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EIA da Abertura da Barra de Saquarema – ANEXO II Página 215 ANEXO II

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Extrato do VOCABULÁRIO BÁSICO DE MEIO AMBIENTEorganizado por Iara Verocai

A

ABIÓTICOCaracterizado pela ausência de vida."Lugar ou processo sem seres vivos" (Goodland,1975)."Substancias abióticas são compostos inorgânicos eorgânicos básicos, como água, dióxido de carbono,oxigênio cálcio, nitrogênio e sais de fósforo,aminoácidos e ácidos húmicos etc. O ecossistema(...) inclui tanto os organismos (comunidade biótica)como um ambiente abiótico" (Odum, 1972)."O mesmo que azóico, isto é, período da históriafísica da Terra (...) sem organismos vivos" (Guerra,1978).

ABSORÇÃO"Processo físico no qual um material coleta e retemoutro, com a formação de uma mistura. A absorçãopode ser acompanhada de uma reação química"(ABNT, 1973)."Absorção de um gás é o mecanismo pelo qual umou mais elementos são removidos de uma correntegasosa, por dissolução desses elementos numsolvente líquido seletivo (...) Do ponto de vista dapoluição do ar, a absorção é útil como método dereduzir ou eliminar a descarga de poluentes do ar naatmosfera" (Danielson, 1973)."Absorção: de radiação - diminuição da radiaçãopela travessia de um gás, um liquido ou um sólido.Tal é o caso da radiação solar que, sem a atmosferaterrestre, é suscetível de transmitir 1,36 KW por m2

de superfície perpendicular. A atmosfera absorvecerca da metade dessa energia nos casos maisfavoráveis; (...) de um gás - quantidade retida porum líquido ou um sólido. Aumenta geralmentequando a temperatura diminui e quando a pressãoaumenta. Se a absorção se faz à superfície,chama-se, freqüentemente, adsorção" (Lemaire &Lemaire, 1975).

ACIDEZ"Presença de ácido, quer dizer, de um compostohidrogenado que, em estado líquido ou dissolvido, secomporta como um eletrolito. A concentração deions H+ é expressa pelo valor do pH" (Lemaire &Lemaire, 1975).

ADAPTABILIDADE"Aptidão, inerente a numerosas espécies, de viverem condições de ambiente diferentes daquelas desua ocorrência natural" (Souza, 1973).

ADAPTAÇÃO"Feição morfológica, fisiológica ou comportamental,interpretada como propiciando a sobrevivência ecomo resposta genética às pressões seletivas

naturais. De maneira geral, caracteriza-se pelosucesso reprodutivo" (Forattini, 1992).

ADSORÇÃO"Absorção superficial de moléculas por umadsorvente (sílica, alumina ativada, carvão ativo).Este fenômeno pode ser essencialmente físico ouquímico e, se há reação, esta pode ser catalítica ounão-catalítica. O adsorvente físico mais importante éo carvão ativo, que é sobretudo eficaz em torno ouno ponto de ebulição do produto a ser retido. Éutilizado para combater odores, notadamente desolventes orgânicos" (Lemaire & Lemaire, 1975)."Adsorção é o nome do fenômeno em que asmoléculas de um fluído entram em contato e aderemà superfície de um sólido. Por este processo, osgases, líquidos e sólidos, mesmo em concentraçõesmuito pequenas, podem ser seletivamentecapturados ou removidos de uma corrente da ar, pormeio de materiais específicos, conhecidos comoadsorventes" (Danielson, 1973).

AERAÇÃO"Reoxigenação da água com a ajuda do ar. A taxa deoxigênio dissolvido, expressa em % de saturação, éuma característica representativa de certa massa deágua e de seu grau de poluição (...) Para restituir auma água poluída a taxa de oxigênio dissolvido oupara alimentar o processo de biodegradação dasmatérias orgânicas consumidoras de oxigênio, épreciso favorecer o contato da água e do ar. Aaeração pode também ter por fim a eliminação deum gás dissolvido na água: ácido carbônico,hidrogênio sulfurado" (Lemaire & Lemaire, 1975).

AERÓBIO/ANAERÓBIOAeróbios são organismos para os quais o oxigêniolivre do ar é imprescindível à vida. Os anaeróbios,ao contrário, não requerem ar ou oxigênio livre paramanter a vida; aqueles que vivem somente na totalausência do oxigênio livre são os anaeróbios estritosou obrigatórios; os que vivem tanto na ausênciaquanto na presença de oxigênio livre são osanaeróbios facultativos."Aeróbio - diz-se de um organismo que não podeviver em ausência do oxigênio" (Dajoz, 1973).Respiração aeróbia"Toda oxidação biótica na qual o oxigênio gasoso(molecular) é o receptor de hidrogênio (oxidante);respiração anaeróbia - oxidação biótica na qual ooxigênio gasoso não intervém. O elétron absorvente(oxidante) é um composto diferente do oxigênio"(Odum, 1972).

AEROBIOSE/ANAEROBIOSEAerobiose é a condição de vida em presença dooxigênio livre; ao contrário, a anaerobiose é acondição de vida na ausência do oxigênio livre.

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"Aerobiose - vida em um meio em presença dooxigênio livre. Anaerobiose - vida existente sobcondições anaeróbias, isto é, num meio onde nãoexista oxigênio livre" (Carvalho, 1981).

AFLUENTE, TRIBUTÁRIO"Curso de água ou outro líquido cuja vazão contribuipara aumentar o volume de outro corpo d'água"(Helder G. Costa, informação pessoal, 1985)."Curso d'água que desemboca em outro maior ou emum lago" (DNAEE, 1976)."Curso d'água cujo volume ou descarga contribuipara aumentar outro, no qual desemboca. Chama-seainda de afluente o curso d'água que desemboca numlago ou numa lagoa" (Guerra, 1978)."Água residuária ou outro líquido, parcial oucompletamente trabalhada ou em seu estado natural,que flui para um reservatório, corpo d'água ouinstalação de tratamento" (ACIESP, 1980).

AGROTÓXICOS, AGROQUíMICOS"Produtos químicos destinados ao uso em setores deprodução, no armazenamento e beneficiamento deprodutos agrícolas, nas pastagens, na proteção deflorestas nativas ou implantadas e de outrosecossistemas, e também de ambientes urbanos,hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar acomposição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos consideradosnocivos, bem como as substâncias e produtosempregados como desfolhantes, dessecantes,estimuladores e inibidores do crescimento" (Decretonº 98.816, de 11 de janeiro de 1990).

ÁGUA SUBTERRÂNEA"Suprimento de água doce sob a superfície da terra,em um aqüífero ou no solo, que forma umreservatório natural para o uso do homem" (TheWorld Bank, 1978)."É aquela que se infiltra nas rochas e soloscaminhando até o nível hidrostático" (Guerra, 1978)."Água do subsolo, ocupando a zona saturada"(DNAEE, 1976)."A parte da precipitação total contida no solo e nosestratos inferiores e que esta livre para semovimentar pela influência da gravidade" (USDT,1980)."Água do subsolo que se encontra em uma zona desaturação situada acima da superfície freática"(ACIESP, 1980).

ÁGUAS RESIDUÁRIAS"Qualquer despejo ou resíduo líquido compotencialidade de causar poluição" (ABNT, 1973)."Resíduos líquidos ou de natureza sólida conduzidospela água, gerados pelas atividades comerciais,domésticas (operações de lavagem, excretashumanas etc.) ou industriais" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

ALCALINIDADE"Capacidade das águas em neutralizar compostos decaráter ácido, propriedade esta devida ao conteúdo

de carbonatos, bicarbonatos, hidróxidos eocasionalmente boratos, silicatos e fosfatos. Éexpressa em miligramas por litro ou equivalentes decarbonato de cálcio" (ABNT, 1973)."A alcalinidade das águas servidas é devida àpresença de hidróxidos, carbonatos e bicarbonatosde elementos como cálcio, magnésio, sódio, potássioou amônia. Desses todos, o cálcio e o magnésio sãoos mais comuns bicarbonatos. Os esgotos são, emgeral, alcalinos, recebendo essa alcalinidade daságuas de abastecimento, das águas do subsolo emateriais adicionados pelo uso doméstico"(Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal,1986).

ALÓCTONE"Quem ou que veio de fora; que não é indígena daregião; estrangeiro" (Goodland, 1975)."Que se encontra fora de seu meio natural" (Lemaire& Lemaire, 1975)."Denominação muito usada em geomorfologia,referindo-se a solos e rios. Este termo vem do gregoe significa allos - outro, Khthon - terra; porconseguinte, são os depósitos constituídos demateriais transportados de outras áreas. O rio quepercorre determinadas regiões e não recebe no seucurso médio e inferior nenhum afluente diz-se, nestecaso, que é alóctone. O antônimo de alóctone éautóctone" (Guerra, 1978).

ALUVIÃO, ALÚVIO"Sedimentos, geralmente de materiais finos,depositados no solo por uma correnteza" (Carvalho,1981)."Detritos ou sedimentos clásticos de qualquernatureza, carregados e depositados pelos rios"(Guerra, 1978)."Detrito depositado transitória ou permanentementepor uma corrente" (SAHOP, 1978)."Argila, areia, silte, cascalho, seixo ou outromaterial detrítico depositado pela água" (DNAEE,1976)."São os acréscimos que sucessiva eimperceptivelmente se formarem para a parte do mare das correntes aquém do ponto a que chega opreamar médio das enchentes ordinárias, bem comoa parte do álveo que se descobrir pelo afastamentodas águas" (Decreto nº 24.643, de 10.07.34 -definição legal que, portanto, serve apenas paraefeito do respectivo decreto. Engloba o conceito deterrenos acrescidos de marinha, não abrangendo,entretanto, a parte do aluvião além das margensnaturais do curso d'água).

ÁLVEO, LEITO FLUVIAL, CALHA"Rego ou sulco por onde correm as águas do riodurante todo o ano; corresponde ao quedenominamos em geomorfologia e em geologia deleito menor em oposição a leito maior (...) Canalescavado no talvegue do rio para o escoamento dosmateriais e das águas" (Guerra, 1978)."É a superfície que as águas cobrem, sem

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transbordar para o solo natural ordinariamenteenxuto" (Decreto nº 24.643, de 10.07.34)."Parte mais baixa do vale de um rio, modelada peloescoamento da água, ao longo da qual se deslocamem períodos normais, a água e os sedimentos"(DNAEE, 1976).

AMOSTRAPorção representativa de água, ar, qualquer tipo deefluentes ou emissão atmosférica ou qualquersubstância ou produto, tomada para fins de análisede seus componentes e suas propriedades.Em biologia"(1)Parte de uma população ou universo, tomadapara representar a qualidade ou quantidade de todoum conjunto. (2) Número finito de observaçõesselecionadas de uma população ou universo dedados" (Silva, 1973).Amostra composta (de água)"É representativa da somatória de várias amostrassimples tomadas em função da vazão. Ela é feitacom o fim de minimizar o número de amostras aserem analisadas. A quantidade de amostras simplesque irá ser adicionada à mistura total depende davazão dos efluentes na hora em que a amostra foitomada. A quantidade total de amostra compostadepende também do número e tipo de análises aserem feitas" (Braile, 1992).

ANÁLISE AMBIENTALExame detalhado de um sistema ambiental, por meiodo estudo da qualidade de seus fatores, componentesou elementos, assim como dos processos einterações que nele possam ocorrer, com a finalidadede entender sua natureza e determinar suascaracterísticas essenciais.

ANÁLISE DE CUSTO-BENEFÍCIO"Técnica que tenta destacar e avaliar os custossociais e os benefícios sociais de projetos deinvestimento, para auxiliar a decidir se os projetosdevem ou não ser realizados (...) O objetivo éidentificar e medir as perdas e ganhos em valoreseconômicos com que arcará a sociedade como umtodo, se o projeto em questão for realizado"(Bannock et alii, 1977)."A primeira técnica formal de avaliação (ambiental)conhecida e a que tem sido mais aceita. Foidesenvolvida inicialmente em projetos deengenharia, sobretudo no que se refere às estruturashidráulicas, ainda que hoje em dia seu campo deaplicação se tenha ampliado consideravelmente paraincluir a ordenação e a gestão dos recursos, osprogramas educativos, os projetos de construçãoetc." (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

ANO HIDROLÓGICO"Período contínuo de doze meses durante o qualocorre um ciclo anual climático completo e que éescolhido por permitir uma comparação maissignificativa dos dados meteorológicos" (DNAEE,1976).

ANTRÓPICORelativo à humanidade, à sociedade humana, à açãodo homem. Termo de criação recente, empregadopor alguns autores para qualificar um dos setores domeio ambiente, o meio antrópico, compreendendo osfatores políticos, éticos e sociais (econômicos eculturais); um dos subsistemas do sistema ambiental,o subsistema antrópico.

ÁREASSob este verbete, reunem-se as definições usadaspara designar usos, critérios e restrições deocupação.Áreas especiais de interesse turístico"São trechos contínuos do território nacional,inclusive suas águas territoriais, a serempreservados e valorizados no sentido cultural enatural, destinados à realização de planos e projetosde desenvolvimento turístico, e que assim foreminstituídas na forma do dispositivo no presenteDecreto" (Decreto nº 86.176 de 06.07.81).Área estadual de lazerÉ uma área de domínio público estadual (podendoincorporar propriedades privadas), com atributosambientais relevantes, capazes de propiciaratividades de recreação ao ar livre, sob supervisãoestadual que garanta sua utilização correta.Áreas de expansão urbanaSão as situadas na periferia das áreas urbanas, compotencial para urbanização, e definidas porlegislação específica.Área industrial"Área geográfica bem definida, reservada ao usoindustrial pela potencialidade dos recursos naturaisque possui e que servem como um processo dedesenvolvimento industrial" (CODIN, s/data).Áreas de interesse especialÁreas a serem estabelecidas, por decreto, pelosEstados ou a União, para efeito do inciso I do artigo13 da Lei nº 6.766 de 19.12.79, que diz: "Art. 13 -Caberá aos Estados o exame e a anuência préviapara a aprovação, pelos Municípios, de loteamentose desmembramento nas seguintes condições: I -quando localizadas em áreas de interesse especial,tais como as de proteção aos mananciais ou aopatrimônio cultural, histórico, paisagístico earqueológico, assim definidas por legislaçãoEstadual ou Federal".Área metropolitana"Extensão territorial que compreende a unidadepolítico-administrativa da cidade central, assimcomo todas as unidades político-administrativas daslocalidades contíguas que apresentam característicasurbanas, tais como áreas de trabalho, ou locais deresidências de trabalhadores dedicados ao trabalhoagrícola, e que mantêm uma relaçãosócio-econômica direta, constante, intensa erecíproca com a cidade central" (SAHOP, 1978).Área de preservação permanente"São aquelas em que as florestas e demais formas devegetação natural existentes não podem sofrer

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qualquer tipo de degradação" (Proposta de decretode regulamentação da Lei nº 690 de 01.12.83,FEEMA, 1984)."São áreas de preservação permanente: I - osmanguezais, lagos, lagoas e lagunas e as áreasestuarinas; II - as praias, vegetação de restingaquando fixadoras de dunas; costões rochosos e ascavidades naturais subterrâneas - cavernas; III - asnascentes e as faixas marginais de proteção de águassuperficiais; I - as áreas que abriguem exemplaresameaçados de extinção, raros, vulneráveis ou menosconhecidos, da fauna e flora, bem como aquelas quesirvam como local de pouso, alimentação oureprodução; V - as áreas de interesse arqueológicohistórico, científico, paisagístico e cultural; VI -aquelas assim declaradas por lei; VII - a Baía deGuanabara" (art. 266 da Constituição do Estado doRio de Janeiro, 1989).Áreas de proteção ambiental - APA"Áreas a serem decretadas pelo Poder Público, paraa proteção ambiental, a fim de assegurar o bem-estardas populações humanas e conservar ou melhorar ascondições ecológicas locais" (art. 9º, Lei nº 6.902 de27.04.81).Área de relevante interesse ecológico"As áreas que possuam características naturaisextraordinárias ou abriguem exemplares raros dabiota regional, exigindo cuidados especiais deproteção por parte do Poder Público" (Decreto nº89.336, de 31.01.84)."São áreas de relevante interesse ecológico, cujautilização depende de prévia autorização dos órgãoscompetentes, preservados seus atributos essenciais: I- as coberturas florestais nativas; II - a zona costeira;III - o rio Paraíba do Sul; lV - a Baía de Guanabara;V - a Baía de Sepetiba" (art. 267 da Constituição doEstado do Rio de Janeiro, 1989).Área ruralÉ a área do município, excluídas as áreas urbanas,onde são desenvolvidas, predominantemente,atividades rurais.Área urbana"É a cidade propriamente dita, definida de todos ospontos de vista - geográfico, ecológico,demográfico, social, econômico etc. - exceto opolítico-administrativo. Em outras palavras, áreaurbana é a área habitada ou urbanizada, a cidademesma, mais a área contígua edificada, com usos dosolo de natureza não agrícola e que, partindo de umnúcleo central, apresenta continuidade física emtodas as direções até ser interrompida de formanotória por terrenos de uso não urbano, comoflorestas, semeadouros ou corpos d'água" (SAHOP,1978).

ASSOREAMENTO"Processo de elevação de uma superfície, pordeposição de sedimentos" (DNAEE, 1976)."Diz-se dos processos geomórficos de deposição desedimentos, ex.: fluvial. eólio, marinho" (Guerra,1978).

ATERRO SANITÁRIO"Método de engenharia para disposição de resíduossólidos no solo, de modo a proteger o meioambiente; os resíduos são espalhados em camadasfinas, compactados até o volume praticável ecobertos com terra ao final de cada jornada" (TheWorld Bank, 1978)."Processo de disposição de resíduos sólidos na terra,sem causar moléstias nem perigo à saúde ou àsegurança sanitária. Consiste na utilização demétodos de engenharia para confinar os despejos emuma área, a menor possível, reduzí-los a um volumemínimo e cobri-los com uma capa de terradiariamente, ao final de cada jornada, ou emperíodos mais freqüentes, segundo seja necessário"(Carvalho, 1981)."Sistema empregado para a disposição final dosresíduos sólidos sobre a terra, os quais sãoespalhados e compactados numa série de células ediariamente cobertos com terra, para não resultar emnenhum risco ou dano ao ambiente" (ACIESP,1980).

AUTÓCTONETermo que significa "nativo", usado principalmentepara designar espécies da flora e da fauna cujohábitat, pelo que se conhece, não apresentavariações. Empregado em outras áreas deconhecimento para qualificar aquilo que se forma ouocorre no lugar considerado.Em Biologia"Microorganismos que exibem os processos derenovação mais ou menos constantes, a baixasconcentrações de elementos nutritivos" (Odum,1972)."Formado in situ: originário do próprio lugar ondehabita atualmente" (Goodland, 1975).Em Geologia"Formação originária in situ, ex: argilas primárias,carvão mineral" (Guerra, 1978).

AUTODEPURAÇÃO, DEPURAÇÃONATURALDepuração ou purificação de um corpo ousubstância, por processo natural."Processo biológico natural de depuração dospoluentes orgânicos de um meio aquático. Dependedos microorganismos presentes (bactérias, algas,fungos, protozoários), das possibilidades deoxigenação e reoxigenação, da atmosfera e da luz(fotossíntese)" (Lemaire & Lemaire, 1975)."Processo natural que ocorre numa corrente oucorpo d'água, que resulte na redução bacteriana,satisfação de DBO, estabilização dos constituintesorgânicos, renovação do oxigênio dissolvidoconsumido e o retorno às características (biota)normais do corpo d'água. Também chamadadepuração natural" (ACIESP, 1980).

AUTOTRÓFICO, AUTONUTRITIVO"Organismo que se nutre a si mesmo (...) organismosprodutores: plantas verdes e microorganismos

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quimiossintéticos(...): Componente autotrófico deum ecossistema é aquele em que predominam afixação de energia da luz, o emprego de substânciasinorgânicas simples e a construção de substânciascomplexas" (Odum, 1972)."São organismos capazes de fabricar matériaorgânica, partindo de substâncias inorgânicas"(Braile, 1983)."Produtores ou plantas verdes capazes de fixar aenergia solar" (Negret, 1982)."Processo autotrófico é o que envolve produção insitu de matéria orgânica (Selden et alii, 1973).

AVALIAÇÃO AMBIENTALExpressão utilizada com o mesmo significado daavaliação de impacto ambiental, em decorrência determinologia adotada por algumas agênciasinternacionais de cooperação técnica e econômica,correspondendo às vezes a um conceito amplo queinclui outras formas de avaliação, como a análise derisco, a auditoria ambiental e outros procedimentosde gestão ambiental.

B

BACIA HIDROGRÁFICA, BACIA FLUVIAL"Área cujo escoamento das águas superficiaiscontribui para um único exutório"(FEEMA/PRONOL DZ 104)."Área de drenagem de um curso d'água ou lago"(DNAEE, 1976)."Área total drenada por um rio e seus afluentes"(The World Bank, 1978)."Conjunto de terras drenadas por um rio principal eseus afluentes" (Guerra, 1978)."São grandes superfícies limitadas por divisores deáguas e drenadas por um rio e seus tributários"(Carvalho, 1981).

BACIA SEDIMENTAR"Depressão enchida com detritos carregados daságuas circunjacentes (...) As bacias sedimentarespodem ser consideradas como planícies aluviais quese desenvolvem, ocasionalmente, no interior docontinente" (Guerra, 1978).

BACTÉRIAS"Organismos vegetais microscópicos, geralmentesem clorofila, essencialmente unicelulares euniversalmente distribuídos" (ABNT, 1973).Bactérias de origem fecal (ver COLIFORMEFECAL).

BAIXADADepressão do terreno ou planície entre montanhas eo mar."Área deprimida em relação aos terrenos contíguos.Geralmente se designa assim as zonas próximas aomar; algumas vezes, usa-se o termo como sinônimode planície" (Guerra, 1978).

BALANÇO HÍDRICO"Balanço das entradas e saídas de água no interior deuma região hidrológica bem definida (uma baciahidrográfica, um lago), levando em conta asvariações efetivas de acumulação" (DNAEE, 1976).

BANCO DE AREIA, BARRA, COROADeposição de material sobre o fundo de um lago, deum rio, de sua foz, ou do mar, junto à costa, emresultado do perfil do fundo, das correntesdominantes e da ocorrência de sedimentos."Banco de sedimentos (areia, cascalho, por exemplo)depositado no leito de um rio, constituindoobstáculos ao escoamento e à navegação" (DNAEE,1976)."Acumulação de aluviões e seixos nas margens dosrios e na beira dos litorais onde predominam asareias" (Guerra, 1978).

BANHADO"Termo derivado do espanhol "bañado", usado nosul do Brasil para as extensões de terras inundadaspelos rios. Constituem terras boas para a agricultura,ao contrário dos pântanos" (Guerra, 1978).(ver também TERRAS ÚMIDAS)

BARRA (ver BANCO DE AREIA)

BENS AMBIENTAIS"São os bens, sejam eles públicos ou particulares,tutelados juridicamente pela legislação ambiental,visando a propiciar vida digna à coletividade. Sãoconceituados como bens de interesse público. Porisso, o Poder Público pode atuar sobre esses bens,ora retirando a propriedade, ora restringindo-a, oraonerando-a" (Miriam Fontenelle, informaçãopessoal, 1996).

BENTOSTermo adotado por Haekel para designar o conjuntodos organismos que vivem no fundo dos mares,assim distinguindo-os do plâncton (adjetivo:bentônico)."Organismos aquáticos, fixados ao fundo, quepermanecem nele ou que vivem nos sedimentos dofundo" (Odum, 1972)."Conjunto de seres vivos que habitam,permanentemente ou preferencialmente, o fundo dosmares" (Guerra, 1978)."Organismos que vivem no fundo de umecossistema aquático, por exemplo, os animaismacro-invertebrados, que constituem uma porção dobentos total" (USDT, 1980)."Conjunto de organismos associados com o fundo deum corpo d'água, ou seja, com a interfacesólido-líquida dos sistemas aquáticos" (ACIESP,1980).

BERMA"Encosta de praia que fica entre a arrebentação e avista das dunas ou do cordão litorâneo" (FEEMA,1985).

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BHCBenzeno hexacloro (hexacloreto de benzeno)existente sob nove formas isoméricas, cuja fórmula éum poderoso inseticida conhecido pelos nomes delindano e gamexane" (Lemaire & Lemaire, 1975).

BIOACUMULAÇÃO, ACUMULAÇÃO NACADEIA ALIMENTAR"O lançamento de resíduos ou dejetos, mesmo empequenas quantidades, pode ser a causa de uma lentaacumulação pelo canal dos produtores vegetais e dosconsumidores ulteriores (herbívoros, carnívoros).Esta concentração na cadeia alimentar podeconstituir uma ameaça direta para os organismosvegetais e animais, assim como para os predadores,inclusive o homem. A bioacumulação é maisfreqüente e pronunciada no meio aquático. Suaimportância depende da taxa de metabolismo, ou deeliminação dos produtos, considerada em cadaorganismo aquático. Os seguintes produtos sãoconhecidos como tendo tendência a se acumular nossistemas marinhos: compostos de cádmio, mercúrioe chumbo, Aldrin, Dieldrin, Endrin, DDT, difenilaspolihalogenadas, hexacloro benzeno, BHC,heptacloro" (Lemaire & Lemaire, 1975).

BIOCENOSE,ASSOCIAÇÃO"Entende-se por biocenose uma comunidadeformada por plantas e animais que se condicionammutuamente e se mantêm em um estado estacionáriodinâmico, em virtude de reprodução própria, e sódependem do ambiente inanimado exterior àbiocenose (ou exterior ao biótopo, que é o ambientefísico co-extensivo com a biocenose em questão),mas não, ou não essencialmente, dos organismosvivos exteriores" (Margaleff, 1980)."É um grupamento de seres vivos reunidos pelaatração não recíproca exercida sobre eles pelosdiversos fatores do meio; este grupamentocaracteriza-se por determinada composiçãoespecífica, pela existência de fenômenos deinterdependência, e ocupa um espaço chamadobiótopo" (Dajoz, 1973)."É um conjunto de populações animais ou vegetais,ou de ambos, que vivem em determinado local.Constitui a parte de organismos vivos de umecossistema" (Carvalho, 1981).(ver também COMUNIDADE BIÓTICA)

BIODEGRADAÇÃO,BIODEGRADABILIDADEDecomposição por processos biológicos naturais."Processo de decomposição química, como resultadoda ação de microorganismos" (The World Bank,1978)."Destruição ou mineralização de matéria orgânicanatural ou sintética por microorganismos existentesno solo, na água ou em sistema de tratamento deágua residuária" (ACIESP, 1980).

BIODIVERSIDADE/DIVERSIDADEBIOLÓGICA"Refere-se à variedade ou à variabilidade entre osorganismos vivos, os sistemas ecológicos nos quaisse encontram e as maneiras pelas quais interagementre si e a ecosfera; pode ser medida em diferentesníveis: genes, espécies, níveis taxonômicos maisaltos, comunidades e processos biológicos,ecossistemas, biomas; e em diferentes escalastemporais e espaciais. Em seus diferentes níveis,pode ser medida em número ou freqüência relativa"(Torres, 1992)

BIOMASSA"É o peso vivo, conjunto constituído peloscomponentes bióticos de um ecossistema:produtores, consumidores e desintegradores"(Odum, 1972)."É a quantidade máxima de material vivo, em peso,tanto de vegetais quanto de animais, em um hábitat,em determinada época do ano" (Negret, 1982)."A quantidade (por exemplo, o peso seco) dematéria orgânica presente, a um dado momento,numa determinada área" (Goodland, 1975)."É o peso total de todos os organismos vivos de umaou várias comunidades, por uma unidade de área. Éa quantidade de matéria viva num ecossistema"(Carvalho, 1981).

BIOTAConjunto dos componentes vivos (bióticos) de umecossistema."Todas as espécies de plantas e animais existentesdentro de uma determinada área" (Braile, 1983).

BIÓTOPO"É o espaço ocupado pela biocenose. O biótopo é'uma área geográfica de superfície e volumevariáveis, submetida a condições cujas dominantessão homogêneas (Peres, 1961). Para Davis (1960), obiótopo é uma extensão mais ou menos bemdelimitada da superfície, contendo recursossuficientes para poder assegurar a conservação davida. O biótopo pode ser de natureza orgânica ouinorgânica" (Dajoz, 1973)."Lugar onde há vida. É o componente físico doecossistema (Margaleff, 1980)."É uma unidade ambiental facilmente identificável,podendo ser de natureza inorgânica ou orgânica, ecujas condições de hábitat são uniformes. Podeabrigar uma ou mais comunidades. É geralmente aparte não viva do ecossistema" (Carvalho, 1981)."O microhábitat, ou lugar, substrato, microclima esituação exatos de uma espécie, dentro de umacomunidade" (ACIESP, 1980).

BLOOM DE ALGAS (ver FLORAÇÃO DEALGAS)

BREJOTerreno molhado ou saturado de água, algumasvezes alagável de tempos em tempos, coberto comvegetação natural própria na qual predominam

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arbustos integrados com gramíneas rasteiras ealgumas espécies arbóreas."Terreno plano, encharcado, que aparece nas regiõesde cabeceira, ou em zonas de transbordamento derios e lagos" (Guerra, 1978)."Comunidade de plantas herbáceas, eretas eautossustentantes, que vive enraizada no solo sempre(ou quase sempre) coberto por água ou em que olençol freático é tão próximo da superfície que osolo é sempre saturado" (ACIESP, 1980).(ver também TERRAS ÚMIDAS)

C

CADEIA ALIMENTAR OU CADEIA TRÓFICAEm ecologia, a seqüência de transferência deenergia, de organismo para organismo, em forma dealimentação. As cadeias alimentares se entrelaçam,num mesmo ecossistema, formando redesalimentares, uma vez que a maioria das espéciesconsomem mais de um tipo de animal ou planta."A transferência de energia alimentícia desde aorigem, nas plantas, através de uma série deorganismos, com as reiteradas atividades alternadasde comer e ser comido, chama-se cadeia alimentar"(Odum, 1972)."O canal de transferência de energia entre osorganismos; cada conexão (elo) alimenta-se doorganismo precedente e, por sua vez, sustenta opróximo organismo" (Goodland, 1975)."Seqüência simples de transferência de energia entreorganismos em uma comunidade, em que cada níveltrófico é ocupado por uma única espécie" (ACIESP,1980).(ver também REDE TRÓFICA)

CANAL"Conduto aberto artificial (...) Curso d'água naturalou artificial, claramente diferenciado, que contémágua em movimento contínua ou periodicamente, ouentão que estabelece interconexão entre duas massasde água" (DNAEE, 1976)."Corrente de água navegável que escoa entre bancosde areia, lama ou pedras" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

CAPACIDADE DE ASSIMILAÇÃO,CAPACIDADE DE SUPORTEPara um sistema ambiental ou um ecossistema, osníveis de utilização dos recursos ambientais quepode suportar, garantindo-se a sustentabilidade e aconservação de tais recursos e o respeito aospadrões de qualidade ambiental. Para um corporeceptor, a quantidade de carga poluidora que podereceber e depurar, sem alterar os padrões dequalidade referentes aos usos a que se destina. Nocaso dos rios, é função da vazão e das condições deescoamento."A capacidade que tem um corpo d'água de diluir eestabilizar despejos, de modo a não prejudicar

significativamente suas qualidades ecológicas esanitárias (ABNT, 1973)."Capacidade de um corpo d'água de se purificar dapoluição orgânica" (The World Bank, 1978).

CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICAecological characterizationinventaire écologiquecaracterización ecológica"É a descrição dos componentes e processosimportantes que integram um ecossistema e oentendimento de suas relações funcionais" (Hirsh,1980 apud Beanlands, 1983).

CARGA ORGÂNICA"Quantidade de oxigênio necessária à oxidaçãobioquímica da massa de matéria orgânica que élançada ao corpo receptor, na unidade de tempo.Geralmente, é expressa em toneladas de DBO pordia" (ACIESP, 1980)."Quantidade de matéria orgânica, transportada oulançada num corpo receptor" (Carvalho, 198l).

CHORUME DO LIXOEfluente líquido proveniente dos vazadouros de lixoe dos aterros sanitários."Líquido escuro, malcheiroso, constituído de ácidosorgânicos, produto da ação enzimática dosmicroorganismos, de substâncias solubilizadasatravés das águas da chuva que incidem sobre o lixo.O chorume tem composição e quantidade variáveis.Entre outros fatores, afetam sua composição o índicepluviométrico e o grau de compactação das célulasde lixo" (Barboza, 1992).

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUASSegundo a Resolução nº 20, de 18.06.86, doCONAMA, "são classificadas, segundo seus usospreponderantes, em nove classes, as águas doces,salobras e salinas do Território Nacional:ÁGUAS DOCESI - Classe Especial - águas destinadas:a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou comsimples desinfecção;b) à preservação do equilíbrio natural dascomunidades aquáticas.II - Classe 1 - águas destinadas:a) ao abastecimento doméstico após tratamentosimplificado;b) à proteção das comunidades aquáticas;c) à recreação de contato primário (natação, esquiaquático e mergulho);d)à irrigação de hortaliças que são consumidas cruase de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e quesejam ingeridas cruas sem remoção de película;e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) deespécies destinadas à alimentação humana.III - Classe 2 - águas destinadas:a) ao abastecimento doméstico, após tratamentoconvencional;b) à proteção das comunidades aquáticas;c) à recreação de contato primário (esqui aquático,

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natação e mergulho);d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas.IV - Classe 3 - águas destinadas:a) ao abastecimento doméstico após tratamentoconvencional;b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas eforrageiras;c) à dessedentação de animais.V - Classe 4 - águas destinadas:a) à navegação;b) à harmonia paisagística;c) aos usos menos exigentes.ÁGUAS SALINASVI - Classe 5 - águas destinadas:a) à recreação de contato primário;b) à proteção das comunidades aquáticas;c) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) deespécies destinadas à alimentação humana.VII - Classe 6 - águas destinadas:a) à navegação comercial;b) à harmonia paisagística;c) à recreação de contato secundário.ÁGUAS SALOBRASVIII - Classe 7 - águas destinadas:a) à recreação de contato primário;b) à proteção das comunidades aquáticas;c) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) deespécies destinadas à alimentação humana.IX - Classe 8 - águas destinadas:a) à navegação comercial;b) à harmonia paisagística;c) à recreação de contato secundário".

CLIMA"Estado da atmosfera expresso principalmente pormeio de temperaturas, chuvas, isolação,nebulosidade etc. Os climas dependem fortementeda posição em latitude do local considerado e doaspecto do substrato. Assim, fala-se de climaspolares, temperados, tropicais, subtropicais,desérticos etc... As relações entre os climas e aecologia são evidentes: recursos agrícolas, fauna eflora, erosão, hidrologia, consumo de energia,dispersão atmosférica de poluentes, condiçõessanitárias, contaminação radioativa. Algumascaracterísticas climáticas podem aumentarconsideravelmente a exposição aos poluentes aofavorecer a formação fotoquímica de produtosnocivos" (Lemaire & Lemaire,1975).(ver MICROCLIMA, MESOCLIMA EMACROCLIMA)

COBERTURA VEGETALTermo usado no mapeamento de dados ambientais,para designar os tipos ou formas de vegetaçãonatural ou plantada - mata, capoeira, culturas,campo etc. - que recobrem uma certa área ou umterreno."A porcentagem da superfície do solo recoberta pelaprojeção vertical das partes aéreas da vegetação"

(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

COLIFORME FECAL, BACTÉRIA DEORIGEM FECALBactéria do grupo coli encontrada no trato intestinaldos homens e animais, comumente utilizada comoindicador de poluição por matéria orgânica deorigem animal."Grupo de bactérias que residem nos intestinos dosanimais" (Odum, 1972)."Qualquer um dos organismos comuns ao tratointestinal do homem e dos animais, cuja presença naágua é um indicador de poluição e de contaminaçãobacteriana potencial" (The World Bank, 1978)."Inclui todos os bacilos aeróbios e anaeróbiosfacultativos, gram-negativos não esporulados, quefermentam a lactose com produção de gás, dentro de48 horas, a 35ºC" (ACIESP, 1980)."Expressão pela qual são também conhecidas asbactérias coliformes que constituem um grupo ondese encontram as chamadas fecais e as não fecais (...)A existência do tipo fecal indica potencial ou atémesmo imediata poluição, enquanto a não fecal vemde fontes menos perigosas e sugere poluição dosolo" (Carvalho, 1981)."O trato intestinal do homem contém organismossob a forma de bastonetes, conhecidos comocoliformes. Cada pessoa descarrega de 100 a 400bilhões de coliformes por dia, além de outrasbactérias. São inativos em relação ao homem eservem para destruição de matéria orgânica nosprocessos biológicos de tratamento. A presença decoliformes serve para indicar a presença de outrosorganismos patogênicos, normalmente mais difíceisde isolar e detectar. A bactéria coliforme inclui osgêneros Eicherichia e Aerobacter. O uso decoliforme como indicador é prejudicado pelo fato deque tanto o gênero Eicherichia quanto o Aerobacterpodem crescer e viver no solo. Desse modo, nemsempre a presença de coliforme serve para indicarcontaminação por fezes" (Amarílio Pereira deSouza, informação pessoal, 1986)

COLIMETRIA"É a determinação da quantidade de bactérias dogrupo coli, o que é realizado tendo em vista o seunúmero mais provável em certo volume de água"(Carvalho, 1981)."Presentemente, há dois processos para se obter onúmero de coliformes em um dado volume d'água: onúmero mais provável (NMP) e o processo demembrana filtrante" (Amarílio Pereira de Souza,informação pessoal, 1986).

COLMATAGEM"Deposição de partículas finas, como argila ou silte,na superfície e nos interstícios de um meio porosopermeável, por exemplo, o solo, reduzindo-lhe apermeabilidade" (DNAEE, 1976)."Trabalho de atulhamento ou enchimento realizadopelos agentes naturais ou pelo homem, em zonasdeprimidas" (Guerra, 1978).

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COMUNIDADEGrupo de pessoas, parte de uma sociedade maior,que vivem em uma determinada área e mantêmalguns interesses e características comuns."É uma unidade social com estrutura, organização efunções próprias dentro de um contexto territorialdeterminado" (SAHOP, 1978).

COMUNIDADE BIÓTICA, COMUNIDADEBIOLÓGICAO mesmo que biocenose. O termo comunidadebiótica ou biológica é adotado por cientistasamericanos, enquanto biocenose é utilizado poreuropeus e russos."Termo fitossociológico: qualquer grupoorganizado, natural, de animais ou plantas diferentese interdependentes, com proporções e estruturascaracterísticas, num só hábitat, o qual elesmodificam" (Goodland, 1975)."Conjunto no qual um indivíduo interage e onde seconcentram os fatores básicos mais significativos,diretos e indiretos, que o afetam" (Wickersham etalii, 1975)."Conjunto de organismos de duas ou mais espéciesque tem relações ecológicas mútuas e com o meiofísico-químico ambiente" (Martins, 1978)."Conjunto de populações que habitam uma áreadeterminada: representa o componente vivo de umecossistema" (Beron, 1981)."Termo da hierarquia estrutural da ecologia,pertinente às diversas populações que interagemnuma dada área" (USDT, 1980)."Um conjunto de organismos, em um ecossistema,cuja composição e aspecto são determinados pelaspropriedades do ambiente e pelas relações de unsorganismos com os outros. O componente biológicode um ecossistema" (ACIESP, 1980).Comunidade edáfica"Conjunto de populações vegetais dependentes dedeterminado tipo de solo" (Resolução nº 12, de4.05.94, do CONAMA).

CONTRAFORTES"Denominação dada às ramificações laterais de umacadeia de montanhas. Os contrafortes quase sempreestão em posição perpendicular, ou pelo menosoblíqua, ao alinhamento geral. É um termo denatureza descritiva usado pelos geomorfólogos egeólogos ao tecerem considerações sobre o relevo deregiões serranas" (Guerra, 1978).

CONTROLE AMBIENTALDe um modo geral, a faculdade de a AdministraçãoPública exercer a orientação, a correção, afiscalização e a monitoração sobre as açõesreferentes à utilização dos recursos ambientais, deacordo com as diretrizes técnicas e administrativas eas leis em vigor.

CONURBAÇÃO"O fenômeno da conurbação ocorre quando dois oumais núcleos populacionais formam ou tendem a

formar uma unidade geográfica, econômica e social"(SAHOP, 1978)."É a fusão de duas ou mais áreas urbanizadas ouaglomerados urbanos (...) Pode-se definí-la tambémcomo sendo uma área urbanizada que contenha duasou mais áreas urbanas (Ferrari, 1979)."Aglomerações urbanas contínuas que ultrapassamas fronteiras municipais" (FUNDREM, 1982).

CORIOLIS, FORÇA DE"Força à qual se submetem os corpos, emconseqüência da rotação da Terra. Atua segundo alei de Ferrel: todo corpo em movimento tende adesviar-se, para a direita no hemisfério Norte e paraa esquerda no Hemisfério Sul" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

CORPO (DE ÁGUA) RECEPTORÉ a parte do meio ambiente na qual são ou podemser lançados, direta ou indiretamente, quaisquertipos de efluentes, provenientes de atividadespoluidoras ou potencialmente poluidoras."Rios, lagos, oceanos ou outros corpos que recebamefluentes líquidos, tratados ou não" (The WorldBank, 1978)."Cursos d'água naturais, lagos, reservatórios ouoceano no qual a água residuária, tratada ou não, élançada" (ACIESP, 1980).

COSTÃOTermo brasileiro para indicar tipo de costa rochosa,em forma de paredão com forte declividade."Denominação usada no litoral paulista para osesporões da Serra do Mar que penetram na direçãodo oceano, dando aparecimento a falésia" (Guerra,1978).Costão rochoso"Denominação generalizada dos ecossistemas dolitoral, onde não ocorrem manguezais ou praias eque são constituídos por rochas autóctones - inteirasou fragmentadas por intemperismo - que formam ohábitat de organismos a ele adaptados. Sua partesuperior, sempre seca, está geralmente revestida porlíquens, por vegetação baixa onde são freqüentesespécies das famílias Bromeliaceae Cactaceae,Crassulaceae e Gramineae, e por vegetação arbóreo-arbustiva representadas por espécies das familiasBombacaceae, Moraceae e Capparidaceae, entreoutras. Na parte emersa - borifada pelas ondas - éconstante a presença de moluscos do gêneroLittorina e de crustáceos dos gêneros Lygia,Chtalamus, Estracclita ou Balanus. A parte submersasustenta comunidades bióticas mais complexas ondepodem estar presentes algas, cnidários, esponjas,anelídeos moluscos, crustáceos, equinodermas,tunicados e outros organismos inferiores, servindode base alimentar para peixes e outros vertebrados"(PRONOL DZ 1839).

COTA FLUVIOMÉTRICA"Altura da superfície das águas de um rio em relaçãoa uma determinada referência" (DNAEE, 1976).

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COTA LINIMÉTRICA"Altura da superfície de água acima do zero daescala. É usada como sinônimo de nível da água"(DNAEE, 1976).

CRISTA, CUMEADA, LINHA DE CUMEADA"Intersecção do plano das vertentes - constitui ooposto do talvegue. A crista é constituída por umalinha determinada pelos pontos mais altos, a partirdos quais divergem os dois declives das vertentes"(Guerra, 1978)."Intersecção dos planos das vertentes, definindo umalinha simples ou ramificada, determinada pelospontos mais altos a partir dos quais divergem osdeclives das vertentes" (Resolução nº 004, de18.09.85, do CONAMA).

CURVAS DE NÍVEL, ISOÍPSAS"Sao linhas isométricas, isto é, que ligam pontos damesma altitude (...) Linhas que ligam os pontos deigual altitude situadas acima do nível do mar"(Guerra, 1978)."Linha traçada sobre um mapa, indicando o lugargeométrico dos pontos para os quais umadeterminada propriedade (a altitude) é constante"(DNAEE, 1976).

CUSTO AMBIENTALCusto social de uma atividade incidente sobre osrecursos ambientais, isto é, o custo da degradação daqualidade de um ou mais fatores ambientais e dequalquer forma de perda ou uso de recursosambientais por uma atividade humana."Danos e perdas com que arca a sociedade comoconseqüência dos prejuízos causados por degradaçãoambiental, substituição dos usos do solo (cultivostradicionais, por exemplo), diminuição da qualidadeda água etc."(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

D

DANO AMBIENTAL"Considera-se dano ambiental qualquer lesão aomeio ambiente causado por ação de pessoa, seja elafísica ou jurídica, de direito público ou privado. Odano pode resultar na degradação da qualidadeambiental (alteração adversa das características domeio ambiente), como na poluição, que a Lei definecomo a degradação da qualidade ambientalresultante de atividade humana" (Oliveira, 1995).

DECLIVE, DECLIVIDADEO declive é a inclinação do terreno ou a encosta,considerada do ponto mais alto em relação ao maisbaixo. A declividade é o grau de inclinação de umterreno, em relação a linha do horizonte, podendoser expressa também em percentagem, medida pelatangente do ângulo de inclinação multiplicada por100."Antônimo de aclive. A declividade é a inclinaçãomaior ou menor do relevo em relação ao horizonte"

(Guerra, 1978).

DECOMPOSIÇÃOEm Biologia"Processo de conversão de organismos mortos, ouparte destes, em substâncias orgânicas e inorgânicas,através da ação escalonada de um conjunto deorganismos (necrófagos, detritóvoros, saprófagosdecompositores e saprófitos própriamente ditos)"(ACIESP, 1980)."Decomposição da matéria orgânica mediante suatransformação química em compostos simples, comresultante liberação de energia" (Forattini, 1992).Em Geomorfologia"AIterações das rochas produzidas pelointemperismo químico" (Guerra, 1978).

DEFINIÇAO DO ESCOPO DO EIADefinição dos temas e questões que devem serobjeto de detalhamento e aprofundamento quando daelaboração de um estudo de impacto ambiental(EIA), de modo que tal estudo esclareça as questõesrelevantes para a tomada de decisão e para a efetivaparticipação dos interessados no projeto que seavalia. Os resultados da definição do escopoconsolidam-se nos termos de referência queorientam o EIA (no Estado do Rio de Janeiro,Instrução Técnica)."Processo prévio de definição do conjunto dequestões a serem consideradas (num estudo deimpacto ambiental) e de identificação das questõesimportantes relacionadas com a ação proposta"(Beanlands, 1983).

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO(DBO)"É a determinação da quantidade de oxigêniodissolvida na água e utilizada pelosmicroorganismos na oxidação bioquímica da matériaorgânica. É o parâmetro mais empregado para medira poluição, normalmente utilizando-se a demandabioquímica de cinco dias (DB05). A determinaçãode DBO é importante para verificar-se a quantidadede oxigênio necessária para estabilizar a matériaorgânica" (Amarílio Pereira de Souza, informaçãopessoal, 1986)."É a medida da quantidade de oxigênio consumidono processo biológico de oxidação da matériaorgânica na água. Grandes quantidades de matériaorgânica utilizam grandes quantidades de oxigênio.Assim, quanto maior o grau de poluição, maior aDBO" (The World Bank, 1978)."Quantidade de oxigênio utilizado na oxidaçãobioquímica da matéria orgânica, num determinadoperíodo de tempo. Expressa geralmente emmiligramas de oxigênio por litro" (Carvalho, 1981).

DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO)"Medida da capacidade de consumo de oxigêniopela matéria orgânica presente na água ou águaresiduária. É expressa como a quantidade deoxigênio consumido pela oxidação química, no teste

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específico. Não diferencia a matéria orgânica estávele assim não pode ser necessariamente correlacionadacom a demanda bioquímica de oxigênio" (ACIESP,1980)."É utilizada para medir a quantidade de matériaorgânica das águas naturais e dos esgotos. Oequivalente ao oxigênio da matéria orgânica quepode ser oxidado e medido usando-se um forteagente oxidante em meio ácido. Normalmente, usa-se como oxidante o dicromato de potássio. O testede DQO também é usado para medir a quantidade dematéria orgânica em esgotos que contêm substânciastóxicas. Em geral, a DQO é maior que a DBO. Paramuitos tipos de despejos, é possível correlacionarDQO com DBO, correlação que, uma vezestabelecida, permite substituir a determinação daDBO pela da DQO" (Amarílio Pereira de Souza,informação pessoal, 1986).

DENSIDADE ECOLÓGICA"Número de indivíduos de uma espécie em relação adeterminado ambiente" (Forattini, 1992).

DEPRESSÃO"Forma de relevo que se apresenta em posiçãoaltimétrica mais baixa do que porções contíguas"(Resolução nº 004, de 19.09.85).

DEPURAÇÃO NATURAL (verAUTODEPURAÇÃO)

DESAGREGAÇÃOTermo usado em geologia para indicar o processo dequebra ou descascamento das rochas."Separação em diferentes partes de um mineral oude uma rocha, cuja origem pode ser devida aotrabalho dos agentes erosivos ou aos agentesendógenos" (Guerra, 1978).

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL"Desenvolvimento que atende às necessidades dopresente, sem comprometer a capacidade de asfuturas gerações atenderem às suas própriasnecessidades" (Comissão Mundial de MeioAmbiente e Desenvolvimento apud IUCN/PNUMA,1991)."Processo de transformação no qual a exploraçãodos recursos, as diretrizes de investimento, aorientação do desenvolvimento tecnológico e asmudanças institucionais sejam consistentes com asnecessidades atuais e futuras" (World Commissionon Environment and Development, 1987)."A idéia de desenvolvimento sustentado tambémestá relacionada à de riqueza constante, no sentidode que cada geração deve deixar para a próxima pelomenos o mesmo nível de riqueza, considerada comoa disponibilidade de recursos naturais, de meioambiente e de ativos produtivos. Desse modo, todavez que o desenvolvimento estiver baseado nautilização de um recurso natural ou na degradaçãodo meio ambiente, a sociedade deverá utilizar partedo resultado dessa operação na reconstrução doambiente e na formação de estoques de ativos

produtivos" (Comune, 1992).

DESFLORESTAMENTO, DESMATAMENTODestruição, corte e abate indiscriminado de matas eflorestas, para comercialização de madeira,utilização dos terrenos para agricultura, pecuária,urbanização, qualquer obra de engenharia ouatividade econômica."São derrubadas de grandes quantidades de árvores,sem a reposição devida, e que provocamdesfolhamento e intemperismo" (Carvalho, 1981).

DESSALINIZAÇÃODa águaSeparação dos sais da água do mar para suaconversão em água potável e posterior utilização emsistemas de abastecimento doméstico, na indústriaou na irrigação."Os diversos procedimentos para a dessalinizaçãodas águas podem classificar-se: 1. processos queutilizam mudança de estado, como a destilaçãotérmica, a compressão do vapor e a congelação. 2.Processos que utilizam as propriedades dasmembranas seletivas, como a eletrodiálise e aosmose inversa. 3. processos químicos, como osintercâmbios iónicos e os dissolventes seletivos. Detodos, os mais utilizados são a destilação, aeletrodiálise e a osmose inversa." (Diccionario de laNaturaleza, 1987).Do solo"Remoção dos sais do solo, geralmente porlavagem" (Silva, 1973).

DETRITO"Material incoerente originário de desgaste derochas" (DNAEE, 1976)."Sedimentos ou fragmentos desagregados de umarocha" (Guerra, 1978).

DILUIÇÃOEm poluição do ar, "difusão de poluente líquido,sólido ou gasoso em uma parcela de ar e a misturadessa parcela com ar não contaminado até que aconcentração do poluente seja tão reduzida que setorne negligenciável ou impossível de ser detectada"(Weisburd, 1962).

DINÂMICA POPULACIONAL"Estudo funcional das características da população,como crescimento, dispersão, mudanças decomposição, e em relação aos fatores intrínsecos eextrínsecos que as determinam" (Forattini, 1992).

DISPERSÃOEm controle da poluição"Movimento de uma parcela de ar poluído inteira,quer vertical como horizontalmente para fora de umazona (...) Os processos de diluição e de dispersãosão simultâneos e, quase sempre, o termo dispersãoé usado para designar tanto a mistura quanto otransporte (da parcela de ar poluído)" (Weisburd,1962)."Ação de dispersar. A dispersão dos poluentes

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atmosféricos por meio de chaminés. O grau dedispersão é determinado por cálculos complexos emque intervêm os parâmetros meteorológicos"(Lemaire & Lemaire, 1975).Em ecologia"Termo que engloba tanto os esforços que realizamas espécies para conseguir ampliar sua áreacorológica (biogeográfica), como os que levam acabo para nela sobreviver" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

DIVERSIDADE BIOLÓGICA (verBIODIVERSIDADE)

DIVISOR DE ÁGUAS"Linha-limite ou fronteira que separa bacias dedrenagem adjacentes' (DNAEE, 1976)."Linha separadora das águas pluviais" (Guerra,1978)

DRENAGEM"Remoção natural ou artificial da água superficial ousubterrânea de uma área determinada" (Helder G.Costa, informação pessoal, 1985)."Remoção da água superficial ou subterrânea deuma área determinada, por bombeamento ougravidade" (DNAEE, 1976)."Escoamento de água pela gravidade devido àporosidade do solo" (Goodland. 1975).

DUNAS COSTEIRAS OU MARÍTIMAS"São acumulações arenosas litorâneas, produzidaspelo vento, a partir do retrabalhamento de praias erestingas" (FEEMA - Proposta de decreto deregulamentação da Lei nº 690 de 01.12.83)."Montes de areia móveis, depositados pela ação dovento dominante, localizadas na borda dos litorais"(Guerra, 1978)."Formação arenosa produzida pela ação dos ventos,no todo ou em parte estabilizada ou fixada pelavegetação" (Resolução nº 004, de 18.09.85, doCONAMA).Antedunas"Também chamadas "dunas exteriores", podem sercobertas periodicamente pelo mar que avança. Aorecuar o mar, a água que persiste entre as partículasde areia evapora e um grande teor salino se origina,por conseguinte, nessas areias. Só plantas quetoleram um alto teor de sal aí podem viver, desdeque providas, simultaneamente, de adaptações quelhes permitam viver sobre areia movediça. Estolhosde enorme comprimento e tufos de caules, ambosformando subterraneamente uma trama denumerosas raízes, são muito comuns" (Ferri, 1981).

E

ECOSSISTEMATermo criado por Tansey em 1935. Sistema abertoque inclui, em uma certa área, todos os fatoresfísicos e biológicos (elementos bióticos e abióticos)

do ambiente e suas interações, o que resulta em umadiversidade biótica com estrutura trófica claramentedefinida e na troca de energia e matéria entre essesfatores."A biocenose e seu biótopo constituem doiselementos inseparáveis que reagem um sobre o outropara produzir um sistema mais ou menos estável querecebe o nome de ecossistema (Tansley, 1935) (...)O ecossistema é a unidade funcional de base emecologia, porque inclui, ao mesmo tempo, os seresvivos e o meio onde vivem, com todas as interaçõesrecíprocas entre o meio e os organismos" (Dajoz,1973)."Os vegetais, animais e microorganismos que vivemnuma região e constituem uma comunidadebiológica estão ligados entre si por uma intrincadarede de relações que inclui o ambiente físico em queexistem estes organismos. Estes componentes físicose biológicos interdependentes formam o que osbiólogos designam com o nome de ecossistema"(Ehrlich & Ehrlich, 1974)."É o espaço limitado onde a ciclagem de recursosatravés de um ou vários níveis tróficos é feita poragentes mais ou menos fixos, utilizando simultâneae sucessivamente processos mutuamentecompatíveis que geram produtos utilizáveis a curtoou longo prazo" (Dansereau, 1978)."É um sistema aberto integrado por todos osorganismos vivos (compreendido o homem) e oselementos não viventes de um setor ambientaldefinido no tempo e no espaço, cujas propriedadesglobais de funcionamento (fluxo de energia eciclagem de matéria) e auto-regulação (controle)derivam das relações entre todos os seuscomponentes, tanto pertencentes aos sistemasnaturais, quanto os criados ou modificados pelohomem" (Hurtubia, 1980)."Sistema integrado e autofuncionante que consisteem interações de elementos bióticos e abióticos; seutamanho pode variar consideravelmente" (USDT,1980)."A comunidade total de organismos, junto com oambiente físico e químico no qual vivem sedenomina ecossistema, que é a unidade funcional daecologia" (Beron, 1981).Ecossistema natural" Expressão usada para designar genericamente osecossistemas que não estão sujeitos à influência daatividade humana" (Forattini, 1992).

ECÓTIPOS"São populações de espécies de grande extensãogeográfica, localmente adaptadas e que possuemgraus ótimos e limites de tolerância adequados àscondições do lugar" (Odum, 1972)."Raça ecológica. Fenômeno de adaptação fisiológicados limites de tolerância de uma mesma espécie,freqüentemente fixados nas formas locais por ummecanismo genético" (Dajoz, 1973)."Raça genética (ou série de raças genéticas deorigem independente), mais ou menos bem distinta

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fisiologicamente (mesmo se não morfologicamente)que é adaptada a certas condições de ambientediferentes das de outra raça genética da mesmaespécie. Exemplo: certas espécies de ervas crescemeretas no interior (ecótipo interiorano), masprostradas na praia marítima" (ACIESP, 1980).

ECÓTONO"Transição entre duas ou mais comunidadesdiferentes (...) é uma zona de união ou um cinturãode tensão que poderá ter extensão linearconsiderável, porém mais estreita que as áreas daspróprias comunidades adjacentes. A comunidade doecótono pode conter organismos de cada uma dascomunidades que se entrecortam, além dosorganismos característicos" (Odum, 1972)."Zona de transição que determina a passagem emarca o limite de uma biocenose à outra" (Dajoz,1973)."Zona de transição entre dois biomas que secaracteriza pela exuberância dos processos vitais emistura relativa de espécies circundantes. A estascaracterísticas se chama efeito de borda" (Carvalho,1981)."Zona de contato entre duas formações comcaracterísticas distintas. Áreas de transição entredois tipos de vegetação. A transição pode sergradual, abrupta (ruptura), em mosaico ou apresentarestrutura própria" (ACIESP, 1980)."Zona de contato ou transição entre duas formaçõesvegetais com característica distintas" (Resolução n°12, de 4.05.94, do CONAMA).

EFLUENTE"Qualquer tipo de água, ou outro líquido que flui deum sistema de coleta, de transporte, comotubulações, canais, reservatórios, elevatórias, ou deum sistema de tratamento ou disposição final, comoestações de tratamento e corpos d'água" (ABNT,1973)."Descarga de poluentes no meio ambiente, parcialou completamente tratada ou em seu estado natural"(The World, Bank 1978)."Águas servidas que saem de um depósito ouestação de tratamento" (DNAEE, 1976)."Substância líquida, com predominância de água,contendo moléculas orgânicas e inorgânicas dassubstâncias que não se precipitam por gravidade.Água residuária lançada na rede de esgotos ou naságuas receptoras" (Braile, 1983).

EMISSÁRIO"São canalizações de esgoto que não recebemcontribuição ao longo de seu percurso, conduzindoapenas a descarga recebida de montante (...)destinadas a conduzir o material coletado pela redede esgoto à estação de tratamento ou ao localadequado de despejo" (IES, 1972)."Coletor que recebe o esgoto de uma rede coletora eo encaminha a um ponto final de despejo ou detratamento (ACIESP, 1980).

ENCOSTA"Declive nos flancos de um morro, de uma colina ouuma serra" (Guerra, 1978).

ENSEADA"Reentrância da costa, bem aberta em direção aomar, porém com pequena penetração deste, ou, emoutras palavras, uma baía na qual aparecem doispromontórios distanciados um do outro" (Guerra,1978).

ENTROPIA"Medida da desordem ou da quantidade de energianão disponível em um sistema" (Odum, 1972)."É uma quantidade relativa da energia perdida demodo natural e inevitável num sistemafísico-químico, conforme a segunda lei datermodinâmica. Enquanto esta energia perdida vaiaumentando, o sistema vai se aproximando cada vezmais do seu estado de equilíbrio. Deste modo, aentropia pode ser encarada como uma medida dedegeneração termodinâmica" (Carvalho, 1981).

EROSÃOProcesso de desagregação do solo e transporte dossedimentos pela ação mecânica da água dos rios(erosão fluvial), da água da chuva (erosão pluvial),dos ventos (erosão eólica), do degelo (erosãoglacial), das ondas e correntes do mar (erosãomarinha); o processo natural de erosão pode seacelerar, direta ou indiretamente, pela ação humana.A remoção da cobertura vegetal e a destruição daflora pelo efeito da emissão de poluentes em altasconcentrações na atmosfera são exemplos de fatoresque provocam erosão ou aceleram o processoerosivo natural."O desprendimento da superfície do solo pelo vento,ou pela água, ocorre naturalmente por força do climaou do escoamento superficial, mas é, muitas vezes,intensificado pelas práticas humanas de retirada davegetação" (The World Bank, 1978)."Desgaste do solo por água corrente, geleiras, ventose vagas" (DNAEE, 1976)."Destruição das saliências ou reentrâncias do relevo,tendendo a um nivelamento ou colmatagem, no casode litorais, baías, enseadas e depressões" (Guerra,1978).Erosão fluvial"Trabalho contínuo e espontâneo das águascorrentes, na superfície do globo terrestre" (Guerra,1978).Erosão pluvial"Fenômeno de destruição dos agregados do solopelo impacto das gotas da chuva" (Tricart, 1977).Erosão do solo"Destruição nas partes altas e acúmulo nas partesdeprimidas da camada superficial edafizada"(Guerra, 1978).

ESCOAMENTO FLUVIAL, DEFLÚVIO"Água corrente na calha de um curso d'água"(DNAEE, 1976).

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"Corresponde à quantidade total de água que alcançaos cursos fluviais, incluindo o escoamento pluvialque é imediato e a quantidade de água que, pelainfiltração, vai se juntar a ela de modo lento"(Guerra, 1978).

ESCOAMENTO SUPERFICIAL"Parte da precipitação que se escoa para um cursod'água pela superfície do solo" (DNAEE, 1976)."Porção de água da chuva, neve derretida ou água deirrigação que corre sobre a superfície do solo e,finalmente, retorna aos corpos d'água. O escoamentopode carrear poluentes do ar e do solo para oscorpos receptores" (The World Bank, 1978)."Escoamento, nos cursos d'água, da água que cai emdeterminada superfície. A água que se escoa sementrar no solo é designada como escoamentosuperficial, e a que entra no solo antes de atingir ocurso d'água é designada como escoamentosubsuperficial. Em pedologia, escoamento refere-senormalmente à água perdida por escoamentosuperficial; na geologia e na hidráulica,normalmente inclui o escoamento superficial esubsuperficial" (ACIESP, 1980)."Porção de água precipitada sobre o solo que não seinfiltra e que escoa até alcançar os cursos d'água"(Carvalho, 1981).

ESGOTOS"Refugo líquido que deve ser conduzido a umdestino final" (Decreto nº 553, de 16.01.76).Esgotos domésticos"São os efluentes líquidos dos usos domésticos daágua. Estritamente falando, podem ser decompostosem águas cloacais e águas resultantes de outros usos(Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal,1986).Esgotos pluviais"São águas provenientes das precipitações (chuvas)e que chegam ao solo ou aos telhados já despidas desuas qualidades naturais, por sua passagem pelaatmosfera, de onde trazem impurezas" (Carvalho,1981).Esgotos sanitários"São efluentes líquidos que contêm pequenaquantidade de esgotos industriais e águas deinfiltração provenientes do lençol freático"(Amarílio Pereira de Souza, informação pessoal,1986)."Refugo líquido proveniente do uso da água parafins higiênicos" (Decreto nº 553, de 16.01.76)."Despejos orgânicos totais e despejos líquidosgerados por estabelecimentos residenciais ecomerciais" (The World Bank, 1978)."São aquelas águas que foram utilizadas para finshigiênicos, onde preponderam as águas de lavagem ematéria fecal, e provêm geralmente de construçõeshabitadas por seres humanos e/ou animais"(Carvalho, 1981)."São os efluentes originários dos processos usuais davida. São de tal natureza que podem ser lançados in

natura na rede pública de esgotos" (Braile, 1983).Esgotos sépticos"É o esgoto sanitário em plena fase de putrefaçãocom ausência completa de oxigênio livre"(Carvalho, 1981).

ESPÉCIE"Conjunto de seres vivos que descendem uns dosoutros, cujo genótipo é muito parecido (donde suasimilitude morfológica, fisiológica e etológica) eque, nas condições naturais, não se cruzam, porcausas gênicas, anatômicas, etológicas, espaciais ouecológicas, com os seres vivos de qualquer outrogrupo" (P.P. Grasse apud Lemaire & Lemaire,1975)."A menor população natural consideradasuficientemente diferente de todas as outras paramerecer um nome científico, sendo assumido ouprovado que permanecerá diferente de outras, aindaque possam ocorrer eventuais intercruzamentos comespécies próximas" (ACIESP, 1980).Espécie endêmica ou nativa"Diz-se de uma espécie cuja distribuição estejalimitada a uma zona geográfica definida" (Peres,1968)."Espécies que têm uma limitada distribuição na faceda Terra (...) em geral encontradas nas regiões deorigem" (Martins, 1978)."(1) Espécie cuja área de distribuição é restrita auma região geográfica limitada e usualmente bemdefinida. (2) Para certos autores, sinônimo deespécie nativa" (ACIESP, 1980).Espécie exótica"Espécie presente em uma determinada áreageográfica da qual não é originaria" (ACIESP,1980).Espécie pioneira"Espécie ou comunidade que coloniza inicialmenteuma área nova não ocupada por outras espécies"(Diccionario de la Naturaleza, 1987)."Aquela que se instala em uma região, área ouhábitat anteriormente não ocupada por ela, iniciandoa colonização de áreas desabitadas" (Resolução nº12, de 4.05.94, do CONAMA).Espécie protegida"Aquela que desfruta de proteção legal, para evitarque seja objeto de caça, colecionismo etc."(Diccionario de la Naturaleza, 1987)

ESPORÕESPontas de areia formadas às margens de uma lagunacosteira pelo trabalho de erosão e deposição desedimentos resultante da força dos ventos, dascorrentes e, em menor intensidade, da força deCoriolis."Denominação usada por Alberto Ribeiro Lamegopara os pontais secundários no interior das lagunas"(Guerra, 1978).

ESTABILIDADE (DE ECOSSISTEMAS)"É a capacidade de o sistema ecológico retornar aum estado de equilíbrio após um distúrbio

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temporário. Quanto mais rapidamente e com menorflutuação ele retorna, mais estável é" (Holling,1973)."Capacidade de um ecossistema resistir ou respondera contingências abióticas sem alterarsubstancialmente sua estrutura comunitária ou seusbalanços de material ou energia"(ACIESP, 1980).

ESTUÁRIO"Uma extensão de água costeira, semifechada, quetem uma comunicação livre com o alto-mar,resultando, portanto, fortemente afetado pelaatividade das marés e nele se mistura a água do mar(em geral de forma mensurável) com a água doce dadrenagem terrestre. São exemplos asdesembocaduras dos rios, as baías costeiras, asmarismas (terrenos encharcados à beira do mar) e asextensões de água barradas por praias. Cabeconsiderar os estuários como ecótonos entre a águadoce e os hábitats marinhos, embora muitos de seusatributos físicos e biológicos não sejam, de modoalgum, de transição e sim únicos" (Odum, 1972)."Parte terminal de um rio geralmente larga onde oescoamento fluvial é influenciado pela maré"(DNAEE, 1976)."Forma de desaguadouro de um rio no oceano. Oestuário forma uma boca única e é geralmente batidopor correntes marinhas e correntes de marés queimpedem a acumulação de detritos, como ocorre nosdeltas" (Guerra, 1978)."Área costeira, em geral semicontida, na qual a águadoce se mistura com a salgada" (USDT, 1980)."Foz à maré. Desembocadura de um rio no mar,havendo mistura das águas doces com as salgadas"(Carvalho, 1981)."Áreas onde a água doce encontra a água salgada:baías, desembocaduras de rios, lagoas. Constituemecossistemas delicados, são usados como local dedesova de peixes" (Braile, 1983).

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA)Um dos documentos do processo de avaliação deimpacto ambiental. Trata-se da execução por equipemultidisciplinar das tarefas técnicas e científicasdestinadas a analisar, sistematicamente, asconseqüências da implantação de um projeto nomeio ambiente, por meio de métodos de AIA etécnicas de previsão de impacto. O estudo realiza-sesob a orientação da autoridade ambientalresponsável pelo licenciamento do projeto emquestão, que, por meio de termos de referênciaespecíficos, indica a abrangência do estudo e osfatores ambientais a serem consideradosdetalhadamente. O estudo de impacto ambientalcompreende, no mínimo: a descrição das ações doprojeto e suas alternativas, nas etapas deplanejamento, construção, operação e, no caso deprojetos de curta duração, desativação; a delimitaçãoe o diagnóstico ambiental da área de influência; aidentificação, a medição e a valoração dos impactos;

a comparação das alternativas e a previsão dasituação ambiental futura da área de influência, noscasos de adoção de cada uma das alternativas,inclusive no caso de o projeto não se executar; aidentificação das medidas mitigadoras; o programade gestão ambiental do empreendimento, que incluia monitoração dos impactos; e a preparação dorelatório de impacto ambiental (RIMA).

EUTROFICAÇÃO, EUTROFIZAÇÃO"O processo normalmente de ação vagarosa peloqual um lago evolui para um charco ou brejo, e, aofinal, assume condição terrestre e desaparece.Durante a eutroficação o lago fica tão rico emcompostos nutritivos, especialmente nitrogênio efósforo, que as algas e outros microvegetais setornam superabundantes, desse modo 'sufocando' olago e causando sua eventual secagem. Aeutroficação pode ser acelerada por muitasatividades humanas" (The World Bank, 1978)."De acordo com Hastler (1947), o termoeutroficação significa a adição em excesso de um oumais compostos orgânicos ou inorgânicos aosecossistemas naturais, causando uma elevaçãoanormal nas suas concentrações" (Ehrlich & Ehrlich,1974)."Processo de envelhecimento dos lagos. Durante aeutroficação, o lago torna-se tão rico em compostosnutritivos, especialmente o nitrogênio e o fósforo,que há uma superabundância de algas" (Braile,1983)."É o enriquecimento da água com nutrientes atravésde meios criados pelo homem, produzindo umaabundante proliferação de algas" (Beron, 1981).

EUTRÓFICODiz-se de um meio (corpo d'água) rico emnutrientes.

EVAPOTRANSPIRAÇÃO"É o fenômeno que corresponde à evaporação daságuas acumuladas nas retenções e nas camadassuperficiais do solo, acrescida da evaporação daágua da chuva interceptada pela folhagem dacobertura vegetal e da transpiração natural que osvegetais executam" (Helder G. Costa, informaçãopessoal, 1985)."Quantidade de água transferida do solo à atmosferapor evaporação e transpiração das plantas"(DNAEE, 1976).

EXÓTICO"Termo que se aplica às plantas e aos animais quevivem em uma área distinta da de sua origem. Nestesentido é o contrário de autóctone" (Diccionario dela Naturaleza, 1987).

F

FÁCIESEm Geologia

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"Conjunto de características litológicas e/oupaleontológicas que definem uma unidade de rocha eque permitem diferenciá-la das demais" (Diccionariode la Naturaleza, 1987).Em Ecologia"Aspecto, paisagem, formada pela vegetação, de umagrupamento vegetal; fisionomia apresentada poruma associação vegetal" (Souza, 1973).Fácies lênticas"São as águas doces estagnadas ou sem movimento"(Carvalho, 1981).Fácies lóticas"São as águas doces que se movimentamconstantemente, conhecidas como água corrente"(Carvalho, 1981).

FALDA, SOPÉ"Denominação usada nas descrições das paisagensacidentadas referindo-se, apenas, à parte da base dasmontanhas ou das colinas, ou mesmo das serras"(Guerra, 1978).

FALÉSIA"Termo usado indistintamente para designar asformas de relevo litorâneo abruptas ou escarpadasou, ainda, desnivelamento de igual aspecto nointerior do continente. Deve-se, no entanto,reservá-lo, exclusivamente, para definir tipo de costano qual o relevo aparece com fortes abruptos"(Guerra, 1978).

FATOR, ELEMENTO E COMPONENTEAMBIENTALEm análise ambiental, usam-se freqüentemente ostermos elemento, componente e fator ambiental,todos para designar, genericamente, uma das partesque constituem um sistema ambiental (ou umecossistema), embora com pequenas diferenças designificado: elemento é um termo de ordem geral (oar, a água, a vegetação, a sociedade); componentecostuma designar uma parte de um elemento,quando tomado isoladamente (a temperatura daágua, uma espécie da flora ou da fauna); fatorambiental designa o elemento ou o componente doponto de vista de sua função específica nofuncionamento do sistema ambiental.Fator ecológico"Todo elemento do meio suscetível de agirdiretamente sobre os seres vivos, ao menos duranteuma fase de seu ciclo de desenvolvimento" (Dajoz,1973)."Fatores que determinam as condições ecológicas noecossistema" (ACIESP, 1980).Fator limitante"Fator biológico que atua no sentido de limitar asvariações que ocorrem nos organismos de umapopulação" (Forattini, 1992).

FERTILIDADE DO SOLO"Capacidade de produção do solo devido àdisponibilidade equilibrada de elementos químicoscomo potássio, nitrogênio, sódio, ferro, magnésio e a

conjunção de alguns fatores como água, luz, ar,temperatura e da estrutura física da terra" (ACIESP,1980).

FISIOGRAFIA"Estudo das formas físicas da Terra, de suas causas edas relações entre elas" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

FLOCULAÇÃO"Formação de agregados de partículas finas emsuspensão em um líquido, chamados flocos oufloculados. Os termos floculação e coagulação sãofreqüentemente empregados um pelo outro. Naprática, entretanto, os floculantes têm característicasfísicas e químicas diferentes das dos coagulantes. Omecanismo da coagulação-floculação abrange trêsetapas: 1) criação de microflocos pordesestabilização da solução coloidal, ou coagulaçãopropriamente dita; 2) criação de macroflocos, apartir dos microflocos, principalmente através deagitação, aumentando as possibilidades de encontrodos floculantes que estabelecem os pontos decontato entre as partículas; 3) decantação dosfloculados" (Lemaire & Lemaire, 1975).

FLORAÇÃO DE ALGAS, BLOOM DE ALGAS"Proliferação ou explosão sazonal da biomassa defitoplâncton como conseqüência do enriquecimentode nutrientes em uma massa aquática, o que conduz,entre outros efeitos, a uma perda de transparência, àcoloração e à presença de odor e sabor nas águas"(Diccionario de la Naturaleza, 1987)."Proliferação de algas e/ou outras plantas aquáticasna superfície de lagos e lagoas. Os "blooms" sãomuitas vezes estimulados pelo enriquecimento defósforo na água" (Braile, 1992)."Excessivo crescimento de plantas microscópicas,tais como, as águas azuis, que ocorrem em corpos deágua, dando origem geralmente à formação de flocosbiológicos e elevando muito a turbidez" (Batalha,1987).

FLORESTA, MATAEcossistemas complexos, nos quais as árvores são aforma vegetal predominante que protege o solocontra o impacto direto do sol, dos ventos e dasprecipitações. A maioria dos autores apresentammatas e florestas como sinônimos, embora algunsatribuam à floresta maior extensão que às matas."Vegetação de árvores com altura geralmente maiorque sete metros, com dossel fechado ou mais ralo,aberto; às vezes (mata) significa um trecho menosextenso que floresta, e mais luxuriante (densa oualta) do que arvoredo" (Goodland, 1975)."Trecho de vegetação dominado por árvores (de trêsmetros ou mais de altura) cujas copas se tocam, ouquase se tocam (as árvores com mais de sessenta porcento de cobertura). É uma categoria estruturalreferindo-se apenas à fisionomia, sem qualificação;não é tipo de vegetação" (ACIESP, 1980).Floresta ciliar, mata ciliar, mata de galeria

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"Floresta mesofítica de qualquer grau de caducidade,que orla um dos lados de um curso d'água, em umaregião onde a vegetação de interflúvio não é mata,mas arvoredo, escrube, savana ou campo limpo"(ACIESP, 1980)."Floresta adjacente a correntes ou cursos d'água ecujas raízes estão próximas da zona de saturação,devido à proximidade de água subterrânea" (Souza,1973).Floresta estadual"Área de domínio público estadual, delimitada coma finalidade de manter, criar, manejar, melhorar ourestaurar potencialidades florestais, com propósitode aproveitamento de seus recursos"(FEEMA/PRONOL NT 1109).Floresta estacional"Floresta que sofre ação climática desfavorável, secaou fria, com perda de folhas" (Resolução nº 12, de4.05.94, do CONAMA).Floresta ombrófila"Floresta que ocorre em ambientes sombreados ondea umidade é alta e constante ao longo do ano"(Resolução nº 12, de 4.05.94, do CONAMA).Floresta Primária"A vegetação arbórea denominada floresta ombrófiladensa constituída por fanerófitas sem resistência àseca, com folhagem sempre verde, podendoapresentar no dossel superior árvores sem folhasdurante alguns dias, com árvores que variam de 24 a40 metros de altura, além do sub-bosque que variade ralo a denso, ou seja, são formações densas ondeas copas formam cobertura contínua, ainda quetenham sido exploradas anteriormente" (PortariaNormativa nº 54, de 23.08.91, do Presidente doIBAMA).

FONTE POLUIDORAPonto ou lugar de emissão de poluentes.Fontes difusas (água)"São fontes não pontuais; aquelas que vertem águade forma difusa difícil de delimitar geograficamente,estando a carga poluidora que aportam aos corposd'água relacionadas a certos acontecimentosclimáticos (precipitação, tempestades) incontroláveispelo homem" (Diccionario de la Naturaleza, 1987).Fontes pontuais (água)"Aquelas que vertem massa d'água através de umfoco muito localizado, por exemplo, um cano"(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

FORMAÇÃO VEGETAL"Denominação genérica dada ao tipo de coberturavegetal que, ocupando determinada regiãogeográfica, empresta-lhe fisionomia de suas espéciesdominantes. No caso de ocupar extensa áreageográfica, caracteriza o bioma" (Forattini, 1992).

FOSSA"É uma fossa séptica, uma escavação semrevestimento interno onde os dejetos caem noterreno, parte se infiltrando e parte sendodecomposta na superfície de fundo. Não existe

nenhum deflúvio. São dispositivos perigosos que sódevem ser empregados em último caso" (Carvalho,1981).Fossa seca"São escavações, cujas paredes são revestidas detábuas não aparelhadas com o fundo em terrenonatural e cobertas na altura do piso por uma lajeonde é instalado um vaso sanitário" (Carvalho,1981).Fossa sépticaCâmara subterrânea de cimento ou alvenaria, ondesão acumulados os esgotos de um ou vários prédiose onde os mesmos são digeridos por bactériasaeróbias e anaeróbias. Processada essa digestão,resulta o líquido efluente que deve ser dirigido auma rede ou sumidouro."Unidade de sedimentação e digestão de fluxohorizontal e funcionamento contínuo, destinado aotratamento primário dos esgotos sanitários" (Decretonº 533, de 16.01.76).

FOZ"(1) Ponto mais baixo no limite de um sistema dedrenagem (desembocadura). (2) Extremidade onde orio descarrega suas águas no mar" (DNAEE, 1976)."Boca de descarga de um rio. Este desaguamentopode ser feito num lago, numa lagoa, no mar oumesmo num outro rio. A forma da foz pode serclassificada em dois tipos: estuário e delta" (Guerra,1978).

G

GESTÃO AMBIENTALO conceito original de gestão ambiental diz respeitoà administração, pelo governo, do uso dos recursosambientais, por meio de ações ou medidaseconômicas, investimentos e providênciasinstitucionais e jurídicas, com a finalidade demanter ou recuperar a qualidade do meio ambiente,assegurar a produtividade dos recursos e odesenvolvimento social. Este conceito, entretanto,tem se ampliado nos últimos anos para incluir, alémda gestão pública do meio ambiente, os programasde ação desenvolvidos por empresas paraadministrar suas atividades dentro dos modernosprincípios de proteção do meio ambiente."A condução, a direção e o controle pelo governo douso dos recursos naturais, através de determinadosinstrumentos, o que inclui medidas econômicas,regulamentos e normalização, investimentospúblicos e financiamento, requisitosinterinstitucionais e judiciais" (Selden, 1973)."A tarefa de administrar o uso produtivo de umrecurso renovável sem reduzir a produtividade e aqualidade ambiental, normalmente em conjunto como desenvolvimento de uma atividade" (Hurtubia,1980)."O controle apropriado do meio ambiente físico,

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para propiciar o seu uso com o mínimo abuso, demodo a manter as comunidades biológicas, para obenefício continuado do homem" (EncyclopaediaBritannica, 1978)."Tentativa de avaliar valores limites dasperturbações e alterações que, uma vez excedidos,resultam em recuperação bastante demorada do meioambiente, e de manter os ecossistemas dentro desuas zonas de resiliência, de modo a maximizar arecuperação dos recursos do ecossistema naturalpara o homem, assegurando sua produtividadeprolongada e de longo prazo" (Interim MekongCommittee, 1982).

GRADIENTEMudança de valor de uma quantidade (temperatura,pressão, altitude etc.) por unidade de distância, numadireção específica. Inclinação ou razão de ascensãoou descida de uma encosta, rodovia, tubulação etc."É uma mudança de elevação, velocidade, pressãoou outra característica, por unidade decomprimento" (Carvalho, 1981)."Mudança unidirecional, mais ou menos contínua,de alguma propriedade no espaço. Os gradientesreferentes às propriedades ambientais se refletemfreqüentemente por meio de alterações nosparâmetros biológicos" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

H

HÁBITAT"Hábitat de um organismo é o lugar onde vive ou olugar onde pode ser encontrado (...) O hábitat podereferir-se também ao lugar ocupado por umacomunidade inteira (...) Por analogia, pode-se dizerque o hábitat e o 'endereço' do organismo e o nichoecológico é, biologicamente falando, sua 'profissão'" (Odum, 1972)."Conceito encontrado originalmente nas ciênciasbiológicas, mas que foi adotado pelas ciênciassociais. Neste sentido, tende a converter-se nacategoria fundamental e unificadora das disciplinasque se ocupam da modificação e organização doespaço e de sua valoração e uso no tempo, com ofim de torná-lo habitável pelo homem, entendendo ohomem como parte de um modelo social, em umdeterminado momento histórico" (SAHOP, 1978)."Soma total das condições ambientais de um lugarespecífico, que é ocupado por um organismo umapopulação ou uma comunidade" (The World Bank,1978)."É o espaço ocupado por um organismo ou mesmouma população. É termo mais específico e restritivoque meio ambiente. Refere-se sobretudo àpermanência de ocupação" (Dansereau, 1978)."Conjunto de todos os fatores e elementos quecercam uma dada espécie de ser vivo" (Martins,1978).

"O local físico ou lugar onde um organismo vive, eonde obtém alimento, abrigo e condições dereprodução" (USDT, 1980).

HALÓFILO, HALÓFILA"Organismo que necessita altas concentraçõessalinas para seu desenvolvimento" (Batalha, 1987)."Plantas que têm preferência por ambientes salinos:algas marinhas, vegetação dos mangues, vegetaçãodas áreas arenosas marítimas" (Souza, 1973).

HALÓFITA"Planta capaz de viver em solos salinos"(Diccionario de la Naturaleza, 1987)."Planta de beira-mar, capaz de desenvolver-se emsolos impregnados de sal" (Souza, 1973).

HETEROTRÓFICO"Que não sintetiza, por si próprio, seus constituintesorgânicos, porém recorre a um produtor dealimentos orgânicos. Por exemplo, os herbívoros"(Lemaire & Lemaire, 1975)."Organismo que utiliza matéria orgânica sintetizadapor outros organismos, como fonte de energia"(ACIESP, 1980).

HIDROCARBONETOS MINERAIS"Substâncias minerais de origem orgânica em cujacomposição dominam amplamente o hidrogênio e ocarbono. Geralmente apresentam-se em forma demisturas de numerosos hidrocarbonetos que, se sãolíquidas, costumam se denominar petróleo oupetróleo cru, se são gasosas, gás natural e, se sãosólidas, xisto, asfalto ou betumem (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

HIDROGRAMA"Gráfico representativo da variação, no tempo, dediversas observações hidrológicas, como cotas,descargas, velocidade, carga sólida, etc." (DNAEE,1976).

HIPOLíMNIO"Camada profunda de um lago abaixo do termoclina.Fica fora das influências da água de superfície e temum gradiente de temperatura relativamente fraco"(Batalha, 1987).

HIPSOMETRIA"É a representação altimétrica do relevo de umaregião no mapa, pelo uso de cores convencionais"(Guerra, 1978).

HOMEOSTASIAÉ a manutenção do equilíbrio interno de um sistemabiológico (célula, organismo, ecossistema), atravésde respostas controladas a alterações que podem seoriginar dentro ou fora do sistema."É um conjunto de fenômenos que têm lugar einterferem nos ecossistemas, ou mesmo em certosorganismos, corrige desvios, elimina excessos,controlando forças antagônicas, introduzindo porvezes fatores novos, procurando sempre manter oconjunto em equilíbrio e funcionamento correto e

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normal. Os mecanismos homeostáticos sãofeedbacks dos ecossistemas. A homeostasia étambém um processo de auto-regulagem, pelo qualos sistemas biológicos - como células e organismos -trabalham para a manutenção da estabilidade doecossistema pelo ajuste das condições necessáriaspara um ótimo de sobrevivência" (Carvalho, 1981)."Quanto mais complexos os ecossistemas, maiortendência apresentam à estabilidade, isto é, a umaindependência cada vez mais acentuada com relaçãoàs perturbações de origem externa. Esta tendência àestabilidade chama-se homeostasia" (Dajoz, 1973)."(Homeo = igual; stasia = estado) é o termoempregado para significar a tendência de os sistemasbiológicos resistirem a mudanças e permaneceremem estado de equilíbrio" (Odum, 1972)."Tendência de os sistemas biológicos a resistir aalterações e permanecer em estado de equilíbriodinâmico" (Hurtubia, 1980).

HÚMUSMaterial orgânico inerte, finamente dividido,resultante da decomposição microbiana de plantas esubstâncias animais, composto aproximadamente desessenta por cento de carbono, seis por cento denitrogênio, e menores quantidades de fósforo eenxofre. A decomposição da matéria orgânica vivado solo torna essas substâncias próprias para seremutilizadas pelas plantas."É a matéria orgânica do solo, contem a maior partedo nitrogênio que se encontra em solos naturais. Apresença de humus torna o solo um meio favorávelpara as complicadas reações químicas e processos detransporte de minerais necessários aodesenvolvimento das plantas superiores" (Ehrlich &Ehrlich, 1974)."Restos orgânicos, principalmente vegetais (folhas)num estado avançado de decomposição,parcialmente misturado com o solo (turfas; matériaorgânica; fonte importante de nutrientes minerais;terra vegetal)" (Goodland, 1975)."É o constituinte orgânico característico do solo; éum complexo de substâncias escuras e gelatinosas"(Negret, 1982).

I

IMPACTO AMBIENTALQualquer alteração significativa no meio ambiente -em um ou mais de seus componentes - provocadapor uma ação humana."Qualquer alteração das propriedades físicas,químicas e biológicas do meio ambiente, causadapor qualquer forma de matéria ou energia resultantedas atividades humanas que, direta ou indiretamente,afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-estar dapopulação; (II) as atividades sociais e econômicas;(III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitáriasdo meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos

ambientais" (Resolução nº 001, de 23.01.86, doCONAMA)."Qualquer alteração no sistema ambiental físico,químico, biológico, cultural e socioeconômico quepossa ser atribuída a atividades humanas relativas àsalternativas em estudo, para satisfazer asnecessidades de um projeto" (Canter, 1977)."Impacto ambiental pode ser visto como parte deuma relação de causa e efeito. Do ponto de vistaanalítico, o impacto ambiental pode ser consideradocomo a diferença entre as condições ambientais queexistiriam com a implantação de um projetoproposto e as condições ambientais que existiriamsem essa ação" (Dieffy, 1985)."Uma "alteração" (ambiental) pode ser natural ouinduzida pelo homem, um "efeito" é uma alteraçãoinduzida pelo homem e um "impacto" inclui umjulgamento do valor de significância de um efeito"(Munn, 1979)."Impacto ambiental é a estimativa ou o julgamentodo significado e do valor do efeito ambiental para osreceptores natural, sócio-econômico e humano.Efeito ambiental é a alteração mensurável daprodutividade dos sistemas naturais e da qualidadeambiental, resultante de uma atividade econômica"(Horberry, 1984)."Impacto positivo ou benéfico - quando a açãoresulta na melhoria da qualidade de um fator ouparâmetro ambiental.Impacto negativo ou adverso - quando a ação resultaem um dano à qualidade de um fator ou parâmetroambiental.Impacto direto - resultante de uma simples relaçãode causa e efeito (também chamado impactoprimário ou de primeira ordem).Impacto indireto - resultante de uma reaçãosecundária em relação à ação, ou quando é parte deuma cadeia de reações (também chamado impactosecundário ou de enésima ordem - segunda, terceiraetc.), de acordo com sua situação na cadeia dereações).Impacto local - quando a ação afeta apenas o própriosítio e suas imediações.Impacto regional - quando o impacto se faz sentiralém das imediações do sítio onde se dá a ação.Impacto estratégico - quando o componenteambiental afetado tem relevante interesse coletivoou nacional.Impacto imediato - quando o efeito surge no instanteem que se dá a ação.Impacto a médio ou longo prazo - quando o impactose manifesta certo tempo após a ação.Impacto temporário - quando seus efeitos têmduração determinada.Impacto permanente - quando, uma vez executada aação, os efeitos não cessam de se manifestar numhorizonte temporal conhecido.Impacto cíclico - quando o efeito se manifesta emintervalos de tempo determinados.Impacto reversível - quando o fator ou parâmetro

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ambiental afetado, cessada a ação, retorna às suascondições originais.Impacto irreversível - quando, uma vez ocorrida aação, o fator ou parâmetro ambiental afetado nãoretorna às suas condições originais em um prazoprevisível" (FEEMA/PRONOL DZ 041).Impacto cumulativoImpacto ambiental derivado da soma de outrosimpactos ou por cadeias de impacto que se somam,gerado por um ou mais de um empreendimentosisolados, porém contíguos, num mesmo sistemaambiental."Acumulação de alterações nos sistemas ambientais,no tempo e no espaço, de modo aditivo e interativo.As alterações podem se originar de ações individuaisou múltiplas, do mesmo ou de diferentes tipos. Umaunidade de alteração ambiental causada por umaação individual pode ser considerada insignificante,caso seja limitada nas escalas temporais e espaciais;porém, as alterações ambientais originadas de açõeshumanas repetidas ou múltiplas podem se somar,resultando em impactos cumulativos significativos"(Spaling, 1994)."Impacto no meio ambiente resultante do impactoincremental da ação quando adicionada a outrasações, passadas, presentes e futuras, razoavelmenteprevisíveis (...)" (40 CRF § 1508.7, Estados Unidosda América apud Clark, 1994).

INDICADORNas ciências ambientais, indicador significa umorganismo, uma comunidade biológica ou outroparâmetro (físico, químico, social) que serve comomedida das condições de um fator ambiental, ou umecossistema.”Um parâmetro, ou valor derivado de um parâmetro,que indica, fornece informação ou descreve umfenômeno, a qualidade ambiental ou uma área,significando porém mais do que aquilo que seassocia diretamente ao referido parâmetro (ouvalor)” (OECD, 1993).Indicador ambiental"São os que refletem uma relação significativa entreum aspecto do desenvolvimento econômico e sociale um fator ou processo ambiental" (Carrizosa, 1981).Indicador de desenvolvimento"Quantificação de um fator que permite acomparação entre os graus de desenvolvimentoeconômico de diversas economias nacionais"(Diccionario de la Naturaleza, 1987).Indicador ecológico, espécie indicadora"São certas espécies que têm exigências ecológicasbem definidas e permitem conhecer os meiospossuidores de características especiais" (Dajoz,1973)."Organismos, ou tipos de organismos, tãoestritamente associados a condições ambientaisespecíficas, que sua presença é indicativa daexistência dessas condições naquele ambiente"(Encyclopaedia Brittanica, 1978).Indicador de impacto

São elementos ou parâmetros de uma variável quefornecem a medida da magnitude de um impactoambiental. Podem ser quantitativos, quando medidose representados por uma escala numérica, ouqualitativos, quando classificados simplesmente emcategorias ou níveis."É um elemento ou parâmetro que fornece umamedida do significado de um efeito, isto á, damagnitude de um impacto ambiental. Algunsindicadores, tais como os índices de morbidez oumortalidade ou a produção de uma colheita agrícola,associam-se a uma escala numérica. Outros sópodem ser classificados em escalas simples, como'bom - melhor - ótimo' ou 'aceitável - inaceitável' "(Munn, 1979).Indicador de pressão ambiental“Aqueles que descrevem as pressões que asatividades humanas exercem sobre a meio ambiente,inclusive a quantidade e a qualidade dos recursosnaturais” (OECD, 1993).Indicador de resposta social“Medidas que mostram em que grau a sociedade estárespondendo às mudanças ambientais e àspreocupações com o meio ambiente. Referem-se àsações coletivas e individuais para mitigar, adaptar ouprevenir os impactos ambientais negativos induzidospelo homem, e parar ou reverter danos ambientais jáinfligidos” (OECD, 1993).Indicador de sustentabilidade“(...) os indicadores de sustentabilidade podem serdivididos em três grupos principais: (i) osindicadores de resposta social (que indicam asatividades que se realizam no interior da sociedade -o uso de minérios, a produção de substânciastóxicas, a reciclagem de material); (ii) os indicadoresde pressão ambiental (que indicam as atividadeshumanas que irão influenciar diretamente o estadodo meio ambiente - níveis de emissão de substânciastóxicas); e (iii) os indicadores de qualidadeambiental (que indicam o estado do meio ambiente -a concentração de metais pesados no solo, os níveispH nos lagos). Deve-se notar que a maioria dosindicadores de sustentabilidade, desenvolvidos eutilizados até o momento, pertencem ao grupo dosindicadores de pressão ambiental ou de qualidadeambiental (...)” (Azar et alii, 1996).

ÍNDICEEm controle ambientalNúmero adimensional que compara a situação de umfator ambiental com um valor de referência (padrão,limite aceitável) na avaliação da qualidade de umfator, um ecossistema ou um sistema ambiental.

INSETICIDA"Que destrói insetos. Os inseticidas constituem umadas categorias de pesticidas" (Lemaire & Lemaire,1975)."Qualquer substância que, na formulação, exerçaação letal sobre pragas" (FEEMA/PRONOL DG1017).

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INTEMPERISMO"Conjunto de processos atmosféricos e biológicosque causam a desintegração e modificação dasrochas e dos solos. Os fatores principais são avariação de temperatura, a ação das raízes e do gelo"(Goodland, 1975)."Conjunto de processos mecânicos, químicos ebiológicos que ocasionam a desintegração e adecomposição das rochas. O uso do termointemperismo tem sido combatido por certos autoresque preferem meteorização, pelo fato de melhorcorresponder ao termo inglês weathering" (Guerra,1978)."É a resposta dos materiais que estavam emequilíbrio no interior da litosfera às solicitações daatmosfera, da hidrosfera e talvez, ainda, da biosfera.Ele pode ser mecânico, pela expansão diferencial nasuperfície e crescimento de cristais estranhos (gelo),ou químico, que tem início na cristalização de sais.Existem, também, ações biológicas, como apenetração de raízes e a atividade bacteriana, quedependem da umidade e do calor. Assim, todos estesfatores causam a desintegração e modificação dasrochas e dos solos. O intemperismo (mecânico equímico) é a primeira etapa da pedogênese"(Carvalho, 1981)."É o conjunto de processos que provocam adecomposição e desintegração de minerais e rochas.Exclui a ação das chuvas e ventos, que se consideracomo essencialmente erosiva" (Negret, 1982).

INVENTARIOEm estudos ambientais, qualquer levantamentosistemático de dados sobre um ou mais fatoresambientais em uma área.Inventário de espécies"Censo da flora ou da fauna que habita determinadaárea. O nível de resolução de tal censo depende dosobjetivos do estudo, desde uma lista das espéciespredominantes a outra completa" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

IRREVERSÍVEL, IRREVERSIBILIDADE"Uma situação natural é irreversível quando, umavez alcançada, é impossível voltar ao estado inicial,resulta muito caro ou demanda um tempo muitogrande comparado com o tempo decorrido parachegar a ela. Em todo processo de alteração do meioambiente, deve se estudar sua irreversibilidade e terpresente os custos de retorno ao estado inicial"(Diccionario de la Naturaleza, 1987).(ver também REVERSIBILIDADE)

ISOIETA"Linha que liga os pontos de igual precipitação, paraum dado período" (WMO apud DNAEE, 1976).

ISOÍPSAS (ver CURVAS DE NÍVEL)

J

JUSANTE"Na direção da corrente, rio abaixo" (DNAEE,1976)."Denomina-se a uma área que fica abaixo da outra,ao se considerar a corrente fluvial pela qual ébanhada. Costuma-se também empregar a expressão'relevo de jusante' ao se descrever uma região queestá numa posição mais baixa em relação ao pontoconsiderado. O oposto de jusante é montante"(Guerra, 1978)."Diz-se de uma área ou de um ponto que fica abaixode outro, ao se considerar uma corrente fluvial outubulação na direção da foz, do final. O contrario émontante" (Carvalho, 1981).

L

LAGOA"Um dos hábitats lênticos (águas quietas) (...) sãoextensões pequenas de água em que a zona litoral érelativamente grande e as regiões limnética eprofunda são pequenas ou ausentes" (Odum, 1972)."Pequeno reservatório natural ou artificial"(DNAEE, 1976)."Depressão de formas variadas - principalmentetendente a circulares - de profundidades pequenas echeias de água salgada ou doce. As lagoas podemser definidas como lagos de pequena extensão eprofundidade (...) Muito comum é reservarmos adenominação 'lagoa' para as lagunas situadas nasbordas litorâneas que possuem ligação com ooceano" (Guerra, 1978).Lagoa aerada"Lagoa de tratamento de água residuária artificial ounatural, em que a aeração mecânica ou por ar difusoé usada para suprir a maior parte de oxigênionecessário" (ABNT, 1973).Lagoa aeróbia"Lagoa de oxidação em que o processo biológico detratamento é predominantemente aeróbio. Estaslagoas têm sua atividade baseada na simbiose entrealgas e bactérias. Estas decompõem a matériaorgânica produzindo gás carbônico, nitratos efosfatos que nutrem as algas, que pela ação da luzsolar transformam o gás carbônico em hidratos decarbono, libertando oxigênio que é utilizado de novopelas bactérias e assim por diante" (Carvalho, 1981).Lagoa anaeróbia"Lagoa de oxidação em que o processo biológico épredominantemente anaeróbio. Nestas lagoas, aestabilização não conta com o curso do oxigêniodissolvido, de maneira que os organismos existentestêm de remover o oxigênio dos compostos das águasresiduárias, a fim de retirar a energia para

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sobreviverem. É um processo que a rigor não sepode distinguir daquele que tem lugar nos tanquessépticos (Carvalho, 1981).

LAGUNA"São ecossistemas formados em depressões, abaixodo nível do mar, e dele separados por cordõeslitorâneos. Esses cordões podem isolá-las totalmentedo oceano, formando lagunas fechadas ousemifechadas, ou simplesmente permanecem emcontato permanente com o mar, através de canais"(Azevedo apud CEUFF, 1984)."Depressão contendo água salobra ou salgada,localizada na borda litorânea. A separação das águasda laguna das do mar pode se fazer por um obstáculomais ou menos efetivo, mas não é rara a existênciade canais, pondo em comunicação as duas águas. Namaioria das vezes, se usa erradamente o termo`lagoa' ao invés de laguna" (Guerra, 1978)."Massa de água pouco profunda ligada ao mar porum canal pequeno e raso" (DNAEE, 1976).

LENÇOL FREÁTICO"Lençol d'água subterrâneo limitado superiormentepor uma superfície livre (a pressão atmosféricanormal)" (DNAEE, 1978)."A superfície superior da água subterrânea"(ACIESP, 1980)."É um lençol d'água subterrâneo que se encontra empressão normal e que se formou em profundidaderelativamente pequena" (Carvalho, 1981).(ver também ÁGUA SUBTERRÂNEA)

LIMNÍGRAFO"Instrumento registrador de níveis de água, emfunção do tempo" (DNAEE, 1976).

LIMNOLOGIA"Termo criado em 1892 pelo suíço F.A. Forel, paradesignar a aplicação dos métodos de oceanografia ouda oceanologia às águas estagnadas continentais(lagos). À limnologia interessam portanto, todosesses fatores da vida nas águas estagnadas (...)Entretanto, o I Congresso Internacional deLimnologia, realizado em Kiel, em 1922, propôsdesignar sob o termo limnologia a ciência da águadoce, aplicando-se ela ao conjunto de águascontinentais ou interiores, separadas do mundooceânico" (Lemaire & Lemaire, 1975).

LITORAL, COSTA"Faixa de terra emersa, banhada pelo mar" (Guerra,1976)."É toda a região que se situa entre a plataformacontinental e as áreas sob a influência da maré maisalta (mangue, bancos de espartina, praias, costões,estuários etc.)" (ACIESP, 1980)."Extensão no fundo do mar ou lago até aprofundidade alcançada pela ação da luz e dasondas. No mar, é a zona geralmente entre o nível damaré alta e os duzentos metros, aproximadamente, olimite da plataforma continental. Nos lagos alcançapróximo de uma profundidade de dez metros"

(Carvalho, 1981)."Faixa de terreno que compreende as margens e aszonas adjacentes de um mar ou oceano"(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

LIXIVIAÇÃO"Processo que sofrem as rochas e solos, ao seremlavados pela água das chuvas(...) Nas regiõesintepropicais de clima úmido os solos tornam-seestéreis com poucos anos de uso, devido, em grandeparte, aos efeitos da lixiviação" (Souza, 1973)."Forma de meteorização e intemperismo queocasiona a remoção de matérias solúveis por águapercolante" (Batalha, 1987).A lixiviação também ocorre em vazadouros e aterrosde resíduos, quando são dissolvidos e carreadoscertos poluentes ali presentes para os corpos d’águasuperficiais e subterrâneos.

LOCAIS DE INTERESSE TURÍSTICO"Consideram-se de interesse turístico as ÁreasEspeciais e os locais instituídos na forma da presenteLei, assim como os bens de valor cultural e natural,protegidos por legislação específica, eespecialmente: os bens de valor histórico, artístico,arqueológico ou pré-histórico; as reservas e estaçõesecológicas; as áreas destinadas à proteção dosrecursos naturais renováveis; as manifestaçõesculturais ou etnológicas e os locais onde ocorram aspaisagens notáveis; as localidades e os acidentesnaturais adequados ao repouso e à prática deatividades recreativas, desportivas ou de lazer; asfontes hidrominerais aproveitáveis; as localidadesque apresentem condições climáticas especiais;outros que venham a ser definidos, na forma destaLei" (Lei nº 6.513, de 20.12.77).

LODO"Mistura de água, terra e matéria orgânica, formadano solo pelas chuvas ou no fundo dos mares, lagos,estuários etc." (Diccionario de la Naturaleza, 1987)."Sólidos acumulados e separados dos líquidos, deágua ou água residuária durante um processo detratamento ou depositados no fundo dos rios ououtros corpos d'água" (ACIESP, 1980).

LOTEAMENTO"Forma de parcelamento que é a divisão do solocom urbanização caracterizada pela abertura denovos logradouros" (Moreira Neto, 1976)."Subdivisão de gleba em lotes destinados àedificação, com abertura de novas vias decirculação, de logradouros públicos ouprolongamento, modificação ou ampliação das viasexistentes (Lei nº 6.766, de 19.12.79).

M

MAGNITUDE DO IMPACTOUm dos atributos principais de um impactoambiental. É a grandeza de um impacto em termos

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absolutos, podendo ser definida como as medidas dealteração nos valores de um fator ou parâmetroambiental, ao longo do tempo, em termosquantitativos ou qualitativos."É definida como o grau ou extensão da escala deum impacto" (Fisher & Davies, 1973)."É definida como a provável grandeza de cadaimpacto potencial" (Environmental ProtectionService, 1978).

MANANCIALQualquer corpo d'água, superficial ou subterrâneo,utilizado para abastecimento humano, industrial ouanimal, ou irrigação."Conceitua-se a fonte de abastecimento de água quepode ser, por exemplo, um rio um lago, umanascente ou poço, proveniente do lençol freático oudo lençol profundo" (CETESB, s/d).

MANEJOAção de manejar, administrar, gerir. Termo aplicadoao conjunto de ações destinadas ao uso de umecossistema ou de um ou mais recursos ambientais,em certa área, com finalidade conservacionista e deproteção ambiental.Manejo florestal"Aplicação dos métodos comerciais de negócio edos princípios da técnica florestal às operações deuma propriedade florestal" (Souza, 1987)

MANGUEZAL"São ecossistemas litorâneos, que ocorrem emterrenos baixos sujeitos à ação da maré, elocalizados em áreas relativamente abrigadas, comobaías, estuários e lagunas. São normalmenteconstituídos de vasas lodosas recentes, as quais seassocia tipo particular de flora e fauna" (FEEMA,proposta de Decreto de regulamentação da Lei nº690/84)."É o conjunto de comunidades vegetais que seestendem pelo litoral tropical, situadas emreentrâncias da costa, próximas à desembocadura decursos d'água e sempre sujeitas à influencia dasmarés" (Del. CECA nº 063, de 28.02.80)."Vegetação halófita tropical de mata (ou, raramente,escrube) de algumas poucas espécies especializadasque crescem na vasa marítima da costa ou noestuário dos rios (as vezes chamado 'mangue', masesta palavra propriamente pertence às plantas e não àcomunidade)" (ACIESP, 1980).

MAPA TEMÁTICO, CARTA TEMÁTICA"Documentos, em quaisquer escalas, em que, sobreum fundo geográfico básico, são representadosdados geográficos, geológicos, demográficos,econômicos, agrícolas etc., visando ao estudo, àanálise e à pesquisa dos temas, no seu aspectoespacial" (Oliveira, 1993).

MAPEAMENTORepresentação cartográfica de informação ou dadossobre um ou mais fatores ambientais.

MARÉ"Elevação e abaixamento periódico das águas nosoceanos e grandes lagos, resultantes da açãogravitacional da lua e do sol sobre a Terra a girar"(DNAEE, 1976)."É o fluxo e refluxo periódico das águas do mar que,duas vezes por dia, sobem (preamar) e descem(baixa-mar), alternativamente (Guerra, 1978).

MATA ATLÂNTICA"Cerca de um milhão de quilômetros quadrados,estendendo-se ao longo das encostas e serras dacosta atlântica, desde uma pequena extremidade nosudoeste do Rio Grande do Norte, passando pelosestados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe,Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,São Paulo, Paraná, Santa Catarina, até uma faixaestreita no Rio Grande do Sul. As florestas tropicaisúmidas que cobriam essa imensa faixa, hojereduzidas a 4% de cobertura primária, constituíam,pois, um bioma sazonal, perpassando um largoespectro de latitudes" (Barros, 1992).A Mata Atlântica é considerada patrimônio nacionalpela Constituição Federal de 1988, condicionando-sea utilização de seus recursos naturais à preservação eproteção do meio ambiente.

MATÉRIA, MATERIAL (ver SÓLIDOS)Matéria orgânica biodegradável"É a parcela de matéria orgânica de um efluentesuscetível à decomposição por ação microbiana, nascondições ambientais. É representada pela demandabioquímica de Oxigênio (DBO) e expressa emtermos de concentração (mg de O2/l) ou carga (Kgde DBO/dia)" (PRONOL/FEEMA DZ 205).Matéria orgânica não biodegradável"É a parcela de matéria orgânica pouco suscetível àdecomposição por ação microbiana, nas condiçõesambientais ou em condições pré-estabelecidas (...)"(PRONOL/FEEMA DZ 205).

MEDIDAS COMPENSATÓRIASMedidas tomadas pelos responsáveis pela execuçãode um projeto, destinadas a compensar impactosambientais negativos, notadamente alguns custossociais que não podem ser evitados ou uso derecursos ambientais não renováveis.

MEDIDAS MITIGADORASSão aquelas destinadas a prevenir impactosnegativos ou reduzir sua magnitude. Nestes casos, épreferível usar a expressão 'medida mitigadora' emvez de 'medida corretiva', também muito usada, umavez que a maioria dos danos ao meio ambiente,quando não podem ser evitados, podem apenas sermitigados ou compensados.

METAIS PESADOS"Metais que podem ser precipitados por gássulfídrico em solução ácida; por exemplo: chumbo,prata, ouro, mercúrio, bismuto, zinco e cobre"(ABNT, 1973)."São metais recalcitrantes, como o cobre e o

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mercúrio - naturalmente não biodegradávéis - quefazem parte da composição de muitos pesticidas e seacumulam progressivamente na cadeiatrófica"(Carvalho, 1981).

MINERALIZAÇÃO, ESTABILIZAÇÃO"Processo pelo qual elementos combinados emforma orgânica, provenientes de organismos vivosou mortos, ou ainda sintéticos, são reconvertidos emformas inorgânicas, para serem úteis ao crescimentodas plantas. A mineralização de compostosorgânicos ocorre através da oxidação emetabolização por animais vivos,predominantemente microscópicos" (ABNT, 1973)."Processo edáfico fundamentalmente biológico detransformação de despojos animais e vegetais emsubstâncias minerais inorgânicas e simples"(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

MODELOEm linguagem técnica, um modelo é umarepresentação simplificada da realidade, expressa emtermos físicos (modelo físico) ou matemáticos(modelo matemático), para facilitar a descrição, acompreensão do funcionamento atual e docomportamento futuro de um sistema, fenômeno ouobjeto."Qualquer abstração ou simplificação de umsistema" (Halls & Day, 1990)."Instrumento para predizer o comportamento deentidades complicadas e pouco conhecidas a partirdo comportamento de algumas de suas partes quesão bem conhecidas" (Goodman, 1975 apud Halls &Day, 1990).Modelo determinístico"Modelo no qual o estado de um sistema é definidopor causas que se podem determinar e identificar edescrito adequadamente sem recorrer a elementosprobabilísticos" (Diccionario de la Naturaleza,1987)."Modelo matemático que determina os resultados,exatamente, a partir das condições iniciais"(Ferattini, 1992).Modelo estocástico"Modelo matemático cujas variáveis respondem auma distribuição específica. Tais modelos nãooferecem soluções únicas, mas apresentam umadistribuição de soluções associadas a umaprobabilidade, segundo uma determinadadistribuição de probabilidades" (Diccionario de laNaturaleza, 1987)."Modelo matemático que incorpora elementosprobabilísticos. Os resultados são expressos emtermos de probabilidade" (Ferattini, 1992).

MODELOS DE SIMULAÇÃOUm dos tipos básicos de método de avaliação deimpacto ambiental, também empregado naelaboração de planos de gestão ambiental. Sãomodelos matemáticos dinâmicos destinados arepresentar, tanto quanto possível, a estrutura e ofuncionamento dos sistemas ambientais, explorando

as complexas relações entre seus fatores físicos,biológicos e socioeconômicos, a partir de umconjunto de hipóteses ou pressupostos.

MONITORAÇÃO, MONITORIZAÇÃO,MONITORAMENTO1

"Coleta, para um propósito predeterminado, demedições ou observações sistemáticas eintercomparáveis, em uma série espaço-temporal, dequalquer variável ou atributo ambiental, que forneçauma visão sinóptica ou uma amostra representativado meio ambiente" (PADC, 1981)."Determinação contínua e periódica da quantidadede poluentes ou de contaminação radioativapresentes no meio ambiente" (The World Bank,1978).Monitoração de impactos ambientais"O processo de observações e medições repetidas, deum ou mais elementos ou indicadores da qualidadeambiental, de acordo com programaspreestabelecidos, no tempo e no espaço, para testarpostulados sobre o impacto das ações do homem nomeio ambiente" (Bisset, 1982)."No contexto de uma avaliação de impactoambiental, refere-se à medição das variáveisambientais após o inicio da implantação de umprojeto (os dados básicos constituindo as mediçõesanteriores ao inicio da atividade) ... para documentaras alterações, basicamente com o objetivo de testaras hipóteses e previsões dos impactos e as medidasmitigadoras" (Beanlands, 1983).

MONTANTE"Direção oposta à corrente" (DNAEE, 1976)."Diz-se do lugar situado acima de outro, tomando-seem consideração a corrente fluvial que passa naregião. O relevo de montante é, por conseguinte,aquele que está mais próximo das cabeceiras de umcurso d'água, enquanto o de jusante está maispróximo da foz" (Guerra, 1978).

MONUMENTOS ARQUEOLÓGICOS OU PRÉ-HISTÓRICOS"Jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidadeque apresentem testemunhos da cultura dos paleo-ameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montesartificiais ou tesos, poços sepulcrais, jazigos,aterrados, estearias e quaisquer outras nãoespecificadas aqui, mas de significado idêntico, ajuízo da autoridade competente" (Lei nº 3.924, de26.07.61).

1 A ABNT adotou em norma o termo

"monitoração" e a 2º edição de 1986 do DicionárioAurélio refere-se a "monitorização". Entretanto, éainda comum o emprego de "monitoragem" e"monitoramento" na legislação e na literaturatécnica.

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N

NÉCTON"Conjunto de organismos aquáticos que flutuamapenas graças aos próprios movimentos: peixes,moluscos, cetáceos" (Lemaire & Lemaire, 1975).

NERÍTICO"Zona de água do mar que cobre a plataformacontinental" (Odum, 1972)."Região nerítica é aquela que se estende desde azona intertidal até a isóbata de 200 metros (...)Sedimentação nerítica é o material relativamentegrosseiro, terrígeno, que se acumula junto à costa"(Guerra, 1978).

NICHO ECOLÓGICO"Inclui não apenas o espaço físico ocupado por umorganismo, mas também seu papel funcional nacomunidade (como, por exemplo, sua posição nacadeia trófica) e sua posição nos gradientesambientais de temperatura, umidade, pH, solo eoutras condições de existência... O nicho ecológicode um organismo depende não só de onde vive, mastambém do que faz (como transforma energia, comose comporta e reage ao meio físico e biótico e comoo transforma) e de como é coagido por outrasespécies" (Odum, 1972)."O lugar de uma espécie na comunidade, em relaçãoàs outras espécies, o papel que desempenha umorganismo no funcionamento de um sistema natural"(Goodland, 1975).(ver também HÁBITAT).

NITRIFICAÇÃO"Conversão de amônia em nitratos, por bactériasaeróbias, passando por nitritos como etapaintermediária" (ABNT, 1973)."Oxidação do nitrogênio orgânico e amoniacal(nitrogênio kjeldahl) presente nas águas poluídas,em nitrito por bactérias nitrosomonas e, em seguida,em nitratos por nitrobactérias" (Lemaire & Lemaire,1975).

NÍVEL TRÓFICO"Número de etapas que separam um organismo dosvegetais clorofilianos na cadeia alimentar" (Dajoz,1973)."Etapas, mais ou menos marcadas e estratificadas noespaço e no tempo, através das quais os processos deciclagem transformam os recursos de um estado paraoutro (por exemplo, do mineral ao vegetal e depoisao animal)" (Dansereau, 1978).

NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP)"De acordo com a teoria estatística, é o número que,com maior probabilidade que qualquer outro,fornece a estimativa do número de bactérias em umaamostra. Expresso com densidade de organismos por100 ml" (ABNT, 1973).

NUTRIENTES"Qualquer substância do meio ambiente utilizadapelos seres vivos, seja macro ou micronutriente, porexemplo, nitrato e fosfato do solo" (Goodland,1975)."Elementos ou compostos essenciais comomatéria-prima para o crescimento e desenvolvimentode organismos, como, por exemplo, o carbono ooxigênio, o nitrogênio e o fósforo" (The WorldBank, 1978)."São os compostos de NH3 e PO4 indispensáveispara o desenvolvimento de microorganismos, comoalgas, em sistema secundário de tratamento e suasdescargas nos rios e lagos" (Carvalho, 1981).

O

OCUPAÇÃO DO SOLO"Ação ou efeito de ocupar o solo, tomando possefísica do mesmo, para desenvolver uma determinadaatividade produtiva ou de qualquer índole,relacionada com a existência concreta de um gruposocial, no tempo e no espaço geográfico" (SAHOP,1978).

ÓLEOS E GRAXAS"Grupo de substâncias, incluindo gorduras, graxas,ácidos graxos livres, óleos minerais e outrosmateriais graxos" (Carvalho, 1981)."São substâncias compostas, primordialmente, desubstâncias gordurosas originárias dos despejos dascozinhas, de indústrias como matadouros efrigoríficos, extração em autoclaves, lavagem de lã,processamento do óleo, comestíveis ehidrocarbonetos de indústria de petróleo" (Braile,1983).

OLIGOTRÓFICO"Ambiente em que há pouca quantidade decompostos de elementos nutritivos de plantas eanimais. Especialmente usado para corpos d'água emque há pequeno suprimento de nutrientes e daí umapequena produção orgânica" (ACIESP, 1980)."Diz-se dos lagos que possuem um baixo teor desubstâncias nutrientes básicas para vegetais e ondefalta uma estratificação nítida no que diz respeito aooxigênio dissolvido, no verão e no inverno"(Carvalho, 1981).

ORGANOCLORADOS"Inseticidas organo-sintéticos, que contêm na suamolécula átomos de cloro, carbono e hidrogênio.Ex.: DDT, Aldrin e Dieldrin" (Batalha, 1987).

ORGANOFOSFORADOS"Pesticidas orgânicos sintéticos, contendo, na suamolécula, átomos de carbono, hidrogênio e fósforo.Ex.: Paration e Malation" (Batalha, 1987).

ORLA"São as linhas traçadas em planta, definidoras das

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margens de um curso d'água ou lagoa e dasrespectivas faixas marginais de servidão,determinadas nos Projetos de Alinhamento de Rio(PAR), Projetos de Alinhamento de Lagoa (PAL) eFaixas Marginais de Proteção (FMP)" (PortariaSERLA nº 67 de 26.07 77).

OXIDAÇÃOOxidação biológica ou bioquímica"Processo pelo qual bactérias e outrosmicroorganismos se alimentam de matéria orgânicae a decompõem. Dependem desse princípio aautodepuração dos cursos d'água e os processos detratamento por lodo ativado e por filtro biológico"(The World Bank, 1978)."Processo em que organismos vivos, em presença ounão de oxigênio, através da respiração aeróbia ouanaeróbia, convertem matéria orgânica contida naágua residuária em substâncias mais simples ou deforma mineral" (Carvalho, 1981).Oxidação total"É um processo de tratamento de águas residuáriasno qual os lodos biológicos produzidos sãotransformados por auto-oxidação" (Carvalho, 1981).

OXIGÊNIOOxigênio consumido"Quantidade de oxigênio necessário para oxidar amatéria orgânica e inorgânica numa determinadaamostra" (ACIESP, 1980).Oxigênio dissolvido (OD)"Oxigênio dissolvido em água, água residuária ououtro líquido, geralmente expresso em miligramaspor litro, partes por milhão ou percentagem desaturação" (ACIESP, 1980)."O oxigênio dissolvido é requerido para a respiraçãodos microorganismos aeróbios e de todas as outrasformas de vida aeróbias. O oxigênio só é fracamentedissolvido em água. A quantidade de oxigêniodissolvido depende de: (1) solubilidade do gás: (2)pressão parcial do gás na atmosfera; (3) temperatura;(4) grau de pureza (salinidade, sólidos em suspensãoetc.) da água. Como as reações bioquímicas queutilizam o oxigênio aumentam com o aumento datemperatura, os níveis de oxigênio dissolvidotendem a ser mais críticos no verão" (AmarílioPereira de Souza, informação pessoal, 1986).

P

PADRÕESEm sentido restrito, padrão é o nível ou grau dequalidade de um elemento (substância ou produto),que é próprio ou adequado a um determinadopropósito. Os padrões são estabelecidos pelasautoridades, como regra para medidas dequantidade, peso, extensão ou valor dos elementos.Na gestão ambiental, são de uso corrente os padrõesde qualidade ambiental e dos componentes do meioambiente, bem como os padrões de emissão de

poluentes. Assim, a DZ 302 - Usos Benéficos daÁgua - Definições e Conceitos Gerais(PRONOL/FEEMA) define padrões como os"limites quantitativos e qualitativos oficiais,regularmente estabelecidos".Padrões de balneabilidadeCondições limitantes estabelecidas para a qualidadedas águas doces, salobras e salinas destinadas àrecreação de contato primário (banho público). Ospadrões nacionais de balneabilidade foram baixadospelo CONAMA como parte da Resolução nº 20, de18.06.86.Padrões de desempenho"Tipo de padrão de efluentes que define uma medidade desempenho (por exemplo, o volume ou aconcentração de um poluente em um efluente, aporcentagem de remoção da poluição a seralcançada)"(Margulis & Bernstein, 1995).Padrões de efluentes (líquidos)"Padrões a serem obedecidos pelos lançamentosdiretos e indiretos de efluentes líquidos,provenientes de atividades poluidoras, em águasinteriores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas"(PRONOL/FEEMA NT 202).Padrões de emissão"Quantidade máxima de poluentes que se permitemlegalmente despejar no ar por uma única fonte, quermóvel ou fixa" (The World Bank, 1978).Padrões de potabilidade"São as quantidades limites que, com relação aosdiversos elementos, podem ser toleradas nas águasde abastecimento, quantidades essas fixadas, emgeral, por leis, decretos ou regulamentos regionais"(ABNT, 1973).Os padrões de potabilidade foram estabelecidos pelaPortaria Nº 56/Bsb de 14.03.77 e aperfeiçoados pelaPortaria nº 30 de 9.01.90, baixadas pelo Ministérioda Saúde, em cumprimento ao Decreto Nº 78.367,de 9.03.77.Padrões de processo"Limites de emissão de poluentes associados aprocessos industriais específicos" (Margulis &Bernstein, 1995).Padrões de produto"Limite legal estabelecido para a quantidade ou aconcentração total de poluentes que se podem lançarno ambiente, por unidade de produto (por exemplo,kg por 1,00 kg de produto). Este tipo de padrão podese referir também à proibição de se adicionar certassubstâncias aos produtos" (Margulis & Bernstein,1995).Padrões de qualidade da água"Plano para o controle da qualidade da água,contemplando quatro elementos principais: o uso daágua (recreação, abastecimento, preservação dospeixes e dos animais selvagens, industrial, agrícola);os critérios para a proteção desses usos; os planos detratamento (para o necessário melhoramento dossistemas de esgotamento urbano e industrial); e alegislação antipoluição para proteger a água de boa

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qualidade existente" (The World Bank, 1978)."Conjunto de parâmetros e respectivos limites, emrelação aos quais os resultados dos exames de umaamostra de água são comparados para se aquilatarsua qualidade para determinado fim" (Carvalho,1981).Os padrões nacionais de qualidade da água, segundoas diferentes classes, foram baixados peloCONAMA, na Resolução nº 20 de 28.06.86.(ver também CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS)Padrões de qualidade ambiental"Condições limitantes da qualidade ambiental,muitas vezes expressas em termos numéricos,usualmente estabelecidos por lei e sob jurisdiçãoespecífica, para a proteção da saúde e do bem-estardos homens" (Munn, 1979).Padrões de qualidade do ar"Os níveis de poluente prescritos para o ar exterior,que por lei não podem ser excedidos em um tempo euma área geográfica determinados" (The WorldBank, 1978)."É o limite do nível de poluentes do ar atmosféricoque legalmente não pode ser excedido, durante umtempo especifico, em uma área geográficaespecífica" (Braile, 1983).Os padrões nacionais de qualidade do ar fazem partedo PRONAR.(ver também CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DEQUALIDADE DO AR)Padrões primários de qualidade do ar"As concentrações de poluentes que, ultrapassadas,poderão afetar a saúde da população, podendo serentendidos como níveis máximos toleráveis deconcentração de poluentes atmosféricos,constituindo-se em metas de curto e médio prazo"(PRONAR: Resolução nº 05, de 15.06.89, doCONAMA).Padrões secundários de qualidade do ar""As concentrações de poluentes atmosféricosabaixo das quais se prevê o mínimo efeito adversosobre o bem-estar da população, assim como omínimo dano à fauna e flora, aos materiais e meioambiente em geral, podendo ser entendidos comoníveis desejados de concentração de poluentes,constituindo-se em metas de longo prazo"(PRONAR: Resolução nº 05, de 15.06.89, doCONAMA).

PAISAGEM"É o território em seu contexto histórico, amanifestação sintética das condições ecircunstâncias geológicas e fisiográficas queocorrem em uma região (país), o agregado de todasas características que, em interação, aparecem emum território" (Diccionario de la Naturaleza, 1987).Paisagem cultural ou antrópicaPaisagem resultante de intervenção antrópica, querdizer, paisagem natural modificada por açãohumana.Paisagem naturalPaisagem resultante da interação dos fatores físicos e

bióticos do meio ambiente, sem que tenha sidotransformada sensivelmente pelas atividadeshumanas.

PÂNTANO"Terreno plano, constituindo baixadas inundadas,junto aos rios" (Guerra, 1978)."Terras baixas, inundadas na estação chuvosa e, emgeral, constantemente encharcadas" (DNAEE,1976)."Em estudos de vegetação, área com solopermanentemente coberto de alguns centímetros deágua ou com lençol freático dentro de algunscentímetros abaixo da superfície e o soloencharcado, e que sustenta plantas lenhosas(fisionomia de savana, escrube, arvoredo oufloresta)" (ACIESP, 1980).

PARÂMETRO"Um termo constante de uma equação algébrica. Porexemplo, na relação y = 3 x + 2, os números 2 e 3são parâmetros" (Bannock et alii, 1977)."É um valor qualquer de uma variável independentereferente a um elemento ou atributo que confirasituação qualitativa e/ou quantitativa de determinadapropriedade de corpos físicos a caracterizar. Osparâmetros podem servir como indicadores paraesclarecer a situação de determinado corpo físicoquanto a uma certa propriedade"(FEEMA/PRONOL DZ 302)."Valor ou quantidade que caracteriza ou descreveuma população estatística. Nos sistemas ecológicos,medida ou estimativa quantificável do valor de umatributo de um componente do sistema" (Diccionariode la Naturaleza, 1987).

PARTÍCULAS"Partículas sólidas ou líquidas finamente divididasno ar ou em uma fonte de emissão. Os particuladosincluem poeiras, fumos, nevoeiro, aspersão ecerração" (Braile, 1983).

PELÁGICO"Termo que se utiliza, de modo geral, para incluir oplâncton, o nécton e o nêuston; ou o conjunto davida em alto-mar" (Odum, 1972)."Depósito marinho, formado em grandesprofundidades oceânicas e, conseqüentemente, agrande distância das bordas continentais; essesdepósitos são constituídos de argilas finas ecarapaças de organismos que foram transportadaspelas correntes marinhas (Guerra, 1978)."Diz-se dos organismos próprios do alto-mar, quenão se encontram fixados ao fundo e que possuemmeios próprios de locomoção que lhes permitamrealizar deslocações voluntárias" (Carvalho, 1981).

PERCOLAÇÃO"Movimento de penetração da água, no solo esubsolo. Este movimento geralmente é lento e vaidar origem ao lençol freático (Guerra, 1978)."Movimento da água através de interstícios de umasubstância, como através do solo" (Carvalho, 1981).

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"Movimento de água através dos poros ou fissurasde um solo ou rocha, sob pressão hidrodinâmica,exceto quando o movimento ocorre através deaberturas amplas, tais como covas" (ACIESP, 1980).

PESTICIDAQualquer substância tóxica usada para matar animaisou plantas que causam danos econômicos àscolheitas ou às plantas ornamentais, ou que sãoperigosos à saúde dos animais domésticos e dohomem. Todos os pesticidas interferem no processometabólico normal dos organismos (pestes). São,muitas vezes, classificados de acordo com o tipo deorganismo que combatem."Agente usado para controlar pestes. Inclui: osinseticidas para uso contra insetos nocivos; osherbicidas para controle de ervas daninhas; osfungicidas para controle de doenças vegetais; osrodenticidas para controle de roedores; osgermicidas usados na desinfecção de produtos; osalgicidas etc. Alguns pesticidas podem contaminar aágua, o ar e o solo e se acumular no homem, nosanimais e no ambiente, particularmente se malusados (The World Bank, 1978)."Agente químico destinado a combater as pestes etambém chamado impropriamente biocida, poisbiocida significa corretamente matador da vida(esterilizante). Pode ser inorgânico, como o flúor,orgânico como o DDT e vegetal, como a rotenona"(Carvalho, 1981).

pHEm química, escala numérica que dá a medidaquantitativa da acidez ou basicidade (alcalinidade)de uma solução líquida."A medida da acidez ou alcalinidade de um materiallíquido ou sólido. É representado em uma escala dezero a 14 com o valor 7 representando o estadoneutro, o valor zero o mais ácido e o valor 14 o maisalcalino" (The Work Bank, 1978)."É o logaritmo do inverso da concentraçãohidrogênica e por este motivo o índice deácido-alcalinidade da água ou de outro líquido, ouaté mesmo dos solos. As águas chamadas duras tempH alto (maior que 7) e as brandas, baixo (menorque 7)" (Carvalho, 1981)."A concentração de ion-hidrogênio é um importanteparâmetro tanto das águas naturais como das águasservidas, pois a existência de grande parte da vidabiológica só é possível dentro de estreitos limites davariação desse parâmetro. Águas servidas comconcentração adversa de ion-hidrogênio são difíceisde tratar por meios biológicos e, se não houvermodificação de pH antes do lançamento em águasnaturais, os efluentes certamente alterarão essaságuas naturais" (Amarílio Pereira de Souza,informação pessoal, 1986).

PLÂNCTON"Organismos comumente microscópicos: os vegetais(fitoplâncton, por exemplo, algas e bactérias) ouanimais (zooplâncton, por exemplo, Crustacea,

Rotatória) que flutuam na zona superficial iluminadada água marinha ou lacustre, fonte principal dealimento dos animais marinhos" (Goodland, 1975)."Conjunto de organismos que vivem na água e que,apesar de possuírem movimentos próprios, sãoincapazes de vencer correntezas, sendo arrastadospassivamente" (ACIESP, 1980).

PLANO NACIONAL DE GERENCIAMENTOCOSTEIRO (PNGC)Plano instituído pela Lei nº 7.661, de 16.05.88,como parte integrante da Política Nacional do MeioAmbiente e da Política Nacional para os Recursos doMar, com o objetivo principal de "orientar autilização racional dos recursos na Zona Costeira, deforma a contribuir para elevar a qualidade de vida desua população, e a proteção do seu patrimônionatural, histórico, étnico e cultural" (artigo 2º dareferida lei).

PLUVIÓGRAFO"Instrumento que contem um dispositivo pararegistrar continuamente as alturas de chuvas duranteum período" (DNAEE, 1976).

PONTAL"Língua de areia e seixos de baixa altura, disposta demodo paralelo, oblíquo ou mesmo perpendicular àcosta e que se prolonga, algumas vezes, sob aságuas, em forma de banco. No primeiro caso, podeser considerado uma restinga" (Guerra, 1978).

PRAIA"Zona à beira mar ou ao longo de vasta extensão deágua constituída por sedimentos não consolidados,areias movediças ou diversos materiais trazidospelas vagas" (ACIESP, 1980)." Faixa da região litorânea coberta por sedimentosarenosos ou rudáceos, compreendida desde a linhade baixa-mar até o local em que se configura umamudança fisiográfica" (Mendes, 1984).

PRESERVAÇÃOAção de proteger, contra a modificação e qualquerforma de dano ou degradação, um ecossistema, umaárea geográfica definida ou espécies animais evegetais ameaçadas de extinção, adotando-se asmedidas preventivas legalmente necessárias e asmedidas de vigilância adequadas."Prevenção de ações futuras que possam afetar umecossistema" (USDT, 1980).

PROCESSONo âmbito dos estudos ambientais, é o "mecanismoou modo de ação mediante o qual se produzqualquer classe de alteração nas características ouqualidades de um componente de um sistemaambiental. Os processos são os responsáveis peladinâmica dos sistemas, ao influir e controlar asformas de interação dos componentes e determinarsua funcionalidade global." (Diccionario de laNaturaleza, 1987).Processo alotrófico

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"Processo que envolve o influxo de matéria orgânicaem um determinado sistema. Assim, há quatro tiposde lago: distrófico, que tem grande quantidade dematéria orgânica relativa à produção autotrófica;oligotrófico e mixotrófico, caracterizados porpequenas e médias quantidades de produção einfluxo de matéria orgânica total, respectivamente;eutrófico, caracterizado por grandes quantidades deprodução de material orgânico" (Warner & Preston,1974).

PRODUTIVIDADEEm economiaRelação entre a produção de uma unidadeeconômica e os recursos necessários para obtê-la."Produto de uma unidade de um fator de produçãoem um período determinado" (Seldon & Pennance,1977).Em ecologiaRelação entre a produção de um ecossistema, emdeterminado período, e o conjunto dos fatores quepara ela concorreram."Medida da quantidade de energia (ou biomassa)produzida por um grupo biótico, num período detempo específico" (USDT, 1980).Produtividade básica"Produtividade básica de um ecossistema, umacomunidade ou parte dela se define como avelocidade em que se armazena a energia pelaatividade fotossintética ou quimiossintética deorganismos produtores (principalmente as plantasverdes) em forma de substâncias orgânicassuscetíveis de serem utilizadas como materialalimentício" (Odum, 1972).Produtividade bruta"É a quantidade de matéria viva produzida durante aunidade de tempo, por um nível trófico determinadoou por um de seus constituintes" (Dajoz, 1973).Produtividade líquida"Em uma comunidade, é a proporção de matériaorgânica não utilizada pelos consumidores,armazenada pelos produtores durante um dadoperíodo de tempo" (Diccionario de la Naturaleza,1987)."Corresponde à produtividade bruta menos aquantidade de matéria viva degradada porfenômenos respiratórios" (Dajoz, 1973).Produtividade do solo"Capacidade de um solo, no seu ambiente natural,produzir uma determinada planta ou seqüência deplantas, sob determinado sistema de manejo"(ACIESP, 1980).

PRONOL (COMISSÃO PERMANENTE DENORMALIZAÇÃO TÉCNICA)Criado em dezembro de 1975, na FEEMA, com onome de Projeto Especial de Normalização para oLicenciamento, o PRONOL constitui um grupo detrabalho interdisciplinar, integrado porrepresentantes dos departamentos e de unidades daPresidência, que se reunem semanalmente. Em sua

primeira fase, o PRONOL foi responsável pelaelaboração dos projetos de normas técnicas eadministrativas necessárias ao funcionamento egerenciamento inicial do Sistema de Licenciamentode Atividades Poluidoras (SLAP). Em fevereiro de1979, recebeu a atual denominação, mantendo-se asigla, dedicando-se a prosseguir, em basespermanentes, a complementação modular dalegislação ambiental do Estado do Rio de Janeiro.Os documentos normativos que tramitam peloPRONOL classificam-se nos seguintes tipos:. Relatório Técnico (RT) - destina-se à

apresentação de arrazoados ou estudos técnicos.. Norma Técnica (NT) - destina-se à

apresentação de ordenações técnicas pararegulamentar uma determinada atividadeessencialmente técnica, seguindo disposiçõesgerais da ABNT.

. Justificativa de Norma (JN) - destina-seexclusivamente a apresentar, para cada normatécnica, justificativa clara de suas disposições.

. Norma Administrativa (NA) - destina-se aapresentação de ordenações administrativas aserem cumpridas pela FEEMA, ou pelopúblico, em campo de atividade não técnica.

. Ata (AT) - destina-se a reproduzir fielmente osassuntos relevantes, devidamente editados.

. Método da FEEMA (MF) - serve paradescrever a série de operações, processos,utilização de equipamento ou o uso de materiaisnecessários a uma atividade que leve a dadosou valores cuja precisão de medida éimportante para a comparação com outrosdados disponíveis.

. Diretriz (DZ) - documento contendo ordenaçãodisciplinadora da utilização do meio ambiente.Difere da norma técnica por não exigirjustificativa.

. Instrução Técnica (IT) - apresenta ordenaçõespuramente administrativas, necessárias àformulação final do Regulamento deLicenciamento.

. Exposição de Motivos (EM) - paraencaminhamento dos diversos documentos,sempre que necessários, para justificar umadecisão do PRONOL.

. Documentos Gerais (DG) - transcrição dedocumentos oficiais que a FEEMA estejaobrigada a observar quando da aplicação doSLAP.

. Manual de Procedimento ou Manual Técnico(MN) - engloba as descrições das práticas detrabalho ou dados técnicos utilizados pelaFEEMA.

PUTREFAÇÃO"Decomposição biológica de matéria orgânica, comformação de cheiro desagradável, associada acondições anaeróbias" (ABNT, 1973).

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Q

QUALIDADE DA ÁGUA"Características químicas, físicas e biológicas,relacionadas com o seu uso para um determinadofim. A mesma água pode ser de boa qualidade paraum determinado fim e de má qualidade para outro,dependendo de suas características e das exigênciasrequeridas pelo uso específico" (Carvalho, 1981).

QUALIDADE AMBIENTAL"Os juízos de valor adjudicados ao estado oucondição do meio ambiente, no qual o estado serefere aos valores (não necessariamente numéricos)adotados em uma situação e um momento dados,pelas variáveis ou componentes do ambiente queexercem uma influência maior sobre a qualidade devida presente e futura dos membros de um sistemahumano" (Gallopin, 1981)."O estado do meio ambiente como objetivamentepercebido, em termos de medição de seuscomponentes, ou subjetivamente, em termos deatributos tais como beleza e valor" (Munn, 1979)."É o estado do ar, da água, do solo e dosecossistemas, em relação aos efeitos da açãohumana" (Horberry, 1984).

R

RECURSOS"Todo fator passível de consumo pelos organismosde uma população e que leva ao incremento docrescimento e da aptidão" (Forattini, 1992).Recursos ambientais"A atmosfera, as águas interiores, superficiais esubterrâneas e os estuários, o mar territorial, o solo,o subsolo e os elementos da biosfera" (Lei nº 6.938,de 31.08.81)."Os elementos naturais bióticos e abióticos de quedispõe o homem, para satisfazer suas necessidadeseconômicas, sociais e culturais" (Lei nº 33, de27.12.80 - República de Cuba).Recursos ambientais compartilhadosDiz-se dos recursos ambientais ou sistemasambientais direta ou indiretamente utilizados pormais de um país. As bacias hidrográficas queabrangem territórios além de um único país, osmares interiores, as baías e golfos, algumas baciasaéreas nessa situação são exemplos de recursoscompartilhados.Recursos florestais"Os recursos florestais são constituídos por todos osatributos valiosos da zonas florestais que ocasionemtrocas mercantis ou que possuam valor para osinteresses humanos" (Diccionario de la Naturaleza,1987).Recursos hídricos"Numa determinada região ou bacia, a quantidade de

águas superficiais ou subterrâneas, disponíveis paraqualquer uso" (DNAEE, 1976).Recursos minerais"As concentrações minerais na crosta terrestre cujascaracterísticas fazem com que sua extração seja oupossa chegar a ser técnica e economicamentefactível" (Diccionario de la Naturaleza, 1987).Recursos naturais"São os mais variados meios de subsistência que aspessoas obtêm diretamente da natureza" (SAHOP,1978)."O patrimônio nacional nas suas várias partes, tantoos recursos não renováveis, como jazidas minerais, eos renováveis, como florestas e meio de produção"(Carvalho, 1981).Recursos naturais renováveis"Um recurso natural é renovável quando, uma vezaproveitado em um determinado lugar e num dadotempo, é suscetível de ser aproveitado neste mesmolugar, ao cabo de um período de temporelativamente curto" (Diccionario de la Naturaleza,1987).Recursos naturais exauríveis ou não renováveis"Aqueles sobre os quais toda exploração trazconsigo, inevitavelmente, sua irreversíveldiminuição" (Diccionario de la Naturaleza, 1987).

REDE ALIMENTAR OU TRÓFICA, TEIAALIMENTAR"O conjunto de relações alimentares existentes entreas espécies de uma comunidade biológica e quereflete o sentido do fluxo de matéria e energia queatravessa o ecossistema" (Diccionario de laNaturaleza, 1987)."É o conjunto formado por várias cadeias tróficasque, por força de suas estruturas, naturezas edisposições no ecossistema, se sobrepõem e seinterligam parcialmente, apresentando-se como umatrama sem início nem fim, em razão de suacomplicada aparência, imposta pelas relações entreseus níveis tróficos" (Carvalho, 1981).

REDE DE DRENAGEM"Disposição dos canais naturais de drenagem de umacerta área" (DNAEE, 1976)."É o traçado produzido pelas águas de escorrênciaque modelam a topografia" (Guerra, 1978).

REGIÃOPorção de território contínua e homogênea emrelação a determinados critérios, pelos quais sedistingue das regiões vizinhas. As regiões têm seuslimites estabelecidos pela coerência ehomogeneidade de determinados fatores, enquantouma área tem limites arbitrados de acordo com asconveniências.Região árida"Aquela onde a precipitação é escassa ou nula.Também se diz das zonas onde a evaporação ésuperior às precipitações" (Guerra, 1976).Região industrial"Área geográfica reservada ao uso industrial, sem

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que necessariamente tenha uma estrutura natural derecursos que propicie o desenvolvimento industrial"(CODIN, s/data).

REGIME"Em climatologia, termo usado para caracterizar adistribuição sazonal de um ou mais elementos emum dado lugar" (ACIESP, 1980).Regime hidrográfico ou fluvial"É a variação de nível das águas do rio, durante oano. O escoamento depende do clima, daí aexistência de: rios de regime nival ou glaciário,aqueles que recebem água devido ao derretimentodas neves ou geleiras, quando termina o inverno;(rios de) regime pluvial, os que são alimentadospelas águas das chuvas, coincidindo as grandescheias com a estação chuvosa" (Guerra, 1978).Regime hidrológico"Comportamento do leito de um curso d'águadurante um certo período, levando em conta osseguintes fatores: descarga sólida e líquida, largura,profundidade, declividade, forma dos meandros e aprogressão do momento da barra, etc." (DNAEE,1976).

RESÍDUOS SÓLIDOS"Material inútil, indesejável ou descartado, cujacomposição ou quantidade de líquido não permitaque escoe livremente: (1) resíduos sólidos agrícolas -resíduos sólidos resultantes da criação e abate deanimais e do processamento da produção dasplantações e cultivos; (2) resíduos sólidoscomerciais - gerados por lojas, escritórios e outrasatividades que, ao final, não apresentam um produto;(3) resíduos sólidos industriais - resultantes dosprocessos industriais e das manufaturas; (4) resíduossólidos institucionais - originados dos serviços desaúde, educação, pesquisa e outros; (5) resíduossólidos municipais - resíduos residenciais ecomerciais gerados pela comunidade (do município);(6) resíduos sólidos de pesticidas - os resíduos damanufatura, do manuseio e do uso de substânciasquímicas para matar pestes, animais e vegetais; (7)resíduos sólidos residenciais - resíduos quenormalmente se originam no interior das residências,algumas vezes chamados resíduos sólidosdomésticos" (The World Bank, 1978)."Resíduos nos estados sólido e semi-sólido queresultam de atividades da comunidade, de origem:industrial, comercial, doméstica, hospitalar, agrícola,de serviços e de varrição. Ficam incluídas nestadefinição os lodos provenientes dos sistemas detratamento de água, aqueles gerados emequipamentos de controle da poluição, bem comodeterminados líquidos cujas particularidades torneminviáveis seus lançamento na rede pública de esgotosou corpos d'água, ou exijam para isso soluçõestécnica e economicamente inviáveis, em face àmelhor tecnologia disponível" (Resolução nº 5, de5.08.93, do CONAMA).Resíduos sólidos hospitalares

Resíduos em estado sólido e semi-sólido quecontenham material orgânico e inorgânicoproveniente de ambulatórios, centros de assistência,clínicas, centros cirúrgicos e outras atividadesmédicas.Resíduos sólidos urbanos"São os resíduos sólidos e semi-sólidos gerados numaglomerado urbano, excetuados os resíduosindustriais, os hospitalares, sépticos e aquelesadvindos de aeroportos e portos"(FEEMA/PRONOL DZ 1311).

RESILIÊNCIA, RESILIENTEEm Física, resiliência é a capacidade de um corporecuperar sua forma e seu tamanho original, após sersubmetido a uma tensão que não ultrapasse o limitede sua elasticidade. Em ecologia, este conceitoaplica-se à capacidade de um ecossistema retornar aseu estado de equilíbrio dinâmico, após sofrer umaalteração ou agressão. Adjetivo: resiliente."É a medida da capacidade de os sistemasecológicos absorverem alterações de suas variáveisde estado ou operacionais e de seus parâmetros e,ainda assim, persistirem. A resiliência determina apersistência das relações internas do sistema"(Holling, 1973)."É a medida da capacidade de um ecossistemaabsorver tensões ambientais sem mudar seu estadoecológico, perceptivelmente, para um estadodiferente" (Zedler & Cooper, 1980)."A capacidade de um sistema (ecológico,econômico, social) para absorver as tensões criadaspor perturbações externas, sem que se altere"(Munn, 1979).

RESSURGÊNCIAEm hidrologia"Reaparição, ao ar livre, ao fim de um percursosubterrâneo, de um curso de água superficialdesaparecido a montante" (DNAEE, 1976).Em geologia"Fonte de água que aparece em terrenos calcários,sendo também chamada de fonte voclusiana(Vaucluse, na França). Estas fontes sãocaracterizadas pela grande abundância de água e,também, pela intermitência. Na maioria dos casos,não passam de antigos cursos d'água sumidos, queressurgem" (Guerra, 1978).Em oceanografia"É um fenômeno que tem lugar quando as águas daplataforma continental, tocadas pelo vento corrempara o mar alto. Imediatamente percorre o talude, debaixo para cima, uma corrente marítima que vemsubstituir as águas da plataforma, trazendo nutrientesdas profundezas para as águas de superfície. Nestahora, aparece o fitoplâncton seguido do zooplânctone logo após o pescado (...) numa água rica denutrientes, onde ato contínuo as cadeias tróficassurgem organizadas, garantindo a continuação dafertilidade ali. Estas áreas, onde a ressurgência semanifesta, são conhecidas pelos oceanógrafos como

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"oásis do mar'" (Carvalho, 1981).

RESTINGA"São acumulações arenosas litorâneas, de formageralmente alongada e paralelas à linha da costaproduzidas pelo empilhamento de sedimentostransportados pelo mar. Ocasionalmente, poracumulação eólica, podem ter maior altura"(Proposta de decreto de regulamentação da Lei nº690, de O1.12.83, FEEMA, 1984)."Faixa de areia depositada paralelamente ao litoralgraças ao dinamismo destrutivo e construtivo daságuas oceânicas. Do ponto de vista geomorfológico,o litoral de restinga possui aspectos típicos, taiscomo: faixas paralelas de depósitos sucessivos deareia, lagoas resultantes do represamento de antigasbacias, pequeninas lagoas formadas entre asdiferentes flechas de areia, dunas resultantes dotrabalho do vento sobre a areia da restinga, formaçãode barras obliterando a foz de alguns rios etc."(Guerra, 1978)."Acumulação arenosa litorânea, paralela à linha dacosta, de forma geralmente alongada, produzida porsedimentos transportados pelo mar, onde seencontram associações vegetais mistascaracterísticas, comumente conhecidas como'vegetação de restinga' " (Resolução nº 004, de18.09.85, do CONAMA).

REVERSIBILIDADEPropriedade que possuem certos fatores ou sistemasambientais afetados por uma ação humana, dereverterem, após um certo tempo, a seus estados dequalidade iniciais, cessada a referida ação.

ROCHA MATRIZ, ROCHA MÃE"É aquela em que os elementos originais ouprimitivos não sofreram transformações motivadaspela meteorização" (Guerra, 1978)."Rocha inalterada, não decomposta, o últimohorizonte do perfil do solo, o horizonte 'C' que dáorigem aos solos" (Carvalho, 1981).

RUPESTREGravado, traçado ou desenvolvido sobre rocha.Em biologia,"Diz-se do vegetal que cresce sobre rochedos" (Ferriet alii, 1981).

S

SALINIDADE"Medida de concentração de sais mineraisdissolvidos na água" (Carvalho, 1981).

SALINAÇÃO, SALINIZAÇÃO"Incremento do conteúdo salino da água, dos solos,sedimentos etc. A salinização pode originarmudanças drásticas no papel ecológico e no uso detais recursos, impedindo ou favorecendo a existênciade certos seres vivos, a obtenção de colheitas etc."

(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

SAMBAQUIS"São monumentos arqueológicos compostos deacúmulo de moluscos marinhos, fluviais outerrestres, feitos pelos índios. Nesses jazigos deconchas se encontram, correntemente, ossoshumanos, objetos líticos e peças de cerâmica"(Guerra, 1978).

SANEAMENTO"O controle de todos os fatores do meio físico dohomem que exercem efeito deletério sobre seubem-estar físico, mental ou social" (OrganizaçãoMundial da Saúde, apud ACIESP, 1980).Saneamento ambiental"Conjunto de ações que tendem a conservar emelhorar as condições do meio ambiente embenefício da saúde (SAHOP, 1978)."É a aplicação dos princípios da Engenharia, daMedicina, da Biologia e da Física no controle doambiente, com aquelas modificações originárias daproteção e das medidas porventura desejáveis ounecessárias para instituir as condições ótimas desaúde e bem-estar" (Carvalho, 1981)."O conjunto de ações, serviços e obras que têm porobjetivo alcançar níveis crescentes de salubridadeambiental, por meio do abastecimento de águapotável, coleta e disposição sanitária de resíduoslíquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplinasanitária do uso e ocupação do solo, drenagemurbana, controle de vetores de doençastransmissíveis e demais serviços e obrasespecializados" (Lei º 7.750, de 13.03.92)Saneamento básico"É a solução dos problemas relacionadosestritamente com abastecimento de água edisposição dos esgotos de uma comunidade. Háquem defenda a inclusão do lixo e outros problemasque terminarão por tornar sem sentido o vocábulo'básico' do título do verbete" (Carvalho, 1981)."As ações, serviços e obras considerados prioritáriosem programas de saúde pública, notadamente oabastecimento público de água e a coleta e otratamento de esgotos" (Lei nº 7.750, de 31.03.92)

SEDIMENTAÇÃOEm geologia"Processo pelo qual se verifica a deposição desedimentos ou de substâncias que poderão vir a sermineralizados. Os depósitos sedimentares sãoresultantes da desagregação ou mesmo dadecomposição de rochas primitivas. Esses depósitospodem ser de origem fluvial, marinha, glaciária,eólia, lacustre, etc." (Guerra, 1978).Em engenharia sanitária"Em tratamento de despejos líquidos, a deposição desólidos pela ação da gravidade" (The World Bank,1978)."Processo de deposição, pela ação da gravidade, dematerial suspenso, levado pela água, água residuáriaou outros líquidos. É obtido normalmente pela

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redução da velocidade do líquido abaixo do ponto apartir do qual pode transportar o material suspenso.Também chamada decantação ou clarificação"(Carvalho, 1981).

SENSIBILIDADEPropriedade de reagir que possuem os sistemasambientais e os ecossistemas, alterando o seu estadode qualidade, quando afetados por uma açãohumana.

SENSORIAMENTO REMOTOA técnica que utiliza sensores na captação e registroda energia refletida ou emitida por superfícies ouobjetos da esfera terrestre ou de outros astros"(Oliveira, 1993).

SETORES ECONÔMICOSSetor primário"O setor primário (ou agricultura em geral) abrangea agricultura em sentido restrito (isto é, a lavoura), apecuária, a caça, a pesca, a extração de minerais e demadeira - ou seja, todas as atividades de exploraçãodireta dos recursos naturais de origem vegetal,animal e mineral" (Miglioli et alii, 1977).Setor secundário"O setor secundário (ou indústria em geral)compreende todas as atividades de transformação debens e divide-se em três subsetores: a indústria daconstrução civil, a indústria de serviços públicos(geração e distribuição de energia elétrica,beneficiamento e distribuição de água à população,produção e distribuição de gás encanado) e aindústria manufatureira, também chamada deindústria de transformação, o que é umaredundância, visto toda indústria implicar umatransformação de produtos)" (Miglioli et alii, 1977).Setor terciário"O setor terciário (ou de serviços em geral) se referea todas as demais atividades econômicas que secaracterizam por não produzirem bens materiais esim prestarem serviços" (Miglioli et alii, 1977).

SILTE"Grãos que entram na formação de um solo ou deuma rocha sedimentar, cujos diâmetros variam entre0,02mm e 0,002mm. Outros consideram os seguintesdiâmetros: 0,05mm a 0,005mm" (Guerra, 1978)."Limo, matéria telúrica fina, transportada pela águae depositada na forma de um sedimento" (Carvalho,1981).

SIMULAÇÃO"Processo de elaborar modelos de sistema real e deconduzir experimentos, com a finalidade decompreender o comportamento do sistema ou deavaliar as possíveis estratégias para operação dosistema" (Forattini, 1992).

SINERGIA, SINERGISMOFenômeno químico no qual o efeito obtido pela açãocombinada de duas substâncias químicas diferentes émaior do que a soma dos efeitos individuais dessas

mesmas substâncias. Este fenômeno pode serobservado nos efeitos do lançamento de diferentespoluentes num mesmo corpo d'água."Reações químicas nas quais o efeito total da açãorecíproca é superior à soma dos efeitos de cadasubstância separadamente" (Odum, 1972).

SINÉRGICO"É o que tem a capacidade de agir em sinergia ouação cooperativa de agentes discretos, tais que oefeito total é maior que a soma dos efeitos tomadosindependentemente" (USAID, 1980)."Nas interações sinérgicas, o perigo resultante dacombinação de dois poluentes é superior à soma detodos os riscos que um único deles pode representarindividualmente" (Ehrlich & Ehrlich, 1974).

SISTEMAConjunto de elementos unidos por alguma forma deinteração ou interdependência."Conjunto de partes que se integram direta ouindiretamente de maneira que uma alteração emqualquer dessas partes afeta as demais. A interaçãopode ser de natureza causal ou lógica, segundo osistema seja material ou conceitual" (SAHOP,1978)."É o conjunto de fenômenos que se processammediante fluxos de matéria e energia. Esses fluxosoriginam relações de dependência mútua entre osfenômenos. Como conseqüência, o sistema apresentapropriedades que lhe são inerentes e diferem dasoma das propriedades dos seus componentes. Umadelas é ter dinâmica própria, especifica do sistema"(Tricart, 1977).Sistema de abastecimento de água"Conjunto de canalizações reservatórios e estaçõeselevatórias destinado ao abastecimento de água(Carvalho, 1981).Sistema ambientalNos estudos ambientais, a tendência mais recente éanalisar o meio ambiente como um sistema, osistema ambiental, definido como os processos einterações do conjunto de elementos e fatores que ocompõem, incluindo-se, além dos elementos físicos,bióticos e socioeconômicos, os fatores políticos einstitucionais. O sistema ambiental, para efeito deestudo, pode ser subdividido sucessivamente emsubsistemas, setores, subsetores, fatores,componentes ou elementos, existindo variações denomenclatura e método de classificação, segundo aconcepção de cada autor. Alguns consideram doissubsistemas: o geobiofísico e o antrópico ousocioeconômico, separando, assim, o meio físico e omeio biológico do meio cultural. Outros adotam trêssubsistemas: o físico, o biótico e o antrópico.Sistema de esgotos"É o conjunto de dispositivos e equipamentosempregados para coletar e transportar a um localadequado as águas servidas, assim como as águasexcedentes da superfície ou do subsolo. No primeirocaso, temos os esgotos sanitários, em cujo sistema se

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inclui o tratamento da água poluída, de modo aevitar a contaminação do meio pelos germes nelacontidos. Os sistemas para afastamento das águas desuperfície são os esgotos pluviais, que podemtambém receber águas oriundas do subsolo. Muitasvezes, o sistema de esgotos serve, pelo menos emparte, para a condução simultânea das águaspoluídas e das águas pluviais. Os sistemascombinados ou unitários reúnem e transportam emconjunto os despejos domiciliares, industriais e aságuas pluviais e de qualquer origem. Dos sistemasseparadores, há um que conduz os despejossanitários (domiciliares e industriais) e outrodestinado as águas de superfície e subsolo" (IES,1972)."Designa coletivamente todas as unidadesnecessárias ao funcionamento de um sistema decoleta, transporte, tratamento e disposição final dosesgotos de uma área ou de uma comunidade"(Carvalho, 1981).

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA(SIG)geographic information systems (GIS)système d'information geographiquesistemas de información geográfica (SIG)São métodos gráficos para organizar, mapear eprocessar a informação sobre o meio ambiente deuma área, e prepará-la para a análise das interaçõesdas variáveis bióticas, abióticas, sociais eeconômicas."Sistemas de computação e procedimentosconcebidos para apoiar o registro, a gestão, amanipulação, a análise (...), assim como disporespacialmente dados de referência para tratarproblemas complexos de planejamento e gestão"(U.S. Federal Committee on Digital Cartographyapud The World Bank, 1993).

SÓLIDOSSólidos decantáveis"São os sólidos separáveis em um dispositivo paradecantação denominado cone de Imhoff durante oprazo de 60 minutos ou 120 minutos" (AmarílioPereira de Souza, informação pessoal, 1986).Sólidos filtráveis"Ou matéria sólida dissolvida são aqueles queatravessam um filtro que possa reter sólidos dediâmetro maior ou igual a 1 mícron (AmarílioPereira de Souza, informação pessoal, 1986).Sólidos fixos"São os não voláteis" (Amarílio Pereira de Souza,informação pessoal, 1986).Sólidos flutuantes, matéria flutuante"Gorduras, sólidos, líquidos e escuma removíveis dasuperfície de um líquido" (ABNT, 1973).Sólidos suspensos, sólidos em suspensão"Pequenas partículas de poluentes sólidos nosdespejos, que contribuem para a turbidez e queresistem à separação por meios convencionais..."(The World Bank, 1978).

"São aqueles que não atravessam o filtro que ossepara dos sólidos filtráveis" (Amarílio Pereira deSouza, informação pessoal, 1986).Sólidos totais"A quantidade total de sólidos presente em umefluente, tanto em solução quanto em suspensão"(Lund, 1971)."Analiticamente, os sólidos totais contidos nosesgotos são definidos como a matéria que permanececomo resíduo depois da evaporação à temperaturacompreendida entre 103ºC e 105ºC" (AmarílioPereira de Souza, informação pessoal, 1986).Sólidos voláteis"São aqueles que se volatilizam a uma temperaturade 600ºC" (Amarílio Pereira de Souza, informaçãopessoal, 1986).(ver também MATÉRIA)

SOLOPode-se definir solo segundo três diferentesacepções. A primeira diz respeito à "partedesintegrada da camada superficial da crostaterrestre, constituída de material incoerente, ou defraca coerência, como, por exemplo, cascalho, areia,argila, silte, ou qualquer mistura desses materiais"(DNAEE, 1976) ou "a parte superior do regolito, istoé, a camada que vai da superfície até a rochaconsolidada" (Margaleff, 1980). Solo pode aindasignificar "terra, território, superfície consideradaem função de suas qualidades produtivas e suaspossibilidades de uso, exploração ouaproveitamento"(SAHOP, 1978), conceito esteusado em economia, planejamento regional, urbanoe territorial.Em pedologia e ecologia:"O material terrestre alterado por agentes físicos,químicos e biológicos e que serve de base para asraízes das plantas" (DNAEE, 1976)."A camada superficial de terra arável, possuidora devida microbiana" (Guerra, 1978)."A camada da superfície da crosta terrestre capaz deabrigar raízes de plantas, representando, pois, osubstrato para a vegetação terrestre" (Margaleff,1980)."O resultado líquido da ação do clima e dosorganismos, especialmente da vegetação, sobre omaterial original da superfície da Terra (...) secompõe de um material originário do substratogeológico ou mineral subjacente e de um incrementoorgânico em que os organismos e seus produtos seentremisturam com as partículas finamente divididasdesse material" (Odum, 1972).

SOPÉ (ver FALDA)

SUBSTANCIAS CONSERVATIVASAquelas que não se modificam por reação químicaou biológica na água natural.

SUCESSÃO"Processo de substituição de uma comunidade poroutra, conseqüente à modificação do ambiente e ao

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desequilíbrio que pode ocorrer, uma vez atingido onível de saturação" (Forattini, 1992).Sucessão ecológicaMudança nas características (tipos de espécies) deuma comunidade biológica, ao longo do tempo."Seqüências naturais nas quais um organismo ougrupo de organismos toma o lugar de outro em umhábitat, com o passar do tempo" (Diccionario de laNaturaleza, 1987).

SUPERPOSIÇÃO DE CARTASTipo básico de método de avaliação de impactoambiental, originalmente desenvolvido para estudosde planejamento urbano e regional, perfeitamenteadaptável à análise e diagnóstico ambiental, queconsiste na confecção de uma série de cartastemáticas de uma mesma área geográfica, uma paracada fator ambiental que se quer considerar, onde serepresentam os dados organizados em categorias.Essas cartas são superpostas para produzir a sínteseda situação ambiental da área, podendo serelaboradas de acordo com os conceitos defragilidade ou potencialidade de uso dos recursosambientais, segundo se desejem obter cartas derestrição ou aptidão de uso. As cartas tambémpodem ser processadas em computador caso onúmero de fatores ambientais considerados assim odetermine.

SURFACTANTES"São substâncias tensoativas, compostas demoléculas grandes, ligeiramente solúveis na água.Costumam causar espuma nos corpos de água ondesão lançadas, tendendo a manter-se na interfacear-água. Até 1965, os surfactantes presentes nosdetergentes sintéticos eram não biodegradávéis.Depois dessa data, começaram a ser usadosdetergentes biodegradávéis, reduzindo-se bastante oproblema das espumas. A determinação desurfactantes é realizada pela mudança de cor de umasolução padronizada de azul de metileno. Um outronome para surfactantes é substâncias ativas ao azulde metileno" (Amarílio Pereira de Souza,informação pessoal, 1986).

T

T-90"É o tempo que leva a água do mar para reduzir de90% o número de bactérias do esgoto" (Carvalho,1981).

TALUDEInclinação natural ou artificial da superfície de umterreno."Superfície inclinada do terreno na base de ummorro ou de uma encosta do vale, onde se encontraum depósito de detritos" (Guerra, 1978).

TALVEGUE"Linha de maior profundidade no leito fluvial.

Resulta da interseção dos planos das vertentes comdois sistemas de declives convergentes; é o opostode crista. O termo significa "caminho do vale'"(Guerra 1978)."Linha que segue a parte mais baixa do leito de umrio, de um canal ou de um vale" (DNAEE, 1976)."Perfil longitudinal de um rio; linha que une ospontos de menor cota ao longo de um vale"(Diccionario de la Naturaleza, 1987).

TERRENOS DE MARINHA, ACRESCIDOS EMARGINAISTerrenos de marinha"São terrenos de marinha, em uma profundidade de33 metros, medidos para a parte da terra, do pontoem que passava a linha do preamar médio de 1831:a) os situados no continente, na costa marítima e nasmargens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir ainfluência das mares; b) os que contornam as ilhassituadas em zona onde se faça sentir a influência dasmares" (Decreto-Lei nº 3.438, de 17.07.41)."São terrenos de marinha: a) os terrenos em umaprofundidade de trinta e três metros medidoshorizontalmente, para a parte da terra, da posição delinha do preamar médio de 1831, situados nocontinente, na costa marítima e nas margens dos riose lagoas, até onde se faça sentir a influência dasmarés; b) os terrenos em uma profundidade de trintae três metros medidos horizontalmente para a parteda terra, da posição da linha do preamar médio de1831, que contornam as ilhas situadas nas zonasonde se faça sentir a influência das marés"(PORTOMARINST nº 318.001 - 20.10.80).Terrenos acrescidos de marinha"Os que se tiverem formado natural ouartificialmente para o lado do mar ou dos rios elagoas em seguimento aos terrenos de marinha"(PORTOMARINST nº 318.001 - 20.10.80).Terrenos marginais"Os que, banhados pelas correntes navegáveis, forado alcance das marés, vão até a distância de 15(quinze) metros, medidos horizontalmente, para aparte da terra, contados desde a linha média dasenchentes ordinárias" (PORTOMARINST nº318.001 - 20.10.80).

TOLERÂNCIANos estudos ambientais, tolerância é a capacidade deum sistema ambiental absorver determinadosimpactos de duração e intensidade tais que suaqualidade e sua estabilidade não sejam afetadas aponto de torná-lo impróprio aos usos a que sedestina."Em estudos ecológicos e geográficos, é a amplitudede condições físico-químicas em que umdeterminado ecótipo espécie, gênero, família, etc. deplantas ou animais pode crescer naturalmente, naausência de competição" (ACIESP, 1980).

TURBIDEZMedida da transparência de uma amostra ou corpod'água, em termos da redução de penetração da luz,

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devido à presença de matéria em suspensão ousubstâncias coloidais."Mede a não propagação da luz na água. É oresultado da maior ou menor presença de substânciascoloidais na água" (Amarílio Pereira de Souza,informação pessoal, 1986).

TURFA"Depósito recente de carvões, formadoprincipalmente em regiões de clima frio outemperado, onde os vegetais antes do apodrecimentosão carbonizados. Estas transformações exigem quea água seja límpida e o local não muito profundo. Aturfa é uma matéria lenhosa, que perdeu parte de seuoxigênio por ocasião de carbonização, assimtransformando-se em carvão, cujo valor econômicocomo combustível é, no entanto, pequeno" (Guerra1978)."Solo altamente orgânico, mais de 50% combustívelde restos vegetais cujas estruturas são ainda bemreconhecíveis, pouco decompostos devido àscondições anaeróbias, frias, ácidas, embebidas deágua" (Mendes, 1984)."Material não consolidado do solo, que consiste, emgrande parte, em matéria vegetal levementedecomposta, acumulada em condições de umidadeexcessiva" (ACIESP, 1980).

U

UMIDADE RELATIVA"Para uma dada temperatura e pressão, a relaçãopercentual entre o vapor d'água contido no ar e ovapor que o mesmo ar poderia conter se estivessesaturado, a idênticas temperatura e pressão" (WMOapud DNAEE, 1976).

URBANIZAÇÃO"(a) Concentração de população em cidades e aconseqüente mudança sociocultural dessaspopulações, ou ainda, aumento da população urbanaem detrimento da rural; (b) aplicação dosconhecimentos e técnicas do planejamento urbano auma determinada área; (c) migração de idéias egênero de vida da cidade (status urbano) para ocampo; através dos meios de comunicação de massa,rádio, televisão, os campos vão adquirindo modo devida urbano" (Ferrari, 1979).Taxa de urbanização"lndicador que mede o crescimento percentual dapopulação que vive em núcleos urbanos, em relaçãoà população total considerado em períodosdeterminados, geralmente anuais, deduzido dosperíodos intercensuais que se consideram a cada dezanos" (SAHOP, 1978).Grau de urbanização"É a proporção da população total (de uma dadaunidade territorial político-administrativa) quehabita zonas classificadas como urbanas" (SAHOP,1978).

USOS DA ÁGUA, USOS BENÉFICOS DAÁGUASegundo a DZ 302 - Usos Benéficos da Água -Definições e Conceitos Gerais, "Usos da Água sãoos múltiplos fins a que a água serve; Usos Benéficosda Água são os que promovem benefícioseconômicos e o bem-estar à saúde da população". Osusos benéficos permitidos para um determinadocorpo d'água são chamados usos legítimos de corposd'água.Os usos benéficos da água são:Abastecimento Público - "uso da água para umsistema que sirva a, pelo menos, 15 ligaçõesdomiciliares ou a, pelo menos, 25 pessoas, emcondições regulares";Uso Estético - "uso da água que contribui de modoagradável e harmonioso para compor as paisagensnaturais ou resultantes da criação humana";Recreação - "uso da água que representa umaatividade física exercida pelo homem na água, comodiversão";Preservação da Flora e Fauna - "uso da águadestinado a manter a biota natural nos ecossistemasaquáticos";Atividades Agropastoris - "uso da água parairrigação de culturas e dessedentação e criação deanimais";Abastecimento Industrial - "uso da água para finsindustriais, inclusive geração de energia".Ver também CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS

USOS MÚLTIPLOSNos processos de planejamento e gestão ambiental, aexpressão usos múltiplos refere-se à utilizaçãosimultânea de um ou mais recursos ambientais porvárias atividades humanas. Por exemplo, na gestãode bacias hidrográficas, os usos múltiplos da água(geração de energia, irrigação, abastecimentopúblico, pesca, recreação e outros) devem serconsiderados, com vistas à conservação da qualidadedeste recurso, de modo a atender às diferentesdemandas de utilização.

USOS DO SOLODiferentes formas de uso do território, resultante deprocessos de ocupação expontânea ou de processosde planejamento geridos pelo Poder Público. Osusos do solo podem se classificar de distintasmaneiras e graus de detalhamento, de acordo com asexigências técnicas dos estudos que se estejamrealizando, ou dos objetivos do processo deplanejamento. A partir das classes de uso rural eurbano, estas podem ser subdivididas de modo aabranger as demais formas de ocupação (porexemplo, uso institucional, industrial, residencial,agrícola, pecuário, de preservação permanente).

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V

VALORAÇÃO AMBIENTALAtribuição de valores monetários aos ativosambientais, às mudanças ocorridas nos mesmos eaos efeitos dessas mudanças no bem-estar humano.

VARIÁVELTermo de uma função ou relação, sujeito aalterações de valor; quantidade que pode assumirqualquer valor de um conjunto específico de valores."Propriedade real medida por observaçõesindividuais" (Fritz et alii, 1980).

VASA"Depósito argiloso, de partículas muito finas, decoloração cinza-escuro ou mesmo esverdeada, muitopegajoso, escorregadio e com acentuado odor fétido,devido ao gás sulfúrico que contem. Os bancos devasa aparecem nas orlas costeiras e na foz dos riosdevido ao efeito de floculação e da gravidade, porocasião das marés cheias" (Guerra, 1978).

VAZÃO"Volume fluído que passa, na unidade de tempo,através de uma superfície (como exemplo, a seçãotransversal de um curso d'água)" (DNAEE, 1976).Vazão ecológica, vazão mínima ecológicaVazão que se deve garantir a jusante de umaestrutura de armazenagem (barragem) ou captação(tomada de água), para que se mantenham ascondições ecológicas naturais de um rio.

VEGETAÇÃO"Conjunto de vegetais que ocupam uma determinadaárea; tipo da cobertura vegetal; as comunidades dasplantas do lugar; termo quantitativo caracterizadopelas plantas abundantes" (Goodland, 1975)."Quantidade total de plantas e partes vegetais comofolhas, caules e frutos que integram a cobertura dasuperfície de um solo. Algumas vezes, o termo éutilizado de modo mais restrito para designar oconjunto de plantas que vivem em determinada área"(Carvalho, 1981).Vegetação natural"Floresta ou outra formação florística com espéciespredominantemente autóctones, em clímax ou emprocesso de sucessão ecológica natural" (Resoluçãonº 04, de 18.09.85, do CONAMA).Vegetação primária" É aquela de máxima expressão local, com grandediversidade biológica, sendo os efeitos das açõesantrópicas mínimos, a ponto de não afetarsignificativamente suas características originais deestrutura e de espécies" (definição constante devárias resoluções do CONAMA baixadas em 1994,com a finalidade de orientar o licenciamento deatividades florestais em Mata Atlântica, em diversosestados brasileiros).Vegetação secundária ou em regeneração"É aquela resultante dos processos naturais de

sucessão, após supressão total ou parcial davegetação primária por ações antrópicas ou causasnaturais, podendo ocorrer árvores da vegetaçãoprimária" (definição constante de várias resoluçõesdo CONAMA baixadas em 1994, com a finalidadede orientar o licenciamento de atividades florestaisem Mata Atlântica, em diversos estados brasileiros).

VEREDADe acordo com Ferreira (1975), vereda significacaminho estreito, senda, atalho. No Brasil, assumeos seguintes significados regionais: Nordeste -região mais abundante em água na zona da caatinga,entre montanhas e vales dos rios e onde a vegetaçãoé um misto de agreste e caatinga; Sul da Bahia -planície; Goiás - várzea que margeia um rio ouclareira de vegetação rasteira; Minas Gerais e Goiás- clareira e curso d'água orlado de buritis,especialmente na zona são-franciscana. NaResolução nº 04, de 18.09.85, do CONAMA, queregulamenta a criação de Reservas Ecológicas,define-se vereda como "nome dado no Brasil Centralpara caracterizar todo o espaço compreendido, quecontém nascentes ou cabeceiras de um curso d'águada rede de drenagem, onde há ocorrência de soloshidromórficos com renques de buritis e outrasformas de vegetação típica".

VERTENTE"Planos de declives variados que divergem dascristas ou dos interflúvios, enquadrando o vale. Naszonas de planície, muitas vezes as vertentes podemser abruptas e formar gargantas (Guerra, 1978).

VIDA SILVESTRE, VIDA SELVAGEMEm sentido amplo, a flora e a fauna autóctones quevivem num ecossistema natural.

VOÇOROCA, VOSSOROCA"Escavação profunda originada pela erosãosuperficial e subterrânea, geralmente em terrenoarenoso; às vezes, atinge centenas de metros deextensão e dezenas de profundidade" (Goodland,1974)."Escavação ou rasgão do solo ou de rochadecomposta, ocasionada pela erosão do lençol deescoamento superficial" (Guerra, 1978)."Processo erosivo semi-superficial de massa, face aofenômeno global da erosão superficial e ao desmontede maciços de solo dos taludes, ao longo dos fundosde vale ou de sulcos realizados no terreno" (Mendes,1984).

X

XERÓFITO"Vegetal adaptado a viver em ecossistemas onde ofator ambiental mínimo é a água" (Diccionario de laNaturaleza, 1987)."Planta de lugares secos" (Souza, 1973).

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XEROMÓRFICO"Vegetal provido de dispositivos funcionais ouestruturais encarregados de prevenir a perda de águapor evaporação" (Diccionario de la Naturaleza,1987)."Diz-se do órgão vegetal protegido contra a secaexcessiva" (Souza, 1973).

Z

ZONAZona industrial"É uma área definida, dentro de uma área urbana,onde institucionalmente podem se localizarindústrias que atendam a pré-requisitos urbanísticosbem determinados" (CODIN, s/data).Zona de preservação da vida silvestreZona situada em área de proteção ambiental (APA)nas quais "(...) serão proibidas as atividades queimportem na alteração antrópica da biota"(Resolução nº 10 de 14.12.88, do CONAMA).Zona de proteção da vida silvestreZona situada em área de proteção ambiental (APA)"nas quais poderá ser admitido o uso moderado eauto-sustentado da biota, regulado de modo aassegurar a manutenção dos ecossistemas naturais"(Resolução nº 10 de 14.12.88, do CONAMA).Zona de uso diversificado - ZUD"Destinam-se à localização de estabelecimentosindustriais, cujo processo produtivo sejacomplementar das atividades do meio urbano ourural em que se situem, e com eles secompatibilizem, independente do uso de métodosespeciais de controle de poluição, não ocasionandoem qualquer caso inconvenientes à saúde, aobem-estar e à segurança das populações vizinhas"(Lei nº 6.803, de 02 07.80).Zona de uso estritamente industrial - ZEI"Destinam-se preferencialmente à localização deestabelecimentos industriais cujos resíduos sólidos,líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações eradiações possam causar perigo à saúde, aobem-estar e à segurança das populações, mesmodepois da aplicação de métodos adequados decontrole e tratamento de efluentes nos termos dalegislação vigente" (Lei nº 6.803, de 02.07.80).Zona de uso predominantemente industrial - ZUPI"Destinam-se preferencialmente à instalação deindústrias cujos processos, submetidos a métodosadequados de controle e tratamento de efluentes, nãocausem incômodos sensíveis às demais atividadesurbanas e nem perturbem o repouso das populações"(Lei nº 6.803, de 02.07.80).

ZONA INTERTIDAL"É a zona compreendida entre o nível da maré baixae da ação das ondas na maré alta. Pode ser divididaem zona intertidal maior (backshore) e zonaintertidal menor (foreshore)" (Guerra, 1978).

Zona intertidal maior"A faixa que se estende acima do nível normal damaré alta, só sendo atingida pelas marésexcepcionais ou pelas grandes ondas no período detempestade (Guerra, 1978).Zona intertidal menor"É a faixa de terra litorânea exposta durante a marébaixa e submersa durante a maré alta" (Guerra,1978).

ZONAÇÃO"Pequenas diferenças no ambiente: solo mais seco,solo pouco espesso, pequena depressão, maioracumulação de húmus, influem no número e nasqualidades das plantas. Quando essas diferenças sãocontínuas, como ao redor de pântanos e lagoas, aestrutura da vegetação é perfeitamente distinta, peloque se chama zonação" (Souza, 1973).

ZONEAMENTO"A destinação, factual ou jurídica, da terra a diversasmodalidades de uso humano. Como institutojurídico, o conceito se restringe à destinaçãoadministrativa fixada ou reconhecida" (MoreiraNeto, 1976)."É o instrumento legal que regula o uso do solo nointeresse do bem-estar coletivo, protegendo oinvestimento de cada indivíduo no desenvolvimentoda comunidade urbana" (Gallion apud Ferrari,1979)."É o instrumento legal de que dispõe o PoderPúblico para controlar o uso da terra, as densidadesde população, a localização, a dimensão, o volumedos edifícios e seus usos específicos, em prol dobem-estar social" (Carta dos Andes apud Ferrari,1979).Zoneamento ambientalEm trabalho realizado pelo corpo técnico daFEEMA em 1982, definiu-se zoneamento ambientalcomo "a integração sistemática e interdisciplinar daanálise ambiental ao planejamento dos usos do solo,com o objetivo de definir a melhor gestão dosrecursos ambientais identificados".O zoneamento ambiental foi declarado como um dosinstrumentos da Política Nacional do MeioAmbiente (inciso II, artigo 9º, Lei nº 6.938, de31.08.81). A Constituição do Estado do Rio deJaneiro, de 1989, determina que o Estado, com aparticipação dos municípios e da comunidade,promoverá o zoneamento ambiental do seu território(art. 263). Na maioria dos demais estadosbrasileiros, o zoneamento ambiental também fazparte dos preceitos constitucionais. O zoneamentoambiental tem sido utilizado como parte dos planosdiretores de manejo das áreas de proteção ambiental,criadas a partir de 1981.Zoneamento ecológico-econômicoExpressão criada em 1990, quando foi instituído pordecreto o grupo de trabalho encarregado deexaminar o zoneamento ecológico-econômico daAmazônia Legal, realizado por iniciativa do

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Programa Nossa Natureza, em 1988. Até 1995, ogrupo de trabalho preparou o diagnóstico ambientalda Amazônia, após o que foram desenvolvidaspropostas de zoneamento que deverão ser detalhadaspelos estados da região; definiram-se ainda outrosestudos a serem desenvolvidos nas áreasconsideradas críticas em termos ambientais.