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1 RP Alternativo Nova turma, novos desafios e conquistas. A cada semestre tenho a oportunidade de descobrir as habilidades de cada aluno, identificar quem tem mais facilidade para escrever, quem busca melhorar. Mas a melhor das descobertas é vê-los se conscientizando da importância do “saber redigir” para o exercício da profissão e que todo profissional deve saber se expressar de forma adequa- da, objetiva e clara. Em especial, os relações públicas, já que co- nhecem tão bem o valor de cada público para uma organização. Ao final do semestre, quando finalizamos a revista, fica a satis- fação de, mais uma vez, ver o produto final, totalmente elabora- do pelos alunos, sendo distribuído para estudantes, professores, profissionais, universidades e órgãos de classe. É recompensador receber e-mail´s e cartas de várias partes do Brasil reconhecendo a importância de manter uma publicação la- boratório de Relações Públicas, com regularidade por 11 anos, principalmente em uma universidade com tantas dificuldades fi- nanceiras e estruturais como a nossa. Na entrevista desta edição, a coordenadora do Curso de Co- municação Social da UFMA, profa Luciana Jerônimo, fala de seus planos para a coordenação. No artigo, o prof. Protásio dos Santos nos leva a refletir sobre o papel do Relações Públicas na busca do bem-comum. No Look-in, temos novidades sobre profissionais atuantes e o CONRERP. Já o Afinal o que é... traz a definição de verbetes atuais, indispensáveis no cenário atual. A resenha do livro apresenta a nova produção de Gaudêncio Torquato, com seu Tratado de Comunicação Organizacional e Política. Nas resenhas de monografias, desta vez, temos um número recorde - 16 trabalhos na área de RP foram apresentados no último semestre. Prestamos, ainda, uma homenagem à professora e poetisa Virgínia Maluf, que faleceu em novembro. Aqui, você vai conhe- cer um dos seus poemas. Destacamos o valor dos nossos egressos, mostrando o sucesso de duas recém-graduadas, Amarílis e Andréia, no concurso nacio- nal de monografias. Tratamos, também, da visibilidade das rela- ções públicas, parcerias entre empresas, governos e terceiro se- tor, Prêmio Opinião Pública, RP e Publicidade, comunicação organizacional, novela da Globo filmada em São Luís, estágio e revelamos talentos artísticos do nosso curso. Parabéns aos alunos! Esperamos que vocês gostem. Boa leitura! Editorial Conquistas e novidades por Éllida Guedes

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Page 1: Editorial por Éllida Guedes Conquistas e novidades · O Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão está sob nova coordenação desde o final do ano passado,

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Nova turma, novos desafios e conquistas. A cada semestretenho a oportunidade de descobrir as habilidades de cada aluno,identificar quem tem mais facilidade para escrever, quem buscamelhorar. Mas a melhor das descobertas é vê-los se conscientizandoda importância do “saber redigir” para o exercício da profissão eque todo profissional deve saber se expressar de forma adequa-da, objetiva e clara. Em especial, os relações públicas, já que co-nhecem tão bem o valor de cada público para uma organização.

Ao final do semestre, quando finalizamos a revista, fica a satis-fação de, mais uma vez, ver o produto final, totalmente elabora-do pelos alunos, sendo distribuído para estudantes, professores,profissionais, universidades e órgãos de classe.

É recompensador receber e-mail´s e cartas de várias partes doBrasil reconhecendo a importância de manter uma publicação la-boratório de Relações Públicas, com regularidade por 11 anos,principalmente em uma universidade com tantas dificuldades fi-nanceiras e estruturais como a nossa.

Na entrevista desta edição, a coordenadora do Curso de Co-municação Social da UFMA, profa Luciana Jerônimo, fala de seusplanos para a coordenação.

No artigo, o prof. Protásio dos Santos nos leva a refletir sobre opapel do Relações Públicas na busca do bem-comum.

No Look-in, temos novidades sobre profissionais atuantes e oCONRERP. Já o Afinal o que é... traz a definição de verbetes atuais,indispensáveis no cenário atual.

A resenha do livro apresenta a nova produção de Gaudêncio Torquato,com seu Tratado de Comunicação Organizacional e Política.

Nas resenhas de monografias, desta vez, temos um número recorde- 16 trabalhos na área de RP foram apresentados no último semestre.

Prestamos, ainda, uma homenagem à professora e poetisaVirgínia Maluf, que faleceu em novembro. Aqui, você vai conhe-cer um dos seus poemas.

Destacamos o valor dos nossos egressos, mostrando o sucessode duas recém-graduadas, Amarílis e Andréia, no concurso nacio-nal de monografias. Tratamos, também, da visibilidade das rela-ções públicas, parcerias entre empresas, governos e terceiro se-tor, Prêmio Opinião Pública, RP e Publicidade, comunicaçãoorganizacional, novela da Globo filmada em São Luís, estágio erevelamos talentos artísticos do nosso curso.

Parabéns aos alunos!Esperamos que vocês gostem. Boa leitura!

Editorial

Conquistas enovidades

por Éllida Guedes

Page 2: Editorial por Éllida Guedes Conquistas e novidades · O Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão está sob nova coordenação desde o final do ano passado,

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Responsabilidadea ordem da vez

Entrevistapor Rainara Serrapor Rainara Serrapor Rainara Serrapor Rainara Serrapor Rainara Serra

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O Curso de Comunicação Social daUniversidade Federal do Maranhão

está sob nova coordenação desde ofinal do ano passado, quando a Profª

Luciana Saraiva de Oliveira Jerônimoassumiu o cargo. Formada pela UFMA

em Comunicação Social, habilitaçãoRelações Públicas, e Mestre em Comu-nicação na Área de Ensino e Teoria da

Comunicação, pela UniversidadeMetodista de São Paulo, Luciana con-

cretiza as palavras que prega comoordem básica: planejamento (cabe

aqui organização!) e responsabilidade.Ela julga que “algumas mudanças

precisam ser impactantes por motivosde sobrevivência; outras precisam sermais lentas e sutis para que não haja

uma quebra de harmonia”.Enfatizando um espírito de equipe

fundamental para o bom desempenhode qualquer atividade, a coordenado-

ra, que desenvolveu trabalho seme-lhante na coordenação do Curso de

Comunicação do CEUMA, relata aquialgumas experiências desde que era

estudante e expõe suas metas para quepossamos compartilhar de seus planos.

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e PlanejamentoComo foi seu processo de en-

trada na Coordenação do Curso naUFMA?

Em novembro, fui designada peloreitor através do processo Pró-Tempore, onde não há eleição. Nele,os interessados se disponibilizam, emAssembléia Departamental, a assumiro cargo e um é indicado. Poucas pes-soas se interessam por coodenação decurso, transformando-a em um mitopor causa de um acúmulo de traba-lho inexistente. Precisa haver planeja-mento, organização e aí tudo flui. Essecargo tem duração de um ano, tem-po em que aguardamos as eleições.

A senhora pensa em se candi-datar ao cargo?

Não. Tenho projetos pessoais,que pretendo realizar.

Qual a atual situação da Coor-denação?

Está em 40% do seu processo deorganização. O passado precisa estarorganizado, e para auxiliar nesse pro-cesso, contratamos duas estagiárias,uma para o Departamento, uma paraa Coodenação. Faltam materiais comopastas, etiquetas etc, para efetivar aorganização, mas esse impedimentoaos poucos estamos vencendo.

Qual seu plano de ação parasua gestão?

Traçamos quatro metas principais.A primeira é organizar todos os docu-mentos para que qualquer pessoapossa localizar. A segunda meta édeixar o ambiente de trabalho (partefísica) confortável, somado a um in-centivo para o corpo docente (traba-lhar as relações humanas). Se estesestiverem alegres, levarão isto para asala de aula. Além disso, queremos tra-balhar a imagem institucional do Cur-so e para isso propusemos contratar

um professor da casa especialista noassunto. A terceira meta é tentar umaparceria, que já está em negociaçãocom o Curso de Arquitetura da Uni-versidade Estadual do Maranhão. Nósforneceremos material de comunica-ção ao Curso de Arquitetura e eles, porsua vez, nos fornecerão material dearquitetura, com trabalhos desenvol-vidos pelos alunos sob a orientação deprofessores competentes. A quarta émontar uma Organização EstruturalAcadêmica do Curso.

E o seu principal projeto?No prazo de um ano desenvol-

ver os planos citados, deixando oambiente agradável para que todos,corpo docente, discente e adminis-trativo, se sintam bem, além de ofe-recer projetos de extensão aos pro-fessores e alunos.

Suas expectativas com relação aoDepartamento de Comunicação e àliberdade de atuação, de realizaçãodos planos estão sendo atendidas?

Na verdade tenho mais liberdade doque esperava (superou minhas expec-tativas, talvez porque eu não tivesseexpectativas!). Tenho apoio da institui-ção, do reitor, dos pró-reitores, da che-fia do Departamento. Essa boa relaçãocom o Departamento é necessária, poistudo está interligado. Todo esse apoioameniza a carência de infra-estruturanecessária para o bom desempenho dosprojetos idealizados. Sinto-me em umtime, e apesar de não agradarmos atodos, trabalhamos para um produtofinal concreto, não abstrato.

Existe alguma previsão para areforma curricular?

A habilitação de Relações Públicaselaborou uma proposta, mas surgiuum imprevisto. Ao receber as normasdo Curso de Comunicação verificamos

a existência de alguns pré-requisitospara efetuar a proposta. As demaishabilitações não chegaram a con-cluir a proposta. É preciso estar coma organização dos dados em dia,com os projetos de extensãoefetuados ou em andamento e ou-tras coisas ainda pendentes. Então,somente após a realização dos pla-nos citados poderemos dar entra-da no processo de reformacurricular. Estamos preparando oCurso para o próximo coordenadorassumi-lo e para que ele retorne aoseu antigo patamar.

Voltando aos tempos de estu-dades, em seu estágio curricular qualatividade a senhora efetivamentepôs em prática e atualmente utilizaem suas experiências profissionais?

Planejamento. No Sebrae, coma então assessora de Comunicação,Socorro Serra, pude verificar a prá-tica do planejamento institucionalque tanto estudamos. Foi a ativida-de que mais me marcou e com aqual mais pude ter contato.

E no CEUMA, qual foi sua ex-periência profissional?

Eu fui coordenadora do Curso deComunicação Social e precisei desen-volver um trabalho mais amplo que ode Relações Públicas; ministrei junto aele uma administração pedagógica.Trabalhamos (eu e minha equipe, poisnão trabalho sozinha) com a Comu-nicação Insti-tucional com nosso pú-blico imediato (os estudantes), e fize-mos a manutenção do relacionamen-to com os professores – proporcio-návamos encontros, os aniversário edatas comemorativas eram lembra-dos, os trabalhos desenvolvidos poreles eram divulgados – e realizamos,em trabalho pioneiro, a Semana deComunicação e o Salão de Humor.

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?????Afinal,o que é

por Tiago Arraispor Tiago Arraispor Tiago Arraispor Tiago Arraispor Tiago Arrais por Gercilane Araújopor Gercilane Araújopor Gercilane Araújopor Gercilane Araújopor Gercilane Araújo

TELEMARKETINGOriginalmente, a atividade de telemarketingconsistia em ser um canal direto de comuni-cação com o mercado consumidor, elimi-nando a intermediação de terceiros. Hoje,graças ao avanço da tecnologia, com umagrande rede de computadores, telefonia eum software do tipo “Data Base Marke-ting”, as cias de telemarketing mais avança-das possibilitam o completo gerenciamentodas atividades de telemarketing commódulos específicos para vendas externas erecepção de chamadas.

E-COMMERCEO comércio eletrônico através da Internet éo ramo de atividade econômica que maiscresce no mundo. As jovens empresas queingressam no comércio on-line têm atraídoo maior número de investidores do merca-do de ações, aumentando o valor de mer-cado de forma alucinante. Podemos classi-ficar os negócios on-line em duas áreas: oBusiness-to-Business e o Business-to-Consumer.

WORKSHOPS ADAPTÁVEISO conceito de "workshop adaptável" resul-ta da aplicação prática de uma metodologiaaction-learning, onde os passos a dar emcada momento da intervenção são ditadospela aprendizagem emergente de cadaworkshop anterior: ao utilizar um ciclo deconferências assistidas por computador emformato de workshop adaptável estamoscriando uma "organização que aprende", naqual a satisfação das aspirações individuaisdos docentes e dos alunos, assim como odesenvolvimento de novas competências,tornam-se os elementos-chave para a exce-lência da sua instituição.

CIBERESPAÇOUm ambiente artificial gerado pelo compu-tador projetado para maximizar a liberda-de de movimento e imaginação do usuário.O termo foi cunhado por William Gibson,em seu romance Neuromancer.

NOVA GESTÃO DO CONRERP E DONOVA GESTÃO DO CONRERP E DONOVA GESTÃO DO CONRERP E DONOVA GESTÃO DO CONRERP E DONOVA GESTÃO DO CONRERP E DO CONFERPCONFERPCONFERPCONFERPCONFERPNo úlitmo dia 7 de janeiro, aconteceu a posse administrativa dos novosconselheiros do CONRERP– 7ª Região (Ma,Pi e Pa), ficando assim compos-ta a diretoria executiva, para um mandato de três anos: Adeilce Azeve-do, presidente; Luciana Jerônimo, tesoureira, e Francinete Louzeiro, paraa secretaria geral. Já quem assumiu o CONFERP, no último dia 9, foi JoãoAlberto Ianhez, como presidente; Jorge Eduardo de Araújo Caixêta, comosecretário geral e Terezinha Andrade Leal, na tesouraria. Bom trabalho!

ELEIÇÕES NA ABRP-MANo dia 15 de março, às 18h, haverá eleição para a nova diretoria da ABRP-MA,que cumprirá o biênio 2004-2006. Podem votar todos os estudantes e profissio-nais que forem sócios e estiverem quites com a secretaria. Quem estiver interessa-do em regularizar sua situação ou se associar, é só procurar a sede da Associação,na Casa do Trabalhador, sala 208, fone 236 13 65 ( horário matutino).

RP COM ESTILOIrlana Lobo orgulha-se de ser RP. Formada há dez anos, já trabalhou forado Estado e, em outubro passado, assumiu a chefia de ComunicaçãoSocial, Informação e Educação em Saúde da Gerência de Qualidade deVida. Com equipe formada por uma jornalista e uma radialista, Irlanaobjetiva equilibrar o relacionamento entre os diversos públicos da Gevida.E conclui: “O mercado de trabalho para o RP está mais aberto, mas de-pende de cada um de nós”. Um exemplo a ser seguido!

VÔO ALTOKarla Castro Arantes e Isabelle Santos foram para Brasília para fazer oestágio curricular, no Senado Federal e na Labor Consultoria de RP Ltda.,respectivamente. E por lá ficaram, haja vista que após 256 horas de ativi-dades, foram contratadas. Karla, por uma empresa de comunicação quepresta serviço ao Senado, para atuar na Subsecretaria de Relações Públi-cas daquela casa. Isabelle, pela Labor,em caráter experimental, até colargrau, em março. Como chegar até lá? “Só ralando muito!”, como Karlarespondeu. Então, mãos à obra! Parabéns, meninas!

GÁS TOTALQuem retornou a São Luís, após um período de três meses de treina-mento em Belo Horizonte, foi a tenente especializada em RP Simone doNascimento. Nesse período, ela participou do Estágio de Adaptação deOficial Temporário 2003 (EAOT-2003) e também estagiou por uma sema-na em Brasília, no setor da Aeronáutica, o CECONSAER, para apreendera política de comunicação da Aeronáutica. Simone assumiu o setor deComunicação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no dia 5 dejaneiro, e também está fazendo parte da nova gestão do CONRERP. Aela, um 2004 de sucesso!

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Profissão Ipor Elayne Quintanilhapor Elayne Quintanilhapor Elayne Quintanilhapor Elayne Quintanilhapor Elayne Quintanilha

GolfinhoDesde agosto de 2003, as

Relações Públicas têm umnovo mascote. O Conselho

Federal de Profissionais de RelaçõesPúblicas – CONFERP escolheu o ani-mal representativo da profissão: o Gol-finho Rotador, cujo nome científico éstenella longirostris. Essa espécie demamífero é a mais comunicativa e so-ciável dentre as sete mais conhecidas.

As semelhanças das característicasdo golfinho com as da profissão sãotantas , que a sua escolha não pode-ria ter sido mais apropriada.

O mamífero possui a habilidadenatural de pensar de forma constru-tiva e criativa. Por esta razão, o gol-finho simboliza as idéias de RelaçõesPúblicas no que diz respeito à ca-pacidade de tomada de de-cisões e administração efi-caz e veloz das mudan-ças e imprevistos queestão sujeitas aacontecer a qual-quer momento noambiente organi-zacional, o que éessencial para terêxito nessas situações.

Mas, os golfinhos pen-sam? Ao contrário do que muitosimaginam, eles pensam sim. Quandonão conseguem o que desejam, elesalteram seus comportamentos comrapidez e precisão, com um poucotambém de astúcia, buscando aquiloa que aspiram. Assim como o Rela-ções Públicas que procura mecanis-mos, técnicas e instrumentos para apli-car na prevenção ou remediação deuma situação crítica.

O golfinho possui como caracterís-ticas para estruturar sua vida a flexibili-dade e a capacidade de fazer mais emelhor, utilizando o mínimo de recur-sos possível. Nem é preciso dizer que

ser flexível é pré-requisito básico dequem quer dedicar sua vida a adminis-trar a comunicação de uma organiza-ção com seus diversos e distintos públi-cos. E que os Relações Públicas, maisque ninguém, sabem o que é precisofazer para atingir seus objetivos, tendoque enfrentar a falta de recursos, utili-zando a criatividade para substituir ins-trumentos mais elaborados, portanto,mais caros, por outros tão eficazesquanto, mas a custos menores.

Assim como os profissionais seadaptam a qual-

quer ambiente, o golfinho se adap-ta perfeitamente em qualquer oce-ano ou mesmo num tanque. Traba-lham bem em conjunto e saem-sebem quando estão sozinhos.

Neste semestre letivo, o CONFERPdivulgará as informações necessáriaspara a conclusão do Concurso Nacio-nal para a criação do símbolo oficialdas Relações Públicas. O projeto grá-fico deve conter o Golfinho e estarbaseado nos conceitos de Relações Pú-blicas como: ser global, institucional,

identificar o relacionamento entre ospúblicos e não somente a tecnologia.Qualquer estudante universitário deRelações Públicas, da rede pública ouprivada, pode participar. Assim comoprofissionais formados registrados noSistema Conferp.

Na mesma portaria em que oConferp oficializa o animal represen-tativo da profissão, determina tam-bém o texto do juramento, a cor dabeca, da faixa e da pedra para o aneldos bacharelandos em Relações Pú-blicas, e informa a abreviatura de Re-lações Públicas. A pedra e a cor re-presentativas da profissão são, res-pectivamente, a safira e o azul. Os

bacharéis em Relações Públicasusarão a beca da cor preta comfaixa azul. O juramento que osbacharéis devem prestar é o se-

guinte: “Juro, diante de Deus eda sociedade que fará uso domeu trabalho, conduzir meus es-

forços profissionais de acor-do com os princípios éti-cos norteadores da ati-vidade de Relações Públi-

cas, com responsabilidadee respeito humano e dedi-

car o meu trabalho para o de-senvolvimento e o bem estar do povobrasileiro e da humanidade.” A abre-viatura do nome Relações Públicas éa seguinte: no Brasil é RP = RelaçõesPúblicas; nos países cuja língua ofici-al é o espanhol é RRPP = Relacionista;nos países cuja língua oficial é o in-glês é PR = Public Relations. Estas eoutras informações podem ser en-contradas com mais detalhes no siteda Conferp (www.conferp.org.br).

Se você é estudantes ou profissio-nal de Relações Públicas, aí vai uma per-gunta: Você se identifica com algumanimal? Caso seja com golfinho, para-béns! Você está na área certa.

o novo símbolo das Relações Públicas

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ParceriasMercado de Trabalho Ipor Cintia Ribeiro e Poliana Oliveira

na busca de

soluçõesUm assunto que vem se ex

pandindo nos últimos anosé a questão de novas par-

cerias entre governo, mercado emovimentos da sociedade civil.

Para quem não sabe, é bom es-clarecer que movimentos da socie-dade civil também podem ser conhe-cidos como terceiro setor, orga-nizações sem fins lucrativos ou orga-nizações não governamentais(Ong’s). Essas iniciativas surgiram como propósito de exteriorizar os maisvariados grupos sociais, fazendomobilizações para cobrar ações doEstado. Segundo Amarílis Cardoso,Relações Públicas do Semi-árido bra-sileiro (ASA)-MA, “as Ong’s tentamsuprir as ações sociais que o Estadonão vem executando, bem como ten-tam incen-tivá-lo a realizar seu papelsocial.” Essas manifestações em de-fesa da vida vêm ganhando amplitu-de mundial. Como exemplo, temosos movimentos em defesa do meioambiente, da paz, dos direitos damulher, da saúde pública, entre ou-tros interesses públicos.

Reivindicação e conflito passam acoexistir, segundo os momentos e ascircunstâncias, com diálogo e colabo-ração. A palavra parceria surge comoexpressão de um novo padrão de re-lacionamento entre os três setores dasociedade (Governo, iniciativa priva-da e terceiro setor), na busca de solu-ções para os problemas sociais.

O Estado começa a reconhecerque as Ong’s acumulam um capitalde recursos, experiências e conheci-

social – é o que chamamos de dife-rencial de mercado. Como exemplotemos o ASA, que vem fazendo im-portantes parcerias com empresas pri-vadas, tais como: FIAT, MICROSOFT,FEBRABAM, Agência Nacional deÁguas (ANA) etc, a fim de executarsuas propostas e programas.

Nesse cenário, a presença dorelações públicas está se mostran-do cada vez mais necessária. Eletem várias possibilidades de contri-buir no processo de consciência,organização, ação e articulação nasOng’s. Segundo Cicília Peruzzo –professora da Universidade Federaldo Espírito Santo – as técnicas deRP podem favorecer:

a. o levantamento do conjun-to da situação enquanto subsídiospara a ação de comunicação a serimplementada,

b. a obtenção de informaçõespara os movimentos populares esua efetiva democratização dentrodos mesmos,

c. o incremento da comunicação earticulação no próprio movimento e delepara com os outros movimentos correlatos,

d. o planejamento do proces-so de comunicação,

e. a produção de faixas, cartazes,jornais murais, boletins, releases, cor-respondência, vídeos, eventos cultu-rais, educativos e lazer.

f. a preparação e aplicação depesquisa de opinião,

g. a escolha de meios adequadospara encaminhamento das reivindica-ções aos órgãos competentes,

mentos sobre formas inovadoras deenfrentamento das questões sociaisque as classificam como interlocutorae parceira das políticas governamen-tais. Valorizar a co-responsabilidadedos cidadãos não significa eximir ogoverno de suas responsabilidades.Significa sim reconhecer que a par-ceria com a sociedade é que permi-te ampliar a mobilização de recur-sos para as iniciativas de interessepúblico. O papel da sociedade in-formada e atuante não é o de es-perar tudo do Estado. Cuidar juntoaparece, cada vez mais, como alter-nativa eficiente e democrática.

A tomada de consciência da res-ponsabilidade social que possuem,por parte das empresas, é um fe-nômeno recente, porém em rápi-do crescimento no Brasil. Nos últi-mos anos, tem se ampliado o volu-me de recursos canalizados para in-vestimentos sociais por parte de ins-tituições e fundações empresariais.Vale lembrar que recursos não selimitam a dinheiro. O empresáriopode também contribuir com a dis-ponibilidade de sua competênciapara a melhoria da qualidade dosprojetos sociais.

Hoje, para que uma empresa man-tenha-se no mercado, não basta ape-nas ter qualidades e preços competi-tivos. É necessário que ela tenha umaatuação social responsável. Já éverificável pela tendência de consu-mo que a maioria dos consumidoresescolhem produtos que tenham suamarca ligada a forte atuação na área

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de na Universidade, não tendo comoisolar as atividades de Comunicação emRelações Públicas e Jornalismo etc. Elasnão se sobrepõem umas às outras, masse complementam, embora conservemsuas especificidades”.

O profissional de relações públi-cas colabora para que essas organi-zações tenham um conhecimento dasociedade, um bom relacionamentointerno entre voluntários e demaiscolaboradores. Faz com que isso pas-se a trazer recursos para as Ong’s,garantindo a sua existência e seu sus-tento, já que essas organizações de-pendem do apoio financeiro e do re-conhecimento do governo, do meioempresarial e, principalmente, da so-ciedade.

h. a preparação de programas quefavorecem a mobilização popular e reu-niões e entrevistas coletivas,

i. a documentação das experiênci-as para registro histórico da história dasOng’s.

Essas são algumas das possibilidadesdo emprego das técnicas de RelaçõesPúblicas no campo popular. É claro quesempre de acordo com os objetivos,necessidades e interesses de cada or-ganização ou movimento e num tra-balho conjugado com as demais espe-cialidades do saber, conforme ThatiannySoares, RP do Movimento Nacional deMeninos e Meninas de Rua – MA, ecoordenadora do projeto Ombudsman– Comitê pela qualidade da Informa-ção: “ o profissional aplica o que apren-

Pa

rc

er

ias Quantas são?

Perto de 250 mil

Quantos empregos geram?cerca de 1,5 milhão de

empregos

O que fazem?Uma variedade de interessespúblicos, como assistência

social, educação, saúde, esportese lazer, meio ambiente, geração

de emprego e renda, artes ecultura, ciência e tecnologia,

comunicação, segurança pública

Os tipos mais recentes?Defesa dos direitos humanos eprojetos de desenvolvimento

social, interesse da mulher, deminoria e de meio ambiente

As maiores?Educação e Saúde

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Premiação Ipor Tiago Marques

Foi realizada no dia 10 de dezembro de 2003, em São Paulo, a entrega do Prêmio Opi-

nião Pública (POP), que tem por fi-nalidade valorizar a quem se desta-cou profissionalmente durante oano. O POP foi criado pelo Conse-lho Regional de Profissionais de Re-lações Públicas-2ª Região-São Pau-lo/Paraná, na gestão do então pre-sidente Nemércio Nogueira, que nofinal da década de 70, sentiu neces-sidade de demonstrar aos empresá-rios e executivos o quanto é impor-tante a ação profissional do Rela-ções Públicas nos diversos setores.

Uma das maiores virtudes do POP éseu caráter cultural e sem fins lucrati-

disputa, sendo que em três dessascategorias a profissional responsá-vel foi Renata Nogueira, com os se-guintes trabalhos: Programa de Re-cepção de Visitas (categoria RelaçõesPúblicas Governamentais); CarnavalPara os Empregados (categoria Re-lações com o Público Interno) e Re-muneração Variáve l(categoria Rela-ções com o Público Interno).

O Prêmio Opinião Pública é umaforma a mais de divulgação e conso-lidação de trabalhos junto à comuni-dade acadêmica e até para os outrosprofissionais do setor, tornando pú-blicas as idéias de seus elaboradores,a fim de obter novas percepções dostrabalhos premiados.

Comunicação, Emoção e História: o Senado Federal entreo Formal e o Informal, na Posse PresidencialOrganização: Senado FederalProfissional: Francisco Etelvino BiondoCategoria: Administração de Crises

O Nosso Brasil que ValeOrganização: Companhia Vale do Rio DoceProfissional: Danielli MelloCategoria: Relações para Públicos Específicos

Relações ParalelasOrganização: Universidade Metodista de São PauloProfissional: Maria Aparecida FerrariCategoria: Relações para Públicos Específicos

Basf & Comunidade de Guaratinguetá: a Construção deum Relacionamento MaduroOrganização: BASF S.A.Profissional: Alessandra Cristina de Toledo MarucciCategoria: Relações com a Comunidade

Programa de Responsabilidade Social com Públicos ExternosOrganização: Caterpillar Brasil Ltda.Profissional: Suely Aparecida Toka AgostinhoCategoria: Responsabilidade Social

Inauguração da Fábrica de Telas e Treliças Belgo – Unidade São PauloOrganização: Companhia Siderúrgica Belgo MineiroProfissional: Sofia Ramirez VillegasAssessoria Externa: Arte Visual Comunicação e ServiçosCategoria: Eventos e Comemorações

Sercomtel 35 AnosOrganização: Sercomtel S.A. TelecomunicaçõesProfissional: Adriano Maricato RamosCategoria: Eventos e Comemorações

Programa de Recepção de VisitasOrganização: Companhia Vale do Rio DoceProfissional: Renata NogueiraCategoria: Relações Públicas Internacionais

Campanha de Prevenção da TVP: Reduzindo Riscos, Salvando VidasOrganização: Aventis Farma / Sociedade Brasileira de Cirurgia VascularProfissional: Antonio De SalvoAssessoria Externa: ADS – Assessoria de ComunicaçõesCategoria: Relações com a Imprensa

Terceira Idade: o Desafio da Inclusão SocialOrganização: Senado FederalProfissional: Ana Lúcia NovelliCategoria: Relações Públicas Governamentais

Carnaval para os EmpregadosOrganização: Companhia Vale do Rio DoceProfissional: Renata NogueiraCategoria: Relações com o Público Interno

Remuneração VariávelOrganização: Companhia Vale do Rio DoceProfissional: Renata NogueiraCategoria: Relações com o Público Interno

Prêmio OpiniãoPública 2003

Veja aqui os vencedores do Prêmio Opinião Pública 2003:

vos, visando apenas demonstrar a utili-dade e relevância do trabalho realiza-do pelos profissionais de Relações Pú-blicas durante um respectivo ano. Como passar dos anos, e já tendo posto emevidência inúmeros trabalhos e seus re-alizadores, constatou-se que ele pode-ria ter maior visibilidade se as entidadesrepresentativas das Relações Públicas doBrasil descentralizassem a premiação eabrissem espaço para concursos regio-nais com o propósito de maior interaçãoentre os participantes.

Na edição do Prêmio OpiniãoPública 2003, um fato chama aten-ção - a Companhia Vale do Rio Docefoi, com mérito, vencedora de qua-tro prêmios das onze categorias em

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Premiação IIpor Dayse Pereira

vencem concurso nacionalde RRRRRelações Públicaselações Públicaselações Públicaselações Públicaselações Públicas

Maranhenses

Com o objetivo de incentivarfuturos profissionais e estimular o aprimoramento da

formação acadêmica de RelaçõesPúblicas, a Seção Estadual de SãoPaulo da Associação Brasileira de Re-lações Públicas promove, anualmen-te, o Concurso Universitário de Mo-nografias e Projetos Experimentais.

Desse concurso nacional partici-pam alunos de Relações Públicascom trabalhos elaborados no últi-mo ano. Os trabalhos monográficose projetos experimentais são inscri-tos em uma das categorias apresen-tadas: Empresarial, Governamental,Relações Públicas para Públicos Es-pecíficos, Valorização da Profissão eAtividades Comunitárias.

O concurso, que acontece desde1982, tem mostrado a cada ano novasperspectivas para o acadêmico nomomento que ele está deixando auniversidade para adentrar na fasemais difícil, a do mercado de trabalho.

No ano de 2003, o Curso de Co-municação Social da UFMA pôde sesentir vitorioso, pois duas recém gra-duadas em RP foram premiadas.Amarílis Cardoso Santos garantiu o

primeiro lugar na categoria Ativida-des Comunitárias, com o trabalho “Aformação da Opinião Pública na gre-ve estudantil pela meia-passagem, em1979, no Maranhão: o caso do jor-nal Pequeno, no período de 15 a 24de setembro de 1979”. E Andréia daSilva Barbosa conquistou o terceirolugar na categoria RP para PúblicosEspecíficos, com o trabalho “Memó-ria Organizacional da Aliança BíblicaUniversitária de São Luís: espaço deinteração de sujeitos”. Ambos os tra-balhos foram orientados pela Profes-sora Adeilce Gomes de Azevedo quefoi a grande incentivadora para a par-ticipação no concurso. Outros egres-sos da UFMA premiados em ediçõesanteriores foram Simone do Nasci-mento, Giselle Collins e OrlandoCosta Gonçalves Júnior.

A entrega da premiação aconte-ceu no dia 12 de novembro de 2003,no Encontro de Relações Públicas daEca/SP – Escola de Comunicação eArte da Universidade de São Paulo.No evento, do qual somente Amarílispôde participar, ocorreu uma mesade debate denominada GT PrêmioABRP 2002/2003, onde os primeiros

colocados de cada categoria, tantode monografias como projetos expe-rimentais, expuseram aos colegas seustrabalhos de conclusão de curso.

A UFMA foi a única universidadedo Nordeste que teve alunos premi-ados, o que emocionou ainda maisAmarílis, que na premiação represen-tava sua amiga Andrea e todo o povodo Maranhão.”Mais que um prêmioacadêmico, este troféu tem um sig-nificado que ninguém neste auditó-rio pode imaginar. Ele representa avitória de uma universidade públicado nordeste, que fica em um dosEstados mais pobres da Federação,o Maranhão, e de uma trajetória deluta pela qualidade de ensino. É avitória do Estado mais pobre no maisrico...”, ressaltou a emocionadaAmarílis, quando discursou em nomedos vencedores de 2003.

Hoje, Amarílis é coordenadora doGrupo de Trabalho em ComunicaçãoSocial e Relações Públicas da Articu-lação do Semi-Árido-ASA e faz par-te da coordenação da ONG Traves-sia, juntamente com Andréia, queatua, também, como Relações Públi-cas da Eletronorte - Maranhão.

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TCC:Resenhas/TCCpor Cintia Ribeiro e Priscilla Costa

a hora da verdade

Eis a etapa final para a conclusão do cursosuperior em Comunicação Social.

Estamos falando do Trabalho de Conclu-são de Curso (TCC), que pode ser uma

Monografia ou um Projeto Experimental. Éneste trabalho que o estudante põe à prova

todo o conhecimento adquirido no decorrerdo curso. Além de ampliar mais ainda seu

horizonte de conhecimento, pelo fato de serum trabalho minucioso, completo e precisosobre o assunto escolhido, é a despedida de

um processo, e um passo para outro – omercado de trabalho.

Veja aqui as resenhas das monografias doCurso de Comunicação Social – habilitaçãoRelações Públicas – defendidas no primeirosemestre do ano de 2003. Se algum traba-

lho lhe despertar interesse você podeencontrá-lo na Hemeroteca do Curso de

Comunicação Social, localizada no Centrode Ciências Sociais, bloco F, 3º andar. Leia e

situe-se. Logo chegará sua vez.

“A compreensão do ser humano orga-nizacional como instrumento da atuaçãoefetiva do profissional de Relações Públicas”ANDREA DE MELO NOGUEIRA

Visando aperfeiçoar o profissi-onal de Relações Públicas, o traba-lho analisa o comportamento hu-mano e a evolução deste em rela-ção às organizações. Destaca emdiversos segmentos o comporta-mento organizacional e teoriza so-bre o novo perfil do Relações Pú-blicas, suas habilidades, conheci-mentos e áreas de atuação.

“Comunicação nas organizações nãogovernamentais: uma análise a partir docaso do Movimento Nacional de Meni-nos e Meninas de Rua de São Luís – MA.”CLARICIANE GOMES EVANGELISTA

A partir do seu trabalho com oMovimento Nacional de Meninos eMeninas de Rua de São Luís – MA,a autora desenvolveu esse projetocom o objetivo de entender comouma organização processa a suacomunicação externa para atingirdiversos públicos. Um papel que é

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11RP Alternativo

atribuído ao profissional de RelaçõesPúblicas. Ela também faz um brevehistórico do surgimento e atuaçãodas ONG´s no Brasil, enfatizando aimportância da comunicação popu-lar. Faz,ainda, um paralelo entre te-oria e prática para compreender odesenvolvimento das formas de co-municação no MNMMR.

“Terceiro setor: novos desafios para asociedade contemporânea”MARIA GISETE BARROSO AQUINOSOARES

A autora relaciona globalizaçãoe comunicação. Desenvolve no tra-balho a explanação da trajetória esurgimento do terceiro setor. Esta-belece as perspectivas de cresci-mento e manutenção dentro dasociedade atual e enfoca, também,as oportunidades de atuação doprofissional de comunicação noterceiro setor.

“Endomarketing e Relações Públicasfortalecendo a comunicação internapara o sucesso da empresa: análise dasações de endomarketing da Eletronorteem São Luís”JACKELINE CARVALHO COSTA

A autora ressalta em seu traba-lho a importância do endomar-keting e das Relações Públicas parao sucesso empresarial. Faz definiçõesde organizações, seu surgimento,evolução, cultura organizacional,modernização e globalização. Distin-gue Relações Públicas do Marketinge apresenta uma importante avalia-ção das ações de comunicação den-tro da empresa Eletronorte.

“Auditoria de imagem – A construçãode imagem de um agente político porformadores de opinião: o caso RicardoMurad”KARLA DE CASTRO ARANTES

O objetivo do trabalho foi co-nhecer como aconteceu a constru-

ção da imagem do agente políticoRicardo Murad a partir da pesquisadescritiva própria de uma auditoriade imagem, junto aos formadoresde opinião, como apresentadores eprodutores do jornalismo local. Paraisso, Karla estabeleceu uma relaçãoconceitual entre imagem e opiniãono processo de comunicação.

“Vozes truncadas: discurso jornalísticono trabalho de prevenção à AIDS comoinstrumento de uma organização não-governamental.”MARIVALDA OLIVEIRA

O trabalho apresenta uma anali-se do discurso sobre a prática jor-nalística do jornal Informe Mulher,editado pela ONG – Solidariedade évida – SOLEVIDA, no ano de 2001. Aautora verificou nessa mídia que oexercício do jornalismo da publica-ção encontrava-se inadequado parao tipo de público a que se destina.O trabalho ainda propõe um con-junto de modificações na formadiscursiva do jornal, fazendo, assim,com que ele se torne mais adequa-do para o público que atende.

“A atividade de Relações Públicas e oinvestimento social privado: um estudode caso sobre o Instituto de CidadaniaEmpresarial do Maranhão (ICE – MA)ISABELLE MARIE RODRIGUES SANTOS

O estudo tem como objetivomostrar o trabalho do Relações Pú-blicas em prol do terceiro setor, fa-zendo assim com que a classe em-presarial invista recursos nessa área.Conceitua Responsabilidade Social,e mostra como o terceiro setor secomunica. O trabalho também ava-lia a comunicação organizacionaldo Instituto de Cidadania Empresa-rial do Maranhão (ICE – MA).

“Responsabilidade social : uma con-quista na regional de transmissão doMaranhão – ELETRONORTE.”VÂNIA MARIA MONTELES VIANA

A autora destaca a importân-cia da Comunicação Social, especi-ficamente do profissional de Rela-ção Públicas, em relação ao desen-volvimento da responsabilidade so-cial das organizações. O trabalhoconceitua, historiza e situa respon-sabilidade social, explicitando acarência de publicização das açõessociais realizadas pelas organiza-ções. Contextualiza, a partir daí, oobjetivo do trabalho: os projetossociais da regional de transmissãodo Maranhão - Eletronorte.

“Ética, estética e responsabilidade so-cial: a comunicação e a imagem soci-al das empresas”MARCO AURÉLIO PEREIRA FREITAS

É no contexto de empresas quefazem ações sociais chamadas defilantropia corporativa, cidadaniaempresarial, empresa solidária,marketing social e outros termos,que o autor inicia e desenvolve seuestudo. Ele analisa a forma comoas empresas utilizam as ações soci-ais como fator estético de constru-ção de imagem corporativa, às ve-zes ignorando a ética. O estudodestaca a importância da comuni-cação para o desenvolvimento daempresa na questão da gestão so-cial. Mostra, ainda, nesse proces-so, o profissional de relações pú-blicas planejando a construção daimagem social empresarial, mane-jando e disponibilizando recursosda gestão social.

“Relações públicas empreendedor: ocaso da empresa RP- assessoria, ceri-monial e eventos”KÉSIA NUNES LIMA

A autora apresenta um estudode caso realizado na empresa “RP-assessoria, cerimonial e eventos”,traçando desta forma a conjuntu-ra econômica atual globalizadaque propicia o surgimento de em-preendedores involuntários comorecém-formados e demitidos. O

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empreendedorismo, como apre-senta o trabalho, é a capacidadede inovar, desafiar e possuir umavisão ampla do que está ao redor.Foi nessa situação que ela criou aempresa “RP- assessoria, cerimoni-al e eventos”, visando atender àsnecessidades do público evangéli-co de São Luís. Késia propõe a jun-ção da característica empreendedo-ra às funções de relações públicascomo uma possibilidade para osprofissionais da área de comunica-ção, além de acrescentar a afinida-de do empreededorismo com asrelações públicas.

“Projeto de implantação de um núcleode relações publicas na empresa deassistência medica Long Life- sistemainternacional de saúde para otimizar oprocesso de fidelização de clientes”FREDERICK AUGUSTO PINTO CUNHA

A crescente competição naturaldo mercado globalizado tem se re-fletido nas mudanças e adaptaçõesdas organizações. A Long Life- Sis-tema Internacional de Saúde estáem processo de expansão e tem adifícil tarefa de manter e captar cli-entes, ou seja, fidelizá-los. Portan-to, a comunicação e a atividade derelações públicas são imprescindí-veis. A atividade supre a necessida-de de fidelizar clientes e trabalhar acomunicação interna na organiza-ção. Assim, o autor propõe a im-plantação de um núcleo de relaçõespúblicas na empresa para harmoni-zar e otimizar a comunicação inter-na, mediar a relação organização epúblico, enfim, utilizar as funçõesde relações públicas.

“O correio eletrônico como instrumen-to de relações públicas: as possibilida-des e limitações da comunicação vir-tual nas organizações ludovicenses”MARCELLE OLIVEIRA TORRES

Os adventos tecnológicos nasociedade contemporânea reque-rem novas posturas. Com base nesse

cenário, Marcelle mostra a utiliza-ção do correio eletrônico como fer-ramenta de comunicação. A auto-ra desenvolve conceitos sobre co-municação organizacional e as fun-ções de relações públicas nas orga-nizações e mostra uma pesquisa decampo em organizações ludovicen-ses que possuem RRPP no seuorganograma e utilizam o correioeletrônico como mais uma ferra-menta disponível para o desenvol-vimento do seu trabalho.

“Opinião pública e divulgação das pes-quisas eleitorais: o caso da publicaçãodas pesquisas no Jornal O Estado doMaranhão nas eleições de 2002 para ogoverno do Maranhão”THATIANNY CRISTINA SOARES E SILVA

A autora propõe um desafio: adiscussão da opinião pública e apolêmica das pesquisas eleitorais noseu processo de divulgação. Atra-vés de estudo de caso do Jornal OEstado do Maranhão, na publica-ção das pesquisas de opinião pú-blica nas eleições de 2002, Thatia-nny mostra como a opinião públi-ca é fomentada pela mediação dosmeios de comunicação. Tais pesqui-sas influenciam na formação daopinião pública, repassando a idéiaimplícita de democracia legitimadapor uma opinião pública.

“O profissional de relações públicas numamicroempresa: Planeta dos Balões”REGINA CÉLIA PINHEIRO JANSEN

A autora inicialmente discorresobre o fenômeno da globalizaçãoe como os avanços tecnológicos têminfluenciado o nosso coidiano. Mos-tra o papel importante da comuni-cação dentro das organizações paraa sobrevivência e expansão das mes-mas, revelando o valor do profissio-nal de RRPP em uma organização. Apartir de um estudo de caso namicroempresa Planeta dos Balões,Regina define conceitos, funçõese as atividade relações públicas e

focaliza a importância de planeja-mento de ações.

“O líder comunitário como mobili-zador de uma comunidade: a pastoralda criança na comunidade de Alto Pi-nho em São Luís do Maranhão”HAPHISA KASHEMYRA COSTA SOUZA

Nesse estudo, Haphisa apontauma oportunidade para o desem-penho da função de relações públi-cas em um campo pouco explorado- as comunidades que via de regraprecisam de maior visibilidade. A au-tora apresenta o papel da comuni-cação nos movimentos sociais comoa Pastoral da Criança, traçando o pa-pel do líder comunitário como for-mador de opinião pública, uma vezque o líder comunitário contribuipara as realizações dentro da comu-nidade. A autora explora, ainda, acomunicação na comunidade deAlto Pinho através da Pastoral daCriança, mostrando que há defici-ência na comunicação, não aten-dendo às próprias demandas.

“O Relações Públicas enquanto gestordo processo da comunicação digital:o caso do website da Rádio Universi-dade FM”ANNA PAULA FRAZÃO DA CRUZ

As novas tecnologias requeremdos profissionais de comunicaçãonovas posturas. Para os comunica-dores são propostos novos desafi-os. Dessa forma, Anna Paula mos-tra como é possível o RP conciliaros novos instrumentos, propostospela tecnologia, com os tradicio-nais. Assim a autora expõe as pos-sibilidades limitações que o RP po-de enfrentar na comunicação di-gital ao exercitar suas funções den-tro das organizações. Para ilustraressa situação, Anna Paula utilizao website da Rádio UniversidadeFM como objeto de estudo, anali-sando as ações de RP dessa orga-nização.

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13RP Alternativo

Tratado de ComunicaçãoOrganizacional e Política

Livropor Kássia Canafístula

Gaudêncio Torquato em seumais recente livro Tratadode Comunicação Orga-

nizacional e Política, lançado pela edi-tora Thomson em 2002, une sua prá-tica profissional aos seus conheci-mentos teóricos sobre Comunicaçãoorganizacional, utilizados tanto nasorganizações privadas quanto naspúblicas, e sobre marketing político.

Primeiramente, o autor faz umaabordagem histórica acerca do temacomunicação organizacional no âm-bito brasileiro e apresenta uma visãoa respeito do poder, destacando suaimportância e influência sobre o cli-ma organizacional. Posteriormente,destaca temas como Comunicação nasOrganizações Privadas, Assessoria eConsultoria de Imprensa, Nome, Mar-ca, Identidade e Imagem, Comunica-ção em Organizações Públicas. Faz,também, uma abordagem rápida so-bre Comunicação Associativa. Trata,ainda, de Marketing em Campanhaseleitorais e Marketing Pessoal, ondefaz um roteiro de aperfeiçoamentoprofissional. Finaliza o livro dedican-do o décimo capítulo a uma reflexãosobre o Brasil sócio-político, trabalhan-do temas como cidadania, democra-cia participativa representativa, entreoutros. O livro conta, ainda, com gui-as ao final de cada capítulo, indican-do os principais termos e conceitos-chave abordados pelo autor, facilitan-do a compreensão e funcionandocomo um guia pós-leitura.

A inovação de Tratado de Co-municação Organizacional e Políti-

ca fica por conta da análise da Co-municação dentro das organiza-ções públicas governamentais. Paraisso, Torquato estuda a imagem dospoderes Executivo, Legislativo, Ju-diciário, apresentando possíveis fa-lhas e suas respectivas correções naspráticas comunicacionais dos mes-mos. Explana, ainda, funções da Co-municação na Administração Públi-ca como a de integração interna,expressão de identidade, base decidadania etc. Porém, a maior con-tribuição da obra está na união en-tre a teoria e a prática profissionaldo autor como consultor e asses-sor de Comunicação.

Torquato utiliza uma lingua-gem objetiva e de fácil compre-ensão que prende o interessedo leitor através de um textobem estruturado e gostoso dese ler. A apresentação de ca-sos práticos tornam aindamais interessante a leiturade Tratado de Comunica-ção Organizacional e Po-lítica, uma vez que as ex-periências profissionaisexpostas exemplificamtécnicas e dão supor-te prático ao estudoda Comunicação, tor-nando o livro maisatraente aos olhosdo profissional e do estu-dante de Comunicação.

Essa obra, onde GaudêncioTorquato reúne conceitos, téc-nicas, experiências, orientação

e consultoria no campo da Comunica-ção e política, é indicada a profissio-nais e estudantes de Comunicação in-teressados no campo de conhecimen-to e atuação de ComunicaçãoOrganizacional, Marketing Político(Eleitoral) e Comunicação na Admi-nistração Pública.

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14RP Alternativo

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15RP Alternativo

por Tiago Arrais

Comunicação

a vez do Relações PúblicasEmpresarial:

Por que investir em comunicação? Jornais, revistas,sites, folders, malas-diretas

são algumas das ferramentas de co-municação utilizadas pelas diversasorganizações, com o objetivo de es-tabelecer relacionamentos com seuspúblicos. Para alcançar melhores re-sultados, em relação às campanhaspropostas pela comunicação empre-sarial, é preciso fazer um diagnósti-co da empresa, avaliando as ima-gens interna e externa e as suaspolíticas de comunicação para, apartir daí, identificar as suas metase ações e definir quais os melhoresinstrumentos para alcançá-las.

Cabe ao planejamento estratégi-co de comunicação criar, desenvol-ver, orientar e executar programasdirigidos a clientes, fornecedores,acionistas, imprensa, formadores deopinião, entre outros públicos. De-pendendo da necessidade da empre-sa, planejam-se projetos educativospara a comunidade, verifica-se quala possibilidade de patrocínios, anali-sa-se a postura dos veículos de co-municação frente a empresa, den-tre muitas outras ações.

Empresas que pretendem sobre-viver no mercado e, conseqüente-mente, crescer, têm como premissaa adoção de uma atitude transpa-rente diante dos seus públicos, di-vulgando constantemente sua cul-tura, valores e projetos. É primordi-

al apresentar claramente sua filoso-fia e missões econômica e social, atra-vés da comunicação empresarial.

No denominado novo milênio, acomunicação empresarial evoluiu deum estágio prematuro, em que eradefinida como mero acessório, paraassumir, agora, uma função relevan-te na política negocial das empresas.Deixa, nesse momento, de ser ativi-dade relegada a segundo plano nosmomentos de contenção de despe-sas, de crise, para se firmar como“produto” estratégico que a empre-sa tem em mãos para conquistar cli-entes, sensibilizar seus públicos ouinteragir com a comunidade.

Como administrador de conflitose responsável pela criação de umaidentidade organizacional, o Rela-ções Públicas tem um papel muitoimportante em todo esse processoe deve, mais do que ninguém, defi-nir uma política comunicacional in-tegrada que configure uma estru-tura “total” de comunicação. Deve,também, saber trabalhar as funçõesde administração, mediadora, estra-tégica e política, configurando, defato, essa consistente estrutura que,embora firme e bem delimitada,deve se adequar a cada momentopor qual a empresa passa.

No livro Planejamento de Rela-ções Públicas na Comunicação Inte-grada (1986), Margarida K. Kunschapresenta o planejamento de rela-

ções públicas com visão integrativa,estratégia para “se chegar a uma ad-ministração dessa comunicação”.Diz, por exemplo, que não se podeseparar a comunicação institucionale a comunicação mercadológica, oproduto e o serviço. A autora vaialém: “as organizações devem terentre os objetivos de comunicaçãoo de buscar o equilíbrio entre os seusinteresses e os dos públicos a elasvinculados. Estes objetivos só serãoalcançados se a comunicação forplanejada de forma estratégica, uti-lizando técnicas de relacionamentose meios específicos, devidamente se-lecionados, e integrando todas asatividades comunicacionais, dentrode um filosofia de comunicação or-ganizacional integrada.”

É crescente a presença das Rela-ções Públicas na comunicação em-presarial e cada vez maior sua im-portância, tendo em vista que a clas-se empresarial acordou para o fatode que é o cliente (interno eexterno)que detém o poder nas em-presas, pois somente ele é capaz detransformar em riqueza os serviçose bens que lhe são oferecidos. Essepúblico, que é altamente exigente,tem valorizado iniciativas que visamà produção sem desperdícios, à con-servação do meio-ambiente, bem es-tar dos trabalhadores e comunida-de em geral. Os públicos estão aí, épapel nosso conquistá-los!

Mercado de Trabalho II

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Os atuais grandes questiona-mentos do meio de Comunicação Empresarial são:

qual o melhor instrumento para afixação de marcas e divulgação deconceitos organizacionais, quem émelhor indicado para trabalhar aimagem, os valores e a posturainstitucional diante de seus públi-cos? O americano Al Ries respon-deu a essas questões em seu recen-te livro “A Queda da Propaganda:Da Mídia Paga à Mídia Espontânea”dizendo que o profissional de Re-lações Públicas é o mais indicadopara atender a essa necessidades,pois a propaganda não constróimarcas, apenas as fortalece. Suasafirmações provocaram uma sériede reações, sendo a do famoso epremiado publicitário brasileiro Wa-shington Olivetto uma das mais en-fáticas e repercutidas. Ele declarouque “bobagens ditas em inglês atéparecem sérias”.

Não se deve negar os méritosde cada área. A Propaganda largaà frente na discussão acerca de efi-ciência, pois tem a vantagem de

mensurar seus resultados e alcan-çá-los em prazos mais curtos, alémde ter todo um glamour que envol-ve a atividade. O Relações Públicastem como armas pesquisas, audi-torias e todo um leque de instru-mentos dos quais dispõe para tra-balhar a imagem organizacional,objetivando a conquista da credibili-dade e da confiança do público.Como o próprio Olivetto declarouà revista Comunicação Integrada,“a comunicação não admite regras.Cada caso é um caso”, portantotem suas características e necessi-dades específicas. Por isso, essa dis-cussão sempre corresponderá a in-teresses classistas, uma vez que tra-ta-se de legitimação profissional.

Pergunta-se: em vez de se dis-putar, por que não unir forças eações em benefício de uma ótimacomunicação que atenda às neces-sidades dos diversos públicos?

Assim, Relações Públicas e Propa-ganda aplicadas em conjunto po-dem (e devem) dar suporte uma àoutra: o Relações Públicas entra como planejamento estratégico deações promocionais da identidade

Relações Públicas&

uma disputa que pode (deve) virar parceria

Mercado de Trabalho IIIpor Kássia Canafístula

institucional e aproximação entre or-ganizações e públicos e a Propagan-da dá o suporte técnico aos pro-gramas de comunicação, através dacriação e produção de materiais.Uma atividade complementa a ou-tra, possibilitando resultados maissólidos e eficientes com cada umexercendo seu papel, em nível deimportância igual.

À parte de toda essa discussão,deve se pensar nos benefícios gera-dos pela união dessas duas vertentesda Comunicação. É certo que a me-lhor estratégia para se conquistar pú-blicos e mercado consumidor é umacomunicação clara e eficiente queutilize meios que estabeleçam um re-lacionamento de credibilidade e con-fiança com o público e que realmen-te os atinja. Para isso, a construçãode uma imagem institucional, junta-mente com uma divulgação eficien-te, é essencial. Assim, Relações Públi-cas e Propaganda devem trabalharjuntas visando a objetivos comuns, es-tabelecendo ações e estratégias queotimizem a Comunicação Organiza-cional, deixando de lado vaidades epreconceitos.

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17RP Alternativo

Virgínia Maluf,Homenagem

por Gercilane Araújo

professora e poetisa

Uma das grandes representantes das Relações Públicas noMaranhão, a professora

Virgínia Rayol Braga Maluf, nos dei-xou no último dia três de novembro.

Graduada em 1974, Virgínia Rayolfez parte da primeira turma do cur-so de Comunicação Social da UFMA,retornando a esta, em 1977, para le-cionar durante vinte anos.

Nesse meio tempo, fez cursos depós-graduação na UFMA e na Uni-versidade de Brasília (UnB), foi sóciafundadora da ABRP-MA, compondoa primeira diretoria. Publicou, em1986, “Universidade x Empresa – umestudo de caso em Relações Públi-cas”, livro pioneiro que analisa adicotomia teoria x prática das RP.

Além de ter se dedicado à docên-cia e às letras, Virgínia assinou duran-te dois anos a coluna “Crônicas deVirgínia”, no jornal O Estado doMaranhão, em fins da década de 90.Nessa coluna, abordou temas comoa vida dos detentos do Complexo Pe-nitenciário de Pedrinhas.

A professora era casada com oadvogado José Rachid Maluf e dei-xou dois filhos: José Rachid Filho eChames Maluf. Segundo a sua mãe,Marinalva Rayol Braga, Virgínia “tro-cava o dia pela noite só para se dedi-car às letras”. Ela escreveu poesiascomo “Espelho de três faces” e “Asarmadilhas e as tranças de Rapunzel”.

Virgínia também foi condecora-da com o Prêmio Opinião Públicapromovido pelo CONRERP de SãoPaulo, em 1992. O prêmio contem-plou o trabalho “A escola vai aoLegislativo”, quando ela fazia par-

Eterna Chames

1 Que prepara os meus rituaisque discorda de meus ancestraise me seduz com pequenos desaforose duas horas depois com beijos

2 Chames, Chamesnessa troca vivencialdigitamos nosso computadornossa ideologia amorosapara o novo milênio

3 Ah, meu amor!Fiz-me em apostopara entender teu feed-backlinhas conflituosas intermediadas

por períodos de democraciaum glossário de vocabulários criativossob o impasse de chavôes da mídiae música dos Cds de Asa de ÁguiaChiclete com Banana e Banda Eva

4 No meu tempo de adolescenteeu andava de bondeDeus ia no bondeDeus era o bonde

5 No hoje do teu tempoDeus está no computadorDeus é o computador

6 Chames, travessia,o caminho e suas trilhasdaquilo que não vivi...contigo aprendo o reverso da históriaque jamais será contada...

7 Chamesfogo que apascentapaz que assustaproposta...afagoinstinto telúricode menina e mulherser do meu sersem ser de mim

8 Acima do bem e do malés Chamesacima de minhas mortesés eterna.

Extraída do livro Latinidade - I Coletâ-

nea Poética da Sociedade de Cultura Lati-

na do Estado do Maranhão

te da Assessoria de Comunicaçãoda Assembléia Legislativa do Estado.

Relações Públicas, professora,poetisa, mãe e mulher. Em seus 52anos de vida, Virgínia Rayol se mos-trou ativa em vários aspectos no quediz respeito ao convívio social. Dessamaneira, ela conseguiu mostrar queser sujeito da história é apenas umaquestão de relacionamentos semqualquer tipo de interesse, ainda quese ganhe prêmios ou não.

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18RP Alternativo

Os alunos da disciplina Técnicas de ComunicaçãoDirigida Aproximativa (RP),

ministrada pelo professor EliasAzulay, promoveram, no dia 03 defevereiro, o I Seminário Universitá-rio de Cerimonial e Organização deEventos, no auditório do Centro deCiências Sociais, por ocasião do en-cerramento da disciplina.

O evento teve como tema “Ce-rimonial e Organização de Eventos:As Experiências dos ProfissionaisMaranhenses” e contou com a pre-sença de estudantes e profissionaisde RP, Turismo, Hotelaria, Letras einteressados na área.

Os alunos organizadores, sob aorientação do professor da discipli-na, escolheram profissionais comformações diversas, como RelaçõesPúblicas e Turismo, que atuam nomercado de eventos, para exporsuas experiências na área, através dedois painéis. O primeiro, “As facesdo Cerimonial”, contou com a par-ticipação da decoradora CarminhaCabral, cerimonialista da UEMA; daprofessora de RP, Nilma Lima, dire-tora da Societá Cerimonial e Even-tos e da professora Éllida Guedes.O segundo painel, “Como vencerobstáculos no mercado maranhense

de organização de eventos?”, tevecomo painelistas os turismólogosGardênia Feitosa, diretora da ÊxitoEventos, e Rodolfo Silva, do BuffetBeliske, e da Relações Públicas KésiaNunes, diretora executiva da RPAssessoria, Cerimonial e Eventos.

A escolha de profissionais dediversas formações veio da gran-de discussão sobre quem é o pro-fissional mais habilitado para tra-balhar com eventos. Essa discussãonão é recente e não se tem espe-ranças de encerrá-la, enquanto aprofissão de organizador de even-tos não for regulamentada.

A abertura do evento foi feitapelo prof. Azulay e contou com achefe do Departamento de Comu-nicação Social, profa. Jovelina Reis,a coordenadora do Curso, profa.Luciana Jerônimo e do chefe daAssessoria de Comunicação daUFMA, prof. James Maxuel Araújo.

O seminário só pôde acontecergraças ao empenho da turma, queapesar da falta de patrocínio e tem-po exíguo para organizar o even-to, não poupou esforços para ob-ter sucesso em seu trabalho. Todoo recurso financeiro para a realiza-ção do seminário foi originado dasinscrições e dos próprios alunos.

I Seminário Universitário deCerimonial e Organização de Eventos

Estudantes de RPrealizam o

fotos: Sarita Bastos

Mundo Acadêmico Ipor Elayne Quintanilha

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19RP Alternativo

Mundo Acadêmico IIpor Rainara Serra

a teoria acrescida da prática

Estágio Curricular:

AAAAA teoria nunca é suficientepara saciar a sede deaprendizado:teoria da Co-

municação, da Administração, daEconomia; planejamento fictíciopara empresas fantasmas ou empre-sas reais; organização de eventosnão realizados; matérias e projetosnão publicados nem efetivados – sóteoria, para a obtenção de nota.Elaborar projetos que tenham esseintuito para tentar reproduzir a re-alidade do mercado externo é ape-nas o primeiro passo para a produ-ção efetivamente profissional. Paraminimizar a “carência” de prática,os estudantes buscam o estágio.

Aprimorar o embasamentoteórico e adicioná-lo à prática, resul-tando em um profissional preparado,com um currículo repleto de infor-mações e de experiência profissional,cultural e social é função do estágio.

Essa experiência “profissional–estudantil” pode ser extracurricular oucurricular. O estágio extracurricular éaquele desenvolvido ao longo do cur-so, remunerado ou não, sem a neces-sidade de acompanhamento docen-te e técnico. Em alguns casos, oextracurricular pode tornar-se curri-cular, desde que esteja dentro dasnormas para tal.

Já o estágio curricular permi-te aos estudantes que não tiveramoportunidade de estabelecer a relaçãodinâmica entre a teoria e a prática, aolongo do curso, a interação com a re-alidade do mercado de trabalho.

No Curso de ComunicaçãoSocial da Universidade Federal doMaranhão – UFMA, o estágiocurricular é obrigatório, previsto por

lei e regulamentado por decreto des-de de 1974, segundo a resoluçãonº65/74 – CONSEPE. Esse estágio éconsiderado uma disciplina e podeser realizado após o cumprimento depelo menos 75% do curso, em umdos campos de estágio conveniadoscom a UFMA. Nesse momento, o es-tudante prepara-se, sob supervisõesdocente e técnica, para receber acomplementação da sua formaçãoprofissional. O estágio curricular nãopode ser remunerado e deve ter car-ga horária superior a 10% (dez porcento) da carga horária do curso.

Na UFMA, a Divisão de EstágioCurricular (DIESC), órgão do Depar-tamento de Desenvolvimento doEnsino de Graduação (DEDEG) daPró-Reitoria de Ensino (PROEN) e aCoordenação de Estágio de cadaCurso são as responsáveis pelo fun-cionamento do estágio. Compete aoDEDEG manter os subsídios e/ou ela-borar o projeto de Resolução, man-ter o intercâmbio e assessorar as co-ordenações de estágio e as institui-ções que funcionam como campo deestágio; oferecer e orientar os con-vênio e acompanhar e providenciaro Seguro de Acidentes pessoais dosestagiários. Às Coordenações cabesupervisionar as habilidades dos es-tagiários. Os coordenadores de es-tágio são eleitos pelo Colegiado dosCursos e se responsabilizam por ela-borar as programações de estágios,propor as normas específicas, ori-entar, selecionar e distribuir os esta-giários nos campos de capacitação.

A avaliação do estagiário é feitapelos supervisores docente e técnico,periodicamente, no decorrer do está-

gio, com o objetivo de constatar onível de rentabilidade alcançado peloavaliado. O aproveitamento do alunoserá expresso sob a forma de notas,que poderão variar de 0 (zero) a 10(dez) , tendo 07(sete) como média.

O campo de estágio para Comu-nicação não se restringe a empre-sas de comunicação, sendo maisfácil, no entanto, a busca por está-gio nesses estabelecimentos. Atu-almente, empresas que serviamcomo campo de atuação fora doMaranhão cessaram o convêniocom a UFMA, o que dificulta parao aluno realizar seu estágio fora doEstado. Mas não é impossível. Se avariedade de instituições oferecidaspela coordenação de estágio doCurso não agrada ao aluno, elepode ir em busca de outras opçõese estabelecer ou renovar o convê-nio. Dois casos podem ser citados,ambos na área de RP: Karla Castro,que através de uma solicitação, viacarta, ao senador José Sarney, pre-sidente do Congresso Nacional,conseguiu um estágio no Senado,em Brasília; e Isabelle Santos, querenovou o estágio com a LaborConsultoria de RP Ltda., em Brasília.

E o melhor de tudo. Ao final dosestágios, as duas foram contrata-das. Karla, por uma empresa de co-municação que presta serviço aoSenado, e Isabelle pela Labor, emcaráter experimental, com grandeschances de contratação definitivaapós colar grau, em março.

Para nós vale a lição: quem temboca vai ao Piauí, a Fortaleza, aBrasília, e, quem sabe, a Roma.

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É preciso promover avisibilidade das RelaçõesPúblicas no Maranhão

Profissão IIpor Fernando Castro

As Relações Públicas nasceram e se desenvolveramcom rapidez nos E.U.A.,

tendo reconhecidas suas funçõescomo eficientes ferramentas demarketing e vendas para as orga-nizações, através de suas pesqui-sas e auditorias que possibilitam odirecionamento da comunicação.

No Maranhão, apesar do cursouniversitário existir desde 1970, paraalguns professores e recém-gradua-dos, a atividade sofre de um totaldesprestígio, caracterizado pela pou-ca inserção dos formandos de RP nomercado de trabalho local. Vários sãoos motivos apontados por eles parao fracasso das RP no Maranhão, en-tre os quais: o desconhecimento pe-los empresários sobre o que é a ativi-dade, o que causa inexistência devagas; os profissionais que atuam nomercado não utilizam as técnicas emsua potencialidade, causando maisconfusão sobre o que é RP; os estu-dantes recebem cargas teóricas mui-to grande, sendo desproporcionalem relação às aulas práticas; e as em-presas locais não se utilizam dos ins-trumentos de comunicação.

Mas será que o cenário mara-nhense é realmente tão árido para osRP? Se o é, de quem seria a responsa-bilidade de adubar e plantar as semen-

tes para a germinação de uma novapaisagem? Como devemos nos com-portar, em 2004, frente às inúmeras em-presas maranhenses que começam a uti-lizar os instrumentos de comunicação?O que fazer para tornar Relações Públi-cas visíveis aos olhos maranhenses?

Para a professora Maria do CarmoPrazeres, mestre em ComunicaçãoInstitucional pela USP, a responsabi-lidade de semear RP é de todos osenvolvidos. Ao Curso de Comunica-ção Social cabe o máximo desenvol-vimento teórico e prático dos alunose dos professores através de aulas,seminários, debates, congressos, em-presa júnior de RP e parcerias comempresas para estágio dos estudan-tes. A Associação Brasileira de Rela-ções Públicas – Maranhão (ABRP-MA)deve promover eventos, seminários,debates, palestras e workshops so-bre o que é RP, suas funções, técni-cas e benefícios à sociedade em ge-ral, principalmente ao empresariado.Os profissionais precisam utilizar emprofundidade suas técnicas, princi-palmente a pesquisa, com objetivosespecíficos de RP. Aos estudantes bas-ta estudar e sorver o máximo de co-nhecimento que os professores, oslivros e os profissionais da área pos-sam oferecer. E todos devem se inte-grar para promover e provar a im-

portância das Relações Públicas paraas organizações e para a sociedade.

O cenário está mudando e, aocontrário do que aconteceu nas dé-cadas de 70, 80 e meados de 90, asorganizações maranhenses aumen-tam progressivamente o uso dosmeios de comunicação, das mais va-riadas formas de informar e a ab-sorção de profissionais. E quem maishabilitado para assessorar essa in-serção na mídia do que o RP?! Elessabem exatamente o que comuni-car, a quem comunicar, quando equal veículo usar, além de ajudar aadministração e de integrar toda aorganização aos objetivos estabele-cidos e ações recomendadas.

Então, o que é mesmo precisoser feito para tornar visível a ativi-dade de Relações Públicas ao Mara-nhão? Brigar pelo mercado comotodas as outras profissões, mostrá-la necessária às organizações, reve-lando todos os benefícios que aimplementação de um projeto deRelações Públicas proporciona às or-ganizações. Isto, aliado ao empenhodos professores, das associações declasse, dos profissionais e dos alu-nos, fará com que Relações Públi-cas conquistem seu lugar de direi-to, que é a total visibilidade e em-prego da atividade na sociedade.

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Talentos do Cursopor Poliana Oliveira

Comunicação

Segundo Juan Bordenave, “a Comunicação serve para que aspessoas se relacionem entre si,

transformando-se e a realidade que asrodeiam”. Na pré-história, o homem fa-zia pinturas rupestres nas cavernaspara comunicar-se. No decorrer da his-tória da humanidade, a utilização daarte no processo comunicacional con-tinua a ser cada vez mais intensa.

É constante a presença de alunoscom talentos artísticos no Curso de Co-municação Social. Em algumas universi-dades adota-se o termo Arte e Comuni-cação Social para designar o curso. De-vido a essa relação entre à arte e a co-municação, percebe-se a necessidade deinclusão de disciplinas relacionadas à artena grade curricular do Curso de Comu-nicação. Para o aluno de radialismo JoãoCarvalho, que é ator, “algumas discipli-nas do Curso de Arte ajudam na desen-voltura do profissional, levando-o atransformar características ditas neces-sárias em uma profissão em inotáveis”.Como é o caso do profissional de rádioque mesmo não tendo uma boa vozpode transformar este aspecto eminotável, se tiver desenvoltura em sua lo-cução. Ou seja, outras característicassubstituem a falta de algumas conside-radas indispensáveis, inicialmente.

Alguns profissionais de comunicaçãousam a arte como instrumento de tra-balho, pois consideram que essa vem fa-cilitar a assimilação do conteúdo da men-sagem. O aluno de jornalismo ManuelRamos, que é artista plástico e trabalhanuma assessoria de comunicação, diz que“o artista consegue entender a realida-de de forma mais crítica”. Nesse caso,ele usa o talento que tem na produçãode charges, em seus textos jornalísticos.

Há alguns anos atrás, no Curso de

Comunicação Social os alunos cons-tantemente expunham seus talentosartísticos, através dos eventos, publi-cações etc. Atualmente, com a faltade espaços para isso, poucos docen-tes e alunos têm conhecimento so-bre a presença de talentos no Curso,como os cantores André Lucap,Gabriela Buonocore, Michael Mesqui-ta, dentre outros além dos já citados.

Segundo a estudante de relaçõespúblicas Luana Martins, que é pianis-ta, “os estudantes de Comunicação pre-cisam conhecer os talentos existentesno Curso, e para tanto, é preciso queos espaços antes existentes voltem”. No1º semestre de 2003, aconteceu a últi-ma edição do Comunicarte ,quandoalguns alunos puderam manifestar seustalentos, ressaltando a relação entre acomunicação e a arte.

Na UFMA, o Departamento de As-suntos Culturais (DAC) está constan-temente estimulando os artistasiniciantes a expor seus dons artísticospara a comunidade, ressalvando-lhesalguns espaços para cantos, mostras,pinturas, teatro, poesia etc.

Na atividade de Relações Públicas,que tem por finalidade ser mediadoraentre a organização e seus públicos, oprofissional que tem conhecimento so-bre arte ou é possuidor de um dom ar-tístico poderá usar essa habilidade parafavorecer a realização de seu trabalho.É comum algumas empresas usarem aarte para projetar uma imagem positi-va de si. Tais empresas dificilmente têmsua imagem abalada quando enfren-tam problemas. Um caso notável foramos vazamentos de petróleo da Petrobrás,que ,por ser uma das grandes patroci-nadoras da Cultura Brasileira, conseguiumanter sua imagem positiva.

e arte

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VERÉ esperar prá

Marketing Turísticopor Tiago Marques

Desde o dia 26 de janeiro,a novela DA COR DO PECADO passou a estar em

nossos lares a partir das sete da noi-te pela Tv Globo, tendo como pon-to central o romance inter-racial deuma moradora local e um turista. Anovela é ambientada em paisagense pontos turísticos de São Luís,Alcântara e Lençóis Maranhenses.

Nos meses que antecederam o iní-cio da novela, mais precisamente noperíodo de gravação das primeirascenas, São Luís, por instantes, ficoucom ares de Hollywood.Era um talde fechamento de ruas, isolamentoquase que total do centro histórico,histeria de fãs (na sua maioria mu-lheres), gritando GIANECHINNI!!!.Houve até um pequeno ufanismopor parte de determinados morado-res que tiveram suas residências ecomércios utilizados como locaçãopara as filmagens e cenas da novela.

Na edição de um jornal de São Luís,um desses moradores se diziavalorizadíssimo com as gravações danovela em seu bairro e também ressal-tava a exaltação da cultura local, emespecial o tambor de crioula, pela pro-dução global. Tudo bem! Comomaranhenses nós deveríamos ficar or-gulhosos disso. Se o forró pode ser “acoqueluche” do momento, por que otambor de crioula também não pode?Na minha opinião é até melhor!

Mas isso fica para outra hora, pois oque realmente interessa são os benefíci-os e malefícios que se pode ter com umasuper exposição de nossa terra, num gran-de veículo nacional como a TV Globo.

Algumas perguntas pairam no ar.Será que o turismo irá aumentar?

Será que a população criará uma cer-ta consciência e passará a adotar umapostura que valorize a arquitetura eo folclore? O que deixaremos comolegado para as futuras gerações senão despertamos para a realidade deum Estado que está com “vivas” de-mais e progresso de menos? Tomaraque no decorrer da novela isso sereflita em cada um de nós e ocorraum insight coletivo e todos ou, pelomenos a maioria, digam: essa é a mi-nha cidade e é preciso cuidar de seupovo e sua arte.

Se nós, por tradição, já importa-mos em demasia, nada melhor quenos mirarmos no exemplo da nossaprima rica , a cidade de Fortaleza- Ce,que no ano de 1994 foi mostrada nanovela Tropicaliente, em uma estraté-gia política para revelar as belezas doCeará. Por outro lado, uma reporta-gem sobre o governo desse Estado,intitulada “O Ceará que não aparecena TV”, publicada em julho daqueleano, pela Folha On Line, denunciavao descaso dos governantes em comu-nidades de péssima renda no Estado,em contradição com o alto valor in-vestido na novela para obter o retor-no desejado para o Ceará. Foram in-vestidos cerca de 700 mil dólares divi-didos em hospedagens e transportesde maquinário e equipe de gravaçãoe um terreno cedido pelo Beach Park.Tudo isso em prol de crescimento tu-rístico que, segundo o então gover-nador Ciro Gomes, iria trazer benefí-cios para todos na cidade.

Dez anos se passaram e os investi-mentos feitos para a realização danovela ainda são responsáveis pelocrescimento turístico da cidade. Os

hotéis estão sempre cheios, nos perí-odos de janeiro, junho, julho e de-zembro; existem grandes franquias ins-taladas na capital; o comércio infor-mal é um dos maiores do Brasil e arede de entretenimento possui umenorme parque aquático e orla com-pletamente urbanizada. Pode se di-zer que a cidade de Fortaleza tem aresde cidade grande no que diz respeitoa desenvolvimento. A atual situaçãoeconômica do Estado é estável e cadaano se planeja melhor com relação agrandes eventos e manutenção físicada cidade.

Mas o progresso traz consigo vá-rios problemas que são o calcanharde Aquiles de qualquer grande me-trópole: violência e prostituição sãoos casos mais comuns. Em Fortale-za, houve aumento no índice defurtos ao turista, tráfico de drogase roubo de carros, sem falar em as-saltos aos estabelecimentos comer-ciais. Outra conseqüência foi osurgimento de agências de viagensque incluem em seus pacotes o “fa-moso” turismo sexual. Os investi-mentos em educação são fracos efalta iniciativa dos governantes, quesó se importam com o seu “públicoexterno”, esquecendo o “públicointerno”, na questão social.

A experiência vivida pelos cea-renses poderá servir de exemplo paranós maranhenses obtermos os resul-tados desejados após o término danovela. São Luís tem um grande po-tencial turístico, um acervo cultu-ral rico em manifestações folclóricas,artesanato e culinária, que precisa serdivulgado,mas trazendo retorno po-sitivo para a população.

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ADVENTOArtigoPor Protásio Cezar dos Santos*

A sociedadecontemporânea elege

o consumismo como sím-bolo de status - substituição das

escalas de valores, definindo comofundamental o Ter e não o Ser. O Eu

substituindo Nós e a fuga para oesotérico. Os valores são uma força viva e

dinâmica para a formação de seres huma-nos integrais. O profissional de Relações Pú-

blicas deve direcionar esforços para a tarefade despertar virtudes latentes e ideais grandio-

sos, dignos e verdadeiros.Os valores éticos e espirituais, relegados

ao segundo plano e até ridicularizados, resul-tam em superficialidade, consumismo eegocentrismo.

Cabe às Relações Públicas o desafio datransformação de parâmetros comuns com osquais orientamos nossas ações na interpreta-

ção do mundo e possibilitar o desenvolvimen-to efetivo e humano pleno. Partindo des-

sa premissa é necessário [...] “tomar cons-ciência do nosso papel como ser

social, de como a nossa práti-ca social não está servindopara transformação de uma

realidade que nãoestamos mais su-

p o r -

tando porquecada vez mais essa reali-dade nos prova que os valoresmais humanos estão sendo despre-zados em troca de uma maior produti-vidade, da competição, de falsas vitórias,do lucro etc.“ (BRUHNS, 2003, p.9)

A responsabilidade social visa aodesenvolvimento de uma nova atitude empresarial,através da sensibilização e mudança da culturaempresarial. Cabe às Relações Públicas promoverem eorientarem a responsabilidade de todos e de cada um,na busca do bem comum, da melhoria da qualidadede vida, enfim, na busca do pleno exercício da cidadania.

Na revista RP-Alternativo todas as matérias sãopróprias da área, definidas, focadas. O título acimaparece estranho para uns; para outros, talvez, não.Embora o título seja emprestado do Natal, comochegada, início, princípio, vinda... queremosrelacioná-lo às Relações Públicas numa visão derealinhamento, reconduta pessoal eorganizacional, como releitura do [...]estabelecer e manter compreensão mútua[...], conforme definição da ABRP. Emsíntese, do realinhamento, da ética, daconduta, num ADVENTO pessoal eprofissional.

Que o ADVENTOchegue a todos e emtodos!