educação e geopolitica

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04/02/2011 1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA “Os números da educação no Brasil e os índices de qualidade” Prof. Ms. Ivan Claudio Guedes [email protected] • Início do séc. XX: 1ª G.M., Crise de 1929 e 2ª G.M: o processo é freado.

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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

“Os números da educação no Brasil e os índices

de qualidade”

Prof. Ms. Ivan Claudio [email protected]

• Início do séc. XX: 1ª G.M., Crise de 1929 e2ª G.M: o processo é freado.

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X

1961: URSS 1961: URSS

no espaçono espaço1969: EUA na lua1969: EUA na lua

19451945--89/91: Guerra Fria: a globalização é 89/91: Guerra Fria: a globalização é camufladacamuflada

Formada por 192 Estados soberanosFundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos.

Constituídas por seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado.

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• 1989: Queda do Muro de Berlim;

• 1991: Fragmentação da União Soviética;

“A globalização mostra a sua cara”

Anos 90: a década da globalização

APRENDER

CO

NH

ECER

FAZE

R

VIV

ER J

UN

TOS

SER

AN

TEC

IPA

R

PAR

TIC

IPA

R

DELORS, et al. (1998)Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional

sobre Educação para o século XXI

(1996)

BRENNER, et al. (2000)Conferência internacional de

transdisciplinaridade em Zurique – 2000

Função social do ensino e o mercado de trabalho

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• Art. 6. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

• Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

• Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

• Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

• Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: • I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; • II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e

o saber; • III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; • IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; • V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; • VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; • VII - valorização do profissional da educação escolar; • VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos

sistemas de ensino; • IX - garantia de padrão de qualidade; • X - valorização da experiência extra-escolar; • XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

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Estado neoliberal e educação

• ?? Menos recursos, por dois motivos principais: a) diminuição da arrecadação (através de isenções, incentivos, sonegação...); b) não aplicação dos recursos e descumprimento de leis;

• ?? Prioridade no Ensino Fundamental, como responsabilidade dos Estados e Municípios (a Educação Infantil é delegada aos municípios);

• ?? O rápido e barato é apresentado como critério de eficiência;

• ?? Formação menos abrangente e mais profissionalizante;

Santos; Andrioli (2010)

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Estado neoliberal e educação

• ?? A maior marca da subordinação profissionalizante é a reforma do ensino médio e profissionalizante;

• ?? Privatização do ensino;

• ?? Municipalização e “escolarização” do ensino, com o Estado repassando adiante sua responsabilidade (os custos são repassados às prefeituras e às próprias escolas);

• ?? Aceleração da aprovação para desocupar vagas, tendo o agravante da menor qualidade;

• ?? Aumento de matrículas, como jogo de marketing (são feitas apenas mais inscrições, pois não há estrutura efetiva para novas vagas);

Santos; Andrioli (2010)

Estado neoliberal e educação

• ?? A sociedade civil deve adotar os “órfãos” do Estado. Se as pessoas não tiverem acesso à escola a culpa é colocada na sociedade que “não se organizou”, isentando, assim, o governo de sua responsabilidade com a educação;

• ?? O Ensino Médio dividido entre educação regular e profissionalizante, com a tendência de priorizar este último: “mais ‘mão-de-obra’ e menos consciência crítica”;

• ?? A autonomia é apenas administrativa. As avaliações, livros didáticos, currículos, programas, conteúdos, cursos de formação, critérios de “controle” e fiscalização, continuam dirigidos e centralizados. Mas, no que se refere à parte financeira (como infra-estrutura, merenda, transporte), passa a ser descentralizada;

• ?? Produtividade e eficiência empresarial (máximo resultado com o menor custo): não interessa o conhecimento crítico;

• ?? Nova linguagem, com a utilização de termos com conotação política neoliberal na educação;

Santos; Andrioli (2010)

Estado neoliberal e educação

• ?? Modismo da qualidade total (no estilo das empresas privadas) na escola pública, a partir de 1980;

• ?? Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) são ambíguos (possuem 2 visões contraditórias), pois se, por um lado, aparece uma preocupação com as questões sociais, com a presença dos temas transversais como proposta pedagógica e a participação de intelectuais progressistas, por outro, há todo um caráter de adequação ao sistema de qualidade total e a retirada do Estado. É importante recordar que os PCNs surgiram já no início do 1º. mandato de FHC, quando foi reunido um grupo de intelectuais da Espanha, Chile, Argentina, Bolívia e outros países que já haviam realizado suas reformas neoliberais, para iniciar esse processo no Brasil. A parte considerada progressista não funciona, já que a proposta não vem acompanhada de políticas que assegurem sua efetiva implantação, ficando na dependência das instâncias da sociedade civil e dos próprios professores.

Santos; Andrioli (2010)

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Estado neoliberal e educação

• ?? Mudança do termo “igualdade social” para “eqüidade social”, ou seja, não há mais a preocupação

• com a igualdade como direito de todos, mas somente com a “amenização” da desigualdade;

• ?? Privatização das Universidades;

• ?? Nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determinando as competências da

• Federação, transferindo responsabilidades aos Estados e Municípios;

• ?? Parcerias com a sociedade civil (empresas privadas e organizações sociais).

Santos; Andrioli (2010)

Estado neoliberal e educação

• ?? Diante da análise anterior, a atuação coerente e socialmente comprometida na educação parece cada vez mais difícil, tendo em vista que a causa dos problemas está longe e, ao mesmo tempo, dispersa em ações locais. A tarefa de educar, em nosso tempo, implica em conseguir pensar e agir localmente e globalmente, o que carece da interação coletiva dos educadores. Além disso, a produção teórica só tem sentido se for feita sobre a prática, com vistas a transformá-la. Portanto, para que haja condições efetivas de construir uma escola transformadora, numa sociedade transformadora, é necessária a predisposição dos educadores também pela transformação de sua ação educativa e a prática reflexiva deve deixar de ser um mero discurso ou tema de seminário, ela objetiva a tomada de consciência e organização da prática.

Santos; Andrioli (2010)

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Um olhar sobre a modernidade...Um olhar sobre a modernidade...

O perigo de nossa civilização –Pertencemos a uma época cuja civilização corre o perigo de ser destruída pelos meios da civilização.

Friedrich Nietzsche (1844 -1900)

NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 272.

II Congresso Internacional de Ciênciasda Saúde, Meio Ambiente e Educação

“Reflexões sobre a geopolítica por

traz das políticas públicas em educação no

Brasil”

Prof. Ms. Ivan Claudio [email protected]