efeitos da hidroterapia associadas aos …s/2016/carol.pdf · hidroterapia e dos exercícios...
TRANSCRIPT
FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia
EFEITOS DA HIDROTERAPIA ASSOCIADAS AOS EXERCÍCIOS CINESIOTERAPÊUTICOS NAS SEQUELAS DO CÂNCER
CEREBRAL: estudo de caso
Paracatu-MG
2016
Caroline Roquete Siqueira
EFEITOS DA HIDROTERAPIA ASSOCIADAS AOS EXERCÍCIOS CINESIOTERAPÊUTICOS NAS SEQUELAS DO CÂNCER
CEREBRAL: estudo de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientadora Temática: Profa. M Sc. Michelle Faria Lima Orientadora Metodológica: Profa. M Sc. Cecília D. Nascimento
Paracatu-MG
2016
Siqueira, Caroline Roquete Efeitos da hidroterapia associadas aos exercícios cinesioterapêuticos
nas sequelas do câncer cerebral: estudo de caso. / Caroline Roquete Siqueira. Paracatu, 2016.
53f. Orientadora: Michelle Faria Lima Co-orientadora: Cecília Maria Dias Nascimento Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação
em Fisioterapia.
1. Câncer cerebral. 2. Cinesioterapia. 3. Hidroterapia. I. Lima, Michelle Faria; Nascimento, Cecília Maria Dias. II. FaculdadeTecsoma. III. Título.
CDU: 615.8
CAROLINE ROQUETE SIQUEIRA
EFEITOS DA HIDROTERAPIA ASSOCIADAS AOS EXERCÍCIOS CINESIOTERAPÊUTICOS NAS SEQUELAS DO CÂNCER
CEREBRAL: estudo de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientadora Temática: Profa. M Sc. Michelle Faria Lima Orientadora Metodológica: Profa. M Sc. Cecília D. Nascimento
PARACATU, 01 DE JUNHO DE 2016
Banca Examinadora
__________________________________________
M Sc. Michelle Faria Lima. Faculdade Tecsoma
__________________________________________
M Sc. Cecília Dias Nascimento.Faculdade Tecsoma
“Aos meus pais pelo amparo, dedicação e
amor incondicional”.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por estar sempre presente em minha vida,
pois só eu e ele sabemos o quão difícil foi à caminhada até aqui.
Aos meus pais Marizete e Nilson por todo apoio, compreensão, ajuda nos
momentos mais difíceis e por não terem me deixado desistir mesmo com tantos
obstáculos. Amo vocês!
Á meu irmão Alexandre pela preocupação e suporte nos momentos difíceis.
Á meu namorado Rodrigo, que foi essencial para a realização deste trabalho,
que mesmo longe não mediu esforços para me ajudar. Muito Obrigada!
As minhas amigas e companheiras de sempre Bianca, Bruna, Débora e
Tuane, pelo apoio de sempre, que Deus abençoe vocês.
Aos meus professores, Vinicius Biulchi, Michelle Faria e Cecília Nascimento
pela ajuda e conselhos. Meu muito obrigado.
Á minha madrinha Márcia, minha prima Nayara pelo empenho em ajudar-me
e preocupação.
Enfim, quero agradecer cada um que de forma direta ou indireta ajudou para
que este trabalho se realizasse.
“Eu te invoquei, ó Deus, pois me queres ouvir; inclina para mim os teus ouvidos, e
escuta as minhas palavras”.
(SL 17.6)
RESUMO
Os tumores cerebrais originam inúmeros comprometimentos neurológicos que variam da forma e localização da mesma, a incidência desse tumor tem crescido muito nos últimos anos, aumentando também o número de pacientes que necessitam de reabilitação. Desse modo, esses pacientes possuem limitação e comprometimento de funções, diminuição da força muscular e amplitude de movimento, sendo assim estudos comprovam que pacientes com diferentes tipos de tumores cerebrais têm-se obtido bons ganhos funcionais durante e após o processo de reabilitação. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da hidroterapia e dos exercícios cinesioterapêuticos em paciente com câncer cerebral. A pesquisa foi realizada uma pesquisa quantitativa do tipo estudo de caso. O paciente incluído é do sexo feminino, 15 anos de idade, na qual foi submetido a um protocolo de atendimento fisioterapêutico numa clínica de fisioterapia, baseado nas técnicas de cinesioterapia realizado três vezes por semana, composta por 60 sessões e a hidroterapia realizado duas vezes por semana, composta por 20 sessões, durante seis meses, de abril a setembro de 2015. Após o tratamento observou-se melhora significativa da força muscular, verificada pelo teste de graduação de força pela medical reseachcouncil e melhora da independência funcional verificada pelo índice de KATZ de atividade de vida diária. Concluindo-se que os exercícios cinesioterapêuticos e a hidroterapia são eficazes na melhora e aumento da força muscular e independência funcional.
Palavras chave: câncer cerebral, cinesioterapia, hidroterapia.
ABSTRACT
Brain tumors originate numerous neurological damage ranging from their shape and their location. The incidence of this kind of tumor has grown significantly in recent years which also increase the number of patients needing rehabilitation. Thus, these patients have limitations with compromised functions, decrease muscle strength and movement amplitude, so studies show that patients with different types of brain tumors have been achieved good functional gains during and after the rehabilitation process. This study aimed to evaluate the effects of hydrotherapy and kinesiotherapic exercises in patients with brain cancer. It is a qualitative study, typified as a casestudy. It took part in this survey a 15-year-old female patient, who was not only submitted to a physical therapy protocol in a physiotherapy clinic, based on kinesiotherapic exercises performed three times a week, consisting of 60 sessions and also to hydrotherapy performed twice a week, consisting of 20 sessions for six months from April to September 2015.After the treatment there was a significant improvement in muscle strength, verified by the strength of graduation test by medical research council and improved functional independence checked by KATZ index of activities of daily living. This research concluded that kinesiotherapic exercises and hydrotherapy are efficacious in the improvement and increase of muscle strength and functional independence.
Keywords: Brain cancer, kinesiotherapy, hydrotherapy.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Índice de Katz de Atividade de vida diária................................................................ 33
Tabela 2 Avaliação da força muscular nos membros inferiores antes e após o tratamento
fisioterapêutico..........................................................................................................
35
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVD - Atividade de vida diária
AVE - Acidente vascular encefálico
EEG - Eletroencefalograma
FES - Estimulação elétrica funcional
RNM - Ressonância Nuclear Magnética
SNC - Sistema Nervoso Central
TCC - Tomografia Computadorizada Contrastada
SUMÁRIO
1. Introdução ………………………………………………………………………….... 14
2. Objetivos ........................................................................................................... 16
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................ 16
2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................... 16
3. Justificativa ........................................................................................................ 17
4. Referencial Teórico ........................................................................................... 18
4.1. Câncer cerebral .............................................................................................. 18
4.2. Incidência ....................................................................................................... 18
4.3. Etiologia ......................................................................................................... 19
4.4. Quadro clínico ................................................................................................ 19
4.5. Tumores Cerebrais ........................................................................................ 20
4.5.1. Tumores Intraventriculares ......................................................................... 20
4.5.2. Tumores Extracerebrais ............................................................................. 20
4.5.3. Tumores Intracerebrais ............................................................................... 21
4.6.Diagnóstico .................................................................................................... 22
4.7.Tratamento ..................................................................................................... 23
4.7.1. Tratamento Fisioterapêutico ....................................................................... 23
4.7.2.Atuação da Fisioterapia .............................................................................. 24
4.7.2.1.Fisioterapia no controle da dor ……………………………………………… 24
4.7.2.2.Fisioterapia no controle da fadiga e dispneia ……………………………... 25
4.7.3.Hidroterapia ................................................................................................. 26
4.7.3.1.Método de Halliwick ................................................................................. 27
7.7.3.2.Bad Ragaz ............................................................................................... 27
4.7.3.3.Watsu ....................................................................................................... 28
4.7.4.Cinesioterapia ............................................................................................. 28
4.7.4.1. Técnicas de Alongamento ........................................................................ 29
4.7.4.1.1. Alongamento Balístico .......................................................................... 29
4.7.4.1.2. Alongamento Estático ........................................................................... 29
4.7.4.2. Fortalecimento Muscular .......................................................................... 29
5. Metodologia ....................................................................................................... 31
5.1. Estudo de caso .............................................................................................. 31
5.2. Materiais e métodos ....................................................................................... 31
6. Resultados e Discussão .................................................................................... 33
7. Conclusão ......................................................................................................... 39
8. Referencial Bibliográfico ................................................................................... 40
Anexos .................................................................................................................. 44
Apêndices ............................................................................................................. 49
14
1. INTRODUÇÃO
Devido ao aumento do crescimento populacional, industrialização e
alimentação inadequada, o número da mortalidade e morbidade por câncer aumenta
cada vez, sendo assim, é considerado um problema de saúde pública e esforços
devem ser realizados na prevenção e cura da doença (FERNANDES; MAFRA,
2005).
Os tumores cerebrais originam inúmeros comprometimentos neurológicos que
variam da forma e localização dos mesmos, a incidência desse tumor tem crescido
muito nos últimos anos, aumentando também o número de pacientes que
necessitam de reabilitação. Desse modo, os déficits funcionais são ocasionados pelo
tumor e as sequelas do tratamento da quimioterapia e radioterapia (PIERI et al.,
2011).
Esses pacientes possuem limitação e comprometimento de funções,
diminuição da força muscular e amplitude de movimento, sendo assim estudos
comprovam que pacientes com diferentes tipos de tumores cerebrais têm obtido
bons ganhos funcionais durante e após o processo de reabilitação (PIERI et al.,
2011)
A Organização Mundial da Saúde (1990) citado por Hermes e Lamarca (2013,
p. 2578), define os cuidados paliativos como:
Sendo uma abordagem que aprimora a qualidade de vida, dos pacientes e
famílias que enfrentam problemas associados com doenças, através da
prevenção e alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce,
avaliação correta e tratamento da dor, e outros problemas de ordem física,
psicossocial e espiritual.
No Brasil, os pacientes neurológicos eram tratados com a cinesioterapia
tradicional ou a mecanoterapia como os pacientes ortopédicos. Também empregada
em pacientes com lesão neurológica periférica, como as crianças portadoras de
poliomielite (BERTOLDI; ISRAEL; LADEWING, 2011).
Atualmente com técnicas mais aprimoradas, a área da fisioterapia tem obtido
maiores resultados, a fisioterapia neurofuncional, por exemplo, pode reduzir
15
deficiências e incapacidades das doenças que ocorrem no sistema nervoso
(BERTOLDI; ISRAEL; LADEWING, 2011).
A hidroterapia é um dos tratamentos mais benéficos e tem contribuído muito
nos últimos anos, na qual compreende que sendo ela responsável por reorganizar
mecanismos cerebrais que envolvem o controle do desenvolvimento motor, tanto em
suas incapacidades ou adaptações. A água tem sido usada como um meio
terapêutico que influência nas disfunções e comprometimentos neurológicos. As
propriedades físicas da água promovem bem estar, beneficia o controle respiratório,
e facilitam movimentos que seriam difíceis de realizar no solo, ela traz segurança e
lazer, além de inúmeros ganhos para esses pacientes (RUOTI; MORRIS; COLE,
2000).
Já a cinesioterapia busca em sua funcionalidade, aliviar dores, diminuir a
tensão de músculos e levar conforto ao paciente, o uso da eletroterapia combinada
aos exercícios cinesioterapêuticos proporcionam melhora significativa na percepção
da dor, visando prevenir complicações e enfatiza o movimento e a função
(FLORENTINO et al., 2012).
16
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
• Avaliar os efeitos da hidroterapia e dos exercícios cinesioterapêuticos em
paciente com câncer cerebral.
2.2. Objetivos específicos
• Avaliar o grau de força pela Medical Research Council;
• Avaliar as atividades básicas de vida diária de acordo com o Índice de KATZ
de Atividade de Vida Diária;
• Acompanhar a aplicação dos exercícios cinesioterapêuticos no paciente
estudado;
• Analisar os exercícios de hidroterapia no tratamento do câncer cerebral;
• Analisar os efeitos obtidos nos exercícios aquáticos e nos exercícios de
cinesioterapia na sequela do câncer cerebral.
17
3. JUSTIFICATIVA
A incidência de câncer aumenta cada vez mais e os pacientes apresentam
sequelas e grande sofrimento não só a si próprios, mas também para os amigos e
familiares, trazendo consequências como o estresse emocional e físico. Sendo
assim, o fisioterapeuta deve estar presente para além de dar suporte a toda afamília,
minimizar e aliviar as dores e sintomas oriundos dos pacientes através de técnicas
terapêuticas.
Dessa forma, este estudo tem como objetivo informar sobre o papel que a
fisioterapia desempenha em pacientes com câncer cerebral, pois este profissional irá
tratar o paciente desde a preparação no pré-cirúrgico, no pós-cirúrgico e até mesmo
durante o tratamento de radioterapia e quimioterapia com o intuito de diminuir
complicações, prevenir incapacidades e conceder autonomia ao paciente.
Portanto, o presente trabalho justifica-se pela preocupação com as sequelas
deixadas pelo câncer em seus pacientes e pelo pouco ou nenhum conhecimento
que as pessoas e público em geral têm sobre a atuação da fisioterapia em pacientes
com câncer, especificamente, o câncer cerebral, onde a fisioterapia prioriza
minimizar dores, aliviar os sintomas e oferecer bem estar.
Diante disso, a cinesioterapia e a hidroterapia trabalhando de forma
combinadas abrangem métodos com a finalidade de melhorar o desempenho da
função dos segmentos corporais comprometidos. Neste caso, a cinesioterapia foi
escolhida como método terapêutico, por ser de baixo custo financeiro, fácil
aplicação, permite melhoria na qualidade funcional, flexibilidade e ganho de força. Já
a hidroterapia, outro método estabelecido, permite que os pacientes neurológicos
tenham maiores resultados na água, fornece independência e confiança, além de
menor impacto nos movimentos.
18
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1. Câncer Cerebral
O câncer cerebral é uma patologia na qual as células sofrem alterações
genéticas e crescem de maneira anormal, invadindo e arruinando tecidos, assim as
estruturas envolvidas enfraquecem e perdem a sua função original. Diante disso, o
câncer é e se torna cada vez mais uma das maiores causas de morbidade e
mortalidade no mundo (FERNANDES; MAFRA, 2005).
Assim, os tumores cerebrais embora representem um número pequeno do
conjunto de casos dessa patologia, tem tido crescimento significativo nos últimos
anos e isso se deve ao envelhecimento populacional. Esse tumor tem origem em
estruturas distintas dos sistemas nervoso central e periférico, na qual vem
acometendo diferentes faixas etárias, causando, portanto diversos sintomas em
seus pacientes (FERNANDES; MAFRA, 2005).
Esses tumores podem ser divididos comumente em duas categorias:
• tumor cerebral primário: o tumor é originado dentro do crânio;
• tumor metastático, metástase ou tumor cerebral secundário: o tumor é
originado em outro órgão e assim se espalha pelo corpo (FERNANDES;
MAFRA, 2005).
A semiologia desses tumores cerebrais depende de algumas causas, bem
como: a localização, natureza do tumor, seu potencial progressivo e edema
peritumoral (CAMBIER; MASSON; DEHEN, 2005).
4.2. Incidência
Com base nos dados da Organização Mundial de Saúde, o câncer é a terceira
causa de morte no mundo, com cerca de (11,84%) do total de óbitos, já no Brasil
esse número é ainda mais alarmante, sendo a segunda causa de morte por doença
(27.63%), atingindo no mínimo 9 milhões de pessoas por ano no mundo
(FERNANDES; MAFRA, 2005).
19
Já na incidência do tumor cerebral, espera-se 1 caso para cada 10 a 20.000
pessoas. Podendo ainda acontecer metástase cerebral em outra parte do corpo, em
mais de ¼ dessa população. Nos Estados Unidos, essa ocorrência é de 7 a 19
casos por 100.000 habitantes, na qual mais de 100.000 pacientes evoluem para
óbito decorrente de metástase cerebral. Acredita-se ainda que em outros países,
incluindo o Brasil, essa incidência é similar (MUMENTHALER; MATTLE; TAUH,
2007).
4.3 Etiologia
Sua etiologia por vezes é desconhecida, mas acredita-se que alguns fatores
podem interferir como os fatores genéticos; fatores químicos; infecciosos; fator
humoral sendo responsável pela localização e tipos intrínsecos do tumor; e
traumatismos (raro) na qual pode haver interferência no desenvolvimento ou não
(MUMENTHALER; MATTLE; TAUH, 2007).
4.4. Quadro Clínico
Os sinais e sintomas geralmente são progressivos, a cefaleia é um dos
principais sintomas dessa doença, podendo estar gradualmente aumentada com o
avanço dessa patologia, é um distúrbio neurológico que pode influenciar
negativamente no bem estar do paciente (STALLBAUMetal., 2013).
É caracterizada por dor de proporção leve a moderada com pioras repentinas
podendo aparecer constante, difusa, com intensidade alta durante o dia e a noite,
pode estar acompanhada por vômitos e enjoos (MUMENTHALER; MATTLE; TAUH,
2007, MEDEIROS; LIMA; SIQUEIRA, 2012).
Os sinais de hipertensão intracraniana é uma decorrência esperada do
processo de desenvolvimento, na qual é detectada dentro de uma zona fechada e
delicada (MUMENTHALER; MATTLE; TAUH, 2007).
À medida que se torna grave, a hipertensão intracraniana pode acometer
alterações na vigília, com tendência apática e sonolência, podendo ocorrer
hidrocefalia, edema peritumoral ou hemorragia. Pode ser acompanhada ainda de
20
vômitos, enjoos e bradicardia em alguns casos (CAMBIER; MASSON; DEHEN,
2005).
Ainda podem apresentar confusão mental incluindo irritabilidade, distúrbio de
memória, fadiga, déficit neurológico progressivo e fraqueza motora (ADONI;
CALDERARO; MASSANT, 2011, MUMENTHALER; MATTLE; TAUH, 2007).
4.5. Tumores Cerebrais
4.5.1. Tumores Intraventriculares
Ependimomas, cisto coloide do terceiro ventrículo, tumores da região pineal,
meduloblastomas, papilomas dos plexos coroides (CAMBIER; MASSON; DEHEN,
2005).
As manifestações clínicas dos tumores de alto grau histológico evidenciam-se
em achados neurológicos focais, ocorrendo alterações do estado mental, cefaleia e
vômitos. Já nos tumores de baixo grau histológico, sua manifestação inicial é a
convulsão, e ela pode ou não estar acompanhada da cefaleia, náuseas ou sinais
focais. Isso é decorrente da presença de edema instalado, na qual se visualiza nos
exames de imagem (ADONI; CALDERARO; MASSANT, 2011).
4.5.2. Tumores Extra cerebrais
Meningiomas, neurinomas do V111, adenomas hipofisários,
craniofaringiomas, cordomas, tumores do glomo jugular, tumores malignos da base
do crânio (CAMBIER; MASSON; DEHEN, 2005).
4.5.3. Tumores Intracerebrais
Metástases cerebrais, gliomas, astrocitomas, oligodendroglioma, linfoma
cerebral primário, hemangioblastoma cerebelar (CAMBIER; MASSON; DEHEN,
2005).
21
Segundo Cardoso, Silva e Crema (2013), os astrocitomas é um tipo histológico
principal dos tumores primários do sistema nervoso central (SNC), acometem cerca
de 65 a 70% dos gliomas do sistema nervoso central.
Esses tumores primários do SNC são patologias, que variam desde o
comprometimento neurológico, depende de alguns fatores, como: local e curso da
lesão, capacidade agressiva, trazendo sinais e sintomas inesperados,
independentemente do grau de acometimento (CARDOSO; SILVA;CREMA, 2013).
Sua classificação se dá pelo grau de atrocidade de 1 ao 4.
Astrocitoma grau 1, pilocítico ou subpendimal de células gigantes: São os
“astroctiomas de baixa gradação” é de crescimento lento, podendo ser considerado
um grau benigno, sem potencial de proliferar, mas tem seu potencial de malignidade,
tem grandes chances de cura após a ressecção. Correspondem quase 1% dos
astrocitomas, presente em sua maioria em crianças e adolescentes até 15 e 16 anos
de idade, surge na 1º ou 2º década de vida. É mais comum ocorrer no cerebelo, mas
pode acometer o nervo óptico, tálamo, hipotálamo e hemisférios cerebrais. O
astrocitoma do nervo óptico leva a paciente ter uma visão turva e em casos mais
casos a cegueira, os sintomas são lentos e demorados (CARDOSO; SILVA;CREMA,
2013).
Astrocitoma grau 2, de baixo grau, astrocitomapiloximoide, difuso ou
pleomórfico: são tumores pouco delimitados, de crescimento devagar, não há sinais
de anaplasias, em geral são infiltrativos e baixa atividade de proliferação. Acomete a
faixa etária após os 30 anos de vida, seus sintomas podem demorar alguns anos
para aparecer, sobrevida em torno de 5 à 10 anos (CARDOSO; SILVA; CREMA,
2013).
Astrocitoma grau 3 ou anaplásico: células com potencial de proliferação,
apresenta lesões histológicas, é de crescimento rápido, com sobrevida em torno de
4 anos (MUMENTHALER; MATTLE; TAUH, 2007).
Astrocitoma grau 4 ou glioblastomas, glioblastoma de células grande,
gliossarcoma, glioblastoma multiforme: são malignos de crescimento acelerado,
caracteriza-se por necrose e proliferação de células. Dentre os tumores primários do
SNC, é o mais comum, ocorrendo na 5º ou 6º década de vida. Seu prognóstico é
22
ruim, e sua expectativa de vida gira em torno de 5 meses (MUMENTHALER;
MATTLE; TAUH, 2007).
4.6. Diagnóstico
O diagnóstico se dá através de exames de neuroimagem como a Tomografia
Computadorizada Contrastada (TCC) e a Ressonância Nuclear Magnética (RNM),
tendo assim um diagnóstico preciso (ADONI; CALDERARO; MASSANT, 2011).
A ressonância magnética é realizada quando a tomografia computadorizada
for negativa, mesmo tendo um alto grau de suspeita e indícios clínicos que apontam
para a doença em questão (MUMENTHALER; MATTLE; TAUH, 2007).
Na biópsia estereatáxica, é retirada uma pequena amostra do tumor com o
intuito de examiná-la no laboratório a fim de concluir se esse tumor é benigno ou
maligno. Após aplicação de uma anestesia local, o aparelho é colocado na cabeça
do paciente e uma cânula é colocada e introduzida no encéfalo para se chegar ao
tumor e consequentemente nas células tumorais removendo-as para exames
laboratoriais, sendo tem auxílio de radiografia (PITTELLA, 2008).
O exame do líquorcerebrorraqueano se mostra nos parâmetros normais ou
apontam alguma alteração das proteínas e células. Nas radiografias simples do
crânio elas apontam evidências de aumento da pressão intracraniana, como a sela
turca elevada. Podendo apresentar, no crânio, meningioma ou metástase local
(MUMENTHALER; MATTLE; TAUH, 2007).
O diagnóstico do tumor cerebral é essencial logo no início, para que o
tratamento ocorra o mais precocemente possível (PINTO, 2006).
4.7. Tratamento
O tratamento do câncer cerebral pode ser realizado através de
hormonioterapia, radioterapia, quimioterapia e procedimento cirúrgico. No qual, o
tipo de tratamento vai depender do estágio da doença (BRASIL, 2007).
23
4.7.1. Tratamento Fisioterapêutico
A atuação do fisioterapeuta no tratamento do câncer cerebral é de extrema
importância, pois irá proporcionar a esses pacientes o alívio dos sintomas, bem
como o seu sofrimento perante a doença, aumentar sua qualidade de vida e
favorecer os aspectos físicos, psicossociais e emocionais (UNIC, 2009).
Dessa forma, o fisioterapeuta deve estar consciente das condições de vida e
saúde, favorecendo as ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação
aos pacientes, é importante ainda que ele esteja vinculado não somente com o
paciente, mas com a família (UNIC, 2009).
Com isso, o profissional de fisioterapia deve realizar uma avaliação
minuciosa, objetivandonão deixar escapar nenhuma informação, em seguida,
identificar e observar os sinais e sintomas apresentados e posteriormente verificar
as incapacidades e limitações funcionais desses pacientes, com o intuito de
minimizá-las ou estabilizá-las (GAVIM et al., 2013).
Contudo, após a análise dos sinais e sintomas e das limitações funcionais
será realizado a elaboração de um plano de tratamento adequado, em que esse
programa de tratamento deve conter técnicas e recursos que atendam as
necessidades do paciente (UNIC, 2009).
O processo de reabilitação deve ser iniciado logo após o diagnóstico do
câncer, a qual cada etapa do tratamento deve ser bem planejada para que as
disfunções e limitações sejam detectadas logo no começo, para que sejam
escolhidos e adequados os recursos terapêuticos ideais para cada paciente
(MARCUCCI, 2005).
A atuação desse profissional resume-se em tratar as disfunções causadas
pelo câncer no paciente, que será realizada juntamente com a radioterapia,
quimioterapia e hormonioterapia. Procedimentos esses que podem acarretar nos
pacientes: fibrose, edema, limitação da amplitude de movimento, entre outros
fatores. Dessa forma, a assistência desse profissional pode ser realizada também no
pré e pós-operatório da cirurgia do tumor cerebral, visando preparar o paciente tanto
físico, quanto emocionalmente para a cirurgia e atuando na prevenção de
complicações (FLORENTINO, 2012).
24
Neste contexto, o fisioterapeuta deve elaborar condutas para serem
realizadas mediantes as disfunções apresentadas pelo paciente com câncer
cerebral. Dentre os sintomas relatados, estão: dor, fadiga, alterações
osteomioarticulares e dispneia (MARCUCCI, 2005).
Assim, a fisioterapia visa corrigir alterações posturais, aumentar a amplitude
de movimento, melhorar o equilíbrio, melhorar e aumentar a circulação, promover a
analgesia, prevenir complicações e encurtamentos, proporcionar bem-estar e
autoestima, contribuir para que esse indivíduo retorne as atividades de vida diária e
reintegrá-lo á sociedade (FELÍCIO et al., 2005).
Portanto, para que esses objetivos sejam alcançados se faz necessário um
programa de técnicas composta por exercícios ativos livres, exercícios com auxílio
de uma bola terapêutica, fisioterapia aquática, cinesioterapia e exercícios
respiratórios que evidenciem uma abordagem no controle motor, que se
fundamentará na percepção e compreensão do movimento funcional humano,
fazendo com que o paciente reaprenda movimentos perdidos e então adaptá-los de
acordo com suas limitações (BERTOLDI; ISRAEL; LADEWING, 2011).
4.7.2. Atuação da Fisioterapia
4.7.2.1. Fisioterapia no controle da dor
A fisioterapia tem como um dos objetivos principais aliviar dores e
proporcionar ao paciente bem estar, sendo assim, as técnicas utilizadas para
minimizar a dor são a eletroterapia, crioterapia, termoterapia, massagem,
hidroterapia e cinesioterapia (MARCUCCI, 2005).
Dessa forma, a cinesioterapia usa o movimento terapêutico para promover a
mobilidade, elasticidade, coordenação dos músculos, aumento da amplitude de
movimento, desenvolvimento da força e tônus muscular, objetivando prevenir a
imobilidade. Por meio de alongamentos passivos, ativo-assistidos, exercícios ativos
livres e exercícios livres, auxilia o paciente a assumir maior independência da sua
função (UNIC, 2009; FLORENTINO et al,. 2012).
25
4.7.2.2. Fisioterapia no controle da fadiga e dispneia
A fadiga é descrita como cansaço extremo, é um dos sintomas mais comuns
do câncer, e piora com a radioterapia, quimioterapia e pós-cirurgia, a fadiga pode ter
predomínio de até 96% nos pacientes. Em alguns pacientes, a fadiga pode interferir
em realizar as atividades de vida diária, como tomar banho, pentear o cabelo, vestir-
se, alimentar-se e até uma simples caminhada (MARCUCCI, 2005).
Neste caso, os fatores descritos acima vão cooperar para a diminuição da
independência funcional e em casos graves pode ocorrer anemia, sendo necessário
evitar sangramentos e prevenir que tenha gasto de energia. Dessa maneira, a
fisioterapia tem como objetivo aumentar a capacidade funcional, por meio de
exercícios respiratórios e condicionamento físico, como: caminhadas, natação,
ciclismo e corrida, pois a atividade aeróbica beneficia os pacientes no controle da
fadiga e o condicionamento físico moderado mantém a força muscular e promove a
independência funcional (MARCUCCI, 2005).
Portanto, deve ser escolhida uma das modalidades de acordo com o gosto do
paciente, combinadas com atividades que trabalhem a função como: dança e
hobbies do mesmo, com supervisão do fisioterapeuta. Eles devem escolher
atividades que conservem a energia, mas ao mesmo tempo que condicione o
paciente, a fim deconseguir sair da sua zona de conforto (MARCUCCI, 2005).
No caso da dispneia, ela é descrita como sensação de falta de ar e decorre
do tratamento da quimioterapia, por excesso de secreção brônquica. Na qual ela
torna um empecilho para práticas de atividades diárias do paciente, como caminhar,
subir escadas, escovar os dentes, entre outros (MARCUCCI, 2005).
Dessa forma, a fisioterapia trabalhará os músculos responsáveis pela
respiração, com o objetivo de controlá-la. Os exercícios irão auxiliar o paciente
durante um ataque dispneico, fazendo assim que ocorra a diminuição da demanda
metabólica, minimizar a ansiedade, aliviar a tensão nos músculos e proporcionar o
relaxamento (MARCUCCI, 2005).
Portanto, a intervenção fisioterapêutica deve ser iniciada o mais
precocemente possível para que o paciente obtenha maior independência de suas
funções, desse modo, o fisioterapeuta fica responsável por adequar a postura do
paciente, treinar o equilíbrio e, por conseguinte a marcha, treinar a coordenação e
26
propriocepção, realizar mobilização passiva, alongamentos musculares, exercícios
passivos, ativo-assistido, fortalecer os músculos, promover atividades de vida diária,
dissociação de cinturas, descarga de peso, estimulação elétrica funcional (FES),
usar como auxílio à bola BOBATH, entre outros (GOMES et al., 2007).
O paciente neurológico precisa estar sempre sendo estimulado, por isso, é
importante que o profissional valorize seus pequenos ganhos e esteja apto para
ouvir e interagir com o paciente (GOMES et al., 2007).
4.7.3. Hidroterapia
A reabilitação neurológica tem sido um desafio constante para os profissionais
da saúde, em que é preciso propor novas técnicas para esses pacientes propiciando
o bem estar, conforto e aumento da expectativa de vida (RUOTI; MORRIS; COLE,
2000).
Neste contexto, a fisioterapia tem uma gama detécnicas que vem se
destacando e a hidroterapia, por exemplo, é um dos mais antigos métodos usados
na coordenação de desequilíbrios físicos, na qual as propriedades físicas da água
favorecem e facilitam a realização de movimentos, visando aumentar a amplitude de
movimento, recrutamento muscular, treino de resistência, deambulação, equilíbrio e
adaptações do tônus muscular (OSRINI et al., 2010).
É importante ressaltar que a hidroterapia desempenhará parte do papel do
fisioterapeuta, dessa maneira, a ação da gravidade na água estimula também a
propriocepção, bem como a realização de movimentos e posturas que não é
corriqueiro dos indivíduos, auxilia ainda na estrutura da imagem do corpo e estimula
o controle respiratório que é muito importante nos pacientes neurológicos
(TSUTSUMI et al., 2004).
Neste caso, os efeitos terapêuticos da hidroterapia são diversos, como o
aumento da amplitude de movimento, redução da tensão de músculos, efeito
analgésico, relaxamento, melhora da circulação, propriocepção, equilíbrio, entre
outras vantagens que a água proporciona (BIASOLI; MACHADO, 2006).
27
4.7.3.1. Método de Halliwick
Basioli e Machado (2006), explicam que o método é usado para controlar
desde a respiração até os movimentos primordiais de um nado, esse método usa
técnicas de estudo de nados respeitando cada indivíduo e suas eventuais
deficiências. As atividades englobadas é uma mistura de natação e terapia, e
atividades de alongamento e fortalecimento muscular dentro da água. O objetivo
desse método é o indivíduo dar o máximo de si para aprender a ter o equilíbrio
natural, ressaltando as suas habilidades.
A partir dos conceitos básicos aprendidos, o terapeuta pode usufruir de
recursos artificiais para a prática. Esse método adota os seguintes princípios:
adaptação ambiental, que envolve a identificação da gravidade e empuxo, que
juntos realizam movimento em giro; restauração do equilíbrio envolve padrões de
movimentos em que se pode movimentar o corpo em distintas posturas, mantendo o
equilíbrio; inibição que é a aptidão em criar uma postura e mantê-la, através de
padrões posturais inibitórios patológicos; facilitação; conceituado através do
“programa de dez pontos” em que se cria uma postura mentalmente e o paciente
tenta monitorá-la fisicamente, sem usar flutuadores (TSUTSUMI et al., 2004,
BIASOLI; MACHADO, 2006).
4.7.3.2 BadRagaz
O conceito inicial dessa técnica é favorecer a estabilização de tronco e as
extremidades por meio do modelo de movimento primordial e trabalhar os exercícios
de fortalecimento muscular através de planos anatômicos. Essa técnica é conhecida
como “método de anéis”, em que o paciente é colocado em decúbito dorsal e é
posicionados flutuadores no pescoço, pelve e tornozelos (BIASOLI; MACHADO,
2006).
A facilitação neuromuscular proprioceptiva foi englobada à esse método, cuja,
técnica tem a finalidade em reduzir o tônus muscular, estabilizar o tronco e
extremidades, aumentar a amplitude de movimento, melhorar a força muscular e
realizar treino de marcha (BIASOLI; MACHADO, 2006).
28
4.7.3.3 Watsu
É conhecido com “WaterShiatsu” que emprega alongamentos e exercícios de
Shiastu Zendentro da água, através de alongamentos passivos, mobilização articular
e pressão em acupontos com o objetivo de equilibrar a energia por meio de
meridianos. Esse método é composto por duas posições: simples e complexas. As
posições simples consistem na realização de exercícios básicos, já as posições
complexas são conhecidas como berços, que permite a flutuação e relaxamento em
uma abertura, exercícios básicos (BIASOLI; MACHADO, 2006).
4.7.4.Cinesioterapia
Segundo Florentino e colaboradores (2012), a cinesioterapia é uma terapia que se
utiliza de movimentos como forma de tratamento, a partir de movimentos voluntários que
proporcionam à mobilidade, a flexibilidade, a coordenação muscular, o aumento da força muscular e
a resistência à fadiga.
É uma forma de acelerar a recuperação funcional dos pacientes, fazendo com
que eles voltem ás atividades de vida diária e profissional, tornando-os mais
independente possível mesmo com alterações sofridas decorrentes da doença
(GARDINER, 1995).
A cinesioterapia dispõe de técnicas e atividades terapêuticas que objetivam o
retorno da função e que minimizem as incapacidades ou limitações (PAULA;
SOARES; LIMA, 2009).
Ela trabalha com o paciente em todas as suas potencialidades, com o intuito
de incentivar e valorizar pequenos ganhos e dividi-los com o mesmo (MARCUCCI,
2005).
Os benefícios da cinesioterapia devem estar bem esclarecidos quanto aos
pacientes oncológicos, pois esses pacientes apresentam déficits motores,
movimentos involuntários, paralisias, dificuldades na fala e percepção alterada.
Portanto, é necessário trabalhar uma gama de exercícios com o objetivo de
aumentar a força muscular e amplitude de movimento, minimizar dores e
desconfortos, promover a flexibilidade, corrigir posturas inadequadas mobilidade de
tecidos e oferecer bem-estar (FLORENTINO et al., 2012, MARCUCCI, 2005).
29
Esses objetivos podem ser alcançados por meio de exercícios ativo-
assistidos, ativo-livres, resistidos; exercícios respiratórios, exercícios com auxílio de
bola terapêutica e hidrocinesioterapia (MARCUCCI, 2005).
4.7.4.1. Técnicas de Alongamento
Para que seja necessário realizar o alongamento, é preciso dispor de
flexibilidade e mobilidade de tecidos moles e isso está relacionado à pele, músculos
e segmentos articulares adjacentes. O alongamento irá promover a melhora e
manutenção da flexibilidade, resistência e força muscular, reduzir dores e
desconfortos musculares, melhorar o alinhamento corporal e a coordenação motora
(KISNER; COLBY, 1998).
4.7.4.1.1. Alongamento Balístico
É um alongamento que utiliza movimentos rápidos e bruscos de um segmento
corporal, na qual o movimento de força é usado para alongar os músculos retraídos.
A fim de alongar o músculo ou cadeias musculares, é um alongamento de baixa
duração, mas de intensidade alta. Uma das técnicas utilizadas neste alongamento é
a contrair-relaxar que usufrui de uma pequena contração isométrica do músculo
agonista, que age bloqueando o músculo a ser estirado e em seguida, realiza o
alongamento estático no decorrer do relaxamento no músculo (MORCELLI;
OLIVEIRA;NAVEGA, 2013).
4.7.4.1.2. Alongamento Estático
O alongamento estático é o contrário do alongamento balístico, pois ele vai
utilizar de movimentos lentos e força aplicada que deve ser mantida por 15 a 30
segundos, sendo que a duração e a intensidade desse alongamento dependerão
exclusivamente da resistência e tolerância do indivíduo (MORCELLI;
OLIVEIRA;NAVEGA, 2013).
4.7.4.2. Fortalecimento Muscular
30
O exercício resistido deve ser realizado no tratamento fisioterapêutico, com o
objetivo de melhorar a força, potência, o desempenho do músculo perante aos
movimentos funcionais e promove ganho de controle motor. Esses exercícios
resistidos usam exclusivamente exercícios ativos, em que uma contração do
músculo seja ela dinâmica ou estática é resistida por uma força externa aplicada,
podendo ser realizado por meio de um aparelho, máquina ou até mesmo por uma
pessoa (KISNER; COLBY, 2005).
31
5. METODOLOGIA
5.1. Estudo de Caso
Foi acompanhado uma paciente de 15 anos de idade, do sexo feminino,
solteira, estudante, residente na cidade de Paracatu-MG. No qual, o critério de
inclusão dessa pesquisa foi a paciente ter sequelas do câncer cerebral e foram
critérios de exclusão pacientes acima de 60 anos, que não consiga realizar o
tratamento proposto e que não concorde em realizar as sessões necessárias.
5.2. Materiais e métodos
O presente trabalho é um estudo de caso com método quantitativo. De acordo
com Richardson e colaboradores (2010), o estudo quantitativo, distingue-se dos
demais por usar a quantificação da mesma forma na coleta de dados e no
tratamento das informações obtidas através de métodos estatísticos (percentual,
média, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, entre outros).
O atual estudo tem o objetivo de avaliar os efeitos dos exercícios
cinesioterapêuticos e hidroterapia em paciente com câncer cerebral. O trabalho foi
realizado no primeiro e segundo semestre de 2015 sendo composto de 60 sessões
de cinesioterapia e 20 sessões de hidroterapia, totalizando 80 sessões.
O estudo foi realizado no período de março a setembro de 2015, na qual, a
acadêmica que realiza este trabalho ficou responsável pelo acompanhamento das
sessões. Foram compostas por cinco sessões semanais, nas quais três vezes na
semana ocorreram às sessões de cinesioterapia e duas vezes na semana as
sessões de hidroterapia, ambos no tempo de 60 minutos. O tratamento foi realizado
na Climeff Clínica de Fisioterapia, situada a Rua Getúlio de Melo Franco, 161,
Centro, cidade Paracatu-MG.
Na primeira sessão, foi realizada uma avaliação completa por meio de uma
ficha composta por anamnese, exame físico, com o objetivo de analisar e identificar
acometimentos decorrentes da doença. A paciente foi informada sobre o estudo e
32
qualquer dúvida foi devidamente esclarecida, depois disso ela assinou um termo de
consentimento (anexo A).
Para avaliação da força do paciente foi utilizada uma graduação de força
muscular pela Medical ReseachCouncil (anexo B), que consiste em avaliar a força
do paciente, numa escala que varia de zero à cinco graus, na qual zero não há
nenhum esboço de movimento observado e cinco é observado movimento de força
normal contra a resistência.
Em termos de avaliação em saúde, as atividades são conhecidas como o
índice de KATZ de atividades de vida diária (AVDs) (anexo C), composta por
atividades relacionadas ao autocuidado como: alimentar-se, banhar-se, vestir-se,
arrumar-se, mobilizar-se, manter controle sobre suaseliminações. Esse índice de
KATZ de atividades de vida diária baseia-se no desempenho do paciente e o grau
de assistência que ele necessita, conforme categorias citadas anteriormente. É dado
um ponto a cada atividade realizada sem ajuda humana, dá-se zero à atividade não
realizada.
Depois de realizado as avaliações acima, foram iniciadas as sessões de
cinesioterapia composta por alongamentos e exercícios cinesioterapêuticos para
ganho de força muscular nos membros inferiores. Para realização desses exercícios
cinesioterapêuticos foram usadas bolas, caneleiras (1 e 2 kg), bicicleta ergométrica
mecânica Caloi CLB 10.
Já na hidroterapia, as sessões foram compostas por alongamentos ativos,
exercícios de fortalecimento muscular nos membros superiores e inferiores,
exercícios respiratórios. Os equipamentos que foram usados são: espaguetes,
halteres triangular em EVA PAR ARKTUS (1 kg) e caneleira (1 kg) Quallys.
33
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O paciente objeto da pesquisa é do sexofeminino, 15 anos, diagnosticada
com tumor cerebral do tipo astrocitoma pilocítico, no nervo óptico de baixo grauhá 1
ano, através de exames de tomografia computadorizada, eletroencefalograma e
biópsia estereotáxica. Apresenta fraqueza muscular nos membros inferiores, rigidez
muscular nos tornozelos direito e esquerdo, fadiga muscular, tontura e enjôo.
Tabela 1: Índice de Katz de Atividade de vida diária
FONTE: o autor Nota: na obtenção de 6 pontos é considerado independente, 4 pontos, dependência moderada e 2 ou menos pontos é tido como muito dependente.
AVD’S Avaliação 19/03/15 Pts Avaliação 19/08/15 Pts
Banhar-se Recebe assistência 0 Não recebe Assistência 1
Vestir-se Recebe Assistência 0 Pega as roupas e veste-se
completamente sem assistência 1
HigieneÍntima
Não vai ao banheiro
para o processo de
eliminação
0
Vai ao banheiro, limpar-se e
arruma suas roupas sem
assistência
1
Transferências
Deita e levanta da
cama e cadeira com
assistência
0
Deita e levanta da cama,
assim como senta e levanta na
cadeira sem assistência
1
Continência Tem “acidentes”
ocasionais 0
Controla a urina e o
movimento intestinal
completamente sozinha
1
Alimentar-se Alimenta-se sozinha
sem Assistência 1
Alimenta-se sozinha sem
Assistência 1
Total de pontos 1 6
34
Os acompanhamentos fisioterapêuticos que consistiram na aplicação de
técnicas de cinesioterapia e hidroterapia. Foram realizados na clínica particular
durante 80 sessões, sendo 60 sessões de cinesioterapia e 20 sessões de
hidroterapia de abril a setembro de 2015 (apêndice B).
Observa-se na tabela 1, que a paciente na primeira avaliação recebia
assistência para realizar as atividades de vida diária, descritas acima. Já na segunda
avaliação, após a realização do tratamento fisioterapêutico a paciente conseguia
realizar as atividades de vida diária sem nenhuma assistência. O índice de KATZ
avalia a independência funcional em 6 aspectos, os quais examinam o grau de
independência nas atividades de banho, vestuário, higiene pessoal, transferências,
continência e alimentação. Esse índice baseia-se no desempenho do paciente e o
grau de assistência que ele necessita, conforme categorias citadas anteriormente. É
avaliado se o paciente recebe ou não assistência em alguma atividade e consegue
realizar as atividades sem auxílio.
Conforme a tabela 1, a paciente na primeira avaliação, recebeu 1 ponto por
conseguir realizar somente uma atividade, entretanto, na segunda avaliação,
verificou-se que a paciente alcançou a pontuação máxima de 6 pontos,
conquistando assim a independência funcional nas atividades avaliadas. O resultado
positivo obtido em todas as atividades pode ser explicado certamente ao astrocitoma
ser baixo grau e pouca malignidade.
Em um estudo dePieri e colaboradores (2011), cujo objetivo foi verificar os
efeitos da fisioterapia na independência funcional e na qualidade de vida em
pacientes no pós-operatório de tumor cerebral, 6 indivíduos participaram desse
estudo composto por 5 sessões fisioterapia e a maioria dos pacientes obtiveram
respostas positivas em relação a independência funcional dos pacientes após o
programa de reabilitação fisioterapêutica. Relatam ainda que o tratamento da
radioterapia quando realizado juntamente com a fisioterapia obtém maiores ganhos
na funcionalidade dos pacientes, quando comparados com aqueles que não
combinam os tratamentos.
O presente estudo diferencia do estudo de Pieri e colaboradores (2011), em
relação que não foram todos os pacientes que tiveram aumento da independência
funcional e qualidade de vida, na qual realizaram a fisioterapia, sem tratamento
complementar, como a quimioterapia ou a radioterapia. Neste estudo, porém, foi
35
realizada a fisioterapia juntamente com a quimioterapia e radioterapia, pois a fadiga
e dispneia pioram o estado de saúdedesses pacientes e combinados com o
tratamento fisioterapêutico, pode-se minimizar os efeitos desses tratamentos.
Almeida e colaboradores (2012), realizaram uma revisão de literatura com
objetivo de oferecer informações sobre os benefícios do exercício físico
notratamento de pacientes oncológicos. Eles observaram que os exercícios físicos
são realizados para diminuir a fadiga e ampliar a capacidade física nos pacientes,
podendo ser realizados de alta ou baixa intensidade e durante a quimioterapia.
Oestudo de Almeida e colaboradores (2012), está de acordo com a presente
pesquisa, pois ambos evidenciam que após a prática de exercícios físicos os
pacientes oncológicos podem ter diminuição da fadiga, consequentemente fazendo
com que os mesmos adquiram maior independência funcional.
Segundo Cavaco e Alouche (2010), em uma revisão bibliográfica em que o
objetivo do estudo era analisar os instrumentos de avaliação da função de membros
superiores em indivíduos que sofreram acidente vascular encefálico (AVE), foi
observado que o índice de KATZ de atividade de vida diária avalia aspectos de
autocuidado, como a mobilidade (tranferências) e também os cuidados pessoais, por
isso, destaca-se por ser uma prática de adaptação eficaz para a avaliação de
desempenho dos indivíduos.
Neste estudo, o índice de KATZ de atividade de vida diária teve a sua eficácia
confirmada, uma vez, que ele foi capaz de medir o desempenho funcional do
indivíduo objeto de estudo, além de apontar suas limitações.
Tsutsumi e colaboradores (2004), em um estudo de revisão de literatura
afirmam que o método de Halliwick ensina o controle respiratório e também os
movimentos básicos do nado, em que baseia-se em princípios físicos da água e
mecânica do corpo do indivíduo com o intuito de favorecer a independência
funcional para a pessoa com deficiência.
O presente estudo assemelha-se ao estudo de Tsutsumi e colaboradores
(2004) pois foi possível concluir que o método de Halliwick concede independência
funcional em ambiente aquático para os pacientes com deficiência, favorecendo
também segurança no meio líquido e bem estar.
36
Tabela 2 – Avaliação da força muscular nos membros inferiores antes e após o tratamento fisioterapêutico
FONTE: o autor
Conforme a tabela 2, são descritos os resultados do teste de força muscular
nos membros inferiores antes e após o tratamento fisioterapêutico, por meio da
técnica de cinesioterapia e hidroterapia.
O teste foi realizado por ser mais acessível e de fácil execução. O teste de
força muscular consiste em avaliar a força do paciente, numa escala que varia de
zero a cinco graus, na qual zero não há nenhum esboço de movimento observado;
grau 1 apenas um esboço de movimento é visto ou sentido no músculo; grau 2
refere-se a força muscular e movimentação articular somente se a resistência da
gravidade for removida; grau 3 a articulação pode ser movimentada apenas contra a
gravidade e sem resistência do examinador; grau 4 a força muscular é reduzida,
mas há contração do músculo contra a resistência; grau 5 é observado movimento
de força normal contra a resistência, de acordo com Medical ResearchCouncil
(1981).
Assim, como observado na tabela 2, antes do tratamento fisioterapêutico a
paciente apresentava diminuição da força muscular nos membros inferiores, com
maior redução nos flexores e extensores dos quadris, flexores plantares e
dorsiflexores do tornozelo, acometendo tanto no membro inferior direito, quanto o
membro inferior esquerdo. Já nos abdutores e adutores dos quadris e flexores e
Teste de Força Muscular 19/03/15 19/08/15
Gruposmuscularestestados Direito Esquerdo Direito Esquerdo
Flexores do quadril 3 3 5 5
Extensores do quadril 3 3 5 5
Abdutores do quadril 4 4 5 5
Adutores do quadril 4 4 5 5
Flexores do joelho 4 4 5 5
Extensores do joelho 4 4 5 5
Flexores plantares 3 3 5 5
Dorsiflexores 3 3 5 5
37
extensores do joelho, houve redução da força muscular menor do que nos demais
grupos.
Entretanto, após a intervenção fisioterapêutica ocorreu um aumento
significativo em todos os grupos musculares, queevoluíram para o grau 5, conforme
esperado e alcançado com êxito neste estudo.
No estudo de Zampieri e Kunrath (2008), em um estudo de caso com
paciente de 17 anos com diagnóstico de tumor cerebral do tipo astrocitoma grau 2
fossa posterior, pós-operatório tardio de craniotomia, o objetivo do estudo foi relatar
o tratamento de reabilitação fisioterapêutica realizada com o paciente no período
ambulatorial e hospital. Os resultados obtidos foram melhora da marcha e equilíbrio,
porém, houve perda funcional significativa da força muscular e limitação da ADM do
membro superior esquerdo inicialmente e posterior perda de força em membro
superior direito e diminuição da dorsiflexão.
O estudo atual diferencia do estudo de Zampieri e Kunrath (2008), em que
estes autores obtiveram diminuição da dorsiflexão, este dado pode ser explicado,
devido a estes autores terem realizado somente alongamento no membro inferior
esquerdo, em contrapartida, o presente estudo realizou alongamentos, exercícios
ativos com uso de uma bola e exercícios de fortalecimento isométricos e isotônicos.
Já em relação á diminuição da amplitude de movimento e força muscular no membro
superior esquerdo e concomitantemente o membro contralateral, neste estudo não
foi encontrado alterações relevantes conforme a observação visual.
Em um estudo de Junqueira, Ribeiro e Scianni (2004), em que o objetivo foi
avaliar o impacto de um programa de fortalecimento muscular na atividade funcional
e na espasticidade em indivíduos hemiparéticos,por meio de tratamento
fisioterapêutico. A técnica usada foi a cinesioterapia que enfatizava o fortalecimento
muscular global isométrico e isotônico com cargas progressivas para membros
superiores, tronco e membros inferiores, e era combinados com atividades
funcionais relacionados às AVD´s realizado 3 vezes por semana, 10 indivíduos
foram submetidos ao protocolo de fortalecimento muscular, durante 6 semanas. Nos
resultados colhidos, obteve-se aumento da força muscular em todos os grupos
musculares testados e melhora significativa dos comprometimentos motores dos
indivíduos, reduzindo as deficiências que tinham em decorrência do AVE.O estudo
38
diz ainda que com a compreensão do aumento da força muscular, há melhoria na
funcionalidade em atividades de vida diária do indivíduo.
Os resultados encontrados neste estudo assemelham-se aos de Junqueira,
Ribeiro e Scianni (2004), em que os autores conquistaram aumento da força
muscular em todos os grupos testados, por meio de exercícios de fortalecimento
isométrico e isotônico com cargas progressivas, o estudo atual obteve resultados
parecidos, porém, alcançado somente nos membros inferiores, pois não foi
encontrado e observado alterações da força muscular nos membros superiores.
Segundo Sousa et al (2007), apresentaram um estudo de caso, com um
indivíduo do sexo masculino, na qual foi submetido a 10 sessões de hidroterapia, por
45 minutos. O objetivo do estudo foi mostrar os resultados clínicos e instrumentados
da reabilitação aquática para o tratamento da disfunção de equilíbrio dinâmico e
estático em um paciente pós-cirúrgico de astrocitoma pilocítico em fossa posterior do
cerebelo. Os resultados apresentados foram: melhora execução das reações de
equilíbrio e proteção, melhor alinhamento postural, melhora do equilíbrio estático
principalmente no membro inferior esquerdo e melhora do equilíbrio dinâmico
bilateralmente entre e o pré e pós-tratamento.
Este estudo difere do estudo de Sousa et al (2007), em que os autores
relataram que houve melhora do equilíbrio estático principalmente em um dos
membros inferiores, este dado justifica-se devido esses autores terem realizado
somente exercícios de equilíbrio de pernas em relação ao equilíbrio estático e no
presente estudo foi utilizado transferências de peso ântero-posterior, médio-lateral,
látero-lateral e exercícios de equilíbrio de pernas, obtendo assim neste estudo
aumento e melhora do equilíbrio estático bilateralmente nos dois membros.
39
7. CONCLUSÃO
Conclui-se que a hidroterapia e os exercícios cinesioterapêuticos são técnicas
eficazes na melhora e aumento da força muscular e independência funcional no
paciente com câncer cerebral. As técnicas combinadas obtiveram inúmeros
benefícios tanto para aliviar dores, quanto para segurança e lazer.
40
8. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ADONI, T; CALDERATO, M; MASSANT, C. G. Principais temas em neurologia pa ra residência médica. São Paulo: Medcel, 2011. ALMEIDA, E. M. P.et al. Exercício em pacientes oncológicos: reabilitação. Acta. Fisi atr., v. 19, n. 02, p. 82-89. 2012. Disponível em:<http://www.actafisiatrica.org.br/deta lhe_artigo.asp?id=169>. Acesso em: 02 mai. 2016. BERTOLDI, A. L. S; ISRAEL, V. L.; LADEWING, I. O papel da atenção na fisioterapia neurofuncional. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n. 2, p. 195-200, abr./jun. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fp/v18n2/16.pdf>. Acesso em: 12 set. 2015. BIASOLI, M. C; MACHADO, C. M. C. Hidroterapia: aplicabilidades clínicas. Revista Bras Med., v.63, n.5, mai. 2006. Disponível em:<http://www.biasolifisioterapia.com. br/publicacoes/028rbm4.pdf >. Acesso em 12 set. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Resenha da luta contra o câncer no Brasil: docu mentário do serviço nacional de câncer. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. (História da Saúde no Brasil). CAMBIER, J; MASSON, M; DEHEN, H. Neurologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guana bara Koogan, 2007. CARDOSO, F.A. G.; SILVA, A. C. A. L. S.; CREMA, V. O. Avaliação da atuação Fisio terapêutica em indivíduos com astrocitomas submetidos à cirurgia em um hospital u niversitário. Revista Movimenta, v. 6, n. 2. 2013. Disponível em:<http://www.nee.u eg.br/seer/index.php/movimenta/article/viewFile/662/503> Acesso em: 03 mai. 2016. CAVACO, N. S.; ALOUCHE, S. R. Instrumentos de avaliação da função de membros superiores após acidente vascular encefálico: uma revisão sistemática. Fisioterapiae Pesquisa, São Paulo, v.17, n.2, p.178-83, abr./jun. 2010. Disponível em:<http://ww w.scielo.br/pdf/fp/v17n2/15.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2016. FELÍCIO, D. N. L et al. Atuação do fisioterapeuta no atendimento domiciliar de paci entes neurológicos: a efetividade sob a visão do cuidador. Revista Brasileira de Promoção da Saúde, v. 18, n. 2, p. 7-10, 2005. Disponível em: <http://ojs.unifor.br/ index.php/RBPS/article/view/907>.Acesso em: 12 set. 2015. FERNANDES, A.G.; MAFRA, D. Zinco e Câncer: uma revisão. Revista Saúde.Com, v. 1, n. 2, p. 144-156. 2005. Disponível em:<http://www.uesb.br/revista/rsc/v1/v1n2 a8.pdf>. Acesso em: 07 set. 2015. FLORENTINO, D. M.et al. A fisioterapia no alívio da dor: uma visão reabilitatora em cuidados paliativos. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 50-57, abr./jun. 2012. Disponível em:<http://revista.hupe.uerj.br/detalhe _artigo.asp?id=326>. Acesso em: 04 set. 2015.
41
GAVIM, A. E. O. et al. A influência da avaliação fisioterapêutica na reabilitação neuro lógica. Saúde em foco, São Paulo, v.6, p. 71-77, mai. 2013. Disponível em:<http://w ww.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2013/influencia_avaliacao.pdf>. Acesso em 10 set. 2015. GARDINER, M. D. Manual de terapia por exercícios. São Paulo: Santos, 1995.
GOMES, C. et al. Reabilitação em hemiplegia. Medicina de reabilitação. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
HERMES, H. R.; LAMARCA, I. C. A. Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.18, n. 9, set. 2013. Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1413-81232013000900012>. Acesso em: 10 set. 2015. JUNQUEIRA, R. T.; RIBEIRO, A. M. B. E.; SCIANNI, A. A. Efeitos do fortalecimento muscular e sua relação com a atividade funcional e a espasticidade em indivíduos hemiparéticos. Rev. Bras Fisioter. Belo Horizonte, v. 8, n. 3, 2004. Disponível em:< http://www.rbfbjpt.org.br/files/v8n3/v8n3a10.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2016.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. São Paulo: Manole, 1998.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4. ed. Sâo Paulo: Manole, 2005.
MARCUCCI, F. C. I. O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a paciente com câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, Paraná, v. 51, n. 1, p. 67-77. 2005. Dis ponível em: <http://www.inca.gov.br/rbc/n_51/v01/pdf/revisao4.pdf>. Acesso em: 10 set. 2015. MEDEIROS, A. A.; LIMA, B. R. D. A.; SIQUEIRA, D. F. A eficácia da fisioterapia ma nual na cefaléia tensional: uma revisão sistemática.Terapia Manual, Pernambuco, v. 10, n. 47, p. 100-104. 2012. Disponível em: <http://submission-mtprehabjournal.com/ revista/article/viewFile/73/39>. Acesso em: 04 set. 2015. MEDICAL RESEARCH COUNCIL. Aids to the examination of the peripheral nervous system. Memorandum, London, n. 45, 1981.Disponível em:<http://www.cirurgiadaco lunavertebral.com.br/portal/templates/siteground-j1580/arquivos/biblioteca/escala_qu estionario/gradacao_da_forca_muscular.pdf>. Acesso em 04 set. 2015. MORCELLI, M. H.; OLIVEIRA, J. M. C. A.; NAVEGA, M. T.; Comparação do alonga mento estático, balístico e contrair-relaxar nos músculos isquiotibiais. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 20, n.3, Jul./Set. 2013. Disponível em:<http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502013000300008>. Acesso em: 02 abr. 2016. MUMENTHALER, M.; MATTLE, H.; TAUH, E. Neurologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
42
ORSINI, M. et al.Hidroterapia no gerenciamento da espasticidade nas paraparesias espásticas de várias etiologias. Revista Neurociência, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 81-86. 2010. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010 /RN1801/279%20revisao.pdf>. Acesso em: 06 set. 2015. PAULA, B.; SOARES, M.; LIMA, G. A. Eficácia da associação da cinesioterapia e da crioterapia nos pacientes portadores de osteoartrite de joelho utilizando o ques tionário algo funcional de Lequesne. R. Bras. Ci. e Mov., 2009. PIERI, J. N. et al. Avaliação da independência funcional e qualidade de vida pós operatório de tumor cerebral.Revista Neurociência, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 477-483. 2011. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/ RN1903/19%2003%20relato%20de%20caso/554%20relato%20de%20caso.pdf>. Acesso em: 11 set. 2015. PINTO, L. C. Neurofisiologia clínica: princípios básicos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006. PITELLA, J. E. H. Biópsia estereotáxica no diagnóstico de tumores cerebrais e le sões não neoplásicas: indicações, acurácia e dificuldades diagnósticos.Jornal Bra sileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 44, n.5, p. 343-354. 2008. Dispo nível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v44n5/07.pdf>. Acesso em: 12 set. 2015. RICHARDSONet al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE, A. J. Reabilitação Aquática. São Paulo: Ma nole, 2000. STALLBAUM, J, H. et al. A inserção da fisioterapia no tratamento da cefaléia do tipo tensional: uma revisão sistemática. Cinergis, v.14, n.3, p.172-175, jul./set. 2013. Dis ponível em: <http://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/4079>. Acesso em: 12 set. 2015. SOUSA, M. F. et al. Análise de estabilidade postural em paciente pós-cirúrgico de astrocitomapilocítico após reabilitação aquática: estudo de caso. Universida-de do Vale do Paraíba (UNIVAP). 2007. Disponível em: <http://www.inicepg.univap. br/cd/INIC2007/trabalhos/saude/inic/INICG00621_01O.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2016. SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. L.; Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4. ed. São Paulo: Manole, 2004. TSUTSUMI, O. et al. Os benefícios da natação adaptada em indivíduos com lesões neurológicas. Revista Neurociências, v.12, n.2, p. 82-86, abr./jun. 2004. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/05/natacao-adapta da-nas-lesoes-neurologicas.pdf>. Acesso em: 12 set. 2015.
43
UNIC. Manual de cuidados paliativos em pacientes com câncer. Rio de Janeiro: UNATI/UERJ, 2009. ZAMPIERI A.; KUNRATH, K. G. Abordagem fisioterapêutica em paciente com astrocitoma grau II de fossa posterior. Interfisio, Rio de Janeiro, set. 2008. Dispo-nível em: <http://interfisio.com.br/?artigo&ID=339&url=Abordagem-Fisioterapeutica-em-Paciente-com-Astrocitoma-Grau-II-de-Fossa-Posterior>. Acesso em: 03 jun. 2016.
44
ANEXOS
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)
Eu, ___________________________________________________ RG.:
___________, abaixo qualificada, DECLARO para fins de participação em pesquisa,
que fui devidamente esclarecida sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Efeitos da
hidroterapia associada aos exercícios cinesioterapêuticos nas sequelas do câncer
cerebral. Estudo de caso, desenvolvido pela aluna Caroline Roquete Siqueira, do
curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma. Será realizado um
programa de exercícios cinesioterapêuticos, três vezes por semana e a hidroterapia
duas vezes por semana no período de Março/2015 a Setembro/2015. Este estudo
tem o objetivo de identificar os efeitos da hidroterapia e dos exercícios
cinesioterapêuticos nas sequelas sem paciente com câncer cerebral. O entrevistado
tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido o sigilo
e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e
informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e
produção do trabalho de conclusão de curso para grau de bacharel. Declaro, que
depois de esclarecida pela pesquisadora e ter entendido o que me foi explicado,
consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.
Paracatu,____ de _____________ de 2016.
45
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Objeto da pesquisa
Nome: ......................................................................................................................
RG.: ............................ Data de Nascimento: ......./......./............ Sexo: M ( ) F ( )
Endereço: .................................................................................................. Nº.........
Bairro: ................................................................... Cidade: ....................................
CEP: .......................................................... Tel.: .....................................................
Assinatura do declarante
DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de
Consentimento Livre Esclarecido, cumprindo todas as exigências contidas no
Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o
consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização
desta pesquisa. Paracatu, de 2015.
________________________________
Caroline Roquete Siqueira
Assinatura do pesquisador
46
ANEXO B - GRADAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR DO MEDICAL RESEARCH COUNCIL
A força do paciente é classificada em uma escala de 0-5
Grau 5 Força normal contra a resistência total.
Grau 4 A força muscular é reduzida, mas há contração muscular contra a resistência.
Grau 3 A articulação pode ser movimentada apenas contra gravidade e sem resistência do examinador.
Grau 2 Há força muscular e movimentação articular somente se a resistência da gravidade é removida.
Grau 1 Apenas um esboço de movimento é visto ou sentido ou fasciculações são observadas no músculo.
Grau 0 Nenhummovimento é observado
(MEDICAL RESEARCH COUNCIL,1981)
47
ANEXO C - ÍNDICE DE KATZ DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA
Nome:
Dia da Avaliação:
_______________________________________________________________
Banhar-se: seja banho no leito, na banheira ou no chuveiro.
( ) Não recebe assistência (entra e sai da banheira sozinha se esse é o meio usual de lavar-se).
( ) Recebe assistência para banhar-se em apenas uma parte do corpo (como as costas ou uma perna).
( ) Recebe assistência para banhar-se em mais de uma parte do corpo (ou não se banha).
_______________________________________________________________
Vestir-se: tirar as roupas dos armários e gavetas- incluir roupas íntimas, acessórios externos e o uso de fechos (incluir as órteses quando as utiliza).
( ) Pega as roupas e veste-se completamente sem assistência.
( ) Pega as roupas e veste-se completamente sem assistência, exceto pela ajuda para amarrar os calçados.
( ) Recebe assistência para pegar as roupas ou para vestir-se, ou fica parcial ou completamente despido.
_______________________________________________________________
Higiene íntima: ir ao banheiro para eliminação intestinal e urinária, limpar-se após a eliminação e arrumar as roupas.
( ) Vai ao banheiro, limpar-se e arruma suas roupas sem assistência (pode usar objetos para apoiar-se, como bengala, andador ou cadeira de rodas, pode manejar um papagaio ou comadre á noite e esvaziá-los pela manhã).
( )Recebe assistência para ir ao banheiro ou para limpar-se, para arrumar as roupas após a eliminação ou para usar um papagaio ou comadre á noite.
( ) Não vai ao banheiro para o processo de eliminação.
_______________________________________________________________
Transferências
48
( ) Deita e levanta da cama assim como senta e levanta na cadeira sem assistência (pode estar usando um objeto para se apoiar, como uma bengala ou andador).
( ) Deita e levanta da cama e da cadeira com assistência.
( ) Não se levanta da cama.
_______________________________________________________________
Continência
( )Controla a urina e o movimento intestinal completamente sozinho.
( ) Tem “acidentes” ocasionais.
( ) A supervisão ajuda a manter o controle urinário ou intestinal; usa cateter ou é incontinente.
_______________________________________________________________
Alimentar-se
( ) Alimenta-se sozinho sem assistência.
( )Alimenta-se sozinho, exceto por precisar de assistência para cortar a comida ou passar manteiga no pão.
( ) Recebe assistência para alimentar-se, ou é alimentado parcial ou completamente através de sondas ou líquidos intravenosos.
(SULLIVAN; SCHMITZ, 2004)
49
APÊNDICES
APÊNDICE A – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO
CINESIOTERAPIA
• Turbilhão: 15 minutos
• Alongamento ativo-assistido, ativo em grupos musculares de membros
inferiores mantendo por 3 séries de 30 segundos.
• Exercícios ativos nos membros inferiores com uso de bola: 5 minutos.
• Exercícios isométricos para fortalecimento muscular nos membros
inferiores com a bola 2 séries de 10 repetições.
• Exercícios isotônicos com cargas progressivas para fortalecimento de
membros grupos musculares de membros inferiores com uso de caneleiras e peso
do próprio corpo por 3 séries de 10 repetições.
• Bicicleta Ergométrica: 20 minutos.
HIDROTERAPIA
• Aquecimento: caminhada.
• Alongamentos ativos nos membros superiores e inferiores mantendo
por 3 séries de 30 segundos.
• Exercícios respiratórios.
• Exercícios ativos com uso de espaguete.
• Exercícios para fortalecimento muscular nos membrosinferiores com
uso de halteres 1 kg e caneleira de 1 kg.
50
APÊNDICE B - DESCRIÇÃO DAS SESSÕES
A avaliação foi realizada no dia 19/03/15 e as sessões de cinesioterapia
foram iniciadas no dia 25/03/15, ás 15 horas, e as de hidroterapia foram iniciadas no
dia 14/07/15 ás 13 h, e ambas as técnicas com duração estimada de 60 minutos.
A temperatura da água durante as sessões de hidroterapia era de 28º C.
Sessão 1 - 19/03/15
Avaliação.
Sessão 2 – Sessão 15: Período 25/03/15 á 29/04/15 - Cinesioterapia
Na segunda sessão, a paciente se apresentou disposta, em bom estado
geral. Foi encaminhada para fazer uso do turbilhão nos membros inferiores por 15
minutos e em seguida, foi encaminhada para realizar alongamentos ativo-assistidos
nos membros inferiores (quadríceps, isquiotibiais, abdutores de quadril, flexores
plantares e dorsiflexores), por 5 minutos.
Com tais alongamentos realizados, foram iniciados os exercícios
cinesioterapêuticos mediante auxílio de uma bola (55 cm), a paciente em decúbito
dorsal na cama apoiou-se os membros inferiores sobre a bola e realizou exercícios
de flexão e extensão dos quadris, joelhos e flexão plantar, num tempo de 10
minutos. Em seguida, a paciente colocou o membro inferior esquerdo repousando
sobre a cama e o membro inferior direito sobre a bola e realizou movimentos ativo-
assistidos em abdução e adução de quadril, posteriormente realizou o exercício com
o outro membro, por 10 minutos, após, foram realizados exercícios de ponte sobre a
cama e dissociação de cinturas sobre a bola, 10 minutos. Na sequência, foram
trabalhados os exercícios de fortalecimento muscular nos membros inferiores com
os pés empurrando a bola para frente, em movimentos de flexão de joelhos contra a
resistência leve imposta pelo fisioterapeuta, por 10 minutos. Não houve
intercorrências.
Sessão 16 – Sessão 40: Período 30/04/15 á 26/06/15 - Cinesioterapia
Nesta sessão, a paciente chegou a clínica em bom estado geral, corada e
calma. Foi conduzida para o turbilhão por 15 minutos, depois disso, foram realizados
alongamentos nos membros inferiores ativo-assistidos (quadríceps, isquiotibiais,
abdutores de quadril, flexores plantares e dorsiflexores) por 5 minutos, após os
51
alongamentos realizados, foram iniciados os exercícios cinesioterapêuticos mediante
auxílio de uma bola (55 cm), a paciente em decúbito dorsal na cama apoiou-se os
membros inferiores sobre a bola e realizou exercícios de flexão e extensão dos
quadris, joelhos e flexão plantar, num tempo: 10 minutos.
Em seguida, a paciente colocou o membro inferior esquerdo repousando
sobre a cama e o membro inferior direito sobre a bola e realizou movimentos ativo-
assistidos em flexão e extensão de joelho, abdução e adução de quadril,
posteriormente realizou o exercício com o outro membro, por 15 minutos. A seguir,
foram realizados os exercícios de fortalecimento muscular nos membros inferiores
com os pés empurrando a bola para frente, em movimentos de flexão de joelhos
contra a resistência moderada imposta pelo fisioterapeuta, num tempo de 10
minutos, posteriormente foi colocada uma bola pequena de 26 cm embaixo entre os
joelhos e solicitado à paciente que ela apertasse por 5 segundos, por 5 minutos. A
sessão terminou sem intercorrências.
Sessão 41 – Sessão 50: Período 08/07/15 á 05/08/15 - Cinesioterapia
A paciente estava calma, em bom estado geral. Foi encaminhada para a
bicicleta ergométrica por 20 minutos, em seguida, Na sequência, foram realizados
alongamentos nos membros inferiores ativo-assistidos (quadríceps, isquiotibiais,
abdutores de quadril, flexores plantares e dorsiflexores), por 5 minutos, após os
alongamentos realizados, foram iniciados os exercícios cinesioterapêuticos mediante
auxílio de uma bola (55 cm), a paciente em decúbito dorsal na cama apoiou-se os
membros inferiores sobre a bola e realizou exercícios de flexão e extensão dos
joelhos, abdução e adução de quadris, flexão plantar e dorsiflexão, 10 minutos.
A seguir, foram realizados os exercícios de fortalecimento muscular nos
membros inferiores com os pés empurrando a bola para frente, em movimentos de
flexão de joelhos contra a resistência moderada imposta pelo fisioterapeuta, 10
minutos, posteriormente, foi colocada uma bola pequena de 26 cm embaixo entre os
joelhos e solicitado à paciente que ela apertasse por 5 segundos, 5 minutos, e
depois foram realizados exercícios com uma caneleira de 1 kg, cujos exercícios
foram: elevação do membro inferior direito e depois com o outro membro inferior e
também abdução e adução do membro inferior esquerdo e depois com o outro
membro, 10 minutos. A sessão terminou sem intercorrências.
52
Sessão 51 – Sessão 60: Período 07/08/15 á 29/09/15 - Cinesioterapia
A paciente chegou calma, em bom estado geral, sendo levada para fazer
uso da bicicleta ergométrica por 20 minutos, em seguida, foram realizados
alongamentos nos membros inferiores ativo-assistidos (quadríceps, isquiotibiais,
abdutores de quadril, flexores plantares e dorsiflexores), 5 minutos, após os
alongamentos realizados, foram iniciados os exercícios cinesioterapêuticos mediante
auxílio de uma bola (55 cm), a paciente em decúbito dorsal na cama apoiou-se os
membros inferiores sobre a bola e realizou exercícios de flexão e extensão dos
joelhos, abdução e adução de quadris e flexão plantar e dorsiflexão dos pés, por 10
minutos.
A seguir, foram realizados os exercícios de fortalecimento muscular nos
membros inferiores com os pés empurrando a bola para frente, em movimentos de
flexão de joelhos contra a resistência moderada imposta pelo fisioterapeuta, 5
minutos, posteriormente, foi colocada uma bola pequena de 26 cm embaixo entre os
joelhos e solicitado à paciente que ela apertasse por 5 segundos, por 5 minutos, e
depois foram realizados exercícios com uma caneleira de 2 kg, cujos exercícios
foram: elevação do membro inferior direito e depois com o outro membro inferior e
também abdução e adução do membro inferior esquerdo e depois com o outro
membro, 15 minutos. A sessão terminou sem intercorrências.
Sessão 1– Sessão 20: Período 14/07/15 á 20/09/15 - Hidroterapia
A paciente aparentava-se tranquila, em bom estado geral, orientada. A
paciente entrou junto com a fisioterapeuta, foi realizado um aquecimento que
consistia em caminhar dentro da piscina, por 5 minutos, em seguida, iniciou-se
alongamento ativo-assistido na região cervical, alongamento com flexão do pescoço,
alongamento do trapézio superior, alongamento de trapézio; membros superiores
“encolher” os ombros, toque de cotovelo, alongamento peitoral, cruzado á na frente,
puxado para trás por trás das costas, puxada acima da cabeça, alongamento do
bíceps, tríceps, antebraço e membros inferiores alongamento dos flexores do
quadril, alongamento de quadríceps, no tempo de 5 minutos. Foi realizada uma
caminhada dentro da piscina, fazendo transferências de peso ântero-posterior,
médio-lateral, látero-lateral e exercícios de equilíbrio de pernas, 10 minutos.
53
Posteriormente, a paciente realizou exercícios ativo-assistidos com macarrão, que
consistia em atravessar a piscina com macarrão, realizando abdução e adução de
ombros e quadris, 20 minutos. Na sequência, foram utilizados halteres de 1 kg
realizando movimentos de abdução e adução resistida do ombro em direção ao
fundo, em seguida, flexão resistida de ombro, 10 minutos. Posteriormente,
exercícios de fortalecimento com auxílio de caneleira de 1 kg no membro inferior
direito realizando movimentos de chute, ao mesmo tempo em que andava dentro da
piscinae depois realizando o mesmo movimento com a caneleira no membro inferior
esquerdo, por 10 minutos. Não houve intercorrências.