabreira, a família está em “estado físico e mental frágil” por conta das “agres- sões sofridas”. O defensor, con- tudo, não explica qual seria a violência sofrida. Ressalta, no entanto, que denunciou o ocor- rido à Corregedoria da Polícia Civil e à Promotoria. Um jovem de 18 anos foi preso em flagrante durante a madrugada de ontem (1º) após invadir o condomínio de luxo Damha III, na região leste da Capital. A suspeita é de que ele pretendia fazer furtos. Segundo a polícia, o acusado estava acompanhado de um comparsa, que conseguiu fugir ao perceber a aproximação de um segurança do local. O profissional flagrou o mo- mento em que a dupla tentava arrombar uma casa do local, quando os moradores já es- tavam dormindo. Rapidamente deteve o jovem e acionou a polícia. O caso foi registrado na Derf (Delegacia Especiali- zada de Repressão a Roubos e Furtos). “É algo que vem ocorrendo direto por aqui”, disse um morador do condo- mínio ao O Estado. Segundo ele, o mesmo rapaz é suspeito de ter invadido pelo menos duas casas na última semana. Na ocasião, as imagens das câmeras de segurança teriam flagrado um trio cometendo o crime. “A gente acredita que, dessa vez, o terceiro ficou do lado de fora, vigiando, dando suporte”, apontou outro mo- rador do local. O acesso ao Damha, local com algumas das casas mais caras da Capital, se dá por um motivo banal: buracos na parede na extensão do muro que cerca o local junto ao anel rodoviário, que margeia a propriedade. A reportagem contabilizou pelo menos quatro buracos, alguns feitos de maneira artesanal, por onde uma pessoa poderia passar tranquilamente. Em apenas um deles na tarde de ontem havia algum tipo de vigilância por parte de funcionários do condomínio. O Estado procurou os res- ponsáveis pelo Damha para comentar o ocorrido, mas não obteve resposta até a con- clusão desta reportagem. A polícia vai investigar o caso. (Com Rafael Ribeiro) “Somos discriminados, muitos enxergam os entregadores como aqueles que empinam, fazem rachas, mas somos tra- balhador, pais de família que dependem das entregas para sustentá-las”, assegurou. Em meio aos poucos entre- gadores estava Michele Ba- ratto, de 19 anos. Ela iniciou nos deliveries há apenas oito meses e era a única mulher na paralisação. Segundo Michele, não é fácil ser entregadora por conta dos assédios. “É difícil essa profissão para mulher, so- fremos muitos assédios quando chegamos ao local da entrega, mas diante do desemprego e dá necessidade de ter uma renda, foi a solução que encontrei, pois eu já tinha a moto”, explicou. divulgaram e demonstraram uma eficácia de 90% na pro- teção contra a COVID-19. O Estado - Estamos pró- ximo da descoberta da va- cina? Croda - Tem duas propostas de vacina que estão sendo li- deradas. A da Fiocruz, cuja pesquisa original é de Oxford, e será testada com o pessoal da Unifesp (Universidade Fe- deral de São Paulo), iniciou os ensaios da fase três. Os testes dessa vacina terão duração de um ano. O governo brasileiro está investindo em 30 milhões de doses iniciais, 15 milhões em dezembro, 15 milhões em janeiro. Pode ser que dê certo ou não, mas é um investimento em transferência de tecnologia. A outra vacina, do Instituto Bu- tantan, ainda está encerrando a fase dois, está um pouco menos avançada, mas até o fim do ano vamos saber os resultados e iniciar o processo de registro nos órgãos regulatórios (como a Anvisa). Se essas vacinas se demonstrarem promissoras, a gente já tem um cenário bom de priorizar profissionais da saúde e grupo de risco, podemos estimar que chegue ao grande público ainda no primeiro se- mestre de 2021. Mas não tem como precisar uma data. O Estado - Qual a con- tribuição dos pesquisadores brasileiros para a descoberta? Croda - O Brasil está finan- ciando essas duas vacinas e tem acordo com a empresa chi- nesa para uma outra no ponto de vista de desenvolvimento. Essas parcerias internacionais possibilitam a transferência de tecnologia. Não só da vacina, mas também de tratamentos. Diversos grupos estão buscando o Brasil para buscar novos tra- tamentos porque a gente ainda tem a perspectiva de bastante circulação do vírus, e muitos pa- cientes podem ser beneficiados com esse tipo de tratamento. Eu mesmo estou testando junto com a Universidade de Mel- bourne (na Austrália) um tra- tamento com revacinação com 2 mil trabalhadores da saúde em Campo Grande. Esperamos por uma resposta importante que ajude 10 mil pessoas de todo o mundo. O Estado - Acredita quando chegarão as doses ao público? Croda - O tempo da ciência não é o tempo da necessidade em termos de saúde pública. Temos de aguardar os resul- tados em relação ao acompa- nhamento, principalmente da imunidade desses pacientes que foram recrutados e que serão recrutados no futuro aqui no Brasil. Marcelo Camargo/Agência Brasil Nilson Figueiredo

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A6 Campo Grande-MS | Quinta-feira, 2 de julho de 2020 cidadES

Entrevista

Deliveries

Serial killer

Em investigação

O médico Julio Croda acompanha os testes de vacinas e resultados são promissores

‘Diversos grupos buscam o Brasil para novos tratamentos’, revela infectologista

Entregadores da Capital aderem a paralisação e pedem por melhorias

Defesa chama testemunhas para provar insanidade de filha

Jovem é preso após invadir condomínio de luxo na Capital

Rafael Ribeiro

Pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), professor da UFMS (Uni-versidade Federal de Mato Grosso do Sul), o infectolo-gista Julio Henrique Rosa Croda estima que o prazo inicial para a população ter acesso a uma vacina contra o coronavírus pode ser o primeiro semestre de 2021. Além da atuação na Fiocruz, Croda foi diretor do Depar-tamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde até 23 de março, ainda durante a gestão Luiz Henrique Man-detta à frente da pasta.

O otimismo vem após o governo federal anunciar uma parceria com o Reino Unido para a testagem e produção da vacina contra a COVID-19, que está sendo desenvolvida pela Univer-sidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. O princípio ativo será trans-ferido para o Brasil, junto com as demais tecnologias, e a Fiocruz será a res-ponsável por embalar em doses que serão ofertadas à população. É a segunda imunização contra a do-ença em estudo no Brasil. O Instituto Butantan, de São Paulo (SP), também vem trabalhando em uma vacina, utilizando a mesma plataforma de elaboração contra a dengue. Na vacina de Oxford, os ingleses já

Rafaela Alves

Seguindo um movimento nacional, a paralisação dos motociclistas que trabalham como entregadores de apli-cativos na Capital teve pouca adesão. Um dos motivos, se-gundo o líder do movimento em Campo Grande, o também entregador, Fernando Al-buquerque, 25 anos, é que muitos trabalhadores tiveram medo de ser bloqueados nas plataformas ao participar do ato. A ação chama a atenção para o pedido de melhorias e as formas de pagamento das plataformas de entrega. Ontem (1º), 35 entregadores se reuniram no Horto Flo-restal e saíram pelas ruas da cidade.

Fernando explicou a luta da categoria por um repasse maior do valor cobrado pelas entregas. Segundo ele, para conseguir um valor bruto de R$ 120, o entregador tem de trabalhar no mínimo 12 horas por dia. “Ou eles aumentam a taxa de entrega ou diminuem o repasse porque, por exemplo, em uma taxa de R$ 10, R$ 3 é da plataforma, então eles des-contam da gente e do produto vendido. O mínimo que eles po-deriam fazer por nós era não descontar do valor da entrega ou o desconto ser menor, por exemplo 5%”, explicou. Além da melhoria no sistema de trabalho, o entregador Marcos André, 27 anos, também pede por respeito. Segundo ele, a categoria sofre preconceito.

Rafael Ribeiro

Pelo menos dois diretores de escolas e um professor foram intimados a depor pela defesa de Cléber de Souza Carvalho, o serial killer, 43 anos, para que a Justiça de Mato Grosso do Sul entenda que sua filha, Yasmin Na-tacha Gonçalves Carvalho, 19, tem indícios de ser doente mental. Carvalho é acusado de sete assassinatos ocor-ridos desde 2015. Em todos os casos, escondeu os cadá-

veres. Ele foi preso em 7 de maio, após esconder o corpo do comerciante José Leonel dos Santos, 61, morto pelo menos duas semanas antes para, segundo a investigação, a família tomar posse da casa da vítima, na Vila Planalto.

Yasmin e sua mãe, Roselaine Tavares Gonçalves, 40, foram presas nesse último crime, acusadas de ajudar no homi-cídio e na ocultação de cadáver. Mas, segundo o advogado Jean Carlos Cabreira, que repre-senta a família, ambas foram

manipuladas por Carvalho. O caso de Yasmin seria o mais grave. Um atestado médico de 2008 foi anexado ao processo pela defesa para justificar que ela já fazia tratamento psiqui-átrico. Sinais como a gagueira e uma “sensibilidade extrema” seriam os sintomas da sua doença. Cabreira aponta que Yasmin é dependente química e já passou por dois psiquiatras que atestaram sua condição.

O pedido de insanidade para pai e filha foi feito no dia 19 de junho e teve parecer positivo

do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Depois das várias alegações da defesa, o advogado quer atestar ilegali-dade e coação no momento em que foram colhidos os depoi-mentos de Yasmin e Roselaine. Segundo Cabreira, a família está em “estado físico e mental frágil” por conta das “agres-sões sofridas”. O defensor, con-tudo, não explica qual seria a violência sofrida. Ressalta, no entanto, que denunciou o ocor-rido à Corregedoria da Polícia Civil e à Promotoria.

Um jovem de 18 anos foi preso em flagrante durante a madrugada de ontem (1º) após invadir o condomínio de luxo Damha III, na região leste da Capital. A suspeita é de que ele pretendia fazer furtos. Segundo a polícia, o acusado estava acompanhado de um comparsa, que conseguiu fugir ao perceber a aproximação de um segurança do local.

O profissional flagrou o mo-mento em que a dupla tentava arrombar uma casa do local, quando os moradores já es-tavam dormindo. Rapidamente deteve o jovem e acionou a polícia. O caso foi registrado na Derf (Delegacia Especiali-zada de Repressão a Roubos e Furtos). “É algo que vem ocorrendo direto por aqui”, disse um morador do condo-mínio ao O Estado. Segundo ele, o mesmo rapaz é suspeito de ter invadido pelo menos duas casas na última semana. Na ocasião, as imagens das câmeras de segurança teriam

flagrado um trio cometendo o crime. “A gente acredita que, dessa vez, o terceiro ficou do lado de fora, vigiando, dando suporte”, apontou outro mo-rador do local.

O acesso ao Damha, local com algumas das casas mais caras da Capital, se dá por um motivo banal: buracos na parede na extensão do muro que cerca o local junto ao anel rodoviário, que margeia a propriedade. A reportagem contabilizou pelo menos quatro buracos, alguns feitos de maneira artesanal, por onde uma pessoa poderia passar tranquilamente. Em apenas um deles na tarde de ontem havia algum tipo de vigilância por parte de funcionários do condomínio. O Estado procurou os res-ponsáveis pelo Damha para comentar o ocorrido, mas não obteve resposta até a con-clusão desta reportagem. A polícia vai investigar o caso. (Com Rafael Ribeiro)

“Somos discriminados, muitos enxergam os entregadores como aqueles que empinam, fazem rachas, mas somos tra-balhador, pais de família que dependem das entregas para sustentá-las”, assegurou.

Em meio aos poucos entre-gadores estava Michele Ba-ratto, de 19 anos. Ela iniciou nos deliveries há apenas oito

meses e era a única mulher na paralisação. Segundo Michele, não é fácil ser entregadora por conta dos assédios. “É difícil essa profissão para mulher, so-fremos muitos assédios quando chegamos ao local da entrega, mas diante do desemprego e dá necessidade de ter uma renda, foi a solução que encontrei, pois eu já tinha a moto”, explicou.

divulgaram e demonstraram uma eficácia de 90% na pro-teção contra a COVID-19.

O Estado - Estamos pró-ximo da descoberta da va-cina?

Croda - Tem duas propostas de vacina que estão sendo li-deradas. A da Fiocruz, cuja pesquisa original é de Oxford, e será testada com o pessoal da Unifesp (Universidade Fe-deral de São Paulo), iniciou os ensaios da fase três. Os testes dessa vacina terão duração de um ano. O governo brasileiro está investindo em 30 milhões de doses iniciais, 15 milhões em dezembro, 15 milhões em janeiro. Pode ser que dê certo ou não, mas é um investimento em transferência de tecnologia. A outra vacina, do Instituto Bu-tantan, ainda está encerrando a fase dois, está um pouco menos avançada, mas até o fim do ano

vamos saber os resultados e iniciar o processo de registro nos órgãos regulatórios (como a Anvisa). Se essas vacinas se demonstrarem promissoras, a gente já tem um cenário bom de priorizar profissionais da saúde e grupo de risco, podemos estimar que chegue ao grande público ainda no primeiro se-mestre de 2021. Mas não tem como precisar uma data.

O Estado - Qual a con-tribuição dos pesquisadores brasileiros para a descoberta?

Croda - O Brasil está finan-ciando essas duas vacinas e tem acordo com a empresa chi-nesa para uma outra no ponto de vista de desenvolvimento. Essas parcerias internacionais possibilitam a transferência de tecnologia. Não só da vacina, mas também de tratamentos. Diversos grupos estão buscando o Brasil para buscar novos tra-

tamentos porque a gente ainda tem a perspectiva de bastante circulação do vírus, e muitos pa-cientes podem ser beneficiados com esse tipo de tratamento. Eu mesmo estou testando junto com a Universidade de Mel-bourne (na Austrália) um tra-tamento com revacinação com 2 mil trabalhadores da saúde em Campo Grande. Esperamos por uma resposta importante que ajude 10 mil pessoas de todo o mundo.

O Estado - Acredita quando chegarão as doses ao público?

Croda - O tempo da ciência não é o tempo da necessidade em termos de saúde pública. Temos de aguardar os resul-tados em relação ao acompa-nhamento, principalmente da imunidade desses pacientes que foram recrutados e que serão recrutados no futuro aqui no Brasil.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nilson Figueiredo