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ELÉTRON S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

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ELÉTRON S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

ELÉTRON S.A.

Demonstrações Contábeis

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

Conteúdo

Relatório da Administração

Relatório dos Auditores Independentes

Declaração do Diretores sobre as Demonstrações Financeiras

Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes

Balanços Patrimoniais

Demonstrações dos Resultados

Demonstrações dos Resultados Abrangentes

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

Demonstrações dos Fluxos de Caixa

Demonstrações dos Valores Adicionados

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Em milhares de reais)

Senhores Acionistas,

Submetemos à apreciação de V. Sas., as demonstrações contábeis acompanhadas das notas explicativas e do relatório de revisão dos auditores independentes, relativas ao período encerrado em 31 de dezembro de 2015.

Em 05 de setembro de 2011, o Tribunal Arbitral proferiu Sentença Final, complementada em 03 de outubro de 2011, reconhecendo o direito da Elétron à aquisição de 37.500.000 ações ordinárias da Valepar (as “Ações da Opção”), ao preço de R$ 632.007, montante que deve ser atualizado pela UFIR-RJ a partir de 12 de junho de 2007 até a data do efetivo pagamento (o “Preço de Compra das Ações”).

Foi conferido à Litel e à Bradespar o prazo de 10 dias para que chegassem a um acordo quanto ao percentual de cada uma no rateio e segregação das Ações da Opção, sob a pena da Elétron poder exigir a transferência da totalidade das Ações da Opção de qualquer uma delas. O prazo para que fossem segregadas as Ações venceu em 14 de outubro de 2011 sem que as Requeridas efetivassem a segregação.

Litel e Bradespar ajuizaram ações judiciais pleiteando a anulação da sentença arbitral parcial, com a formação de novo Tribunal Arbitral. O Juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro inicialmente negou liminar para suspender a arbitragem, mas posteriormente a deferiu. Essa decisão foi cassada, por unanimidade, pela 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que determinou o prosseguimento da arbitragem. O Superior Tribunal de Justiça confirmou a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, indeferindo, igualmente, o pedido de Litel e Bradespar e determinando o prosseguimento da arbitragem. Após a sentença final do processo de arbitragem, Litel e Bradespar requereram novamente liminar para suspender a exequibilidade da sentença arbitral. Os pleitos liminares foram mais uma vez indeferidos.

Em 08 de abril de 2014, o juízo da 7º Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro julgou todas as 4 ações anulatórias improcedentes, resolvendo os processos com resolução de mérito.

Em 24 de setembro de 2014, a 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento às apelações, mantendo a sentença proferida em 08 de abril de 2014 e, ainda, condenou Litel e Bradespar, na proporção de seus interesses nas causas, nas penas da litigância de má-fé, pela violação da barreira da lealdade processual. Ainda cabe recurso de tal decisão. As chances de perda desses processos são avaliadas como remotas.

Diante do descumprimento da sentença arbitral final, já transitada em julgado, a Elétron ingressou, em 02 de outubro de 2014, com ação de execução para que a compra e venda determinada no processo arbitral seja implementada. Não há qualquer decisão que impeça a Elétron de exigir judicialmente a compra e venda das ações determinada pelo Tribunal Arbitral.

Em 04 de março de 2015, diante da recusa de Litel e Bradespar em entregar as ações mediante pagamento do preço, foi requerida a conversão da execução para entrega de coisa, em execução para pagamento de quantia certa, e Litel e Bradespar foram intimadas a efetuar o pagamento no valor monetário correspondente ao das ações.

Em 23 de março de 2015 e em 08 de abril de 2015, Litel e Bradespar, respectivamente, interpuseram agravos de instrumento contra a decisão que determinou o pagamento do valor correspondente ao das ações, e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro interrompeu a execução.

Em 15 de julho de 2015, o Tribunal de Justiça negou provimento ao agravo de instrumento interposto pela Bradespar, considerando lícita a conversão da execução para entrega das ações, em execução para pagamento do valor correspondente as das ações. Foi determinada, todavia, a realização de perícia para apuração do correto valor a ser pago.

Independente da solução do litígio perante o Poder judiciário, a contingência ativa, comentada na Nota explicativa nº 10, não foi reconhecida nas informações contábeis intermediárias, uma vez que sua realização independe do controle da Companhia, podendo tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado.

Em 26.10.2015, a Elétron instaurou a arbitragem nº. 2015.00905 perante o CBMA, contra Litel e Bradespar, na qual pleiteia o ressarcimento dos prejuízos decorrentes de oscilação no valor da ações da opção de compra da Valepar. Aguarda-se a formação do Tribunal Arbitral e a assinatura do Termo de Arbitragem. A chance de êxito do processo arbitral é avaliado como possível.

A Administração da Companhia atendendo aos princípios da boa prática contábil, notadamente o princípio do conservadorismo, decidiu por refletir a mudança jurisprudencial ocorrida nos tribunais superiores à guisa da recente decisão em recurso repetitivo proferida da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça sobre a incidência do PIS e COFINS sobre os juros sobre o capital próprio, acolhendo os argumentos da fazenda nacional. Consequentemente a Administração da Companhia decidiu atualizar a obrigação com o ex-controlador para melhor refletir a situação patrimonial.

A evolução de suas operações e os principais fatos ocorridos neste exercício poderão ser examinados através das próprias Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas.

Colocamo-nos à disposição de V. Sas. para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Divulgação de Informações Sobre Serviços de Não Auditoria Independente

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Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2016. Elétron S.A.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Aos Administradores e Acionistas da Elétron S.A. Rio de Janeiro - RJ

Examinamos as demonstrações contábeis da Elétron S.A. ("Companhia") que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro - IFRS emitidas pelo International Accounting Standards

Board - IASB, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma� opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Elétron S.A. em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB.

Outros assuntos

Informação suplementar – demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2016.

Mário Vieira Lopes Shirley Ferreira de Souza Contador - CRC-RJ-60.611/O Contadora - CRC-RJ - 081.262/O-0

DECLARAÇÃO

Declaramos, na qualidade de diretores da Elétron S.A., sociedade por ação, com sede na Av. Presidente Wilson nº 231, 28º andar (parte), Centro, Rio de Janeiro/RJ, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.514.998/0001-42, nos termos do inciso VI do parágrafo 1º do artigo 25 da Instrução CVM nº 480 de 7 de dezembro de 2009, que revimos, discutimos e concordamos com as demonstrações contábeis da Companhia para o exercício social findo em 31 de dezembro de 2015.

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2016.

Maria Amália Delfim de Melo Coutrim Daniel Pedreira Dorea Diretora de Relações com Investidores Diretor Econômico-Financeiro

DECLARAÇÃO

Declaramos, na qualidade de diretores da Elétron S.A., sociedade por ação, com sede na Av. Presidente Wilson nº 231, 28º andar (parte), Centro, Rio de Janeiro/RJ, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.514.998/0001-42, nos termos do inciso V do parágrafo 1º do artigo 25 da Instrução CVM nº 480 de 7 de dezembro de 2009, que revimos, discutimos e concordamos com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes da Companhia (BKR – Lopes, Machado Auditores) referentes as demonstrações contábeis da Companhia para o exercício social findo em 31 de dezembro de 2015.

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2016.

Maria Amálila Delfim de Melo Coutrim Daniel Pedreira Dorea Diretora de Relações com Investidores Diretor Econômico-Financeiro

Ativo Nota 2015 2014 Passivo Nota 2015 2014

Circulante Circulante Caixa e equivalentes de caixa 4 14.209 13.812 Juros sobre capital próprio a pagar 6 331 331

Tributos a recuperar 27 - Imposto de renda e contribuição social 43 60

Juros sobre capital próprio a receber - 454 Impostos e contribuições a recolher 12 13

Adiantamentos diversos 1 1 Outras contas a pagar - 15

14.237 14.267 386 419

Não Circulante Não Circulante Depósitos judiciais 7 11.307 10.563 Provisão para contingências 7 9.903 9.158

Investimentos 5 3.723 3.533 Contas a pagar 8 12.333 4.308

15.030 14.096 22.236 13.466

Patrimônio Líquido Capital social 9 20.303 17.772

Prejuízos acumulados (13.658) (3.294)

6.645 14.478

29.267 28.363 29.267 28.363

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

ELÉTRON S.A.

Balanços Patrimoniais

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais)

Nota 2015 2014

Receitas (despesas) operacionais Despesas administrativas 11 (11.722) (785)

Despesas tributárias (16) (13)

Outras receitas operacionais - 3

Resultado operacional (11.738) (795)

Resultado financeiro Receitas financeiras 2.767 2.640

Despesas financeiras (745) (618)

2.022 2.022

Lucro líquido (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (9.716) 1.227

Imposto de renda e contribuição social (648) (616)

Lucro líquido (prejuízo) do exercício (10.364) 611

Lucro líquido (prejuízo) básico por ação do capital social (0,96171) 0,06430

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais, exceto o lucro líquido (prejuízo) por ação)

Demonstrações dos Resultados

ELÉTRON S.A.

2015 2014

Lucro líquido (prejuízo) do exercício (10.364) 611

Resultado abrangente do exercício (10.364) 611

ELÉTRON S.A.

Demonstrações dos Resultados Abrangentes

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

PrejuízosSubscrito A integralizar acumulados Total

Saldos em 01 de janeiro de 2014 17.953 (900) (3.905) 13.148

Integralização de capital - 719 - 719

Lucro líquido do exercício - - 611 611

Saldos em 31 de dezembro de 2014 17.953 (181) (3.294) 14.478

Integralização de capital - 181 - 181

Aumento de capital - AGOE 27.04.2015 260 - - 260

Aumento de capital - RCA 27.05.2015 1.029 - - 1.029

Aumento de capital - RCA 30.07.2015 3.000 (1.939) - 1.061

Prejuízo do exercício - - (10.364) (10.364)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 22.242 (1.939) (13.658) 6.645

Capital social

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

ELÉTRON S.A.

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais)

2015 2014Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Prejuízo do exercício (10.364) 611

Redução (aumento) de ativos: Tributos a recuperar (27) -

Aumento (redução) de passivos: Imposto de renda e contribuição social (17) 1

Impostos e contribuições a recolher (1) 12

Contas a pagar 8.010 10

Recursos provenientes (utilizados) nas atividades operacionais (2.399) 634

Fluxos de Caixa das Atividades de InvestimentoResgate de ações 414 700

Juros sobre capital próprio a receber 454 (369)

Aumento de investimento (603) -

Recursos provenientes das atividades de investimento 265 331

Fluxos de Caixa das Atividades de FinanciamentoAumento do capital 2.531 719

Recursos provenientes das atividades de financiamento 2.531 719

Aumento de Caixa e Equivalentes de Caixa 397 1.684

Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 13.812 12.128

Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 14.209 13.812

Aumento de Caixa e Equivalentes de Caixa 397 1.684

ELÉTRON S.A.

Demonstrações dos Fluxos de Caixa

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

2015 2014

Valores de Terceiros (inclui os valores dos impostos correspondentes) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (11.722) (785)

Valor Adicionado Bruto (11.722) (785)

Valor Adicionado Recebido em Transferência Receitas financeiras 2.767 2.640

Outras receitas operacionais - 3

2.767 2.643

Valor Adicionado Total a Distribuir (8.955) 1.858

Valor Total Distribuído Impostos, taxas e contribuições 664 629

Despesas financeiras 745 618

Lucro liquido (prejuízo) incorporado (10.364) 611

Valor Total Distribuído (8.955) 1.858

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais)

Demonstrações dos Valores Adicionados

ELÉTRON S.A.

ELÉTRON S.A.

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

(Em milhares de reais)

1 - Contexto Operacional

A Elétron S.A. (“Companhia”), sociedade de capital aberto com sede na cidade do Rio de Janeiro, tem por objetivo a participação em outras sociedades comerciais ou civis, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista, a participação em empreendimentos imobiliários e, como cotista, em fundos de investimento regularmente constituídos.

2 - Apresentação das Demonstrações Contábeis

2.1 Base de elaboração

A emissão das demonstrações contábeis foi aprovada pela Administração em 12 de fevereiro de 2016.

As demonstrações contábeis foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS), emitidas pelo International Accounting

Standards Board – IASB.

2.2 Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações contábeis foram preparadas e estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda do principal ambiente econômico onde a Companhia opera (“moeda funcional").

2.3 Uso de estimativas e julgamentos

A preparação de demonstrações contábeis requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possui maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações contábeis, estão divulgadas na nota 3.

2.4 Mudanças nas políticas contábeis e divulgações�

Não há alterações e interpretações em vigor para o exercício financeiro iniciado em 01 de janeiro de 2016 relevantes para a Companhia.

.2.

ELÉTRON S.A.

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

3 - Principais Práticas Contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações contábeis estão definidas abaixo. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados.

a. Apuração do resultado

O resultado é apurado pelo regime de competência.

b. Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo, com risco irrelevante de mudança de seu valor de mercado.

As aplicações financeiras estão classificadas como ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado.

c. Depósitos judiciais

Os depósitos judiciais são realizados para dar curso a discussões judiciais e estão sendo atualizados monetariamente. São apresentados no ativo na expectativa de que ocorra desfecho favorável das questões para a Companhia.

d. Investimentos

Estão demonstrados pelo valor de custo de aquisição.

e. Passivo circulante e não circulante

São demonstrados pelos valores conhecidos e calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas.

.3.

ELÉTRON S.A.

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

f. Imposto de renda e contribuição social

São calculados e registrados com base nas alíquotas e critérios fiscais vigentes na data de elaboração das demonstrações contábeis. A Companhia adota o regime de apuração pelo lucro presumido, resultante da aplicação do percentual de presunção de lucro de 32% sobre a receita bruta auferida em cada trimestre, onde o imposto de renda é calculado com base na alíquota de 15% mais adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido que exceder o limite de R$ 60 no trimestre. A contribuição social sobre o lucro líquido é calculada com base na alíquota de 9%.

g. Contingências

Os passivos contingentes decorrentes de litígios ou notificações das entidades fiscalizadoras são avaliados pela Administração da Companhia, com base na análise individual destes processos, tendo como base, a opinião dos seus advogados e consultores jurídicos. Aqueles considerados como de perda provável são provisionados nas demonstrações contábeis e os de perda possível, desde que relevantes, são divulgados em notas explicativas.

h. Resultado básico por ação

O cálculo do resultado básico por ação é feito através da divisão do resultado do exercício pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação.

i. Demonstração do valor adicionado

A apresentação da demonstração do valor adicionado (DVA) é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis à companhias abertas. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis.

4 - Caixa e Equivalentes de Caixa

2015 2014

Depósitos bancários 1 1Aplicações financeiras 14.208 13.811

14.209 13.812

.4.

ELÉTRON S.A.

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

As aplicações financeiras de curto prazo estão constituídas por cotas de fundos de investimento de alta liquidez, prontamente conversíveis em caixa e com riscos insignificantes de mudança de valor. A composição da carteira está representada por:

2015 2014

FundoInstituição Financeira

AdministradoraQuantidade de

Cotas ValorQuantidade de

Cotas Valor

Itaú Corp Federal Plus Itaú Unibanco S.A. - - 12.530,12 785

Itaú Top DI FICFI Ref Itaú Unibanco S.A. 552.502,096 1.874 - -

Bradesco DI Premium Banco Bradesco S.A. 1.454.675,347 12.334 1.741.478,786 13.026

14.208 13.811

5 - Investimentos

Refere-se à participação de 0,0292% na Valepar S.A., empresa de capital fechado, cujo objetivo exclusivo é o de participar do capital social da Vale S.A.

A partir de 2 de março de 2004, está registrado ao custo, devido ter sido concluída a operação objeto do "Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças", entre Sweet River Fund Delaware LLC e Bradesplan Participações S.A., celebrado em 27 de agosto de 2003 e aditado em 9 de fevereiro de 2004. Como resultado desta operação, a Bradesplan Participações S.A., que já era acionista controladora da Elétron S.A. com cerca de 86% do seu capital social, aumentou sua participação na referida sociedade através da aquisição de ações de propriedade da Sweet River Fund Delaware LLC, representativas de aproximadamente 98% do capital social da Belapart S.A. e da Valetron S.A., as quais, por sua vez, detinham, em conjunto, 100% do capital social da Opportunity Anafi Participações S.A. A operação foi realizada por intermédio do sistema de negociação da Sociedade Operadora do Mercado de Ativos - SOMA.

.5.

ELÉTRON S.A.

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

Com a conclusão da referida operação, a Bradesplan Participações S.A. adquiriu, indiretamente, 99% da participação acionária que a Opportunity Anafi Participações S.A. detinha na Elétron S.A., correspondes a 14,2208% do seu capital total e votante e, indiretamente, a 2,3798% do capital social da Valepar S.A., acionista controladora da Vale S.A. Na mesma data, foram aprovadas unanimemente as cisões parciais da Belapart S.A. e da Valetron S.A., seguidas das cisões parciais da Opportunity Anafi Participações S.A. e da Elétron S.A., com versão das respectivas parcelas cindidas ao patrimônio da Babié Participações S.A., companhia sob o mesmo controle da Bradesplan Participações S.A. Como resultado das referidas cisões, Bradesplan Participações S.A. e Opportunity Anafi S.A. segregaram suas participações acionárias diretas e indiretas (pós-venda) na Valepar S.A., antes detidas diretamente por meio da Elétron S.A.

Em 10 de julho de 2008 a Assembleia Geral Extraordinária, aprovou aumento do capital da Valepar S.A., mediante emissão de 136.017.242 ações preferenciais conforme quadro abaixo:

Classe Quantidade Valor B1 7.521.040 436.220B2 7.521.040 436.220B3 7.521.040 436.220B4 7.521.040 436.220B5 8.758.681 508.003B6 8.758.681 508.003C1 6.717.827 389.633C2 6.717.827 389.633C3 5.359.673 310.861C4 5.359.673 310.861C5 6.189.631 358.998C6 6.189.631 358.998C7 16.297.847 945.275C8 16.297.847 945.275C9 9.642.883 559.287C10 9.642.881 559.287

136.017.242 7.888.994

A Companhia subscreveu e integralizou 2.487 ações preferenciais classe C1, 2.487 ações preferenciais C2, 1.984 ações preferenciais classe C3 e 1.984 ações preferenciais classe C4, 2.291 ações preferenciais classe C5, 2.291 ações preferenciais classe C6, 6.033 ações preferenciais classe C7, 6.033 ações preferenciais classe C8, 3.570 ações preferenciais classe C9 e 3.569 ações preferenciais classe C10, ao custo total de R$ 1.898, sem alteração no seu percentual de participação.

.6.

ELÉTRON S.A.

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

No corrente exercício foram resgatadas 3.570 ações preferenciais classe C9 e 3.569 ações preferencias classe C10 no valor total de R$ 414. Em 2014 foram resgatadas 6.033 ações preferenciais classe C7 e 6.033 ações preferenciais classe C8 no montante de R$ 700.

Em 22 de dezembro de 2015 a Assembleia Geral Extraordinária da Valepar S.A. aprovou o aumento do capital social, sem emissão de ações, mediante a capitalização da parcela não liquidada financeiramente dos juros sobre capital próprio deliberados em 26 de junho de 2014, 18 de dezembro de 2014 e 25 de junho de 2015 no montante de R$ 2.505.500. A parcela capitalizada pela Companhia foi de R$ 603.

6 - Juros sobre Capital Próprio a Pagar

Referem-se aos juros sobre o capital próprio no valor de R$ 331, provisionado sobre o resultado do exercício de 2003, a pagar à controladora Opportunity Anafi Participações S.A.

7 - Provisão para Contingências

A provisão para contingência refere-se a ações judiciais (liminares) questionando-se: (i) as mudanças da base de cálculo do PIS e da Cofins (receita bruta) conforme Lei nº 9.718/98 e (ii) ação anulatória ajuizada objetivando a extinção dos créditos tributários objeto de processo administrativo relativo a Lei nº 9.430/96. Existem depósitos judiciais no valor de R$ 11.307, registrados no ativo não circulante, associados a estes processos. A Administração da Companhia não espera perda relevante, acima do valor já provisionado, em relação a estes processos.

8 - Contas a Pagar – Não Circulante

Refere-se à obrigação com o ex-controlador por conta de recurso financeiro que se encontra aplicado no Fundo DI Premium do Banco Bradesco, conforme nota explicativa nº 4, concedido à Companhia para suportar eventual perda com processos judiciais existentes. Este valor será devolvido ao mesmo, caso se obtenha decisão favorável nas ações judiciais.

A Administração da Companhia atendendo aos princípios da boa prática contábil, notadamente o princípio do conservadorismo, decidiu por refletir a mudança jurisprudencial ocorrida nos tribunais superiores à guisa da recente decisão em recurso repetitivo proferida da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça sobre a incidência do PIS e COFINS sobre os juros sobre o capital próprio, acolhendo os argumentos da Receita Federal do Brasil. Consequentemente a Administração da Companhia decidiu atualizar a obrigação com o ex-controlador para melhor refletir a situação patrimonial.

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9 - Patrimônio Líquido

a) Capital social

O capital social subscrito está representado por 13.110.377 (9.987.376 em 2014) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. A Companhia poderá aumentar o seu capital independentemente de reforma estatutária, até o limite de R$ 1.000.000 (um bilhão de reais) mediante deliberação do Conselho de Administração.

A Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária de 27 de abril de 2015 aprovou o aumento do capital social em R$ 260, mediante capitalização de adiantamento para futuro aumento de capital e emissão de 181.818 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal.

A Reunião do Conselho de Administração realizada em 27 de maio de 2015 aprovou o aumento do capital social em R$ 1.029 com a emissão 735.298 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal.

A Reunião do Conselho de Administração realizada em 29 de julho de 2015 aprovou o aumento do capital social em R$ 3.000 e emissão 2.205.885 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal.

Em 31 de dezembro de 2015 haviam 1.425.516 ações a integralizar

b) Dividendos

Aos acionistas estão assegurados dividendos mínimos não inferiores a 25% do lucro líquido de

cada exercício, ajustado nos termos da legislação em vigor e deduzido das destinações

determinadas pela Assembleia Geral.

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10 - Contingência Ativa

Em março de 2007, a Companhia ingressou com ação indenizatória contra a Litel Participações S.A. (“Litel”) e outras, pleiteando, em síntese, o , pedindo: (i) o ressarcimento pelos prejuízos decorrentes da diminuição de sua participação no capital social da Valepar S.A. (“Valepar”), considerada à época do ilícito o aumento de capital realizado sem causa, abrangendo os lucros cessantes, a serem apurados em perícia, devendo o valor ser devidamente corrigido e acrescido de juros; (ii) caso não se reconheça a ausência de causa do Aumento de Capital e que apenas parte da diluição teria sido injustificada, condenar as Rés ao pagamento de indenização à Companhia pelos prejuízos apontados no item (i), quais sejam, aqueles consubstanciados na diminuição de sua participação no capital social da Valepar, abrangendo os lucros cessantes, no montante correspondente ao excesso de valor atribuído às ações da Vale conferidas ao capital da Valepar, a serem apurados em perícia, devendo o valor ser devidamente corrigido. A ação foi julgada extinta sem apreciação do mérito, em razão do entendimento de que o litígio entre as partes está abrangido por cláusula compromissória constante do Acordo de Acionistas da Valepar e, que, portanto, deve ser dirimido em sede de Arbitragem.

Em razão da extinção da ação indenizatória supracitada, em 01/06/2010 a Companhia instaurou arbitragem perante o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem – CBMA, com o mesmo objeto da ação indenizatória. As partes Requerente e Requeridas formalizaram a indicação dos seus árbitros, que foram aceitos pelas partes contrárias e indicaram o árbitro presidente, e em 22/10/2015, foi realizada audiência para assinatura do Termo de Arbitragem, dando-se início à fase de apresentação das respectivas petições. Em 21/12/2015, a Elétron apresentou suas alegações iniciais. A chance de êxito do processo arbitral é avaliada como possível.

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Em 06/06/2007, a Companhia iniciou outro processo arbitral contra a Litel Participações S.A e a Bradespar S.A, requerendo: (i) sejam as requeridas condenadas, solidariamente, a transferirem à requerente em até 10 dias após a data da sentença arbitral, na proporção que as requeridas venham a segregar ou, na falta de tal segregação, na proporção de 50% para cada requerida ou conforme venha a ser determinado pelo tribunal arbitral, uma quantidade de ações ordinárias afetadas que, no total, corresponda a R$ 100.000, acrescidos de atualização monetária e juros a serem fixados pelo Tribunal Arbitral (computados desde a data da liquidação financeira do Leilão – 09/05/1997 – até a data do exercício da Opção de Compra – 18/06/1997), quantidade essa a ser determinada com base no preço final obtido no leilão, como dispõe o item 8.5.1 do Acordo de Acionista, e ajustada em razão de quaisquer bonificações, grupamentos e desdobramentos ocorridos desde então, dando-se tal transferência em contrapartida ao pagamento do valor apurado e produzindo a decisão arbitral todos os efeitos de direito necessários à transferência de titularidade das referidas ações para a requerente; (ii) adicionalmente, sejam condenadas a ressarcir à requerente os valores recebidos pela requeridas, a título de dividendos e juros sobre capital próprio relativos às ações ordinárias afetadas que deveriam ter sido transferidas em decorrência da opção de compra (considerando eventuais bonificações, grupamentos ou desmembramentos), a serem apurados em perícia, em qualquer caso acrescidos de correção monetária e juros, contados da data dos respectivos recebimentos dos valores até o efetivo reembolso, segundo índice e taxa a serem definidos oportunamente; e ao pagamento de juros de mora a serem fixados pelo tribunal arbitral, computados desde o momento do inadimplemento contratual, bem como prejuízos resultantes de tal inadimplemento contratual, incluindo lucros cessantes e, dentre outros, custas, honorários e demais despesas incorridas com o objetivo de obter o cumprimento das obrigações objeto da arbitragem.

Em 18/12/2009, o Tribunal Arbitral reconheceu, por unanimidade (i) que a opção foi validamente exercida pela Elétron em 18/06/97; (ii) que, embora a Elétron tenha exercido a opção, as Requeridas deixaram de segregar as ações, impedindo a execução do contrato; (iii) que a titular do direito à Opção é a Elétron; (iv) que o tribunal arbitral “é competente para suprir a vontade das Partes e determinar a transferência das ações e o pagamento do preço devido, bem como para resolver sobre indenização correspondente às perdas e danos decorrentes da inocorrência da opção de compra”; e (v) que “o momento da entrega das ações, o respectivo número e o respectivo valor atualizado, bem como o eventual ressarcimento de danos serão objeto de sentença ulterior, ao termo de contraditório em que as Partes produzirão as provas que julgarem necessárias”.

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Em 05/09/2011, o Tribunal Arbitral proferiu Sentença Final, complementada em 03/10/2011, reconhecendo o direito da Elétron à aquisição de 37.500.000 ações ordinárias da Valepar (as “Ações da Opção”), ao preço de R$ 632.007 montante que deve ser atualizado pela UFIR-RJ a partir de 12/06/2007 até a data do efetivo pagamento (o “Preço de Compra das Ações”). O Tribunal Arbitral negou os pedidos da Elétron de indenização por lucros cessantes e a restituição à Elétron dos dividendos e juros sobre capital próprio pagos às Ações da Opção entre 18/06/1997 até 11/06/2007. Os dividendos e JCP pagos às Ações da Opção entre 11/06/2007 e a data da efetiva transferência das Ações devem ser restituídos à Elétron corrigidos pelo CDI, tendo sido autorizada a compensação de tais valores com o Preço de Compra das Ações. Foi conferido à Litel e à Bradespar prazo de 10 dias para que chegassem a um acordo quanto ao percentual de cada uma no rateio e segregação das Ações da Opção, sob pena da Elétron poder exigir a transferência da totalidade das Ações da Opção de qualquer uma delas. O prazo para que fossem segregadas as Ações venceu em 14/10/2011 sem que as Requeridas efetivassem a segregação.

Em 18/03/2010, Litel e Bradespar ajuizaram ações judiciais pleiteando a anulação da sentença arbitral parcial, com a formação de novo Tribunal Arbitral.

Em 20/10/2011, a Elétron enviou correspondência à Litel e à Bradespar para exigir a transferência das 37.500.000 ações ordinárias da Valepar, sem renúncia à solidariedade, sendo que Litel deveria transferir 50% das ações e Bradespar deveria transferir 50% das ações, em ambos os casos em contrapartida ao pagamento do preço definido no processo de arbitragem, notificando Litel e Bradespar para que seus representantes legais comparecessem à sede da Valepar, no dia 21/10/2011, às 17:00 horas, de modo a efetivar a compra e venda. Litel e Bradespar, devidamente notificadas, não compareceram à sede da Valepar.

Em 27/10/2011 e 30/12/2011, Bradespar e Litel, respectivamente, ajuizaram ações anulatórias da sentença final do processo de arbitragem, com pedido de antecipação de tutela para suspender a exequibilidade da sentença arbitral final. Os pedidos foram apreciados e indeferidos.

Em 08/04/2014, o juízo da 7º Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro julgou todas as 4 ações anulatórias improcedentes, resolvendo os processos com resolução de mérito.

Em 24/09/2014, a 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento às apelações, mantendo a sentença proferida em 08/04/2014 e, ainda, condenou Litel e Bradespar, na proporção de seus interesses nas causas, nas penas da litigância de má-fé, pela violação da barreira da lealdade processual. Litel e Bradespar interpuseram recursos às instâncias superiores, ainda pendentes de julgamento. As chances de perda desses processos são avaliadas como remotas.

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Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

Diante do descumprimento da sentença arbitral final, já transitada em julgado, a Elétron ingressou, em 02/10/2014, com ação de execução para que a compra e venda determinada no processo arbitral seja implementada.

Em 04/03/2015, diante da recusa de Litel e Bradespar em entregar as ações mediante pagamento do preço, foi requerida a conversão da execução para entrega de coisa, em execução para pagamento de quantia certa, e Litel e Bradespar foram intimadas a efetuar o pagamento do valor monetário correspondente ao das ações.

Em 23/03/2015 e em 08/04/2015, Litel e Bradespar, respectivamente, interpuseram agravos de instrumento contra a decisão que determinou o pagamento do valor correspondente ao das ações, e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro interrompeu a execução.

Em 15/07/2015, o Tribunal de Justiça negou provimento ao agravo de instrumento interposto pela Bradespar, considerando lícita a conversão da execução para a entrega das ações, em execução para pagamento do valor correspondente ao das ações. Foi determinada, todavia, a realização de perícia para apuração do correto valor a ser pago.

Independente da solução do litígio perante o Poder Judiciário, a contingência ativa não foi reconhecida nas demonstrações contábeis, uma vez que sua realização independe do controle da Companhia, podendo tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado.

Em 26/10/2015, a Elétron instaurou a arbitragem nº. 2015.00905 perante o CBMA, contra Litel e Bradespar, na qual pleiteia o ressarcimento dos prejuízos decorrentes de oscilação no valor das ações da opção de compra da Valepar. Aguarda-se a formação do Tribunal Arbitral e a assinatura do Termo de Arbitragem. A chance de êxito do processo arbitral é avaliada como possível.

11 - Despesas Administrativas

Está representada, substancialmente, pelo montante de R$8.025 referente a atualização da obrigação com o ex-controlador conforme descrito na nota explicativa nº 8 e R$3.017 (R$595 em 2014) de despesas com serviços advocatícios sobre os processos judiciais relacionados às causas e ações descritas nas notas explicativas n° 7 e 10.

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12 - Instrumentos Financeiros

Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações.

A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas em comparação com as vigentes no mercado.

A Companhia tem como política não assumir posições expostas a flutuações de valores de mercado e operando apenas instrumentos que permitam controles e riscos. A Companhia não realizou operações com derivativos no exercício.

De acordo com suas políticas financeiras, a Companhia não tem efetuado operações envolvendo instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo.