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nº 35 Março 2007 associativo associativo Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto Distribuição gratuita CONFEDERAÇ Ã O P O R T U G U E SA DAS COLECTIVIDADES D ECUL TU R A, R E C R EIO E DESPORTO ELEIÇÕES ÓRGÃOS SOCIAIS DA CONFEDERAÇÃO TRIÉNIO 2007 - 2010 Casa do Alentejo - Lisboa 24 de Março de 2007 AUTONOMIA - DEMOCRACIA - PARTICIPAÇÃO Destaques: Pags. 4 e 5 Pag. 6 Pags. 10 e 11 Pags. 12 e 13 Pag. 7 Pag. 14 Dr. Barbosa da Costa José Carneiro Artur Martins Dr. Augusto Flor Agita Portugal, pela sua saúde mexa-se Projecto 2001 Associ@ções - Balanço 2006 Listagem de candidatas ao Projecto 2001 Associ@ções - Internet Associativa FEDER UNIÃO EUROPEIA

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nº 35Março 2007

associativoassociativoConfederação Portuguesa

das Colectividades de Cultura,

Recreio e Desporto

Distribuição gratuita

CONFEDERAÇÃO

POR

TUG

UES

ADAS COLECTIVIDADES DE

CULTUR

A,R

ECR

EIOE

DESPORTO

ELEIÇÕESÓRGÃOS SOCIAIS DA CONFEDERAÇÃO

TRIÉNIO 2007 - 2010

Casa do Alentejo - Lisboa

24 de Março de 2007

AUTONOMIA - DEMOCRACIA - PARTICIPAÇÃO

Destaques:

Pags. 4 e 5

Pag. 6

Pags. 10 e 11

Pags. 12 e 13

Pag. 7

Pag. 14

Dr. Barbosa da Costa

José Carneiro

Artur Martins

Dr. Augusto Flor

Agita Portugal, pela sua saúde mexa-se

Projecto 2001 Associ@ções - Balanço 2006

Listagem de candidatas ao Projecto

2001 Associ@ções - Internet Associativa

FEDER

UNIÃO EUROPEIA

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EDITORIAL

Está a terminar o primeiromandato dos órgãos sociais daConfederação Portuguesa dasColectividades de Cultura Re-creio e Desporto. Está marcado oCongresso Eleitoral para o pró-ximo dia 24 de Março. Nos ter-mos estatutários serão recebi-das candidaturas até ao dia 9 deMarço (18h00) ao acto eleitoral.

Os actuais órgãos sociais irão apresentar uma listacandidata.

Uma vez que, depois de onze anos, decidi deixar deter responsabilidades executivas na Confederação, per-mitam-me que neste último editorial, enquanto direc-tor do ELOassociativo, me dirija aos leitores de umaforma mais pessoal, deixando o meu testemunho.

Tudo começou em Seiça – Ourém quando, no dia 1 deDezembro de 1974, apresentei uma proposta de consti-tuição da Comissão Instaladora para o Grupo Despor-tivo e Cultural de Seiça. Foi assim que iniciei a “carrei-ra” de dirigente associativo voluntário e benévolo.

Valeu a pena?Das poucas certezas que tenho na vida, uma delas é

de que não seria o homem que sou hoje sem as váriasexperiências por que passei no movimento associativo.O que aprendi em todas as circunstâncias é incomen-surável… talhou a minha maneira de estar em todosos capítulos que encerra a vida de um cidadão, desde avida profissional, passando pela intervenção na “coisapública”, até à vida familiar.

Exorto vivamente todos e todas a usarem o seu di-reito / dever à cidadania continuando ou iniciando odirigismo voluntário e benévolo, tanto mais que tenhouma outra certeza: durante todos estes anos, enquantodirigente associativo, não perdi um segundo que fosse,muito pelo contrário ganhei sempre, mesmo quando osresultados das decisões ou acções não foram os maispositivos.

Para sublinhar esta ideia trago a minha experiênciaem Seiça vivida com gente tão boa e grande: Artur Ri-cardo, José António de Almeida - “Zé da Loja”, Joa-quim Bento Vieira - “Jaquim Canito”, “Quim Gordo”infelizmente já falecidos e muito especialmente os jo-vens: Jorge, Fernando, Zé Manel, Lito, João Filipe, Isa-

bel, Ana Paula que, em função das responsabilidadesque assumiram, são hoje muitíssimo considerados nassuas vidas social e profissionalmente. Por último umapalavra para os meus inseparáveis Leonel Faria e Ma-nuel Fernando - “Zagalo” que, cada um à sua maneira,foram fundamentais na consolidação da associação.

Uma terceira certeza: o associativismo é uma escolade vida, pelo que se exortam os jovens de hoje, como osde ontem, a tomarem nas suas mãos o desenvolvimen-to do associativismo em Portugal, com a convicção queos próprios têm muito a ganhar com a sua intervençãocomprometida.

O futuro exige uma enorme disponibilidade, sensibi-lidade, responsabilidade e competência, pelo que, des-de já, agradeço a todos e todas que entenderem aceitaro convite / desafio de integrarem a(s) ou lista(s) concor-rentes ao acto eleitoral. A consolidação da Confedera-ção passa, no meu ponto de vista, pelo reforço do traba-lho que tem vindo a ser efectuado a que obviamente sedeve acrescentar uma boa dose de inovação nas ideias enos processos.

Para os que vierem a ser eleitos vão os meus votos defelicidades no desempenho das suas funções associati-vas e nas suas vidas pessoais.

Mais uma exortação: que todas as confederadasfaçam destas eleições uma manifestação de inequí-voca pujança do movimento associativo, compare-cendo em massa na respectiva votação e também nadiscussão da estrutura nacional que irá decorrer pa-ralelamente ao Congresso.

Acreditem que será um forte “tónico” para quemterá a responsabilidade de, no próximo triénio, le-vantar bem alto a Confederação e o Movimento As-sociativo Popular.

A terminar vai o meu agradecimento a todos e a to-das que, de uma maneira ou outra, me foram ensinandopor todo o nosso País, por todos os locais por onde pas-sei. Um pedido de desculpa para todos e todas a quenão consegui corresponder as suas expectativas.

Continuaremos a trabalhar em prol de um País me-lhor. Sempre com o principal objectivo: contribuir paraa melhoria da qualidade de vida das populações.

Artur MartinsPresidente da Direcção

O RENDER DA GUARDA

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C O N V I T E

Mesa Redonda“A Estrutura Associativa Nacional”

CASA DO ALENTEJO – Rua Portas de Santo Antão, 58 – LISBOA

24 de Março de 2007

15h00 – 16h00 – Intervenções:

Do Congresso Nacional de 2001 em Loures aos dias de hoje. Balanço e perspectivas.

Funções e objectivos da estrutura, pós constituição da Confederação.

Sustentabilidade da estrutura associativa nacional.

16h00 – 18h00 - Debate

CONVOCATÓRIANos termos do disposto nos Artºs 14º e 16º dos Estatutos e com a faculdade que me é conferida pelo Artº 38º, convoco

o Congresso da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, para reunir em sessãoordinária, na Casa do Alentejo, Rua Portas de Santo Antão, 58, em Lisboa, no próximo dia 24 de Março de 2007, das14h00 às 18h00, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

Ponto único:Eleição dos Órgãos Sociais e aprovação das opções estratégicas para o triénio 2007 – 2010.

Não comparecendo o número legal de associadas efectivas, para que o Congresso possa reunir em primeira convoca-ção, convoco, desde já, de acordo com o Artº 13º dos Estatutos, o mesmo Congresso para reunir, em segunda convocação,no mesmo local, trinta minutos depois, com a mesma Ordem de Trabalhos, funcionando então com qualquer número deassociadas efectivas.

Ficam automaticamente aprovadas, as opções estratégicas que foram apresentadas, com a candidatura da listavencedora das eleições.

As candidaturas devem obedecer ao disposto no Capítulo VIII do Regulamento Geral Interno, devem obrigatoriamen-te conter o Plano de Acção ou Opções estratégicas para o triénio e deverão ser entregues na sede da CPCCRD, endereça-das à Mesa do Congresso, até 09 de Março de 2007 às 18h00.

Os representantes das Associadas devem apresentar-se para votar, munidos do seu Bilhete de Identidade e daCredencial que é enviada com esta Convocatória, devidamente preenchida, com a assinatura da Direcção e com orespectivo carimbo.

Lisboa, 24 de Fevereiro de 2007

O Presidente da Mesa do Congresso(Francisco Barbosa da Costa, Dr.)

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ELO: Na qualidade de Presiden-te da Mesa do Congresso da Con-federação - que agora termina omandato nesta nova formulação -que balanço faz?

BC: Integrado em actividades as-sociativas diversas, há quase meioséculo, vi-me permanentemente con-frontado, por um lado, com excessi-vas expectativas e com sonhos inatin-gíveis, e por outro, com desilusões su-cessivas, obrigando a constantes re-começos. É, assim, a vida, nos seusdiversos domínios. E as instituições,construções dos homens, nas suas vir-tudes e nos seus defeitos, reflectemas condições existenciais de todos ede cada um de nós.

A Confederação, nascida de mui-tas lutas, de muitos escolhos e incom-preensões, tendo emergido de um es-paço geográfico e sociológico mais res-trito, abriu-se mais ao País e a ou-tras realidades humanas e culturais.

Este ambicioso salto continha ris-cos e problemas, pois, de todo o lado ede onde menos se espera, surgem osobstáculos.

E não é fácil gerir uma instituição,com reduzidos meios financeiros e lo-gísticos, confrontada com a necessi-

tente, é olhado com desconfian-ça e com uma certa inveja pelosineptos e com preocupação poralguns detentores dos poderesconstituídos que, ao arrepio doque proclamam, lidam muitomal com a participação cívicados cidadãos, institucional-mente comprometidos.

Apesar de algumas incom-preensíveis reservas, más von-tades mal disfarçadas, descul-pas esfarrapadas, a tenacida-de, a teimosia, a apresentaçãode resultados, a capacidade dediálogo firme e a disseminaçãode estruturas de vários níveis,por todo o território nacional,serão garantes de visibilidade,de consagração e de reconheci-mento que vai, progressiva-mente, emergindo, pois difícilseria que tal não acontecesse.

ELO: A sociedade em quevivemos parece estar cadavez mais afastada dos valo-res da solidariedade e da aju-da mutua que é uma carac-terística do associativismo.As dificuldades que as pes-soas têm em serem dirigen-tes associativos, resulta doquê?

BC: O optimismo e a espe-rança têm sido paradigmas da

minha vida.Neste contexto, vejo, com optimis-

mo, o futuro da nossa sociedade e dosnossos vindouros.

A História, mestra da vida, se érepositório de muitas tragédias epesadelos, é igualmente escríniode notáveis exemplos de adesão avalores superiores e a encantado-res movimentos de solidariedade,junto dos nossos próximos, e mes-mo dos que nos são alheios e fisi-camente distantes.

Talvez faltem, na sociedade,agentes mobilizadores de vonta-des, geradores de gestos solidári-os, individuais ou inscritos em gru-po organizados.

Considerando o movimento asso-ciativo como espaço de desenvolvi-mento de percursos pedagógicos,para além da sua vocação específi-ca, importa inscrever no “ADN” danossa existência institucional, opermanente desafio à disponibilida-de para projectos de alcance comu-nitário.

Este não é um trabalho de um ano,nem de um mandato, mas um pro-jecto de vida, permanentemente rei-terado, subliminarmente, transmi-

Sendo o Congresso daConfederação o órgãomáximo da nossaestrutura associativanacional, é natural quea mesa que o presideseja composta porassociativistas comgrande conhecimentodas regras estatutáriase regimentais eexperiência suficientepara em momentosmais exigentes,conduzirem ostrabalhos epromoverem osconsensos necessáriosà unidade domovimentoassociativo. Aexperiência destes trêsanos em que Barbosada Costa presidiu àMesa do Congresso,mostra que é a pessoacerta no lugar certo.

dade de representatividade alarga-da e com a dificuldade humana de es-colher os melhores e os mais disponí-veis, oriundos de todo o País.

Apesar de compreensíveis dificul-dades, resultantes da conjuntura,considero francamente positivo o tra-balho desenvolvido, muito por méritoda Direcção que, com sabedoria e em-penho, fez “das fraquezas forças”, sen-do credora, nesta hora de transmis-são de poderes, da gratidão do movi-mento associativo popular. Relevo, doseu conjunto, a figura simples, dis-creta, mas muito eficaz do seu Presi-dente, Artur Martins, exímio congre-gador de vontades, que, numa provade grande responsabilidade e humil-dade, continua com a mesma dispo-nibilidade e entusiasmo de sempre.

ELO: Em sua opinião, o Movi-mento Associativo Popular tema visibilidade, a valorização e oreconhecimento merecido? Aque se deve?

BC: Sendo a crítica o “desporto”favorito dos portugueses, normal seráque quem aparece e se afirma peloscaminhos da inovação, da moderni-dade e da intervenção séria e consis-

Dr. Barbosa da CostaPresidente da Mesa do Congressoem representação daAssociação Desportiva e Culturalde Stª Isabel - Vila Nova de Gaia

ENTREVISTA

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tido, em todos os momentos da nossavida e actividade associativas.

Haja esperança, pois o caminho, di-fícil embora, é aliciante e desafiador.

ELO: Ser Presidente da Mesa doCongresso da Confederação é umcargo exigente. Como concilia estecargo com outras facetas da suavida?

BC: Permitam-se a confissão. Exi-gente mesmo é ser dirigente executi-vo de associações de bairro ou de al-deia, sem meios e com recursos hu-manos escassos, confrontado com de-safios constantes das populações semestruturas desportivas, culturais esociais e no debate constante com in-compreensões e resistências.

Sei do que falo, pois já fui e aindasou um desses muitos milhares deactivistas.

Assim sendo, ser Presidente daMesa do Congresso é um privilégio,pois nem todos, nas minhas condições,se podem gabar de ter, a seu lado, umatão qualificada direcção nacional emuitos empenhados colaboradores detodo o País.

Cabe-me, na verdade, ter a inte-ligência e o bom senso necessáriospara enaltecer a dinâmica exercida,a imaginação para encetar projec-tos inovadores e para, aqui e além,dar uma palavra de estímulo, pes-soalmente ou por via telefónica, apropósito da actividade associativaou em situações menos boas da vidapessoal de cada um.

Se me é concedido ser o “primusinter pares”, devo ser o também oprimeiro nas preocupações associ-ativas e no apoio permanente e so-lidário a quem está permanente-mente no terreno.

Quanto à conciliação com outrasdas minhas várias actividades, nãotenho sentido dificuldades, pois,habituei-me, desde muito novo, a ser-vir em várias instituições, para alémde outras actividades profissionaise políticas. Ouvi uma vez dizer a umcidadão notável de Lisboa, já faleci-do, que só se devem pedir responsa-bilidades a quem já tem muitas. Fe-lizmente, estou, nesse caso, e não metenho dado mal…

ELO: A função principal daMesa do Congresso é representartodo o associativismo, cumprir efazer cumprir os Estatutos e as de-liberações do Conselho Nacional.Como decorreram essas atribui-ções neste mandato?

BC: Exercendo já, há alguns anos,funções semelhantes na Federação de

Dadores de Sangue – FAS - Portu-gal, tenho obrigação de exercer, cor-rectamente as funções confiadas.

Se é imperioso cumprir escrupu-losamente as leis aplicáveis, os es-tatutos e os regulamentos, mais im-portante é procurar respeitar as pes-soas, nas suas diversas personalida-des, nas suas qualidades e nalgunsdefeitos.

Há, por isso, um princípio que ins-crevo previamente em todos os esta-tutos das cinco instituições deste tipoa que presido – o bom senso.

E julgo que este é um caminho se-guro e que tem servido de orientação.

Entretanto, quando alguma bor-rasca parece estar próxima, há sem-pre o recurso a uma quase sempre de-sarmante, dose de bom humor…

ELO: O Elo sabe que aceitou oconvite para continuar como Pre-sidente da Mesa do Congres-so. Uma vez que já tem a experi-ência destes três anos, o que pen-sa que deve mudar no próximomandato?

BC: Julgo que se devem continuarprojectos já experimentados com êxi-to, suscitar novas colaborações, tro-car experiências com outras institui-ções de natureza semelhante, projec-tar realidades associativas exempla-res e dialogar com lealdade, firmezae determinação com os poderes cons-tituídos, fazendo-os compreender asvirtualidades, a importância e o al-

cance do movimento associativo, naconstrução de uma nova sociedade aoserviço das pessoas, qualquer queseja a sua situação.

Internamente, deve ser optimiza-da a relação entre os diferentes ní-veis associativos, implementada umaforte dinâmica formativa e desenvol-vido contacto com pessoas qualifica-das, tendo em vista a disseminaçãode estruturas associativas por todo oPaís.

ELO: Por fim, gostaria de dei-xar um apelo ou conselho aos di-rigentes e activista s associativosdo nosso país?

BC: Num tempo de enervantes ro-tinas, apelo para o recurso ao entu-siasmo das primeiras horas de as-sociativismo de cada um, como ga-rante de um exercício sempre novode actividade.

Desafio todos os actuais e futurosdirigentes a buscarem formas efica-zes e qualificadas de formação, ten-do em conta as actuais exigências le-gais, para além das crescentes quali-ficações da sociedade portuguesa.

Procurem constituir equipas coe-sas e determinadas, distribuindo ta-refas e suscitando a busca de resul-tados, sempre no diálogo e na aceita-ção do outro, com a sua personalida-de própria.

Finalmente, desejo que procuremsobretudo servir, esconjurando sem-pre a tentação de servir-se.

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Ao Conselho Fiscal,compete verificar se osmeios económicos efinanceiros daConfederação, são bemadministrados pelaDirecção e se oOrçamento aprovadopelo Conselho Nacionalé cumprido. O rigor e aexigência técnica docargo, nunca foramimpeditivos de umapalavra solidária, umgesto descontraído eafável do José Carneiro.A sua disponibilidadepara representar aConfederação eparticipar nos maisvariados eventosassociativos nacionais,faz do José Carneiro, umassociativista noverdadeiro sentido dotermo.

ELO: Na qualidade de Presi-dente do Conselho Fiscal, terá cer-tamente uma ideia da situação fi-nanceira (receitas vs despesas) daConfederação. Como é que elas semanifestam e qual tem sido a suaevolução?

JC: A situação financeiraactual é melhor do que nomandato anterior, principal-mente motivado pelo esforçode cobrança de Quotização edos Projectos subscritos, taiscomo o “Agita Portugal” e o“2001 Associações” e na suagestão por parte da Direcção.

ELO: Quais foram as re-lações entre o ConselhoFiscal e a Direcção - que éa entidade fiscalizada?

JC: O relacionamento doConselho Fiscal com a Direc-ção da CPCCRD tem sido deinteira disponibilidade e to-tal apoio.

ELO: Em sua opinião,quais deveriam ser as

principais fontes de receita daConfederação?

JC: As principais fontes de recei-ta da CPCCRD devem ser: Parceri-as; Projectos; Quotização; Apoios doPoder Central.

ENTREVISTA

José CarneiroPresidente do Conselho Fiscalem representação doGrupo Recreativo ApelaçoneneseLoures

ELO: Como é possívelao associativismo, mantera independência e a auto-nomia associativa e aomesmo tempo receberapoios financeiros do Es-tado, nomeadamente dasautarquias?

JC: A necessidade de man-termos a independência e au-tonomia do Movimento As-sociativo (MAP), independen-temente dos apoios a receberpelo Estado é uma obrigaçãopelo serviço que prestamos àsociedade substituindo mui-tas vezes o Estado nas suasobrigações, na Cultura, Re-creio e Desporto.

ELO: A Confederaçãofunciona sustentada emuma Direcção, o ConselhoFiscal, a Mesa do Congres-so e o Conselho Nacional. Como é que analisa a rela-ção destes órgãos entre si?

JC: Os Orgãos que regema CPCCRD: Direcção, Conse-lho Fiscal, Mesa do Congres-so e Conselho Nacional, têmtido um relacionamento ins-tituicional, solidário e amis-toso não havendo nenhuma“crela” e resolvendo as várias

dificuldades do distanciamento, sem-pre de forma possível e a contento dosvários intervenientes.

ELO: Sabemos que aceitou con-tinuar no próximo mandato comoPresidente do Conselho Fiscal. O

que é que gostaria demudar?

JC: Sobre o funcionamen-to do Conselho Fiscal, achoque o mandato anterior foipacifico, embora reconheçaque a prontidão nem semprefoi possível, devido à distân-cia dos eleitos e o processa-mento dos dados nem sem-pre ser em tempo útil.

ELO: Por fim, gosta-ria de deixar um apeloou recomendação aos di-rigentes e activistas as-sociativos?

JC: O apelo que deixopara os próximos Eleitos éno sentido de haver solida-riadade entre todos, na aju-da à árdua tareja que se co-loca à futura Direcção.

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E se um dia te perguntassem sequerias praticar actividade físicaou fazer uma caminhada? Isso se-ria: Agita Portugal Pela Sua Saú-de Mexa-se!

É verdade, desde 2004 que aConfederação tem vindo a desen-volver a Campanha Agita Portugalpela sua Saúde Mexa-se. Trata-se

de uma campanha de promoção e estímulo para a práticaregular e adequada de actividade física, como forma demelhoria da qualidade de vida das populações.

Tendo em conta os elevados índices de sedentarismo dePortugal e os grandes benefícios (provados cientificamen-te) da actividade física, a CPCCRD decidiu desafiar ascolectividades a implementarem no seu seio as chamadasSecções de Marcha P´ra Saúde. Estas funcionam como clu-bes de caminhada e desenvolvem regularmente activida-de nessa área.

Do ponto de vista dos apoios, desde 2004 que contamoscom a parceria do Instituto do Desporto de Portugal, parceriaque nos permite prestar algum apoio logístico, organizativo,

financeiro e de formação a estas secções. No que respeita aresultados o quadro abaixo exemplifica a evolução:

AGITA PORTUGALpela sua saúde mexa-se

Acção de Formação - Primeiros Socorros

Com o apoio do IDP – Instituto do Desporto de Portugal, no dia 17 de Março irá realizar-se aprimeira de três acções de formação em Primeiros Socorros.

Estas acções visam, fundamentalmente, a qualificação contínua dos responsáveis pelas Secçõesde Marcha, munindo-os de mais e melhores ferramentas para o desenvolvimento da actividade.

Esteja atento(a) e participe!

Ano200420052006Total

N.º Actividades4 Actividades

33 Actividades77 Actividades

N.º Secções-

153333*

N.º Participantes19034500550011903154

A estas actividades e participantes acrescem iniciati-vas de outras entidades, mas inspiradas ou lançadaspela Campanha, como é o caso do Agita Seixal e do AgitaRio Tinto (da responsabilidades da Associação de Co-lectividades do Concelho do Seixal e da Câmara Muni-cipal do Seixal e da Escola Secundária de Rio Tinto,respectivamente).

Para 2007 estão programadas mais actividades e o de-safio que aqui vos lançamos é no sentido de aderirem àCampanha, participando em caminhadas e/ou criandoSecções de Marcha P’ra Saúde nas vossas colectividades.Não se esqueçam: No agitar é que está o ganho!!!

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NOTÍCIA

Exposição “Associativismo e Cidadania”Câmara Municipal de Almada - Museu da Cidade - Outubro 2006 - Julho 2007

Realizou-se no passado dia 20 de Ja-neiro a 1ª Sessão Solene, comemorativado 1º aniversário da Associação da Casado Pessoal do Arsenal do Alfeite.

Com o objectivo de colocar de pé e darcorpo a uma já muito antiga aspiraçãode várias gerações de trabalhadores doArsenal do Alfeite, na criação de umaCasa do Pessoal, procurando assim umenquadramento que se norteia na pro-moção de acções tendentes a fortaleceros laços de Amizade, Solidariedade eCooperação por todos os meios dispo-níveis e em colaboração com as insti-tuições adequadas, participar aindana assistência da doença, no apoio asituações de carência e na ocupação dos tempo delazer, passando pela promoção e participação em ac-ções de carácter Social, Cultural e Desportivo, relaci-onado com todos os trabalhadores, ex-trabalhadoresdo Arsenal do Alfeite e seus familiares, constituindonaturalmente parcerias com as entidades e organi-zações que, sendo contactadas, se disponibilizem parao efeito.

1º Aniversário da Casa do Pessoaldo Arsenal do Alfeite

Agradecendo a presença da CPCCRD, representadapelo seu Vice-Presidente Dr. Augusto Flôr, que nos aca-rinhando incentivou os Orgãos Sociais da CPAA, no de-senvolvimento do projecto e objectivos que se pretendemlevar a efeito.

António OliveiraDirecção da Casa do Pessoal do AA

O Museu da Cidade de Almada inaugurou, em Outubrode 2006, a exposição temporária “Associativismo e Cida-dania” que se manterá patente ao público até Julho, deterça a sábado entre as 10h00 e as 18h00.

A ocupar dois pisos, esta exposição propõe aos visitan-tes a (re)descoberta do associativismo como um espaçodiversificado de participação colectiva onde se exercem,reconhecem e reivindicam direitos, onde se experimentamnoções de cidadania, se pensa e age sobre o mundo exteri-or. Imagens, documentos, peças e testemunhos mostramas memórias e o presente do associativismo no Concelhonas suas diversas causas, interesses e actividades: forma-ção cívica, teatro, dança, música, festas e lazeres, despor-to, cooperativismo, protecção civil, serviços sociais.

ANIMAÇÃO(sujeito a divulgação específica)

Fevereiro - Julho 2007Marcações: [email protected]: 212 734 030

TertúliasÉ frequente ouvir-se o lamento de que o “espírito asso-

ciativo” é coisa de outros tempos. Num concelho com 377associações em actividade, pretende-se confrontar dinâ-micas e experiências associativas em jeito de tertúliasanimadas por convidados e de participação livre;

Animação no jardim

Sessões de animação musical e performativa no espaçopúblico do Museu, aos sábados, com participação de dife-rentes associações concelhias;

Visitas guiadas às exposições

Para grupos organizados, sob marcação prévia, de ter-ça a sábado, entre as 10h00 e as 17h00;

Actividades de exploração pedagógica da exposiçãoDirigidas ao público do pré-escolar, 2º e 3º Ciclos do

Ensino Básico;

Centro de Documentação do Museu da Cidade

Acervo documental sobre associativismo em Almada.Integra um Arquivo de Fontes Orais e um Arquivo de Foto-grafia, onde se incluem 4.500 imagens, em suporte digital,sobre o tema.

Workshop: Património Associativo, preservação etratamento de espólios

Realizado no Museu da Cidade com o objectivode sen-sibilizar e dotar as associações de instrumentos teóricosno âmbito da defesa e preservação do seu património(imagens, documentação de arquivo, objectos/peças).

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Como sabemos, o nosso País atra-vessa um conjunto de dificuldades,que decorrem não só da conjunturainternacional, mas também das po-líticas adoptadas e seguidas até hojepelos sucessivos Governos.

Esta situação, como não pode-ria deixar de ser, tem influência noMovimento Associativo PopularPortuguês que, tal como os outros

sectores da vida social, cívica, cultural e económica, so-frem as consequências negativas, inerentes à crise por-que passamos.

Ao longo da nossa história, as crises que foram aconte-cendo no nosso País e na Europa, decorrentes das transfor-mações e mudanças políticas, sociais, culturais e económi-cas, sempre encontraram por parte das nossas comunida-des locais, respostas positivas e de solidariedade social,através das suas organizações soci-ais e associativas.

Hoje, como no futuro e indepen-dentemente dessas dificuldades, oMovimento Associativo Português,enquanto expressão organizada donosso povo, vai por certo continuar a trabalhar com dedi-cação, a fim de poder dar as melhores respostas, para aresolução dos problemas e carências das nossas popula-ções.

No quadro actual e no futuro, o Movimento AssociativoPopular Português, vai continuar a cumprir os seus objec-tivos, sendo para tal necessário que o Estado no seu con-junto, cumpra também as suas obrigações, nomeadamen-te o reconhecimento da nossa existência, através da regu-lamentação da Lei 34/2003, aprovada pela Assembleia daRepublica, que nos atribui o estatuto de parceiro social.

No entanto é também importante, que o MovimentoAssociativo Popular Português, através da sua CONFE-DERAÇÃO, (mantendo a sua importância, história e iden-tidade), procure novos caminhos e novas plataformas decooperação institucional e associa-tiva, bem como outras formas departicipação, intervenção e organi-zação, nomeadamente com as de-mais e diferentes expressões asso-ciativas, para projectar e promo-ver os valores do voluntariado e dasolidariedade social. Esta coopera-ção em redor de uma plataforma comum, para uma inter-venção, nas políticas de todo este sector associativo, bemcomo para a rentabilização dos meios existentes, é funda-mental para servir melhor e com mais qualidade aos cida-dãos e às comunidades locais.

Para além disso, achamos que para um melhor e maiordesenvolvimento sustentado e articulado do MovimentoAssociativo Popular Português é necessário no âmbito daCONFEDERAÇÃO e não fora dele, reflectir e aprofundaros mecanismos da nossa organização e da sua estrutura,assente nos princípios e natureza da democracia partici-pativa e representativa, como um instrumento fundamen-tal, para o funcionamento de toda a rede associativa.

Neste contexto, assumem particular importância asseguintes considerações:

1 – A promoção e defesa da UNIÃO de todo o Movimen-

Movimento Associativo Popular Português

“União – Participação e Intervenção”to Associativo Popular Português, através das suas estru-turas legítimas, nomeadamente a Confederação Portugue-sa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, en-quanto instituição representativa e legitimada pelas co-lectividades, em Congresso Nacional, como um valor fun-damental a prosseguir, para o progresso do Associativis-mo. A união é um bem que não deve ser desprezado.

2 – A intervenção associativa, baseada na estratégiaplanificada e aprovada pela CONFEDERAÇÃO, deve serassumida por todos os seus dirigentes em todo o País,bem como pelas estruturas existentes e a constituir, nosentido de uma maior afirmação e visibilidade do Movi-mento Associativo Popular Português como um todo. OAssociativismo deve serum verdadeiro “exército” para umaintervenção organizada.

3 – A estruturação da rede associativa em todo o País,como elo principal do nosso movimento, deve continuar a

merecer da parte de todos, umamaior atenção no futuro. Estatarefa deve ser encarada comoprioritária e planificada commais intensidade e determina-ção, no quadro dos princípios es-

tatutários e regulamentares aprovados pelo Congresso.

4 – Apesar das dificuldades no terreno, para implemen-tar as diferentes estruturas associativas, nos últimos anosa organização associativa teve um forte impulso, após aaprovação da transformação da anterior Federação Portu-guesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desportoem Confederação, no Congresso Nacional, realizado emLoures, no ano de 2001, que marcou a história do Associa-tivismo Português. Esta viragem histórica, foi posterior-mente completada com o acto de constituição e as primei-ras eleições dos órgãos sociais da CPCCRD.

5 – Assim e no actual quadro, devemos continuar atrabalhar na perspectiva do futuro, através do desenvol-vimento dos actuais e novos projectos e na construção

dinâmica da estrutura associati-va em todos o País, na base dosmecanismos aprovados e em vi-gor.

6 – No próximo dia 24 de Mar-ço, vai realizar-se o CongressoNacional, para a eleição dos no-

vos orgãos sociais da Confederação Portuguesa das Colec-tividades de Cultura, Recreio e Desporto. Nesse mesmodia vai decorrer uma MESA REDONDA, para se discutir ereflectir sobre os actuais problemas do Movimento Asso-ciativo Popular Português. Assim, será esta a altura cer-ta, para que todos os dirigentes, possam abertamente co-locar as questões que os preocupam, no sentido de se agirno futuro, em conformidade com as conclusões apuradas.Estamos certos de que mais uma vez, o Associativismosairá reforçado e renovado, para o desenvolvimeto do seuimportante trabalho, através da sua CONFEDERAÇÃO,que tudo irá fazer, para defender com mais força os inte-resses e valores das nossas colectividades.

OPINIÃO

José Maria SilvaDirigente Associativo

Membro da Direcção da Confederação

“A união é um bem

que não deve ser desprezado”

“O associativismo deve ser

um verdadeiro “exército”...

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Elo: A sua experiência as-sociativa vem desde a altu-ra em que a actual Confe-deração ainda era Federa-ção. No fundamental o queé que mudou?

AM: A minha experiênciaassociativa vem de longe. De-corria o ano de 1974, quandoem Seiça, concelho de Ourémse revitalizava o Grupo Des-portivo de Seiça transforman-do-o no Grupo Desportivo eCultural de Seiça. A experiên-cia de Seiça foi fundamentalpara o desempenho de outrasfunções uns anos depois.

Respondendo concretamente à per-gunta, direi que, na fase final da Fe-deração, foram tomadas medidas queprefiguravam a adopção de um “novoparadigma do movimento associati-vo popular” que consiste, a traço gros-so, na indução e desenvolvimento deacções que tenham a ver com as ne-cessidades do nosso tempo, como sãoos casos da infoalfabetização e docombate ao sedentarismo através daprática da actividade física regular econtrolada.

A transformação verificada, atra-vés de escritura pública realizada nodia 29 de Maio de 2003, cumpriu aprimeira proclamação do 4.º Congres-so Nacional das Colectividades deCultura Recreio e Desporto, Loures,Abril de 2001, veio dar mais visibili-dade para o exterior, nomeadamentejunto das entidades oficiais. É um es-tatuto mais poderoso.

Elo: A existência de federaçõesdistritais, nomeadamente a doPorto com mais de 60 anos de vida,constituíra algum problema ou fo-ram uma mais valia?

AM: Desde logo a existência deFederações Distritais fundamenta aconstituição da Confederação.

A Confederação está a dar os pri-meiros passos e uma das debilidadesverificadas neste primeiro mandatotem a ver com a articulação de todo oedifício do movimento associativo po-pular, existindo ainda alguma confu-são de opiniões sobre essa articula-ção, pelo que se decidiu organizar umaMesa Redonda subordinada ao tema:Estrutura do Movimento AssociativoPopular, a decorrer na Casa do Alen-tejo, em Lisboa, no dia 24 de Março p.futuro.

A Federação das Colectividades doDistrito do Porto tem obra realizada,nomeadamente no período pós-Con-gresso de 1993, realizado em Almada,envolvendo-se na criação de associa-ções concelhias no distrito e tambémna criação de Federações nos distritoslimítrofes: Braga e Viana do Castelo.Actualmente surgem dúvidas que im-porta tratar com eficiência.

Elo: A nova forma organizativa,veio trazer novas exigências no querespeita à composição dos órgãos

A Direcção enquantoórgão executivo, exigeuma grandedisponibilidade,capacidade decoordenação eexperiência associativa.Artur Martins, reúnetodas estas condições eacrescenta-lhe umaenorme vocação paraestudar e aprofundar oque foi, o que é e quepode vir a ser oassociativismo português.

por imperativo estatutário.Órgãos com 70 filiadas nãodevem ser fácil de arranjar emanter em funcionamento…

AM: Através do trabalhoque tem vindo a ser realiza-do, com contactos muito diver-sificados, vamos encontrandoexcelentes colectividades, clu-bes e associações afins quetêm ao seu “leme” pessoas deelevadíssima capacidade(competência técnica, sensibi-lidade e atitude moral). Ho-mens e Mulheres do melhorque há em Portugal.

A dificuldade coloca-sequanto à disponibilidade para,em muitos casos, lhes ser pos-sível acrescentar mais umaresponsabilidade, que no casoé bastante absorvente, dadotratar-se em contribuir para odesenvolvimento do movimen-to associativo popular.

Elo: Como foram as rela-ções com o Conselho Fiscale com a Mesa do Congresso?

AM: A resposta de imedia-to será de que foram as me-lhores. De qualquer modo,aproveito dar deixar duas con-siderações:

1.ª – O Conselho Fiscal ac-tuou de modo eficiente. Quan-

to à Mesa do Congresso nem todos osseus membros cumpriram com as suasobrigações.

2.ª – Aproveito para publicamenteagradecer aos meus caros amigos JoséCarneiro e Dr. Barbosa da Costa pelasua infinita paciência e as manifes-tações de solidariedade e até de fra-ternidade que sempre tiveram paracom a direcção e comigo próprio etambém pelos ensinamentos que nosforam deixando.

Elo: A Confederação desenvol-ve vários projectos. Qual aqueleque destacaria pelo impacto nascolectividades? Se tivesse que osordenar por ordem de importân-cia associativa, que ordem lhedaria?...embora perceba que é omesmo que perguntar a um pai segosta mais de um filho que dos ou-tros…

AM: Dos projectos que temos noterreno destaco o que designamos por:Infoalfabetização “2001Associações”,uma felicíssima parceria com oPOS_C (Programa Operacional daSociedade do Conhecimento), trata-se de uma resposta muito afirmati-

ENTREVISTA

Artur MartinsPresidente da Direcçãoem representação doGrupo Desportivo e Culturalde Seiça - Ourém

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va, por parte movimento associativo,ao desidrato nacional de se massifi-car o acesso às novas tecnologias.

Nas colectividades verifica-se umforte rejuvenescimento, com a entra-da de muita gente jovem, o que é im-prescindível para o desenvolvimentodo movimento associativo. Temos di-versos exemplos de recuperação de co-lectividades que se encontravam mo-ribundas.

Elo: A Confederação tem rela-ções com outras expressões as-sociativas? Quais e como é queessas relações se desenvolvem?No mandato que agora termina,que balanço faz dessas rela-ções?... E com órgãos doEstado…Assembleia da Repú-blica, Governo, Autarquias…?

AM: A pergunta sugere uma res-posta em dois planos: por um lado orelacionamento dos vários tipos de as-sociativismo e por outro com as insti-tuições oficiais.

Quanto ao primeiro podemos afir-mar que é implícito algum relaciona-mento, uma vez que a Confederaçãotem no seu seio associações de váriotipo desde que as mesmas tenhamprática de actividades culturais, re-creativas e/ou desportivas, pelo quetemos confederadas IPSS, Associaçõesde Bombeiros e algumas Associaçõesde Desenvolvimento Local têm na suacomposição colectividades de culturae recreio.

Foram desenvolvidos vários con-tactos com outros domínios do associ-ativismo, nomeadamente os acimaenumerados, nas reuniões alargadasdo Conselho Nacional da Promoção doVoluntariado, tendo a Confe-deração sido eleita para inte-grar a Comissão Organizado-ra do Congresso Nacional doVoluntariado.

Estivemos na parceria dedesenvolvimento da Acção 3que era composta por sete en-tidades parceiras: AEP, CPCCRD,FENACERCI, IEBA, IN LOCO, MI-NHA TERRA e UTAD, o que levou aoestreitar de relações entre vários do-mínios do associativismo: Cultura eRecreio, Desenvolvimento Local eIPSS.

Uma pequena referência ao relaci-onamento com empresas privadas naárea da formação: IBER e KYRION.

No que respeita ao segundo planoposso considerar o seguinte:

- Assembleia da República, de umaforma geral, foi a Confederação ouvi-da, mas nem sempre considerados os

pontos de vista apresentados.- Governo, total falta de resposta a

duas questões nucleares: interlocutorúnico e definição do estatuto de par-ceiro social e sua representação (lein.º 34/2003, de 22 de Agosto).

- Sectorialmente abertura porparte do Sr. Ministro da Ciência, Tec-nologia e Ensino Superior e do Sr. Se-cretário de Estado da Juventude e dosDesportos

- Administração Pública, algumtrabalho realizado com alguns bons

resultados: POS_C, IDP (Instituto doDesporto de Portugal), no âmbito deum outro importante e fundamentalProjecto: “Campanha Agita Portugal,pela sua saúde mexa-se” e CNPV(Conselho Nacional de Promoção Vo-luntariado), ainda que nos últimostempos não tenhamos sido convida-dos…

- Autarquias, o estabelecimento dealguns protocolos e de uma ou outraacção de formação para dirigentes as-sociativos.

Elo: Os dirigentes da Confede-ração são voluntários e benévolos.Acha possível manter esta situa-ção com as dificuldades de tempoe com as exigências dos cargos,nomeadamente executivos?

AM: Tenho a firme convicção que oestatuto do dirigente associativo só

pode ser o actual: voluntário e be-névolo.

Obviamente que esta posição nãose coaduna com as dificuldades eexigências cada vez mais comple-xas que vive o movimento associa-tivo e consequentemente a Confe-deração. Como ultrapassar estaaparente contradição?

No que respeita à Confederaçãoe no futuro próximo parece-me im-portante constituir-se um corpo téc-nico com características profissio-nais nas seguintes áreas: adminis-trativa-financeira; comunicação eimagem e actividade física.

Elo: Se pudesse voltar atrás, háalguma coisa que mudaria... deci-são, projecto, atitude?

AM: O tempo é o melhor conselhei-ro. Como não temos o necessário dis-tanciamento é difícil dar uma respos-ta concreta.

No entanto, poderei dizer que aatitude poderia ser mais enérgica,mais “agressiva”… quer no interiorda Confederação e do movimento as-sociativo popular, quer para o exteri-or, com os outros domínios do associ-

ativismo e também com as ins-tituições públicas.

Elo: A Elo sabe que ao fimde dez anos dedicados às ta-refas executivas da Confede-ração, não vai continuarcomo Presidente da Direc-

ção mas sim como Vice-presiden-te da Mesa do Congresso. Pensa daro seu contributo apenas nesse car-go (aliás importante) ou tem ou-tros planos?

AM: A meio do actual e exigentemandato tomei a decisão de não con-tinuar a exercer funções executivas.

Ao aceitar integrar a lista a apre-sentar pelos órgãos sociais ao próxi-mo acto eleitoral irei cumprir as fun-ções, caso seja eleito, com o habitualentusiasmo.

No actual momento já estou a con-cretizar o novo ciclo de vida: “estudare teorizar a prática”.

Elo: Qual o conselho ou apelofinal que deseja fazer chegar aosassociativistas e dirigentes associ-ativos do movimento associativopopular?

AM: Qual conselho?Quanto muito um desejo deum entre centenas de mi-lhares dirigentes voluntári-os e benévolos: que todos etodas continuem com entu-siasmo, dedicação e saberem prol da melhoria das

colectividades, clubes e associaçõesafins e consequentemente da melhoriada qualidade de vida das comunidadesonde estão inseridas e do desenvolvimen-to do nosso País.

A terminar permitam-me um apelo:A organização do movimento asso-

ciativo popular é imprescindível parao sucesso dos seus objectivos, nestesentido apela-se a todas as associa-ções que se juntem no seio da Confe-deração Portuguesa das Colectivida-des de Cultura Recreio e Desporto.

É um desafio que todos juntos te-mos de cumprir.

“Tenho a firme convicção que o estatu-

to do dirigente associativo só pode ser

o actual : voluntário e benévolo.”

“Nas colectividades verifica-se

um forte rejuvenescimento com

entrada de muita gente jovem ...”

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Elo: Ao falarmos do Projecto 2001Associações, estamos a falar de quepessoas, quais as instituições envol-vidas, de que interesses, qual o vo-lume das verbas financiadas...?

AF: Ao falarmos do 2001 Associa-ções, estamos a falar de um Projectoque visa contribuir através da redeassociativa nacional de colectividadesde cultura, recreio e desporto para adisseminação das novas tecnologias,em particular o uso da Internet comoforma de informação e formação. É umcontributo sério para combater a info-exclusão, dando a possibilidade a mi-lhares de pessoas de terem acesso aeste meio. É um projecto financiado a100% pelo Estado Português, atravésdo Ministério da Ciência, Tecnologiae Ensino Superior e pelo FEDER/UniãoEuropeia. As verbas envolvidas atéeste momento, já ultrapassam os 3milhões de euros.

Um projecto como este, com pre-sença em todos os distritos do país eregiões autónomas dos Açores e daMadeira, envolve centenas de Colec-tividades e centenas de Dirigentes.No plano profissional temos um eco-nomista, como consultor, três funcio-

nárias administrativas e 45 monito-res. Envolve ainda três empresas di-rectamente e várias outras indirecta-mente. Toda a gestão é asseguradapor mim na qualidade de Dirigenteda Confederação a quem compete pro-por à Direcção as medidas julgadasmais convenientes para o Projecto.

Elo: …e foi sempre assim?AF: Não! De facto, numa primeira

fase, a gestão deste projecto esteve acargo de uma empresa. A experiêncianão resultou. A partir daí a Confede-ração passou de entidade promotoraa entidade promotora e gestora comtudo o que isso implica.

Elo: Como é que a Confederaçãoassume uma gestão profissionalquando os seus dirigentes são vo-luntários e benévolos?

AF: Bom…essa é uma questão so-bre a qual hoje podemos falar, umavez que ao fim de dois anos e meio aexperiência acumulada nos permitefazê-lo, com toda a legitimidade. Agestão é um acto partilhado, ondecada um sabe o que tem a fazer. Parao êxito da gestão, o trabalho do nosso

consultor, das nossas funcioná-rias e dos monitores tem sidodeterminante. A coordenaçãoque eu faço, acaba por ser maisao nível da resolução dos pro-blemas mais complexos e dacooperação com os restantesmembros da Direcção, uma vezque o trabalho diário decorren-te deste Projecto é asseguradopelos profissionais que estãoao serviço da Confederação.

Elo: As colectividades têmcorrespondido às expectati-vas do Projecto?

AF: Essa é uma pergunta in-teressante. Não podemos gene-ralizar. Temos casos em que apré-candidatura se tornou emcandidatura, bem como a adap-tação das instalações num“abrir e fechar de olhos”, en-quanto que, noutros casos, le-vou meses. Ainda há muitos di-rigentes “emperrados” e cépti-cos com as novas tecnologias.No entanto, é bom fazer notarque temos 627 pré-candidatu-ras das quais 246 já têm pos-tos públicos em funcionamen-to. O objectivo é atingir os 2001Postos Públicos.

Elo: Tiveram algum pro-blema com as colectividades

no decorrer do Projecto...?AF: Não! Mas, se quisermos ser

rigorosos, houve um único caso em queo Dirigente de uma Colectividade serecusou a assinar o Acordo que esta-belece os direitos e deveres entre aspartes, mesmo depois de ter tudo ins-talado, inaugurado e a funcionar comdezenas de utilizadores. Foi um casoisolado, que lamentamos, dado que éuma atitude antagónica do que é oassociativismo.

Elo: Em termos concretos, oque pressupõe o Projecto desdea pré-candidatura, até ao “utili-zador final”…?

AF: O processo é simples. A Co-lectividade/Associação, apresenta apré-candidatura através de um for-mulário próprio. Caso seja aceite,deve apresentar um conjunto de do-cumentos que confirmam a candida-tura e a responsabilidade de aceita-ção do Projecto. Caso as instalaçõesnão reúnam as condições necessári-as em termos físicos tais como, salu-bridade, iluminação e mobiliário, oProjecto comparticipa com uma ver-ba para estas pequenas obras. O pró-ximo passo é dado pela empresa de

A Confederação tem emdesenvolvimento váriosProjectos Nacionais. OProjecto 2001Associações – InternetAssociativa, tem sidoapresentado comoexemplo dos projectosde grande importânciapara o MovimentoAssociativo Popular(MAP). O EloAssociativo, tem vindoa dar conta doincremento desteprojecto na perspectivadas colectividades, dosdirigentes e dosmonitores. Pareceu-nosinteressante ir aos“bastidores doprojecto” e ouvir pelavoz do seu GestorAugusto Flor Vice-Presidente da Direcçãoda Confederação -como é que um projectocom esta dimensão eespecificidade é gerido.

ENTREVISTA

Dr. Augusto FlorVice - Presidente da Direcçãoem representação daSociedade Filarmónica IncrívelAlmadense - Almada

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comunicações (PT), que instala a linhade Internet. Seguidamente, são insta-lados os 2 computadores e a impresso-ra e feito o teste de funcionamento. Se-gue-se a divulgação à população e a inau-guração onde é assinado o Acordo entrea Colectividade e a Confederação. A par-tir daí, está aberto a todos os interessa-dos quer sejam associados ou não des-sa colectividade, num mínimo de 35horas semanais, normalmente em ho-rário pós laboral, Sábados e Domingos.

O Projecto é acompanhado por ummonitor que garante, desde o iníciodo processo, todo o apoio ao Posto Pú-blico, incluindo a distribuição de con-sumíveis. A colectividade indica umresponsável pelo Projecto que, emconjunto com o monitor, asseguram oseu funcionamento. É um bom exem-plo de parceria…

Elo: …e o Projecto destina-seapenas para consultar a Internet?

AF: Não! O projecto destina-se afacilitar o acesso às novas tecnologi-as em toda a sua dimensão. É im-portante esclarecer que o equipa-mento utilizado no âmbito do Pro-jecto, constitui património da colec-tividade. Convém salientar os múl-tiplos e úteis usos que estas ferra-mentas desempenham nas activida-des associativas, nomeadamente, nacontabilidade, gestão de sócios, se-cretariado, etc…

Uma das grandes vantagens está,por exemplo, na utilização do correioelectrónico. As colectividades podemter acesso a este meio com todas asvantagens, bem como à criação de pá-ginas / sítios onde podem divulgaras suas actividades, resultados, no-tícias, etc…

Elo: A quem compete avaliar aevolução do Projecto?

AF: A avaliação do Projecto é feitapor várias entidades e em vários mo-mentos. Desde logo, a nível interno,através dos monitores que estão portodos o país e que reportam para osserviços que por sua vez me infor-mam. Pela Direcção da Confederaçãoque tem uma informação semanal fei-ta por mim e onde são tomadas, co-lectivamente, as principais decisões.Decisões de ordem económica ou fi-nanceira, por exemplo, só são toma-das depois de ouvidas as opiniões doconsultor e do tesoureiro.

No plano externo, a Direcção e aGestão, apresentam contas todos osmeses, através de pedidos de paga-mento ao Programa Operacional daSociedade do Conhecimento (POS_C)a quem compete fiscalizar o anda-mento do Projecto e a elegibilidadedas despesas apresentadas. Só apósesta conferência é que somos reem-bolsados das despesas efectuadas. Nofinal de cada ano, apresentamos umRelatório Anual de Excussão, onde éfeito um rigoroso controlo orçamen-tal. Para além disso, estamos sujei-tos a auditorias independentes umavez que o Projecto envolve verbas doEstado e da União Europeia. Orgulha-mo-nos de ter tudo em ordem.

Elo: Parece ser um processomuito complexo…

AF: Não é complexo mas é rigorosoe assim achamos que deve ser. O di-nheiro público - de todo nós - não podeser malbaratado ou usado para finsdiversos. Pensamos que só temos auto-ridade para exigir dos outros quando da-mos o exemplo. É um princípio associa-

tivo que levamos muito a sério.Mas, fazemos outro tipo de avali-

ações. Por exemplo, realizamos en-contros regionais como foram os ca-sos de Lourinhã, Seia, Gondomar, Al-cobaça e Beja onde foram debatidosos vários aspectos do Projecto, desdeas pré-candidaturas, funcionamento,desempenho dos monitores, desem-penho das empresas, adesão dosutilizadores…e até o futuro do Pro-jecto. Este ano realizaremos, ainda,um encontro regional em Évora.

Elo: Falou em futuro doProjecto…este é um Projecto comfuturo?

AF: …diria que, “o futuro, ao Pro-jecto pertence!”. Por outras palavras,temos dado provas de capacidade deexcussão e da importância deste Pro-jecto para o associativismo e para asociedade. O nosso contributo estálonge de estar esgotado. O associati-vismo popular é a maior rede socialinstalada no país. As colectividadesde cultura, recreio e desporto que re-presentamos, estimam-se que sejamaproximadamente 17.000. Estãodesde a maior cidade até ao mais re-côndito lugar do interior. Se o Estadonão aproveitasse esta rede e estadisponibilidade da Confederaçãopara esta parceria, seria um erro.Estamos convencidos que o Projectovai continuar e por isso apresentá-mos uma nova candidatura paramais 250 Postos Públicos em outrastantas associações. A todo o momen-to, teremos uma resposta do SenhorMinistro, que cremos, será positiva.

Elo: Deseja deixar alguma men-sagem acerca deste Projecto?

AF: Sim! Gostaria de aproveitaresta oportunidade para, em nome daDirecção, agradecer a colaboração detodos os que de forma profissionalestão envolvidos no Projecto, aos res-ponsáveis do POS_C (Dr. Jaime Que-zado, Drª Ana Mendonça e Drª Hen-riqueta Parra), bem como a todos osDirigentes que vencendo dúvidas e di-ficuldades deram o passo de candi-datarem as suas colectividades. Gos-taria, do mesmo modo, fazer votospara que o Projecto atinja os seus ob-jectivos que são, contribuir para a re-dução das assimetrias sociais, per-mitindo que, mesmo aqueles que nãotenham meios económicos ou este-jam isolados no meio da serra, pos-sam conhecer, experimentar e usarum meio que pode contribuir para asua formação e informação. Este éum direito dos cidadãos e um deverda sociedade.

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População abrangida por idades

População abrangida por género/sexo

Investimento por Região

A continuação desta fase do Projecto até 30 de Junhode 2007, obrigou a uma reformulação - devidamente auto-rizada pelo POS_C – que manteve o valor global aprova-do, introduzindo acertos em algumas rubricas. As despe-sas de capital foram completamente executadas em 2006.

Um breve balanço ao ano 2006De acordo com o compromisso assumido entre o Estado

Português (POS_C) e a Confederação, no final de cada anocivil, deve ser apresentado um Relatório de Excussão Anualonde se prestam contas no plano económico e financeiro edas formas de funcionamento e relacionamento com asvárias entidades envolvidas no Projecto. Pela extensão ecomplexidade desse relatório, não é possível transcreve-lona íntegra. Contudo, de forma gráfica e sistematizada,aqui ficam os aspectos mais relevantes.

121.872Utilizadores em todo o paísapenas entre Março e Dezembro

O número de utilizadores por Posto Público é muitorelativo se considerarmos a população abrangida em cadacaso concreto.

Utilizando como padrão o segundo semestre 2006, oPosto Público com maior frequência situa-se em Gondo-mar (3119 utilizadores) e com menor frequência situa-seem Lisboa (73 utilizadores).

Mantém-se a tendência de uma maior participação porparte de jovens até trinta anos, bem como um crescenteaumento da participação de utilizadores do sexo feminino.

2001 Associ@ções Divulgação do Projecto e dos apoiosA divulgação do Projecto 2001 Associações e dos apoios

do POS_C, foi efectuada, entre outros, pelos seguintes mei-os: centenas de reuniões, sessões solenes, colóquios, deba-tes, fóruns, conferências, e entrevistas, onde participaramos Dirigentes da CPCCRD; folhas informativas e Elo As-sociativo distribuído a todas as colectividades confedera-das, instituições nacionais, regionais e locais como autar-quias ou institutos; notas à comunicação social, conferên-cias de imprensa; colocação de faixas de rua, painel deentrada e placa junto aos locais onde se encontram insta-lados os Postos Públicos; Portal da CPCCRD; EncontrosRegionais e Encontro Nacional.

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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Alfândega Fé Ass. para a Promoção e Bem EstarAmarante Ass. Cult. Desp. e Rec. Freixo de Baixo

Ass. Desp. Rec. Cult. Estradinha Fut. ClubeClube de Ténis de Amarante

Arcos Valdevez Ass. Cult. e Rec. Amadora ProselenseArouca Ass. Social Cult. Desp. “Unidos de Rossas”

Centro Cult. e Recreativo de MoldesGrupo Desp. e Recreativo - Ringos F.C.

Baião Ass. Cult. e Rec. de Santa Cruz do DouroAss. Rec. Desp. e Cult. do Águias

F. C. de MiguasBarcelos União Cult. e Rec. AborimBragança Ass. Cult. Desp. e Rec. de Aveleda

Ass. Protectora Amigos do MaçãsAzimute-Ass. de Desp. de Aventura,

Juv. e AmbienteGrupo Desp. e Recreativo de FermentãosGrupo Etnográfico e Desp. de VargeRotary Clube de Bragança

Caminha Soc. de Instrução e Rec. AncorenseSoc. Musical Banda Lanhelense

Castelo Paiva Grupo de Dinamização e Cultura de PedoridoReal Atlético Clube

Cinfães Ass. Humanitária Bom. Vol. De CinfãesEsposende Águias Serpa Pinto-Ass.Cult.Desp.Rec.

Clube Náutico de FãoFeira Sport Ciclismo de S. João de VerFelgueiras Ass. Cult. Desp. Rec. Emp. e Formação -Arcos Barrosas

Rancho Folclórico de VarzielaGondomar Amizade-Ass. de Imigrantes de Gondomar

Ass. Rec. Cult. e Bem Fazer Vai AvanteAss. Rec. e Cult. de SilveirinhosClube Rec. e Desp. Dragões ValboensesFed. Colectividades Concelho de Gondomar

Guimarães Grupo Cult. e Recreativo da Cruz de PedraLamego Ass. Desp. Rec. de FerreirimLousada Ass. de Cultura Musical de Lousada

Ass. Desp. e Cult. de LodaresAss. Rec. e Cult. de PiasCentro Cult. e Desp. da Ordem

Macedo de Cavaleiros Ass. Grupo de Caretos de PodenceVIMONT-Ass. Juvenil de Melhor.

de Vilar do MonteMaia Ass. Cult. Rec. Os Fontineiros da Maia

Escola Dramática e Musical de Milheirós -MaiaGrupo Dramático e Rec. Flor Pedrouços

Marco de Canaveses Ass. Cult. e Desp. Casa do Povo de Vila Boa do Bispo

Ass. Desp. Rec. e Cult. de Sobre-TâmegaGrupo Desp. da Feira NovaGrupo Desp. de Magrelos

Matosinhos Ass. Amigos Ap. Leça PalmeiraAss. Soc. e Rec. Guerra JunqueiroAss. de Pais da Senhora da HoraGrupo Desp. de Basquete de Leça

Miranda do Douro Ass. Cult. e Rec. de São Pedro da SilvaCARAMONICO - Ass. para Desenv.

Integrado de PalaçouloMoimenta da Beira ARCA - Ass. Rec. e Cult. ArcozelenseOliveira de Azeméis Ass. Rec. Cult. Escravilheira

Ass. Cult. e Etnográfica de S. Miguel D‘ AzagãesGrupo Cul. Rec. Ossela

Paços de Ferreira Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Frazão/P.FerreiraParedes Ass. Juv. “Grupo Jovens Nova Esperança”

Ass. Nossa Senhora do Bom Despacho - IPSS -Penafiel Ass. de Solidariedade Social de Vila Cova

Ass. Desp. e Rec. Amigos da ParódiaAss. para o Desenvolvimento de BoelheCentro Convívio da Capela - CECA

-Centro Social e Cult. de AbragãoPenedono Ass. Hum. Cult. Rec. BeselguensePeso Régua Rancho Folc. Recreativo de Godim/RéguaPorto Academia das Colectividades do Distrito do Porto

Ass. de Promoção Social da Pop. do Bairro do Aleixo

Ass. Naútica Desp. Cult. “PORTUS CALE”Ass. Moradores do Bairro do VilarAss. “Olho Vivo”Ass. Cult. “Os Amigos da Vitória”Ass. Cult. “Os Fluminenses”Ass. de Moradores do Bairro do CarriçalAss. dos IlhéusAss. Escola Dramática da Foz do DouroAtlético Clube do PortoCentro Desp. Social Cult. FrancosCirculo Católico Operário do PortoClube Alvinegro PortuenseClube de Pesca Bº Cerco do PortoClube Desp. de PortugalCruzada de Bem Fazer de CampanhãDesp. Operário Fonte da MouraGrupo Desp. Recreativo de ParanhosGrupo Rec. e Desp. de AldoarInstituto Musical PortuenseJornal Universitário do PortoLiga Nacional Contra a FomeNúcleo Desp. Bº do Bom PastorOrfeão do PortoSport Musas e BenficaSporting Clube Vasco da Gama

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

O Movimento Associativo Popular está por todo o país e o Projecto 2001 Associ@ções também!Esta poderia ser a frase de um qualquer spot publicitário e não seria “publicidade enganosa”. De facto, este Projecto

está disseminado por todos o país, devendo-se este trabalho ao empenhamento dos dirigentes da Confederação, dasestruturas descentralizadas (Federações e Associações), mas também aos Monitores e por isso, no artigo que segue,podermos conhecer as suas opiniões e experiências.

São muitas as colectividades candidatas que perguntam para quando a instalação do seu Posto público. A insta-lação depende da aprovação da nova candidatura para 2007 já entregue, aguardando resposta do Gabinete do SenhorMinistro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Estima-se que após a decisão ministerial, decorram três mesesaté à primeira instalação.

Para que seja do conhecimento geral, quantos, quais e onde se situam os postos públicos de Internet associativa,aqui fica a listagem completa de candidatas - por Região e por Concelho - (627 a negro) e entre estas, as já instala-das (246 a azul). Desde já as nossas desculpas por qualquer eventual erro de classificação.

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Sou o Daniel Santos, monitor de San-ta Marta de Penaguião.

Escrevo para o Elo para expressar aminha opinião acerca do projecto PostoPúblico Associativo. Este projecto foi econtinua a ser uma mais valia para apopulação das colectividades das quaissou monitor, uma vez que estas se situ-

am em locais com poucas actividades para o povo e ondeainda há muita carência. Os Postos Públicos de Internetsão utilizados por grande parte da população, associados enão associados, desde os 3 anos até aos 70 anos.

Para a população mais idosa, no inicio foi um pouco difí-cil de se adaptarem às novas tecnologias, mas agora utili-zam a Internet para comunicarem com os filhos que se en-contram no estrangeiro, para isso foi muito importante apaciência dos dirigentes das Associações, que lhes explica-ram como funcionar com os computadores e até ensinaramos mais interessados a escrever e a ler para utilizarem oscomputadores. Quanto aos mais novos, pouco há a dizer,apenas posso dizer que foi muito fácil a utilização dos com-putadores e que muitos se pudessem passavam o dia todona colectividade à frente do computador, isto porque emcasa não têm essa oportunidade e também porque não há

Olá! Eu sou a Carmen Rua, monitorado Projecto “2001Associações” no distri-to de Aveiro.

Vou falar-vos um pouco sobre o Gru-po Desportivo e Cultural de Guilhovai(Ovar).

Esta colectividade foi seleccionada emMaio de 2006, e veio substituir outra quena altura não apresentava condições

para acolher o projecto.Para a colectividade, e para todos os que a frequentam, a

chegada do posto de Internet foi momento de grande alegria.Numa zona onde são muito poucos os espaços de convívio

e lazer, por parte das camadas jovens como das seniores, oProjecto “2001Associações” dá a oportunidade à comunida-de para todos aqueles que não tem outras possibilidades deacesso à Internet poderem usufruir e utilizar o posto paraestudar, trabalhar ou simplesmente navegar na Web.

Carmen Rua Aveiro

Na primeira fase do projecto 2001associação Promovido pela CPCCRDouve sem duvida momentos difíceissuperados graças ao esforço conjuntoda Confederação com os seus monito-res. Enquanto monitor deste projectoocorreram inúmeras situações agradá-veis, não podendo inumará-las todasvou citar umas das melhores.

Na Associação Humanitária Beselguense em particu-lar notou-se uma crescente afluência à Associação porparte dos jovens, bem como a realização de acções de for-mação de jovens e terceira idade em relação à Internetentre outras iniciativas ligadas com este projecto. Talcomo nesta associação, também as outras associaçõesem causa, houve várias situações idênticas, onde a aflu-ência às Associações foi gradualmente crescendo atingin-do altos valores se referirmos que se tratam de pequenasassociações.

É sempre agradável ver crianças e idosos sentados ladoa lado e é, sem duvida alguma, muito motivador para nós(CPCCRD) saber que graças ao esforço de todos os res-ponsáveis é possível assistir a uma mistura que ultima-mente se vai perdendo.

Abraços.Bruno Paiva

Pinhel/Guarda

Quando o gestor do Projecto, Dr.Augusto Flor, propôs aos monitoresescrever um texto com os aspectos ne-gativos e positivos do Projecto “2001Associações”, não dei importância ne-nhuma e pensei que até seria fácil fazê-lo e só voltei a pensar no assunto quan-do me sentei ao computador para es-

crever o texto. Claro que estive muito tempo para come-çar a “teclar” alguma coisa, por muito que pensasse nosaspectos negativos, só me ocorriam os positivos, e aindabem, pois na minha opinião só existe uma explicação para

Stª. Marta Penaguião Centro Cult. e Desp. de LobrigosCorpo Nacional de Escutas

- Agrupamento 687 FontesGrupo Fol. Os Romeiros de S.Miguel

Stº Tirso Ass. Rec. de São MartinhoS. João Madeira Banda de Música de S. João da Madeira

Centro Cult. Desp. e Recreativo de Fundo de VilaS. João Pesqueira Ass. Rec. Cult. E Desp. de Vale FigueiraTerras Bouro Ass. Cult. Desp. Rec. De Valdosende – ParadeLa

Ass. Desp. Rec. e Cult. de ChorenseTorre Moncorvo Clube Académico de Carviçais

Clube Recreativo de Cabeça BoaUnião Desp. de Felgar

Vale Cambra Grupo Desp. e Cult. de CodalGrupo Folc. e Et. de S.Pedro de Castelões

Valongo TAS - Teatro Amador SusanenseViana Castelo Soc. Instrução Recreio DarquenseVila do Conde Ass. Cult. e Rec. “Honra e Dever”V. Nv. Cerveira Clube Celtas do MinhoV. Nv Foz Côa Ass. de Cult. e Rec. “As Mós”Vila Nova Gaia Ass. Proprietários da Urb.Vila de Este

Centro Recreativo de MafamudeGinásio Clube de MafamudeGrupo Dramático da Vila do ParaisoRancho Folc. da AfuradaTuna Musical União Oliveirense

Vinhais Ass. Cult. e Rec. “Santa Eulália”Ass. Desp. e Cult. de Vila Boa

tal, o Projecto “2001 Associações” está a ser um sucesso. Osucesso de que falo não tem nada a ver com a gestão doprojecto, pois acerca desse assunto eu nada sei, mas nós mo-nitores podemos falar da parte humana, dos benefícios paraa comunidade, das mais valias que dois computadores comacesso à Internet e uma impressora trazem para umas aldei-as desprovidas de tecnologia. Aldeias essas que na época doNatal se povoam ainda mais com os seus imigrantes, quevisitam as famílias nesta quadra, e que com alguma surpre-sa descobrem que a Colectividade da aldeia evoluiu e lhespropõe mais alguma actividade do que ficar a “apanhar umagrande seca” a ver televisão o dia todo, podendo contactar osamigos que ficaram na sua nova cidade que foi adoptada de-vido à falta de alternativas da sua terra.

Mesmo os que passam os restantes meses na aldeia têmas “portas abertas”de um novo mundo sem fronteiras, ondepodem resolver problemas sem sair da aldeia, como por exem-plo IRS, selo automóvel, etc., além da ocupação de temposlivres que a Internet pode proporcionar.

Carla CarvalhoPéso Régua/Vila Real

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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O projecto “2001 Associações” veiorejuvenescer o espírito das colectivi-dades com a visita do mais novos aosdiversos postos públicos. O GrupoDramático e Recreativo Flor de Pe-drouços é um dos exemplos notáveisdesta nova realidade.

Manuel Matos, vice-presidente dacolectividade e responsável pelo pos-

to, revela que só encontra aspectos positivos na iniciati-va, uma vez que têm conseguido angariar sócios e novosjovens actores para o grupo dramático. “As crianças vol-taram ao Flor”, afirma o dirigente.

Aos 52 anos, o responsável confessa que nunca tinhautilizado um computador. Com a instalação do posto,Manuel Matos já vai “navegando” com os jovens que fre-quentam agora a sede do Flor. “Gostava de saber maispara poder ensinar”, confessa o vice-presidente da colec-tividade Maiata.

A adesão ao projecto é motivo de orgulho para o grupodramático, tendo sido alvo de uma “certa rivalidade porparte de outras colectividades do concelho”, que desco-nheciam o projecto. “Estivemos na hora e no local certo”,recorda o momento em que tiveram conhecimento do“2001 Associações”.

Sandra CarvalhoPorto

Olá! Sou o Marco Rebelo, monitordo distrito de Aveiro, no Projecto“2001Associações”.

Vou falar-vos sobre o Grupo Cul-tural e Recreativo de Ossela.

Esta associação fica localizada apoucos quilómetros do centro de Oli-veira de Azeméis, sendo no entanto,pouco desenvolvida.

Terra natal do escritor Ferreira de Castro, esta comuni-dade muito veio a ganhar com o Projecto “2001Associações”.

Em todo o tempo de abertura do posto, os dois computa-dores não “descansam”, inclusive por vezes, é ver os miúdosa disputar o tempo de permanência.

Também os adultos vão aderindo, ainda que estas an-danças na informática seja ainda para eles, algo de confu-so, e segundo eles, “já não tenho idade para essas coisas”.

Enfim, aos poucos, as consciências vão-se actualizando!

Marco RebeloAveiro

Na Sociedade Musical Banda La-nhelense em Lanhelas, concelho de

Caminha, o nosso projecto foi des-de logo muito bem recebido pelos seusdirigentes.

Em menos de dois meses esta co-lectividade ficou dotada de acesso àInternet e dos computadores necessá-rios para sua navegabilidade. Sendo

uma das freguesias do concelho de Caminha, onde a ca-mada jovem (ainda) participa activamente na vida asso-ciativa, foi de bom grado que passaram a integrar maisuma actividade, que lhes permite uma partilha/permu-ta de conhecimentos internautas em comunidade no pos-to publico que lá foi instalado, ao abrigo do projecto 2001Associações.

Espero que mais associações deste distrito sigam obom exemplo desta colectividade, tornando este projectonuma mais valia para os seus espaços, e contribuindoassim para o desenvolvimento tecnológico da área ondeestão inseridas.

Miguel EstimaCaminha

muitas actividades que essas crianças possam realizar,a não ser quando são actividades proporcionadas pelascolectividades.

Daniel SantosSanta Marta de Penaguião

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

Andei às voltas com trabalho dosúltimos meses desenvolvido para aCPCCRD, e não encontrei nada defantástico que pudesse ser partilha-do com todos, pois uma “Pré-Candi-datura que “demora 3 meses e 10 te-lefonemas” a ser preenchida não énovidade para ninguém, dirigentesassociativos pouco correctos e escla-

recidos também não, colectividades que após a intençãode candidatura telefonam a perguntar quando são ins-talados os PC´s, muito menos.

Encontrei, no entanto um facto, que pela forma rápidacomo foi tratado merece referência: A substituição dePosto Internet no Concelho de Lousada.

Após algumas semanas “às aranhas” com as substi-tuições, portas fechadas, dirigentes indecisos, e a Hele-na Isabel à perna, … entro em contacto com o SenhorJorge Furtado do Grupo Desportivo da Ordem, ao qualexpliquei o que pretendia da associação. Ficou agendadareunião para o dia seguinte, pois era dia de reunião dedirecção, à qual compareci cheio de fé e munido dos docu-mentos a preencher.

Assim que lá cheguei, expliquei o projecto e ao quevinha, perguntaram-me o que era preciso da associação equal era o investimento.

A reunião estava a decorrer de forma acelerada, e parameu espanto, passados 10 minutos, os documentos jáestavam na minha mão preenchidos, prontos para envi-ar para Lisboa.

Para finalizar, passei a fazer contactos nas colectivi-dades, preferencialmente em dias de reunião de direc-ção, e percebi também, que é mais fácil divulgar esteprojecto em colectividades com gente jovem.

Pedro PeixotoPenafiel

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Águeda D‘Orfeu - Ass. Cult.Alb.-a-Velha Ass. Bom. Vol. de Albegaria-a-Velha

Grupo Folc. Cult. e Rec. Albergaria-a-VelhaAlmeida Ass. Rec. Cult. e Social ValdamulenseAnadia Ass. Cult. E Rec. da Quinta do PerdigãoAnsião Centro de Amizade e Animação Social

Soc. Fil. AvelarenseAveiro Colectividade Popular de CaciaCarregal Sal Ass. Hum. de Bombeiros Vol. Carregal do SalC.Branco Ass. Cult. e Rec. Juncalense

Ass. Cult. Rancho Folclórico de RetaxoAss. de Melhoramentos de LentiscaisCasa do Povo de Malpica do TejoNúcleo de Intervenção Cult. de LardosaSoc. Fil. de Louriçal do CampoVitória Clube Benquerenças Ass. Cult. Rec.

Celorico Beira Ass. Cult. e Desp. da RapaCoimbra Ass. Intergrar - “Centro de Motivação”

Ateneu de CoimbraCondeixa Nova Centro Cult. e Recreativo de BruscosCovilhã Carvalhense Futebol Clube

Casa do Povo de CasegasCasa do Povo de PaúlCentro de Cultura e DesportoGrupo Desp. TeixosenseGrupo Educação e Recreio “Campos Melo”Grupo Instrução e Recreio do RodrigoRancho Folclórico da BoidobraUnidos Futebol Clube

Estarreja Ciné-Clube de AvancaFigueira Foz Ass. Cult. Desp. Rec. de Torneira e Serrião

Centro Cult. Desp. e Rec. Matas e CiprestesClube Náutico da Figueira da FozJBC - Juventude BordaCampenseNUFICOL-Núcleo Figueirense ColeccionadoresSoc. Fil. Dez de AgostoSoc. Instrução e Rec. de LaresSport Club LavosTroupe Rec. Brenhense

Fundão Ajuval - Ass. Juvenil de ValverdeAss. Cult. e Rec. da Malhada VelhaAss. Cult. de AlcariaAss. Rec. Cult. do AlqueidãoGrupo Desp. e Cult. de SiluaresLiga Amigos de EnxamesRancho Folc. “Os Pastores do Açor”Teatro Clube de Alpedrinha

Góis Clube Desp. Cult. Social Casa Povo Vila Nova do CeiraGouveia Ass. Cult. e Desp. Aldeense

Ass. Distrital dos Agricultores da GaurdaAss. Humanutária dos Bom. Vol. De MeloFilarmónica Gratidão RiotortenseGrupo Aprender em FestaSporting Clube da Soc. de Instrução e Recreio

Idanha Nova Filarmónica IdanhenseLeiria Ass. Cult. e Rec. da Maceirinha

Ass. Solidariedade Académico LeiriaAss. Rec.e Cult. ValpedrenseGrupo Desp. e Rec. de Famalicão

Lousã Ass. “Viva a Escola”da Lousã-AvelClube Académico das Gândaras Rec. e Cult.Clube Recreativo ErmienseRancho Inf. Estrelinhas da Ponte do Areal

Mação Ass. Rec. e Cult. da SerraCentro Cult. e Rec. de S. José das MatasCentro Prot. à 3ª Idade

da Freg. S. Silvestre de AboboreiraMangualde Ass. Cul., Rec.Soc.de Cunha Alta

Ass. Cult. e Rec. de MourilheManteigas Ass.Rec.Fil.Pop.Manteiguense-Música Nova

Banda Boa União - Música VelhaMarinha Grande Grupo Desp. e Rec. das Figueiras

Soc. de Benef. e Rec. 1º de JaneiroSport Império MarinhenseSport Operário Marinhense

Mealhada Ass. Fil. Barcousense 10 AgostoRancho Folc. Gr. Etnog. Pampilhosa

Meda Centro Sócio Cult. da CoriscadaMira Clube Domus Nostra

União Desp. da PresaMiranda Corvo Centro Juvenil dos Moinhos

Grupo Rec.e Cult. CorvenseMontemor-o-Velho Casa do Povo de Abrunheira

Centro Cult. Rec. e Desp. de VerrideMortágua Ass. Cult. Rec. e Desp. FelgueirenseOliveira do Bairro ACEG-Ass. Cult. Educativa da GiestaOliveira do Hospital Ass. do Centro de Rec. Cult. de Nossa Senhora Rosário

Ass. dos Amigos de MerugeAss. dos Jovens da Freguesia de MerugeClube Caça e Pesca de Oliveira do HospitalFilarmónica de Ervedal da Beira

Ovar Ass. Desp. e Cult. Torrão do LameiroGrupo Desp. e Cult. de GuilhovaiVittória Clube de Ovar

Pamp.da Serra Ass. Sol. Conv. Soc. Cult. Rec. Pampilhosa SerraPenacova Ass. Apoio a Jovens e Idosos S. Mamede

Ass. Cult. Rec. e Desp. de Oliveira do MondegoCentro Cult. e Recreativo do CoiçoCom. Melhoramentos Paradela da CortiçaFutebol Clube de Paradela

Penalva do Castelo “Os Melros” Ass. Cult. Soc. Rec. Desp. GermilAss. Cult. Castro de Pena AlbaBanda Mus. e Rec. de Penalva do Castelo

Pinhel Ass.Melhor.Apoio Soc.SouropiresCentro Social Cult. e Recreativo do Lamegal

St.Comba Dão União Cult. e Desp. de CagidoS.Pedro Sul Ass. Cult. de Vila MaiorSeia Ass. Cult. e Social de Aldeia de São Miguel

Juventude Ass. Santa Comba de SeiaMovimento de Jovens de SantiagoRancho Fol. de SeiaRancho Folclórico “Os Pastores de São Romão”Soc. Desp. e Rec. de Outeiro da VinhaSoc. Rec. Musical Loriguense

Sertã Ass. Cult., Rec. e Desp. de SimõesSoure Ass.Granja do Ulmeiro-Cult. Desp.e Rec.

Rádio Popular do Concelho de Soure, CRLSoc. Fil. Aurora Pedroguense

Tábua Comissão de Melhoramentos de PerceladaLAFA-Liga dos Amigos da Freguesia de ÁzereSoc. Rec. União e Progresso Mouronhense

Vila de Rei Ass. Desp. Rec. e Cult. de Vila de ReiVila Nova de Paiva Ass. Social Cult. Rec. Desp. de Fráguas

Ass. Hum. Bomb. Vol. De Vila Nova de PaivaGrupo Cult. Católico Pendelhense

Vila Nova de Poiares Comunidade Juvenil S. Francisco de AssisVila Velha de Ródão Ass. Desp. Cult. Vale de Pousadas

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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O projecto 2001 Associações temsido, sem duvida, uma mais valia nocombate à info-exclusão de que sofri-am as pessoas mais deslocadas doscentros urbanos. Foi curioso ver a evo-lução, ao aumentarem o número de fre-quentadores das colectividades do Dis-trito de Castelo Branco. Na SociedadeFilarmónica do Louriçal do Campo, as

aulas de música chegaram a ficar sem alunos, porque es-tes estavam todos a utilizar os computadores. No GIR doRodrigo, uma colectividade na Covilhã, começou a ser fre-quentado por estudantes universitário que aproveitavampara desenvolver os seus trabalhos. Os alunos das escolasprimárias começaram a utilizar os computadores para arealização dos seus trabalhos e pesquisa. O projecto con-seguiu reunir nas colectividades jovens e menos jovens,promover a troca de experiências e de conhecimento, entreeles, englobando-os na vida das colectividades.

Bruno RamosCastelo Branco

Janeiro 2006. A noite era mais escu-ra que viúva em dia de finados e o frioencarquilhava os ossos, quando bate-mos à porta do Sr. António Simões, di-rigente da Filarmónica Gratidão Rio-tortense, em Rio Torto, concelho deGouveia. O encontro tinha sido combi-nado por telefone, daí saber-se ao quevínhamos.

Falámos sobre a importância do projecto, a sua orgâni-ca e funcionamento, as suas necessidades e os seus objec-tivos; o Sr. António ouviu-nos com muita atenção e, semrodeios, rematou:

- “Masjólhe, tá tudo muito bem e isso é tudo muito bom,mas práqui acho que num dá. Tá tudo parado, os da direc-ção saíram e ninguém quer pegar na Banda. Dá muito tra-balho e essa juventude dagora quer é televisão e boa vida enum sintressa pelas coijas da terra. Daí que num tou a ver,mas...”

Ficámos preocupados, também éramos verdes nestascoisas do associativismo, mas fomos argumentando e con-vencemos o Sr. António a tentar reunir uma nova direcção,já que acreditava que o projecto era muito importante paraa sua terra e para as suas gentes.

Voltámos dias depois à procura de boas novas, a tardecheirava a primavera de Janeiro e deixava adivinhar abeleza da aldeia. Ao longe, o Sr. António já nos esperavacom mais dois parceiros, se não era para jogar à sueca eraum bom prenúncio. Após a troca dos bacalhaus, fomos en-trando e sentados ouvimos:

- “Olhe, a coija compõe-se. Eu, mais estes amigos e outros,vamos tentar levar isso dos computadores pra diante. Masesplique lá melhor aqui a eles do que é que se trata, que dissoo Sr. Fernando é quem sabe.”

Prestaram atenção ao que dissemos, foram fazendo al-guns comentários e esclarecendo algumas dúvidas. Por fim,quando pensávamos que tudo tinha sido falado e dito, sur-ge uma pergunta desconfiada:

-“Vossemecê vai-me adesculpar, é que nós por cá não ta-mos habituados a que nos dêem alguma coisa que seja, afi-nal depois qué que vossemecês querem em troca?”

È verdade e a pergunta tinha a sua lógica. Para estas

populações que sempre foram esquecidas e discrimina-das, aparecia agora algo caído do céu e de mão beijada?

Demonstrámos-lhes que não lhes estávamos a dar nadaque não fosse deles e a que eles não tivessem direito. Queunidos e organizados falavam a uma só voz e essa voz eraa Confederação Portuguesa de Colectividades. Que eleseram muito importantes pelo trabalho que desenvolviamnas colectividades e estas junto das populações. Meterammãos à obra.

Reunida a direcção, contrataram maestro, recomeça-ram ensaios, apareceram velhos músicos, apareceram no-vos músicos, criaram a Escola de Música. Acorda a Banda,renasce a Colectividade, há música no ar, está feliz a Al-deia. Aí está a Filarmónica Gratidão Riotortense.

Fernando PaninhoSeia

Desde Março que estou ao serviço daConfederação como monitor da insta-lação de postos públicos de Internet. Noinício a globalidade do Projecto 2001Associações pareceu-me muito interes-sante contudo, quando fui para o terre-no e os postos públicos começaram afuncionar as minhas expectativas fo-ram claramente superadas. Afirmar

que a Internet é um meio de comunicação democrático nãoé de todo suficiente. É preciso que a prática também odemonstre. Com este projecto, que coloca à disposição daspopulações a Internet de uma forma gratuita contribui-sede forma inequívoca para a democratização do seu uso efrequência.

Assim, nos postos públicos que acompanho o uso des-tes computadores é essencialmente efectuado por jovensque vivem em povoações onde a ADSL ainda não chegou,por imigrantes, por jovens filhos de famílias carenciadas,por estudantes deslocados da sua cidade.

Este projecto deve continuar e efectivar-se em todos osconcelhos do nosso país através das 2001 colectividadespor esta razão mas por muitas outras.

João FerreiraCoimbra

Na Várzea Grande, onde se situa aCasa do Povo de Vila Nova do Ceira,houve um “apagão” de internet a únicacasa que ficou com internet a funcionar,foi nem mais nem menos que a Casa doPovo de Vila Nova do Ceira. Onde hou-ve uma afluência de utilizadores enor-me nessa noite. Agora pergunto ondeiam aquelas pessoas, se não existisse

um Posto Público de internet num sítio isolado como éVila Nova do Ceira, onde o posto de internet mais próxi-mo, aberto à noite, grátis, é em Coimbra ou na Pampilho-sa da Serra (projecto 2001 Associações).

Joel CarvalhoVila Nova do Ceira

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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“Chamo-me Telmo Correia, sou mo-nitor do projecto 2001associações.Quando iniciei o meu trabalho nesteprojecto foram indicados umas tantascolectividades. A minha primeira visi-ta às colectividades que me foram des-tinadas, correu muito bem, sempre bemrecebido, a excepção de uma deles, quemais tarde haveria de desistir. Após

esta desistência contactei várias outras colectividades maso não aceitar do projecto era igual em todas, até que secoloca a possibilidade de o projecto ir para a colectividadeda minha terra, aquela colectividade que chamo de mi-nha. Esta minha colectividade aceitou sem demoras e en-traves o projecto.

O Centro Cívico Cultural e Desportivo de AlferraredeVelha, nome desta, situa-se no concelho de Abrantes, fre-guesia de Alferrarede ainda dentro do limite urbano dacidade, por isto não se esperava grande quantidade deutilizadores, mas o empenho pelo projecto foi grande porparte da direcção da casa, a população aderiu e gostou, eneste momento superou as expectativas muito além dasprevista, e por causa deste projecto tem-se denotado umamaior afluência de pessoas na colectividades, principal-mente gente nova.

Para terminar deixo aqui a expressão que oiço dizercada vez que ali vou e pergunto, “então como estamos demalta” uma resposta simples, “até brigam”.

Telmo CorreiaAbrantes

Abrantes Ass. “Juventude Acção no Futuro”Ass. Desp. e Cult. de ArreciadasAss. Cult. e Rec. Entre Vale e SerrasAss. de Moradores de Abrancalha BaixoBanda Fil. Alveguense

Centro Cívico Cult. Desp. de Alferrarede VelhaCentro Rec. e Cult. das Barreiras do TejoClube de Amadores de Pesca e CaçaCrescer - Ass. Desenvolvimento

Pessoal e ComunitárioGrupo Desp. Recreativo ”Os Esparteiros”

Alcanena Ass. Cult. VilamorGrupo Rec. “Os Unidos da Serra”Rancho Folc. e Cult. de Covão do CoelhoSoc. Musical Mindense

Alcobaça Ass.Cult.Rec. S. João da Bairrada Casal da Ortiga Ass. Rec. e Desp. Quiterense

Casa da Cultura José Bento da SilvaFórum Terra Mágica das Lendas, crlRancho Folclórico dos Moleanos

Alcochete Grupo Desp. Fonte da SenhoraVulcanese Futebol Clube

Alenquer Centro Cult. de PaúlaCentro de Convívio Casais da MarinelaGrupo Rec. Cult. “Os Águias” Ribafria

Almada Alma AlentejanaAss. Moradores da Zona do Bº. MatadouroAss. de Moradores da AroeiraBasquet Almada ClubeBeira Mar Atlético Clube de AlmadaCasa do Benfica em AlmadaCentro Com. Des. Cult. Chut 2Clube de Instrução e Rec. do LaranjeiroClube Rec. BarroquenseClube Rec. de Vale FloresClube Rec. Inst. Sobredense

Clube Recreativo AlagoaGrupo Desp. Recreativo Quinta NovaGrupo Rec. Zip Zip da FomegaSoc. Fil. Incrível AlmadenseSoc. Fil. União Artística PiedenseSport Almada e FigueirinhasUnião Fut. Clube “Os Pastilhas”Vitória Clube Quintinhas

Almeirim Atletismo Amigos Fazendas de AlmeirimAlpiarça Soc. Filarmónica Alpiarcense 1º de DezembroAmadora Ass. Cult. Rec. e Desp. de Carenque

Club Rec. do Bairro JaneiroClube Desp. “Os Académicos”Teatro Passagem de Nível

Arruda Vinhos Clube Desp. Rec. e Cult. de CardosasSoc. Rec. Louricense

Azambuja Ass. Rec. de Casais de BaixoCentro Cult. AzambujenseUnião Cult. e Desp. Vilanovense

Barreiro Cineclube do BarreiroClube Desp. e Recreativo “Os Carliz”Grupo Desp. do Barreiro “O Ciclismo”Soc. Inst. Rec. Barreirense “Os Penicheiros”Soc. de Cult. e Rec. 1º de Agosto Paivense

Benavente Soc. Filarmónica União SamorenseCadaval Ass. Desp. Rec. e de Melhoramentos de Avenal

Ass. do Património, Desp. e Cult. de D. DurãoAss. Soc. Fil. 1º de Dezembro 1882-PragançaAss. Murteirense Cult. Desp. Solid. SocialCentro Cult. Desp. e Rec. Chão do SapoGrupo Cult. e Rec. de Vale Canada

Caldas da Rainha Ass. Rec. Cult. e Desp. de Casais da SerraAss. Desp. Rec. Carvalhal BenfeitoAss. Pais Enc. Ed. das

Escolas E.J.I. Freg. AlvorninhaAss.Rec.Desp. Cult.SantanaAss. Social e Cult. ParadenseCentro de Desenvolvimento Social e Cult.Grupo Desp. e Cult. de A-dos-FrancosSão Gregório Ginásio ClubeAss. Cult.e Desp. Trabalhias

Ass. Desp. Rec. Reguengo da ParadaAss. Cult. e Desp. “O MOINHO”Grupo Desp. da FanadiaGrupo Desp. do PesoGrupo Desp. e Recreativo de Tornada

Cartaxo Soc. Filarmónica EreirenseCascais Clube Desp. da Costa do Estoril

Estudantina Rec. de S. Domingos de RanaGrupo de Instrução Popular de AmoreiraGrupo de Solidariedade Musical

e Desp. de TalaídeGrupo Mus. e Rec. MurtalenseSoc. Mus. Sportiva Alvidense

Chamusca Ass.p/Desenv. Sóc. - Cult. Desp. ”Victória - Unidos”

Soc. Rec. Valcavelense

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Constância Ass. Filarmónica Montalvense 24 de JaneiroUnião Jazz Malpiquense

Coruche União Desp. do SorraiaEntroncamento Clube Amador Desportos do EntroncamentoGolegã Ass. Cult. “Cantar Nosso”Lisboa Academia Mus. 1º de Junho de 1893

Ass. Desp. Cult. Mestres S. JoãoAss. Para Desenvolvimento Cult. Soc. MarvilaAss. Cine Clube da AmadoraAss. de Actividades Sociais

do Bairro 2 de MaioCAPSASUL - Casa Pes.

Serv. Acção Social Univ.LxCasa da Comarca de ArganilCasa de LafõesCasa do Concelho de TomarCasa do RibatejoCentro de Cult. Popular de Stª. EngráciaCentro Popular de Trabalhadores

do Alto da AjudaClube de Futebol “Os Unidos”Clube Desp. da GraçaClube do Sargento da ArmadaClube Rec. e Cult. Marvila JovemClube Recreativo Bela VistaCooperativa de Prod.

e Cons. de Alcãntara - 2ªComunaConf. Port. Colet. Cult. Rec. DesportoCPT Bairro S. João Atlético ClubeGrupo Sportivo AdicenseImpério Clube de PortugalMirantense Futebol ClubeOperário Futebol Clube de LisboaSantana Futebol ClubeSport Clube IntendenteSport Lisboa e CampolideTorcida Verde-Ass. Leonina

p/Desp. Ocup. JovensVitória Rec. Clube dos Olivais

Loures Agita - Ass. Cult. e JuvenilANALOR-Ass. dos Naturais e Amigos de LorigaAss. Desp. e Rec. do Bº da FraternidadeAss. Rec. e Musical 1º de MaioAss. Hum.dos Bombeiros Vol. De FanhõesAss. Rec. Cult. e Desp. de Vila de ReiAtlético Clube do TojalAtlético Via RaraClube de Stº António dos CavaleirosClube Recreativo BobadelenseGrupo Cult. e Rec. MurteirenseGrupo Desp. de LousaGrupo Recreativo ApelaçonenseLiga dos Amigos da Mina de S. DomingosSoc. Rec. Musical 1º de Agosto Santa IrienseSoc. Rec. e Cult. de Ribas de BaixoSoc. Rec. CasainhosSoc. Rec. Familiar UnhenseSporting Clube Pinheiro de LouresUnião Cult. Rec. Chamboeira

Lourinhã GEAL-Grupo Et. Arqueologia LourinhãMafra Ass. de Melhoramentos Cultura e Desporto da Tituaria

Clube Desp. de Vila Franca do RosárioMoita Clube Amigos do Atletismo da Moita

Ginásio Atlético ClubeGrupo Desp. e Rec. PortugalSoc. Rec. da Baixa da SerraSporting Clube BanheirenseSporting Clube VinhenseUnião Desp. e Cult. BanheirenseCentro Cult. e Recreativo União Pires

Montijo Clube Desp. Cult. e Rec. “Os Unidos”Clube Desp. de MontijoSoc. Rec. Atalaiense

União Futebol Clube JardienseNazaré ADN - Ass. de Defesa da NazaréÓbidos Centro Cult. Social e Rec. Arelhense

Soc. Cult. e Rec. Gaeirense

Soc. Cult. e Rec. PinhalenseSoc. Fil. e Rec. Gaeirense

Odivelas Ass. Desp. e Cult. Quinta das DáliasAss. de Artesãos D. DinisClube Atlético das PatameirasGrupo Desp. Quinta do PinheiroGrupo Recreativo Olival de BastoGrupo Recreativo PombaisSoc. Rec. Unidos ao BotafogoSporting Clube de PedrenaisUnião Desp.e Rec. Santa Maria

Oeiras Ass. Soc. Fil. Fraternidade de CarnaxideClube Rec. Leões de Porto SalvoJunt´Arte

Palmela Rancho Folc. Reg.Palhota/Venda AlcaídeSoc. Rec. e Cult. do Povo do Bº AlentejanoSoc. Rec. e Inst. 1º de Janeiro

Rio Maior Ass. Bombeiros Vol. de Rio MaiorAss. Cult. Rec. e Desp. Casais da MemóriaAss. Representativa Desp. Cult.Vale ÓbidosCom. Melhoramentos e Prog. AsseiceiraCom. Melhoramentos Progresso de QuintasMotoclube de Rio MaiorSport Ande Clube

Sal. Magos Rancho Folc. da Casa do Povo de Salvaterra de MagosSantarém ARCFA - Ass. Recr. e Cult.

Ass. Cult. e Rec.Vale de EstacasSoc. Rec. Fil. Penense “Música Velha”Soc. Rec. Operária

Sardoal Ass. Cult. e Desp. de ValhascosSeixal ADAT - Ass. dos Amigos do Tocá Rufar

Centro Cult. e Recreativo do Alto do MoinhoGinásio Clube de CorroiosGrupo Flamingo - Ass. de Defesa do AmbienteIndependente Futebol Clube Torrense

Sesimbra Ass. Des. da Quinta do CondeAss. Rec. Bigodes de RatoAss. de Cult. Rec. União Trab. ZambujalenseGrupo Desp. e Cult. do Conde 2Soc. Musical Sesimbrense

Setúbal Clube Recreativo PlalhavãGrupo Desp. “Os Amarelos”Grupo Desp. IndependenteNúcleo Amigos Bº Santos NicolauNúcleo Rec. e Desp. Ídolos da PraçaSoc. Mus. Capricho SetubalenseSoc. Filarmónica Providência

Sintra Ass. Cult. Social e Rec. CabrizCentro Educ. Desp. Cult.

e Rec. das Azenhas do MarCentro Rec. Popular

e Cultura Musical Dona MariaClube de Futebol “Os Montelavarenses”Clube Recreativo AlmornenseGinásio Clube de QueluzGrupo Bandolinista 22 de Maio de 1925Grupo Desp. AlmargenseGrupo União e Recreativo do LinhóGrupo União Rec. E Desp. MTBALiga dos Amigos de Covas de FerroSoc. Rec. Desp. e Familiar

de S.João das lampasSoc. Rec. e Desp. “Os Progressistas”União Desp. E Rec. Sabugense

Tomar Ass. Cult. Desp. e Rec. da SerraAss. Cult. e Rec. AmendoenseAss. de Melh. Cult. Poço RedondoAss. Rec. de AboboreirasCalma - Clube Act. Lazer e ManutençãoCentro Cult. Desp. e Rec. de MinjoelhoCentro Cult. e Desp. de Porto MendoCentro Rec. e Cult. do CoitoCentro Social, Cult. e Recreativo da LongraGrupo Desp. e Recreativo da SabacheiraRancho Folclórico “Os Canteiros” da PedreiraSoc. Rec. e Mus. da PedreiraSoc. Cult. e Rec. de Vale do CalvoSoc.Instrutiva, Recr. e Desp. VilanovenseSport Clube Operário de Cem Soldos

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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Torres Novas Ass.Rec. e Cult. Casais de IgrejaBanda Operária TorrejanaCasa de Convívio, Cultura e Recreio de VargosCasa do Povo de Olaia - LamarosaCentro Cult. e Rec. RendufasCentro Cult. Recr. Gen. Humberto DelgadoCentro Rec. Cult. Stº. António de AssentisCentro Recreativo e Cult.Centro Recreativo

e Musical de Outeiro GrandeCine-Clube de T.NovasClube Desp. Operário MeiavienseRancho Folcl. de Casal SentistaSoc. Velha Filarmónica RiachenseSoc. Fil. Lealdade União RibeirenseSoc. Filarmónica União MatenseUnião Desp. e Rec.Zona AltaUnião dos Amigos de Pedrógão

Torres Vedras A.S.A. - Ass. Socorros A-dos-CunhadosASSIM - Ass. de Intercâmbio MunicipalAss. para o Des. das ParadasAss. Ed. Fisica Desp. Torres VedrasAss. Mor. Cult. Rec. Fonte Grada (AMCRFG)Clube União A-da-RainhaGrupo Desp. SobreirenseSport Clube União Torreense

Vila Franca Xira Centro Social e Cult. do Bom SucessoClube Rec. e Desp. de TrancosoGrupo Desp. e Cult. de Loja NovaSoc. Rec. da GranjaSoc. Euterpe Alhandrense

Vila Nova da Barquinha Clube União de Recreios

Grupo Folclórico “Os Pescadores” de TancosSoc. Instrutiva e Rec. de Atalaia

Ourém Ass. Cult. e Rec. de AlburitelAss. Cult., Rec. e Desp. Moita RedondaGrupo Desp. de FreixiandaGrupo Desp. e Cult. de SeiçaUnião Desp. da Gondemaria

Após a instalação do posto públicode Internet na Sociedade Musical Spor-tiva Alvidense, achei curioso quandoum jovem, que não teria mais de 11anos, estava a ensinar o pai a navegarna Internet. Esta partilha de experiên-cia de um educando a ensinar o seu edu-cador, demonstra a riqueza que esteprojecto poderá trazer à vida social da-

quela localidade.O impacto deste posto é notório quando reparo que a

sala está normalmente ocupada por jovens que, enquantoaguardam a sua vez para aceder à internet, vão fazendo osseus trabalhos e estudos numa mesa de reuniões colocadapela direcção. Com a instalação do projecto “2001 Associ-ações” passou a existir uma sala de convívio para os jo-vens, na qual podem estudar e ocupar os tempos livres. Sepor um lado o desenvolvimento tecnológico é um dos facto-res de isolamento “físico”, conduzindo a um maior indivi-dualismo e alheamento do meio social, característico dassociedades desenvolvidas, então podemos dizer, por outrolado, que este projecto aproxima os jovens do movimentoassociativo e social através dessa mesma tecnologia.

Alexandra AlmeidaOeiras/Lisboa

Um dos aspectos positivos, para alémdo acesso gratuito às novas tecnologias, éa crescente afluência que se faz notar nasColectividades. Noto que na Sociedade Fi-larmónica Alpiarcense, em Alpiarça temsido boa a adesão, principalmente por jo-vens. Todos se esforçaram por inaugurar,o mais rápido possível, o Posto Público erealmente percebe-se bem porquê. O facto

de terem uma pessoa a gerir o espaço e o material infor-mático, torna tudo muito mais fácil e, felizmente, o núme-ro de utilizadores tem vindo a subir. O Posto é uma maisvalia para a Colectividade, mas também e principalmen-te para a população de Alpiarça.

Ana CostaSantarém

O projecto nos postos que acompa-nho não se limita à colocação de com-putadores com acesso à Internet, ou comoutras ferramentas de trabalho/lazer,ou ainda à utilização gratuita dos mes-mos equipamentos.

Assim por exemplo no Sobreirenseno espaço antes vazio, depois só com osequipamentos do posto de acesso à In-

ternet, hoje está uma biblioteca e sala de estudo.Com os testemunhos que vou referir pretendo, também

demonstrar que as Tecnologias de Informação e Comuni-cação não são apenas fontes de prazer/diversão, ferramen-tas imprescindíveis e inevitáveis para os jovens, mas quetambém podem constituir instrumentos que promovam avalorização da “bagagem” dos adultos e deixar de seremdefinidas como verdadeiras barreiras da vida.

Uma vez que nas 4 colectividades que acompanho, composto instalado, o público é um pouco diversificado, pare-ce-me mais enriquecedor referir algumas frases de utili-zadores dos 4 postos.

“Já estou reformado, nunca precisei e também já nãoprecisava de utilizar o computador a nível profissional,mas gosto de me sentir actualizado e mantenho-me ocu-pado!”

“Faço os TPC e ao mesmo tempo estou no messengerporque assim posso tirar dúvidas com os meus colegas, eos meus pais nem ficam chateados porque estou aqui como responsável do Clube.”

“Tem sido bom para a colectividade, as pessoas vêmmais, principalmente os mais novos e temos aproveitadotambém para fazer trabalhos para a Associação!”

Ana LúciaMafra/Lisboa

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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A história interessante que eu pos-so relatar prende-se com o inicio doprojecto no Grupo Desportivo e Cultu-ral Conde 2, na Quinta do Conde con-selho de Sesimbra.

Numa primeira fase, após o equi-pamento chegar à colectividade, os di-rigentes do GDCC2 colocaram a folhapara controlar os utilizadores para efei-

tos estatisticos no bar, mas após duas semanas já meestavam a dizer que tinham que mudar de estratégia, poisos utilizadores eram tantos que não os conseguiam con-trolar a todos daquela forma. Ficou então assente quepassariam a ser os utilizadores a preencher a folha naprópria sala dos computadores, mas passado algum tem-po começaram a receber queixas que havia utilizadoresque não cumpriam os regulamentos ou mais precisamen-te uma hora por cada utilizador. Desta feita foi então deci-dido que os utilizadores passariam a ser controlados, den-tro dos possiveis, pelos funcionários do bar que regular-mente vão vendo se os utilizadores estão muito tempodentro da sala dos computadores e se preenchem a ditafolha para ser feita a estatística. Mesmo assim tem sidodificil de conseguir que todos preencham a referida folha eestá-se a tentar encontrar outra forma mais eficaz de fa-zer o controlo das pessoas que acedem ao posto público.

Moral da história, os postos públicos de acesso gratuitoà internet movem centenas de pessoas por mês dentro dascolectividades, o que por vezes se torna complicado de ge-rir quando não se está habituado a tanto movimento.

Bruno LourençoSesimbra

E difícil escrever para o papel o queeu senti, quando cheguei à minha colec-tividade, de Vale de Estacas que ficanum Bairro Social onde a maioria dapopulação é de etnia cigana, as crian-ças e os jovens antes da inauguraçãodo posto faziam fila na porta para per-guntarem se poderiam aceder, muitodeles não frequentam a escola e nem

sabem escrever.Mas têm muita curiosidade em descobrir o mundo da

Internet.Tenho pena de não poder dedicar-lhes mais tempo para

lhes poder dar a conhecer o melhor do mundo da “ INTER-NET”

Elvira MagustoSantarém

O projecto “2001 Associações” temsido, sem dúvida uma mais valia paraas Colectividades e para a sua popula-ção. É com muito orgulho que colaborocomo Monitor de 7 Colectividades.

Após 1 ano de experiência, posso con-firmar o sucesso desta iniciativa no seiodas colectividades e da comunidadeenvolvente. O Clube Recreativo Instru-

ção Sobredense é a prova viva que o “2001 Associações”veio modificar os hábitos das associações.

Em meados de Julho de 2006, após a inauguração doposto, a direcção propôs-me que ensinasse a um grupo depessoas, a maioria na casa dos 60 anos de idade, a dar osprimeiros passos na informática. Achei bastante interes-sante e aceitei o desafio, embora sabendo que não iria serfácil visto tratar-se de pessoas que iam “mexer” pela pri-meira vez num computador.

Passados 5 meses, os resultados são satisfatórios. Cri-ar e enviar e-mails, pesquisar na Internet e trabalhar noWord são algumas coisas que já fazem com um grande àvontade. Pode parecer básico para um utilizador normal,mas para pessoas, que apenas aos 60 anos começam a tero primeiro contacto com um computador, não é nada fácil,o que demonstra que nunca é tarde para aprender.

Hugo CardosoAlmada

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

As primeiras palavras de qualquertexto são para todos nós as mais difí-ceis, em que não sabemos o que escre-ver, pois bem, já está.

Qual não foi a minha surpresa quan-do na inauguração do Posto Público deacesso à Internet do 2001 Associações,no Grupo Desportivo Recreativo Portu-gal no Vale da Amoreira, concelho da

Moita, assistimos a uma demonstração da grande arteque é o Jogo do Pau.

Fiquei espantado com a demonstração, a velocidade, oautocontrolo e a capacidade física e mental necessária dei-xaram-me boquiaberto, mais ainda, quando se confronta-ram duas pessoas que bem passavam por neto e avô, mos-trando que este jogo tradicional não se perderá no tempo.

Quanto ao posto começou logo a funcionar com algumasdezenas de miúdos que, talvez ali iniciaram os seus pri-meiros contactos com as novas tecnologias e o conheci-mento da Internet.

Vasco PaletaBarreiro

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Decorridos quase um ano na funçãode monitor, e, tendo conhecido diversasrealidades nas colectividades que tenhoacompanhado, realço antes de mais oexcelente entendimento e colaboraçãopor parte de todos os dirigentes, comquem tenho tido o grato prazer de con-tactar.

Saliento porém, uma situação que memarcou pela positiva, que revela o empenhamento e a de-dicação que alguns destes dirigentes revelam, e que passoa relatar.

O Centro Trabalhadores de S. Cristovão, em Portale-gre, foi repescada após desistência de uma outra colectivi-dade, quando numa primeira abordagem, via telefone, con-tactei a Direcção, representada pelo Sr. José Alfaia, mani-festou de imediato grande entusiasmo e total disponibili-dade; na nossa conversa telefónica, enumerei-lhe qual adocumentação necessária (plantas da sala, fotografias,acta, etc.) para o seguimento do processo e recuperação dotempo perdido, em todo o processo de atribuição do posto.Combinamos uma reunião, para daí a dois dias. Para mi-nha surpresa e agrado, nessa reunião, em que nos conhe-cemos, o Sr. Alfaia tinha já em seu poder, toda a documen-tação necessária (até ao ínfimo documento), para poder-mos passar à fase seguinte do processo de instalação doposto, que viria a acontecer dias depois, contando com apresença da nossa Confederação, o Presidente da Câma-ra, Mata Cáceres, com o deputado Ceia da Silva, Presi-dente da Junta de Freguesia, demais forças vivas do con-celho, comunicação social e grande número de associados epopulação em geral.

Num comentário final, é eficiência ou não é?

Rui Miguens AlmeidaPortalegre

Alandoral ADIT-Ass. Prot. Idosos Freguesia de TerenaClube de Rugby de JuromenhaConfraria Nossa Senhora da Boa Nova

Alcácer Sal Soc. Fil .Amizade Visconde AlcácerAljustrel Ass. “Os Amigos do Roxo” Centro Rep. Instrução e Rec. Aljustrelense

Centro Republicano de I. R. AljustrelenseGrupo Etnog. de Danças

e Cant. “Planicie Alentejana”Soc. Rec. de Rio de Moinhos

Almodôvar Casa da Cult. de Aldeia dos FernandosAlvito Clube da Natureza de Alvito

Grupo Desp. e Cult. BaroniaArraiolos Ass. de Jovens do Sabugueiro

Clube Alentejano Desportos VimieirenseArronches Atlético Clube de ArronchesBeja Ass. Hum. Bomb. Vol. de Beja

Ass. de Jovens Carpe Diem na AldeiaGrupo Desp. Soc. Filarmónica

24 Outubro BaleizãoJuventude Desp. das Neves

Borba Grupo Desp. Cult. de Rio de MoinhosCampo Maior Sporting Clube CampomaiorenseCastelo de Vide Núcleo Sportinguista de Castelo de Vide

Soc. Rec.1º Dezembro de Catelo VideCastro Verde Soc. Rec. e Filarmónica 1º de JaneiroCrato Núcleo Progresso de Vale do PesoElvas Centro Artístico Elvense

Soc. Rec. Popular e Desp. Juventude Stª EuláliaEstremoz AJOV - Ass. de Jovens Veirenses

Ass. Desp. Recr. Ameixial - ADERESporting Clube Arcoense

Évora Ass. AlçudeSoc. Harmonia Eborense

Fronteira Atlético Clube FronteirenseClube de Pesca FronteirenseGrupo Desp.Com.Vale Maceiras

Gavião Ass. Desp. Cult. e RecreativaAss. Cult. e Desp. de Vale da VinhaCentro Cult. Recr. Desp. de FerrariaRancho Folcl. e Etnográfico de Belver

Grândola Colectividade de Sócio Cult. BarrenseSoc. Mus. Fraternidade Operária Grandolense

Mértola Centro Cult. Corte de CobresMonforte Monforjovem - Ass. Jovens MonforteMontemor-o-Novo Casa do Povo de Cabrela

Casa do Povo de LavreSoc. Rec. Grupo União Escouralense

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

Mora Ass. Solidariedade e Defesa dos IdososSoc. de Instrução Mus. Morense

Moura Centro Recreativo Amadores de Música “Os Leões”

Clube Mourense Amadores Pesca e Caça Desp.Nisa APTOS - Ass. Pais e Encarregados

Grupo Desp. Cult. de Amieira do TejoOdemira Soc. Rec. Musical SanluizensePonte Sôr Ass. Forense dos Amigos da 3ª Idade

Grupo Promoção Sócio-Cult. de MontargilAss. Rec. Cult. e Desp. ValdoarquenseSoc. Filarmónica GalveenseUnião Desp. Operária

Portalegre Centro Popular Trabalhadores de S. CristóvãoCooperativa Operária PortalegrenseFORMIJOVEM - Ass. de Jovens de FortiosSoc. Rec. Musical Alegretense

Santiago do Cacém Ass. Cult. Amigos de AlvaladeCasa do Povo de Alvalade

Serpa Ass. Cult. Rec. Casa do Povo de BrinchesClube Atlético AldenovenseSoc. Filarmónica de Serpa

Sousel Ass. de Jovens “O Lupe”Vendas Novas Clube Ferroviário de Vendas NovasViana Alentejo Casa do Benfica em Viana do Alentejo

Grupo Cult. e Desp. de Aguiar

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Alcoutim Grupo Desp. de AlcoutimAljezur Ass. de Def. Pat. Hist. Arqueológico Aljezur

Ass. dos Bomb.Volunttários de AljezurClube Cult. e Recreativo

Os Amigos da CarrapateiraClube Instrução e Recreio Rogilense

Grupo Desp. OdeceixenceCastro Marim Grupo Des. Rec. Cult. “Leões do Sul Futebol Clube”Faro Ass. Cult. Música XXI

Ass. Rec. e Cult. dos MúsicosSoc. Rec. Arrtistica Farense

Lagoa Soc. Rec. C. EstombarenseLagos Estrela Desp. Bensafrim

Grupo de Amigos de ChinicatoSoc. Filarmónica Lacobrigense 1º de Maio

Loulé Ass. Social e Cult. de Almacil Teatro da Estrada - Ass. Cult. de AltePortimão Boa Esperança At. Clube PortimonenseS. Brás Alportel Grupo Desp. e Cult. de MachadosSilves Soc. de Instrução e Recreio Messinense

Soc. Rec. AlcantarilhenseTavira Ass. Jovens Santa Catarina - AJSC -

Soc. Orfeónica Amadadores Mús. Teatro TaviraVila do Bispo Clube Recreativo Infante de Sagres

Soc. Rec. Barão de S. MiguelV.Real St.º Antº. Glória Futebol Clube

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

O presente texto tem como objectivocaracterizar a aplicação do projecto di-rigido pela Confederação Portuguesadas Colectividades de Cultura Recreioe Desporto, intitulado “Projecto 2001Associações”, na Sociedade Filarmóni-ca de Serpa.

Este projecto inaugurado durante omês de Junho na Sociedade Filarmóni-

ca de Serpa, contou com a presença do Gestor, Dr. AugustoFlor.

É importante referir que a inauguração não foi um actoisolado, mas sim o culminar de uma intensa preparaçãoque envolveu os dirigentes da Sociedade Filarmónica deSerpa, na elaboração de notas de imprensa, na aquisiçãodo material necessário para receber o equipamento infor-mático, nos convites elaborados a outras colectividades,na divulgação do posto público junto da população de Ser-pa, enfim, resulta de um conjunto de disponibilidades de-monstradas por parte dos seus dirigentes, desde o iniciopara que tudo corresse da melhor maneira.

A Sociedade Filarmónica de Serpa, dispõe actualmen-te das condições necessárias para que qualquer pessoapossa aceder à Internet, com o objectivo de realizar asmais diversas pesquisas, abordando os mais diversos as-suntos de quem navega, um exemplo é o facto de este meioimprescindível nos dias de hoje, ter proporcionado umaaproximação das pessoas desta localidade, bem como umamaior percentagem de jovens a deslocarem – se a estacolectividade durante os 6 dias por semana que este espa-ço se encontra aberto. Este fenómeno juvenil é de extremaimportância para a vida e futuro das colectividades, poisproporciona mais vida e dinâmica na própria vida da ins-tituição, numa região que por si só, já é bastante envelhe-cida e que poderá de certa maneira contribuir para o reju-venescimento da própria instituição. Assim o interessedeste projecto é um interesse mútuo, entre os seus diri-gentes e as pessoas que a ele acedem, pois vai de encontroàquilo que é, e deve ser o trabalho associativo, proporcio-nar a todos o igual acesso às novas tecnologias e ao conhe-cimento, acredito que esta etapa por si só já é uma maisvalia para todo o projecto e que bem dinamizado poderáser um instrumento útil para a divulgação das activida-des que a Sociedade Filarmónica de Serpa organiza.

Márcio GuerraBeja

Um ano decorreu desde que integrei,como monitor, o projecto “2001Associ-ações”. Muitos contactos com o associ-ativismo, nas suas mais variadas ver-tentes permitiram-me aprofundar oconhecimento de uma realidade enrai-zada na dinâmica das populações, so-bretudo nas comunidades mais peque-nas, mas que muitas vezes não é reco-

nhecido pela sociedade em geral.Num país onde se reduz cada vez mais a disponibilida-

de financeira para o desenvolvimento de projectos de fun-do de cariz sócio-cultural dirigidos à população, o trabalhodesenvolvido a partir das colectividades sobressai cadavez mais.

São as colectividades que muitas vezes e sobretudo emmeios pequenos, disponibilizam às populações os recur-sos, meios e dedicação que as diversas instituições públi-cas não conseguem garantir. Desde o apoio prestado porIPSS, ou outras que não detendo este estatuto, desenvol-vem este tipo de trabalho, até às colectividades de Cultu-ra, Recreio e Desporto que são o espaço de convívio, re-creio, de desenvolvimento cultural e desportivo de grande

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MADEIRACâmara de Lobos Banda Orquestral Câmara de Lobos ”Os Infantes”Santa Cruz Banda Paroquial S. Lourenço da Camacha

AÇORESStª Cruz Graciosa Ass. Cult. Desp. e Rec. da Graciosa Ass. Graciosense de Solidariedade Social

Quero desde já agradecer a oportu-nidade que me deram, há dez mesesatrás de participar no Projecto “2001Associações”. Tem sido uma participa-ção discreta, tentando sempre corres-ponder às iniciativas pedidas, tambémsaliento, ter tido alguns problemas decomunicação com os serviços adminis-trativos da CPCCRD, que espero não

se repetir. Em relação ao trabalho no “terreno” como secostuma dizer, tem sido bastante gratificante trabalharcom os meus três postos públicos. A ASSOCIAÇÃOD.P.H.A. de ALJEZUR, tem o posto público a funcionarnas maiores das perfeições, sempre muito organizados,rigorosos, tendo em seis meses de utilização, 1688 utili-zadores, na sua grande maioria estrangeiros de toda aparte do mundo, que visitam a parte histórica de Aljezurficando muito satisfeitos por terem Internet gratuita, aminoria são os habitantes da Vila que nunca deixam oposto “em descanso”.

Tenho mais dois postos, são eles C.R. INFANTE SA-GRES e ESTRELA DESPORTIVA de BENSAFRIM,tendo em seis meses 1469 utilizadores e 975 utilizadores,respectivamente. Estes dois clubes onde tenho tido opor-tunidade de lidar mais directamente com os associados eos utilizadores, porque os visito numa hora pós-laboral,notando uma satisfação por terem a oportunidade de ace-der a novas tecnologias, havendo uma maior assiduidadede jovens que até então não frequentavam os clubes. Para-béns ao projecto, esperando que o mesmo continue por maisalguns anos.

Paula DiasLagos

parte da população portuguesa.Ao residir em Vila Real de Santo António, cidade fronteiri-

ça, surgem em muitas ocasiões as inevitáveis comparaçõessobre o que se passa de diferente entre as duas margens doGuadiana, e por vezes não se restringe apenas aos preço doscombustíveis ou dos salários.

Há poucas semanas, soube que uma nova escultura tinhasido erguida em Ayamonte-Espanha e que estaria dedicada abandas filarmónicas Portuguesas.

Foi com surpresa e agrado que quando pessoalmente fuiver a escultura constatei que era uma homenagem da cidadede Ayamonte a três colectividades Portuguesas (por acaso, outalvez não, todas confederadas) e em particular às suas ban-das de música: Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro, Socie-dade Filarmónica Progresso e Trabalho Samouquense e Soci-edade Imparcial 15 de Janeiro, sendo a primeira procedentede Montijo e as restantes do concelho de Alcochete.

É de veras caricato termos que atravessar a fronteira paraencontrarmos o reconhecimento público e “palpável” do traba-lho desenvolvido pelas colectividades.

Nas visitas que tenho feito às colectividades que estão in-seridas no projecto “2001Associações” e a outras no sentidode divulgar este projecto e o trabalho da CPCCRD em geral,tenho deparado com situações em que o que as colectividadesreivindicam nem chega a ser que sejam erguidas estátuas,mas sim que sejam tratadas e reconhecidas pelo trabalhodesenvolvido e que sejam apoiadas para que o possam conti-nuar sem que, por exemplo, tenham permanentemente queviver na incerteza de terem ou não sede no mês seguinte, jáque esta se encontra em avançado estado de degradação ouque, por questões de negócios imobiliários a colectividade es-teja em risco de ser desalojada sem outra alternativa à vista.

Filipe Parra MartinsFaro

PROJECTO 2001 ASSOCIAÇÕES - INTERNET ASSOCIATIVA

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Realizou-se no passado dia 3 de Março em Beja, o 4ºEncontro Regional onde participaram Dirigentes Associati-vos e Monitores dos Postos Públicos - Internet Associativa.

A iniciativa contou com mais de trinta participantesdos distritos de Beja e Faro, tendo sido feito um balanço,trocadas experiências e apresentadas sugestões para ofuturo do Projecto 2001 Associações.

4º Encontro Regional2001 Associ@ções – Internet Associativa

De uma forma geral, o Projecto 2001 Associações foiconsiderado muito positivo, havendo experiências únicascomo é o caso da Associação de Defesa do Património His-tórico e Arqueológico de Aljezur onde os utilizadores habi-tuais se cifram em 1822 só nos últimos 6 meses de 2006.De salientar que destes, 939 foram portugueses e os res-tantes 883 se dividem por 28 nacionalidades diferentes.

Aproxima-se mais um Congresso,desta vez com a particularidade deser também eleitoral, o que me leva atecer algumas opiniões, depois de ummandato que não sendo motivo de sa-tisfação total, também não nos leva asentirmo-nos entristecidos pelo tra-balho que desenvolvemos. Pelo con-

trario, fez-se mais do que nós próprios de principio imagi-námos e, se afirmo acima que não foi um mandato desatisfação total, é porque esta Direcção teve desde o inicioe até hoje, a exigência de nunca se sentir satisfeita pelotrabalho desenvolvido.

Percorreu-se o Pais de Norte a Sul em várias iniciati-vas desde representações, Projecto 2001 Associações, Agi-ta Portugal, com destaque para as Secções de Marcha p’raSaúde, vários Cursos de Formação, colóquios, conferênci-as, etc… enfim, estivemos regra geral onde nos chamarame, se juntarmos a tudo isto as dezenas de deslocações àAssembleia da República junto de todos os Grupo Parla-mentares, onde expusemos as nossas reivindicações, to-das elas com vista a valorização e reconhecimento do Mo-vimento Associativo Popular.

Reconhecemos que, se não todos, a maioria dos autar-cas, reconhecem o papel insubstituível do Movimento As-sociativo junto das suas populações. Seja a nível de Fre-guesia seja de Concelho, apelamos nesta crónica para queTODOS, pressionem nos seus lugares para que o PoderAutárquico junto do Poder Central, nos apoie nesta tare-

Todos juntos no reconhecimentoe valorização do Associativismo Popular

fa, que não é da Confederação é de todo o Movimento Asso-ciativo, que mais não pede que o razoável.

O que não podemos permitir é que se aprovem Leis naAssembleia da República, como é o caso, da Lei 34/2003,de 22 Agosto, se ponha no documento 120 dias para o Go-verno definir aspectos da Lei e passados quase 4 anos,continuamos a aguardar sermos reconhecidos como par-ceiro socia, tal como temos direito por lei.

Queremos ser e ter papel activo, nas discussões no queao MAP diz respeito, porque temos ideias e propostas,algumas (muitas) já entregues novamente aos GruposParlamentares. Pretendemos, e temos esse direito, de terum interlocutor junto do Governo, temos sido sistematica-mente empurrados de “Poncio para Pilatos” e respostasconcretas, NADA.

Publicaram a Lei 20/2004 – de 5 Junho, Estatuto doDirigente Associativo Voluntário, é um facto mas, na prá-tica, e na forma como está, perguntamos: Que vantagensforam dadas a quem substitui o Estado em várias frentes- Social, Recreativa, Cultural, Desportiva, etc?

Muito mais poderíamos acrescentar neste artigo, masse assim o escrevo, é para que todo o MAP, se una e faça dodia 24 Março na Casa do Alentejo uma grande jornada dediscussão, reflexão e, acima de tudo, de convívio e amizade.

Até dia 24 Março.

Jaime SalomãoVice Tesoureiro

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Edição Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto Sede Rua da Palma, 248 · 1100-394 Lisboa Telef.: 218 882 619 Fax: 218 882 866

E-mail [email protected] Director Artur Martins Redacção e fotos Confederação Concepção gráfica e paginação [email protected] Impressão eacabamento Tipografia Lobão Tiragem 5000 exemplares Depósito legal 111058/97 Registo no Instituto de Comunicação Social 120991 Distribuição gratuita

ÚLTIMA HORA

FICHA TÉCNICA

Colectividades do Distrito de Beja, filiadase não filiadas na Confederação, decidiram porunanimidade, fundar a FCDB enquanto estru-tura descentralizada da Confederação.

Após discussão, troca de opiniões e esclare-cimentos sobre a importância da existênciadesta estrutura distrital, foram colocadas àvotação a proposta de Estatutos apresentadapela Direcção da Confederação que reuniu oconsenso de todos os presentes.

Por fim, foi aprovada a constituição de umaComissão Instaladora e do calendário de ins-talação que culminará com as primeiras elei-ções que se deverão realizar até ao dia 30 deJunho de 2007.

As colectividades fundadoras são as seguintes: Soci-edade Filarmónica de Serpa, Centro Recreativo Ama-dores de Música Os Leões - Moura, Casa do Povo deSerpa, Clube de Natureza do Alvito, Associação de Jo-vens Carpe Diem - Beja, Sociedade Filarmónica Capri-cho Bejense, Casa do Povo de Penedo Gordo - Beja, As-sociação de Xadrez do Distrito de Beja, Clube de Xa-drez de Ferreira do Alentejo, Clube Moura AmadoresPesca e Caça Desportiva de Moura, Associação de Jo-vens da Salvada - Beja, Centro Republicano de Instru-

Protocolo de CooperaçãoCâmara Municipal de Beja – Confederação

Federação das Colectividades do Distrito de Beja( Fundada a 3 de Março 2007)

A Câmara Municipal de Beja e a ConfederaçãoPortuguesa das Colectividades de Cultura, Recreioe Desporto, estabeleceram um protocolo de Coope-ração, onde foram estabelecidos um conjunto deprincípios e troca de apoios que visam melhorar eaprofundar as relações entre estas duas institui-ções com a finalidade de reconhecer e promover oassociativismo bejense no quadro das iniciativase projectos nacionais da Confederação.

O Vereador Miguel Ramalho - em representa-ção do Senhor Presidente da Câmara - e o Presi-dente da Confederação Artur Martins, após a as-sinatura pública do Protocolo, referiram-se à im-portância do mesmo, bem como o desejo e a vonta-de do seu cumprimento para o reforço do Movimen-to Associativo do Concelho de Beja.

ção e Recreio Aljustralense, Sport Clube Mineiro Al-justralense, Judo Clube de Beja, Grupo Desportivo eCultural Alcoforado - Beja.

A sede provisória da FCDB será na Sociedade Filar-mónica Capricho Bejense que disponibilizou pronta-mente as suas instalações para receber esta importan-te estrutura associativa.

Todos sentiram que se estava a viver um momentohistórico que foi saudado com uma efusiva salva depalmas.

No passado dia 3 de Março, na Bibliote-ca Municipal José Saramago em Beja, foidado mais um passo para a estruturação doMovimento Associativo Popular Português.