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ANO IV | N o 12 | MARÇO DE 2009 | 1 O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência E Este artigo aborda as partículas elementares da matéria, o acelerador de partículas LHC 1,2 e as suas perspectivas como o maior instrumento de investigação científica até então construído. O acelerador em questão trata-se de um anel com 27 km de circunferência e quatros detectores de par- tículas, que funciona nas instalações do Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN, sigla em francês para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), localizado na cidade de Meyrin, fronteira entre a Suíça e a França. Apesar de não ser o único instrumento a produzir colisões entre partículas, será o primeiro a proporcionar o mais in- tenso nível de energia, o que implicará colisões mais vio- lentas e na produção de até 100 vezes mais colisões por segundo, algo jamais visto anteriormente. Um dos seus ob- jetivos é provar a existência do bóson de Higgs. A previsão é de que esta partícula seja produzida a partir do alto nível de energia proporcionado, o que permitirá a geração de partículas com mais massa. Seu escopo, no entanto, é ain- da mais grandioso. Consideramos que este seja um pro- gresso de máxima relevância para a Ciência, comparável, por exemplo, ao impacto causado por uma sequência de descobertas, entre as quais se incluem a luneta de Galileu e o telescópio espacial Hubble. Desde a concepção até o acionamento do LHC, foram 30 anos de pesquisas e vários obstáculos. O orçamento estourou várias vezes, e o custo final ficou quatro vezes maior do que o previsto, por pro- blemas de equipamento e construção do aparelho. O acio- namento foi atrasado em dois anos. De acordo com Robert Aymar, diretor-geral do CERN, mais de nove mil pesquisa- dores e engenheiros trabalharam no projeto do LHC. O Bra- sil, apesar de não ser país-membro do CERN, tem cientis- tas e estudantes contribuindo em quase todos os detectores do LHC. Um deles, de valor especial para o país, pode aju- dar a explicar um fenômeno descoberto pelo físico curitibano César Lattes. A forma mais trivial de investigação da intimidade da matéria consiste em produzir partículas subatômicas, acelerá-las e fazê-las colidirem. O choque entre partículas leva à produção de novas partículas. Observando esse pro- cesso, é possível criar modelos capazes de conjecturar so- bre a matéria. Quanto maior a energia utilizada na colisão, mais processos considerados raros podem ser observados e, como produto dessa colisão, partículas mais instáveis. O Modelo Padrão (MP) foi criado observando-se esse tipo de experimento. Ele é capaz de explicar três das quatro inte- rações fundamentais da natureza: o eletromagnetismo, a interação forte (responsável por manter os prótons e nêu- trons coesos dentro do núcleo atômico) e a interação fraca (responsável pelo decaimento radioativo). De acordo com o MP, existem 17 partículas elementares, dentre as quais 16 são conhecidas e uma, o bóson de Higgs, é previsível. Maj QEM Júlio César José Rodrigues Junior [email protected] 1 o Ten QEM Mariana Guimarães Pralon [email protected] Continua na página 2 Engenheiro do CTEx recebe menção honrosa Página 13 A linha do tempo dos avanços científicos Página 3 Treinamento em concepção de Sistemas e de Materiais de Emprego Militar Página 10 Teste de helitransportabilidade da VLEGA Chivunk Página 8

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Page 1: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 1

O LHC, as partículas elementarese os limites da ciência

EEste artigo aborda as partículas elementares da matéria, o

acelerador de partículas LHC1,2 e as suas perspectivas como

o maior instrumento de investigação científica até então

construído. O acelerador em questão trata-se de um anel

com 27 km de circunferência e quatros detectores de par-

tículas, que funciona nas instalações do Conselho Europeu

para a Pesquisa Nuclear (CERN, sigla em francês para

Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), localizado

na cidade de Meyrin, fronteira entre a Suíça e a França.

Apesar de não ser o único instrumento a produzir colisões

entre partículas, será o primeiro a proporcionar o mais in-

tenso nível de energia, o que implicará colisões mais vio-

lentas e na produção de até 100 vezes mais colisões por

segundo, algo jamais visto anteriormente. Um dos seus ob-

jetivos é provar a existência do bóson de Higgs. A previsão é

de que esta partícula seja produzida a partir do alto nível

de energia proporcionado, o que permitirá a geração de

partículas com mais massa. Seu escopo, no entanto, é ain-

da mais grandioso. Consideramos que este seja um pro-

gresso de máxima relevância para a Ciência, comparável,

por exemplo, ao impacto causado por uma sequência de

descobertas, entre as quais se incluem a luneta de Galileu

e o telescópio espacial Hubble. Desde a concepção até o

acionamento do LHC, foram 30 anos de pesquisas e vários

obstáculos. O orçamento estourou várias vezes, e o custo

final ficou quatro vezes maior do que o previsto, por pro-

blemas de equipamento e construção do aparelho. O acio-

namento foi atrasado em dois anos. De acordo com Robert

Aymar, diretor-geral do CERN, mais de nove mil pesquisa-

dores e engenheiros trabalharam no projeto do LHC. O Bra-

sil, apesar de não ser país-membro do CERN, tem cientis-

tas e estudantes contribuindo em quase todos os detectores

do LHC. Um deles, de valor especial para o país, pode aju-

dar a explicar um fenômeno descoberto pelo físico curitibano

César Lattes.

A forma mais trivial de investigação da intimidade da

matéria consiste em produzir partículas subatômicas,

acelerá-las e fazê-las colidirem. O choque entre partículas

leva à produção de novas partículas. Observando esse pro-

cesso, é possível criar modelos capazes de conjecturar so-

bre a matéria. Quanto maior a energia utilizada na colisão,

mais processos considerados raros podem ser observados

e, como produto dessa colisão, partículas mais instáveis. O

Modelo Padrão (MP) foi criado observando-se esse tipo de

experimento. Ele é capaz de explicar três das quatro inte-

rações fundamentais da natureza: o eletromagnetismo, a

interação forte (responsável por manter os prótons e nêu-

trons coesos dentro do núcleo atômico) e a interação fraca

(responsável pelo decaimento radioativo). De acordo com

o MP, existem 17 partículas elementares, dentre as quais

16 são conhecidas e uma, o bóson de Higgs, é previsível.

Maj QEM Júlio César José Rodrigues Junior

[email protected]

1o Ten QEM Mariana Guimarães Pralon

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Continua na página 2

Engenheiro do CTEx

recebe menção honrosa

Página 13

A linha do tempo dos

avanços científicos

Página 3

Treinamento em concepção

de Sistemas e de Materiais

de Emprego Militar

Página 10

Teste de helitransportabilidade

da VLEGA Chivunk

Página 8

Page 2: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

CTEx NOTÍCIAS | 2C T E XC T E X

A figura 1 exibe toda a família de partículas. Algumas são

mais conhecidas, como os elétrons, os constituintes nega-

tivos da matéria, e os fótons, as partículas da luz. Os quarks

são os constituintes dos prótons e nêutrons, partículas não

elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon

e tau, os bósons W e Z e os glúons, responsáveis pela inte-

ração forte entre os quarks. Os bósons

W e Z promovem as conhecidas intera-

ções fracas. Acredita-se que toda ma-

téria seja composta por seis tipos de

quarks e seis tipos de léptons.

Contudo, o MP não está comple-

to, pois o bóson de Higgs escapou da

detecção. Ele é o pilar desse edifício

construído teórica e experimentalmen-

te. Segundo o MP, o campo associado

a essa partícula participa do processo

que elucida a aquisição de massa das

demais partículas.

Nas últimas décadas, foram iden-

tificadas duas falhas no MP. A primeira refere-se à maté-

ria que não se submete às três interações fundamentais,

mas é detectável pela sua influência gravitacional sobre

outras porções de matéria. É chamada de matéria escura

por não interagir com a luz e sua constituição ainda é um

mistério. A segunda falha refere-se à expansão acelerada

do Universo. Essa medida é indício de excesso de densi-

dade de energia do Universo, a chamada energia escura.

Nada disso é previsto pelo MP e espera-se que o LHC te-

nha condições de esclarecer essa questão com alguma evi-

dência experimental.

Ainda existem muitas outras questões igualmente fas-

cinantes em aberto que podem ser elucidadas pelos expe-

rimentos com o LHC. Há um tipo de simetria das leis físicas,

a Supersimetria, que atribui a cada partícula conhecida o

seu par supersimétrico. Esse conceito de simetria surge

quando idéias teóricas são analisadas matematicamen-

te. Os constituintes da matéria são divididos em dois gru-

pos: o dos férmions e o dos bósons. O elétron, por exem-

plo, é um “férmion” e, portanto, um constituinte da maté-

ria. Neste caso, deve existir um bóson s-elétron, seu par

supersimétrico. Para o fóton, que é um bóson, também deve

existir o seu par supersimétrico, o férmion fotino. É possível

escrever as leis da Física com ou sem a ruptura dessa si-

metria e, com os experimentos atuais, ainda não é possível

saber se a supersimetria é, de fato, uma simetria respeita-

da pelas leis da Física. A identificação do rastro de um par

supersimétrico seria uma grande conquista para a Física e

o intelecto humano.

Há uma partícula ainda não encontrada chamada

gráviton, que os físicos acreditam ser a responsável pela força

da gravidade, que é a única força ainda

não explicada, ainda não atribuída a ne-

nhuma partícula existente. A descoberta

dos grávitons será um grande avanço,

pois possibilitará a unificação das duas

grandes teorias da Física: Mecânica

Quântica e Relatividade Geral. A primei-

ra descreve o mundo das partículas consti-

tuintes da matéria; a última corresponde à

Teoria da Gravidade, que atribui a defor-

mação do espaço à força. Acredita-se que

o LHC não será capaz de produzir o grá-

viton, devido à fraqueza da força gravi-

tacional. Para a produção do gráviton, acre-

dita-se que será necessário um acelerador de partículas mui-

to maior. Apesar disso, mesmo que indiretamente, por meio

da análise de outros fenômenos, espera-se que o LHC possa

contribuir para o entendimento da força gravitacional.

A Teoria das Cordas apresenta-se como uma alternati-

va ao Modelo Padrão. Trata-se da única teoria que sugere a

dimensionalidade do Universo, isto é, prevê que existam mais

de três dimensões espaciais. Essas dimensões adicionais

estariam enroscadas em uma escala muito pequena e ain-

da imperceptível para os nossos instrumentos. Talvez pudes-

sem ser detectadas pelo LHC em condições bem particulares.

Em síntese, muitas serão as contribuições do LHC — a

descoberta do bóson de Higgs e a elucidação da aquisição de

massa das partículas, o esclarecimento da matéria escura e

da energia escura, não previstas pelo Modelo Padrão, a iden-

tificação do rastro de pares de partículas supersimétricos, o

avanço no entendimento da força gravitacional e a detecção

de dimensões adicionais do Universo. Há muitas outras ra-

zões para que o LHC seja considerado um instrumento útil

para a ciência. Quanto mais profundamente observarmos a

intimidade da matéria, mais perplexos ficaremos com os resul-

tados encontrados, muitos dos quais totalmente imprevisíveis.

O LHC, as partículas elementarese os limites da ciência

Continuação da página 1

1 Revista The Economist de agosto de 2008.

2 Revista Newsweek de setembro de 2008.

Figura 1 – O Modelo Padrão

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ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 3

A linha do tempo dos

avanços científicos

1o Ten QEM Mariana Guimarães Pralon

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Desde o final do século XVI, com o telescópio de Galileu, a

ciência vem avançando de maneira irreversível e contribu-

indo significativamente para a compreensão do Universo

do qual fazemos parte. O que para muitos é hoje um sim-

ples telescópio para observar o espaço, no passado signifi-

cou um avanço sem precedentes na história da ciência. O

advento do telescópio de Galileu permitiu, dentre muitas

conquistas, que se chegasse à conclusão de que Júpiter

tinha quatro luas e que o sol estava em movimento de rota-

ção. Além disso, foi possível comprovar definitivamente a

teoria de Copérnico do sistema solar, em que o sol, e não a

Terra, está no centro.

Em 1687, Isaac Newton publicou a teoria da gravida-

de. Em 1921, Einstein revolucionou com a Teoria da Relativi-

dade, que lhe garantiu um Prêmio Nobel. Em 1927, Georges

Lemaître propõe um modelo do nascimento do Universo, que

hoje é conhecido como a teoria do big bang. Em 1929, surge

o primeiro acelerador de partículas, o Cyclotron de Ernest

Lawrence, com apenas 10 cm de diâmetro. Nesse mesmo

ano, surge o telescópio Hubble. Em 1945, as primeiras ar-

mas nucleares, criadas por um grupo de físicos dos Esta-

dos Unidos, são detonadas sobre Hiroshima e Nagasaki.

Em 1981, Alan Guth propõe que uma força gravitacional

repulsiva teria sido a responsável pela expansão do Univer-

so após o big bang. Como é possível ser observado, muitos

são os avanços da ciência ao longo dos anos. Os avanços

anteriores contribuem para os avanços futuros. Dessa for-

ma, as descobertas de hoje só são possíveis graças a tudo

que já foi conquistado em termos de conhecimento científico.

Os aceleradores de partículas são equipamentos que

permitem o estudo dos elementos constituintes da matéria.

Como citado anteriormente, o primeiro acelerador de partí-

culas, o Cyclotron de Lawrence, surgiu em 1929. Em 1927,

no entanto, os físicos ingleses J. D. Cockcroft e E. T. S. Walton,

da Universidade de Cambridge, conseguiram realizar a pri-

meira reação nuclear induzida artificialmente, ganhando com

isso o Prêmio Nobel de Física em 1951. Em 1983, foi finali-

zado o acelerador de partículas Tevatron, situado no Fermilab

(sigla em inglês para Fermi National Accelerator Laboratory),

localizado em Illinois, nos Estados Unidos da América. Tal

acelerador consiste em um anel com 6,3 km, muito maior

que os 10 cm de diâmetro do Cyclotron de Lawrence de 1929.

Finalmente, a atual promessa de avanços significati-

vos na compreensão do Universo é o acelerador de partícu-

las LHC (sigla em inglês para Large Hadron Collider), um anel

de 27 km de circunferência capaz de proporcionar colisões

com um nível tão elevado de energia que irá resultar, segun-

do o previsto, em partículas ainda desconhecidas, como o

bóson de Higgs. Além disso, espera-se que o LHC possa con-

tribuir para o entendimento da força da gravidade e para a

detecção de dimensões adicionais do Universo. Há muitas

outras questões que o LHC irá tentar elucidar, o que mostra

a sua grandiosidade no mundo da ciência.

Dessa forma, vemos que quanto mais avanços cientí-

ficos surgem, mais podemos perceber a complexidade do

Universo do qual fazemos parte e concluir que somos ape-

nas pequenos pontos insignificantes nessa imensa galáxia.

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CTEx NOTÍCIAS | 4C T E XC T E X

Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CTEx recebe comitiva do

Exército dos EUA

Em 6 de novembro de 2008, o CTEx foi

visitado por uma comitiva de seis inte-

grantes do Comando de Pesquisa, Desen-

volvimento e Engenharia do Exército dos

Estados Unidos da América (U.S. Army

Research, Development and Engineering

Command — RDECOM).

Organizacionalmente, o RDECOM

pertence ao Comando Logístico (U.S. Army

Material Command — AMC), que se subor-

dina diretamente ao Exército norte-americano. O RDECOM

tem como foco o desenvolvimento de tecnologias ino-

vadoras e de soluções de engenharia economicamente

viáveis, visando prover o Exército norte-americano com

poder militar superior e decisivo no teatro de operações,

onde e quando for necessário.

Adicionalmente, o RDECOM também atua no esta-

belecimento de relações de parceria e cooperação com

o mundo acadêmico, com Forças Armadas e com em-

presas de outros países, com a finalidade de procurar,

identificar, adquirir e integrar tecnologias estrangeiras

que potencialmente atendam às necessidades do Exér-

cito norte-americano e garantam ao seu combatente,

por conseguinte, a supremacia no campo de batalha.

A comitiva norte-americana conheceu alguns pro-

jetos de materiais de emprego militar e linhas de pesqui-

Exposição da VLEGA Chivunk Explanação sobre a Arma Leve AntiCarro (ALAC)

sa em curso neste Centro Tecnológico, dentre os quais

se destacam:

— Arma Leve AntiCarro (ALAC);

— Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT);

— propelentes, pirotécnicos e explosivos;

— materiais para blindagem;

— equipamentos de visão noturna;

— fontes eletroquímicas;

— morteiros 120 mm, 81 mm e 60 mm e suas respec-

tivas munições;

— Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportável

(VLEGA) Chivunk;

— Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportável

(VLEGA) Gaúcho;

— irradiação de alimentos; e

— defesa química, biológica e nuclear.

Recepção à comitiva do Exército norte-americano

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ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 5

Cooperação de instrução com o AGR

Em 12 de novembro de 2008, o CTEx realizou uma jor-

nada de instrução em proveito de uma comitiva do Ar-

senal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR), composta por

3 oficiais e 30 sargentos, oriundos das Armas de Co-

municações e Material Bélico.

A instrução teve como objetivo apresentar aos

instruendos os principais projetos e linhas de pes-

quisa em desenvolvimento no CTEx, com especial

atenção àqueles que gerarão materiais de emprego

militar cuja linha de montagem e manutenção pos-

sam vir a ser realizados pelo AGR. Dentro dessa pers-

pectiva, a instrução foi colimada para as áreas de

1o Ten OTT José Clemente Schwartz Filho

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em atendimento a um pedido do Instituto Militar de Enge-

nharia, no período de 10 a 13 de novembro de 2008,

engenheiros da Divisão de Defesa Química, Biológica e

Nuclear (DDQBN) do CTEx ministraram instruções do Es-

tágio Avançado de Proteção Radiológica para oficiais den-

tistas do Serviço de Saúde do Exército.

Entre os aspectos teóricos da programação, podem

ser destacados: Física das Radiações, Radioproteção, De-

tecção, Dosimetria e Blindagem das Radiações e Irradia-

ção de Materiais. As palestras teóricas foram complemen-

tadas por atividades práticas e visita às seguintes instala-

ções da DDQBN: Irradiador de Materiais, o Arranjo Grafi-

te-Urânio Subcrítico e o Laboratório de Aferição de Quali-

dade de Equipamentos Radiológicos (LAQER). Nessas ati-

vidades, os instruendos puderam verificar alguns testes

de constância relacionados ao controle da qualidade

em radiodiagnóstico médico e odontológico e atualizar

seus conhecimentos sobre equipamentos, insumos e

acessórios mais adequados a suas práticas de trabalho.

Ao longo das jornadas, foram realizadas ativida-

des práticas sobre o uso de detectores de radiação e

de procedimentos de utilização de equipamentos de

proteção individual (EPI), sendo o estágio finalizado com

um exercício de campo, no qual os alunos tiveram a opor-

tunidade de realizar atividades de amostragem, cole-

ta e identificação de agentes radiológicos, uso de EPI,

bem como aplicar conceitos de proteção radiológica.

Estágio Avançado de Proteção Radiológica

Cap QEM Avelino dos Santos

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Optrônicos e Sensores, Radares e Tecnologia da Infor-

mação. Os instruendos tiveram, ainda, a oportunida-

de de conhecer as instalações dos Laboratórios de Op-

trônicos e Sensores e de Medidas Eletromagnéticas.

Maj QEM Abdala ministra instrução aos militares do AGR

Estagiários realizam o levantamento radiométrico de áreaIntegrantes do Estágio

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CTEx NOTÍCIAS | 6C T E XC T E X

Em 18 de novembro de 2008, o Grupo Finalístico de Guer-

ra Eletrônica do Centro Tecnológico do Exército, recebeu

CTEx no desenvolvimentodo projeto MAGE-Com MB-EB-FAB

para as Forças Armadas

Maj QEM André da Costa Pinho

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

integrantes da DCTIM1 e IPqM2 da Marinha do Brasil e do

CEAGAR3 da Força Aérea Brasileira para reunião de traba-

lho sobre o projeto de desenvolvimento conjunto de um

sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica de Co-

municações para as três Forças (MAGE-Com MB-EB-FAB).

O projeto MAGE-Com MB-EB-FAB é uma iniciativa das

três Forças Armadas em pesquisar e desenvolver em con-

junto um sistema nacional de Guerra Eletrônica na área

de comunicações, por intermédio de suas Organizações

Militares participantes da reunião, tendo em vista que a

Força Terrestre, o Corpo de Fuzileiros Navais e a Infantaria

da Aeronáutica têm necessidades semelhantes nesse

campo de atuação.

Essa reunião é realizada com regularidade com o ob-

jetivo de definir algumas ações que podem ser antecipa-

das e que independem de recursos financeiros, enquanto

se aguarda a aprovação e a definição do provisionamento de

crédito pelo Ministério da Defesa, que analisa a proposta do

projeto, encaminhada pelos Estados-Maiores de cada Força.

Destaque em Cursode Aperfeiçoamento Militar

Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Oficiais do CTEx e do IME, concludentes do CAM 2008, reunidos

em evento de encerramento de curso na ESAO

O Capitão Marcio SCARPIM de Souza foi o destaque da

Guarnição do Rio de Janeiro no Curso de Aperfeiçoamen-

to Militar para Engenheiros Militares, obtendo a primeira

colocação dentre os oficiais da Guarnição matriculados

no curso, no ano de 2008.

Em 25 de novembro de 2008, foi realizado na Es-

cola de Aperfeiçoamento de Oficiais o encerramento do

Curso de Aperfeiçoamento Militar na modalidade de en-

sino a distância, destinado ao Quadro de Engenheiros

Militares, Quadro Complementar de Oficiais, Quadro de

Oficiais de Saúde Dentista e Farmacêutico.

No total, 143 oficiais das diversas regiões do país

concluíram o curso. Na oportunidade, 29 capitães que

servem na Guarnição do Rio de Janeiro foram diploma-

dos, entre os quais os seguintes capitães do CTEx, além

do Cap SCARPIM: Ricardo Teixeira POITEVIN, ROBERTA

Pereira Ferreira, Francisco BENJAMIM Filho, Marlos

de MENDONÇA Correa, Vinicius MAMEDE Carvalho e

Alexandre Lyrio Viana DE MELO.

Reunião de trabalho no CTEx referente ao projeto MAGE-Com MB-EB-FAB

1 DCTIM – Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha.

2 IPqM – Instituto de Pesquisa da Marinha.

3 CEAGAR – Centro de Estudo e Avaliação de Guerra Aérea.

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ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 7

Cooperação Técnica entre

o CTEx e a INB

Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em 28 de novembro de 2008, o Cap QEM João Cláudio

Batista Fiel, deste Centro Tecnológico, recebeu do Dire-

tor de Produção do Combustível Nuclear da empresa

Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Dr Samuel Fayad,

uma placa de agradecimento pelos trabalhos de aná-

lise de segurança de criticalidade para o licenciamen-

to da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) e pela con-

tribuição nas reuniões técnicas durante o 1o Encontro

Técnico INB/NECSA.

O 1o Encontro Técnico entre as Indústrias Nuclea-

res do Brasil (INB) e a Corporação de Energia Nuclear

da África do Sul1 ocorreu no período de 25 a 28 de

Oficial do CTEx é homenageado

em evento binacional

Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

novembro de 2008 e tratou, entre outros assuntos, do

domínio de tecnologias para produção de combustível

para reatores nucleares, da troca de experiências e do

mapeamento de competências atinentes ao ciclo de

combustível nuclear.

Nesse encontro, os engenheiros do CTEx apre-

sentaram uma palestra sobre atividades do CTEx na

área nuclear, participaram de plenárias e reuniões téc-

nicas, sendo que o Cap Fiel contribuiu com o tema

Elemento Combustível. A homenagem concedida ao

Cap Fiel foi motivada também pelo êxito alcançado no

trabalho de cálculo neutrônico desenvolvido conjun-

tamente com a INB, que teve por objetivo realizar a

análise de segurança de criticalidade da Fábrica de Com-

bustível Nuclear da INB, localizada em Resende (RJ).

no licenciamento de qualquer instalação nuclear. Nes-

sa análise pretende-se garantir, por meio da utilização

de cálculos neutrônicos, que nenhum acidente possa

vir a ocorrer com o material físsil.

O CTEx possui uma linha de pesquisa em reatores

nucleares, da qual provém a capacitação técnica em cál-

culos neutrônicos necessária ao desenvolvimento da

análise de segurança de criticalidade descrita. Essa aná-

lise permitiu avaliar e quantificar o risco de acidentes de

natureza nuclear na linha de produção do elemento

combustível da Fábrica de Combustível Nuclear, o qual

foi submetido à apreciação da CNEM, tendo sido apro-

vado em dezembro de 2008. Em consequência, a CNEM

concedeu às Indústrias Nucleares do Brasil a autoriza-

ção para a produção do novo elemento combustível que

será testado em Angra 1.

Fruto da cooperação técnica entre o CTEx e a INB,

foi elaborado o relatório final de análise de criticalidade

da Fábrica de Combustível Nuclear.

No segundo semestre de 2008, a empresa Indústrias

Nucleares do Brasil (INB) solicitou o apoio técnico do

Centro Tecnológico do Exército para a realização da

análise de segurança de criticalidade das Unidades I e

II de sua Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), locali-

zada em Resende (RJ), de sorte a atender às exigên-

cias impostas pela Comissão Nacional de Energia Nu-

clear (CNEN) no tocante ao licenciamento da produção

de um novo elemento combustível, cuja viabilidade de

emprego na usina nuclear de Angra 1 será avaliada a

partir do ano de 2009.

A análise de segurança de criticalidade abrange o

estudo do controle da reação em cadeia em processos

que envolvem materiais físseis tanto em situação de

estocagem quanto em linhas de produção de combus-

tível nuclear, constituindo-se numa etapa obrigatória

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CTEx NOTÍCIAS | 8C T E XC T E X

Em 18 de novembro de 2008, foram apresentados os

principais projetos e linhas de pesquisa em curso ao

Comandante da Aviação do Exército (Cmt Av Ex), Gen

Bda Roberto Sebastião Peternelli Júnior, com o objetivo

de fortalecer o apoio tecnológico ao CAvEx e o trabalho

do Grupo de Apoio à Aviação do Exército, Grupo Finalís-

Reunião de trabalho com o Comandante

da Aviação do Exército

Maj Art Ezídio Correa da Silva Filho

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

tico do CTEx, cujo escritório é localizado no QG daquele

Comando da Aviação.

Dentre as atividades realizadas durante o evento,

destacaram-se as seguintes:

— palestra institucional ministrada pelo Chefe do CTEx;

— palestras sobre o andamento dos seguintes

projetos: Simulador para Helicóptero Esquilo e

Fennec – SHEFE, Míssil Ar-Superfície e Banco Blin-

dado para o helicóptero Esquilo;

— apresentação de estudos sobre blindagens ba-

lísticas leves para helicópteros; e

— exposição de Materiais de Emprego Militar.

Na oportunidade, o Cmt Av Ex pôde conhecer a capa-

citação deste Centro Tecnológico e identificar necessidades

daquele Comando, nas quais a possibilidade de colabora-

ção do CTEx poderá ser relevante. Entre elas, destacam-se:

a adaptação do painel do helicóptero Pantera para OVN e

o desenvolvimento do Sistema C2 em Combate para AvEx.

A Viatura de Emprego Geral Aerotransportável (VLEGA)

Chivunk foi concebida para atender às Unidades e Subu-

nidades nas ações de ressuprimento, transporte de ma-

terial, evacuação de feridos e lançamento de fios. Em

razão desse emprego específico, a alta mobilidade ope-

racional torna-se um fator prioritário. Em consequência, a

viatura deve ser aerotransportável por aeronave de asa

Teste de helitransportabilidade

da VLEGA Chivunk

Cap QEM Luiz Henrique Inacio de Souza

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

fixa ou como carga externa de helicóptero. Em prossegui-

mento às atividades planejadas para a avaliação do pro-

tótipo da Viatura Chivunk desenvolvida pelo CTEx, foi reali-

zado, no dia 26 de novembro de 2008, o teste de transpor-

tabilidade aérea por helicóptero, no 2o Batalhão de Aviação

do Exército, localizado em Taubaté/SP.

O teste visa verificar a adequação das alças de

içamento e de amarração da viatura ao transporte como

carga externa em helicópteros, e foi realizado com su-

cesso, utilizando uma aeronave Cougar.

Aproximação de helicóptero Cougar para

o ensaio de helitransportabilidade

Preparação para içamento da

viatura Chivunk

Helitransporte da viatura

Chivunk

Blindagens em desenvolvimento no CTEx

Page 9: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 9

Em 4 de dezembro de 2008, o Centro Tecnológico do

Exército recebeu a visita de uma comitiva da 4a Subche-

fia do Estado-Maior do Exército (EME), integrada pelo Gen

Div Walter PAULO, Subchefe do EME, e pelos oficiais as-

sessores Cel Carlos Alberto MAAS e Major WILSON Ro-

berto Agostinho do Nascimento, para uma reunião de

trabalho com o objetivo de acompanhamento e avaliação

dos projetos de pesquisa e desenvolvimento de Materiais

de Emprego Militar, em andamento.

A programação geral do evento contemplou as se-

guintes atividades:

— palestra institucional ministrada pelo Chefe do CTEx;

— apresentações de gerentes de projetos, com ên-

fase para os seguintes materiais de interesse

da operacionalidade da Força Terrestre: Radar

4a Subchefia do EME conhece

projetos do CTEx

Cap QEM Avelino dos Santos

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

SABER M60, Sistemas de Míssil Superfície-Ar de

Baixa e de Média Altura e Sistema de Armas para

Viaturas Blindadas;

— demonstração do Simulador de Tiro de Pistola;

— visita à Divisão da Tecnologia da Informação, onde

foram transmitidas informações técnicas, gerenciais

e operacionais dos projetos: Radar Saber M60,

Rádio Mallet e Sistema de Comando e Controle.

Nos dias 8 e 9 de dezembro de 2008, em atendimento a

um pedido do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do

Rio de Janeiro (CBMERJ), engenheiros da Divisão de

Defesa Química, Biológica e Nuclear (DDQBN) do CTEx

ministraram instruções nas áreas de defesa biológica e

radiológica ao Curso de Operações com Produtos Pe-

rigosos do Grupamento de Operações com Produtos Pe-

rigosos (GOPP). As atividades foram programadas para

o CBMERJ e estendidas a integrantes da Marinha do

Brasil, da Força Aérea Brasileira e da Polícia Militar do

Estado do Rio de Janeiro.

Os seguintes aspectos teóricos integraram a pro-

gramação da instrução: Terrorismo QBNR, Defesa Bio-

lógica, Radioproteção, Detecção, Dosimetria e Blinda-

gem das Radiações. Ao longo das jornadas, foram

realizadas atividades práticas sobre o uso de detec-

CTEx coopera com instruçãodo Corpo de Bombeiros

Cap QEM Avelino dos Santos

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

tores de radiação e de procedimentos de utilização

de equipamentos de proteção individual (EPI). A ins-

trução foi finalizada com uma demonstração práti-

ca, na qual os alunos tiveram a oportunidade de sedi-

mentar os conceitos de proteção radiológica e de de-

fesa biológica.

A atividade de instrução contribuiu para promover

uma maior integração entre a Assessoria Científica do

Sistema de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Exér-

cito e o setor de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro.

Teste do Simulador TIRO PST

Integrantes do evento

Page 10: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

CTEx NOTÍCIAS | 10C T E XC T E X

Propriedade Intelectual

A expressão “propriedade intelectual” refere-se aos di-

reitos legais que resultam da atividade intelectual nos

campos industrial, científico, artístico e literário. Ao longo

do tempo, diversas leis nacionais e convenções interna-

cionais foram criadas para proteger os direitos de proprie-

dade intelectual, por duas razões principais:

(i) formalizar os direitos morais e econômicos dos

criadores em relação a suas criações e os direitos

da sociedade em acessá-las;

(ii) promover a criatividade, a disseminação e apli-

cação de seus resultados e o comércio justo.

A propriedade intelectual é geralmente dividida em

dois grandes campos: a propriedade industrial e os di-

reitos autorais, conforme elucidam as tabelas 1 e 2. A

propriedade industrial engloba as áreas de patentes,

marcas, desenhos industriais e indicações geográficas.

Além destes, dois tipos mais recentes de propriedade

industrial são a proteção de cultivares (plantas) e de to-

pografias de circuitos integrados. Os direitos autorais se

referem a obras intelectuais em geral (artísticas, literárias,

científicas etc.) e programas de computador. Os proce-

dimentos para proteção da propriedade intelectual e

seus prazos de validade variam de acordo com seu tipo,

conforme apresentado nas tabelas da página seguinte.

Durante o transcorrer desses prazos, o titular do regis-

tro possui o direito exclusivo de sua exploração econô-

mica, incluindo o direito de licenciá-lo ou vendê-lo para

terceiros. No caso de licenciamento, este pode ser ex-

clusivo ou não, prever ou não o pagamento de compen-

sação econômica (royalties) e incluir ou não o direito de

sublicenciar para outras partes.

A supervisão da legislação internacional de proprie-

dade intelectual é de responsabilidade da World

Intellectual Property Organization (WIPO), uma agência da

Organização das Nações Unidas. No Brasil, o Instituto

Nacional da Propriedade Industrial (INPI), autarquia fede-

ral vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior, é o responsável pela concessão de

patentes e registro dos outros tipos de propriedade indus-

trial. O registro de cultivares é gerenciado pelo Serviço

Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), pertencente

ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O registro de direitos autorais é feito, conforme a nature-

za da obra, na Biblioteca Nacional, na Escola de Música,

na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio

de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema, ou no Con-

selho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Cap QEM Alexandre Taschetto de Castro

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Na semana de 15 a 19 de dezembro de 2008, o Cen-

tro Tecnológico do Exército coordenou o treinamento

em Concepção de Sistemas e de Material de Emprego

Militar (MEM), realizado no Centro de Estudos de Pes-

soal. O objetivo do treinamento foi apresentar méto-

dos e ferramentas sistêmicas de solução de problemas,

para serem empregados na fase de levantamentos das

necessidades e formulação conceitual dos MEM.

O treinamento foi conduzido pelo Sr Robert John

Halligan, Diretor da “Project Performance Internatio-

nal”, palestrante possuidor de larga experiência em

Treinamento em concepção de Sistemas

e de Material de Emprego Militar

Engenharia de Sistemas, tendo participado de di-

versos projetos de desenvolvimento de produtos.

O Sr Robert tem disseminado o seu conhecimento

por meio de treinamento para diversas organizações

públicas e privadas, entre elas: Embraer, Instituto

de Pesquisas Aeroespaciais, Força Aérea Brasileira

e Pentágono.

O treinamento, coordenado pela Assessoria de

Planejamento e Gestão do CTEx, foi uma oportunidade

para que integrantes do CTEx pudessem aperfeiçoar

seus conhecimentos na área, assim como apresentar

a outros órgãos participantes – EME, DCT, ECEME,

EsAO, IME, DF e CAEx – a metodologia aplicada no de-

senvolvimento de MEM, elaborados por esse Centro.

Maj Art Ezídio Côrrea da Silva Filho

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 11: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 11

Variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja cla-

ramente distinguível de outras conhecidas, que seja homogênea e es-

tável através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso

pelo complexo agroflorestal.

Série de imagens relacionadas que represente a configuração tridi-

mensional das camadas que compõem um circuito integrado, e na qual

cada imagem represente, no todo ou em parte, a disposição geométrica

ou arranjos da superfície do circuito integrado em qualquer estágio de

sua concepção ou manufatura.

Expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem na-

tural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza,

de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da

informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos,

baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de

modo e para fins determinados.

Criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qual-

quer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no

futuro, tais como textos de obras literárias, composições musicais, obras

audiovisuais, ilustrações e projetos de engenharia.

Cultivares

Topografia

de circuitos

integrados

Programa

de

computador

Direitos

autorais

Lei no 9.456,

de 25 de abril

de 1997.

Lei no 11.484,

de 31 de maio

de 2007.

Leis no 9.609

e no 9.610,

de 19 de fevereiro

de 1998.

Lei no 9.610,

de 19 de fevereiro

de 1998 e Lei

no 5.988, de 14 de

dezembro de 1973.

15 ou 18

anos,

dependendo

do tipo.

10 anos.

50 anos.

70 anos após

o falecimento

do autor.

Tipo

Patente

Marca

Desenho

industrial

Indicação

geográfica

Descrição

• Invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva

e aplicação industrial, ou

• Modelo de utilidade ou objeto de uso prático, ou parte deste, suscetí-

vel de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição,

envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso

ou em sua fabricação.

Sinais distintivos visualmente perceptíveis, podendo ser dos seguintes tipos:

• de produto ou serviço: usada para distinguir produto ou serviço de outro

idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa;·

• de certificação: usada para atestar a conformidade de um produto ou

serviço com determinadas normas ou especificações técnicas;

• coletiva: usada para identificar produtos ou serviços provindos de mem-

bros de uma determinada entidade.

Forma plástica ornamental de um objeto, ou o conjunto ornamental de li-

nhas e cores, que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resul-

tado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir

de tipo de fabricação industrial.

Nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que

se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabri-

cação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

Legislação

Lei no 9.279,

de 14 de maio

de 1996.

Prazo

de Validade

Invenção:

20 anos.

Modelo

de utilidade:

15 anos.

10 anos,

prorrogáveis

por períodos

iguais

e sucessivos.

10 anos,

prorrogáveis por

mais três períodos

consecutivos

de 5 anos.

Indefinido.

Tabela 2 – Tipos recentes de propriedade industrial e direitos autorais

Tabela 1 – Tipos clássicos de propriedade industrial

Page 12: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

CTEx NOTÍCIAS | 12C T E XC T E X

Conclusão de doutorado em

Engenharia Aeroespacial

Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Um dos grandes problemas durante a fase de desen-

volvimento de sistemas propulsivos é o surgimento e a

determinação das condições de operação que levam à

instabilidade na combustão. Tal fenômeno caracteriza-

se pelo surgimento de oscilações quase harmônicas

em variáveis como pressão e velocidade, as quais são

autossustentadas e podem alcançar

amplitudes capazes de destruir a câ-

mara de combustão.

A instabilidade na combustão é re-

sultante do acoplamento entre o proces-

so de combustão (liberação de calor pela

reação química) e as ondas acústicas

no combustor em um processo de retro-

alimentação positiva, motivo pelo qual

é chamada instabilidade termoacústica.

A Cap Farm Dora Rambauske Car-

doso destacou-se, positivamente,

no processo seletivo 2008-2009

do Programa de Pós-Graduação

em Pesquisa Clínica em Doenças

Infecciosas, na área de concentra-

ção “Biossegurança em Saúde”,

realizado no mês de novembro de 2008, no Instituto

Evandro Chagas, da Fiocruz.

Atualmente, a Cap Dora integra equipe da Divisão

de Defesa Química, Biológica e Nuclear do CTEx, cujas

atribuições, entre outras, são: desenvolvimento de

tecnologia e procedimentos de identificação de agen-

tes químicos, biológicos e radiológicos, assim como

Oficial do CTEx se destaca em processo

seletivo de pós-graduação na Fiocruz

Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

capacitação de recursos humanos voltados para atua-

ção em emergências na área QBRN. Atendendo às exi-

gências do processo seletivo, a Cap Dora elaborou pro-

jeto de pesquisa sobre a avaliação de medidas de bios-

segurança voltadas para contenção primária e secundá-

ria de agentes biológicos em caso de eventos com libera-

ção intencional (bioterrorismo) ou acidental. O projeto apre-

sentado prevê um levantamento minucioso da infraes-

trutura e dos recursos humanos qualificados para atua-

ção em defesa biológica, no âmbito dos hospitais públi-

cos localizados na cidade do Rio de Janeiro, com potencia-

lidade de ampliação dos estudos para âmbito nacional.

Cabe ressaltar que a aprovação da Cap Dora em 1o

lugar, com nota 9,4 na prova escrita, evidencia sua quali-

ficação profissional bem como sua dedicação na prepa-

ração para o processo seletivo do primeiro Curso de Mes-

trado na área de Biossegurança a ser realizado no Brasil.

Uma nova metodologia capaz de prever as condi-

ções operacionais em que a combustão tende a se tornar

instável foi o tema da tese de doutorado defendida, em

dezembro de 2008, pelo Maj QEM Hélio de Miranda Cor-

deiro, no Programa de Engenharia Aeroespacial do Georgia

Institute of Technology (Georgia Tech) em Atlanta, EUA. A

metodologia utiliza modernas ferramentas de identifica-

ção de sistemas dinâmicos, um modelo dinâmico esto-

cástico e não-linear e os dados experimentais provenientes

do combustor. Os resultados da pesqui-

sa vêm sendo utilizados com sucesso

em testes com motores foguetes a pro-

pelente líquido e turbinas para jatos pro-

pulsores da Força Aérea norte-americana.

Após a conclusão do doutorado

no exterior, o Maj Cordeiro foi classifica-

do no CTEx, onde assumiu a gerência

do projeto de Pesquisa e Desenvolvi-

mento de Mísseis de Defesa Antiaérea.

Simulador de combustor a

propelente líquido

Cap Dora

Page 13: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 13

O Maj QEM Renato Massayuki Okamoto, pesquisador

da Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear do

CTEx, recebeu menção honrosa na categoria Tese de

Doutorado pelo seu trabalho “Gerenciamento de Textu-

ras para Aplicações de Visualização de Terrenos em

Ambiente de Comando e

Controle” no III Concur-

so de Teses sobre De-

fesa Nacional (III CTDN).

O Maj QEM Pedro

Augusto de Souza Con-

sentino venceu o concur-

so de melhor tese de

doutorado pelo traba-

lho “Efeito de Carbetos

Metálicos na Sinteriza-

ção do Carbeto de Boro

por Prensagem a Quen-

te”. O Maj Cosentino foi pesquisador do CTEx no perío-

do de fevereiro de 1998 a fevereiro de 2008, época em

que desenvolveu sua tese.

Esse concurso de teses é uma iniciativa do Minis-

tério da Defesa, que tem por objetivo estimular o desen-

volvimento de pesquisas e o estudo acadêmico sobre

temas relativos à Defesa Nacional, contribuindo para am-

pliar a produção científica e para consolidar o pensa-

Engenheiro do CTEx recebe

menção honrosa

Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes

[email protected]

mento nacional sobre o tema. O evento é realizado a

cada dois anos, tendo ocorrido em 2004, 2006 e 2008.

No III CTDN concorreram trabalhos de pós-gra-

duação stricto sensu, categorias mestrado e doutora-

do, aprovados no período compreendido entre 1o de

junho de 2006 e 31 de julho de 2008, divididos em

três áreas: Ciências Humanas, Sociais Aplicadas e

afins, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e afins,

e Trabalho Militar. Na

terceira edição do con-

curso, concorreram 43

trabalhos oriundos de

universidades e centros

de ensino e pesquisa de

todo o país.

A cerimônia de pre-

miação, realizada em 22

de janeiro de 2008, foi

presidida pelo Secretá-

rio de Ensino, Logística,

Mobilização, Ciência e

Tecnologia do Ministério da Defesa, General-de-Exér-

cito José Elito Carvalho Siqueira, e contou com a pre-

sença de diversas autoridades. A cerimônia foi pres-

tigiada pelo Ministro da Defesa, Sr Nelson Jobim, que

em um breve discurso destacou a necessidade de for-

mação dos quadros de pessoal na área da defesa e

de se incentivar a aplicação da ciência e tecnologia para

o desenvolvimento da indústria nacional de defesa.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ministro de Defesa prestigia cerimônia

de premiação do III CTDN

Maj Okamoto e Maj Consentino, na segunda fileira, da direita para

a esquerda, e demais agraciados, civis e militares, no III CTDN

Maj Okamoto recebe menção honrosa no III CTDN

Page 14: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

CTEx NOTÍCIAS | 14C T E XC T E X

No período de 2 a 6 de fevereiro de 2009, engenheiros

militares do CTEx participaram do “Light & Medium

Armoured Vehicles (LAV 2009)”, em Londres, Reino Unido.

A LAV é uma conferência internacional sobre veícu-

los blindados, de periodicidade anual, cujo principal ob-

jetivo é proporcionar o ambiente e a oportunidade para

a discussão de temas previamen-

te selecionados, visando contribuir

para o aprimoramento dos Veículos

Blindados e de seus Sistemas de

Armas, com ênfase no cumprimen-

to da missão e na proteção à tripu-

lação. Participaram deste evento

cerca de 40 empresas da área de

defesa, procedentes de diversos

países, com destaque para aque-

las provenientes dos Estados Uni-

dos, Reino Unido, Canadá, França,

Participação na LAV 2009

Alemanha, Itália, Israel e Noruega. A comitiva do CTEx na

LAV 2009 foi composta pelo Chefe do Grupo Finalístico

de Blindados e Veículos Militares (GBVM), Maj QEM Victor

Santoro Santiago, pelo Chefe do Grupo Finalístico de Ar-

mamento e Munição (GAM), Maj QEM Marcello Menezes

Eifler, acompanhado do adjunto ao GAM, Cap QEM Luiz

Henrique Abreu Dal Bello.

A participação do CTEx na LAV 2009 foi uma exce-

lente oportunidade para a obtenção de informações téc-

nicas atualizadas de elevado nível na área de Veículos

Blindados e seus Sistemas de Ar-

mas, por meio de um contato direto

com interlocutores de diferentes

exércitos, cujas experiências abran-

gem um conjunto amplo de distin-

tas aplicações. Entre estas diversas

experiências, destacam-se relatos

de situação de emprego real, como

as recentes campanhas no Iraque e

no Afeganistão, que embasaram no-

vos direcionamentos de soluções tec-

nológicas, logísticas e operacionais.

Maj QEM Marcello Menezes Eifler

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em 12 de fevereiro de 2009, o CTEx recebeu em suas

instalações o V Alte Maurílio Boavista, representante da

Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defe-

sa e Segurança (ABIMDE) e Dr Laudemiro Martini Filho,

representante da Companhia Brasileira de Cartuchos

(CBC), para a realização de uma reunião de trabalho, cujo

objetivo principal foi a identificação de áreas de interesse

comum e mecanismos de parceria com as indústrias

associadas à ABIMDE, com foco no desenvolvimento

de materiais de emprego militar de interesse do Exército.

Participaram da reunião, além dos representantes

da ABIMDE e da CBC, a Chefia e a Subchefia do CTEx, a

Assessoria de Relações Institucionais, a Coordenadoria

de Pesquisa e Desenvolvimento e o Grupo Finalístico de

Armamento e Munição. Entre os diversos assuntos abor-

dados foi dada ênfase à pesquisa e ao desenvolvimento

Reunião de trabalho coma ABIMDE e a CBC

Maj QEM Marcello Menezes Eifler

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

no país da munição 30 mm para os sistemas de armas

da Nova Família de Blindados de Rodas (NFBR).

Ao término da reunião, a ABIMDE e a CBC convida-

ram o Chefe do CTEx para realizar uma visita a estas

organizações, com o intuito de dar prosseguimento ao

estreitamento das relações institucionais entre parte da

base da indústria de defesa nacional e o CTEx – órgão

responsável pela pesquisa e desenvolvimento de ma-

teriais de emprego militar no âmbito da Força Terrestre.

Recepção aos representantes da ABIMDE e da CBC

Representação do CTEx na LAV 2009

Page 15: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

ANO IV | No 12 | MARÇO DE 2009 | 15

A bibliografia ora destacada engloba um conjunto de obras

cuja leitura colabora na compreensão do mundo con-

temporâneo nos seus diversos aspectos: político, social,

cultural, econômico e estratégico-militar, todos impulsio-

nados pela corrida frenética em busca do desenvolvi-

mento tecnológico, com a finalidade, intrínseca a cada país,

de evoluir em sentido amplo e manter sua soberania.

Ler é Preciso

A Companhia de Comando e Serviço do CTEx realizou,

no final de 2008, o plantio de duas mil mudas de man-

gue vermelho (Rhizophora Mangle) na margem esquer-

da do Canal do Portinho, dentro da área sob responsa-

bilidade da OM. A área plantada compõe o manguezal

de Guaratiba, o qual está inserido na Baía de Sepetiba.

O sucesso do trabalho de plantio esteve diretamente

Reflorestamento de manguezal

da Baía de Sepetiba

Cap Inf Alexandre Carneiro Bastos

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

relacionado a um conjunto de atividades de cultivo ve-

getal, entre as quais se destacam: a coleta das semen-

tes – propágulos – nos manguezais da própria região,

o cultivo e a produção de mudas.

Dessa forma, os integrantes da Subunidade que

provê o apoio e a segurança ao CTEx se inserem no

contexto da cultura de preservação ambiental, calca-

da na necessidade da convivência harmoniosa do

homem com a natureza e, por conseguinte, na busca

da maior efetividade na formação do soldado cidadão.

Revela-se, por meio dessas leituras, a relevância

do componente bélico, cuja projeção mais contundente

se coaduna com uma indústria bélica nacional ro-

bustecida, com capacidade de ação e inovação, ali-

cerçada em base científica sedimentada e lastreada

na formação de recursos humanos em quantidade e

qualidade apropriados.

1. A América Latina Pode Competir? Confrontando os Desafios da Globalização (Can Latin America Compete?

Confronting the Challenges of Globalization, 2008; John Haar; Florida International University);

2. O Mundo Pós-Americano (The Post-American World, 2008; Fareed Zakaria);

3. Modernização Militar Chinesa (Chinese Military Modernization, 2007; Anthony H. Cordesman);

4. Continente Esquecido: A Batalha pela Alma da Amércia Latina (Forgotten Continent: The Battle for Latin America´s

Soul, 2008; Michael Reid; The Economist);

5. Índia e China – Uma Corrida Tecnológica Avançada e Como os Estados Unidos Deveriam Responder (India and

China – An Advanced Technology Race and How The U. S. Should Respond, 2008; Ernest Preeg);

6. Salvando as Americas: O Perigoso Declínio da América Latina e o que os Estados Unidos Devem Fazer (Saving

the Americas: The Dangerous Decline of Latin America and What U. S. Must Do, 2008; Andres Oppenheimer,

Pulitzer Prize; Miami Herald);

7. A Guerra Provável (La Guerre Probable, 2007; Général Vincent Desportes).

Sementes de

mangue (propágulos)

Cultivo

dos propágulosViveiro de mudas Militares do CTEx durante

plantio de mudas

Vista de parte da

área plantada

Leituras selecionadas

Page 16: O LHC, as partículas elementares e os limites da ciência · elementares. Também existem os neutrinos elétron, múon Também existem os neutrinos elétron, múon e tau, os bósons

CTEx NOTÍCIAS | 16C T E XC T E X

C T E XC T E X

Em 3 dezembro de 2008, foi realizado no refeitó-

rio de Cabos/Taifeiros/Soldados o Momento em

Ação de Graças alusivo ao encerramento do ano

de 2008. A atividade religiosa, que tinha como

objetivos prestar assistência religiosa aos inte-

grantes do CTEx e a seus familiares e marcar, no

CTEx, o início dos festejos de fim de ano, contou

com a participação dos seguintes palestrantes:

Momento em ação de graças

Maj Art Ezídio Corrêa da Silva Filho

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Chefe do CTEx

Gen Div Aléssio Ribeiro Souto

Subchefe do CTEx

Cel QEM Hildo Vieira Prado Filho

Editor

Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim

Distribuição

Assessoria de Comunicação Social do CTEx

Avenida das Américas, 28705 • Guaratiba • Rio de Janeiro • RJ

CEP 23020-470 • Tel: (21) 2410-6200 • Fax: (21) 2410-1374

E-mail: [email protected]

Página na Internet: http://www.ctex.eb.br

Periodicidade: trimestral • Tiragem: 3.000 exemplares

CTEx NotíciasInformativo do Centro Tecnológico do Exército

Ano IV • No 12 • Março de 2009

Aqui se delineia o Exército do futuro!

Espaço Cívico-Social

— no segmento espírita: Sra Leila Regina Sa-

lomão, do Movimento de Amor ao Próximo,

sede Recreio;

— no segmento católico: 2o Ten Vanderson de

Oliveira, Capelão do Comando da Brigada de

Infantaria Pára-quedista; e

— no segmento evangélico: 1o Sgt Alexandre José

Silva de França, do CTEx, Pastor Evangélico.

Durante o evento, os palestrantes deixaram

para os participantes mensagens alusivas ao pe-

ríodo natalino e destacaram a importância do amor,

da bondade, do agradecimento e da fraternidade.

Palestrantes em ação de graçasIntegrantes do CTEx durante atividade religiosa