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FROTA&Cia - Julho 2012 - 3

DIRETORIADiretoresJosé Augusto Ferraz Solange Sebrian

REDAÇÃODiretor de Redação e Jornalista ResponsávelJosé Augusto Ferraz – (MTB 12.035)[email protected]ônia [email protected] [email protected] Aurélio [email protected]

ARTEEditorFábio Bortoloto (MTB 31.295)[email protected]

COMERCIALDiretoraSolange [email protected] de contasFred [email protected]. [email protected]

CIRCULAÇÃOGerenteJosé Carlos da [email protected]

ADMINISTRAÇÃOGerenteEdna [email protected]

Assinaturas e Alterações de Dados CadastraisServiço de Atendimento ao AssinanteFone/Fax (0**11) 3871-1313E-mail: [email protected] ANUAL - R$ 132,00 (12 edições)Preço do Exemplar Avulso: R$ 11,00REDAÇÃO, PUBLICIDADE,CIRCULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua Ministro Godói, 507 (Água Branca)05015-000 – São Paulo – SP – BrasilFone/Fax (0**11) 3871-1313Home page: www.frotacia.com.brFROTA&Cia é uma publicação mensal da Editora Frota Ltda,de circulação nacional e controlada, enviada a empresários eexe cutivos em cargos de direção, de empresas de transportesde cargas e passageiros. Circula também junto a embarcado-res de cargas, compradores de serviços de transportes, frotis-tas em geral e fornecedores de produtos e serviços de trans-portes. Direitos autorais reservados. É proibida a reproduçãototal ou parcial de textos e ilustrações integrantes da ediçãoimpressa ou virtual, sem a prévia autorização dos editores. Ma-térias editoriais pagas não são aceitas e textos editoriais nãotem qualquer vinculação com material publicitário. Conceitosexpressos em artigos assinados e opiniões de entrevistadosnão são necessariamente os mesmos de FROTA&Cia.

Editoração eletrônica - Editora FrotaTratamento de imagens e Arquivos digitais - FênixImpressão - Vox EditoraLaboratório fotográfico - PH ColorTiragem - 15.000 exemplaresCirculação - Junho 2012Filiada ao Instituto Verificador de Circulação Dispensada de emissão de documentos fiscais conforme Regime Especial Processo SF-04-908092/2002

Foto de capa: Montagem sobre fotos: Divulgação

FROTA SERVIÇOS

✆ Fone/Fax: 11 3871-1313Internetwww.frotacia.com.brE-mail: [email protected]

Linha diretaAssinaturas/Alteração de CadastroJosé Carlos da Silva - [email protected]

Redação/Sugestões de PautaSônia Crespo - [email protected]

Publicidade/Reprintes de matériasSolange Sebrian - [email protected]

Diretoria/ReclamaçõesJosé Augusto Ferraz- Diretor de Redaçã[email protected]

EDITORIAL

Aaprovação da Lei Nº 12.610, de 30 de abril de 2012 queregulamentou a profissão de motorista profissional,com destaques para a jornada de trabalho e o tempo

de direção, sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseffem maio último, representa uma grande conquista do setor detransportes. Um benefício para todos os trabalhadores envol-vidos com a atividade como, também, as transportadoras rodo-viárias de cargas que utilizam seus serviços, as empresas em-barcadoras e a própria sociedade brasileira como um todo.

Mais que contribuir diretamente para a melhoria das condiçõesde trabalho dessa importante categoria profissional, o novotexto legal deve repercutir favoravelmente na redução dos aci-dentes de trânsito provocados por excesso de trabalho. Além de estabelecer de forma muito maisclara os direitos e obrigações da classe trabalhadora, dedicada ao exercício da profissão.

Contudo, apesar do regulamento representar um grande avanço nas relações trabalhistas queenvolvem a cadeia do transporte, empresários e motoristas reconhecem que será preciso dartempo ao tempo. Sob a ótica dos principais interessados, as novas normas vão exigir um pe-ríodo de assimilação, até se incorporarem em definitivo à cultura organizacional das empresasde transportes, bem ao dia-a-dia de motoristas e agregados. Os representantes do setortambém defendem a necessidade de alguns aperfeiçoamentos, para que a Lei proporcione osefeitos desejados.

Luiz Alberto Mincarone, ex-presidente da ABTI, que reúne as operadoras de transporte interna-cional, acredita que não basta a regulação da jornada de trabalho com intervalo de repousopara os motoristas. Ao seu ver, é preciso que a PRF e o Ministério do Trabalho fiscalizem a im-plementação da Lei. Já o diretor da NTU (Associação Nacional das Empresas de TransportesUrbanos), Marcos Bicalho dos Santos, acha difícil o cumprimento rigoroso do tempo de descan-so nas grandes metrópoles, em função dos congestionamentos.

Por sua vez, o presidente do Sindicam-SP (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargade São Paulo), Norival Silva, anunciou que o veto da presidente Dilma no artigo que exigia aconstrução de bases de apoio nas estradas para descanso dos motoristas, torna inviável ocumprimento da medida. Segundo o dirigente, sem locais apropriados para descanso, o moto-rista vai parar onde for mais seguro, mesmo que isso implique na extensão da jornada.

Controvérsias à parte, o fato é que a Lei No 12.610 veio para ficar. E, certamente, vai ganhar umaimportância ainda maior, nos anos que virão. Ao ascender à condição de sexta maior economiado mundo, o Brasil precisa despertar para a necessidade de se alinhar com as nações mais evo-luídas do planeta. E não apenas no aspecto econômico mas, sobretudo, no âmbito social, deforma a proporcionar melhores condições de vida e trabalho para todos aqueles que se empe-nham pelo progresso da nação.

José Augusto FerrazDiretor de Redação

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Mar

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revista

Questão de tempo

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4 - FROTA&Cia - Julho 2012

SUMÁRIO

Edição nº 157 - Julho - 2012

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Seções

Editorial

06Transporte On-line

50Panorama

39pag.

Economia em recesso diminui a comercialização no varejo, restringe o fluxo de mercadorias e põe pé no freio nas vendasde utilitários de carga ao longo do primeiro semestre de 2012

Comerciais leves

14

O aumento do IPI teve impacto negativo nas vendas dos utilitáriosimportados, intensificando a comercialização dos modelos nacionais e acirrando a disputa entre fortes concorrentes

Furgões leves

18

Deslanchando na preferência do mercado, o Kia Bongo e oHyundai HR ganharam terreno comercial e dominaram o mercado de chassis cabine nos primeiros seis meses do ano

Camionetas de carga

22

Favorita dos empresários no ano passado, a categoria de utilitários médios de carga sofreu comercialmente com a introdução da fase L-6 do Proconve e encolheu 5% nas vendas

Furgões médios

24

Mercedes-Benz quer levar a nova Sprinter 2012 para todos oscantos do país e, para isso, aposta na abertura de concessionáriasexclusivas do produto, que incrementarão suas vendas

Lançamentos

28

O primeiro semestre acabou e as vendas de caminhões P7 continuam estagnadas. Preocupados com o desfecho comercial doano, montadoras lançam mão de divulgações em diversas midias

Mercado

30

Promovida pelas revistas FROTA&Cia e Logweb, pesquisa abordará mais de 2 mil contratantes de fretes para identificaras melhores transportadoras rodoviárias de carga do Brasil

Ranking

34

A reboque da indústria de caminhões, fabricantes de carrocerias instaladas no país apresentam resultado comercial sofrível no período, mas pretendem recuperar as perdas até o final do ano

Implementos rodoviários

36

Com a segmentação do mercado de cargas, cresce a necessidadede adaptações específicas nos utilitários, de carga e de passageiros, realizadas por empresas especializadas no serviço

Serviços

27

A Continental Pneus inova seu portfólio de produtos e estreiano concorrido mercado brasileiro de recapagem para pneus comerciais com a nova banda de rodagem ContiTread

Pneus

38

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Theobaldo De Nigris Neto, um dos diretoresda rede de concessionárias De Nigris, re-vendedora da marca Mercedes-Benz, acre-dita que a partir do segundo semestrehaverá uma “corrida às revendas: “Apos-tamos na demanda reprimida dos trans-portadores, que se contiveram nesseperíodo, mas que precisarão comprar novoscaminhões”, analisa. O grupo, que temsete concessionárias em São Paulo, man-tém dez caminhões da nova Linha Euro 5 –de vários modelos – disponíveis para testdrive. Os modelos mais vendidos de janeiroa maio foram o Mercedes 815 e o MB1016, que responderam por 30% do vo-lume total de vendas.

De Nigris confiante

6 - FROTA&Cia - Julho 2012

TRANSPORTE ON LINE

■ Usados em baixa

Assim como as vendas de cami-

nhões novos, a comercialização

dos usados também anda estag-

nada. Para Marcelo Bouhid, ge-

rente de Marketing da Iveco, “com

a última redução da taxa do FI-

NAME BNDES para 0,45% ao mês,

a atratividade dos veículos novos

aumentou em relação aos usados.

Esse fato acabou minimizando a

tendência natural de aumento do

mercado de usados, em decorrên-

cia da entrada das novas tecnolo-

gias Euro V das montadoras, com

custo mais elevado”.

Fiat Strada 2013A Fiat apresentou na oficina Brennand, em Recife (PE) – refúgio artístico do pintor e escultorFrancisco Brennand -, sua linha 2013 dos veículos Palio Weekend, Strada e Siena EL. No FiatStrada, que ganhou nova motorização, todas as versões agora vêm com Cabine Dupla. ALinha Strada é oferecida em nove versões, que incluem três tipos de acabamento, de acordocom os modelos Working, Trecking e Adventure. Outra variação é o tipo de cabine: Simples,Estendida e Dupla. Os novos modelos agora possuem motorização E-torQ 1.6 16V, que sesoma ao modelo Fire 1.4 e E-torQ 1.8 16V. O top de linha possui motorização 1.8 e câmbioautomático. O pequeno utilitário da marca esbanja agilidade, desempenho e robustez.

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Uma nova concessionária Sinotruk Brasil foi inauguradano Rio de Janeiro, no município de Duque de Caxias. A

casa é a segunda em território carioca. A marca investe no processo de expansão da

rede e irá inaugurar em breve uma revenda emSantos, litoral de São Paulo.

Mapeando o Brasil

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FROTA&Cia - Julho 2012 - 7

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Tei-xeira, enfatizou a necessidade da renovaçãoda frota de caminhões no Brasil, duranteuma entrevista na véspera da abertura oficialda Conferência das Nações Unidas sobre

Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Segundo o RNTRC, Registro Nacional deTransportadores Rodoviários de Cargas, aidade média de caminhões no Brasil é de13,4 anos.

A TA Holding instalou novas instalaçõespara a filial da TALOG e da TA Transporta-dora em Vitória (ES) e em Porto Alegre (RS).Esta última possui 4 mil m² de área total eresponde por cerca de 20 mil despa-chos/mês. Já a unidade em Vitória possuiárea de 2 mil m2 de área construída e rea-liza cerca de 12 mil despachos mensais.

Expansão na TA

A Iveco inaugurou duas novas concessionárias, uma no Sul e outrano Nordeste do Brasil, ampliando sua rede para 106 pontos devenda no país. No estado do Ceará, o Grupo Navesa instalou umarevenda com área total de 5,2 mil m2. Já no Sul, o Grupo Bivel abriu

um novo ponto na cidade de Eldorado do Sul,com uma área de cinco mil metros quadrados.

Iveco pede bis

Frota ultrapassada

Em parceria com a fabricante de compo-nentes BMB, a MAN Latin America esta oferecendo o modelo Constellation 24.280,da Volkswagen, com a opção do segundoeixo direcional, o que proporciona umganho de cinco mil quilos de carga útil.

Com a tração 8x2, o PBT (Peso Bruto Total)do veículo passa a ser de 29.000 Kg legais.Por mês, a BMB recebe 120 caminhões damarca para a colocação do sistema. A mon-tadora quer aumentar este volume para150 veículos.

Direto da fábrica

A Atlas Transporte e Logística divulgou uminvestimento de R$ 32 milhões para 2012,para aquisição de novos caminhões e am-pliação dos centros de distribuição da com-panhia. O objetivo da expansão é poderfaturar R$ 1 bilhão até 2015.

Semeando resultados

■ Novo CT-e

O Serasa Experian desenvolveu

uma solução de CT-e, que corres-

ponde à nota fiscal eletrônica do

frete, para o transporte rodoviário

de cargas. O sistema permitirá a

comunicação direta com as Secre-

tarias de Fazenda estaduais, e alte-

rações necessárias para emissão

das notas.

■ Prazo prorrogado

A propósito, a obrigatoriedade da

emissão do CT-e pelas empresas foi

alterada pelo Ajuste nº 08/2012, pu-

blicado em 27/06. Ao invés de se-

tembro, o novo prazo para o

cumprimento da medida passa a

ser dezembro de 2012.

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TRANSPORTE ON LINE

Efeito Proconve P-7No acumulado de 2012, a receita líquida do Grupo Randon somou R$ 1,34

bilhão, uma queda de 20% se comparado ao período dos primeiros cincomeses de 2011, quando a empresa faturou R$ 2,06 bilhões. Segundo a com-

panhia os resultados eram esperados, devido à implementação da nova le-gislação Proconve P7, que causou desconfiança inicial no transportador na

hora da compra dos novos veículos, por desconhecer o produto.

Mega investimentosO Grupo EcoRodovias finalizou a comprado Terminal de Contêineres da Margem Di-reita (Tecondi), do terminal retroportuároTermares e da operadora logística Termlog,que formam o Complexo Tecondi. A com-panhia irá investir na modernização docomplexo com sede no Porto de Santos,através da aquisição de equipamentos ereordenamento das áreas dos terminanais.

Com o anúncio da devolução de 1,2 mil quilômetros de estradas fe-derais ao Ministério dos Transportes, firmado em acordo em 19/06,entre o orgão e as concessionárias de sete pólos privados do RioGrande do Sul, 15 pedágios serão desativados no Estado por tempoindeterminado. A cobrança das tarifas será suspensa conforme a ex-tinção dos contratos com as concessionárias, ao longo do segundosemestre de 2013.

Pedágio livre

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Localizador móvelA Bridgestone lançou o aplicativo SOS Brid-gestone, para celular, que permite ao usuá-rio buscar revendas por meio de umgeo-localizador, saber qual o modelo depneu ideal para o seu veículo e se informarsobre as novidades e promoções da em-presa. O software foi desenvolvido por umaparceria entre as empresas LAP 3 e VirtualNet e está disponível na loja virtual daApple, no iTunes e no Play Store do Googlee requer a versão Android 2.0 ou superiorpara funcionar.

Segundo dados da Agência Nacional deAviação Civil (Anac), o mês de maio de2012 acusou um crescimento de 5,7% nademanda doméstica do transporte aéreo depassageiros, se comparado ao mesmo mêsde 2011. O resultado, segundo a Anac, re-presentou o maior nível de oferta e de de-manda do transporte aéreo doméstico parameses de maio desde o início da série his-tórica, em 2000. No acumulado do ano de2012 até maio, a demanda aumentou6,5% em relação ao mesmo período do anopassado.

Mais passageiros voando

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De olho no asfaltoUm laboratório móvelesta testando a qualidadedo asfalto em obras derecapeamento na BR-101, que deveriam tersido concluídas há trêsanos. De acordo com o Departamento Na-cional de Infraestrutura de Transportes,Dnit, o atraso ocorre por problemas finan-ceiros e chuvas abundantes em períodosinesperados. A análise consegue identificarse o material empregado no asfalto reca-pado é realmente o que está especificadono contrato entre a empresa e o governo.Caso seja de baixa qualidade, a empresaresponsável pode ser multada, ter o paga-mento suspenso até a readequação do ser-viço ou até mesmo ser barrada emlicitações futuras.

Eaton treina frotistasA Eaton lançou sua Unidade Móvel de Trei-namento para disponibilizar orientação àsequipes de manutenção de frotas de todo oBrasil sobre como utilizar de maneira efi-ciente as transmissões e embreagens Eaton.A iniciativa visa a capacitação dos profissio-nais, preparando-os para um atendimentoadequado a seus clientes. A unidade móvelcomeçou sua trajetória este mês (julho) pelaregião Sudeste do Brasil.

■ Por trilhos

A Brado Logística e a Santos Brasil

firmaram um acordo para aumen-

tar as operações no modal ferroviá-

rio em Santos. O projeto atenderá o

corredor da passagem do trem (bi-

tola larga), na importação e expor-

tação pelos Terminais Intermodais

Rodoferroviários da Brado. As em-

presas esperam movimentar cerca

de oito mil contêineres até o final

do ano pelo trecho.

Nova Ford RangerA Ford apresentou um novo modelo de suapicape média Ranger. Com um projeto bilio-nário, a nova Ranger traz um nível de segu-

rança inédito em seu segmento no mercadoe conta com a classificação 5 estrelas do EuroNCAP, principal órgão independente de ava-

liação de segurança veicular da Eu-ropa. Disponível nas versões cabinesimples ou dupla, o veículo oferecequatro opções de motorização. In-cluindo o motor 3.2 diesel de cincocilindros e 200cv, e a versão 2.5 Flex,de 168 cavalos com gasolina e 173cv com etanol. Para frotistas, a linhaoferece um motor 2.2. Pode ser en-contrada nas versões de acaba-mento XL, XLS, XLT ou Limited,todos com tração 4x4 ou 4x2

DER proibe bitremA permissão de circulação de bitrens adap-tados de sete eixos e 57 toneladas para 9eixos e 74 toneladas está suspensa nas ro-dovias do DER do Paraná. A emissão de Au-torização Especial de Trânsito (AET) para estetipo de configuração foi proibida, segundo

determinação da Portaria nº 259, de 5 dejunho de 2012. De acordo com o DER-PR, ascombinações não atendem aos requisitos daResolução CONTRAN nº 211/06 e não estãohomologadas pela Portaria DENATRAN nº63/09.

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TRANSPORTE ON LINE

Curso MeritorA Meritor esta oferecendo treinamento gra-tuito sobre eixos diferenciais, de julho a de-zembro, na Meritor Aftermarket, unidadelocalizada em Barueri/SP. Destinado à apli-cadores, mecânicos, frotistas e vendedores,o curso tem carga horário de oito horas edura apenas um dia. Os participantes rece-berão um certificado de capacitação profis-sional em eixos diferenciais após aconclusão do curso. Mais informações atra-vés do 0800 55 55 30.

Dia do caminhoneiroEm homenagem ao Dia de São Cristóvão,santo protetor dos motoristas, será cele-brado nos dias 23, 24 e 25 de julho a 23ªFeira do Caminhoneiro, na Área de Exposi-ções anexa ao Posto Sakamoto, localizadono km 210,5 da Rodovia Presidente Dutra

(sentido Rio – São Paulo), em Guarulhos, SP.Motoristas poderão fazer um test drive emnovos modelos de caminhões. O Sest/Senate o Ministério da Saúde estarão presentesrealizando testes, oferecendo vacinas e cor-tes de cabelos gratuitamente

Titan X GoodyearCom a marca Goodyear, a Titan Pneusiniciou a produção de pneus diagonaispara caminhões e camionetas. Oacordo custou US$ 95,6 milhões à

Titan e permitirá o uso da marca Goo-dyear por sete anos. A Titan espera fa-turar R$ 300 milhões por ano com osnovos produtos.

Reajuste no dieselEm junho, o preço do diesel sofreu elevação média de R$ 0,02 por litro, segundo comuni-cou a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes, Fecombustíveis.A entidade explica que a alta decorre dos maiores valor praticados para o biodiesel no 26ºleilão do produto, realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis). A federação ressaltou ainda que fica a critério de cada distribuidora e postorevendedor repassar ou não o reajuste.

Após operação especial que examinou 470cronotacógrafos de veículos de carga e depassageiros em rodovias e empresas detransporte em todo o estado de São Paulo,o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) re-provou 124 (26,4%) equipamentos. Amaioria das reprovações foi por falta de cer-tificado de verificação. O dispositivo é con-siderado como a “caixa-preta” doscaminhões, pois registra dados importantesda operação do veículo.

Caixa preta reprovada

O emplacamento de caminhões P-7 no segmento pesado, acima de 45 tonela-das, esta sendo alavancado pela Scania. Com 45% do total do mercado entreos meses de janeiro à primeira quinzena de junho, a montadora emplacou3.836 unidades com a nova motorização.

Liderança retomadaObras irregularesO Tribunal de Contas da União (TCU) de-tectou superfaturamento nas obras da BR-060. As falhas envolvem as empreiteirasque participaram das obras e poderão cus-tar R$ 30,7 milhões aos cofres públicos. Ascorreções necessárias para evitar a perda fi-nanceira deverão ser realizadas pelo De-partamento Nacional de Infraestrutura deTransportes (Dnit), órgão responsável peloempreendimento.

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www.volvo.com.br

É por isso que o Brasil vai com a VolvoFAZER A PONTE PARA O FUTURO

Muitas obras estão mudando a vida dos brasileiros. E a Volvo faz parte da construção desse novo país.

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abertura

O ritmo do consumo nacional diminuiu e, com isso, as vendas de comerciais leves perderam a velocidade no primeiro semestre de 2012.

Com exceção do segmento de chassi cabine que acusou uma evolução de 3%

Por Sônia Crespo

REDUZIDA GERALREDUZIDA GERAL

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FROTA&Cia - Julho 2012 - 15

42.500 veículos vendidos no ano pas-sado nesse período.

Desse volume, 55% correspondemà categoria dos leves, que pelo preçoou pela funcionalidade preservaramum ritmo comercial positivo e evoluí-ram comercialmente 4% nos cinco pri-meiros meses do ano. Já a versão fur-gão médio, que no ano passado des-pontou como favorita dos frotistas,acumulando vendas 48% superioresem relação a 2010, andou de ré esteano: as vendas caíram 5%, prejudica-das em boa parte pela introdução datecnologia L-6 (nova fase do Proconvepara utilitários, que teve início em ja-neiro), que provocou dúvidas na horada compra – a exemplo do que ocorreuno segmento de caminhões, e encare-ceu o produto.

Em dúvida, o transportador pare-ce ter encontrado como alternativa aaquisição da versão camioneta que,pelo preço, pela versatilidade e facili-

Menos consumo, menos en-tregas. As vendas de utilitá-rios de carga ao longo do

primeiro semestre de 2012 mostramclaramente que a sociedade brasileira,que foi às compras durante 2011, fe-chou a carteira no primeiro semestrede 2012. De norte a sul do país, a so-ciedade vem batendo recordes de en-dividamento, congelando, assim, a di-nâmica operacional de ampliação e re-novação de frotas de transportadorasde carga que se dedicam à distribuiçãonos grandes centros urbanos – molapropulsora desse mercado de veículos.De janeiro a maio deste ano foram co-mercializados 43.440 utilitários, soma-dos os furgões leves, furgões médios ecamionetas, volume 2% inferior aos

dade de implementação, ampliou suasvendas em 3% - ao contrário da aceita-ção que conseguiu em 2011, quando asvendas dos modelos da categoria re-gistraram margens negativas.

A retomada da medida de isençãode IPI para veículos automotores –onde se encaixam os utilitários levesde carga, anunciada em maio pelo go-verno federal, transforma este mo-mento em propício para as compras epoderá modificar – positivamente – aevolução comercial dos três segmen-tos da categoria.

ESTRATÉGIAS – Por outro lado, asvendas de utilitários leves de cargavem evidenciando, ao longo dos últi-mos dois anos, um novo perfil decomprador, mais detalhista e exigentecom o produto, dizem os fabricantesde utilitários. Com esse comporta-mento, não basta mais apenas aper-feiçoar os veículos, como as montado-

De janeiro a maio deste ano foramcomercializados 43,4 mil utilitários de

carga, somados os furgões leves,furgões médios e camionetas, volume

2% inferior ao resultado de 2011

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tro dessas revendas temos centros es-pecializados, com assistência técnicadirigida ao produto e atendimento di-ferenciado para o comprador”, desta-ca. Psilliakis diz que as concessioná-rias da marca dispõe de mais de 2 militens de peças genuínas do produtoSprinter.

O foco da Renault nas revendas ex-clusivas de furgões da marca tem ra-zão de ser, já que seus dirigentes ad-mitem que o segmento de comerciaisleves vem ganhando representativida-de ano a ano. Em maio deste ano, aempresa abriu a concessionária Valecde Campinas, instalada em uma áreaconstruída de 9.500 m². A revenda temcomo principal objetivo oferecer umtratamento ainda mais diferenciado eágil para as necessidades dos clientesprofissionais, sejam eles frotistas, lo-cadoras, taxistas, pessoas com defi-ciência ou condutores de modelos co-merciais em geral. O conceito da re-venda atende o Programa PRO+ damontadora, que é mundial, e tem maisprojetos para outras concessionáriasao estilo no país.

16 - FROTA&Cia - Julho 2012

abertura

ras o fazem, ano a ano. O caminho en-contrado por algumas delas paraatrair e fidelizar novos clientes – quetem surtido bom efeito – é a segmen-tação comercial para o produto: acriação de concessionárias exclusivaspara furgões, vans e camionetas, co-mo fizeram a Ford e a Renault no fi-nal do ano passado e a Mercedes-Benz, em junho deste ano, como pon-tos comerciais de reforço para toda arede de concessionárias já existentesno país.

A Ford, por exemplo, dispõe de 141concessionárias em território nacionale duas destas casas são exclusivas damarca Transit. “Nosso objetivo é apro-ximar mais o atendimento ao clienteFord, para conhecer suas necessida-des. Atualmente temos uma casa emSão Paulo e outra em Curitiba”, expli-cou Marcel Bueno, Supervisor de Mar-keting de Produto e Varejo de Cami-nhões da Ford. A previsão de Bueno éde inaugurar, brevemente, novas casasem outros centros urbanos do país. Pa-ra a marca, o maior mercado da Tran-sit está no Estado de São Paulo, pela

extensão industrial e pela necessidadede veículos que possam circular emáreas de restrição veicular no períme-tro urbano. “Mas já começamos a no-tar maiores demandas em Curitiba,Belo Horizonte e Rio de Janeiro”,aponta o executivo.

DIFERENCIAL – A Mercedes-Benztambém acredita no potencial concen-trado dos grandes centros urbanos eelegeu a cidade de São Paulo paraapresentar a primeira revendedora deseus utilitários, a Van Center. DimitrisPsillakis, diretor de vendas e Marke-ting da Mercedes-Benz, que estevepresente na inuaguração da concessio-nária, que pertence ao Grupo DeNi-gris, adiantou que o conceito de “vancenter” da marca chegará a Belo Hori-zonte e Rio de Janeiro ainda em 2012.“Também estamos abrindo revendasexclusivas para a Linha Sprinter emRecife e em Salvador. Em 2013 será avez de Curitiba e mais sete lojas”, re-vela, explicando que o projeto inicialda montadora prevê a implantação de13 Vans Centers em todo o País. “Den-

Fonte: Fenabrave

FURGÕESKombi/VW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29,00%Ducato/Fiat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,84%K2500/Kia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,87%HR/Hyundai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,42%Master/Renault . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,58%Daily 3514/Iveco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,64%Transit/Ford . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,60%Boxer/Peugeot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,55%Sprinter 313/Mercedes-Benz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,87%Jumper/Citroen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,74%Sprinter 311/Mercedes-Benz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,55%Sprinter 413/Mercedes-Benz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,39%Topic/Jinbei (CN Auto) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,00%Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,95%

FURGÕES LEVESFiorino/Fiat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42,16%Kangoo/Renault . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,57%Doblò/Fiat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,51%Towner/Hafei (CN Auto) . . . . . . . . . . . . . . . . .13,00%Mini Star/Changan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,92%Partner/Peugeot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,15%Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,69%

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO DE JANEIRO A MAIO DE 2012

MODELO/FABRICANTE

COMERCIAIS LEVES

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furgões leves

Alvejadas pelo aumento do IPI para veículos importados, as vendas das versões asiáticas de utilitários para o transporte de carga encolhem no primeiro semestre, abrindo caminho para os modelos nacionais

Por Sônia Crespo, Valeria Bursztein e Bruno Aurélio

futuramente dependerá de novas me-didas governamentais, que reduzamas alíquotas desses veículos.

Nesse competitivo mercado, aKom bi continua liderando soberana-mente as vendas. Ao longo dos cincoprimeiros meses de 2012, emplacou10.021 unidades do modelo, totalizan-do uma evolução de 22%. A boa res-posta comercial apresentada pelo utili-tário da Volkswagen não aconteceucom seu tradicional concorrente, o Fio-rino, da Fiat, que perdeu uma fatiaconsiderável do segmento no períodoem análise. Foram 5.807 unidades em-placadas entre janeiro e maio de 2012,contra as 8,2 mil do mesmo período de2011, contabilizando uma queda dequase 30% na comercialização do pro-duto – reflexo também da intensiva sé-rie de propagandas lançadas nos últi-mos meses por outra forte concorrentedo segmento, o Kangoo Express, daRenault, que acabou absorvendo umaboa parte desse mercado.

PELAS BORDAS – Para a Renault,ainda que as vendas de utilitários te-

nham andado “de lado” nos cin-co primeiros meses de 2012, osresultados atenderam às expec-tativas da montadora, avalia ogerente de marketing da em-presa, Juliano Machado. Decerta forma, superaram esse

parâmetro, uma vez que o mo-delo Kangoo Express praticamente

Apontados como os mais efi-cientes meios de transportede cargas nas grandes cida-

des brasileiras, os furgões leves – comcapacidade de carga de até 1 tonelada,ganham cada vez mais mercado eadeptos de uso. De janeiro a maio des-te ano, mesmo enfrentando as mor-nas demandas do vare-jo nacional ao

Grandes soluções

longo do primeiro semestre, as vendasdesses modelos evoluíram cerca de 4%em relação ao mesmo período de 2011– reflexo direto de sua praticidadeoperacional em vias urbanas. No mês

de junho, com a volta do IPIzero para veículos nacio-

nais, as vendas dessesutilitários ganharamum novo fôlego, sina-lizando crescimentocomercial para o se-gundo semestre. Jápara as versões asiá-ticas, que foram asensação do merca-do na primeira me-tade do ano passa-do, a evolução co-mercial no pri-meiro semestrede 2012 ficou

aquém do es-perado e

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Volume de vendas da Kango Express, da Renault, dobrou no período

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mos para pequenasempresas e pessoasfísicas. Vender paragrandes locadoras epara o governo éuma novidade”, di-vulga. No recorte dasvendas da Renaultpor região, Machadodestaca São Paulo eRio de Janeiro.

Na análise de2012, Machado avaliaos resultados do pri-

meiro semestre: “No caso do KangooExpress, totalizamos um volume pró-ximo a 2.500 unidades”, comenta, sina-lizando que é um pouco complicadofalar de perspectivas futuras: “Estamosem um cenário turbulento, com mu-danças na política de crédito e de im-postos. Mas a expectativa é de cresci-mento porque muitas compras foramreprimidas no primeiro semestre, par-ticularmente porque muitas montado-ras não tinham os seus veículos adap-tados à norma de emissões para veícu-los leves Proconve L6”, pontua, acres-centando que as vendas também deve-rão ser favorecidas pelas novas políti-cas de financiamento e do IPI zero.

dobrou o volume de unidades empla-cadas no período e foi o único utilitá-rio leve a conseguir tal façanha nomercado. Comparando o período dejaneiro a maio de 2012 e 2001, foramcomercializadas 2.153 unidades, con-tra 1.158 unidades respectivamente.

Na visão de Machado, os segmen-tos que apresentaram forte comporta-mento de compra no modelo KangooExpress no período foram as locadorasde longa duração e tercerizadoras defrotas e governo. “Tivemos uma vendagrande, de 300 carros, para os Cor-reios, o que representou mais de 50%das nossas vendas nos cinco primeirosmeses do ano. Anteriormente, vendía-

Para preservar a atratividade deseus utilitários leves, a Renault inseriumodificações em algum modelos, co-mo a incorporação do trio elétrico desérie (vidros, travas e retrovisores).Além da volatilidade normal do mer-cado percebida no decorrer do primei-ro semestre, Machado não identificaoutros entraves específicos para asvendas de utilitários leves. Dificulda-des como a concorrência com modelossimilares e mais tradicionais estão sen-do dirimidas na Renault com investi-mentos em publicidade para melhorara percepção do veículo no mercado.“Temos um produto que começou acrescer há pouco tempo e agora temosum foco maior em utilitários, estamosconquistando cada vez mais mercadoe estamos trabalhando mais o produ-to”, finaliza o executivo.

Dentro da linha de utilitários fabri-cado no país, o modelo Partner, da Peu-geot, também conseguiu ampliar suasvendas, de 569 unidades emplacadasentre janeiro e maio de 2011 para 708veículos no mesmo período de 2012.

FREADA ASIÁTICA – A grande ex-pectativa de vendas dos modelos Tow-ner, da marca chinesa Hafei Motors,

anunciada em 2011 para esteano, acabou não acontecendo –conseqüência dos novos pre-ços dos veículos importados apartir do segundo semestre de2011, quando o governo fede-ral estabeleceu em 30% a alí-quota de IPI para veículos im-portados. “Devido ao choquecom o aumento do imposto, oresultado comercial da linhaHafei ficou aquém do espera-do”, admite Ricardo Strunz, di-retor geral da CN Auto, repre-sentante e distribuidora dosprodutos da marca no país. Odirigente também vê comograndes obstáculos para o co-

VW Kombi continua liderando entre os furgões leves

FROTA&Cia - Junho 2012 - 19

FURGÕES LEVES - EMPLACAMENTOS

* dados da Fenabrave - **dados da montadora

8.200Kombi /Volkswagen*

210Towner Furgão/Hafei

(CN Auto)*1.000Mini Star/Changan (Districar)**

569Partner Furgão/Peugeot*

341Uno Furgão/Fiat**

1.158Kangoo/Renault**

300Uno Furgão/Fiat** 775

Mini Star/Changan* (Districar)**

82Towner Furgão/Hafei

(CN Auto)**

2.232Towner Picape/Hafei (CN Auto)**

2.125Towner Picape/Hafei**

5.807Fiorino/Fiat*

8.200Fiorino/Fiat*

1.400Doblò/Fiat*

2.153Kangoo/Renault**

1.994Doblò/Fiat*

708Partner Furgão/Peugeot*

10.021Kombi /Volkswagen*

Total 23.162 24.113 +4%

JANEIRO A MAIO 2011 JANEIRO A MAIO 2012

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furgões leves

mércio dos produtos da marca a limita-ção do crédito e o aumento do dólar.

Modelos como as Towner Picape,Cabine Simples e Cabine Dupla, quevinham registrando uma demandaempolgante para a distribuidora atéagosto de 2011, não conseguiram maisque evolução de 5% nos emplacamen-

tos, saltando das 2.125 unidades de2011 para as 2.232 veículos emplaca-dos entre janeiro e maio deste ano.“Na realidade este aumento de vendasabsolutas foi liderado por ser este mo-delo o que apresenta preços mais aces-síveis da gama de produto, e os con-cessionários estavam bem estocadoscom esta versão antes do aumento de30 pontos percentuais de IPI. Com istoestas unidades ainda foram comercia-lizadas sem o efeito total do aumentodo imposto”, explica.

Strunz, no entanto, mantém o oti-mismo quanto à uma possível mudan-ça de rumo nos vetores econômicos ena retomada asiática no país, para osegundo semestre deste ano: “Caso ogoverno flexibilize o regime de cota nosetor automotivo, nossa expectativa éde 15% para o segundo semestre”, an-tevê executivo.

As novas alíquotas de impostotambém causaram efeito de retençãocomercial para os utilitários da monta-dora chinesa Changan, que vinha seconsolidando no mercado de entregasurbanas rápidas com os modelos defurgões Mini Star. De janeiro a maiodeste ano, a distribuidora emplacou775 unidades da linha Utility, que in-clui as versões Utility (furgão), e CD

(Cabine Dupla), CS (Cabine Simples) eCE (cabine estendida), volume 23% in-ferior às 1.000 unidades comercializa-das no mesmo período de 2011. “Espe-ramos algumas mudanças por partedo Governo com relação aos veículosimportados no sentido de alavancar asvendas no segundo semestre e incenti-var a introdução de outros modelos”,aguarda Adbul Ibraimo, presidente daDistricar, distribuidora oficial da mar-ca no Brasil, apostando na retomadadas vendas e na comercialização de 1,3mil unidades em 2012. As estratégiascomerciais se concentrarão nos maio-res pólos de mercado para a empresa,localizados na Região Sudeste, “prin-cipalmente em São Paulo, Rio Grandedo Sul e Minas Gerais, onde as leis derestrição de circulação estão presen-tes”, detalha o executivo.

Ibraimo comenta que a customiza-ção de utilitários vem crescendo, emresposta à própria segmentação de mer-cado. Nos modelos da Changan, a maisfreqüente é a versão voltada para a ven-da de alimentos. “O modelo Mini StarFurgão requer uma adaptação bastantesimples, porém exige muita fiscalizaçãocom relação a higiene e segurança, poisos kits utilizam gás de cozinha para opreparo dos lanches”, adverte.

Mesmo com a forte retração

comercial doméstica, o Fiorino

surpreendeu com o excelente

desempenho nas vendas exter-

nas, ao longo do período: entre

janeiro e maio foram exporta-

das 3.311 unidades – para países

da América do Sul e Central. En-

quanto isso, a versão Doblò,

também da Fiat, preservou o

crescimento comercial que vinha

registrando nos últimos anos,

vendendo 1.994 veículos entre

janeiro e maio de 2012, 40% a

mais que as 1.400 unidades em-

placadas ao longo dos cinco pri-

meiros meses de 2011. Também

aumentaram as vendas da ver-

são Uno Furgão, que arrematou

expansão comercial de 15% no

período, saltando de 300 para

341 unidades emplacadas.

Segundo a Fiat, a marca pro-

cura preservar seu share de mer-

cado investindo fortemente na

gama de veículos comerciais

com o conceito de Total Life

Cost, ou seja, na fabricação de

produtos que apresentem um

custo total condizente com sua

vida útil.

Fiorino perde mercado

20 - FROTA&Cia - Julho 2012

Estoques e preços convidativos garantiram aumento de 5% nos emplacamentos do Towner Furgão, da CN Auto

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Bongo e HR dominaram o mercado de veículos chassi cabine no primeiro semestre de 2012. A versão utilitária despontou como a melhoropção de compra para o transporte de cargas nos centros urbanos

Por Sonia Crespo, Valeria Bursztein e Bruno Aurélio

diretor de vendas da montadora noBrasil, anuncia a apresentação da novalinha Kia Bongo com motorização L-6para julho. “O modelo também traránovidades como novo visual, novocâmbio e outras modificações”, relata.

NO ENCALÇO – No ano de 2012, en-tre os meses de janeiro à maio, aHyundai CAOA emplacou 3.601 uni-dades do utilitário de carga HR, umnúmero próximo ao consolidado em2011, quando vendeu 3.930 unidades,que evolui praticamente encostado noseu concorrente Bongo. A disputa en-tre as duas marcas nos reservará sur-presas para o segundo semestre, já quena primeira quinzena de junho de2012, o volume de emplacamentos doHR já superou os resultados do Bongo.Vamos aguardar.

A Hyundai diz que ainda dispõe deestoque de HR com motorização L-5nos pátios das concessionárias da mar-ca. Talvez por isso, até o momento, nãotenha definido uma data específica pa-ra o lançamento dos modelos Euro V.Para este ano, a montadora mantém aaposta de ampliar em 10% os númerosque a fabricante realizou em 2011.

As vendas de camionetas decarga no primeiro semestrede 2012 conseguiram um re-

sultado satisfatório, com crescimentode 3%. Mesmo apresentando preçosmais “salgados”, em função da intro-dução da nova tecnologia para atendera legislação de emissões Proconve L-6(para veículos comerciais de até 3.856kg de PBT), que entrou em vigor emjaneiro deste ano, as fabricantes nacio-nais se beneficiaram com o “efeito IPI”dos importados, que encolheu consi-deravelmente as vendas das marcassul-coreanas Kia Motors e Hyundai. Aversatilidade operacional da versãochassi cabine definitivamente ganhouas avenidas e ruas das grandes metró-poles, submetidas a restrições de árease de horários de circulação de cami-nhões. Com esse perfil – e um preço

Na medida certa

atraente – o modelo absorveu parte domercado de furgões médios, que apre-sentou um magro resultado comercialno primeiro semestre de 2012.

Mesmo comercializando ainda aversão Euro III do utilitário, o BongoK2500 da Kia, parece que chegou ao to-po da lista de mais vendidos e não quermais sair – mesmo registrando reduçãonas vendas. O modelo teve queda nosemplacamentos entre os meses de ja-neiro a maio de 2012, com 3.757 veícu-los comercializados, 12% menos em re-lação aos 4,1 mil vendidos no mesmoperíodo de 2011. No primeiro semestredeste ano, a Kia contabilizou queda nasvendas entre 12% à 15%, sobre os nú-meros de 2011. Mas a montadora nãoparece preocupada. Ari Jorge Ribeiro,

camionetas de carga

Transit, da Ford, e Sprinter2012, da Mercedes-Benz:demandas em ascensão

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placados e prevê,até o final do ano, comercializar umtotal de 1,6 mil unidades do veículo.

ATENDIMENTO VIP – A Mercedes-Benz também disparou em vendas desua versão chassi cabine entre janeiro emaio deste ano, quando emplacou 440unidades, 45% a mais que os 300 veícu-los do mesmo período de 2011. A partirde junho a linha L-6 chegou às conces-sionárias da marca. A proposta comer-cial a partir de agora, segundo JoachimMayer, vice-presidente de Vendas damontadora, é atender um mercado cadavez mais customizado. Para isso, amontadora aposta agora na concepçãode concessionárias exclusivas para sualinha de utilitários Sprinter. A primeiradelas foi inaugurada em São Paulo, nofinal do primeiro semestre. “O segmen-to de utilitários é o que mais vem cres-cendo no país, entre todos os produtoscomerciais, e o mercado geral de vanstriplicou nos últimos três anos”, disse oexecutivo durante a apresentação danova linha Sprinter L-6, que incorporadiversas novidades – entre elas algu-mas versões de chassi cabine com maiorcapacidade de carga (ver pág. 24).

FROTA&Cia - Julho 2012 - 23

lação às 370 unidades comercializadasno mesmo período de 2010. “O ama-durecimento natural do veículo nomercado proporcionou essa busca ex-pressiva pelo chassi cabine. O modelo,que é relativamente novo no país (foilançado em 2009), provê necessidadesexigidas pelo cliente, como conforto esegurança, atributos incorporados atoda família Transit”, explica MarcelBueno, supervisor de Marketing deCaminhões da Ford. A montadora fe-chou o primeiro semestre de 2012 comaproximadamente 750 Transit CC em-

Entre janeiro e maio deste ano, aversão Daily chassi cabine, por suavez, superou as expectativas da marca,diz Marcelo Bouhid, gerente de Marke-ting da Iveco. Desde abril, a marca estácomercializando as versões L-6 dos uti-litários. “Se considerarmos o mercadoem retração neste período, com as mu-danças da legislação de emissões, cons-tatamos a grande aceitação de nossoproduto”, avalia o dirigente, anuncian-do que foram emplacados 3.472 veícu-los, 7% a mais que as 3.229 unidadesem 2011. Bouhid enfatiza que o ramode atividade que mais procura o mo-delo Daily chassi cabine é o de distri-buição porta-a-porta. “Como o Daily35S14 é liberado para transitar em zo-nas de restrição de circulação nas gran-des cidades, ele se encaixa perfeita-mente para o serviço”, diz.

ESFORÇO CONCENTRADO – Omodelo Transit Chassi Cabine, queainda não introduziu a versão L-6 nomercado nacional, também conseguiuum bom resultado para a Ford, nosprimeiros cinco meses deste ano. Com615 veículos emplacados de janeiro amaio, as vendas do modelo Transitchassi cabine aumentaram 60% em re-

Respondendo ao intenso trabalho de divulgação da marca em pratica-

mente todas as mídias eletrônicas, a versão Master Chassi Cabine, da Re-

nault, foi o modelo da categoria que mais cresceu em vendas ao longo dos

cinco primeiros meses de 2012, cerca de 85%, emplacando 789 unidades,

contra 426 em 2011. Juliano Machado, gerente de Vendas da marca, diz

que a montadora expandiu a comercialização deste

produto através de negociação com clientes de pe-

quenas frotas, que têm dois ou três veículos, no

máximo. As versões Master com motorização L-

6 entraram no mercado a partir de

março deste ano.

Master Renault: maior crescimento

Total 12.355 12.674 +3%

4.100Bongo/Kia Motors *

426Master/Renault **

370Transit/Ford**

789Master/Renault **

615Transit/Ford**

440Sprinter/Mercedes-Benz**

300Sprinter/Mercedes-Benz**

3.930HR/Hyundai*

3.229Daily/Iveco** 3.472

Daily/Iveco**

3.601HR/Hyundai*

CHASSI CABINE - EMPLACAMENTOS

JANEIRO A MAIO 2011 JANEIRO A MAIO 2012

* dados da Fenabrave - **dados da montadora

3.757Bongo/Kia Motors *

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24 - FROTA&Cia - Julho 2012

furgões médios

No primeiro semestre do anopassado eles venderam maisde 50% em relação ao mes-

mo período anterior. Este ano, no en-tanto, os emplacamentos dos furgõesmédios foram afetados pela retraçãoeconômica do período e pela introdu-ção da tecnologia L-6, para atender alei nacional de emissões (Proconve), ecaíram 5%. As novas versões dessesutilitários chegaram ao mercado comdiversas modificações e preços majo-rados e tiveram de disputar preferên-cia com opções financeiramente maisvantajosas para operações de entre-gas urbanas – como as camionetas eos furgões leves. Para este ano, no en-tanto, as fabricantes desses utilitáriostêm boas expectativas e acreditam na

recuperação econômica do paíspara recobrar melhores índicescomerciais.

REFORMULAÇÃO – Líderneste segmento há tempos, a

Fiat conseguiu ampliar em15% a comercialização de

seu furgão médio, aDucato. De janeiro a

maio, o modeloemplacou 4.126uni dades, contraas 3.600 de 2011.

Na avaliação damontadora, o primeiro

semestre deste ano sinalizou uma rá-pida recuperação comercial para osutilitários da marca, que conseguiucrescimento total de 5% – impulsiona-do pela isenção de IPI (medida anun-ciada pelo governo no final de maio),medida que vigorará até agosto/2012.“Esta diminuição de imposto, aliada àqueda de preços e a uma política de re-dução de juros, sustentará o possívelcrescimento para o segundo semestre,já que o mercado de comerciais temdemonstrado uma necessidade de ex-pansão”, avalia a montadora.M

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Sucesso de vendas no ano passado, os furgões médios deixam deser a preferência das empresas de distribuição urbana no primeirosemestre do ano, amargando queda de 5% nos licenciamentos

Por Sônia Crespo

O peso do custo

Mesmo com resultadoscomerciais magros entrejaneiro e maio, fabricantestêm boas expectativas para o segundo semestre

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tratégia de comunicação com marke-ting direto com publicidade em rádio,televisão e jornais e reforçando a co-municação com as redes de concessio-nárias. Estamos focando muito mais osveículos utilitários do que fazíamos nopassado”, relata o dirigente, acrescen-tando que a montadora também enve-reda, cada vez mais, pelos editais decompras governamentais.

MERCADO ESTÁVEL – Para a Ive-co, fabricante do furgão Daily, as ven-das dos veículos nos cinco primeirosmeses deste ano caíram 7%, de 166 pa-ra 154 unidades. Mas com relação àsprojeções de vendas para a nova linhacom motorização L-6, a montadora semostra animada, projetando encerraro primeiro semestre deste ano com umaumento total nas vendas dos utilitá-rios da marca de aproximadamente22%. De acordo com Marcelo Bouhid,gerente de Marketing da Iveco, as ven-das externas tiveram um desempenholouvável no período: o volume de ex-portações no primeiro semestre foi deaproximadamente 1.000 unidades, oque representa um aumento de aproxi-madamente 17% em relação a 2011.

FROTA&Cia - Julho 2012 - 25

sitas diretas da montadora aos clien-tes, seja acompanhando as concessio-nárias, seja visitando o comprador di-retamente”, comenta.

A Renault também incrementou ospacotes de pós-venda, reduzindo ospreços da cesta básica atual. “Simulta-neamente, estamos investindo em es-

PRODUÇÃO AFETADA – Já as ven-das do modelo Master Furgão, da Re-nault, encolheram cerca de 15% noperíodo entre janeiro e maio, de 629veículos em 2011 para 573 unidadeseste ano.“Tínhamos uma expectativade vendas maior para o nosso furgão,mas não tivemos produção em janeiroem função da introdução da norma L-6. Daí se explica a retração na co-mercialização. Perdemos por voltade 700 carros no volume total doMaster, lembrando que aqui estãoincluídos os minibus”, afirmou Ju-liano Machado, gerente de Marke-ting da montadora. A nova linhaMaster L-6 entrou no mercado nofinal de março.

Já para o segundo semestre de2012, o discurso de Machado mudade tom: “Apostamos nas qualida-des do novo furgão e projetamoscomercializar no período 700 uni-dades do veículo”, anuncia. Umadas estratégias que a empresa ado-tará para aumentar as vendas defurgões médios é intensificar as vi-

Previsão da Mercedes-Benz para 2012 é comercializar 8 mil unidades da nova SprinterD

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629Transit/Ford**

19Topic/Jinbei**

7Topic/Jinbei**

não informadoBoxer/Peugeot*

não informadoBoxer/Peugeot*

789Master/Renault**

1.600Master/Renault**

166Daily/Iveco**

845Sprinter/Mercedes**

888Sprinter/Mercedes**

FURGÕES MÉDIOS - EMPLACAMENTOS

* dados da Fenabrave - **dados da montadora

48Jumper/Citroen**

596Transit/Ford**

169Jumper/Citroen**

154Daily/Iveco**

4.126Ducato/Fiat *

3.600Ducato/Fiat *

Total 6.983 6.653 -5%

JANEIRO A MAIO 2011 JANEIRO A MAIO 2012

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26 - FROTA&Cia - Julho 2012

furgões médios

INVESTIDA INÉDITA – A Mercedes-Benz se destacou nas vendas de fur-gões médios entre janeiro e maio des-te ano, com 888 veículos emplacados,diante dos 845 do período anterior, oque significou aumento de 5% no re-sultado. Para este ano, a montadoratem planos inéditos para comerciali-zar seus produtos Sprinter: quer am-pliar as vendas da nova linha L-6, quechegou às concessionárias do país noinício de junho (ver matéria na pág.26), apostando no atendimento dife-renciado, através de uma rede de re-vendas exclusivas de utilitários, emdiversas capitais brasileiras. A pri-meira concessionária com este perfil,a Van Center, foi inaugurada em ju-nho. Fabricada na Argentina, a Sprin-ter tem hoje produção na faixa de 16mil unidades/ano. Desse volume, en-tre 60% a 70% destinam-se ao merca-do brasileiro.

Durante a inauguração da VanCenter, o presidente e CEO da Mer-cedes-Benz do Brasil, Jürgen Ziegler,disse que o atual mix de vendas daSprinter é de 35% na versão furgão,25% na versão chassi cabine e 40%na versão van. Quanto ao preço danova versão L-6, o dirigente disseapenas que o consumidor terá uma“boa surpresa”. A previsão da mon-tadora é comercializar 8 mil unida-des de todas as versões da novaSprinter até o final de 2012 – 24% amais que os 6,5 mil utilitários vendi-dos no ano passado.

Na nova linha de furgões, a ver-são 313 se manteve praticamente in-tacta, com PBT de 3,5 toneladas. Aversão 313 tinha 3.550 kg de PBT eagora traz maior potência no motor,ampliando a capacidade de carga em230 kg. A versão 413, também maispotente, dispunha de 4,6 mil kg dePBT e agora passou para 5 mil kg,permitindo o transporte de mais 400kg de carga.

SATISFAÇÃO GARANTIDA – Satis-feita com os resultados comerciais con-solidados até o mês de maio, a Ford re-gistrou 629 emplacamentos do modeloTransit no período, um aumento de5,3% se comparado ao mesmo períodode 2011 – resultado que concedeu àmontadora a fatia de 15,8% de partici-pação no mercado de furgões médios. Marcel Bueno, Supervisor de Marke-ting de Produto e Varejo de Cami-nhões da Ford, diz que a Ford “pros-perou diante as águas nebulosas” domercado automotivo. “Diversos clien-tes o utilizam para o transporte de car-gas fracionadas, uma vez que além dasportas laterais o furgão dispõe de por-tas traseiras”, detalha o executivo.

A Ford também implementou na

marca o conceito de concessionárias ex-clusivas para seus utilitários: dentro darede de 141 revendas da montadora,duas casas dão atendimento dirigido aoproduto. Devido a extensão industrial ea necessidade de veículos que não se-jam proibidos pela restrição veicular noperímetro urbano das grandes capitais,o maior mercado para a Transit furgãoainda é o estado de São Paulo. “Em se-guida temos as maiores demandas noParaná, Curitiba, Belo Horizonte e Riode Janeiro”, especifica Bueno.

A montadora anunciou que encer-raria o primeiro semestre com cerca de850 furgões Transit emplacadas. Já pa-ra o segundo semestre a fabricanteprojeta alcançar um volume entre 1600à 1700 unidades.

Com a alta nas alíquotas do IPI para veículos importados, que variam

entre 37% e 55% sobre o valor do modelo importado, a Topic Furgão, da

Jinbei, comercializada no país pela CN Auto, não conseguiu sua meta co-

mercial para o período mas totalizou 19 emplacamentos (no ano passado,

a marca iniciava as vendas no país e comercializou sete unidades entre ja-

neiro e maio). Embora seja um volume pequeno, o resultado é acima da

média, uma vez que as marcas que não têm fábrica no país registraram re-

tração de 16% nas vendas dentro do período avaliado, segundo informou

a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Im-

portadoras de Veículos Automoto-

res). Ricardo Strunz, diretor geral

da CN Auto, tem esperanças

que o governo reveja es-

sas imposições para o se-

gundo semestre: “Caso

o governo flexibilize

o regime de cotas no

setor automotivo,

nossa expectativa é

de crescer 15% no pe-

ríodo”, antecipa.

O golpe do IPI

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ção

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FROTA&Cia - Julho 2012 - 27

Através de empresas especializadas, os utilitários de carga e depassageiros ganham novas configurações internas, cada vez maissegmentadas, atendendo às mais variadas necessidades dos clientes

Por Sônia Crespo

Transformação total

segmentos respondem por cerca de10% dos serviços da Transformers.Mas a especialidade da companhia é atransformação das vans do Atende,programa da Prefeitura de São Paulopara facilitar a locomoção de deficien-tes físicos. “No ano passado adapta-mos 90 carros para a função”, diz oexecutivo, ressaltando que embora te-nha um mercado consolidado na cida-de de São Paulo, a Transformers pres-ta serviços para todo o país.

O dirigente destaca que são os ser-viços de revestimentos que atualmen-te respondem por 30% das operaçõesda empresa: “Es tamos traba lhan do comos furgões dos Correios, nos quais ins -ta la mos pa re des de com pensado navalestruturado”, comenta. Habib calculaque, na média, a empresa transformaaté 300 veículos pro mês.

RESGATE ESPECIALIZADO – Na Ma-rimar, os volumes atendidos no primei-ro semestre deste ano aumentaram 40%em relação a 2011, segundo João VarinoJunior, diretor presidente da Grupo Ma-

rimar, companhia especializada em ser-viços de adaptação de furgões ambu-lância e de serviços de resgate. “Hojeproduzimos 80% de nosso faturamentocom ambulâncias do tipo simples re-moção, suporte básico, UTI, resgate esuporte avançado”, diz o dirigente.“Também fazemos revestimentos e fri-gorificados”, acrescenta o executivo,detalhando que praticamente 70% dosatendimentos são destinados à monta-doras de veículos, seus principais clien-tes. Para atender todo o território nacio-nal a empresa dispõe de uma ampla re-de de assistência técnica.

serviços

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A expansão dos negócios pelo

aumento da segmentação de ser-

viços também é percebida pela

transformadora Pelican, que regis-

trou expansão comercial de 30%

no último ano. “Todos os anos ca-

dastramos novos clientes”, salien-

ta Jhurandir Baptista, gerente In-

dustrial da empresa, que trabalha

quase exclusivamente com o setor

funerário. Um dos veículos mais

adaptados é a Effa Van, da Effa

Motors. A procura pelo serviço é

proveniente de todas as regiões

do país, tanto de particulares

quanto de órgãos públicos, atra-

vés de editais.

Enterro valorizado

Furgões, vans e camionetas aten-dem aos mais variados serviçosde transporte, que na maioria

das vezes demandam adaptações es-pecíficas para a operação – seja no baú,no revestimento ou na quantidade deacessórios internos. Com uma variadaoferta de serviços, o mercado de trans-formação vem crescendo e se profis-sionalizando ano a ano. Para LincolnHabib, diretor administrativo da em-presa paulistana Transformers, queatua no segmento desde 2009, as de-mandas pelos serviços de adaptaçãode utilitários crescem na média de 40%ao ano. “Isso é resultado de uma con-junção de fatores, que alia boas vendasde utilitários à necessidade de criarum veículo com características seg-mentadas, tanto para carga quanto pa-ra passageiros”, explica.

Na companhia, Habib diz que osvolumes de adaptações mais comunsatendem geralmente o nicho de trans-porte escolar e furgões para a guardamunicipal, em diversos municípios daGrande São Paulo. Juntos, esses dois

Oficina da Transformers: serviços de adaptação

tem crescido 40% ao ano

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28 - FROTA&Cia - Julho 2012

Para incrementar as vendas da nova linha 2012 de utilitários,com motorização L-6, a Mercedes-Benz aposta na abertura de revendas exclusivas para o produto e a oferta de versões variadas

Por Sônia Crespo

Sprinter contra-atacaAMercedes-Benz definitiva-

mente decidiu que vai recu-perar boa parte do mercado

nacional de utilitários. Para isso, pre-tende atacar em duas frentes: a primei-ra é a introdução da nova Linha Sprin-ter 2012 no mercado, com uma série devantagens em relação aos concorren-tes. A segunda é uma novidade no sis-tema de vendas: a aposta em revendasexclusivas para o produto, como a VanCenter, que foi inaugurada em junho,simultaneamente à apresentação dosnovos utilitários. A estratégia comer-cial começa logo na localização da loja–na Av, Bandeirantes, Zona Sul da ci-dade de São Paulo, a terceira via maismovimentada da cidade, por ondepas sam mais de 60 mil veículos pordia. A casa pertence ao grupo De Ni-gris, que acumula mais sete revendasno estado de Estado de São Paulo (verBox). A montadora pretende reforçar oatedimento com 12 revendas seme-lhantes, em grandes capitais brasilei-ras, até o final de 2013 – além das con-cessionárias tradicionais de cami-nhões, que continuarão a comerciali-zar os utilitários.

MAIS POTÊNCIA – Apresentada aopúblico durante a Fenatran 2011, aSprinter com motorização L-6 come-çou a ser vendida em junho. O utilitá-rio é comercializado no país há 16anos, desde 1997. “Já produzimos maisde 200 mil unidades em nossa fábricana Argentina, que tem capacidade de20 mil unidades/ano. É o único produ-to que se sobressai à marca Mercedes-Benz”, comenta Joachim Maier, vicepresidente de vendas de Mercedes-Benz do Brasil, salientando que as 38versões do modelo agora pularam pa-

lançamento

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Nova Sprinter 2012: agora em 44 versões, que atendem três

faixas de PBT, de 3,5 a 5 toneladas

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praticamente intacta, com PBT de 3,5toneladas. A versão 313 (agora 415)tinha 3.550 kg de PBT e pulou para3.880 kg, ampliando a capacidade decarga em 230 kg. A versão 413 (agora515) dispunha de 4,6 mil kg de PBT epassou para 5 mil kg. Com chassi re-forçado, permite o transporte de mais400 kg de carga”, explica.

FROTA&Cia - Julho 2012 - 29

ra 44. Maier diz que o segmento de uti-litários é o que mais vem crescendo en-tre todos os produtos comerciais e omercado geral de vans triplicou nos úl-timos três anos. “Planejamos uma taxaanual de crescimento de 6%”, projeta.As 44 versões do utilitário atendemtrês faixas de PBT, de 3,5 a 5 toneladas.

A linha Sprinter 2012 vem com anova geração de motores OM 651 LA,mais potentes e ecológicos, com aavançada tecnologia BlueEFFICIEN-CY para os veículos comerciais leves(Proconve L-6), que cumprem adequa-damente os dois dos maiores desafiosdo transporte: redução no consumo decombustível e no índice de emissões.A versão 311 CDI Street agora tem mo-tor de 114 cv (aproximadamente 5%mais potente), com torque de 28,5mkgf de 1.200 a 2.400 rpm. Já as novasversões 415 CDI (antiga 313) e 515 CDI(antiga 413) têm motorização de 146cv, com torque de 33,6 mkgf de 1.200 a2.400 rpm, o que significa um incre-mento de cerca de 13% na potência e6,5% no torque.

A tecnologia BlueEFFICIENCY uti-liza sistema de recirculação dos gasesde escape (EGR), que insere gás de es-cape dentro do cilindro visando redu-zir a temperatura e, consequentemen-te, a formação de NOx.

MAIS CAPACIDADE – As novasversões vans ganharam mais espaço:

“Temos boas expectativas de vendas, principalmente porque notamos

que grande parte de usuários de caminhões migrou para o universo de uti -

litários, em função das restrições impostas pelo rodízio urbano”, comenta

Theo baldo De Nigris Neto, diretor da revenda. No dia da inauguração, o

executivo já contabilizava a venda de 30 unidades na concessionária. A

maior procura continua sendo pelo modelo Furgão 311 Street, que no ano

passado respondeu por 50% das vendas da Sprinter. No período, a versão

chassi cabine movimentou 30% dos negócios e as vans, outros 20%. “Mas

esse perfil de mercado está mudando”, salienta, dizendo que a versão chas-

si cabine vem despontando mês a mês na preferência dos clientes, princi-

palmente na região metropolitana de São Paulo. “Aqui, 45% das ven das

atuais são de chassi cabine, e 45% de furgões. As vans respondem por 10%

das comercializações, por causa das restrições urbanas impostas ao freta-

mento”, justifica.

De Nigris Neto diz que a princípio a nova concessionária ira prospectar

as necessidades dos clientes. Ele diz que entre 25% e 30% das vendas do

grupo se concentram na Sprinter. O modelo mais requisitado, por enquan-

to, ainda é o 311 Street.

Sucesso já na inauguração

além das tradicionais versões 9+1 (9assentos para os passageiros e mais oassento do motorista) e 15+1, a novavan Sprinter passa a oferecer as inédi-tas opções 17+1 e 20+1. Já a versãofurgão dispõe de maior capacidadede carga, segundo detalha o gerentede vendas da montadora, JeffersonFerrarez. “A versão 311 se manteve

Linha de utilitários vem commotor OM 651 LA, mais potentee ecológico, com tecnologia EGR

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30 - FROTA&Cia - Julho 2012

mercado

A prioridade dada à comercialização de caminhões da linha P-7 emperrou até abril as vendas da linha P-5. Agora, com promoções e muita divulgação, aos poucos começam a engrenar

Por Sônia Crespo

Reação em cadeia

Oprimeiro semestre deste ano jáquer ser esquecido por muitasfabricantes de caminhões e

chassis de ônibus. Como a prioridadedas montadoras brasileiras era desovaras versões P-5 (Euro III), a divulgaçãodos modelos com motorização P-7 (Eu-ro V) ficou em segundo plano até o finalde março, prazo dado pelo governo pa-ra encerrar as vendas das versões anti-gas. Mas abril chegou e o mercado nãoreagiu. Maio começou e as vendas con-tinuaram apáticas. E pior: a estagnaçãodo mercado de novos paralisou tam-bém o mercado de usados – não se re-nova se não se desova. Em maio, o go-verno federal anunciou, pela segundavez neste ano, uma nova redução nosjuros do Finame PSI, de 7,7% para 5,5%.Surgiu aí uma luz no fim do túnel, queaté hoje não se sabe quanto aumentará.

No acumulado dos cinco primeirosmeses de 2012, os emplacamentos decaminhões somaram 58.853 unidades,amargando uma queda de 13,52% emrelação ao volume comercializado nomesmo período de 2011. Em ônibus, osemplacamentos totalizaram 12.907chassis, configurando uma retração de6,07%, segundo a Fenabrave. A estáticacomercial, agora que o impacto da no-va tecnologia P-7 passou, desencadeouuma série de ações e promoções co-merciais promovidas pelas montado-ras, no intuito de começar um novo se-mestre bem melhor que o primeiro.

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Mercado em queda livre:vendas de caminhõesacusaram decréscimo 13,5% de janeiro a maio

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Até meados de junho, os estoquesde caminhões da montadora eram pa-ra 30 dias. “Abril foi o pior mês doano”, lembra o executivo. “A partirdaí, as consultas para compras vêmcrescendo gradativamente”, relata,projetando fechar o primeiro semestrecom 22,5 mil unidades comercializa-das. “Mas para que o mercado retomeo ritmo daqui para a frente é necessá-rio que o governo preserve a políticade financiamento a juros baixos”, avi-sa. A MAN Latin America encerrou operíodo de janeiro a maio com 18.515caminhões emplacados, totalizandouma participação no mercado de31,44%, segundo a Fenabrave.

PARTICIPAÇÃO AMPLIADA – Mes-mo com as vendas concentradas na li-nha P-5 – da qual ainda dispõe algunsmodelos espalhados pelas revendas –a Mercedes-Benz dedicou o segundotrimestre do ano à pulverização de in-formações sobre a linha P-7 A ação in-

Em meados de junho, Cammarosa-no confirmou que algumas concessio-nárias ainda disponibilizavam unida-des de caminhões Euro III. De janeiro a14 de junho deste ano, a montadora to-talizou vendas de 53.296 unidades e,desse volume, apenas 9.351 – cerca de18% -- corresponderam a versões EuroV. O executivo garante que a partir deagora a procura pelas versões Euro V“esquentou”: em maio, as novas ver-sões responderam por 60% das vendas,contra 40% de caminhões Euro III. “Jáem junho essa demanda está crescendosignificativamente, chegando a 80% devendas Euro 5V contra 20% das versõesanteriores”, relaciona. Para alavancaras vendas, o executivo diz que a RedeMAN/Volkswagen abriu o “Feirão sobMedida”, que divulga os pacotes de fi-nanciamentos via BNDES, com taxasde 0,45% ao mês. “A princípio é umapromoção com prazo determinado (atéfinal de junho). Está havendo um au-mento no volume de aprovações de li-nhas de crédito, que chega a 80% dassolicitações, o que é um grande atrativode compra”, diz, garantindo que amaioria dos caminhões da nova linhaAdvantech está sendo vendida com ospreços antigos.

Mesmo assim, as previsões para 2012divergem: as de Antonio Cammarosa-no, da MAN Latin America e OswaldoJardim, da Ford, apontam para uma re-tração de 12% nas vendas ao longo doano, ou seja, o mercado se encerrarácom 150 mil unidades. Já a projeção daFenabrave em junho é um pouco maispositiva: o mercado reagirá no segun-do semestre e gerará crescimento de2,6% nas vendas, que deverão estacio-nar na casa das 177 mil caminhões.

NADA É IMPOSSÍVEL – Para Cledor-vino Belini, presidente da Anfavea, a re-tomada do crescimento “é difícil, masnão impossível". A entidade reconheceque será "complicado" obter um nívelde vendas no restante do ano suficientepara, pelo menos, igualar o volume delicenciamentos recorde do ano passado.

A revisão na projeção de númerospara 2012 ele transfere para os próxi-mos meses: “No momento, preferimospreservar a projeção de crescimento de4% ao longo do ano”, diz Bellini, reve-lando a expectativa de que o mercadocresça e a produção recupere seu rit-mo. O dirigente comenta que a produ-ção de caminhões segue sempre umpouco atrás do ritmo de produção dosveículos de passeio. Ele estima que osatuais estoques de veículos pesadossão para 60 dias, superando o volumede veículos de passeio – para 40 dias –nos pátios das montadoras.

PROMOÇÃO SOB MEDIDA – ParaAntonio Cammarosano, diretor devendas do mercado nacional da MAN

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Tânia Silvestri: campanha publicitária

em várias mídias

Mercado 157:E-commerce NOVO 141.qxd 04/07/2012 09:31 Page 31

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vencional e mais um ano para o tremde força. Na linha Transit, a garantiade dois anos é total”, detalha.

A montadora também iniciou, emjunho, uma promoção exclusiva de fi-nanciamento via CDC (crédito diretoao consumidor), com 30% de entrada, eo saldo em 12 meses, com juro zero. “Éa opção que mais tem atraído frotistasque não estão interessados em aguar-dar a aprovação do Finame”, comenta.Em meados de junho, o estoque de ca-minhões da montadora ultrapassava amédia habitual da montadora, “quecostuma oscilar entre 30 e 40 dias”, se-gundo o executivo, que se mantêm oti-mista para o futuro: “Acreditamos quehaja uma melhora a partir de agosto”,espera Oswaldo Jardim. De acordo comdados divulgados pela Fenabrave, dejaneiro a maio a montadora emplacou9.663 caminhões, volume que represen-tou 16,42% do share de mercado.

CONFIANÇA – Sob a ótica da Iveco,o segundo semestre certamente reser-vará surpresas comercialmente positi-vas. “Como o governo tomou as me-didas cabíveis nessa área, agora va-mos aguardar os efeitos e a recupera-ção do mercado. A única certeza quepodemos repassar é que a Ive-co continuará a investir muito no Bra-sil, já que este é um mercado estraté-gico da empresa. Pretendemos conti-nuar crescendo, e não há uma meta es-pecífica”, opina Alcides Cavalcanti,diretor comercial da montadora, quevendeu 4,753 caminhões no períodoavaliado, o que representou participa-ção de 8,08% no segmento.

32 - FROTA&Cia - Julho 2012

mercado

“O importante é que estamos no-tando uma reação comercial”, resume.De janeiro a maio, a montadora em-placou 15.262 unidades, registrando25,93% de participação de mercado.

INOVAÇÕES – Oswaldo Jardim, dire-tor da Ford Caminhões, admite que omercado esteve paralisado nos primei-ros meses deste ano, mas adianta quedesde o anúncio do novo pacote Fina-me PSI, em maio, surgiram os primei-ros sinais -- ainda que tênues – de recu-peração. “O mês de abril foi um fiascogeral para todos”, avalia. “Mas emmaio já registramos uma recuperaçãoparcial, com incremento de 25% nos

negócios. E os primeiros dias úteis dejunho já despontaram com resulta-dos interessantes, o que nos faz pro-jetar um crescimento comercial entre15% e 20% para o mês”, anunciava o

dirigente. Jardim diz que a Ford re-

força suas vendas lançandomão de alguns recursospromocionais. “Para a li-nha de caminhões, desdeo 816 até o modelo 1932,estamos concedendo ga-rantia de dois anos: o con-

aquecido e cheio de mudanças, como aintrodução do combustível S50 e doaditivo ARLA 32. A partir de abril, ini-ciamos uma série de mais de 350 açõesregionais, que deverão terminar, aprincípio, no final de junho. Essasações comerciais lançaram nossos pro-dutos com 1 ano adicional de contratode manutenção preventiva para todo omix de produtos e um ano de abasteci-mento gratuito de ARLA 32, na comprados caminhões da marca. Os resultadosestão sendo visíveis”, conclui Tânia Sil-vestri, diretora de vendas e marketingde caminhões da Mercedes-Benz doBrasil, lembrando ainda que a monta-dora disponibiliza perto de 1mil caminhões da nova li-nha, de todos os modelos,para testes-drive permanen-tes nas concessionárias. Aexecutiva estima que osatuais estoques de ca-minhões da Mer-cedes-Benz estãoadequados à de-manda atual.

Para a Scania, por exemplo, que não trabalha com estoques de veículos,

as vendas da linha P-7 de caminhões semipesados e pesados ganharam um

reforço promocional entre janeiro e março, por ocasião do lançamento,

mas tomaram impulso a partir de maio, quando o segun-

do pacote do PSI Finame foi aprovado, segundo Victor

Carvalho (foto), gerente de Vendas de Caminhões.

“Mais de 85% das vendas de nossos caminhões são

realizadas por essa via”, explica. A montadora empla-

cou 3.771 unidades de todo seu mix de caminhões

entre janeiro e maio, acumulando share de

6,41%, de acordo com a Fenabrave.

Pesados ganham fôlego

Cavalcanti: aguardando arecuperação do mercado

Jardim: promoçõesjá mostramresultados

interessantes

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34 - FROTA&Cia - Julho 2012

Editoras Frota e Logweb dão start à pesquisa nacional com mais de dois mil contratantes de fretes, de 12 segmentos industriais, com o objetivo de identificar as empresas Top do Transporte 2012

Por José Augusto Ferraz

Foi dada a largada para a maioreleição do ano da cadeia dotransporte, a Pesquisa Nacional

dos Fornecedores de Serviços deTransportes, promovida pelas revistasFROTA&Cia e Logweb. Até o final dejulho, mais de 2 mil contratantes defretes, vinculados a empresas embar-cadoras de cargas de doze diferentessegmentos industriais, vão participardesse mega levantamento, que esteano completa sua 6ª edição. A iniciati-va tem o propósito de identificar asmelhores transportadoras rodoviáriasde cargas do Brasil, eleitas pelo merca-do, para fins de indicação ao PrêmioTop do Transporte 2012.

“A credibilidade do Prêmio Top doTransporte resulta justamente do fato

A voz do mercado

de estar baseado em uma ampla e iné-dita consulta popular, realizada juntoa milhares de contratantes de serviçosde transportes de todo o Brasil”, expli-ca José Augusto Ferraz, diretor da Edi-tora Frota, que edita FROTA&Cia. “Is-so permite identificar as transportado-ras que oferecem a melhor relação cus-to-benefício para seus clientes, combase de indicadores de performance,comumente adotados pelas empresas,para fins de avaliação de seus fornece-dores”, completa.

PLÁSTICO E MÓVEIS - Entre as no-vidades da 6ª edição da premiação, es-tá a inclusão de dois novos setores in-dustriais, que passam a fazer parte des-se tradicional levantamento de merca-

José Augusto Ferraz: prêmio refleteresultado de pesquisa nacional

ranking

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de fretes selecionados para participarda Pesquisa vão receber uma cédulade votação eletrônica, através de seue-mail, já com o cadastro preenchido”,revela Valeria Lima de Azevedo Nam-mur, Diretora Executiva da EditoraLogweb. “Depois de confirmar os da-dos, o eleitor relaciona as transporta-doras que prestam serviços regularespara sua empresa e, em seguida, atri-bui uma pontuação que varia de 1 a 5,para cada um dos cinco parâmetrospesquisados”, complementa a diretora.

Valéria observa que a Pesquisaacontece no período de 25 de junho a 25de julho. A revelação dos ganhadores,por sua vez, está marcada para o dia 7de novembro, quando acontece a ceri-mônia de entrega do Prêmio Top doTransporte 2012. Para maiores informa-ções consulte o site da premiação, noendereço: www.frotacia.com.br

do (ver quadro). No primeiro caso, a in-dústria plástica, representada pelos as-sociados da Abiplast (Associação Brasi-leira da Indústria do Plástico) e, ainda,da Abief (Associação Brasileira da In-dustria de Embalagens Plásticas Flexí-veis). Além do segmento de fabricaçãode móveis, a Pesquisa inclui o segmen-to de fabricação de móveis, reunidosem torno de suas duas principais asso-ciações de classe: a Afamec (Associaçãodos Fabricantes de Móveis e Compo-nentes para a Indústria Moveleira) e aAbimad (Associação Brasileira das In-dustria de Móveis de Alta Decoração).

Para compor o colégio de eleitoresdo Prêmio Top do Transporte 2012, osidealizadores da Pesquisa, mais umavez, utilizaram a lista oficial de asso-ciados das entidades de classe repre-sentativas dos segmentos pesquisados.Com base nesse mailing, as empresasforam contatadas por telefone, com opropósito de identificar ou atualizar osnomes dos executivos envolvidos coma contratação e/ou gerenciamento dosfornecedores de serviços de transpor-tes. Depois de identificados e cadastra-dos, os eleitores foram informados dospassos da votação, através de mensa-gens eletrônicas enviadas para os en-dereços eletrônicos indicados.

CÉDULA ELETRÔNICA - “A exem-plo dos anos anteriores, os contratantes

Aaquisição da transportadoraRapidão Cometa Logística eTransportes S.A. pela FedEx

confirma que a distribuição domésticasempre esteve entre as estratégias daoperadora logística para o mercado bra-sileiro. A Rapidão Cometa é há 11 anosuma das representantes autorizadas daFedEx. Com sede em Recife e fatura-mento equivalente a R$ 1 bilhão, atransportadora tem no portfólio umalucrativa operação de um terminal al-fandegado em Suape (PE), que movi-menta cerca de 670 mil toneladas pormês, além de operações nos segmentostradicionais, de transporte expresso esoluções de logística integrada de carga.

A transação entre as duas empre-sas, cujo valor não foi divulgado, deveestar concluída no terceiro trimestre de2012 e incorporará à estrutura da FedEx45 filiais operacionais, cerca de 145pontos de distribuição e 770 veículos,além de um portfólio mais completo deserviços em logística e distribuição. Aintegração dos negócios será realizadaem fases, em um período de 18 a 24 me-ses após a aprovação final do acordo.

Com a compra da Rapidão Cometa, FedEx amplia foco de atuação

União de peso

empresas

Em sua 6ª Edição, a Pesquisa Nacional dos Fornecedores de Serviços de Transportes abrange um total de 12 segmentos industriais. São eles:

• Automotivo• Brinquedos• Calçados• Cosméticos, Perfumaria e

Higiene Pessoal• Eletroeletrônico• Farmacêutico

• Papel e Celulose• Químico• Siderurgia e Metalurgia• Têxtil• Plásticos• Móveis

DOZE SETORES

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Valéria Lima:cédula eletrônica

facilita votação

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36 - FROTA&Cia - Julho 2012

implementos

Agricultura, indústria e construção civil devem conduzir as vendas de carroçarias no segundosemestre, período em que fabricantes pretendem recuperar as perdas da primeira metade do ano

Por Valeria Bursztein

difícil. Entendemos que não houveuma leitura ágil por parte do governosobre esses indícios para antecipar oimpacto. Foi apenas em abril deste anoque o governo entrou no jogo e mudouas linhas de financiamento para fo-mentar o crescimento. Esse delay emtermos de incentivo foi mais um com-ponente a complicar nossa vida.”

Desde o começo deste ano, aeconomia brasileira vem dan-do sinais de arrefecimento. O

fôlego apresentado em períodos ante-riores começou a faltar também paraos fabricantes locais, que testemunha-ram – cada uma em sua particularida-de – as projeções do PIB para 2012 es-corregando cada vez mais a patamaresmenores. Com os fabricantes de imple-mentos rodoviários não foi diferente.A reboque do comportamento do setorde caminhões, esse segmento da eco-nomia amargou quedas consecutivasde vendas no início do ano. Dados daAnfir (Associação Nacional dos Fabri-cantes de Implementos Rodoviários)confirmam: de janeiro a maio de 2012,o setor registrou retração de 6,3% emrelação ao mesmo período de 2011.

No segmento de pesados (rebo-ques e semirreboques), somente trêsdos 15 modelos de produtos pesquisa-dos pela Anfir apresentaram resultadopositivo. A queda nesse segmento foide 11,39%. Já no segmento de leves(carrocerias sobre chassis), dos setemodelos de produto pesquisados pelaassociação, três tiveram desempenhopositivo. No geral, o segmento apre-sentou, de janeiro a maio de 2012, que-da de 3,88% na comparação com omesmo período do ano passado.

O presidente da associação, Alci-des Braga, acredita que, além dos fato-res macroeconômicos, a morosidadedo governo federal em instaurar medi-

Esperança no semestre

das de incentivo afetou negativamenteos resultados do setor. Além disso, assucessivas intervenções que alteraramas regras de financiamento provoca-ram uma avalanche de suspensões eadiamentos de compras.

“Já no último trimestre de 2011 tí-nhamos sinais de desaceleração queanunciavam um começo de ano mais

Mercado de implementosrodoviários: vendas do setorencolheram 3,6% nos quatroprimeiros meses do ano

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“Lançamos alguns produtos que estãocomeçando a dar retorno, como tanquese graneleiros, mas acredito que nossoresultado se deve a uma composição demelhoria interna e do próprio mercado,que para nós reagiu de forma mais po-sitiva. Colocamos em prática tambémações específicas que geraram ganho departicipação no segmento de basculan-tes, em geral um produto mais retraídopara os outros fabricantes”, conta o di-retor da companhia, Walter Guerra.

MOMENTO ATÍPICO - Também pa-ra o executivo é válida a expressãousada atualmente, que identifica oatual momento como “bastante atípi-co”: ”Estamos percebendo que os jurosde financiamento a 5,5% não estão seconsolidando no mercado. Para todosos fabricantes existe uma estabilizaçãodo número de vendas em relação aomesmo período de 2011, mas é só umaquestão de tempo para que a situaçãomelhore, o que deve acontecer a partirde julho/agosto”.

Outro ponto de interrogação nohorizonte do setor se refere ao impac-to da nova regulamentação da profis-

PRUDÊNCIA - “Em 2011, registramosrecuperação no segundo semestre por-que os primeiros seis meses foram decrescimento nulo. O mercado nacio-nal, no ano passado, ficou em 60 milunidades, e neste ano deve registrarum número bem inferior”. A afirma-ção é do diretor corporativo da Ran-don, Norberto José Fabris, que, embo-ra pareça tomado pelo pessimismo,baseia-se, de fato, na prudência. “Esta-mos otimistas com o segundo semes-tre, mas precisamos ser realistas: nãotemos como recuperar as perdas eigualar este ano a 2011.”

O executivo sabe que o segundo se-mestre é historicamente mais forte pa-ra o setor de implementos rodoviários:as safras no campo e a liberação deverbas para obras públicas injetam

ânimo na agricultura,na construção civil, naindústria e no círculovirtuoso da economia.“Somam-se a esses fato-res as mudanças no sis-tema de financiamento,que devem impulsionaras vendas no segundosemestre e melhorar ocenário. Trata-se de umincentivo muito positi-vo para promover a re-novação da frota, mas aeconomia tem de acom-panhar esse esforço,pois não adianta ter ca-minhões novos e faltarcarga para transportar”,alerta.

Ponto fora da curvado setor, a Guerra Trans-portes apresentou cresci-mento de 20% nas ven-das do segmento de re-boques e semirreboquesem comparação com omesmo período de 2011.

são de motoristas rodoviários. “Aindanão podemos fazer uma leitura muitoclara do que essa alteração irá signifi-car. Esperamos um aumento de ven-das, porque haverá a necessidade deaumentar o número de veículos emoperação. Ainda é cedo, porém, paraavaliar os impactos ou os prós e con-tras da operacionalização dessa novalegislação”, avalia Guerra. Fabris, daRandon, mostra-se um pouco mais cé-tico: “A nova legislação traz um eleva-do nível de apreensão entre as trans-portadoras, que anteveem um impactonegativo. Estamos observando a situa-ção para ver que rumo vamos tomar”. Recentemente o governo federal anun-ciou a injeção de mais R$ 8 bilhões naeconomia para incentivar a atividadeindustrial. A Anfir considera a medidabem-vinda, mas, na visão de seu co-mandante, chega com atraso. Segundoele, adiantar como será o segundo se-mestre em números praticamente equi-valeria a profetizar: “Trabalhamos coma ideia de uma queda global de 4% emrelação ao ano passado, dando ênfaseao segmento de reboques e semirrebo-ques”, sentencia.

FROTA&Cia - Julho 2012 - 37

Diretor da Anfir (Associação Nacional dos

Fabricantes de Implementos Rodoviários) há

nove anos e presidente desde abril deste

ano, Alcides Braga afirma que planeja man-

ter as linhas mestres de atuação da associa-

ção, mas avisa que pretende estabelecer um

diálogo mais enfático com o governo fede-

ral. “Temos de ser pró-ativos e estar mais

próximos do governo para municiá-lo de in-

formações e antecipar cenários que possibili-

tem agilizar as correções de curso. Se nossa

atuação tivesse sido mais incisiva com o go-

verno, de modo a precipitar as medidas para janeiro deste ano, talvez ho-

je já estivéssemos falando em crescimento”, admite Braga

Antecipar cenários

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38 - FROTA&Cia - Julho 2012

Com a banda de rodagem ContiTread, a Continental Pneusestréia no mercado de recapagem e busca parceiros paraimplementar e divulgar os novos serviços da marca

Por Bruno Aurélio

De olho no potencial brasileirodo mercado de recauchuta-gem, a Continental lançou no

final do primeiro semestre a banda derodagem Contitread, e entra, a partirde agora, no mercado de serviços derecapagem para pneus comerciais. Omercado brasileiro é o segundo maiorreformador de pneus comerciais domundo, com um volume de 7,6 mi-lhões de recauchutagens por ano, fi-cando atrás apenas dos Estados Uni-dos, segundo dados da AssociaçãoBrasileira do Segmento de Reformade Pneus (ABR). A fabricante depneus, que tem planta em Camaçari,

Banda nova

na Bahia, busca parcerias para expan-dir os novos serviços no país, comoempresas que já sejam revendas damarca Continental e tenham interesseem incorporar esse tipo de serviço.

Adotada mundialmente, a práticade recapagem contribui para a susten-tabilidade do planeta, pois reaproveitacom total segurança a carcaça depneus projetados por empresas certifi-cadas, aumentando em até quatro vi-das o tempo útil dos pneus. “A recapa-gem utiliza apenas 25% do materialempregado na produção de novospneus. A redução do custo estimadanesse serviço é de 57% comparado ao

valor de um pneu novo, complementaWilson Rozella, gerente do setor de re-capagem da Continental Pneus.

PERFORMANCE TOTAl – Produzi-das na fábrica da Continental em Mo-rélia, no México, as novas bandas pré-moldadas ContiTread mantem as mes-mas características dos pneus de cargada marca. Dessa maneira a Continen-tal garante a mesma performanceequivalente à primeira vida em suassucessivas recapagens, tanto na entre-ga de alta quilometragem, como nobaixo consumo de combustível e des-gaste uniforme dos pneus. “Nossa me-ta é vender um pacote de serviços pa-ra o frotista, com o melhor custo-bene-fício. Nele incluímos toda a vida útildo pneu, que inclui três recapagens”,explica Paul Williams, vice-presidenteexecutivo de pneus para veículos co-merciais da Continental Tire NorthAmerica Inc.

A nova banda da Continental podeser aplicada em pneus comerciais dequalquer marca do mercado. Porém,pa ra os pneus da marca Continental,que forem recapados com a Conti-Tread, é oferecido o benefício adicionalde garantia, que protege o pneu refor-mado até o final da terceira vida útil.

pneus

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Serviço oferece garantiade três recapagens

durante toda a vida utildo pneu Continental

Serviço oferece garantiade três recapagens

durante toda a vida utildo pneu Continental

A fábrica da Continental situa-

da em Camaçari, na Bahia, que no

ano passado produziu 5,7 milhões

de pneus, recebeu um aporte em

2011 de US$210 milhões para du-

plicar sua capacidade de produ-

ção até 2014. A fábrica produz

pneus para o abastecimento no

mercado interno e países do NAF-

TA e América Latina.

Capacidade duplicada

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PANORAMAPANORAMA

tégia com sua inédita identi-dade visual nos terminais Tietê(SP) e Novo Rio (RJ). A empre-

sa possui 58 ônibus e atua nalinha interestadual São Paulo -Rio de Janeiro.

Ao gosto do freguêsA customização de veículos

sob medida e adaptação demodelos rendeu à Revescap,em duas décadas, o númerode 40 mil veículos transforma-dos. A empresa adapta cercade 2.200 carros por ano, alémde desenvolver agências ban-cárias, escritórios e pet shopsmóveis.

Expansão modernaA Guerra S.A. Implementos

Rodoviários irá investir R$ 86milhões na ampliação e mo-dernização de suas fábricasem Caxias do Sul e Farroupi-lha. Isso deve resultar em umincremento de mais de 20%nas linhas de produção atuaisdas fábricas.

O engenheiro eletrônico Paolo Del Noce foi nomeado no-vo diretor-geral da divisão de Veículos de Defesa da Iveco La-tin America, formada no final de 2011.

Sandra Barbosa foi nomeada diretora de Recursos Huma-nos da Honeywell. A executiva será responsável pelas ativida-des das empresas do grupo em toda a América Latina.

A CEVA Logistics nomeou Glaucia Teixeira como vice-presi-dente de Recursos Humanos para a AméricaLatina. A executiva atuará na unidade loca-lizada em Diadema (SP).

Vanessa Siqueira (foto) é a nova gerentede vendas da MWM INTERNATIONAL. A pro-fissional possui mais de 14 anos de expe-riência no mercado automotivo.

Vai e vem

Novo CDA SKF do Brasil está investin-

do R$ 7 milhões em um novocentro de distribuição no país,em Cajamar (SP). O espaço con-ta com 15,8 mil m2 de área útile capacidade para armazenar12 mil diferentes itens.

Transporte de madeiraA JSL fechou um contrato

de 60 meses com a EldoradoCelulose e Papel para o carre-gamento e o transporte demadeira. O contrato tem valorglobal de R$ 240 milhões.

Nova identidadeA transportadora Expresso

Brasileiro adquiriu 29 modelosde chassis rodoviários da Sca-nia e iniciou uma nova estra-

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35 anosA Braspress completou 35 anos de atividades em julho. Com

104 filiais no país, a transportadora conta com uma frota própriade 1.200 veículos comerciais e outros mil agregados. Na foto,Urubatan Helou e Milton Petri, os donos da empresa.

Para recomeçarA Mercedes-Benz Trucks entregou 250 caminhões Actros

para o Iraque. Os veículos serão utilizados no auxílio da re-construção do país.

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