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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL Marcio Cardoso EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA Dissertação de Mestrado FLORIANÓPOLIS 2003

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Page 1: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Marcio Cardoso

EEFFEEIITTOO DDOO TTIIPPOO DDEE CCOOAAGGUULLAANNTTEE NNAA PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE LLOODDOO DDEE EESSTTAAÇÇÃÃOO DDEE TTRRAATTAAMMEENNTTOO DDEE ÁÁGGUUAA

Dissertação de Mestrado

FLORIANÓPOLIS 2003

Page 2: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

MARCIO CARDOSO

EEFFEEIITTOO DDOO TTIIPPOO DDEE CCOOAAGGUULLAANNTTEE NNAA PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE LLOODDOO DDEE EESSTTAAÇÇÃÃOO DDEE TTRRAATTAAMMEENNTTOO DDEE ÁÁGGUUAA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Ambiental da

Universidade Federal de Santa Catarina como

requisito parcial para obtenção do grau de

Mestre em Engenharia Ambiental.

Orientador: Profº. Maurício Luiz Sens, Dr.

FLORIANÓPOLIS 2003

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MARCIO CARDOSO

EEFFEEIITTOO DDOO TTIIPPOO DDEE CCOOAAGGUULLAANNTTEE NNAA PPRROODDUUÇÇÃÃOO DDEE LLOODDOO DDEE EESSTTAAÇÇÃÃOO DDEE TTRRAATTAAMMEENNTTOO DDEE ÁÁGGUUAA

Dissertação submetida ao corpo docente do Programa de Pós – Graduação em

Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina como parte dos

requisitos necessários para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Ambiental na Área de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

Florianópolis, abril de 2002.

______________________________________

Profº. Maurício Luiz Sens, Dr.

Orientador

Profº. Antonio Edésio Jungles, Dr.

Profº. Flavio Rubens Lapolli, Dr.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por permitir que pudesse vir a trabalhar com algo tão maravilhoso que é a

água.

A minha esposa Denise, pelo carinho, compreensão, amor e ajuda mesmo quando

estava distante em meus estudos.

Aos meus filhos Cintia e Diego, pelo amor e paciência dispensada.

Ao Professor Dr. Maurício Luiz Sens pela orientação neste trabalho.

Ao Professor Dr. Flávio Rubens Lapolli, pela ajuda e compreensão, sem estes dois

queridos mestres não terminaríamos este trabalho.

Aos meus colegas, Jairo Ambrosine e Roberto Fasanaro pela ajuda e dedicação.

Aos colegas de trabalho, Orlando, Valmir, André, Nestor, Murilo e Inara, da Estação

de Tratamento de Água, do SAMAE de Brusque, pela magnífica ajuda e

compreensão.

Ao diretor do SAMAE de Brusque eng0 Roberto Bolognini, por sua ajuda.

Ás empresas Sulfatos Riograndense, Projesan e CO Muller pela doação dos

reagentes, equipamentos e dados técnicos.

Aos colegas do LIMA (Laboratório Integrado do Meio Ambiente), pela ajuda e

compreensão.

À todos, que direta ou indiretamente colaboraram para esta pesquisa

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RESUMO

CARDOSO, Marcio. Efeito do tipo de coagulante na produção de lodo de estação de tratamento de água. 2002. 109f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Neste trabalho foram realizados estudos com objetivo de determinar a produção de

lodo na sedimentação para diversos coagulantes, mantendo-se a clarificação em

níveis aceitáveis, na água do Rio Itajai Mirim, em reator estático. Para a execução

deste trabalho foram usados os seguintes coagulantes: Sulfato de

Alumínio[Al2(SO4)3], Floculan[FeCl3.Fe2(SO4)3], Polifloc{[FeCl3.Fe2(SO4)3]n

Al2(SO4)3}com variações em 7% de óxido de ferro com 2% de óxido de alumínio, 4%

de óxido de ferro com 5% de óxido de alumínio e 2% de óxido de ferro com 7% de

óxido de alumínio, Sulfato Ferroso, Policloreto de Alumínio, Sulfato Férrico e

Polieletrólito Catiônico Médio. Após a realização dos estudos constatou-se que os

coagulantes inorgânicos, Sulfato Férrico, Cloreto Férrico e Policloreto de Alumínio,

tiveram um rendimento excelente na remoção de turbidez e cor, bem como na baixa

produção de lodo. O coagulante Orgânico Polieletrólito Catiônico Médio (Polímero PC

109 da Byer), com turbidez elevada (806NTU), promoveu excelente decaimento

desta e, reagiu pouco com a cor, porém promoveu uma excelente sedimentação do

lodo produzido.

Palavras chave: Estação de tratamento, água, produção de iodo

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ABSTRACT

CARDOSO, Marcio. Efeito do tipo de coagulante na produção de lodo de estação de tratamento de água. 2002. 109f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

In this work studies were accomplished with objective of determining the sludeg

production in the sedimentation for several clotting, staying the clarification in

acceptable levels. For the execution of this work the following ones were used

clotting: aluminum sulfate [Al2(SO4)3], Floculan[FeCl3.Fe2(SO4)3],

Polifloc{[FeCl3.Fe2(SO4)3]n Al2(SO4)3}com variations in 7% of oxide of iron with 2%

of oxide of aluminum, 4% of oxide of iron with 5% of oxide of aluminum and 2% of

oxide of iron with 7% of oxide of aluminum, Ferrous Sulfate, Aluminum of Polichloride

, Ferric Sulphate and synthetic cationic polymer medium. After the accomplishment of

the studies it was verified that the inorganic coagulants, Ferric Sulfate, Ferric Chloride

and aluminum of Polichloride, had an excellent revenue in the turbidity removal and

color, as well as in the low sludge production. The Organic coagulant Synthetic

Polimer Cationic Medium (Polymer PC 109 of Byer), with high turbidity (806NTU), it

promoted excellent decline of this and, it reacted a little with the color, even so it

promoted an excellent sedimentação of the produced sludge.

key words : station of treatment, water, production iodine

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Moléculas de oleato de sódio, disperso em água ...................................20

Figura 2: Oleato de sódio disperso em água com a presença de Benzeno ...........20

Figura 3: Partícula coloidal e Potencial Zeta..........................................................25

Figura 4: Potencial Zeta segundo Johnson e Alexander.........................................26

Figura 5: Fases da coagulação..............................................................................33

Figura 6: Equipamento de ensaio de coagulação utilizado nos testes ....................51

Figura 7: Reservatórios utilizados para armazenagem da água .............................52

Figura 8: Espectrofotometro óptico Hach utilizado nas analises ...........................55

Figura 9: Turbidimetro Hach, utilizado nas determinações de turbidez...................56

Figura 10: Cone de Imhoff seguido da coleta da cuba para o cone .......................57

Figura 11: Buretas automáticas utilizadas nas titulações........................................57

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Dosagens do coagulante sulfato de alumínio e alcalinizante,

comparando com as características primárias com uma turbidez

de 31,6 NTU e cor de 155 UC, remanescentes da água em estudo .....61

Gráfico 2: Comparativo entre as características primárias da água bruta com

uma turbidez de 31,6 NTU e cor de 155 UC , e seus remanescentes,

com as dosagens do coagulante PAC e corretores de pH. ....................62

Gráfico 3: Comparativo entre as dosagens do coagulante sulfato férrico, e as

características constantes da legenda, com a turbidez primária 31,6

NTU e cor de 155 UC..........................................................................64

Gráfico 4: Comparativo das características da água bruta, e as remanescentes,

com o coagulante cloreto férrico. ...........................................................65

Gráfico 5: Comparando as dosagens de polifloc 2% Fe2O3 com 7% Al2O3 e

corretores de pH, com as características primárias e remanescentes

da água. .................................................................................................66

Gráfico 6: Comparativo das dosagens de polifloc 4% Fe2O3 com 5% Al2O3, e as

melhores dosagens dos reguladores de pH, com as características

primárias e as remanescente. .............................................................67

Gráfico 7: Comparativo das dosagens de polifloc 7% Fe2O3 com 2% Al2O3, e as

melhores dosagens dos reguladores de pH, com as características

primárias com as remanescente. ........................................................68

Gráfico 8: Dosagens do coagulante floculan, acidulante e alcalinizante,

comparando as características primárias da água com seus

respectivos remanescentes. ..................................................................69

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Gráfico 9: Dosagens do coagulante sulfato ferroso, acidulante e alcalinizante,

comparando as características primárias da água com as

remanescente. .......................................................................................70

Gráfico 10: Dosagens do coagulante polieletrólito catiônico médio, comparando

com as características primárias e remanescentes da água em

estudo. ................................................................................................71

Gráfico 11: Gráfico comparativo dos vários coagulantes com a característica

da água bruta, e a remanescente ou residual, como: cor,

turbidez, pH antes e após a coagulação, condutividade,

sólidos totais dissolvidos, sólidos sedimentáveis, ferro e Alumínio ........73

Gráfico 12: Comparativo entre as dosagens de sulfato de alumínio, com

as características primárias e remanescentes. ...................................75

Gráfico 13: Demonstrativo das dosagens do coagulante policloreto de alumínio

e as características primárias e remanescente da água bruta. ...........76

Gráfico 14: Aplicação de sulfato férrico, e sua ação nas características

primárias e remanescentes da água. ..................................................77

Gráfico 15: Comparativo das dosagens do coagulante cloreto férrico,

com as características primárias e residuais.......................................78

Gráfico 16: A eficiência do coagulante Polifloc 2% Fe2O3 + 7% Al2O3,

com as características primárias e residuais, da água em estudo

Gráfico 17: A eficiência do coagulante Polifloc 4% Fe2O3 + 5% Al2O3, ..................79

com as características primárias e residuais, da água em estudo ......80

Gráfico 18: Aa eficiência do coagulante Polifloc 7% Fe2O3 + 2% Al2O3, com

as características primárias e residuais da água em estudo ...............81

Gráfico 19: mostrando as dosagens do coagulante floculan e as dosagens

de alcali, para obtenção da dosagem ótima, e mostra as

características primárias e remanescentes da água ...........................82

Gráfico 20: Dosagens do coagulante sulfato ferroso, comparando

com as características prímarias e remanescente da água.................83

Gráfico 21: A dosagem do coagulante polieletrólito catiônico médio, comparando

com as características primárias e remanescentes da água...............84

Gráfico 22: Resultados obtidos a partir de uma turbidez de 246 NTU e uma

cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim,

com dez coagulantes, comparando os parâmetros primários

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e remanescente, como; turbidez, cor, residual de ferro total,

alumínio residual, sólidos sedimentáveis, sólidos totais

dissolvidos e condutividade.................................................................86

Gráfico 23: Dosagens do coagulante sulfato de alumínio, comparando

com as características primárias e remanescentes, da água..............88

Gráfico 24: Desempenho do policloreto de alumínio com as características

primárias da água em estudo, comparando com as remanescentes...89

Gráfico 25: Dosagens de acidulante e do coagulante sulfato férrico,

comparando com as características primárias e remanescente..........90

Gráfico 26: Dosagens de alcalinizante, e do coagulante cloreto férrico,

comparando com as características primárias e remanescentes

da água ...............................................................................................91

Gráfico 27: Dosagens do coagulante polifloc com 2% em Fe2O3 e com 7%

em Al2O3, comparando com as características primárias e

remanescente da água.......................................................................92

Gráfico 28: Dosagens do coagulante Polifloc 4 % de óxido de ferro e 5% de

óxido de alumínio, e comparando as características primárias

com as remanescentes da água .........................................................93

Gráfico 29: Comparativo da dosagem do coagulante Polifloc 7% de óxido

de ferro e 2% de óxido de alumínio, e as características

primárias e remanescente da água .....................................................94

Gráfico 30: Dosagens de acidulante e do coagulante floculan comparando

as características iniciais e remanescentes da água...........................95

Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso, comparando as

características primárias com as remanescentes................................96

Gráfico 32: Demonstrativo das dosagens do coagulante polieletrólito catiônico

médio, comparando com as características primárias e

remanescentes da água ......................................................................97

Gráfico 33: Resultados obtidos a partir de uma turbidez de 806 NTU e uma

cor de 2172 u.C. da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez

coagulantes, comparando os parâmetros primários e

remanescente, como; turbidez, cor, residual de ferro total,

alumínio residual, sólidos sedimentáveis, sólidos totais

dissolvidos e condutividade.................................................................99

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Composição média de algumas fontes de amido..................................... 42

Quadro 2: Características da água bruta a ser testada............................................. 60

Quadro 3 : Características da água ......................................................................... 74

Quadro 4: Características primárias da água a ser ensaiada. .................................. 87

Quadro 5: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho ..............101

Quadro 6: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho ..............102

Quadro 7: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho ..............103

Quadro 8: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho .............104

Quadro 9: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho ..............105

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ 6 LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................. 7 LISTA DE QUADROS .............................................................................................. 10 CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................ 15

1.1 Contextualização .............................................................................................. 15

1.2 Objetivos ........................................................................................................... 17

1.2.1 Objetivo geral................................................................................................... 17

1.2.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 17

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................... 18 2.1 Breve histórico................................................................................................. 18

2.2 Colóides............................................................................................................. 19

2.2.1 Colóides hidrófilos ......................................................................................... 21

2.2.2 Colóides hidrófobos ......................................................................................... 21 2.3 Características dos Colóides........................................................................... 21

2.3.1 Movimento Browniano...................................................................................... 21

2.3.2 Efeito Tyndal.................................................................................................... 22

2.3.3 Adsorsão superficial......................................................................................... 22

2.3.3 Adsorsão superficial......................................................................................... 22

2.3.4 Propriedades eletrocinéticas............................................................................ 22 2.4 Origem das cargas nas partículas coloidais e nas moléculas

de substâncias húmicas ................................................................................ 22

2.4.1 As formas de estabilidade das partículas e moléculas..................................... 22

2.4.2 Potencial Zeta.................................................................................................. 25 2.5 Cinética da coagulação .................................................................................... 28

2.5.1 Taxa de coagulação rápida.............................................................................. 29

2.5.2 Taxa de coagulação lenta ................................................................................ 30

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2.5.3 Estrutura do agregado ..................................................................................... 32 2.6 Fases da coagulação........................................................................................ 33

2.7 Coagulação com compostos de alumínio ...................................................... 34

2.7.1 A química da coagulação com sulfato de alumínio .......................................... 36

2.7.2 Reação do sulfato de alumínio com a alcalinidade natural .............................. 37

2.7.3 Sulfato de alumínio com cal (Hidróxido de cálcio)............................................ 37

2.7.4 Sulfato de alumínio barrilha (Carbonato de sódio) ........................................... 38 2.8 Sulfato ferroso com cal (Hidróxido de cálcio)............................................... 38

2.9 Cloreto férrico com a alcalinidade natural ..................................................... 38

2.10 Sulfato férrico anidro com alcalinidade........................................................ 38

2.11 Caparrosa clorada .......................................................................................... 38

2.12 Os Polieletrólitos na clarificação das águas ............................................... 39

2. 12.1 Polímero Catiônico........................................................................................ 40

2.12.2 Polímero Aniônico.......................................................................................... 40

2.12.3 Polímero Não – Iônico ................................................................................... 41

2.12.4 Composição média de algumas fontes de amido........................................... 42

2.12.5 Aplicação de polímero como auxiliar de filtração ........................................... 44 2. 13 Teoria e técnica da mistura rápida ............................................................... 44

2.13.1 Fatores que influem no processo................................................................... 46

2.13.2 Método de escolha do gradiente correto ....................................................... 47 2.14 Floculação ....................................................................................................... 47

2.14.1 Estudos e ensaios de laboratório ................................................................... 48

2.14.2 Tipos de floculadores..................................................................................... 49

2.14.3 Graduação da agitação na floculação............................................................ 49

2.14.4 Controle da eficiência da floculação............................................................... 49

2.14.5 Curto-circuito.................................................................................................. 50

2.14.6 Verificação da eficiência da floculação através da sedimentação................. 50

CAPÍTULO 3 - MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................... 51

3.1 Sistema de testes.............................................................................................. 51

3.2 Método da coleta e conservação da água para os testes ............................. 52

3.3 Ensaio de coagulação ...................................................................................... 53

3.3.1 Os procedimentos para os ensaios de coagulação.......................................... 53

3.3.2 Reagentes utilizados nos testes de coagulação ( jar – test) ............................ 54

3.3.3 Métodos analíticos utilizados ........................................................................... 55

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CAPÍTULO 4 – RESULTADOS DOS EXPERIMENTOS E DISCUSSÕES .............. 60

4.1 Ensaios com água de turbidez 31,6 NTU e 155 UC ........................................ 60

4.1.1 Testes com Sulfato de Alumínio ...................................................................... 61

4.1.2 Testes com Policloreto de Alumínio (PAC) ...................................................... 62

4.1.3 Testes com Sulfato Férrico .............................................................................. 63

4.1.4 Testes com o Cloreto Férrico........................................................................... 64

4.1.5 Testes com Polifloc 2% Fe2O3 com 7% Al2O3 ................................................. 66

4.1.6 Testes com Polifloc 4% Fe2O3 com 5% Al2O3 ................................................. 67

4.1.7 Testes com Polifloc 7% Fe2O3 com 2% Al2O3. ................................................ 68

4.1.8 Testes com Floculan [FeCl3. Fe2(SO4)]............................................................ 69

4.1.9 Testes com Sulfato ferroso Fe(SO4) ................................................................ 70

4.1.10 Testes com Polímero Catiônico Médio........................................................... 70

4.1.11 As melhores dosagens da água em estudo, com uma

Turbidez de 31,6 NTU e Cor de 155 UC........................................................ 72

4.2 Ensaio com Água de Turbidez 246 NTU e 940 UC ......................................... 74

4.2.1 Testes Usando como Coagulante o Sulfato de Alumínio ................................. 75

4.2.2 Testes com Policloreto de Alumínio (PAC) ...................................................... 76

4.2.3 Testes com Sulfato Férrico .............................................................................. 77

4.2.4 Testes com Cloreto Férrico.............................................................................. 78

4.2.5 Testes com Polifloc 2% Fe2O3 + 7% Al2O3 ...................................................... 79

4.2.6 Testes com Polifloc 4% Fe2O3 + 5% Al2O3 .................................................... 80

4.2.7 Testes com Polifloc 7% Fe2O3 + 2% Al2O3 ...................................................... 81

4.2.8 Teste com Coagulante Floculan ...................................................................... 82

4.2.9 Testes com o Coagulante Sulfato Ferroso....................................................... 83

4.2.10 Testes com Coagulante Polieletrólito Catiônico Médio .................................. 84

4.2.11 Melhores Dosagens, com Turbidez de 246 NTU e Cor de 940 UC................ 85 4.3 Ensaio com Água de Turbidez 806 NTU e 2172 UC ....................................... 87

4.3.1 Teste usando o coagulante Sulfato de Alumínio.............................................. 88

4.3.2 Ensaios com o coagulante Policloreto de alumínio .......................................... 89

4.3.3 Testes com o coagulante Sulfato Férrico......................................................... 90

4.3.4 Testes com o coagulante Cloreto Férrico ........................................................ 91

4.3.5 Testes com o Coagulante Polifloc 2% Fe2O3 e 7% de Al2O3 ........................... 92

4.3.6 Teste com Polifloc Com 4% de Fe2O3 mais 5% de Al2O3 ................................ 93

4.3.7 Ensaios Com o Coagulante Poliflic 7% Fe2O3 mais 2% de Al2O3 .................... 94

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4.3.8 Teste com o coagulante Floculan .................................................................... 95

4.3.9 Teste com o coagulante Sulfato Ferroso ......................................................... 96

4.3.10 Teste com o coagulante Polieletrólito Catiônico Médio .................................. 97

4.3.11 As melhores dosagens e características da água em estudo, com uma

Turbidez de 806 NTU e Cor de 2172 UC....................................................... 98

4.3.12 Quadros comparativos para cada reagente e turbidez pesquisados............100

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................106 5.1 Conclusões .....................................................................................................106 5.2 Recomendações .............................................................................................107 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................108

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15

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

Podemos encontrar, uma variedade muito grande, de substâncias,

espécies químicas, microorganismo, etc., em águas superficiais ( rios, lagos ) ou em

águas subterrâneas. Muita destas impurezas podem causar a turbidez ou a cor,

como também, podem ou não sedimentar. Dentre as impurezas podemos destacar,

as partículas com características bem definidas denominadas colóides. Estes

colóides, por possuírem carga superficial negativa, não se aproximam umas das

outra, mantendo um grau de repulsão muito grande, permanecem no meio até que

sejam criadas condições favoráveis para a sua remoção. A força gravitacional não

terá influencia em sua suspensão ou precipitação, devido a sua enorme área

superficial em relação a seu peso.

Em tratamento de água, se faz necessário a retirada destas partículas,

substâncias ou espécies, para que se obtenha uma ótima qualidade da água. Para

a remoção destas partículas, substâncias ou espécies são utilizados várias técnicas

de tratamento de água. As técnicas de tratamento utilizadas para a remoção destas

impurezas variam de acordo com o tamanho das partículas, espécies e a condição

físico-química da água. Quando temos partículas suspensas de diâmetros

relativamente grande, basta uma decantação seguida ou não de uma filtração, mas

quando encontramos partículas muito pequenas e com carga negativa, faz-se

necessário o uso de um eletrólito forte para a sua remoção. No caso de termos

muitas partículas coloidais o uso de uma coagulação é de extrema necessidade.

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16

Poderíamos definir a coagulação como a “dessestabilização das

partículas coloidais suspensas, ou seja, a remoção das forças que as mantém

afastadas”. Segundo Campos e Povinelli em Técnicas de Abastecimento e

Tratamento de Água (1977), coagular provém do latim coagulare, que significa

juntar.

A coagulação, efetuada por eletrólitos, e geralmente por sais de ferro e

alumínio, resulta de dois fenômenos: o primeiro, essencialmente químico, consiste

nas reações do coagulante com a água e na formação de espécies hidrolisadas com

carga positiva e depende da concentração do metal e do pH final da mistura; o

segundo, fundamentalmente físico, consiste no transporte das espécies hidrolisadas

para que haja contato com as impurezas presentes na água. O processo é muito

rápido, variando de décimos de segundo à cerca de 100 segundos, dependendo das

demais características, como pH, temperatura, turbidez, etc. Em uma estação de

tratamento de água ( E T A ), ele é realizado, no reator de mistura rápida ( DI

BERNARDO, 1993).

Entre as impurezas contidas nas águas naturais encontram-se partículas

em suspensão e partículas em estado coloidal.Partículas mais pesadas do que a

água podem se manter suspensas nas correntes líquidas pela ação de forças

relativas à turbulência decantação ou sedimentação é um processo dinâmico de

separação de partículas sólidas suspensas nas águas. Essas partículas, sendo mais

pesadas do que a água tenderão a cair para o fundo, com uma certa velocidade

(AZEVEDO NETTO, 1976). Embora a sedimentação seja uma técnica muito antiga,

pela própria condição natural do fenômeno, somente neste século é que foram

registrados estudos teóricos e pesquisas acerca de sua aplicação para a clarificação

de água, apesar das leis físicas, básicas, terem sido estabelecidas desde o início do

século passado (DI BERNARDO, 1993).

Existem vários estudos realizados com água preparada em laboratório,

como, por exemplo, o tratamento de uma água com 105 NTU de turbidez, usando

Caulim para isto. Segundo os autores Ndabigengesere e Narasiah (1997), usando

um coagulante a base de sementes secas de Moringa Oleifera, obtiveram volume

de 1,5 ml por litro, e com alumém, com a mesma água obtiveram a produção de 7,6

ml/l.

Para a água em estudo, água bruta coletada do Rio Itajaí Mirim, não há

dados bibliográficos disponíveis para comparações, pois não havia a preocupação

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de se medir o índice de lodo formado, visto que não havia cobrança pelos

instrumentos legais de4 fiscalização. Porém recentemente a legislação brasileira tem

exigido o tratamento e disposição final controlada, do lodo produzido nas ETAs.

Assim sendo se faz necessário um estudo, já na fase de coagulação e floculação,

visando uma melhor compactação ou redução do volume de gerado.

O projeto de estações de tratamento tradicionalmente tem sido baseados

em critérios empíricos, muitos dos quais, efetivamente, são conseqüência de

critérios racionais aplicados a algumas instalações que deram bons resultados e,

então, erroneamente tomados como critérios de projeto de uso geral. É o caso, por

exemplo, do dimensionamento de decantadores, que, até recentemente, era

baseado no tempo de detenção, fixado geralmente entre 2 e 4 horas (RICHTER e

AZEVEDO NETTO, 1991).

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

!"Buscar alternativas, quanto a produtos químicos ou eletrólitos que

visam melhorar a qualidade da água e diminuir a quantidade de lôdo.

1.2.2 Objetivos específicos

!"tratabilidade da água do Rio Itajai mrim em Brusque, Santa Catarina

por diferentes coagulantes;

!" melhores dosagens nos diversos coagulantes;

!"estudo de produção de lodo no tratamento por diversos coagulantes;

!"necessidade ou não de alcalinizante ou acidulante para os coagulantes

testados.

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CAPÍTULO 2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Breve histórico

Conta a história que vários eletrólitos foram utilizados, para a coagulação,

onde o sucesso nem sempre foi alcançado. Foram usados, por exemplo no Egito,

farinhas de favas de amendoim, na Índia, nozes moídas e, na china, o alume, sulfato

duplo de alumínio e potássio, verdadeiro precursor dos modernos coagulantes

minerais (PAN AMERICANA S.A. INDUSTRIAS QUÍMICAS).

O uso do sulfato de em escala industrial, ocorreu somente em 1853, por J.

Simpson, na Inglaterra. Porém só em meados de 1885 surgiram as patentes de

Isaiah Hyatt para a utilização desse produto nas instalações dos Departamentos de

Água Potável das cidades de Somerville e Raridam, em Nova Jersey (PAN

AMERICANA S.A. INDUSTRIAS QUÍMICAS).

Para que possamos ter noção de consumo de eletrólitos coagulantes,

vale lembrar que no Japão, somente no ano de 1975, foram consumidos: 300000 ton

de sulfato de alumínio, 20000ton de cloreto férrico, 200000 ton de policloreto de

alumínio, e aproximadamente 2000ton de coagulantes orgânicos (PAN

AMERICANA S.A. INDUSTRIAS QUÍMICAS).

2.2 Colóides

Por volta de 1860, Thomas Graham descobriu que substâncias como

goma arábica, gelatina, albumina, amido, determinados microorganismos, algas,

etc., difundem, em solução, muito vagarosamente. Graham descobriu, também, que

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estas substâncias não dialisavam (filtragem por meio de membranas filtrantes).

Compreende-se hoje que essas diferenças na capacidade de atravessar poros de

uma membrana e na velocidade de difusão são devidas às diferenças do tamanho

das moléculas do soluto. Graham chamou estas substâncias que não dialisavam de

colóides (do grego kolla). Alguns colóides são constituídos de moléculas bem

definidas, de massa molecular constante e forma molecular específicas, que

permitem agrupar-se num retículo cristalino (PAULING, 1969).

Do ponto de vista energético algumas partículas coloidais são

termodinamicamente estáveis e denominados colóides reversíveis, incluindo

moléculas de detergente ou sabão (miscela), proteínas, amidos e alguns polímeros

de cadeia grande. Outros colóides, como argilas, óxidos metálicos, microrganismos,

etc., estão sujeitos à coagulação. Em tratamento de água, é muito comum referir-se

aos sistemas coloidais como hidrófobos ou suspensóides quando repelem a água, e

hidrófilos ou emulsóides quando apresentam afinidade com a água (DI BERNARDO,

1993).

2.2.1 Colóides hidrófilos

Os colóides hidrófilos são compostos de grupos polares, solúveis em

água, que atraem para próximo de si moléculas do meio dispersante, formando uma

película de ação protetora, tornando o colóide bastante estável ( difícil coagular).

Graxas, óleos sabões e detergentes pertencem a este grupo, quando disperso em

água. Os sabões e detergentes podem ser chamados eletrólitos coloidais, tendo em

vista seu comportamento, quando lançados em meio aquoso. Hess ( 1937 ),

empregando difração de raios-X, descobriu que moléculas de oleato de sódio,

quando dispersas em água, juntavam-se aos pares, formando agrupamentos, como

mostra a figura abaixo ( CAMPOS e POVINELLE,1977).

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Figura 1: Moléculas de oleato de sódio, disperso em água.

Note-se que as moléculas de aleato de sódio apresentam um extremo

hidrófilo e se agrupam ordenadamente.

A figura a baixo mostra o comportamento do aleato de sódio quando

lançamento de pequena quantidade de benzeno, em água. É interessante observar

que as moléculas do oleato se aderem ao redor de gotículas de benzeno tornando-

as altamente hidrófilas (CAMPOS e POVINELLE, 1977).

Figura 2: Oleato de sódio disperso em água com a presença de Benzeno.

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De maneira análoga ao que se verifica com o benzeno, esta solubilização

ocorre com determinadas impurezas, presentes na água, evidenciando os problemas

que sabões e detergentes acarretam, no tratamento de água, produzindo micelas

hidrófilas bastante estáveis (CAMPOS e POVINELLE,1977).

2.2.2 Colóides hidrófobos

Neste caso, a fase dispersa é constituída de material insolúvel em água.

Esses colóides ocorrem em maior quantidade que os hidrófilos nas águas

destinadas a abastecimento. Suas propriedades eletrocinéticas são bastante

importantes e serão estudadas no item Potencial Zeta (CAMPOS e POVINELLE,

1977).

2.3 Características dos Colóides

As partículas coloidais apresentam dimensões desde 10-3 µm até 1 µm,

não podendo ser observadas com o emprego de microscópio comum. Convém

salientar que as dimensões não podem ser generalizadas, pois existem partículas

com tamanhos maiores.

2.3.1 Movimento Browniano

Considerado como sendo o bombardeio entre as partículas dispersas,

pelas moléculas da fase dispersante. Este bombardeio é constante, pois a agitação

da fase dispersante sempre existe, provocando um movimento desordenado das

partículas.

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2.3.2 Efeito Tyndal

Dispersão dos raios de luz, pelas partículas coloidais, devido ao seu

grande tamanho em relação ao comprimento de onda. Já as partículas do meio são

pequenas demais para afetar sua propagação.

2.3.3 Adsorsão Superficial

Divisão muito fina, de uma determinada partícula, que acompanhada de

tensões, aumenta a superfície de contato, fazendo com que haja a adsorsão. As

partículas coloidais adsorvem cargas elétricas da fase dispersante.

2.3.4 Propriedades Eletrocinéticas.

Conseqüência do potencial eletrostático que as partículas coloidais

adquirem por adsorsão, de cargas elétricas da fase dispersante. Este potencial dá

aos colóides a capacidade de se moverem, sob a ação de um campo elétrico

(CAMPOS e POVINELLE, 1977).

2.4 Origem das cargas nas partículas coloidais e nas moléculas de substâncias húmicas

2.4.1 As formas de estabilidade das partículas e moléculas

1. Estabilização eletrostática Na água, a maior parte das partículas e moléculas de substâncias húmica

possui superfície carregada eletricamente, usualmente negativa e decorrente de três

processos:

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a) Grupos presentes na superfície sólida podem, ao reagir com a

água, receber ou doar prótons.

Óxido insolúvel na superfície, como a sílica com o grupo silanol(SiOH),

pode se tornar positivo ou negativo:

SiOH2+ ⇔ SiOH + H+ (reação 1)

SiOH ⇔ SiO- + H+ (reação 2)

AlOH2+ ⇔ AlOH + H+ (reação 3)

AlOH ⇔ AlO- (reação 4)

Substâncias orgânicas podem conter grupos carboxílico e amina e

reagirem da seguinte forma:

COOH COO-

R ⇔ R + H+ (reação 5)

NH3+ NH3

+

COO- COO-

R ⇔ R + H+ (reação 6)

NH3

+ NH2

Nessas reações a carga superficial da partícula sólida depende da

concentração de prótons (H+) ou do pH da água. Com o aumento do pH diminui a

concentração de prótons e, o equilíbrio nas reações 1,2,3 e 4, deslocam-se para a

direita, e a superfície sólida torna-se mais negativa. Para valores de pH superiores a

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2 a sílica se torna negativa na água enquanto que os grupos carboxílicos e amina,

geralmente apresentam-se negativos para valores de pH maiores que 4.

b) Grupos superficiais podem reagir com a água, com outros solutos além

de prótons; considerando a sílica como um óxido representativo, tem-

se:

SiOH + Ca+2 ←→ SiOCa+ + H+ (reação 7)

SiOH + HPO4-2 ← → SiOPO3H- + OH- (reação 8)

Essas reações de formação de complexos envolvem reações químicas

específicas entre grupos da superfície da partícula ( grupo silanol, por exemplo ) e

solutos absorvíveis ( íon fosfato ) e dependem do pH.

c) Imperfeições na estrutura da partícula (substituição isomórfica) são

responsáveis por parcela substancial da carga das argilas minerais.

Tipicamente, plaquetas de sílica tetraédrica são cruzadas por plaquetas

de alumina octaédrica de modo que, se um átomo de silício é

substituído por um de alumínio durante a formação da plaqueta, resulta

superficial negativa.

O O O O O O O O -1

Si Si Si → Si Al Si (reação 9)

O O O O O O O O

carga líquida zero carga líquida –1

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Devido aos três processos, através dos quais os colóides se apresentam

com carga de superfície negativa, ocorre um balanço com íons de carga contrária

presentes na água; por isso que o sistema coloidal não apresenta carga elétrica

“líquida” ( Di Bernardo ). A figura abaixo mostra um colóide.

Figura 3: Partícula coloidal e Potencial Zeta

2.4.2 Potencial Zeta

Se aplicarmos a uma dispersão coloidal, uma diferença de potencial,

através de eletrodos mergulhados nesta dispersão, observa-se que as partículas se

movem em direção aos eletrodos. Este fenômeno chama-se Eletroforese. Em águas

cujo pH se encontre entre 5 a 10, os colóides presentes, apresentam carga negativa

devido a adsorsão seletiva de ions eletronegativos.

Para explicar os comportamentos eletrocinéticos dos colóides, Gouy e

Stern propuseram a teoria da dupla camada.

Tomando-se uma superfície plana carregada negativamente, em contato

com um líquido que contenha íons positivos e negativos dissolvidos, haverá um

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acumulo de cargas positivas, próximo às paredes (camada compacta) e, enquanto

se afasta da mesma, o número de íons de cargas opostas tende a se igualar

(camada difusa).

Stern formulou a hipótese de que as camadas se assemelhariam a

condensadores, onde a capacidade total dos mesmos em série seria:

Cm Cd

Ct = onde, ( 1 )

Cm + Cd

Cd = capacidade do condensador constituído pela camada difusa.

Cm = capacidade do condensador constituído pela partícula e o início da

camada difusa

Stern considerou que Cm era aproximadamente constante e que Cd

dependia fortemente da concentração do eletrólito, presente no líquido.

Recentemente, Johnson e Alexander definiram o Potencial Zeta como a

energia requerida para se trazer uma carga unitária, desde o infinito até o plano de

Cisalhamento, sendo o plano de Cisalhamento aquele que separa a partícula do

resto da dispersão.

Figura 4: Potencial Zeta segundo Johnson e Alexander

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Helmholts, como Stern, compara a dupla camada a um condensador de

cargas iguais e opostas, distanciadas de δ.

Supondo-se q a carga das partículas e ζ o Potencial Zeta, tem-se, de

acordo com a eletrostática:

δ

ζ = 4 π q ( 2 )

Dc

Dc = constante dielétrica

O Potencial Zeta é proporcional à velocidade de eletroforese, como

mostra a equação de Helmholtz-Smoluchowski:

4 π v η

ζ = ( 3 )

Hp Dc

η = viscosidade absoluta da água, em poises

Hp = gradiente de potencial, em V/ cm

Podemos resumir então, que o Potencial Zeta é uma medida da

estabilidade de uma partícula e indica o potencial que se requer para penetrar a

camada de ions que envolvem a partícula, com a finalidade de desestabiliza-la. Um

Potencial Zeta alto indica que a partícula é mais estável. Do ponto de vista

eletrostático, o propósito da coagulação, é reduzir o Potencial Zeta por adição de

ions específicos e induzir a desestabilização das partículas. A coagulação acontece

por:

a) Diminuição do Potencial Zeta por adição de um eletrólito catiônico forte.

Este reduz as forças repulsivas, permitindo que a ação das forças

atrativas de Van Der Waals promovam a aglomeração. As dosagens do

eletrólito depende da concentração de colóide.

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b) A adição de um eletrólito catiônico e um alcali, da qual resulta a

formação de um hidróxido. As partículas se adsorvem sobre a

superfície do colóide, formando uma película.

c) Aglomeração devida a adição suficiente de um polieletrólito catiônico

para abaixar o Potencial Zeta até zero. Acontecem forças de atração e

o grande tamanho das cadeias poliméricas e suas pontes de união,

acabam unindo os colóides entre si.

d) Sistemas de coagulação, com polieletrólitos catiônicos e aniônicos.

e) Aglomeração de colóides negativos com um polieletrólito aniônico ou

catiônico.

2.5 Cinética da Coagulação

A taxa na qual um sol coloidal coagula é uma de suas características mais

importantes, as propriedades do sol são afetadas profundamente se o mesmo é

coagulado ou disperso. O conceito da taxa, W de estabilidade que mede a

afetividade da barreira de potencial impedindo que as partículas coagulem :

Números de colisões entre partículas

W = _______________________________________ ( 4 )

Números de colisões resultantes em coagulação

Acharemos estimativas para valores de W, de 105 com barreiras de

potencial bastantes modestas Vt max = 15 kT até valores de 1010, não são

impossíveis. A taxa de coagulação na ausência de uma barreira de potencial, Rf , só

está limitado pela taxa de difusão das partículas para um ao outro; isto é o domínio

rápido ou coagulação rápida. A taxa de coagulação lenta, Rs, é determinada por:

Rs = Rf / W equação 5)

Buscaremos uma relação entre W e a altura e extensão da barreira de

potencial.

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2.5.1 Taxa de coagulação rápida

A taxa de coagulação rápida foi calculada primeiro por von Smoluchowski

e o tratamento dele foi descrito por Overbeek ( 1952 ). Consideramos uma partícula

central e calculamos o número de partículas que difundem para aquela partícula

como resultado do movimento Browniano. O fluxo, Jf, de partículas cujos centros

atravessam todo o raio r da esfera que cerca a partícula central, e eventualmente

entra em contato com isto, é determinado pela lei de Fick:

dn

Jf = D 4 ! r2 ( 6 )

dr

Onde n é a concentração de partícula e D é o coeficiente de difusão. Isto

pode ser integrado para dar facilmente.

n = n0 – J / 4 ! D r ( 7 )

Onde n0 é a concentração de partícula longe da partícula central. O

número de colisões é calculado assumindo que uma partícula desaparece se

alcançar um raio r = 2 a, onde a é o raio da partícula. Se a partícula aproximando

toca a partícula central que desaparece porque os dois são tratados então como

uma única partícula. Assim n =0 quando r = 2a e assim

Jf = 8 ! D a n0. ( 8 )

Se a partícula central também estiver sob movimento Browniano o valor

apropriado para D é D = D1 + D2 e assim, se todas as partículas são do mesmo

tamanho, a taxa de coagulação inicial é:

- dn / dt = ½ x Jf x n0 = 8 ! D an02 = Rf. ( 9 )

O fator de ½ deve ser introduzido para evitar de se contar as colisões

duas vezes; partícula X que colide com a Y deve ser igual a Y que colide com a X.

Esta relação pode ser aplicado nas fases bem antes de ser dobrado ou triplicado no

cálculo. O tempo de coagulação rápido é caracterizado freqüentemente até que t1/2,

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requeridos para o número de partículas serem reduzidos à metade do valor inicial.

Podemos calcular isto integrando a equação 6, tratando n0 como variável

N0/2 t1/2

- ∫ dn / n2 = 8 ! Da ∫ dt ( 10 )

n0 0

n0/2

1 = 1 / n0 = 8 ! D at1/2 ( 11 )

n

n0

Sendo que t1/2 = 1/8 ! Dan0 ( 12 )

Após uma série de substituição do D, em relações de Einstein e usando

outras equações para o fator de fricção teremos:

T1/2 = 6!"a / 8!ak Tn0 = 3" / 4kTn0 ( 13 )

Em água a 25ºC, com n0 em partículas por Cm3, isto significa que:

t1/2=2x 1011/ n0 segundos. Soluções bastante concentradas, >5%, teria

valores de cerca de 1014 Cm-1 e assim teria um tempo de coagulação rápido na

ordem de milionésimo de segundo. O sistema habitualmente estudado tem valores

em torno de segundos e minutos.

2.5.2 Taxa de coagulação lenta

Observa-se a partir do total de potencial energético de interação, não ser

possível levar em conta a barreira de energia, simplesmente verificando quais

partículas tem energia suficiente para se sobrepujar. É tão alto e espesso que uma

partícula tem que compartilhar a barreira por uma sucessão longa de movimentos

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Browniano, onde alguns dos quais empurram para cima e para baixo a barreira. A

força em uma partícula devido à presença da barreira é dVt/ dr e sua velocidade é

obtida dividindo esta força pelo fator de fricção ( B = 6!"r ). O fluxo de partículas

produzido pelo campo de força é a velocidade pela concentração. Para obter o fluxo

total usa-se a equn - 3. O número total de partículas que golpeiam a partícula central

em qualquer momento é:

Dn n dVT

J = 4!r2 2D ___ __ ____ ( 14

)

dr B dr

Por causa do movimento mútuo das duas partículas nós temos que

substituir B através de kT / 2D , em lugar de kT / D. A solução da equação diferencial

resultante.

Jexp(- V ) ⌠ r dr

N = n0exp(-V ) +_______ - expV

( 15 )

8! D ⌡∞ r2

Onde V=Vt / kT. Satisfaça a condição de n = 0 quando r = 2, o fluxo deve

ser dado por:

8πDn0

Js = ∞ ( 16 )

∫ exp V ( dr / r2 )

2a

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Os limites estimam que J quando não há nenhum potencial entre as

partículas (Vt = 0 ), com exceção de uma atração infinitamente forte quando eles na

verdade estabelecem contato, é novamente determinado por:

Jf = 16πDan0 ( 17 )

A taxa de coagulação rápida e lenta são diretamente proporcionais aos

fluxos Jf e Js, a relação de estabilidade é determinada por

∞ ∞

W = Rf / Rs = Jf / Js = ∫ exp V dr / r2 = 2 ∫ exp ( V / kT ) ds / s2 ( 18 )

2a 2

Onde s = r/a . Esta integral pode ser avaliada graficamente ou

numericamente, Verwey e Overbeek (1948) mostraram que W era quase

completamente determinado pelo valor de Vt em seu máximo. Cálculos detalhados

sugerem que Vmax = 15kT, W é da ordem 105 para Vmax = 25kT, W é

aproximadamente 109.

2.5.3 Estrutura do agregado

Foi reconhecido que quando uma solução coloidal coagula rápida, o

resultado é um agregado muito solto no qual a maioria das partículas tende a unir –

se a duas ou três outras partículas. A estrutura dos floculos é muito fina, e contém

muito solvente agregado ( normalmente água ). O volume dos sedimentos é, porém,

muito grande e, se o sistema se concentra, pode ser tão grande que enche o volume

disponível assim o flóculo ocupa muito espaço. Por outro lado, se a solução está

sofrendo coagulação lenta, os flóculos tendem a ser muito mais denso e entretanto

eles podem ocupar mais lentamente espaços, eles ocupam um volume final menor.

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2.6 Fases da Coagulação

Figura 5: Fases da coagulação.

Quando se fala da carga eletrostática das partículas de uma suspensão

se refere a carga média das partículas, já que cada uma possui carga distinta. Assim

quando se diz que uma suspensão alcançou seu ponto isoelétrico, significa que a

média das cargas é zero, pois na realidade existem uma certa quantidade de

partículas com cargas positivas ou negativas. Convém distinguir entre:

a) Colóides que existem na suspensão e que se quer dessestabilizar.

b) Colóides que se formam ao se adicionar os coagulante.

Tendo em conta estas diferenças, pode-se considerar que a coagulação

se desenvolve em cinco fases:

I) Hidrólises dos coagulantes e dessestabilização das partículas coloidais

existente na suspensão.

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II) Precipitação e formação de compostos químicos que se polimerizam.

III) Adsorção das cadeias poliméricas na superfície dos colóides .

IV) Adsorção mútua entre colóides.

V) Ação de varredura.

Ao se adicionar um coagulante na água, este se hidrolisa e pode produzir

a dessestabilização das partículas, por simples adsorção específica dos produtos de

hidrólise na dupla camada que rodeia os colóides de carga negativa (fase I). Os

produtos da hidrólise dos coagulantes sofrem reações de polimerização e se

transformam em longas cadeias com extremos ativos (fase II). Estas cadeias podem

ser facilmente adsorvidas nos sítios vazios, pelos colóides da suspensão (fase III).

Os extremos destas cadeias podem aderir-se a outros colóides que tenham sítios

vazios, ligados por cadeias poliméricas (fase IV). Ao sedimentar estes coágulos

esbarram noutras partículas e com um efeito varredura se incorporam a outros

colóides.

A dessestabilização mais efetiva, resulta do contato de partículas

coloidais com pequenos microflocos com cargas positivas de OH ( Suarez- 1987).

2.7 Coagulação com Compostos de Alumínio

O composto de alumínio mais empregado é o sulfato de alumínio.

(Al2(SO4)3 . 14 H2O ), que reage com a alcalinidade da água para formar um

hidróxido insolúvel:

Al2(SO4)3 + 6 OH- → 2 Al(OH)3 + 3 SO4-2 (reação 10)

6 Al2(SO4)3 + 6 HCO3- → 2 Al(OH)3 + 3 SO4

-2 + 6 CO2 (reação 11)

Reações subseqüentes de hidrólises dos ions de alumínio, com a água

formam várias espécies de hidróxidos de cargas multivalentes.

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6 Al2(SO4)3.14,3H2O→Al(H2O)6+3+SO4

-+H2O→ Al(OH)2+

Al(OH)+2 → Al(OH)3 (reação 12)

Al7(OH)17+4

Os óxidos de alumínio resultantes Al2O3 são anfóteros dependendo do

pH.

[ Al+3 ] [ OH- ] = 1,9 x 10-33

Em condições de alcalinidade, o óxido de alumínio se dissocia em:

Al2O3 + 2 OH- → 2 AlO2- + H2O (reação 13)

[ AlO2- ] [ H+ ] = 4 x 10-15

Um esquema prático das reações químicas com as partículas de colóide

pode representada da seguinte maneira:

Quando adiciona-se o sulfato de alumínio na água, as moléculas se

dissociam em Al+3 e SO4-2. O Al+3 pode unir-se com partículas coloidais carregadas

negativamente neutralizando-as:

Al+3 + colóide → Al( colóide ) (reação 14)

Ou

Al+3 + 3OH- → Al (OH )3 (reação 15)

E

Al (OH )3 + ions positivos → Al (OH )3+ (reação 16)

O hidróxido de alumínio assim formado tem caráter coloidal, em

conseqüência, adsorve ions positivos da solução para formar um gel carregado

positivamente. O gel de hidróxido de alumínio, positivamente carregado, tem

capacidade de neutralizar a carga dos colóides negativos e ajuda na aglomeração

dos colóides.

Al (OH )3+ + colóide → Al (OH )3 colóide (reação 17)

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É comum um excesso de gel de hidróxido de alumínio, e sua remoção é

via ions sulfatos e outros ions negativos presentes na água.

Al (OH )3+ + SO4

-2 → Al (OH )3 + sulfatos adsorvidos (reação 18)

Como o íon alumínio trivalente é mais efetivo que o gel Al (OH )3+ na

redução do Potencial Zeta dos colóides negativos, e devido ao gel ser formado em

solução muito diluída, é importante que o sulfato de alumínio seja distribuído

rapidamente, uniformemente e com um gradiente de velocidade adequado.

2.7.1 A química da coagulação com sulfato de alumínio

As trocas quantitativas que ocorrem com relação ao pH, alcalinidade, etc.,

podem ser melhor entendidas mediante certas reações. Quando o sulfato de

alumínio é adicionado á água, se combina com ions hidróxidos da água para formar

hidróxido de alumínio fracamente ionizados, ions hidrogênio e ions sulfatos:

Al2(SO4)3 + 6 H2O → 2 Al(OH)3 + 3 SO4-2 + 6 H+ (reação 19)

Os ions H+ fazem o pH baixar, a ponto que não permite a formação do

hidróxido de alumínio, a não ser que sejam neutralizados. O bicarbonato presente na

água (alcalinidade natural) serve como agente neutralizador e trabalha assim:

HCO3- + H+ → H2CO3 + CO2 + H2O (reação 20)

Para desenvolver os aspectos quantitativos, é melhor escrever as

equações na forma molecular:

Al2(SO4)3 + 6 H2O → 2 Al(OH)3 + 3 H2SO4 (reação 21)

3 Ca(HCO3)2 + 3 H2SO4 → 3 CaSO4 + 6 CO2 + H2O (reação 22)

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Al2(SO4)3 + 3 Ca(HCO3)2 → 2 Al(OH)3 + 3 CaSO4 + 6 CO2 (reação 23)

2.7.2 Reação do sulfato de alumínio com a alcalinidade natural

Al2(SO4)3.18H2O+3 Ca(HCO3)2 → 2 Al(OH)3 + 3 CaSO4 + 6 CO2 + 18 H2O

(reação 24)

666,4 g 3 x 100 g 2 x 78 g 3 x 136 g 6 x 44 g

Coagulante Alcalinidade Hidróx. de Dureza Corros.

Natural Alumínio Permanente

1 mg/l de Sulfato de Alumínio requer:

300

666,4 = 0,45 mg/l de alcalinidade como CaCO3.

264

666,4 = 0,4 mg/l de CO2

2.7.3 Sulfato de alumínio com cal (Hidróxido de cálcio)

Al2(SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca(HO)2 → 2 Al(OH)3 + 3 CaSO4 + 18 H2O (reação 25)

1 mg/l de sulfato de alumínio requer:

168

666,4 = 0,25mg/l de cal

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2.7.4 Sulfato de alumínio barrilha (Carbonato de sódio)

Al2(SO4)3.18 H2O + 3 Na2CO3 → 2 Al(OH)3 + 3 Na2SO4 + 3 CO2 + 18 H2O

(reação 26)

1 mg/l de sulfato de alumínio requer :

318 666,4 = 0,48 mg/l de barrilha

2.8 Sulfato ferroso com cal (Hidróxido de cálcio)

FeSO4 . 7H2O + Ca(HO)2 → Fe(OH)2 + CaSO4 + 7 H2O (reação 27)

278 g

2.9 Cloreto Férrico com a Alcalinidade Natural

FeCl3 + 3 Ca(HCO3)2 → 2 Fe(OH)3 + 3 CaCl2 + 6 CO2 (reação 28)

2.10 Sulfato Férrico Anidro com Alcalinidade

Fe( SO4)3 + Ca(HCO3 )2 → 2Fe(OH)3 + 3CaSO4 + 6 CO2 (reação 29)

2.11 Caparrosa Clorada

6 FeSO4 . H2O + Cl2 → 2 Fe(SO4)3 + 2 FeCl3 + H2O (reação 30)

(Suarez , 1987; Di Bernardo, 1993; Weber, 1972; Leme, 1979).

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2.12 Os Polieletrólitos na Clarificação das Águas

Os polieletrólitos são polímeros originários de proteínas e polissacarídeos

naturais ou sintéticos. São formados por monómeros que dependendo da

característica podem ser catiônicos aniônicos. A teoria da floculação pode ser mais

bem compreendida quando se estuda a aplicação dos polieletrólitos na clarificação

da água. O estudo de sua aplicação em tratamento de água aumentará a

sensibilidade do leitor a respeito da explicação de como ocorre o fenômeno da

formação dos flocos, mormente quando se afirma que apenas o uso de um

polieletrólito catiônico é capaz de clarificar uma água.

Vejamos, preliminarmente, os tipos de polímeros usados em clarificação

de água, algumas de suas propriedades e suas fórmulas estruturais.

Há três tipos de polímeros que podem ser usados em tratamento de água:

catiônico, aniônico e noniônico. O catiônico é aquele que quando dissolvido em água

se ioniza, adquire carga positiva e atua como um autêntico catíon. O aniônico, de

maneira semelhante, adquire carga negativa e atua como aníon. O noniônico é

aquele que não se ioniza em água. Os polímeros noniônicos não são polieletrólitos,

mas são incluídos nassa categoria devido à semelhança de suas aplicações.

Os polieletrólitos são classificados em fortes e fracos.

Note-se que nos polímeros catiônicos a carga positiva fica ligada ao corpo

do polímero, ou seja, à cadeia do mesmo, e nos aniônicos a carga negativa é a que

fica ligada ao corpo do polímero (SANTOS FILHO, 1985).

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2. 12.1 Polímero Catiônico

Forte Fraco — CH2— CH— — CH2— CH— N-H+—

p-etilenoamino

C

⁄ \ \

O O

|

CH2

|

CH2

|

H3C—N+1—CH+Cl-

|

CH3

P – dimetilamino Etil acrilato ( metil cloreto ) quaternário

2.12.2 Polímero Aniônico Forte Fraco

— CH2 — CH — ∇ CH2 ∇ CH ∇

|

// ∴ C

| ||

\\ /

| - O O

SO3- ∇ Na+ ácido p- acrílico

P – viniltolueno ( sal sódico )

Ácido sulfônico

(sal sódico)

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2.12.3 Polímero Não – Iônico

∇ CH2 ∇ CH ∇

Ι

C

O NH2

P - acrilamida

Em se tratando de floculação, a carga do polímero e o seu peso molecular

são de grande importância.

O peso molecular dos polieletrólitos é geralmente muito alto e pode variar

desde 5.000 até 10.000.000. Os de pesos moleculares maiores são os adequados

para efetuar a floculação. Os polímeros de peso molecular alto têm cadeias muito

longas e por isso são capazes de estabelecer ligações entre partículas diminutas

dispersas na água, facilitando sua aglutinação e as transformando,

conseqüentemente, em partículas relativamente grandes. Para que a aglutinação de

partículas suspensas na água se verifique é necessário que a molécula do polímero

seja adsorvida nas superfícies de duas ou mais dessas partículas. Para tanto, são

fundamentais a carga, o peso molecular e o grupo funcional do polímero. A carga do

polímero serve para neutralizar as cargas da matéria em suspensão na água e o

grupo funcional, quanto mais atuante, mais facilitará a adsorsão das partículas ao

polímero (SANTOS FILHO, 1985).

Para se sentir como as cargas elétricas dos polímeros atuam no

fenômeno da coagulação pode-se fazer a seguinte experiência: adiciona-se um

excesso de polímero catiônico a uma água a ser clarificada. As partículas suspensas

adquirirão cargas positivas e permanecerão dispersas no seio da água. Isso se

constitui o que se chama “reversão de carga” da matéria em suspensão, pois de

negativas que eram tornaram-se positivas. A seguir neutraliza-se com cuidado o

excesso de cargas positivas usando-se um polímero aniônico. Aqui notar-se-á a

aglutinação das partículas e a conseqüente clarificação da água. ( DI BERNARDO,

1993 )

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Muitas águas são muito bem clarificadas quando se aplica uma pequena

quantidade de sulfato de alumínio e de polieletrólito catiônico. O uso puro e simples

de sulfato produziria um floco miúdo e demoraria muito a sedimentar.

Outras vezes a água exige uma super dosagem de sulfato e o uso de um

polieletrólito aniônico para alcançar a melhor clarificação e uma rápida sedimentação

dos flocos.

Os polieletrólitos não-iônicos são empregados muitas vezes como

coadjuvante de coagulação. Os flocos pequenos de hidróxido de alumínio se juntam

ao polímero, via ligação com hidrogênio, para formar flocos grandes (DI

BERNARDO, 1993).

2.12.4 Composição Média de Algumas Fontes de Amido

COMPONENTE Milho COMPOSIÇÃO %

Mandioca Batata

Amido 55,5 64,0 20,0

Proteínas 8,2 1,1 2,1

Fibras 2,4 1,1 1,1

Cinza 1,5 0,5 0,5

Outros (*) 32,4 33,3 76,3

(*) água, ácidos orgânicos, aminoácidos, sais inorgânicos, etc.

Quadro 1: Composição média de algumas fontes de amido

Dentre as propriedades dos amidos, destacam-se aquelas relacionadas à

preparação da solução. Depois de misturar-se o amido e água à temperatura de 18

e 25 ºC, surge uma coloração esbranquiçada. Com o aquecimento, inicialmente

ocorre um inchamento dos grãos, porém, não é sensível o aumento de viscosidade;

e os grãos conservam sua aparência. Com temperatura da ordem de 65 ºC, inicia-se

uma segunda fase de inchamento, os grãos aumentam muitas vezes seu tamanho

original e ocorre aumento significativo da viscosidade, de tal forma que os grãos

perdem sua estrutura original, ao mesmo tempo que há solubilização de pequena

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parte de seu conteúdo. Para temperaturas mais elevadas, em torno de 85 ºC, há

diminuição da viscosidade, resultando uma solução de aparência vítrea.

O inchamento, à temperatura ambiente, pode ser induzido por muitos

agentes, destacando-se os produtos químicos básicos. Nas soluções que

permanecem armazenadas à temperatura ambiente, ou mais baixa pode ocorrer o

fenômeno de retrogradação, em que, com o passar do tempo, uma parte do amido

se agrega, formando um precipitado cristalino, insolúvel. Geralmente a amilose

apresenta tendência mais acentuada que a amilopectina a retrogradação.

A ação de enzimas pode fracionar ou agrupar as moléculas dos amidos,

dependendo do pH, temperatura e tempo decorrido após a preparação da solução, e

geralmente a solução é preparada para ser consumida no máximo em um dia, para

seja evitada uma possível degradação dos amidos.

Esses polímeros naturais têm, em sua estrutura molecular, duas frações

distintas: amilose (não iônica), com coloração azulada intensa e amilopectina

(ligeiramente aniônica), com coloração violeta, se ambas estiverem na presença de

iodo. Em resumo, a amilose apresenta-se em forma de cadeia linear constituída por

unidades de glucopiranosa com uniões α -1, 4- dissacarídeos; e a de amilopectina,

possui estrutura ramificada com unidades de glucopiranosa e uniões iguais ás

encontradas na amilose, mas como as cadeias lineares se ligam a outra unidade de

glucopiranosa, forma-se as ramificações.

Não é muito bem definido, na literatura especializada, o grau de

polimerização ou o número de monômeros presentes na estrutura molecular de cada

fração; para o amido de batata o número de monômeros pode variar de 770 a 3700

na amilose e, de 1450 a 6000 na amilopectina, para o amido de milho, de 220 a 540

na amilose e de 1300 a 1450 na amilopectina; para o amido de mandioca, de 460 a

1050 na amilose e da ordem de 1300 na amilopectina. A separação das duas

frações é conseguida centrifugando-se uma pasta de amido preparada com água a

85 ºC (DI BERNARDO – 1993).

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2.12.5 Aplicação de polímero como auxiliar de filtração

Os polímeros sintéticos e naturais têm sido utilizados como auxiliar de

filtração, principalmente na tecnologia da filtração direta descendente. Não é usual

mas eles também podem ser usados na filtração de água decantada ou na filtração

direta ascendente. Em qualquer dos casos, o principal objetivo é impedir a

ocorrência do transpasse, essencialmente quando são empregadas elevadas taxas

de filtração ou meios filtrantes de maior granulometria. No entanto, dependendo da

carga hidráulica disponível para filtração, ou da perda de carga devida à retenção de

impurezas no meio filtrante, o transpasse poderá não ocorrer (DI BERNARDO 1993).

2. 13 Teoria e técnica da mistura rápida

A mistura rápida tem, por finalidade, promover a dispersão do coagulante

na água. Esta dispersão deve ser a mais homogênea, ou seja, uma distribuição

equânime e uniforme do coagulante à água, e a mais rápida possível. Isto constitui

um sério problema no tratamento de água, visto que as quantidades de coagulantes

utilizadas são muito pequenas comparadas com o volume de água a ser tratado.

A eficiência da coagulação e, portanto, das fases subseqüentes do

tratamento, está relacionada com a formação dos primeiros complexos de cátions

metálicos hidrolizados, cuja composição depende das condições da água no

momento e no ponto em que entram em contato. Essa relação de hidrólise é muito

rápida e, para haver a desestabilização dos colóides, é indispensável a dispersão de

algumas gramas de coagulante sobre a massa de água em um tempo muito curto, o

que implica na necessidade de aplica-lo em uma região de grande turbulência. A

dispersão do coagulante é facilitada quando se dilui a solução aplicada, a um valor

suficientemente baixo. A diluição pode ser feita nos próprios tanques de dissolução,

quando estes têm um volume suficiente, ou aplicando-se água numa vazão

conhecida na canalização que conduz a solução do coagulante, um pouco antes do

ponto de aplicação.

O agente físico para a realização da coagulação é a agitação intensa

denominada mistura rápida.

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O conceito de gradiente de velocidade, aplicado às operações de mistura

rápida, teve origem nas primeiras teorias sobre a conjunção de partículas, devidas a

von Smoluchowski (1917), que demonstrou que a taxa de colisão entre partículas é o

resultado do movimento do fluído e, portanto, controlável. A teoria de von

Smoluchowski pode ser resumida na expressão:

4 dv

Jij = ni nj ( Yij)3 ( 19 )

3 dy

Onde:

Jij = número de colisões por unidade de tempo entre as partículas ( i ) e

as partículas ( j );

ni , nj = concentração das partículas ( i ) e ( j )

Yij = distância de colisão igual a soma dos raios das partículas;

dv / dy = gradiente de velocidade.

Como dv/dy é o gradiente de velocidade e, é expresso normalmente pela letra G e

desenvolvendo as equações temos que:

G = P / µ V ( 20 )

A potência P pode ser calculada em função da perda de carga em

dispositivos de mistura, hidráulica de fluxo laminar ou turbulento. Em equipamentos

de mistura mecânica tipo turbinas, a análise dimensional demonstra que a

quantidade adimensional P/ ω-3 L-5, chamada número de potência depende do

número de Reynolds ( ωL2 / v ) e do número de Froude ( ω2L / g ), onde P é a

potência dissipada na água pelo impulsor, ω é a velocidade angular do rotor, v é o

coeficiente de viscosidade cinética, g é a aceleração da gravidade e L é uma

dimensão característica do agitador.

A relação entre o número de potência, o número de Reynolds e o de

Froude, depende das características geométricas do impulsor e da câmara de

mistura e das características do fluxo.

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2.13.1 Fatores que influem no processo

A mistura rápida dos coagulantes na água é uma das fases mais

importantes do tratamento, porém ainda não se chegou a conclusões definitivas a

respeito do tempo de mistura e grau de agitação.

A AWWA, na sua terceira edição (1971) do manual “Water Treatment

Plant Design”, sugere tempos de detenção na câmara de mistura de 10 a 30 s, com

aparelhos de mistura de potência relativamente alta, de modo a promover gradientes

de velocidades variáveis com o tempo de mistura como segue:

Tempo em s G em s-1

20 1000

30 900

40 790

> 40 700

A potência aplicada à água resulta entre 1 e 2 HP por m3 da câmara

(RICHTER e AZEVETO NETTO, 1991).

Em trabalhos recente, Letterman et al, concluem que a mistura rápida é

função do tempo de mistura T, da dose de coagulante aplicada C e do gradiente de

velocidade G, e que a operação de mistura rápida encontra um ponto ótimo quando

GTC1,46 = 5,9 x 106

Fazendo G=1500 e C=30 mg/l, resulta T = 27 s

Isso está mais ou menos de acordo com as recomendações anteriores,

porém não deve ser considerado como regra geral, por ser uma expressão válida

para condições particulares de uma dada experiência ( RICHTER e AZEVETO

NETTO, 1991; WEBER, 1972).

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2.13.2 Método de escolha do gradiente correto

Com o equipamento Jar Test realiza-se ensaios com tempos e gradientes

pré determinados, como por exemplo:

Colocam-se os frascos do equipamento com a quantidade de água de

acordo com o necessário, e fixa-se um gradiente inicial, 80 s-1 em seguida se dá a

partida no equipamento, após a adição do coagulante, retira-se a cada 10 segundos

um frasco deixando em repouso por 10 minutos tomando o sua turbidez residual.

Este procedimento deve ser repetido até o valor máximo de gradiente do

equipamento. Normalmente usam-se gradientes variando de 57 a 250 s-1, no

equipamento de jar test. Os resultados, turbidez versus gradiente, devem ser

plotados num gráfico e após análise para a escolha da melhor turbidez pode-se usar

a expressão GT=15.000. (Richter e Azeveto Netto – 1991) (Santa Maria L. – 1987).

2.14 Floculação

A floculação é a aglomeração de partículas de coagulante e de matéria

em suspensão na água, formando conjuntos maiores e mais densos, denominados

“flocos”. Ela é efetuada por meio de um processo mecânico ou hidráulico, que

produz uma agitação na água, com o objetivo de criarem gradientes de velocidade

que causam turbulência capaz de provocar choques ou colisões ou encontros entre

as partículas coaguladas, do coagulante escolhido, e as existentes em suspensão e

no estado coloidal na água. Estes gradientes, que produzem, como sabemos,

tensão cisalhante nos flocos existentes, são limitados para que não ultrapassem a

capacidade de resistência do cisalhamento destas partículas (Paes Leme – 1979).

O número de encontros por unidade de tempo e volume, entre as

partículas, resulta da ação do movimento Browniano, do gradiente de velocidade e

da sedimentação diferenciada, conforme equações combinadas, resultando uma

equação, proposta por Friendlander ( DI BERNARDO, 1993 ).

Nij = Kij ni nj

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Os encontros permitem uma partícula mais densa e de fácil

sedimentação, resultando numa melhor qualidade da água clarificada que se está

tratando. A floculação, consequentemente, além de uma função do gradiente de

velocidade criado, também função do número, tamanho e concentração das

partículas (LEME, 1979 ).

2.14.1 Estudos e Ensaios de Laboratório

Para determinação em laboratório usa-se um equipamento denominado

jar-test, onde num volume, normalmente de 2000 ml, faz-se uma coagulação e

floculação. Caso o equipamento não contenha um indicador de velocidade de seu

sistema de agitação, usa-se um taquímetro para a obtenção da velocidade. De pose

da velocidade e através da fórmula:

G= Cd . A v3 ( 21)

2ν V

Para Leme, 1979; (Weber, 1972; Richter e Azeveto Netto ; 1991; Santa

Maria L., 1987, pode-se construir um gráfico de velocidade versus gradiente de

velocidade onde:

Cd = coeficiente de atrito

A = área das pás

ν = coeficiente de viscosidade cinemática da água

v = velocidade das pás

V = volume de água agitado pelas pás

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2.14.2 Tipos de floculadores

Existem, basicamente dois tipos, ou melhor, duas espécies de

floculadores; os mecânicos e os hidráulicos. Os mecânicos são constituídos por pás

ou hélices que promovem a agitação, estes floculadores podem possuir em seu

sistema de agitação, eixo horizontal ou vertical, conforme o escolhido pelo projetista

e de acordo com a necessidade da água a ser tratada. Para evitar os curto-circuito,

os floculadores mecânicos, possuem um sistema de chicana entre a entrada e a

saída de água. Quanto a eficiência depende da qualidade da água a ser tratada, da

disponibilidade de área para a construção e principalmente da tecnologia aplicada.

Os floculadores hidráulicos , são formados por chicanas e podem assumir as formas:

verticais, onde o fluxo da água é horizontal, ou seja, a água passa sempre pelas

laterais; horizontais, onde o fluxo da água é vertical, ou seja, a água entra numa

chicana pela extremidade superior e sai pela inferior até o final; e do tipo alabama ,

onde o fluxo de água é executado por um conjunto de tubos com formato de curvas,

ou por um conjunto retângulos. Nestes floculadores a eficiência é determinada pela

qualidade de água a ser tratada (LEME, 1979; WEBER, 1972; RICHTER e

AZEVETO NETTO, 1991; Santa Maria L., 1987).

2.14.3 Graduação da agitação na floculação.

Há muito tempo que a graduação da floculação vem sendo efetuada com

intensidade, na ordem decrescente. Por exemplo começa-se com um gradiente de

velocidade de 90 s-1 , 60 e terminando com 30 s-1 . Tanto para floculadores

mecânicos quanto para os hidráulicos, usa-se a ordem decrescente de gradiente de

velocidade (LEME, 1979; WEBER, 1972; RICHTER e AZEVETO NETTO, 1991;

Santa Maria L., 1987; DI BERNARDO 1993).

2.14.4 Controle da eficiência da floculação

A eficiência exerce uma grande influência na qualidade final da água a ser

tratada, tanto na filtração como na decantação. Uma floculação deficiente produz uma

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sedimentação deficiente, aumentando o trabalho dos filtros, diminuindo a sua carreira de

filtração. Por este motivo, é de grande importância o conhecimento dos efeitos

subsequentes produzidos pela floculação deficiente, bem como o das causas destas

deficiências (LEME, 1979).

2.14.5 Curto-circuito

É representado pela mistura incompleta, ou caracterizado pela produção de

saída parcial do escoamento afluente sem que este tenha permanecido na câmara o

tempo necessário e projetado.

Para a detecção do problema pode se usar um traçador na entrada da

câmara de floculação e medir sua concentração no decorrer da etapa de floculação.

O controle do curto-circuito pode ser através de deflectores ou de chicanas mais

eficazes (LEME, 1979; WEBER, 1972; RICHTER e AZEVETO NETTO, 1991; Santa

Maria L., 1987; DI BERNARDO 1993 ).

2.14.6 Verificação da eficiência da floculação através da sedimentação

A maneira mais simples de se medir a eficiência da floculação através da

sedimentação, é efetuando o mapeamento de lodo no fundo do decantador, pois quando

temos uma ótima eficiência a quantidade de lodo no decantador é maior, logo na

entrada. Outra maneira é pela filtração, tanto na qualidade da água efluente do filtro

como na sua rápida perda de carga. Muitos flocos de tamanhos pequenos passam pelo

meio filtrante indo até a água de saída da E T A, ou mesmo obstruindo a passagem de

água no meio filtrante causando a perda de carga (LEME, 1979).

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51

CAPÍTULO 3

MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Sistema de testes

Neste trabalho usou-se como reator estático, denominado de Jar-Test.

Este equipamento é constituído por um suporte metálico, coberto com uma lamina

fina de PVC branco, que abriga duas lâmpadas fluorescente. Acima deste suporte

estão colocadas seis cubas em acrílico com um coletor de amostra no centro da

cuba. A agitação é promovida por um conjunto de polias e correia, acionando um

eixo com pás, a distribuição dos reagentes são simultâneos, através dos

distribuidores superiores. Para a coleta do material de dentro das cubas adaptamos

uma mini torneira, que facilitou e representou mais a realidade, não dando tempo

para decantação posterior ao tempo determinado. O equipamento é da marca

MILAN, microcontrolado, modelo JT 103, conforme foto abaixo.

Figura 6: Equipamento de ensaio de coagulação utilizado nos testes.

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3.2 Método da Coleta e Conservação da Água para os Testes

A água testada foi a bruta (sem tratamento) do Rio Itajaí Mirim, com suas

características próprias, tanto físico-químicas quanto microbiológicas. Optamos em

trabalhar com a água em seu estado real para que de mais opções a ETA do

SAMAE de Brusque. O fato de trabalharmos com diferentes quantidades de turbidez,

deve - se a oscilação turbidez deste Rio, podendo ir de 10 NTU até 10000 NTU,

conforme as condições pluviométricas, optamos por trabalhar com turbidez de 31.6

NTU, 246NTU e 806 NTU.Para este experimento esperávamos a água atingir a

turbidez pré-selecionada e então realizávamos a coleta e com o rápido início dos

testes.

A coleta foi realizada em duas bombonas de plástico, com capacidade de

250 litros cada uma, as quais foram previamente limpas com água servida e com a

própria água. Calculamos que iríamos usar aproximadamente 300 litros, para isto

deixamos as duas bombonas com mais ou menos 160 litros de cada e interligadas

por baixo. A amostra ficou no laboratório durante o tempo de teste à uma

temperatura aproximando-se com a da água de entrada da ETA. Isto era conseguido

graças a regulagem da temperatura do aparelho acondicionador de ar. Promovia-

mos uma leve agitação em intervalos de 10 minutos e com um tempo de 5 minutos.

Em seguida a amostra era coberta com pedaço de tecido cru, para não haver a

possibilidade de oxidação atmosférica. Abaixo mostramos foto das bombonas fora

do laboratório.

Figura 7: Reservatórios utilizados para armazenagem da água

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53

3. 3 Ensaio de Coagulação

3.3.1 Os procedimentos para os ensaios de coagulação

A escolha do tempo e gradiente, preestabelecidos aqui neste experimento

obedece a um estudo anterior realizado , para a água em questão ( Richter e

Cardoso – 1994 ) .

Coloca se dois (2) litros de água ser ensaiada nas cubas, e se faz uma

dosagem crescente de coagulante. Após o tempo predeterminado e os gradientes

preestabelecidos, deixa se decantar por 15 minutos. Após este tempo são realizados

testes de cor e turbidez. Então o jarro que apresentar a menor turbidez e cor será o

padrão para dosagem de coagulante, ou seja, achamos a dosagem de coagulante.

Após a escolha da dosagem do coagulante, fixa - se esta dosagem e

altera-se o pH, após o tempo e gradiente preestabelecidos, deixa-se decantar por 15

minutos efetua-se a leitura de turbidez e cor. O jarro que apresentar menor turbidez

e cor será o padrão para o pH, então de pose do valor de pH, recomeça - se todo o

trabalho. Fixa - se o valor de pH (achado acima), e novamente faz-se uma dosagem

progressiva ou regressiva do coagulante, após tempo e gradientes predefinidos,

deixa-se decantar por 15 minutos. Faz-se a leitura de turbidez e cor, sendo escolhido

como o melhor jarro, aquele que obtiver menor valor.

Após cada ensaio sendo do mesmo reagente ou não as cubas e paletas

dos agitadores do equipamento eram lavadas com bastante água e sabão, para que

não houvesse problemas de contaminação.

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3.3.2 Reagentes utilizados nos testes de coagulação ( jar – test)

PRODUTO COMPOSIÇÃO CONCENTRAÇÃO FUNÇÃO CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO

Sulfato de Alumínio

Al2(SO4)3.7H2O 18% em Al2O3 Coagulante

1 %

Floculan [FeCl3.Fe2(SO4)3] 18% em Fe2O3 Coagulante

1%

Polifloc {[FeCl3.Fe2(SO4)3]nAl2(SO4)3}

2%Fe2O3 +7%Al2O3)

Coagulante

1%

Polifloc {[FeCl3.Fe2(SO4)3]nAl2(SO4)3}

4%Fe2O3 +5%Al2O3)

Coagulante

1%

Polifloc {[FeCl3.Fe2(SO4)3]nAl2(SO4)3}

7%Fe2O3 +2%Al2O3)

Coagulante

1%

Sulfato Ferroso

FeSO4 Coagulante

1%

Policloreto de Alumínio

[Aln (OH)m Cl3n-m] Coagulante

1%

Sulfato Férrico

Fe2(SO4)3 Coagulante

1%

Cloreto Férrico

FeCl3 Coagulante

1%

Carbonato de Sódio

Na2CO3 Alcalinizante

10%

Ácido Sulfúrico

H2SO4 Acidulante 10%

Polieletrólito Catiônico

Médio

Polímero PC 109 Coagulante

0,1%

Tabela 1: Produtos utilizados para os ensaios de coagulação

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55

3.3.3 Métodos Analíticos Utilizados

a) Analises via espectrofotômetro óptico

Para as analises físicos químicas, tais como, cor aparente, cloretos,

cobre total, cromo total, ferro total, manganês, nitratos, oxigênio dissolvido e sulfatos,

foram realizadas com o Espectrofotometro Hach D/R 2000 conforme foto abaixo. Os

reagentes para as determinações, eram todos elaborados pela própria Hach, a

metodologia também obedece as orientações da empresa, que são simplificações do

Standard Methods For the Examination of Water and Wastewater - APHA WPCF.

Pelo motivo informado acima não estamos detalhando ou descrevendo os métodos.

Figura 8: Espectrofotometro óptico Hach utilizado nas analises.

b) Analises de sólidos totais dissolvidos e condutividade

As analises de sólidos totais dissolvidos e condutividade foram realizados

com um condutivímetro, de marca ORION modelo 115, calibrado com uma solução

específica do próprio fabricante do equipamento.

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c) Analises de pH

Estas foram realizadas com o pH Metro Digital PG2000 da GEHAKA, com

calibração semi-automática.

d) Analises de turbidez

As leituras de turbidez eram realizadas com turbidimetro HACH, modelo

2100P, conforme figura abaixo, pré-calibrado e sua aferição era realizada com

padrões exclusivos da HACH.]

Figura 9: Turbidimetro Hach, utilizado nas determinações de turbidez.

e) Analises de sólidos sedimentáveis

As leituras de sólidos sedimentáveis foram realizados em cone de

Ihmmoff, conforme foto abaixo ,com um período de repouso de 30 minutos. Sendo

que a cada 5 minutos os cones sofriam uma inclinação de aproximadamente 900 ,

para evitar depósitos nas paredes dos cones.

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57

Figura 10: Cone de Imhoff seguido da coleta da cuba para o cone.

f) Analises via titulação

As analises de dureza total, alcalinidade total , oxigênio consumido em

meio ácido e gás carbônico livre foram realizadas pelo método de titulação, com

buretas automáticas digitais para os titulantes, marca BRAND, conforme foto abaixo.

Todas as análises por titulação são descrita de uma maneira que o mais

inexperiente laboratorista possa realiza – la (TAJRA,1982).

Figura 11: Buretas automáticas utilizadas nas titulações.

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#"Determinação da dureza total

Na determinação da dureza total o método utilizado consiste na titulação

de 100 ml de amostra, usando um volume de 4 ml de sulfeto de sódio a 5 % (

Na2S.9H2O) como inibidor , mais 4 ml da solução que é formada por cloreto de

amônia ( NH4Cl ) e hidróxido de amônia ( NH4 OH ), junta – se duas (2 ) gotas do

indicador eriocrome black T ( Negro de Solocromo) ( C20H12N3NaO7S ) a 0,5% em

alcool a 60/80 %. Em seguida titula – se com o EDTA Na2, etil di amin tetra acético

di sódico ( Na2H2C10O8N2 . 2 H2O ) 0,1 molar, até a viragem de cor, de azul para o

vermelho vinho.

Cálculo : dureza em CaCO3 = Ml de EDTANa2 X 1000

volume da amostra

#"Determinação da alcalinidade total

Na determinação da alcalinidade total, usa – se 100 ml da amostra coloca

– se 3 (três) gotas de fenolftaleína e agita – se bem. Se a amostra se tornar

vermelha titula – se com ácido sulfúrico H2 SO4, até o desaparecimento da cor,

anotar o consumo de ácido. Caso não haja mudança de cor na amostra ( vermelho ),

adiciona – se 3 gotas do indicador metilorange, a solução ira formar uma cor

amarelo forte. Titula – se então com ácido sulfúrico 0, 02 N, até o aparecimento de

uma cor laranja com a tendência de vermelho, este é o ponto de viragem, anotar o

volume total de ácido gasto.

Calculo: ppm de CaCO3 = volume total de H2SO4 0,02 N x 10.

#"Determinação do gás carbônico livre.

Em 100 ml da amostra são adicionados 3 gotas de fenolftaleína, como

indicador onde a amostra permanecera sem alteração de cor ( caso , titule agora

com hidróxido de sódio 0,02 N (NaOH ), até o aparecimento da cor rosa forte que

persista por no mínimo 5 minutos, este é o ponto de viragem.

Calculo: ppm de CO2 livre = volume de NaOH 0,02 N gasto x 10.

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#"Determinação do oxigênio consumido em meio ácido.

Em 100 ml da amostra colocar 10 ml de H2SO4 (ácido sufurico ) 1: 3, e

mais 10 ml de KmnO4 ( permanganato de potássio) 0,0125 N, adicionar 3 a 5 pérolas

de vidro. Colocar em banho maria por 30 minutos, tomando o cuidado para que a

temperatura do banho esteja próxima da 100 0C, e que o volume da amostra fique

submerso. Pode - se também levar a chapa elétrica ou tripé de bico de Busen em

fervura por 15 minutos. Após o tempo determinado pela forma da qual foi usada

para aquecimento, retirar do aquecimento, adicionar 10 ml de Na2C2O4 0,0125 N

(oxalato de sódio). Em seguida com o desaparecimento da cor, titular com o

permanganato de potássio até o aparecimento de uma cor rosa persistente. Calculo: ppm de O. C. = ml de permanganato gasto na titulação.

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60

CAPÍTULO 4 RESULTADOS DOS EXPERIMENTOS E DISCUSSÕES

Conforme citado anteriormente os experimentos foram realizados com

três tipos de água diferindo na turbidez e na cor, e a cada uma destas características

eram testados dez tipos de coagulantes. Cada teste era submetido a uma planilha de

anotações que gerava um gráfico, com os resultados obtidos.

4.1 Ensaios com Água de Turbidez 31,6 NTU e 155 UC

DETERMINAÇÕES UNIDADES ÁGUA

BRUTA DETERMINAÇÕES UNIDADES

ÁGUA

BRUTA

TURBIDEZ NTU 31,60 DUREZA TOTAL mg/L CaCO3 71

COR uC 155 FERRO TOTAL mg/L 0,64

pH ANTES COAGUL. 7,25 MANGANÊS mg/L 0,1

ALC. METIL ORANGE mg/L CaCO3 35 NITRATOS mg/L 1,3

ALC. FENOLFTALEINA mg/L CaCO3 0 O2 CONS. MEIO ÁCIDO mg/L 7,5

ALUMÍNIO RESIDUAL mg/L 0,15 O2 DISSOLVIDO mg/L 8,6

CO2 LIVRE mg/L 5 SÓLIDOS SEDIMENT. mg/L <0,1

CLORETOS mg/L 5,40 SÓL. TOT. DIS. (TDS) mg/L 38,7

CONDUTIVIDADE uS/cm 77,2 SULFATOS mg/L 2

COBRE TOTAL mg/L 0,06 ZINCO TOTAL mg/L 0

Quadro 2: Características da água bruta a ser testada

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4.1.1 Testes com Sulfato de Alumínio

Gráfico 1: Dosagens do coagulante sulfato de alumínio e alcalinizante, comparando

com as características primárias com uma turbidez de 31,6 NTU e cor de

155 UC, remanescentes da água em estudo.

Com a quantidade de 2 litros de água em cada cuba, adiciona-se o

coagulante no distribuidor múltiplo (um suporte que contém 6 tubos de ensaio),

sulfato de alumínio, em ordem crescente, de 8 até 18 mg/l, e sem correção de pH.

O tempo de mistura rápida de 1 minuto e o gradiente de 120 s-1. Na mistura lenta foi

realizada com dois gradientes, um de 50 s-1 e outro de 35 s-1, e com os tempos de

floculação de 10 minutos para cada gradiente. Para a decantação o tempo de 15

minutos, por se aproximar do estipulado em estudos anteriores citados acima. Após a decantação são analisados, turbidez, cor aparente, condutividade, sólidos totais

dissolvidos, sólidos sedimentáveis, ferro e alumínio remanescentes, bem como pH

antes e após coagulação, inclusive para os testes que se seguirão até o final do

trabalho. Neste teste determinou-se dosagem ótima de coagulante.

29

3,94

31,60

2,41 3,376,07

2,99 3,75

7,216,78 7,05 7,05 7,07 7,15

155

1118 222325

7,25 7,25 7,55 7,67 7,93 8,07 8,30

77,2

96,9 88,895,2 93 96,7 98,6

38,744 44,9 43,4 43,1 43,3 43,9

0,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

12 12 12 12 12 12

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), co

r (u.

C.),

pH

ap

ós c

oagu

laçã

o

0

20

40

60

80

1000 2,25 4,25 4,5 5 5,5

Dosagem Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

coa

gula

ção,

co

ndut

ivid

ade

(µS/

cm),

sólio

to

tais

dis

solv

dos

(mg/

L)

turbidez pH após coagulaçãocor pH antes coagulaçãocondutividade sólidos totais dissolvidos

Page 63: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

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Com a dosagem ótima, que é de 12 mg/L, o procedimento do teste é

invertido. É mantido fixo a dosagem de coagulante, e é adicionado em ordem

crescente a dosagem de alcalinizante, e são obtidos os resultados conforme o

Gráfico 1.

Como nos mostra o gráfico acima fica evidenciada a dosagem de sulfato

de alumínio em 12 mg/L, e sendo dispensável a adição de álcali, cujas dosagens

variaram de 0 até 5,5 mg.

Das demais características a que chama a atenção é quanto ao sólido

sedimentável, atingindo o valor de 1 ml/L.

4.1.2 Testes com Policloreto de Alumínio (PAC)

Gráfico 2: Comparativo entre as características primárias da água bruta com uma

turbidez de 31,6 NTU e cor de 155 UC , e seus remanescentes, com as

dosagens do coagulante PAC e corretores de pH.

Tendo a água as mesmas características que as anteriores, tiveram início

os ensaios com o policloreto de alumínio, onde os gradientes de velocidade tanto

5227

5,385,9 4,313,936,32

31,60

6,137,417,447,337,257,08 7,527,25

99,498,195,697,695,510177,2

23232321

155

0,9 1,1 1,1 0,8 0,9 0,8

7,257,157,127,17,096,98

49,749,147,848,847,850,538,7

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

8 8 8 8 8 8

Dosagem coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

lidos

sed

imen

táve

is (m

l/L),

pH a

pós

coag

ulaç

ão,

Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

)

0,1

1

10

1000,01 0 4,25 4,5 5 5,5

Dos. Acidulante (mg/L) Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

coa

gula

ção,

sól

idos

to

tais

dis

solv

idos

(mg/

L)

Turbidez pH após Coagul. Condutividade Cor

Sólidos Sediment. pH antes Coagul. Sól. Tot. Dis.

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63

para a coagulação quanto para a floculação, bem como os tempos de coagulação

floculação e decantação continuaram a serem os mesmos dos testes com o sulfato

de alumínio. Os gradientes e os tempos serão os mesmos em todos os testes até o

final deste trabalho.

Os ensaios iniciam na pesquisa da melhor dosagem de PAC, sem alterar

a característica física ou química desta água. A dosagem é realizada em ordem

crescente de coagulante com 6 mg/L indo até 16 mg/L.

Após a pesquisa da dosagem o melhor resultado de turbidez

remanescente foi com a dosagem de 8mg/L. O passo seguinte foi a pesquisa do

melhor pH, com a dosagem de álcali, em ordem crescente de 0 até 5,5 mg/L.

O Gráfico 2 mostra as características iniciais da água bruta e as

remanescentes.

Analisando o Gráfico 6 verifica-se um decaimento de turbidez em três

faixas de pH, e que a melhor turbidez, 3,93 NTU não apresentou o melhor resultado

quanto aos sólidos sedimentáveis.

4.1.3 Testes com Sulfato Férrico

Para os testes com este coagulante a água e os parâmetros de

procedimento para o ensaio de coagulação quanto a tempo e gradiente de

velocidade, continuam iguais aos anteriores. As dosagens pesquisadas com os

melhores resultados, visto que foram realizadas várias pesquisas quanto ao pH

ótimo, estão plotadas no Gráfico 3.

Neste ensaio verifica-se nitidamente três pontos ótimos em relação a

turbidez e sólidos sedimentáveis, sendo que a melhor turbidez 1,27 NTU apresenta

um índice baixo dos sólidos sedimentáveis.

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64

155

82,455,95

1,27

16,10

17,20

31,60

2,37

92,589,291,9

84,283,773,9

77,2

46,2

44,745,9

42,1

41,836,938,7

17

50

106 109

13

6,556,556,556,55

6,556,557,25 6,116,156,246,38

6,445,95

0,20,3

0,50,3

0,1

0,2

0,01

20,01

40,01

60,01

80,01

100,01

120,01

140,01

8 10 12 14 16 18

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(N

TU),

Cor

(µ C

.)

0,01

0,1

1

10

1000,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15

Dos. do Acidulante (mg/L)

pH a

ntes

e a

pós

a co

agul

ação

, C

ondu

tvid

ae (μS

/cm

), Só

lid T

otai

s D

isso

lvid

os (m

g/L)

, e S

ólid

s se

dim

entá

vi

(ml/L

).

Turbidez Condutividade Sól. Tot. Dis.Cor pH antes Coagul. pH após Coagul.Sólidos Sediment.

Gráfico 3: Comparativo entre as dosagens do coagulante sulfato férrico, e as

características constantes da legenda, com a turbidez primária 31,6 NTU

e cor de 155 UC.

4.1.4. Testes com o Cloreto Férrico

O Gráfico 4 ilustra bem o comportamento deste coagulante em relação

as características primárias da água bruta e suas remanescentes.

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65

Gráfico 4: Comparativo das características da água bruta, e as remanescentes, com

o coagulante cloreto férrico.

Neste gráfico é notável a capacidade, do cloreto férrico em produzir pouco

lodo, e sua larga faixa de atuação quanto ao pH. Nota-se também uma remoção de

cor muito boa na dosagem ótima.

155

29

103,1

52

2,413,37 2,99 3,75 3,94 6,07

31,60

11 1825 23 22

101,693,995,9 118,310677,2

51,4 53,7 47,1 50,938,7

59,3

6,32

2,5

8,307,677,25

6,556,62

6,857,25

4,89

6,25,71

4,465,45

3

0,500,7 0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

BRUTA 14 14 14 14 14 14 Dosagem do Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

Sól

idos

Tot

ai

Dis

solv

idos

(mg/

L), C

ondu

tivda

de (μ

S/cm

)

0

10

0,05 0,1 0,15 4,25 5,5

Dos. Acidulante (mg/L) Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

e a

pós

Cag

ulaç

õ, S

ólid

os S

edm

entá

veis

(m

l/L)

Turbidez Cor Condutividade Sól. Tot. Dis.

pH antes Coagul. pH após Coagul. Sólidos Sediment

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66

4.1.5 Testes com Polifloc 2% Fe2O3 com 7% Al2O3

Gráfico 5: Comparando as dosagens de polifloc 2% Fe2O3 com 7% Al2O3 e

corretores de pH, com as características primárias e remanescentes da

água.

Para este coagulante temos três faixas ideais para turbidez em relação ao

pH. E quanto aos sólidos sedimentáveis, é possível verificar a tendência de formar

pouco lodo em baixa turbidez. O decaimento da cor não acompanha as melhores

condições das demais características.

15597,7

1722 20

39 31 26

6,866,38 6,766,696,416,05

93,888,3124,7

113,3 100,5

77,2

0,2

0,10,1

0,3

0,1

0,4

31,60

4,53 4,01

9,887,68

5,24 3,72

7,677,55

7,256,85

6,626,557,25

62,5

56,7

44,346,7

38,7

50,448,9

0,01

0,1

1

10

100

1000

14 14 14 14 14 14

Dosagm do Coagulante (mg/L)

Cor

(µ.

C.),

Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

), S

Sedi

men

táve

is, p

H a

pós

Coa

gula

ção

0,01

10,01

20,01

30,01

40,01

50,01

60,01

70,01Bruta 0,15 0,10 0,05 2,25 4,25

Dois. Acidulante Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sol

. Tot

. Dis

solv

idos

(mg/

L),

Turb

idez

(NTU

)

Cor pH após Coagul. Condutividade Sólidos Sediment.Turbidez pH antes Coagul. Sól. Tot. Dis.

-

Page 68: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

67

4.1.6 Testes com Polifloc 4% Fe2O3 com 5% Al2O3

Gráfico 6: Comparativo das dosagens de polifloc 4% Fe2O3 com 5% Al2O3, e as

melhores dosagens dos reguladores de pH, com as características

primárias e as remanescente.

Neste tipo de coagulante nota-se que o decaimento da cor e turbidez está

em níveis bom, e que o índice de sólidos sedimentáveis também está baixo. Há a

necessidade de uma diminuição do pH para que haja uma performance ótima. A cor,

por se tratar de cor aparente acompanha em decaimento as demais características.

A necessidade de estudo do comportamento do coagulante em função da

concentração dos óxidos dos sais, é de importância fundamental.

7,276,667,066,86

6,756,42

2,86 3,33 3,94 5,60 6,57

12,0031,60

59

5

11 12 19 26

155

8,92

8,357,557,256,85

6,627,25

115,9107,2104,1104,3 102,3

126,7

77,2

1,51,50,9 1,4 10,2

0,01

0,1

1

10

BRUTA 14 14 14 14 14 14

Dosagem do Coagulante (mg/L)

pH a

pós

Coa

gula

ção

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00ÁGUA 0,10 0,05 2,25 6,5 10,5

Dos. Acidulante (mg/L) Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

çõ,T

urbi

dez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

), So

l. To

tais

Dis

solv

idos

(mg/

L), S

ólid

os

Sedi

met

ávei

(ml/L

)

pH após Coagul. Turbidez Cor

pH antes Coagul. Condutividade Sólidos Sediment.

Page 69: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

68

4.1.7 Testes com Polifloc 7% Fe2O3 com 2% Al2O3

Gráfico 7: Comparativo das dosagens de polifloc 7% Fe2O3 com 2% Al2O3, e as

melhores dosagens dos reguladores de pH, com as características

primárias com as remanescente.

A série de coagulantes com misturas de óxidos de alumínio e ferro, abre

um novo horizonte no que se refere a qualidade de água decantada. Neste estudo

com estas características da água bruta, percebe-se uma ligeira diferença de

dosagens e de decaimento de algumas características.

7,25 6,55 6,62 6,85 7,25 7,55 7,67

155

0,1

31,60

7,175,655,91

7,99

3,042,62

202028

67

34

6,14 6,526,66 6,836,35 6,96

77,2110,999,179,9107,7

102,1 102

0,60,91,20,9

1,4 1,1

0,01

0,1

1

10

BRUTA 16 16 16 16 16 16

Dosagem do Coagulante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00AGUA 0,15 0,10 0,05 2,25 4,25

Dos. Acidulante e Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

pós

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

Sol.

Tota

is D

isso

lvid

o (m

g/L)

, Só

lidos

Sed

imen

táve

is (m

l/L),

Turb

iez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

pH antes Coagul. Turbidez Cor

pH após Coagul. Condutividade Sólidos Sediment.

Page 70: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

69

4.1.8 Testes com Floculan [FeCl3. Fe2(SO4)]

Gráfico 8: Dosagens do coagulante floculan, acidulante e alcalinizante, comparando

as características primárias da água com seus respectivos

remanescentes.

Neste gráfico verifica-se um decaimento muito bom de cor turbidez.

Também fica bem visível a necessidade de usar o pH de 6,62 para que haja um

rendimento bom do coagulante em questão. O seu índice de lôdo ou sólidos

sedimentáveis em ml/L, par esta turbidez está em 1,5 ml/L. O decaimento do pH

após aplicar o coagulante fica em pH 6,27, portanto afeta pouco o pH este

coagulante.

155

0,3

31,60

10,10

4,093,363,291,501,55

312312

35

84

6,086,43

6,65 6,666,276,81

0,71,5 1,5

0,9 0,9

38,7 53,751,25253,252,357,2

7,25 6,55 6,62 6,85 7,25 7,55 7,67

77,2

114,5

103,3106,9108102,5 106,7

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00ÁGUA 8 8 8 8 8 8

Dosagem do Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

pH

ap

ós C

oagu

laçã

o, S

ólid

os

Sedi

men

táve

is (m

l/L),T

DS

(mg/

L)

-10

5

20

35

50

65

80

95

110

125

BRUTA 0,15 0,10 0,05 2,25 4,25

Dos. Acidulante (mg/L) Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

da

Coa

gula

ção,

Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

)

Turbidez Cor pH após Coagul..Sólidos Sediment. Sól. Tot. Dis. pH antes Coagul.Condutividade

Page 71: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

70

4.1.9 Testes com Sulfato ferroso Fé (SO4)

Gráfico 9: Dosagens do coagulante sulfato ferroso, acidulante e alcalinizante,

comparando as características primárias da água com as remanescente.

Neste gráfico fica evidenciado que o coagulante em questão não rendeu o

suficiente, para que houvesse um decaimento de cor e turbidez satisfatório. Para a

água em estudo o seu rendimento não apresentou melhora na qualidade da água.

0,2

31,60

17,5018,722,8017,5015,5012,50

155 116117808765 114

7,25 6,55 6,62 6,85 6,76 7,67 8,30

0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

6,74 6,94 7,01 7,046,827,1

77,2

100,297,9100,8101,5

95,3 98,5

38,7

50,149,347,74950,450,7

0,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

BRUTA 14 14 14 14 14 14

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

Sól

idos

Sed

imen

táve

is (m

l/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção

0,01

15,01

30,01

45,01

60,01

75,01

90,01

105,01

120,01ÁGUA 0,15 0,10 0,05 2,25 4,25 5,5

Dos. Acidulante (mg/L) Dos. Alcalinizante (mg/L)

pH a

pós

Coa

gula

ção,

Con

dutic

idad

e (μ

S/cm

), S

ól. T

otai

s D

isso

lvid

os

(mg/

L)

Turbidez Cor pH antes Coagul. Sóli. Sediment.

pH após Coagul. Condutividade Sól. Tot. Dis.

Page 72: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

71

4.1.10 Testes com Polímero Catiônico Médio

Gráfico 10: Dosagens do coagulante polieletrólito catiônico médio, comparando com

as características primárias e remanescente da água em estudo.

Para esta faixa de turbidez e cor não houve um resultado satisfatório com

este coagulante, para a água em estudo.

Poderíamos resumir todo o estudo acima com o gráfico que trás todos os

coagulantes, suas respectivas melhores dosagens e os seus melhores rendimentos.

155

0,1

5652525551 51

7,25 7,25 7,25 7,25 7,25 7,25

7,25

0,1 0,1 0,1 0,131,60

7,928,2716,5016,5

9,308,917,54 7,36 7,32 7,367,41 7,36

77,2

89,6

83,6

89

101,7

86,7 84,8

44,842,443,441,944,550,9

38,7

0,001

0,01

0,1

1

10

100

1000

BRUTA 0,4 0,55 0,85 1 1,25 1,5

Dosagem de coagulante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Cor

.C.)

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

pH a

pós

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

STo

tais

Dis

solv

idos

(mg/

L),

Sólid

os S

edim

entá

veis

(ml/L

), Tu

rbid

ez (N

TU)

Cor pH antes Coagul. Sólidos SedimentáveisTurbidez pH após Coagul. CondutividadeSól. Tot. Dis.

Page 73: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

72

4.1.11 As melhores dosagens da água em estudo, com uma Turbidez de 31,6 NTU e

Cor de 155 UC

No Gráfico 11 pode-se verificar as variações de dosagens para uma

mesma água com características iguais.

Quanto ao pH, antes e após a coagulação há uma variação para cada

coagulante, com picos muito alto que pode significar o consumo das espécies

químicas presentes, ou a falta e ou excesso de cargas elétricas.

Na condutividade, acontece um fenômeno interessante, pois a mesma se

mantém praticamente constante para todos os coagulantes em suas dosagens

ótimas.

A cor, que é bom lembrar a aparente, percebe-se uma variação com picos

elevados e preocupantes, sendo necessário um estudo mais pormenorizado.

Na turbidez a variação não é tão preocupante, pois se mantém em níveis

toleráveis para os decantadores atuais.

Os sólidos totais dissolvidos aumentam em ou com todos os coagulante,

porém não há picos entre os vários coagulantes.

Os sólidos sedimentáveis, que mais particularmente interessa ao trabalho

pois irá determinar a quantidade de lodo no decantador, há picos, porém muito

baixos, em se tratando de uma turbidez baixa.

Este gráfico é um espelho de alguns coagulantes tradicionais, e outros com

tecnologia mais apurada, porém de fácil acesso e fácil aplicação.

Não foi possível plotar os residuais de ferro e de alumínio neste gráfico, que

chamaremos Resumo Demonstrativo dos Coagulantes para Turbidez baixa.

A comparação é realizada sempre com as características da água bruta que

se encontra indicada no início do gráfico.

O Resumo Demonstrativo dos Coagulantes só foi mostrado no final para que

se tivesse uma noção das técnicas envolvidas em cada etapa.

Ao termino desta etapa, e esperando que a turbidez aumentasse os reagentes

empregados eram descartados na empresa de tratamento de esgoto industrial de

Brusque, e seus fracos lavados secos e guardados fechados até o próximo teste.

Para este e os demais testes foram gastos 18 horas de trabalho ininterruptos, para

turbidez pesquisada.

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73

GRÁFICO 11

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74

4.2 Ensaio com Água de Turbidez 246 NTU e 940 UC

DETERMINAÇÕES DOSAGENS

UNIDADES ÁGUA BRUTA

DETERMINAÇÕES DOSAGENS

UNIDADES

Turbidez NTU 246,00 Dureza total mg/l CaCO3 38

Cor UC 940 Ferro total mg/L 2,57

pH antes coagul. 7,29 Manganês mg/L 0,7

Alc. metil orange mg/L CaCO3 25 Nitratos mg/L 2,1

Alumínio residual mg/L 0 O2 Cons. meio ácido mg/L 10

CO2 livre mg/L 5 O2 dissolvido mg/L 11

Cloretos mg/L 19,70 Sólidos sediment. mL/L 0,9

Condutividade µS/cm 75,1 Sól. Tot. Dis. (TDS) mg/L 37,1

Cobre Total mg/L 0,14 Sulfatos mg/L 2

Quadro 3 : Características da água

Com esta série de testes, algumas características da água bruta, como

cor e turbidez houve um aumento.

Nestes ensaios serão usados os mesmos coagulante e corretores de pH,

nas mesmas concentrações, porém variando as dosagem, principalmente dos

coagulantes.

Não será efetuada a pesquisa de pH pois já é conhecida da outra bateria

de testes.

Das análises a cor continuara sendo analisada a aparente, e as demais

análises como nos testes anteriores.

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75

4.2.1 Testes Usando como Coagulante o Sulfato de Alumínio

Gráfico 12: Comparativo entre as dosagens de sulfato de alumínio, com as

características primárias e remanescentes.

Com o coagulante sulfato de alumínio para esta turbidez e cor

encontramos uma turbidez remanescente de 4,19 NTU, na melhor dosagem.

Para a cor aparente o decaimento foi de 940 à 11 UC, quanto aos sólidos

sedimentáveis, houve formação de 4 ml/L.

Os sólidos sedimentáveis na melhor dosagem, de acordo com a melhor

turbidez remanescente, foi de 4 ml/L, enquanto que no teste anterior com o mesmo

reagente e turbidez de 31,6 NTU houve a formação de 1 ml/L.

A dosagem ótima para este coagulante neste teste é de 20 mg/l, e para o

mesmo reagente no teste anterior com uma turbidez de 31,6 NTU foi de12 mg/L.

4,19 4,38

10,40 9,594,51

10,30

246,00

3437

11 141347

940

6,366,416,486,546,626,70

85,383,283,181,982,481,6

75,1

0,92,933,13,543,8

42,7

7,297,297,29 7,297,297,297,29

37,140,8 40,7 40,9 41,5 41,6

0,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Água 18 20 22 24 26 28

Dosagem de Coagualnte (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

pH

ap

ós C

oagu

laçã

o, C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

Sól

idos

Sed

imen

táve

i(m

l/L)

0

15

30

45

60

75

90

105

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sól

idos

To

tais

Dis

solv

idos

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Condutividade

Sólidos Sediment. pH antes Coagul. Sól. Tot. Dis.

Page 77: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

76

4.2.2 Testes com Policloreto de Alumínio (PAC)

Gráfico 13: Demonstrativo das dosagens do coagulante policloreto de alumínio e as

características primárias e remanescente da água bruta.

Na melhor dosagem o decaimento da turbidez foi de 246 para 3,14 NTU,

para a cor aparente o decaimento foi de 940 para 11 UC.

O Gráfico não mostra, mas, neste teste não foi encontrado alumínio

residual, bem como também ferro residual não foi encontrado, estes resultados

estão na figura resumo no final desta unidade.

Os sólidos sedimentáveis, para este teste houve uma formação de 4 ml/L,

no teste anterior com uma turbidez de 31,6 NTU a formação de sólidos

sedimentáveis foi de 1,1 ml/L.

A dosagem ótima para este teste com turbidez inicial de 246 NTU é de 14

mg/l, para o teste anterior em uma turbidez de 31,6 NTU a dosagem foi de 8 mg/L.

12,47,137,46

3,144,07

18,40

246,0088

1222

1128 44

940

7,096,98

6,89 6,846,8

6,69

75,1

78,4 81,5 81,5 81,7 82 83,3

3

43,5 3,5 2,8 1,9

0,9

7,29 7,29 7,29 7,297,29 7,29 7,29

37,1 39,6 40,8 40,4 40,941,1 41,7

0,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Água 12 14 16 18 20 22

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

, Só

lidos

Sed

imen

táve

is (m

l/L),

Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

), pH

ap

ós C

oagu

laçã

o

0

15

30

45

60

75

90

105

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sól

idos

To

tais

Dis

solv

idos

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Condutividade

Sólidos Sediment. pH antes Coagul. Sól. Tot. Dis.

Page 78: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

77

4.2.3 Testes com Sulfato Férrico

Gráfico 14: Aplicação de sulfato férrico, e sua ação nas características primárias e

remanescentes da água.

Neste ensaio o coagulante sulfato férrico em sua melhor dosagem obteve

um decaimento ou redução de turbidez de 246 para 2,7 NTU.

O Gráfico acima não mostra mas o residual de ferro total foi da ordem de

0,01mg/l e a cor houve uma redução de 940 para 7 UC .

Quanto aos sólidos sedimentáveis houve formação de 0,5 ml/L, para o

teste anterior com o mesmo regente e turbidez de 31,6 NTU a formação de sólidos

sedimentaveis foi de 0,2 ml/L, os sólidos totais dissolvidos foi de 42,8mg/L. A

redução do pH inicial para o final da coagulação floculação foi de pH= 7,18 para

6,39.

A sua dosagem ótima foi de 24 mg/L, para o mesmo reagente no teste

anterior onde a turbidez era de 31,6 NTU a dosagem foi de 18 mg/L.

7,006,70 8,68 8,03

2,7

8,01

246,00

72322 3246 20

940

6,256,396,396,456,476,59

86,485,184,784,184,381,975,1

0,9 0,30,50,40,40,40,4

7,187,187,29 7,187,187,187,18

43,342,842,442,142,24137,1

0,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

16 18 20 22 24 26

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or

(µ.C

.) , p

H a

pós

Coa

gula

ção,

Sól

idos

Se

dim

entá

veis

(ml/L

), C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm)

0

15

30

45

60

75

90

105

0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4Dosagem de Acidulante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

lidos

Tot

ais

Dis

solv

idos

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Condutividade

Sólidos Sediment. pH antes Coagul. Sól. Tot. Dis.

Page 79: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

78

4.2.4 Testes com Cloreto Férrico

Gráfico 15: Comparativo das dosagens do coagulante cloreto férrico, com as

características primárias e residuais.

O Gráfico acima nos mostra um decaimento excelente de turbidez e cor,

com uma turbidez de 246 decaindo para 3,21NTU e a cor de 940 para 7 UC .

Os sólidos sedimentáveis ou índice de lôdo atingiu, na dosagem ótima de

turbidez 4,5 ml/L, para o teste anterior com o mesmo reagente e a turbidez em 31,6

NTU os sólidos sedimentáveis foi de 0,7 ml/L.

Para este teste com a turbidez inicial de 246 NTU a dosagem ótima foi de

12 mg/L, para o mesmo reagente no teste anterior com turbidez de 31,6 NTU a

dosagem era de 14 mg/L, pelo que se mostra o consumo diminuiu com o aumento

da turbidez.

63,5054,5

9,056,14,72

3,21

246,00381

72319 47

345940

6,46 6,25 6,095,96

5,50 5,13

75,191,9 94,7 96,2 98,6 102,3 108,3

4,53 3 3 2

20,954,2

7,67 7,67 7,67 7,677,29 7,67 7,67

51,249,448,147,74637,1

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00Bruta 12 14 16 18 20 22

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

, C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

Sólid

os S

edim

entá

veis

(ml/L

), pH

apó

s C

oagu

laçã

o

0

15

30

45

60

75

90

105

Água 4 4 4 4 4 4

Dosagem Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sól

idos

To

tais

Dis

solv

idos

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagula.Condutividade Sólidos Sediment. pH antes Coagul.Sól. Tot. Dis.

Page 80: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

79

4.2.5 Testes com Polifloc 2% Fe2O3 + 7% Al2O3

Gráfico 16: A eficiência do coagulante Polifloc 2% Fe2O3 + 7% Al2O3, com as

características primárias e residuais, da água em estudo.

Neste gráfico temos um decaimento de turbidez de 246 para 2,91 NTU, e

o decaimento da cor de 940 para 8 UC .

Os sólidos sedimentáveis houve a formação de 5 ml/L, no teste anterior

com o mesmo reagente e turbidez de 31,6 NTU houve a formação de 0,9ml/l na

dosagem ótima do coagulante para o decaimento da turbidez e cor.

A dosagem ótima para este coagulante ficou em 24mg/L e a diferença

para o mesmo reagente com a turbidez de 31,6 NTU, é de 8 mg/L.

2,91

246,00

8,29

6,354,433,084,56

940

8

39

1019

1722

7,01

6,84 6,83 6,78 6,69 6,60

3 3 3 3 35

0,9

88,4

44,2

7,677,67 7,67 7,677,29 7,67 7,67

75,1

85,1 87,1 87,2 85,788,4

37,142,7 43,9 43,7 43,3 44,2

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Bruta 12 14 16 18 20 22

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

pH

apó

sC

oagu

laçã

o, S

ólid

os S

edim

entá

veis

(ml/L

)

0

15

30

45

60

75

90

105

Água 4 4 4 4 4 4

Dosagem Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Con

dutiv

idad

e(μ

S/cm

), Só

lids

Tota

is D

isso

lvid

os

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Sólidos Sediment.

pH antes Coagul. Condutividade Sól. Tot. Dis.

Page 81: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

80

4.2.6 Testes com Polifloc 4% Fe2O3 + 5% Al2O3

Gráfico 17: A eficiência do coagulante Polifloc 4% Fe2O3 + 5% Al2O3, com as

características primárias e residuais, da água em estudo.

O Gráfico acima indica um decaimento da turbidez na ordem 246 para

3,57 NTU, e o decaimento da cor de 940 para 16 UC.

Os sólidos sedimentáveis mostra uma formação de 3 ml/L, e com baixo

decaimento de pH de 6,62 para 6,41.

A dosagem ótima de coagulante indica 14 mg/L, mostrando que não

houve aumento de consumo de reagente de uma turbidez de 31,6 NTU para uma

turbidez de 246 NTU.

4,30

7,04

5,84

9,82

246,00

7,35

3,57

3416

2713

1831

940

6,41 6,346,27

6,19

6,04 6,003 3 2 2

22

0,9

88,2

6,62 6,62 6,62 6,627,29 6,62 6,62

75,1

81 83,9 85,7 87,2 87,3

44,143,743,742,84240,837,1

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Bruta 14 16 18 20 22 24

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (

µ.C

.),

pH a

pós

Coa

gula

ção,

Sól

idos

Sedi

men

táve

is (m

l/L)

0

15

30

45

60

75

90

105

Água 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12

Dosagem Acidulante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Con

dutiv

idad

e(μ

S/cm

), S

ólid

os T

otai

s D

isso

lvid

o (m

g/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Sólidos Sediment.

pH antes Coagul. Condutividade Sól. Tot. Dis.

Page 82: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

81

4.2.7 Testes com Polifloc 7% Fe2O3 + 2% Al2O3

Gráfico 18: A eficiência do coagulante Polifloc 7% Fe2O3 + 2% Al2O3, com as

características primárias e residuais da água em estudo.

O gráfico acima indica um decaimento de turbidez de 246 para 2,91 NTU,

e cor de 940 para 8 UC, na dosagem ótima de coagulante.

Quanto a produção de lodo, o sólido sedimentáveis indica 5 ml/L, porém

no teste anterior com a turbidez de 31,6 NTU o índice de lôdo era de 0,9 mg/L.

A dosagem ótima de coagulante ficou em 22 mg/L, no teste naterior com

mesmo reagente e com turbidez de 31,6 NTU a dosagem foi de 16 mg/L.

2,91

246,00

8,29

6,354,433,084,56

940

8

39

1019

1722

7,01

6,84 6,83 6,78 6,69 6,60

3 3 3 3 35

0,9

88,4

44,2

7,677,67 7,67 7,677,29 7,67 7,67

75,1

85,1 87,1 87,2 85,788,4

37,142,7 43,9 43,7 43,3 44,2

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Bruta 12 14 16 18 20 22

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

pH

apó

s C

oagu

laçã

o, S

ólid

osSe

dim

entá

veis

(ml/L

)

0

15

30

45

60

75

90

105

Água 4 4 4 4 4 4Dosagem Alcalinizante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Con

dutiv

idad

e(μ

S/cm

), S

ólid

os T

otai

s D

isso

lvid

os

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagul.Sólidos Sediment. pH antes Coagul. CondutividadeSól. Tot. Dis.

Page 83: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

82

4.2.8 Teste com Coagulante Floculan

Gráfico 19: mostrando as dosagens do coagulante floculan e as dosagens de alcali,

para obtenção da dosagem ótima, e mostra as características primárias

e remanescentes da água.

Neste gráfico nota-se o decaimento de turbidez de 246 para 0,64 NTU, e

um decaimento da cor de 940 para 2 UC .

O índice de sólidos sedimentáveis formou um volume de 5 ml/L, no teste

anterior com a turbidez de 31,6 NTU obteve-se um índice de 1,5 ml/L.

A dosagem ótima para este teste é de 12 mg/L, para o teste anterior com

a turbidez de 31,6 NTU a dosagem ótima foi de 8 mg/L.

14

54

1,920,870,740,640,831,09

246,00

6

224

6

940

6,49 6,30 6,03 5,755,28

5,10

45 5 4

3 3

0,9

51,347,646,847,343,137,1

6,826,82 6,82 6,827,29 6,82 6,82

75,1

81,694,5 93,6 95,4

102,5

108

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Bruta 8 10 12 14 16 18

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

pH

apó

s C

oagu

laçã

o, S

ólid

os

Tota

is D

isso

lvid

os (m

g/L)

, Só

lidos

Sed

imen

táve

is (m

l/L)

0

15

30

45

60

75

90

105

Água 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12

Dosagem Acidulante (mg/L)

pH a

pós

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm)

Turbidez Cor pH após Coagul.Sólidos Sediment. Sól. Tot. Dis. pH antes Coagul.Condutividade

Page 84: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

83

4.2.9 Testes com o Coagulante Sulfato Ferroso

Gráfico 20: Dosagens do coagulante sulfato ferroso, comparando com as

características prímarias e remanescente da água.

Neste teste é possível percebe-se a dosagem ótima do coagulante sulfato

ferroso em 22 mg/L, no teste anterior para uma turbidez de 31,6 NTU a dosagem

ótima foi de 14 mg/L.

Os sólidos sedimentáveis formou um volume de 0,5 ml/L, no teste anterior

com o mesmo reagente e turbidez de 31,6 NTU o índice de sólidos dissolvidos foi de

0,2 ml/l.

Quanto a turbidez houve um decaimento de 246 para 92,8 NTU, e a cor

de 940 para 419 UC.

246,00 97,809792,8093,5104,0094,10

439940 432419526 422417

6,896,916,946,986,927,07

0,9 1,51,51110,9 44,6

7,297,297,29 7,297,297,297,29

89,286,484,984,182,981,275,1

43,242,542,141,440,637,1

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

Água 16 18 20 22 24 26

Dosagem Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or

(µ.C

.) , p

H a

pós

Coa

gula

ção,

Sól

idos

Se

dim

entá

veis

(ml/L

)

0,01

20,01

40,01

60,01

80,01

100

120

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(µS/

cm),

Sólid

os T

otai

s D

isso

lvid

os

(mg/

L)

Turbidez Cor pH após Coagul.Sólidos Sediment. pH antes Coagul. CondutividadeSól. Tot. Dis.

Page 85: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

84

4.2.10 Testes com Coagulante Polieletrólito Catiônico Médio

Gráfico 21: A dosagem do coagulante polieletrólito catiônico médio, comparando

com as características primárias e remanescentes da água.

Neste percebe-se a dosagem ótima do coagulante polieletrólito foi de 4

mg/L, no teste anterior para uma turbidez de 31,6 NTU a dosagem ótima foi de 0,4

mg/L.

Os sólidos sedimentáveis formou um volume de 1,5 ml/L, no teste anterior

com o mesmo reagente e turbidez de 31,6 NTU o índice de sólidos dissolvidos foi de

0,1 ml/L.

Quanto a turbidez houve um decaimento de 246 para 64,4 NTU, e a cor

de 940 para 311 UC.

314

64,468,5068,371,4073,20246,00 65,00

311314327 328343940

7,437,457,447,437,377,45

0,91,51,5

1110,9

7,297,297,29 7,297,297,297,29

7276,274,579,776,875,1 72,7

37,1 38,4 39,9 37,6 38,2 36,1

36,4

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

2 2,5 3 3,5 4 4,5

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(N

TU),

Cor

(µ.C

.) ,

Sól

idos

Sed

imen

táve

is

(ml/L

), pH

apó

s C

oagu

laçã

o

0102030405060708090100110

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

), Só

lidos

Tot

ais

Dis

solv

idos

(m

g/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Sólidos Sedment.pH antes Coagul. Condutividade Sól. Tot. Dis.

Page 86: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

85

4.2.11 Melhores Dosagens, com Turbidez de 246 NTU e Cor de 940 UC

No Gráfico 22, pode-se verificar as variações de dosagens para uma

mesma água com características iguais.

Quanto ao pH, antes e após a coagulação há uma variação para cada

coagulante, que pode significar o consumo das espécies químicas presentes, ou a

falta e ou excesso de cargas elétricas.

Na condutividade, acontece um fenômeno interessante, pois a mesma se

mantém praticamente constante para todos os coagulantes em suas dosagens

ótimas.

A cor, que é bom lembrar a aparente, percebe-se uma variação com picos

elevados e preocupantes, nos dois últimos coagulantes.

Na turbidez a variação não é tão preocupante, pois se mantém em níveis

toleráveis para os decantadores atuais, com exceção dos dois ultimos coagulantes.

Os sólidos totais dissolvidos não desenvolve-se picos nas dosagens

ótimas dos coagulante, para esta turbidez.

Os sólidos sedimentáveis, que mais particularmente interessa ao trabalho

pois irá determinar a quantidade de lodo no decantador, há picos, porém muito

baixos, em se tratando de uma turbidez alta.

Não foi possível plotar os residuais de ferro e de alumínio neste gráfico,

porém os coagulantes a base de óxido de ferro não ultrapassaram indices de 0,01

mg/L, e os coagulantes com base no alumínio não apresentaram residuais.

A comparação das características remanescentes são realizadas sempre

com as características da água bruta que se encontra indicada no início do gráfico.

Page 87: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

86

GRÁFICO 22

Page 88: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

87

4.3 Ensaio com Água de Turbidez 806 NTU e 2172 UC

DETERMINAÇÕES UNIDADES ÁGUA BRUTA

DETERMINAÇÕES UNIDADES ÁGUA BRUTA

Turbidez NTU 806,00 Dureza total mg/L

CaCO3

39

COR UC 2172 Ferro total mg/L 4,98

pH antes COAGUL. 7,28 Manganês mg/L 0,1

Alc. metil orange mg/L CaCO3 33 Nitratos mg/L 0

Alc. fenolftaleina mg/L CaCO3 0 O2 Cons. meio ácido mg/L 22,2

Alumínio residual mg/L 0,09 O2 Dissolvido mg/L 7,4

CO2 Livre mg/L 115 Sólidos sediment. mL/L 0,5

Cloretos mg/L 25,50 SÓl. Tot. Dis. (TDS) mg/L 41,1

Condutividade µS/cm 82 Sulfatos mg/L 6

Cobre total mg/L 0,42 Zinco total mg/L 0

Quadro 4: Características primárias da água a ser ensaiada.

Page 89: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

88

4.3.1 Teste Usando o Coagulante Sulfato de Alumínio

Gráfico 23: Dosagens do coagulante sulfato de alumínio, comparando com as

características primárias e remanescentes, da água.

Este teste nos mostra, para o coagulante sulfato de alumínio, um

decaimento de turbidez de 806 para 7,39 NTU, e para a cor de 2172 para 33 UC.

A dosagem do coagulante para esta turbidez é de 34 mg/L, para o teste

anterior com a turbidez em 246 a dosagem foi de 20 mg/L.

Os sólidos sedimentáveis apresentou uma produção de 10 ml/L, no teste

anterior com a turbidez inicial de 246 NTU o índice de sólidos sedimentáveis.

9,65

2172

8,727,398,839,99

806,00

11,505954 4348 33 42

6,44 6,44 6,33 6,26 6,26 6,02

82108,3 109,4 107,6 110,7 112,2 113,7

7,28 7,287,28 7,28

7,287,28 7,287,5 5,5

9,5 10 9 9,5

0,5

41,1

53,1 54,7 54,2 56,155,356,9

0,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

10000,00

Água 25 28 31 34 37 40

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(N

TU),

Cor

.C.)

, pH

apó

Coa

gulã

o,

Con

dutiv

idde

(μS

/cm

)

0

10

20

30

40

50

60

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

lidos

Tot

ais

Dis

solv

idos

(mg/

L),

Sólid

os S

edim

entá

veis

(m

l/L)

Turbidez Cor pH após Coagul.Condutividade pH antes Coagul. Sólidos Sediment.Sól. Tot. Dis.

Page 90: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

89

4.3.2 Ensaios Com o Coagulante Policloreto de alumínio

Gráfico 24: Desempenho do policloreto de alumínio com as características primárias

da água em estudo, comparando com as remanescentes.

Neste ensaio percebe-se que a dosagem do coagulante policloreto de

alumínio é de 12 mg/L, enquanto que no teste anterior para o mesmo reagente

porém com a turbidez de 246 NTU, a dosagem foi de 14 mg/L.

O decaimento da turbidez foi de 806 para 2,45 NTU, sendo que no teste

anterior para o mesmo reagente com a turbidez de 246 NTU a turbidez foi de 3,14

NTU, para a cor o decaimento foi de 2172 para 19 UC.

Para o índice de sólidos sedimentáveis houve formação de 9,75 ml/L,

equanto que no teste anterior para o mesmo reagente e com turbidez de 246 NTU

foi de 4 ml/L.

5,39

806,00

2,95 2,45 2,62 2,58

18,00231823 19

98 34

2172

6,446,546,666,257,256,93

113,6111,2111,5107,5106,3103,3

82

56,8

7,297,297,28

7,297,297,29

7,29

0,5

101010,19,759,256

41,1 41,4

53,2 53,7 55,8 55,6

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

10000,00

Água 8 10 12 14 16 18

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(N

TU),

Cor

(µ.C

.) C

ondu

ticid

de (μ

S/cm

), p

H a

pós

Coa

gula

ção

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sól

idos

To

tais

Dis

solv

idos

(mg/

L),

Sólid

os S

edim

entá

vei (

ml/L

)

Turbidez Cor pH após Coagul. CondutividadepH antes Coagul. Sólidos Sediment. Sól. Tot. Dis.

Page 91: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

90

4.3.3 Testes Com o Coagulante Sulfato Férrico

Gráfico 25: Dosagens de acidulante e do coagulante sulfato férrico, comparando

com as características primárias e remanescente.

Este Gráfico indica uma dosagem de sulfato férrico de 30 mg/l, a

dosagem do teste anterior para o mesmo reagente e turbidez inicial de 246 NTU foi

de 12 mg/L.

A redução de turbidez foi de 806 para 1,68 NTU, e a redução de cor foi de

2172 para 10 UC.

Os sólidos sedimentáveis formaram neste teste um volume de 10 ml/L, e

no teste anterior com a turbidez inicial de 246 NTU, formaram 0,5 ml/L.

2,94

73,8

2,011,68

7

160,00806,00

206,00

18

1276

32

976

10 16

2172

6,01 5,474,86

4,42 4,14 4,08

82 98,1 108,9

126,6 116,9 147 147

41,173,858,4

63,354,548,8

6,58 6,586,58 6,58

7,286,58 6,580,9

2,59 10 11 11

0,50,00

0,01

0,10

1,00

10,00

100,00

1000,00

10000,00

Bruta 15 20 25 30 35 40

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

pH

apó

s C

oagu

laçõ

, Con

dutiv

idad

e (μ

S/cm

), Só

lido

Tota

is D

isso

lvdo

s (m

g/L)

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150Água 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75

Dosagem de Acidulante (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sol

ios

Sedi

men

táve

is (m

l/L)

Turbidez Cor pH após Coagul.Condutividade Sól. Tot. Dis. pH antes Coagul.Sólidos Sediment.

Page 92: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

91

4.3.4 Testes Com o Coagulante Cloreto Férrico

Gráfico 26: Dosagens de alcalinizante, e do coagulante cloreto férrico, comparando

com as características primárias e remanescentes da água.

O Gráfico acima mostra que a dosagem do coagulante cloreto férrico,

para este teste foi de 19 mg/L, para o teste anterior com o mesmo reagente e com a

turbidez inicial de 246 NTU a dosagem foi de 12 mg/L.

O decaimento da turbidez para este teste foi de 806 para 0,73 NTU, o

teste anterior foi de 246 para 3,21 NTU.

A formação de lodo demonstrado pelo índice de sólidos sedimentáveis

neste teste com a melhor dosagem foi de 10,6 ml/L.

1,071,240,730,93

806,00

6,334,25

1944 677 12

2172

6,34 6,14 5,96 5,79 5,524,98

41,1 60,564,664,15641,751,8

7,58 7,58 7,58 7,587,28

7,58 7,58

82

103,2

83,2

112,4

128,2 129,5120,8

10,1 10,5 10,6 10,7 10,7 10,2

0,50,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

Bruta 15 17 19 21 23 25

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

pH

apó

Coa

ulaã

, Sól

idos

Tot

ais

Dis

solv

idos

(mg/

L)

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150Água 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75

Dosagem Alcaliniznte (mg/L)

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

Sól

ido

Sedi

men

táve

is (m

l/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Sól. Tot. Dis.

pH antes Coagul. Condutividade Sólidos Sediment.

Page 93: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

92

4.3.5 Testes com o Coagulante Polifloc 2% Fe2O3 e 7% de Al2O3

Gráfico 27: Dosagens do coagulante polifloc com 2% em Fe2O3 e com 7% em Al2O3,

comparando com as características primárias e remanescente da água.

Para este teste a dosagem do coagulante é de 35 mg/L, no teste anterior

com a turbidez inicial de 246 NTU foi de 22 mg/L.

Pra a turbidez o decaimento foi de 806 para 0,69 NTU, e para a cor o

decaimento foi de 2172 para 11 UC.

Os sólidos sedimentáveis apresentaram um volume de 10,3 ml/L, contra 5

ml/L do teste anterior onde a turbidez era de 246 NTU.

2172

0,891,031,33

2,42

806,00

1,48

10,50 13

61

1622 1511

6,56

6,49

6,416,3

6,276,11

7,28

7,28 7,28 7,28

7,287,28 7,28

82

116,6 118,2 117,3 119,1120

121,1

7,5 10 10,1 10,2 10,3 10,2

0,5

41,159,2 59 58,7

60,559,6 60

0,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

Água 23 26 29 32 35 38

Dsagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

pH

apó

s a

Coa

gula

çã,

Con

dutiv

idae

(μS/

cm)

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sól

idos

To

tais

Dis

solv

ido

(mg/

L), S

ólid

os

Sedi

men

táve

s (m

l/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. pH antes Coagul.

Condutividade Sólidos Sediment. Sól. Tot. Dis.

Page 94: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

93

4.3.6 Teste com Polifloc Com 4% de Fe2O3 mais 5% de Al2O3

Gráfico 28: Dosagens do coagulante Polifloc 4 % de óxido de ferro e 5% de óxido de

alumínio, e comparando as características primárias com as

remanescentes da água.

O teste atual mostra uma dosagem de coagulante de 38 mg/L, no teste da

série anterior para o mesmo reagente com uma turbidez de 246 NTU a dosagem foi

de 14 mg/L.

Quanto a turbidez, neste teste houve o decaimento de 806 NTU para 1,29

NTU, no teste da série anterior para o mesmo regente foi de 246 para 3,57 NTU.

O volume de lôdo formado e indicado pelas sólidos sedimentaveis é de 11

ml/L, e no teste anterior com turbidez de 246 NTU foi de 3 ml/L.

2172

806,00

9,71

3,65 1,76

1,32 1,29

80,602019

5725

466

206,276,346,446,51

6,586,67

7,287,287,28

7,287,287,287,28

122,5118,9118,3116,2118,5115

82

0,51110,51099

4

41,1 57,6 59,3 58,1 59,2

59,5 61,3

0,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

Água 23 26 29 32 35 38

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(N

TU),

Cor

(µ.

C.)

pH

apó

s C

oagu

laçã

o

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

Sólid

os T

otai

s D

isso

lvid

os(m

g/L)

, Sól

idos

Se

dim

entá

veis

(m

l/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. pH antes Coagul.Condutividade Sólidos Sediment. Sól. Tot. Dis.

Page 95: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

94

4.3.7 Ensaios Com o Coagulante Poliflic 7% Fe2O3 mais 2% de Al2O3

Gráfico 29: Comparativo da dosagem do coagulante Polifloc 7% de óxido de ferro e

2% de óxido de alumínio, e as características primárias e remanescente

da água.

Este ensaio mostra uma dosagem ótima de coagulante de 45 mg/l, sendo

que no teste anterior e com uma turbidez de 246 NTU a dosagem foi de 24 mg/L.

O índice de lôdo formado e medido pelos sólidos sedimentáveis é de 11

ml/L e no teste anterior com turbidez de 246 NTU o volume foi de 5 ml/L.

806,00

6,04

1,55 1,61 1,37

33,50

0,82

121333 11

184

7

2172

6,826,196,336,396,486,53

41,1 56,959,8 60,3 60,8 60,8

62,7

7,287,28

7,28

7,287,287,287,28

125,3121,6

121,6120,5119,6113,5

82

0,5

1111101099

0,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

29 32 35 38 41 45

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

pH a

pó C

oagu

laçã

oSó

lidos

Tot

ais

Dis

solv

idos

(mg/

L)

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150

pH a

ntes

coa

gula

ção,

Con

dutiv

idad

e (

Sóid

os S

edim

entá

veis

(ml/L

)

Turbidez Cor pH após Coagul.Sól. Tot. Dis. pH antes Coagul. CondutividadeSólidos Sediment.

Page 96: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

95

O decaimento da turbidez foi de 806 para 0,82 NTU, e para a cor o

decaimento foi de 2172 para 7 UC.

4.3.8 Teste Com o Coagulante Floculan

Gráfico 30: Dosagens de acidulante e do coagulante floculan comparando as

características iniciais e remanescentes da água.

Neste ensaio tem-se uma dosagem ótima do coagulante floculan de 24

mg/l, no teste anterior com a turbidez de 246 NTU a dosagem foi de 12 mg/L.

O decaimento de turbidez é de 806 para 0,71 NTU, e para a cor o

decaimento foi de 2172 para 9 UC.

A produção de lôdo foi de 12 ml/L.

2172

1,02 0,81 0,71 1,08 1,25 1,59

806,00

895 10 107

5,63 4,894,74 4,32 4,11

3,98

41,9

88,283,982

137,3

140,8156,1 162,9

176,3

0,512,5 1312,5121111

70,370,468,6 81,6

41,1

7,286,86 6,86 6,86 6,86 6,866,86

0,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

Bruta 20 22 24 26 28 30

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Cor

(µ.C

.), T

urbi

dez

(NTU

), pH

ap

ós C

oagu

laçã

o

0153045607590105120135150165180

Água 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66

Dosagem de Acidulante (mg/L)

pH a

tes

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

Sólid

os S

edim

entá

veis

(ml/L

), TD

S (m

g/L)

Turbidez Cor pH APÓS COAGUL.Condutividade Sólidos Sediment. Sóli. Tot. Dis.pH ANTES COAGUL.

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96

4.3.9 Teste Com o Coagulante Sulfato Ferroso

Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso, comparando as características

primárias com as remanescentes.

Neste teste temos a dosagem do coagulante sulfato ferroso em 30 mg/L.

O decaimento de turbidez de 806 NTU para 38,7 NTU, e a cor de 2172

para 284 UC.

O volume de lodo formado é de 1,3 ml/L.

7,29

43,645,1038,767,20806,00

64,30 48,70

341406 284436

313 311

2172

6,69 6,67 6,74 6,6 6,34 6,72

1,2 1

1,3 1,41

1,20,5

7,29 7,29 7,29 7,297,29

7,29 7,29

82

105,2113

139,2 121,3 116,6 123,6

41,152,7 56,6

60,767,9 6258,3

0,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

Água 20 25 30 35 40 45

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.),

pH

ap

ós C

oagu

laão

, Sól

idos

Se

dim

etáv

eis

(ml/L

)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm),

STo

tais

Dis

solv

idos

(m

g/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Sólidos Sediment.pH antes Coagul. Condutividade Sól. Tot. Dis.

Page 98: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

97

4.3.10 Teste com o coagulante Polieletrólito Catiônico Médio

Gráfico 32: Demonstrativo das dosagens do coagulante polieletrólito catiônico médio,

comparando com as características primárias e remanescentes da água.

Com este teste nota-se a eficiência dos coagulantes orgânicos, baixas

dosagens como esta de 5 mg/L.

O volume de lodo formado é de 5ml/L.

O decaimento de turbidez de 806 para o,69 NTU, e cor de 2172 para

24 UC.

806,00

5,93

3,81,83

0,83

12,10

0,69

252749 37

84 24

2172

6,436,456,446,436,376,45

89,789,79294,494,794,6

82

7,297,297,29 7,297,29

7,297,29

41,144,944,94647,247,447,3

41,1

67,960,756,6

52,758,3 62

0,00

0,10

10,00

1000,00

100000,00

Água 2,5 3 3,5 4 4,5 5

Dosagem de Coagulante (mg/L)

Turb

idez

(NTU

), C

or (µ

.C.)

pH

ap

ós C

oagu

laçã

o, C

ondu

tivid

ade

(μS/

cm)

0

15

30

45

60

75

90

105

120

135

150

pH a

ntes

Coa

gula

ção,

Sól

idos

To

tais

Dis

solv

idos

(m

g/L)

, Só

lidos

Sed

imen

táve

is (m

l/L)

Turbidez Cor pH após Coagul. Condutividade

pH antes Coagul. Sólidos Sediment. Sól. Tot. Dis

Page 99: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

98

4.3.11 As melhores dosagens e características da água em estudo, com uma

Turbidez de 806 NTU e Cor de 2172 UC

No Gráfico 33 pode-se verificar as variações de dosagens para uma

mesma água com características iguais.

Quanto ao pH, antes e após a coagulação há uma variação para cada

coagulante, que pode significar o consumo das espécies químicas presentes, ou a

falta e ou excesso de cargas elétricas.

Na condutividade, acontece um fenômeno interessante, pois a mesma se

mantém praticamente constante para todos os coagulantes em suas dosagens

ótimas.

A cor, que é bom lembrar a aparente, percebe-se uma variação com picos

elevados e preocupantes, nos dois últimos coagulantes.

Na turbidez a variação não é tão preocupante, pois se mantém em níveis

toleráveis para os decantadores atuais, com exceção dos dois últimos coagulantes.

Os sólidos totais dissolvidos não desenvolve-se picos nas dosagens

ótimas dos coagulante, para esta turbidez.

Os sólidos sedimentáveis, que mais particularmente interessa ao trabalho

pois irá determinar a quantidade de lodo no decantador, há picos, porém muito

baixos, em se tratando de uma turbidez alta.

A comparação das características remanescentes são realizadas sempre

com as características da água bruta que se encontra indicada no início do gráfico.

Page 100: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

99

GRÁFICO 33

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100

4.3.12 Quadros comparativo para cada reagente e turbidez pesquisados

Nas páginas seguintes são apresentadas uma série de 5 quadros que

ilustram os coagulantes com suas variações, dentro de valores alternados de

turbidez, e de cor. Também é possível analisar os melhores coagulantes com suas

faixas de turbidez, e o rendimento de cada coagulante está visível.

Page 102: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

101

UNIDADES FLOCULAN [FeCl3 . Fe2(SO4)3 POLICLORETO DE ALUMÍNIO

Água

Bruta Resultados Água

Bruta Resultados Água

Bruta Resultados Água

Bruta Resultados Água

Bruta Resultados Água

Bruta Resultados

Dos. coagulante mg/L 24 12 8 12 14 8

Grad. Mist. Rápida S-1 120 rpm 110 110 110 120 110 110

Grad. Mist. Lenta S-1 62/46rpm 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35

Tempo Mist. Rápida Minutos 1 1 1 1 1 1

Tempo Mist. Lenta Minutos 10 10 10 10 10 10

Tempo Dec. Na Cuba

Minutos 15 15 15 15 15 15

T. Dec. Cone Imhof Minutos 30 30 30 30 30 30 30 30

Turbidez NTU 806,00 0,71 246,00 0,64 31,60 1,50 806,00 2,45 246,00

3,14 31,60 3,93

Cor UC 2172 9 940 2 155 3 2172 19 940 11 155 20

pH Antes Coagul. 7,28 6,86 7,29 6,82 7,25 6,62 7,28 7,29 7,29 7,29 7,25 7,25

pH Após Coagul. 4,74 6,03 6,27 6,25 6,98 7,09

Alumínio Residual mg/L 0,09 0 0,09 0 0

Condutividade µS/cm 82 140,8 75,1 93,6 77,2 106,9 82 107,5 75,1 81,5 77,2 95,5

Ferro Total mg/L 4,98 0,06 2,57 0,01 4,98 0 2,57 0

Sólidos Sediment. mL/L 0,5 12 0,9 5 0,1 1,5 0,5 9,75 0,9 4 0,1 1,1

Sól. Tot. Dis. (TDS) mg/L 41,1 70,4 37,1 46,8 38,7 53,2 41,1 53,7 37,1 40,8 38,7 47,8

Quadro 5: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho

Page 103: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

102

UNIDADE POLIELETRÓLITO CATIÔNICO MÉDIO SULFATO FERROSO

Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados

Água Bruta

Água Bruta

resultados

Dos. Coagulante mg/L 5 4 0,4 30 22 14

Grad. Mist. Rápida S-1 120 rpm 110 110 110 110 110 110

Grad. Mist. Lenta S-1 62/46rpm 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35

Tempo Mist. Rápida Minutos 1 1 1 1 1 1

Tempo Mist. Lenta Minutos 10 10 10 10 10 10

Tempo Dec. na Cuba Minutos 15 15 15 15 15 15

T. Dec. Cone Imhof Minutos 30 30 30 30 30 30 30 30

Turbidez NTU 806,00 0,69 246,00 64,4 31,60 8,91 806,00 38,7 246,00 92,80 31,60 12,50

Cor UC 2172 24 940 311 155 51 2172 284 940 419 155 65

PH Antes Coagul. 7,28 7,29 7,29 7,29 7,25 7,25 7,28 7,29 7,29 7,29 7,25 6,55

PH Após Coagul. 6,43 7,45 7,54 6,74 6,94 6,74

Alumínio Residual mg/L 0,09 0,01 0 0,09 0,01 0

Condutividade µS/cm 82 89,7 75,1 72 77,2 101,7 82 139,2 75,1 84,9 77,2 101,5

Ferro Total mg/L 4,98 0,02 2,57 o 4,98 1,4 2,57 0,1

Sólidos Sediment. mL/L 0,5 5 0,9 1,5 0,1 0,1 0,5 1,3 0,9 0,5 0,1 0,2

Sól. Tot. Dis. (TDS) mg/L 41,1 44,9 37,1 36,1 38,7 50,9 41,1 67,9 37,1 42,5 38,7 50,7

Quadro 6: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho

Page 104: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

103

UNIDADES SULFATO DE ALUMÍNIO POLIFLOC 7% Fe2O3 + 2% Al2O3

Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados

Dos. Coagulante mg/L 34 20 12 45 24 16

Grad. Mist. Rápida S-1 120 rpm 120 110 110 110 110 110

Grad. Mist. Lenta S-1 62/46rpm 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35

Tempo Mist. Rápida Minutos 1 1 1 1 1 1

Tempo Mist. Lenta Minutos 10 10 10 10 10 10

Tempo Dec. Na Cuba Minutos 15 15 15 15 15 15

T. Dec. Cone Imhof Minutos 30 30 30 30 30 30 30 30

Turbidez NTU 806,00 7,39 246,00 4,19 31,60 2,41 806,00

0,82 246,00 4,20 31,60 2,62

Cor UC 2172 33 940 11 155 11 2172 7 940 21 155 7

pH Antes Coagul. 7,28 7,28 7,29 7,29 7,25 7,25 7,28 7,28 7,29 6,50 7,25 6,55

pH Após Coagul. 6,26 6,62 6,78 6,82 5,85 6,14

Alumínio Residual mg/L 0,09 0,04 0 0,09 0,02 0

Condutividade µS/cm 82 110,7 75,1 82,4 77,2 96,9 82 125,3 75,1 93,4 77,2 107,7

Ferro Total mg/L 4,98 0 2,57 0,02 4,98 0,04 2,57 0,01

Sólidos Sediment. mL/L 0,5 10 0,9 4 0,1 1 0,5 11 0,9 5 0,1 0,9

Sól. Tot. Dis. (TDS) mg/L 41,1 55,3 37,1 40,7 38,7 46,8 41,1 62,7 37,1 46,2 38,7 53,9

Quadro 7: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho

Page 105: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

104

UNIDADES POLIFLOC 4% Fe2O3 + 5% Al2O3 POLIFLOC 2% Fe2O3 + 7% Al2O3

Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados

Dos. Coagulante mg/L 38 14 14 35 22 14

Grad. Mist. Rápida S-1 120 rpm 110 110 110 110 110 110

Grad. Mist. Lenta S-1 62/46rpm 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35

Tempo Mist. Rápida Minutos 1 1 1 1 1 1

Tempo Mist. Lenta Minutos 10 10 10 10 10 10

Tempo Dec. Na Cuba

Minutos 15 15 15 15 15 15

T. Dec. Cone Imhof Minutos 30 30 30 30 30 30 30 30

Turbidez NTU 806,00 1,29 246,00 3,57 31,60 2,86 806,00

0,89 246,00

2,91 31,60 3,72

Cor UC 2172 20 940 16 155 5 2172 11 940 8 155 17

pH Antes Coagul. 7,28 7,28 7,29 6,62 7,25 6,62 7,28 7,28 7,29 7,67 7,25 6,86

pH Após Coagul. 6,27 6,41 6,42 6,27 6,60 7,67

Alumínio Residual mg/L 0,09 0,02 0 0,09 0,03 0

Condutividade µS/cm 82 122,5 75,1 81 77,2 104,1 82 120 75,1 88,4 77,2 97,7

Ferro Total mg/L 4,98 0,05 2,57 0 4,98 0,01 2,57 0

Sólidos Sediment. mL/L 0,5 11 0,9 3 0,1 0,9 0,5 10,3 0,9 5 0,1 0,4

Sól. Tot. Dis. (TDS) mg/L 41,1 61,3 37,1 40,8 38,7 52,1 41,1 60 37,1 44,2 38,7 48,9

Quadro 8: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho

Page 106: EFEITO DO TIPO DE COAGULANTE NA PRODUÇÃO DE … · cor de 940 UC da água bruta do Rio Itajaí – Mirim, com dez coagulantes, ... Gráfico 31: Dosagens do coagulante sulfato ferroso,

105

UNIDADES CLORETO FÉRRICO SULFATO FÉRRICO

Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados Água Bruta

Resultados

Dos. Coagulante mg/L 19 12 14 30 24 18

Grad. Mist. Rápida S-1 120 rpm 110 110 110 110 110 110

Grad. Mist. Lenta S-1 62/46rpm 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35 50/35

Tempo Mist. Rápida Minutos 1 1 1 1 1 1

Tempo Mist. Lenta Minutos 10 10 10 10 10 10

Tempo Dec. na Cuba

Minutos 15 15 15 15 15 15

T. Dec. Cone Imhof Minutos 30 30 30 30 30 30 30 30

Turbidez NTU 806,00 0,73 246,00

3,21 31,60 2,41 806,00 1,68 246,00

2,7 31,60 1,27

Cor UC 2172 6 940 7 155 11 2172 10 940 7 155 8

pH Antes Coagul. 7,28 7,58 7,29 7,67 7,25 6,85 7,28 6,58 7,29 7,18 7,25 6,55

pH Após Coagul. 5,96 6,46 5,45 4,42 6,39 5,95

Alumínio Residual mg/L 0,09 0 0,09 0

Condutividade µS/cm 82 112,4 75,1 91,9 77,2 95,9 82 116,9 75,1 85,1 77,2 92,5

Ferro Total mg/L 4,98 0,05 2,57 0,01 4,98 0,2 2,57 0,01

Sólidos Sediment. mL/L 0,5 10,6 0,9 4,5 0,1 0,7 0,5 10 0,9 0,5 0,1 0,2

Sól. Tot. Dis. (TDS) mg/L 41,1 56 37,1 46 38,7 51,4 41,1 58,4 37,1 42,8 38,7 46,2

Quadro 9: Comparativo para os reagentes em cada turbidez de trabalho.

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106

CAPÍTULO V CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusões

Nesta pesquisa, os objetivos são: a diminuição da quantidade de lôdo

gerado, o estudo da performance dos coagulantes que constam na tabela da figura

nº 8, a produção de água decantada com melhores qualidades físico-química.

Com os resultados obtidos em reator estático podemos concluir:

- Com turbidez da água bruta baixa (31,6 NTU), os coagulantes Floculan

e Sulfato Férrico, removeram mais turbidez e cor. Para menor

quantidade de lôdo produzido, obteve-se melhor resultado com o

Sulfato Férrico.

- Com uma turbidez de 246 NTU, os coagulantes, Floculan e Sulfato

Férrico, obtiveram melhores resultados na remoção de turbidez e cor.

Quanto a menor produção de lodo o Sulfato Férrico obteve maior

eficiência.

- Com uma turbidez da água bruta alta, 806 NTU, os coagulantes,

Sulfato Férrico, Cloreto Férrico, Floculan e Polifloc 7%Fe2O3 mais 2%

de Al2O3, obtiveram os melhores resultados quanto a remoção de cor e

turbidez. O polieletrólito catiônico médio foi muito eficiente na remoção

de turbidez , porém quanto a cor não obteve a mesma performance.

Em se referindo ao índice que mais interessa à este trabalho, ou seja, a

baixa produção de lodo, o Polieletrólito catiônico médio, obteve

excelente resultado.

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107

Conclui-se também que os sais a base de íon ferro férrico são mais

eficientes, que os demais coagulantes, porém exigem um pH menor. O coagulante

orgânico sintético (Polieletrólito catiônico médio) tem sua eficiência em turbidez

elevada.

Quanto às dosagens conclui-se que, o coagulante Policloreto de Alumínio,

com o aumento da turbidez da água bruta houve uma diminuição em sua dosagem.

Os coagulantes Floculan e Cloreto Férrico sofrem pouca variação, em sua dosagem,

com o aumento de turbidez. O coagulante Sulfato Ferroso não obteve eficiência com

a água em estudo

5.2 Recomendações

Para o desenvolvimento de futuros trabalho relacionado com os

coagulantes que foram usados, recomenda-se:

- usar reator piloto, com estudos de pelo menos 1 mês para cada

reagente e que se atinja todas as variações possíveis de turbidez e cor;

- que se faça uso de um coagulante orgânico antes do inorgânico, pois o

rendimento deverá melhorar;

- a verificação dos sólidos totais dissolvidos deverão ter maior atenção;

- estudo detalhado de toxidez para cada reagente;

- estudar concentrações ideais de aplicação, bem como ponto de

aplicação;

- estudar os gradientes e tempos para vários reagentes antes do

projeto, final de uma ETA.

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