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Ano 3 - MAIO/2017 - Distribuição Direcionada - Cuiabá-MT

23

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Chegamos à edição 23 do Almanaque Cuyabá com a certeza de que a experiência tem dado certo. Os contatos telefônicos, e-mails e postagens no site comprovam esta armação. Nossa especialidade continua sendo levar aos nossos leitores conteúdos históricos através das páginas da revista e do site. A edição deste mês traz uma síntese didática da história de Mato Grosso desde 1494, destacando o dia 9 de maio (data ocial baseada em projeto de lei do deputado João Malheiros). Na seção Este é Digoreste!, a homenagem vai para o cerimonialista da Assembleia Legislativa, Edson Pires, que carinhosamente recebe a todos com o seu jargão inseparável: batutinha?!. Os fatos que ocorreram ao longo dos anos no mês de maio também ganham destaque, assim como os quizzes abrindo cada página da revista pra você se divertir muito!Sempre pensando em atender aos desejos dos leitores, criamos um canal de comunicação direto, com atendimento personalizado. Mas caso seu interesse seja assinar ou anunciar na revista Almanaque Cuyabá, vá em Anuncie no topo do site www.almanaquecuiaba.com.br e conheça mais sobre nossos produtos.O Almanaque Cuyabá é conteúdo com qualidade, interatividade e entretenimento para todos. Boa leitura! Benjamin Franklin - editor

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 2

Editores: Benjamim Franklin, Neila Barreto e Aníbal Alencastro.

Apoio Editorial: Academia Mato-grossense de Letras (AML), Instituto

Histórico e Geográco de MT (IHGMT), Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc) e Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MT). Colaboradores:

Eduardo Mahon, Elizabeth Madureira Siqueira, Marília Beatriz Figueiredo Leite, João Carlos Vicente Ferreira, Marina Lacerda, Alex Matos, Aníbal Alencastro, Neila Barreto, Adélia de Mendonça, Cristóvão Gonçalves,

Hélio Pimentel, Benedito Ramiro de Cerqueira e Sérgio Cintra.

Colaboração em Cadernos: Jorge Maciel (Caderno Vidraça) freelancer

Editoria de Arte: PACM. Acervo de Fotograa: Creuza Andreatto.

Imagens: crédito nas fotos.Revisão: Leony Lemos.

Jurídico: Juliana Andreatto.

FONTES E AUTORES CONSULTADOS NESTA EDIÇÃO: AML, IHGMT, Arquivo Público, Biblioteca Estêvão de

Mendonça, Misc, Iphan, Almanaquebrasil, Roteiro Histórico (Rubens de Mendonça), Datas Mato-grossenses (Estêvão de

Mendonça), Cuiabá e o seu Passado (João Moreira de Barros), Cuiabá Imagens da Cidade (Maria

Auxiliadora de Freitas) e Cuiabá: Nossas Ruas e Nossas Artes (Aníbal Alencastro).

Impressão: Gráca Atalaia. Tiragem: 5 mil exemplares.

Executiva de Negócios: Shirley Oliveira.

CONTATO

20ediç

ão

CAPA

O Almanaque Cuyabá é uma publicação mensal editada por Palloma Assesssoria

de Comunicação e Marketing / ERBCNPJ 07.436.950/0001-02

Cuiabá-MT

ANO III

[email protected]

www.almanaquecuiaba.com.br

CARTASAv. Thomé Fortes, 13 - CEP 78053-505 Bairro Morada do Ouro - Cuiabá-MT

TELEFONES (65) 3644-4198 / 99908-0045 /

whatsapp 99930-0045

[email protected]

ASSINEwww.almanaquecuiaba.com.br

Capa: Imagem de Moacyr Freitas (2001), adaptada em Macro - crack in the wood HD wallpaper, by Sanda.

CORAJOSO TOUREADOR DE CUIABÁ

ESTE É DIGORESTE!

CASTELO BRANCO MOROU EM CUIABÁ

DIA DO FICO MÉDICO EM CUIABÁ

1ª RESIDÊNCIA COM FOGÃO A LENHA

AS 6 PRIMEIRAS PALMEIRAS

4

5

6

6

11

14

"Os livros dividem-se em duas classes:

livros do momento, e livro de todo momento." John Ruskin

"Uma sala sem livros é o mesmo que um corpo sem alma." Cícero

Carta ao leitor

ENTREASPAS

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TIRINHA DO MÊS

O QUE SE PLANTA, COLHE!

O que se deve plantar/semear na horta neste mês: abóbora, agrião, alface, beterraba, brócolis, cenoura, couves, espinafres, feijão, melão, melancia, nabos, pepino, pimentas, rabanetes e repolho.

Lua Nova25/5/2017

Lua Cheia10/5/2017

Minguante18/5/2017

Crescente2/5/2017

FASES DA LUA EM MAIO DE 2017

A L U A V E M S A I N D O . . . Q U A N D O

ostr

estig

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riste

s.w

ordp

ress

.com

ZILDA, JÁ PROCUREI MINHAMULHER PELA CASA INTEIRA

E NÃO A ENCONTREI. VOCÊ SABE ONDE ELA FOI?

E VOCÊ ME FALA

ISSO NESSACALMA TODA?!

EM QUE HOSPITAL ELA TÁ?

NA VERDADE, ELA FUGIU COMUM RAPAZ QUE CONHECEU NAINTERNET HÁ ALGUNS MESES,

MAS TÁ COM A SAÚDEPERFEITA!

SIM, SENHOR. FOI ATROPELADA E A LEVARAM

DE AMBULÂNCIA PROHOSPITAL. ELA TÁ NA UTI.

O R I G E M M A T O G R O S S O ? D A E X P R E S S Ã OAs Minas de Mato Grosso, descobertas e batizadas ainda em 1734 pelos irmãos Paes de Barros, impressionados com a exuberância das 7

léguas de mato espesso, dois séculos depois, mantendo ainda a denominação original, se transformaram no continental estado de Mato Grosso.

O nome colonial setecentista, por bem posto, perdura até nossos dias.

RESPOSTAS DOS TESTES DESTA EDIÇÃO

CAMPO D’OURIQUE FOIUMA VILA DE PORTUGAL ONDE ACONTECEU AFAMOSA BATALHA CONTRA OS MOUROSO termo Campo D'Ourique está de certa forma atrelada aos colonizadores portugueses. Ourique descende de uma tradicional vila de Portugal, no Alentejo. Foi neste campo que travou-se a famosa batalha de dom Afonso Henrique contra os mouros em julho de 1139. Em nossa história, no ano de 1834, o Campo D'Ourique 'cuiabano' foi o palco onde se reuniram os revoltosos do movimento da “Rusga”, sangrenta batalha ocorrida em Cuiabá entre nativistas e portugueses.

SÓCRATES

QUEM SOU EU?O QUE É O MUNDO? QUAL É A ‘VERDADEIRA

VERDADE’? COMO MUDAR A COR DOMEU FACEBOOK?

DISCÍPULO DE

SÓCRATES...

DISCÍPULO DO DISCÍPULO

DE SÓCRATES...DISCÍPULO DO DISCÍPULO DO

DISCÍPULO DE SÓCRATES...

Inicialmente, as touradas em Cuiabá aconteciam no Jardim Alencastro. Dali, passou para o Jardim Ipiranga, e em 1876, para a Praça do Alegre (Campo D'Ourique), hoje Praça Moreira Cabral.

MIRANDEIRO, O MAIS DESTEMIDO ‘TOUREADOR’ QUE CUIABÁ CONHECEU

O evento era sempre precedido de desle de toureiros e da banda tocando o hino do Senhor Divino. Próximo ao anteatro cava o “tronco”, por onde os touros adentravam a praça, um de cada vez dos seis existentes. Se o toureador fosse derrubado pelo touro, então o povo gritava: “apeia toureador”, e este era obrigado a enfrentar a fera a pé, com um ferrão, todo enfeitado de papel de seda vermelho e branco. Os toureadores eram vestidos com uma casaca vermelha com peito azul aberto, com três ordens de botões dourados, calça branca, botas pretas e chapéu com plumas. O toureador de maior fama em Cuiabá foi Mirandeiro, que morreu em meio da praça, mas vitimado de um colapso cardíaco. Depois deles vieram os valentes Paulo e Jovino. A última tourada realizada em Cuiabá ocorreu em 1936, por ocasião das festas de São Benedito.

DECIFRE A CHARADA Senhor dos Passos

ENIGMA FIGURADO Marta Cocco

DECIFRE O ANAGRAMA Cáceres

DE QUEM SÃO ESTES OLHOS?

Marcos Coutinho

LIGUE-SE NO QUIZZ 1b 2c 3a

TESTE SUA ORIGEM 1c 2a 3b 4b

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 4

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Fal@ aí!PORTUGUÊS ALEIXO TEVE A PRIMAZIAMato Grosso já foi território espanhol. As primeiras incursões feitas em território mato-grossense datam de 1525, quando Pedro Aleixo Garcia vai em direção à Bolívia, seguindo as águas dos rios Paraná e Paraguai. Posteriormente, portugueses e espanhóis são atraídos à região graças aos rumores de que havia muita riqueza naquelas terras inexploradas. Também vieram jesuítas espanhóis que construíram missões entre os rios Paraná e Paraguai.A criação da Capitania de Mato grosso se deu em 9 de maio de 1748, após ter sido desmembrada da Capitania de São Paulo. As conquistas dos bandeirantes, na região de Mato Grosso, foram reconhecidas pelo Tratado de Madrid, em 1750. No ano seguinte, o então capitão-general do Mato Grosso, Antonio Rolim de Moura Tavares, fundou, à margem do rio Guaporé, Vila Bela da Santíssima Trindade. Entre 1761 e 1766,

ocorreram disputas territoriais entre portugueses e espanhóis, depois as missões espanholas e os espanhóis se retiraram daquela região. Mato Grosso somente passou a ser território brasileiro depois que os conitos por fronteira com os espanhóis deixaram de acontecer, em 1802.

O cuiabano Edson Guilherme Pires é lho de seo Antônio Gentil Pires e de dona Francisca Infantino Pires. Quando se lembra da história de Cuiabá, o cristalino de seus olhos se congela por minutos, já dando sinais de lágrimas nas pálpebras. Nasceu em 1942 e morou na casa que existiu em frente ao Colégio Coração de Jesus, na Rua da Fé (atual Comandante Costa). Há 16 anos, é ele quem faz a ponte entre os parlamentares e o público, como cerimonialista da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL-MT). Tornou-se notável, desde que foi admitido, há 25 anos, pelo então deputado estadual Roberto França. Edson já tem reservado, na ponta da língua, o jargão inevitável para todos que com ele se cruzam: “Lindo, lindo pra catiça!” ou ainda, “Batutinha?!”. É pai de Celso Luis, Edson Guilherme e Patrícia Carla e avô de quatro netos. Torce pelo Vasco da Gama, Palmeiras e pelo Mixto

Esporte Clube. Mas a fascinação pela música tornou-se hobby às sextas-feiras, dia que, em companhia dos irmãos João Batista e Odilson, respectivamente apelidados de “Presidente e Meu Jovem”, fazem os admiradores delirarem ao som de bolero, samba canção e de MPB. Pra quem não sabe, Edson foi fundador da banda musical “Os Milionários” (Sesc), época em que conheceu dona Sônia, atual esposa. Ela chegou a Cuiabá para trabalhar no Sesc e teve que se render ao som do rasqueado e ao charme deste notável 'galanteador'.Batutinha é do Rádio. Atuou em emissoras em São Paulo e na Rádio Cultura de Cuiabá, onde esteve por 33 anos ao lado de Fauzer, Saraiva, Roberto França e Mortadela, entre outros.É difícil alguém se irritar com este cuiabano, pois educação, carinho e alegria ele tem de sobra para amolecer qualquer coração.Mara Silvia Fava da Costa, cuiabana de tchapa e cruz, chefe da coordenadoria de Cerimonial da AL-MT e sobrinha de Mário Fava (um dos pioneiros a trazer os automóveis à Cuiabá), ao ser indagada com relação à atuação de seu funcionário, o descreveu com a célebre frase: “Edson Pires é pontual, companheiro, comprometido, responsável e um ser humano fora de série. Nosso vínculo profissional é tão forte, que apenas pelo olhar e gestos a gente se comunica durante as sessões e eventos.”! Outra característica do ícone desta coluna é gostar, como todo bom cuiabano, do pacu assado e da mojica de pintado.

ESTE É DIGORESTE!

Arq

uivo

: A

L/M

T

Li dois posts no site www.almanaquecuiaba.com.br que acabaram se complementando sobre a história de Mato Grosso. Ambos abordam diferentes formas de sintetizar os fatos ocorridos. Adorei e aprendi muito! Gisella Benites, estudante

Aquele tédio e angústia de ter que aguentar a tal segunda-feira no dia seguinte acabou às 15 horas do domingo quando tive a feliz ideia de ler o Almanaque Cuyabá que estava em cima da cristaleira da sala de jantar. Acho que foi minha mãe quem o trouxe para casa. Li atentamente 100% das páginas. Na segunda-feira, tive a curiosidade de acessar o site e não parei mais. Parabéns! Célia Machado, funcionária pública.

Interessei-me muito pelo Almanaque Cuyabá, incentivado pelo jornalista Jorge Maciel, e pegando carona no ótimo texto escrito pelo professor Sérgio Cintra. Vou encaminhar algumas sugestões de temas para possível abordagem, valeu? Paulo Rondon, autônomo.

Muito bom o caderno VIDRAÇA ancorado pelo jornalista Jorge Maciel. Ele fala sobre política sem puxa-saquismo ou politicagem. Outro ponto de valor no texto do nobre profissional é a referência que faz à historicidade mato-grossense, sempre escrito de forma quase didática. Com a mira mais aguçada ainda, Jorge Maciel faz o impressionante silêncio sobre tendência política: nem uma linha sequer, em seus rubicundos escritos. Tenho percebido que esta marcante tendência editorial tem sido o traço dominante do Almanaque Cuyabá. Tecemos loas ao editor do veículo e, em especial, à sua equipe’!. Sinomar Anunciação, analista de sistema

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 5

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BAIRRO DO PORTO TEM UMA INFINIDADE DE HISTÓRIAS DESTETIPO PARA SEREM CONTADAS EM RODAS

MARECHALCASTELO BRANCOMOROU EM CUIABÁ

Sala de cinema já foi principal atração nos nais de semana cuiabano. A foto ao lado mostra parte da fachada do Cine Tropical, que cava na rua Barão de Melgaço, exatamente onde hoje se encontra a agência principal do banco Bradesco. Era um ambiente climatizado, aromatizado e considerado 'luxo', à época. Nos anos 60 e 70, o lme italiano “Dio come ti amo” aguçava a paixão do público na canção de Gigliola Cinquetti. Quando a comédia entrava em cena com “Mazzaropi”, tinha gente que não conseguia 'segurar a urina de tanto rir'.Mas o primeiro cinema de Cuiabá existiu em um barracão de zinco onde funcionou o “Teatro Amor à Arte” e se chamava “Cine Parisien”. Sobre este barracão foi erguido o prédio de esquina que dá fundos para a igreja Matriz, que abrigou as instalações do antigo Bemat e, recentemente, a Secretaria Estadual de Cultura.

BAÚ DA IMAGEM

C A N T I N H O S A U D A D E D ANo dia 12 de maio de 1927 faleceu em Cuiabá

JOSÉ MAGNO da Silva Pereira, notável

professor do Liceu Cuiabano, diretor da

Instrução Pública e secretário de Governo por

mais de 30 anos.

Qualquer local do bairro Porto pode ser considerado um cantinho histórico da cidade. Em um deles, por exemplo, existiu um comerciante que, por ter os olhos “bem apertados”, era obrigado a levantar a cabeça para ver melhor as pessoas. Logo lhe deram o apelido de “Joaquim Caça-Mé”. Há registro de que certa vez entrou na loja uma moça que, ao lhe perguntar sobre os produtos da prateleira, o chamou de “Joaquim Caça-Mel”. Seo Joaquim, homem educado ao extremo, entre dentes, resmungou com toda fúria: “não sei onde estou que não mando esta bruaca pra p...”

No espaço de esquina entre as ruas Voluntários da Pátria (antiga Travessa da Alegria) com a Barão de Melagaço, mais precisamente onde foram construídos os edifícios Nicolina e João Alfredo de Oliveira e que em seu térreo abriga o primeiro shopping center de Cuiabá, residiu o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, quando criança, em companhia de seus pais. Do outro lado da Travessa cam a Academia Mato-grossense de Letras e o Instituto Histórico e Geográco de Mato Grosso, casarão de estilo colonial, que foi residência do almirante Augusto João Manoel de Leverger, o Barão de Melgaço.

Castelo Branco e Amaury Kruel, amigos inseparáveis

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 6

O primeiro médico-cirurgião propriamente dito de Mato Grosso foi o doutor Antônio Pinto da Fonseca, que atuou em Cuiabá (nas Minas do Cuyabá) na primeira metade do século XVIII. Em 1726, Antônio Pinto, prossional reconhecido e aprovado pela Coroa, após parecer do ouvidor-geral, fez inúmeras intervenções cirúrgicas na população, o que lhe rendeu fama e admiração. Em 1733, um fato curioso contido nos registros históricos: com a viagem dos médicos Ernesto Lamberto e Manoel Joseph da Cunha, que atendiam as famílias cuiabanas, mas não operavam, o cirurgião Antônio Pinto, que era português, anunciou também sua partida. Ocorre que houve um expressivo clamor popular e pedidos das autoridades para que cassem em Cuiabá, o que o fez demovê-lo da ideia de deixar a cidade. Os registros atestam que, além da pressão e pedido populares, a Câmara também elaborou documento para que permanecesse atendendo a cidade, o que foi feito.

CLAMOR POPULARORIGINOU EM CUIABÁO ‘DIA DO FICO’ MÉDICO

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seus + nh + coral DOIS PAI + ISSO + ÁS -US -C

-AL -I -I -I -Á

Igreja cujos registros históricos apontam que foi a sexta a ser construída em Cuiabá, que data provavelmente do início do século XIX. A capela foi erguida por promessa do português José Manoel que, após sofrer ataque de catalepsia e quase ser enterrado vivo, passou a

angariar fundos para a construção deste centenário espaço religioso.

QUAL O NOME DESTA IGREJA?

23

DECIFRE A CHARADA

V O C Ê Q U E ? S A B I ANo dia 23 de maio de 1877 foi instalada em Cuiabá a sociedade dramática “Amor à Arte”, comandada por Henrique José Vieira,

cujo primeiro espetáculo foi realizado com a apresentação das comédias A Torre e O novo Otello.

CENTRO DO MUNDO FICA EM MACAPÁ; MAS DA AMÉRICA DO SUL É CUIABÁ

Duas vezes por ano, o Sol alinha-se perfeitamente com o furo e projeta no chão a linha do Equador. É que o monumento do Marco Zero (30 metros), em Macapá, no Amapá, ca sobre a linha imaginária que divide o mundo em hemisférios sul e norte. O fenômeno ocorre no equinócio – que acontece um dia em março e outro em setembro.

O é um monumento localizado na cidade de Marco ZeroMacapá-AP. Construído junto ao Estádio Milton Corrêa para

marcar a passagem exata da Linha do Equador

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Engenheiro Orlando Nigro e o lho Loeopoldo Nigro (1956) ao lado do , Marco do Centro Geodésico da América do Sul

no Campo D'Ourique, hoje Praça Moreira Cabral, em Cuiabá.

Cuiabá, por sua vez, é o centro da América do Sul. A determinação geográca do exato local se deve ao grande ocial do Exército Brasileiro, Cândido Mariano da Silva Rondon, o marechal Rondon, que através de cálculos matemáticos, geodésicos e astronômicos conrmou o local conhecido como Campo d'Ourique e ocializado pelo Exército, em 1975.

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 7

TOME NOTA: A atual Praça Moreira Cabral era o antigo Largo da Forca. Foi denominada ainda de

Campo D’Ourique e Praça do Alegre. A denominação de Largo da Forca tem razão de ser, porque nesta praça se fazia a execução dos condenados à pena máxima.

O ciclo das indústrias em Cuiabá teve início pelo extrativismo do ouro e da borracha. Outras de pequeno porte eram manufatureiras. O sabão, por exemplo, foi fabricado em Cuiabá pela primeira vez em 1877. A indústria de botinas, sapatos e chinelos veio em seguida. Com a inexistência de iluminação, surgiu a indústria de vela de sebo. O que atraiu mais os cuiabanos foi o fabrico de cigarro de palha, que cou por um bom tempo paralisado pelo bloqueio do general Klinger, em Campo Grande, não recebendo mercadorias de São Paulo. Somente na época da Revolução Constitucionalista (1932) – é que o cigarro de palha voltou a ter grande consumo.

SABÃO, VELA DE SEBOE CIGARRO DE PALHA: PRIMEIRAS FÁBRICAS

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LADEIRA DA RUA DOS BANDEIRANTES

E A HISTÓRICA PONTE DE JOÃO GOMES

A ponte em destaque era denominada de João Gomes, ligando o trecho do Beco Alto à rua dos Bandeirantes. Beco Alto é aquela escadaria entre as ruas Pedro Celestino e Ricardo Franco. Do lado direito no sentido CPA, a casa da esquina era residência da tradicional família Siqueira. Na empresa Arena Automóveis, que

existe hoje, funcionou o colégio José Estêvão. Na outra extremidade da ponte é a casa do saudoso Caio de Albuquerque que na época foi comércio de João Gomes, daí a origem do nome da ponte. Na lanchonete Pingo de Ouro, próxima ao pregão Avenida funcionou o armazém do seo Hélio, dedicado comerciante da cidade.

Durante a Guerra do Paraguay (1864-1870), Mato Grosso foi invadido pelos paraguayos, em área do atual Mato Grosso do Sul. Desde meados do século 18 ocorreram vários litígios que mudaram os limites territoriais entre Mato Grosso e Goiás. Entre 1920 e 1937, os limites entre os dois estados foram rediscutidos, especialmente áreas nos vales dos rios Aporé e Paranaíba. Parte das terras consideradas como de Mato Grosso foi transferida para o estado de Goiás. Em 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal do Guaporé (atual Rondônia), desmembrado de Mato Grosso e com pequena parte do estado do Amazonas (Decreto-Lei nº 5812).A Lei Complementar de 11 de outubro 1977 criou o estado do Mato Grosso do Sul, com capital em Campo Grande, desmembrado do estado de Mato Grosso. Mas o novo Estado só foi instalado efetivamente em 1979.

LITÍGIOS MUDARAM OS LIMITES TERRITORIAIS EM MATO GROSSO

PRÉDIO ONDE FUNCIONOU A REDAÇÃO DO PERIÓDICO ‘A REACÇÃO’A escritora Maria Auxiliadora de Freitas, em seu livro “Cuiabá Imagens da Cidade”, registra a importância que os jornais, revistas e álbuns tiveram para que Mato Grosso pudesse se unir à Capital Federal. Arma a autora que os grandes centros urbanos do país puderam conhecer nossa terra, principalmente pelo Álbum Graphico de Matto-Grosso, que registrou a cidade, o cotidiano e as pessoas que nela habitavam. A foto ao lado destaca o prédio de esquina entre as ruas Voluntários da Pátria e a Pedro Celestino, onde funcionou a redação do jornal “A Reacção” e que abrigou recentemente o escritório do Museu de Pedras do saudoso Ramis Bucair.

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aída

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Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 8

LEI SECA - Parado em 2011 numa blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro, o juiz João Carlos de Souza Corrêa estava sem carteira de motorista e sem os documentos do carro. A agente de trânsito Luciana Silva Tamburini ordenou então que o carro fosse rebocado. Quando Corrêa se identicou

magistrado, Tamburini armou que ele era “juiz, mas não Deus”. O juiz deu voz de prisão à agente e entrou com processo contra ela por danos morais. Tamburini foi condenada a pagar R$ 5 mil em indenização. O magistrado também ganhou ação contra o jornal “O Globo”.

FATOS OCORRIDOS NO MEIO FORENSE

EFEMÉRIDES COM JUÍZO

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A Avenida Getúlio Vargas se chamava Avenida Manoel Murtinho, em homenagem ao primeiro presidente constitucionalista de Mato Grosso, Manoel José Murtinho, eleito pela Assembleia Legislativa a 15 de agosto de 1891, deposto do cargo seis meses depois e reposto ao cargo pelo coronel Generoso Paes Leme de Souza Ponce, a 20 de julho do mesmo ano. A Avenida Murtinho era conhecida pelo nome de Beco Largo e ia somente à Rua da Fé, atual Comandante Costa.

Em frente à Praça Ipiranga (antiga Praça Marquês de Aracati), no casarão entre a Comendador Henrique e Treze de Junho, o jornalista Roberto Jaques Brunini "montou a primeira sede da Rádio a Voz D’Oeste. O interessante é que posteriormente o local foi ocupado pela tradicional “Boate Tropical”. Rubens de Mendonça arma em um de seus escritos que ali todos os fregueses bebiam e ninguém pagava. Nesta casa residiu o coronel João Poupino Caldas, caudilho de real prestígio político, um dos chefes da “Rusga”, matança de portugueses, na noite de 30 de maio de 1834.

C S C E E Á R O 4º capitão-general, Luiz de Albuquerque, dalgo lusitano, militar de carreira, assessorado por cientistas e engenheiros responsáveis pelos

trabalhos militares e cientícos desenvolvidos em terras mato-grossenses, pensando estabelecer uma conexão entre a Vila de Cuiabá e a então capital Vila Bela da Santíssima Trindade, mandou fundar Vila Maria. Esta caria no meio do caminho dessas duas importantes vilas. Foi

instalada ocialmente a 6 de outubro de 1778, sob o nome de Vila Maria, em homenagem a dona Maria, rainha de Portugal. Hoje é um dos mais importantes municípios daquela região. DE QUE MUNICÍPIO ESTAMOS FALANDO?

DECIFRE O ANAGRAMA

AVENIDA GETÚLIO VARGAS FOI MANOEL MURTINHO E, MAIS TARDE, CHAMADA DE BECO LARGO

PRÉDIO ONDE FUNCIONOU A RÁDIO A VOZ D’OESTE FOI BOATE ONDE NINGUÉM PAGAVA

TERRENO DA ESCOLA TÉCNICA JÁ FOI CHÁCARA E PLANTIO DE CACAU

O espaço onde funciona o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, antigos Escola de Artíces, Colégio Industrial e Escola Técnica, já foi chácara de propriedade de Antônio Augusto Ramiro de Carvalho, jornalista, poeta e político. O local exibia grande quantidade de árvores frutíferas, entre as quais se destacavam o cacau. Foi neste local que no dia 9 de dezembro de 1889 o general Antônio Maria Coelho teve a notícia da Proclamação da República e de sua nomeação para primeiro governador do Estado, no novo regime.

Iniciativa: ALMANAQUE CUYABÁ

SE FOR LER UM LIVRO NESTE MÊS,

LEIA UM DE IVENS SCAFF.

SE FOR LER DOIS

LEIA SABICHÕES DE MARTA COCCO

CAMPANHA PRÓ-LEITURA DA TERRA

valorizando autoresmato-grossenses

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 9

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Na nossa Cuiabá, lá pelos anos 50, existiu em uma das esquinas da Rua Batista das Neves, em frente ao Cemitério da Piedade um boteco muito conhecido não somente pelo seu sugestivo nome “PÉ-NA-COVA”, mas também pela simpatia do seu proprietário, o inesquecível FLORIANO. Sutilmente, buscava ajudar a todos os frequentadores e amantes da boa “cachaça”. Em seu modesto boteco mantinha o maior estoque de pinga da cidade e caipirinha, além das bebidas “milagrosas” como os calcinados, raiz de nó-de-cachorro, pau-de-tenente, fedegoso e levanta teso, entre outros.O velho Floriano, apesar de tudo, era um sujeito religioso e respeitador e costumeiramente solicitava dos seus clientes que a primeira dose fosse para o “santo”. Talvez esse gesto fosse em respeito às almas dos sepultados do Cemitério.Um certo dia, inesperadamente, por lá apareceu um forasteiro que pediu uma cachaça, a qual foi servida de imediato pelo

...“A última flor do

Lácio”, como diria Olavo Bilac, é

maltratada diuturnamente.

Esta coluna visa, com humor e certa

dose de ironia, alertar aos leitores para os

constantes assassinatos praticados contra

nosso idioma. Se a seriedade das

escolas não foi suficiente para que o

português fosse aprendido

corretamente; talvez consigamo-lo

pelo riso e pelo sarcasmo.

pesar de famosos, ricos e 'cultos', há

Avários cantores que agridem a já combalida língua portuguesa. Um dos

bons exemplos disso é a dupla Fernando & Sorocaba em “Que cê vai fazer?” canta: “As razões que me impedem de estar com você /Vai além de te amar, vai além do querer/...”. O sujeito “As razões” está no plural; portanto, o verbo “ir” deveria estar flexionado no plural (vão) e não no singular (vai). O desleixo com o idioma pátrio não para por aí e não é privilégio dos sertanejos. Os roqueiros da banda Capital Inicial vilipendiam a língua quando entoam “Pode ser fácil se você/Ver o mundo de outro jeito”, aqui o equívoco crasso reside no tempo verbal: o adequado seria o uso do futuro do subjuntivo (vir – de quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir, quando nós virmos, quando vós virdes, quando eles virem) ao invés de (Ver), que é infinitivo pessoal.

ANÍBAL ALENCASTRO é geógrafo, membro do Instituto Histórico e Geográco de Mato Grosso e editor do Almanaque Cuiabá

ANÍBAL ALENCASTRO

Causos

Cuiabanos

...“O senhor não

vai oferecer uma dose

para o Santo? – Eu não!,

respondeu o forasteiro. Sou eu que

tô pagando...!”

O SANTO DO BOTEQUIM Floriano. O forasteiro, sem titubear, foi logo agarrando o copo de cachaça para ‘entorná-lo’, quando foi advertido por Floriano: – O senhor não vai oferecer uma dose para o Santo? – Eu não!, respondeu o forasteiro. Sou eu que tô pagando!. Em seguida, levantou o braço e num gesto obsceno, disse: – Aqui pro Santo! Nesse momento em que fazia o gesto com o braço, o mesmo se retesou e seu braço cou endurecido. O dono do boteco falou: eu não disse? você tem que dar uma dose para o santo! Isto é castigo! Floriano apiedou-se do forasteiro, chamando a todos ali presentes para rezarem. Após muita oração, o braço do homem foi voltando ao normal.Nisso, um velhinho que assistira a tudo lá num cantinho do boteco aproximou-se do balcão e também pediu um copo de pinga, sendo também advertido pelo vendeiro. – O senhor não vai oferecer pro Santo? O velhinho respondeu: – Aqui pro Santo!, abrindo a braguilha e mostrando o pinto mole pro santo, que de repente..., endureceu. Logo, o velhinho sacou de uma garrucha velha, e disse: – o primeiro que rezar, eu mato!

O já falecido Chorão, da banda Charlie Brow Jr. cantava em um dos seus sucessos “Eu vou te esquecer, nem que for/Só por uma noite. Em que pese o passamento do vocalista, a agressão ao idioma não passa; ao contrário, perpetua-se à medida que a canção é cantarolada aqui e acolá. Bom seria se, ao escrevê-la, o grupo tivesse grafado: “Eu vou te esquecer, nem que seja (presente do subjuntivo do verbo ser)/Só por uma noite. Finalmente, nem mesmo o genial Raul Seixas escapou de dois pequenos deslizes, quando trovou “Eu nasci há dez mil anos atrás/ e não tem nada nesse (sic) mundo que não saiba demais...”. Deveria, Rauzito, ter dito: “Eu nasci dez mil anos atrás; ou, simplesmente, “Eu nasci há dez mil anos” e talvez não houvesse nada neste mundo que ele não soubesse demais”.

É o que tínhamos para esta edição.

SÉRGIO CINTRA é professor e editor desta coluna - [email protected]

SÉRGIO CINTRA

Língua

Aada

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 10

Nossa homenageada é escritora, poetisa e professora. É membro da Academia Mato-grossense de Letras (AML), onde ocupa a cadeira de número 18, cujo patrono é Francisco Antônio Pimenta Bueno. Nasceu em Pinhal, no Rio Grande do Sul. Foi em Santa Maria que seu primeiro livro, “Divisas”, foi lançado, quando tinha 25 anos de idade. Depois da publicação de sua primeira obra, mudou-se para Mato Grosso, onde lançou várias obras literárias, entre as quais se destacam Doce de Formiga, Entre Uma Noite e Outra, Não Presta Pra Nada e Sábado. QUEM É A MENINA DA FOTO?

ENIGMA FIGURADO

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DE QUEM SÃO ESTES OLHOS?

PRIMEIRA RESIDÊNCIA CUIABANA QUE TEVEFOGÃO A GÁS E PISCINA

Formado pela Universidade Metodista de São Paulo e de família tradicional cuiabana, nosso homenageado foi considerado um dos prossionais mais férteis e polêmicos da comunicação de Mato Grosso e ícone no jornalismo investigativo. Junto com os amigos Auro

Ida, Marcos Lemos e Ronaldo Pacheco, fundou, em 1990, o Sistema de Informação e Marketing (SIM), embrião do Mídia News, primeiro site noticioso de Mato Grosso. Foi responsável pela criação e implantação da Secretaria de Comunicação da Câmara Municipal de Cuiabá (1995) e em 2000, fundou o site Olhar Direto com o amigo Mário Marques Almeida. Faleceu em 2013, deixando a esposa

Izabel e os lhos Matheus, Luca e Joaquim.

O prédio onde funcionou a Residência dos Governadores (que dá fundos para o Palácio Alencastro), foi construído pelo arquiteto Humberto Kaulino. A obra foi um marco para a cidade, ao ser concluída em 1939. A foto, publicada no livro Cuiabá Imagens da Cidade, de Maria Auxiliadora de Freitas, mostra a visita do então ministro da Agricultura do governo de Getúlio Vargas a Mato Grosso, Fernando Costa, na década de 1940. Um detalhe que nos chama a atenção é que esta casa foi a primeira da cidade a ter fogão a gás e piscina.

Resposta: .............................................................

LIGUE-SE NO QUIZZ DE ALGUMAS PRAÇAS DE CUIABÁASSOCIE O TEXTO ABAIXO ÀS TRADICIONAIS PRAÇAS DE CUIABÁ

1 ( ) O que chama a atenção nesta Praça é a escultura denominada de ‘Árvore de todos os povos’, de autoria do poeta Wlademir Dias Pino, inspirada na poesia do renomado poeta Benedito Santana da Silva Freire..

2 ( ) É nesta Praça’ que acontece a tradicional feira ‘Arte na Praça’, realizada aos domingos, com exposição e comercialização de peças em palha, madeira e cerâmica criadas por nossos artesãos.

3 ( ) Praça repleta de curiosidades como a centenária palmeira denominada ‘Gogó da Ema’ e o coreto de origem alemã que veio da cidade de Novo Hamburgo e que, conforme relatos de moradores antigos, nunca foi pago.

A - PRAÇA IPIRANGA B - PRAÇA 8 DE ABRIL C - PRAÇA SANTOS DUMONT

LEGENDA: Ministro Fernando Costa, à direita do interventor Júlio Müller. Da esquerda para a direita: Raul Vieira, Mário Correa da Costa, Bianchi Filho, João Moreira, Isác Póvoas, João Ponce de Arruda, Álvaro Duarte Monteiro, Nair Cunha Duarte Monteiro, Maria Müller, Alírio Figueiredo, Jaime de Carvalho e Cesário Neto, entre outros

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Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 11

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A grande admiração que o ex-zagueiro Nelson Vasques tem pelo futebol iguala-se ao sentimento pelo ídolo Roberto França. Nelson gosta tanto do ex-prefeito, que chegou a estudar as

coincidências existentes entre os dois. Para começar, eles têm Roberto no nome. Como desportistas, a coincidência também se cruza: são amenguistas, foram técnicos de futebol e zagueiros

do Mixto. Outra curiosidade: ambos têm lhas nascidas na mesma data: 27 de março. Olha essa: Nelson faz aniversário em

13 de março, mesmo dia de nascimento do lho de Roberto França. Os dois ex-atletas passaram por dois casamentos e o

nome das lhas se repetem: Roberta. Para nalizar, Roberto França tem uma lha chamada Patrícia, mesmo nome da

alhada de Nelson Vasques. É mole ou quer mais?

FLAGRANTES DA VIDA REAL

Nelson ROBERTO Vasques,ex-zagueiro e amenguista

ROBERTO França Auad,ex-zagueiro e amenguista

As primeiras palmeiras imperiais introduzidas em Cuiabá foram empreendidas pelo vice-presidente da província Antônio Cerqueira Caldas, Barão de Diamantino. O plantio das seis primeiras árvores que chegaram se deu no largo do palácio em frente ao palacete de sua residência e, posteriormente, na praça Marquês de Aracati, atualmente denominada de Praça Ipiranga.

AS SEIS PRIMEIRAS PALMEIRAS QUE AQUI CHEGARAM

Na década de 1950, a rma M.W. & Monteiro, de São Paulo, foi vencedora da concorrência pública realizada em agosto e assinou contrato para construção da 1ª fase do novo Palácio Alencastro, em Cuiabá, futura sede do Governo e secretarias do estado de Mato Grosso. Com 8 andares, o projeto foi elaborado pela URBS Construtora e Urbanização, do Rio de Janeiro. A foto ao lado pertence ao álbum de fotograas do

governo do engenheiro João Ponce de Arruda (1956-1960). Em primeiro plano aparece o antigo casarão demolido. Ao fundo, o atual Palácio Alencastro em fase de construção, com inovação e modernidade arquitetônicas. Vale ressaltar que o antigo prédio demolido foi sede do governo e residência dos governadores. A imponência da nova obra teve marca simbólica do desenvolvimento de Cuiabá.

SEDE DO GOVERNO NA PRAÇA ALENCASTRO

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Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 14

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Registro inicial Em 1754, vinte anos após descobertas as Minas de Mato Grosso, o primeiro histórico dessas minas foi relatado num documento ocial, onde foram alocado o termo Mato Grosso, e identicado o local onde as mesmas se achavam. José Gonçalves da Fonseca, em seu trabalho escrito por volta de 1780, “Notícia da Situação de Mato Grosso e Cuiabá”, publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográco Brasileiro de 1866, assim nos explica a denominação Mato Grosso: [...] se determinaram atravessar a cordilheira das Gerais de oriente para poente; e como estas montanhas são escalvadas, logo que baixaram a planície da parte oposta aos campos dos Parecis (que só tem algumas ilhas de arbustos agrestes), toparam com matos virgens de arvoredo muito elevado e corpulento, que entrando a penetrá-lo, o foram apelidando Mato Grosso; e este é o nome que ainda hoje conserva todo aquele distrito. Caminharam sempre ao poente, e depois de vencerem sete léguas de espessura, toparam com o agregado de serras [...].

MATO GROSSOr e c o r t e s h i s t ó r i c o s

Na busca de índios e ouro, Pascoal Moreira Cabral e outros bandeirantes paulistas fundaram Cuiabá a 8 de abril de 1719, em um primeiro arraial, São Gonçalo Velho, situado às margens do rio Coxipó, em sua conuência com o rio Cuiabá. Em 1º de janeiro de 1727, o arraial foi

elevado à categoria de vila por ato do capitão-general de São Paulo, dom Rodrigo César de Menezes. Em 1734, estando já quase despovoada a Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, os irmãos Paes de Barros (Fernando e Artur), atrás dos índios parecis, descobriram

veia aurífera, a qual resolveram denominar de Minas de Mato Grosso, situadas às margens do rio Galera, no vale do Guaporé.

Mato Grosso O termo Mato Grosso é originário de uma grande extensão de sete léguas de mato alto, espesso, quase impenetrável, localizado às margens do rio Galera, percorrido pela primeira vez em 1734 pelos irmãos Paes de Barros. Acostumados a andar pelos cerrados do chapadão dos Parecis, onde apenas havia algumas ilhas de arbustos agrestes, os irmãos aventureiros, impressionados com a altura e porte das árvores, a denominaram de Mato Grosso. Perto desse mato fundaram as Minas de São Francisco Xavier e toda a região adjacente, pontilhada de arraiais de mineradores. Ficou conhecida na história como as Minas do Mato Grosso. Posteriormente, ao se criar a Capitania por Carta Régia de 9 de maio de 1748, o governo português assim se manifestou: [...] Dom João, por Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, [...] Faço saber a vós, Gomes Freire de Andrade, Governador e Capitão General do Rio de Janeiro, que por resoluto se criem de novo dois governos, um nas Minas de Goiás, outro nas de Cuiabá [...].

Carta Régia Apesar de não denominar a Capitania expressamente com o nome de Mato Grosso, somente referindo-se às minas de Cuiabá, no m do texto da Carta Régia, é denominado o novo governo como sendo de ambas as minas, Mato Grosso e Cuiabá. Isso ressalva, na realidade, a intenção portuguesa de dar à Capitania o mesmo nome posto anos antes pelos irmãos Paes de Barros. Entende-se perfeitamente essa intenção. Todavia, a consolidação do nome Mato Grosso veio rápido. A Rainha dona Mariana de Áustria, ao nomear dom Antonio Rolim de Moura Tavares como Capitão General, na Carta Patente de 25 de setembro de 1748, assim se expressa: [...]; Hei por bem de o nomear como pela presente o nomeio no cargo de Governador e Capitão General da Capitania de Mato Grosso, por tempo de três anos [...].

Instruções a Rolim de Moura A mesma Rainha, no ano seguinte, a 19 de janeiro, entrega a dom Rolim a suas famosas Instruções, que determinariam as orientações para a administração da Capitania, em especial os tratos com a fronteira do reino espanhol. Assim nos diz o documento: [...] fui servido criar uma Capitania Geral com o nome de Mato Grosso [...] § 1o - [...] atendendo que no Mato Grosso se requer maior vigilância por causa da vizinhança que tem, houve por bem determinar que a cabeça do governo se pusesse no mesmo distrito do Mato Grosso [...]; § 2o - Por se ter entendido que Mato Grosso é a chave e o propugnáculo do sertão do Brasil [...].

De Província a Estado

Com a independência do Brasil em 1822, passou a ser a Província de Mato Grosso, e com a República em 1899, a denominação passou a Estado de Mato Grosso.

extraído de texto do escritor PAULO PITALUGA COSTA E SILVA

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Registro inicial Em 1754, vinte anos após descobertas as Minas de Mato Grosso, o primeiro histórico dessas minas foi relatado num documento ocial, onde foram alocado o termo Mato Grosso, e identicado o local onde as mesmas se achavam. José Gonçalves da Fonseca, em seu trabalho escrito por volta de 1780, “Notícia da Situação de Mato Grosso e Cuiabá”, publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográco Brasileiro de 1866, assim nos explica a denominação Mato Grosso: [...] se determinaram atravessar a cordilheira das Gerais de oriente para poente; e como estas montanhas são escalvadas, logo que baixaram a planície da parte oposta aos campos dos Parecis (que só tem algumas ilhas de arbustos agrestes), toparam com matos virgens de arvoredo muito elevado e corpulento, que entrando a penetrá-lo, o foram apelidando Mato Grosso; e este é o nome que ainda hoje conserva todo aquele distrito. Caminharam sempre ao poente, e depois de vencerem sete léguas de espessura, toparam com o agregado de serras [...].

Mato Grosso O termo Mato Grosso é originário de uma grande extensão de sete léguas de mato alto, espesso, quase impenetrável, localizado às margens do rio Galera, percorrido pela primeira vez em 1734 pelos irmãos Paes de Barros. Acostumados a andar pelos cerrados do chapadão dos Parecis, onde apenas havia algumas ilhas de arbustos agrestes, os irmãos aventureiros, impressionados com a altura e porte das árvores, a denominaram de Mato Grosso. Perto desse mato fundaram as Minas de São Francisco Xavier e toda a região adjacente, pontilhada de arraiais de mineradores. Ficou conhecida na história como as Minas do Mato Grosso. Posteriormente, ao se criar a Capitania por Carta Régia de 9 de maio de 1748, o governo português assim se manifestou: [...] Dom João, por Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, [...] Faço saber a vós, Gomes Freire de Andrade, Governador e Capitão General do Rio de Janeiro, que por resoluto se criem de novo dois governos, um nas Minas de Goiás, outro nas de Cuiabá [...].

MATO GROSSOr e c o r t e s h i s t ó r i c o s

Na busca de índios e ouro, Pascoal Moreira Cabral e outros bandeirantes paulistas fundaram Cuiabá a 8 de abril de 1719, em um primeiro arraial, São Gonçalo Velho, situado às margens do rio Coxipó, em sua conuência com o rio

Cuiabá. Em 1º de janeiro de 1727, o arraial foi elevado à categoria de vila por ato do capitão-general de São Paulo, dom Rodrigo César de Menezes. Em 1734, estando já quase despovoada a Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, os irmãos Paes de Barros (Fernando e Artur), atrás dos índios parecis, descobriram veia aurífera, a qual resolveram

denominar de Minas de Mato Grosso, situadas às margens do rio Galera, no vale do Guaporé.

Carta Régia Apesar de não denominar a Capitania expressamente com o nome de Mato Grosso, somente referindo-se às minas de Cuiabá, no m do texto da Carta Régia, é denominado o novo governo como sendo de ambas as minas, Mato Grosso e Cuiabá. Isso ressalva, na realidade, a intenção portuguesa de dar à Capitania o mesmo nome posto anos antes pelos irmãos Paes de Barros. Entende-se perfeitamente essa intenção. Todavia, a consolidação do nome Mato Grosso veio rápido. A Rainha dona Mariana de Áustria, ao nomear dom Antonio Rolim de Moura Tavares como Capitão General, na Carta Patente de 25 de setembro de 1748, assim se expressa: [...]; Hei por bem de o nomear como pela presente o nomeio no cargo de Governador e Capitão General da Capitania de Mato Grosso, por tempo de três anos [...].

Instruções a Rolim de Moura A mesma Rainha, no ano seguinte, a 19 de janeiro, entrega a dom Rolim a suas famosas Instruções, que determinariam as orientações para a administração da Capitania, em especial os tratos com a fronteira do reino espanhol. Assim nos diz o documento: [...] fui servido criar uma Capitania Geral com o nome de Mato Grosso [...] § 1o - [...] atendendo que no Mato Grosso se requer maior vigilância por causa da vizinhança que tem, houve por bem determinar que a cabeça do governo se pusesse no mesmo distrito do Mato Grosso [...]; § 2o - Por se ter entendido que Mato Grosso é a chave e o propugnáculo do sertão do Brasil [...].

De Província a Estado

Com a independência do Brasil em 1822, passou a ser a Província de Mato Grosso, e com a República em 1899, a denominação passou a Estado de Mato Grosso.

extraído de texto do escritor PAULO PITALUGA COSTA E SILVA

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“A trajetória da Polícia Militar de Mato Grosso se entrelaça com a própria história de Mato Grosso. E tudo começa com a implantação da força “Voluntários da Pátria”, no início do século XX, por necessidade de auxiliar o Exército no combate ao autoritarismo do ditador Solano Lopez, que originou o conflito armado denominado a ‘Guerra do Paraguai’. A força militar tinha a missão de defender o território mato-grossense e garantir a segurança urbana interna.“

o m da guerra, inicia-se o ciclo pacicação.

AA 9 de fevereiro de 1917 foi nomeado como interventor federal, em Mato Grosso, o

coronel Camilio Soares de Moura, que era comandante da Guarda Nacional. Hábil e comprometido com a segurança, ordem e disciplina, ele implantou mudanças para reorganizar a polícia local. Pelo Decreto nº 08 de 02 de junho de 1917, a corporação, que então se chamava “Batalhão de Polícia Militar”, recebeu a denominação de “Força Pública”, aumentando sua estrutura, ativando o Comando Geral, dois Batalhões de Infantaria, um em Cuiabá - capital do Estado - e outra em Campo Grande, hoje capital do Mato Grosso do Sul.

CASARÃO DO GANHA TEMPO FOI BATALHÃO DA POLÍCIA MILITARO 1º Batalhão é precedência e unidade-mãe da Polícia Militar de Mato Grosso. Com os anos, a partir dele, são criados outros batalhões da corporação, com o lema de proteger e memorizar os vários momentos históricos no Estado. Sua primeira sede foi no prédio onde funciona hoje o Ganha Tempo, mas anos depois, foi transferido denitivamente para o bairro do Porto, onde está até hoje.

POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO

MARCO INICIAL

“Batalhão de Polícia Militar” era chamado de “Força Pública

1º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR TEM POR NOME ‘DANIEL DE QUEIROZ’Esta denominação datada de 1913 é uma justa homenagem ao ocial que exerceu diversas funções nos seus 40 anos de Força Pública (depois transformada em PM), inclusive servindo no 1º Batalhão, onde veio a se tornar comandante-geral, considerado exemplo de garra, postura e disciplina

No alto da fachada do quartel do 1º Batalhão, no Porto, existem duas pirâmides de cargas (bolas) de canhões. Estão sobrepostas à direita e à esquerda. É uma alusão ao passado de lutas da corporação.

Na gestão do presidente da Província de Mato Grosso, José Maria Alencastro, foi construído o 1º Batalhão, em cujo gradil foram utilizados os canos das espingardas, já obsoletas, usadas na Guerra do Paraguai.

FIQUE POR DENTRO

1º BATALHÃO -

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 16

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A sede do Batalhão realiza as atividades de gestão administrativa, enquanto que as atividades operacionais são descentralizadas em quatro Companhias, atuando dentro da losoa de polícia comunitária, sendo elas:

GESTÃO DO 1º BATALHÃO DA PM

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CIDADÃO

COMPANHIA DO CENTROTem por foco o policiamento na área comercial do centro da Capital e sua sede foi construída com apoio de comerciantes locais, já que antes era sediada no próprio Batalhão.

COMPANHIA LIXEIRAInaugurada em 2005, a Base Comunitária de Segurança atende 7 bairros e uma população de aproximadamente 30 mil moradores.

COMPANHIA BEIRA-RIOSituada no bairro Jardim Europa, atende 15 bairros e uma população de aproximadamente 40 mil moradores, além da população utuante formada por universitários. Desenvolve vários projetos sociais para a comunidade.

COMPANHIA BOA ESPERANÇA Inaugurada em 2006, tem sua área bastante diversicada com classes sociais distintas, além da UFMT, local onde foi cedido o prédio para ser ativada a unidade, atendendo uma população de mais de 15 mil pessoas.

1

2

3

4

Os serviços ofererecidos pelo 1º Batalhão são realizados através de diversas modalidades, conforme os seguintes programas: a) Radiopatrulha - com viaturas 4 rodas, fazendoatendimento imediato através do 190; b) Policiamento motociclístico - com foco na prevenção a roubos em estabelecimentos comerciais; c) Patrulha Escolar - visando ao policiamento comunitário nos estabelecimentos de ensino e d) Grupo de Apoio - equipe que realiza o reforço operacional ao serviço e execução das operações planejadas pelo Comando.

INSÍGNEAS DA POLÍCIA MILITAR

Coronel PM Tenente-coronel PM Capitão PM

Primeiro-tenente PMM Segundo-tenente PM

Major PM

1º-Sargento - 1º Sgt PM

2º-Sargento - 2º Sgt PM

3º-Sargento - 3º Sgt PM

Cabo - Cb PM

Soldado - Sd PM

Aspirante PM Subtenente PM

UM SÉCULO DE HISTÓRIA EM MT

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 17

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DESCUBRA OS SETE ERROSNO BRASÃO DE MATO GROSSO

Jorge Amado foi o escritor brasileiro mais perseguido pela polícia. Foi preso na década de 1940, acusado de participar de um levante comunista contra o governo de Getúlio Vargas. Ficou na mesma cela que o historiador Caio Prado Jr. (1907-1990), a mesma onde Monteiro Lobato já havia estado.

O apelido de infância do escritor José de Alencar era Cazuza. Sua peça teatral ‘As asas’ estreou em 1858. Três dias depois, foi vetada pela censura por ser considerada imoral: contava a história de uma prostituta que se regenerara por amor. Foi o primeiro escritor brasileiro a desenvolver o gênero literário do romance.

B R A S I L I D A D E21 de Maio a 20 de JunhoGÊMEOS

Signo que confere inteligência, versatilidade, agilidade mental, sociabilidade e principalmente grande poder de persuasão.As pessoas de Gêmeos são naturalmente inquietas e curiosas, sempre muito

comunicativas. Preocupam-se muito com atividades

intelectuais e procuram amigos igualmente inteligentes.

Uma das principais características de Gêmeos é a

jovialidade...São curiosas por natureza.

Uma qualidade: Inteligência.Um defeito: Instabilidade.

Ação

O Lineu de‘A Grande Família’ (TV)

‘Academia’, em ABLAntigo

prossio-nal que fo-tografavaem ruas,parques e

praças(bras.)

Teoria do(?), mode-lo mate-mático

‘(?) daMônica’,

criação deMauríciode Sousa

Piloto brasileiro deFórmula 1, três vezes

campeão mundial

‘Amor e (?),sucesso de

Rita Lee

(?) físicos:ajudam aemagrecer

Despidos;pelados

Abraçar(causa

política)

Tipo decarro depasseio

Instituiçãode ensino

6ª notamusical

Naquelelugar

Flúor(símbolo)

Regra;princípio

O que orico faz àtoa (dito)

Em nomedele é

exercido opoder

Ajunta-mento depessoas

(bras.pop.)

Político ereligioso

que ocupouo cargo deregente do

Impériode 1835a 1837

(?) Ca-lheiros, político

brasileiro

Exame Na-cional quesubstituiu

o vestibular

Olga Be-nário, re-volucioná-ria alemã

EvandroJardim,artista

plástico

Períodoreprodu-tor dosanimais

A formaçãodo voo

das ando-rinhasEu e eles

(?) pés:ápode

Perversãosexual

Camarote de teatro

Amazonas e TietêPalácio do (?), prédio

histórico que atualmente abriga o Museu da República (RJ)

Benefício trabalhista instituído por Getúlio Vargas em 1940

1. Na divisão do Tratado de Tordesilhas, em 1494, antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses, Mato Grosso pertencia a:a( ) Inglaterrab( ) Argentinac( ) Espanhad( ) Portugal

2.A primeira expedição europeia registrada em Mato Grosso foi a de um explorador português, em 1525, quando subiu os rios Paraná e Paraguay, em companhia de índios cristianizados. Qual o seu nome?a( ) Pedro Aleixo Garciab( ) Pascoal Moreira Cabral Lemec( ) Miguel Sutild( ) Antonio Rolim de Moura Tavares

3. Em 9 de maio de 1748 foi criada a Capitania de Matto Grosso. Em 25 de setembro do mesmo ano foi nomeado o primeiro Governador desta Capitania. Quem foi?a( ) Pascoal Moreira Cabralb( ) Antonio Rolim de Moura Tavaresc( ) Artur Paes de Barrosd( ) Luís Pinto de Sousa Coutinho

4. Em 13 de setembro de 1943 foi criado o Território Federal do Guaporé desmembrado do Mato Grosso e com pequena parte do Estado do Amazonas (Decreto-Lei nº 5812). Hoje este território é o Estado de:a( ) Mato Grosso do Sulb( ) Rondôniac( ) Tocantinsd( ) Roraima

Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 18

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VIDRAÇA

Na primeira metade da década de70 a crescente imigração sulista, inicialmente no norte e leste, depois sul do Estado, desencadeou a escalada da produção em Mato Grosso, até hoje. As projeções de uma nova safra recorde para este ano, de 52 milhões de toneladas e mais grãos germinando nas próximas décadas. Exigem, porém, que um novo ciclo surja em denitivo para se emparelhar à produtividade real do Estado: a manufatura da gigante produção.Parece ser a combinação ou encontro perfeito. Alguma parte nessa direção a iniciativa privada já assumiu, mas o governo, agora, sem loas, discursos ou eventos sem respostas, parece decidido politicamente a encaminhar. Dois projetos em curso, o Prodestur e o da Zona de Processamento de Exportação, principalmente, parecem simbolizar essa nova direção que o governo traça.O primeiro, apesar de se balizar fortemente no turismo, prevê outros 11

projetos de desenvolvimento que estimularão o transporte aéreo de pessoas e cargas, mas ampliando a malha aérea estadual. O segundo, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Cáceres, atrairá unidades fabris para industrialização dos insumos naturais do Estado.Mais: o governo iniciou diversas reuniões com setores produtivos, governo federal e iniciativa privada para expandir a malha viária no Estado, seja pela Ferrovia Vicente Vuolo ou pelos novos projetos da Bioceânica e da Ferrovia que deve passar por Goiás e Lucas do Rio Verde, facilitando o escoamento da produção. Essa é uma logística de dentro para fora, mas chamará indústrias para aproveitar a produção e a infraestrutura a ser implantada, no que Mato Grosso não só comercializará a produção in natura como entrará no processo de exportar a sua produção já beneciada industrialmente.

NÚMEROSQCONTAM

INDISTRIALIZAÇÃO? I TENDÊNCIA_____________________________________________________________________________

‘PLANTAR É PRECISO;

MANUFATURAR, TAMBÉM!’________________________________________________________________________________________________

JORGE MACIEL

BLOG DO

www.blogdomassa.com.br

Jornalista em Cuiabá desde os anos 80. Trabalhou na redação dos principais jornais de Goiás (Diário da Manhã) e Mato Grosso (A Gazeta, Jornal do Dia e O Estado de Mato Grosso) como repórter, chefe de reportagm, editor e diretor de Redação. Atuou ainda nos sites Midianews, Hipernotícias e O Documento, sendo colaborador do Almanaque Cuiabá e um dos que escrevem mensalmente esta coluna (freelancer).

R$ 3,1Milhões.

É quanto o governo pretende cobrar

judicialmente das centrais sindicais que

patrocinaram as manifestações em

Brasília que terminaram em invasão e

depredação em três ministérios.

15Imóveis não-históricos,

transformados em abrigo de drogados, localizados

na “Ilha da banana” – subida do Morro da Luz –, serão postos ao chão. O governo e a prefeitura

de Cuiabá querem revitalizar o local,

criando o Novo Largo do Rosário.

135mil reais. Este é o valor

que a prefeitura de Cuiabá paga pelo imóvel que abriga o Hospital São Benedito. O contrato de locação foi renovado em dezembro e vem desde 2014. A grosso modo,

2017 fechará com aporte de R$ 6,580 milhões só

de aluguéis mensais.

Veto à expressão

Não se sabe de onde o vereador Abilio Junior (PSC) tirou a ideia, mas o fato é que ele quer acabar com o que chama de ‘doutrina política e ideológica’ nas escolas municipais de Cuiabá. Se de um lado ele sinaliza que haja proselitismo na grade escolar, o que precisaria ser investigado, do outro veta a liberdade de expressão dos educadores, que podem perfeitamente orientar seus alunos em questões políticas – como era lei nas extintas matérias OSPB e Educação Moral e Cívica. Via oposta

Na contramão, a associação de magistrados de Mato Grosso e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMT) se juntaram no projeto para se discutir no ambiente educativo a “Ética e cidadania”, com atividades interdisciplinares, promovendo debates com base no conceito de democracia e a justiça social ao longo do ano letivo.

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Almanaque Cuyabá - MAIO DE 2017 - 19

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