educaÇÃo de jovens e adultos: modelo inclusivo e ... · ² prof. esp. psicopedagogia clínica e...

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1 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: MODELO INCLUSIVO E COMPENSATÓRIO DE ENSINO. BEZERRA, Vanderléia Ferreira ¹ BOGO, Miriele Ferreira Marques ² OLIVEIRA, Rosimeire Ribeiro de ³ PEREIRA, Sybelle de Sousa SOUZA, Denise da Silva e RESUMO: O objetivo do presente artigo foi investigar os principais aspectos da educação de jovens e adultos. Inicialmente, buscamos compreender através de bibliografias a definição do processo educacional e principalmente a importância em oferecer um ensino inclusivo para os participantes envolvidos, logo a partir deste estudo, compreendemos a necessidade de ofertar um ensino que proporcione a participação e a compensação no modelo EJA. Palavras Chaves: Educação; ensino; inclusivo; compensatório. RESUMEN: El objetivo de este trabajo fue investigar los principales aspectos de la educación de adultos. Inicialmente, hemos tratado de entender a través de bibliografías la definición del proceso educativo y sobre todo la importancia de proporcionar una educación inclusiva para los participantes involucrados Por lo tanto, a partir de este estudio, entendemos la necesidad de ofrecer una educación que ofrece la participación y compensación en el modelo EJA. Palabras clave: Educación; la educación; inclusive; compensatorio. _________________________________________________________ ¹ Prof. Esp. Educação Especial e Psicomotricidade- São Luís ² Prof. Esp. Psicopedagogia Clínica e Institucional- FASIPE ³ Prof. Licenciada em Pedagogia- Faculdade de Ciência Sociais de Guarantã do Norte Prof. Esp.Educação Infanitl-AJES

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: MODELO INCLUSIVO E COMPENSATÓRIO DE

ENSINO.

BEZERRA, Vanderléia Ferreira ¹ BOGO, Miriele Ferreira Marques ² OLIVEIRA, Rosimeire Ribeiro de ³ PEREIRA, Sybelle de Sousa ⁴ SOUZA, Denise da Silva e ⁵

RESUMO:

O objetivo do presente artigo foi investigar os principais aspectos da educação de jovens e

adultos. Inicialmente, buscamos compreender através de bibliografias a definição do

processo educacional e principalmente a importância em oferecer um ensino inclusivo para

os participantes envolvidos, logo a partir deste estudo, compreendemos a necessidade de

ofertar um ensino que proporcione a participação e a compensação no modelo EJA.

Palavras Chaves: Educação; ensino; inclusivo; compensatório.

RESUMEN:

El objetivo de este trabajo fue investigar los principales aspectos de la educación de adultos.

Inicialmente, hemos tratado de entender a través de bibliografías la definición del proceso

educativo y sobre todo la importancia de proporcionar una educación inclusiva para los

participantes involucrados Por lo tanto, a partir de este estudio, entendemos la necesidad de

ofrecer una educación que ofrece la participación y compensación en el modelo EJA.

Palabras clave: Educación; la educación; inclusive; compensatorio.

_________________________________________________________

¹ Prof. Esp. Educação Especial e Psicomotricidade- São Luís ² Prof. Esp. Psicopedagogia Clínica e Institucional- FASIPE ³ Prof. Licenciada em Pedagogia- Faculdade de Ciência Sociais de Guarantã do Norte ⁴ Prof. Esp.Educação Infanitl-AJES

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⁵ Prof. Esp. Educação Infantil e Alfabetização- FIVE INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo descrever as principais formas e métodos de ensino

centrado na Educação de Jovens e Adultos, buscando compreender o processo de

aprendizagem dos envolvidos. De acordo com o artigo 37 da Lei nº 9394/96, “A educação de

jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos

no ensino fundamental e médio na idade própria”.

Deste modo, esse modelo de ensino visa efetivamente proporcionar um ensino

formador de caráter compensatório e inclusivo as pessoas que não participaram do processo

ensino aprendizagem na idade inicial. Ainda de acordo com o artigo 37, § 1º da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (LDBEN, 1996,).

Compreende-se a partir deste inciso, que a modalidade deverá possibilitar a reinserção

dos estudantes dentro do âmbito escolar, assim, fortalecendo seus laços com o processo

ensino-aprendizagem, sem descartar a realidade e as condições de vida dos alunos.

Portanto, o fundamental na educação de jovens e adultos se configura como a oportunidade

de se reestabelecer o acesso ao conhecimento desse público, que por inúmeros fatores

tiveram que abandonar a escola, e/ou nem tiveram a possibilidade de frequenta-la.

Outro ponto importante na EJA refere-se à inclusão no meio educacional desse público,

assim, cabe à instituição escolar oferecer meios para facilitar e colaborar com uma educação

inclusiva dos jovens e adultos que estão inseridos na busca pelo saber. Sobre a inclusão,

Rodrigues acrescenta:

[...] o conceito de inclusão no âmbito especifico da educação implica inicialmente em rejeitar a exclusão (presencial ou acadêmica) de qualquer aluno da comunidade escolar. Para isso, a escola que pretende seguir uma política de educação inclusiva deve desenvolver práticas que valorizem a participação de cada aluno. (RODRIGUES, 2006, p. 302).

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Neste sentido, a equipe gestora juntamente com o corpo docente da organização

escolar precisará obrigatoriamente desenvolver metodologias que envolvam e que ofereçam

subsídios motivacionais para os participantes. De acordo com o MEC (2005, p.10) “a

educação inclusiva considera a diversidade como uma oportunidade para enriquecer os

processos de aprendizagem, contribuindo assim para o melhoramento da qualidade da

educação”.

Todavia, compreendemos que há inúmeras dificuldades que poderão emergir neste

processo, como por exemplo, a resistência do aluno em participar e, se incluir como um

componente importante na busca do conhecimento. Desta maneira, a reinserção e/ou

inclusão dos jovens e adultos poderá gerar aspectos preocupantes no momento do

aprender. Na Pedagogia do Oprimido, Freire (1987, p.28) diz que:

[...] de tanto ouvirem de si mesmos que são incapazes, que não sabem nada, que não podem saber que são enfermos, indolentes, que não produzem em virtude de tudo isto, terminam por se convencer de sua “incapacidade”. Falam de si como os que não sabem e do “doutor” como o que sabe e a quem devem escutar.

Diante desse sentimento de incapacidade, por vezes, o aluno do EJA termina por

evadir-se da comunidade escolar, os motivos para tal atitude pode estar refletida em suas

dificuldades no processo do aprender, ou por vezes, pela dificuldade da equipe escolar em

ofertar um ensino motivacional intrínseco, ensino que promova as habilidades necessárias

para os alunos através de métodos participativos e inclusivos. De acordo com a autora

Bianchi (2011, p.19)

A motivação intrínseca se configura como uma tendência natural do aluno para buscar novidades e desafios, é uma orientação motivacional que tem por características a autonomia dos alunos e a auto-regulação de sua aprendizagem.

Ou seja, o papel do profissional educador é fortalecer o interesse do aluno pela

aprendizagem e principalmente torna-lo sujeito autônomo em busca do conhecimento.

Bianchi (2011) ainda afirma que se torna extremamente importante trabalhar com a

realidade na qual o aluno se apresenta deste modo, o profissional que se encontra

responsável pelos alunos, deverá além de preocupar-se com os conteúdos e formação,

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proporcionar uma relação reforçadora, com o propósito de encontrar meios para modificar a

realidade já imposta pelo contexto de cada participante. Neste contexto, a relação aluno-

professor possui caráter de extrema importância na busca pelo conhecimento, na qual

ambos irão obter aproveito nesta relação. De acordo com Libâneo (1994, p. 249).

A interação professor-alunos é um aspecto fundamental da organização da situação didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino: a transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades. Entretanto, esse não é o único fator determinante da organização do ensino, razão pela qual ele precisa ser estudado em conjunto com outros fatores, principalmente e a forma de aula (atividade individual, atividade coletiva. atividade em pequenos grupos, atividade fora da classe etc.).

Embora sabemos que uma relação reforçadora entre aluno-professor pode ter

consequências gratificantes, é necessário que o profissional tenha consciência dos inúmeros

conflitos que poderão surgir de uma relação aversiva, o convívio entre ambos se torna

ameaçadores quando compartilham de valores sociais, classes, objetivos e saberes

diferentes. Neste sentido, torna-se imprescindível que o profissional compartilhe suas

experiências e que insira a realidade do outro em suas metodologias de ensino, buscando

aprimorar o diálogo, excluindo as dificuldades e subsequente promovendo uma relação que

produza resultados satisfatórios entre os envolvidos.

O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e opiniões mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem, também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades. (LIBÂNEO, 1994, p. 250).

Diante da realidade do nosso sistema educacional, a educação de jovens e adultos

historicamente sempre perpetuou como uma segunda chance da sociedade para o povo que

não teve a possibilidade de estudar, e por vezes ofertando um ensino sem pretensões de

formar cidadãos críticos e políticos.

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Uma concepção que nasce da relação entre conquistador e conquistado/ índio/escravo, e perdura em muitos documentos oficiais que parecem tratar a EJA como um favor e não como o pagamento de uma dívida social e a institucionalização de um direito (CURY, 2000)

Neste sentido, esse modelo de ensino busca além de ofertar uma possibilidade em

reparar o tempo perdido e, buscar ainda, eliminar qualquer forma de negligência por parte da

unidade escolar. Diante das dificuldades em proporcionar com metodologias inclusivas o

direito ao ensino eficiente e fortalecedor, muito unidades escolares possuem dificuldades em

auxiliar o desbravamento dos paradigmas concretizados pela sociedade e, por vezes,

acabam perdendo sua clientela.

[...] a escola muitas vezes encontra dificuldades para compreender as particularidades desse público, no qual os motivos que os levam à evasão, ainda no início da juventude, e as motivações que envolvem sua volta à sala de aula são informações preciosas para quem lida com a questão. Deixá-los escapar leva à inadequação do serviço oferecido e a um processo de exclusão que, infelizmente, não será o primeiro na vida de muitos desses alunos. (NAIF 2005, P. 402).

Diante deste fato, o trabalho com a Educação de Jovens e Adultos, requer alinhamento

das necessidades específicas e intrínseca deste público, um fortalecimento transferencial da

escola-professor-aluno. Somente a adequação e diferenciação de um ensino mais interativo

responderá pela não evasão deste público do ambiente escolar. Logo, a educação deste

público exige uma flexibilização da equipe escolar, referente às necessidades e

peculiaridades única desse modelo adotado.

Ao focalizar a escolaridade não realizada ou interrompida no passado, o paradigma compensatório acabou por enclausurar a escola para jovens e adultos nas rígidas referências curriculares, metodológicas, de tempo e espaço da escola de crianças e adolescentes, interpondo obstáculos à flexibilização da organização escolar necessária ao atendimento das especificidades desse grupo sociocultural (PIERRO, 2005).

Portanto, cabe à unidade escolar elaborar planos e mecanismos que fomente as

capacidades subjetivas dos alunos, construindo as possibilidades de interação, trabalhando

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ações intelectuais, conteúdos que se adequados com a realidade dos indivíduos, visando

proporcionar uma escola real.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Alfabetizar jovens e adultos não é um ato apenas de ensino – aprendizagem é a

construção de uma perspectiva de mudança; no início, época da colonização do Brasil, as

poucas escolas existentes era pra privilégio das classes média e alta, nessas famílias os

filhos possuíam acompanhamento escolar na infância; não havia a necessidade de uma

alfabetização pra jovens e adultos, as classes pobres não tinham acesso a instrução escolar

e quando a recebiam era de forma indireta, de acordo com Ghiraldelli Jr. (2008, p. 24) a

educação brasileira teve seu início com o fim dos regimes das capitanias, ele cita que:

A educação escolar no período colonial, ou seja, a educação regular e mais ou menos institucional de tal época, teve três fases: a de predomínio dos jesuítas; a das reformas do Marquês de Pombal, principalmente a partir da expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal em 1759; e a do período em que D. João VI, então rei de Portugal, trouxe a corte para o Brasil (1808-1821).

O ensino dos jesuítas tinha como fim não apenas a transmissão de conhecimentos

científicos, escolares, mas a propagação da fé cristã. A história da educação de jovens e

adultos no Brasil no período colonial se deu de forma assistemática, nesta época não se

constatou iniciativas governamentais significativas.

Os métodos jesuíticos permaneceram até o período pombalino com a expulsão dos

jesuítas, neste período, Pombal organizava as escolas de acordo com os interesses do

Estado, com a chegada da família Real ao Brasil a educação perdeu o seu foco que já não

era amplo. Após a proclamação da Independência do Brasil foi outorgada a primeira

constituição brasileira e no artigo 179 dela constava que a “instrução primária era gratuita

para todos os cidadãos”; mesmo a instrução sendo gratuita não favorecia as classes pobres,

pois estes não tinham acesso à escola, ou seja, a escola era para todos, porém, inacessível

a quase todos, no decorrer dos séculos houve várias reformas, Soares (2002, p. 8) cita que:

No Brasil, o discurso em favor da Educação popular é antigo: precedeu mesmo a proclamação da República. Já em 1882, Rui Barbosa, baseado em exaustivo diagnóstico da realidade brasileira da época, denunciava a vergonhosa precariedade do ensino para o povo no Brasil e apresentava

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propostas de multiplicação de escolas e de melhoria qualitativa de Ensino.

A constituição de 1934 não teve êxito, pois Getúlio Vargas o então presidente da

república tornou – se um ditador através do golpe militar e criou um novo regime o qual

chamou de: “Estado Novo”, sendo assim cria – se uma nova constituição escrita por

Francisco Campos. Ghiraldelli Jr.(2008, p.78) cita que:

A constituição de 1937 fez o Estado abrir mão da responsabilidade para com educação pública, uma vez que ela afirmava o Estado como quem desempenharia um papel subsidiário, e não central, em relação ao ensino. O ordenamento democrático alcançado em 1934, quando a letra da lei determinou a educação como direito de todos e obrigação dos poderes públicos, foi substituído por um texto que desobrigou o Estado de manter e expandir o ensino público.

A constituição de 1937 foi criada com o objetivo de favorecer o Estado, pois o mesmo

tira a sua responsabilidade; uma população sem educação (educação para poucos) torna a

sociedade mais suscetível a aceitar tudo que lhe é imposto; logo se entende que esta

constituição não tinha interesse que o conhecimento crítico se propagasse, mas buscava

favorecer o ensino profissionalizante, naquele momento era melhor capacitar os jovens e

adultos para o trabalho nas indústrias.

Um dos precursores em favor da alfabetização de jovens e adultos foi Paulo Freire que

sempre lutou pelo fim da educação elitista, Freire tinha como objetivo uma educação

democrática e libertadora, ele parte da realidade, da vivência dos educandos, segundo

Aranha (1996, p.209):

Ao longo das mais diversas experiências de Paulo Freire pelo mundo, o resultado sempre foi gratificante e muitas vezes comovente´´. O homem iletrado chega humilde e culpado, mas aos poucos descobre com orgulho que também é um “fazedor de cultura” e, mais ainda, que a condição de inferioridade não se deve a uma incompetência sua, mas resulta de lhe ter sido roubada a humanidade. O método Paulo Freire pretende superar a dicotomia entre teoria e prática: no processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, de certa forma. Percebendo – se como sujeito da história, toma a palavra daqueles que até

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então detêm seu monopólio. Alfabetizar é, em última instância, ensinar o uso da palavra.

Na época do regime militar, surge um movimento de alfabetização de jovens e adultos,

na tentativa de erradicar o analfabetismo, chamado MOBRAL, esse método tinha como foco

o ato de ler e escrever, essa metodologia assemelha – se a de Paulo Freire com

codificações, cartazes com famílias silábicas, quadros, fichas, porém, não utilizava o diálogo

como a de Freire e não se preocupava com a formação crítica dos educandos.

A respeito do MOBRAL; Bello (1993) cita que:

O projeto MOBRAL permite compreender bem esta fase ditatorial por que passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de seus diversos Programas.

A história da Educação de jovens e adultos é muito recente, durante muitos anos as

escolas noturnas eram a única forma de alfabetiza lós após um dia árduo de serviço, e

muitas dessas escolas na verdade eram grupos informais, onde poucos que já dominavam o

ato de ler e escrever o transferia a outros; no começo do século XX com o desenvolvimento

industrial é possível perceber uma lenta valorização da EJA.

O processo de industrialização gerou a necessidade de se ter mão de obra

especializada, nesta época criou – se escolas para capacitar os jovens e adultos, por causa

das indústrias nos centros urbanos a população da zona rural migrou para o centro urbano

na expectativa de melhor qualidade de vida, ao chegarem nos centros urbanos surgia à

necessidade de alfabetizar os trabalhadores e isso contribuiu para a criação destas escolas

para adultos e adolescentes.

A necessidade de aumentar a base eleitoral favoreceu o aumento das escolas de EJA,

pois o voto era apenas para homens alfabetizados. Na década de 40 o governo lançou a

primeira campanha de Educação de adultos, tal campanha propunha alfabetizar os

analfabetos em três meses; dentre educadores, políticos e sociedade em geral, houve

muitas críticas e também elogios a esta campanha, o que é nítido e que com esta campanha

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a EJA passou a ter uma estrutura mínima de atendimento. Com o fim desta primeira

campanha, Freire foi o responsável em organizar e desenvolver um programa nacional de

alfabetização de adultos, porém com o golpe militar o trabalho de Freire foi visto como

ameaça ao regime; assim a EJA volta a ser controlado pelo governo que cria o MOBRAL

conforme foi citado anteriormente.

O ensino supletivo foi implantado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB

5692/71. Nesta Lei um capitulo foi dedicado especificamente para o EJA. Em 1974 o MEC

propôs a implantação dos CES (Centros de Estudos Supletivos), tais centros tinham

influências tecnicistas devido à situação política do país naquele momento.

Em 1985, o MOBRAL findou – se dando lugar a Fundação EDUCAR que apoiava

tecnicamente e financeiramente as iniciativas de alfabetização existentes, nos anos 80

difundiram – se várias pesquisas sobre a língua escrita que de certa forma refletiam na EJA,

com a promulgação da constituição de 1988 o Estado amplia o seu dever com a Educação

de jovens e adultos.

De acordo com o artigo 208 da Constituição de 1988:

“O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – ensino

fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive, sua oferta gratuita para todos os

que a ele não tiveram acesso na idade própria;”

Na década de 90 emergiram iniciativas em favor da Educação de jovens e adultos, o

governo incumbiu também os municípios a se engajarem nesta política, ocorrem parcerias

entre ONG’s, municípios, universidades, grupos informais, populares, Fóruns estaduais,

nacionais e através dos Fóruns a partir de 1997 a história da EJA começa a ser registrada

no intitulado “Boletim da Ação Educativa”.

É notório que nesta fase da história da Educação brasileira, a EJA possui um foco

amplo, para haver uma sociedade igualitária e uma Educação eficaz é necessária que todas

as áreas da Educação sejam focadas e valorizadas, não é possível desvencilhar uma da

outra.

PERSPECTIVA DO GOVERNO PARA EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS

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O Brasil Alfabetizado, programa voltado para a alfabetização de jovens acima de 15

anos, adultos e idosos, será ampliado em 2017, passando de 168 mil para 250 mil

alfabetizandos atendidos. Esse aumento, de acordo com o Ministério da Educação,

representa 50% a mais de vagas no ciclo 2017. O sistema de adesão para o novo ciclo

começa em novembro próximo. “Infelizmente o Brasil ainda tem 13,1 milhões de

analfabetos, com 15 anos de idade ou mais. É um drama que temos de enfrentar com

programas como o Brasil Alfabetizado, que será ampliado, e novas ações, que venham a

somar esforços no sentido de reverter esse quadro”, afirmou o ministro da Educação,

Mendonça Filho.

Segundo o ministro, o MEC considera a alfabetização uma política pública de

educação prioritária e está trabalhando para sanar dívidas deixadas pela gestão anterior, na

ordem de R$ 138 milhões, referentes aos programas Brasil Alfabetizado, Programa Nacional

de Inclusão de Jovens (ProJovem) e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Lançado em

2003, o Brasil Alfabetizado é um programa de fluxo contínuo, organizado por ciclos e com

duração de oito meses. No Plano Plurianual 2016/2019, a meta de alfabetizandos por ciclo

era de 1,5 milhão. No entanto, o atendimento no Brasil Alfabetizado vem diminuindo a partir

2013, quando abriu vagas para 1.113.450 alfabetizandos. Em 2014, o número de vagas caiu

para 718.961 e em 2015, com execução em 2016, despencou para 168 mil atendidos.

O ciclo atual em execução foi iniciado no ano passado, e conta com 191 entidades

executoras, 17.445 turmas ativadas 167.971 alfabetizandos, 17.088 alfabetizadores, 2.902

coordenadores e 105 tradutores intérpretes de libras. O Brasil Alfabetizado conta com

assistência técnica e financeira da União, em caráter suplementar. A verba de custeio é

destinada à formação de alfabetizadores e coordenadores de turmas, aquisição de material

escolar, aquisição de material de apoio para os alfabetizadores, alimentação escolar e

transporte do alfabetizando. Além disso, o programa prevê o pagamento de bolsas aos

alfabetizadores e aos alfabetizandos, durante o curso.

A atual gestão identificou falhas no programa, como uma taxa média de alfabetização de

50%, quando somente 7% dos alfabetizandos continuam na EJA. O MEC vem discutindo as

dificuldades do atual modelo com vários segmentos da sociedade – incluindo educadores,

gestores, sociedade civil –, no sentido de corrigir as falhas e aprimorar o programa. Ao

mesmo tempo, tem discutido, de forma mais ampla, políticas de educação voltadas para a

alfabetização, com o objetivo de promover um combate efetivo ao analfabetismo.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA; ESCOLA PARA TODOS

Pensando na realidade atual em que a EJA se torna aos poucos cada vez mais

inclusiva, e recebe cada vez mais alunos com necessidades educacionais especiais, como

seria a escola para todos defendida por Paulo Freire? Segundo Freire (1987) o direito à

educação não se reduz somente a estar na escola, mas sim em aprender. E, aprender para

tomar consciência de seu estado de opressão, para que assim possa se libertar daqueles

que o oprimem. E para que os jovens e adultos possam aprender adequadamente, é preciso

considerar o conhecimento que estes estudantes possuem. Em geral, os estudantes da EJA

possuem uma considerável experiência de vida. E, já aprenderam diferentes coisas em

diferentes contextos pela necessidade que a vida lhes impõe. Estes alunos têm

conhecimento, ainda que inadequados do ponto de vista escolar, daquilo que se discute em

sala de aula. Se para uma criança, que possui uma experiência de vida menor, este

conhecimento é de grande relevância para a aprendizagem e motivação, não seria diferente

para um jovem ou adulto que está na sala de aula como estudante. Franzi (2010, p.2)

explica que “não é tarefa fácil o reconhecimento do sujeito jovens e adultos que tem pouca

ou nenhuma inserção no mundo escolar como um sujeito que possui saberes”. Apesar disto,

desconsiderar esta realidade pode, não somente tornar o processo de aprendizagem menos

efetivo, mas também, desmotivar os alunos.

Para Freire (1987) as escolas devem valorizar o conhecimento dos alunos, e mais do

que isto, respeitar os saberes socialmente construídos na prática comunitária e discutir com

os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação ao ensino dos conteúdos.

Esta prática favorece o aprendizado e respeita o estudante como um ser capaz e um ser que

sabe. Pode-se inferir, assim, que o sucesso da EJA depende também, da escola respeitar os

conhecimentos que seus alunos adquiriram em suas experiências diárias. Caso esta prática

não ocorra, a escola poderá não contribuir para a tarefa humanizadora que a educação tem.

Freire (1987, p.40), comenta que: A educação como prática da liberdade, ao contrário

naquela que é prática da dominação, implica na negação do homem abstrato, isolado, solto,

desligado do mundo, assim também na negação do mundo como uma realidade ausente

dos homens.

Freire (1987) destaca que para que a função humanizadora da escola se concretize, é

necessário que o diálogo seja uma parte constante dos processos de ensino e

aprendizagem, e este diálogo deve ocorrer de forma democrática, em que todos possam

participar. Para o referido autor “a educação autêntica, não se faz de “A” para “B” ou de “A”

sobre “B”, mas de “A” com “B”, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987 p.48). Desta

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forma, a educação autêntica só ocorre quando todos os envolvidos no processo dialogam,

trocando experiências, expondo aquilo que possuem como conhecimento construído ao

longo da vida, relacionando com o conteúdo escolar. E na EJA todos os alunos, podem

participar deste processo de educação autêntica.

CONSIDERAÇÃO FINAL

O retorno para a sala de aula poderá causar inúmeros anseios por parte dos

estudantes, como por exemplo, a falta de tempo para dedicar-se aos estudos devido a

correria do dia a dia do aluno trabalhado onde tem que dividir seu tempo entre trabalho e

escola, ocasionando uma exaustão e cansaço na vida deste aluno, ao tempo perdido longe

da escola onde muitas pessoas têm dificuldades em ter que enfrentar grande parte de seu

tempo nos percursos entre a escola e casa, as dificuldades oriundas de uma má

alfabetização de alunos que não tiveram bons estudos. Vale ressaltar também a falta de

interesse dos jovens por não se familiarizar, excesso de conteúdos e ausência de

contextualização, a falta de participação dos alunos que se limitam em apenas ouvir

palestras dos professores e muitas anotações de lousa.

Esses fatores poderão contribuir diretamente com a evasão desses estudantes do

espaço escolar, deste modo, surgem às incertezas que acometem o profissional envolvido

no ensino-aprendizagem e principalmente ocorre a aceitação do estudante diante das suas

dificuldades.

Neste sentido, ambas as partes poderão vivenciar as frustrações e o sentimento de

incapacidade acarretado pela evasão do sujeito. Outrora, diante do artigo apresentado,

podemos evidenciar a necessidade de se ofertar uma metodologia que possibilite a inclusão

do indivíduo e, a flexibilidade do profissional diante das demandes que possa emergir neste

contexto educacional.

Através do exposto nesse estudo, compreende-se a importância de proporcionar um

ensino adequado independentemente da faixa etária do indivíduo que esteja em busca do

aprender, oferecendo um conhecimento compensatório com a intenção de valorizar o saber

de cada membro e principalmente apropriar-se da realidade de cada um, visando ofertar o

conhecimento que condiz com a realidade dos participantes.

A inserção da tecnologia na educação não se limita a deixar o conteúdo mais atrativo:

Para combater a evasão escolar é essencial que os educadores tenham atenção redobrada

com os estudantes que estão com dificuldade nas disciplinas e aparentam desmotivação –

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um sintoma claro disso é deixar de realizar os deveres de casa ou de estudar para provas.

Por outro lado, há situações em que crianças e adolescentes com bom potencial não se

sentem desafiados e deixam de se interessar pelos estudos. Nos dois casos a tecnologia

pode ajudar!

Antigamente seria impossível exigir isso dos professores, especialmente em classes

grandes, com mais de 40 estudantes. Com a tecnologia, o aprendizado personalizado já é

usado hoje em várias escolas brasileiras. A plataforma da Geekie, por exemplo, permite

acompanhar o progresso dos alunos em tempo real. A plataforma identifica os pontos fracos

de cada estudante, desenvolve planos de estudo e recomenda conteúdo online para que ele

trabalhe em cima de suas deficiências. Da mesma forma, avaliações externas, como um

simulado online do Enem, permitem mapear deficiências e o professor pode sugerir

trabalhos pedagógicos específicos para determinados alunos, como aulas de reforço.

Justamente por ser consequência de vários fatores, a evasão escolar não pode ser

evitada por ações pontuais. Para atenuar esse fenômeno, é preciso colocar o tema na pauta

do planejamento pedagógico no começo do ano e discutir o assunto de forma regular ao

longo do semestre. Só assim é possível identificar logo alunos com propensão a problemas

e trabalhar as causas desse comportamento. Normalmente o abandono dos estudos é

apenas a última etapa de um processo que começa bem antes.

Além de atacar situações emergenciais, no dia a dia, a providência básica é sempre

fazer a chamada na sala de aula. Além de permitir que o acompanhamento das faltas seja

feito de forma constante, a chamada é um momento (às vezes o único) no qual o professor

chama o aluno pelo nome.

Um dos caminhos que também levam à evasão escolar é o das punições por

indisciplina. A direção não pode ser inflexível nem se colocar contra o estudante. A

indisciplina é sintoma de um desajuste que, em boa parte dos casos, está além da esfera

pedagógica. Trabalhar próximo da família do aluno com problemas de adaptação é

fundamental.

Portanto, torna-se de responsabilidade da equipe envolvida, proporcionar aos

estudantes um ensino facilitador e inclusivo, para que a partir das dificuldades emergentes o

estudante consiga alcançar êxito. Compreende-se, também, que a escola necessita alinhar

os objetivos referentes ao público especifico, bem como, as peculiaridades de cada membro.

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