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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Leonardo Silva Batista Simone Januário Sant’Ana Marcon EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A ESTABILOMETRIA DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON Lins-SP 2019

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Leonardo Silva Batista

Simone Januário Sant’Ana Marcon

EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A

ESTABILOMETRIA DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON

Lins-SP 2019

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LEONARDO SILVA BATISTA

SIMONE JANUÁRIO SANT’ANA MARCON

EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A ESTABILOMETRIA DE IDOSOS COM

DOENÇA DE PARKINSON

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – campus Lins/SP, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Educação Física, sob a Orientação do Prof. Me. Jonathan Daniel Telles e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

Lins-SP 2019

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Batista, Leonardo Silva; Marcon, Simone Januário Sant’Ana

Efeito da atividade física sobre a estabilometria de idosos com

doença de Parkinson / Leonardo Silva Batista; Simone Januário

Sant’Ana – – Lins, 2019.

56p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em

Educação Física Bacharel, 2019.

Orientadores: Jonathan Daniel Telles; Jovira Maria Sarraceni.

1. Doença de Parkinson. 2. Exercício Físico. 3. Estabilometria. 4. Atividade Física. 5. Equilíbrio Postural. I Título.

CDU 796

B337e

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LEONARDO SILVA BATISTA

SIMONE JANUÁRIO SANT’ANA MARCON

EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE A ESTABILOMETRIA DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON

Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em

Educação Física.

Aprovado em: __/__/___ Banca Examinadora: Professor Orientador: Jonathan Daniel Telles

Titulação: Professor Mestre – Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR.

Assinatura: _________________________________

1º Professor (a): ___________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: _________________________________

2º Professor (a): ___________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura: _________________________________

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Osvaldo e Maria, que, apesar de todas as dificuldades, me ajudaram na realização do meu sonho. Aos meus amigos de trabalho e parceiros de pesquisa, por toda a ajuda e apoio durante este período tão importante da minha formação acadêmica.

A todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização da minha pesquisa. E a minha esposa, Mayara, que me motivou e ajudou de todas as formas.

Leonardo Silva Batista

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, a Deus por me dar saúde e força para lutar e seguir em frente durante os anos de graduação, a minha querida e amada filha, Lara Santana Marcon, por ser o motivo principal da minha busca por atingir meus objetivos, garantindo a ela e a mim um futuro melhor dentro dessa brilhante profissão e aos meus queridos pais, Maria de Fátima Januário Santana e Eleutério José Santana, e irmão Silas Januário Santana por me incentivarem e me ajudarem em vários momentos da minha vida acadêmica.

Agradeço a todos os meus mestres queridos que fizeram parte da minha formação e me orientaram dentro dos Projetos de Extensão, estando eu apta para poder oferecer um trabalho digno e qualificado, em especial ao professor Doutor José Alexandre Curiacos de Almeida Leme, ao professor Mestre Leandro Paschoali Rodrigues Gomes, ao professor Mestre Jonathan Daniel Telles, ao professor Mestre Osvaldo Tadeu e a professora Mestre Jovira Maria Sarraceni.

Agradeço ao nosso coordenador de Educação Fisica por todo apoio e dedicação, professor Mestre Donizette da Silva Santos, e à Pró-Reitoria de Extensão, Heloisa Helena Rovery da Silva.

A todos os meus colegas de classe, em especial, todos estagiários e participantes do projeto de Extensão para Pessoas com Doença de Parkinson.

Simone Januario Sant’Ana Marcon

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RESUMO

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que atinge pessoas idosas comprometendo as capacidades motoras e cognitivas. Em relação à fisiopatologia da doença de Parkinson, um dos sintomas são as alterações no controle da postura e da marcha. Dessa forma, o equilíbrio é prejudicado ocasionando quedas nesses indivíduos. Esta pesquisa se propôs a investigar a influência da atividade física sobre a estabilometria em idosos com doença de Parkinson. Os participantes deste estudo são do Projeto de Extensão Interdisciplinar entre os Cursos de Educação Física e Fisioterapia, “Atividade Física para pessoas com Doença de Parkinson”, desenvolvido no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins (UniSALESIANO). Participaram da pesquisa 7 indivíduos de ambos os sexos e com idade entre 55 e 85 anos. Foram realizadas intervenções com exercícios físicos de forma individualizada, duas vezes por semana, sendo uma hora cada sessão de treinamento durante três meses. Foram realizados exercícios aeróbicos, resisitidos, flexibilidade, agilidade, coordenação e propriocepção de acordo com a capacidade de cada um. Antes e após a intervenção foram realizadas análises estabilométricas com balança de baromopodometria e estabilometria. Esse teste avaliou o perfil estabilométrico na variável comprimento total da oscilação do centro de pressão. Os efeitos da atividade física em idosos com doença de Parkinson através da análise do perfil estabilométrico teve o intuito de promover uma melhora no equilíbrio através de dados computadorizados, havendo melhores condições para os profissionais de educação física prescreverem exercício físico para essa população. A análise estatística foi realizada através do test t student para comparar as duas médias. Os resultados demonstram uma melhora significativa (P=0,002) como mostrado no estudo. Dessa forma, esse estudo demonstrou que um programa de exercícios físicos proporciona uma melhor estabilidade e, em consequência disso, um melhor equilíbrio para pessoas com Doença de Parkinson. Palavras-chave: Doença de Parkinson. Exercício Físico. Atividade Física. Estabilometria. Equilíbrio Postural.

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ABSTRACT

Parkinson's disease is a neurodegenerative disease that affects older people, compromising motor and cognitive abilities. When it comes to the pathophysiology of Parkinson's disease, one of the symptoms is modification in posture and gait control. This way the balance is impaired, which causes falls in these subjects. This research aimed to investigate the influence of physical activity on stabilometry in elderly with Parkinson's disease. The participants of this study are from the Interdisciplinary Extension Project between the Physical Education and Physical Therapy Courses: Physical Activity for people with Parkinson's Disease developed at the Salesian Catholic University Center Auxilium de Lins (UniSALESIANO). The study included 7 subjects aged between 55 and 85 of both gender. Interventions with physical exercises were performed individually, twice a week, one hour each training session for three months. Aerobic exercises, resistance, flexibility, agility, coordination and proprioception were performed according to their capacity. Before and after the intervention, stabilometric analyzes with baromopodometry and stabilometry scales were performed. This test evaluated the static posturography profile in the changeable total length of the center of pressure oscillation. The present study verified the effects of physical activity in elderly with Parkinson's disease through the analysis of the stabilometric profile in order to promote an enhancement in balance through computerized data which can offer better conditions for physical education professionals to prescribe proper physical exercise for this society. Statistical analysis was performed using the t student test to compare the two means. The results were able to demonstrate a significant improvement (P = 0.02) as shown in the study. Thus, this study demonstrated that an exercise program provides better stability and, as a result, a better balance for people with Parkinson's disease. Keywords:Parkinson's disease. Physicalexercise. Physical Activity Stabilometry, Postural balance.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Componentes motores dos gânglios da base no ser humano. (a) circuitos

da via dos gânglios da base: (-) e (+) representam inibição e estimulação,

respectivamente. (b) secção coronal cerebral demonstrando as localizações

anatómicas das estruturas envolvidas no circuito dos gânglios da base: va (ventro-

anterior) e vl (ventro-lateral). ..................................................................................... 15

Figura 2: Circuitaria básica dos gânglios de base de indivíduos normais e D.P – vias

diretas e indiretas ...................................................................................................... 16

Figura 3: Transmissão sináptica de um neurônio saudável e de um neurônio com

D.P ............................................................................................................................ 17

Figura 4: Padrões de ativação muscular em resposta ao balanço para frente em

idosos saudáveis e idosos com D.P .......................................................................... 25

Figura 5: Baropodômetro. ......................................................................................... 26

Figura 6: Áreas da pressão plantar ........................................................................... 27

Figura 7: Gráfico de estabilometria ........................................................................... 28

Figura 8 Representação de uma plataforma de força e eixos de medida ................ 29

Figura 9: Avaliação estabilométrica com estagiário .................................................. 32

Figura 10: Avaliação estabilométrica – com orientação do professor responsável ... 33

Figura 11: Tabela de recomendações FIIT para indivíduos com D.P. ....................... 35

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características dos sujeitos participantes da pesquisa. ............................ 36

Tabela 2: Valores do comprimento da linha de oscilação por participante em

milímetros(mm) pré e pós treinamento. ..................................................................... 37

Tabela 3: Resultados do teste de comprimento da oscilação em milímetros (mm) pré

e pós treinamento dos participantes com D.P. .......................................................... 37

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LISTA DE SIGLAS

CEP – Comitê Ético em Pesquisa

COP – Centro de Pressão

CEF – Clínica de Educação Física

CNS – Conselho Nacional de Saúde

DCNT’S – Doenças Crônicas não Transmissíveis

D.P – Doença de Parkinson

EEB – Escala de Equilíbrio de Berg

MEEM – Mini-Exame do Estado Mental

H&Y – Escala de Hoehn e Yahr

PDQ-39 – Parkinson´s Disease. Quality Of Life

SNP – Sistema Nervoso Periférico

SNC – Sistema Nervoso Central

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TUG – Timed Up and Go

T6 – Teste de seis minutos

UPDRS - Unified Parkinson’s Disease Rating Scale

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SUMÁRIO

INTRODUCÃO .......................................................................................................... 12

1 CONCEITOS PRELIMINARES ........................................................................... 14

1.1 Doença de Parkinson .................................................................................. 14

1.1.1 Epidemiologia ........................................................................................ 19

1.1.2 Etiologia ................................................................................................. 20

1.2 Atividade Física e a Doença de Parkinson – Revisão de Literatura ............ 20

1.3 Equilíbrio postural......................................................................................... 23

1.4 Baropodometria ............................................................................................ 25

1.5 Estabilometria .............................................................................................. 27

2 EXPERIMENTO .................................................................................................. 29

2.1 Aspectos éticos ........................................................................................... 30

2.2 Objetivos ..................................................................................................... 30

2.2.1 Projeto “Atividade Física para Pessoas com Doença de Parkinson” ..... 30

2.2.2 Recursos Metodológicos ....................................................................... 31

2.2.3 Avaliação Estabilométrica ...................................................................... 31

2.2.4 Amostra ................................................................................................. 33

2.2.5 Procedimento......................................................................................... 33

2.3 Análise Estatística ....................................................................................... 36

2.4 Resultados .................................................................................................. 36

2.5 Discussão ................................................................................................... 38

2.6 Conclusão ................................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43

APÊNDICE ................................................................................................................ 50

ANEXO ..................................................................................................................... 53

ANEXO A – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ................................................... 54

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INTRODUCÃO

O envelhecimento por si só causa uma série de modificações fisiológicas no

organismo humano. Algumas patologias como a Doença de Parkinson (D.P) são

causadas com grande prevalência na população de idosos. Sendo assim, a ciência

tenta investigar meios para amenizar os sintomas, visto que até o momento não se

sabe a cura para a doença. Os sintomas afetam principalmente o centro de

gravidade que acomete o equilíbrio postural. Em decorrência disso, essa população

tem maior chance de quedas, podendo levar à morte. (BARBIERI et al., 2013)

As possíveis quedas relacionadas à patologia podem ser minimizadas através

de intervenções. De forma geral, os exercícios físicos como exercícios

generalizados, ou seja, que visam trabalhar equilíbrio, força, agilidade, resistência

aeróbia e equilíbrio são considerados eficientes para diminuir os sintomas da D.P

(BARBIERI et al., 2013). Sendo de extrema importância a atenção às características

biológicas individuais na prescrição do treinamento. (STANLEY, PROTAS, 2004).

Os sistemas sensório-motores são afetados por patologias diversas,

causando o desequilíbrio postural. O Sistema Nervoso Central (SNC) é o

responsável por reunir as informações que chegam através desses e integrá-los,

fazendo com que a manutenção do equilíbrio aconteça. Sabe-se que a via

responsável pelo controle da postura é a via espinal, através do Sistema Nervoso

Periférico (SNP). A outra via denominada supraespinal é controlada pelo SNC. O

controle postural pode ser afetado por doenças que atingem essas vias como é o

caso da D.P (ZATSIORSKY e DUARTE, 2000).

A estabilometria é uma técnica que faz a mensuração dos dados resultantes

de movimentos antero-posteriores e laterais do centro de gravidade. Essas

oscilações ocorrem com características próprias às patologias associadas, sendo

uma técnica de medição precisa e útil para diagnósticos clínicos. Nos grupos onde

ocorrem maiores instabilidades em seus centros, como o de idosos ou portadores de

patologias do sistema nervoso, os dados demonstrados em estudos revisados sobre

essa técnica são impactantes. (OLIVEIRA, 1993).

A maioria dos pacientes com doença de Parkinson possui déficit de equilíbrio

postural. (OLIVEIRA, 1993).

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O exercício físico pressupõe desenvolver essa capacidade física para essa

população. (OLIVEIRA, 1993).

As pesquisas científicas que analisam o equilíbrio postural através da

estabilometria e baropodometria demonstram que as intervenções através de

exercícios ocorridas em indivíduos saudáveis ou com algum tipo de doença

melhoram a estabilidade. Este estudo tem como objetivo analisar esses resultados

nos indivíduos com doença de Parkinson. (OLIVEIRA, 1993).

Em uma pesquisa avaliaram o efeito de uma intervenção psicomotora em

idosos. Os resultados constataram nos testes de baropodometria estática e dinâmica

uma diferença significante antes e após a intervenção nos parâmetros de velocidade

média oscilatória (p<0,050) e oscilação antero-posterior (p<0,016), colaborando,

assim, para melhora no equilíbrio e na dinâmica da marcha. (RUBIRA et al., 2014).

A metodologia empregada foi quantitativa e para os testes de estabilometria

foi utilizada balança de estabilometria T plate.

A pesquisa teve como objetivo investigar a influência da atividade física sobre

a estabilometria em idosos com D.P, participantes do Projeto “Atividade Física para

Idosos com D.P” durante 3 meses. A prescrição dos exercícios foi feita de forma

individualizada com objetivo de promover melhorias no equilíbrio e na qualidade de

vida dos participantes.

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1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Doença de Parkinson

A D.P foi apresentada como paralisia agitante por James Parkinson em 1817,

considerando suas causas os traumatismos na medula espinhal. Em sua pesquisa,

abordou a doença com várias características, analisando de forma individual, seja o

tratamento ou o surgimento do tratamento.

Com o passar dos anos, já em 1877, o neurologista Jean Martin Charcot

mudou essa nomeação para Doença de Parkinson. (CAMILLO; 2017).

De acordo com Teive (2002), iniciaram-se descobertas a respeito da

diminuição da produção de dopamina e a relação com a D.P nos anos 90. A partir

daí o fármaco levodopa foi utilizado para o tratamento dessa doença.

A intervenção cirúrgica foi iniciada como a técnica estereotáxica pouco

invasiva pela medicina da época. Também nessa época foram desenvolvidas

pesquisas com ratos induzidos ao parkinsonismo e buscavam benefícios na

medicação com uso de dopamina, encontrando resultados positivos para o

tratamento da doença.

A atividade física pode reduzir a degeneração dos neurônios dopaminérgicos

causados pela D.P. (RUBERT; REIS; ESTEVES, 2010). No tratamento clínico, o

medicamento Levodopa é o mais utilizado, um precursor da dopamina. (SENA et al.,

2010).

Os núcleos de base (figura 1) são responsáveis pelo controle dos movimentos

humano. Na patologia de D.P, deve-se conhecer as características das disfunções

desses núcleos para que se possa intervir e melhorar a qualidade de vida dos

pacientes com a doença (VITÓRIO; LIRANI-SILVA; PELICIONI, 2013).

Os gânglios da base constituem um grupo de núcleos subcorticais que estabelecem conexões entre si e com o córtex e o tálamo, através de circuitos que contribuem para o controle do movimento voluntário. As doenças do movimento, nas quais se enquadra como paradigmática a doença de Parkinson, resultam da perturbação do funcionamento destes circuitos. (ALVES, 2012, p.7)

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Figura 1: Componentes motores dos gânglios da base no ser humano. (A) circuitos da via dos gânglios da base: (-) e (+) representam inibição e estimulação, respectivamente. (B) Secção coronal cerebral demonstrando as localizações anatómicas das estruturas envolvidas no circuito dos gânglios da base: VA (ventro-anterior) e VL (ventro-lateral).

Fonte: ALVES, S. C. C., 2012.

Os núcleos de base são constituídos pelo núcleo estriado, o globo pálido

interno e externo, os núcleos subtalâmicos, a substância nigra parte compacta e

parte reticulada e núcleos do tálamo.

Inicialmente os núcleos de base foram considerados como “afuniladores”, recebendo informações de grandes áreas do córtex frontal, processando e integrando essas informações para, então, enviá-las ao córtex motor via tálamo. Assim, acreditava-se que

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juntamente com informações provenientes do cerebelo, os núcleos de base desempenhavam um importante papel na regulação do movimento. Entretanto, hoje também é aceita a teoria na qual os núcleos de base são vistos como componentes de uma série de loops de re-entradas paralelas de informações provenientes de áreas específicas do córtex, que são também processadas em áreas específicas dos núcleos de base antes de serem reenviadas ao lobo frontal via tálamo. Entretanto, esses loops não são fechados e sofrem influência de outras áreas corticais, como por exemplo, do sistema límbico. Esses loops ocorrem principalmente em torno da substância nigra parte compacta, localizada na região posterior onde células contendo neuromelanina são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor intimamente ligado à regulação das vias diretas e indiretas dos núcleos de base. (SIMIELI, BATISTELA, PEREIRA, 2014 p.7-8)

Abaixo, há a imagem (figura 2) sobre o circuito dos gânglios de base de

indivíduos normais à esquerda e, no comparativo, à direita, o circuito dos gânglios

de base de indivíduos com D.P.

Figura 2: Circuitaria básica dos gânglios de base de indivíduos normais e D.P – vias diretas e indiretas

Fonte: Hilario, 2015.

A inervação eferente do estriado estende-se ao longo de dois trajetos diferentes, conhecidos como vias direta e indireta. A via direta é formada pelos neurônios estriatais que se projetam para o GPi e SNpr, resultando na menor inibição do tálamo e consequente

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aumento da atividade tálamo-cortical, que facilita o movimento. A via indireta é composta pelos neurônios estriatais que se projetam para o GPe, que, por sua vez, se projetam para o núcleo subtalâmico, gerando estímulos eferentes para o GPi e SNpr, levando à redução da saída dos estímulos excitatórios do tálamo para o córtex cerebral, inibindo o movimento (HILÁRIO, 2015, p. 18)

O fluxograma acima demonstra o processamento das vias diretas e indiretas

e como elas são afetadas em pessoas com D.P.

Sabe-se que a D.P é causada pela degeneração das células da substância

nigra parte compacta, entretanto, os sintomas motores da D.P ocorrem após a perda

da metade das células que produzem a dopamina (figura 3). Essa diminuição na

transmissão da dopamina causará complicações nas ações motoras. (HAWKES;

TREDICI; BRAAK, 2010).

Figura 3: Transmissão Sináptica de um neurônio saudável e de um neurônio com D.P

Fonte: Fontes, 2011.

Após evidenciar a perda da metade das células produtoras de dopamina,

destacam-se alguns desajustes motores na D.P. São eles: tremores, rigidez

muscular, bradicinesia, hipocinesia, alterações no controle da postura e na marcha.

E também desajustes não-motores como alterações no humor, depressão e

problemas com o sono. Entender desses mecanismos motores traz mais

conhecimento aos profissionais de Educação Física para que a prescrição do

treinamento seja específica para esse público (RINALDI; PEREIRA; BATISTELA,

2013).

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O entendimento detalhado dos principais sintomas é importante para que os

profissionais da saúde responsáveis pela prática de exercícios físicos e terapias com

esse público periodizem seu treinamento com a finalidade de manter ou melhorar os

déficits causados pela doença.

Os tremores iniciam, na maioria das vezes, de um lado do corpo, na parte

distal do seguimento e evoluem posteriormente para o outro lado do corpo de acordo

com o grau de evolução da doença.

Em situações de desequilíbrio emocional, aumentam-se os tremores e os

mesmos desaparecem durante o sono. A rigidez é detectada na maioria das vezes

nos movimentos passivos, porém, não compromete movimentos voluntários.

Geralmente a rigidez é aumentada em estágios mais avançados da doença. Essa

rigidez faz com que ocorra uma pequena flexão da cabeça, do tronco, da perna do

antebraço e braços em abdução, redução na rotação do tronco, flexibilidade

reduzida e deficiências na marcha. (SIMIELI, BATISTELA, PEREIRA, 2014).

A bradicinesia é caraterizada por movimentos lentos voluntários ocorrendo

dificuldades para executar duplas tarefas. A escrita, a fala e a expressão facial

também se tornam prejudicadas. (SIMIELI, BATISTELA, PEREIRA, 2014).

Como relatado acima sobre os sintomas motores, é importante conhecer os

sintomas não motores da D.P.

A perda de olfato ocorre de 80 a 90% dos casos. Os domínios cognitivos são

afetados na D.P e a demência é relatada de 20 a 44% dos pacientes, chegando a

90% nos estágios iniciais. Isso está relacionado a perdas neuronais. Os

pensamentos se tornam mais lentos e há dificuldades para traçar objetivo. Os

pacientes também se tornam deprimidos e isso pode ser agravado pelo uso dos

medicamentos para controle da doença. Sendo assim, o apoio social e dos

familiares é importante para melhor qualidade de vida. Também ocorrem crises de

ansiedade e distúrbios no sono. (SIMIELI, BATISTELA, PEREIRA, 2014).

Os compromissos e atividades que aparecem durante a vida diária exigem um

pouco mais do parkinsoniano, o déficit de fadiga muscular acaba sendo um

problema na vida do indivíduo que possui a D.P. (CHRISTOFOLETTI, 2010).

Segundo Valcarenghi (2015), a D.P representa uma moléstia que acomete

inúmeros déficits ao indivíduo, merecendo assim, em alguns casos, um pouco mais

de atenção dos profissionais.

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A qualidade de vida das pessoas com D.P pode ser melhorada com uso da

medicação como também atuando com uma equipe de profissionais: fisioterapeutas,

educadores físicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e também

através de tratamento cirúrgico.

Os sinais e sintomas da doença podem detectar o estágio. Atualmente, utiliza-

se a escala de Hoehn & Yahar (H&Y) composta por cinco estágios gradativos:

Estágio 0 : Nenhum sinal da doença;

Estágio 1: Doença unilateral;

Estágio 1,5: Envolvimento unilateral e axial;

Estágio 2: Doença bilateral sem déficit de equilíbrio;

Estagio 2,5: Doença bilateral leve, com recuperação no “teste do empurrão”;

Estágio 3: Doença bilateral leve a moderada com alguma instabilidade

postural ou capacidade de viver independente.

Estágio 4: Incapacidade grave, ainda capaz de caminhar ou permanecer de

pé sem ajuda.

Estágio 5: Confinado à cama ou à cadeira de rodas a não ser que receba

ajuda. (TIAGO et al., 2010).

1.1.1 Epidemiologia

A população idosa tem aumentado cada dia que passa no Brasil, podendo

dobrar os números até 2042 comparando com a população de 2017.

Em 2042, estima-se que a população chegue a aproximadamente 232,5

milhões de pessoas, com um total de 57 milhões de idosos, sendo que o país até o

ano de 2017 apresentou um número de 28 milhões de idosos. (IBGE, 2019)

Como a expectativa de vida no Brasil tem aumentado cada vez mais, com

isso vem o aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s) e estudar

mais sobre esse assunto tem sido de grande avanço tanto socioeconomicamente

como para esse determinado público - idosos. (VALCARENGHI, 2015).

Com o aumento da população de idosos no Brasil é normal também ter um

aumento de problemas com a saúde relacionados à faixa etária. Muitos fatores

podem ser controlados, sendo necessárias algumas intervenções para a melhora do

estado de saúde desses idosos, pois é comum, após os 60 anos de idade, alguns

idosos adquirirem patologias crônicas não transmissíveis, gerando incapacidades

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que podem atrapalhar esse processo de envelhecimento. (ARAÚJO; BACHION,

2004 apud SAITO, 2011).

A segunda patologia degenerativa com maior frequência no mundo é a D.P na

população acima de 60 anos. (SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA DA SÁUDE –

BRASIL 2001). No Brasil, 3.3% da população brasileira com mais de 64 anos de

idade está com a doença (BARBOSA et al., 2006) e estima-se que, em 2030, 340

mil pessoas sejam diagnosticadas com D.P.

1.1.2 Etiologia

Para Pereira e Garrett (2010), um fator relevante na etiologia da D.P é

demonstrado em estudos nos quais a genética é destacada e o convívio com

substâncias tóxicas como pesticidas, herbicidas e inseticidas também são

determinantes. Ou seja, a D.P parece ser um fator de diversas causas que podem

ser por fatores internos (genética) ou externos (ambiente). Esses fatores irão causar

a degeneração nigroestriada relacionada com as perdas dopaminérgicas

aumentando, assim, o risco da D.P.

A disfunção do sistema proteosomal e da ubiquitina por causas multifatoriais

resulta da acumulação de proteínas do tipo alfa-sinucleína, parkin, acumulando

substâncias tóxicas e provocando a morte dos neurônios dopaminérgicos. As

disfunções dos sistemas monoaminérgicos ainda estão sendo estudadas e não

existem estudos concretos a respeito. (TEIVE, 2005).

1.2 Atividade Física e a Doença de Parkinson - Revisão de Literatura

O exercício físico é composto por movimentos que o corpo produz de forma

ordenada, planejada e com objetivo que beneficiam a prevenção de doenças

crônicas e a melhora das capacidades físicas. (RIEBE et al., 2018).

Com o tempo, o corpo adapta-se às rotinas de exercícios, melhorando suas

capacidades como a força muscular, flexibilidade, resistência cardiorrespiratória e

muscular, agilidade, equilíbrio entre outras. (ROBERGS; ROBERTS, 2002).

A prática de qualquer atividade física é melhor que a inatividade para que o

indivíduo diminua o risco de qualquer doença, desde que seja bem orientado e

prescrito. O exercício é uma maneira de tratar de forma complementar a doença,

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diminuindo efeitos posteriores que acometerão o sistema motor e a função

cardiorrespiratória. Os estudos apontam que ocorre melhora no desempenho da

marcha, na capacidade respiratória e na qualidade de vida. (RIEBE et al., 2018).

Com o passar da idade, mais precisamente na velhice, algumas funções

acabam se deteriorando, como o índice cardíaco, capacidade respiratória,

porcentual de minerais nos ossos e força muscular. (ROBERGS; ROBERTS, 2002).

Assim que a D.P é diagnosticada, é importante que pacientes com esse tipo

de patologia iniciem um programa de atividade física com objetivo de trabalhar as

capacidades motoras, principalmente, pelo fato da doença ser crônica e progressiva.

(STANLEY; PROTAS, 2004).

As recomendações do Colégio Americano para o treinamento de pacientes

com D.P incluem exercícios aeróbios três vezes por semana, exercícios de

resistência de duas a três vezes por semana e também exercícios de flexibilidade

seguindo a mesma quantidade para os exercícios de flexibilidade.

A intensidade para os exercícios aeróbios deve ser moderada. Para

exercícios de resistência, recomenda-se 40 a 50% de 1 Repetição Máxima (RM)

para iniciantes e 60 a 70% de 1 RM para pessoas mais avançadas. Recomenda-se

também trinta minutos de exercícios contínuos ou acumulados e, tratando-se dos

exercícios de resistência, séries de oito a quinze repetições entre moderado e

avançado. (SCANDALIS et al., 2001 apud RIEBE et al.,2018).

Os exercícios de flexibilidade (alongamentos) devem ser realizados até o

ponto de leve desconforto. (SCANDALIS et al., 2001 apud RIEBE et al.,2018)

Os exercícios aeróbios recomendados são de caminhadas, ciclismo, natação

e dança e exercícios de resistência enfatizam o uso de máquinas e principio

evoluindo para pesos livres. (SCANDALIS et al., 2001 apud RIEBE et al.,2018)

Um estudo realizado com ratos demonstrou que a atividade motora pode

reduzir a degeneração de neurônios dopaminérgicos. (SMITH & ZIGMOND, 2003).

Em um estudo realizado por Santos et al., (2016) para verificar a mobilidade

funcional e o equilíbrio de pessoas ativas e inativas com D.P, foram utilizadas

avaliações clínicas como: a escala Unified Parkinson’s Disease Rating Scale

(UPDRS) que tem por objetivo analisar a parte psíquica, funcional e motora, a escala

de (H&Y) que apresenta o nível e a progressão da doença, o exame Mini Exame do

Estado Mental (MEEM) que identifica a situação cognitiva, a Escala de Equilíbrio de

Berg (EEB) que analisa através de testes o equilíbrio funcional e estático e o teste

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de Timed Up and Go (TUG) que mensura a mobilidade funcional. Nessa pesquisa,

os autores verificaram que o grupo ativo alcançou bons resultados no teste de TUG.

De acordo com Barbieri et.al., (2014), em um programa de atividade física

para pessoas com D.P dividido em duas etapas, sendo uma de adaptação e outra

de exercícios generalizados, conseguiram identificar em suas avaliações clínicas

iniciais, que as pessoas com D.P envolvidas em sua pesquisa variaram entre 50-90

anos, demonstrando ser possível viver por longo tempo com a doença. Também

verificaram que não existe uma postura predominante para esses pacientes, porém,

a maioria possui postura inclinada para frente, o que acarreta em grandes chances

de queda.

Na etapa inicial de adaptação, na qual o objetivo principal eram atividades

lúdicas e a socialização, ocorreram melhoras no equilíbrio e em testes de atenção.

Na etapa seguinte, de atividades físicas generalizadas, ou seja, que envolveram

exercícios de coordenação, força, agilidade, equilíbrio e flexibilidade ocorreram

melhoras no equilíbrio, pois diminuíram as quedas, houve melhores condições

cognitivas e motoras avaliadas na escala UPDRS II e III, e declínio na evolução da

doença de 4,3% pela escala H&Y. (BARBIERI et al., 2014).

Além dessas melhorias, os pacientes apresentaram melhoras nos testes

funcionais envolvendo as capacidades motoras de coordenação, força, equilíbrio,

agilidade e condição aeróbia. Também ocorreu melhoras na amplitude de

movimento e na oscilação postural. (BARBIERI et al., 2014).

A intervenção de exercícios que combinam várias capacidades físicas como

equilíbrio e resistência resulta em uma melhoria no desempenho somatossensorial

quando comparada com exercícios que trabalham somente equilíbrio sobre

condições visuais. (HIRSCH et al., 2003).

Miyai et.al (2002) verificaram que ocorre uma melhora no desempenho motor

e na marcha que pode ser feita com exercícios aeróbios como caminhada,

aumentando a intensidade do treino e a velocidade da marcha ao invés de optar

somente por uma intervenção de fisioterapia de forma isolada.

Exercícios realizados em plataformas instáveis são propostos por Schieppati

et.al (2018), bem como exercícios unipodais de equilíbrio, pois podem melhorar o

equilíbrio de pessoas com D. P.

A bradicinesia e o tremor foram melhorados e observados em avaliações

funcionais que fazem uma pontuação do tremor em repouso e cinético, em uma

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intervenção realizada utilizando bicicleta motorizada por um tempo de 40 minutos

por 8 semanas de intervenção. (RIDGEL et.al., 2012).

Os exercícios resistidos excêntricos de alta intensidade podem melhorar

sintomas da bradicinesia. Esse efeito foi verificado nos estudos de Dible e colegas

(2009). Participaram dessa pesquisa dois grupos. O grupo que sofreu a intervenção

melhorou os parâmetros de velocidade da marcha e bradicinesia em relação ao

grupo controle que só realizou um programa de reabilitação.

Foram observados efeitos positivos no equilíbrio, na marcha e na mobilidade

verificados através dos testes da EEB, UPDRS, TUG, teste tandem, teste T6, e

caminhada para trás em um programa de intervenção com Tai Chi por Hackney e

Earhart (2009). Dois grupos foram analisados, o grupo da intervenção e o grupo que

não sofreu a intervenção e realizou somente os testes. Após 20 sessões de

treinamento, o grupo que realizou o programa relatou, além dos benefícios citados

anteriormente, melhorias no bem-estar.

Tanaka et al., (2009) verificaram a interferência de exercícios aeróbios, de

flexibilidade, força, coordenação e equilíbrio no declínio do funcionamento executivo

causado pela patologia de Parkinson. Foram realizados testes neuropsicológicos

antes e após o programa, e verificou-se uma interação significativa, melhorando as

funções executivas e qualidade de vida para as pessoas do seu estudo.

Através dos estudos citados acima, verifica-se que a atividade física promove

uma série de melhorias funcionais e se torna uma excelente forma de manter as

capacidades motoras e cognitivas na qualidade de vida das pessoas com D.P,

tornando a prática regular de atividade física necessária para essa população.

1.3 Equilíbrio postural

Ter um bom controle sobre a postura é fundamental para que se possa ter

uma vida com êxito nas tarefas do cotidiano. (CARVALHO, ALMEIDA, 2008)

Desde o princípio, cair e se levantar têm sido ações comuns durante a vida.

Fatores externos e internos como o próprio sistema nervoso causam quedas, o

desequilíbrio devido mudanças no próprio sistema por conta do envelhecimento.

A iniciação do movimento, força entre outros aspectos para manter um bom

equilíbrio são de total trabalho do cerebelo e núcleo base. Com a evolução da D.P, o

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núcleo de base é comprometido causando uma desordem no equilíbrio postural

(CHRISTOFOLETTI, 2010).

Para se ter um bom desempenho da postura, os músculos e o sistema

neuromuscular precisam estar em total sintonia, pois o sistema nervoso é capaz de

utilizar-se de todas as informações sensoriais para que se possa estabelecer um

bom equilíbrio. (CARVALHO, ALMEIDA, 2008).

A instabilidade postural pode ser causada por alterações no sistema

proprioceptivo que tem como função verificar ações que ocorrem de forma

inesperada e, assim, iniciar uma correção no ato motor.

Estudos apontam que pessoas com D.P possuem déficits proprioceptivos e

estão relacionados com sistema cognitivo e motor. Isso foi verificado em um estudo

de Artigas (2014), o qual avaliou a propriocepção do joelho em pessoas com D.P,

analisada através de avaliações posturais cinéticas de flexão e extensão do joelho

por aparelho isocinético, além de avaliações com baropodometro para o equilíbrio

estático. As oscilações eram muito mais elevadas nos participantes com D.P

comparadas ao grupo controle sadio.

A capacidade de equilíbrio postural deve ser bem entendida para prevenir as

quedas que correspondem a um fator de alto índice de mortalidade. Esse equilíbrio,

no entanto, é preservado em idosos que mantiveram a prática regular de exercícios

no decorrer da vida. (WOOLLACOTT; SHUMWAY-COOK, 2010).

No caso dos indivíduos que possuem doenças neurológicas, a perda de

equilíbrio causa um grande impacto em suas vidas. Os componentes do controle

postural são afetados. E são eles: os sistemas musculoesqueléticos e

neuromusculares. Ocorrem problemas na formação de sequência, ou seja, acontece

uma reversão no recrutamento ordenado dos músculos, atraso de recrutamento de

músculos sinergistas proximais, coativação de músculos antagonistas, ativação

tardia de respostas posturais. (WOOLLACOTT; SHUMWAY-COOK, 2010).

A falta de equilíbrio de pessoas com D.P está relacionada com a sequência

desordenada da ativação dos grupos musculares. Essa sequência realizada de

forma normal é responsável pela recuperação do equilíbrio.

Na figura 4, a eletromiografia de pessoas saudáveis e com D.P indica que

esse público coativa os músculos antagonistas no quadril e no joelho e isso não

ocorre no idoso saudável. As pessoas com D.P respondem ao desequilíbrio, mas a

resposta muscular utilizada não é suficiente.

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Figura 4: Padrões de ativação muscular em resposta ao balanço para frente em idosos saudáveis e idosos com D.P.

onte: Woollacott; Shumway-Cook, 2010.

As diminuições da estabilidade em direções de balanço para trás e lateral

foram fortemente relacionadas com o aumento de quedas em muitas pessoas com

D.P. (HORAK.F.B; DIMITROVA, D.; NUTT, J.G., 2005).

Em pessoas com D.P, os efeitos patológicos que interferem no controle

postural são causados pelo acometimento no sistema motor e sistema

somatossensorial. (ALMEIDA et al., 2005).

Dessa forma, ocorre um aumento no deslocamento, área, variabilidade,

assimetria e velocidade do centro de pressão (COP). (PELYKH et al., 2015).

1.4 Baropodometria

Scremim (2012) descreve o baropodômetro (figura 5) como um aparelho que

usa o conceito biofeedback, o qual faz a leitura através da pressão do ante e retro

pé por meio de sensores, fornecendo informações audiovisuais, auxiliando no

equilíbrio e correção da marcha. O baropodômetro tem a função de armazenar

dados, os quais podem ser demonstrados através de gráficos e tabelas com

análises detalhadas.

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Dessa forma, é possível realizar intervenções terapêuticas após a

identificação de desvios causados pelo sistema neuromotor vizualizados nas

análises e compreender os principais déficits em relação ao equilíbrio mostrado na

imagens de pressão do baropodômetro e nos gráficos estabilométricos que ele gera.

Figura 5: Baropodômetro.

Fonte: Corporepx, 2019.

A plataforma de força é capaz de registrar a oscilação do corpo. O corpo

nunca está totalmente imóvel. A posição do centro de massa oscila de um lado para

o outro, para frente e para trás. Isso ocorre devido às variações das forças causadas

para manter o corpo em equilíbrio. Mesmo assim, o corpo precisa manter a

orientação corporal e isso ocorre pela relação entre informação sensorial e atividade

motora. (BARELA, 2000).

Abaixo segue a imagem das áreas da pressão plantar. Elas são projetadas

em cores de acordo com a pressão de cada região para ter uma melhor visualização

(figura 6).

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As áreas de maior pressão podem ser identificadas na parte lateral, central, central/medial ou medial dos pés.

Figura 6: Áreas da pressão plantar

Fonte: Autores, 2018.

1.5 Estabilometria

Segundo Freitas (2010), a estabilometria mede a pressão e o tempo de

contato relativo com o solo, em posição vertical, através do baropodômetro.

Bastos et al., (2005, apud SILVEIRA, 2018) referem a estabilometria como

um método de avaliação que permite demonstrar as oscilações posturais na posição

ortostática e o equilíbrio postural. Isso acontece sobre a plataforma de força que

verifica e resulta nos valores de deslocamento do centro de pressão para as

direções laterais e antero-posteriores de forma precisa.

A estabilometria é a medida do deslocamento do centro de pressão, que

resulta em gráfico (figura 7), que mostra essa oscilação e as maneiras como o corpo

se ajusta para se manter na posição ortostática. (DUARTE, 2000).

Dessa forma, quanto menor o comprimento da linha de oscilação melhor será

o equilíbrio postural.

O deslocamento do centro de pressão (CP) pode ser visto graficamente

através do estatocinesiograma e do estabilograma.

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Figura 7: Gráfico de estabilometria

Fonte: Duarte, 2000.

Os padrões de estabilometria podem ser representados ou denominados

como temporais, nos quais são denominados o alcance máximo e médio do centro

de pressão, média de deslocação e o percurso total do traço espacial que é o

perímetro que contém o traçado do centro de pressão e espectral que possuem

medidas da média e mediana da oscilação da pressão e força total dos

estabilogramas. (BARCELLOS; IMBIRIBA, 2002).

A padronização da posturografia é importante para as análises do controle

postural devido a diversos fatores como patologias, idade, estado de saúde,

antropometria. As variáveis de medida devem ter resultados confiáveis e válidos.

Geralmente as plataformas de força possuem custo alto. Essas plataformas são

compostas de três ou quatro células de carga e devem estar calibradas para que a

medição não tenha erros. Os fabricantes das plataformas de força também

desenvolvem o software e o processamento do sinal que podem ser adquiridos

juntos ou separados, a vantagem de se adquirir a plataforma e o software é que não

existe a preocupação do desenvolvimento do software, porém existe a desvantagem

de se ter a dependência dos desenvolvedores quanto a atualizações.

Abaixo há a imagem da plataforma de força (figura 8) e os dados resultantes

fornecidos pelo software. O usuário deve ter conhecimento para operação do

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software e técnica para manuseio com o equipamento bem como metodologias de

avaliação, como por exemplo de forma dinâmica ou estática.

Figura 8: Representação de uma plataforma de força e eixos de medida

Fonte: Duarte & Freitas, 2010.

A plataforma de força (A) mede três componentes de força: Fx, Fy e Fz,

sendo x, y, z as direções antero-posteriores, médio-lateral e vertical e o torque , Mx,

My e Mz que agem sobre a plataforma. A plataforma permite o gráfico de

estabilometria (B), o estabilograma da postura ereta por tempo (C) e diferenças do

centro de pressão e centros de gravidade durante um determinado tempo.

2 EXPERIMENTO

2.1 Aspectos éticos

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Em relação aos aspectos éticos, o presente estudo foi submetido à avaliação

do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do UniSALESIANO de Lins, de acordo com

a resolução 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Todos os preceitos éticos estabelecidos foram respeitados no que se refere a

zelar pela privacidade, legitimidade e sigilo das informações, quando necessários,

tornando os resultados desta pesquisa públicos.

Os voluntários responderam ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) (APÊNDICE A), aprovação para utilização das imagens e apresentaram

atestado médico de aptidão para atividade física emitido por cardiologista.

O Projeto foi aprovado pelo Parecer Consubstanciado nº 3.310.569 e CAAE

nº 12100819.8.0000.5379 em 7/05/2019. (ANEXO 1).

2.2 Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é o de investigar a influência da atividade

física sobre a estabilometria em idosos com D.P participantes do Projeto “Atividade

Física para Idosos com Doenças de Parkinson (D.P)”.

O objetivo específico é avaliar o perfil estabilométrico de idosos com doença

de Parkinson pré é pós programa de atividade física.

2.2.1 Projeto “Atividade Física para Pessoas com Doença de Parkinson”

O projeto interdisciplinar “Atividade Física para pessoas com Doença de

Parkinson (D.P)” entre os cursos de Educação Física e Fisioterapia é um programa

aberto à população de Lins e região.

Para participar do projeto o indivíduo deve apresentar um diagnóstico médico

da doença por um especialista neurologista e aptidão cardiorrespiratória por um

especialista cardiologista. Participam desse projeto 10 pessoas de ambos os sexos.

Esses participantes possuem a condição funcional para manter-se em pé e

realizar a marcha independente. Precisam aderir ao projeto com frequência e

estarem aptos para realizar exercícios aeróbios, resistidos, funcionais, de

flexibilidade e cinesioterapia.

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A frequência para realizar as atividades é de duas vezes por semana durante

1 hora por dia no setor de Educação Física e 1 dia na semana para realizar a

cinesioterapia (Fisioterapia).

2.2.2 Recursos Metodológicos

Foram selecionados a princípio 10 idosos diagnosticados com D.P em estágio

entre 1 e 3 na escala de (H&Y). (HOEHN e YAHR, 1998).

Dos dez participantes do projeto três foram excluídos, pois no dia da coleta

pré os mesmos apresentaram desequilíbrios e não estavam em condições de

realizá-la, não sendo possível aplicar os testes com os mesmos. Todas as coletas

foram realizadas em um único lugar, ou seja, sempre no mesmo ambiente.

2.2.3 Avaliação Estabilométrica

Para os testes de estabilometria foi utilizada balança baropodômetro T. Plate

com as seguintes características: a balança utilizada possui comprimento de é de 610

mm, largura 580 mm, altura 40 mm. A espessura da plataforma é de 10 mm, peso de 2,8

Kg, material da base de acrílico, área ativa de sensores 400 mm x 400 mm,

sensores resistivos com tamanho do sensor 10 mm x 10 mm, número de sensores na

plataforma 1.600, temperatura de utilização 0°C a + 60°C, pressão mínima dos

sensores 0,4 N, pressão máxima dos sensores 100N.

A frequência de coleta de dados foi 100 Hz, interface computador e

plataforma USB, fonte de alimentação USB e base da plataforma ferro. Os sensores

possuem um sistema de auto calibração. O sistema operacional possui memória Ram

mínima de 4 GB, Windows 10, com mínimo de 02 portas USB para software e

processador pc Dual Core.

Essa plataforma foi posicionada sempre no mesmo local, com 3 metros de

distância de uma parede (figura 9). Em seguida, foi solicitado que o participante se

posicionasse descalço na plataforma onde havia um ponto fixo e que permanecesse

o mais confortável possível, olhando somente para frente e com os ombros

relaxados.

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No momento da coleta ficaram na sala o professor responsável e dois

estagiários com o participante.

Figura 9: Avaliação estabilométrica com estagiário

Fonte: Autores, 2019.

Pelo fato de qualquer perturbação no ambiente causar desequilíbrio, foi

mantido silêncio absoluto para que o participante se concentrasse somente no alvo

posicionado na parede.

O estagiário era responsável por acompanhar o participante até a sala, retirar

os calçados e instruí-lo sobre a forma de pisar na balança para que não ocorressem

erros na coleta.

O professor responsável quando necessário fazia os ajustes junto ao

participante e em seguida iniciava-se o teste de estabilometria computadorizada,

armazenando as informações advindas da plataforma para o software T Plate.

Então, era possível visualizar, interpretar e salvar os exames de cada participante.

Acompanhado de um profissional capacitado (figura 10) para o protocolo, foi

solicitado que realizasse a extensão dos dedos dos pés e repetisse assim 3 vezes.

Foi solicitado um agachamento de pouco grau de amplitude 3 vezes. Foi solicitado

para que o paciente contasse até 100 mentalmente. O paciente não podia conversar

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durante o teste e após todas as instruções, iniciava-se o teste. (PASINI NETO et al.,

2014).

Figura 10: Avaliação Estabilométrica – com orientação do professor responsável

Fonte: Autores, 2019.

2.2.4 Amostra

Desse estudo participaram um grupo de 7 pessoas idosas com D.P em

condições funcionais para realizar os exercícios e os testes propostos.

Esse estudo foi realizado com apenas um grupo com coleta pré e pós em

formato de estudo transversal.

2.2.5 Procedimento

O programa de exercícios físicos foi realizado na Faculdade de Educação

Física do Centro Universitário Salesiano Auxilium de Lins, na Clínica de Educação

Física (CEF).

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As sessões foram planejadas com duração de três meses no período da

tarde, com intensidade de leve a moderada.

Todos os participantes ao chegarem eram recepcionados pelos estagiários da

Educação Física, da fisioterapia e supervisores do projeto. Eram acomodados em

uma sala própria do projeto de extensão e permaneciam sentados por dez minutos

antes de iniciarem as sessões. Durante esse tempo eram aferidas as pressões

arteriais e verificadas as frequências cardíacas iniciais. Após o término da sessão do

dia, os participantes iam para a mesma sala e aguardavam para o mesmo

procedimento inicial.

Foram realizadas duas sessões por semana com duração de 60 minutos/dia

de exercícios físicos individualizados, seguindo as diretrizes do Colégio Americano

para D.P e as orientações do livro Doença de Parkinson e Exercício Físico de

Gobbi et al., (2014) .

A tabela (Tempo e Tipo – Volume e Progressão) FIIT-VP (Figura 11) foi

utilizada para periodização do treinamento dos participantes da pesquisa com

objetivo de trabalhar a condição cardiorrespiratória, a força, a flexibilidade, o

treinamento para melhor controle motor.

De acordo com RIEBE et al., (2016), o planejamento de exercícios para

pessoas com D.P deve ser prescrito logo no início da doença, pelo fato de ser uma

enfermidade crônica e progressiva. A intensidade, o volume, tempo e a duração

devem ser revisados à medida que a doença progride, pois podem ocorrer

problemas físicos a cada estágio da doença. O intuito dos exercícios planejados

para D.P é o de melhorar a capacidade funcional. Dessa forma, a marcha, o

equilíbrio, a mobilidade articular terão resultados positivos.

Os exercícios aeróbios foram de intensidade moderada de 30 minutos e

consistiam em caminhada em esteira ergométrica. As atividades foram ritmadas e

prolongadas e trabalhavam grandes grupos musculares.

Os exercícios resistidos foram realizados com carga leve a moderada com

séries de 8 a 12 ou 10 a 15 repetições. Foi priorizado o uso de equipamentos,

máquinas, ou outros equipamentos de resistência como faixas elásticas e também

peso corporal.

Para os exercícios de flexibilidade foram realizados movimentos de

alongamento até o momento de leve desconforto. Para esses exercícios foram

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mantidos 10 a 30 segundos de forma estática, de 2 a 4 repetições para cada

exercício.

Os alongamentos foram realizados de forma lenta e estática para todo o

seguimento corporal. Todo protocolo de treinamento foi realizado de acordo com as

recomendações do (Colégio Americano de Medicina do Esporte) ACSM, 2018.

(SCANDALIS et al., 2001 apud RIEBE et al., 2018).

As recomendações da tabela FIIT abaixo devem ser adaptadas de acordo

com o estágio da doença.

Figura 11: Tabela de Recomendações FIIT-VP para indivíduos com D.P.

Fonte: Riebe, 2016.

Além dessas três capacidades também foram realizados exercícios de

agilidade, equilíbrio e coordenação motora para treinar a capacidade funcional,

descritos no livro de Gobbi et al., (2014).

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2.3 Análise Estatística

Foi realizado o teste de normalidade Shapiro-Wilk para verificar a normalidade

dos dados. Para a análise estatística foi realizado o Teste T de Student Pareado e

Wilcoxon. Foi adotado o valor de significância (p≤0,005) entre as comparações.

2.4 Resultados

Serão apresentadas três tabelas a seguir para evidenciar os resultados. A

Tabela 1 é composta pelas características dos participantes da amostra quanto ao

diagnóstico da doença e o desvio padrão (D.P). Na tabela 2 os valores individuais

dos testes de estabilometria e a tabela 3 traz os resultados do teste de comprimento

da oscilação em milímetros (mm) pré e pós treinamento dos participantes com D.P.

Tabela 1: Características dos sujeitos participantes da pesquisa.

Características Média ±

D.P

Tempo de diagnóstico da D.P (anos) 14 ± 3,55

Idade (anos)

65 ± 7,46

Estatura (metros) 1,67 ± 0,09

Peso (kg) Sexo Escala (H&Y)

78 ± 15,25 2 Feminino 5 Masculino 3

Fonte: elaborada pelos autores, 2018.

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A tabela 2 a seguir demonstra os valores obtidos no comprimento pré e pós

para cada participante.

Tabela 2: Valores do comprimento da linha de oscilação por participante em

milímetros (mm) pré e pós treinamento.

Participante Comprimento

pré (mm)

Comprimento

pós (mm)

% de

alteração

Diferença

(mm)

1 87,10 74,20 - 15% -12,90

2 140,10 116,20 -17% -23,90

3 133,30 107,90 -19% -25,40

4 95,20 80,50 -15% -14,70

5 189,20 83,50 -56% -105,70

6 245,90 170,50 -31% -75,40

7 66,20 42,73 -35% -23,47

Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

Na tabela 3 são apresentados os valores da média e desvio-padrão (D.P) do

resultado do teste de estabilometria avaliado através da baropodometria

computadorizada. Os valores são expressos em milímetros (mm).

Tabela 3: Resultados do teste de comprimento da oscilação em milímetros (mm) pré

e pós treinamento dos participantes com D.P.

Teste Comprimento

pré (mm)

Comprimento

pós (mm)

% de

alteração

Diferença

(mm)

Valor

p

136,71 ± 71 96,50 ± 40,40 -27% 40,21 0,002

Fonte: elaborada pelos autores, 2019.

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38

2.5 Discussão

O exercício físico é capaz de melhorar o equilíbrio em pessoas com D.P. Por

isso, observamos que a prática diária de um programa de atividade física faz com

que esse público tenha melhores condições de equilíbrio e, consequentemente, isso

evitará possíveis quedas, melhorando a qualidade de vida.

Os participantes da pesquisa contaram com total apoio da equipe de

profissionais de Educação Física e Fisioterapia dentro da clínica de Educação Física

da faculdade, que conta com equipamentos e profissionais aptos para a realização

do atendimento.

Gobbi et al., (2006) por meio de evidências experimentais apresenta que o

desequilíbrio causado pela D.P deve-se principalmente pela degeneração dos

neurônios dopaminérgicos localizados nos núcleos de base responsáveis pelo

controle motor, afetando as vias diretas responsáveis pelo começo ou finalização

dos movimentos e as vias indiretas responsáveis pelo começo e manutenção do

movimento levando aos diversos comprometimentos motores da doença. Na fase da

aproximação de um obstáculo, o medicamento L-dopa melhora os procedimentos

dos planejamentos de padrões na locomoção de idosos com D.P. Quanto à

ultrapassagem de obstáculos os núcleos de base atuam fortemente por meio da via

direta (facilitando esse movimento voluntário) dos membros inferiores em pessoas

com D.P.

Essas pesquisas demonstram a importância do uso correto do medicamento

usado no tratamento da doença e que diante de algumas situações impostas como

demandas ambientais os núcleos de base criam padrões que garantem a

estabilidade dinâmica.

O exercício físico pode aumentar a sobrevivência desses neurônios e a

resistência a lesões cerebrais através de mecanismos de neuroproteção cerebral.

Alguns estudos relatam angiogênese, melhorias em respostas anti-inflamatórias e

diminuição de angentes inflamatórios. Os exercícios também melhoram os níveis de

tiroxina hidroxilase promovida pelo fator neutrófico do cérebro ativando vias de

apoptose. O final desse processo irá influenciar na melhora do desempenho

motor.(Torrão et al., 2012).

Goulart et al., (2004), em uma análise do desempenho funcional de pessoas

com D.P, apontam que desde as fases inicias até as mais avançadas ocorre

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alterações nos comportamentos funcionais e emocionais, reduzindo a agilidade na

execução dos movimentos e diminuição na aptidão física. Esses fatores impactam

nas habilidades funcionais e sugerem que intervenções terapêuticas podem

melhorar essas habilidades.

No início das atividades propostas pelo projeto os participantes ao iniciarem

os testes de equilíbrio entre outros testes, apresentam suas capacidades funcionais

como agilidade, equilíbrio, coordenação e força abaixo de quando se encerra um

período de treinamento, ou seja, após o período proposto pelo projeto tais

capacidades melhoram. Esses testes e análises dão parâmetros que permitem

identificar que a intervenção aplicada causa uma melhoria nas capacidades

funcionais desses indivíduos

Diante da revisão de estudos sobre os efeitos do treinamento do exercício

sobre o equilíbrio de pessoas com D.P, podem-se destacar melhorias no equilíbrio.

Gobbi et. al., (2009), em seu estudo comparando dois tipos de intervenção, sendo

um denominado adaptação e outro multi-modal, utilizaram os testes de TUG e EEB

e concluíram efeitos positivos para ambos os programas de intervenção, melhorando

equilíbrio dinâmico e estático.

A partir de uma perspectiva vinculada ao estudo acima nota-se que o

exercício físico tanto em uma etapa de adaptação quanto em uma etapa onde se

iniciam exercícios com mais capacidades funcionais são suficientes para melhorar o

equilíbrio em pessoas com D.P. Não só na perspectiva do ponto de vista do

comportamento motor, pelo que foi exposto nos tópicos anteriores sobre o

detalhamento dos sintomas da doença, verifica-se que uma etapa de adaptação é

de extrema importância para a sociabilização das pessoas com D.P, visto que

muitos sintomas afetam o psicológico. A intervenção do estudo anterior do momento

de adaptação inclui o bem estar social e esse é um fator relevante para que essas

pessoas se sintam acolhidas para que, na próxima etapa, estejam mais

familiarizadas com o projeto e, além de atividades que trabalham as capacidades

físicas de forma lúdica, outros tipos de atividades mais específicas melhorem seus

movimentos.

Os resultados desta pesquisa corroboram com os achados de Paulista (2013),

que, utilizando como método de avaliação uma plataforma de força, verificou que a

intervenção de um treinamento de força com aparelhos de musculação aplicado em

pessoas com D.P influenciou na redução positiva dos deslocamentos nos eixos com

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a base dos pés fechados e os olhos abertos diminuindo, portanto, a oscilação

corporal.

Esse autor conclui, ainda, que o treinamento foi eficiente, pois fortaleceu a

região do core, responsável pela manutenção do tronco, e que os resultados

positivos com os olhos abertos e a base fechada demonstram uma forte evidência

de que o sistema muscular foi perfeitamente eficaz, já que não houve uma

interferência do sistema visual fortemente ligado ao equilíbrio, afirmando que o

treinamento de força foi realmente eficiente.

Em relação ao estudo de Paulista (2013), também é possível identificar

melhoras após a intervenção somente com protocolo exclusivo de treinamento de

força utilizando aparelhos de musculação. O fortalecimento das regiões centrais do

tronco, nesse caso, foi eficiente para causar estabilidade postural.

Bertoldi, Silva e Faganello-Navega (2013) realizaram um estudo referente aos

efeitos do fortalecimento muscular no equilíbrio em indivíduos com D.P. Inicialmente,

passaram por avaliação de EEB, participaram do estudo nove sujeitos, tanto do sexo

masculino como feminino. O estudo foi realizado duas vezes por semana durante

doze semanas, seguindo um programa de fortalecimento para membros superiores

e inferiores e após serem reavaliados, foi verificada uma melhora no equilíbrio

desses indivíduos.

A EEB citada acima é um dos protocolos que tem boa confiabilidade para

avaliar o equilíbrio nas posições estáticas e dinâmicas e é um dos meios mais

utilizados na literatura para essa finalidade. Nota-se que o programa de

fortalecimento melhorou a pontuação nessa escala em pessoas com D.P. Paralelo

aos resultados demonstrados com a EEB, os resultados deste estudo com a

plataforma de força demonstram que exercícios físicos melhoram a estabilidade

postural. Os avanços na tecnologia para coleta de dados com métodos precisos são

relevantes para os estudos.

Outro estudo realizado por Christofoletti et al.,(2010) observou a eficácia de

um programa de treinamento fisioterapêutico no equilíbrio estático e dinâmico de

pacientes com D.P. Participaram deste estudo vinte e três pacientes com a doença,

divididos em dois grupos, controle e experimental. Esses pacientes foram avaliados

pela escala de equilíbrio de Berg e pelo teste de levantar e caminhar cronometrado.

O grupo experimental foi estimulado por uma sequência de exercícios motores e

cognitivos, durante três sessões semanais por seis meses. Após a intervenção, foi

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constatada uma melhora no equilíbrio em ambos os testes comparada ao grupo

controle.

Claas (2016) verificou os possíveis efeitos dos exercícios físicos resistidos e

aeróbicos sobre os aspectos do equilíbrio e coordenação motora em indivíduos

também com a D.P. Trata-se de um estudo de caso semi-experimental, composto

por dois indivíduos de ambos os sexos. Inicialmente, foi aplicado o

questionário Parkinson Disease Questionnaire–39 (PDQ-39) para análise da

qualidade de vida, teste de coordenação motora e equilíbrio de Berg. Observou-se

uma melhora significativa em ambos os sexos e testes principalmente no equilíbrio,

reduzindo o número de quedas.

O programa de exercícios realizado no Projeto “Atividade Física para Pessoas

com D.P” foi estruturado levando em consideração as capacidades funcionais de

cada indivíduo. Diante desse contexto, os treinos foram planejados de acordo com a

necessidade do participante.

A partir do que foi apresentado, é possível entender que o protocolo utilizado

no projeto pode melhorar as capacidades motoras, trazendo melhorias no equilíbrio

e diminuindo a chance de quedas.

Esta pesquisa se apresentou com o intuito de verificar o efeito da atividade

física sobre a estabilometria em idosos com D.P, sendo realizados exercícios com

essa proposta em um ambiente de socialização.

Portanto, foi possível, através da estabilometria, verificar uma melhora

significativa no equilíbrio postural de pessoas com D.P.

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Conclusão

Através dos resultados obtidos, pode-se concluir que houve diferença

estatisticamente significante na análise baropodométrica pré e pós-intervenção no

comprimento de oscilação intragrupo (p ≤ 0,002), e houve diferença de 40,21 mm do

comprimento da oscilação pós em relação ao pré, apresentando uma redução de

27% da oscilação.

Dessa forma, conclui-se, através desta pesquisa, que o programa de

exercício físico planejado de forma individualizada tornou-se expressivo em relação

à melhoria do equilíbrio dos indivíduos do projeto.

Com o entendimento dos ajustes posturais apresentados através de análises

computadorizadas, é possível desenvolver planejamento de atividades físicas

específicas que visem melhorar a qualidade de vida para esse público.

Recomenda-se que mais estudos sejam realizados de acordo com o grau de

comprometimento da doença.

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APÊNDICE

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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ANEXO

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ANEXO A – Parecer consubstanciado do CEP

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