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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMA DE GESTÃO ELTON RODRIGUES DE OLIVEIRA PROPOSIÇÃO DE ATRIBUTOS PARA AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS ÁGEIS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial à obtenção ao grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Orientadora: Prof a Priscilla Cristina Cabral Ribeiro, D. Sc. Niterói 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMA DE GESTÃO

ELTON RODRIGUES DE OLIVEIRA

PROPOSIÇÃO DE ATRIBUTOS PARA AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS ÁGEIS EM

UNIVERSIDADES PÚBLICAS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Sistemas de Gestão da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial à obtenção ao

grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de

concentração: Sistema de Gestão pela Qualidade

Total.

Orientadora:

Profa Priscilla Cristina Cabral Ribeiro, D. Sc.

Niterói

2019

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Ficha catalográfica automática - SDC/BEE Gerada com informações fornecidas pelo autor

Bibliotecária responsável: Fabiana Menezes Santos da Silva - CRB7/5274

O48p Oliveira, Elton Rodrigues de

PROPOSIÇÃO DE ATRIBUTOS PARA AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS ÁGEIS EM

UNIVERSIDADES PÚBLICAS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL / Elton

Rodrigues de Oliveira ; Priscilla Cristina Cabral Ribeiro,

orientadora. Niterói, 2019.

111 f. : il.

Dissertação (mestrado profissional)-Universidade Federal

Fluminense, Niterói, 2019.

DOI: http://dx.doi.org/10.22409/PSG.2019.mp.09078970707

1. Avaliação de Scrum. 2. Métodos Ágeis. 3.

Desenvolvimento de Software. 4. . Universidade Pública. 5.

Produção intelectual. I. Ribeiro, Priscilla Cristina Cabral,

orientadora. II. Universidade Federal Fluminense. Escola de

Engenharia. III. Título.

CDD -

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ELTON RODRIGUES DE OLIVEIRA

PROPOSIÇÃO DE ATRIBUTOS PARA AVALIAÇÃO DOS

MÉTODOS ÁGEIS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS DA REGIÃO SUDESTE DO

BRASIL

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Sistemas de Gestão da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial à obtenção ao

grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de

concentração: Sistema de Gestão pela Qualidade

Total.

Aprovado em 19 de março de 2019.

BANCA EXAMINADORA:

____________________________________________________

Profa Priscilla Cristina Cabral Ribeiro, D. Sc. Orientador (a)

Universidade Federal Fluminense - UFF

____________________________________________________

Profa Mirian Picinini Méxas, D. Sc.

Universidade Federal Fluminense - UFF

____________________________________________________

Profº. Saulo Barbara de Oliveira, D. Sc.

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Niterói

2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que é quem nos permite e impulsiona a realizar tudo

nas nossas vidas, e aos meus familiares por tudo que fizeram por mim e continuam a fazer até

hoje.

À minha orientadora, professora Priscilla Cristina Cabral Ribeiro, Dr. Eng. por todo o

seu apoio, conhecimentos compartilhados e enorme paciência e compreensão.

A todos os professores e colegas do curso de Mestrado Profissional em Sistemas de

Gestão pelo apoio e auxílio direto ou indireto à minha pesquisa, em especial a Leandro de

Cicco Ribeiro MSc. pela motivação suscitada neste mestrando.

A todos os meus colegas colaboradores da Superintendência de Tecnologia da

Informação, da Universidade Federal Fluminense, que se dedicam na construção de uma

universidade mais acessível, eficiente e moderna.

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“A melhor maneira de fazer algo novo,

é parar de fazer algo velho”

Peter Drucker

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RESUMO

O desenvolvimento ágil de software tornou-se popular na última década, e os princípios ágeis

podem ser propagados de diferentes formas, o que cria percepções distintas da agilidade. Isso

resulta em vários modelos para avaliar o nível de Agilidade. No entanto, as evidências de seu

uso real na prática são limitadas. Este trabalho propõe um conjunto de atributos para a

avaliação do método ágil Scrum, em um projeto de desenvolvimento de software de uma

amostra de seis universidades públicas da região Sudeste do Brasil. O desenvolvimento de

software em tais instituições é, em sua grande parte, complexo e pouco organizado, devido à

inexistência de processos previamente definidos, o que dificulta o desenvolvimento de

software. Neste cenário, estão as superintendências e núcleos de tecnologia da informação das

universidades públicas da região Sudeste do Brasil, onde o desenvolvimento é apoiado por um

processo em cascata. Um estudo de caso múltiplo foi realizado, a fim de avaliar a implantação

dos métodos ágeis, mais especificamente o Scrum, no contexto destas organizações. Para isto,

os questionários foram enviados pela internet, por meio do Google Form, a cada respondente

para coletar dados qualitativos a respeito do uso de TI, Métodos Ágeis e do Scrum no seu

setor, assim como avaliar o Scrum, por meio dos atributos de avaliação de TI e Métodos

Ágeis/Scrum levantados na revisão de literatura. Ao analisar o método ágil Scrum observou-

se, por meio de uma análise de conteúdo das perguntas abertas, baixo nível de maturidade no

uso dos métodos ágeis na maior parte das universidades da amostra. Percebeu-se, também,

uma relação muito forte de um grupo de atributos, que evidenciou os benefícios percebidos na

prática da metodologia ágil Scrum: melhoria do tempo de resposta, redução de custos e

prazos, aumento de desempenho das equipes, e elevação do valor agregado. Por meio das

perguntas fechadas observou-se que os atributos que o Scrum obteve melhor desempenho

foram: comunicação, colaboração, produtividade, e redução de prazos.

Palavras-chave: Avaliação de Scrum. Métodos Ágeis. Desenvolvimento de Software.

Universidade Pública.

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ABSTRACT

Agile software development has become popular in the last decade, and agile principles can

be propagated in different ways, creating distinct perceptions of agility. This results in several

models for assessing the Agility level. However, evidence of their actual use in practice is

limited. This paper proposes a set of attributes for the evaluation of the agile Scrum method in

a software development project of a sample of six public universities in the Southeast region

of Brazil. The development of software in such institutions is, for the most part, complex and

poorly organized, due to the lack of previously defined processes, which hinders the

development of software. In this scenario, there are the superintendencies and nuclei of

information technology of public universities in the Southeast region of Brazil, where

development is supported by a cascade process. A multiple case study was conducted in order

to evaluate the implementation of agile methods, more specifically Scrum, in the context of

these organizations. For this, the questionnaires were sent through the internet, through

Google Form, to each respondent to collect qualitative data regarding the use of IT, Agile

Methods and Scrum in their sector, as well as to evaluate Scrum, through the attributes of IT

evaluation and Agile / Scrum Methods raised in the literature review. When analyzing the

agile Scrum method, a low level of maturity in the use of agile methods was observed in most

of the sample universities. It was also noticed a very strong relationship of a group of

attributes, which evidenced the perceived benefits in practice of the agile Scrum

methodology: improvement of response time, reduction of costs and deadlines, increase in

team performance, and increase in value aggregate. Through the closed questions it was

observed that the attributes that Scrum obtained the best performance were: communication,

collaboration, productivity, and reduction of deadlines.

Keywords: Scrum Evaluation. Agile methods. Software development. Public university.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Palavras-chave-iniciais.............................................................................. 20

Quadro 2 – Artigos por item e subitem ....................................................................... 94

Quadro 3 – Referências adicionais ............................................................................... 27

Quadro 4 – Atributos e subatributos para avaliação da TI/SI....................................... 34

Quadro 5 – Atributos e Subatributos para avaliar a agilidade do método ágil............. 40

Quadro 6 – Atributos e subatributos para avaliação dos métodos ágeis e da TI/SI .... 43

Quadro 7 – Atributos e subatributos para avaliar o impacto do método Scrum ......... 48

Quadro 8 – Perfil dos entrevistados.............................................................................. 53

Quadro 9 – Perfil da amostra ....................................................................................... 57

Quadro 10 - Dados dos estudos de casos coletados em campo..................................... 62

Quadro 11– Dados dos estudos de casos coletados em campo..................................... 64

Quadro 12– Dados dos estudos de casos em perspectiva de frequência por pontuação

dada por cada entrevistado........................................................................

74

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Ciclo de Publicações (1950-2018) da amostra......................................... 26

Figura 2 – Modelo do Scrum ..................................................................................... 29

Figura 3 – Dendograma dos Atributos de Avaliação do Método Ágil Scrum e

Percepção dos especialistas de TI.............................................................

65

Figura 4 – Análise de conteúdo - Subatributos de Avaliação do Método Ágil Scrum

e Percepção dos especialistas de TI..........................................................

66

Figura 5 – Estudo de caso – Recursos Humanos....................................................... 70

Figura 6 – Estudo de caso – Processo....................................................................... 70

Figura 7 – Estudo de caso – Organização................................................................. 71

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Palavras-chave iniciais e resultados nas bases Scopus e Web of Science.. 21

Tabela 2 – Relação de Periódicos e seus respectivos JCR........................................... 22

Tabela 3 – Estatística JCR da amostra resultante......................................................... 23

Tabela 4 – Relação autor e quantidade de artigos........................................................ 24

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

B2B Business-to-Business

B2C Business-to-Consumer

CDS Coordenação de Desenvolvimento de Software

CMMI Capability Maturity Model Integration

GSD Global Software Development

JCR Journal Citation Reports

MIS Society for Information Management

MISRC Society for Information Management Research Center

NTI Núcleo de Tecnologia da Informação

SI Sistemas de Infomação

SPICE Software Process Improvement and Capability Determination

STI Superintendência de Tecnologia da Informação

TI Tecnologia da Informação

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

XP Extreme Programming

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA.................................................................. 13

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA.............................................................................. 15

1.3 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DO ESTUDO......................................... 16

1.4 OBJETIVOS.......................................................................................................... 17

1.4.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 17

1.4.2 Objetivos Específicos........................................................................................... 18

1.5 QUESTÕES DE PESQUISA................................................................................ 18

1.6 DELIMITAÇÃO................................................................................................... 18

1.7 ESTRUTURA DO DOCUMENTO...................................................................... 18

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 20

2.1 BIBLIOMETRIA.................................................................................................. 20

2.2 MÉTODOS ÁGEIS............................................................................................... 28

2.3 ATRIBUTOS DE AVALIAÇÃO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO,

MÉTODOS ÁGEIS E SCRUM.............................................................................

30

2.3.1 Avaliação de Sistemas de Informação............................................................... 20

2.3.2 Atributos e Subatributos para Avaliação dos Métodos Àgeis........................ 34

2.3.3 Atributos e subatributos para avaliar TI e Método Ágil................................ 41

2.4.. Proposta de conjunto de atributos para avaliar o Método Scrum................ 47

3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................. 49

3.1 ETAPAS DA PESQUISA.................................................................................... 49

3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA.......................................................................... 50

3.3 MÉTODOS DE PESQUISA ................................................................................ 51

3.4 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS............................................................... 52

3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS.............................................................. 53

3.5.1 Análise de conteúdo de dados............................................................................. 54

3.6 AMOSTRAS......................................................................................................... 56

4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS .............................................. 58

4.1 OS ESTUDOS DE CASO - APRESENTAÇÃO DAS UNIVERSIDADES........ 58

4.2 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................ 59

4.2.1 Entrevistas .......................................................................................................... 60

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4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................ 65

4.3.1 Análise de conteúdo dos dados........................................................................... 65

4.3.2 Análise das perguntas abertas .......................................................................... 66

4.3.3 Análise das perguntas fechadas ........................................................................ 68

5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 76

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 79

APÊNDICE A – ARTIGOS POR ITEM E SUBITEM. ............................................ 94

APÊNDICE B – INSTRUMENTO DE PESQUISA QUESTIONÁRIO................... 106

ANEXO – TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA 110

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1 INTRODUÇÃO

Nesse capítulo tem-se uma breve contextualização sobre o tema, relatando o

histórico dos pilares iniciais que culminaram no embasamento da metodologia abordada

no estudo e o problema da pesquisa. Depois são apresentados o objetivo geral, os

objetivos específicos e as questões de pesquisa, como forma de nortear todo estudo. A

fim de destacar a importância e justificá-la, apresenta-se o subitem a seguir e, por fim,

se delimita o estudo e apresenta-se a estrutura do documento.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

Em 1970 surgiu o primeiro modelo de processo de desenvolvimento de

software, denominado modelo em cascata ou clássico. Nele “existia um encadeamento

entre uma fase e outra, também conhecido como linear ou clássico, onde cada fase não

deve ser iniciada antes que a fase anterior tenha terminado e cada transição de fase

consiste de um ou mais documentos aprovados” (ROYCE, 1970, p.1). Nesse modelo, os

custos de produção, aprovação de documentos e iterações são onerosos e envolvem

retrabalho significativo, pois o projeto só passa uma vez por este ciclo. Uma vez

definidos os requisitos e iniciada a fase de implementação, os requisitos são congelados

e não podem sofrer alterações. Segundo Brooks (1987, p.11), “a especificação total de

um software antes do início de desenvolvimento é impossível”. Esta é, portanto, uma

limitação deste método.

Em meados da década de 1990, surgiram técnicas de desenvolvimento ágil de

produtos de software. Este método foi fortemente influenciado pelas melhores práticas

da indústria japonesa, particularmente pelos princípios da manufatura enxuta

implementados pela Toyota e pelas estratégias de gestão do conhecimento de Takeuchi

e Nonaka (2004) e Senge (1990). Com a consolidação do manifesto ágil, valores e

princípios se tornaram mais fortes, a partir de métodos e abordagens ágeis existentes,

organizando o cenário de desenvolvimento de software (BECK et al., 2001).

Posteriormente, as práticas ágeis seriam incorporadas a fim de cumprir esses princípios

ágeis agrupados em práticas de gerenciamento, de processos e desenvolvimento de

software (JALALI; WOHLIN, 2010; LEE; YONG, 2013).

Abrahamsson et al. (2002) identificaram e avaliaram a importância dos

principais métodos ágeis a toda comunidade acadêmica ao oferecerem respostas mais

rápidas as mudanças no processo de desenvolvimento de software em relação aos

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tradicionais. Nesses métodos, os requisitos que auxiliam as demandas de negócio estão

sujeitos a alterações frequentes durante o ciclo de desenvolvimento do produto para

atender às necessidades dos clientes (RISING; JANOFF, 2000). Este fato flexibiliza o

desenvolvimento de software, levando a um conjunto de vantagens, como: aceleração

do tempo de resposta, aumento da qualidade e da produtividade, melhoria do

alinhamento da Tecnologia da Informação (TI) com o negócio, acolhendo mudanças e

gerenciando a reorganização das prioridades em métodos de desenvolvimento de

software (QUMER; SELLERS, 2006; JYOTHI; RAO, 2011; DEEMER et al., 2012;

NISHIJIMA; SANTOS, 2013; VERSIONONE, 2017 ).

Diante desse contexto, Abrahamssom et al. (2002) evidenciaram que, dentre os

principais métodos ágeis pesquisados, destaca-se o Scrum, como uma abordagem

enxuta de gerenciamento de projetos de desenvolvimento de software. Este processo foi

desenvolvido por Jeff Sutherland em 1993, juntamente com Mike Beedle e Ken

Schwaber, baseado num artigo de Takeuchi e Nonaka (1986) sobre as vantagens dos

pequenos times no desenvolvimento de produtos. (SCHWABER; BEEDLE;

SUTHERLAND, 2013). O foco do método Scrum era, originalmente, somente o

desenvolvimento de software, embora seja aplicado ao desenvolvimento de produtos de

maneira geral (CRISTAL; WILDT; PRIKLADNICKI, 2008).

Apesar de não ser uma abordagem atual, a utilização do método Scrum tem

aumentado nos últimos anos, impulsionada pelas recentes pesquisas que mostram que

seu uso aumenta a satisfação dos clientes, a motivação e o espírito da equipe, e diminui

custos e atrasos (prazos) em projetos em relação aos métodos tradicionais (MANN;

MAURER, 2005; CAMPANELLI, 2014).

A necessidade de mudanças nas organizações burocráticas, e com o avanço das

tecnologias e inovações na robótica, na inteligência artificial e na nanotecnologia, tem-

se uma revolução no sistema de produção mundial. Isto indica que as empresas que se

apropriarem da “agilidade” necessária para gerar inovação de forma rápida e contínua

centrada na geração de valor para clientes obterão melhores resultados e desempenho

(DENNING, 2013; SILVA; LOVATO, 2016).

No setor público, a aplicação de um método ágil como o Scrum para a gestão de

projetos de software pode ter como consequência a redução de custos e prazos, de

retrabalho, melhorando o engajamento das equipes de projeto e o desempenho na

entrega de produtos/serviços de acordo com a necessidade de seus usuários, otimizando

assim, os trabalhos desenvolvidos pelo órgão público para o atendimento à sociedade

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(CONSTÂNCIO; SOUZA NETO, 2016). A motivação para a adoção dos métodos ágeis

são a insatisfação com o modelo de gerenciamento tradicional e a crescente

popularidade que os métodos ágeis têm ganhado no setor privado.

A implantação de uma TI, ainda que necessária, deve ser analisada e avaliada,

com indicadores ou atributos, a fim de se obter o retorno esperado do investimento

dessas tecnologias. Observa-se que a falta de uma análise ou avaliação da TI, dos

métodos ágeis e, mais especificamente do Scrum, pode impactar no processo decisório

de uma organização, bem como, nas “possibilidades tecnológicas que podem melhorar a

relevância, a qualidade, a agilidade e a confiabilidade das informações que são

produzidas, armazenadas e divulgadas para os diversos usuários da organização”

(DECHOW; MOURITSEN; GRANLUND, 2007, p. 45).

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Segundo Gómez (2017), o progresso constante nos sistemas e tecnologias da

informação e comunicação (SI e TIC, respectivamente) afeta todos os ambientes

empresariais, não somente naqueles onde a tecnologia é a base do desempenho da

empresa, mas também nas empresas que utilizam essas ferramentas em sua organização

interna. De acordo com Affeldt e Vanti (2009), a TI configura-se como um recurso

capaz de suportar a atividade fim da organização, proporcionando agilidade, mobilidade

e suporte à tomada de decisão.

O desafio para que essas empresas se tornem mais ágeis e se destaquem no

mercado está em sua competência para gerenciar projetos. Os métodos clássicos de

gerenciamento de projetos têm estruturas documentais rígidas, que não permitem

adaptações ou desvios de seus escopos originais, tornando-os lentos em seu tempo de

execução e mais custosos para as empresas e tal rigidez pode ocasionar em um produto

muito divergente do necessário no momento de sua entrega. Portanto, é preciso avançar

no uso de SI e TIC para o desenvolvimento e o gerenciamento de projetos (MISTRY,

2005; NOTTONSON; DELONG, 2008; NISHIJIMA; SANTOS, 2013).

Os métodos ágeis de gestão de projetos devem ser utilizados em setores em que

a dinâmica do mercado e as interações com clientes causam mudanças constantes nas

demandas dos bens e serviços e nos projetos, principalmente em TI, que comprometem

a agilidade das entregas de produtos (SCHWABER; BEEDLE; SUTHERLAND, 2013).

Para minimizar essas consequências, o Scrum tem sido utilizado, enquanto

método ágil, pelas empresas, graças a sua fácil adaptação, estrutura não linear e

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flexibilidade (VERSIONONE, 2017). Ao compreender a imprevisibilidade do projeto e

encará-lo de forma aberta ao longo dos diversos sprints (período de, no máximo, duas

semanas para implementação das necessidades do cliente) até a fase de fechamento do

produto, o Scrum mantém a capacidade de agregar valor para responder com agilidade e

qualidade pressões ambientais e financeiras (FITZGERALD; HARTNETT; CONBOY,

2006; DENNING, 2013; VALLERÃO; ROSES, 2013; ALBINO; SOUZA; PRADO,

2014). Entretanto, para DeLone e McLean (1992), medir o sucesso das TIs e SIs é uma

tarefa complexa, pois enquanto muitas empresas investem uma soma considerável de

recursos em SIs e têm retorno baixo, outras conseguem obter retornos altos com

investimentos menores ou iguais (YE; WANG, 2013). Isso ocorre porque algumas

empresas gerenciam a implantação de suas TIs por meio de metodologias de

implantação de projetos em TI bastante detalhadas em suas etapas, minimizando riscos

em cada etapa.

Contudo, a implantação de uma TI, ainda que necessária, deve ser analisada e

avaliada, com indicadores ou atributos, a fim de se obter o retorno esperado do

investimento dessas tecnologias. Observa-se que a falta de uma análise da TIs, dos

métodos ágeis e, mais especificamente do Scrum, pode impactar no processo decisório

de uma organização, bem como nas “possibilidades tecnológicas que podem melhorar a

relevância, a qualidade, a agilidade e a confiabilidade das informações que são

produzidas, armazenadas e divulgadas para os diversos usuários da organização”

(DECHOW; MOURITSEN; GRANLUND, 2007, p. 45).

Diante de todo exposto acima, surge a seguinte questão central da pesquisa:

Quais são os conjuntos de atributos para avaliação do método ágil Scrum, em um

projeto de desenvolvimento de software de uma amostra de universidades públicas da

região Sudeste do Brasil?

1.3 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

alguns anos, com as mudanças ocorridas no negócio, surgiu uma demanda por

metodologias de desenvolvimento de software para atender as novas necessidades da

organização, a fim de garantir que esta se mantivesse competitiva (RISING; JANOFF,

2000). Desde então, diante deste cenário mais dinâmico, os métodos ágeis surgiram com

respostas mais rápidas às mudanças no processo de desenvolvimento de software em

relação aos tradicionais. Estes métodos têm sido empregados por oferecerem um

conjunto de vantagens, como: redução do tempo de resposta; aumento de qualidade e

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produtividade; melhoria no alinhamento da TI e áreas do negócio, acolhendo mudanças

e gerenciando a reorganização das prioridades no processo de desenvolvimento de

software (QUMER; SELLERS, 2006; DEEMER et al., 2010; JYOTHI; RAO, 2011;

NISHIJIMA; SANTOS, 2013; VERSIONONE, 2017). A partir dessas vantagens,

entende-se que as empresas que adotarem a “agilidade” necessária para gerar inovação

de forma rápida e contínua e centrada na geração de valor para clientes, obterão

melhores resultados (DENNING, 2013; SILVA; LOVATO, 2016).

A introdução dos princípios ágeis nos processos de desenvolvimento de

softwares, tem sido identificada como uma das mais importantes inovações nos últimos

anos (VLAANDEREN et al., 2011). Pesquisas mostravam que dentre os principais

métodos ágeis de desenvolvimento de software adotados pelas organizações, o Scrum é

o mais utilizado na maior parte dos cenários onde as mudanças de negócio ocorrem com

maior frequência (ABRAHAMSSOM et al., 2002). Este fato se deve, pela sua

abordagem enxuta de gerenciamento de projetos e eficiência em gerir mudanças,

equipes, custos e prazos (MAURER, 2005; CRISTAL; WILDT; PRIKLADNICKI,

2008; SUTHERLAND, 2013; MANN; MAURER, 2005; CAMPANELLI, 2014).

Entretanto, apesar de diferentes métodos ágeis serem propostos, pouco se avaliou sobre

como estes métodos são utilizados na prática e quais são seus efeitos no processo de

desenvolvimento de software (DYBÄ; DINGSOYR, 2008; STAVRU, 2014).

Nesse sentido, a relevância desse estudo está na proposição de um modelo de

Avaliação de Métodos Ágeis que irá contribuir tanto para as empresas (públicas e

privadas) que desejam avaliar o método ágil Scrum, quanto para a academia, pois

pretende identificar atributos de avaliação de tecnologias de informação e métodos

ágeis/Scrum, analisar a amostra de artigos levantados nas bases de busca, bem como,

analisar os resultados da metodologia em uma área de TI de seis universidades, por

meio do conjunto de atributos a ser proposto.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Este estudo tem como objetivo geral propor um conjunto de atributos para

avaliação do método ágil Scrum, em projetos de desenvolvimento de software de uma

amostra de universidades públicas da região Sudeste do Brasil.

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1.4.2 Objetivos Específicos

● Identificar na literatura os atributos de avaliação de tecnologias de

informação, dos métodos ágeis e do Scrum de desenvolvimento de software;

● Analisar a amostra de artigos levantados nas bases de busca;

● Analisar os resultados da metodologia ágil Scrum de uma área de TI de seis

universidades, por meio do conjunto de atributos a ser proposto.

1.5 QUESTÕES DE PESQUISA

A pergunta que se pretende responder com essa pesquisa é: Como avaliar os

resultados do método ágil Scrum em projetos de desenvolvimento de software nas

universidades públicas da região Sudeste do Brasil?

As questões secundárias são:

● Quais são os atributos na literatura de avaliação de tecnologias de

informação, dos métodos ágeis e do Scrum no processo de desenvolvimento

de software?;

● Quais são os principais periódicos, temas, subtemas e autores que publicam

artigos sobre avaliação de métodos ágeis/Scrum?

● Como o método ágil Scrum, auxilia no processo de desenvolvimento de

software de uma área de TI das universidades, por meio do conjunto de

atributos a ser proposto?

1.6 DELIMITAÇÃO

Está pesquisa aborda a avaliação do método ágil Scrum como ferramenta de TI

de desenvolvimento de software de uma amostra de seis universidades públicas da

região sudeste do Brasil, por meio de atributos identificados na pesquisa,

fundamentados nos modelos de avaliação de SI (para alguns autores da amostra de

artigos, entendido o escopo como TI, daí o uso de TI/SI), a partir do artigo de DeLone e

McLean (1992).

1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO

No primeiro capítulo, se inicia com uma breve contextualização do tema

abordado e a evolução de todo processo de desenvolvimento de produtos, bem como,

das metodologias que suportaram todo este crescimento em consonância as demandas

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organizacionais. Em seguida, o Problema de Pesquisa descreve antigos e novos

problemas que tais metodologias devem solucionar, por meio da flexibilidade que o

método oferece. Logo seguinte, são apresentados a Justificativa, o Objetivo geral e os

Objetivos específicos, as Questões de Pesquisas. E por último, o tópico, Delimitação do

estudo, que demonstra o foco da pesquisa.

Já no segundo capítulo, é apresentada inicialmente a bibliometria para selecionar

as publicações a partir deste refinamento por temas, subtemas e autores, JCR dos

journals e produtividade dos autores encontrados. Posteriormente, há uma introdução

sobre Sistemas de Informação e Tecnologia da Informação, dos Métodos Ágeis e do

Scrum. Por fim, um levantamento dos atributos e subatributos que os avaliam,

resultando finalmente no conjunto de atributos proposto neste trabalho.

No terceiro capítulo serão apresentadas as escolhas para o trabalho relacionadas

à metodologia da pesquisa: abordagem, método, técnicas de coleta de dados, técnica de

análise de dados e amostra.

O quarto capítulo se inicia com a apresentação das organizações estudadas. Em

seguida, são registrados os dados coletados durante as entrevistas, por meio do roteiro

de perguntas. O capítulo é finalizado com a análise destes dados pela confirmação ou a

contraposição entre teoria e o campo e pela análise de conteúdo.

No quinto, e último capítulo, a conclusão é realizada tendo como base os

resultados obtidos no estudo, sugestão para trabalhos futuros, e apresentadas

contribuições de uma perspectiva gerencial e acadêmica.

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21

2 REVISÃO DA LITERATURA

Nesta seção será apresentada, inicialmente, a bibliometria utilizada para definir,

identificar e selecionar os artigos que constituirão o núcleo de partida desta pesquisa,

bem como, uma introdução sobre Sistemas de Informação e Tecnologia da Informação,

assim como, dos Métodos Ágeis e do Scrum. Além disso, serão contemplados também

nessa seção, o levantamento das atributos e subatributos que os avaliam, resultando no

conjunto de atributos proposto neste trabalho, com base na literatura.

2.1 BIBLIOMETRIA

Segundo Costa H (2010), a Bibliometria busca relacionar estatísticas à pesquisa

bibliográfica por meio de métodos para o desenvolvimento de métricas utilizadas sobre

dados e documentos. Ainda segundo o mesmo autor, o termo Webmetria, que é uma

variação do termo Bibliometria, tem sido associado como um modelo para a mineração

de dados em bases de dados acadêmicas. Para a aplicação deste modelo utilizou-se,

como base, o artigo do autor e para a criação da primeira amostra, foram selecionados

alguns critérios de pesquisa.

Foram utilizadas as bases Scopus e Web of Science, pois elas indexam vários

artigos e periódicos, e preveem métricas acerca das palavras-chave, autores e

publicações. O acesso aos motores de busca para seleção de artigos foi realizado no

período de 10 de outubro de 2017 a 18 de maio de 2018. No Quadro 1 apresenta-se as

palavras-chave inicialmente utilizadas.

Quadro 1 - Palavras-chave iniciais

Palavras – Chave

agile methods

scrum methods

assessment of information systems attributes

assessment of information technology attributes

assessment of agile method attributes

assessment of scrum method attributes

Fonte: Elaboração própria (2018).

Após a análise dos resultados, procedeu-se à delimitação dos grupos de palavras-

chave e acréscimo de novas a serem usadas com lógica booleana “and” de pesquisa nas

bases científicas. Depois de realizar a combinação de palavras-chave mostrada

anteriormente, os parâmetros de busca nas bases foram modificados para refinar a

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pesquisa e reduzir a dispersão dos assuntos abordados para que os textos científicos

encontrados convergissem para o tema central do presente trabalho. Os parâmetros de

busca escolhidos foram: artigos publicados em periódicos (‘articles’), cujo período não

fosse limitado; contivessem os termos buscados no título, resumo ou palavras-chave de

ambas as bases acadêmicas; houve, também, uma delimitação por idioma, que não

poderia ser diferente de português, inglês e espanhol. Cabe lembrar que por uma

questão de foco na pesquisa, adotou-se o uso do AND entre os termos Assessment,

Information e System; bem como, em tais derivações Assessment, Information e

Technology, pois alguns grupos de autores entendem os termos Information

Techonology e Information System como sinônimos, e neste trabalho adotou-se o

mesmo entendimento. Ainda assim, um número elevado de registros com os parâmetros

acima foi retornado, sendo necessária a inclusão de um novo termo mais específico que,

nesse caso, optou-se pelo attributes. Com base no mesmo princípio, o termo method foi

adicionado ao termo anterior nas palavras-chave: Assessment of Information System,

Assessment of Information Technology, Assessment of Agile Method e Assessment of

Scrum Method pois buscava-se, nessa pesquisa, uma metodologia de avaliação. O

resultado do refinamento da busca com as palavras-chave combinadas, com os artigos

encontrados, é mostrado na Tabela 1:

Tabela 1: Palavras-Chave iniciais e resultados na base Scopus e Web of Science

Palavras – Chave Temas mais específicos Artigos

encontrados

Scopus WoS

Agile Method Agile AND Method 2.023 1.416

Scrum Method Scrum AND Method 313 394

Assessment of Information

System/ Information Technology

Assessment AND Information AND systems

AND attributes

1.418 1.194

Assessment AND Information AND technology

AND attributes

363 284

Assessment AND Information AND System

AND Attributes AND Model

655 610

Assessment AND Information AND

Technology AND Attributes AND Model

140 123

Assessment of Agile Method Assessment AND Agile AND Method 143 76

Assessment AND Agile AND Model AND

Attributes

09 11

Assessment of Scrum method Assessment AND Scrum AND Method 29 33

Assessment AND Scrum AND Model AND

Attributes

01 01

TOTAL 5.094 4.142

Fonte: Elaboração própria (2018).

Após as buscas, foram retornados 5.094 artigos na base Scopus e 4.142 na Web

of Science. Desses, foram examinados, o título e o resumo de todos os registros, a fim

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de verificar a aderência ao tema e eliminar possíveis duplicidade de artigos totalizando

ao final 5.940 artigos. O passo seguinte foi checar o fator de impacto dos Journals em

que esses artigos foram publicados (Journal Citation Reports – JCR) para cada

periódico foi obtido, conforme descrito na Tabela 2.

Tabela 2: Relação de periódicos e seus respectivos Fator de Impacto.

Periódicos Fator de

Impacto

Biosensors and Bioelectronics 7,780

IEEE Transactions on Smart Grid 6,645

Computer-Aided Civil and Infrastructure Engineering 5,786

IEEE Transactions on Image Processing 4,828

Pattern Recognition 4,482

Health Technology Assessment 4,236

Information Systems Journal 4,122

Energy and Buildings 4,067

Future Generation Computer Systems 3,997

IEEE Systems Journal 3,882

Journal of Chemical Information and Modeling 3,760

Soft Computing 3,541

Journal of Water Resources Planning and Management 3,537

IEEE Access 3,244

International Journal of Molecular Sciences 3,226

Construction and Building Materials 3,169

Signal Processing 3,11

Journal of Intelligent Manufacturing 3,035

Advances in Engineering Software 3,000

PLoS ONE 2,806

Stochastic Environmental Research and Risk Assessment 2,629

Risk Analysis 2,518

Sensors (Switzerland) 2,512

International Journal of Geographical Information Science 2,502

Personal and Ubiquitous Computing 2,395

GeoInformatica 2,392

Requirements Engineering 2,381

Computers and Geotechnics 2,358

Journal of Management Information Systems 2,356

Journal of the Association for Information Science and Technology 2,322

Information (Switzerland) 2,312

Journal of Computing in Civil Engineering 2,310

International Journal of Digital Earth 2,292

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International Journal of Systems Science 2,285

Disaster Advances 2,272

IEEE Transactions on Learning Technologies 2,267

Engineering Structures 2,258

Magnetic Resonance Imaging 2,225

Biomedical Signal Processing and Control 2,214

International Journal of Fuzzy Systems 2,198

Computer Methods in Biomechanics and Biomedical Engineering 1,909

Applied Ergonomics 1,866

Computers in Biology and Medicine 1,836

Medical Engineering and Physics 1,819

Journal of Loss Prevention in the Process Industries 1,818

Sustainable Cities and Society 1,777

Applied Sciences (Switzerland) 1,679

Journal of Information Systems Education 1,584

Computers and Electrical Engineering 1,570

Multimedia Tools and Applications 1,530

International Journal of Critical Infrastructure Protection 1,500

Journal of Urban Planning and Development 1,455

Information Technology for Development 1,333

Electric Power Components and Systems 1,220

IET Intelligent Transport Systems 1,194

International Journal of Architectural Heritage 1,053

Fonte: Elaboração própria (2018)

Segundo a REUTERS (2015), esses valores são índices utilizados para a

medição de influência entre os maiores periódicos do mundo. Esta etapa não faz parte

do modelo criado por Costa H (2010) e visa restringir a amostra, garantindo conteúdo

relevante por meio do fator de impacto, reconhecido como uma das mais importantes

unidades de medida de desempenho científico para periódicos e artigos (BUELA-

CASAL; ZYCH, 2012). Após identificar o Fator de Impacto de cada periódico da

amostra inicial, foi criado um filtro para eliminar todos os Fator de Impacto não válidos

e menores que um. Com este filtro, a amostra foi reduzida a 161 artigos em 56

periódicos. Esta seleção resultou em artigos com Fator de Impacto médio de 2,845 com

ponto máximo de 7,780 e mínimo de 1,053 e desvio padrão de 1,218, como observado

na Tabela 3.

Tabela 3 – Estatísticas Fator de Impacto da amostra resultante

Medidas Resultados

Fator de Impacto Médio 2,845

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Fator de Impacto Máximo 7,780

Fator de Impacto Mínimo 1,053

Fator de Impacto Mediana 2,358

Fator de Impacto Desvio Padrão 1,218

Coeficiente de Variação de Fator de Impacto 42,81%

Fonte: Elaboração própria (2018)

Em seguida, conforme proposto por Costa H (2010), foi realizada uma contagem

de autores na amostra e seu número de publicações de artigos. Autores e coautores

foram tratados da mesma forma. Após limitar autores com pelo menos um artigo,

resultaram 88 autores, que publicaram 149 artigos no total, uma média de publicação de

1,69 artigos por autor. O autor com um maior número de publicações, tem 5 artigos

enquanto o de menor, 1, conforme pode ser observado na Tabela 4.

Tabela 4 – Relação autor e quantidade de artigos

Autor Quantidade de artigos na

amostra

Autor Quantidade de

artigos na amostra

Abrahamsson 2 Lu, T. 2

Aliei, M. 1 Madura, DJ. 1

Andrat, Hycinta 1 Mahnic, V. 2

Batra, D. 1 Manning, J. 1

Boehm, B. 2 Meyer, B. 1

Boudreau, M. 1 Mikulenas, G. 3

Brancheau, James C 1 Mitre-Hernández, Hugo 1

Campanelli, A.S. 1 Moe, NB 1

Chang, Li 1 Mundim, Ana Paula 1

Chen, X. 1 Nerur, S. 1

Conboy, K. 5 Nikov, A. 1

Costa, Carlos 3 Nishijima, Renato 3

Cristal, Maurício 1 Oztekin, A. 1

Daim, T. 3 Park, K.-R. 1

De Jager, GP 1 Perkusich, M., 5

De Souza, R.T. 1 Petter, S. 1

DeLone, WH 5 Petter, Stacie 2

Denning, Stephen 1 Pino, F.J. 1

Dickson, Gary W 1 Pino, F.J. 1

Dingsøyr 2 Pitt, Leyland 2

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Dingsøyr, T. 1 Qumer, A. 1

Duarte, Ana 1 Rising, Linda 1

Dwivedi, R. 3 Royce, Winston 1

Dybå, T. 1 Salamzadeh, yashar 3

Fitzgerald, Brial; 1 Salo, O 2

Flandres, K. 1 Seddon, PB 1

Gandomani, TJ 2 Sharifi, H. 1

Garcia-Smith, D. 2 Sharma, A. 1

Germain, Eric, 1 Silva, Edson 1

Gill, AQ 1 Soukup, E. 1

Hackbarth, randy 1 Stavru, S. 5

Jeong, Y.-G. 3 Takeuchi, Hirotaka 1

Kahen, Goel 1 Taylor, PS 1

Kayes, I. 1 Tolfo, C. 5

Kettunen, P. 2 Vallon, R. 2

Kisielnicki, J. 2 Van Dyke, TP 3

Klein, HK 2 Visconti, M. 2

Laanti, M. 1 Williams, L. 2

Lárusdóttir, M. 1 Yahia, E. 1

Lei, H. 2 Zafar, B. 2

Leroy Ward, J. 1 Zaim, S 1

Li, J. 1 Zelkowitz, Marvin 2

Liang, D. 1 Zhou, L. 2

Liu K. 2 Zmud, Robert 1

Fonte: Elaboração própria (2018).

Finalmente, o (Quadro 2 – Apêndice A), exibe a quantidade de artigos

resultantes deste refinamento, relacionando, temas, subtemas e autores. A partir da

população inicial de artigos (5.940), foi criado um gráfico que demonstra a distribuição

de ocorrências das últimas décadas (1950-2018), conforme observado na Figura 1.

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Figura 1 – Ciclo de Publicações (1950-2018) da amostra

Fonte: Elaboração própria (2018).

Houve uma quantidade de 5.940 artigos publicados entre as décadas de 1950 à

segunda década do século XXI para os termos Métodos Ágeis, Métodos Scrum,

Avaliação de Sistemas de Informação, Avaliação de Tecnologia da Informação,

Avaliação de Métodos Ágeis e Avaliação do Método Scrum, tendo seu ponto máximo e

mínimo em 2018 e 1950 respectivamente. Entretanto, observa-se que entre as décadas

de 1950 e 1980 iniciavam-se as pesquisas sobre Avaliação de SI e TI, com uma pequena

queda nas últimas décadas do século XX. A partir das duas primeiras décadas do século

XXI, um aumento significativo se evidenciou principalmente nos termos Métodos Ágeis

e Método Scrum e suas respectivas avaliações. Isso significa que o estudo e pesquisas

sobre os métodos estão atraindo a atenção de acadêmicos.

Ao longo do estudo bibliográfico, à medida que os artigos selecionados foram

sendo lidos e analisados pelo pesquisador, foram identificadas nas referências outros

trabalhos científicos relevantes para o objetivo da pesquisa e entendimento mais

completo e aprofundado do tema. Além disso, foram realizadas novas buscas no Portal

de Periódicos CAPES e nas bases, com o objetivo de aprofundar algumas discussões.

Consequentemente, foram adicionadas novas referências como fonte de informação para

a revisão da literatura. O Quadro 3 apresenta essas referências ao trabalho, que foram

encontradas nas mesmas bases e em sites específicos, para as publicações técnicas, com

palavras-chave mais fortemente relacionadas ao tema, e selecionadas por aderência.

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Quadro 3 - Referências adicionais

Item/Subitem Palavras-chave Autor(es) / Ano 2. Revisão da Literatura

2.2 – Métodos Ágeis

Agile Method ABRAHAMSSON, Pekka; SALO,Outi.;

RONKAINEN,Jussi; WARSTA, Juhani.

Agile Software Development Methods:

Review and Analysis. VTT Technical

Research Centre of Finland, Finland:

Julkaisija – Utgivare, 2002.

2.3 – Atributos de

Avaliação: Sistemas de

Informação, Métodos Ágeis

e Scrum

2.3.1 Avaliação de Sistemas

de Informação / Tecnologia

da Informação

Assessment of

Information System/

Information Technology

FERNANDES, Breno Brand. A avaliação

da Business Intelligence em empresas de

telecomunicações. 200f. 2017. Tese

(Mestrado em Sistemas em Gestão) –

Departamento de Engenharia de Produção,

Universidade Federal Fluminense, 2017.

2.3.2 Atributos e

Subatributos para a

Avaliação de Métodos Ágeis

Assessment of Agile

Method

ALBINO, Raphael; SOUZA, Cezar;

PRADO, Edmir. Benefícios alcançados

por meio de um modelo de gestão ágil de

projetos em uma empresa de jogos

eletrônicos. Revista Gestão e Projetos -

GeP, v. 5, n. 1, p. 15-27, Jan/Abr, 2014.

2.3.3 Atributos e

Subatributos para Avaliação

da Agilidade dos Métodos

Ágeis

Assessment of Agile

Method

SIDKY, Ahmed. Uma abordagem

estruturada para adoção das práticas

ágeis: uma modelo de trabalho para

adoção ágil. 2007. 07 f. Dissertação

(Doutorado de Filosofia em Ciência da

Computação e Aplicações) - Faculdade do

Instituto Politécnico e Universidade

Estadual da Virgínia, Virgínia, 2007.

Fonte: Elaboração própria (2018).

2.2 MÉTODOS ÁGEIS

Nos últimos anos, diversos métodos de desenvolvimento de software foram

divulgados. Dentre eles, os métodos ágeis (AMBLER, 2002), também denominados de

métodos leves ou enxutos (FOWLER, 2000). Tais métodos realizam uma gestão melhor

as mudanças de negócio em relação aos clássicos (SOMMMERVILLE, 2015, p. 75).

Além disso, são indicados para cenários onde os prazos, custos, tamanho do projeto e a

localização das equipes são fatores preponderantes para o sucesso (MITRE-

HERNÁNDEZ, 2014; VALLON et al., 2018).

Estes métodos agrupam todas as demandas/ solicitações dos clientes

denominadas backlog (lista tarefas priorizadas pelo cliente e a equipe), que depois serão

estimadas e implementadas em cada ciclo de iteração, denominado sprint (no caso do

Scrum) e, ao final de cada uma delas, "[...] o cliente (interno ou externo) receba uma

versão que agregue valor ao seu negócio" (DANTAS, 2003, p.37). Por este motivo, as

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mudanças de requisitos podem ser monitoradas por toda a equipe de desenvolvimento

desde do início de cada ciclo.

Esses métodos foram fortemente influenciados pelas melhores práticas da

indústria japonesa, particularmente pelos princípios da manufatura enxuta

implementados pela Toyota e pelas estratégias de gestão do conhecimento de Takeuchi

e Nonaka (2004) e Senge (1990).

Os métodos tradicionais de desenvolvimento têm o foco na geração de

documentação sobre o projeto e no cumprimento rígido de processos. Já os métodos

ágeis concentram as atenções na entrega constante do produto e nas interações entre os

indivíduos (MUNDIM et al., 2002). Nestes métodos, é minimizada a fase de

planejamento inicial, para que os desenvolvedores se concentrem em entregar o produto

ao fim de cada iteração, em lugar de traçar diretrizes e planejamentos para todo o

projeto.

Os métodos ágeis de desenvolvimento de software têm ganhado grande

popularidade (VERSIONONE, 2017). Em uma revisão bibliográfica sistemática sobre o

tema, Dyba e Dingsøyr (2008) encontraram 1.996 artigos na área. Destes, apenas 36

eram estudos empíricos, com aceitáveis rigor metodológico, credibilidade e relevância,

o que representa apenas 1,8% dos trabalhos.

Existem diversos métodos ágeis, além do Scrum: a Programação extrema (XP),

o Feature Driven Development (FDD), Dynamic Systems Development Method,

Adaptive Software Development, Crystal, Pragmatic Programming e Test Driven

Development. Para o desenvolvimento deste trabalho, o método escolhido foi o Scrum.

A escolha do método Scrum teve como base suas vantagens: adaptabilidade, a

comunicação contínua entre equipe e cliente, a entrega contínua de valor, a eficiência e,

principalmente, a colaboração que o método promove entre toda equipe, bem como, o

fato de todas universidades da amostra o utilizarem.

O Scrum é um modelo de trabalho (framework) para o gerenciamento de

projetos e seu foco principal é ser utilizado em projetos de desenvolvimento de

software. Ele tem sido utilizado com sucesso para isso, mas teoricamente, pode ser

aplicado em qualquer contexto no qual um grupo de pessoas necessite trabalhar junto

para atingir um objetivo comum.

Segundo Schwaber, Beedle e Sutherland (2013), o Scrum possui algumas

características peculiares, pois o seu processo de desenvolvimento ocorre por meio de

sprints. Os requisitos de produtos são organizados em uma lista de itens denominada

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30

Product Backlog e por meio de ciclos de iterações a equipe foca em uma meta

específica. Ao final deste ciclo, é entregue uma versão (incremento) funcional do

sistema para o cliente.

A Figura 2 detalha todo processo de desenvolvimento de software abordado pela

metodologia ágil Scrum, desde da fase inicial de definição do backlog à entrega do

primeiro incremento funcional.

Figura 2 - Modelo do Scrum

Fonte: Schwaber (2004)

Com base no modelo exposto na Figura 2, os benefícios do Scrum se destacam

dentre as outras metodologias ágeis existentes, tais, como: a facilidade em controlar o

desenvolvimento de projetos e o caos resultante de necessidades e interesses

conflitantes, a fluidez da comunicação e cooperação entre toda equipe. Portanto, o uso

de métricas no processo de desenvolvimento ágil de software, corrobora para a

Avaliação dos Sistemas de Informação, que será detalhado no próximo tópico.

2.3 ATRIBUTOS DE AVALIAÇÃO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, MÉTODOS

ÁGEIS E SCRUM

2.3.1 Avaliação de Sistemas de Informação

Os Sistemas de Informação (SI) têm potencial para suportar e criar novas

estratégias de negócios. Assim, estas tecnologias tornam-se um fator de sucesso para a

sobrevivência e prosperidade para empresas, como também uma oportunidade de se

diferenciar e alcançar uma vantagem competitiva (HAES; VAN, 2009).

A avaliação dos sistemas de informação tem crescido de forma notável para

muitos pesquisadores durante algumas décadas (CAMERON; WHETTEN, 1983;

TALLON et al., 2000; SEDERA; TAN, DEY, 2006;), embora não haja uma resposta

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satisfatória, levando em consideração a abrangência necessária para a solução, como

também, os desafios para as empresas (JOOSTEN; BASTEN; MELLIS, 2011).

A pesquisa de DeLone e McLean (1992) foi sem dúvida uma solução importante

para o levantamento das problemáticas dos modelos de avaliação dos SI e de um

modelo utilizado como resposta para os mesmos problemas dos últimos anos (PETTER;

DELONE; MCLEAN, 2008). Os autores citados se basearam na taxonomia dos

sistemas de informação de Mason e Mitroff (1973) e nas suas próprias investigações

identificaram seis dimensões como medidas de sucesso dos SI: qualidade do sistema,

qualidade da informação, o uso, a satisfação do usuário, os impactos individuais e os

impactos organizacionais (DELONE; MCLEAN, 1992, 2008).

Entretanto, outros pesquisadores não seguiram os estudos de DeLone e McLean

e com suas críticas ao modelo, contribuíram para diversas extensões que resultaram nos

ajustes e refinamentos de sucesso (DELONE; MCLEAN, 2016). O modelo chegou a ser

considerado confuso quanto ao formato e a configuração (SEDDON, 1997). Com isso,

tais sugestões, levaram os autores a distinguir "intenção de uso" e "uso", como resposta

à problemática da combinação de processos e preocupações causais (WAGNER, 2004;

DELONE; MCLEAN, 2016).

Além disso, havia uma carência na literatura de propostas de modelos de

variáveis que mediasse uma qualidade de serviço (PITT; WATSON; KAVAN, 1995).

Nesse sentido, diversos autores que criticavam o modelo não-respondente aos impactos

individuais e aos impactos organizacionais.

Com base nessas opiniões, juntou-se os impactos individuais com os impactos

organizacionais em uma única dimensão, estruturando o modelo sob o ponto de vista

interno, mas também sobre o ponto de vista do meio externo das associações que

adotam os SI. Assim, surgiu uma nova dimensão na substituição dessas outras, os

benefícios líquidos (SEDDON, 1997; MYERS; KAPPELMAN; PRYBUTOK, 1997).

Como resposta às novas sugestões que surgiram após uma publicação do modelo

de 1992, DeLone e McLean lançaram um novo modelo (DELONE; MCLEAN, 2003).

Estas sugestões vieram, de certa forma, para conceder mais credibilidade ao modelo

proposto por DeLone e McLean, uma vez que os autores usaram como críticas para

melhorar o modelo inicial e com isso, manter o modelo mais confiável e atualizado.

Mais tarde, outras pesquisas vieram contestar a falta de uma medida dedicada à

qualidade do serviço. Através desta, foi possível avaliar as expectativas dos usuários e

suas percepções (PITT et al., 1995). Ainda assim, a confusão persistia em torno da

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32

dimensão uso do modelo de DeLone e McLean, pois para estes autores, tratava-se de

um conceito muito ambíguo que deveria ser bem explicado (SEDDON, 1997).

Diante desse contexto, a discussão conceitual e publicações internacionais de

elementos teóricos que favoreceram o estudo da avaliação de SI se iniciou na década de

1980, com a publicação dos resultados das pesquisas da Society for Information

Management (MIS) e do MIS Research Center (MISRC) ao divulgarem que, dentre as

questões mais caóticas e sempre presentes na área de gestão de SI, estavam os

problemas relacionados à avaliação da eficácia desses sistemas.

A avaliação de sistemas de informação é um problema que vem se mantendo

sem resolução eficiente (BALL; HARRIS, 1982; DICKSON et al., 1984;

BRANCHEAU; WETHERBE, 1987; NIEDERMAN, BRANCHEAU, WETHERBE,

1991; BRANCHEAU; JANZ; WETHERBE, 1996). É uma questão antiga e que

apresenta muitas dificuldades para se estabelecer métodos fidedignos e objetivos.

Enquanto o valor dos custos para implantação de sistemas de informação é de fácil

estabelecimento, os benefícios oriundos destes são difíceis de avaliar e medir (WANG;

FORGIONNE, 2008). Historicamente, não se tem tido muito sucesso ao se tentar medir

o impacto de sistemas de informação no lucro ou desempenho das organizações.

Contudo, a avaliação de sistemas de informação é difícil, mas é necessária.

Arouk (2001) em sua revisão da literatura sobre avaliação de sistemas de

informação, analisou 104 artigos publicados em 14 diferentes periódicos entre 1974 a

1997. O autor identificou, analisou e sistematizou as variáveis dependentes adotadas

para a avaliação de SI ao longo deste período. Ao final, conseguiu constatar o

posicionamento unânime dos autores quanto à dificuldade em se avaliar sistemas de

informação, principalmente nas dimensões de qualidade da informação, qualidade de

serviço e impacto de sistemas de informação. Foi possível, também, confirmar os

principais conceitos em torno das dimensões de um sistema de informação, sistematizar

as variáveis de qualidade da informação e identificar uma metodologia para a avaliação.

Já Ferreira e Baidya (2015) realizaram um mapeamento sistemático da produção

científica dos últimos 18 anos. O estudo identificou e descreveu o perfil da produção

científica e a evolução do tema avaliação de SI nos artigos publicados nas principais

revistas nacionais e internacionais das áreas de Administração, Ciências Contábeis e

Turismo com Qualis entre A1 e B5 entre os anos de 1996 e 2013, bem como buscou

identificar os principais temas discutidos e métodos abordados que predominaram nesse

período.

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33

Esse trabalho utilizou como base o modelo de DeLone e McLean, de 1992 – que

focava na natureza multidimensional, interdependência do sucesso dos SI e nas

variáveis dependentes - ele será apresentado e, também, aqueles trabalhos (modelos e

métodos) após esse ano e antes da conclusão desse trabalho, como está demonstrado

neste e nos próximos items. A maior parte das discussões científicas sobre esse assunto

se voltaram para as problemáticas das medições dos SI (MASON, 1978; LEDERER,

1989; SAUNOERS; JONES, 1992; GALLETTA; LEDERER, 1992; GROVER,

JEONG, SEGARS, 1996; ASUBONTENG; MCCLEARY; SWAN, 1996; MYERS;

KAPPELMAN; PRYBUTOK, 1997; RIBEIRO, 2010).

Em uma avaliação bem simplista de cada variável do modelo de DeLone e

McLean (1992), a variável qualidade do sistema pretendia avaliar as características mais

intrínsecas do sistema, tais como a eficiência do sistema, o tempo de resposta, a

flexibilidade e a sofisticação do sistema de informação (WAGNER, 2004; SEDERA;

GABLE; CHAN, 2004; COSTA C, 2010).

A variável qualidade da informação, apresentava fortes tendências a um grau

elevado da satisfação dos usuários (PETTER; DELONE; MCLEAN, 2008). Nela,

pretendia-se captar o grau de qualidade das informações obtidas no sistema de

informação, como por exemplo, a precisão e o formato da informação (ZMUD, 1978;

BAILEY; PEARSON, 1983; RAI, 2002).

A variável uso foi definida como a mais problemática das dimensões do modelo,

pois fazia referência à frequência de uso do sistema de informação por parte dos

usuários. Alguns autores criticaram o modelo porque, esta variável referia-se,

precisamente, às variáveis satisfação do usuário, impacto individual e impacto

organizacional, apenas uma relação de causalidade, e não evidenciava uma relação

sobre seus processos (SEDDON, 1997; PAYTON; BRENNAN, 1999).

Para Somers e Nelson (2004), a variável satisfação do usuário, deveria ser

definida como uma variável que determina o grau de satisfação dos usuários diante da

capacidade de resposta do S.I., em face às solicitações apresentadas pelos usuários do

sistema (SOMERS; NELSON, 2004). Enquanto para DeLone e McLean (1992) e Doll e

Torkzadeh (1999), defendiam a tese de que era uma das variáveis mais utilizadas nos

estudos sobre o sucesso na avaliação dos sistemas de informação (DELONE;

MCLEAN, 1992; DOLL; TORKZADEH, 1999). Entretanto, em 2004, Sedera, Gable e

Chan retiraram do seu modelo, alegando que ela deveria ser vista como medida e não

como dimensão.

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Já a dimensão impacto individual, representava o efeito que a informação

exerceria ao nível do comportamento do usuário (DELONE; MCLEAN, 1992) e, por

este motivo, seu comportamento poderia exercer um reflexo na produtividade,

desempenho e eficácia nas ações dos usuários frente à sua capacidade decisão e ação

(CHANG et al., 2011).

E por último, a dimensão impacto organizacional, onde a princípio centrava-se

nas variáveis de desempenho do SI na organização, assim como, os custos inerentes, o

aumento das vendas e, sobretudo, valor agregado do SI para a organização (SEDERA;

GABLE; CHAN, 2004).

Após, aproximadamente, dez anos de sua publicação do seu primeiro modelo,

DeLone e McLean (1992) resolveram acatar, dentre várias críticas ao modelo, a criação

da dimensão qualidade do serviço, que deveria medir a qualidade do suporte dado aos

usuários pelos responsáveis do setor de sistemas de informação (DELONE; MCLEAN,

2003). Essa foi a principal mudança realizada, adicionada a uma apresentação dos

resultados do primeiro modelo, quanto às publicações decorrentes e journals de gestão

de SI que as publicaram esses artigos decorrentes do seu modelo.

E, mais recentemente, em 2016, o modelo de 1992 passou por uma atualização

por parte dos autores, pois foram introduzidas duas novas variáveis, a primeira, mede os

impactos líquidos, enquanto a segunda mede o uso do sistema pela organização e,

através deste, potencializa um processo de melhoria contínua do próprio SI (DUARTE;

COSTA, 2012; DELONE; MCLEAN, 2016; DUARTE; COSTA, 2012). No Quadro 4

se observa os atributos para avaliação da TI/SI, a serem utilizados na pesquisa de

campo.

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Quadro 4 – Atributos e subatributos para avaliação da TI/SI

Atributos Subatributos Autores

Qualidade do

sistema Eficiência do sistema, tempo de

resposta, flexibilidade e sofisticação do

SI

Wagner (2004); Sedera e Gable (2004);

Petter e McLean (2009); Costa C (2010);

Delone e McLean (1992, 2003, 2016)

Qualidade da

informação Precisão, redundância, utilidade,

confiabilidade, segurança, integridade,

atualidade, publicidade e acessibilidade

Bailey e Pearson (1983); Rai (2002);

Zmud (1978); Petter e McLean (2009);

Delone e McLean (1992,2003,2016)

Qualidade do

serviço Responsividade do sistema, precisão,

confiabilidade e competência técnica Pitt et al. (1995); Batista et al. (2013);

Delone e McLean, (2003,2016)

Uso Frequência de uso (Comportamento) Seddon (1997); Payton e Brennan

(1999); Rai et al. (2002); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Intenção do uso Intenção de usar (Atitude) Delone e McLean (2003); Petter;

Delone; Mclean. (2008); Petter e

McLean (2009)

Satisfação do

usuário Satisfação do usuário / Capacidade de

resposta do SI Somers e Nelson (2004); Delone e

McLean (1992, 2003,2016); Doll e

Torkzadeh (1999); Petter e McLean

(2009), Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Impacto

Individual Produtividade, desempenho e eficácia

da ação Chang et al. (2011); Petter e McLean

(2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Impacto

Organizacional Desempenho do sistema, custos,

aumento nas vendas, valor agregado na

organização

Sedera e Gable, (2004); Petter e McLean,

(2009), Delone e McLean,

(1992,2003,2016)

Benefícios

líquidos Impactos positivos dos ambientes

externos e internos (stakeholders) Delone e McLean (2003)

Impactos

líquidos Impactos positivos/negativos dos

ambientes externos e internos

(stakeholders)

Delone e McLean (2016)

Fonte: Elaboração própria (2018).

2.3.2 Atributos e Subtributos para a Avaliação da agilidade dos Métodos Ágeis

Diante do contexto abordado no item anterior, e considerando a relevância deste

assunto para pesquisa, Izza et al. (2008) sugeriram as seguintes dimensões para avaliar

as metodologias ágeis dos SI: Dimensão do processo (P), Dimensão da organização (O),

Dimensão da Informação (I), Dimensão do Recurso (R) e a Dimensão do Ambiente (E).

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36

Na Dimensão do processo (P) preocupa-se com o comportamento da empresa,

ou seja, processos de negócios que podem ser medidos em termos de tempo e custo

necessário para gerir mudanças inesperadas no processo da empresa. Há, também, a

medição dos processos ágeis à infraestrutura, que permitem tratar as respostas em tempo

de eventos inesperados, como correção e reconfiguração que pode ser medida pela sua

precisão, exaustividade, utilidade, confiabilidade, segurança, integridade, atualidade,

eficiência, prazo, eficácia e viabilidade.

Na Dimensão de organização (O) trata-se de todos os elementos organizacionais

envolvidos na indústria, ou seja, estrutura e organização. Pode ser medido pelo tipo de

hierarquia, tipo de gerenciamento, nível de subordinação, especialização organizacional,

redundância, flexibilidade, volume de negócios, custos e vulnerabilidade.

Na Dimensão da informação (I) tem-se todos os itens informacionais

armazenados e manipulados dentro da empresa. Trata-se de questões internas e

movimentos externos de informação. Pode ser medida a partir do nível de tarefas de

gerenciamento das informações, ou seja, a capacidade de coletar, compartilhar e

explorar dados estruturados, como também, pela sua precisão, de forma exaustiva,

utilidade, confiabilidade, segurança, integridade, atualidade, publicidade e

acessibilidade. A informação representa um fator chave para uma empresa manter

competitividade.

Na Dimensão do recurso (R) se aborda os recursos usados dentro da empresa e

abrange, principalmente, pessoas, recursos de TI e infraestrutura organizacional, e é

medida pela sua utilidade, necessidade, uso, confiabilidade, conectividade e

flexibilidade. Quanto às pessoas que constituem a principal chave na obtenção de

agilidade dentro de uma empresa, essa pode ser avaliada pelo nível de treinamento do

pessoal, produtividade, motivação/inspiração dos funcionários, suas percepção, ações e

decisões. Com essas informações, se busca alcançar metas alinhadas com a estratégia da

empresa.

Por fim, na Dimensão do meio ambiente (E) se relaciona os fatores externos da

empresa, incluindo serviço ao cliente (B2C), regulamentos globais, restrições e

comentários de marketing, medido pela capacidade da empresa para identificar e

explorar oportunidades, personalizar produtos, melhorar serviços, entregá-los a tempo e

a menor custo e ampliar o alcance do mercado. Trata-se, principalmente, da

interoperabilidade, da agilidade do compartilhamento de recursos de software e

tecnologia dentro de uma rede de empresas (B2B) e com clientes (B2C). Além disso, a

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agilidade no contexto da B2B e B2C permite melhorar, de forma permanente, a

qualidade do gerenciamento da cadeia de suprimentos (GCS). Pode ser medido pela sua

reatividade, proatividade e precisão.

Imache; Izza; Ahmed-Nacer (2012) propuseram uma abordagem de avaliação

baseada em lógica difusa para medir, regular e preservar continuamente a agilidade

dentro de um intervalo aceitável de tempo em relação ao ambiente de mudanças

aleatórias nos SI. Para avaliar a agilidade global dos SI, primeiro foi utilizada uma

abordagem top-down por refinamentos sucessivos, em dimensões e componentes.

Depois disso, o processo de avaliação da agilidade foi realizado, tendo em conta as

influências mútuas entre os diferentes componentes e dimensões do SI.

Stavru (2014) critica, com base na literatura, os estudos realizados que abordam

a adoção dos métodos ágeis pelos diferentes segmentos da indústria entre os anos de

2011 a 2012. Para ele, a maior parte das pesquisas realizadas não possuía um grau de

confiabilidade aceitável, pois, eram conduzidos, segundo ele, por pessoas e empresas

que representam tal área. Para garantir a qualidade e a confiabilidade das pesquisas ele

elaborou um modelo de avaliação que se norteia pelos atributos de confiabilidade (valor

agregado, aplicabilidade, consistência e neutralidade). Ao final, ele conclui que tais

estudos possuem baixo grau de confiabilidade e recomenda maior qualidade nas futuras

pesquisas a esse respeito.

Os valores e princípios descrevem as características fundamentais das

metodologias ágeis e podem ser utilizados como critérios de avaliação. Conboy e

Fitzgerald (2004) apresentaram a flexibilidade como um ponto essencial para qualquer

método de desenvolvimento de software ágil. Eles concluíram que os princípios do

Manifesto Ágil não fornecem compreensão prática do conceito fora do campo de

desenvolvimento de software.

Boehm e Turner (2004) identificaram que o tamanho do projeto, a criticidade do

projeto, o dinamismo do ambiente, as pessoas e a cultura são variáveis cruciais para

desenvolvimento ágil. O método de desenvolvimento de software baseado em risco de

cinco fases proposto por eles combina as características das abordagens ágeis e

orientadas por um planejamento. Embora seja um guia útil para os acadêmicos, pode

não fornecer detalhes necessários para os profissionais.

McCaffery et al. (2010) propuseram um método de avaliação que combina a

flexibilidade das práticas ágeis com a estrutura da empresa de modelos de melhoria de

processos de software orientados por plano, ou seja, pelo CMMI (SOFTWARE

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ENGINEERING INSTITUTE, 2011) e Automotive SPICE (ORGANIZAÇÃO

INTERNACIONAL DE PADRONIZAÇÃO, 2015). Contudo, a avaliação foi projetada

especificamente para pequenas e médias empresas de fornecedores de software

automotivo.

Germain e Robillard (2005) forneceram uma comparação empírica entre um

processo baseado em engenharia (Processo Unificado para Educação - UPEDU) e um

processo ágil construído em torno dos princípios Extreme Programming (XP),

principalmente através da comparação e análise do trabalho e do tempo gasto em cada

uma de suas atividades "cognitivas".

Yauch (2011) construiu uma métrica objetiva que mede agilidade como

resultado de desempenho e capta sucesso organizacional e turbulência ambiental. A

métrica foi desenvolvida como um modelo teórico e depois validada através da revisão

da literatura, estudos de caso e dados da pesquisa piloto.

Abrahamsson et al. (2002) propuseram um quadro analítico para a análise de

métodos ágeis existentes. Eles usaram conteúdos de desenvolvimento de software,

como cobertura do ciclo de vida (incluindo o processo), gerenciamento de projetos,

princípios abstratos versus orientação concreta, universalmente predefinidos versus

situação apropriada e evidências empíricas como "lentes analíticas".

Williams et al. (2004) apresentaram um quadro de medição de referência para

avaliar as práticas de XP adotadas em organizações de software. Esse quadro é

composto por três partes: (1) fatores de contexto de XP para registrar informações

contextuais essenciais, (2) métricas de adesão XP de forma concreta e comparativa

expressar as práticas utilizadas, (3) Medidas de Resultado do XP para avaliar o

resultado da equipe ao usar um conjunto completo ou parcial de práticas do XP.

Hartmann e Dymond (2006) coletaram alguns dos critérios sobre métricas ágeis

e propuseram ferramentas simples para serem usadas por equipes ou organizações, com

o objetivo de encorajar métricas mais alinhadas com os objetivos de Trabalho de equipe

ágil. Qumer e Sellers (2006) propuseram a 4-DAT, que é uma ferramenta de avaliação

baseada em framework (modelo de trabalho) para a análise e comparação de métodos

Agile. Eles forneceram critérios para a avaliação detalhada dos métodos de

desenvolvimento de software ágil através da definição de quatro dimensões: (1)

caracterização do escopo do método, (2) caracterização da agilidade, (3) caracterização

dos valores ágil e (4) caracterização do processo do software. A 4-DAT fornece um

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mecanismo para medir quantitativamente o grau de Agilidade de qualquer método em

um nível específico em um processo usando práticas específicas.

Salamzadeh (2014) analisou os valores trabalhistas dos empregados e os fatores

que afetam seu desempenho nas organizações. Ao identificar esses atributos foi possível

dimensionar como as organizações conseguem atingir a agilidade corporativa por meio

destes valores trabalhistas que ele descreve como: personalidade, cultura, valores,

desempenho e eficência.

Sidky (2007) propôs o Índice de Medição Sidky Agile (SAMI), que se baseia

nos conceitos e princípios dos padrões de melhoria de processos de software existentes

CMM (PAULK et al., 1993) e CMMI (SOFTWARE ENGINEERING INSTITUTE,

2011). No SAMI se determina cinco níveis ágeis, medindo o número de práticas ágeis

adotadas por uma organização:

- Nível 1: Colaborativo (Melhoria na colaboração e comunicação);

- Nível 2: Evolutivo (Entregas de software mais rápidas e contínuas);

- Nível 3: Eficaz (Desenvolvimento de software de alta qualidade e forma eficiente);

- Nível 4: Adaptativo (Boa gestão de mudanças);

- Nível 5: Envolvido (Estabelece um ambiente favorável e envolvido para manutenção

da agilidade).

Os objetivos para cada nível são definidos em relação aos valores e princípios

ágeis, como indicado no Manifesto ágil e um conjunto de práticas é sugerido para cada

nível (SIDKY, 2007). Porém, o reforço destas práticas predefinidas não está alinhado

com a flexibilidade dos métodos ágeis.

Em 2009, Hossain, Alibabar e Verner introduziram um quadro conceitual

baseado na literatura de pesquisa para enfrentar os desafios da combinação de métodos

de desenvolvimento global de software (Global Software Development - GSD) e Agile.

Com esse quadro, os autores esperavam que os gerentes de projeto decidissem quais

estratégias ágeis seriam efetivas para uma determinada configuração GSD,

considerando a informação contextual. Adicionado ao quadro dos autores citados,

Taromirad e Ramsin (2009) introduziram o Quadro de Avaliação Integral para

Metodologias Ágeis, visando abrangir todos os diferentes aspectos das metodologias

ágeis.

Por fim, Soundararajan e Arthur (2011) propuseram o quadro de Objetivos,

Princípios e Práticas, no qual o benefício de um método ágil é a avaliação da sua

adequação e eficácia, e a capacidade da organização para fornecer o ambiente de apoio.

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Isso significa que, para um determinado conjunto de objetivos para um método ágil, é

necessário assegurar que os princípios apropriados e as práticas adequadas sejam

definidos.

Com base no exposto neste subitem, o Quadro 5 foi elaborado com a finalidade

de listar todos os atributos e subatributos que foram utilizados na literatura para avaliar

a agilidade dos métodos ágeis nos sistemas de informações empresariais.

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Quadro 5 – Atributos e subatributos para avaliar a agilidade do método ágil

Atributos Subatributos Autores

Processo Custo Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Sommmerville (2015); Campanelli (2014);

Mitre-Hernandez (2014)

Tempo de resposta a

mudanças de negócio

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Sommmerville (2015); Campanelli (2014);

Jeong; Park; Kim (2018); Nishijima e Santos (2013);

Qumer e sellers (2006); Jyothi e Rao (2011); Deemer

et al. (2012)

Tempo de resposta a

incidentes de infraestrutura

(Serviços)

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Sommmerville (2015); Campanelli (2014)

Prazo Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Campanelli (2014)

Risco Jeong; Park; Kim (2018); Boehm e Turner (2004);

Andrat e Jaswal (2015)

Dime Organização Ampliar alcance de mercado Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Campanelli (2014)

Tamanho do escopo do

projeto

Vallon et al. (2018); Mitre-Hernandez (2014);

Boehm e Turner (2004)

Flexibilidade Izza et al., (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Wagner (2004); Sedera e Gable (2004);

Costa C (2010); Conboy e Fitzgerald (2004);

McCaffery et al. (2010)

Volume de negócios Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012);

Vantagem Competitiva Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012);

Menor vulnerabilidade Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012);

Menor redundância Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012);

Valores (trabalhistas,

personalidade, cultura,

desempenho e eficiência)

Salamzadeh (2014); Qumer e Sellers (2006); Conboy

e Fitzgerald (2004)

Localização (Empresa,

Equipe (Trabalho remoto))

Vallon et al. (2018); Mitre-Hernandez (2014)

Informação Capacidade de coletar,

compartilhar e explorar dados

estruturados

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012);

Valor agregado Takeuchi e Nonaka (2004); Senge (1990); Stavru

(2014); Beck et al. (2001); Denning (2013); Silva e

Lovato (2016)

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Confiabilidade Stavru (2014); Jeong; Park; Kim (2018); Dechow;

Mouritsen; Granlund (2007); Izza et al. (2008);

Imache; Izza; Ahmed-Nacer (2012);

Satisfação da

equipe

Auto gerenciamento Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Abrahamsson et al. (2002)

Espirito de equipe Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Mann e Maurer (2005); Campanelli (2014)

Aprendizado da equipe Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Loftus e Ratcliffe (2005); McAvoy e Butler

(2007)

Confiança no trabalho Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Stavru (2014); Jeong; Park; Kim (2018)

Comunicação na equipe Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Sidky (2007)

Flexibilidade das atividades Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); McCaffery et al. (2010)

Nível de treinamento do

pessoal

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012);

Produtividade da equipe Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Jeong; Park; Kim (2018); Nishijima e Santos

(2013); Quemer e Sellers (2006); Jyothi e Rao

(2011); Deemer et al. (2012)

Motivação, percepções, ações

e decisões em menor tempo

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Stavru (2014); Jeong; Park; Kim (2018);

Mann e Maurer (2005); Campanelli (2014)

Satisfação do

cliente

Capacidade da empresa de

identificar e explorar

oportunidades de negócios

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Campanelli (2014); Fitzgerald; Hartnett;

Conboy (2006); Denning (2013); Vallerão e Roses

(2013); Albino; Souza; Prado (2014)

Melhoria contínua de

produtos e serviços

Izza et al. (2008); Imache; Izza; Ahmed-Nacer

(2012); Denning (2013); Silva e Lovato (2016)

Fonte: Elaboração própria (2018).

De acordo com a revisão da literatura realizada nesta pesquisa relacionado ao

trabalho, a maioria das pesquisas estudadas possui uma abrangência parcial sobre os

problemas de Agilidade em seus critérios e raramente considera o contexto de avaliar o

uso, que é a principal preocupação dos gerentes de projeto, incluindo a ausência de

métricas que sejam facilmente aplicáveis na prática.

2.3.3 Atributos e subatributos para avaliar TI e Método Ágil

Um trabalho defendido por Svensson e Höst (2005) relatou os resultados obtidos

pela adoção dos métodos ágeis em uma empresa de grande porte e, ao final, a empresa

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evidenciou que a adoção do método teve um resultado positivo sobre a colaboração

entre a equipe. Os autores aconselham não subestimar o esforço necessário para

introduzir e adaptar agilidade em uma organização.

Ilieva, Ivanov e Stefanova (2004, p. 107) descreveram um estudo de caso que

compara um projeto ágil com um projeto tradicional da organização. Ao final da análise

foi observado o aumento da produtividade em 41,23%, redução de esforço

(homem/hora) de 11,45%, defeitos em 13,33%, acarretando de modo geral, em uma

redução de prazos dos projetos desenvolvidos. Freire et al. (2005) relataram a

introdução da metodologia ágil em uma startup. Eles abordaram como as práticas ágeis

e como as questões culturais e econômicos brasileiros afetam a implantação do método

ágil. Os autores relataram a dificuldade de se implantar métodos ágeis em times

heterogêneos, quando analisados aspectos culturais, sociais e técnicos, o que pra eles,

pode ser resolvido com paciência e ‘paixão brasileira’.

Loftus e Ratcliffe (2005) elaboraram um trabalho com alunos de pós-graduação

a fim de constatar, em meio a vários objetivos, como os métodos ágeis promovem o

aprendizado de novas tecnologias. Como resultado, a maior parte dos alunos relataram

ter adquirido muito conhecimento em um período curto de tempo e que o uso da

metodologia auxiliou a introdução de novas tecnologias. Os autores recomendam que os

estudantes sejam apresentados às metodologias tradicionais em projetos de grupo antes

de aprender os métodos ágeis em sua forma completa. De forma contrária, os estudos de

McAvoy e Butler (2007) evidenciaram que o aprendizado do time pode não ser efetivo

em metodologias ágeis, em detrimento da pressão social sobre um indivíduo em estar

sempre em conformidade com a ‘visão do grupo’ (fenômeno conhecido como o

Paradoxo de Abilene). Portanto, é fundamental manter um certo nível de conflito no

time para que haja maior comunicação, contestação e, por fim, aprendizado.

Andrat e Jaswal (2015) contribuíram com um estudo onde a metodologia ágil

Scrum é utilizada como uma abordagem alternativa para gerenciamento de riscos. O

objetivo central da pesquisa foi analisar o Scrum e destacar a medida em que o risco é

gerenciado e propor um modelo para superar suas limitações na fase de análise de risco.

Embora Scrum ofereça muitas vantagens, certos riscos não são analisados com precisão.

Vallon et al. (2018) analisou o uso bem-sucedido dos métodos ágeis no

desenvolvimento de software com equipes remotamente distribuídas e com base no

estudo de Jalali e Wholin (2010) entre os anos 1999 a 2009, estendeu sua pesquisa para

os anos de 2010 a 2016. Através dos atributos identificados: prazo, produtividade,

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tamanho do projeto, localização das empresas, localização das equipes (trabalho

remoto) e estratégias de shouring e sourcing, conseguiu evidenciar o aumento

exponencial do método ágil Scrum por maior parte das multinacionais.

Jeong; Park e Kim (2018) avaliaram a adoção do Scrum no desenvolvimento de

software voltado para o mercado financeiro que, segundo eles, necessita de

metodologias de desenvolvimento de software capazes de gerir mudanças em menor

tempo possível e máximo de confiabilidade e segurança, a fim de mitigar o risco e

promover maior produtividade, redução do esforço, comunicação e aprendizado entre

cliente e desenvolvedor. Ao final desse estudo, constataram um ganho de produtividade

em torno de 8% em relação aos métodos tradicionais que vinham sendo utilizados pela

empresa. No Quadro 6 pode-se observar os atributos a analisados e utilizados na

presente pesquisa de campo, a fim de avaliar os impactos do método Scrum, em uma TI.

Quadro 6 – Atributos e subatributos para avaliação dos métodos ágeis e da TI/SI

Atributos Subatributos Área Autores

Qualidade do

sistema

Eficiência do sistema TI Wagner (2004); Sedera e Gable

(2004); Petter e McLean (2009);

Costa C (2010); Delone e McLean

(1992, 2003, 2016)

Sofisticação do SI

Tempo de resposta TI Wagner (2004); Sedera e Gable

(2004); Petter e McLean (2009);

Costa C (2010); Delone e McLean

(1992, 2003, 2016)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Sommmerville (2015); Campanelli

(2014)

Flexibilidade TI Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Sommmerville (2015); Campanelli

(2014)

Métodos

Ágeis

Wagner (2004); Sedera e Gable

(2004); Petter e McLean (2009);

Costa C (2010); Delone e McLean

(1992, 2003, 2016);

Izza et al., (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Wagner

(2004); Sedera e Gable (2004);

Costa C (2010); Conboy e

Fitzgerald (2004); McCaffery et al.

(2010)

Qualidade da

informação

Precisão TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

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Redundância TI Bailey e Pearson (1983); Ldddi

(2002); Zmud (1978)L Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Utilidade TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Confiabilidade TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Segurança TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Integridade TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Atualidade TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Publicidade e acessibilidade TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Valor agregado TI Bailey e Pearson (1983); Rai

(2002); Zmud (1978); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Métodos

Ágeis

Takeuchi e Nonaka (2004); Senge

(1990); Stavru (2014); Beck et al.

(2001); Denning (2013); Silva e

Lovato (2016)

Qualidade do

serviço

Responsividade do sistema,

precisão, confiabilidade e

competência técnica, tempo

de respostas a incidentes de

infraestrutura (Serviços)

TI Pitt et al. (1995); Batista et al.

(2013); Delone e McLean

(2003,2016)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Sommmerville (2015); Campanelli

(2014)

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Uso Frequência de uso

(Comportamento)

TI Seddon (1997); Payton e Brennan

(1999); Rai et al. (2002); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Intenção do uso Intenção de usar (Atitude) TI Delone e Mclean (2003); Petter;

Delone; Mclean. (2008); Petter e

McLean (2009)

Satisfação do

usuário/cliente

Capacidade da empresa de

identificar e explorar

oportunidades de negócios

TI Somers e Nelson (2004); Delone e

Mclean (1992, 2003,2016); Doll e

Torkzadeh (1999); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean

(1992, 2003, 2016)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Campanelli

(2014); Fitzgerald; Hartnett;

Conboy (2006); Denning (2013);

Vallerão e Rose (2013); Albino;

Souza; Prado (2014)

Melhoria contínua de

produtos e serviços

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Denning

(2013); Silva e Lovato (2016)

Impacto Individual Produtividade TI Chang et al. (2011); Petter e

Mclean (2009); Delone e McLean

(1992, 2003, 2016)

Métodos

Ágeis

Ilieva, Ivanov e Stefanova, (2004);

Jeong; Park; Kim (2018); Vallon et

al. (2018)

Desempenho e eficácia da

ação

TI Sedera e Gable, (2004); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean

(1992, 2003, 2016)

Métodos

Ágeis

Salamzadeh (2014); Qumer e

Sellers (2006); Conboy e

Fitzgerald (2004); Denning (2013);

Silva e Lovato (2016); Constâncio

e Souza Neto (2016)

Trabalho remoto Métodos

Ágeis

Vallon et al. (2018); Mitre-

Hernandez et al. (2014)

Impacto

Organizacional

Desempenho TI Sedera e Gable (2004); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Métodos

Ágeis

Salamzadeh (2014); Qumer e

Sellers (2006); Conboy e

Fitzgerald (2004); Constâncio e

Souza Neto (2016); Silva e Lovato

(2016)

Custos TI Sedera e Gable (2004); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean,

(1992,2003,2016)

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Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Mitre-

Hernandez (2014); Mann e Maurer

(2005); Campanelli (2014)

Aumento nas vendas TI Sedera e Gable (2004); Petter e

McLean (2009), Delone e McLean,

(1992,2003,2016)

Valor agregado Métodos

Ágeis

Takeuchi e Nonaka (2004); Senge

(1990); Stavru (2014); BECK et al.

(2001); Denning (2013); Silva e

Lovato (2016)

TI Sedera e Gable, (2004); Petter e

McLean, (2009), Delone e

McLean, (1992,2003,2016)

Tempo de respostas a

mudanças de negócios

Métodos

Ágeis

Abrahamsson et al. (2002);

Nishijima e Santos (2013); Qumer

e Sellers (2006); Jyothi e Rao

(2011); Deemer et al. (2012)

Prazo Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Campanelli

(2014); Constâncio e Souza Neto

(2016); Vallon et al. (2018); Ilieva,

Ivanov e Stefanova (2004)

Risco Métodos

Ágeis

Andrat e Jaswal (2015); Jeong et

al. (2018); Jeong et al. (2018);

Boehm e Turner (2004); Andrat e

Jaswal (2015); Jeong et al. (2018)

Ampliar alcance de mercado Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Campanelli

(2014)

Tamanho do escopo do

projeto

Métodos

Ágeis

Vallon et al. (2018); Mitre-

Hernandez (2014); Boehm e

Turner (2004)

Valores (trabalhistas,

personalidade, cultura,

desempenho e eficência)

Métodos

Ágeis

Salamzadeh (2014); Qumer e

Sellers (2006); Conboy e

Fitzgerald (2004)

Benefícios líquidos Impactos positivos dos

ambientes externos e

internos (stakeholders)

TI Delone e Mclean (2003); Delone e

McLean (2016)

Autogerenciamento da

equipe

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Abrahamsson et al. (2002)

Fortalecimento do espirito de

equipe (Unidade)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Mann e

Maurer (2005); Campanelli (2014)

Melhora do aprendizado da

equipe

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Loftus e

Ratcliffe (2005); McAvoy e Butler

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(2007)

Aumento na confiança do

trabalho executado

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Stavru

(2014); Jeong; Park; Kim (2018)

Melhora na Comunicação da

equipe

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Sidky

(2007)

Flexibilidade das atividades

(Implementação)

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); McCaffery

et al. (2010)

Aumento no nível de

treinamento do pessoal

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012);

Aumento da produtividade

da equipe

Métodos

Ágeis

Ilieva, Ivanov e Stefanova (2004);

Jeong; Park; Kim (2018); Vallon et

al. (2018)

TI Chang et al. (2011); Petter e

McLean (2009); Delone e McLean

(1992,2003,2016)

Motivação, percepções,

ações e decisões em menor

tempo

Métodos

Ágeis

Izza et al. (2008); Imache; Izza;

Ahmed-Nacer (2012); Stavru

(2014); Jeong; Park; Kim (2018);

Mann e Maurer (2005);

Campanelli (2014)

Fonte: Elaboração própria (2018).

2.4 Proposta de conjunto de atributos para avaliar o Método Scrum

A reunião dos autores citados ao longo deste trabalho nos Quadros 2, 4, 5 e 6

contribuiu para a criação do Quadro 7 que, por sua vez, apresenta o conjunto de

atributos que foi utilizado nesta pesquisa.

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Quadro 7 – Atributos e Subatributos para avaliar o impacto do Scrum

Atributos Subatributos Autores

Recursos Humanos Comunicação entre clientes e

desenvolvedores

Loftus e Ratcliffe (2005);

Jeong; Park; Kim (2018)

Colaboração entre os membros da

empresa

Svensson e Höst (2005);

Sommerville, 2015);

Jeong; Park; Kim (2018)

Aumento da produtividade Ilieva, Ivanov e Stefanova (2004);

Jeong; Park; Kim (2018); Vallon et

al. (2018)

Redução de esforço Ilieva, Ivanov e Stefanova (2004);

Jeong; Park; Kim (2018)

Aprendizado do time Loftus e Ratcliffe (2005);

Jeong; Park; Kim (2018); McAvoy e

Butler (2007)

Introdução de novas tecnologias Loftus e Ratcliffe (2005)

Processo Redução de defeitos Ilieva, Ivanov e Stefanova (2004);

Freire et al. (2005)

Redução dos riscos Andrat e Jaswal (2015); Jeong; Park;

Kim (2018)

Redução de custos Izza et al. (2008); Imache et al.

(2012); Mitre-Hernandez, (2014);

Mann e Maurer (2005); Campanelli

(2014)

Organização Redução de prazos Constâncio e Souza Neto (2016);

Vallon et al. (2018); Ilieva, Ivanov e

Stefanova (2004)

Escopo do projeto Vallon et al. (2018); Mitre-

Hernandez (2014); Boehm e Turner

(2004)

Localização da equipe Vallon et al. (2018)

Fonte: Elaboração própria (2018).

Ao final de toda revisão da literatura, os atributos e seus respectivos subatributos

foram identificados e agrupados por área a que pertencem, bem como, seus respectivos

autores que defendem suas aplicações: Recursos Humanos, Processo, Organização. O

grupo dos atributos alocados no grupo maior Recursos Humanos divide-se em:

Comunicação entre clientes e desenvolvedores, Aumento da produtividade, Redução de

esforço, Aprendizado do time e Introdução de novas tecnologias. Os subatributos do

grande grupo Processo foi dividido em: Redução de defeitos, Redução de riscos e

Redução de custos. Por fim, o grupo Organização dividiu-se em: Redução de prazos,

Escopo do projeto e Localização da equipe, para Avaliação da metologia ágil Scrum.

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3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capítulo serão apresentadas as escolhas para o trabalho relacionadas à

metodologia da pesquisa, tais como: abordagem, método, técnicas de coleta de dados,

técnica de análise de dados e amostra.

3.1 ETAPAS DA PESQUISA

A pesquisa iniciou com a definição do objetivo geral e, a partir daí, do problema

e sua justificativa. Foi definido que seriam utilizadas as pesquisas bibliográfica e de

campo, com algumas escolhas, tais como: abordagem qualitativa, método de estudo de

caso múltiplos, coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas (com um

roteiro de perguntas abertas e fechadas), e uma análise de dados realizada com base na

análise de conteúdo (GRAY, 2012; BRYMAN, 2003; BARDIN; 2008;

KRIPPENDORFF, 2013; COSTA F., 2016; HUTCHISON; JOHNSTON; BRECKON,

2010). Na análise de dados, procedeu-se a dois passos de análise de conteúdo, utilizada

por Krippendorff (2013): análise com um conhecimento prévio do objetivo dela; e

análise do tema abordado. Além disso, uma análise gráfica das perguntas fechadas foi

definida, também.

Na revisão de literatura utilizou-se como base para a construção da proposta dos

atributos (apresentada no capítulo anterior) os autores DeLone e McLean (1992).

Embora os autores tenham escrito outros artigos (2003, 2016) sendo somente os dois os

autores, ou com outros autores (com a Petter, em 2008 e 2009), sendo o último de 2016,

citados neste trabalho, prevaleceu o primeiro artigo. Justifica-se seu uso não somente

pela alta taxa de citação, mas pelo foco em avaliação de SI, que muitos autores

adaptaram para avaliação de TI. O trabalho de 2016 (que não é um artigo, mas uma

monografia, utilizando a tradução literal dos próprios autores) apresenta um escopo

mais amplo, um estudo sobre o sucesso dos SIs. Adicionado a isso e como forte razão

para a escolha dessa pesquisa, encontra-se na página 7 do referido trabalho, a Figura

1.1, que resume o item (1.2) sobre o modelo dos autores, cuja fonte é o artigo seminal

dos autores, de 1992.

Após a bibliometria, cujas palavras-chave tiveram como base o foco da

pesquisa, reuniu-se o grupo de autores da proposta apresentada em duas etapas: 1) pelos

estudos de determinados atributos; 2) pelos grupos que se destacaram os substributos:

Recursos Humanos, Processo e Organização.

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Sobre a escolha do Método Ágil Scrum, o uso pela maioria das universidades da

amostra foi um motivo relevante, assim como as vantagens do método para a gestão de

TI das instituições: adaptabilidade, a comunicação contínua entre equipe e cliente, a

entrega contínua de valor, a eficiência e, principalmente, a colaboração que o método

promove entre toda equipe.

Quanto às pontuações dos atributos levantados na revisão de literatura, foram

coletadas ao final de cada novo projeto piloto para possibilitar a avaliação da

metodologia ágil Scrum em relação aos tradicionais. Ficou acordado com Gestores de

TI das universidades que os projetos ágeis desenvolvidos e os que constavam na fila de

execução, seriam considerados como “Projetos Piloto” a serem avaliados. As

informações dos projetos legados, seriam extraídas das bases de dados organizacionais

onde contiam as medições dos projetos passados e das entrevistas. As opções de

pesquisa estão descritas abaixo, assim como a amostra investigada.

3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA

As abordagens de pesquisa existentes são: qualitativa, quantitativa e qualitativa-

quantitativa. A abordagem desta pesquisa utilizada foi a qualitativa. Nesse tipo de

pesquisa, o papel do pesquisador é obter um panorama profundo, muitas vezes

envolvendo a interação dentro das vidas cotidianas de pessoas, grupos, comunidades e

organizações (GRAY, 2012).

A pesquisa qualitativa permite em campo, por sua vez, contato direto com o

objeto de estudo, a ponto de possibilitar a extração de informações por meio de

evidências coletadas pelo pesquisador (GRAY, 2012). A pesquisa qualitativa é uma

abordagem de pesquisa que investiga um número finito de casos, a partir da interação

destes casos e do pesquisador (BRYMAN, 2003). As informações trazidas de campo

pelo pesquisador visam confrontar, também, a revisão bibliográfica com o que acontece

nas organizações no contexto pesquisado (GRAY, 2012). A abordagem quantitativa está

afastada do contato com pessoas, o que dificulta a medição de conceitos subjetivos

como, por exemplo, emoções.

A abordagem qualitativa-quantitativa utiliza ambas abordagens e as

complementa, cada uma limitada em suas especificidades derivadas de suas diferentes

naturezas é positiva quando aplicada corretamente. Os estudos qualitativos podem gerar

questões para serem aprofundadas quantitativamente e vice-versa (MINAYO;

SANCHES, 1993).

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53

3.3 MÉTODOS DE PESQUISA

Quanto ao método de investigação, existem três tipos: estudo de caso, survey e

pesquisa-ação. O estudo de caso é fortemente associado à pesquisa qualitativa (em

alguns autores, os dois são usados como sinônimos), em parte porque os estudos de caso

possibilitam a geração de diversas perspectivas, seja por meio de vários métodos de

coleta de dados, seja pela criação de muitas descrições por meio de um único método,

ou seja, pela possibilidade de aplicação única ou em múltiplos casos (GRAY, 2012).

O survey (pesquisa de grande escala) é caracterizado por uma abordagem

quantitativa que visa apresentar as opiniões por meio de questionários ou entrevistas.

Nela, referencia-se um tipo particular de pesquisa social empírica, que pode incluir:

opinião pública, estudos de governo, assuntos sociais, censos, pesquisa de mercado

(BABBIE, 1999; MAY, 2004).

A pesquisa-ação para Thiollent (1985) é “um tipo de pesquisa com base

empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a

resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes

representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou

participativo”.

A pesquisa-ação é um objeto de bastante controvérsia. Em virtude de exigir o

envolvimento ativo do pesquisador e a ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos

no problema, ela tende a ser vista em certos meios como desprovida da objetividade que

deve caracterizar os procedimentos científicos (THIOLLENT, 1985, p. 14). Apesar

dessas críticas, vem sendo reconhecida como muito útil, principalmente por

pesquisadores identificados por ideologias reformistas e participativas (GRAY, 2012, p.

255).

Gray (2012) define a expressão “pesquisa-ação” como genérica e que tem sido

utilizada para descrever uma gama imensa de atividades e métodos. Nela, há

metodologias variadas, cada uma com suas próprias prioridades e modos de

investigação. Algumas, por exemplo, estão dirigidas à forma como as comunidades

podem implementar mudanças, principalmente questionando pontos como a injustiça e

a exclusão social. Em outras, são baseadas em um contexto organizacional e podem

incluir maneiras de os profissionais melhorarem sua própria prática. Diante disto, optou-

se em utilizar um estudo de múltiplos casos, a fim de identificar e avaliar por meio de

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atributos os impactos da utilização do método ágil Scrum no processo de trabalho de

algumas organizações.

3.4 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

Para Easterby-Smith (1994) existem muitos canais disponíveis para a coleta de

dados, e o tipo de meio usado muitas vezes dependerá dos objetivos da avaliação, ele

sugere que existem três tipos de meio disponíveis: o uso de informantes (quando os

dados forem coletados por questionários), observações diretas pelo avaliador e registros

acumulados do que aconteceu no passado. Nesse sentido, a coleta de dados na unidade

de análise foi realizada por meio de observações, entrevistas, um roteiro de perguntas

(fechadas e abertas) e bases de dados organizacionais, haja vista a integridade das

informações disponíveis para este estudo.

Gray (2012, p. 177) classifica a pesquisa de levantamento como um sistema para

coleta de informações com vistas a descrever, comparar ou explicar conhecimento,

atitudes e comportamentos. Ela se divide em duas categorias: analíticas e descritivas. A

primeira, assume as características experimental e dedutiva e, portanto, concede ênfase

à confiabilidade dos dados e ao controle estatístico de variáveis, tamanho de amostra,

etc. Na segunda, em contraste, tende a usar uma abordagem indutiva, muitas vezes com

perguntas abertas para explorar perspectivas e pode ter caráter bastante etnográfico.

De acordo com Gray (2012, p.186), a pesquisa de levantamento dependerá de

como ele será aplicado, ou seja, se será autoaplicado ou administrado por

entrevistadores. Dentro dessas categorias, os autores diferenciam seis tipos distintos de

questionários: questionários postais, questionários pela internet, questionários entregue

e coletado, questionário por telefone, entrevistas estruturadas e grupo focal.

Foi utilizado um instrumento de pesquisa (Apêndice B) na forma de roteiro de

perguntas para avaliar o grau de influência dos atributos identificados para avaliação da

TI/SI e da metodologia ágil Scrum, de acordo com a percepção dos Gestores de TI

especialistas em Sistemas de TI e Gestão de Projetos de Software. Para isto, o autor

atuou como observador participante em parte dos projetos. A permissão da pesquisa foi

solicitada por meio de uma carta enviada aos entrevistados, antes da aplicação do roteiro

de perguntas (Apêndice C).

Para avaliar o método ágil Scrum nas Superintendências de Tecnologias da

Informação (STIs) e nos Núcleos de Tecnologia da Informação (NTIs), foi empregada

uma escala Likert de 5 pontos (onde 1 = muito baixa; 2 = baixa; 3 = média; 4 = alta; 5 =

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55

muito alta), usada para refletir o nível de percepção de cada participante sobre essa

avaliação.

O Quadro 8 reúne as informações sobre cada um dos perfis dos entrevistados.

Fica evidente que existe uma grande diversidade entre o tempo de empresa e

experiência dos entrevistados o que, consequentemente, resulta em pluralidade de

opiniões a serem observadas na análise dos resultados.

Quadro 8 - Perfil dos entrevistados

Dados Univ “A” Univ “B” Univ “C” Univ “D” Univ “E” Univ “F”

E1 E2 E3 E4 E5 E6

Formação Pós-

Graduado

Pós-

Graduado

Pós-

Graduado

Pós-

Graduado

Pós-

Graduado

Pós-

Graduado

Tempo de

Empresa

15 anos 13 anos 8 anos 6 anos 25 anos 7 anos

Cargo Gestor de

TI

Gestor de

TI

Gestor de

TI

Gestor de

TI

Gestor de

TI

Gestor de

TI

Tempo no Cargo 7 anos 5 anos 5 anos 3 anos 13 anos 3 anos

Tempo de

Experiência em

Desenvolvimento

de Software

15 anos 13 anos 8 anos 6 anos 25 anos 10 anos

Fonte: Fonte: Elaboração própria (2018).

No Quadro 8 ficou evidente que existiu uma grande diversidade entre a

experiência dos entrevistados, resultando, consequentemente, em uma pluralidade de

opiniões a serem observadas na análise dos resultados.

3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos dados pode ser classificada em duas categorias: categóricos e

quantificáveis. Os dados categóricos não podem ser quantificados numericamente, mas

são colocados em conjuntos ou categorias (dados nominais) ou classificados de alguma

forma (dados ordinais). Os dados quantificáveis podem ser mensurados numericamente

e são subdivididos em intervalares e razão, o que significa que são mais precisos

(GRAY, 2012).

Segundo Yin (2015), o processo de pesquisa qualitativa é mais complexo do que

a quantitativa por ser mais rica no que diz respeito a quantidade de dados a serem

analisados. Ela tende a ser criticada por parte da comunidade científica, por permitir

influência do pesquisador durante sua análise e, por isto, o processo deve ser rigoroso e

seguir uma sequência lógica de interpretação dos dados gerados (GRAY, 2012).

Para se analisar dados qualitativos, é preciso primeiro entender a indução

analítica, um princípio geral da análise qualitativa e é um processo de etapas definidas.

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56

Segundo Gray (2012), após a coleta das respostas, as mesmas serão confrontadas com

explicações hipotéticas idealizadas antes da exploração dos casos.

Existem também abordagens mais dedutivas como a análise de conteúdo que

busca fazer análises entre os dados coletados, identificando características entre eles

para os classificarem em categorias ou classes. Esta abordagem resume os dados para

posterior análise por meio de associações.

Nessa pesquisa se utilizará uma abordagem dedutiva, por meio da análise de

conteúdo dos dados, apresentada a seguir na seção 3.4.1.

3.5.1 Análise de conteúdo dos dados

De acordo com Bardin (2008), a análise de conteúdo dos dados é um conjunto de

técnicas de análise de comunicações, utilizada para estudar e analisar o material

qualitativo, buscando-se a melhor comunicação ou discurso. Além disso, ela relaciona

suas características gramaticais às ideológicas e teóricas, podendo a partir daí, extrair os

aspectos relevantes para a pesquisa em questão (BARDIN; 2008; KRIPPENDORFF,

2013; COSTA, 2016). Para isto, ela se divide nas seguintes fases: I - Fase de pré-

exploração do material ou de leituras flutuantes do corpus das entrevistas; II - A seleção

das unidades de análise (ou unidades de significados) e III - O processo de

categorização e subcategorização (CAMPOS, 2004).

Para o início da análise de conteúdo dos casos, as entrevistas foram transcritas

conforme visão defendida por Bryman (1989), que evidenciou o grande número de

dados obtidos nas análises. Diante disso, para o autor essas análises dos dados coletados

devem iniciar simultaneamente à coleta e à transcrição.

Neste trabalho, as informações foram coletadas por meio de um roteiro de

perguntas, descrito no subitem anterior, sobre técnica de coleta de dados. Após essa

coleta, as entrevistas foram transcritas e organizadas para a Apresentação de Resultados,

subitem do capítulo 4. Em uma terceira etapa do trabalho, foi utilizada a análise de

conteúdo, com o objetivo de as informações serem expostas e facilmente interpretadas

para, em um passo posterior, ser reduzidas em temas ou codificações. Assim foi

realizado e as respostas foram inseridas no software QDA Miner para a análise, sendo

conduzida por um único pesquisador, autor desse trabalho. Dividiu-se o texto em

unidades convenientes, as codificações, e assumiu-se a possibilidade de interpretações

um pouco diferentes dos conteúdos, por isso buscou-se a triangulação das informações e

outras formas de validação dos dados (BAUER; GASKELL, 2003; BRINGER, 2006;

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57

JOHNSTON, 2006; HUTCHISON; JOHNSTON; BRECKON, 2010;

KRIPPENDORFF, 2013). Tais passos foram considerados, pois, como anteriormente

citado, este trabalho buscou a confiabilidade da pesquisa, a triangulação e a validação

dos dados por meio da utilização de múltiplas fontes de dados (entrevistas, análise de

documentos e observações).

Em relação às ferramentas computacionais de análise de conteúdo, para

Hutchison, Johnston e Breckon (2010) essas trazem ganhos à organização e permitem o

confrontamento entre os casos e a localização de pontos que precisam ser melhor

investigados. De maneira complementar, Bringer (2006) observa que o design não

linear desses aplicativos contribui para os processos iterativos de produção de teoria.

Assim, já inseridos no software, as informações passaram por uma leitura detalhada e

crítica, quando se separararam as frases e os textos de acordo com as codificações

criadas. A criação das codificações e suas ramificações permite a localização de

propriedades comuns aos textos, possibilitando comparações iniciais. Cabe destacar que

os códigos não foram utilizados para a análise crítica, o que permitem que os analistas

estejam abertos a novas informações que possam emergir de seus dados (HUTCHISON;

JOHNSTON; BRECKON, 2010).

As categorizações e as codificações são tentativas de se agrupar passagens que

se refiram a um mesmo tema, facilitando que relações posteriores sejam mais facilmente

encontradas e demonstradas, assim pode-se estabelecer conexões entre diversos autores

que se refiram a um mesmo tema (GIBBS, 2009). Para Bringer (2006), a construção das

codificações pode se iniciar com a separação do texto em partes discretas e, a partir de

então, os termos são agrupados nas respectivas codificações, ou como no caso que

geralmente é utilizado nos softwares, no qual as codificações podem ser alteradas a

qualquer momento da análise.

Para a construção das codificações neste trabalho, foi realizada uma leitura

prévia e, durante ela, algumas codificações foram acrescentadas, retiradas ou unificadas

de acordo com a necessidade da pesquisa (GIBBS, 2009). Ainda segundo Gibbs (2009),

quando se parte de um grupo de codificações previamente definidos e busca-se extrair

esses códigos dos textos, o pesquisador está realizando uma Codificação Baseada em

Conceitos. Ao passo que, quando se inicia a pesquisa sem os códigos pré-definidos e

esses são emanados da literatura, o pesquisador está realizando uma Codificação

Baseada em Dados. O supracitado autor afirma ainda que essas abordagens não são

excludentes. Como esta pesquisa partiu de um pequeno grupo de categorias previamente

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definidas e sofreu alterações durante as codificações, fica evidente que foi utilizado uma

Codificação Baseada em Dados definida por Gibbs (2009).

A análise de conteúdo foi adotada para analisar as entrevistas. O panorama da

entrevista, as intenções, os gestos e os históricos à entrevista influenciaram a análise.

Essas variáveis impedem que as análises sejam completamente replicáveis

(KRIPPENDORFF, 2013). Com o objetivo de tornar as análises mais replicáveis, dois

pontos defendidos pelo autor foram seguidos, tais como: análise com um conhecimento

prévio do objetivo dela; e análise do tema abordado, com conhecimento da situação do

entrevistado obtido a partir das perguntas respondidas pelos Gestores de TI da amostra

das seis universidades federais da Região Sudeste, no Brasil, além disso, documentos

gerenciais de projetos fornecidos pelas mesmas, também foram relevantes no suporte às

análises.

3.6 AMOSTRA

Uma amostra é uma parcela selecionada do universo, segundo descrito por Flick

(2009), uma miniatura da população. Enquanto as amostras aleatórias são preferíveis,

definidas por ser a seleção de membros em uma população que possuem as mesmas

chances de serem escolhidos, muitas vezes como em estudo de casos, elas não são a

melhor opção por praticidade.

As pesquisas qualitativas buscam compreender, normalmente, determinadas

práticas existentes em um determinado local, tempo e contexto específico e, por isso,

normalmente possuem amostras não probabilísticas intencionais (GRAY, 2012). Nesse

sentido, as amostras desse estudo são classificadas como não probabilística intencional,

ou seja, quando o pesquisador está interessado na opinião (ação, intenção etc.) de

determinados elementos da população, mas não representativos dela. Os tipos de

amostra aqui utilizados foram: servidores, terceirizados e bolsistas que trabalham nas

NTIs/STIs das universidades escolhidas. No Quadro 9 apresenta-se a o perfil da

amostra:

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59

Quadro 9 - Perfil da amostra

Universidades Local Unidades de

análise

Número de

Funcionári

os

Possui

desenvol

vimento

de

software

Uso do

Scrum

Universidade

Federal Fluminense

(UFF)

Campus

Niterói, RJ

Superintendência de

Tecnologia da

Informação

4.695 Sim Sim

Universidade

Federal de Ouro

Preto (UFOP)

Campus Ouro

Preto, MG

Núcleo de

Tecnologia da

Informação

2.656 Sim Sim

Universidade

Federal Rural do

Rio de janeiro

(UFRRJ)

Campus

Seropédica, RJ

Núcleo de

Tecnologia da

Informação

2.354 Sim Sim

Universidade

Federal do Estado

do Rio de janeiro

(UNIRIO)

Campus Urca,

RJ

Núcleo de

Tecnologia da

Informação

3.336 Sim Sim

Universidade

Federal de Juiz de

Fora (UFJF)

Campus

Universitário,

MG

Núcleo de

Tecnologia da

Informação

3.521 Sim Sim

CEFET-RIO Campus São

Cristovão, RJ

Núcleo de

Tecnologia da

Informação

1.559 Sim Sim

Fonte: Elaboração própria (2018).

Foi proposta uma análise da metodologia ágil Scrum para os Gestores de TI de

cada uma das seis universidades da região sudeste do país. Cabe detalhar, que a escolha

dessa amostra, ocorreu por conveniência, ou seja, os indivíduos nessa pesquisa foram

selecionados porque eles estavam prontamente disponíveis, e não porque eles foram

selecionados por meio de um critério estatístico. Geralmente essa conveniência

representa uma maior facilidade operacional e baixo custo de amostragem. Foram

avaliados projetos piloto desenvolvidos utilizando métodos ágeis, ao invés dos

tradicionais, que já eram utilizados pela Coordenação de Desenvolvimento de Software

dos NTIs e das STIs das universidades, as unidades de análise desta pesquisa.

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60

4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Este capítulo se inicia com a apresentação das organizações estudadas. Em seguida,

são registrados os dados coletados durante as entrevistas, por meio do roteiro de

perguntas. O capítulo é finalizado com a análise destes dados pela confirmação ou a

contraposição entre teoria e o campo e pela análise de conteúdo.

4.1 OS ESTUDOS DE CASO - APRESENTAÇÃO DAS UNIVERSIDADES

A utilização dos métodos ágeis na administração pública brasileira ainda é

incipiente. Por essa razão, o Tribunal de Contas da União elaborou o Acórdão

2314/2013 (TCU, 2013), um estudo que descreve a contratação de soluções de software

que utilizam métodos ágeis em seu processo de desenvolvimento.

Os motivos citados para a adoção dos métodos ágeis foram a insatisfação com o

modelo de gerenciamento corrente (Processo Unificado) e a crescente popularidade que

os métodos ágeis têm ganhado no setor privado. A conclusão que consta no Acórdão

2314/2013 (TCU, 2013) apresenta o levantamento de riscos relacionados à realização de

contratos que incluam a exigência dos métodos ágeis como ferramentas para o

desenvolvimento de software para o setor público. Os riscos são relacionados a três

dimensões: processos, pessoas (recursos humanos) e produtos.

Apesar desta recomendação ao setor público, observa-se que grande parte dos

órgãos públicos começaram a aderir tais metodologias em seus processos de

desenvolvimento para desburocratizar, tornando a gestão pública mais enxuta e mais

eficiente. Não distante deste cenário, estão as universidades públicas da Região Sudeste

do Brasil.

A primeira universidade, a ser descrita denominada “Universidade A” localiza-

se campus do município de Niterói, na Região Metropolitana, no Estado do Rio de

Janeiro fundada em 1960. Atualmente (Dezembro/2018), corresponde a uma população

de 60.180 funcionários e alunos, assim discriminadas: 3.078 docentes e 4.695 servidores

técnico-administrativos efetivos, 26.154 discentes de graduação presencial e 4.408

discentes de graduação a distância todos regularmente matriculados em 127 cursos

ativos de graduação, 5.583 discentes de pós-graduação distribuídos em 132 cursos

stricto sensu e 16.262 discentes de pós-graduação em mais de 207 cursos lato sensu.

A segunda universidade, “Universidade B” localiza-se no município de Ouro

Preto, no Estado de Minas Gerais e foi fundada em 1969, embora a sua Escola de Minas

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61

(onde são geridos os cursos de Engenharia) tenha sido fundada em 1876. Atualmente

(Dezembro/2018), a instituição oferece 42 cursos de graduação, sendo 38 presenciais e

quatro a distância. Quanto à pós-graduação, são ofertados 22 cursos de mestrado, nove

cursos de doutorado e três especializações a distância. No total, são mais de 15 mil

alunos, cerca de 800 técnicos-administrativos efetivos e, aproximadamente, 1.856

professores, entre efetivos e substitutos.

A terceira universidade, “Universidade C”, localiza-se no município de

Seropédica, no Estado do Rio de Janeiro, e foi fundada em 1910. Atualmente, a

instituição oferece 57 cursos de graduação em seus três campi de Seropédica, Nova

Iguaçu e Três Rios, atendendo cerca de 18 mil alunos matriculados. O seu quadro de

pessoal é constituído por 1.243 técnico-administrativos efetivos, 1.111 docentes entre

efetivos e substitutos, e cerca de 14.889 alunos de graduação nos mais de 56 cursos de

graduação espalhados pelos campus de Seropédica, Nova Iguaçu e Três Rios, e 2.000

alunos matriculados em seus 41 cursos de pós-graduação lato e stricto sensu.

A quarta universidade, denominada “Universidade D” localiza-se no município

do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro e foi fundada em 1969. Atualmente

(Dezembro/2018), a instituição oferece cerca de 48 cursos de graduação, 99 cursos de

Pós-graduação lato e e possui, aproximadamente, 2.426 servidores técnicos

administrativos efetivos, e 910 docentes entre efetivos e substitutos.

A quinta universidade, denominada “Universidade E”, localiza-se no município

de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais e foi fundada em 1960. Atualmente, a

instituição oferece 93 opções de cursos de graduação, 36 de mestrado e 17 de

doutorado, em todas as áreas do conhecimento. Pelo campus, circulam diariamente mais

de 20 mil alunos, sem contar os cerca de três mil estudantes da educação à distância,

1.585 técnicos-administrativos efetivos e 1.936 docentes, entre efetivos e substitutos.

A sexta universidade, denominada “Universidade F” localiza-se no município do

Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro e foi fundada em 1917. Atualmente

(Dezembro/2018), a instituição possui, aproximadamente, 10 mil alunos entre os cursos

técnicos integrados ao ensino médio, subsequentes (pós-médio), tecnológicos, de

graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto sensu (mestrado e doutorado), nas

modalidades presencial e à distância e, para isso, conta com 642 técnicos-

administrativos e 917 docentes efetivos.

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62

4.2 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

A seguir é apresentado um resumo das entrevistas realizadas com perguntas

abertas, a exposição do quadro com o registro das respostas do questionário de

perguntas fechadas. Por fim, o capítulo é fechado com a análise das entrevistas com a

literatura e percepção de divergências entre as respostas do questionário em cada um

dos estudos de caso.

4.2.1 Entrevistas

Nas universidades “A”, “C”, ”D”, “F” foram desenvolvidos projetos de

reestruturação da TI, a fim de torná-las mais ágeis e eficientes. Nesse sentido, no que

tange à área de desenvolvimento de software, conforme observado, a maior parte das

universidades já aderiu ao uso da metodologia ágil Scrum na prática. No entanto, apenas

a universidade “D” ainda não oficializou o uso da metodologia, embora saiba das

vantagens da mesma.

Quanto às vantagens percebidas pelo uso do método ágil Scrum, os entrevistados

E1 e E3 afirmaram que o desempenho, valor agregado, tempo de resposta a mudanças

de negócios e prazo são os mais perceptíveis para eles, enquanto os respondentes E2 e

E5 sinalizaram apenas o tempo de resposta a mudanças e o prazo. Já o entrevistado E4

não soube responder pelo fato do único projeto que está utilizando o método ágil ainda

estar em fase execução, ou seja, em processo de desenvolvimento do software. Com

relação às vantagens percebidas nos processos organizacionais e na tomada de decisão,

o entrevistado E2 considerou o prazo um elemento fundamental, enquanto, E1, E3, e

E6, respectivamente, consideraram o valor agregado, custo, desempenho e tempo de

resposta à mudanças como fatores preponderantes. Por último, o entrevistado E5 além

de considerar o desempenho e prazo como primordial, destacou o risco como um

subatributo importante. Em relação aos demais entrevistados, não foram obtidas

respostas.

Em relação ao uso da metodologia ágil Scrum, grande parte dos entrevistados

consideraram que o método ágil contribui com o desenvolvimento das soluções em

tempo hábil para a tomada de decisão. Entretanto, apenas o E5 não opinou, pois,

segundo ele, não existem métricas avaliativas que o permita tal conclusão.

Ao serem questionados sobre a avaliação de projetos de TI em períodos de crise

e a adoção do Scrum como solução para esse cenário caótico, para o E3 o uso da

metodologia ágil foi fundamental para o sucesso dos projetos. Entretanto, o E4 afirmou

que, embora esteja utilizando a metodologia parcialmente, os benefícios percebidos

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63

impactaram diretamente o sucesso dos projetos desenvolvidos no setor. Por último, os

entrevistados E1, E2, E5 e E6 não opinaram por ainda estarem em fase experimental no

uso da metodologia.

Em relação às plataformas colaborativas de desenvolvimento do software com

parceiros, os entrevistados E1, E4 e E6 afirmaram que não utilizam essas ferramentas.

Por outro lado, o E2 utiliza o Trello (Ferramenta de gerenciamento versátil de

atividades), enquanto o E5 utiliza o GitHub (Plataforma de hospedagem de código-

fonte) como ferramenta colaborativa entre as equipes de desenvolvimento de software,

enquanto, E3, afirmou que usa, mas não detalhou qual tecnologia .

Quando questionados sobre como surgiu a necessidade de se utilizar o Scrum e

se houve algum tipo de pressão para que isso ocorresse por parte de setores superiores,

todos foram unânimes em afirmar que a iniciativa partiu da própria área de TI, que não

houve pressão, houve uma motivação interna do setor, de melhorar e agilizar as entregas

e todo processo de desenvolvimento de software. Adicionado a isso, os entrevistados

tiveram o apoio dos setores superiores das universidades.

Em relação às dificuldades enfrentadas pelas equipes ao adotarem a metodologia

ágil, o E1 não encontrou entrave algum, mas foi necessária uma fase de adaptação e

capacitação do time, o que não foi considerado pelo entrevistado como uma barreira ou

dificuldade significativa. Para os entrevistados E2, E3, E4 e E5 não houve barreiras ou

dificuldades, mas para o E6 a “barreira cultural das pessoas” pode ser considerando

como um entrave para a adoção da metodologia.

Contudo, e de maneira bem geral, todos os entrevistados consideraram que a

utilização do método ágil Scrum foi de suma importância para a melhoria do processo

de desenvolvimento e operacionalização dos serviços de TI, assim como na relação com

o cliente. Observou-se também, que todos os entrevistados reconheceram que o apoio

das instâncias superiores foi extremamente importante para a implantação da

metodologia no órgão.

No Quadro 10 registrou-se as respostas das perguntas abertas, sendo organizado

por universidades e entrevistados de cada instituição, com base nos subatributos

levantados na revisão de literatura.

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64

Quadro 10 – Dados dos estudos de caso coletados em campo

Perguntas Respostas dos entrevistados das Universidades A, B, C, D, E e F

E1 E2 E3 E4 E5 E6

1. No STI/NTI

possuía projeto de

implantação ou

reestruturação?

Sim. há

um

projeto de

reestrutur

ação da

área de TI

no meu

orgão.

Sim Sim. Não

participei

diretamen

te no

projeto,

de modo

que

desconheç

o as

etapas.

Sim. a

implantaç

ão ainda

está

acontecen

do.

Sim Sim

2. No STI/NTI

utiliza método ágil

Scrum?

Sim. Sim Sim Sim.

Parcialme

nte

Sim.

Embora

não esteja

formaliza

do

Sim

3. Quais as

vantagens

percebidas com a

utilização do Scrum?

Desempen

ho, Valor

agregado,

Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio

Tempo de

resposta a

mudanças de

negócio,

Prazo

Desempen

ho, Valor

agregado,

Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio,

Prazo

SR Desempen

ho,

Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio

Desempenho,

Custo, Tempo

de resposta a

mudanças de

negócio

4. As principais

vantagens que

auxiliaram na

tomada de decisão ?

Valor

agregado

Prazo Desempen

ho, Custo,

Valor

agregado,

Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio,

Prazo,

Risco

SR Desempen

ho, Prazo,

Risco

Desempenho,

Tempo de

resposta a

mudanças de

negócio

5. As principais

vantagens que

auxiliaram na

melhoria dos

processos internos?

Desempen

ho,

Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio

Prazo Desempen

ho, Custo,

Valor

agregado,

Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio,

Prazo,

Risco

SR Tempo de

resposta a

mudanças

de

negócio,

Prazo

Desempenho,

Tempo de

resposta a

mudanças de

negócio

6. Com o uso do

Scrum, o tempo de

resposta melhorou

no processo de

tomada de decisão?

Parcialme

nte, sim.

Em geral,

sim

Sim SR Não sei

informar,

pois

utilizamos

apenas

algumas

técnicas

do Scrum

e de

maneira

Sim

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65

informal.

7. Já houve algum

período de crise

onde o método ágil

Scrum foi decisivo

para o sucesso dos

projetos da

organização?

O uso do

método

ágil no

meu setor

ainda está

em fase

experimen

tal

Não Sim SR Não se

aplica na

minha

instituição

, visto que

utilizamos

algumas

técnicas

de Scrum

a pouco

tempo (3

anos no

máximo).

Não

8. Utiliza algum tipo

de plataforma

colaborativa de

desenvolvimento?

Não Sim. Trello Sim Não Utilizamo

s o

GitHub

intername

nto.

Não

9. houve dificuldade

na implantação do

método ágil Scrum?

Não, foi

necessário

a

adaptação

e

capacitaçã

o do time,

mas não

considero

isso uma

barreira

ou

dificuldad

e

significati

va.

Um pouco

da adaptação

dos

desenvolved

ores

Não SR Não Sim

10.As entregas com

com o uso do

método ágil Scrum

melhoraram?

Sim Sim Sim SR Não posso

afirmar

isso

porque

não há

métricas

que

justifique

m tal

afirmação.

Sim

11. A diretoria

estava

comprometida com a

implantação do

método ágil Scrum?

A

diretoria

apoia

totalmente

a adoção

da

metodolo

gia.

Favorável Apoia a

implantaç

ão do

Scrum

SR A

diretoria

não tem

ciência do

metodolog

ia.

Iniciativa

de uso

partiu do

setor.

Sim

Fonte: Elaboração própria (2018).

Após o registro das respostas abertas, o Quadro 11 apresenta o registro das

respostas das perguntas fechadas, organizado por universidades, com base nos

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66

subatributos levantados na revisão de literatura, utilizando a escala informada na

metodologia. Cabe destacar, que este Quadro 11 será analisado com maior nível de

detalhe na seção 4.3.3.

Quadro 11 – Dados dos estudos de caso coletados em campo

Atributos SubAtributos UA UB UC UD UE UF Todas as

Universidades

E1 E2 E3 E4 E5 E6 Totalidade

Recursos

Humanos

Comunicação 5 3 5 5 4 4 26

Colaboração 5 3 5 5 3 5 26

Produtividade 4 3 4 4 4 4 23

Redução de esforço 3 4 3 4 2 4 20

Aprendizado do time 5 4 3 4 3 4 23

Introdução de novas

tecnologias

4 3 3 3 4 4 21

Processo Redução de defeitos 4 3 3 3 4 4 21

Redução dos riscos 4 3 4 3 3 4 21

Redução de custos 3 3 3 3 2 4 18

Organização Redução de prazos 3 4 4 4 4 4 23

Escopo do projeto 5 3 2 3 3 4 20

Trabalho Remoto 5 4 3 4 4 3 23

Legenda: UA = Universidade A; UB = Universidade B; UC = Universidade C; UD = Universidade D; UE

= Universidade E; UF = Universidade F

Fonte: Elaboração própria (2018).

4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste tópico, serão discutidos pontos observados pelos autores na fase de coleta

de dados das perguntas abertas, conforme apresentado no Quadro 10, assim como, das

perguntas fechadas, representado no Quadro 11, a fim de apresentar como os atributos e

subatributos identificados na revisão da literatura puderam auxiliar na avaliação das

metodologias ágil Scrum dos estudos de caso, ou seja, a contraposição da teoria

(autores) com o que foi afirmado pelos entrevistados.

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67

4.3.1 Análise de conteúdo dos dados

Com o auxílio do software QDA miner, construiu-se uma análise de

coocorrência das perguntas abertas, de acordo com o definido na seção 3.4.1,

considerando as codificações realizadas no texto, de forma a relacionar os atributos,

subatributos e a percepção dos especialistas de TI no processo de desenvolvimento ágil

de software demonstrado no dendrograma (Figura 3) resultante da análise. A partir da

análise dos resultados do dendrograma, optou-se pela utilização de 12 grupos

utilizando-se do método de K-means. Posteriormente a Figura 4 demonstra na forma de

gráfico 2D os resultados da análise de coocorrências. Enquanto, análise das perguntas

fechadas, foi representada pela ferramenta gráfica estatística que busca evidenciar a

discrepância entre as respostas de cada entrevistado das universidades.

Figura 3 Dendograma dos Atributos de Avaliação do Método Ágil Scrum das perguntas abertas e

Percepção dos especialistas de TI

Fonte: Elaboração própria (2018).

Observa-se na Figura 3, o alto grau de coocorrências entre os subatributos

agilidade, prazo, mudanças, tempo de resposta, valor, custo e desempenho para os

entrevistados das universidades. A relação desses conjuntos de atributos, evidencia as

vantagens percebidas pelos entrevistados na pesquisa de campo que será melhor

dicutida na seção 4.3.2, que trata com maior nível de detalhe a análise das perguntas

abertas. No entanto, quanto aos demais subatributos sinalizados por eles, nota-se um

certo sincronismo entre as percepções dos entrevistados, embora, tais subatributos

tenham tido baixa coocorrências entre eles.

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Na próxima Figura 4, todos subatributos identificados na análise, bem como,

seus relacionamentos serão melhores apresentados graficamente.

Figura 4 Análise de conteúdo - Subatributos de Avaliação do Método Ágil Scrum e Percepção dos

especialistas de TI

Fonte: Elaboração própria (2018).

Pode-se observar na Figura 4, a existência de alguns grupos formados por

apenas um subatributo, o que indica que ele não estabelece nenhuma relação muito

próxima a outro subatributo revisado na literatura. Apesar desse isolamento, esses

subatributos foram mantidos, pois podem influenciar os resultados ou ter algum

significado a ser identificado no estudo. Cabe destacar que essa relação traduz a

proximidade dos subatributos, que pode ser causada, por exemplo, por estar em um

mesmo parágrafo. Embora esse fato possa indicar a relação entre eles, não

necessariamente, traduz as relações estabelecidas entre esses na prática.

4.3.2 Análise das perguntas abertas

Ao iniciar as análises observa-se a formação de um grupo de subatributos, como:

prazo, mudanças, desempenho, tempo de resposta, custo e valor, fortemente

relacionados entre si, que evidenciam os benefícios percebidos pelos especialistas na

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fase de coleta de dados, conforme demonstrado na Figura 4, o que indica uma forte

relação entre a revisão da literatura e o grupo de subatributos identificados na análise.

No primeiro grupo de subatributos avaliados, tem-se: tempo de resposta, prazo,

custo, desempenho e valor. Em relação ao tempo de resposta, uma gestão adequada das

mudanças flexibiliza o desenvolvimento de software, levando a um conjunto de

vantagens, como: aumento da qualidade e da produtividade, melhoria do alinhamento da

Tecnologia da Informação com o negócio (NISHIJIMA; SANTOS, 2013; QUMER;

SELLERS, 2006; JYOTHI; RAO, 2011; DEEMER et al., 2012). O prazo, também é

outro subatributo sinalizado que demonstra satisfação dos clientes, motivação e o

espírito da equipe, como afirmam Mann e Maurer (2005) e Campanelli (2014), que

contribui para a diminuição de custos e atrasos em projetos em relação aos métodos

tradicionais. O custo, que para Constâncio e Souza Neto (2016) torna o projeto viável

financeiramente, foi considerado pelos entrevistados como um dos principais benefícios

em se utilizar os métodos ágeis. Enquanto o desempenho, para Salamzadeh (2014) é o

meio pelo qual as organizações conseguem dimensionar e atingir a agilidade

corporativa. a fim de alcançar o máximo de eficiência e vantagem competitiva aos

negócios. Já o subatributo valor também identificado, nesse grupo, também se

evidencia, pois gera um impacto organizacional, centrado no subatributo desempenho e

custos da organização (SEDERA; GABLE, 2004; STAVRU, 2014). Assim, nestes

subatributos, as opiniões dos entrevistados por meio desta análise, demonstram uma

certa consonância com os benefícios observados na revisão da literatura.

Apesar da maior parte dos entrevistados terem afirmado que a implantação do

método Scrum foi “bem sucedida” nos seus setores de desenvolvimento de software,

parte dos entrevistados sinalizou que o apoio da alta gestão é um elemento fundamental

na aquisição de novas metodologias e tecnologias, bem como uma política de

treinamento e capacitação da equipe de técnica (VALLON et al. 2018). Observou-se

também que, na maioria dos casos, a iniciativa de utilizar o método ágil Scrum partiu de

forma autônoma por parte dos Gestores de TI e, que por esse motivo, em grande parte

das respostas, os entrevistados sinalizaram que o uso do método ainda é bem incipiente

em seus setores, mas eles já percebem que o processo de desenvolvimento de software

tem alcançado maior agilidade, comunicação, aprendizado e conhecimento de toda

equipe (SVENSSON; HÖST, 2005; LOFTUS; RATCLIFFE, 2005; JEONG; PARK;

KIM, 2018). No entanto, para McAvoy e Butler (2007), destaca que o aprendizado da

equipe pode não ser efetivo em metodologias ágeis, possivelmente em função da

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pressão social sobre um indivíduo em estar sempre em conformidade com a ‘visão do

grupo’ (fenômeno conhecido como o Paradoxo de Abilene). Portanto, é necessário

manter um certo nível de conflito no time para que haja maior comunicação,

contestação e, por fim, aprendizado.

4.3.3 Análise das perguntas fechadas

A seguir são analisadas as respostas obtidas por meio do questionário de

perguntas fechadas. Por se tratarem de estudos de caso em ambientes de

desenvolvimento de software particulares e diferentes, cada estudo de caso foi

comparado entre si, com base no confronto de respostas dos gestores de seis TI’s. No

Quadro 11, as respostas desses gestores foram registradas.

No Quadro 11, é possível perceber que as respostas entre os entrevistados das

universidades não foram muito divergentes. De acordo com o critério definido no item

metodologia, nota-se que entre os entrevistados das universidades, houve duas

divergências entre as respostas dos entrevistados. A primeira, visualizada com maior

detalhe na Figura 5, no subatributo Recursos Humanos, subatributo Aprendizado do

Time. E1, E2, E4 e E6 consideraram respectivamente 5, 4, 4, 4, enquanto que os E3 e

E5, o pontuaram 3. Este subatributo trata o grau de conhecimento de cada

desenvolvedor em relação tecnologia utilizada e o nível de maturidade em relação às

práticas adotadas pela metodologia (SIDKY, 2007). Esta divergência pode ser explicada

pelo nível de maturidade de uso do método ágil, pois as entrevistadas E3 e E5 enxergam

com maior importância a colaboração e a comunicação entre a equipe, ao passo que o

E6 sinaliza somente a colaboração. Pode-se justificar essa resposta do último

entrevistado porque o método ágil “responsabilizaria” o sucesso ou fracasso das

entregas à toda equipe e não ao membro (SCHWABER; SUTHERLAND, 2013). Isso

poderia ser explicado, pela fácil adaptabilidade do método às novas ferramentas de

desenvolvimento e gerência de configuração por toda equipe (SCHWABER;

SUTHERLAND, 2013; CRISTAL; WILDT; PRIKLADNICKI, 2008; MANN;

MAURER, 2005; CAMPANELLI, 2014; BOEHM; TURNER, 2004; ANDRAT;

JASWAL, 2015; JEONG; PARK; KIM, 2018; CAMPANELLI, 2014). No entanto,

observa-se que, dentre as entrevistados, apenas E1, E5 e E6, consideram a introdução de

novas tecnologias algo factível de ocorrer no projeto, pois a pontuaram em 4,

observando-se uma diferença pequena em relação à pontuação concedida pelos demais

(E2, E3 e E4), que pontuaram o atributo como 3. Essa pequena diferença pode estar

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relacionada ao potencial de investimento de cada NTI/STI em pesquisa e inovação de

novas tecnologias em todo processo de desenvolvimento de software. Ainda com base

na análise, nota-se a importância dada por E1, E3, E4 e E6 ao pontuarem a

comunicação, como 5. Isso acontece pelo fato deste ser um dos pilares das vantagens

em se utilizar o método Scrum, cujo rito promove a comunicação e o diálogo entre

equipe e cliente, em lugar de uma geração excessiva e desnecessária de documentação.

Além disso, ao analisar a Figura 5, pode-se observar os benefícios alcançados

com a adoção da metodologia ágil, como: redução de esforço, produtividade atrelados

aos projetos; e o favorecimento de introdução de novas tecnologias de desenvolvimento.

Quanto a redução de esforço, os entrevistados E2, E4 e E6 o pontuaram em 4. Portanto,

para eles, o Método ágil Scrum possui alto grau ao influenciar na redução de esforço de

toda equipe (ILIEVA, IVANOV; STEFANOVA, 2004). Isso pode ser explicado, pela

eficiência da ferramenta em gerir mudanças em meio a uma equipe integrada e

cadenciada por planejamento objetivo e realístico com os interesses do cliente (JEONG;

PARK; KIM, 2018).

Figura 5 – Estudo de Caso - Recursos Humanos

Fonte: Elaboração própria (2018).

Na Figura 6, observa-se no atributo Processo, subatributo Redução dos Riscos,

que apenas E1, E3 e E6 consideraram que tal metodologia possui alto grau de influência

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sobre a redução dos riscos, que incidem no projeto de desenvolvimento, pois todos o

pontuaram como 4. Diferentemente deles, E2, E4 e E5 pontuaram como 3. Esta

diferença pode estar relacionada ao tamanho do projeto, a criticidade do projeto, o

dinamismo do ambiente, as pessoas e a cultura, pois, são variáveis cruciais para o

gerenciamento ágil dos riscos inerentes ao projeto (BOEHM; TURNER, 2004;

ANDRAT; JASWAL, 2015).

Figura 6 – Estudo de Caso - Processo

Fonte: Elaboração própria (2018).

Ainda com base na análise, a redução de defeitos foi uma vantagem percebida

pelas entrevistadas, E1, E5 e E6 que a pontuaram como 4. No entanto, diferentemente

deles, houve uma diferença sutil, pois, os entrevistados E2, E3 e E4 pontuaram como 3.

Essa diferença nas respostas, pode estar relacionada ao nível de maturidade do processo

ágil de desenvolvimento de software, uma vez que ao final de cada ciclo do método ágil

Scrum, alguns artefatos são gerados e precisam ser validados pela equipe técnica e pelos

representantes das áreas de negócio antes mesmo de serem disponibilizados no

ambiente de produção (sistema no ar) (DANTAS, 2003, p.37). Por último, embora o E6

tenha sinalizado a redução de custos como uma vantagem percebida pelo método ágil

Scrum, com uma pontuação de 4, os entrevistados E1, E2, E3 e E4 seguiram o

entendimento diferente o pontuando em 3, enquanto que o E5 o pontuou como 2.

Observa-se, que esta discrepância e a pouca relevância analisada pode estar atrelada à

finalidade das universidades que os entrevistados trabalham. Pelo fato de as

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universidades serem órgãos públicos, sua finalidade se concentra na qualidade da

prestação do serviço público, e não no lucro ou ganhos financeiros. Entretanto, sabe-se

com base na revisão da literatura que a redução de custos é uma das principais

vantagens percebidas pelos autores em diversos cenários de aplicação, pela facilidade

do método ágil Scrum em tratar mudanças inesperadas no processo das empresas de

forma mais ágil, com equipes e processos de desenvolvimento mais enxutos (IZZA et

al., 2008; IMACHE et al., 2012; SOMMMERVILLE, 2015; CAMPANELLI, 2014;

MITRE-HERNANDEZ, 2014).

Na Figura 7, observa-se no atributo Recursos Humanos, subatributo Redução de

prazos, que os E2, E3, E4, E5 e E6 consideraram que tal metodologia possui alto grau

de influência sobre a redução dos prazos de projetos de desenvolvimento de software,

pois, todos, o pontuaram como 4. Diferentemente deles, E1 pontuou como 3, observa-

se, porém, que está pontual diferença está atrelado ao nível de maturidade de uso do

método ágil Scrum por parte de cada entrevistado.

Figura 7 – Estudo de Caso - Organização

Fonte: Elaboração própria (2018).

Além disso, para Mann e Maurer (2005) e Campanelli (2014), essa diferença

pode estar relacionada ao dinamismo e à flexibilidade da metodologia em gerenciar

mudanças de negócios que ocorrem com frequência na maior parte das instituições, em

graus diferentes. Assim, a necessidade de mudanças nas organizações em menor tempo

se faz necessária para gerar inovação de forma rápida e contínua, centrada na geração de

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valor para clientes, a fim de obter melhores resultados e desempenho em projetos

(DENNING, 2013; SILVA; LOVATO, 2016).

No subatributo escopo de projeto, E1 e E5 pontuaram como 5 e 4,

respectivamente. Enquanto, para E2, E4 e E5 o consideraram com 3 e o E3 o considerou

como 2. Esse distanciamento entre as respostas pode estar relacionado à maturidade do

processo ágil de desenvolvimento de software, bem como o nível de complexidade do

projeto, que cada um dos entrevistados está desenvolvendo ou tenha desenvolvido. Isso

ocorre em alguns cenários onde os prazos, custos, tamanho do projeto e a localização

das equipes são fatores preponderantes para o sucesso (VALLON et al., 2018; MITRE-

HERNÁNDEZ, 2014).

Quando se analisou o subatributo trabalho remoto observou-se uma disparidade,

em que o E1 o pontuou como 5, enquanto os E2 e E5, como 4, e os demais, como 3.

Isso ocorre pelo fato de a localização da equipe ser um fator de sucesso para o

desenvolvimento do software em determinados cenários, a fim de gerar maior

produtividade e desempenho em suas atividades (JALALI; WHOLIN, 2010; VALLON

et al., 2018).

Os perfis dos entrevistados podem levar a divergências entre algumas respostas,

pois o nível de maturidade com o processo ágil de desenvolvimento de software, assim

como os subatributos pessoais de cada gestor podem influenciar nessa avaliação

(SIDKY, 2007; MITRE-HERNÁNDEZ, 2014; VALLON et al., 2018). Observa-se que

mais da metade dos gestores de TI, possui mais de 10 anos de experiência em

desenvolvimento de software, mas tempo no exercício do cargo diferente, assim como o

tempo que o profissional trabalha na universidade. Assim, apesar de todos possuem a

mesma formação, conforme observado no Quadro 8, as experiências em outras

instituições anteriores as que trabalham atualmente, pode ter tornado o grupo de

respondentes heterogênea.

No Quadro 11 foi adicionada uma coluna que totaliza a pontuação de cada

subatributo. Ao analisar as pontuações, pode-se concluir que os subatributos que o

Método Scrum teve avaliação mais negativa foram Redução de Esforço e Escopo do

projeto, que tiveram respostas mínimas com pontuação 2. No método ágil Scrum o

subatributo Redução de Custos teve a menor pontuação acumulada, 18 pontos. Para

Ilieva, Ivanov e Stefanova (2004) e Freire et al. (2005), a distorção deste subatributo

pode estar relacionada à dificuldade de se implantar métodos ágeis em equipes

heterogêneas, assim como a finalidade das empresas que os entrevistados trabalham.

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Porém, o entrevistado E6 avaliou o Scrum com uma pontuação do subatributo alta (4),

os demais como 3. Para estes casos, esta percepção corrobora com a visão de Mann e

Maurer (2005) e Campanelli (2014), ao enfatizarem a capacidade do método ágil em

gerir mudanças em menor tempo possível e com máximo de confiabilidade e segurança,

a fim de mitigar o risco e promover maior produtividade e redução custos.

Os subatributos Comunicação e Colaboração receberam a maior pontuação

acumulada, 26 pontos, seguido de Produtividade, Aprendizado, Redução de Prazos e

Trabalho Remoto, com 23 pontos cada. Foi confirmado pelas entrevistas que, de

maneira geral, todos os entrevistados puderam identificar os benefícios dos métodos

ágeis também retratados na literatura, como introdução de novas tecnologias, Redução

de defeitos, Redução de riscos, Redução de custos, entre outros benefícios. Pode-se

afirmar que, via de regra, os benefícios dos métodos ágeis extraídos da pesquisa de

campo estão alinhados com a literatura.

Analisou-se, também, os subatributos em que a nota máxima, 5, foi mais

frequente, estes foram: Colaboração (4), Comunicação (3), seguidos por Aprendizado

do time, Escopo do projeto e Trabalho remoto, com apenas uma nota máxima. Assim,

pode-se afirmar que, nesta amostra, o Método Scrum tem apresentado um desempenho

superior na promoção da colaboração e comunicação, o que é perfeitamente

compreensível, na medida em que a colaboração só ocorre por meio de uma

comunicação com baixo índice de falhas. Adicionado a isso, a promoção de um melhor

aprendizado se origina desses dois subatributos citados, assim como as discussões para

se entender o escopo do projeto e os melhores resultados de um trabalho remoto só

podem ser obtidos quando se tem uma TI que alcança um alto índice de Comunicação e

Colaboração.

Ao mesmo tempo que o Quadro 11 demonstra os dados coletados em campo sob

uma perspectiva por subatributo, ao continuar a análise em perspectiva de frequência

por pontuação dada por cada entrevistado (universidade) no Quadro 12, observa-se

novos resultados, não mais avaliando o Scrum por subatributos, mas por

setores/universidades, por meio dos entrevistados.

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Quadro 12 - Dados dos estudos de casos em perspectiva de frequência por pontuação dada por cada

entrevistado

Atributos SubAtributos Pontuações

1 2 3 4 5

Recursos

Humanos

Comunicação 0 0 1 2 3

Colaboração 0 0 2 0 4

Produtividade 0 0 1 5 0

Redução de esforço 0 1 2 3 0

Aprendizado do time 0 0 2 3 1

Introdução de novas tecnologias 0 0 3 3 0

Processo Redução de defeitos 0 0 3 3 0

Redução dos riscos 0 0 3 3 0

Redução de custos 0 1 4 1 0

Organização Redução de prazos 0 0 1 5 0

Escopo do projeto 0 1 3 1 1

Trabalho Remoto 0 0 2 3 1

Totalidade 0 3 27 32 10

Total geral 72

Participação ( %) 0% 4,16% 37,5% 44,44% 13,88%

Fonte: Elaboração própria (2018).

Ao considerar a proposta dos atributos de avaliação Método Àgil Scrum descrita

no subitem 2.4, se torna crível afirmar que, aproximadamente, 96% das respostas

tiveram pontuação positiva, de 3, 4 e 5. Assim, ao analisar o método ágil Scrum pela

escala apresentada, é razoável assumir e levar ao entendimento que o Método Ágil

Scrum teve uma avaliação bastante positiva na amostra de universidades estudadas.

Observou-se que no Atributo: Recursos Humanos, os subatributos

Comunicação, Colaboração, Produtividade e Aprendizado do Time foram os

subatributos em que o Scrum obteve melhores avaliações nas áreas de TI das

universidades, pois, conforme observado na literatura, a flexibilidade e a iteratividade

do método ágil Scrum potencializou tais vantagens na relação entre equipe e cliente. No

entanto, nos subatributos Redução de Esforço e Introdução de Novas Tecnologias, o

Scrum teve uma baixa pontuação por parte das áreas de TI das universidades. Isso, pode

ser explicado pelo nível de maturidade de uso do método ágil Scrum de cada área de TI,

bem como, a natureza e finalidade de cada organização estudada.

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No Atributo Processo, nos subatributos Redução de defeitos e Redução de

Riscos, o Scrum obteve a melhor avaliação nas áres de TI das universidades. Isso ocorre

pelo dinamismo do método ágil Scrum na gestão de mudanças e mitigação do risco no

processo de desenvolvimento de software por meio de suas reuniões diárias. O

subatributo Redução de Custo, muito embora, na literatura tal subatributo seja bem

discutido como uma das vantagens no uso da metodologia ágil Scrum, houve

pontuações baixas nas áreas de TI das universidades. Com base nos estudos, essa

discrepância pode estar atrelada a finalidade da organização estudada, cujo o objtevio

rmacro é a qualidade da prestação do serviço público e não o lucro financeiro.

Por último, no Atributo Organização, os subatributos Redução Prazos e

Trabalho Remoto, o Scrum obteve uma avaliação positiva pelas áreas de TI das

universidades. Ela pode ser explicada pelo objetivo central da metodologia ágil Scrum,

que está na valorização da comunicação e na colaboração, em lugar do excesso de

documentação dos métodos tradicionais. Porém, ao analisar o subatributo Escopo do

projeto, além de se observar uma baixa relevância por parte das áreas de TI, notou-se

também, uma variedade nas percepções de cada entrevistado. Este fato pode ser

explicado pelo nível de maturidade de uso do Scrum, bem como, a complexidade de

cada projeto que cada entrevistado desenvolveu ou tenha desenvolvido.

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5 CONCLUSÃO

Nos seis estudos de caso foi possível verificar que as vantagens e benefícios do

método ágil Scrum já anteriormente levantados na literatura científica por meio dos

atributos e subatributos chave para sua avaliação, foram encontrados nos estudos de

caso. O Scrum é reconhecidamente uma metodologia ágil de desenvolvimento de

software, sob diversas perspectivas, pois garante uma melhor eficiência da organização

no processo de desenvolvimento de software, o que resulta em respostas mais rápidas e

ágeis às demandas por soluções de softwares nos setores de TIs das universidades

estudadas. Nesse sentido, o método contribui de maneira decisiva na prestação do

serviço público com qualidade e eficiência, assim como no processo decisório da

organização, que pouco avançava com os entraves dos métodos tradicionais.

Atualmente, os clientes das áreas de negócio das universidades fazem parte de

todas as etapas de desenvolvimento do software, como por exemplo: planejamento,

execução, validação e implantação, para ajudar a mitigar a maior parte dos riscos

incidentes ao projeto, favorecendo para o sucesso do projeto e contribuindo para a

comunicação, colaboração, motivação, produtividade, redução de prazos e esforços de

toda equipe.

Em relação às desvantagens, alguns autores sinalizaram a importância de se ter

equipes capacitadas e clientes com sólidos conhecimento da regra de negócio antes

adotarem o uso das metodologias ágeis, no entanto, esses entendimentos foram

minimamente identificados na prática. Apenas uma das universidades demonstrou certa

dificuldade com o cliente sobre a maturidade da regra de negócio. Nesse caso, segundo

o entrevistado, essas particularidades foram tratadas como riscos no início do projeto e

monitoradas no decorrer dele e, por este motivo, não foram consideradas impedimentos

para a adoção do método.

A outra desvantagem percebida, foi a dificuldade em se ter e manter uma equipe

capacitada com todos os processos que o método preconiza para desenvolvimento do

software. Devido à limitação orçamentária dos órgãos públicos, há uma dificuldade em

se promover cursos e palestras particulares. Assim, alguns entrevistados resolveram o

entrave ao aprendizado e treinamento por meio de ciclos de cursos internos, onde um

membro da equipe mais experiente se encarrega de manter os demais treinados quanto

aos processos. A percepção foi de muitos benefícios, pois, além de difundir o

conhecimento entre a equipe de forma constante, há uma redução do impacto de uma

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possível rotatividade da equipe. O outro ponto negativo foi a dificuldade em se reunir

com os clientes para a realização do planejamento e validação dos resultados gerados

pela equipe. Nesse caso, foi necessária uma reunião geral com todos os envolvidos do

projeto para conscientizar da importância em seguir todas etapas do processo de

desenvolvimento que dita o método ágil Scrum e evidenciar as vantagens e benefícios

que a metodologia oferece à organização.

Um ponto crucial foi a credibilidade conquistada pelo sucesso dos projetos

desenvolvidos ao se utilizar o método ágil Scrum pelos setores de TIs das universidades

da amostra. Isso ocorreu, em grande parte, pela velocidade nas entregas e no dinamismo

conquistado pela metodologia. No entanto, observou-se, também, um aumento das

demandas por soluções de software de diversas áreas de negócio das universidades a

esses setores de TI. Ainda assim, foi positivo esse aumento de demanda, pois ensinou os

setores a priorizar e se organizar de acordo com a criticidade e com a urgência da

demanda. Esse aumento de demanda poderia ser um ponto negativo, mas não se

observou isso na pesquisa de campo, pois, nesse novo cenário, o desenvolvimento dos

softwares passou a ser centralizado nos STIs/NTIs das universidades, tornando-os

setores estratégicos no contexto organizacional.

A adoção do método ágil Scrum foi reforçada nos estudos de caso, devido aos

benefícios gerados pelo método, como o aumento de valor dos setores de TIs, mas é

necessário um alinhamento da metodologia com o planejamento estratégico da

organização. Com base nos estudos de caso, apesar de a implantação do Scrum ter sido

pouco estruturada, o Scrum teve sucesso nos casos investigados. Isto pode ter ocorrido

pelo baixo nível de complexidade da implantação da metodologia, visto que seu maior

trabalho durante a implantação foi atender as demandas por soluções de software de

baixa complexidade de diversas áreas de negócio das universidades. O outro dado

importante para determinar o sucesso da Scrum é o apoio da diretoria/reitoria. Como

consequência do alinhamento estratégico das TIs com a organização, o apoio da alta

administração é determinante para o sucesso do Scrum. A figura de um Gestor de TI na

organização que faça a comunicação entre a parte técnica do gerenciamento do projeto e

os demais departamentos da organização é essencial. O Gestor de TI foi o colaborador

que entendeu o que o Scrum pode fazer pela organização e foi capaz, desta forma, de

avaliar se a metodologia está de acordo com a expectativa da alta diretoria. Além de

auxiliar na tomada de decisão quanto à implantação do método, o Gestor de TI também

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acompanha o uso, garantindo que os objetivos idealizados antes da implantação sejam

atingidos.

De acordo com os estudos de caso, a implantação realizada em cada uma das

seis universidades teve sucesso. Apesar de algumas desvantagens, como dificuldade

maturidade técnica e grande rotatividade da equipe, observou-se que aproximadamente

96% das respostas foram positivas no que diz respeito à avaliação da metodologia ágil

Scrum nas universidades investigadas por meio dos atributos e subatributos previamente

identificados na revisão da literatura. Nesse sentido, com os resultados considerados

satisfatórios nesta pesquisa, espera-se encorajar novas experiências com métodos ágeis

dentro de outras organizações.

Na perspectiva gerencial, esta dissertação contribui fornecendo atributos e

subatributos chave para um modelo de avaliação do Scrum, após sua implantação. É

também possível por meio dela, para a academia, contribuir primeiramente com sua

bibliometria e revisão da literatura que reúnem os artigos científicos sobre métodos

ágeis, método Scrum, avaliação de TI/SI, avaliação dos métodos ágeis e avaliação do

método ágil Scrum de journals mais citados. Por meio deles, outros autores podem se

fundamentar e encontrar um apoio para suas pesquisas.

Para estudos futuros, sugere-se que seja realizado um survey envolvendo

especialistas de TI, em sua preferência gestores, que fizeram parte do processo de

implantação de métodos ágeis em uma amostra maior de universidades do Brasil,

utilizando o questionário somente com as perguntas fechadas. Este estudo visa estudar

em um campo maior as universidades que principalmente já tenham alguma maturidade

com a metodologia ágil Scrum. O objetivo deste estudo é confirmar sugestões

formuladas nesta conclusão.

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96

APÊNDICE A

Quadro 2 – Artigos por item e subitem

Item/Subitem Palavras -

chave

Periódicos

2. Revisão da

Literatura

2.2 – Métodos Ágeis

Agile Method ABRAHAMSSON, Pekka.; SALO, Outi.;

RONKAINEN,Jussi; WARSTA, Juhani. Agile

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Informação

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Subatributos para

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Fonte: Elaboração própria (2018).

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108

APÊNDICE B

Questionário sobre Avaliação do Método Ágil Scrum em uma amostra de seis

Universidades Públicas da região Sudeste do Brasil.

O questionário a seguir é parte da pesquisa de mestrado do Mestrado em

Sistemas e Gestão (MSG/UFF), que propõe um conjunto de atributos para avaliação de

métodos ágeis de desenvolvimento de software em universidades públicas da Região

Sudeste do Brasil, e tem como objetivo coletar dados para o embasamento da etapa

empírica da pesquisa em complemento a revisão da literatura já́ consolidada

anteriormente no presente estudo.

Este instrumento de pesquisa é composto por 6 questões obrigatórias iniciais

sobre o perfil do respondente, 11 abertas não obrigatórias sobre a percepção dos

especialistas e 13 questões obrigatórias fechadas equivalentes aos atributos identificados

para avaliação da TI/SI e dos métodos ágeis, totalizando 30 questões. O tempo para

responde-lo é de, aproximadamente, 13 minutos.

Informações básicas solicitadas ao entrevistado:

1) Formação;

2) Cargo;

3) Tempo na empresa atual;

4) Tempo no cargo;

5) Relação do entrevistado com a organização;

6) Tempo de experiência em desenvolvimento de software.

Perguntas abertas

1. Houve um projeto de implantação/reestruturação da TI no órgão? Havia etapas a

serem seguidas e avaliadas ao final?

2. Em sua STI/NTI utiliza-se Métodos Ágeis Scrum no processo de desenvolvimento

de software?

3. Quais são as vantagens percebidas que o método ágil Scrum proporciona nos

processos da organização (Subitem 2.3.4 - Atributos e Subatributos para Avaliação

do Método Ágil Scrum (Salamzadeh (2014); Qumer e Sellers (2006); Conboy e

Fitzgerald (2004); Constâncio e Souza Neto (2016); Silva e Lovato (2016)))?

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a. ( ) Desempenho;

b. ( ) Custos;

c. ( ) Valor agregado;

d. ( ) Tempo de respostas a mudanças de negócios;

e. ( ) Prazo;

f. ( ) Risco;

4) Com base nos processos já existentes em seu setor:

a. Das vantagens acima (Item 2), quais delas auxiliam na tomada de decisão?

b. E quais auxiliam na melhoria dos processos internos?

5) Com o uso do Scrum os softwares estão sendo desenvolvidos em tempo hábil para a

tomada de decisão ? (menor espaço de tempo à medida que a demanda surge para

atender o negócio)

6) Já houve algum período de crise (grande quantidade de projetos de TI que falharam)

onde o método ágil Scrum foi decisivo para o sucesso da organização?

7) O órgão utiliza algum tipo de plataforma colaborativa de desenvolvimento de

software com empresas parceiras ou fornecedores?

8) Como surgiu a necessidade de se utilizar a metodologia ágil Scrum? Existiram

pressões para que o Scrum fosse implantado no órgão?

9) Com o uso do método ágil Scrum, houve dificuldade no processo de

desenvolvimento de software?

10) Com o uso do Scrum as entregas dos produtos (software) ou serviços (operacional)

aos clientes melhoraram?

11) Como você avalia o comprometimento da diretoria com a implantação do Scrum?

Perguntas fechadas

Nestas perguntas você precisará pontuar de acordo com sua avaliação do método ágil

Scrum, como era o cenário do setor antes do método, como está, e, quais seriam as

projeções futuras com a utilização do mesmo, avaliando-o por meio do atributo

questionado. A escala utilizada é a Likert, com respostas de acordo com cada pergunta.

Atributo Recursos Humanos

1) Como você avalia o Scrum, quanto à comunicação entre clientes e desenvolvedores

na sua empresa?

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

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110

2) Como você avalia o Scrum, quanto à colaboração entre desenvolvedores da sua

empresa?

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

3) Como você avalia o Scrum, quanto ao aumento de produtividade dos

desenvolvedores da sua empresa?

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

4) Como você avalia o Scrum, quanto à redução do esforço na sua equipe de

desenvolvimento, devido ao seu uso?

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

5) Como você avalia o Scrum, quanto ao nível de aprendizado da equipe de

desenvolvimento? (Nível de aprendizado: aprendizado técnico e pessoal);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

6) Como você avalia o Scrum quanto à introdução de novas tecnologias no projeto que

desenvolveu na sua empresa? (Introdução de novas tecnologias: quantidade de novas

tecnologias inseridas no projeto desenvolvido);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

Atributo Processo

1) Como você avalia o Scrum quanto à redução de defeitos ou erros no software

desenvolvido? (Redução de defeitos: Nível de redução de defeitos e erros corrigidos

pela equipe de desenvolvimento);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

2) Como você avalia o Scrum quanto aos riscos que incidem/incidiram no projeto

software? (Risco: Quantidade de riscos evidenciados pela equipe de desenvolvimento

que impactaram o projeto software);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

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111

3) Como você avalia o Scrum quanto à redução de custo do projeto que você participa?

(Custo: Em relação a economia financeira que o método traz nos projetos que você

participou ou participa);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

Atributo Organização

1) Como você avalia o Scrum quanto à redução do prazo do projeto? (Redução do

prazo: Em relação a redução do tempo necessário para elaboração, implementação,

implantação e entrega do projeto);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

2) Como você avalia o Scrum quanto ao tamanho do projeto? (Tamanho do projeto: Em

relação a quantidade de linhas de códigos implementadas);

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

3) Como você avalia o Scrum quanto à facilidade do trabalho remoto?

( ) 1 = muito baixa; ( ) 2 = baixa; ( ) 3 = regular; ( ) 4 = alta; ( ) 5 = muito alta

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112

ANEXO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Niterói, 27 de setembro de 2018.

CARGO/NOME:

EMPRESA:

Prezado (a) ,

Sirvo-me desta para apresentar o aluno Elton Rodrigues de Oliveira do Curso de

Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense (UFF) que está sob

minha orientação.

Estamos desenvolvendo uma dissertação sobre proposição de atributos para

avaliação de métodos ágeis em universidades públicas brasileiras e estamos na fase de

pesquisa de campo. Nesta etapa precisamos realizar entrevistas com pessoas que atuam nas

áreas de desenvolvimento de software das TIs das universidades públicas do Brasil. Esclareço

que será mantida confidencialidade das informações sobre a empresa.

O objetivo da dissertação é propor um conjunto de atributos para avaliação do método

ágil Scrum, em um projeto de desenvolvimento de software de uma amostra de universidades

públicas no Brasil. Após a defesa, o aluno será capaz de identificar os atributos de avaliação de

tecnologias de informação e dos métodos ágeis/Scrum de desenvolvimento de software;

Analisar a amostra de artigos levantados nas bases de busca; Analisar os resultados da

metodologia em uma área de TI de seis universidades, por meio do conjunto de atributos a ser

proposto. Cabe esclarecer que, depois da dissertação ser corrigida, será enviado um exemplar

por meio eletrônico, para todos aqueles que colaboraram com o trabalho.

Tendo em vista que a colaboração da empresa contribuirá para a conclusão desse

trabalho, agradeço desde já a atenção e coloco-me à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Cordialmente,

Profa. Dra. Priscilla Cristina Cabral Ribeiro

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TEP/UFF