educaÇÃo ambiental nas sÉries iniciais do ensino...

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM ESCOLAS DO CAMPO DE CONTENDA KUSMAN, Regiane Aparecida 1 - TUIUTIPR ROSA, Maria Arlete 2 - TUIUTIPR Grupo de Trabalho – Educação e Meio Ambiente Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo Este artigo busca apresentar os resultados do estudo exploratório da pesquisa de mestrado em desenvolvimento sobre educação ambiental e bacia hidrográfica no âmbito das escolas do campo no Município de Contenta, Paraná. O sujeito participante desta pesquisa é o professor que atua nestas escolas, sendo objeto a dimensão ambiental das práticas pedagógicas realizadas na escola do campo localizadas na bacia hidrográfica. A pergunta que problematiza este estudo busca responder sobre como se constitui a educação ambiental a partir da dimensão ambiental da prática pedagógica deste professor em tais escolas? Considera-se que a educação ambiental é elemento de integração da modalidade educativa formal e não formal no território desta bacia, sendo que a escola pode desempenhar papel de liderança social privilegiado neste território. A preservação e proteção da água como elemento de unidade das práticas sociais é tema gerador de sensibilização e reflexão no espaço escolar, diante da realidade do campo do município. Este tema ao ser tratado como conteúdo interdisciplinar curricular, contribui para a formação do aluno, instrumentalizando para compreender a realidade socioambiental em que está inserido. Assim, considera-se a abordagem qualitativa para este estudo, sendo realizada pesquisa bibliográfica seguida da análise dos dados coletados através de entrevistas com seis professores em três escolas do campo de Contenda. Quanto aos resultados desta pesquisa ficou evidenciado que os professores tem conhecimento sobre a importância da água e da necessidade de desenvolver trabalho pedagógico a partir desta temática em sala de aula. Constatou-se que a compreensão do conceito de bacia hidrográfica não faz parte da realidade da escola e dos conteúdos pedagógicos. A diversificação das práticas educativas realizadas em sala de aula na perspectiva ambiental, assim como do tema de bacia hidrográfica precisam ser melhor compreendidos pelos professores e pela escola. 1 Mestranda em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná-UTP. Professora da rede Estadual do Paraná. Bolsista da Capes pelo Observatório da Tuiuti do Paraná. E-mail: [email protected] 2 Professora adjunta do Programa de Pós Graduação, Mestrado e Doutorado da Universidade Tuiuti do Paraná; pós doutoranda do Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná e Titular do Conselho Estadual de Educação do Paraná. E-mail: [email protected]

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL EM ESCOLAS DO CAMPO DE CONTENDA

KUSMAN, Regiane Aparecida1 - TUIUTIPR

ROSA, Maria Arlete2 - TUIUTIPR

Grupo de Trabalho – Educação e Meio Ambiente

Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo Este artigo busca apresentar os resultados do estudo exploratório da pesquisa de mestrado em desenvolvimento sobre educação ambiental e bacia hidrográfica no âmbito das escolas do campo no Município de Contenta, Paraná. O sujeito participante desta pesquisa é o professor que atua nestas escolas, sendo objeto a dimensão ambiental das práticas pedagógicas realizadas na escola do campo localizadas na bacia hidrográfica. A pergunta que problematiza este estudo busca responder sobre como se constitui a educação ambiental a partir da dimensão ambiental da prática pedagógica deste professor em tais escolas? Considera-se que a educação ambiental é elemento de integração da modalidade educativa formal e não formal no território desta bacia, sendo que a escola pode desempenhar papel de liderança social privilegiado neste território. A preservação e proteção da água como elemento de unidade das práticas sociais é tema gerador de sensibilização e reflexão no espaço escolar, diante da realidade do campo do município. Este tema ao ser tratado como conteúdo interdisciplinar curricular, contribui para a formação do aluno, instrumentalizando para compreender a realidade socioambiental em que está inserido. Assim, considera-se a abordagem qualitativa para este estudo, sendo realizada pesquisa bibliográfica seguida da análise dos dados coletados através de entrevistas com seis professores em três escolas do campo de Contenda. Quanto aos resultados desta pesquisa ficou evidenciado que os professores tem conhecimento sobre a importância da água e da necessidade de desenvolver trabalho pedagógico a partir desta temática em sala de aula. Constatou-se que a compreensão do conceito de bacia hidrográfica não faz parte da realidade da escola e dos conteúdos pedagógicos. A diversificação das práticas educativas realizadas em sala de aula na perspectiva ambiental, assim como do tema de bacia hidrográfica precisam ser melhor compreendidos pelos professores e pela escola.

1 Mestranda em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná-UTP. Professora da rede Estadual do Paraná. Bolsista da Capes pelo Observatório da Tuiuti do Paraná. E-mail: [email protected] 2 Professora adjunta do Programa de Pós Graduação, Mestrado e Doutorado da Universidade Tuiuti do Paraná; pós doutoranda do Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná e Titular do Conselho Estadual de Educação do Paraná. E-mail: [email protected]

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Palavras-chave: Educação Ambiental. Bacia Hidrográfica. Escola

Introdução

Esta reflexão busca apresentar os resultados do estudo exploratório da pesquisa de

mestrado em desenvolvimento tendo como tema a relação entre educação ambiental e bacia

hidrográfica no âmbito das escolas do campo no Município de Contenta, Paraná.

O sujeito participante desta pesquisa é o professor que atua nestas escolas, sendo

objeto a dimensão ambiental das práticas pedagógicas realizadas nas escolas do campo

localizadas na bacia hidrográfica deste Município. A pergunta de pesquisa colocada para a

investigação busca responder sobre como se constitui a educação ambiental a partir da

dimensão ambiental da prática pedagógica deste professor em tais escolas?

Considera-se que a educação ambiental é elemento de integração da modalidade

educativa formal e não formal no território desta bacia, sendo que a escola pode desempenhar

papel de liderança social privilegiado neste território. A preservação e proteção da água como

elemento de unidade das práticas sociais é tema gerador de sensibilização e reflexão no

espaço escolar, diante da realidade do campo do Município.

Este tema ao ser tratado como conteúdo interdisciplinar curricular, poderá contribui

para a formação do aluno, na medida em que fornece elementos para o desenvolvimento da

compreensão sobre a realidade socioambiental em que está inserido.

Assim, escolheu-se a abordagem qualitativa para este estudo, sendo realizada uma

pesquisa bibliográfica seguida da pesquisa de campo que aconteceu no primeiro semestre de

2013, através de entrevistas com seis professores, em três escolas do campo de Contenda, a

Escola Rural Municipal Nossa Senhora das Graças; Escola Rural Municipal Rui Barbosa e

Escola Rural Municipal Senhor Bom Jesus.

Como resultado de análise dos dados ficou evidenciado que os professores têm

conhecimento sobre a importância da água e da necessidade de trabalho pedagógico com esta

temática em sala de aula. Constatou-se que a compreensão do conceito de bacia hidrográfica

não faz parte da realidade da escola e dos conteúdos pedagógicos. A diversificação das

práticas educativas realizadas em sala de aula na perspectiva ambiental e da bacia hidrográfica

precisam ser melhor compreendida pelos professores e pela escola.

Este artigo está organizado em cinco tópicos que tratam inicialmente da água e bacia

hidrográfica no Brasil; Contenda no contexto da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu; educação

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ambiental: dimensão ambiental da prática pedagógica dos professores das escolas do campo

de Contenda, e as considerações finais.

Água e Bacia hidrográfica no Brasil

Para Czapski (2008, p. 14) o Brasil possui “12% de toda a água doce do planeta

Terra”. Também, conta com inúmeras Bacias Hidrográficas e dois dos maiores Aquíferos3 do

mundo: o Aquífero Guarani (que abrange oito estados brasileiros mais Uruguai, Paraguai e

Argentina) e o Aquífero Alter do Chão na região Amazônica, sendo considerada a maior

floresta fluvial do mundo, áreas alagadas como o Pantanal Mato Grossense, inúmeros rios

espalhados por todo o território brasileiro.

Mesmo apresentando uma situação privilegiada em relação ao restante do mundo, no

Brasil constata-se ainda a má distribuição da água, nas regiões brasileiras que de acordo com

Cpazski (2008, p. 13) esta configurada em “68% para a região Norte; 16% para o Centro-

Oeste; 13% para o Sudeste e Sul e apenas 3% para a região Nordeste, evidenciando a

escassez de disponibilidade água para esta região”.

Pode-se perceber que a maior concentração de água no Brasil está situada na região

Norte do país e a menor na região nordestina que sofre com a escassez de água gerando

inúmeros transtornos a população como um todo.

O problema da escassez da água advém de fatores como o aumento da demanda

populacional, mudanças climáticas, ausência de políticas públicas, desperdício, poluição,

entre outras.

Conforme dados da Agência Nacional da Água- ANA (2009, p. 11) a distribuição da

água, de acordo com as demandas consultivas por finalidade de uso no Brasil, apresenta o

setor de irrigação com 47%; industrial com 17%; urbano com 26%; animal com 8% e rural

2%.

Assim, os setores de irrigação, animal e rural ao serem agregados como território de

aproximação, evidencia que 57% da demanda de água distribuída esta concentrada em

atividades desenvolvidas por estes setores. Fato indicativo de que as principais atividades

econômicas são desenvolvidas no contexto do campo brasileiro, destacando-se em relação ao

industrial e urbano com 43% do total desta distribuída da água.

3 Aquífero é um conjunto de rochas que ficam bem abaixo do chão que pesamos e são cheias de poros e fissuras, onde a água se acumula. CZAPSKI (2008, p. 14)

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O uso inadequado dos recursos hídricos, associado à distribuição da água, como no

setor da agricultura, somada com a necessidade de consciência ambiental no uso racional da

água poderão causar sérios problemas aos países, incluindo o Brasil.

A água como bem público, atualmente é considerada por determinados segmentos da

sociedade como mercadoria, transformando-se em um grande negócio. A gestão de

governança da água requer de ações que possam garantir a água como um instrumento de

política pública, de inclusão social, de saúde e de direitos humanos, visando a sustentabilidade

da vida no planeta.

Assim, compreender a bacia hidrográfica como princípio norteador de políticas

públicas contribui no processo educativo e de cidadania ambiental. A educação compõe este

conjunto de políticas publicas, podendo exercer um papel de mediação de tais políticas a

partir da escola como liderança social neste território hídrico em que está inserida.

Neste sentido, a escola poderá construir possibilidade de boas práticas educativas

socioambientais, buscando sensibilizar o coletivo escolar de gestores, professores e alunos. A

compreensão pela escola deste princípio norteador na sua gestão, visando estabelecer pontes

com a comunidade no entorno deste espaço escolar, possibilitará desenvolver práticas sociais,

através de ações educativas formais e não formais de proteção e preservação da água, dos rios

e da bacia hidrográfica.

Alguns autores contribuem para ampliação desta compreensão de bacia hidrográfica

como Mota (1995, p. 107) que considera como “uma área geográfica que drena suas águas

para um determinado recurso hídrico”.

Para compreensão dos elementos constitutivos da bacia hidrográfica, pode-se adotar

um conceito simplificado de entendimento a partir do seu principal rio, como ponto central

para onde convergem todos os seus afluentes e os remanescentes de todas as atividades ali

desenvolvidas, sendo que convergem em uma única saída, chamada de ponto exutório4 da

bacia hidrográfica.

Porto (2008, p.3) complementa o entendimento sobre bacia hidrográfica como “um

ente sistêmico, é onde se realizam os balanços de entrada proveniente da chuva e saída de

água através do exutório, permitindo que sejam delineadas bacias e sub-bacias, cuja

interconexão se dá pelos sistemas hídricos”.

4 Ponto de um curso d'água onde se dá todo o escoamento superficial gerado no interior da bacia hidrográfica banhada por este curso. (Dicionário Livre de Geociências).

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Para a autora, as atividades humanas são desenvolvidas no espaço geográfico definido

como território da bacia hidrográfica. Sendo tal espaço constituído de acordo com Porto

(2008, p. 3) por “todas as áreas urbanas, industriais, agrícolas ou de preservação fazem parte

de alguma bacia hidrográfica, o que ali ocorre é consequência das formas de ocupação do

território e da utilização das águas que para ali convergem”.

Para delimitação da bacia hidrográfica considera-se os pontos mais altos do relevo,

como morros, montanhas, serras, chamados divisores de águas. Como a água das muitas

nascentes, córregos, chuvas, tendem a correr para os declives no caminho das águas formando

rios secundários que desembocam no rio principal num ponto mais baixo da paisagem.

Para Machado (2002, p. 165) a bacia hidrográfica “contêm, portanto, uma grande

diversidade de ambientes, onde se desenvolvem diferentes atividades econômicas, as quais

exercem uma influência direta na vegetação, nos solos, na topografia, nos corpos d'água e na

biodiversidade em geral”.

Neste sentido, a bacia hidrográfica é um sistema complexo em sua sustentabilidade,

pois interage com todas as atividades em seu entorno pela dependência dos organismos vivos

de suas águas. Preservar a bacia hidrográfica é proteger a fauna, a flora, a qualidade da água

consumida por todos os seres da natureza para garantia e manutenção da vida no planeta.

A bacia Hidrográfica de acordo com esta Política é a unidade de planejamento e

gestão, sendo neste território hídrico onde ocorrem todas as interdependências com os meios

ambientais sejam físico, biótico e antrópico5, com sua teia de relações complexas. Fato que

implica em determinantes significativos para sua proteção diante dos riscos de sua

degradação.

A Política de Recursos Hídricos no Brasil, estabelecida pelo Conselho Nacional de

Recursos Hídricos – CNRH (Resolução CNRH, nº32, 2003), representativo dos diferentes

setores da sociedade, sendo que o território brasileiro está estruturado em 12 regiões

hidrográficas conforme se observa na (Figura 1).

5 Resultante basicamente da ação do homem (diz-se de solo, erosão, paisagem, vegetação etc.). (Dicionário Online de Português).

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Figura 1- Bacias Hidrográficas Brasileiras Fonte: www.rededasaguas.org.br

Contenda no contexto da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu

No Paraná de acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (2004) são 16

bacias hidrográficas, dentre as quais está a Bacia do Alto Iguaçu, que será foco deste estudo.

A Bacia do Alto Iguaçu, desde suas cabeceiras, situadas nos contrafortes ocidentais da

Serra do Mar, até as corredeiras situadas no município de Porto Amazonas, compreende uma

área parcial de 3.638 km². Corresponde a menos de 2% do território paranaense e concentra

mais de 28% da população do Estado.

A Bacia do Alto Iguaçu compreende territórios de 18 municípios, correspondendo a

cerca de 40% da área total e de 95% da população destes municípios- 4 deles (Balsa Nova,

Curitiba, Fazenda Rio Grande e Pinhais, Contenda) totalmente inseridos no Alto Iguaçu,

conforme é observado na (Figura 2).

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Figura 2- Região Metropolitana de Curitiba que pertencem a Bacia do Alto Iguaçu

Fonte: Águas do Paraná (2012)

Para gerenciar os recursos hídricos foram criados comitês das bacias estaduais

previstos na Lei 12.726/99, e foram regulamentados pelo Decreto Estadual 2.315/2000.

A Bacia do Rio Iguaçu possui dois Comitês de Bacia já instalados. O Comitê das

Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira foi instituído pelo Decreto nº 5.878, de 13

de dezembro de 2005. A Deliberação N° 01/2006 do Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e

Afluentes do Alto Ribeira criaram a Câmara Técnica para Acompanhamento da Elaboração

do Plano de Bacia do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira.

No total dos 18 municípios compõem a Bacia do Alto Iguaçu, e 37% da área está

dentro da região hidrográfica dividindo-se em 39 sub-bacias, conforme observa-se na (Figura

3).

Figura 3- Sub-bacias do Alto Iguaçu Fonte: Águas do Paraná (2012)

As sub-bacias do Alto Iguaçu recebem problemas de uma região com quase três

milhões de pessoas, dentre os quais, contaminação, poluição dos mais variado tipos, devido as

ocupações irregulares, esgotos domésticos, etc.

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Fazer educação ambiental na escola, enfatizando a importância de preservar as Bacias

Hidrográficas, possibilita a criação de atitudes conscientizadoras sobre a água como um

recurso vital aos seres vivos. Portanto a escola nesse aspecto tem fundamental importância no

processo ensino-aprendizagem do aluno nas questões que envolvem o meio ambiente.

Dentro deste contexto o município de Contenda tem como caracterização a localização

na Sub Bacia do Alto Iguaçu. Também faz parte do primeiro planalto de Curitiba, compondo

a região metropolitana e está bem próximo da Capital de Estado, cerca de 40 km. O município

é atravessado pela BR 476 e tendo como limites os municípios de: Balsa Nova e Araucária ao

Norte, Quitandinha e Lapa ao Sul, Mandirituba.

O território do município de Contenda compreende cerca 344,758 km2 e sua

população gira em torno de 16.550 habitantes. Na (Figura 5) observa-se a vista área da cidade

de Contenda.

Figura 5- Vista área da cidade de Contenda. Fonte: http://www.citybrazil.com.br/conten

De acordo com Rocha (2012, p. 20) “cinquenta e oito por cento de sua população

reside no perímetro urbano do município”. A zona rural do município é compreendida, em sua

maior parte, de lavouras e de famílias de produtores rurais. Alguns das principais

comunidades rurais de Contenda são Catanduvas do Sul, Campestre, São Pedro e Serrinha.

A cidade está inserida na Bacia do Alto Iguaçu e tem como microbacia o rio Izabel

Alves. O município Contenda tem sua economia baseada na agricultura onde se cultiva

principalmente hortaliças, milho, batata-inglesa, soja, cebola, feijão, trigo, e, frutas como:

caqui, pêssego, uva, pera, entre outros.

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A cidade também se destaca na criação de aves, bovinos, suínos, ovinos, equinos,

caprinos, coelhos, etc.

A dependência a água é determinante para o desenvolvimento da agricultura e da

pecuária. Fato que justifica práticas educativas para sensibilizar a população para preservar os

recursos hídricos do município de Contenda.

Assim, destaca-se a contribuição da escola como liderança social ativa na formação do

aluno como sujeito participante e ativo com condições de atuar na realidade socioambiental

do Município. A prática pedagógica do professor na perspectiva ambiental é determinante

dentro ou fora de sala de aula e da escola como incentivo para que o aluno adquira, no seu

processo ensino aprendizagem, conteúdos e saberes socioambientais de compromisso com a

preservação e proteção ambiental no contexto da realidade do campo, assim como das

atividades produtivas que desenvolvem.

Esta prática pedagógica enquanto prática educativa é compreendida por uma

ideia que é possível entender, explicar e intervir de uma forma mais rigorosa, objetiva e científica nos processos de ensino/aprendizagem, de modo que o conhecimento adquirido pela investigação possa regular a prática, mediante a preparação científica dos professores/as, a elaboração também científica do currículo e a organização e gestão eficaz da escola. (SACRISTÁN, 1998, p. 82)

Reigota (1994, p. 24) afirma que “a escola é um dos locais privilegiados para a

realização da educação ambiental, desde que dê oportunidade à criatividade”.

Nesse sentido sendo a escola uma instituição de formação de pessoas considera-se a

importância de se buscar introduzir metodologias, recursos didáticos, visando inovar no

trabalho pedagógico de educação ambiental.

A abordagem de Gohn contribui para a compreensão do ensino da educação ambiental

ao tratar das modalidades educativas formal, não formal e informal ao afirmar que:

a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização - na família, bairro, clube, amigos etc., carregada de valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados: e a educação não-formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianas. (GOHN, 2005, p. 2)

Considera-se que a educação formal e não formal são complementares, contribuindo a

formação do cidadão, na perspectiva da sustentabilidade socioambiental.

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Educação ambiental: dimensão ambiental da prática pedagógica dos professores das

escolas do campo de Contenda

Têm-se como local de pesquisa as três escolas do campo do município de Contenda

que estão localizadas nas bacias dos rios, Rio Santo Antônio, Rio do Turvo e Ribeirão das

Gralhas.

O rio Santo Antônio está localizado nas imediações da Escola Rural Municipal Rui

Barbosa. Esse rio atravessa a Br-476, bem como a comunida do Pedro Machado. Tem

importância econômica já que existem muitas plantações ao redor da escola, bem como

depósitos de batatas que utilizam de sua água para lavar a mercadoria.

O Rio Turvo está localizado na comunidade de Campestre, onde está situada a Escola

Rural Municipal Senhor Bom Jesus. Também tem grande importância econômica, pois esta

comunidade é uma grande produtora de milho e feijão.

O Rio Ribeirão das Gralhas está localizado na comunidade de Catanduvas do Sul,

considerada um distrito da cidade de Contenda. Esta localidade é essencialmente agrícola e

faz fronteira com o município de Araucária.

As três escolas descritas fazem parte de comunidades agrícolas que tem na lavoura seu

principal meio de subsistência. Portanto a água é um dos elementos indispensáveis para o

cultivo de vários alimentos que são produzidos nessas regiões, como, feijão, batata, milho,

soja, hortaliças, cebola, frutas, etc.

Para a realização da pesquisa utilizou-se a abordagem qualitativa que segundo

afirmação de Chizzotti (1991),

o conhecimento não se reduz a um rol de dados isolados, conectados por uma teoria explicativa; o sujeito observador é parte integrante do processo de conhecimento e interpreta os fenômenos, atribuindo-lhes um significado. O objeto não é um dado inerte e neutro; está possuído de significados e relações que sujeitos concretos criam em suas ações. (CHIZZOTTI,1991, p. 79)

Para Minayo (1993, p. 107) a entrevista aberta “é uma conversa a dois, feita por

iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer informações pertinentes a um objeto de

pesquisa”.

As entrevistas foram realizadas seguindo um roteiro com sete questões abertas, em que

seis professores, sujeitos desta pesquisa, passaram a se manifestar sobre o conhecimento a

respeito da bacia hidrográfica.

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Os critérios adotados para a escolha dos sujeitos de pesquisa foram, maior tempo de

atuação na escola e por conhecer melhor a comunidade local.

Os relatos das seis professoras foram analisados, sistematizados em Quadros Síntese,

seguida de análise dos dados. As professoras foram identificadas como: P (professora) +

número (1 a 6).

O perfil dos sujeitos desta pesquisa se caracteriza por serem professores, em sua

totalidade do sexo feminino, com formação em Pedagogia. Na Escola Rural Municipal Rui

Barbosa as duas professoras não moram na comunidade onde a escola está localizada. Já na

Escola Rural Municipal Senhor Bom Jesus as duas professoras entrevistadas moram na

comunidade. Na Escola Rural Municipal Nossa Senhora das Graças às duas professoras

entrevistadas são da comunidade local.

Os dados coletados foram organizados em quadros síntese onde as respostas foram

sistematizadas para efeito didático de apresentação dos resultados da pesquisa conforme se

observa no (Quadro 1) sobre a compreensão do conceito Bacia Hidrográfica.

ESCOLA RESPOSTAS

ESCOLA A P1: Local onde se concentra uma grande quantidade de água P2: É como diz o nome, uma Bacia que junta muita água e que depois abastece os rios

ESCOLA B P3: Lugar com muita água P4:Concentração de muita água

ESCOLA C P5: Lugar onde os rios deságuam P6: Lugar onde a água é represada pela natureza

Quadro 1- Compreensão sobre Bacia Hidrográfica Fonte: Autoria da pesquisadora, 2013

A bacia hidrográfica de acordo com Czapski (2008, p. 14) “é uma área da superfície

terrestre que alimenta uma rede de rios, delimita-se pelos pontos mais altos do relevo, e toda

água desemboca em um ponto mais baixo da paisagem”.

As respostas das professoras evidencia a compreensão a respeito da bacia hidrográfica

é interessante, porque todas mencionaram que é um local com muita água.

A segunda questão referiu-se a que bacia hidrográfica a cidade de Contenda está

inserida e nenhuma professora soube responder, o que é preocupante, já que o professor é o

mediador do conhecimento em sala de aula e tem o dever de conduzir o processo ensino-

aprendizagem do aluno.

A resposta das professoras evidencia a falta de cursos de capacitação referentes à

educação ambiental como um todo, e, no caso dos recursos hídricos o que é trabalhado em

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sala de aula ainda é muito limitado, tratando de questões como ciclo d’água, estados físicos da

água, importância da água, etc.

A terceira pergunta conforme o (Quadro 2), trata dos recursos hídricos e sua

importância.

ESCOLA RESPOSTAS

ESCOLA A P1: Deixar uma herança para nossas futuras gerações P2: Água é fonte de vida, por isso temos que preservá-la

ESCOLA B P3: Ninguém vive sem água, esse elemento é fundamental a vida P4: Água é vida, saúde, por isso temos que cuidar

ESCOLA C P5: Água é um bem precioso, indispensável á vida P6: Foi água que se iniciou a vida

Quadro 2- A importância dos recursos hídricos Fonte: autoria da pesquisadora, 2013

Conforme as respostas acima à importância da água esta em ser um elemento

indispensável à vida dos seres vivos.

A preservação da água requer planejamento que favoreçam principalmente a

conservação ambiental de modo sustentável. Na declaração Universal dos Direitos Humanos

da Água citado no livro intitulado Rio limpo: a intervenção da escola no curso do rio,

destacando-se alguns três artigos:

Art. 1º A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região,cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 5º A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art.7º A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. (BOCHNIAK, IHLENFELD, TORRES,2002,p. 49)

O Conselho Nacional dos Recursos Hídricos enfatiza por meio da lei 9433 de 1987

que “as bacias hidrográficas tornaram-se a base da gestão do uso sustentável das águas”.

A lei prevê também a formação de comitês de Bacia em cada Bacia Hidrográfica do

país, compostos por representantes de diferentes setores- governo, sociedade, empresas,

agricultores, etc.

Por meio de reuniões, são feitos estudos das situações e tomadas às decisões que

garantam os direitos dos cidadãos em relação à água.

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Ressalta-se também a Agenda 21 constituída na ECO 92- onde 192 países assinaram

um termo de compromisso- que dedica o capítulo 18 exclusivamente aos cuidados da água,

intitulado “Proteção da Qualidade e do Abastecimento dos Recursos Hídricos: Aplicação de

Critérios Integrados no Desenvolvimento, Manejo e Uso dos Recursos Hídricos”

(Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1996, p. 331).

Na quarta questão, conforme o (Quadro 3) as professoras relataram sobre suas

práticas educativas.

ESCOLA RESPOSTAS

ESCOLA A P1: já fiz visitas a Sanepar, maquetes vídeos, exercícios, etc. P2: visitei um rio com os alunos e abordei a questão da poluição

ESCOLA B P3: diálogo, atividades em sala, aulas de campo, etc. P4:maquetes, cartazes, livros de história, charges, etc.

ESCOLA C P5: utilizei lixo reciclável, visitei o rio principal da cidade, etc. P6:aulas expositivas, lúdico, visita a rios, trabalhos com lixo reciclável, etc..

Quadro 3- As práticas educativas realizadas em sala de aula referentes aos recursos hídricos Fonte: Autoria da pesquisadora, 2013

A prática educativa de maneira diferenciada depende muito da maneira como o

professor interage em sala de aula.

Segundo Vasconcelos (1993, p.42) “deve-se possibilitar o confronto de conhecimentos

entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa penetrar no objeto, compreendê-lo em suas

relações internas e externas captar-lhe a essência”.

Nessa interação, o aluno por sua ação e pela mediação do professor, apropria-se e,

efetivamente, constrói para si o conhecimento, estabelecendo uma série de micro relações

entre as diversas partes do conteúdo e de macro relações do conteúdo com o contexto social.

Dentro da sala de aula o professor deve agir criativamente estimulando o aluno a

realizar as atividades mentais dentro do processo ensino-aprendizagem.

O que diferencia a mediação pedagógica é a relação entre teoria e prática. O professor

deve tentar associar a vida do aluno com situações cotidianas.

Para isso o professor pode utilizar maneiras diferentes de trabalhar em sala de aula,

como técnicas pedagógicas, que são elementos dentro do processo de mediação.

Alguns exemplos de técnicas pedagógicas são as mídias, softwares, pesquisa na

biblioteca, na internet, aulas práticas, fóruns, etc.

Na quinta pergunta os professores responderam a respeito de cursos específicos sobre

recursos hídricos e todas as professoras responderam que nunca tiveram cursos nessa área.

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A formação do professor é essencial para a prática educativa pois é um processo que

possibilita ao professor o desenvolvimento de práticas educativas que melhoram o trabalho

docente.

A concepção de formação continuada segundo Nóvoa (1995, p. 17) “é um campo

decisivo para as possíveis mudanças, já que não se forma apenas profissionais, mas produz-se

uma profissão”.

De acordo com o autor a formação continuada permite a aquisição de novos saberes,

trocas de conhecimentos, que permitem ao professor repensar na sua prática educativa e de

construir novas competências no processo ensino-aprendizagem.

Na sexta questão as professoras responderam sobre o principal rio da cidade citando se

sabiam do nome dele, e todas responderam Rio Izabel Alves.

Segundo Rocha (2012, p. 34) este rio “é o maior e mais importante curso de água

genuinamente contendense. Nasce da junção de outros pequenos córregos e de suas próprias

nascentes no lugar Lagoa das Almas”.

Conforme as respostas das professoras percebe-se que estas já realizaram práticas

educativas de visita ao principal rio da cidade, destacando-se que as aulas de campo são muito

importantes para o aprendizado dos alunos, e, no caso da temática da água é interessante

abordar o principal rio da cidade, explorando suas principais características.

Na sétima questão conforme o (Quadro 4) tratou-se sobre a proveniência da água que

abastece a cidade.

ESCOLA RESPOSTAS

ESCOLA A P1: Poços Artesianos P2: Rio Izabel Alves

ESCOLA B P3: Dos rios da cidade P4: Do Aquífero Guarani por meio de poços artesianos

ESCOLA C P5: Dos rios P6: De poços artesianos

Quadro 4- De onde vem à água que abastece a cidade Fonte: Autoria da pesquisadora, 2013

Das seis professores entrevistadas, três responderam que a água que chega às torneiras

das casas da cidade provenientes de poços artesianos, o que é verídico.

Uma das professoras mencionou nas perguntas anteriores que já fez visita a Sanepar

(Companhia de Saneamento do Paraná). Nessas visitas os técnicos explicam que a maior parte

da água que abastece a cidade vem de poços artesianos do Aquífero Guarani.

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Considerações Finais

Este estudo exploratório a partir de sistematização bibliográfica e dos dados coletados

nas três escolas do campo do município de Contenda contribuiu para ampliar a compreensão

destas pesquisadoras em relação ao objeto de pesquisa colocado neste estudo.

Como questão de problematização para este estudo, considerou-se a constituição da

educação ambiental a partir da dimensão ambiental da prática pedagógica dos professores.

Assim, como conclusões deste estudo exploratório verifica-se que os professores

consideram o tema da água importante para ser tratado nas atividades de sala de aula.

Também disseram que esta temática é pouca explorada nas atividades escolares, enfatizando

que bacia hidrográfica não faz parte dos conteúdos trabalhados na escola.

Quanto à temática de educação ambiental, os professores destacaram como causa dos

atuais problemas com o meio ambiente, o modo como a sociedade contemporânea está

vivendo. Fato que tem causado grandes impactos ambientais, com situações irreversíveis de

degradação ambiental com consequências planetárias, a exemplo dos riscos decorrentes dos

problemas relacionados ao lixo, poluição do solo, do ar, da água, etc.

Destaca-se a relevância desta reflexão os aspectos ambientais relacionados a educação

no contexto da bacia hidrográfica, tendo em vista que o município de Contenda, tem na

agricultura sua principal atividade econômica, dependendo diretamente da água para que

tenha êxito e desempenho econômico e geração de renda.

Ao se tratar da gestão da água a partir da bacia hidrográfica como tema estruturante de

educação ambiental como conteúdo pedagógico nas escolas campo de Contenda. Busca-se

aproximar o aluno da sua realidade socioambiental local, do seu cotidiano de trabalho e das

suas condições de vida. A educação ambiental poderá contribuir como prática social

transformadora desta realidade do campo dos alunos, como sujeito ativo na formação das

futuras gerações deste Município, tendo a água como valor de compromisso integrador de

preservação na relação com a família e comunidade.

As três escolas do campo escolhida para este estudo, com aproximadamente 200

alunos, podem se constituir como liderança social significativa no território da bacia

hidrográfica em que estão inseridos. Estes alunos, também, poderão desenvolver seu potencial

como sujeitos socioambientais ativos, de modo a se tornarem agentes ambientais da

comunidade escolar e intervir na sua comunidade.

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Através deste estudo exploratório da pesquisa em desenvolvimento, buscou-se

construir elementos de análise sobre o tema de educação ambiental e bacia hidrográfica no

espaço escolar, visando compreender os determinantes da prática pedagógica do professor na

dimensão ambiental.

Como resultados desta pesquisa de enfoque exploratório, buscar-se-á dar continuidade

a partir da manifestação dos professores, de ações educativas ambientais formais e não

formais no âmbito do espaço escolar. Para tanto será elaborado um plano de ação que

resultará em intervenções nas atividades pedagógicas de sala de aula, na construção de

materiais pedagógicos que abordem conteúdos com a temática ambiental, água e bacia

hidrográfica.

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