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    ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL ESAB

    CURSO DE PS-GRADUAO LATO SENSU EM LOGSTICA

    EMPRESARIAL

    ELIANE DE JESUS ROCHA

    GESTO DE ESTOQUE

    VILA VELHA - ES2010

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    ELIANE DE JESUS ROCHA

    GESTO DE ESTOQUE

    Monografia apresentada ao curso de

    Ps-Graduao em LogsticaEmpresarial da Escola SuperiorAberta do Brasil como requisito paraobteno do ttulo de Especialista emLogstica Empresarial, sob orientaodo Prof. Ms. Alosio Silva.

    VILA VELHA - ES2010

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    ELIANE DE JESUS ROCHA

    GESTO DE ESTOQUE

    Monografia aprovada em....de.....de 2010.

    Banca Examinadora

    _____________________________________Alosio Silva

    _____________________________________Beatriz Christo Gobbi

    _____________________________________Luciana Genelh Zonta

    VILA VELHA - ES

    2010

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    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho aos meus pais Antonio Carlos e Edma Maria, minha filha

    Aline, meus irmos Edicarla e Edcarlos, meu sobrinho Filipe e todos meus

    familiares pelo apoio e por acreditarem em meu potencial.

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus, por iluminar meu caminho e nos momentos difceis ter me consolado

    incentivando a no desistir.

    A meus pais: Edma Maria e Antonio Carlos, por me encorajar na realizao

    deste objetivo.

    A minha filha Aline, por compreender a minha ausncia nos momentos de

    estudos.

    A meus irmos Edicarla e Edcarlos e demais familiares, pelo incentivo e

    acreditarem na minha vitria.

    A minha amiga de trabalho Patrcia Reis, pela a amizade, incentivo e carinho.

    Ao Prof. Ms. Alosio Carlos da Silva, pelas orientaes e disponibilidade nos

    momentos necessrios.

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    RESUMO

    Palavras-Chave: Estoques, Gesto de Estoques, Reduo de custos.

    A pesquisa aborda a Gesto de Estoques que atualmente um assunto de sumaimportncia para as empresas que buscam melhores alternativas, paracontinuarem se destacando no mercado globalizado e competitivo. Tentandomostrar as empresas como reduzir custos atravs da Gesto de Estoques. Comfoco nesse objetivo, primeiro devem-se conhecer os conceitos e funes daAdministrao de Materiais, pois, ela base para enfoque da Gesto deEstoques. Tambm se busca o entrosamento com conceitos, objetivos,caractersticas mais importantes relacionados aos Estoques. Visto que o mesmo o agente causador do aumento dos custos de uma empresa. Partindo da,tratamos da Gesto de Estoques como uma ferramenta que planeja, controla eretroalimenta os fluxos de materiais dentro de uma empresa. importante quemtodos e tcnicas de controle de estoque sejam aplicados de acordo com anecessidade e estrutura da empresa. E com as ferramentas adequadas emmos, os gestores de estoques conhecendo todo seu processo, suas polticas,avaliando bem os seus custos e casando tudo isso ao um bom sistema deinformao, poder fazer um bom planejamento, assim, atingindo o objetivomaior das empresas que a reduo de custos.

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Ficha de estoque com clculo custo mdio..................................44

    Quadro 2 - Ficha de estoque pelo mtodo PEPS...........................................44

    Quadro 2 - Ficha de estoque pelo mtodo UEPS...........................................45

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    LISTA DE SIGLAS

    TR Tempo de reposio

    Emin Estoque Mnimos

    ES Estoque de Segurana

    Pe Prazo de entrega

    C Consumo dirio

    Emx Estoque Mximo

    LEC Lote Econmico de Segurana

    Ape Atraso no prazo de entrega

    Ac Aumento do consumo dirio

    FE Ficha de Estoque

    D Demanda anual

    A Custo de aquisio

    E Custo de manuteno

    C Custo

    PR Ponto de ressuprimento

    PEPS Primeiro que entra primeiro que sai.

    UEPS ltimo que entra primeiro que sai

    PP Ponto de pedido

    IR Intervalo de tempo

    JIT Just in Time

    MRP Planejamento das necessidades de materiaisCR Custo de reposio

    PU Preo unitrio

    ACR acrscimo do custo de reposio

    CA custo de armazenagem

    CE Custo de estoque

    CP Custo de pedidos

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    SUMRIO

    INTRODUO ............................................................................................ 11

    CAPTULO 1 - LOGSTICA E SUA EVOLUO.......................................... 14

    1.1 HISTRIA DA LOGSTICA .............................................................. 14

    1.2 CONCEITO ........................................................ ............................. 15

    1.3 O PAPEL DA LOGSTICA NA EMPRESA ....................................... 15

    CAPTULO 2 ADMINISTRAO DE ESTOQUES .................................. 17

    2.1 CONCEITO....................................................................................... 17

    2.2 FUNO COMPRA ............................................. ............................ 17

    CAPTULO 3 RAZES PARA MANTER ESTOQUES .............................. 19

    3.1 ESTOQUES ............................................. ........................................ 19

    3.2 FUNO DO CONTROLE DE ESTOQUE ........................................ 20

    3.3 POLTICAS DE ESTOQUE ............................................................... 21

    3.4 CARACTERSTICAS BSICAS DO CONTROLE DE ESTOQUES .... 21

    3.5 TIPOS DE ESTOQUES ..................................................................... 233.6 NVEIS DE ESTOQUES .................................................................... 25

    3.6.1 Estoque Mnimo ..................................................................... 25

    3.6.2 Estoque Mximo .................................................................... 26

    3.6.3 Estoque de segurana ................................................. ......... 27

    CAPTULO 4 GESTO DE ESTOQUES .................................................. 29

    4.1 PREVISES PARA ESTOQUES ....................................................... 29

    4.2 OBJETIVOS DA GESTO DE ESTOQUES ............................. .......... 304.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES ............................ 31

    CAPTULO 5 MTODOS OU SISTEMAS DE GESTO DE ESTOQUES.. 33

    5.1 CURVA ABC .............................. ................................... .................... 33

    5.2 LOTE ECONMICO DE COMPRA ...................... .............................. 34

    5.3 SISTEMA DE DUAS GAVETAS ......................................................... 35

    5.4 SISTEMA DOS MXIMOS E MINMOS ........................................ ..... 36

    5.5 SISTEMA DE REPOSIES PERIDICAS ....................................... 385.6 SISTEMAS KANBAN/ JUST IN TIME ................................................. 39

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    5.7 SISTEMA MRP.......................................................... ......................... 41

    CAPTULO 6 AVALIAO E CUSTOS DE ESTOQUES ......................... 43

    6.1 AVALIAES DE ESTOQUES ......................................................... 43

    6.2 CUSTOS DE ESTOQUES ................................. ................................ 46

    CONCLUSO ............................................................................................. 48

    REFERNCIAS .......................................................................................... 51

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    INTRODUO

    A Gesto de Estoques um tema que atualmente est ganhando mais espao,

    dentro das empresas. Devido a necessidades que as empresas tm de gerenciar

    seus estoques de forma eficiente e com isso reduzir seus custos, mas sempre

    com foco na satisfao do cliente, pois, isso vem a ser um diferencial para as

    mesmas continuarem ganhando espao cada vez no mercado atual que

    bastante competitivo, globalizado e concorrido.

    A Gesto de Estoques de acordo com seu conceito trata-se de uma ferramenta

    que promove importantes ganhos com eficincia na reduo de custos, falhas,

    planeja e controla o fluxo de matrias dentro das empresas. Mas apesar de sua

    complexidade, a Gesto de Estoque visa encontrar melhorias na questo dos

    custos e disponibilidade dos produtos, aspectos estes que tem impacto direto na

    rentabilidade das empresas.

    Essa pesquisa tem como problemtica abordada: como as empresas podem

    reduzir seus custos atravs da Gesto de Estoques. Tendo como objetivo

    principal os modelos de Gesto de Estoques mais adequados para as empresas

    que buscam reduo de custos. Apresentando as razes para manter estoques,

    os principais objetivos da Gesto de Estoques e os principais modelos de

    estoques como caminhos para alcanar o objetivo principal e conseqentemente

    soluo do problema apresentado anteriormente.

    Essa pesquisa justifica-se por ser a Gesto de estoque uma ferramenta que

    busca resolver a questo dos custos e disponibilidade dos produtos com foco na

    satisfao do cliente. Com isso a mesma busca apresentar alternativas viveis e

    mtodos eficientes de Gesto de Estoques, dando nfase a minimizar os

    estoques, visando uma maior reduo no custo para as empresas.

    Para o meio acadmico, se torna importante, pois, tratar-se de mais uma fontede conhecimento para os estudiosos do tema. Essa pesquisa trs como

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    benefcio para a sociedade, empresas mais competitivas e globalizadas, que

    buscam sanar suas dificuldades e/ ou deficincias de maneira eficiente, sem

    onerar custos para as mesmas nem to pouco para os clientes.

    Esse estudo trat-se de uma pesquisa bibliogrfica e descritiva. Pautada em

    referncias de autores tais como: Idalberto Chiavenato, Hong Yuh Ching, Martin

    Christopher, Ronald Ballou dentre outros. Realizando leituras nas literaturas,

    comparando, analisando e sistematizando os contedos, que serviram de

    alicerce, para a busca da soluo do problema da reduo de custos atravs da

    Gesto de estoques, com pleno o xito.

    O primeiro captulo trata de uma reflexo a cerca da Logstica e sua evoluo,

    visando o conhecimento da histria, seu conceito e seu papel dentro das

    empresas. O segundo captulo trata de uma abordagem bsica sobre

    Administrao de Estoques, assunto necessrio para o tema abordado,

    apresentado seu conceito e sua principal funo.

    O terceiro captulo trata de uma abordagem mais especfica com relao aoassunto Gesto de Estoques, as razes para manter estoques, apresentando o

    conceito de estoques, suas funes, polticas, caractersticas, tipos e nveis.

    Servindo com embasamento para os prximos captulos.

    O quarto captulo trata de uma reflexo a cerca da Gesto de Estoque,

    abordando as previses de estoques, seus objetivos e o planejamento e controle

    dos mesmos. O quinto captulo trata de uma abordagem relevante, sobre astcnicas e sistemas de Gesto de Estoques, apresentado seus mtodos e a

    eficincia de cada um para as empresas.

    O sexto captulo o ltimo, tratando da avaliao dos estoques e seus custos,

    mostrando os mtodos de avaliao e sua eficincia, os tipos de custos e

    importncia de serem observados dentro das empresas. O estudo a seguir de

    fundamental importncia para todos que atuam na rea de Logstica e que

    necessitam de maiores conhecimentos sobre o tema Gesto de Estoque com

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    foco na reduo de custos, com viso em melhorias na lucratividade das

    empresas.

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    CAPTULO 1 LOGSTICA E SUA EVOLUO

    1.1- HISTRIA DA LOGSTICA

    A palavra logstica de origem francesa. O conceito existe desde a dcada de

    40, quando foi utilizada pela primeira vez, pelas Foras Armadas norte-

    americana, durante a segunda Guerra Mundial para o processo de fornecimento

    e aquisio de materiais.

    No perodo que antecede a dcada de 50, as empresas dividiam as atividades

    chaves da logstica entre diversas reas. Neste contexto o transporte ficava sob

    o comando de gerencia de produo, os estoques sob o comando de marketing

    e com isso eram causados diversos conflitos de objetivos e responsabilidades.

    Em meados de 1945, algumas empresas definiram que o transporte e

    armazenagem de produtos acabados, ficariam sob as responsabilidades de um

    departamento especifico. Mas foi especificamente entre a dcada de 50 e 70,

    que houve a exploso da teoria e prtica da logstica nas empresas.

    Com o desenvolvimento da rea de marketing, as empresas mudaram seu foco

    de produo para o consumidor. Aps 1950 ocorreram vrias mudanas como:

    gosto do consumidor e maiores variedades de mercadorias. Ainda neste perodoas empresas percebem que no h vantagem em manter estoque, visto que o

    custo bastante alto, ento resolve transferir a responsabilidade para o seu

    fornecedor, fazendo com que haja entregas freqentes.

    Na dcada de 70, a logstica j se propagou e vrias empresas passaram a

    adot-las, porm algumas ainda preocupando-se com os lucros e esquecendo os

    custos. Em virtude das diversas crises ocorridas no perodo, as empresaspassaram a se preocupar com a gesto de suprimentos. A partir de 1980, surge

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    logstica integrada, que evoluiu bastante nos 15 anos seguinte, devido

    revoluo da tecnologia da informao. Aps 1990, a logstica entendidacomo

    juno da administrao de materiais e distribuio f sica.

    O grande crescimento da logstica no Brasil se deu devido a diversos fatores

    como: custos elevados, mudanas no mercado e aparecimento de sistema como

    Just in time e kanban. Hoje, a procura pelos conceitos logsticos est cada vez

    maior, pois, o mercado est cada vez mais globalizado e os clientes mais

    exigentes.

    1.2 CONCEITO

    Por sua definio, entende-se por logstica como parte da administrao que

    planeja, controla, organiza, movimenta, armazena materiais dentro de uma

    empresa. Carvalho (2002, p. 31) define logstica como sendo:

    Logstica a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento queplaneja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente eeconmico de matrias-primas, materiais semi-acabados e produtosacabados, bem como as informaes a eles relativas, desde o ponto deorigem at o ponto de consumo, com o propsito de atender sexigncias dos clientes.

    Com isso, pode-se afirmar que logstica uma cadeia integrada de suprimentos,

    que planeja e controla todo processo, com objetivo satisfazer o cliente final da

    melhor maneira possvel.

    1.3 - O PAPEL DA LOGSTICA NA EMPRESA

    Tanto no ambiente interno como no externo de uma empresa, desde a chegada

    at a entrega de produto final de responsabilidade da logstica toda

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    movimentao de materiais. Conforme afirma Ching (2006), as atividades

    logsticas podem ser divididas em: Atividade Primria: So bsicas para o

    cumprimento da funo logstica, como: transporte, gesto de estoques e

    processamento de pedidos. Atividade Secundria: So aquelas que servem de

    suporte para as atividades primarias, como: armazenagem, manuseio de

    materiais, embalagem, programao de produtos e manuteno de informao.

    importante ressaltar que, a logstica um assunto vital para a empresa, pois,

    ela estuda meios para que administrao possa obter a eficcia e ou eficincia

    em seus servios levando sempre em considerao o planejamento, controle e

    organizao.

    Com isso, conclui-se que o papel de logstica dentro da empresa tentar

    diminuir o tempo entre produo e a demanda, para que os consumidores

    possam ter um retorno mais rpido e eficaz, com relao aos bens ou servios

    adquiridos.

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    CAPTULO 2 - ADMINISTRAO DE MATERIAIS

    2.1 CONCEITO

    Conforme Chiavenato (2005, p. 38) A administrao dos materiais envolve a

    totalidade dos fluxos de materiais, transporte interno armazenamento no

    deposito de produtos acabados. Nota-se que a administrao de materiais, trata

    do fluxo de produtos para a empresa, gerenciando as atividades de estoques e

    movimentao, no que diz respeito ao suprimento da empresa. Tambm

    responsvel pela atividade de compra e abastecimento da empresa.

    Essas atividades so importantes para administrao de materiais, pois afetam a

    economia e eficcia do movimento de materiais dentro de empresa. A

    administrao de materiais, tambm cuida dos estoques, que servem para

    garantir as operaes cotidianas das operaes, cobrirem as oscilaes de

    demanda, quer seja de produo ou de oferta. Tendo como funo

    principalmente regular o fluxo de negcios.

    Toda a necessidade de suprimento de materiais dever ser atendida conforme

    solicitao da operao ou cliente. Mas o objetivo principal da administrao de

    materiais que o material chegue ao local certo, na hora certa e quantidade

    correta.

    2.2 FUNO COMPRA

    Quando falamos sobre administrao de compras no podemos deixar de citar afuno compra, que tem grande importncia para a empresa no processo de

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    controle ou gesto de estoques. Antigamente a funo compra era vista como

    fator de despesas para empresa, mas aps a primeira Guerra Mundial, com o

    seu desenvolvimento, esse departamento passa a ter um papel lgico e

    estratgico para empresa, sendo assim comea a ser visto como fonte de lucro.

    A partir da deixou de ser burocrtico. A funo compra busca suprir as

    necessidades, analisar recebimento e procurando armazenar em timas

    condies.

    Na empresa todo departamento tem seu objetivo, funo compra apresenta os

    seus: Manter e organizar a entrada e sada continua de materiais com custo

    mnimo. Adquirir materiais com qualidade e quantidade estabelecida pela gesto;Negociar de forma justa, adquirindo a melhor condio de pagamento e preo

    para a empresa.

    Resumindo para organizar esse departamento, importante que se entenda

    passo a passo os segmentos dessa funo. Sendo assim podemos perceber que

    atualmente a funo compra est mais voltada para o planejamento do processo

    de aquisio de materiais, fornecedores mais confiveis e tendo como finalidadea aquisio de produtos da melhor qualidade com menor custo possvel.

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    CAPTULO 3 RAZES PARA MANTER ESTOQUES

    3.1 ESTOQUES

    Por falta de conhecimento da demanda futura dos consumidores e

    indisponibilidade dos suprimentos a qualquer momento, faz-se necessrio os

    estoques nas empresas. Eles garantem a disponibilidade das mercadorias no

    momento que elas so solicitadas pelos clientes e minimizam os custos de

    produo e/ ou distribuio. Conforme Chiavenato (2005, p. 67), [...] Estoque

    a composio de materiais, materiais em processamento, materiais semi-

    acabados, materiais acabados, que no utilizada em determinado momento na

    empresa, mais que precisa existir em funo de futuras necessidades.

    Isso significa afirmar que tanto para um processo produtivo ou para prestao de

    servio, sempre existir um estoque, quer seja ele grande, mdio, pequeno ou s

    por garantia. Haja vista que o foco principal de qualquer empresa o cliente,

    assim sendo no pode deixar de atend-lo devido falta do produto.

    Com isso podemos perceber, que os estoques servem para diversas finalidades,

    citadas a seguir: melhoram o nvel de servio; incentivam economias na

    produo; permitem economias de escala nas compras e transportes; agem

    como proteo contra aumentos de preos; protegem a empresa de incertezasna demanda e no tempo de ressuprimento; servem como segurana contra

    contingncias. Vale lembrar que os estoques tem um significado importante para

    muitas empresas, no que diz respeito aos valores dos itens mantidos em estoque

    e a sua ligao direta com processo produtivo das empresas.

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    3.2 FUNO DO CONTROLE DE ESTOQUE

    Dentro de uma empresa a funo do estoque deve estar bem clara e definida.

    Os estoques de produtos acabados, matria-prima e material em processo no

    podem ser tratados independentes. Visto que o objetivo bsico dos estoques

    separar o suprimento da demanda, servindo de intermdio entre a oferta e

    demanda.

    A funo do controle de estoque minimizar o capital investido em relao s

    vendas no realizadas, ajudando no ajuste do planejamento da produo. O

    controle de estoque tambm planeja, controla e replaneja o material armazenado

    na empresa, tambm importante no controle de desvios, desperdcios,

    apurao de valores e apurao do demasiado investimento.

    Com base no que diz Chiavenato (2005), as principais funes dos estoques

    so: Garantir o abastecimento de materiais empresa, neutralizando os efeitos

    de: demora ou atraso no fornecimento de materiais; sazonalidade no suprimento;riscos de dificuldade no fornecimento. Proporcionar economias de escalas:

    atravs da compra ou produo em lotes econmicos; flexibilidade do processo

    produtivo; rapidez e eficincia no atendimento s necessidades.

    Para a empresa definir suas metas, os nveis, tipos de estoques necessrio a

    total compreenso do controle de estoques. Com foco na reduo de estoques o

    que conseqentemente ocasionar uma reduo de custo significativa, faz-senecessrio medir o desempenho dos estoques e avaliar custos estoques.

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    3.3 - POLTICAS DE ESTOQUES

    o conjunto de atos diretivos, que estabelecem de forma global e especfica,

    princpios, diretrizes e normas relacionadas ao gerenciamento de materiais na

    empresas, para a escolha da otimizao de recursos materiais e capital

    investido, assim afirma Viana (2002). Com isso significar dizer que cada

    empresa pode gerenciar seu estoque de vrias formas. A administrao geral da

    empresa dever determinar ao departamento de controle de estoque, o

    programa de objetivos a serem atingidos, esses objetivos, so transformados em

    metas que a empresa dever est disposta a atingir.

    Metas essas que devero sempre est focada no atendimento ao cliente. As

    definies da poltica de estoque so vista pelas empresas como pea chave

    para o bom funcionamento do controle de estoque. Essas so de suma

    importncia para as empresas e devero ser bem clara e definida.

    3.4 - CARACTERSTICAS BSICAS DO CONTROLE DE ESTOQUES

    Segundo Ching (2006), existem caractersticas que so comuns a todos os

    problemas de controle de estoque, no importa se eles so matrias-primas,

    produtos acabados ou em processo, preciso o entendimento dos traos bsicocomo: custos associados aos estoques, objetivos dos estoques e previses de

    incertezas.

    Custos Associados aos Estoques:

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    Custo de pedir: so os custos associados ao processo de aquisio de materia is

    para repor estoques (custos fixos). Custo de manter: so os custos necessrios

    para manter em estoque certa quantidade de mercadoria por um tempo

    determinado. Isso inclui custos com; armazenagem, seguro, obsolescncia,

    dano, furto e tambm o custo de oportunidade, visto que esse dinheiro poderia

    ser investido em outros negcios ou departamentos da empresa.

    Custo Total: definido pela soma dos custos de pedir e manter estoque. O

    mesmo importante no modelo de Lote Econmico, por determinar a quantidade

    mnima do pedido. O contexto acima deixa clara a importncia que deve ser

    dada aos custos associados ao estoque, quando se trata do controle de estoque,devido ao que esses custos podem representar para a rentabilidade da empresa.

    Objetivos do Estoque:

    Objetivo de custo: um grande desafio para os administradores de estoques,

    conseguirem equilibrar os custos de pedir e manter, obtendo o mnimo de custo

    total. Visto que quanto maior o estoque maior o custo de manuteno, porm os

    custos de aquisio e falta so menores. Podemos observar que ao somarmos

    os trs tipos de custos, encontramos a curva total ou ponto mais baixo dos

    custos de manter e pedir.

    Objetivo do nvel de servio: algumas empresas tm dificuldade em estimar seus

    custos de falta, por isso acaba investindo mais do o programado em estoque.

    Com isso ao estabelecer metas para serem atingidas, primeiro devem ajustar o

    custo de aquisio e manuteno ao mnimo possvel. necessrio ressaltar

    que os administradores de estoques devero ter bastante cautela nesse sentido,

    pois pode trazer prejuzos. bom que fiquem atentos, pois, no momento que o

    nvel de estoque cresce possivelmente o nvel de servio diminui, assim sendo

    dever haver um equilbrio maior entre a produo e o custo.

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    Previso de Incertezas:

    De acordo com Ching (2006), assim como outra atividade qualquer contratar o

    nvel de estoque tem seus riscos, devido a algumas incertezas como: a

    quantidade a ser pedida pelos clientes; a quantidade a ser enviada para

    armazenagem e quando chegaro os suprimentos. Mas esse nvel de estoque

    pode ser controlado por dois mtodos: a previso de demanda e o tempo de

    ressuprimento (lead time).

    Previso de demanda: fundamental que a empresa consiga prever qual oproduto e quantidade demandada pelos clientes. Dessa forma as empresas

    passam a se planejarem para atend-los, utilizando mtodos de previso como:

    pesquisa realizada por telefone, correio ou contatos pessoais, porem esse

    mtodo apresenta limitaes. Outro mtodo muito utilizado e eficaz a previso

    de vendas passadas.

    Tempo de ressuprimento: por no serem muito conhecidos, os mesmos devemser previstos. As empresas que utilizarem esse mtodo devero mapear com

    exatido, fornecedor por fornecedor o tempo, para que no faltem produtos aos

    clientes. A empresa deve montar uma amostra e calcular o tempo mdio e sua

    variao. Mas com relao ao item anterior esse menos complexo, por que

    atualmente as empresas evoluram bastante na relao com os fornecedores,

    fazendo dos mesmos seus parceiros, criando uma relao de confiana,

    credibilidade e at de amizade o que facilita todo processo.

    3.5 TIPOS DE ESTOQUES

    Devemos observar alguns aspectos especficos, relevantes para se montar umsistema de controle de estoque primeiramente dever conhecer os tipos de

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    estoques: fsico, disponvel e empenhado, segundo Kuehne (2002). Estoque

    Fsico: compreende a quantidade armazenada sob guarda do almoxarifado,

    esperando utilizao.

    Estoque Disponvel: composto pela quantidade de materiais, existente no

    almoxarifado, sem embargo, pronto para uso. Esse tipo de estoque est

    subdividido em: ativo, inativo e reserva operacional. Estoque Empenhando:

    composto por uma quantidade de material com destino pr-determinado, muito

    embora permanea no almoxarifado.

    Observamos tambm que Chiavenato (2005), classifica os estoques de acordocom os mesmos critrios de classificao de materiais. Estoque de matrias-

    primas: constitudo pelos insumos e materiais bsicos que ingressam no

    processo produtivo da empresa. Estoque de materiais em processamento ou em

    vias: constitudo de materiais que esto sendo processados ao longo das

    diversas sees do processo produtivo.

    Estoque de materiais semi-acabados: constitudo pelos materiais parcialmenteacabados, cujo processo est em fase intermediaria de acabamento e que se

    encontram tambm ao longo das sees do processo produtivo. Estoque de

    materiais acabados ou componentes: constitudo por peas isoladas ou

    componentes j acabados e prontos para serem anexados ao produto. Estoque

    de produtos acabados: constitudo por produtos j prontos e acabados, cujo

    processo foi concludo.

    Existem ainda os estoques de distribuio: constitudo pelos produtos acabados

    disponvel no sistema de distribuio pronto para ser entregue ao cliente final. E

    tambm o estoque de consignao: so estoques de produtos acabados ou

    peas de reposio que mediante acordo so de propriedade do fornecedor,

    porm se mantm nos armazns dos clientes, at o momento de consumo.

    Vale ressaltar que esses tipos de estoques fazem parte do fluxo de material e

    so encontrados nas etapas do processo produtivo. Mas para empresas que

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    produzem para estoque, ocorre o contrrio, pois, os produtos so fabricados

    antes da venda.

    3.6 - NVEIS DE ESTOQUES

    3.6.1 - Estoque Mnimo

    Tambm conhecido como estoque de segurana, esse determina a quantidade

    mnima de itens existente no estoque. Para o controle de estoque uma das

    mais importantes informaes, pois, tem ligao direta com a funo financeira

    da empresa.

    A funo bsica deste cobrir eventuais atrasos no suprimento, objetivando a

    garantia do funcionamento ininterruptos e eficiente da produo, sem riscos de

    falta. Entre as causas que podem ocasionar essas faltas, podemos citar:

    oscilaes no consumo; atraso no tempo de reposio (TR), variao na

    quantidade, rejeito de qualidade e diferena no inventrio.

    O estoque mnimo tem importncia significativa no processo produtivo, pois,

    atravs dele que a empresa estabelece o ponto de pedido. Por isso o estoquemnimo no pode ser alto, pois se assim for no justifica a sua finalidade. Para

    as empresas trabalhar com margem de segurana ou estoque mnimo um risco

    que elas assumem. Visto que a determinao do mesmo pode ser feita atravs

    de fixao determinada de projeo mnima, estimada no consumo e clculo com

    base estatstica.

    Com isso, parte-se do pressuposto que deve ser atendida uma parte doconsumo. Porm esse grau de atendimento nada mais que a relao entre a

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    quantidade necessitada e a quantidade atendida. Conforme Martins (2006), o

    estoque mnimo pode ser representado pela seguinte frmula:

    Emin = Es + Pe x C

    Em que:

    Emin = estoque mnimo;

    Es = estoque de segurana;

    Pe = prazo de entrega; C = consumo dirio.

    Com esta frmula possvel calcular o estoque mnimo, com o objetivo de no

    haver erro no estoque.

    3.6.2 - Estoque Mximo

    Entende-se por estoque mximo o resultado da soma do estoque de segurana

    mais o lote de compra. Ele determinado de forma que seu volume ultrapasse a

    somatria da quantidade do estoque e variaes normais do mercado, deixando

    margem que assegure, e com isso a cada novo lote o nvel mximo no cresa

    onerando custos para manuteno dos mesmos.

    No estoque mximo o lote de compra poder ser ou no econmico. Em

    condies normais entre a compra e o consumo, o estoque pode oscilar entre os

    valores mximos e mnimos. Ressaltamos que o estoque mximo uma funo

    no lote de compra e no estoque mnimo, com isso o mesmo variar toda vez que

    um dos dois variarem.

    O estoque mximo limitado ao espao de armazenagem. Ele pode ser

    representado pela seguinte frmula:

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    Emx = Es + Lec.

    Em que:

    Emx = estoque mximo;Es = estoque de segurana;

    Lec = lote econmico de compra.

    Podemos notar que com o clculo da frmula acima, teremos uma margem

    mxima de estoque, com objetivo de melhorar o planejamento do estoque.

    3.6.3 - Estoque de Segurana

    De acordo com Chiavenato (2005), entende-se por estoque de segurana a

    quantidade morta de itens em estoque que s dever ser utilizada em casos

    extremos, como por exemplo: rejeio do lote de compra ou aumento dademanda. A finalidade do mesmo no afetar o processo produtivo, no causar

    transtornos aos clientes por falta e conseqentemente, no atrasar a entrega do

    produto no mercado.

    Pode ser representado pela seguinte frmula:

    Es = (c.ape) + ac (PE + ape).

    Em que:

    Es = Estoque de segurana;

    c = consume dirio;

    ape = atraso no prazo de entrega;

    ac = aumento do consumo dirio;

    pe = prazo de entrega.

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    Devido distncia do fornecedor e seus prazos de entregas serem irregulares,

    deve-se ter um estoque de segurana maior dentro da empresa.

    Devemos lembrar que o estoque de segurana dever ser estabelecido com

    certa cautela, pois responsvel pela imobilizao de capital de estoque. O

    mesmo dever ser equilibrado. Na verdade, esse estoque dever existir com a

    inteno de compensar as incertezas com relao o fornecimento da demanda.

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    CAPTULO 4 - GESTO DE ESTOQUES

    Atualmente a gesto de estoque, inclui a funo compras, acompanhamento,

    gesto de armazm, planejamento e controle de produo e gesto de

    distribuio, ou seja, ela tem um conceito bastante amplo. Ressaltando a gesto

    estoque originou-se na funo compras, em empresas que sentiram a

    necessidade de integrar o fluxo de materiais com as funes de suporte. Ainda

    em sua criao foi vista como meio de reduo de custos totais.

    Quando a gesto de estoque no colocada como conceito integrado,

    geralmente gerenciada por diversos setores diferentes. O que no acontece

    quando integrada, pois, so administradas por pessoas especificas e de forma

    planejada.

    Devido s altas taxas de juros e a competitividade global do mercado, as

    empresas esto sendo obrigadas a trabalharem com estratgias mais proativas,

    baseando-se nas necessidades dos clientes. Com isso a gesto de estoques,tornar-se fundamental no negcio, pois, enfoca a integrao entre os diversos

    departamentos da empresa e o atendimento ao cliente no tempo certo visando

    menor custo.

    4.1 - PREVISES PARA ESTOQUES

    A abordagem de Viana (2002), diz que o estudo dos estoques est baseado na

    previso do consumo de material. Sendo assim as previses de consumo ou de

    demanda que estabelece a estimativa futura de aquisio de matrias nas

    empresas. Essa previso tambm determina a estimativa de comercializao dos

    produtos, sendo assim, determina o produto, quanto e quando sero vendidos.

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    Para previso de estoque, existe informao bsica que merece certa ateno,

    essas esto dividas em duas categorias: quantitativas: a partir do fluxo de

    vendas anterior at a divulgao de nova propaganda; qualitativas: diretamente

    ligada a opinio de pessoas envolvidas no processo, a exemplo de: gerentes,

    compradores, vendedores e outros.

    Mediante o comportamento dinmico do processo, existem ainda as tcnicas de

    previso de consumo, ou seja: Projeo: onde as vendas no futuro tero ligao

    direta com as vendas do passado. Explicao: onde so aplicadas tcnicas de

    regresso e correlao, pois, explica as vendas do passado mediante relao

    das mesmas com outras variveis. Sua evoluo conhecida ou previsvel.Predileo: estabelece a evoluo das vendas futuras, com o apoio dos

    funcionrios e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado.

    Contudo ainda existem diversos fatores que podem alterar o comportamento do

    consumo e influenciar na previso dos estoques como: influncias polticas,

    influncias conjunturais, influncias sazonais, alteraes no comportamento dos

    clientes, preos competitivos, entre outros que sofrem variaes conforme osegmento de mercado da empresa.

    4.2 - OBJETIVOS DA GESTO DE ESTOQUES

    De acordo com Ching (2006), entende-se por gesto de estoque o planejamento,

    seu controle e sua retroalimentao sobre o planejamento. Na fase de

    planejamento trata-se dos valores, das datas de entrada e sada e da

    determinao dos pontos de pedidos. Quando falamos dos registros dos dados,

    correspondente ao planejamento, nos referimos ao controle. E quanto

    retroalimentao trata-se da comparao dos dados controlados com os dados

    do planejamento, com a finalidade de identificar os desvios e apurar as causas.

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    A empresa dever levar em considerao, a necessidade de correo do plano,

    quando for o caso, para com isso torn-lo mais eficiente, fazendo com que o

    planejamento e controle sejam mais semelhantes. Por sua definio a gesto de

    estoque deixa claro seu objetivo de planejar o estoque, controlar as entradas e

    sadas de materiais, as pocas de entrada e sada, o tempo de ressuprimento e

    o ponto de pedido. Mas para atingir esses objetivos a empresa deve

    desempenhar algumas funes bsicas, ou seja:

    Clculo do estoque mnimo; Calculo do lote de suprimento; Calculo do estoque

    mximo; Receber o material do fornecedor; Identificar e armazenar o material;

    Conservar o material em condies adequadas; Manter a organizao dosalmoxarifados; Replanejar os dados quando houver razes para modificao;

    Emitir solicitao de compra quando atingir o ponto de ressuprimento; Entregar o

    material mediante requisio.

    4.3 - PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES

    Hoje, para as empresas um dos maiores desafios a gesto dos seus estoques,

    na tentativa de mant-los em nveis adequados ou reduzi-los, sem afetar o

    processo produtivo e sem aumento de custos, afirma Chiavenato (2005). Com

    isso, a deciso de o que, quando e quanto comprar baseado em modelos de

    estoques, que procurem atender essas questes, levando em considerao ofator custo e capital de forma amenizar um e maximizar o outro.

    Utilizando esse conceito a Gesto de Estoque, deve controlar cada item

    individualmente e suas demandas, que so previstas aleatoriamente. Gerir e

    controlar os estoques de uma empresa um processo dinmico e nada fcil,

    pois, h necessidade de se trabalhar com vrios fornecedores e com um nmero

    grande de itens e produtos. Dessa maneira para melhorar o gerenciamento deseus estoques, os gerentes devem realizar algumas tarefas como: discriminar os

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    diferentes itens estocados, para que possam control-los um por um, de acordo

    com o grau de importncia e depois investir em um sistema de processamento

    de informao.

    Para tanto, conhecer, obter dados e informaes relevantes sobre seus

    estoques, so de suma importncia para a empresa, e para isso a mesma deve

    utilizar algumas ferramentas, tcnicas, mtodos e/ou sistemas como auxiliares

    para esse processo a exemplo: da ferramenta administrativa fichrio de

    estoques, que conforme Chiavenato (2005, p. 77), [...] O fichrio de Estoque-

    um conjunto de documentos e informaes que servem para informar, analisar e

    controlar os estoques demateriais. Em suma, o estoque de uma empresa deveser de acordo com sua estrutura, pronto a atender a necessidade do cliente,

    mantendo o mnimo de estoque possvel.

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    CAPTULO 5 MTODOS E SISTEMAS DE GESTO DE

    ESTOQUES

    5.1 CURVA ABC

    A curva ABC, conforme Chiavenato (2005), tambm conhecida como Curva de

    Pareto baseada no principio de que maior parte de investimento em materiais

    est concentrada em um pequeno nmero de itens. Com isso, not-se que

    qualquer estoque contendo mais de um item, alguns itens sero mais

    importantes para em presa do que outros. Dessa forma, alguns itens podem ser

    usados com mais freqncia, de modo que a sua falta poder atingir os

    consumidores. Outros podem ter um valor auto, de modo que um estoque grande

    pode ser tornar caro.

    A curva ABC vem nos auxiliar no sentido de dividir os estoques de acordo com

    prioridades, como: as quantidades, ou seus valores monetrios em trs classes:

    Classe A: composta de poucos itens (de 15% a 20% do total de itens), porm

    representam cerca de 80% do valor total do estoque. Esses itens merecem um

    controle rigoroso. Classe B: composta por uma quantidade media de itens (de

    35% a 40% do total de itens), representado de 10% a 15% do valor dos

    estoques. Geralmente so tratados como itens intermedirios. Classe C:

    composta por uma grande n de itens, ficando entre (40% a 50% do total), porm

    baixa representatividade no valor total dos estoques (5% a 10%).

    Podemos observar que aps essa classificao, as empresas passam a dar

    maior ateno aos itens de classes A, visto que os seus valores monetrios so

    maiores. J aos itens de classe B uma ateno menor e aos itens de classe C,

    tratado, por meio, semi-automtico, pois, no necessita de controle muito

    preciso.

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    Em resumo, esse mtodo poder ser usado por uma empresa para determinar o

    mtodo mais econmico de controlar itens no estoque, pois, atravs dela

    possvel verificar o nvel de ateno que cada item merece ou precisa ter

    disponvel para satisfazer o cliente. Vale ressaltar que atualmente esse mtodo

    usado por vrias empresas, para manter seus nveis de estoques controlados

    com eficincia.

    5.2 LOTE ECONMICO DE COMPRA

    De acordo com Ching (2006, p. 44), [...] lote econmico a quantidade ideal de

    compra feita levando em considerao o balanceamento dos custos de

    manuteno e aquisio, desde quando haja informao precisa, referente

    demanda e o tempo de ressuprimento.

    O custo total anual do estoque nesse contexto calculado assim: = (custo depedido) x (demanda anual) + (custo de manter) x (valor unitrio do produto) x

    (lote de reposio/2) ou utilizando a frmula a seguir:

    Onde:

    D: demanda anual em unidade;

    A= custo de aquisio;

    E= custo de manuteno em %;

    C= custo do item.

    Analisando o contexto acima, isso resultar em dois focos que poder afetar a

    empresa: um que nos encoraja a ter estoque para atendimento, mas com custo

    crtico e o outro que desencoraja em funo desses custos.

    Conforme kuehne (2002), Para que seja usada com eficincia essa tcnica,

    preciso ateno a algumas restries, a seguir: Espao de armazenagem:

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    quando os lotes no coincidem com a capacidade de armazenagem. Variao de

    preo do material: toda vez que houver reajuste nos preos, haver a

    necessidade de refazer os clculos.

    Natureza do consumo: o LEC necessita de um consumo regular e constante,

    com distribuio uniforme. Dificuldade de aplicao: caracterizado pela falta de

    registros ou dificuldades no levantamento de dados de custos. Natureza de

    material: pode vir a se tornar um fator de dificuldade, pois, os materiais podem

    se tornar obsoletos ou deteriorar-se.

    5.3 SISTEMA DE DUAS GAVETAS

    Esse o mtodo mais simples e evidente, para a indicao do momento em que

    se atinge o ponto de ressuprimento (PR), pois, geralmente esse mtodo

    utilizado para controlar os itens de classe C, ou seja, aqueles itens que temmenor valor monetrio para empresa e tem em grande quantidade nos estoques.

    Nesse caso no almoxarifado existem dois locais fixos chamados de: gaveta A

    onde coloc-se o estoque de consumo e gaveta B onde guardado o material

    para reposio da gaveta A. Observa-se que algumas empresas, trabalham com

    estoque de atendimento (gaveta A) nas prateleiras e os reservas em sacos

    plsticos, identificados com carto.

    Quando termina o estoque da prateleira usado o reserva e o carto enviado

    ao setor de compra, para que se faa a reposio. Em outras empresas usada

    a FE, onde anotar-se a quantidade de material da (gaveta B), isto , essa

    quantidade pertinente a parte do material que ser usado entre a data de

    colocao do pedido at seu recebimento.

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    Esse mtodo envolve a quantidade do ponto de ressuprimento (PR) mais a

    quantidade do estoque de segurana (ES) na segunda (gaveta B) e usando os

    itens da primeira (gaveta A). tambm denominado como sistema de estoque

    mnimo quando a separao entre as duas partes feita apenas com o registro

    na ficha do estoque (FE) do ponto de separao entre uma gaveta e outra.

    importante lembrar que nesse mtodo ocorrem diversas variaes. Nesse

    mtodo, no existe registro de entrada e sada de materiais, mas apesar disso

    no se perde o controle, devido ao primeiro material que entra o primeiro a

    sair. Tambm por ser pequeno o tempo de permanncia na gaveta B.

    Com a utilizao desse mtodo pode haver vantagens e desvantagens para as

    empresas a seguir: Vantagem: reduo do processo burocrtico de reposio de

    material; garantia da utilizao do mtodo PEPS. Desvantagem: o aumento de

    espao fsico no almoxarifado; produtos estocados em diferentes locais ou

    sees. Vale ressaltar que por sua simplicidade, esse sistema bastante

    utilizado pelos: revendedor de autopeas, comrcio varejista e empresas que

    trabalham com produtos de baixo valor, para esses um mtodo confivel.

    5.4 SISTEMA DOS MXIMOS-MNIMOS

    Esse conceito, tambm denominado como sistema de quantidade fixa. Suautilizao para determinar o consumo desde o momento da necessidade de

    repor o estoque at a chegada do material no almoxarifado da empresa. A

    funo principal desse sistema estimar o estoque mximo e mnimo de cada

    item, mediante o consumo previsto para o perodo.

    Partindo da, o estoque dever oscilar entre o mximo e mnimo, o que levar ao

    calculo do ponto de pedido (PP) de acordo com o tempo de reposio (TR). Parao bom uso desse sistema para empresa, importante que se conhea os

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    conceitos bsicos de estoque mnimo, estoque mximo e estoque de segurana,

    conforme Chiavenato (2005, p. 83) conceitua-se como:

    Estoque mnimo a quantidade em estoque, quando atingida,determina a necessidade de encomendar um novo lote de material.Estoque mximo a quantidade equivalente soma do estoque mnimomais a reposio do lote de compra. Estoque de segurana quantidade morta em estoque que s utilizada em casos extremos.

    Isso quer dizer que o estoque mnimo determina a aquisio de materiais, o

    estoque mximo ponto maior e que enquanto se mantiver elevado no

    necessita de reposio e o estoque segurana visto como amortizador em

    casos de atraso na entrega do fornecedor ou caso os estoques se esgotem. Naverdade os estoques de segurana so utilizados para que no ocorra ruptura de

    estoque, ou seja, para que a empresa no precise pagar, em caso de

    paralisao do processo devido a um erro ou atraso do fornecedor.

    Nesse sistema as reposies ocorrem em perodos variveis, sempre que

    alcanado o ponto de pedido (PP), ou seja, momento de fazer o novo pedido ao

    setor de compras. representado pela chamada curva dente de serra, quedemonstra o tempo decorrido para o consumo e a quantidade de materiais em

    estoque no intervalo de tempo (IR), ou seja, intervalo de tempo entre dois PP.

    Ressalta-se que a chegada do novo pedido deve coincidir com o estoque

    mnimo.

    A vantagem que a empresa tem em utilizar esse mtodo, que o processo de

    reposio pode ser automatizado, podendo ser utilizado por todos os tipos de

    classes A, B e C. Para as empresas que esto em busca do melhor nvel de

    estoque, e olho na reduo custo, com objetivo de melhorar sua lucratividade,

    esse um mtodo que poder ser implementado para gerenciar seus estoques,

    porm, ateno aos tempos de reposies faz-se necessria.

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    5.5 - SISTEMA DAS REPOSIES PERIDICAS

    Esse mtodo tem como prioridade, fazer pedidos para reposio em intervalos

    de tempo (IR) constante ou fixo determinado para cada item, isso com foco em

    minimizar o custo de estocagem e conseqentemente seu custo total. A

    reposio feita por perodos de reposio (PR), ou seja, reposio feita em

    perodo de tempo igual. Utilizando esse mtodo de controle de estoque,

    necessrio que se tenha ateno, pois, a quantidade de material solicitada,

    dever ser igual necessidade da demanda do perodo vindouro. Lembrando

    que cada item possui seu perodo de renovao.

    Devemos lembrar ainda, que esse mtodo baseia-se em um estoque mnimo ou

    estoque de segurana, com a inteno de prevenir o consumo alm do normal e

    possvel atraso das entregas nas pocas reposio. Com o uso desse mtodo,

    as empresas podem efetivar compra simultnea de diversos itens e assim obter

    condies vantajosas no momento da compra e no transporte, como exemplodescontos ou frete grtis.

    Ressalta-se que para uma boa utilizao desse mtodo, a empresa deve-se

    levar em considerao as vantagens e desvantagens do mesmo: Vantagem: o

    agrupamento de materiais por tipo ou famlia, o que facilita a aquisio.

    Desvantagem: o lote econmico de compra no pode ser utilizado; demanda

    superior ao previsto ocasionando falta de materiais.

    Mas em contra partida as desvantagens desse mtodo, pode-se definir o

    intervalo de ressuprimento ideal para cada item, usando o conceito de lote

    econmico. Isso deixar a empresa numa situao mais confortvel com relao

    ao uso desse sistema.

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    5.6 - SISTEMAS KANBAN / JUST IN TIME

    O Kanban sistema japons, que incentiva um sistema de produo puxado, ou

    seja, s produz o que solicitado. Ele tambm especifica quanto ser retirado do

    fornecedor atravs do carto Kanban, que enviando ao fornecedor indicando a

    quantidade e o momento de reposio. O sistema Kanban, tambm usado para

    regular o processo de produo, pois, regula o fluxo de material e mantm o

    estoque em nvel predefinindo. Para que esse sistema seja eficiente dentro de

    uma empresa preciso que haja um planejamento de produo prvio, lay out

    de maquinas e reduo do tempo de troca de ferramentas no processo.

    De acordo com Henrique Corra e Irineu Gianesi (1993), existem dois tipos de

    Kanban que tem suma importncia so eles: Kanban de produo: carto que

    circula entre a produo e seu posto de armazenagem. Kanban de transporte:

    carto que circula entre o posto de armazenagem de dois centros de produo

    contguos e o centro de produo da fbrica que produz determinadocomponente para dar continuidade produo.

    O resultado da utilizao desse sistema traz para as empresas uma agilidade

    nas operaes, eliminando elementos que retardam o processo produtivo a

    abastecimento, coordenando toda produo de acordo com a demanda. O

    mesmo tambm determina o local e quando o produto final dever chagar ao

    cliente. Esse sistema torna-se muito til e importante para as empresas, quedesejem program-lo, pois, completo de informaes passando a controlar

    com eficincia os estoques e alcanar a produo e nveis de tolerncia zero, ou

    seja, Just in Time.

    Just In Time

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    Mesmo tendo conhecimento do sistema kanban, not-se a necessidade que as

    empresas tm de um sistema integrado de planejamento e distribuio, assim

    surge o Just In Time, derivado do sistema kanban. A primeira empresa a utilizar

    esse sistema foi a Toyota em 1970, com o objetivo de trabalhar em parceria com

    seus fornecedores. Com isso, s houve ganho por parte da mesma, pois,

    conseguiu diminuir muito seus custos e ainda transferiu toda responsabilidade de

    parada de produo para seus terceiros.

    O objetivo chave do Just In Time suprir produtos para produo e clientes

    quando for necessrio, sendo assim se trata de um sistema que visa o estoque

    zero. O JIT prope para a empresa que ela planeje-se, pois, o cliente ser o

    ponto de puxada dos pedidos, ou seja, s produz aquilo que vendido. Assim

    sendo evitando produo para estoque.

    O JIT trabalha com conceito de fbrica enxuta com foco na reduo de custos,

    levando os estoques ao menor nvel possvel. Por isso ele conduz a empresa a

    tratar de aspectos como: Eliminar estoques desnecessrios; Reduzir espaointil de estocagem; Reduzir equipamento e pessoas cuidando do estoque; Dar

    nfase no processo produtivo fluente e dinmico, tratando as perdas do

    processo.

    Para a implementao desse sistema, a empresa precisa levar em considerao

    fatores como: qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e compromisso.

    Alm disso, um sistema muito vantajoso quando: os produtos tm alto valorunitrio; temos certeza das necessidades e demandas; os tempos de

    ressuprimentos so pequenos e conhecidos; no necessrio comprar grandes

    lotes para manter o estoque.

    Percebe-se que a empresa poder obter sucesso utilizando esse sistema, mas

    para isso preciso que haja uma boa interao e relacionamento entre a

    empresa e seus fornecedores externos e internos. O que poder se transformar

    em benefcio para a mesma. Todo esse sistema sendo bem aplicado se reverter

    em benefcio para a empresa, pois, assim a mesma passa a eliminar tudo que

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    no agrega valor no processo produtivo. Assim sendo o JIT, passa a ser uma

    atividade de alto valor agregado para as empresas.

    5.7 - SISTEMA MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais)

    O MRP originou-se nos anos 60, quando as letras queriam dizer (Material

    Requirements Planning), atualmente chamado MRP I. O MRP I um sistema de

    controle de estoque, utilizado via computador, que d com preciso a quantidade

    a ser comprada de cada item, para determinado perodo.

    Esse sistema tem uma vantagem muito grande com relao aos outros,

    permitindo que a empresa visualize o impacto do seu replanejamento, caso

    ocorra. Dessa forma possvel enxergar as faltas e tomar medidas corretivas em

    tempo hbil, para alcanar um timo nvel de estoque e reduzir o custo.

    O MRP I baseia-se na emisso de ordens de compras, que so calculadas a

    partir do programa de montagem. As ordens de compras para esse sistema, s

    ser emitida para atender as necessidades da produo e no para repor

    estoques. Esse sistema s emitir pedido de acordo com os Leads Times

    (tempo de reposio) registrado, fazendo com que o pedido chegue na hora e

    quantidade certa para produo.

    O MRP I trata do planejamento e controle da produo e estoques. Mas esse

    conceito integrou-se a outras funes da empresa como: planejamento

    empresarial; previso de vendas; programa mestre de produo; planejamento

    dos recursos produtivos; planejamento das necessidades de capacidade

    produtiva; controle e acompanhamento de fabricao; compras e contabilizao

    de custos.

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    Essa integrao trat-se do MRP II ou (Manufacturing Resource Planning) que

    foi definido como: Plano Global para o p lanejamento e monitoramento de todos

    os recursos de uma empresa de manufatura, isto , manufatura, marketing,

    finanas e engenharia. Para utilizao do MRP necessrio ter o MPS, ou seja,

    o Programa Mestre de Produo.

    Assim como todo sistema, para que a empresa consiga atingir o objetivo,

    proposto pelo MRP, preciso que ande casado com a filosofia Kaizen (Melhoria

    Continua), sempre com foco na satisfao dos clientes internos e externos, com

    o mnimo de custo. Mas para isso necessrio que sejam tratados os itens

    abaixo: Rotatividade de estoque: necessrio que se alcance os menores nveisde estoques possveis. Atendimento ao cliente: faz-se necessrio o pronto

    atendimento, tanto para os internos quanto para os externos.

    Produtividade: faz-se necessrio atingir a meta indicada, para que no haja

    imprevisto de falta. Utilizao da Capacidade: faz-se necessrio a utilizao das

    instalaes adequadas e suficientes. Custo do material: preciso que a deciso

    de compra seja bem definida, evitando custos adicionais. Custo do transporte:uma deciso de compras mal feita, causar despesas extras nesse sentido.

    Custo do sistema: Qualquer anormalidade no sistema , causar trabalho extra o

    que gera alto custo ou seja o mesmo dever funcionar em perfeita harmonia.

    Tratando-se os aspectos acima, vemos que a possibilidade de implementao de

    um sistema como esse, para as empresas que esto buscando maiores

    lucratividade, trabalhando o fator estoque, pode ser bastante vivel, partindo doprincpio que o mesmo se trata de um sistema de preciso de gerenciamento de

    estoque. Lembrando que para isso dever ser observado a sua estrutura.

    Observa-se que esse sistema muito utilizado por grandes empresas, que

    trabalham com manufatura, a exemplo a Ford, empresa do setor automotivo.

    Devido necessidade que as mesmas tm de gerenciar seus estoques com

    preciso e eficincia e tambm por se tratar de um sistema que proporciona uma

    viso macro do processo produtivo e do negcio, pela relao de interao entre

    os setores da empresa.

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    CAPTULO 6 AVALIAO E CUSTOS DE ESTOQUES.

    Not-se que as empresas a cada dia que passa, esto mais focadas na Gesto

    de Estoques, por estarem sempre visando um melhor atendimento ao cliente,

    com custo acessvel e que conseqentemente levar a mesma a estar inseridas

    no roll das empresas mais competitivas e concorridas do mercado. Com isso,

    quando se refere a estoque elas ficam bastante atentas, pois, estoque hoje

    sinnimo de reduo de custos. Por isso, preciso alm de fazer todo seu

    planejamento e controle, avaliar os estoques e custos decorridos da sua

    aquisio.

    6.1 AVALIAES DE ESTOQUES

    Os estoques podem ser registrados manualmente e por computador, com o

    objetivo de controlar as quantidades, tanto em volume fsico quanto em valores

    financeiros. Avaliar os estoques significa levantar o valor financeiro dos

    materiais, que vai desde a matria-prima inicial at o produto final, tendo como

    base o preo do mercado, de acordo com Chiavenato (2005).

    Existem quatro mtodos de avaliao dos estoques, a seguir: Avaliao pelo

    custo mdio; Avaliao pelo mtodo PEPS (FIFO); Avaliao pelo mtodo UEPS(LIFO); Avaliao pelo custo de reposio. Em continuao a essa abordagem

    veremos:

    Avaliao pelo custo mdio:esse mtodo baseado no preo das retiradas ao

    preo mdio do suprimento total do item estocado. o mais utilizado nas

    empresas. A sada de estoque, a avaliao do saldo e os materiais fornecidos a

    produo so calculados pelo custo mdio. Tambm indica os custos reais dascompras de materiais, mas isso em longo prazo. A funo principal desse

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    mtodo equilibrar as flutuaes de preos que ocorrem ao longo do perodo.

    Vejamos a seguir um exemplo de ficha de controle de estoque com clculo de

    custo mdio.

    2005 Entradas Sadas Saldo em estoque

    Data NF Preo Total Quant. Quant. Preo Total Quant. Preo Total

    20/10 048 200 2,00 400 200 2,00 400

    25/11 058 200 4,00 800 200 3,00 1.200

    28/11 100 3,00 300 300 3,00 900

    10/12 087 300 5,00 1.500 600 4,00 2.400

    Quadro 1. Ficha de controle de estoque com clculo de custo mdio.

    Fonte: Chiavenato, 2005.

    Observa-se com a utilizao desse mtodo, o clculo do valor de estoque feito

    pela mdia de preo da entrada, enquanto o custo de produo calculado com

    os materiais avaliados a preo mdio.

    Avaliao pelo mtodo PEPS (FIFO): a sigla PEPS, quer dizer primeiro que

    entra, primeiro que sair, FIFO termo em ingls (firts in, firts out). Nesse contexto

    a avaliao feita em cronolgica das entradas, ou seja, sai primeiro lote mais

    antigo, onde o preo baseado no custo que entrou. Vale ressaltar que o saldo

    do estoque sempre ser calculado pelo custo de entrada. Pode-se observar

    abaixo um exemplo de ficha de estoque com clculo pelo mtodo PEPS que

    ocorrem ao longo do perodo.

    Vejamos a seguir um exemplo de f icha de controle de estoque utilizando mtodo

    PEPS.

    2005 Entradas Sadas Saldo em Estoques

    Data NF Quant. Preo Total Quant. Preo Total Quant. Preo Total

    20/10 048 200 2,00 400 200 2,00 40025/11 058 200 4,00 800 400 3,00 1.20028/11 100 2,00 200 300 3,33 1.00012/12 100 2,00 200 200 4,00 800

    13/12 100 4,00 400 100 4,00 400Quadro 2. Ficha de controle de estoque com clculo pelo mtodo PEPS.Fonte: Chiavenato, 2005.

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    A util izao desse mtodo tem a vantagem de os valores dos estoques estarem

    sempre perto dos preos atuais do mercado. Por outro lado os custos de

    produo so calculados em funo dos valores dos primeiros lotes a entrar.

    Avaliao pelo mtodo UEPS (LIFO): a sigla UEPS, quer dizer ltimo que

    entrar primeiro a sair. LIFO termo em ingls (last in first out). Essa avaliao

    realizada, atravs da sada do estoque feita pelo preo do ltimo lote a entrar no

    almoxarifado. Com relao ao valor do estoque, calcul-se pelo custo do ltimo

    preo, que geralmente mais elevado. Abaixo veremos o exemplo da ficha de

    estoque com clculo pelo mtodo UEPS.

    Entradas Sadas Saldo em Estoques

    Data NF Quant. Preo Total Quant. Preo Tot

    Quant. Preo Tota

    20/10 048 200 2,00 400 200 2,00 40025/11 058 200 4,00 800 400 3,00 1.20

    28/11 100 2,00 200 300 3,33 1.0012/12 100 2,00 200 200 4,00 800

    13/12 100 4,00 400 100 4,00 400Quadro 3. Ficha de controle de estoque com clculo pelo mtodo UEPS.

    Fonte: Chiavenato, 2005.

    Observa-se por esse mtodo, a supervalorizao do preo do material,

    computado atravs da produo, o que ocasiona um crdito positivo de material.

    A vantagem desse mtodo a simplificao do clculo.

    Avaliao pelo Custo de Reposio:esse mtodo tem a funo de ajustar as

    avaliaes financeiras dos estoques. Sendo assim os mesmos, estaro sempreatualizados de acordo com os preos de mercados. Podem-se calcular os custos

    atravs desse mtodo pela equao abaixo: CR= PU + ACR. Onde: CR = custo de

    reposio; PU = preo unitrio; ACR = acrscimo do custo de reposio em

    porcentagem (%).

    Com isso, esse mtodo de avaliao poder gerar dois aspectos relevantes no

    momento do investimento estocagem, so eles: a formao de estoqueespeculativo, devido a dificuldade no atendimento das demandas e formao de

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    estoques mediante compras de oportunidades, ou seja, surgiu promoo, ento

    comprar-se.

    6.2 - CUSTOS DE ESTOQUES

    Pode-se perceber que todo material estocado gera custo, denominados de custo

    de estoque ou estocagem. Pensado na reduo de custos com intuito de que

    essa reduo seja vivel para a rentabilidade final da empresa, os gestores de

    estoques devero ficar atentos, a questo dos custos de estoques que so

    gerados pela necessidade que a empresa tem de estocar materiais, por no

    existirem harmonia entre o fornecimento e a demanda.

    Vale lembrar que a quantidade em estoque e o tempo de permanncia do

    produto no mesmo, so as variveis que ocasionam esses custos. O custo de

    estoque (CE) corresponde soma do custo de armazenagem (CA) e custo depedido (CP), ou seja:

    CE = CA + CP

    Os custos envolvidos com estoques, segundo Ching (2006), so os seguintes:

    Custo de pedido: o custo referente colocao de um pedido, inclui todas as

    tarefas de preparo do pedido, toda documentao relacionada a isso at a

    entrega. Custo de desconto de preos: est relacionado a descontos concedidos

    pelo fornecedor, devido ao tamanho compra. Custo de falta de estoque: est

    relacionado falta de um produto solicitado por um cliente, o que pode acarretar

    na perda do mesmo.

    Custo de capital de giro: est associado ao capital que poderia ser investido em

    outras oportunidades, ou seja, capital empatado em estoques. Custo de

    armazenagem: est associado armazenagem fsica dos bens como: locao,

    climatizao e iluminao, esses podem custar caros, principalmente quando

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    so exigidas condies especiais. Custo de obsolescncia ou deteriorao: est

    relacionado ao tempo que o material fica guardado. Custo de ineficincia de

    produo: est relacionado aos altos nveis de estoques o que impede a viso

    de problemas na produo.

    Mas para todo esse problema relacionado aos custos com estoques, podemos

    tomar algumas medidas para reduzir custos com os mesmos, ao longo do

    processo, so elas: reduzir o Lead Time de produo e abastecimento;

    sincronizar as entregas de materiais e componentes no processo produtivo;

    maior rapidez no recebimento dos pedidos atravs de meios eletrnico; reduzir o

    tempo de planejamento de produo; desenvolver o fluxo contnuo demovimentao de materiais;

    Com isso, todo investimento e esforo realizado por uma empresa, nesse mbito

    so com base no seu planejamento, buscando uma fina avaliao resultando em

    uma boa reduo de custo e que tenha impacto direto na rentabilidade da

    empresa e conseqentemente na sua lucratividade.

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    CONCLUSO

    Houve um grande desenvolvimento no setor logstico no mundo, mas tratando-se

    de Brasil, s ocorreu a partir da dcada de 80, com o advento da revoluo

    tecnologia da informao e devido a fatores como: mudanas no mercado e

    custos elevados, a logstica passa a ser um setor preocupante dentro das

    empresas. A partir da, observa-se que a procura pelos conceitos logsticos

    cresce consideravelmente, pois, o mercado encontra-se mais globalizado,

    competitivo e os clientes mais exigentes.

    Hoje, podemos dizer que a logstica um assunto de suma importncia para as

    empresas, visto que ela estuda meios eficazes e ou eficientes, para a realizao

    de um servio. Tambm devemos levar em considerao que ela planeja,

    controla e organiza o fluxo de materiais ou servios prestados. Sendo assim,

    entende-se que a logstica o planejamento, controle e organizao dos fluxos

    de materiais, produtos ou servios, com foco na satisfao do cliente, com o

    menor custo possvel.

    Atualmente, devido s dinmicas e constantes mudanas que ocorre no

    mercado, as empresas esto buscando cada vez mais oferecer servios de

    qualidade, com maior agilidade e rapidez. Dessa forma as empresas passam a

    ter um objetivo primordial a ser atingindo que a reduo de custo. E tratando-

    se de custos, elas buscam identificar atravs de seus colaboradores e gestores o

    agente causador de todos esses custos elevados.

    Em funo disso a maioria das empresas, observa que o estoque o vilo do

    custo total, haja vista que ele consume de 25% a 45% do capital das empresas.

    E para tentar solucionar esse problema, eles investem em estratgias mais

    proativas, baseando-se nas necessidades dos clientes e tambm em

    ferramentas que ajudem e agilizem o cumprimento do seu objetivo. Para isso

    esto recorrendo a Gesto de estoques, como alternativa e a mesma torna-sefundamental para o negcio.

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    Acredita-se que a Gesto de Estoques uma ferramenta da administrao que

    planeja, controla e replaneja todo fluxo de material, de acordo com a demanda,

    baseada nas necessidades dos clientes, de forma rpida e com eficincia. Essa

    com foco na reduo de custos e o aumento da rentabilidade da empresa.

    Mas para que as empresas obtenha sucesso com a Gesto de Estoque, torna-se

    indispensvel algumas mudanas no comportamento da mesma, como por

    exemplo: a relao da empresa com seus fornecedores, que dever ser de

    confiana e credibilidade. Visto que os mesmos so partes integrantes e de

    grande importncia no processo de gerenciamento dos estoques.

    Visando um bom gerenciamento dos estoques, sugere-se aos gestores, que

    tenham bastante conhecimento e o mximo de informaes possvel sobre seus

    estoques, pois, assim podero traar de maneira eficiente e coerente um bom

    planejamento, considerando as necessidades da empresa.

    A Gesto de Estoques tambm da nfase aos processos de: otimizar espaos,reduzir os nveis de estoques, atenderem a demanda, reduzir os tempos de

    ressuprimentos, reduzir os perodos de entregas, identificarem desvios, apurar

    causas etc... Mas para isso, ela deve buscar auxlio nos mtodos ou sistemas de

    gesto mais conhecidos como:

    Curva ABC, Sistemas de duas gavetas, Sistema dos mximos e mnimos,

    Sistema de reposio peridica, Lote econmico de compra, sistemas Kanban/Just in Time e MRP, tambm poder utilizar os mtodos de avaliaes de

    estoques e anlise de custos, pois, assim tornar-se mais fcil, trabalhar a Gesto

    de Estoque com foco na reduo de custo. Ressaltando que essas ferramentas

    so bastante eficientes para esse contexto.

    Assim, conclui-se que a Gesto de Estoques tratar-se de uma ferramenta muito

    importante no cenrio atual das empresas que buscam reduzir seus custos,

    atravs dela. Visto que ela apresenta resposta eficiente, pois, utiliza ferramentas

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    adequadas para ajudar a manter os nveis dos estoques em condies

    aceitveis, mais no se esquecendo de atender as necessidades dos clientes.

    Por fim, sugere-se que as empresas sejam criteriosas e busquem o mtodo de

    gesto mais vivel para o seu negcio, utilizando-o de forma correta, para que a

    gesto de estoque seja realmente eficaz. Com isso, o mercado sinalizara as

    melhores empresas, que so aquelas que oferecem os melhores servios e

    atendem as necessidades dos clientes e ao menor custo, isso promove para as

    empresas aumento na rentabilidade e lucratividade.

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    REFERNCIAS

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    CHIAVENATO, I. Administrao de Materiais: uma abordagem introdutria .Rio de Janeiro. 3 reimp. Elsevier, 2005.

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    criando redes que agregam valor. So Paulo. 2 Ed. Cengage Learning, 2007.

    Contedos apresentado pelo prof. Maurcio Kuehne Jnior, apostila de apoioLogstica de Materiais. Curitiba, 2002.

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    MARTINS, P.G. Administrao de Materiais e Recursos Patrimonias. 2 Ed.Saraiva, 2006.

    MOURA, C.E. Gesto de Estoque: Ao e Monitoramento na Cadeia deLogstica Integrada. So Paulo.1 Ed. Cincia Moderna, 2004.

    VIANA, J.J. Administrao de Materiais: um enfoque prtico. So Paulo. 2Ed. Atlas, 2002.