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março de 2013 1 Março/2013 – Ano 22 – n o 213 EDITORIAL A notícia da renúncia do papa Bento XVI repercu- tiu em todo o mundo. Foi um momento novo na vida e na história da Igreja, pois há quase 600 anos isso não acontecia, embora uma renúncia papal esteja prevista no Direito Canônico. Teremos o conclave em março para a eleição de um novo papa. Convido para que todos os católicos vivam este tempo com interesse e oração. E com sentimento de gratidão e de carinho em relação ao papa Bento XVI, que teve uma enorme coragem, humildade e grandeza de alma em seu gesto de renúncia. A reflexão que o próprio gesto do papa deixa para todos é a de que a Igreja não é sustentada pelas pessoas, mas pelo próprio Cristo, ao recordar as palavras de Jesus no Evangelho de São Mateus: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). A todos uma boa Quaresma e uma abençoada Páscoa! Dom Odilo Scherer , cardeal arcebispo de São Paulo (SP) e presidente do Regional Sul 1 da CNBB. Nota da CNBB sobre a renúncia de Bento XVI Em 11 de fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou nota sobre a renúncia do papa Bento XVI. A seguir, sua íntegra: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado. FACEBOOK/RADIOVATICANO

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março de 2013 1

Março/2013 – Ano 22 – no 213

editorialA notícia da renúncia do papa Bento XVI repercu-

tiu em todo o mundo. Foi um momento novo na vida e na história da Igreja, pois há quase 600 anos isso não acontecia, embora uma renúncia papal esteja prevista no Direito Canônico. Teremos o conclave em março para a eleição de um novo papa.

Convido para que todos os católicos vivam este tempo com interesse e oração. E com sentimento de gratidão e de carinho em relação ao papa Bento XVI, que teve uma enorme coragem, humildade e grandeza de alma em seu gesto de renúncia.

A reflexão que o próprio gesto do papa deixa para todos é a de que a Igreja não é sustentada pelas pessoas, mas pelo próprio Cristo, ao recordar as palavras de Jesus no Evangelho de São Mateus: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

A todos uma boa Quaresma e uma abençoada Páscoa!

Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo (SP) e presidente do Regional Sul 1 da CNBB.

Nota da CNBB sobre a renúncia de Bento XVI

Em 11 de fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou nota sobre a renúncia do papa Bento XVI. A seguir, sua íntegra:

“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.

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A Pastoral da Educação do Regional realizará de 22 a 24 de março o seu encontro anual na Casa de Retiro Emaús, em Araras (SP), Diocese de Limeira (SP). A abertura, na sexta-feira, será com uma palestra de frei Carlos Josaphat, cujo tema é A juventude da Igreja no contexto da eleição do papa. No sábado, os trabalhos analisarão as-pectos da Campanha da Fraternidade CF), Fraternidade e juventude, com ênfase na educação para a cidadania e a assessoria da professora Maria Stela Graciani, da Faculdade da Educação da

Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo (SP). Será abordada a carti-lha CF na escola, subsídio oferecido para levar o tema da CF às salas de aula. No domingo, serão contemplados aspectos como a mobilização social pela melhoria da educação e uma educação para a paz. Todos os trabalhos terão o acompanha-mento de dom Caetano Ferrari, bispo de Bauru (SP) e responsável pela Pastoral da Educação.

Inscrições e outros detalhes pelo tele-fone (11) 3832-0180 ou pelo e-mail [email protected], com Sueli, ou pelo

Pastoral da Educação realiza encontro

Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o “Papa do Amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.

A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.

Agradecemos a Deus o dom do minis-tério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fra-terna, assegurando-lhe nossas preces.

Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento sin-gular da vida da Igreja de Cristo.

Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebis-po de Aparecida (SP) e presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva, arcebispo de São Luís (MA ) e vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília (dF) e secretário-geral da CNBB

“Caríssimos Irmãos,Convoquei-vos para este consistório não só por causa das três canoniza-

ções, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja.

Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino.

Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo, quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha in-capacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos cardeais em 19 de abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o conclave para a eleição do novo sumo pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os padres cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.”

Vaticano, 10 de fevereiro de 2013Bento XVI

Bento XVI anuncia sua renúncia como papa

e-mail [email protected], com Luiz Antônio. A Casa Emaús localiza-se na Avenida Dona Renata, 2.360, Vila Quei-roz, Araras, telefone (19) 3542-0217.

O Informativo publica, na íntegra, as palavras de Bento XVI no momento de sua decisão de renunciar ao seu pontificado, em 11 de fevereiro.

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TERRA SANTA P A R A S A C E R D O T E S

O seu ponto de partida para qualquer destino” C E L E B R A N D O O A N O D A F É ”

dioceses

No Ano da Fé, o arcebispo de Sorocaba (SP), dom Eduardo Be-nes de Sales Rodrigues, lançou a Carta Pastoral intitulada Bem-Aventurado aquele que crê, na qual convida sua comunidade a viver esse período. “Convido todos os fiéis, clérigos e leigos, para um aprofundamento da Fé Batismal,

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Secretário da CNBB abre curso de Teologia

O Centro Diocesano de Formação Teológica (CDFT) da Diocese de Limeira (SP) promoveu, em 2 de fevereiro, a primeira aula de 2013 de seu Curso de Teologia para Leigos. Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, foi o responsável pela aula magna, que aconteceu na Faculdade Anhanguera, com o tema A Nova Evangelização à luz do Ano da Fé. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes, entre alunos, ex-alunos, autoridades e os padres Paulo Sérgio Gonçalves, coordenador-geral do CDFT, Éder Justo, coordenador diocesano de Pastoral, e José Rossini, vigário episcopal. Em sua aula, dom Leonardo destacou trechos da Carta Apostólica Porta Fidei, de Bento XVI, e enfatizou que, ao vivenciarmos o Ano da Fé, “devemos refletir sobre os caminhos que nos conduzem ao encontro com Cristo e redescobri-los”.

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CARTA PASTORALBem-Aventurado aquele que crê(Beatus qui credit)Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues

Arcebispo Metropolitano

Arquidiocese de Sorocaba/SP2012

por meio do estudo contínuo do Sím-bolo Niceno-Constantinopolitano”, destaca a carta de 21 páginas. O arcebispo lembra que o Ano da Fé é uma oportunidade única para conhe-cer melhor a Profissão de Fé Batismal da Igreja, quer através da Escritura Sagrada, quer por meio do Catecismo Católico Apostólico Romano.

Arcebispo de Sorocaba lança carta sobre o Ano da Fé

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dioceses

Monsenhor Darci é ordenado bispo

O monsenhor Darci Nicioli, de 53 anos, ex-reitor do Santuário Nacional de Aparecida (SP), foi ordenado bispo auxi-liar da Arquidiocese de Aparecida (SP), em 3 de fevereiro. A celebração aconte-ceu no Santuário Nacional e o consa-grante foi o arcebispo dom Raymundo Damasceno Assis, da Arquidiocese de Aparecida. Concelebraram a ordenação o arcebispo emérito de São Paulo (SP), cardeal dom Cláudio Hummes, e o bispo emérito de Barretos (SP), dom Pedro Fré. Estiveram presentes, ainda, os padres Michael Brehl, superior-geral da Con-gregação Redentorista, e Luiz Rodrigues, superior da Província Redentorista de São Paulo, além de diáconos, religiosos, seminaristas e missionários redento-ristas. Fiéis da Arquidiocese, romeiros, familiares e conterrâneos do novo bispo, nascido em Jacutinga (MG), prestigiaram a ordenação.

Dom Darci auxiliará dom Raymundo na coordenação das atividades paro-quiais dos santuários de Aparecida e de Frei Galvão, de 17 paróquias e de dezenas de capelas. Em sua homilia, dom Ray-mundo lembrou a todos que aos bispos são confiadas três missões. “A primeira é servir à Palavra de Deus. A segunda é a de Santificador, pela administração dos sacramentos. A terceira é servir o povo de Deus com caridade, solicitude e conhecimento do rebanho.”

ViVendoEMmissão

A missa de envio do padre Antônio Luis Fernandes, que, ainda este ano, parte para São Gabriel da Cachoeira (AM) como integrante do Projeto Missionário Norte 1 − Sul 1, foi cele-brada na capela da sede do Regional em 31 de janeiro. A celebração ficou por conta do cardeal arcebispo de São Paulo (SP) e presidente do Regional, dom Odilo Scherer. Concelebraram o presidente do Conselho Missionário Regional (Comire), dom Vicente Costa, e o secretário-geral do Regional, dom Tarcísio Scaramussa. A missa contou com a presença da presidente da Con-fêrencia dos Religiosos do Brasil (CRB) − Regional São Paulo, irmã Geni Ca-margo, dos padres Nelson Rosselli, se-cretário-adjunto do Regional; Éverton da Silva, assessor do Comire; Joaquim Gonçalves, diretor da Revista Missões, e de familiares do missionário, como sua mãe, Maria Fernandes.

Em sua homilia, dom Odilo destacou o Ano da Fé e convidou cada cristão a re-

Padre Antonio Luis Fernandes abraça a missão

fletir sobre a fé em Cristo. Dom Vilson Dias, bispo de Limeira (SP), diocese à qual pertence o padre Antônio Luis, enviou uma mensagem que foi lida durante a celebração. “Somos gratos a ele pela coragem e determinação em servir uma Igreja que clama por mais sacerdotes e servidores do Evangelho. Que Deus o abençoe e lhe dê a graça de servir a Cristo na pessoa dos povos amazonenses que ali vivem.”

O novo missionário nasceu em Leme (SP), entrou para o Seminário dos Pa-dres Claretianos em 1986 e, depois, ingressou no Seminário Diocesano São João Maria Vianney, de Limeira. Cursou Filosofia e Teologia na Ponti-fícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP). Em junho de 1997, foi ordenado sacerdote e, nos últimos anos, se dedicou aos trabalhos das paróquias Santa Rita de Cássia (Leme), São Paulo Apóstolo (Limeira) e Senhor Bom Jesus (Americana), onde foi pároco. Traba-lhou, ainda, na formação dos leigos.

Padre Luis vai anunciar o Evangelho além-fronteiras, na prelazia de São Gabriel da Cachoeira

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Logo após a celebração de sua missa de envio, o padre Antônio Luis Fer-nandes (foto), novo missionário em São Gabriel da Cachoeira (AM), concedeu a seguinte entrevista:

Quando e como surgiu a ideia de ser missionário?

Existem dois momentos bem distin-tos da minha vocação missionária. O primeiro, quando minha mãe grávida de mim, no sexto mês de gestação e trabalhando no corte de cana, foi surpreendida por um temporal e, não tendo tempo para voltar para o abrigo, escondeu-se numa capela abandonada. Lá, diante de uma imagem de Santa Teresinha do Menino Jesus, rezou e ofe-receu a vida da criança para as missões. O segundo, quando já crescido e com capacidade de decidir, aprendi a olhar a Igreja e a sua missão a partir do mo-delo de Jesus, missionário e dedicado a formar e animar as comunidades.

O que o levou a escolher o Projeto Missionário Norte 1 − Sul 1?

A escolha pelo Projeto se deu por uma questão de comunhão eclesial: a Igreja no Brasil, a partir da CNBB, sempre teve um olhar para os desafios que a Amazônia representa para a evangelização. O Projeto Missionário Norte 1 − Sul 1 abre uma porta que permite a nós, diocesanos, realizar esse ideal proposto pelo Vaticano II de nunca restringir a Igreja e o ministério presbiteral a um local geográfico, mas estendê-lo ao horizonte. Já a ida a São Gabriel da Cachoeira não foi uma es-colha pessoal e, sim, uma adequação a um projeto. A gente aceita e depois tenta fazer o melhor.

Quais são as suas expectativas?Costumo dizer que a frustração é

irmã gêmea da expectativa... Por isso mesmo, evito criar expectativa demais, pois isso pode significar algo não tão

bom. O que quero é chegar, conhecer as pessoas, a realidade, a Igreja do lugar, os agentes de pastoral que lá atuam, os diferentes missionários que dedicam suas vidas àquela Igreja, ouvir o bispo, saber das necessidades e, a partir das minhas forças e dons, tentar servir no que puder. Inegável é o fato de a reali-dade por si só se impor: 93% da popu-lação indígena, 23 etnias, 18 línguas, as distâncias são imensas e há dificuldades de transporte e comunicação. Tudo isso gera ansiedade. Mas “Aquele que me chamou é fiel”, como disse São Paulo, grande missionário dos gentios.

Como o senhor vê a Missão, hoje, na Igreja?

Hoje a Igreja vive um tempo de maturidade acerca da missão. Muitas são as frentes missionárias assumidas por ela. Muitos são os desafios que ela se propõe a assumir e responder. Do ponto de vista teórico, o Vaticano II trouxe-nos uma riqueza imensa que abriu horizontes e possibilitou à Igreja assumir a missão como servidora e não como dona do Reino. Mas ainda nos falta a corresponsabilidade com a vida e os projetos missionários.

O que significa partir para uma Missão além-fronteiras?

Entender que estou pronto a viver para aquilo que sempre me preparei. O desafio de partir nunca é fácil. Ir para uma terra e uma cultura diferentes é desafiador. Mas o sim dado não é ape-nas de quem vai. É, também, da Igreja que envia e acompanha. Por isso, aceito o desafio sabendo que comigo vão minha diocese, meus amigos, minha família, as comunidades com as quais trabalhei e todo o Regional. Aceito o desafio sabendo que lá me acolhem uma diocese, os padres e religiosas, os leigos e leigas, o bispo e o povo com quem vou ser Igreja nesse tempo de missão. E o melhor de tudo: aceito sabendo que a obra maior quem fará mesmo é o Espírito que nos socorre em todas as nossas necessidades.

Novo missionário em São Gabriel da Cachoeira

“O desafio de partir nunca é fácil. Ir para uma terra e uma cultura diferentes é desafiador. Mas o sim dado não é apenas

de quem vai. É, também, da Igreja que envia e acompanha”

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campanhadAFraternidade

Padre Antônio Carlos Frizzo *

A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a ouvir os jovens. Existem inúmeros modos de estimular um diálogo com os jovens que atuam nas mais diversas realidades de nossas comunidades. A Equipe Regional da CF sugere que, em cada paróquia, comu-nidade, seja colocada uma caixa para receber a Comunicação da Juventude. Essa caixa deverá ficar à disposição dos jovens, durante toda a Quaresma, com o seguinte convite: “Fale com a gente − Reclame, critique, pergunte e proponha”. Claro que ninguém precisa

se identificar. Basta colocar idade e local de residência. Seria bom, ainda, indicar o nome da comunidade ou paróquia onde atua. A Equipe Diocesana poderá recolher as urnas na primeira semana da Páscoa. No clima do Espírito do Ressus-citado, começar a analisar os conteúdos apresentados, com coragem e disposição para ouvir as novas propostas.

Tabulado o resultado, começa a fase de mobilização e divulgação. A Equipe Diocesana da Pastoral da Juventude tem em mãos um conteúdo de excelente qualidade para buscar novos rumos de articulação e mobilização no universo da juventude. Com coragem e determi-

nação, pode-se acolher as reclamações, corrigir posturas e comportamentos que impedem compromissos com a evangelização, esclarecer as dúvidas na esfera da doutrina e prática, bem como, apresentar planos para realizar as novas ideias.

Somente por meio de uma abertura sincera e honesta ao diálogo com a juventude seremos capazes de mani-festar que estamos assumindo uma verdadeira conversão aos jovens, como quer a CF 2013.

* Padre Antônio Carlos Frizzo é assessor regional da Campanha da Fraternidade.

Quaresma exige diálogo com a juventude

Em 14 de fevereiro, o Conselho Epis-copal do Regional (Conser) da CNBB realizou uma reunião da Comissão Episcopal Representativa com uma ex-tensa pauta de trabalho. Nela o destaque coube à partilha de temas para a 76a Assembleia Regional dos Bispos, que acontecerá em Aparecida (SP), de 10 a 12 de junho. Na abertura, o presidente do Conser, dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo (SP), refletiu a respeito do livro de Isaías 55,6-7: “Com este texto, a Igreja repete o apelo da litur-gia da Quarta-Feira de Cinzas: ‘voltai ao

Conser partilha temas para próxima assembleiavosso Deus e Senhor, arrependendo-se dos vossos pecados”’. Sobre a Campanha da Fraternidade 2013 (Fraternidade e juventude), o arcebispo espera que a iniciativa consiga envolver a sociedade como um todo. “Não é uma campanha dos jovens, mas um momento propício para o envolvimento da sociedade, para refletir o momento da juventude no Brasil, ouvindo os jovens”, completou. Também exortou para a preparação do que chamou de “grande momento do Regional neste semestre”: a Assembleia Regional dos Bispos.

O secretário-geral do Conser, dom Tarcisio Scaramussa, conduziu os trabalhos. Divididos em grupos, os participantes apresentaram várias sugestões de temas para a Assembleia dos Bispos, destacando-se a retomada das exigências da ação evangelizadora. Os bispos receberam as sugestões para a devida partilha na reunião reservada, e o tema definido será anunciado por ocasião do envio das cartas-convites. A reunião terminou após os comu-nicados das sub-regiões pastorais e organismos.

Aos 80 anos, dom Angélicoganha livro em sua homenagem

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Aparecida anuncia subsecretário

Após a saída do padre Kleber da Silva da coordenação da Sub-Região Pastoral de Aparecida (SP), foi anunciado, como seu substituto, o padre Leandro de Souza. Ele é ligado à Diocese de Taubaté, onde atua como vigário paroquial do Santuário de Santa Teresinha. No novo posto, padre Leandro ficará responsável, ao lado de dom Carmo João Rhoden, presidente da Sub-Região, de promover o intercâmbio e a partilha entre a Arquidiocese de Aparecida e as dioceses de Caraguatatuba, Lorena, São José dos Campos e Taubaté. “É um desafio e uma grande responsabili-dade. No entanto, contamos com a graça do Espírito Santo e vamos dar continuidade ao que já vinha sendo feito pelo padre Kleber”, afirmou.

O novo subsecretário já começou seus trabalhos em 14 de fevereiro, durante sua apresentação na reunião da Comissão Representativa do Regional Sul 1 da CNBB, em São Paulo. O Padre Kleber continua na coordenação da Comissão de Liturgia do Regional Sul 1.

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Pastorais lançam cartilha sobre Dia da Mulher

Uma cartilha contendo três encontros, cada um com roteiro enfocando as dificul-dades femininas, foi lançada pela Pastoral Operária Nacional, em parceria com a Pastoral da Mulher Marginalizada. Sua fi-nalidade é comemorar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e refletir a respeito da sua atuação nas relações de gênero, no mercado de trabalho, na família e na socie-dade. “Que esta cartilha seja um ponto de apoio ao apresentar parte de vários desafios que as mulheres vêm enfrentando ao longo de suas vidas e um estímulo para a renova-ção dos valores”, afirmam os organizadores da publicação. Cerca de 3 mil exemplares foram distribuídos às Pastorais Operárias de todo o Brasil.

PASTORAL OPERÁRIA NACIONALA serviço da classe trabalhadora urbana

PASTORAL DAMULHER MARGINALIZADA

“Nas palmas de tuas mãos, leio as linhas da minha vida.” Cora Coralina

08 DE MARÇO2013

DATA:

LOCAL:

Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC) e ex-auxiliar da Arquidiocese de São Paulo (SP), completou 80 anos em janeiro de 2013 e ganhou, como presente, um livro contando sua caminhada pastoral. Dom Angélico Sândalo Bernardino − Bispo profeta dos pobres e da justiça, sob a coodernação de Waldir Aparecido Augusti, narra a luta do bispo ao lado dos mais pobres na Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), na Diocese de São Miguel Paulista (de 1975 a 1989, quando esta era região episcopal de São Paulo), na Região Brasilândia e em Blumenau. Ele também presidiu o Regional Sul 1 de 1983 a 1987. A obra foi lançada em 8 de fevereiro, durante celebração presidida pelo próprio dom Angélico na Paróquia São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo, na Diocese de São Miguel Paulista.

Aos 80 anos, dom Angélicoganha livro em sua homenagem

Caminhada pastoral de dom Angélico é retratada em livro

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Presidência do Regional Sul 1 recebeu pela primeira vez a visita do padre Leandro de Souza. Ele à direita na foto, ao lado do padre Kleber

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Informativo CNBB Regional Sul 1Publicação mensal

março de 2013

Rua Conselheiro Ramalho, 726,Bela Vista – CEP 01325-000São Paulo (SP) – Tel.: (11) 3253-6788E-mail: [email protected]: www.cnbbsul1.org.brDiretor: Padre Nelson Rosselli FilhoEditora: Irmã Ivonete Kurten, fspRedator: Renato Papis Lopes, MTb 61012/SP Fontes e colaboradores: Marco Antonio Erbeta, Assessoria diocesana de Imprensa; A12, Assesso-ria de impressa CNBB e Rádio VaticanoEdição, revisão e diagramação: Revista Família CRistã E-mail: [email protected] Site: www.familiacrista.org.br Impresso na Gráfica da Pia Sociedade Filhas de São Paulo (Paulinas) Tel.: (11) 3789-1422

para assinar o inFormatiVo cnBB regional sul 1

Ligue para

(11) 3253-6788Ou acesse o e-mail

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Iniciação à vida cristã - Eucaristia

segue o estilo catecumenal, pois focaliza a centralidade bíblica e pascal, além da unidade querigmática e das leituras orantes.

Livro do Catequista: apresenta a história da salvação, que culmina na páscoa de cristo, a fim de que a criança se sinta protagonista e continua-dora do projeto de Jesus por meio do anúncio da palavra, da celebração da eucaristia e da vivência cristã na comunidade.

enfoca a eucaristia como cumprimento do batismo, o qual incorpora a pessoa na igreja e a faz herdeira do espírito para configurar sua vida inteira na páscoa de cristo.

Livro do Catequizando: com linguagem acessível e ricamente ilus-trado, leva a criança a contemplar os mistérios da vida de cristo ao longo dos encontros, para a descoberta e vivência da fé em sua vida.

Livro da Família: analisa as motivações dos adultos para encaminhar as crianças à eucaristia. a visão de conjunto de cada unidade possibilitará os responsáveis acompanhar mais de perto as atividades propostas nos encontros. só haverá uma eficaz iniciação quando a família assumir a tarefa de integrar, pelo testemunho vivencial, seus filhos na vida da igreja.

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Coordeno um grupo de pessoas com deficiência au-ditivas “Evangelizando com as Mãos” na Arquidiocese de Sorocaba (SP). Gostei muito da nota publicada sobre o nosso trabalho. Parabéns...Agradecemos imensa-mente a atenção e o espaço no Informativo. Abraço!

Maria Angela Oliveira, coordenadora Por e-mail

Conta Corrente 40381-4 o valor simbólico de R$ 10,00

nucleo de catequese paulinas – nucap