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Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção Edição 59 | Ano VII | Dezembro de 2013 Disponível processo de certificação em Rigging ENDs no futebol: Arena Dunas e Arena Castelão

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Page 1: Edição 59 | Ano VII | Dezembro de 2013 Abendi 59 BAIXA.pdfmagnetismo e ultrassom para verifi-car defeitos como fissuras, trincas e amassados em tubulações que trans-portam óleo

Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção

Edição 59 | Ano VII | Dezembro de 2013

Disponível processo de certificação em Rigging

ENDs no futebol: Arena Dunas eArena Castelão

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ISSN: 1980-1599

Conselho EditorialWagner Romano - GE EnergyRenato Nogueira de Paula - UsiminasOswaldo Rossi Júnior - Inter-metroCarlos Madureira - BBL BureauJosé Santaella R. Jr. - Santec SoldasRaimar Schmidt - RAIMECK

Comitê CientíficoProf. Américo Scotti - UFUProfa. Raquel Gonçalves - UnicampProf. Matias R. Viotti - UFSCProf. Armando Shinohara - UFPEProf. Francisco Ilo - UPEProf. Roberto Sacramento - UFBA

EquipeJornalistas: Alexandra Alves (MTB 26.660) Edu Oliveira ( MTB 47.933)Comercial: Carlos Eduardo VillarWeb Design: Henrique Leal e Wellington RodriguesRevisor: Paulo RanieriProjeto Gráfico/ Diagramação: Giovana Garofalo Capa / Edição gráfica: Giovana GarofaloGráfica: Duo Graf

Tiragem7.700 exemplares

Público leitorProfissionais especializados (engenheiros, gerentes, administrado-res) de empresas de END e Inspeção, usuários dessa tecnologia, téc-nicos (supervisores, inspetores e operadores) que estão diretamen-te envolvidos com o tema e Instituições de Ensino.

A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamen-to dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. A publicação reserva-se no direito, por motivo de espaço e clareza, de resumir cartas e artigos.

expediente

| Sede AbendiAv. Onze de Junho, 1317 - Vila ClementinoCEP: 04041-054 - São Paulo - SPTel. (011) 5586-3199 - Fax (011) 3302-5850Site: www.abendi.org.br

| BibliotecaLançamentos de livros, apostilas, anais e produtos abendimaniabiblioteca@ abendi.org.br(11) 5586-3196

| CertificaçãoBureau de Certificação [email protected](11) 5586-3181

| EventosFeiras, eventos, simpósios e encontros do [email protected](11) 5586-3197

| NormalizaçãoÁrea técnica da [email protected](11) 5586-3195

| SóciosSeja um sócio ou sócio patrocinador da [email protected](11) 5586-3190 ou 3146

| TreinamentosTreinamentos e Ensino a Distância (EAD)[email protected](11) 5586-3141 ou 3175

| Informações [email protected]

| Para anunciar na revista e nos veículos da [email protected](11) 5586-3171

| Comunicação:[email protected]

Sócios recebem gratuitamente a revista.

Para assinar a revista, acesse: www.abendi.org.br/revista

fale com a abendi

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Última revista do ano, muita gente já pensando nas festas, nos presentes de Natal e no réveillon carioca... A matéria de capa do número 59 da Revista Abendi já está no Rio de Janeiro para falar sobre a ótima fase econômica e sobre o crescimento dos ENDs no Estado.

Destacamos também o novo processo de certificação na área de Atmosferas Explosivas, que estará disponível no próximo ano, e a parceria entre a Abendi e a Sobratema que possibilitou a certificação de algumas categorias profissionais que trabalham com Rigging.

Ressaltamos, ainda, o troféu recebido pelas empresas Magnaflux e Cooperativa dos Inspetores de END do Estado da Bahia (Cooendi) que completaram, respectivamente, 30 e 20 anos de jubileu associativo.

Por fim, Marcelino Guedes Gomes, vice-presidente da Abendi e presidente da refinaria Abreu e Lima, foi promovido a Fellow pela ASME (American Society of Mechanical Engineers) e ganhou uma reportagem especial narrando sua história e sua contribuição para mercado, principalmente nos ensaios com pigs instrumentados. Parabéns para ele e para o Brasil que vê o segundo brasileiro brilhar na instituição.

Boa leitura, boas festas e um 2014 muito próspero para você e para toda a sua família.

editorial

| Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para: [email protected]

Luiz Fernando Corrêa Ferreira

Presidente da Abendi

Rio de Janeirovive uma das melhoresfases econômicas

26 Capa

A força dos ENDsimpulsiona as principais

empresas do Estado

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notíciasMarque doisbrasileiros

08 12

certificaçãoCertificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas começa em 2014

eventos4º Fórum sobre Novas Tecnologias e Aplicações de END e Inspeção reflete a realidade prática da área

sóciosConheça os sócios quecompletaram Jubileu Abendi

14 16

institucionalAbendi e Sobratema lançamSistema de Certificação

sócios patrocinadoresArctest tem novo parceiroprofissional

17 20treinamentosTreinamentos Abendi 2014: ingresse na área de END e Inspeção

racConheça os cursos de auditores do RAC

22 24

calendárioTreinamentos para os meses de janeiro e fevereiro de 2014

artigo técnicoMedições de Deslocamentos em Testes de Tenacidade usando aMetodologia de Processamentode Imagens

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caderno da copa 2014Arena Castelão eArena Dunas

normalizaçãoSaiba o que foi discutido no XV Encontro do Comitê Mercosul de Normalização

25 37

42 48

artigo técnicoSistema Multiuso deMonitoramento de Integridadede Dutos Metálicospor Ondas Guiadas

37

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notícias

A progressão para a categoria Fellow exalta quem atinge considerável grau de distin-

ção entre os associados da ASME (American Society of Mechanical En-gineers). A distinção representa o re-conhecimento técnico de realizações excepcionais no campo da engenha-ria e de contribuições marcantes para a profissão de engenheiro. Atualmen-te, no universo de 130 mil membros, a premiação já reconheceu os esforços de apenas dois brasileiros. O mais re-cente, Marcelino Guedes Gomes (fotos), é vice-presidente da Abendi, presiden-te da Refinaria Abreu e Lima, e goza de

Marque dois brasileirosVice-presidente da Abendi torna-se o segundo brasileiro a ser

agraciado com o grau de Fellow da Asme

reputação internacional no segmento dos Ensaios Não Destrutivos.

Marcelino ocupou cargos de alto escalão na Petrobras e exerceu a pre-sidência da Divisão de Sistemas de Dutos (Pipeline System Division) da ASME. No terreno da literatura pro-fissional, produziu artigos sobre te-mas incursos em várias áreas da en-genharia.

Tornou-se, recentemente, o segun-do brasileiro a ser agraciado com o tí-tulo de Fellow pela ASME . O primeiro foi Marcelo de Lemos, professor titu-lar da divisão de Engenharia Mecâni-ca do Instituto Tecnológico de Aero-

náutica (ITA), promovido em meados de 2009.

O PROCESSOMembro veterano da instituição,

Marcelino explica que a ASME com-preende dezenas de divisões, cada uma composta, sempre, por dez in-tegrantes (cinco votantes e cinco não votantes). Ao ingressar no grupo que compõe determinada divisão, o as-sociado só adquire o direito de voto ao completar cinco anos de ativida-de. Com mais três ou quatro anos, em média, ele tem a oportunidade de tornar-se vice-presidente e, caso

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seja eleito, assume, no exercício se-guinte, a responsabilidade de presidir a divisão.

O caminho é longo e não se encer-ra ao fim da gestão. Ex-presidentes de todas as divisões formam um gru-po especial denominado governors (governadores), habilitado a decidir sobre as questões mais relevantes da associação.

A promoção de Marcelino a Fellow ocorreu precisamente por meio do voto desses governadores, incumbi-dos de escolher entre candidatos das mais diversas nacionalidades.

“A maioria deles era ph.D, tinha uma forte história acadêmica e cien-tífica, o que não é o meu caso. Fui ho-menageado pelo trabalho de articu-lação que realizo há mais de 14 anos entre a comunidade internacional, a indústria e a academia brasileira”, re-lata Marcelino.

Para merecer a indicação, o can-didato deve contar com 10 ou mais anos de filiação e pelo menos 10 anos

de adesão corporativa atuante, além de comprovadas e notáveis contri-buições ao segmento profissional.

ENVOLVIMENTO COM ENDs Marcelino iniciou a carreira em

1987. Trabalhou durante muito tempo com Ensaios Não Destrutivos, atuan-do na inspeção e análise de oleodutos como engenheiro de equipamentos na Petrobras. Sua maior colaboração deu-se em uma atividade não muito tradicional nos ENDs: os pigs instru-mentados (conhecidos também como intelligent ou smart pigs).

A técnica consiste em operar com magnetismo e ultrassom para verifi-car defeitos como fissuras, trincas e amassados em tubulações que trans-portam óleo e seus derivados por longas distâncias.

O dispositivo viaja pelos dutos, im-pelido pelo petróleo, e armazena in-formações importantes a respeito de cada posição. Ao chegar ao destino, a inteligência do mecanismo é retirada,

Sobre a Asme

A American Society of Mechanical Engineers (na tradução, Associação America-na de Engenheiros Mecânicos), foi fundada em 1880 com o objetivo de promo-ver discussões para os grandes desafios da engenharia no mundo e auxiliar essa comunidade global a desenvolver soluções em prol da vida e dos seus meios de subsistência.De estudantes universitários e engenheiros em início de carreira, até geren-tes de projeto, executivos de empresas, pesquisadores e líderes acadêmicos, a ASME engloba diversidade similar à própria comunidade de engenharia. Assim como a Abendi, a instituição trabalha na elaboração de normas e na es-pecialização de profissionais por meio de cursos, congressos e simpósios. A quantidade de brasileiros na instituição americana é muito pequena: são 260 para um total de 130 mil sócios. Marcelino ressalta que o esforço para trazer a ASME ainda mais para o Brasil é muito grande e a tendência é que este número aumente bastante nos próximos anos.

“Um homem com uma ideia nova é tido por excêntrico até ser bem-sucedido”

(Mark Twain).

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notícias

levada para laboratórios e analisada minuciosamente.

Para Marcelino, a importância das tubulações na indústria do petróleo é imensa. “Os dutos submarinos e os dutos terrestres precisam ser muito bem inspecionados, pois, se falha-rem, haverá um grande estrago no meio ambiente”.

Atualmente, o engenheiro coman-da a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, região metropoli-tana do Recife (PE), que será a mais moderna do País e a primeira adap-tada a processar 100% de petróleo pesado com o mínimo de impacto ambiental.

Estima-se que a nova usina pro-duza cerca de 230 mil barris por dia (18% do consumo nacional). Ou seja, como exemplifica Marcelino, “de cada dez caminhões que passam, dois (aproximadamente) serão movi-dos pelo diesel da refinaria que está sendo montada”. E acrescenta outro dado significativo: “São 42 mil pesso-as de todo o Brasil, principalmente de Pernambuco, trabalhando na cons-trução deste importante projeto”.

O presidente da Abreu e Lima pon-

Opinião do jornalistaEm uma daquelas pesquisas despretensiosas, descobri que “Mark twain!” era o grito com que os práticos do rio Mississipi alertavam colegas de vapor sobre a pro-fundidade e as condições de navegabilidade nas águas sinuosas da importante via fluvial norte-americana do século 19.Ao abandonar a profissão de marinheiro naquelas paragens, e com esse bordão fi-xado em sua memória juvenil, Samuel Langhorne Clemens derivou para a literatura e construiu uma vitoriosa carreira internacional sob o pseudônimo de Mark Twain.Naveguei por estes mares da internet após ver uma citação pragmática do escritor na página oficial da ASME: “A man with a new idea is a crank until he succeeds” (“Um homem com uma ideia nova é tido por excêntrico até ser bem-sucedido”).“Marque dois!”, para o Brasil, pode muito bem ser o grito da vitória, aqui e agora, com a promoção do engenheiro Marcelino Guedes Gomes para o grau de Fellow na ASME.

Curiosidade

dera, no entanto, que o grande desa-fio a ser enfrentado nos próximos anos será o de processar petróleo pesado e produzir combustíveis com teores de enxofre abaixo dos mais rigorosos pa-drões internacionais (10ppm).

Mas, nas entrelinhas dos comentá-rios sobre sua graduação como Fellow da ASME, Marcelino deixa claramente entrever uma preferência pelos desa-fios e responsabilidades do trabalho às homenagens que lhe são prestadas.

À revelia de suas predileções, po-rém, e como consequência inevitável dos resultados que brotam das ope-rações bem-sucedidas na esfera téc-nica, os títulos e o respeito da comu-nidade mundial só fazem aumentar com o transcorrer dos anos.

Afinal, com dedicação e talento, há sempre um instante da vida em que as responsabilidades do traba-lho transformam-se em uma estante cheia de troféus.

“Fui homenagea-do pelo trabalho de articulação que realizo há mais de 14 anos entre a comuni-dade internacio-nal, a indústria e a academia brasileira”(Marcelino Guedes Gomes).

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Eleitos para o Conselho de CertificaçãoO Conselho de Certificação da Abendi tem, desde o dia 14 de novembro, novos nomes

para representar os profissionais certificados.

Os representantes eleitos foram Ricardo de Lima Firmino (Região Nordeste), que foi

eleito titular, com 53 votos, e Jorge Luiz Santin (Região Sul), o segundo mais votado,

com 34 votos, seu novo suplente.

A Abendi agradece a participação de Sonia Maria de Melo (Região Sudeste), Expedito

Marcos Siqueira Souza (Região Nordeste), Marcelo de Souza Calmon (Região Sudes-

te), Antonio Carlos Souza Silva (Região Sudeste), André Freire do Valle (Região Sudes-

te) e Nélio Neves Pereira (Região Sudeste).

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institucional

Abendi e Sobratema lançamSistema de Certificação

C argas suspensas, transferidas de uma área para a outra. Quem

nunca viu, pela TV ou na vida cotidia-na, uma cena como essa? Logo na pri-meira impressão, já dá para ter uma ideia do excesso de atenção que esse serviço exige. E não é pra menos, pois o risco de acidente é alto. Ela-borar e executar um plano para mo-vimentação de uma carga depende de um planejamento minucioso, que inclui variáveis como peso, forma e tipo de material a ser movimentado ou, tecnicamente falando, içado.

Atentas a essa exigência do mer-cado, a Abendi e a Sobratema estão lançando a Certificação de Profissio-nais Envolvidos no Planejamento e Execução do Plano de Rigging.

“Ao desenvolvermos um trabalho em conjunto com a Abendi, identifica-mos um parceiro estratégico para for-necer ao nosso mercado um processo de certificação de pessoas que reúne a experiência da Sobratema com a ca-pacitação e a credibilidade para certi-ficação da Abendi, competência esta construída ao longo da história da Associação e reconhecida nacional e internacionalmente. Isso irá garantir a oferta de profissionais diferenciados e capacitados a realizar suas atividades com segurança’’, destaca o diretor da Sobratema, Wilson de Mello Jr.

Wilson acrescenta, ainda, que com o aumento da busca por profissionais nesse segmento, surgiram inúmeros cursos com as mais variadas cargas horárias e conteúdos programáticos, com proposta de formação no seg-mento de içamento de carga (Rig-ger, Supervisor de Rigging e Sinaleiro

Amarrador). ‘’Porém, não temos ga-rantia de que a pessoa que simples-mente participa destes cursos, esteja apta a executar suas atividades pro-dutivamente e com segurança. Já o processo de certificação de pessoas garante, ao mercado, a capacitação adequada, dentro dos padrões de qualidade e segurança. O principal benefício é a redução dos riscos de acidentes’’, alerta.

O gerente de Relações Institucio-nais da Abendi, Antônio Luis Aulicino, acredita que “a certificação é um di-ferencial para os profissionais certifi-cados e reforça o comprometimento destes com o cumprimento das nor-mas estabelecidas e com os padrões de qualidade e segurança. Já para as empresas, Aulicino acrescenta que a certificação proporciona ganhos de competitividade com a melhoria dos serviços prestados, a diminuição do retrabalho, redução de sinistros ou seja de danos e perdas de equipamen-tos e cargas e de afastamento de ope-radores, bem como redução de custos com seguros ’’

O novo sistema de certificação contempla três níveis::• Profissional Nível 1 (Sinaleiro-amar-rador): que deve demonstrar compe-tência para a amarração, sinalização a movimentação de cargas, usando equipamentos de guindar (de acordo com o plano de rigging) sob a supervi-são de um Nível 2 ou 3;• Profissional Nível 2: que precisa sa-ber interpretar e conduzir o plano de rigging, para movimentação e içamen-to da carga, desenvolvido pelo Nível 3;• Profissional Nível 3: responsável pela elaboração do plano de rigging, asse-gurando o cumprimento das normas e especificações vigentes.

No momento, a Abendi está rea-lizando o reconhecimento dos pro-fissionais que já trabalham na área. Os interessados devem enviar docu-mentação comprovando escolarida-de e experiência na área, ao setor de Certificação da Abendi: Rua 11 de Junho, 1317. Vila Clementino. São Paulo (SP). CEP: 04041054. Informa-ções adicionais através do e-mail:[email protected].

O processo de reconhecimento já está aberto

a

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sócios

Empresas sócias da Abendi

ACF Inspeções Consultoria e MontagemIndustrial LtdaACINOR Inspeções e Serviços Técnicos LtdaASNDT-Tech - Avaliação de Integridade deEquipamentos Ltda.AT Solução Inteligente de Inspeção LtdaATEND - Serviços e Manutenção Ltda EPPAbsolute Examinações Não Destrutivas LtdaAdvanced OEM SolutionsAhak Brasil Serviços Industriais LtdaAltiseg Equipamentos de Segurançade Trabalho LtdaArctest Serviços Tec. Insp. e Manut. Indl. LtdaArotec S/A Indústria e ComércioAsema Seg. do Trabalho, Manut. eAlpinismo Ind. LtdaAsociación de Inv. Met. Del Noroeste - AIMENÁtomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C LtdaAuxilio - Assessoria e Serviços Técnicos LtdaAxess do BrasilAços F. Sacchelli LtdaBBL - Bureau Brasileiro LtdaBC TRADE - Comercial Importadora eExportadora LtdaBRTÜV Avaliações da Qualidade LtdaBalimetro Calib. e Serv. de Metrologia LtdaBelov Engenharia LtdaBrasil Inspeção de EquipamentosIndustriais Ltda - EPPBrasil Inspeções Treinamento e DesenvolvimentoBrasitest LtdaBraskem S/A - UNIB 1 BABruke S/ABureau Veritas do Brasil Soc. Classificadora e Certif.LtdaBureau de Avali. da Conf.Quali. de Sistem. Ltda.C.I.C Certificação em Equipamentos Industriais e Cabos LtdaCBC Indústrias Pesadas S/ACCI - Centro Controle e Inspeção Ltda

CEETEPS - Faculdade de Tecn. dePindamonhangabaCETEMQ Centro Tecn. de Mão de Obra Qualif.CETI Treinamentos e ServiçosEmpresariais Ltda MECIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com. LtdaCONSINSP - Insp. Equips. e Manut. Indl. LtdaCOTEND Controles Técnicos e END eMontagem LtdaCapaz Inspeções LtdaCarestream do Brasil Com. e Serv. deProd. Med. LtdaCarlos Alberto Arruda Salles Marques & Cia LtdaCentro de Pesquisa de Energia Elétrica - CEPELCentro de Treinamento de Rio das Ostras e Inspeção LtdaCentro de Treinamento em END - CETREND/MGCesar & Fritsch Offshore Serviços deManutenção LtdaCia de Saneamento Básico do Est.São Paulo-SABESPCivil Master Projetos e Construções LtdaClimbtec Serviços Técnicos em Altura LtdaCláudia Vital M.E - Vital End Equip. eAcessórios para ENDColdclima Comercio e Instalação deMaquinas e Equip. LtdaCompergy Qualidade LtdaConcremat - Engenharia e Tecnologia S/AConnect. Serv. CS Serviços de Mecânica Met. e Man em Altura LtdaControl Service - Prest. Serv. de Insp. e Repres. ComercialCooperativa Central de Prod. e Ind. de Trab. em Metalurgia - UNIFORJACooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Bahia LtdaCooperativa dos Insp. de ENDEstado BA - COOENDDMCJ Inspeções Ltda

Derrick do Brasil Serviços LtdaDetection Technology IncDeten Química S/ADiagnostic Imagind Automação LtdaDivers University Esporte Aquático LtdaDruck Brasil LtdaEMC Engenharia Ltda.END Araújo Eletrônica IndustrialEND OliveiraEND TreinamenUSEND-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. LtdaENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Soldagem LtdaElfe Óleo e Gás Operação e Manutenção S/AEndtecne Importação e Comércio de END LtdaEngisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria LtdaEscola de Engª Eletromecânica da Bahia-EEEMBAEstaleiro Atlântico SulEstaleiro Brasa LtdaExtendeFocus Consultoria e Representação LtdaFugro Brasil Serviços Submarinos eLevantamentos LtdaFurnas Centrais Elétricas S/AGamatron Radiografia Industrial LtdaGerdau Aços Especiais S/AGerman Engenharia e Serviços de Manutenção LtdaGlobal End - Inspeções e Consultoria LtdaHCG Equipamentos LtdaHelling GmbHINSPEEND Ltda MEINTER-METRO Serviços Especiais LtdaIRM Services LtdaISQ Brasil - Instituto de Soldadura e Qualidade LtdaITW Chemical Products LtdaInoservice Serviços de Inspeção LtdaInspección y Diagnóstico Técnico ISOTEC LtdaInspecon - Inspeção e Serviços LtdaInspetec Inspeções Técnicas Ltda Me

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15tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Instrumental Inst. de Medição LtdaIntegra - Coop. Prof. Engª Integridade Equip. LtdaIntelligeNDT Systems & Services GmbHIrmãos Passaúra S/AJBS Inspeção e Ensaios LtdaJN Inspeção Ensaio Não Destrutivos em Equip. Ind. LtdaK2 do Brasil Serviços LtdaKOENDE Tecnologia em Inspeções Industriais LTDAKroma Produtos Fotográficos eRepresentação LtdaKubika Comercial LtdaLWF Treinamento e Consultoria em Engª LtdaLambda Inspeções Treinamentos eServiços Ltda. MELatin Consult Engenharia S/S LtdaLenco - Centro de Controle Tecnológico LtdaLloyd’s Register do Brasil LtdaLuthom Engenharia LtdaM2M Phased Array TechnologiesM2M do Brasil Serv. de Anál. Tec. em END LtdaMAB Soldas em Geral Ltda - EPPMKS Serviços Especiais de Engenharia LtdaMarcelo de Carvalho Salomão EPPMaxim Comércio e Consultoria Industrial LtdaMetal-Chek do Brasil Indústria e Comércio LtdaMetalquímica Tecnologia e Serviços Ltda EPPMetaltec Não Destrutivos LtdaMoody Internacional Brasil Ltda.Multiflux Máquinas Especiais Ind. e Com. LtdaNDB Vision LtdaNDT do BrasilNews Inspeções LtdaNuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEPNúcleo Serviços de Inspeção deEquipamentos LtdaOceânica Engenharia e Consultoria LtdaOstra Service e Inspeções e Reparo em Equipa-mentos Ind. LtdaOxix Cursos e Projetos EspeciaisPaneng Engenharia e Consultoria LtdaPetrobras Transportes S/A - TRANSPETROPetrustest Consultoria em Controle daQualidade LtdaPetróleo Brasileiro S/A - PETROBRASPhysical Acoustics South America Ltda - PASAPlanet Serviços LtdaPolimeter Comércio e Representações LtdaPolotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços LtdaPolyteste InspeçõesPowertemp Tecnologia Industrial LtdaProaqt Empreedimentos TecnológicosProceq SAO Equipamentos de Medição LtdaQualitate Inspeções e END LtdaQualitec Engenharia da Qualidade LtdaQualitech Inspeção, Reparo e Manutenção LtdaQualy End Inspeções LtdaR.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica Ltda

Raimeck Comércio Importação e Exportação LtdaRufino Teles EngenhariaSANTEC - Tecnologia de SoldagemSANTEND - Inspeções e QualidadeSEND CONTROL INSPECOESINDUSTRIAIS LTDASGS do Brasil LtdaSINCQ - Serviços Industriais e Controle de Qualidade LtdaSISTAC - Sistemas de Acesso LtdaSKE Inspeção e Consultoria LtdaSagatech Inspeções de Equipamentos LtdaSaipem do Brasil Serviços de Petróleo.Sanesi Engenharia e Saneamento LtdaSansuy S/A Indústria de PlásticosSantos & Fagundes Assessoria em Resgate LtdaSatec Controle de Qual. EquipamentosPetroquimicos LtdaServ-End Indústria e Comércio LtdaServiço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAIServiços Marítimos Continental S/ASiemens LtdaSociedade de Ensino Iguaçu S/C LtdaSoldas Especiais ArmênioSolutec Brasil Serviços Técnicos em Montagem e Manutenção LTDASystem Asses., Insp. e Controle da Qualidade LtdaTGM - Turbinas Indústria e Comércio LtdaTQI Treinamento, Qualificação e Inspeção Industrial LtdaTSA Tubos Soldados AtlânticoTSI Tecnologia Serviços e Inspeção LtdaTec Sub Tecnologia Subaquática LtdaTech-End Ensaios Não DestrutivosTechnical Books Livraria LtdaTechnotest Serviços de Inspeções Técnicas LtdaTecnomedição Sistemas de Medição LtdaTecnopetro Inpeção e Consultoria LtdaTenaris Industrial S/ATerminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMARTopcheck Controle da Qualidade LtdaTrac Oil And Gas LTDA.Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos Industriais LtdaTuper Tubos S/AUsinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - USIMINASValbrasil Comércio e Indústria LtdaVallourec & Sumitomo Tubos do Brasil LtdaVallourec Tubos do Brasil S.A.Varco International do Brasil Equipamentos e Serviços LtdaVictória Qualidade Industrial LtdaVillar Manutenção de Máquinas LtdaVoith Hydro LtdaWelding Science-Medar Com. Serv. Ltda.EPPWelding Soldagem e Inspeções Ltda

Conheça os sócios que completaram

Jubileu Abendi

A Magnaflux e a Cooperativa dos Insp. de END Estado BA (Cooendi), que completaram 30 e 20 anos de Jubileu Associa-tivo, respectivamente, foram homenageadas durante a soleni-dade de fim de ano da Abendi. Além delas, outras 27 empresas também comemoraram aniversário de filiação, com as marcas de 15, 10 e 5 anos. Em relação às pessoas físicas, 309 sócios foram reverenciados no evento, dos quais sete como Jubileu Diamante e sete na categoria Ouro.

“É com muito orgulho e satisfação que a Magnaflux recebe esse troféu. Para a nossa empresa, o apoio à instituição, desde o início de suas atividades, apenas reforça nosso compromisso e a missão junto ao mercado de END, e demonstra que nossas histórias se fundem com o desenvolvimento desse segmento no Brasil’’, destaca o supervisor de Marketing da Magnaflux, Pedro Paiva.

Anualmente, o Jubileu Associativo premia os sócios da Aben-di (pessoa física ou jurídica) que completam aniversário de filia-ção a cada cinco anos sem interrupção, a partir das seguintes categorias:

• 5 anos: Bronze• 10 anos: Cristal• 15 anos: Prata • 20 anos: Ouro• 25 anos: Diamante

Vale lembrar que, após 25 anos, deve-se incluir uma estrela para cada cin-co anos de filiação.

Após 25 anos, deve-se incluir uma estrela para cada cinco anos de filiação

Clayton Moura de Oliveira, representando

a Magnaflux, recebe o prêmio durante a

solenidade da Abendi

Beth

Giro

to

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A Arctest tem novo parceiro profissional

A Arctest firmou, nesse ano, uma parceria com a AREVA NDE-Solutions, grupo especializado em Soluções Auto-matizadas de END. A união entre asduas empresas visa oferecer soluçõesinovadoras em sistemas automatiza-dos de inspeção em toda a Américado Sul; aos que buscam confiabilida-

sóciospatrocinadores

de no planejamento, execução e ava-liação de inspeções de fabricação e manutenção. Os produtos e serviços desta parceria são oferecidos, princi-palmente, para os setores ferroviário, aeroespacial e metalúrgico; e são cus-tomizados de acordo com a neces-sidade individual de cada cliente. O

suporte de pós-vendas, como a atua-lização de software e peças, pode fazer parte da solução, se assim o cliente desejar. Onde existirem desafios ou oportunidades, frente a qualquer tipo de Ensaio Não Destrutivo (END), estamos preparados para trazer uma solução de longo prazo.

A novidade atende, sobretudo, aos setores ferroviário, aeroespacial e metalúrgico

eventos

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eventos

O s principais conceitos técnicos e científicos sobre END e inspe-

ção, além de métodos e formas de uso ainda em estudo em centros tec-nológicos e universidades, serão abor-dados na 4a edição do Fórum sobre Novas Tecnologias e Aplicações de END e Inspeção.

Promovido pela Abendi, o evento acontece nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no Rio de Janeiro. O objetivo é promover a conscientização sobre a importância das aplicações dos ENDs na indústria e difundir o conhecimen-to das mais recentes inovações tec-nológicas do mercado.

“O fórum é uma excelente oportu-nidade para a comunidade divulgar e discutir os avanços realizados na área de END e Inspeção. As palestras vão destacar tanto o desenvolvimento da indústria quanto o das universidades, incluindo os seguintes temas: novas ferramentas para inspeção e moni-toramento de dutos e equipamentos submarinos, parceria entre universi-dades e empresas para o desenvolvi-mento aplicado de soluções e desen-volvimento do provador de corrosão ultrassônico (Provus) para monitora-ção de corrosão interna de dutos”, des-taca a supervisora de Eventos, Thaís Nunes.

Especialistas, engenheiros, técncos

4º Fórum sobre Novas Tecnologias eAplicações de END e Inspeção reflete

a realidade prática da área

Nesta edição, serão apresentados temas que envolveminstitutos de ciência e tecnologia com empresas

e pesquisadores brasileiros e da Amé-rica Latina devem participar do fó-rum, quando serão debatidos temas ligados aos seguintes setores:• Petróleo/Petroquímico; • Químico; • Naval; • Geração de energia; • Siderúrgico e metal-mecânico; • Prestação de serviços de monta-gem, manutenção e inspeção em uni-dades de processo; • Pesquisa (universidades, institutos e centros de P&D).

“Trata-se de um espaço adequado para atualização e discussão sobre asnovas tecnologias de Ensaios Não Des-trutivos e Inspeção. Com palestras de40 minutos, temos uma abordagem ampla dos palestrantes e os 20 minu-tos de debates permitem mais intera-ção na elucidação de dúvidas para no-vos desenvolvimentos.

Nessa edição, estamos prepa-rando temas que envolvem insti-tutos de ciência e tecnologia com empresas que podem desenvolver ferramentas específicas para deter-minados problemas, alavancando a formação de pessoal e permitindo a implantação de novas tecnologias.

A área submarina é a grande fron-teira para aplicação dos métodos de END para inspeção e monitoração de

equipamentos e, em função da enor-me quantidade de investimentos no pré-sal, também será abordada pela ótica dos ENDs’’, salienta o coorde-nador do evento, Sérgio Damasceno Soares, do Centro de Pesquisas da Pe-trobras (Cenpes).

Já o professor titular da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Marcos Alcoforado Rebello, um dos integran-tes do Comitê Técnico Executivo do evento, afirma que sempre foi um grande adepto e apoiador do fórum, desde a sua criação. “Considero esse evento uma boa oportunidade aos brasileiros para ter acesso às novas tecnologias que vêm sendo desenvol-vidas dentro de centros de pesquisas e universidades. É um intercâmbio entre a Abendi, os associados e seus pares internacionais. ’’

Participação – Os interessados em participar do evento devem consultar o site da Abendi: www.abendi.org.br.

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treinamentos

Treinamentos Abendi 2014:ingresse na área de END e Inspeção

E specialize-se em um segmento in-dispensável ao desenvolvimento

das indústrias: o setor de inspeção. No site da Abendi (www.abendi.org.br), já está disponível a programação de vá-rios treinamentos na área, que serão ministrados em 2014. Um dos desta-ques é a Formação de Inspetores de Equipamentos, treinamento voltado a engenheiros, técnicos e profissionais com ensino médico completo – uma posição com boas perspectivas de em-pregabilidade, principalmente nos se-tores químico e petroquímico.

As aulas, de segunda a quinta, das 18h30 às 22h30, têm duração aproxi-mada de dez meses, na sede da enti-dade, em São Paulo (SP). É importan-

Em breve, a Associação realizará treinamentos inéditos

te frisar que os alunos concluintes do treinamento de IEQ estão dispensa-dos da prova de nivelamento para dar entrada ao processo de certifica-ção, mesmo sem ter o curso técnico de nível médio.

Além desse, outros treinamentos em destaque são os voltados à for-mação de profissionais Nível 3. O País necessita cada vez mais desse perfil de trabalhador, justamente porque as exigências de qualificação em di-versas atividades industriais têm au-mentado a demanda na área de En-saios Não Destrutivos (END) e Inspe-ção. A Abendi oferece as orientações e um amplo programa de treinamen-to para obter a certificação. Na pro-

gramação de 2014, estão previstas turmas de treinamentos Nível 3 nas técnicas de Ensaio Visual, Líquido Pe-netrante, Correntes Parasitas, Partí-culas Magnéticas, Ultrassom, Ensaios Radiográficos e Nivelamento. As aulas são ministrados na sede da Abendi ou “in company”, nas dependências das empresas interessadas. Além disso, a Associação oferece treinamentos Ní-vel 3 na opção de ensino a distância nas técnicas de Ensaio Visual, Líquido Penetrante, Partículas Magnéticas e Ultrassom. O ensino a distância ofe-rece também os treinamentos de ni-velamento Nível 1 e Nível 2, voltados para iniciantes.

E uma novidade! Em breve, a Abendi realizará treinamentos inédi-tos, como Básico para Instrutores AVG, DGS, Novas Exigências; Noções de Gerenciamento de Projetos; Ins-peção de Faixa de Dutos; Conheci-mentos Básicos de Planejamento Es-tratégico e BSC; Noções Básicas das Normas AWS D1.1 e API 1104; Ferra-mentas Básicas, Criatividade e Inova-ção na Empresa; NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na In-dústria da Construção; NR-19 – Ex-plosivos; NR-35 – Trabalho em Altu-ra, entre outros.

Garanta a sua vaga no mercado de trabalho. Confira a programação de Treinamentos 2014! Inscrições e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5586-3141.

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normalização

U m grupo de 22 especialistas dos países integrantes do Mercosul

participaram do XV Encontro do Comitê Mercosul de Normalização, quando fo-ram discutidos diversos projetos de nor-mas e definidos alguns que, em breve, serão enviados para consulta Mercosul.

Na reunião de ultrassom, foram tratados dois documentos, um sobre detecção de descontinuidades em cha-pas metálicas, que terá como texto-base a norma UNE-EN 10160:2000 (EN 10160:1999) Examen por ultrasonidos de los productos planos de acero de es-pesor igual o superiores a 6 mm (méto-do de reflexión); e outro sobre medição de espessura, baseado na norma ISO 16809:2011 Non-destructive testing – Ultrasonic thickness measurement.

Já durante as discussões sobre ra-diografia, foi iniciada a análise técnica das traduções para o espanhol das nor-mas ISO 17636-1:2013 Non-destructive testing of welds - Radiographic testing - Part 1: X- and gamma-ray techniques

Saiba o que foi discutido no XV Encontrodo Comitê Mercosul de Normalização

A próxima edição do evento será no Brasil, durante o Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção

with film e ISO 17636-2:2013 Non-des-tructive testing of welds - Radiographic testing - Part 2: X- and gamma-ray te-chniques with digital detectors. Além disso, também esteve em pauta o pro-jeto de norma de negatoscópio, cujo texto-base foi a norma brasileira sobre o mesmo tema, a ABNT NBR 15740.

Por último, na reunião de qualifica-ção e certificação, foram realizados al-guns ajustes e algumas correções das traduções, espanhol e português, da ISO 9712, publicada em 2012. Em breve, essa revisão será publicada como nor-ma Mercosul.

O evento foi realizado nos dias 01 e 02 de outubro, na cidade de Mar del Plata, Argentina, onde também ocor-reu o Congreso Regional de Ensayos No Destructivos y Estructurales (Corende), organizado pela Associação Argentina de Ensaios Não Destrutivos (Aaende).

O Comitê Mercosul de Normalização, em atividade desde 2004, é voltado ao desenvolvimento da normalização nos

países membros do Mercosul, estimu-lando a pesquisa científica e tecnológi-ca em favor da integração econômica e comercial entre os países parceiros.

Representando a Associação Brasi-leira de Normas Técnicas (ABNT), por meio do Organismo de Normalização Setorial (ONS 58), a delegação Abendi foi composta pela gerente executiva da Divisão Técnica, Alessandra Alves, a coordenadora de Normalização, Ana Paula Giolo, o especialista em END N3, Luiz Mauro Alves, e o gerente do CEQ, Marcelo Neris, esse último pelo Skype, com o objetivo de participar das reuni-ões de Q&C, Ultrassom e Radiografia.

O próximo encontro acontece em agosto de 2014, na capital paulista, du-rante o Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Conaend), organizado pela Abendi.

Os interessados em participar do Comitê Mercosul, ou das atividades de normalização desenvolvidas pela Abendi devem entrar em contato com o setor de Normalização pelo telefone (11) 5586-3145 ou pelo e-mail: [email protected].

O evento foi realizado nos dias 01 e 02 de outubro, na cidade de Mar del Plata, Argentina, onde também ocorreu o Congreso Regional de Ensayos No Destructivos y Estructurales (Corende), organizado pela Associação Argentina de Ensaios Não Destrutivos (Aaende)

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certificação

O Setor de Certificação da Aben-di iniciará, a partir de março de

2014, o processo de certificação por reconhecimento ou por aplicação de exames, para profissionais que atuam em Atmosferas Explosivas. Os candidatos serão certificados de acordo com os tipos de atividades que exercem, e classificados como Unidades de Competências Pesso-ais (Ex). Ao todo são dez unidades, especificando aplicação, execução, instalação e reparo de equipamen-tos, projetos e inspeções, auditoria e classificação de áreas.

Na primeira fase, o sistema certi-ficará profissionais classificados na Unidade de Competências Pessoais Ex-001 – Aplicação dos Princípios Bá-sicos em Atmosferas Explosivas, ca-tegoria que está relacionada, por exemplo, à operação de equipamen-tos e inspeção de segurança em áre-as classificadas.

Para isso, está em fase de estrutu-ração um Centro de Exames de Qua-lificação (CEQ) na Abendi, onde serão aplicadas as provas teóricas e práti-cas. Quando aprovado, o candidato recebe o certificado, com as compe-tências pessoais e a validade, de três anos, além da respectiva carteira de identificação.

Em discussão há três anos, o pro-cesso em questão é resultado de uma parceria entre a Abendi e a Associa-ção Brasileira para Prevenção de Ex-plosões (ABPex).

Certificação de Competências Pessoaisem Atmosferas Explosivas começa em 2014

Os profissionais serão certificados de acordo com os tiposde atividades que desenvolvem

a

rac

Evento – Em outubro, a ABPex rea-lizou o II Fórum Nacional Sobre Riscos de Explosões, focado na discussão das novidades em sistemas operacionais e de segurança nas empresas que li-dam com Áreas Classificadas, como são chamados os locais de atmosferas explosivas, sujeitos a falhas que po-dem provocar prejuízos ambientais, materiais, e que apresentam risco de morte. Com a participação de apro-ximadamente 400 pessoas, o evento abordou os seguintes assuntos:

A importância da classificação de áreas para a aplicação dos conceitos

legais’’, O impacto do atendimento às normas no dia a dia das empresas; NR-20 e áreas classificadas – o cami-nho e todos os detalhes para atender às exigências e, finalmente, Áreas Classificadas – atuais exigências e soluções.

O gerente de certificação e o con-sultor técnico da Abendi, Marcelo Neris e Hélio Rodrigues, respectiva-mente, representaram a associação no evento. “As palestras desperta-ram o interesse do público por abor-dar a realidade de vários setores in-dustriais’’, destacou Rodrigues.

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rac

Conheça os cursos de auditores do RAC

As entidades envolvidas no processo de qualificação de auditores estão

convidadas a firmar uma parceria com a Abendi, reconhecendo seus cursos de for-mação de auditores de sistema de gestão

O Registro de Auditores Certificados (RAC) reconhe-ce cursos voltados à formação dos auditores. Com

isso, os treinamentos são submetidos a uma auditoria re-alizada por profissionais independentes e de competência reconhecida, garantindo, ao aluno, a melhor formação na área.

Saiba quais são os cursos em processo de reconheci-mento:

• Conama 306 (Auditor Líder);• Gerenciamento de Serviços de TI – ABNT NBR ISO/IEC

20000-1 (Auditor Líder e Auditor Interno);• Sistema de Gestão Ambiental - ABNT – NBR ISSO

14001 (Auditor Líder e Auditor Interno);• Sistema de Gestão da Continuidade dos Negócios –

ISO 22301 (Auditor Líder e Auditor Interno);• Sistema de Gestão da Qualidade ABNT - NBR ISSO

9001 (Auditor Líder e Auditor Interno);• Sistema de Gestão de Riscos – ABNT - NBR ISSO 31000

(Auditor Líder e Auditor Interno);• Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional

– OHSAS 18001 (Auditor Líder e Auditor Interno);• Sistema de Segurança da Informação – ABNT NBR

ISO/IEC 27001 (Auditor Líder e Auditor Interno);Entre outros. Mais informações através do e-mail [email protected].

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Alexandra Alves

A combinação do mar com as montanhas torna a paisagemquase indescritível. É um ce-

nário privilegiado pela natureza, co-nhecido no mundo todo como Rio de Janeiro. Quem passa por esse Estado, cuja capital é a “Cidade Maravilhosa”, um título muito justo, por sinal, se im-pressiona com as qualidades de uma região tão bonita e próspera. Afinal, embora seja o terceiro menor Esta-do do Brasil em extensão territorial, mantém o segundo maior PIB do País. Além disso, possui boa infraestrutura para receber novos empreendimen-tos, com 27 km de rodovias, três mil km de ferrovias, seis portos e sete aeroportos, entre os quais, dois inter-nacionais.

“O Rio de Janeiro ocupa, hoje, as primeiras posições no ranking nacio-nal de investimentos e geração de em-pregos. De 2011 até o fim deste ano, a expectativa é que o Estado receba R$181,4 bilhões em investimentos pri-vados e públicos, sendo 75% desses recursos destinados ao setor indus-trial. A qualificação da mão de obra também é nossa prioridade. Estamos nos esforçando para levar a excelên-cia das nossas universidades e escolas técnicas para perto do trabalhador, com o objetivo de capacitá-lo e torná-lo não apenas um cliente, mas um con-tribuinte desse processo de crescimen-to. Recentemente, liberamos, atravésda Faperj, R$ 34 milhões para progra-mas científicos e bolsas de estudo, e sabemos que isso reflete na empre-gabilidade. Vamos continuar traba-

lhando em parceria com os governos federal e municipal, e com o setor pri-vado na busca pelo desenvolvimento do nosso Estado”, disse o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com exclusividade à Revista Abendi.

Já o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janei-ro, Julio Bueno, afirma que, desde 2007, quando o Estado conquistou o “Investment Grade*’’, foram atraídos investimentos da ordem de R$250 bi-lhões. “Além disso, estamos no foco dos grandes empreendimentos mun-diais nos próximos anos, sediando os principais eventos esportivos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpí-adas, em 2016.’’(leia mais sobre a Copa e as Olimpíadas no box da página 38).

Governador Sérgio Cabral: “de 2011 até o fim deste ano, a expectativa é que o Estado receba R$ 181,4 bilhões em investimentos privados e públicos, sendo 75% desses recursos destinados ao setor industrial”

*Investment Grade (Grau de Investimento) é uma nota concedida por agências de classificação de risco que indica a capacidade de um estado, ou país, de pagar suas dívidas. Vários indicadores são avaliados, como solidez da economia, estabilidade políti-ca, índice de reservas internacionais, entre outros fatores sociais, como liberdade de imprensa e distribuição de renda entre a população. No caso do Rio de Janeiro, o estado foi avaliado pelas agências Standard & Poor’s e Fitch

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A força dos ENDs impulsiona as principais empresas do Estado

Rio de Janeirovive uma das melhores fases econômicas

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Segundo Bueno, é importante res-saltar que, entre os principais inves-timentos, estão aqueles voltados ao setor de óleo e gás natural, especial-mente após a descoberta do pré-sal, com 80% das reservas concentradas nesse Estado. “Entretanto, o Rio vai além da cadeia do petróleo. Logo nos tornaremos o maior polo siderúrgico e o segundo maior polo automobi-lístico do Brasil. Também estamos atraindo investimentos dos setores de alimentos, bebidas, cosméticos, fármacos, metal-mecânico, entre ou-tros’’, garante.

As previsões do secretário estão concentradas, sobretudo, entre os anos de 2015 e 2016, quando o Com-plexo Petroquímico do Rio de Janeiro deverá entrar em operação, a Com-panhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) deverá atingir sua capacidade máxima de produção e, ainda, a Nissan deve-rá iniciar suas operações. Isso sem contar a duplicação das fábricas da PSA (Peugeot e Citroën) e MAN La-tin América (que adquiriu, em 2009, a Volkswagen caminhões e ônibus), além da instalação de, pelo menos, 30

fornecedores da cadeia automotiva.A Federação das Indústrias do Rio

de Janeiro (Firjan) também tem expec-tativas positivas para o Rio. Dados daDecisão Rio 2012-2014 anunciam in-vestimentos avaliados em R$211,5 bilhões no Estado, representando um aumento de 16,6% em relação ao pe-ríodo 2011-2013. A Decisão Rio é um estudo realizado desde 1995, sobre as intenções de investimentos no Rio de Janeiro, junto aos investidores, paraum período prospectivo de três anos. O objetivo é avaliar tendências de em-preendimentos e apresentar oportu-nidades de negócios aos tomadores de decisão dos setores público e pri-vado (leia mais no box abaixo).

Ensaios Não Destrutivos – O uso de Ensaios Não Destrutivos (ENDs) é comum em todos os segmentos in-dustriais do Rio de Janeiro. O gerente de certificação e ENDs da Petrobras, Silvio Juer, explica que a utilização dos ensaios na empresa cumpre um requi-sito contratual, tendo grande aplica-ção nas áreas de inspeção em serviço,fabricação de equipamentos, constru-

ção e montagem. As principais técni-cas empregadas são Líquido Penetran-te (LP), Partículas Magnéticas (PM), Ensaio Radiográfico (ER), Ensaio Visual (EV), Ultrassom (US), Correntes Para-sitas (CP), Emissão Acústica (EA), On-das Guiadas, ACFM e Iris. ‘’Em todos os métodos, a interpretação é crítica. Depende-se muito da habilidade e da experiência do inspetor, embora o em-prego de técnicas corretas e procedi-mentos adequadamente elaborados propiciem mais confiabilidade e pre-cisão na inspeção. Com isso, evitamos acidentes com vidas humanas, máqui-nas paradas, e aumentamos a produ-tividade’’, acrescenta Silvio.

Com 15 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, aproximadamente 20 mil quilômetros de linhas de transmis-são e 54 subestações, Furnas “empre-ga ENDs de forma sistemática na ges-tão dos ativos da empresa, assegu-rando confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos, segurança opera-cional da planta e das pessoas, e con-tribuindo para a redução dos cus-tos de manutenção, uma vez que a maioria desses ensaios é realizada de

Investimentos gerais no Rio

A Decisão Rio, relatório elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Ja-neiro (Firjan), aponta investimentos de R$ 211,5 bilhões entre os anos de 2012 e 2014 no estado, representando um aumento de 16,6% em relação ao anun-ciado para o período 2011-2013. Esse vo-lume é composto por empreendimentos públicos e privados, de origem nacional e estrangeira. Do total, 70,1% (R$ 148,2 bilhões) serão aplicados pelo setor in-dustrial, dos quais R$ 40,5 bilhões por empresas da área de transformação e R$ 107,7 bilhões pela Petrobras.Entre os diversos setores que compõem

a indústria de transformação, sobressai a indústria naval, concentrando 38,0% do total (R$15,4 bilhões). Além de inves-timentos voltados à fabricação de em-barcações, em um montante de R$9,5 bilhões, vale ressaltar as aplicações refe-rentes à construção do estaleiro da OSX (R$ 3 bilhões), no Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, voltado ao desenvolvimento de plataformas e embarcações de apoio, e à construção de um estaleiro para a fabricação de submarinos da Marinha Brasileira (R$2 bilhões), em Itaguaí. O setor siderúrgico responde por 24,8%, referentes à am-

pliação da planta da Gerdau (Cosigua), na cidade do Rio de Janeiro, e à implan-tação da siderúrgica da Ternium, em São João da Barra, no Complexo Portuário do Açu. Ressalta-se, também, o setor petroquímico, que representa 15,1% desse segmento, liderado pela constru-ção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. Já a área automotiva responde por 15,1% do total dos investimentos na indústria de trans-formação, com destaque para a implan-tação da fábrica da Renault-Nissan em Resende e para a expansão da fábrica da PSA Peugeot Citröen em Porto Real.

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Plataforma flutuante de exploração da Petrobras no Rio de Janeiro

Investimentos gerais no RioDos R$51 bilhões previstos para a in-fraestrutura, volume 40,2% superior ao anunciado para o período 2011-2013, R$21,3 bilhões serão destinados a in-vestimentos em transporte e logística. Destacam-se a construção da Linha 4 do metrô (R$4,2 bilhões), que ligará a Zona Sul à Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, e a implantação do sis-tema Bus Rapid Transit (R$2,8 bilhões), também na cidade do Rio de Janeiro. No setor portuário, as principais obras são a construção do Complexo Portuário do Açu (R$2,7 bilhões) e do Porto do Su-deste (R$1,3 bilhão) para exportação de minério de ferro, em Itaguaí, além da ex-

pansão do Porto do Rio (R$ 1,4 bilhão).

Polo Tecnológico – A construção do Par-que Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é um dos inves-timentos na área de pesquisa. A próxima etapa da obra é instalar a Torre de Ino-vação, um espaço destinado a abrigar pelo menos cem pequenas empresas de serviços e consultoria, em apoio às gran-des indústrias, principalmente voltadas aos estudos nas áreas de óleo e gás, que têm unidades no local. A Torre deve ficar pronta em 2016, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômi-co do Rio de Janeiro. E já em 2017, pelo

menos 200 empresas de grande porte devem iniciar operações no polo, reunin-do um total de cinco mil pesquisadores. Por enquanto, 43 organizações já estão instaladas no local.Só no parque tecnológico, serão inves-tidos R$3 bilhões em três anos, valor que não inclui a área próxima ao polo, na Ilha de Bom Jesus, que está em fase final de negociação entre o governo do estado com o Exército (proprietário da área); para a instalação de um distrito tecnológico, o chamado Polo Verde, que já tem negociação com uma empresa do setor de cosméticos para construir uma fábrica na região.

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forma não intrusiva e com os equi-pamentos em operação’’, destaca o gerente do Centro Técnico de Ensaios e Medições, Luiz Antônio Gouvêa de Albuquerque.

Segundo ele, as principais técnicas empregadas são LP, PM, US, EA e Ter-mografia por Infravermelho, nos se-guintes equipamentos:• Geradores (Termografia);• Turbinas (EA);• Equipamentos dentro de subestações como secionadores, disjuntores, ca-deia de isoladores, etc. (Termografia);• Reatores e Transformadores de Po-tência (EA);• Cilindros transportáveis instalados em disjuntores de alta tensão (US e EA);• Vasos de pressão metálicos instala-dos em centrais de ar comprimido de subestações, sistemas de regulação de velocidade das usinas hidrelétricas e caldeiras das usinas termelétricas (LP, PM, US e EA);

• Tanques hidropneumáticos de siste-mas anti-incêndio (LP, PM, US e EA); • Coluna suporte de disjuntores (EA);• Mancais de deslizamento (LP, US);• Monitoramento e diagnose de cavi-tação em turbinas hidráulicas (EA).

“A utilização dos ENDs dentro da empresa contribui para a evolução do modelo de manutenção implantado, ou seja, antes, as diretrizes de ma-nutenção eram baseadas no tempo (preventiva) e, com o crescimento dos ENDs, a empresa pode passar a atuar em função da condição do equipa-mento (preditiva)’’, acrescenta Albu-querque.

Já a Gerdau, um das principais for-necedoras mundiais de aços longos es-peciais, tem equipes específicas en-volvidas com ENDs. “Esses ensaios são amplamente utilizados com o objeti-vo de identificar anomalias, acompa-nhá-las e tratá-las antes que apre-sentem algum risco para o processo

em termos de segurança, qualidade ou produção. Essa identificação pré-via permite a remoção das anoma-lias, preservando, assim, a vida dos componentes sem comprometer os custos de manutenção, garantindo a confiabilidade dos nossos processos’’, afirma o consultor técnico sênior do Processo Industrial da empresa, Ro-berto Pacheco Walcher.

As ferramentas de END mais usadas pela Gerdau são Análise de Vibração (AV), Termografia para equipamentos elétricos e mecânicos, análises físico-químicas e espectrométricas de óleo para equipamentos mecânicos, análi-ses físico-químicas do óleo de trans-formadores, análise de gás presente no óleo dos transformadores por cro-matografia, líquidos penetrantes, US, radiografia, metalografia, inspeções internas com utilização de micro câ-meras, EV e teste de estanqueidade. “Só para ensaios elétricos de moto-

Setor de corte e dobra de vergalhão da Gerdau

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os mais variados tipos de ENDs, a fim de garantir a integridade física dos equipamentos estáticos (tanques, co-lunas, torres de destilação, reatores, tubulações, caldeiras, dentre outros) e, com isso, evitar acidentes que pos-sam por em risco a segurança das pes-soas e do meio ambiente. “As plantas

res e transformadores, são mais de 20 possíveis testes (END), dependendo do tipo de diagnóstico que se deseja fazer. Essas ferramentas têm nos dado os melhores resultados com o menor cus-to-benefício’’, complementa Walcher.

A Eletronuclear, especializada em operar e construir usinas termonu-cleares no Brasil e que abastece, por exemplo, pelo menos 30% da energia consumida no Rio de Janeiro é ou-tra grande empresa a usar ENDs. O gerente da Área de Inspeções e En-saios do grupo, e diretor executivo do Centro de Avaliação Não Destrutiva (CAND), João Gabriel Hargreaves, ex-plica que as técnicas são aplicadas, principalmente, durante as paradas para reabastecimento da empresa, com duração de 30 dias, uma vez por ano. ‘’Os ensaios permitem decidir so-bre possíveis intervenções em um de-terminado componente, ou em toda a família. Empregamos ferramentas com alta tecnologia, de serviços im-portados. Salientamos que nossa de-manda interna ainda é pequena para tornar atraentes esses serviços às em-presas nacionais’’, argumenta.

Embora ainda esteja em obras, a Usina Angra 3 da Eletronuclear, com previsão para entrar em operação no primeiro semestre de 2014, já vem utilizando ENDs no setor de monta-gem eletromecânica.

Instalada em Duque de Caxias, a Braskem no Rio conta com setores produtivos: PP 5 – Polipropileno; UNIB 4 - Eteno e PE 9 – Polietileno, empre-gando 1,3 mil pessoas. Diferente-mente das outras plantas, a unidade carioca é a única a usar o gás como matéria-prima, uma vantagem ecoló-gica por ser uma fonte mais limpa.

O Engenheiro de Processo da em-presa, Fábio Castro, explica que todas as plantas do Rio possuem Serviços Próprios de Inspeção de Equipamen-tos (SPIE), que utilizam fortemente

possuem programas de Inspeção de equipamentos e tubulações em total aderência aos requisitos da NR13, e alinhados com as melhores práticas para detecção de mecanismos de fa-lha em estágio inicial’’, salienta.

As principais técnicas de END em-pregadas pela Braskem são:

Emissão Acústica (EA): muito usada em Tanques de Estocagens, com objetivo de monitorar uma estrutura de forma global e não intrusiva, localizando anomalias, como trincas, por exemplo.

Vídeo Endoscopia (VE): com aplicação focada em tubulações, caldeiras e fornos. Trata-se de um ensaio que permite a inspeção visual remota por endoscopia indus-trial, com registro permanente, inclusive, capturando imagens a 360°, obtidas por filmagens ou fotos através de bocais disponíveis nos equipamentos.

Termografia: para detectar possíveis variações de calor em tubulações de processo, fornos, caldeiras e transformadores elétricos.

Phased Array : utilizado na inspeção de tubulações de caldeira, processo e nas sol-das de alguns equipamentos, como tanques e esferas.

Medição de Espessura: essa técnica é a utilização mais frequente do ensaio de Ul-trassom na Braskem Rio. O método permite acompanhar o desgaste de um equipa-mento sem interromper o funcionamento.

Medição de Espessura B_SCAN: fornece registro permanente, da peça inspeciona-da, por meio de uma impressora ou fita de vídeo e mapeamentos em croquis com vista planificada.

Líquido Penetrante: utilizado na detecção de descontinuidades, independentemente do tamanho, orientação, configuração da anomalia e da estrutura interna ou com-posição química do material.

“São muitos os ganhos com a aplica-ção de ENDs. Em setembro desse ano, por exemplo, utilizamos uma técnica de inspeção conhecida como PEC (Cor-rentes Parasitas Pulsadas) nas tubula-ções de condensado de média e baixa pressão da unidade Braskem RJ. Isso é usado para realizar uma verificação quantitativa comparativa de medição de espessura, e pode ser realizado sem a necessidade de contato direto da sonda com o material a ser inspecionado, ou seja, pode haver ar, água, revestimen-tos, produtos de corrosão entre a área

de interesse e o sensor. O PEC obtém a medida da espessura da parede por uma média da área sob a sonda (área circular onde as correntes parasitas circulam), isso torna o ensaio ideal para a determinação de perda média de es-pessura de parede. Após a avaliação dos relatórios do ensaio por PEC, iden-tificamos, preventivamente, trechos na tubulação com tendência de redução de espessura da parede e, assim, já pla-nejar a substituição dos mesmos, evi-tando a possibilidade de vazamentos e acidentes’’, recorda o engenheiro.

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Qualificação Profissional – Hoje, o principal investimento do Rio de Janeiro em qualificação profissional está no programa Dupla Escola, foca-do em preparar os alunos para o mer-cado de trabalho. A intenção é forne-cer, ao estudante, além da formação básica, cursos e oficinas voltadas à capacitação profissional – atividades realizadas em parceria com entidades e a iniciativa privada, como Fundação Xuxa Meneguel, Instituto Ayrton Sen-na, Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Firjan, Embratel, Procter & Gamble (P&G) e o Consu-lado Francês. ‘’Costumo dizer que te-mos, atualmente, um excelente pro-blema: atender a toda a demanda de mão de obra qualificada que o setor produtivo está gerando com milhares de novas vagas. Nesse sentido, a Se-cretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico atua para intermediar as relações entre empresas e governo em busca de parcerias’’, explica Julio Bueno.

Na Petrobras, segundo o gerente de certificação e ENDs, Silvio Juer, com a consequente valorização de pessoas, ‘’o trabalhador se mantém atualizado e, normalmente, procura outras cer-tificações e/ou escala novos níveis de certificações na mesma modalidade. ’’

Já em Furnas, segundo Albuquer-que, o investimento em qualificação profissional é constante. ‘’Hoje, o Brasil tem 13 termografistas Nível 3 reconhecidos pela Abendi, dois dos quais estão em Furnas. A empresa conta, também, com pelo menos 700 técnicos e engenheiros especializados em termografia, em um programa de treinamento interno. Já em Emissão Acústica, o Brasil possui oito profissio-nais Nível 3 reconhecidos pela Abendi, sendo um deles de Furnas. Buscamos, de forma contínua, a melhoria nos re-sultados do processo de manutenção, e as pessoas são componentes essen-

ciais para atingir essa meta. Investi-mos na qualificação e certificação de nossos profissionais, porque perse-guimos um padrão de excelência do seu corpo técnico e por acreditar que, dessa forma, obteremos resultados confiáveis. ’’

A Braskem mantém o ‘‘Programa de Formação de Operadores’’, em parce-ria com o Senai-Duque de Caxias, que já formou 278 operadores. O projeto é desenvolvido em todas as plantas da empresa no Brasil, com investimento anual de R$ 1,2 milhão. Além disso, a empresa possui um plano anual atua-lizado de desenvolvimento individual

Trabalhadores na plataforma fixa de Garoupa na bacia de Campos. Silvio Joer (foto ao lado): “a exigência da certificação profissional tem o objetivo de distinguir o profissional efetivamen-te preparado para a função requerida. ’’

do profissional (PDI), com o objetivo de formar e qualificar o profissional em ENDs, sobretudo nas técnicas de Líquido Penetrante (LP), Medição de Espessuras (ME) e Partículas Magné-ticas (PM).

“A vantagem de ser um profissional qualificado nos ENDs, além de ser hoje uma exigência do IBP (Instituto Brasi-leiro de Petróleo) para as empresas certificadas SPIE, é tornar o técnico de inspeção reconhecido nacionalmente pelo SNQC (Serviço Nacional de Qua-lificação e Certificação) da Abendi’’, salienta o engenheiro de Processo, Fábio Castro.

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1º Passo: Busca da causa da geração dos gases no óleo.

Solução: realizar Ensaio de Emissão Acústica.

2º Passo: Realização do Ensaio de Emissão Acús-tica. (Figura 1)

Resultado: localização de uma região com proble-mas.

Solução: planejar manutenção corretiva.

3º Passo: Manutenção corretiva no local apontado pelo ensaio de EA. (Figura 2)

Resultado: encontrada a causa da falha e, em se-guida, corrigida pela equipe de manutenção.

“Os END’s podem reduzir custos significativos de manutenção e aumentar a segurança operacional da planta e das pessoas em suas vizinhanças. Nes-se estudo de caso, nota-se que a Emissão Acústica atua globalmente na avaliação do equipamento, obtendo-se os seguintes resultados positivos: de-limita o local da falha, o que na manutenção pode ser entendido como menor tempo de reparo e maior disponibilidade do equipamento, e atua de forma preditiva em tempo real, podendo paralisar a operação do equipamento antes que ocorram falhas de maiores proporções’’, destaca o gerente do Centro Técnico de Ensaios e Medições, Luiz An-tônio Gouvêa de Albuquerque.

Em outro caso, a foto ao lado mostra um processo de termografia, destacando um exemplo de defei-to em uma subestação:

(a) Seccionadora não visível

(b) Vista pela termografia

(c) Fusão visível e termografia

Casos de sucesso com os ENDsInúmeros prejuízos são evitados

com os ENDs. Em Furnas, por exemplo, um transformador de potência, que es-tava apresentando elevação de gases

combustíveis no óleo isolante acima dos limites normais, teve a falha de-tectada por cromatrografia em ensaios de rotina. Esse tipo de problema é oca-

sionado por defeitos internos e pode provocar a explosão do equipamento. Abaixo, acompanhe os detalhes do processo para a resolução do defeito:

Localização da região com problemas de sobreaquecimento (pontos quentes)

Figura1 . Localização tridimensional dos pontos quentes nas proximidades da bucha X2

Sinais de sobreaquecimento do cobre

Figura 2 . Constatação dos pontos quentes nos cabos terminais da bucha X2

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PetrobrasO Plano de Negócios e Gestão 2013-

2017 (PNG 2013-17) da Petrobras prevê investimentos de US$ 236,7 bi-lhões para o período, sendo US$ 207,1 bilhões referentes aos projetos já em desenvolvimento. Confira os principais destaques do plano: • As metas de produção da Petrobras estão mantidas no PNG 2013-17 em relação ao PNG 2012-2016. A intenção é produzir, nesse ano, 2.022 milhões de barris por dia, com possibilidade de variação de 2% para cima ou para baixo;• A produção deve chegar a 2,5 milhões de barris de petróleo em 2016, 2,75 mi-lhões em 2017 e 4,2 milhões em 2020. Já a produção em barris de óleo equi-valente (petróleo e gás) deve atingir 3 milhões em 2016, 3,4 milhões em 2017 e 5,2 milhões em 2020;• O índice de sucesso exploratório no pré-sal alcança 82%. O índice no Brasil, incluindo todas as descobertas, é de 64%;• A produção de derivados cresce anual-mente, e será impulsionada com a entra-da em operação das novas refinarias;• A realização dos investimentos em

2012 foi de R$ 84,1 bilhões, represen-tando 101% do previsto no PNG 2012-2016;• A geração termelétrica, própria e de terceiros (onde a Petrobras tenha participação ou forneça combustível), superou o patamar de 10.000 MW em outubro de 2012;

Exploração e Produção • A Petrobras fez 53 descobertas de petróleo e gás natural em 14 meses (de janeiro de 2012 a fevereiro de 2013). Dessas, 25 foram feitas no mar, sendo 15 no pré-sal;• Os investimentos na construção de poços (exploratórios e de desenvolvi-mento da produção) somam US$ 75 bilhões. Isso representa 32% dos in-vestimentos do PNG 2013-2017 e 51% dos investimentos em E&P no Brasil. Em função dessa relevância, foi criado o PRC-Poço, Programa de Redução de Custos de Poços;• A Petrobras utiliza, atualmente, 69 sondas flutuantes para a construção e manutenção de poços no Brasil;• O Plano 2013-2017 prevê 24 plata-formas já contratadas (três em ope-ração) e 15 a contratar. No período

2013-2017, 25 novas plataformas de produção entrarão em atividade. E até 2020, serão 38 novas plataformas de produção.

Pré-sal • A produção de petróleo atingiu 300 mil barris por dia (bpd) no pré-sal. A parcela da Petrobras desta produção é de 249 mil barris por dia, sendo 43% do total com origem na Bacia de San-tos e 57% na Bacia de Campos;• A marca de 300 mil barris por dia no pré-sal foi atingida com 17 poços pro-dutores, seis na Bacia de Santos e 11 na Bacia de Campos;• Essa produção (300 mil barris por dia no pré-sal) foi atingida apenas sete anos após a descoberta de petróleo na região. Para atingir a mesma produção na Bacia de Campos, foram necessá-rios 11 anos, enquanto que, na porção norte-americana do Golfo do México, 17 anos e, no Mar do Norte, nove anos;• A marca de 1 milhão de bpd operada pela Petrobras no pré-sal deve atingir 2,1 milhões de bpd em 2020;

• Houve redução do tempo de per-furação de poços de 134 dias em 2006 para 70 dias em 2012.

Conheça os planos de crescimento das principaisempresas cariocas

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Abastecimento • Ampliação do parque de refino em implantação, com destaque para a Rnest (Pernambuco) e o primeiro trem do Comperj (Rio de Janeiro);• Expansão do parque de refino em projeto, com destaque para refinarias Premium I (Maranhão), Premium II (Ceará) e o segundo trem do Comperj (Rio de Janeiro);• Aumento da frota de navios, den-tro do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), quatro navios já foram entregues. Entre 2013 e 2017, serão mais 45 navios de trans-porte de petróleo e derivados;• A demanda brasileira por derivados deve crescer 4,2% ao ano entre 2012 e 2020.

Gás e Energia• Na área de Gás e Energia, os prin-

cipais projetos em implantação, para o período 2013-2017, são a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III), em Três Lagoas (MS), a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Cabiúnas (Rio de Janeiro), a Usina Termelétrica (UTE) Baixada Flu-minense (Rio de Janeiro) e o terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) da Bahia;• Em fase de avaliação estão as UFN IV (Espírito Santo) e UFN V (Minas Ge-rais).

subestações, com recursos próprios e apoio da iniciativa privada. Com es-ses empreendimentos, até 2016, Fur-nas pretende acrescentar mais 5.859 MW ao Sistema Elétrico Brasileiro, um crescimento de 50% em relação aos 11.366 MW atuais, superando 17 mil MW de capacidade instalada. Esses novos projetos devem criar 131 mil empregos e energia para mais 18,6 mi-lhões de brasileiros.

ValeConsiderada uma das três maiores

mineradoras do mundo, a Vale tem, como um dos principais projetos de desenvolvimento, o Carajás Adicional 40 Mtpa, que compreende a constru-ção de uma usina de processamento a seco (já iniciada), em Carajás (PA), com uma capacidade nominal estimada de 40 Mtpa. Os trabalhos para a mon-tagem da planta de peneiramento e do pátio de estocagem e subestação estão concluídos. Outra obra é o Ca-rajás Serra Sul S11D, que conta com o desenvolvimento da mina e usina de processamento, em Carajás, com capacidade nominal estimada de 90 Mtpa. A montagem de estrutura me-tálica dos módulos off-site estão em andamento e as linhas de transmissão e subestação de alta tensão estão em construção. O projeto tem data de startup estimada para o segundo se-mestre de 2016.

Otimização • O Infralog - programa de otimização do investimento por meio da gestão integrada dos projetos de logística - prevê reduções de investimento que somam US$ 2,2 bilhões. Oportunida-des adicionais para reduzir até US$ 2,8 bilhões no horizonte 2018-2020 tam-bém foram mapeadas;• O Procop, programa de otimiza-ção das atividades operacionais para maior produtividade e redução de custos unitários, deve economizar R$ 32 bilhões até 2016.

Biocombustíveis • A Petrobras investirá US$ 2,9 bilhões para ampliar produção de etanol e biodiesel.

FurnasFurnas possui um plano de expan-

são do seu parque gerador e transmis-sor. Para a diversificação das fontes de geração, sobretudo no segmento eó-lico, a empresa constrói, em parceria com outras empresas, 17 parques no nordeste do país. Juntas, as centrais geradoras eólicas somam 502 MW de potência instalada. No segmento hídrico, estão sendo implantadas qua-tro novas usinas hidrelétricas - Santo Antonio (RO), Teles Pires (MT/PA), Simplício (RJ/MG) e Batalha (GO/MG), além de 28 linhas de transmissão e 15

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Obras para os grandes eventos esportivos no Rio a todo vaporEntre os trabalhos está a reestruturação do trânsito

eventos, como o Rock in Rio e a Rio + 20. Outro projeto em andamento é o Parque Olímpico, que será o coração dos Jogos Rio 2016. Uma Parceria Pú-blico-Privada (PPP) viabiliza a constru-ção da infraestrutura de todo o local e da Vila dos Atletas; dos três pavilhões esportivos; do Centro Internacional de Transmissão; do Centro Principal de Mídia e de um hotel. As obras come-çaram em julho de 2012. Para viabilizar a construção das demais instalações do Parque Olímpico (Centro de Tênis, Centro Aquático, Arena de Handebol e Velódromo), a prefeitura assinou um acordo de cooperação técnica com o Governo Federal. A União vai aportar os recursos e a prefeitura licitará e exe-cutará as obras, previstas para come-çar no segundo semestre de 2015.

Copa do Mundo – As obras para a Copa do Mundo incluem melhorias no sistema de transporte e a construção

de uma passarela ligando o Maracanã à Quinta da Boa Vista, que completará os trabalhos de revitalização do entor-no do estádio.

Iniciada em janeiro de 2012, a re-vitalização do entorno imediato do Maracanã já está pronta. Foram inves-tidos R$ 109,5 milhões. O projeto tem cerca de 50 mil metros quadrados de urbanização, com novo paisagismo e nova iluminação pública em LED. Todo o entorno foi adaptado a pessoas com necessidades especiais, com a constru-ção de 13 rampas de acesso e traves-sias rebaixadas, além da implantação de piso de alerta. Também já foi inicia-da a construção da passarela sobre o Rio Joana, que ligará o estádio à Quinta da Boa Vista. As obras estão previstas para terminar no primeiro semestre de 2014. A estrutura terá 530 metros, largura de 5 metros no vão livre e de 9 metros nas rampas, facilitando a saída das pessoas do estádio. Todos os in-vestimentos no entorno do Maracanã estão no caderno de responsabilida-de da Prefeitura do Rio para a Copa do Mundo de 2014. Já as melhorias no transporte estão na Transoeste, já concluída, e a na Transcarioca, que beneficiará 400 mil passageiros/dia, ligando a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, numa exten-são de 39km.

* O conceito de BRT envolve elementos importantes, como infraestrutura, planejamento e controle operacional. O BRT é formado por estações de transferência e infraestrutura adequada; veículos articulados ou biarticulados; corredores exclu-sivos com espaços para ultrapassagens; embarque / desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas); embarque em nível; pagamento desembarcado; e sistema mais seguro, rápido, eficiente e confiável.

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Olimpíadas – As reformas no sam-bódromo – local da partida e da che-gada da maratona e da competição de tiro com arco – já estão concluídas. Além disso, segundo a assessoria de mídia da prefeitura do Rio, as obras mais complexas de transporte – BRTs* Transoeste, Transcarioca e Transolím-pica – também estão em andamento. O trecho Alvorada-Santa Cruz do BRT Transoeste entrou em funcionamento em junho de 2012, diminuindo pela metade o tempo de viagem. E, embo-ra o BRT Transcarioca ainda esteja em construção, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2014, já foram inaugurados o Mergulhão Clara Nunes, em Campinho; o Mergulhão Billy Blanco, na Barra da Tijuca; e a du-plicação do Viaduto Negrão de Lima, em Madureira. O Parque dos Atletas é usado pela população como área de lazer e para a prática de esportes, além de ser um espaço para grandes

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Caderno Especial

Ensaios Não Destrutivos na Copa do Mundo 2014

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Arena Castelão:a primeira a ficar pronta

O estádio Plácido Aderaldo Castelo Branco, o Caste-lão, localizado em Fortale-

za (CE), tem história. Foi inaugurado em 1973 com capacidade para até 120 mil pessoas, mas, apenas em 1980, registrou seu maior público, com lotação completa no dia 9 de julho, quando recebeu o Papa João Paulo II. Em 2000, para atender às exigências da FIFA, fechou para re-forma e reabriu em 2002 com capa-cidade reduzida para até 70 mil ex-pectadores, em uma partida entre Brasil e Iugoslávia, a última da sele-ção brasileira antes do mundial de 2002, quando conquistou o penta-campeonato. Agora, para a realiza-ção dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, novas mudanças foram ne-cessárias. Depois de um longo perío-do, a Arena Castelão foi inaugurada em 17 de dezembro de 2012, com capacidade para 63.903 torcedores, com apresentação do cantor cea-rense Raymundo Fagner, e a presen-ça da presidente Dilma Rousseff. Já em janeiro de 2013, a arena recebeu jogos pela Copa do Nordeste. A Are-na Castelão chegou com tempo de sobra para que a Copa das Confe-derações 2013 acontecesse também no Ceará. Na primeira partida, Bra-sil 2 x 0 México, o público cearense lotou o estádio e emocionou todos os brasileiros quando, após o ante-cipado encerramento da execução

do Hino Nacional pela FIFA, perma-neceu cantando até o fim. Jogaram, também, em Fortaleza, Espanha X Nigéria e Itália X Espanha.

A reforma do Castelão é um proje-to do escritório Vigliecca & Associa-dos. A realização da obra foi fruto de uma parceria entre o Governo do Es-tado do Ceará e o consórcio forma-do pelas empresas Galvão, Andra-de Mendonça e BWA. Totalmente pronto, o primeiro estádio brasileiro que cumpriu os prazos estabeleci-dos pela FIFA trouxe muito confor-to e segurança para o público. Mais uma vez, os Ensaios Não Destrutivos estiveram presentes nas principais estruturas do canteiro de obras. É o que explica Wellington França, pro-fissional de END e Inspeção contra-tado pela empresa Engefer Soluções Industriais Ltda.. Ele trabalhou de janeiro a agosto de 2012 nas inspe-ções da Arena Castelão e conta co-mo foram os trabalhos: “Fomos con-tratados para realizar as inspeções nos 60 pilares de aço, gigantes, que sustentam a cobertura, e o uso dos ENDs foi essencial para garantir a integridade da estrutura e a segu-rança do público”. Ainda segundo Wellington, mesmo se tratando de uma reforma, essas estruturas sãonovas e, como tal, são tratadas. Fo-ram feitos testes como Ensaio Visual de Solda; Líquido Penetrante e Ul-trassom; também foram realizados os serviços de Ensaio Dimensional,

Torqueamento e Inspeção de Pin-tura, ensaios de dobramento de soldadores e, ainda, inspeção to-pográfica para verificação do ajus-te dos pilares à estrutura de con-creto.

Com a reforma, o torcedor pas-sa a ter uma visão privilegiada de qualquer ponto da arquibancada, pois o campo foi rebaixado em quatro metros e a distância que separa o público do gramado foi reduzida de 40 para 10 metros. A cobertura também merece desta-que. Construída com tecnologia inovadora, tem um revestimento térmico capaz de conter a insola-ção presente na região nordeste do País e, também, permitir a circula-ção de ar dentro do estádio. O sis-tema de esgoto sanitário também é moderno e funciona a vácuo, garantindo economia de 90% de água. A Arena Castelão conta com cadeiras retráteis 100% cobertas, isolamento acústico, estúdio de transmissão televisiva, área de im-prensa, 52 camarotes, áreas VIP, vagas cobertas para 1997 veículos, 44 quiosques de alimentação, três restaurantes, 85 banheiros, sala de cinema para 150 pessoas e um museu do futebol. É, portanto, um espaço multiuso, com capacidade de adaptação para outros eventos sendo que, este ano, foi palco de dois grandes espetáculos musicais. Em maio, o ex-Beatle Paul McCart-

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ney lotou o estádio e fez um show emocionante. Em setembro, foi a vez da cantora americana Beyoncé se apresentar em terras cearen-ses. Outra vez, a arena mostrou que está, definitivamente, na rota das turnês internacionais, que sabe receber a todos muito bem e está preparada para novos desa-fios. Aliás, Fortaleza é uma cidade atraente, repleta de turistas o ano inteiro. O aeroporto internacional Pinto Martins opera voos regula-res vindos das principais cidades da Europa e dos Estados Unidos. Com a realização do mundial em 2014, o estado do Ceará pretende alavancar ainda mais o turismo da região. Alguns hotéis já fize-ram aportes financeiros visando o evento e construíram, inclusive, campos de futebol para receber as seleções. Como um dos princi-pais destinos turísticos brasileiros, a cidade é garantia de muito sol e diversão. Tem belas praias, como a de Iracema, aquela do romance do escritor cearense José de Alencar, de onde se vê o um lindo pôr do sol, a praia Futuro, que tem 30 quilô-metros de extensão com inúmeros

bares e restaurantes, e a praia do Mucuripe, de onde partem escu-nas, diariamente, para um passeio inesquecível pela orla, além das fa-mosas jangadas, que desfilam com suas velas brancas e deixam a pai-sagem ainda mais bonita. Junte-se a isso, a hospitalidade de seu povo, hotéis de excelente qualidade, boa comida, artesanato e uma vida noturna agitada. Ao que parece, a escolha de Fortaleza como sede da Copa do Mundo FIFA 2014 foi acer-tada e só vem selar o destino da cidade como um polo internacional de turismo.

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Arena das Dunas: bonita e atraente

E m 2009, quando a cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, foi escolhida para

ser uma das sedes da Copa do Mun-do de 2014, a única certeza era a be-leza das paisagens. A “cidade do sol”, como é conhecida, está localizada no ponto onde o Brasil está mais perto da Europa e da África, tam-bém chamado de “a esquina do con-tinente”. Um lugar de belas praias, das dunas que se movem ao ritmo do vento, junto à Mata Atlântica, enfim, um cenário de cinema. Tudo isso somado a um clima agradável, a uma hospitalidade e a uma boa infraestrutura hoteleira que vem ganhando ainda mais investimentos para o turismo durante o mundial. Natal recebe, todos os anos, mais de dois milhões de turistas, entre brasileiros e estrangeiros. Em 2012, foi eleita pela Choice Awards, em uma escolha feita pelos viajantes do respeitado site Trip Advisor, como o segundo melhor destino de praias da América do Sul, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. A cidade é moderna, tem aeroporto interna-cional, inclusive com voos diretos da Europa. Ao todo, são realizados 32 voos diários, sendo os destinos mais frequentes Lisboa, Guarulhos, Brasí-lia, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e Fernan-do de Noronha, além de um grande número de voos charters (fretados) vindos de Madrid, Estocolmo, Bue-nos Aires, Amsterdã, Londres e Mi-

lão. No porto da cidade também atracam luxuosos navios de cruzei-ros internacionais. A região metro-politana de Natal oferece muitas opções turísticas. A cerca de 20 km, em Extremoz, estão algumas das aventuras que mais encantam os visitantes, como o passeio de buggy pelas dunas de Genipabu, e os dro-medários que desfilam carregando turistas numa paisagem de deserto.

Mas Natal não é só isso. A cidade também vem atraindo outros olha-res, não só de turistas. Um projeto idealizado por um cientista paulista colocou a cidade no rol das grandes pesquisas científicas. No início dos anos 2000, o médico Miguel Nico-lelis, formado pela Universidade de São Paulo, que foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no início da década passada, ideali-zou, e junto com outros cientistas, criou o Instituto Internacional de Neurociências de Natal. Trata-se de um grande centro de pesquisas e formação de cientistas, com inves-timentos de alto nível. Nicolelis é professor titular de Neurobiologia e Engenharia biomédica e codiretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, em Durham, nos Estados Unidos. Isso, por si só, já seria motivo de orgulho para todo brasileiro. Mas um projeto gran-dioso está sendo desenvolvido ali, juntamente com outros países, co-ordenado pelo doutor Miguel Nico-lelis: A principal proposta do projeto

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Arena Dunas

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“Andar de Novo” prevê que o pontapé inicial do jogo de abertura da Copa do Mundo seja dado por um jovem brasileiro com paralisia. A ideia pa-rece um sonho impossível, mas, para os cientistas, o resultado da pesquisa dará movimento a pessoas com lesões neuromotoras. Os testes estão muito adiantados e são destaque nas princi-pais publicações do mundo. Como se vê, Natal também caminha para levar o nome do Brasil como um polo de pesquisas científicas, mostrando que também somos competentes em ou-tros campos.

A Arena das Dunas venceu os atra-sos e conseguiu cumprir os prazos para receber quatro partidas da Copa do Mundo. Agora, já é considerada uma das mais belas do mundial no Brasil. O projeto venceu o 6º Prêmio de Arquitetura Corporativa, na cate-goria obras públicas. A autoria é do escritório norte-americano Papulos Architects e também do brasileiro Cou-tinho, Diegues e Cordeiro Arquitetos. A construção tem origem na parceria entre o Governo Estadual e a OAS En-genharia. Na primeira fase da obra, o antigo estádio Machadão e o ginásio Machadinho foram demolidos e de-ram lugar ao novo polo de eventos potiguar. Ao todo, são 42 mil lugares que oferecem muito conforto ao pú-blico, sendo 10 mil removíveis, para adequar o estádio a outros eventos. É um espaço multiuso, pensado para receber outras demandas, como gran-des shows musicais. A Arena das Du-nas também é sustentável, pois conta com um sistema de captação de ener-gia a partir de painéis solares, e outro de reaproveitamento da água. O novo estádio conta ainda com camarotes,restaurantes, salas VIP, lounges, além

de estacionamentos interno e exter-no. A cobertura é formada por uma estrutura metálica recoberta por “pétalas”, que lembram as famosas dunas de Natal. Em toda a arena, as estruturas metálicas foram monta-das e inspecionadas simultaneamen-te. “Nas estruturas metálicas fizemos um processo de soldagem de acordo com a norma ADW D 1.1, com en-saios de END por US, EVS, e com ins-petores qualificados pelo SNQC END, que hoje é uma referência nacional”, explica Robson França, gerente da Ultrasolda, Inspeções e Serviços, empresa potiguar que atuou por vá-rios meses no canteiro de obras em Natal. Eles também trabalharam na montagem da cobertura da área de combate a incêndio, que, segundo Robson, é diferenciada, pois atende à norma ASME IX B31.1, que mencio-na os processos de soldagem realiza-dos juntamente com as inspeções. “O trabalho é feito e acompanhado no processo de soldagem em linhas de incêndio com inspeções por En-saio Visual de Solda, Líquido Pene-trante e Ultrassom´ ,́ explica. Robson também ressalta a importância dos ENDS em relação à garantia da qua-lidade e à confiabilidade do cliente numa obra desse porte. Afinal, um estádio de futebol tem que ser, aci-ma de tudo, seguro. E agora que fal-ta pouco, é claro que a população do Rio Grande Norte espera pelo jogo de estreia da nova arena, que está marcado para acontecer em janeiro de 2014, numa partida entre Amé-rica e ABC, os dois principais clubes locais. Será um grande teste para mostrar que todos estão prontos para fazer parte do seleto grupo das sedes do Mundial.

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Alberto Bisognin1

Giovanno Zuglian1

Rafael Wagner2

Ricardo Carneval2

Thomas Clarke1

1 LAMEF-UFRGS2 CENPES PETROBRAS

Sinopse

Sistemas de inspeção e monitoramento baseados em ondas guiadas ultrassônicas vêm ganhando espaço devido a sua capaci-dade de inspecionar longos trechos de tubulações a partir de um único ponto de acesso, com a crescente demanda por técnicas de inspeção que atendam à indústria do petróleo, normas brasileiras nessa área estão sendo desenvolvidas. Este trabalho visa apresentar os resultados que são obtidos com a realização dos ensaios de calibração do sistema de inspeção por ondas guiadas proposta pela norma brasileira ABNT/ONS-58.

1. INTRODUçãO

Sistemas de varredura de tubulações baseados em ondas guiadas ultrassônicas vêm ganhando espaço devido à sua capaci-dade de inspecionar trechos extensos da estrutura a partir de um único ponto de acesso, sem necessidade de parada de produção ou de inserção de equipamentos no duto (1-4). A técnica é especialmente atraente em casos de tubulações inaces-síveis ou de difícil acesso, como aquelas que se encontram parcial ou totalmente enterradas ou submersas, ou que possuam revestimento de proteção contra corrosão ou isolamento térmico. A natureza das on-das guiadas assegura que a energia na for-ma de ultrassom percorra as paredes do tu-bo por dezenas de metros e que parte des-ta energia seja refletida ao encontrar obs-táculos estruturais, como soldas, apoios, etc., ou defeitos, tais como corrosão, trin-cas, ou falhas no revestimento (5-7). A nova tendência da técnica é a utilização de anéis de sensores permanentemente acoplados à parede do duto, em espaçamentos regu-lares de algumas dezenas de metros, de modo a possibilitar o monitoramento da integridade estrutural sem a necessidade de se acessar a estrutura (8-13).

Diversos trabalhos presentes na literatu-ra discutem quanto à seleção do modo de propagação mais adequado para ensaiosem tubulações. Pela facilidade de excita-

artigotécnico

Sistema Multiuso de Monitoramento de Integridadede Dutos Metálicos por Ondas Guiadas

ção, os modos axissimétricos são comumen-te os mais utilizados, podendo ser, por exemplo, os modos longitudinais L(0,2) (14-16). Recentemente, o modo axissimétrico torcional T(0,1) despertou o interesse das pesquisas, por se mostrar mais insensível a fluidos presentes no interior do tubo, além de sua característica não dispersiva proporcionar um tratamento de sinal me-nos complexo (6,17-20). Na Figura 1 obser-va-se uma curva de dispersão gerada atra-vés do software Disperse, apresentando a característica não dispersiva do modo T(0,1) e o comportamento dispersivo do modo L(0,2).

A propagação dessas ondas em estru-turas tubulares é influenciada pela mudan-ça da impedância acústica. Podem-se citar

Copyright 2013, ABENDI, ABRACO e IBP.Trabalho apresentado durante a 12ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos.As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

como exemplo as reflexões da onda guia-da originadas pela variação da seção trans-versal causadas por uma solda (mudança de material) ou uma trinca na parede da tubulação (6). Essas reflexões podem ser recebidas pelos mesmos transdutores queemitiram a onda ou ainda por outros transdutores localizados na tubulação. A partir dos sinais recebidos pelos transdu-tores, é possível obter informações sobre localização e severidade dos defeitos atra-vés da analise das componentes e relações dos sinais refletidos (6,24). Uma análise heurística leva a conclusão de que o tempo de chegada do sinal oferece informações sobre a localização do refletor, enquanto a amplitude do sinal apresenta informações sobre a severidade da variação da área de

Figura 1. Velocidade de grupo para um duto schedule 40 de 168mm (6”) de diâmetro

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seção transversal. Porém, as ondas guiadas que propagam em tubos e suas interações com defeitos representam um fenômenocomplexo, fazendo com que informações precisas sobre defeitos sejam difíceis de ex-trair diretamente do sinal captado (21,24). Apesar disso, técnicas de processamento dos dados que utilizam cálculos de propaga-ção de onda são usadas para a geração de imagens e atuam como ferramentas de localização de defeitos (25).

Devido à característica de espalhamento temporal dos dados provenientes dos en-saios realizados, a abordagem temporal para o processamento e, consequentemente, a localização dos defeitos, ficam ambas prejudicadas tendo pouca sensibilidade a defeitos com área da secção transversal inferiores a 5% (6,7,22,24). O espalhamento temporal é consequência, principalmente, da dispersão das ondas acústicas enquanto propagam pelo meio, mas também pode ser resultado de variações de temperatura do material no percurso da onda ou a res-posta de um defeito à incidência de uma onda acústica (11,23).

O objetivo desse trabalho é apresentar os resultados obtidos em testes realizados nas dependências do Laboratório de Me-talurgia Física (LAMEF), verificando aos limites da técnica, e apresentando os limi-tes de detectabilidade de defeitos em tubu-lações, baseando-se nas recomendações da norma brasileira ABNT/ONS-58.

2. METODOLOGIA

Os ensaios realizados deram-se de formaa seguir os padrões estabelecidos pela nor-ma brasileira de ondas guiadas, consistindo por dois ensaios utilizando dois corpos de prova. A primeira amostra consiste em um tubo integro de 6 metros de comprimento com um diâmetro nominal de 168,3mm (6”) schedule 40 (espessura de parede de 7,1mm), feito de aço carbono ou baixa liga e as extremidades com um ângulo de 90º em relação ao eixo longitudinal com uma tolerância de ± 3º, chamado apenas por amostra 1. O objetivo do ensaio com a amostra 1 é analisar a relação sinal/ruído do equipamento testado tomado, para es-te trabalho, como a máxima intensidade dosinal de fundo. O ruído é considerado co-mo sendo o somatório do ruído aleatório proveniente do circuito eletrônico e vi-brações de reflexões espúrias.

A amostra 2 deve ser um tubo com as

mesmas características da amostra 1, po-rém, deve ter dois defeitos, os quais são furos passantes. O primeiro furo é equiva-lente a 1% da área da seção transversal doduto (5,3mm de diâmetro), posicionado a 1m a partir da extremidade oposta à da medição (3,5m a partir do anel de sensores). Já o furo 2 deve ser posicio-nado a 1m do furo 1 (2,5m do anel) e defasado angularmente de 90°, sendo este responsá-vel pela remoção de 2% da área da seção transversal do corpo de prova (10,6mm de diâmetro). O obje-tivo desse ensaio é analisar a menor sensibilidade do sistema. A reflexão é considerada detectável se ul-trapassar em pelo menos 3dB o nível de ruído. Também deve ser detectável em pelo menos duas frequências diferentes, tendo a diferença não menos de 3 kHz. A Figura 2 mostra o padrão numero 2.

O anel deve ser posicionado a 1,5m da extremidade oposta aos defeitos para aamostra 2 e de qualquer lado par a amos-tra 1. Os ensaios devem ser realizados utili-zando em 4 frequências diferentes, sendoque a diferença entre a menor e a maior frequência seja de pelo menos 10 kHz. Para o presente ensaio, os transdutores foram colados na superfície, impossibilitando a remoção e posterior acoplamento.

Um colar com dois anéis (anel A e anel B) de sensores contendo 16 elementos piezoelétricos cisalhantes cada um deles, sendo os 16 uniformemente distribuídos sobre a parede externa do corpo de prova. A utilização desses transdutores permite a geração de um modo semelhante ao T(0,1), e busca-se através do monitoramento dosmodos flexurais (F(n,m)), localizar os de-feitos quanto a sua localização axial e cir-

cunferencial. Além de estimar sua severi-dade com respeito à área de seção trans-versal afetada.

A eletrônica utilizada foi desenvolvida pelo grupo de trabalho e permite, através de um sistema de multiplexação de alta velocidade de chaveamento, que o sistema opere em modo pulso-eco, tanto para o anel A quanto para o anel B, e em modo transparência, anel A para B e/ou B para A. Um sistema da National Instruments foi utilizado como gerador e digitalizador dos sinais. O sistema conta com 16 canais de digitalização e com dois canais de geração controlados por um software próprio para a geração e aquisição de sinais, também desenvolvido totalmente pelo grupo de trabalho.

Com os históricos temporais adquiridos pelo conjunto hardware/software desen-volvidos é possível aplicar técnicas de pro-cessamento dos sinais para construir uma imagem referente aos refletores encontra-dos. O primeiro método de visualização dos dados é realizando uma decomposição dos dados adquiridos em duas partes, a primeira correspondente ao total de modo torcional refletido de volta ao anel, e o segundo representando os modos fle-xurais contidos na reflexão. Com a relação entre a amplitude dessas reflexões é pos-sível inferir a extensão circunferencial do refletor utilizando dados previamente cal-culados utilizando dados de modelos de elementos finitos.

Uma imagem pode ser gerada a partir dos dados coletados e apresenta um ma-peamento da superfície do duto. Por ele épossível localizar os refletores quanto a sua posição longitudinal e circunferencial.

Figura 2. Desenho esquemático do padrão 2

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Para isso é utilizado o método CSM (Common source mode) que utiliza a retro propagação matemática dos sinais coletados até a posição desejada. Com a imagem gerada é possível localizar os refletores e posteriormente inferir um nível de severidade.

3. RESULTADOS

O primeiro teste foi realizado com o padrão 1, como descrito na secção anterior, para a determinação do nível de ruído presente nas medições. Foram escolhidas as frequências centrais de 20 kHz e 35kHz e a primeira reflexão como referencia para 0dB. Foram obtidos -35,2dB e -38,3dB pa-ra as frequências de 20kHz e 30kHz respec-tivamente. A Figura 3 mostra a envoltória de um dos canais adquiridos em escala de dB para cada uma das frequências.

Os níveis de ruído foram tomados com relação ao valor da primeira reflexão da borda mais próxima dos sensores (1,5m) e entre dois sinais consecutivos de reflexões conhecidas. Determinados esses níveis foram fixados os limites de detecção como sendo 3dB acima do limite de ruído para cada frequência, sendo assim, -32,2dB e -35,3dB para os ensaios de 20kHz e 35kHz respectivamente.

Para o segundo ensaio foram feitos os furos na amostra perfazendo as condições sugeridas para o padrão 2 descritas na secção anterior. Repetidos as aquisições com mesmas frequências centrais para as excitações e foram obtidos os resultados abaixo.

Para os sinais coletados nos dois ensaios no padrão 2 foi possível detectar três sinais maiores que o limite de detecção, são eles: em 2,5m, a reflexão do furo de 10,6mm;

em 3,1m, a reflexão do furo de 5,3mm; e em 4m, a reverberação do furo de 10,6mm depois de refletir na extremidade mais próxima do anel de excitação, cabendo ressaltar que as posições tem uma varia-bilidade nesta visualização devido à dife-rença de velocidade entre modos, já que a reflexão de borda tem diferente compo-sição de modos que a reflexão dos furos, e neste trabalho a correção de velocidade para cada modo não foi realizada.

Para obter uma localização mais apurada da posição dos furos na direção longitudinal e, também, para se obter a posição circunferencial dos refletores foi aplicada a rotina de geração de imagem que utiliza propagação matemática. Por esse motivo as dispersões dos modos de mais alta ordem são compensadas para gerar uma imagem com as posições aproximadas dos refletores. A figura 5

Figura 3. Nível de sinal ruído para os ensaios em (a) 20kHz e (b) 35kHz

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mostra esses resultados para a frequência de 35kHz. O gráfico da figura 5b apresenta a decomposição do sinal refletido na sua componente torcional e flexural. Onde o valor do modo torcional e flexural são normalizados pelo valor do modo torcional. Para uma quantidade de reflexão torcional existe uma quantidade de flexurais, quan-to maior a indicação do modo flexural comrelação ao torcional, maior é a característi-ca assimétrica com relação ao eixo longi-tudinal do refletor. Uma relação unitária entre os dois modos representa um refle-tor totalmente assimétrico (e.g. um furo) enquanto que uma relação com pouco, ou nenhum, flexural indica que o refletor é totalmente axissimétrico (e.g. cordão de solda). O gráfico 5a mostra a imagem gerada a partir da propagação do dados, e mostra diretamente a posição longitudinal e circunferencial dos refletores.

Figura 4: Aquisições para o 2 ensaio; a) para 20kHz; b) para 35kHz

Na figura 5b é possível notar que na distancia de 2,5m há uma relação unitária de amplitudes entre o modo flexural pelo modo torcional, isso é o indicativo de queesse refletor tem a característica não axis-simetria de um furo. Essa reflexão pode ser notada na figura 5a que mostra sua posição circunferencial. Também é possível notar que a reflexão tem característica bem con-centrada, além das reflexões das bordas dotubo, uma em 1,5m representando o espe-lhamento da borda próxima ao anel e outra em 4,5m representando a borda oposta.

4. CONCLUSãO

Os ensaios realizados conduzem a re-sultados satisfatórios para o furo de 2% da seção transversal e tendo em vista que o desenvolvimento de todos os equipa-mentos e aparatos foi realizado pelo pró-

prio grupo. Melhorias na relação sinal/ruí-do para um aumento da sensibilidade do sistema devem ser realizados, entretanto os requisitos apresentados pela norma foram alcançados para a mínima de sensi-bilidade, com a detecção acima do limite de detecbilidade estipulado pela norma,bem como na localização axial e circunfe-rencial do defeito. Melhoras no quesito do encapsulamento e possibilidade de remo-ção e inserção dos transdutores no corpo de prova também deverão ser realizadas, visando a aplicabilidade do mesmo anel em diferentes posições. As técnicas de pro-cessamento de sinal mostram-se uma fer-ramenta importante para a correta inter-pretação dos dados coletados já que as informações contidas no resultado gráfico de decomposição de modos pode ser de dí-fícil compreensão devido a alta complexi-dade dos fenômenos envolvidos.

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Figura 5. a) Imagem gerada com CSM; b) Decomposição dos sinais em modo torcional e modos flexurais.

5. Bibliografia

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Sinopse

A medição da tenacidade em testes padronizados requer o uso de equipamentos de aquisição de dados apropriados e confiáveis, e um equipamento que possa trabalhar a diferentes temperaturas, taxas de deformação e sem contato com o corpo de prova é certamente uma alternativa interessante e útil nesses casos. Este trabalho apresenta a validação da técnica de processamento de imagens digitais (DIC) para a medição do deslocamento da linha de ação da força, um parâmetro que deve ser medido para o cál-culo da Tenacidade à Fratura. Para validar o método, testes de tenacidade foram realizados em um material estrutural utilizando corpos de prova (CP) do tipo C(T). Finalmente, os resultados derivados dos testes são comparados com os sinais medidos usando um clip gage comercial.

Medições de Deslocamentos em Testes de Tenacidade usando aMetodologia de Processamento de Imagens

1. INTRODUçãO

Sistemas de medição de força, defor-mação e deslocamento são muito impor-tantes em testes de propriedades mecâni-cas.A qualidade destes testes depende da incerteza dos sistemas de medição, e emparticular as medidas de tenacidade sãomuito sensíveis a ela. O desenvolvimento de técnicas de medição que possam ser maisversáteis e/ou exatas do que as técnicas convencionais (strain gages, LVDT, etc) é, portanto, uma tarefa importante nesta área. A cor-relação digital de imagem (DIC) é uma técnica numérico-ótica que permite a medição dos campos de deslocamento e o cálculo dos campos de deformação asso-ciados mediante a comparação de imagens, cuja principal vantagem em relação às téc-nicas convencionais é eliminar a necessida-de de contato com o corpo de prova. Esta técnica consiste em capturar imagens con-secutivas com uma câmera digital duran-te os testes para avaliar o campo de deslocamento de uma região ou de pontos do corpo de prova enquanto ele é sujeito ao carregamento. Para as medidas de cam-po de deslocamento, a superfície do corpo de prova deve ser devidamente preparada com um padrão de pontos aleatórios (man-chas de tinta) na sua superfície. Esta téc-nica compara os pontos de cada imagem tirada no transcorrer do teste com a ima-gem inicial não deformada. O software uti-lizado neste trabalho foi o VIC 2D da Cor-related Solutions. O objetivo principal

deste trabalho é de validar as medições do deslocamento da linha de ação de força em um teste de tenacidade à fratura utilizando a técnica DIC.

2. CÁLCULO DA TENACIDADE À FRATURA

Um dos maiores problemas na avaliação da integridade estrutural de componentes mecânicos é prever a possibilidade de ocorrência de uma falha frágil, causada pe-la propagação repentina e catastrófica de uma trinca em condições normais de opera-ção. A Mecânica da Fratura linear elástica (MFLE) pode gerar previsões satisfatórias e coerentes quando a deformação não li-near de um material é confinada em uma pe-quena região plástica em torno da ponta da trinca. Entretanto, quando esta região plástica é significativa em relação à espes-sura do componente estrutural trincado, as hipóteses básicas da MFLE são violadas, e ela não deve ser aplicada. Para esses ca-sos deve-se usar a Mecânica da Fratura elastoplástica (MFEP), que considera o com-portamento não linear do material. Em 1961, Weels propôs que o comportamento à fratura poderia ser caracterizado pelo deslocamento de abertura entre as faces da trinca (CTOD). Ele demonstrou também que o conceito de CTOD era análogo ao conceito que relaciona a tenacidade à fratura em deformação plana, KIC, com o valor de CTOD. O método da Integral J, outro enfoque da MFEP para quantificar a tenacidade proposto inicialmente por J.

R. Rice em 1968, tem algumas vantagens práticas sobre o CTOD, pois sua mecânica é mais versátil e pode ser mais facilmente aplicada para descrever o comportamento à fratura de componentes es-truturais tenazes.

A integral J pode ser vista como uma generalização da taxa de alivio de energia potencial armazenada num componente trincado. Ela caracteriza a fratura nos mate-riais não lineares idealizando a deformação elastoplástica (EP) como “elástica não li-near” (NLE), conforme esquematizado naFigura 1. O conceito de uma integral inde-pendente do caminho, utilizada para ava-liar a taxa de alivio de energia no crescimen-to da trinca, foi originalmente desenvolvido por Eshelby. Entretanto, a definição original foi estabelecida por Rice (1969). A integral J pode ser fisicamente interpretada como a taxa de alivio de energia potencial do sistema em relação à variação do compri-mento da trinca. A expressão da taxa de alivio de energia para um caso bidimen-sional elástico pode ser expressa como:

(1)

Onde é o vetor de tração definido pela normal n, é o vetor de deslocamento que age no ponto ds, S é a área delimitada por qualquer caminho s anti-horário fechado e U é a densidade de energia de deformação armazenada em qualquer ponto de s.

A maioria das normas que avaliam a tena-cidade em materiais estruturais utilizam os parâmetros CTOD e Integral J para quan-tificar as condições de fratura em torno de um defeito ou trinca. Os testes para medir

Copyright 2013, ABENDI, ABRACO e IBP.Trabalho apresentado durante a 12ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos.As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

Jorge H. Medina1

Jaime T.P. Castro 2

[1] Mestre, Engenheiro Mecânico – PUC - Rio

[2] PHD, Engenheiro Mecânico – PUC - Rio

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esses parâmetros utilizam geralmente corpos de prova do tipo flexão de três pontos SE(B) ou compacto de tração C(T). A determinação experimental de CTOD e J são baseadas em medições das curvas força vs. abertura da boca da trinca (CMOD) ou deslocamento do ponto de aplicação da força (LLD), uma vez obtidas estas curvas experimentais, o parâmetro J é calculada por intermédio da área plástica sob a curva (Figura 2).

Para materiais relativamente dúcteis, a norma britânica BS 7448 [1] estabelece o cálculo da tenacidade à fratura consi-derando as partes elásticas e plásticas da taxa de alívio de energia, quantificada através da integral J:

(2)

Considerando o cálculo da tenacidade relacionada à carga máxima, então:

(3)

Onde Pmax é a carga máxima, B é a espessura e W é a largura do corpo de prova, f(a0/w) é uma função adimensional que depende da geometria do CP, a0 é o comprimento inicial de trinca, ν é o coeficiente de Poisson, E é o módulo de elasticidade do material, Ap é a área da parte plástica sob a curva força versus deslocamento do ponto de aplicação da força como mostrado na Figura 2, e hp é dado por:

(4)

Para CPs do tipo C(T) a função f é dada por:

Desta forma é claro que para garantir uma medida confiável da tenacidade é preciso obter os dados de força aplicada e deslocamento da linha de carga de forma precisa, sem importar a geometria do corpo de prova ou as condições do teste. Usualmente o deslocamento do ponto de aplicação da força é medido com um clip-gage, como o mostrado na Figura 3, onde a medição é realmente feita na linha de aplicação da força. Se não for possível a medição do deslocamento da linha de

Figura 1. Curvas EP e NLE e caminho s englobando a área S.

Figura2. Esquema da aplicação da carga em função do deslocamento da linha de força.

(5)

ação da carga, então o deslocamento da abertura da boca da trinca deverá ser con-vertido para valores de deslocamento da linha de carga.

3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS

O material utilizado foi um aço estrutu-ral AISI 1020. Um total de quatro CPs do tipo C(T) foram utilizados nos testes de te-nacidade à fratura relacionada com a carga máxima (Jmax). As dimensões dos CPs são

apresentadas na Figura 4.Os corpos de prova foram pré-trincados

por fadiga a uma razão de carga R=0,1 sob frequência de 40 Hz e a0 /W = 0,5. O sistema de monitoramento do pré-trincado é cons-tituído por um microscópio ótico, tipo Newport, com uma lente marca Nikon auto 1:3:5,lente 43-86 mm. e um micrómetro instalado na sua base conforme a Figura 5.

Após o pré-trincamento, os testes foramrealizados em uma máquina servo-hidráu-lica Instron8501 de 100kN sob controle da

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artigotécnico

taxa de carregamento. Foram registrados os valores de carga e deslocamento da li-nha de ação da carga, este último medido com um clip gage.

O sistema de aquisição de dados [3] é constituído de uma placa AD de captura e de dois programas, escritos na linguagem LabVIEW. A placa lê e digitaliza os sinais do clip gage e da célula de carga e os envia para o primeiro programa, que faz uma plotagem em tempo real dos dados me-didos ao longo do ensaio (Figura 6) e os armazena num arquivo apropriado. O se-gundo programa faz a análise e a filtragem desses dados, para retirar os ruídos da leitura.

A preparação dos CPs para análise por processamento de imagens foi feita antes de iniciar os testes, aplicou-se uma camada fina de tinta branca em spray e, em seguida, aplicou-se uma névoa de tinta negra (spray) a uma distância de aproximadamente 50 cm, este procedimento foi aplicado tam-bém no clip gage e os pinos das garras con-forme a Figura 7.

Com o objetivo de obter imagens claras para o processamento das fotografias é preciso garantir um bom ajuste das distân-cias focais da câmera digital e uma ótima iluminação do CP a fotografar conforme a Figura 8, detalhes sobre a técnica DIC e o equipamento podem ser vistas em [4].

Os testes foram realizados variando a taxa de carregamento no intervalo:

onde a menor taxa de carregamento usada foi limitada pela capacidade da máquina, enquanto a maior taxa foi restrita pelo tempo de teste (12 segundos), a Tabela 1

Figura3. Clip gage montado no corpo de prova medindo o deslocamento da linha de a-ção da força

Figura 4. Geometria e dimensões (mm) do CP.

Figura 5. Sistema de monitoramento da pré-trinca de fadiga: (a),(b) microscópio ótico; (c)paquímetro; (d) pré-trinca de fadiga.

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51tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Figura 6. Tela de acompanhamento dos ensaios em tempo real.

Figura 7. Aplicação da tinta na técnica DIC: (a) CP;(b) clip gage; (c) conjunto CP, clip gage e pinos; (d) padrão de pontos no CP.

Tabela 1. Taxa de carregamento e tempo estimado de duração dos testes.

mostra as taxas usadas e o tempo estimado de cada teste.

O software usado para processamento das imagensfoi o VIC 2Dda Correlated Solutions e a quantidade de fotos por inter-valo de tempo foi selecionada de acordo à duração estimada do teste , no CP1 foramcapturadas com velocidade de 1 foto porsegundo (1fps) e no CP4 a velocidade foi de 2 fotos por minuto (2fpm). As Figuras 9 e 10 mostram as imagens em diferen-tes intervalos de tempo do CP3 e o seu respectivo processamento (medindo o des-locamento da linha de ação da força).

O deslocamento da linha de ação da força dos pontos obtidos no DIC e no sis-tema de aquisição de dados usando o clip gage podem ser comparados para uma mesma força aplicada.

4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Nas Figuras 11-14 são mostradas as cur-vas força vs. deslocamento da linha de ação da força medidas nos testes nas diferentes taxas de carregamento avaliadas. Pode-se notar que existe uma boa correlação dos deslocamentos nas medidas feitas com o clip gage comparadas com a técnica DIC. Nas figuras também pode-se observar que a técnica DIC permitiu realizar o controle do deslocamento até a abertura máxima do CP , o qual não foi possivel com o clip gage devido ao fato deste atingir o seu limite máximo de deslocamento. A média das diferenças entre as medidas comparadas foi estimada em aproximadamente 7%.

5. CONCLUSãO

Neste trabalho, é validada a técnica de processamento de imagens (DIC) para medição do deslocamento da linha de ação de força em testes de tenacidade à fratura. Quatro testes foram realizados em um material estrutural e em diferentes taxas de carregamento, os resultados medidos apartir da técnica DIC foram comparados com os medidos com um clip gage co-mercial. Uma boa correlação foi obtida entre ambas as técnicas, diferenças máximas de 7% foram obtidas. Assim, a técnica DIC mostrou-se como um método versátil por não precisar de contato com o corpo de prova, trabalhar em diferentes temperaturas e ter faixas de operação maiores do que os sensores convencionais.

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artigotécnico

Figura 8. Sistema de monitoramento da técnica DIC: (a) câmera CCD e lente montado em um suporte rígido; (b) CP e clip gage a fotografar pela câmera digital; (c) tela de alta resolução que mostra a imagem analisada pelo software DIC; (d) processamento das imagens pelo software DIC

Figura 9. Imagens tiradas pelo software DIC para o CP3

Figura 10. Processamento de imagem e medição do deslocamento para o CP3

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 BS 7448: PART 1:1991, “Fracture Mechanics Toughness Tests, Method for determination of KIC, critical CTOD and critical J values of metallic materials”, 1991.2 ASTM E647-00, “Standard Test for Measurement of Fatigue Crack Growth Rates”. Amer-ican Society for Testing and Materials, 2000.3 Ach R.S.;Castro N. J.;Nóbrega M.J.R.;Castro J.T.P.;Esperanza N. M.“Influência da Taxa de Deformação nas curvas Tensão-Deformação de um aço 1020 pré-encruado”,65° Con-gresso Anual da ABM, 2010.4 Rodrigues, L.D. ; Freire, J.L.F. ;Vieira,R.D. ; Castro, J.T.P. “Strain Analysis of a Pressure Vessel Test Specimen containing Metal Loss Defects”, 21° Congresso Brasileiro de Enge-nharia Mecânica – COBEM, 2011.5 Castro, J.T.P.; Meggiolaro, M.A. “Fadiga - Técnicas e Práticas de Dimensionamento Estru-tural sob Cargas Reais de Serviço: Volume II - Propagação de Trincas, Efeitos Térmicos e Estocásticos”, ISBN 1449514707, CreateSpace 20096 ASTM E1820-11, “Standard Test Method for Measurement of Fracture Thoughness”, American Society for Testing and Materials, 2011.

Figura 11. Curva força vs. deslocamento da linha de ação da força- CP1 Figura 12. Curva força vs. deslocamento da linha de ação da força- CP2

Figura 13. Curva força vs. deslocamento da linha de ação da força- CP3 Figura 14. Curva força vs. deslocamento da linha de ação da força- CP4

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calendário

Janeiro DataPartículas Magnéticas N1 Diurno 13 a 17Ultrassom N1 L Diurno 13 a 17Ultrassom ME Diurno 13 a 17Partículas Magnéticas N2 Diurno 13 a 24Ultrassom N2 Diurno 13 a 31Líquido Penetrante N1 Diurno 20 a 24Líquido Penetrante N1 Noturno 20 a 29Líquido Penetrante N2 Diurno 20 a 29Líquido Penetrante N2 Noturno 20/01 a 4/2Ultrassom N1 L Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom ME Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom N2 Noturno 27/1 a 25/2Controle Dimensional CL Noturno 27/1 a 8/3

Cetre - Bahia

Fevereiro DataBásico para Instrutores - AVG - DGS - Novas Exigências (Noturno) * 10 a 13Básico de Ensaios Não Destrutivos - Turma 1 17 a 21Minicurso de Elaboração de Procedimento de LP conforme Norma ASME V 24Documentos Técnicos de Soldagem e END - Turma 1 24 e 25ABENDI e FBTSBásico para Instrutores - AVG - DGS - Novas Exigências - Turma 1 * 27 e 28

Abendi - São Paulo

Fevereiro DataPartículas Magnéticas N1 Noturno 3 a 12Líquido Penetrante N1 Noturno 3 a 12Líquido Penetrante N2 Noturno 3 a 18Partículas Magnéticas N2 Noturno 3 a 22IE LT Noturno 10 a 19Controle Dimensional TO Noturno 17/2 a 24/3Ultrassom ME Noturno 24/2 a 6/3Ultrassom N1 L Noturno 24/2 a 6/3Ultrassom N2 Noturno 24/2 a 26/3

Janeiro DataLíquido Penetrante N1 Noturno 20 a 29Líquido Penetrante N2 Noturno 20/1 a 4/2Ultrassom N1 L Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom ME Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom N2 Noturno 27/1 a 25/2Controle Dimensional TO Noturno 27/1 a 1/3Controle Dimensional TO Noturno 27/1 a 1/3

Cetre -Santos

Fevereiro DataIE LT Noturno 3 a 12Partículas Magnéticas N1 Noturno 10 a 19Partículas Magnéticas N2 Noturno 10/2 a 1/3Controle Dimensional CL Noturno 17/2 a 29/3Controle Dimensional CL Noturno 17/2 a 29/3Ultrassom N1 L Noturno 24/2 a 6/3Ultrassom ME Noturno 24/2 a 6/3

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55tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Janeiro DataUltrassom N1 L Diurno 13 a 17Ultrassom ME Diurno 13 a 17Partículas Magnéticas N1 Diurno 13 a 17Líquido Penetrante N1 Noturno 13 a 22Partículas Magnéticas N2 D/SP 13 a 24Líquido Penetrante N2 Noturno 13 a 30Ultrassom N2 Diurno 13 a 31Ultrassom N1 L Noturno 20 a 31Ultrassom ME Noturno 20 a 31Ultrassom N2 Noturno 20/01 a 20/2Líquido Penetrante N1 Diurno 27 a 31Líquido Penetrante N2 Diurno 27/1 a 5/2Partículas Magnéticas N1 Noturno 27/1 a 5/2Partículas Magnéticas N2 Noturno 27/1 a 15/2Controle Dimensional CL Noturno 27/1 a 8/3DV N2 Diurno 28 a 31DV N1 Diurno 29 a 31

Fevereiro DataUltrassom N1 L Diurno 3 a 7Ultrassom ME Diurno 3 a 7Partículas Magnéticas N1 Diurno 3 a 7Líquido Penetrante N1Diurno 3 a 7Partículas Magnéticas N2 Diurno 3 a 14Ultrassom N2 Diurno 3 a 21Ultrassom N1 L Noturno 10 a 19Ultrassom ME Noturno 10 a 19Ultrassom N2 Noturno 10/2 a 12/3Líquido Penetrante N2 Diurno 17 a 26Partículas Magnéticas N1 Noturno 17 a 26Líquido Penetrante N1 Noturno 17 a 26Líquido Penetrante N2 Noturno 17 a 5/3Partículas Magnéticas N2 Noturno 17/2 a 8/3ER N1 Noturno 24/2 a 6/3ER N2 Noturno 24/2 a 26/3Controle Dimensiona MQ Noturno 24/2 a 12/4DV N2 Diurno 25/2 a 28DV N1 D/SP 26/2 a 28/2

Cetre - São Paulo

Janeiro DataPartículas Magnéticas N1 Noturno 13 a 22Partículas Magnéticas N2 Noturno 13/1 a 1/2ER N1 Noturno 20 a 29EV N2 Noturno 20/1 a 8/2ER N2 Noturno 20/1 a 18/2IE N2 Noturno 24/01 a 1/2Ultrassom N1 L Noturno 27/1 a 5/2 Ultrassom ME Noturno 27/1 a 5/2 Ultrassom N2 Noturno 27/1 a 25/2Controle Dimensional TO Noturno 27/1 a 1/3

Cetre - Rio de Janeiro

Fevereiro DataLíquido Penetrante N1 Noturno 3 a 12Líquido Penetrante N2 Noturno 3 a 18Ultrassom N1 L Noturno 17 a 26Ultrassom ME Noturno 17 a 26

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calendário

Petrus - Rio de Janeiro

Janeiro Data Líquido Penetrante N2 13

Fevereiro DataInspetor de Soldagem N1 10Partículas Magnéticas N2 10Ultrassom N2 10Soldador MIG/MAG Soldador ER

classificados

INSPEWELD Consultoria Inspeções e TreinamentoRua Paulo Tinoco Cabral, 423 - Jd. São Luis – Cep: 14020-270 - Ribeirão Preto - SPTelefones: (16) 3237-8675 / 8154-6143 - Email: [email protected] - Site:www.inspeweld.comEmpresa especializada em Inspeção de Soldagem e Fabricação. Realizamos Serviços de Inspeção em Geral, Ensaios Visual, Ultrassom, Líquido Penetrante, Partícula Magnética, entre outros, e ainda oferecemos Cursos e Treinamentos em Inspeção de Soldagem e END.

Janeiro DataUltrassom N1 L Diurno 13 a 17Ultrassom ME Diurno 13 a 17 Líquido Penetrante N1 Noturno 20 a 29Líquido Penetrante N2 Noturno 20/1 a 4/2Controle Dimensional TO Noturno 22/1 a 25/2Ultrassom N1 L Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom ME Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom N2 Noturno 27/1 a 25/2Controle Dimensional MQ Noturno 27/1 a 15/3

Cetre - Pernambuco

Fevereiro DataIE LT N/PE 3 a 12Partículas Magnéticas N1 Noturno 3 a 12Partículas Magnéticas N2 Noturno 3 a 22Controle Dimensional CL Noturno 10/2 a 22/3Ultrassom N1 L Noturno 24/2 a 7/3Ultrassom ME Noturno 24/2 a 7/3Ultrassom N2 Noturno 24/2 a 27/3

Fevereiro DataPartículas Magnéticas N1 Noturno 3 a 12 Partículas Magnéticas N2 Noturno 3 a 22Líquido Penetrante N1 Noturno 17 a 26Ultrassom N1 L Noturno 24/2 a 6/3Ultrassom ME Noturno 24/2 a 6/3TPP N2 Noturno 24/2 a 12/3Líquido Penetrante N2 Noturno 24/2 a 12/3Ultrassom N2 Noturno 24/2 a 26/3

Janeiro DataControle Dimensional CL Noturno 13 a 21 Líquido Penetrante N1 Diurno 20 a 24 Líquido Penetrante N1 Noturno 20 a 29 Líquido Penetrante N2 Diurno 20 a 29 Líquido Penetrante N2 Noturno 20 a 4/2 Controle Dimensional TO Noturno 20/1 a 22/2Ultrassom N1 L Noturno 27/1 a 5/2Ultrassom ME Noturno 27/1 a 5/2Partículas Magnéticas N2 Diurno 27/1 a 7/2Ultrassom N2 Noturno 27/1 a 25/2

Cetre - Taubaté

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