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ALINE FERNANDA CAMPAGNA FERNANDES DIANA GONÇALVES LUNARDI PETERSON GUERREIRO FERNANDES EDUCAÇÃO AMBIENTAL U N I V E R S I D A D E F E D E R A L R U R A L D O S E M I - Á R I D O MÓDULO I

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ALINE FERNANDA CAMPAGNA FERNANDESDIANA GONÇALVES LUNARDI

PETERSON GUERREIRO FERNANDES

EDUCAÇÃOAMBIENTAL

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L

R U R A L D O S E M I - Á R I D O

MÓDULO I

ALINE FERNANDA CAMPAGNA FERNANDESDIANA GONÇALVES LUNARDI

PETERSON GUERREIRO FERNANDES

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L

R U R A L D O S E M I - Á R I D O

ALINE FERNANDA CAMPAGNA FERNANDESDIANA GONÇALVES LUNARDI

PETERSON GUERREIRO FERNANDES

EDUCAÇÃOAMBIENTAL

MÓDULO I

Mário Gaudêncio, Me.

Walter Martins Rodrigues, Dr.

Francisco Franciné Maia Júnior, Dr.

Rafael Castelo Guedes Martins, Me.

Keina Cristina S. Sousa, Me.

Antonio Ronaldo Gomes Garcia, Dr.

Auristela Crisanto da Cunha, Dr.

Janilson Pinheiro de Assis, Dr.

Luís Cesar de Aquino Lemos Filho, Dr.

Rodrigo Silva da Costa, Dr.

Valquíria Melo Souza Correia, Me.

Conselho Editorial da EdUFERSA

http://nead.ufersa.edu.br/

Governo Federal Ministro de EducaçãoCid Ferreira Gomes

SECADI – Secretaria de Educação Continuada,Alfabetização e Diversidade

Universidade Federal Rural do Semi-ÁridoReitor

José de Arimatea de Matos

Pró-Reitor de GraduaçãoAugusto Carlos Pavão

Núcleo de Educação a DistânciaCoordenadora

Valdenize Lopes do Nascimento

Equipe multidisciplinarAntônio Charleskson Lopes Pinheiro – Diretor de Produção de Material DidáticoUlisses de Melo Furtado – Designer InstrucionalGerlandia Joca de Castro – Assessora PedagógicaÂngelo Gustavo Mendes Costa - Assessor PedagógicoFrancisca Monteiro da Silva Perez - Assessora PedagógicaAdriana Mara Guimarães de Farias – ProgramadoraThiago Henrique Rossato - ProgramadorFelipe Yuri Silva - Suporte de InformáticaJéssica de Oliveira Fernandes - Comunicação e MarketingRamon Ribeiro Vitorino Rodrigues - Diretor de ArteMikael Oliveira de Meneses – DiagramadorAlberto de Oliveira Lima – DiagramadorJosé Antonio da Silva - Diagramador

Arte da capaRamon Ribeiro Vitorino Rodrigues

Equipe administrativaRafaela Cristina Alves de Freitas – Assistente em AdministraçãoIriane Teresa de Araújo – Responsável pelo fomentoThayssa Teixeira Lira - EstagiáriaPaulo Augusto Nogueira Pereira - EstagiárioAntonio Romário Bezerra Nogueira - Estagiário

Equipe de apoioAlan Martins de Oliveira – Revisor TécnicoJéssica de Oliveira Fernandes – Revisão Didática

Serviços técnicos especializadosLife Tecnologia e Consultoria

EdiçãoEDUFERSA

ImpressãoGráfica São Mateus Ltda

© 2015 by NEaD/UFERSA - Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação

ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do NEaD/UFERSA. O conteúdo da obra é de exclusiva responsabilidade dos autores.

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)Setor de Informação e Referência (SIR-BCOT/UFERSA)

Bibliotecário-DocumentalistaMário Gaudêncio, Bib. Me. (CRB-15/476)

F363e Fernandes, Aline Fernanda Campagna. Educação ambiental / Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi, Peterson Guerreiro Fernandes. – Mossoró: EdUFERSA, 2015. 44 p. : il.

ISBN: 978-85-63145-85-7

1. Educação à Distância. 2. Educação ambiental. I. Lunardi, Diana Gonçalves. II. Fernandes, Peterson Guerreiro Fernandes. III. Título.

UFERSA/BCOT CDD 374.4

PREFÁCIO

Prezado (a) Cursista,

Este caderno tem por objetivo ampliar os conhecimentos sobre a Educação a Distância através dos fundamentos teóricos e metodológicos que orientam a educação virtual. Será apresentado a você um breve histórico da evolução da Edu-cação a Distância no Brasil e no mundo, desde seu surgimento até os dias atuais. Neste caderno, você também irá aprender sobre a dinâmica de funcionamento do ambiente virtual de aprendizagem, onde será levado a refletir sobre as possibilida-des e limites oferecidos pelas novas tecnologias aplicadas à educação. Você terá a oportunidade de vivenciar um modelo de comunidade virtual orientado para a aprendizagem colaborativa e participativa, por meio da dinâmica de formação e de interação com os tutores e com os demais participantes do curso.

Bons estudos e mãos à obra!

SOBRE OS AUTORES

Aline Fernanda Campagna Fernandes

Possui graduação em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002), mestrado em Zootecnia pela Universidade de São Paulo (2005) e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (2010). Atualmente é docente da Universidade Federal Rural do Semi--Árido (UFERSA).

Diana Gonçalves Lunardi

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (2002), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (2005) e doutorado em Psico-biologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2011). Atualmente é docente da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

Peterson Guerreiro Fernandes

Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Camilo Castelo Branco (2006). Atualmente está cursando o mestrado em Ambiente, Tec-nologia e Sociedade na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

REVISOR TÉCNICO

Alan Martins de Oliveira

Possui graduação em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (1995), mestrado em Fitotecnia pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (1999) e doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2008). Atualmente é docente da Universidade Federal Rural do Se-mi-Árido (UFERSA).

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA13

1.1 MAS O QUE É MESMO EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA?13

1.2 GERAÇÕES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA14

1.3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL 16

1.4 ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL17

AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA)

2 - AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA)21

2.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS21

2.2 RECURSOS E FERRAMENTAS DOS AVA23

2.3 MATERIAIS DIDÁTICOS E INTERFACES DOS AVA25

2.4 O AMBIENTE VIRTUAL MOODLE26

DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

3 - DINÂMICAS DE FORMAÇÃO DO PROCESSO FORMATIVO31

3.1 A DINÂMICA DE FORMAÇÃO31

3.2 A COMUNICAÇÃO NO PROCESSO FORMATIVO31

3.3 O PAPEL DO CURSISTA E O PAPEL DO TUTOR NO PROCESSO FORMATIVO

31 3.4 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS

32 UM DIÁRIO DE BORDO PODE AJUDAR!

35 É HORA DA REVISÃO!

35 QUE TAL RESPONDERMOS AS QUESTÕES ABAIXO PARA FIXAR ALGUNS CONCEITOS? VAMOS LÁ?

36 REFERÊNCIAS

37

1INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEA

13

Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

1. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1.1 MAS O QUE É MESMO EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA?Na literatura existente percebe-se que pesquisadores e estudiosos, em suas diversas áreas do conhecimento,

ainda procuram chegar a um consenso sobre o conceito de Educação a Distância (EAD). Esta dificuldade em conceituar a EAD também está centrada no fenômeno “mutável” da EAD, pois desde seu surgimento até os dias atuais ela vem evoluindo constantemente e incorporando novas estratégias pedagógicas e tecnológicas. Na visão de Mugnol1, a discussão dos pesquisadores sobre os diversos conceitos existentes em EAD gira em torno de alguns termos que estão presentes na maioria das definições, como: tempo, distância, educação, ensino, entre outros. Simplificando esse cenário, os autores Moore e Kearsley2 ressaltam que a ideia básica de EAD é muito simples: tanto os cursistas, quanto os professores-formadores estão situados em locais diferentes durante todo ou grande parte do tempo em que aprendem e ensinam, desta forma, ambos dependem da tecnologia para que aconteça a interação e a transmissão de informações. Seguindo esta linha de raciocínio, os mesmos autores conceituam a EAD da seguinte maneira:

“Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais2.”

Essa modalidade de educação é vista como aberta, pois possibilita aos aprendizes e profissionais o acesso ao ensino, que por razões particulares diversas, seja por questões de trabalho, incompatibilidade de horários, impossibilidade de deslocamento e até o isolamento geográfico, não conseguiriam frequentar os tradicionais cursos presenciais. Além disso, a EAD é capaz de atingir inúmeras pessoas que se encontram dispersas geograficamente por meio do uso das diversas tecnologias da informação e comunicação existentes.

De acordo com Vidal e Maia3, o ato pedagógico não está mais centrado apenas na figura do professor que, em sala de aula, ministra suas aulas com a presença de seus alunos. A EAD vai além, pois permite, por meio de seus próprios mecanismos pedagógicos, o beneficiamento na formação de cidadãos socialmente comprometidos, conscientes de sua autonomia intelectual e capazes de se posicionarem criticamente diante das mais diversas situações. Nessa aprendizagem autônoma e independente, os cidadãos também se utilizam de materiais autoinstrucionais e estudo individualizado, na qual o aprendiz aprende a aprender e estuda a partir do seu esforço e por conta própria. Desta forma, pode-se afirmar que a EAD é uma evolução do modelo tradicional de ensino presencial, a qual vem rompendo fronteiras e tem se mostrado uma metodologia inovadora nos processos de ensino-aprendizagem. Observa-se que, cada vez mais, a EAD vem ganhando espaço nas instituições de ensino e se destacando ao longo dos anos, devido ao seu caráter abrangente de formação e qualificação dos indivíduos.

Por fim, as ações de EAD são norteadas por alguns princípios, entre eles: (i) Flexibilidade, permitindo mudanças durante o processo, não só para os professores-formadores, mas também para os cursistas; (ii) Contextualização, satisfazendo com rapidez demandas e necessidades educativas ditadas por situações socioeconômicas específicas de regiões ou localidades; (iii) Diversificação, gerando atividades e materiais que permitam diversas formas de aprendizagem; e (iv) Abertura, permitindo que o cursista administre seu tempo e espaço de forma autônoma4.

Muitas pessoas imaginam que a EAD teve início com o advento da internet. Sem dúvida, a rede mundial de computadores vem contribuindo para a disseminação rápida e crescente da EAD nos dias atuais. Entretanto, vale lembrar que apesar do recente crescimento e procura por essa “nova” modalidade de educação, suas primeiras práticas datam no século XVIII. Para entendermos melhor a evolução histórica da EAD, transitaremos agora por algumas épocas remotas até os dias atuais.

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

1.2 GERAÇÕES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIASegundo os pesquisadores Moore e Kearsley2, a EAD evoluiu ao longo da história e atravessou várias

gerações, conforme ilustrado na figura 1.

FIGURA 1: AS CINCO GERAÇÕES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. ADAPTADO DE MOORE E KEARSLEY2.

- GERAÇÃO VIA CORRESPONDÊNCIA: Foi nesta geração que se iniciou a EAD, considerada como pioneira, cujos cursos ofertados faziam uso de materiais educacionais impressos (como livros, apostilas, manuais e lições) e para chegar até o cursista, esses materiais eram postados via correio. Tal facilidade era possível em virtude da invenção tecnológica da época: os serviços postais, considerados rápidos, confiáveis e de baixo custo. De acordo com Lobo Neto5, o marco inicial deu-se em 1728, nos Estados Unidos, quando a Gazeta de Boston publicou um anúncio do professor de taquigrafia, Caleb Philipps que dizia o seguinte:

“Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston”.

Naquele momento, o professor-formador passou a oferecer materiais de ensino e tutoria por meio de correspondências. Desde então, o novo método de ensino se alastrou facilmente e entrou no século XIX com diversas ações sendo desenvolvidas ao redor do mundo. Na Grã-Bretanha, atual Reino Unido, Isaac Pitman utilizava o sistema postal nacional na década de 1840 para ensinar seu sistema de taquigrafia. Na Europa, nos anos de 1850, o francês Charles Toussaint e o alemão Gustav Langenscheidt iniciaram o intercâmbio do ensino de línguas, levando à criação de uma escola de idiomas por correspondência. No Brasil, os pioneiros na utilização de materiais impressos na EAD foram o Instituto Monitor, fundado em 1939, e o Instituto Universal Brasileiro em 1941, ambos com sede no município de São Paulo e que se encontram em funcionamento até os dias atuais (disponível em: 1* <http://www.institutomonitor.com.br/Quem-somos.aspx> e 2* <http://www.institutouniversal.com.br/ institucional/quem-somos>).

2*1*

1ª GERAÇÃO

CORRESPONDÊNCIA

2ª GERAÇÃO

TRANSMISSÃO POR RÁDIO E TELEVISÃO

4ª GERAÇÃO

TELECONFERÊNCIA

3ª GERAÇÃO

UNIVERSIDADES ABERTAS

5ª GERAÇÃO

INTERNET / WEB

VOCÊ SABIA?EM 1873, A EDUCADORA AMERICANA ANNA ELIOT TICKNOR CRIOU UMA DAS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ESTUDO EM CASA, A SOCIETY TO ENCOURAGE ESTUDIES AT HOME (SOCIEDADE PARA INCENTIVAR ESTUDOS EM CASA). A FINALIDADE DESSA ESCOLA ERA AJUDAR AS MULHERES, A QUEM ERA NEGADO EM GRANDE PARTE O ACESSO ÀS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS FORMAIS, A TEREM A OPORTUNIDADE DE ESTUDAR POR MEIO DE MATERIAIS ENTREGUES EM SUAS RESIDÊNCIAS.

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

- GERAÇÃO VIA RÁDIO E TELEVISÃO: No início do século XX, o rádio e a televisão surgiram nos Estados Unidos como as mais novas tecnologias. Diversas instituições, assim como vários países, começaram a transmitir programas educacionais. Em 1921, o governo federal americano concedeu a primeira autorização para uma emissora educacional: a Latter Day Sants’ da University of Salt Lake City. Em fevereiro de 1925, a State University of Iowa, por meio da transmissão educativa, oferecia seus primeiros cursos via rádio e, em 1934, via televisão. Já no Reino Unido (Inglaterra e demais países), em 1928, a British Broadcasting Corporation (BBC), emissora pública de rádio e televisão, começou a promover cursos direcionados para a educação de adultos utilizando o rádio como meio de comunicação3.

No Brasil, uma das primeiras iniciativas em EAD foi a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923, por Edgar Roquette-Pinto, a qual mais tarde foi incorporada pelo Ministério da Educação3;6. Em 1947, surge a Universidade do Ar, patrocinada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Social do Comércio (SESC) e emissoras associadas; as escolas radiofônicas criadas pela Diocese de Natal, no Rio Grande do Norte, em 1959; o Instituto Padre Reus, onde a TV Ceará começou a transmitir os cursos de ensino fundamental, utilizando material televisivo, impresso e monitores, em 1974; o Sistema Nacional de Teleducação, em 1976; dentre outros7.

- GERAÇÃO DAS UNIVERSIDADES ABERTAS: Esta geração foi responsável por importantes mudanças na EAD. Neste período ocorreu a integração das diversas tecnologias educativas utilizadas até aquele momento, como: envio de materiais impressos via correio (como livros, apostilas, manuais, lições e jornais), os programas de rádio e TV, o telefone usado para realizar conferências, os áudios e vídeos pré-gravados, dentre outros. Também utilizava-se de kits contendo materiais para realização de experiências práticas em casa; os alunos podiam desfrutar dos recursos de uma biblioteca local, participar de discussões em grupo, assim como usar os laboratórios das universidades durante o período de férias.

Segundo Moore e Kearsley2, foi no final dos anos de 1960 e na década de 1970 que surgiram as primeiras universidades abertas, tendo como destaque a The Open University, na Inglaterra, em 1969; a Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) da Espanha, fundada em 1972; a FernUniversitat da Alemanha, em 1974; A Universidad Nacional Abierta (UNA) da Venezuela, em 1977, dentre outras. Nas duas décadas posteriores foram criadas diversas universidades abertas ao redor de todo o mundo, cujo objetivo era promover a democratização da educação. No Brasil, evidencia-se a criação da Universidade Aberta de Brasília em 1992; o Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ), em 2000, e o sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em 2005, por meio de uma parceria entre o MEC, Estados e municípios7.

- GERAÇÃO DAS TELECONFERÊNCIAS: Diferentemente das formas anteriores de EAD, nas décadas de 1970 e 1980, instituições de ensino dos Estados Unidos começavam a utilizar as inovações tecnológicas disponíveis à época, como a teleconferência. As primeiras experiências se deram pelo uso do recurso de áudio conferência (somente áudio). Geralmente, utilizando-se de um telefone comum, os professores conseguiam interagir em tempo real com seus alunos, que estavam em suas residências ou escritórios. Já em janeiro de 1986, a Penn State University oferecia seus primeiros cursos completos de graduação transmitidos via teleconferência (áudio e vídeo). Nessa geração observou-se um aumento expressivo no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s), o que colaborou com o crescimento da EAD2.

- GERAÇÃO INTERNET/WEB: Esta geração da EAD é caracterizada pelo surgimento da internet/web, onde ocorre o aumento na oferta de cursos a distância devido às facilidades que esta tecnologia oferece, entre elas, a de ministrar aulas virtuais com o auxílio de computadores e capacidade de interação com vários alunos. Nos Estados Unidos, a expansão da EAD com uso da internet/web, aconteceu a partir de 1989, quando a Pennsylvania State University realizou um experimento na busca de internacionalizar a EAD, conectando grupos de estudantes do curso de graduação que estavam distribuídos no México, na Finlândia, na Estônia e nos Estados Unidos2.

DICA

IMPORTANTEPARA VOCÊ APRENDER AINDA MAIS, LEIA O LIVRO “EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA VISÃO INTEGRADA”, ACESSANDO O LINK: HTTP://WWW.ACADEMIA.EDU/5116276/UMA_VISÃO_INTEGRADA

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

1.3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL No capítulo dedicado a educação, a Constituição Federal de 1988 estabelece que “a educação é direito

de todos e dever do Estado e da família [...]”. Para garantir esse compromisso, o Governo Federal reconhece oficialmente a Educação a Distância no Brasil e decreta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei Federal no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Desde então, o Governo Federal vem direcionando esforços para que a EAD seja acessível a todos os brasileiros, conforme pode ser observado no artigo 80 da referida lei que estabelece a validade e o incentivo do Poder Público à EAD, em todos os níveis e modalidades de ensino:

“Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.

§ 1º A Educação a Distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por Instituições especificamente credenciadas pela União.

§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registros de diplomas relativos aos cursos de Educação a Distância.

§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de Educação a Distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.

§ 4º. A Educação a Distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:

I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;

III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais”8.

Com o objetivo de regulamentar o artigo 80 da LDB, o Governo Federal estabeleceu o Decreto no 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, do Ministério da Educação. Entre outras disposições, este Decreto complementa que caberá à União, a regulamentação dos requisitos para realização de exames e para o registro de diplomas relativos ao curso9.

Em 07 de Abril de 1998, o Ministério da Educação (MEC) publica a Portaria Ministerial no 301 com a necessidade de normatizar os procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância. Ainda em 1998, o Governo Federal altera a redação dos artigos 11 e 12 do referido Decreto que tratam sobre o credenciamento das instituições por meio do Decreto no 2.561 de 27 de abril. Esses Decretos de 1998 serviram de apoio para os primeiros credenciamentos de instituições de ensino, assim como os cursos superiores de graduação na modalidade a distância, porém não contemplavam os programas de pós-graduação, como mestrado e doutorado.

VOCÊ SABIA?O PRIMEIRO CURSO UNIVERSITÁRIO A DISTÂNCIA NO BRASIL FOI OFERECIDO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT). O PROJETO FOI CRIADO EM 1998 E VISAVA FORMAR PROFESSORES DA REDE PÚBLICA A DISTÂNCIA, A PARTIR DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO BÁSICA, DA 1ª À 4ª SÉRIE.

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

1.4 ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

A oferta de cursos de graduação na modalidade a distância vem crescendo anualmente no Brasil.

Anualmente, o Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa-cionais Anísio Teixeira (INEP), disponibiliza o censo sobre a educação no Brasil. Com base no levantamento de dados dos censos da educação superior correspondentes ao período de 2002 a 2012, é possível observar um aumento expressivo na oferta de cursos de graduação a distância em nosso país, que estão distribuídos entre as instituições de ensino públicas e privadas.

De acordo com Emanuelli10, somente em 2005 é que as ideias sobre EAD puderam ser melhor efetivadas, principalmente com a facilidade de acesso à informação, por meio de recursos da informática. Revogando o Decreto de 1998, surge o Decreto no 5.622 de 19 de dezembro de 2005, que estabelece que a EAD poderá ser ofertada à todos os níveis e modalidades educacionais, desde a educação básica até a educação superior em nível de doutorado, conforme pode ser visto no artigo 2o da referida Lei. Após a regulamentação do artigo 80 da LDB em 2005, várias Leis, Decretos, Portarias Ministeriais e Pareceres foram publicados no Diário Oficial da União, no sentido de regular e melhorar a legislação que rege a EAD no Brasil.

“Art. 2o. A Educação a Distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais:

I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto;

II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes;

IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:

a) técnicos, de nível médio; e b) tecnológicos, de nível superior;

V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas:

a) sequenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e e) de doutorado”11.

Atualmente, as bases legais para a modalidade de Educação a Distância continuam sendo regidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e essa modalidade é regulada pelo Decreto no 5.622, de 19 de dezembro de 2005; pelo Decreto no 5.773, de maio de 2006; pelo Decreto no 6.303, de 12 de dezembro de 2007; e pela Portaria Normativa no 40, de 12 de dezembro de 2007.

GRÁFICO 1: OFERTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA.

FONTE: MEC/INEP/DEED.

1 - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

O gráfico acima demonstra que, no ano de 2004, por exemplo, as instituições de ensino ofereceram 107 cursos de graduação na modalidade a distância, o que correspondeu a um aumento de 105,8% relativo ao ano de 2003, o maior aumento registrado no período. Em 2006, o número de cursos triplicou, chegando a 349, correspondendo a um aumento de 84,7% em relação ao ano anterior. Já em 2008, os cursos ofertados foram 647, atingindo um aumento de 58,6% em relação a 2007, e em 2009, chegaram a 844 cursos oferecidos, seguido de 30,4% de aumento em comparação com 2008.

Apesar das porcentagens de variações anuais não serem crescentes ao longo do período, observa-se a tendência de crescimento na proporção dos números de cursos oferecidos pelas instituições de ensino brasileiras. Por exemplo, em 2012, no último censo divulgado, houve um crescimento modesto de 10% em relação a 2011, mas o número de cursos chegou a 1.148, o maior registrado em todo período analisado.

Outros dados que chamam a atenção, são os números de matrículas efetuadas nos cursos de graduação a distância no mesmo período, na qual demonstra o crescente interesse por essa modalidade de ensino.

Em 2008, houve um crescimento considerável no número de matrículas efetuadas nos cursos de graduação a distância, totalizando 727.961 matrículas e correspondendo a 96,9% de aumento em relação aos dados de 2007. De acordo com o censo de 2012 do INEP, 1.113.850 cursistas foram matriculados nos cursos de graduação a distância, e houve um crescimento de 12,2% em relação ao ano de 2011.

Com base nos dados divulgados, observando as tendências, é esperado que nos próximos anos esta oferta de cursos e procura seja ainda maior.

GRÁFICO 2: MATRÍCULAS EFETUADAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA

FONTE: MEC/INEP/DEED.

PARA FIXAR!PARA APRIMORAR AINDA MAIS SEUS CONHECIMENTOS, ACESSE O SITE DO INEP EM PORTAL.INEP.GOV.BR E LEIA SOBRE OS CENSOS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL.

2AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA)

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2. AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA)

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

2. AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA)

2.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICASHoje em dia quem não tem um celular, computador, e-mail e/ou faz uso do WhatsApp, Facebook e/ou

Linkedin? O desenvolvimento da tecnologia acompanha de perto vários setores da sociedade, desde o social, econômico, pessoal e educacional. E por falar neste último, atualmente observa-se a transformação do processo educativo, a qual Silva12 chama de “transição da tradição do giz e das salas de aula do ensino presencial para a educação online”, onde os fóruns de discussão, grupos online, bate-papos virtuais, redes sociais, tais como Twitter, Facebook, Skoob, Linkedin e várias outras ferramentas são constantemente utilizadas pelos internautas no acesso a informações e nas trocas colaborativas disponíveis no ciberespaço. Assim, com tantas tecnologias disponíveis para a comunicação, aquisição e transmissão de informações, os educadores que se mantém em uma sala de aula (presencial ou virtual) apenas para transmitir as informações de forma unidirecional aos aprendizes, estão fadados ao fracasso na educação e correm o risco de os aprendizes aproveitarem o tempo do aprendizado para colocar aquele soninho em dia.

Os avanços e desenvolvimentos tecnológicos observados principalmente a partir da segunda metade do século XX foram os grandes colaboradores para o crescimento do ensino a distância no Brasil e no mundo, conforme descrito no item 1.2. Com o ritmo globalizado das informações e a crescente realização de tarefas que envolvem informação e tecnologia, a educação deixou de ser apenas uma atividade trivial, seja ela presencial ou a distância13. Com o avanço tecnológico, houve também a necessidade da mudança do perfil docente para atender a esta realidade de cursos na EAD, inclusive propondo outra forma de docência, denominada, quase que nacionalmente, de tutoria14. Esta nomenclatura é inclusive a oficializada pelos documentos que norteiam as atividades da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

O maior desafio na EAD é oferecer uma formação profissional de qualidade, adequada ao momento atual, que incorpore o ensino dos avanços tecnológicos sem o prejuízo do aprendizado. Este desafio vem sendo vencido em razão do avanço de tecnologias de informação e comunicação (TIC) (elaboração de softwares cada vez mais modernos; internet com maior velocidade e eficiência na transmissão da informação; dispositivos de interação entre tutores, cursistas e professores-formadores e gestores, aplicativos para celular, entre outros), o que permitiu o desenvolvimento dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA).

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) consiste em uma opção de mídia que está sendo utilizada para mediar o processo de ensino-aprendizagem à distância13. Essas mídias ou softwares são compostos por um conjunto de ferramentas que permitem desenvolver as atividades no tempo, espaço e no ritmo de cada participante. Em outras palavras, o AVA atua por meio de interfaces que favorecem a interação e a colaboração a distância entre os diversos atores do processo e o conteúdo a ser aprendido, incluindo ferramentas para atuação autônoma, oferecendo recursos para aprendizagem coletiva e individual15.

Segundo o Ministério da Educação, Ambientes Virtuais de Aprendizagem são:

“Programas que permitem o armazenamento, a administração e a disponibilização de conteúdos no formato Web. Dentre esses, destacam-se: aulas virtuais, objetos de aprendizagem, simuladores, fóruns, salas de bate-papo, conexões a materiais externos, atividades interativas, tarefas virtuais (webquest), modeladores, animações e textos colaborativos (Wiki).”16

As primeiras tentativas de criação de um AVA destinados à educação foram registradas na década de 1990, com a rápida evolução da internet e inovações tecnológicas. Com o surgimento da web, as transformações das tecnologias digitais e as interfaces digitais, o AVA passa a ser cada vez mais informatizado e articulado na organização de cursos e vem de encontro ao desafio às rápidas expansões da EAD. Os recursos apresentados em um AVA podem ajudar a diminuir a possível distância transicional (do ponto de vista físico e comunicativo) entre os atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem12 e, neste sentido, muitos tipos de AVA foram desenvolvidos nos últimos 10 anos, entretanto, todos eles apresentando em comum os principais componentes:

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sistemas para organizar conteúdos; acompanhar e gerenciar atividades e fornecer suporte online para os cursistas17.

Apoiar, ampliar e enriquecer os espaços de convivência, privilegiando a atividade do indivíduo na construção do conhecimento, a partir de propostas inter e transdisciplinares; oportunizar um espaço de desenvolvimento-pesquisa-ação-capacitação de forma sistemática e sistêmica, vivenciando uma aprendizagem que implique rupturas paradigmáticas; favorecer o acesso às tecnologias educacionais, aos vários agentes sociais, na perspectiva da construção do conhecimento e das competências sociais são alguns objetivos do AVA18.

Dentre os objetivos acima mencionados, destaca-se a “construção do conhecimento”. Além da flexibilidade de acesso (cada pessoa gerencia o aprendizado conforme melhor lhe convém), uma das vantagens em se manter um AVA é a forma como a informação fica alocada no ambiente, ou seja, o conhecimento é construído, destruído, refeito e passado a adiante a todo o momento19. Há uma construção coletiva contínua do conhecimento que conta com a contribuição de todas as pessoas envolvidas, adaptando o recurso didático ao contexto da aprendizagem20. Além disto, há o compartilhamento de informações para que outros usuários possam ser beneficiados, atendendo assim, os propósitos da Educação Aberta no Brasil21.

No AVA estão contidos os Recursos Educacionais Abertos (REA), ou seja, todos e quaisquer materiais digitais educacionais, disponíveis em rede online de forma livre e aberta para toda a comunidade escolar22. A estética atraente e agradável do AVA e o processo de contágio do usuário são condições indispensáveis para a sua utilização eficaz24.

“É preciso contagiar o usuário enquanto este se deixa contagiar”.

O mesmo autor ainda descreve alguns outros itens estéticos importantes na apresentação e utilização de um AVA: um ambiente limpo, com quantidade suficiente para sua compreensão, boa navegabilidade que permita um acesso rápido, padronização suficiente para reconhecer as páginas que fazem parte e aquelas que não fazem parte do ambiente e design agradável (por exemplo, lúdico com cores agradáveis). Para melhor desenvolver o conhecimento do cursista, além da estética, o AVA também tem que apresentar uma linguagem clara, ser de fácil utilização e memorização, oferecer ajuda, conter o mínimo de erros, possuir boa interatividade com o usuário, informando-o de suas ações25.

CURIOSIDADEUMA PESQUISA DE MESTRADO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE VEM SENDO REALIZADA PARA AVALIAR A UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK COMO UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM. A IDEIA SURGIU PORQUE A REDE SOCIAL APRESENTA GRANDE PARTE DOS ITENS QUE UM AVA PRECISA CONTER (FACILIDADE DE MANUSEIO, CONVERGÊNCIA DE RECURSOS AUDIOVISUAIS, CHAT, FÓRUM, DIRECIONAMENTO ATRAVÉS DE LINKS, FOTOS, SOM, VÍDEO, DENTRE OUTROS) E TAMBÉM FUNCIONA DE UMA FORMA DEMOCRÁTICA, ONDE TODOS ESTÃO LIVRES PARA PARTICIPAR, INTERAGIR E SELECIONAR OS ITENS E CONTATOS DE SEU INTERESSE, LEVANDO AO MAIOR NÚMERO DE ADEPTOS JOVENS E ADULTOS. ALÉM DISTO, REDES SOCIAIS PODEM AMPLIAR AS CONSTRUÇÕES COLETIVAS DE CONHECIMENTO, ONDE OS COAPRENDENTES (APRENDIZES, EDUCADORES, PESQUISADORES E PROFISSIONAIS) CONTRIBUEM COM NOVAS AUTORIAS DE PRODUÇÕES ABERTAS, FEEDBACK COLETIVO COMPARTILHADO E AVALIAÇÃO EM PARCERIAS FORMATIVAS, AUXILIANDO NA AUTOGESTÃO DE APRENDIZAGEM OU AUTOAPRENDIZAGEM26. OS DADOS DA PESQUISA, COLETADOS ENTRE ESTUDANTES DE UMA DISCIPLINA DO CURSO DE LETRAS, MOSTROU QUE DIARIAMENTE A FREQUÊNCIA MÍNIMA DE ACESSOS FOI DE 50%, CONSIDERADA ELEVADA, VISTO QUE A FREQUÊNCIA EM CURSOS A DISTÂNCIA NO PAÍS AINDA É UM GRANDE DESAFIO A SER SUPERADO. O APRENDIZ INTERAGE COM MAIOR FREQUÊNCIA À REDE SOCIAL, O QUE FACILITA AS ATIVIDADES POSTADAS NOS GRUPOS DE EDUCAÇÃO. A PESQUISA CONTINUA EM ANDAMENTO PELOS AUTORES SOUZA E SCHNEIDER27.

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

Você sabia que alguns outros termos também são encontrados para se referenciar ao AVA na literatura nacional? São eles: aprendizagem baseada na Internet, educação ou aprendizagem online, ensino ou educação a distância via internet. Já na literatura internacional, destacam-se: Web-based learning, online learning, Learning Management Systems, Virtual Learning Environments, e-learning, entre outros.

Apesar da imprescindibilidade do AVA nos cursos de EAD e das muitas vantagens que o mesmo oferece, como por exemplo: interação entre o computador e o cursista; a possibilidade de se dar atenção individual ao cursista; a possibilidade do cursista controlar seu próprio ritmo de aprendizagem, assim como a sequência e o tempo; a apresentação dos materiais de estudo de modo criativo, atrativo e integrado, estimulando e motivando a aprendizagem e a possibilidade de ser usada para avaliar o cursista, a interação dos participantes em qualquer processo de aprendizagem é de extrema importância28. É por meio delas que se torna possível a troca de experiências, o estabelecimento de parcerias e a cooperação.

Podemos dizer em outras palavras que de nada adianta dispormos de AVA de alta tecnologia e equipes de grande competência em cursos de EAD se o cursista não se comprometer a participar efetivamente do curso, se envolvendo em leituras, pesquisas, tarefas, atividades em geral, além de estabelecer relações com os colegas do curso e tutores. Há também a responsabilidade do tutor para que a interação aconteça e seja significativa para o processo de aprendizagem, seja por meio da resolução das perguntas e questões apontadas pelos cursistas ou indicando os caminhos para que uma atividade seja realizada14.

Os primeiros AVA foram criados para serem usados especificamente em atividades educacionais e representavam uma cópia dos modelos de aprendizagem presenciais de ensino, ou seja, eles funcionavam como verdadeiras “salas de aula virtuais'' adaptadas para o mundo digital12. Em outras palavras, o AVA continha todo o material didático e conteúdo pedagógico dos cursos, no entanto, os cursistas não passavam de meros espectadores passivos, sem nenhuma interatividade com a equipe.

A aprendizagem colaborativa entre os membros é essencial na EAD e, para que os AVA se tornem ambientes de aprendizagem colaborativa, é preciso garantir um processo cognitivo socialmente compartilhado entre seus membros29, ou seja, é fundamental estabelecer a coesão entre o grupo de atores envolvidos nos amplos processos de comunicação e interação, visando estimular a inteligência coletiva30. Desta forma, a construção colaborativa da aprendizagem pode estar apoiada nas mediações pedagógicas, nos recursos tecnológicos e nos eixos de organização dos AVA.

2.2 RECURSOS E FERRAMENTAS DOS AVADentre muitas opções de AVA que estão disponíveis para o suporte ao ensino presencial e a distância, o mais

importante é escolher aquela que dispõe de ferramentas e recursos que melhor se ajustam às necessidades e aos objetivos do programa educacional. A correta disponibilização e utilização destes recursos permite aos participantes uma melhor interação, colaboração e suporte do processo ensino-aprendizagem.

Em geral, um AVA apresenta suas funcionalidades reunidas em quatro principais grupos de ferramentas31, conforme podemos ver na figura 2.

COMUNIDADE

VIRTUAL DE

APRENDIZAGEM

ALGUNS PRINCÍPIOS DE COMPORTAMENTO QUE FAVOREÇAM A APRENDIZAGEM SÃO NECESSÁRIOS PARA QUE A SIMPLES AGREGAÇÃO ELETRÔNICA DE PESSOAS SE TORNE UMA COMUNIDADE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E OS OBJETIVOS EDUCACIONAIS SEJAM ATINGIDOS, COMO POR EXEMPLO, A CONSTRUÇÃO COLETIVA, A EXISTÊNCIA DE INTERESSE MÚTUO E REGRAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS.

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

@ Ferramentas de Gerenciamento Pedagógico e Administrativo: oferecem recursos de gerenciamento do curso (como cronograma, ferramentas disponibilizadas e inscrições), de cursistas (como relatórios de acesso, frequência no ambiente e utilização de ferramentas) e de apoio à tutoria (como inserir material didático, atualizar agenda e habilitar ferramentas do ambiente). Esta ferramenta permite fornecer ao professor-formador informações sobre a participação e o progresso dos cursistas no decorrer do curso, apoiando-os e motivando-os durante o processo de construção e compartilhamento do conhecimento.

@ Ferramentas de Documentação e Informação: oferecem suporte para a organização de um curso e são utilizadas pelo professor-formador para disponibilizar informações aos cursistas. Podem ser informações das metodologias do curso (como procedimento, duração, objetivos, expectativa e avaliação); da estrutura do ambiente (como descrição dos recursos, dinâmica do curso e agenda); informações pedagógicas [material de apoio (como guias e tutoriais) e material de leitura (como textos de referência, links interessantes e bibliografia)] e recurso de perguntas frequentes (reúne as perguntas mais comuns dos cursistas e as respostas correspondentes do professor-formador).

@ Ferramentas de Comunicação: facilitam a comunicação síncrona (comunicação realizada simultaneamente entre emissor e receptor, em tempo real) e assíncrona (comunicação que dispensa a participação simultânea do emissor e receptor, ou seja, o emissor envia uma mensagem e o receptor responde a mensagem em outro momento).

@ Ferramentas de Produção e Cooperação: permitem o desenvolvimento de atividades e resolução de problemas no ambiente, oferecendo espaço para a organização de publicação de trabalhos dos cursistas ou grupos.

A Tabela 1 mostra as funcionalidades que dão suporte às ferramentas acima mencionadas.

FIGURA 2: PRINCIPAIS GRUPOS DE FERRAMENTAS DOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM.

TABELA 1: ELEMENTOS QUE DÃO SUPORTE ÀS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM.

Hipermídias de conteúdo em HTML, Flash, ou similar; aplicações em Java; quadro de avisos conten-do informações breves de encaminhamento de atividades e novidades; catálogo de cursos e a listagem de novos cursos; agenda do curso para o controle de atividades; servidor de arquivos para inserção (diversos formatos de arquivo, tais como pdf, doc, jpg) e gerenciamento de documentos; ferramenta de ajuda como tutoriais e FAQ’s, mapa do site e sistemas de buscas; glossário; midiateca e webteca (tipo de biblioteca onde são disponibilizados arquivos em diversos formatos); portfólio (lugar para armazenamento de arquivos do cursista em relação ao desenvolvimento de seus trabalhos no curso).

Fórum (sistema de comunicação assíncrona); chat (ferramenta de comunicação síncrona); e-mail (sistema de comunicação assíncrona); ambiente colaborativo 2D (ferramenta de comunicação síncrona que integra chat e quadro para desenho); ambiente colaborativo 3D (ferramenta de comunicação sín-crona que integra chat e ambiente VRML para passeio virtual); contato com os participantes do curso (professor-formador/tutor, apoio técnico, monitor, cursistas e secretaria).

Pedagógico: Notas de trabalhos e exercícios; trabalhos e exercícios desenvolvidos; histórico de con-teúdos visitados; número de participações em fóruns e chats; grupos de trabalhos.

Administrativo: sistema para avaliação, publicação de notas e histórico de disciplinas cursadas; sis-tema de controle para cadastro e pagamentos; agenda de cursos para anotação e controle de atividades; criação e controle de cursos.

Editor online para o desenvolvedor alterar o conteúdo ou a estrutura html dos textos, das figuras e das fórmulas matemáticas de uma página dinamicamente; editor Wiki (software para o trabalho conjunto de criação de textos); diário de resolução de atividades; conjunto de atividades, tarefas e problemas; aplicativos específicos, por exemplo, laboratórios interativos.

FERRAMENTAS DO AVA

INFORMAÇÃO E

DOCUMENTAÇÃO

COMUNICAÇÃO

GERENCIAMENTO

PEDAGÓGICO E

ADMINISTRATIVO

PRODUÇÃO E

COOPERAÇÃO

ELEMENTOS

FONTE: ADAPTADO DE PEREIRA E COLABORADORES13

PRODUÇÃO E COOPERAÇÃO

COMUNICAÇÃO

DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO

GERENCIAMENTO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO

FONTE: ADAPTADO DE GONZALES31

AVA

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Cabe ressaltar que segundo Pereira e colaboradores13, um AVA pode ser composto por todos ou apenas alguns dos recursos mencionados na Tabela 1. Essa questão não torna um AVA melhor ou pior, uma vez que a escolha das funcionalidades recai sobre a qualidade e a aplicabilidade das mesmas aos objetivos almejados, entretanto, para um bom funcionamento e desenvolvimento de um AVA, alguns aspectos básicos devem ser atendidos32, sendo eles apresentados na figura 3.

2.3 MATERIAIS DIDÁTICOS E INTERFACES DOS AVANa EAD, o material didático, conhecido também como Recurso Educacional Aberto (REA), é um dos

principais recursos para viabilizar a interação entre professores-formadores e cursistas, diferente dos cursos presenciais, onde esta interação ocorre no mesmo espaço e tempo. Desta forma, o êxito do processo de ensino-aprendizagem em um AVA também está intrinsicamente relacionado ao design e a qualidade do material didático produzido13.

A tecnologia e o material didático são os únicos recursos mediadores do ensino à distância. Por esta razão, o material didático contextualizado que enfatiza a reflexão, o desenvolvimento da autonomia e a construção do conhecimento, que viabiliza a interação entre cursistas, cursistas e tutores e cursistas e professores-formadores, deve ser priorizado na educação online. O material didático passa a ser um instrumento de convergência e de articulação dos recursos e meios, dos professores-formadores, tutores e cursistas, elementos constitutivos da EAD33.

Entre os materiais didáticos utilizados na educação online, destacam-se os recursos audiovisuais (todos aqueles que permitem explorar de maneira integrada ou não imagem e som), como por exemplo, vídeo, vídeo-aula, videoconferência; programas televisivos e radiofônicos, teleconferências, CD-ROM, filmes, outdoors, letreiros, propagandas, revistas, panfletos, embalagens, fotografias e videogames. Esse tipo de material ilustra conceitos, fatos, teorias e princípios que, de outra forma, seriam apresentados de forma entediante, confusa e dispendiosa34. Permite aos cursistas vivenciar relações, processos e conceitos. Outros materiais didáticos são as páginas da internet, textos, fóruns, chats, e-books, entre outros. O importante é que todos eles atendam a diferentes lógicas de concepção, produção, linguagem, estudo e controle de tempo, bem como seja contextualizado e possibilitando o alcance dos objetivos desejados, independente das mídias escolhidas.

Algumas características dos materiais didáticos para EAD

Informação conectada de forma hipertextual: em cada parte do material se estabelecem conexões entre os conteúdos para que o cursista possa “navegar” através do mesmo sem uma ordem prefixada e, deste modo, há a maior flexibilidade pedagógica no estudo do módulo.

Hipermídia: textos, sons, gráficos, imagens fixas e em movimento tornam os materiais

FONTE: ADAPTADO DE HAGUENAUER E COLABORADORES32

FIGURA 3: PRINCIPAIS ASPECTOS QUE DEVEM SER ATENDIDOS PELAS FERRAMENTAS DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA UM BOM FUNCIONAMENTO E DESEMPENHO.

Tem que facilitar o acesso e entendimento para que os usuários obtenham êxito em suas tarefas.

Tem que separar de maneira clara quais são as obrigações do administrador e do professor, evitando sobrecarregar administrador com atividades pertínentes a outros participantes.

Tem que disponibilizar diferentes mecanismos de avaliação (controladores de páginas e números de acessos, ferramentas de avaliação de desempenho das atividades propostas, etc.)

Tem que possibilitar ao professor o arquivamento e reutilização do material produzido.

Tem que ser simples e efetiva para o sucesso da interação entre os atores do processo ensino-aprendizagem.

Tem que controlar rígidamente o sistema (matrículas dos alunos, acesso às informações). Impedir que pessoas não matriculadas (xeretas) não tenham acesso ao ambiente.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE

ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO

APRENDIZ

ADMINISTRAÇÃO DO CONTEÚDO

EFICÁCIA DAS FERRAMENTAS DE

COMUNICAÇÃO

SEGURANÇA DO AMBIENTE

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didáticos mais atrativos e motiva os cursistas, tornando-se facilitadores de processos de aprendizagem.

Interatividade com os usuários: materiais cujos cursistas escolhem a sequência de estudo dos conteúdos dos módulos, que oferecem variadas alternativas (realização de atividades, navegação na Internet, estudo do conteúdo) no processo de aprendizagem.

Linguagem dialógica: linguagem proposta nos materiais didáticos onde a participação ativa do cursista em mesmo plano de relevância em relação à participação do professor-formador é favorecida. O diálogo envolve o leitor no texto e, desta forma, há abertura para que o cursista e o tutor possam interferir no texto, complementando-o e enriquecendo-o com suas vivências e com suas pesquisas.

Linguagem icônica: são ajudas intratextuais que proporcionam “paradas na leitura” e servem para incentivar o cursista a realizar atividades de pesquisa, de fixação e de autorregulação da aprendizagem. Os ícones são utilizados para marcar, dinamizar, levar à reflexão-ação-reflexão, indicar a relação teoria-prática.

Fonte: Adaptado de Mercado e Freitas34.

Em geral, para cursos a distância, o mesmo deve incorporar atividades que facilitem uma aprendizagem ativa. São desenvolvidos modelos e guias para que os cursistas construam e elaborem por si mesmos o conhecimento que devem adquirir, questionando as ideias e conceitos oferecidos, comparando uma teoria e/ou modelos com outras, analisando e resolvendo situações problemáticas. Em outras palavras, são sugeridos problemas ou questões relacionadas à realidade do cursista, concretizando a metodologia da ação-reflexão-ação. Com isto, é fornecida ao cursista a possibilidade de uma autoavaliação do seu desempenho na aprendizagem, além de permitir a exploração de aspectos importantes do material estudado, a análise de questões polêmicas ou mesmo a delimitação dos conceitos.

2.4 O AMBIENTE VIRTUAL MOODLEMuitos AVA são utilizados no Brasil e no mundo, como, por exemplo, Teleduc, Cool, Sakay, Aulanet,

Quantum e Universite, Webct, todos eles apresentando características próprias. Entretanto, na maioria destes são encontradas as ferramentas de interatividade similares com formatos diferenciados de apresentação. Uma das formas de classificar um AVA é com base no modo de distribuição do software, ou seja, ele pode ser proprietário (empresas produzem e vendem o software, instalam na empresa contratante com um código-fonte e não permitem alterações em ferramentas e recursos) ou livre e aberto (podem ser utilizados ou instalados gratuitamente e podem ser modificados/adaptados pelos programadores), como é o caso do AVA Moodle35.

A palavra Moodle é abreviação para designar “Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment”, entretanto, em inglês o verbo moodle se refere à realização de algo com prazer, levando a pessoa ao processo de criação. Desta forma, a palavra se refere tanto à forma como o software foi feito, quanto à forma como os usuários se apropriam dele. Em 2001 foi lançada a primeira versão do Moodle, criada pelo australiano Martin Dougiamas, um educador e cientista de computação, como parte de sua tese de doutorado na Curtin University of Technology (Austrália). De acordo com a vontade do idealizador e criador, o software é gratuito e livre até hoje e vem sendo aperfeiçoado com a colaboração de uma comunidade internacional de desenvolvimento composta por técnicos, programadores e cientistas em todo o mundo36.

Para Silva37, o Moodle é um AVA que:

“[…] trabalha com a perspectiva dinâmica da aprendizagem em que a pedagogia socioconstrutiva e as ações colaborativas ocupam lugar de destaque. Neste contexto, seu objetivo é permitir que processos de ensino-aprendizagem ocorram por meio não apenas da interatividade, mas, principalmente, pela interação, ou seja, privilegiando a construção/reconstrução do conhecimento, a autoria, a produção de conhecimento em colaboração com os pares e a aprendizagem significativa do estudante.”

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Apesar de apresentar ferramentas presentes em outros AVA, por se tratar de um ambiente gratuito, ele é amplamente utilizado por várias instituições do mundo. Essas ferramentas podem ser ativadas ou desativadas conforme as necessidades do programa de ensino, dando flexibilidade na apresentação e contextualização do curso. Além disto, é possível definir módulos de aprendizagem com atividades e tarefas em formato colaborativo54.

A figura 4 e o quadro 1, dispostas abaixo, resumem as principais características do AVA Moodle.

FIGURA 4: USUÁRIOS DO MOODLE.

PROFESSOR-FORMADOR

ADMINISTRADOR

CURSISTA VISITANTE

TUTOR

É responsável pela criação e funcionamento dos cursos (cadastra, configura e gerencia os cursos disponíveis no ambiente).

É responsável pelo gerenciamento e funcionamento do ambiente (estrutura do ambiente, instalação e configuração do sistema, cadastro dos usuários).

É o usuário que realiza o curso por meio de vários recursos oferecidos no ambiente que contribuem para o seu aprendizado (realiza atividades designadas pelo tutor).

É o usuário que pode acessar o ambiente e as informações disponibilizadas na tela de abertura do sistema. pode visitar disciplinas que permitem o acesso de visitantes e ver conteúdo delas, não pode participar de atividades que valem nota.

É responsável pelo acompanhamento dos cursistas (insere tarefas, atividades, responde as dúvidas, corrige atividades e motiva a participação dos mesmos.)

FONTE: ADAPTADO DE RIBEIRO COLABORADORES33

QUADRO 1: RESUMO DAS PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DO AVA MOODLE.

- ATIVAR EDIÇÃO: serve para mudar a aparência da página inicial do curso e habilita várias opções em forma de ícones para as funcionalidades, atividades e materiais disponíveis no ambiente (excluir, editar, acessar ajuda, ocultar, mover para esquerda, mover para direita, mover para cima e mover para baixo). Também possibilita adicionar materiais, atividades e funcionalidades que não estão disponíveis no ambiente.

- CONFIGURAÇÕES: configurar os dados referentes ao curso: nome, formato (semanal, tópicos, social), data de início, duração, código de inscrição (necessário para efetuar a inscrição no curso), acessos de visitantes (livre, que possuem o código de inscrição ou não permitir acesso), configurações de apresentação no ambiente (seções escondidas, número de notícias, mostrar notas, relatórios de atividades, tamanho máximo para envio, palavra para tutor e aluno, língua).

- EDITAR PERFIL: alterar ou manter os dados no perfil do usuário.- TUTORES: incluir / excluir os tutores e monitores responsáveis por um curso. A diferença entre tutor e monitor é que o monitor não possui per-

missão de editar o ambiente.- ALUNOS: incluir / excluir alunos no curso.- GRUPOS: criar grupos no curso e manter os membros nos grupos criados.- BACKUP: fazer backup do conteúdo do ambiente e dos participantes.- RESTAURAR: recuperar os dados de um ambiente a partir de um backup realizado anteriormente.- IMPORTAR DADOS DO CURSO: importar atividades de outros cursos.- ESCALAS: incluir/excluir os critérios de avaliação a serem utilizados nas atividades do curso.- NOTAS: visualizar a relação de alunos do curso, e as notas obtidas em todas as atividades.- REGISTROS: visualizar a participação dos alunos nas atividades.- ARQUIVOS: diretório onde são armazenados os arquivos de backup, das atividades do curso e os outros diretórios criados pelo tutor.- AJUDA: disponibiliza um manual online de ajuda.- FÓRUM DOS TUTORES: espaço reservado para as discussões entre tutores e monitores.

Todos os conteúdos inseridos pelos tutores no ambiente de um curso e disponibilizados aos alunos como material de apoio e leitura para o processo de aprendizagem são chamados de materiais. No Moodle é possível disponibilizar páginas de texto nos formatos: html, texto e wiki, inserir links para arquivos ou páginas web.

Representam um dos pontos fortes do Moodle, pois há uma gama de ferramentas de comunicação e discussão (fórum, bate-papo, diálogos); de avaliação e construção coletiva (testes, trabalhos, workshops, wikis, glossários), e de disponibilização de materiais (lições, livros) ou de pesquisa (pes-quisa de opinião e questionários).

FERRAMENTAS

ADM

INIS

TRAÇ

ÃOM

ATER

IAIS

ATIV

IDAD

ES

FONTE: ADAPTADO DE RIBEIRO E COLABORADORES39

3DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

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3. DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEAAutores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

3. DINÂMICAS DE FORMAÇÃO DO PROCESSO FORMATIVO

3.1 A DINÂMICA DE FORMAÇÃONos cursos de Educação a Distância, a dinâmica de formação com a tutoria e com os demais participantes do

processo formativo é fator determinante no sucesso ou no insucesso de um curso. Essa dinâmica de formação deve ser interessante, estimulante, integrada, criativa e prazerosa, desenvolvendo em ambos os participantes um sentido de coesão e cumplicidade no processo de construção do conhecimento. Teorias modernas da aprendizagem têm mostrado que a interação é fundamental para o desenvolvimento cognitivo do aprendiz40.

Na EAD, em geral, o contato entre o professor-formador e o cursista ocorre mediante utilização de tecnologias de informação e de comunicação e o grande desafio dessa modalidade de ensino é manter os cursistas motivados, diminuindo assim as chances de evasão40.

Quando tratamos de cursistas que também exercem a função de professores, as experiências de ensino e aprendizagem se constituem em uma ferramenta que propicia, além do trabalho partilhado, o desenvolvimento de processos de reflexão sobre a ação. As experiências individuais de ensino e aprendizagem possibilitam aos professores-cursistas planejar, implementar e avaliar situações reais de ensino e aprendizagem vivenciadas em seus ambientes escolares. As experiências individuais favorecem também a construção, de maneira conjunta e colaborativa, de procedimentos a serem aplicados em sala de aula, bem como a avaliação dos resultados obtidos41. Formas interativas que propiciam convivências com novos conteúdos culturais, com pessoas de outros ambientes e com ideias e níveis de informação diversificados, parecem ser o caminho mais propício à criação de condições de integração de novos conhecimentos e de mudança ou criação de novas práticas42.

3.2 A COMUNICAÇÃO NO PROCESSO FORMATIVOA comunicação adequada entre tutor e cursista significa manter um diálogo sempre aberto e atencioso,

proporcionando reflexão e promovendo um clima harmonioso entre ambos. Uma comunicação individualizada, sempre que necessário, por meio, por exemplo, das respostas a todos os e-mails, plantão de dúvidas em chats ou participação ativa em fóruns, viabiliza a comunicação e favorece um bom relacionamento40. Diferente do modelo de aprendizagem em ambiente presencial, o Ambiente Virtual de Aprendizagem funciona com registro materializado das interações entre professor-formador, tutor e cursista. Na sala de aula virtual, os registros podem ser consultados a qualquer momento ou guardados e analisados a posteriori, trazendo importantes informações que apoiarão alterações nas práticas pedagógicas, a fim de contribuir para o efetivo processo de ensino-aprendizagem40.

A Psicologia Social chama a atenção para o fato de que professores-cursistas são pessoas integradas a grupos sociais de referência, nos quais são geradas concepções de educação e de modos de ser. Para estes professores-cursistas, os conhecimentos podem adquirir sentido ou não, podem ser aceitos ou não, incorporados ou não, em função de complexos processos, não apenas cognitivos, mas socioafetivos e culturais42.

Como o conhecimento está enraizado na vida social de todos nós, ações educacionais que tenham por objetivo criar condições de mudanças conceituais e práticas, precisam estar associadas ao meio sociocultural no qual estamos inseridos42.

3.3 O PAPEL DO CURSISTA E O PAPEL DO TUTOR NO PROCESSO FORMATIVOO papel ativo do professor-cursista na interação com as mais variadas fontes e formas de conhecimento

se revela como estruturante para o processo formativo, pois, por meio da busca ativa, o professor-cursista permite o desenvolvimento da espontaneidade, da criatividade e de senso crítico na tomada de decisão e na resolução de problemas43. Por outro lado, ao tutor é atribuída à responsabilidade de mobilização dos professores-cursistas na busca de uma investigação critica e colaborativa43. Nesse sentido, uma interação dinâmica entre ambos dependerá da eficiência do tutor e do comprometimento do professor-cursista com a construção do

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3. DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

3.4 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMASDe todas as formas de construção do conhecimento, uma das mais bem sucedidas é a Aprendizagem

Baseada em Problemas.

A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) representa uma estratégia de ensino cujo processo didático-pedagógico tem o aprendiz como centro, utilizando-se de situações-problema para estimular a construção de conhecimento e a compreensão de conceitos46.

VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE ESTE MÉTODO?

A proposta da ABP diferencia-se do simples ato de transmissão de conhecimento, já que neste método de aprendizagem, aprender é mais valioso do que ensinar43. Trata-se de uma aprendizagem para a vida, alinhada à vida profissional47. Na ABP, o ensino precisa proporcionar a construção, por parte do aprendiz, de soluções para a resolução de problemas, por meio de uma busca ativa, criativa e voluntária43. Associar a ABP a situações práticas e reais, como as vividas no ambiente de trabalho por professores-cursistas, por exemplo, pode gerar aprendizagem compartilhada, despertar o interesse pelos temas discutidos e favorecer uma aprendizagem significativa48.

A dinâmica de interação com a tutoria e demais participantes do processo formativo pode ser demonstrada a partir de um modelo de ciclo de aprendizagem proposto por Hmelo-Silver45, baseado

em situações-problema (veja a figura 6):

1ª etapa: O problema é apresentado ao cursista (Cenário Problema) pelo tutor;

2ª etapa: Os cursistas identificam quais são os principais fatores envolvidos no cenário e propõem o problema na busca de analisá-lo (Identificação de Fatores);

3ª etapa: A partir da maior apropriação dos problemas por parte dos cursistas, estes passam a propor hipóteses sobre possibilidades de resoluções (Proposição de Hipóteses);

4ª etapa: Os cursistas identificam as deficiências de informações que são importantes para a formulação das hipóteses, propostas na etapa anterior (Identificação de Deficiências de Conhecimento);

5ª etapa: A constatação de que é necessário um maior conhecimento sobre o problema mobiliza os cursistas na busca ativa de conhecimento. Em seguida, os cursistas aplicam seus novos conhecimentos e avaliam suas hipóteses com base no que eles aprenderam (Aplicação de Novos Conhecimentos);

6ª etapa: No momento do fechamento de cada situação-problema, os cursistas podem refletir sobre a base de conhecimento que os levaram a gerar hipóteses para sua resolução e sobre o conhecimento que se abstrai do problema apresentado (Abstração).

conhecimento40. Logo abaixo você poderá visualizar na figura 5 as quatro principais ações de atuação do tutor44:

FIGURA 5: AS QUATRO PRINCIPAIS AÇÕES DE ATUAÇÃO DO TUTOR NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD.

FACILITAR

- Tutores fornecem ambientes ricos,

com experiências e atividades, e incorporam

oportunidades para o trabalho colaborativo, para a resolução de problemas

e de tarefas autênticas.

- O conhecimento e as responsabilidades são

compartilhados.

CO-INVESTIGAR

- Tutores e professores-cursistas participam na investigação do conhecimento com

profissionais.

MEDIAR

- Em uma sala de aula colaborativa,

tutores devem agir como guias e

mediadores.

DESPERTAR

- Tutores devem estimular a participação ativa entre

todos os envolvidos e devem incentivá-los a contribuir com ideias, análises e conclusões.

FONTE: ADAPTADO DE HMELO-SILVER45

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3. DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEAAutores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

Devido ao seu caráter didático-pedagógico no processo de construção do conhecimento, a ABP favorece o processo de aprendizagem por meio da(o): (i) participação em simulações de processos decisórios da vida real, levando em conta tanto suas experiências, quanto a estrutura teórica em discussão; (ii) trabalho em pequenos grupos, oferecendo os elementos necessários para que seus participantes, em colaboração, encontrem a solução para determinado problema e (iii) estímulo ao interesse pela busca de soluções de forma conjunta, contribuindo para a formação do pensamento crítico dos aprendizes49;44. Na Aprendizagem Baseada em Problemas, modalidade a distância, o tutor representa um elemento essencial na construção destes cursos ao incentivar e mediar a compreensão de conteúdos por meio de desafios, apresentação de casos ou elaboração de problemas complexos, utilizando os conteúdos das disciplinas43.

FIGURA 6: CICLO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS - ABP.

FONTE: ADAPTADO DE HMELO-SILVER45

CENÁRIO PROBLEMA

IDENTIFICAÇÃO DE FATORES

PROPOSIÇÃO DE HIPÓTESES

IDENTIFICAÇÃO DE DEFICIÊNCIA DE

CONHECIMENTO

APLICAÇÃO DE NOVOS

CONHECIMENTOS

ABSTRAÇÃO

VOCÊ SABIA?APESAR DE UTILIZADO ANTERIORMENTE POR OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO, A APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS FOI INTRODUZIDA NO ENSINO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NA MCMASTER UNIVERSITY, CANADÁ, EM 1969. EM SEGUIDA, VÁRIAS ESCOLAS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PASSARAM A UTILIZAR A ABP, ENTRE ELAS ESTÃO A UNIVERSIDADE DE MAASTRICH NA HOLANDA, A ESCOLA DE MEDICINA DO SUL DE ILLINOIS NOS EUA, A FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SHERBROOKE NO CANADÁ E A RENOMADA ESCOLA DE MEDICINA DE HARVARD NOS EUA50; 51. A UNIVERSIDADE DE MAASTRICH TEM EXERCIDO IMPORTANTE PAPEL NA DIVULGAÇÃO DA ABP NO BRASIL E ATUADO AMPLAMENTE NA FORMAÇÃO DE DOCENTES BRASILEIROS, DE DIVERSAS UNIVERSIDADES. EM 2015, DAS 246 ESCOLAS MÉDICAS EXISTENTES NO BRASIL, MAIS DE 40 DESTAS ESCOLAS DECLARARAM UTILIZAR O MÉTODO ABP52.

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3. DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

Em comparação ao método de aprendizagem tradicional, aprendizes formados com base na Aprendizagem Baseada em Problemas apresentam melhores habilidades para solução de problemas53(veja a figura 7).

APRENDIZAGEM TRADICIONAL

Apresentação de um

problema

Resolução de um problema com vistas

à avaliação final

Aceitação de um problema não

contextualizado

Aprendizagem estruturada

Conclusão com a realização de

exame final

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS

Identificação de um problema (interesse,

experiência e curiosidade)

Resolução de um problema como

consequência de uma motivação real

Aceitação de um problema

contextualizado

Aprendizagem profissional resultante

de interesse, experiência e curiosidade

Conclusão com a compreensão de uma realidade profissional

Tendo como base as principais dificuldades que têm contribuído para uma significativa taxa de evasão nos cursos de EAD em todo o país (como conteúdo desinteressante; práticas insatisfatórias do tutor e dificuldade na administração do tempo, pelo cursista55), a ABP em Educação a Distância pode contribuir para a minimização desses problemas. A ABP tem potencialidades para despertar nos aprendizes maior interesse pelos conteúdos, por meio de práticas contextualizadas e concretas, permitindo uma maior interação durante o processo de resolução dos problemas43.

FIGURA 7: COMPARAÇÃO ENTRE O MODELO DE APRENDIZAGEM TRADICIONAL E O MODELO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP).

FONTE: ADAPTADO DE KOLMOS54

EM FOCOA ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO TEM SIDO APONTADA POR DIVERSOS CURSISTAS COMO UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE DIFICULDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E DE EVASÃO NA EAD. A DIFICULDADE EM ADMINISTRAR O PRÓPRIO TEMPO PARECE TER SUA ORIGEM NO EXCESSO DE ATIVIDADES NO AMBIENTE LABORAL OU PELA DIFICULDADE EM CONCILIAR ADEQUADAMENTE O TEMPO QUE SE DEDICA À SUA FORMAÇÃO COM AS OBRIGAÇÕES NO TRABALHO E FAMILIARES. NESSE SENTIDO, É IMPORTANTE DESTACAR QUE CADA APRENDIZ ASSIMILA O CONHECIMENTO DE ACORDO COM SEU RITMO PESSOAL, E POR ISSO, O TUTOR PRECISA ATUAR COMO UM FACILITADOR-MEDIADOR, ESTIMULANDO O DESENVOLVIMENTO DE TODOS, A PARTIR DAS PARTICULARIDADES DE CADA UM, DENTRO DO QUE SE ESPERA E NO TEMPO DESTINADO DE CADA ATIVIDADE43;49.

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3. DINÂMICAS DE FORMAÇÃO COM A TUTORIA E COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROCESSO FORMATIVO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEAAutores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

UM DIÁRIO DE BORDO PODE AJUDAR!

É HORA DA REVISÃO!

Diversos cursistas têm relatado que ao utilizarem um DIÁRIO DE BORDO para registrar suas atividades diárias nos cursos de formação, conseguem administrar melhor o seu tempo. O registro diário das atividades realizadas permite uma melhor compreensão de suas atividades laborais, familiares e de aprendizagem, e os conduzem a uma organização orientada para alcançar seus objetivos.

VAMOS EXPERIMENTAR?

• Neste caderno, nós aprendemos um pouco mais sobre a Educação a Distância e as cinco gerações históricas da Educação a Distância;

• Aprendemos um pouco mais sobre as políticas públicas que apoiam a educação e a Educação a Distância no Brasil;

• Vimos também que a Educação a Distância tem crescido substancialmente nos últimos anos em todo o Brasil;

• Conhecemos um pouco sobre Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), suas ferramentas e recursos, e sua importância como elemento facilitador nos cursos de Educação a Distância;

• Neste caderno, nos foi apresentado um pouco do ambiente virtual MOODLE, uma valiosa ferramenta que viabiliza a comunicação e a interação entre professores-formadores, cursistas e tutores;

• Além disso, também entendemos um pouco mais sobre a dinâmica de formação com a tutoria e a comunicação no processo formativo;

• Reconhecemos a importância do cursista e do tutor no processo formativo e identificamos as quatro ações principais de atuação do tutor na Educação a Distância;

• Conhecemos um pouco sobre o método revolucionário e inovador de Aprendizagem Baseada em Problemas e sua importância para a construção do conhecimento.

• E para encerrar, vimos que uma das principais causas de evasão na Educação a Distância é a dificuldade em administrar nosso próprio tempo, conciliando nossas atividades de aprendizado com outras atividades laborais e familiares, mas que pode ser amenizado a partir do uso frequente de um diário de bordo.

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

QUE TAL RESPONDERMOS AS QUESTÕES ABAIXO PARA FIXAR ALGUNS CONCEITOS? VAMOS LÁ?

1. Como definir Educação a Distância?

2. Você saberia apontar as cinco gerações da Educação a Distância?

3. O que são Ambientes Virtuais de Aprendizagem? Aponte os principais grupos de ferramentas dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem.

4. Como podemos descrever o ambiente virtual MOODLE?

5. Qual a importância de considerarmos o meio sociocultural na construção de novos conhecimentos?

6. Qual o papel do cursista e do tutor no processo formativo?

7. Aponte as quatro principais ações de atuação do tutor no processo de Educação a Distância.

8. Descreva o ciclo de Aprendizagem Baseada em Problemas.

9. Por que pessoas formadas com base na Aprendizagem Baseada em Problemas apresentam melhores habilidades para solução de problemas do que pessoas formadas pelo método de aprendizagem tradicional?

10. Quais as possíveis ferramentas você utilizará durante o processo de construção do conhecimento para administrar melhor o seu tempo?

ESPERAMOS QUE TENHAM GOSTADO DE SABER UM POUCO MAIS SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.

QUE TAL APLICARMOS NOSSO CONHECIMENTO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA CONHECERMOS UM POUCO MAIS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEA

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Autores: Aline Fernanda Campagna Fernandes, Diana Gonçalves Lunardi e Peterson Guerreiro Fernandes

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EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL AEA

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2. AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA)

EDUCAÇÃO AMBIENTALAEA

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