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REVISTA Outubro de 2018 Ano 9 Nº 40 AVC: A DOENÇA QUE MAIS MATA NO BRASIL SONG PRESENTE NO ECTRIMS 2018 EDIÇÃO Uma conquista da Sociedade de Neurologia de Goiás Use seu aplicativo QR Code para baixar a revista:

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REVISTA

Outubro de 2018 Ano 9 Nº 40

AVC: A DOENÇA QUE MAIS MATA NO BRASIL SONG PRESENTE NO ECTRIMS 2018

EDIÇÃOUma conquista da Sociedade

de Neurologia de Goiás

Use seu aplicativo QR Codepara baixar a revista:

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Chegamos a edição 40!Com grata satisfação chegamos a edição de número 40 da Revista Neuronotícia. Olhando

para trás, podemos dizer que as vitórias alcançadas superaram em muito os fracassos. Ter uma revista exclusivamente sobre a neurologia é mais que um motivo de orgulho para nós da Sociedade de Neurologia de Goiás (Song). Nossa revista se solidificou e se tornou referência. Sendo trabalhada a cada edição, com autores e entrevistados de competência inatacável.

E na comemoração da 40ª edição da Revista Neuronotícia, destacamos o Acidente Vascular Cerebral (AVC), já que no dia 29 de outubro foi comemorado o Dia Mundial de Combate ao AVC. Destacamos ainda as ações da Song na conscientização da população sobre as formas de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil.

Nossa Revista é, ainda, um importante instrumento de combate à fake news, que cresce exponencialmente, à medida que mais pessoas ao redor do mundo vão tendo acesso à internet. As notícias falsas prejudicam não somente o trabalho dos médicos mas, muitas vezes, colocam em risco a vida das pessoas. Que nossa publicação seja uma arma no combate a essa lamentável prática de difusão de notícias inverídicas.

Aos médicos neurologistas que contribuíram nessa edição e a todos os outros que participaram conosco nestas 40 publicações da Revista Neuronotícia, nossos agradecimentos e um convite para que continuem conosco nas próximas edições.

Uma excelente leitura a todos!

SuSanie Rigatto / Presidente da song (CRM-go 6064)

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ExpEdiEntE

(62) 3224-3737 | contatocomunicacao.com.br

Publicação com a qualidade:

editora: Larissa XimenesRedação: Celso assis e emilly Viana

comercialização: márcia moraes | arte: alex Fróes

Revista informativa da Sociedade de Neurologia de Goiás (Song)

Presidente: Susanie Amâncio Gonçalves RigattoVice-presidente: Vanessa Maia da Costa 1ª secretária: Giuliana Macedo Mendes2° Secretário: William Firmino Francisco Firmo1º tesoureiro: Marco Túlio Araújo Pedatella2º tesoureiro: Éder Cássio Rocha RibeiroDiretor Científico: Hélio Fernandes da Silva Filho

Use seu aplicativo QR Code para

baixar a revista:

Neurologia clínica de anápolis atuante e comprometida

Nos últimos dias do mês de outubro, a população anapolina pôde receber diversas orientações sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) através de ações desenvolvidas por neurologistas da cidade com entrevistas nas principais emissoras de rádio e televisão, além de ação educativa realizada no dia 27 de outubro no principal parque do município. Foram momentos em que pudemos exercer nosso papel social de levar informações úteis à população numa campanha pioneira em Anápolis, despertando o interesse e curiosidade sobre o tema, levando ainda esclarecimentos referentes à prevenção e reconhecimento dos sinais do AVC e acionamento de serviço de urgência.

Além disso, tivemos a oportunidade de mostrar que a neurologia clínica de Anápolis encontra-se atuante, de cara

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nova e cheia de vontade de fazer a diferença. Nossa especialidade, que por décadas esteve mesclada à neurocirurgia, especialmente no interior do nosso Estado, hoje mostra-se independente e capaz de construir sua própria história. A cada ano em Goiás, formam-se cerca de oito neurologistas que estão promovendo a descentralização do serviço especializado, levando para o interior serviços de referência, antes disponíveis somente na capital, e fazendo uma neurologia de alta competência nas diversas subespecialidades, nunca se esquecendo da ética, compromisso com o paciente e humanidade. Preceitos esses aprendidos com nossos eternos mestres da residência.

Praticar a neurologia clínica já é um grande desafio, e fazer isso no interior

torna-se um desafio ainda maior. Anápolis conta com colegas comprometidos em melhorar a neurologia goiana. Fo i a s s im que , r e cen temente , conseguimos implementar o protocolo de atendimento ao paciente com AVC em um hospital da rede particular e desde a sua implementação, em junho de 2018, já foram realizados cinco procedimentos de trombólise.

Esperamos, confiantes, que esta campanha sirva também para despertar o interesse político para que possamos implementar este e outros protocolos da neurologia no serviço público, garantindo a todos um atendimento de qualidade. E como todo filho bem criado, nós, novos neurologistas do interior do Estado, agradecemos nossos antecedentes.

Quarta maior cidade do interior de Goiás, Rio Verde, está localizada a 240 km da capital e tem hoje, aproximadamente, 250 mil habitantes. Segundo o neurologista Dr. Gabriel Lara Vasques (CRM-GO: 13.520 / RQE: 9682), o município conta com uma equipe ampla de neurologistas e neurocirurgiões.

O médico ressalta que, embora tímido, o crescimento da área tem um alcance razoavelmente bom, e destaca as importantes ações realizadas junto à população, como é o caso do evento

Rio Verde se destaca nas ações junto à comunidade

realizado no dia 29 de outubro, no Shopping Buriti, em Rio Verde, data em que se comemorou o Dia Internacional de Combate ao AVC.

No evento que foi realizado pela Liga Acadêmica de Neurologia da Universidade de Rio Verde, sob a coordenação do Dr. Gabriel, foi aferida a pressão dos pacientes, foi medida a glicemia e foram realizadas orientações quanto aos s inais e sintomas de AVC agudo, além de distribuição de material informativo.

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b ações da song para o diagnóstico do aVC

A Sociedade de Neurologia de Goiás (Song) tem trabalhado junto à população para alertar sobre a importância da conscientização do diagnóstico precoce do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Para o Dr. Marco Túlio Araújo Pedatella, 1º tesoureiro da Song, a conscientização é fundamental para a recuperação do paciente.

Como a falta a conscientização pode contribuir com a dificuldade de recuperação dos pacientes após o AVC, ressaltando o tema “Reerguendo-se após o AVC?”.O desconhecimento dos sinais de alerta, podem levar a um atraso no diagnóstico, impedindo uma recuperação plena na maioria dos casos, pois perde--se o tempo para que, no caso do AVC isquêmico, seja realizado tratamento mais adequado para deso-bstruir os vasos sanguíneos afetados. Além do que, caso alguns fatores não forem controlados, a lesão causada pelo AVC no cérebro pode ser ainda pior.

De que maneira o senhor espera que as ações influenciem a população? Quais seus principais objetivos?De forma muito positiva para não somente reco-nhecer, como também para prevenir o AVC. Se as pessoas souberem quando deve-se suspeitar de um AVC, e que de imediato devem procurar uma emer-gência, já ajudará bastante na redução de sequelas incapacitantes. Importante também para cobrarmos de nossas autoridades, maior empenho no tratamento do AVC, seja na sua fase aguda ou na reabilitação. Principalmente no nosso Estado, que tem um ex-celente Centro de Reabilitação, o CRER, mas não tem nenhuma Unidade de AVC que possa prestar o atendimento adequado aos usuários do SUS.

Algo a destacar sobre essa iniciativa da Song?A parceria da Song com a Academia Brasileira de Neurologia e Sociedade Brasileira de Doenças Ce-rebrovasculares, tem auxiliado bastante a conseguir-mos atingir um público, cada ano maior, consciente sobre esses cuidados na linha do AVC, impactando bastante na qualidade de vida destes pacientes e seus familiares.

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“A conscientização e maiores estudos na área do AVC infantil, especialmente nas urgências pediátricas, é muito importante para o pronto reconhecimento e tratamento”, destaca a neurologista Dra. Clara Nunes. Pensando nisso, a médica apresentou trabalho sobre o perfil epidemiológico do AVC Infantil durante o XXI Congresso Ibero-americano de Doenças Cerebrovasculares. A pesquisadora apresentou um levantamento do perfil de pacientes pediátricos atendidos em um serviço terciário. “O objetivo é entender os mecanismos que levaram ao AVC, o que tem sido feito para tratar essas crianças e que tipo de prevenção se utiliza após o primeiro evento”, destaca. Dos mais de seis mil pacientes atendidos em 20 anos, apenas 92 foram pe-diátricos. “Este trabalho frisou a importância do tema para nossas crianças e serve de alerta para que estudemos mais sobre o assunto e consigamos envolver não só neurologistas, mastambém pediatras e a sociedade”, argumenta.

aVC está entre as 10 principais causas de morte na infânciaNeurologista explica como a emergência médica se manifesta em

crianças e ressalta importância da atenção aos casos de aVc infantil

No mundo todo, campanhas de conscientização sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) infantil estão ganhando força, bem como no Brasil. Porém, de acordo com a neurologista Dra. Clara Monteiro Barreira Nunes (CRM-GO: 13658), enquanto o AVC está entre as 10 principais causas de morte na infância, ainda se fala pouco sobre o assunto ao público de modo geral. “Nossos esforços têm se voltado para aumentar essa conscientização”, acentua.

O AVC na infância pode ser mais difícil de perceber nos bebês e crianças de até dois anos, explica a neurologista.” Nos bebês muito novos, os sinais podem ser muito sutis, como uma sonolência excessiva, dificuldade súbita para mamar e aparecimento de convulsões”, aponta. Em crianças maiores, no entanto, estes sintomas são parecidos com os dos adultos: dificuldade de fala e de movimentar um lado do corpo, além do desvio de boca.

Crianças que nascem ou desenvolvem algumas doenças, como anemia falciforme, cardiopatia congênita e doenças inflamatórias autoimunes têm maior risco de sofrer um AVC, segundo a médica. Bebês prematuros também possuem este risco elevado, especialmente do tipo hemorrágico. Quando sedentárias ou com sobrepeso, crianças maiores que apresentam síndrome metabólica (dislipidemia, diabetes e obesidade), assim como os adultos, têm o risco de sofrer um AVC aumentado.

na geStaçãoConforme alerta a especialista, o

AVC pode ocorrer, ainda, no bebê que está em formação no útero. “Isso pode decorrer de alguma doença mais grave sofrida pela mãe na gestação”, pontua. Apesar disso, a condição, em alguns casos, pode ser reconhecida no pré-natal.

Investigando causas e efeitos

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o b Cinco pontos

importantes sobre o aVCo que você precisa saber sobre o acidente vascular cerebral

“Tempo é cérebro”, define o neurologista Dr. Rodrigo de Souza Castro (CRM-GO: 15108/ RQE: 10972). Segundo ele, o conhecimento sobre o AVC, a identificação de seus sintomas e a necessidade do rápido atendimento são cruciais para preservar o cérebro dos danos do acidente. Por isso, perguntamos ao Dr. Castro tudo aquilo que você deve saber sobre o Acidente Vascular Cerebral.

O que é o AVC?AVC é a sigla de acidente vascular cerebral. Trata-se do aparecimento súbito de sinais ou sintomas causados pela perda de uma função do cérebro de forma focal ou global. Ele pode ser de dois tipos: isquê-mico e hemorrágico. O primeiro é o mais frequente, diagnosticado em até 85% dos casos. O AVC é a segunda maior causa de morte no mundo e a principal razão de incapacidade física entre os adultos.

Quem pode ter?Qualquer pessoa pode ter AVC, desde um recém-nascido até um idoso. No entanto, as pessoas mais velhas tendem a ter mais o acidente vascular cerebral devido a do-enças correlacionadas, como o diabetes, a hipertensão arterial sistêmica, o colesterol e o triglicérides altos. Maus hábitos também contribuem para o surgimento do AVC. Sedentarismo, tabagismo e o grande con-sumo de álcool são grandes responsáveis por esta e outras doenças.

Dá para se prevenir?Sim, vivendo com bons hábitos alimen-tares, evitando o tabaco e o álcool. Ali-mentos gordurosos e açucarados devem ser consumidos com muita parcimônia. Os exercícios físicos também são fun-damentais para manter a boa saúde do corpo, principalmente no sistema nervoso. Uma boa qualidade de vida pode evitar não apenas o acidente vascular cerebral, mas demais doenças cardiovasculares e neurovasculares.

Como eu reconheço que alguém está sofrendo um AVC?Lembre-se da sigla S.A.M.U. Isto é, “sorri-so”, “abraço”, “música” e “urgência”. Uma pessoa que esteja sofrendo um AVC terá dificuldade para sorrir, com um dos lados da boca pendendo para baixo. Esta pessoa também não conseguirá dar um abraço, já que se sentirá incapaz de mover-se com a mesma facilidade que faria normalmente. Cantar uma música também pode ser um recurso para identificar o AVC, pois os sons emitidos pelo paciente serão confusos e de difícil compreensão – uma voz “pastosa”, como é comumente descrita. Por fim, a urgência é imprescindível ao levar esta pessoa ao pronto-socorro.

Quanto tempo após o AVC a pessoa tem para ser levada ao hospital?Quanto mais rápido, melhor. Os neuro-logistas estimam que em até quatro horas após o acidente vascular cerebral é possível atenuar as sequelas. Em casos isolados e selecionados, o intervalo entre o acidente e o início do tratamento pode estender-se em até 24 horas, mas tamanha espera deve ser evitada ao máximo.No hospital, os profissionais médicos pode-rão diagnosticar o tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico), sua causa e propor o melhor tipo de tratamento.

• Tossir até chegar ao hospital ajuda a retardar os danos do AVC - FALSO – não há evidência alguma de que tossir ajude. Ao contrário, pode até piorar a situação do paciente.• Tomar aspirina (AAS) reduz risco de AVC – FALSO – tomar aspirina no iní-cio dos sintomas sem avaliação medica reduz sequela do AVC dependendo do tipo de AVC. No caso do hemorrágico, pode piorar o quadro. • Furar os dedos diminui a gravidade do AVC - FALSO – Não há comprovação científica para isso e não é aconselhável.

Mentiras sobre o AVC

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A Sociedade de Neurologia de Goiás (Song) sempre esteve presente nos maiores e melhores congressos mundiais. Em outubro último, a Dra. Denise Sisterolli, a Dra. Vanessa Maia e o Dr. Marcos Alexandre Alves estiveram no maior evento mundial da Esclerose Múltipla (EM), a 34ª edição do Congresso do European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis (ECTRIMS), em Berlim, Alemanha. Mais de sete mil participantes do mundo inteiro e os maiores especialistas na área estiveram presentes.

De acordo com a Dra. Denise, o evento foi marcado por uma agenda “formidável”, desde as discussões sobre mecanismos fisiopatológicos básicos, até as últimas novidades de investigação e tratamento da EM. “Destacamos em relação a fisiopatologia uma crescente importância dos linfócitos B no mecanismo de origem da doença. Anteriormente, ela era conhecida pela atuação dos linfócitos Th1 e Th17, que ativados na periferia, atravessariam a barreira hematoencefálica

song no maior evento mundial da emo ecTRimS 2018 aconteceu de 10 a 12 de

outubro em berlim, na alemanha

de escalonamento, iniciando com os medicamentos menos potentes para os mais potentes. Ainda segundo a médica, atualmente se discute as terapias de imunoreconstituição ou imunossupressão contínua que tem uma eficácia superior pelo seu efeito mais agressivo no sistema imune, o que gera uma maior demanda também no acompanhamento destes medicamentos para manter a segurança do paciente.

“Um congresso como este é fundamental para as atualizações científicas com os maiores especialistas da área, para entrarmos em contato com a produção científica na área com a apresentação de posters e trabalhos orais, troca de experiência com os colegas brasileiros e estrangeiros que participam do evento”, frisa a neurologista.

A méd i c a a c r e d i t a que o conhecimento dos mecanismo de autoimunidade são muito importantes hoje para a especialidade da neurologia como um todo, pois cada vez mais ele está envolvido com diversas patologias do sistema nervoso: cefaléias, epilepsias, doenças neurodegemnerativas, acidente vascular encefálico, dentre outras.

e por mecanismos citotóxicos, destruiria a bainha de mielina”, afirma.

Hoje é sabido que são os linfócitos B ativados que são as células primeiramente envolvidas no processo de ativação, produção de citocinas e anticorpos que iniciam esta cascata e são os apresentadores destes antígenos, juntamente com as células dendriticas aos linfócitos na gênese da EM. A médica explica que esta nova visão faz com que os medicamentos que depletam as células B ou de algum modo diminuem a circulação destas células, ganhem um destaque no tratamento da Esclerose Múltipla.

Outro destaque do evento, de acordo com a neurologista, foram as apresentações dos marcadores da doença, tendo destaque os neurofilamentos. Sua dosagem no líquor e/ou no sangue, permite a realização de um prognóstico, bem como de acompanhamento da doença, na evidencia da ação dos medicamentos. “Assim podemos dizer que estamos reaprendendo a pensar nesta doença tão complexa coma a EM”, diz.

A Dr. Denise ressalta que, classicamente, os medicamentos da Esclerose Múltipla eram tímidos, com uma atuação mais imunomoduladora e baixa eficácia. Os protocolos priorizavam as terapias

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Congresso Brasileiro de Neurologia O XXVIII Congresso Brasileiro de

Neurologia, realizado em São Paulo no mês de outubro, superou as expectativas. Para a neurologista Dra. Giuliana Macedo, 1ª Secretária da Song, o evento se destacou pela diversidade de temas, que abrangeram todas as áreas da Neurologia.

De acordo com a Dra. Giuliana, a participação dos neurologistas da sociedade goiana no Congresso foi relevante, com vários representantes e associados participando ativamente da programação científica. “Sempre é muito importante a participação dos representantes da Song em eventos científicos, tanto para a atualização sobre transtornos neurológicos, como para alavancar possíveis parcerias”, afirma.

O Congresso Brasileiro de Neurologia ocorre a cada dois anos. Na ocasião, é possível encontrar e partilhar experiências com neurologistas brasileiros renomados, bem como profissionais de outros países. O principal objetivo é contribuir com o engrandecimento científico, refletindo diretamente nas condutas terapêuticas para com os pacientes acometidos por doenças neurológicas.

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o b Facilite a vida de quem

tem doença de alzheimerPessoas com a doença tendem a não comunicar seus

problemas e incômodos de forma clara

Por ter dificuldade de expressar-se com clareza, devido à diminuição da capacidade mental e de alterações no comportamento, é preciso atenção para entender os anseios da pessoa com Mal de Alzheimer. Quem esclarece estes desafios é o Dr. Danilo Magnus Rocha Pinheiro (CRM-GO 10.359 /RQE 6587), neurologista com mestrado pelo IPTSP-UFG.

O idoso com a doença pode agir com agressividade, em muitas ocasiões, pode não ser um sintoma de piora do Alzheimer, mas é um indício de que ele está incomodado com algo. “O cuidador deve ter atenção especial ao conforto do indivíduo. Observar se há episódios de dor, fome, sede e funções primárias, como bexiga cheia ou prisão de ventre”, explica. O médico acrescenta que manter um ambiente

prazeroso, com temperatura agradável e controle de ruídos e brilho, também favorece bastante. “É interessante evitar excesso de estímulos, como televisão ligada por muito tempo, por exemplo”, diz o médico.

Dr. Danilo incentiva aos familiares a não se ofenderem ou sentirem-se culpados se o idoso com Mal de Alzheimer for agressivo ou deprimir-se. “Evite o enfrentamento, permita que o paciente possa tomar decisões diárias, respeitando os desejos e hábitos antigos, dentro do possível. Reconhecer os pedidos e responder a eles é saudável”, aconselha. “Lembre-se: carinho e amor só tem a contribuir”.

PRevenção e tRataMentoO Mal de Alzheimer não tem

cura, mas o tratamento disponível hoje permite que os sintomas sejam atenuados. A maioria dos casos ocorre em idosos acima dos 65 anos de idade. Pessoas com a doença no histórico familiar tendem a desenvolvê-la com mais facilidade, assim como aqueles

que tiveram traumatismo craniano ou depressão incorretamente tratados. Um profissional da neurologia é capaz de diagnosticar a doença e os melhores tratamentos para o indivíduo. Dr. Danilo Pinheiro alerta ainda sobre a necessidade de ter um envelhecimento saudável.

• Prática de atividade física;• Prática de atividade acadêmica;• Diminuição da ingestão de álcool

e não fumar;• Controle de doenças que também

atacam o cérebro, como hipertensão e diabetes;

• Uso de cinto de segurança e de capacete;

• Prevenção contra quedas nos idosos;• Adoção de uma dieta equilibrada,

rica em frutas e vegetais;• Busca pelo sono de qualidade;• Cuidados com a saúde mental;• Manter-se socialmente ativo.

Hábitos saudáveis devem ser adquiridos

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Facilite a vida de quem tem doença de alzheimer

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