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A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA Depois de um ano de quase estagnação, as luzes começam a se acender no final do túnel para a economia do País. A recuperação do crescimento é aposta de vários setores, entre eles o de Serviços PIS/COFINS: PARECER é BEM RECEBIDO PELA RECEITA Sindeprestem entrega à Receita parecer que mostra as vantagens da alteração do PIS/Cofins para o Setor e para o próprio Governo TEMPORáRIO, PORTA ABERTA PARA O GERENTE DA CENTAURO A história de Ricardo Sotero, hoje gerente nacional da grande rede de lojas, mostra a importância do Trabalho Temporário no País TORMENTOS DOS EMPRESáRIOS, UM DEBATE NO SINDEPRESTEM Insegurança jurídica, burocracia e todas as angústias, temas para análise dos juristas Dráuzio Rangel, Percival Maricato e Wolnei Tadeu PRESSTEM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS ANO XV MARÇO 2013 Nº48 A SOMA DOS LUCROS COM O ESPORTE O ministro dos Esportes Aldo Rebelo revela nesta edição tudo o que o País vai ganhar com os dois maiores eventos esportivos do Planeta – a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 -, da entrada de dólares com o turismo à criação de milhares de empregos A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA Depois de um ano de quase estagnação, as luzes começam a se acender no final do túnel para a economia do País. A recuperação do crescimento é aposta de vários setores, entre eles o de Serviços PIS/COFINS: PARECER é BEM RECEBIDO PELA RECEITA Sindeprestem entrega à Receita parecer que mostra as vantagens da alteração do PIS/Cofins para o Setor e para o próprio Governo TEMPORáRIO, PORTA ABERTA PARA O GERENTE DA CENTAURO A história de Ricardo Sotero, hoje gerente nacional da grande rede de lojas, mostra a importância do Trabalho Temporário no País TORMENTOS DOS EMPRESáRIOS, UM DEBATE NO SINDEPRESTEM Insegurança jurídica, burocracia e todas as angústias, temas para análise dos juristas Dráuzio Rangel, Percival Maricato e Wolnei Tadeu A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA Depois de um ano de quase estagnação, as luzes começam a se acender no final do túnel para a economia do País. A recuperação do crescimento é aposta de vários setores, entre eles o de Serviços PIS/COFINS: PARECER é BEM RECEBIDO PELA RECEITA Sindeprestem entrega à Receita parecer que mostra as vantagens da alteração do PIS/Cofins para o Setor e para o próprio Governo TEMPORáRIO, PORTA ABERTA PARA O GERENTE DA CENTAURO A história de Ricardo Sotero, hoje gerente nacional da grande rede de lojas, mostra a importância do Trabalho Temporário no País TORMENTOS DOS EMPRESáRIOS, UM DEBATE NO SINDEPRESTEM Insegurança jurídica, burocracia e todas as angústias, temas para análise dos juristas Dráuzio Rangel, Percival Maricato e Wolnei Tadeu

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A reconstrução dA economiADepois de um ano de quase estagnação, as luzes começam a se

acender no final do túnel para a economia do País. A recuperação do crescimento é aposta de vários setores, entre eles o de Serviços

PIS/CofInS:PAreCer é bemreCebIDo PelA reCeItASindeprestem entrega à Receita parecer que mostra as vantagens da alteração do PIS/Cofins parao Setor e para o próprio governo

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SInDePreStemInsegurança jurídica, burocracia e todas as angústias, temas para

análise dos juristas Dráuzio Rangel, Percival Maricato e Wolnei tadeu

PRESSTEMPREStaÇÃO DE SERVIÇOS ESPEcIalIzaDOS

ano XV Março 2013 nº48

A SOMA DOS LUCROS COM O ESPORTEO ministro dos Esportes Aldo Rebelo revela nesta edição tudo o que o País vai ganhar com os dois maiores eventos esportivos do Planeta – a Copa de 2014 e as Olimpíadas

de 2016 -, da entrada de dólares com o turismo à criação de milhares de empregos

A reconstrução dA economiADepois de um ano de quase estagnação, as luzes começam a se

acender no final do túnel para a economia do País. A recuperação do crescimento é aposta de vários setores, entre eles o de Serviços

PIS/CofInS:PAreCer é bemreCebIDo PelA reCeItASindeprestem entrega à Receita parecer que mostra as vantagens da alteração do PIS/Cofins parao Setor e para o próprio governo

temPorárIo, PortA AbertA PArA o gerenteDA CentAuroA história de Ricardo Sotero, hoje gerente nacional da grande rede de lojas, mostra a importância do trabalho temporário no País

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SInDePreStemInsegurança jurídica, burocracia e todas as angústias, temas para

análise dos juristas Dráuzio Rangel, Percival Maricato e Wolnei tadeu

A reconstrução dA economiADepois de um ano de quase estagnação, as luzes começam a se

acender no final do túnel para a economia do País. A recuperação do crescimento é aposta de vários setores, entre eles o de Serviços

PIS/CofInS:PAreCer é bemreCebIDo PelA reCeItASindeprestem entrega à Receita parecer que mostra as vantagens da alteração do PIS/Cofins para o Setor e para o próprio governo

temPorárIo, PortA AbertA PArA o gerenteDA CentAuroA história de Ricardo Sotero, hoje gerente nacional da grande rede de lojas, mostra a importância do trabalho temporário no País

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SInDePreStemInsegurança jurídica, burocracia e todas as angústias, temas para

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EDIção 48

CAro ASSoCIADo, fIlIADo e SInDICAlIzADo Ao SInDePreStem, AtuAlIze SeuS DADoS CADAStrAIS. reCorte nA lInhA PontIlhADA e envIe Pelo fAX (11) 3215-8250 ou e-mAIl [email protected]

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TrabaLHo

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Nossas eNtiDaDes são filiaDas à

ExPEDIEntE

Nossas eNtiDaDes são filiaDas a

AssociAção BrAsileirA dAs empresAs de serviços Terceirizáveis e de TrABAlho Temporárioav. são luís, 258 – 12° andar – Conj. 1208CeP: 01046-915 – Centro – são Paulo – sPtel.: (11) 3121-0088 Para localidades fora do estado de são Paulo: 0800-109846www.asserttem.com.br – e-mail: [email protected]

direToriA eXecUTivAJismália de oliveira alves – PresidenteMárcia dos santos Costantini – Vice-Presidenteademir de souza – Diretor administrativo e financeirosilvio Roberto a. Martins – Vice-Diretor administrativo e financeiroevando freitas de souza – Diretor de Comunicações e eventosJosé antonio Gregório – Vice-Diretor de Comunicações e eventosMarco aurélio a. R. silva – Diretor de assuntos legaisfernando Barbosa Calvet – Diretor de assuntos internacionais

direToriA reGioNAlMárcia dos santos Costantini – Diretora Rio de Janeiro José Carlos teixeira – Diretor Minas GeraisDanilo Padilha – Diretor ParanáMara Bonafé – Diretora Distrito federalGraziele Pachla – Diretora Regional do Rio Grande do sul

coNselho deliBerATivoJosé Roberto scalabrin – Presidentesilvio Roberto a. Martinsedson ferreira José Carlos teixeira

coNselho FiscAleunice da silva Gomes Cunha – PresidenteJosé Viana limaana Maria da silvasuélia luz oliveiraDanilo Padilha

siNdicATo dAs empresAs de presTAção de serviços A Terceiros, colocAção e AdmiNisTrAção de mão de oBrA e de TrABAlho Temporário No esTAdo de são pAUloav. são luís, 258 – 18° andarCeP: 01046-915 – são Paulo – sPPaBX: (11) 3215 – 8250assessoria Jurídica: 0800-701 2449www.sindeprestem.com.br – e-mail: [email protected]

DiRetoRia eXeCutiVaVander Morales – Presidentefernando Barbosa Calvet – Vice-PresidenteDaniel simões do Viso – Diretor administrativo e financeirosonia Regina de souza – Diretora de formação e eventosJacob luiz Magnus – Diretor JurídicoJismália de oliveira alves – Diretora de Marketing e Comunicaçãoademir de souza – Diretor suplenteedson ferreira – Diretor suplenteNilza tavoloni – Diretora de RegionaisGeraldo Magela Ribeiro – Diretor de setorização

DiRetoRia ReGioNalMaria olinda Maran longuini – Diretora Regional do aBCNilza tavoloni – Diretora Regional de americanaGeraldo P. Russomano Veiga – Diretor Regional de Ribeirão PretoJosé Renato Quaresma – Diretor Regional Baixada santistaeveraldo Nogueira – Diretor Regional de BauruRosa Carvalho dos santos – Diretora Regional de GuarulhosWalter Rosa Junior – Diretor Regional de sorocabasérgio silas Gallati – Diretor Regional do Vale do Paraíbaluiz simões da Cunha – Diretor Regional de CampinasCláudio Donizeti de almeida – Diretor Regional do alto do tietêReginaldo luiz Julien Ribeiro – Diretor Regional oeste

CoNselho CoNsultiVoPaulo Magalhães – Presidenteevando freitas de sousaJohannes antonius Maria WiegerinckJosé antônio Gregóriosilvio Roberto alaimo MartinsMaurice Braunstein

CoNselho fisCaleunice da silva Gomes Cunha – Presidente edmilson luiz formentini José Viana limasezi inoueJackson tadeu Ninno soares – suplenteMarcos fernando franco teixeira – suplente

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EM FOcO Jan Wiegerinck, Presidente do SindeprestemEM FOcO

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As empresas de terceirização e trabalho temporário cresceram quase 14% entre 2007 e 2011, mas o faturamento global do setor sofreu uma baixa de 10,52% se considerarmos a variação inflacionária do período bem como o impacto da carga tributária sobre o setor. No mesmo período, sua capaci-dade de contratação de mão de obra caiu 4,37%. As margens de ganho também refluíram, em 5,82%. Aí está, em números, um quadro que já vínhamos projetando há um bom tempo, em alertas acerca dos impactos negativos do regime de não--cumulatividade do PIS/Cofins sobre o segmento.

Estudo econômico patrocinado pelo Sindeprestem e a Fenaserhtt, e recém-entregue às autoridades da Receita Fe-deral em Brasília, comprova que a atual sistemática da não--cumulatividade do PIS/Cofins afeta não apenas o equilíbrio do caixa das empresas, quanto dificulta a formação do capi-tal de giro e o pagamento das despesas; compromete seu po-tencial de investimento e de geração de empregos; e atinge a própria capacidade de arrecadação do Poder Público.

E não se trata de questionar esse mecanismo somente pela questão numérica, mas também pela distorção tributá-ria que promove junto às nossas empresas. O regime atual de não-cumulatividade funciona, na prática, como uma bi-tributação ao Setor de Serviços, já que este não pode aba-ter do valor do imposto compensações como as que foram concedidas pela Lei 10.637/2002 à Indústria (crédito rela-tivo aos insumos) e ao Comércio (relativo aos preços das mercadorias). O Brasil já registra, inclusive, Jurisprudências que atestam a quebra dos princípios constitucionais da iso-nomia e da livre concorrência pelo dispositivo de 2002.

Segundo o estudo, a manutenção desta lógica tributária poderá enterrar de vez a possibilidade de sobrevida de nos-sas empresas: “No regime tributário atualmente em vigor, a capacidade de pagamento e quitação das empresas não será tecnicamente possível, visto que tal capacidade está forte-mente comprometida”. Pior: afetará o segmento que mais

tem contribuído para a inserção do jovem e o reingresso do desempregado no mercado de trabalho, entre outros; e para a abertura de vagas formais nos três macros setores da ativi-dade econômica brasileira (Indústria, Comércio e Serviços).

Ora, que País é este que anuncia tantos esforços de in-centivos e renúncias fiscais a alguns empreendimentos, tentando blindar a economia contra os reflexos da crise mundial e, de outro modo, mantém um regime com tais distorções contra um segmento que está definitivamen-te incorporado à atual configuração da cadeia produtiva? Observa-se, por exemplo, a partir de informações de rela-tório da CIEtt (Confederação Internacional das Empresas de trabalho temporário) de 2012, que 75% das empresas tomadoras de serviços não contratam profissionais em cará-ter permanente quando lhes é vetado dispor de mão de obra temporária. 62% delas remanejam internamente os próprios funcionários para dar conta de demanda extemporânea de trabalho ou simplesmente cancelam novos negócios ou in-vestimentos relacionados a esse acréscimo de serviço.

Ou seja, tanto a terceirização quanto o trabalho tempo-rário estão intrinsicamente ligados a uma nova sistemática de investimentos sobre a atividade econômica no mundo contemporâneo. Isto foi detectado pela Organização Inter-nacional do trabalho em 1997, quando editou a Convenção 181, reconhecendo que a prestação de Serviços na área do trabalho (terceirizados e temporários) serve para atender à flexibilização crescente da economia. Funciona como uma espécie de regulador das oscilações da atividade produtiva, comercial e de serviços, agindo mesmo para acabar com o abuso e as ilegalidades praticadas contra os trabalhadores.

Neste contexto, a volta da cumulatividade do PIS/Cofins deveria entrar na pauta de prioridades do governo Federal em 2013, bem como a atualização da Lei do trabalho tem-porário (a 6.019/74) e a regulamentação da terceirização (eliminando as restrições à atividade, determinada pela Sú-mula 331/94). Caso tivéssemos resolvidos esses três gargalos que mais pesam sobre nosso segmento, haveria um acrés-cimo de pelo menos 10,52% na arrecadação dos impostos federais, conforme apurou o estudo patrocinado pelo Sinde-prestem e a Fenaserhtt.

Pleiteia-se, portanto, que o governo Federal deixe de operar segundo uma lógica tributária que se mantém por inércia, ou seja, que vai somando nominalmente impostos, taxas e contribuições pela sobreposição de uns aos outros, sem que se estudem os reflexos disso sobre o empreendi-mento produtivo, a própria capacidade de arrecadação do Poder Público e a atividade econômica. Fazer com que um País cresça e a economia se desenvolva pede mais do que ações pontuais de incentivos aqui e acolá. Pede planejamen-to, programas integrados e reformas estruturais, começando pela intelligentsia que assoma em toda alta esfera institucio-nal do Estado.

A porta que deve se abrir para alívio do nosso setor

// Pleiteia-se, portanto, que o Governo Federal deixe de operar segundo uma lógica

tributária que se mantém por inércia, ou seja, que vai somando nominalmente impostos, taxas e contribuições pela sobreposição

de uns aos outros, sem que se estudem os reflexos disso sobre

o empreendimento produtivo, a própria capacidade de

arrecadação do Poder Público e a atividade econômica. //

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Alagoano de viçosa, o ministro dos esportes Aldo rebelo tem a missão de enfrentar as cobranças da fifa e do CoI em relação a obras e prazos firmados para a Copa 2014 e para as olimpíadas 2016 e o compromisso de não decepcionar a grande expectativa dos brasileiros quanto ao sucesso desses eventos

Por Camila Vasconcellos

o homem do esporte

apesar de todas as polêmicas provocadas por denúncias de sobrepreço e atraso das obras, o ministro José aldo rebelo Figueiredo respondeu a tudo com serenidade, como é de seu feitio, nesta entrevista coletiva. Ponto a ponto, discorreu sobre a transparência nos trabalhos e explicou como o País vai lucrar com os dois grandes eventos. aldo rebelo formou-se jornalista, virou escritor e abraçou a política: membro do Partido Comunista do brasil (PC do b) e deputado federal eleito diversas vezes pelo mesmo partido, foi presidente da Câmara dos Deputados e ministro de Estado da Secretaria de Coordenação Política e relações Institucionais do governo. Hoje, aos 57 anos, é ministro dos Esportes. Suas respostas:

REtORnO FInancEIRO– Os investimentos em infraestrutura são os de

maior vulto, cerca de R$ 33 bilhões, com impactos diretos na economia. Além de contabilizados no PIB, carregam alto potencial de geração de empregos, tributos e grande importância na posterior recirculação do dinheiro. Os impactos econômicos potenciais da realização da Copa podem chegar a R$ 183,2 bilhões, dos quais R$ 47,5 bilhões (26%) são diretos e R$ 135,7 bilhões indiretos (74%).

EMPREGOS– O mercado de trabalho já está sendo

beneficiado com os eventos esportivos. No total para a Copa, o País movimentará R$142,39 bilhões adicionais, gerando 332 mil vagas até 2014 e mais 380 mil temporárias durante a realização do evento. Além disso, o espetáculo deverá somar R$ 63,48 bilhões de renda para a população, o que impacta no consumo interno.

Portanto, o ganho é geral para vários setores, como o de serviços (hotelaria, receptivos turísticos,

bares e restaurantes); a construção civil e o setor de tecnologia, engajados na construção de estádios e nas obras de infraestrutura urbana; e a aviação, com aeroportos modernizados e mais qualificados.

MOVIMEntaÇÃO tURÍStIca– A expectativa é de que 600 mil turistas

estrangeiros venham para o Brasil durante a Copa de 2014 e mais de 3,1 milhões de brasileiros viajem pelas cidades-sede. O objetivo é incentivar o aumento do tempo de permanência dos turistas internacionais e o maior número de pessoas que participarão do evento como forma de aumentar o impacto da Copa. O setor de turismo deve receber um incremento de R$ 9,4 bilhões.

Para se ter um exemplo da magnitude turística, é importante destacar que todas as previsões de investimento da hotelaria no Brasil estão relacionadas com o crescimento do País. O hotel não é um empreendimento que você constrói apenas para um evento, como o carro alegórico é feito para o carnaval. Pelo contrário, é construído para atender

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a demanda por serviços de turismo, congressos e convenções em todas as cidades-sede da Copa.

aREnaS MUltIÚSO– A construção de novos estádios não tem sido

feita apenas por uma exigência da Fifa. Eu creio que o conceito de estádio multiúso, em que não há apenas partidas de futebol, mas espaços culturais, para eventos, congressos, feiras, alguns com hotéis, bares, restaurantes, shopping centers, é um conceito mais atual, mais contemporâneo. E esses estádios no Brasil estão sendo construídos com esse conceito mais atual, que é bom para os usuários. Eles não vão ali apenas por um jogo de futebol.

IMaGEM DO BRaSIl nO ExtERIOR

– Os visitantes terão a oportunidade de conhecer nossas belezas naturais, diversidade cultural, hospitalidade, e replicar isso para o mundo. No Brasil, valorizamos muito o papel dos nossos atletas na projeção da imagem do País. Quando ganhamos a Copa do Mundo pela primeira vez, em 1958, Pelé e garrincha, entre outros atletas, se tornaram nomes conhecidos em todo o mundo e ajudaram a projetar nossa imagem. O Pelé tinha 17 anos, mas teve um grande desempenho na Copa e passou a ser uma celebridade mundial. E acho que isso para o País é uma coisa boa, ajuda a construir a confiança, o otimismo que uma nação precisa ter para seguir adiante. Há muitos obstáculos no mundo de hoje na construção de uma nação – na sua independência econômica, científica, tecnológica, cultural – e as nações precisam desses exemplos para seguir. Acredito que o esporte ajuda a moldar a imagem que queremos ter e mostra que é importante para o nosso povo.

atlEtaS OlÍMPIcOS– Nós temos o Plano Medalhas. Vamos investir

um bilhão de reais até 2016, apenas no treinamento dos atletas que nós julgamos que possam alcançar medalhas em 2016. Não queremos ter apenas um bom desempenho na organização dos Jogos. Queremos ter também um bom desempenho no quadro de medalhas.

PRazOS E InFRaEStRUtURa – Eu acho que estamos com um ritmo muito bom,

mas precisamos saber usar muito bem o tempo. No

caso da Copa do Mundo, vamos entregar os doze estádios, sendo seis para a Copa das Confederações e mais seis para 2014. No caso das Olimpíadas, vamos ter um pouco mais de tempo. Como o País já dispõe de uma infraestrutura e já acolhe grandes eventos, como o carnaval no Rio de Janeiro, em Salvador, no Recife, há certa tradição em acolher grandes eventos. Acho que vamos dar conta da tarefa, mas vamos ter bastante trabalho.

O governo trabalha com o cumprimento de todos os prazos. Nós só podemos falar sobre atrasos se alguém apresentar casos concretos. Ao todo, treze órgãos de controle acompanham a realização das obras da Copa, como os tribunais de Contas da união e dos Estados, também dos municípios em que os estádios são construídos, a Controladoria geral da união (Cgu). Além disso, a própria imprensa fiscaliza.

E, hoje, essas obras são transmitidas, ao vivo, 24 horas por dia. Ou seja, cada tijolo que entra nos estádios pode ser acompanhado por qualquer pessoa. E isso nos dá mais tranquilidade quanto à seriedade dos empreendimentos.

lEGaDOS– Há dois tipos de legado. um é o material, que

o País acrescenta à sua infraestrutura esportiva em equipamentos, em capacidade de oferecer esporte tanto educacional quanto de alto rendimento para a sua população. O outro legado é intangível, é imaterial, é a valorização da atividade física e do esporte como prática de saúde. As pessoas vão passar a valorizar mais a atividade física e o esporte. Isso é uma coisa muito importante. Há a projeção que esses eventos dão ao País. Ele passa a ser mais conhecido, mais procurado como destino turístico, a ser mais respeitado pela sua capacidade de organizar grandes eventos, a ser mais admirado pela sua capacidade de receber bem as pessoas e tratar bem os visitantes. Eu creio que no Brasil teremos ganhos importantes.

Consultorias internacionais calculam que Copa e Olimpíadas juntas, no Brasil, vão criar mais de 3,6 milhões de empregos, vão acrescentar 0,4% – só a Copa do Mundo – ao PIB brasileiro até 2019, vão melhorar a qualidade da nossa engenharia civil, do setor de Serviços, como turismo, hospedagem e transporte. As nossas cidades passarão a ser mais conhecidas, principalmente as que vão sediar a Copa do Mundo.

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O otimismo do Governo com a economia em 2013 não combina com a realidade dos investidores, empresários e trabalhadores. apesar de tudo - do PIB desanimador (menos de 0,9% em 2012) e da temida alta da inflação -, alguns sinais de recuperação são visíveis, especialmente em setores como Serviços, comércio e agroindústria, o que sustenta a previsão de crescimento em torno de 3%. a luz no fim do túnel continua acesa pelo vigor no mercado de trabalho. a revista Presstem reúne aqui os cenários da economia para este ano e mostra que os negócios devem melhorar, ainda que em ritmo lento

Por Danielle Borges e Giovanna Zanaroli

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Sinais de recuperação nos cenários da economia para 2013

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o ano de 2013 começou como se o Brasil estivesse à

beira de uma grave crise econômica com as notícias sobre

o fraco desempenho do PIB em 2012 (de 0,9%). Agora,

os desafios estão concentrados na superação de entraves

como crise de gestão, apagão, desindustrialização e alta

da inflação. Pois, apesar dos pesares, ainda se vive o clima

do pleno emprego. Os brasileiros em geral estão satisfeitos

e esperançosos com o governo em relação ao futuro. Em

recente pesquisa da Vox Populi, 68% dos entrevistados

acreditam na melhora da situação de suas famílias nos

próximos seis meses, contra 2% que temem dias piores.

As expectativas são grandes. Apesar de o Brasil ter

perdido em 2012 o posto de sexta economia do mundo,

faz a contagem regressiva para mostrar seu potencial

com a realização de dois importantes eventos esportivos:

a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Antes, porém, precisa passar por um ano de apostas

nos diversos setores e jogadas arriscadas, cujo objetivo

maior é captar investidores e, especialmente, mantê-los.

O problema é que há um evidente descompasso entre as

aspirações da economia e a infraestrutura disponível, o

que constitui um grande desafio para o crescimento e a

competitividade do País.

Apesar da moderação da atividade econômica no

final do ano passado, o Banco Central está otimista para

os próximos trimestres. Segundo boletins oficiais, vários

fatores contribuem para essa perspectiva positiva, entre eles

o vigor do mercado de trabalho, a redução do desemprego e

o aumento da renda do trabalhador. Mas, para que a linha

siga ascendente, será importante retomar o debate sobre as

grandes reformas administrativas e criar mecanismos para

aumentar a confiança do investidor privado.

GaRGalOS Da EcOnOMIaDesde os anos 80 se investe pouco em infraestrutura

no Brasil. Em média, somente a cada dez anos ocorre

uma grande mudança, como a privatização do setor de

telecomunicações na década de 90 ou a expansão de

estradas e rodovias nos anos 2000. As grandes empresas,

especialmente as indústrias, estão cada vez mais

reticentes diante das dificuldades na área de transportes,

armazenamento e energia, além do pouco que o governo

tem feito para reduzir estes problemas.

Não há muitos empresários dispostos a correr o risco

de investir em negócios não competitivos por razões

que eles não podem contornar. De acordo com a FgV, o

Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou de 106,5

para 106,1 pontos na passagem de janeiro para fevereiro,

um recuo de 0,4%.

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Na avaliação de Anita Kon, professora de Economia

da Pontifícia universidade Católica de São Paulo (PuC),

o País hoje paga por este atraso e seus desdobramentos

influenciam a competitividade nacional e internacional.

“Com uma infraestrutura ultrapassada, o processo

produtivo das empresas brasileiras encarece a ponto

de surgirem custos adicionais de distribuição e

comercialização, o chamado Custo Brasil”, aponta.

BUROcRacIaOutro grande gargalo é a burocracia administrativa. Os

Estados brasileiros precisam simplificar sistemas fiscais

e reduzir a burocracia para melhorar as condições gerais

do ambiente de negócios. De acordo com o Ranking de

Competitividade dos Estados Brasileiros 2012, estudo do

grupo the Economist Intelligence unit, São Paulo, Rio de

Janeiro e Minas gerais foram classificados, respectivamente,

como os mais burocráticos para os negócios.

Na comparação com o estudo anterior, oito Estados

melhoraram suas condições para os negócios: Santa

Catarina, Bahia, Mato grosso, Ceará, Pará, Rio grande

do Norte, Acre e Piauí. Já o Mato grosso do Sul,

Pernambuco, Sergipe, Alagoas, tocantins, Roraima,

Maranhão, Amapá e o Distrito Federal registraram piora

no cenário administrativo. Espírito Santo, Amazonas,

goiás, Paraíba e Roraima mantiveram suas posições.

lOGÍStIcaQuase 60% de tudo que é transportado no Brasil vão

por estradas e apenas 28% por ferrovias, numa extensão

de 28 mil quilômetros de trilhos. Por este motivo,

o mínimo que se poderia fazer é o investimento na

manutenção permanente para conservação das estradas.

Mas a realidade é que apenas 200 mil dos 1,6 milhão

de quilômetros de rodovias brasileiras são asfaltados,

aumentando o risco à vida dos motoristas e causando

prejuízos às transportadoras. um caminhão que trafega

por estradas de terra gasta mais pneu, combustível e peças.

Nos Estados unidos, o transporte de produtos é feito

principalmente por trens. São 280 mil quilômetros de

malha ferroviária, dez vezes mais do que a extensão de

trilhos brasileira. Além disso, os americanos contam com

mais de seis milhões de quilômetros de estradas, 70% com

asfalto. Segundo o Núcleo de Infraestrutura e Logística da

Fundação Dom Cabral, no Brasil, além da malha ferroviária

ser pequena, ainda há ociosidade. Menos da metade é

usada com frequência. O resultado são produtos mais caros

simplesmente pela ineficiência da logística brasileira.

DESEMPREGOA falta de mão de obra qualificada, reclamação de

muitas empresas, é uma consequência da precariedade

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do ensino formal, destaca o sociólogo, especialista em

relações do trabalho, José Pastore. Para ele, boa parte

dos que se formam no curso fundamental não entende

o que lê, são analfabetos funcionais. E o problema se

estende ao ensino superior. O resultado é oferta de

vagas, mas poucos profissionais aptos.

“Para complicar, temos a imbatível segurança

proporcionada pelo Bolsa-Família. Nenhum emprego

consegue oferecer a mesma comodidade, razão pela

qual muitas pessoas rejeitam a ideia de trabalhar”,

lamenta Pastore. Organizações como o Senai se

esforçam para treinar desempregados amparados

pelo benefício do governo, na tentativa de conseguir

sua inserção no mercado de trabalho, em especial no

Nordeste, mas sem muito sucesso.

GRanDES OBRaSuma das justificativas para tentar explicar atrasos

de grandes obras de infraestrutura no Brasil é a demora

do licenciamento ambiental. Levantamentos do Banco

Mundial mostram que os prazos legais para emissão das

licenças ambientais são extrapolados com frequência,

muitas vezes durando anos. O resultado é a falta de

previsibilidade para as obras, por isso os preços sobem e

os prazos são descumpridos. Falta planejamento. “O Brasil

está reaprendendo a fazer grandes obras, daí os percalços”,

avalia a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Mas esta dificuldade não é privilégio do Brasil. Na

Europa as grandes obras também enfrentam obstáculos:

de 92 projetos em curso na área de transportes, só 37%

devem ser concluídos até o final de 2013 e 40% das

obras estão com a previsão de entrega atrasada em mais

de um ano. Mas há mais controle de gastos na Europa

do que aqui. Apenas 27% das obras têm variação do

custo total acima de 5%.

Alguns dos projetos bilionários do governo

brasileiro estão empacados há mais de quatro anos.

Cinco anos após a criação do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC), as maiores obras de infraestrutura

do País têm atraso de até 54 meses em relação ao

cronograma original. Entre as obras com orçamento

acima de R$ 5 bilhões, os atrasos são de pelo menos

um ano.

A demora nas obras traz outra consequência para as

contas públicas: o acúmulo dos chamados restos a pagar,

ou seja, despesas contratadas em um exercício para

serem pagas nos próximos. Em 2011, dos R$ 28 bilhões

pagos no âmbito do PAC, R$ 18,6 bilhões se referiam a

"restos a pagar" de anos anteriores. Conclusão: despesas

do passado acabaram ocupando espaço no orçamento

do ano do programa.

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caPa

a série de solavancos na economia brasileira

tem deixado importantes setores em alerta. Afinal, o

que esperar do mercado em 2013? Pesquisa Focus,

divulgada pelo Banco Central recentemente, reviu para

cima a expectativa de crescimento do País: 3,10%.

Anteriormente era de 3,08. Segundo a mesma pesquisa, a

projeção de alta da inflação para os próximos doze meses

diminuiu de 5,53% para 5,49%.

O Banco Central tenta manter a inflação dentro da

meta (4,5%, variando dois pontos para cima ou para

baixo), com os juros no patamar atual de 7,25%.

O Brasil do pleno emprego também começa a deixar

rastros de incerteza. Em janeiro de 2013 foram criados

28,9 mil postos de trabalho com carteira assinada, 84%

menos do que em 2012, já descontadas as demissões.

É o pior volume para o mês desde o auge da crise

financeira internacional, em 2009, segundo o Ministério

do trabalho. O índice de emprego costuma ser um dos

últimos a refletir o enfraquecimento da economia.

Segundo a Pesquisa Mensal do Emprego do Instituto

Brasileiro de geografia e Estatística (IBgE), a taxa de

desemprego em janeiro subiu para 5,4% (em dezembro

estava em 4,6%) e é a menor para o mês desde 2003.

Construção civil (-5,2%), comércio (2,1%), serviços

domésticos (-5,9%) e o ramo de educação, saúde e

administração pública (-2,1%) foram os setores que

mais demitiram.

Na primeira rodada de apresentações dos projetos

do governo fora do Brasil, dia 26 de fevereiro, em Nova

York, o ministro da Fazenda guido Mantega revelou

que o País tem “grande agenda de investimento para

os próximos anos” e que “não é de agora que o Brasil

está preocupado em aumentar os investimentos”. Foi

mais uma tentativa de conter os ânimos dos empresários

brasileiros e ao mesmo tempo atrair investimentos

estrangeiros, reduzindo a importância do impacto de um

Produto Interno Bruto (PIB) na casa dos 3% em 2013.

Na opinião do ministro, o Brasil chegará a 2020

ocupando o posto de quinto mercado de consumo do

mundo. A projeção inclui o valor de uS$ 1,8 trilhão em

gastos das famílias com compras.

uma aposta: PIB sobe, inflação cai

"O BRaSIl POSSUI cOnDIÇÕES SÓlIDaS PaRa cREScIMEntO DE lOnGO PRazO" – Ministro

da Fazenda, Guido Mantega, ao anunciar US$ 235 bilhões para a

infraestrutura

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caPa

ÁREa FInancEIRa

Segundo a Pesquisa Febraban de Projeções

Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, a

recuperação esperada em 2013 é generalizada,

com destaque para os setores Agropecuário e

Industrial. O crédito deve ficar no mesmo patamar

de 2012, com expansão prevista de 16,2%. A taxa

de inadimplência prevista para este ano é de

5,3%, um recuo importante em relação ao ano

anterior (5,9%). A diminuição, na opinião de

46% dos economistas consultados pela pesquisa,

deve contribuir de maneira mais efetiva para a

recuperação do crédito.

cOnStRUÇÃO cIVIl

Os benefícios da desoneração da folha de pagamentos

concedida pelo governo às construtoras ainda não

tiveram o efeito esperado, segundo Danilo garcia,

economista da Confederação Nacional da Indústria

(CNI). Levantamento feito pela entidade mostra que

o índice de confiança do empresário industrial da

construção diminuiu 5% em fevereiro na comparação

com o mesmo mês de 2012, marcando 58,3 pontos em

uma escala que vai de 0 a 100 – menor valor desde o

início da série histórica em 2010.

A expectativa da CNI é que o setor volte a se aquecer

no segundo semestre, uma vez que, por enquanto, os

empresários não dão indícios de qualquer sinal de

melhora no segmento.

brasil 2013, de setor em setor

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brasil 2013, de setor em setor cOMÉRcIO

O nível de emprego e renda, os componentes do crédito,

como prazos e juros, e os estímulos governamentais que

produzem reduções ime diatas nos preços dos produtos

são fatores determinantes para prever de que modo o

comércio varejista se comportará. O cenário de crédito

é o de juros mais caros para o consumidor, mas o ciclo

de crescimento das vendas tende a permanecer no

mesmo ritmo verificado nos dois últimos anos, informa

a Fecomércio-SP. As taxas de crescimento, embora

não sejam excepcionais, continuarão acima da média

das demais atividades econômicas, influenciando

positivamente o PIB.

SERVIÇOS

De acordo com o Índice de Confiança de

Serviços (ICS), da Fundação getúlio Vargas

(FgV), o setor está mais otimista e iniciou o ano de

2013 em alta. A sondagem mais recente mostrou

crescimento de 1,1% em relação a dezembro de

2012. No entanto, o cenário de incerteza paira

também sobre o setor de Serviços, responsável por

60% do PIB nacional. O percentual de empresas

que acreditam na diminuição da demanda

aumentou de 3,5% para 5,7%.

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Queda de 10,52% no faturamento, diminuição

de 5,82% nas margens de lucro e redução de 4,37%

na capacidade de contratação de mão de obra. Esses

números alarmantes revelam as perdas das empresas

de Prestação de Serviços Especializados e trabalho

temporário, representadas pelo Sindeprestem, no

período entre 2007 e 2011.

O regime de não-cumulatividade, estabelecido pelas

Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, é o grande causador

de mais esta injustiça tributária no País. A cobrança do

PIS aumentou de 0,65% para 1,65% e a da Cofins foi de

3% para 7,6% com a mudança. As duas contribuições

passaram a representar então um custo adicional

entre 100% e 150%, o que torna dramática e incerta a

continuidade das empresas.

tais constatações integram o Estudo técnico-

Econômico: Impacto tributário relativo à mudança do

regime cumulativo para o não-cumulativo, uma iniciativa

do Sindeprestem para constatar a dimensão do impacto

negativo desta alteração nos negócios das empresas de

Prestação de Serviços.

REcEIta FEDERal

O presidente do Sindeprestem Vander Morales e

o vice Fernando Calvet estiveram na Receita Federal

em Brasília para apresentar o estudo à equipe do

PIS/cOFInS

coordenador-geral de tributação, Fernando Mombelli,

dia 21 de fevereiro. “Comprovamos que, com uma

alíquota de 3% sobre o faturamento, temos condições

até de aumentar a arrecadação fiscal. Estamos confiantes

de que teremos sucesso em breve, garantindo assim a

sobrevivência do nosso setor”, afirma Vander Morales.

A inadimplência das empresas e o crescimento da

informalidade estão diretamente atrelados e são causas

do aumento excessivo da tributação. Com a volta da

cobrança de alíquota única para PIS e Cofins de 3%

sobre faturamento, o mercado perdido pela Prestação

de Serviços poderá ser recuperado e crescer no mínimo

15% ao ano, segundo o estudo.

A boa notícia atinge as empresas representadas pelo

Sindeprestem e também a Receita Federal, uma vez que

a arrecadação destes impostos tende a crescer de R$

3,30 bilhões/ano para R$ 3,51 bilhões/ano, não havendo,

portanto, renúncia fiscal.

O consultor Sérgio Volani Filho, responsável pela

elaboração do estudo, explica ainda que “o aumento de

arrecadação irá proporcionar também o aumento das

contribuições ao FgtS e INSS, assim como dos benefícios

oferecidos ao trabalhador, como vale-transporte e

vale-alimentação”. Confira ainda, na página seguinte,

Estudo mostra que alteração do PIS/cofins faria o setor crescer 15% ao ano e aumentaria a receita do Governo

Parecer do Sindeprestem é bem recebido pela receita federal

Por Giovanna Zanaroli

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principais trechos de uma entrevista concedida por

Volani Filho à revista Presstem.

Presstem - O estudo diz que com a volta da

cumulatividade haveria aumento da arrecadação

fiscal. Na prática, como isto se daria?

Sérgio Volani Filho - O retorno ao regime tributário

de cálculo cumulativo dos impostos do PIS e da

Cofins, incidentes sobre o faturamento das empresas

representadas pelo Sindeprestem, irá permitir uma

retomada e abertura de novos negócios, isto é,

desenvolvimento do mercado que ficou fortemente

retraído nos últimos anos. Essa recuperação poderá

chegar a 15% ao ano e, com certeza, terá reflexos

positivos e significativos na arrecadação desses impostos,

anulando uma eventual renúncia fiscal.

Presstem - Caso não haja a alteração do regime de

não-cumulatividade para o cumulativo no curto prazo,

qual o futuro das empresas? Existe alguma alternativa?

Sérgio Volani Filho - A alteração do regime tributário

cumulativo para o não-cumulativo fez com que as

empresas deste setor tivessem suas já pequenas margens

operacionais reduzidas ainda mais. Muitas encerraram

suas atividades, deixaram de honrar compromissos ou

ficaram sem possibilidade de investir, aumentando a

inadimplência involuntária. Hoje, existe um passivo

grande e quase impagável, e sem uma providência

imediata essa situação se torna cada vez mais aguda,

comprometendo a longevidade deste mercado. Pelos

cenários apresentados no estudo técnico-econômico,

torna-se importante a volta do regime cumulativo

de cálculo do PIS e da Cofins para que a maioria dos

empresários ganhe fôlego na luta que enfrentam em

seu dia-a-dia (o que não está fácil) e aumentem sua

competitividade através do investimento em gestão.

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Sérgio volani: // o estudo sobre a alteração do PIS/Cofins prova que as empresas do setor terão condições de voltar a crescer 15% ao ano //

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Por Danielle Borges

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UnIVERSO FEMInInO

Natural do Rio de Janeiro, Vivien Mello Suruagy vem de família alagoana, é pós-graduada em Engenharia Civil pela universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua carreira profissional começou em Brasília, mas foi em São Paulo que a empresária firmou raízes com a abertura de empresas nas áreas da construção civil, e, depois, telecomunicações e montagem industrial. Atualmente, Vivien é presidente de dois sindicatos de empresas prestadoras de Serviços em telecomunicações, um no Estado de São Paulo e outro com representação nacional, além de diretora da Federação Brasileira de telecomunicações (Febratel) e sócia da empresa Icomon tecnologia.

A história das telecomunicações pelos olhos de uma empreendedoraMãe de quatro filhos, Vivien Mello Suruagy divide sua rotina entre a carreira de empresária e líder sindical, com negócios nas áreas da construção civil, montagem industrial e telecomunicações. Quando iniciou seu trabalho na área sindical, não compreendia exatamente como aquilo funcionava, mas sabia que precisava se envolver. Seu objetivo era aproximarsindicatos laborais e empresas prestadoras de Serviços, pois juntos poderiam atenuar suas diferenças e discutir os problemas de forma mais consciente

vivien Suruagy: // o trabalhador tem

a cultura de juntar-se aos seus companheiros

para reivindicar. os empresários, não //.

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Antes de se estabelecer em São Paulo, Vivien trabalhava numa empresa de construção civil do Rio de Janeiro, na área de fundações e de estaqueamento, com obras em diferentes lugares do Brasil. Por conta do trabalho, passava a maior parte do tempo entre o Nordeste e o Sudeste, viajando com frequência a Brasília, centro de decisões: “Precisava resolver problemas da empresa na cidade e com o tempo percebi oportunidades de negócio na Capital do Brasil. Foi então que iniciei minha vida empresarial, como dona do meu próprio negócio, na área de construção civil”.

Algum tempo depois ela abriu empresas também em São Paulo no setor da construção civil. Mas, cansada da rotina apressada entre um Estado e outro, Vivien acabou firmando residência na cidade de São Paulo, que ela vê como a metrópole na qual tudo acontece: “Quando cheguei a São Paulo, em parceria com dois sócios, adquiri a empresa Icomon tecnologia, hoje com mais de vinte anos de atividade e obras em todo o País”. Segundo Vivien, a empresa cresceu e se expandiu para acompanhar o desenvolvimento do setor de telecomunicações.

Vivien recorda que antes de 1990 pouco se falava sobre tecnologia: “Comprar um celular, por exemplo, era caro e demorava muito tempo”. A empresária se orgulha de fazer parte da história do setor e de ter acompanhado todas as fases, desde a implantação das redes até a privatização das telecomunicações, quando o Brasil definitivamente ganhou importância para investidores: “No início, todas as companhias de telefonia eram do governo, a exemplo da telesp em São Paulo que, posteriormente, passou a se chamar telefônica. Na época da privatização, eram cerca de 200 empresas prestadoras de Serviços em atividade somente na área de rede, hoje esse número se reduziu para menos de um décimo, provando que somente as sérias permaneceram no setor”.

lUta SInDIcal

Para Vivien Suruagy, o ingresso no meio sindical foi apenas consequência de seu trabalho. A ideia era conscientizar os empresários sobre a necessidade de união para alcançar objetivos e um ambiente de negócios melhor para todos: “O trabalhador tem a cultura de juntar-se aos seus companheiros para reivindicar algumas coisas. Já os empresários não têm esse perfil. São individualistas, enxergam o outro apenas como concorrente e não como possível aliado”.

Ao avaliar diversos fatores, entre eles a dificuldade de negociar com os trabalhadores, Vivien decidiu fundar o primeiro sindicato: “Percebi que 70% da despesa das

empresas de telecomunicações são com mão de obra. Portanto, um patrimônio que merece atenção sob o risco de acabar com a qualidade técnica dos serviços e rentabilidade de um negócio. Se o trabalhador trabalha mal, a produtividade da empresa cai e consequentemente o lucro”. Vivien considera de extrema importância a sinergia entre empresários e funcionários. Por este motivo, aderiu à causa sindical, influenciada também por seu trabalho desenvolvido como diretora na Fiesp.

Atualmente, Vivien Mello Suruagy é presidente do Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços e Instaladoras de Sistemas e Redes de tV por Assinatura - Cabo - MMDS - DtH e telecomunicações (Sinstal) e do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços e Instaladoras de Sistemas e Redes de tV por Assinatura - Cabo - MMDS - DtH e telecomunicações no Estado de São Paulo (Sitesp).

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CIETT

CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE — Av. Paulista, 726 - 7ºAndar Cj. 710Bela vista — São Paulo - SP — CEP 01310-100 — Tel.: (11) 3251-0669 / Fax: (11) 3253-1864 — www.cebrasse.org.br

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de mais de 100 países, serão foco das atenções no Cen-tro Nacional de Exposições da Birmigham –NEC.

Começa em Londres, entre os dias 8 e 10 de maio, a agenda de nossos empresários na Inglaterra. Serão vi-sitas e reuniões junto a entidades e empresas locais do setor de serviços, para que conheçam oportunidades de investimentos e acesso ao mercado britânico, iden-tificando claros potenciais de negócios e parcerias.

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Entre 15 e 17 de maio, a Associação de Pesquisas de Emprego e Mão de Obra do Canadá será anfitriã

do evento anual da Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego CIETT 2013 - da qual o SINDEPRESTEM é membro. Na cidade de Toronto, a Conferência Mundial do Em-prego 2013 e a Conferência Anual da entidade focarão tendências de desenvolvimento do mercado de trabalho temporário e serviços terceirizáveis em todo o Planeta. Agenda imperdível para líderes, empreendedores e es-pecialistas nas modalidades de trabalho temporário e serviços terceirizáveis - mercados que, entre 2011 e 2012, no Brasil, faturaram R$ 74 bilhões e geraram 2,3 milhões de empregos formais (dados da Pesquisa Anual do SINDE-PRESTEM). São as modalidades de trabalho que mais se for-talecem nas economias modernas de todo o Planeta. informações: (11) 3251.0669 ou [email protected]

Conferência Mundial do Emprego 2013

Agências Privadas de Emprego CIETT 2013 - da qual o

Na cidade de Toronto, a Conferência Mundial do Em-prego 2013 e a Conferência Anual da entidade focarão tendências de desenvolvimento do mercado de trabalho temporário e serviços terceirizáveis em todo o Planeta. Agenda imperdível para líderes, empreendedores e es-pecialistas nas modalidades de trabalho temporário e serviços terceirizáveis - mercados que, entre 2011 e 2012, no Brasil, faturaram R$ 74 bilhões e geraram 2,3 milhões de empregos formais (dados da Pesquisa Anual do SINDE-PRESTEM). São as modalidades de trabalho que mais se for-

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tEnDêncIaS E tEcnOlOGIa

Rede social de profissionais, um caminho para o emprego

a facilidade de cadastrar o currículo na internet, útil para quem quer se colocar no mercado de trabalho, torna o linkedIn cada vez mais acessado por profissionais de RH em suas seleções. no entanto, o sucesso desse alcance depende muito da adequação da ferramenta ao seu perfil e área de atuação

Com quase trinta milhões de novos usuários ativos apenas no ano passado, o Brasil foi o País que mais cresceu no Facebook em 2012, segundo dados divulgados pela Socialbakers, empresa de estatísticas de mídias sociais. Essa rede social, utilizada para encontrar amigos e conhecer pessoas, é a mais acessada por aqui e já conta com 65 milhões de usuários. Atrás dela estão outras redes, como Youtube, Orkut, twitter e LinkedIn.

Este último, lançado há quase dez anos, é uma rede de negócios utilizada principalmente por profissionais. Seu principal propósito é permitir que os usuários mantenham uma lista detalhada de contatos de pessoas que eles conheçam e em quem confiem profissionalmente.

Com sede em Mountain View, na Califórnia, o LinkedIn está disponível em 19 idiomas e opera a maior

rede profissional do mundo na internet, com mais de 200 milhões de participantes em mais de 200 países e territórios. Funciona por meio de conexões e todos os usuários podem descobrir quais dos seus contatos poderiam apresentá-lo às vagas e oportunidades de interesse: 64% dos inscritos estão localizados fora dos Estados unidos e a taxa de adesão é de cerca de dois novos membros por segundo.

Por meio da rede é possível criar sua identidade profissional, fazer networking, buscar oportunidades de trabalho e seguir o perfil de empresas e líderes de opinião. também é possível buscar novos talentos ou até mesmo potenciais parceiros de negócios. Além disso, com o LinkedIn os profissionais podem se tornar mais produtivos ao fazer parte de grupos e debater assuntos de interesse das suas áreas de atuação.

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Camila Vasconcellos

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tEnDêncIaS E tEcnOlOGIa

VantaGEnS PaRa a EMPRESa

Muitos recrutadores usam o LinkedIn para encontrar e recrutar talentos, pois sabem que irão encontrar candidatos qualificados na rede - uma vez que os profissionais estão compartilhando publicamente suas experiências na internet, tendem a ser mais cuidadosos e precisos sobre suas habilidades e experiências.

Através da rede os profissionais de recursos humanos têm acesso ao perfil profissional de mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo e a vantagem de poder buscar ativamente pelo talento ideal. O recrutador pode utilizar filtros avançados (experiência, educação, habilidades, palavras-chave) para realizar suas buscas e entrar em contato direto com os profissionais pelo InMail.

VantaGEnS PaRa O PROFISSIOnal

Além da vantagem de poder buscar oportunidades de trabalho na rede, o LinkedIn também segue empresas para se informar de novas oportunidades em aberto e se conectar a recrutadores. todos os dias, diversos profissionais de recursos humanos utilizam a rede para buscar novos talentos para suas empresas. Isso representa uma enorme oportunidade para pessoas em busca de uma nova colocação no mercado, que podem ser espontaneamente encontradas por recrutadores. Daí a importância de sempre manter o perfil atualizado.

Mas como se destacar em meio a tanta gente? Segundo Danielle Restivo, líder de Programas globais e Comunicação Corporativa do LinkedIn, para que um profissional construa um bom perfil nesta rede, algumas dicas são importantes:

adicionar um título – fazer isso mostra que tipo de profissional você é; o título pode ser também do seu cargo atual;

Fazer um resumo – o resumo te descreve como profissional. Descreva suas realizações em suas posições atuais e passadas, fale sobre seus interesses e paixões profissionais. Fique longe de chavões que são muito genéricos e pense como seu resumo pode diferenciá-lo de outros profissionais;

Incluir experiências e cargos passados;

adicionar uma foto – ao fazer isso, você aumenta em sete vezes a chance de ter seu perfil visualizado;

Detalhar sua educação – se você é um recém-formado, também pode querer listar cursos, prêmios ou atividades que focou durante a sua formação;

Mostrar o que você tem a oferecer com o linkedIn competências e Especialidades – Adicionar habilidades relevantes no seu perfil do LinkedIn para que você apareça nos resultados de busca;

Obter recomendações de colegas ou gestores anteriores – uma boa recomendação de quem já trabalhou com você destaca seus pontos fortes e mostra que você é um profissional valorizado. Solicite ativamente recomendação a seus ex-companheiros de trabalho;

adicionar experiência de voluntariado - se você dedica parte do seu tempo a alguma organização, descreva sua experiência e mostre como você aplicou suas habilidades no trabalho voluntário.

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Ampla rede credenciada à disposição dos usuários!

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Qualifi car para crescer!

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RESPOnSaBIlIDaDE SOcIal

A dificuldade das empresas em encontrar mão de obra suficiente e qualificada motivou o Sindeprestem a implantar, desde 2011, as Feiras do Emprego, evento organizado em parceria com prefeituras, secretarias do trabalho, agências de emprego e demais entidades relacionadas à empregabilidade. No ano passado foram seis edições e mais de 32 mil participantes, que puseram à disposição das empresas cerca de vinte mil currículos para concorrer às onze mil vagas de trabalho ofertadas no total.

As Feiras do Emprego ocorreram nas cidades de Santos (duas edições), Itaquaquecetuba, São José dos Campos, Jundiaí e Sorocaba. Durante todo o dia, além do cadastro de currículos, foram oferecidas palestras motivacionais e de orientação profissional; apresentação de cursos de qualificação e serviços como emissão da carteira de trabalho.

Segundo a diretora de Formação e Eventos do Sindeprestem, Regina de Souza, todas as cidades que receberam a Feira do Emprego ficaram muito satisfeitas com o resultado. Para as empresas significa uma oportunidade de encontrar mão de obra disponível para o preenchimento de suas vagas junto aos clientes. Já a população das cidades pode ter contato com as contratantes: “O sucesso foi tão grande que já estamos

sendo procurados por algumas prefeituras interessadas na parceria para realização do evento neste ano”. A partir de abril, o calendário das Feiras do Emprego já estará disponível.

Pessoas, a engrena gem que nos moveRepresentando um Setor no qual o capital humano é o bem mais valioso, o Sindeprestem não mediu esforços em 2012

Por Giovanna Zanaroli

2012> 32 mil participantes

> 20 mil currículos

> 11 mil vagas ofertadas

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Pessoas, a engrena gem que nos moveRepresentando um Setor no qual o capital humano é o bem mais valioso, o Sindeprestem não mediu esforços em 2012

O número de jovens com acesso ao primeiro

emprego via trabalho temporário é crescente. Em

2012, com base nas pesquisas encomendadas pelo

Sindeprestem, com apoio da Asserttem, ao Instituto de

Pesquisa Manager (Ipema), 60 mil conquistaram uma

vaga graças às inúmeras oportunidades que se abrem na

Indústria e no Comércio em virtude das férias e datas

comemorativas.

Em tempos de escassez de mão de obra qualificada, o

setor, além de promover o aumento da empregabilidade,

absorve também uma outra função: a de preparar jovens

ainda inexperientes profissionalmente para a efetivação

ou até mesmo para outros processos seletivos futuros.

O Sindeprestem pretende sensibilizar as autoridades

para que o primeiro emprego seja incluído na Lei

6.019/74 como motivo justificador para a contratação

de temporários. “Atualizar a lei que rege o trabalho

temporário é uma das diretrizes desta gestão. Queremos

gerar mais empregos formais e de qualidade”, diz

Vander Morales, presidente do Sindeprestem.

RODaDa DE EncOntROS REGIOnaISO segundo semestre de 2012 foi marcado pela

inclusão de uma novidade na agenda do Sindeprestem: Café com Presidente, uma série de encontros realizados nas regionais da entidade, idealizada com o propósito de encurtar a distância física que as separa da sede sindical na Capital paulista.

A regional ABC foi a primeira a receber a visita do presidente Vander Morales, em agosto do ano passado, para apresentar aos empresários as mais recentes ações do Sindeprestem em benefício da categoria que representa. O presidente também esteve no Alto tietê, Campinas e na regional Oeste, sempre levando informações atualizadas dos pleitos defendidos pelo Sindeprestem junto ao governo: modernização da Lei 6.019/74, que inclui o primeiro emprego dentre os motivos justificadores para contratação de pessoal; regulamentação da terceirização; ajustes na lei de cotas para inclusão de pessoas com deficiência como temporários; e a volta da cumulatividade das alíquotas do PIS e Cofins.

60 mIl jovenS InSerIDoS no merCADo De trAbAlhocontratos foram feitos pela Indústria e comércio, motivados por datas comemorativas

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cOntRaDIÇÕES DO SIStEMa

Sempre com muita eloquência, o governo vem anunciando a desoneração da folha de pagamentos das empresas como um grande estímulo ao crescimento da economia, na tentativa de tirá-la da estagnação. Na esteira, o benefício deveria trazer também maior competitividade e incentivo à geração de emprego formal.

Mas os resultados em setores importantes da cadeia produtiva, como o têxtil, o calçadista e o hoteleiro, mostram que não é bem assim e o barulho provocado pela medida chega apenas aos ouvidos de grandes empresas. Para as pequenas e médias, continuar no regime de tributação Simples Nacional ainda é a melhor opção.

Desoneração, mal vestida e mal calçada

Mesmo com a desoneração da

folha de pagamentos a partir de

2012, alguns setores seguem

saturados pela exorbitante carga

tributária aplicada no Brasil. Para

estes, a desoneração não merece

nenhuma festa e poderia ser

mais abrangente

Por Luciano Ornelas e Camila Vasconcellos

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A indústria têxtil continuou demitindo depois da desoneração da folha de pagamentos. Afinal, seu grande problema é a tributação excessiva

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cOnFEcÇÕES E calÇaDOSAs duas primeiras desonerações da folha de

pagamentos, para empresas têxteis e calçadista, completaram um ano em janeiro sem trazer impactos significativos para os negócios.

As duas atividades praticamente acompanharam o desempenho médio da indústria no País, que teve queda de produção, aumento do faturamento, maior concorrência dos importados, alta de preços e crescimento modesto do emprego formal.

A competitividade proporcionada pela renúncia fiscal de R$ 1 bilhão oferecida aos dois segmentos - decorrente da troca da contribuição de 20% do valor da folha salarial ao INSS por uma alíquota de 1% sobre o faturamento – permitiu um ganho de margem para as empresas ou foi usado para moderar os reajustes de preços. Ao contrário do alardeado pelo governo, em alguns casos houve demissão em vez de abertura de vagas.

Em relação a 2011, de janeiro a novembro do ano passado o setor de calçados registrou recuos de 3,4% na produção, 2,5% no faturamento, 2% no volume exportado e 2,3% na importação. Nesse mesmo período, o segmento de confecções apresentou quedas de 4,6% na produção e de 14% no volume de exportações. Entretanto, o faturamento aumentou 5,1% e as importações cresceram 21,7%, acirrando a disputa pelo mercado interno.

Crítico da desoneração, o presidente do Conselho de Assuntos tributários da Fecomércio-SP, José Maria Chapina Alcazar, diz que a medida só atende às necessidades de um ou outro agrupamento econômico, sem que tenha havido preocupação por parte do governo em calcular perdas e prejuízos para a saúde das empresas e para a própria economia nacional:

– É a lógica do remendo em ação, emoldurada por um discurso inconsistente de justiça tributária e incentivo fiscal. Seria de bom senso que, ao menos, fosse optativa a substituição da contribuição dos 20% sobre a folha pela retenção de um percentual mínimo sobre o faturamento.

Em fevereiro, um ano depois de ser desonerada, a Associação Brasileira da Indústria têxtil e de Confecção (Abit) procurou o governo para pedir um regime específico de tributação para roupas e confecções. Chegou à conclusão de que só a desoneração não basta.

O presidente da Associação, Aguinaldo Diniz Filho, diz que o setor demitiu no ano passado e continua perdendo mercado. Apesar do crescimento de 4,5% nas vendas de roupas e confecções no varejo, houve uma queda na produção nacional de 10,3%. Ao mesmo tempo, a importação desses produtos subiu 4%, sugerindo que o aumento do consumo foi praticamente absorvido por roupas produzidas fora do País.

Enfim, a desoneração não resolveu o problema, segundo Diniz: "O setor sofre de tributação excessiva e, se não fizermos alguma coisa forte para as confecções, teremos uma situação muito difícil. O setor têxtil não é contra a importação, mas quer competir com alguma igualdade. Sofremos com a tributação excessiva".

HOtElaRIaNo setor hoteleiro, a medida parece interessar

somente a grandes grupos, que representam menos de 30% do total de hotéis. “72% da hotelaria brasileira são de empreendimentos de pequeno porte, sendo que 93% dos hotéis são independentes ou familiares. Para eles, a desoneração da folha de pagamentos não é atraente e optar pelo Simples Nacional continua sendo a melhor opção”, afirma Enrico Fermi, presidente da ABIH - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.

Para Fermi, a desoneração é positiva e o benefício aos grandes hotéis deve atingir a marca de R$ 500 milhões por ano. O valor permite a melhora na competitividade e a redução dos preços das diárias, o que faz com que mais turistas sejam atraídos para o turismo nacional. No entanto, a desoneração deveria ser mais abrangente e flexível, englobando hotéis de todos os portes.

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o desempenho da indústria paulista en-fraqueceu o índice de geração de empregos do Estado em 2012, como se observa nos dados das principais instituições que monitoram as vagas, como o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Ca-dastro geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do trabalho e Emprego (MtE).

A maioria das regiões apresentou queda na gera-ção de empregos na Indústria. Em compensação, em algumas localidades o Setor de Serviços equilibrou a balança, como na região do ABC, um dos maiores po-los industriais. Com relação ao desempenho específi-co do setor de Prestação de Serviços, algumas regiões sentiram uma ligeira queda na contratação de tempo-rários, em virtude dos incentivos da desoneração da folha de pagamento. “Em outros casos, no entanto, as demissões se referem ao movimento natural do traba-lho temporário, que se encerra após o término do con-trato”, explica o presidente do Sindeprestem Vander Morales.

Para fortalecer o setor, o sindicato pretende reforçar sua presença no Estado com o objetivo de aproximar os empresários locais por meio de ações como o Café com Presidente e as Feiras de Emprego, que contribuem para reforçar o Setor de Serviços, um dos mais impor-tantes para a manutenção do emprego nas regiões do Estado de São Paulo.

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Por Luciana Albernaz

Indústria piora desempenho, mas Setor de Serviços equilibra

DIREtORIaS REGIOnaIS

cRISE na REGIÃO DO aBcEm 2012, o ABC paulista experimentou uma

realidade diferente dos últimos anos. A região viu suas indústrias fecharem 52 mil postos de trabalho formais e informais ao mesmo tempo em que o Setor de Serviços passou a responder por mais da metade do saldo de empregos da região, de acordo com a pesquisa de emprego e desemprego da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O corte foi quase quatro vezes maior que o executado em todas as fábricas da região metropolitana de São Paulo.

O movimento de altas e baixas no ABC teve início em agosto de 2011, quando o governo começou a reverter a política econômica de contenção. Porém, a situação se complicou, também porque o emprego industrial no ABC está concentrado nos setores que mais sofreram com a crise mundial, como o metalomecânico, que reúne de fabricantes de máquinas para escritório a veículos e autopeças e máquinas e equipamentos.

No mês de janeiro, o nível de emprego na indústria no grande ABC já apresentou ligeira melhora, com alta de 0,3%, o que significou a geração de cerca de 800 vagas em relação ao total existente em dezembro, de acordo com o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) local. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Maria Olinda Longuini.

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Indústria piora desempenho, mas Setor de Serviços equilibra

altO tIEtê EM RItMO lEntO Segundo dados do Cadastro geral de

Empregados e Desempregados (Caged), o número de empregos formais criados em Mogi das Cruzes subiu de 2.785, em dezembro, para 4.053 registros em carteira em janeiro, aumento de 35%. Se comparado com janeiro de 2012, quando o Município contabilizou 3.467 admissões, o aumento foi de 7%.

Serviços e Comércio são, respectivamente, os setores que mais contrataram e despediram. Foram 1.874 pessoas contratadas para trabalhar na área de Serviços, a principal da economia mogiana. Em contrapartida, 1.587 trabalhadores foram dispensados no mês passado no setor.

No Alto tietê, as cidades de Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Biritiba Mirim dispensaram mais do que admitiram. Em janeiro, Suzano contratou 2.197 pessoas e demitiu outras 2.329. Em Ferraz, o número de contratados foi de 694, mas 847 acabaram dispensados. A maior queda proporcional foi em Biritiba Mirim. Por lá, este primeiro mês do ano teve 432 admissões, mas 883 foram dispensados na cidade. Itaquaquecetuba e Arujá tiveram bons desempenhos com 1.768 e 789 contratações, respectivamente. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Cláudio Donizeti.

QUEDa nO EMPREGO EM aMERIcana

Balanço divulgado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostra que a região de Americana fechou 2012 com um dos piores balanços de vagas no setor industrial no Estado de São Paulo. No ano passado, Americana, Cosmópolis e Nova Odessa eliminaram 2,9 mil postos de trabalho, o que representa queda de 7,18% em relação ao acumulado de 2011.

Os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, confecção do vestuário e acessórios, metalurgia e produtos têxteis foram os principais responsáveis pelo fraco desempenho da região. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Nilza tavoloni.

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DIREtORIaS REGIOnaIS

caMPInaS EM QUalIFIcaÇÃOO mercado de emprego em Campinas começou o ano

em ritmo bom, principalmente para os temporários que trabalharam em atividades natalinas e que agora estão em busca de oportunidades de emprego efetivas. De acordo com empresários da região, o ano se inicia com muitas vagas, mas há dificuldades com a mão de obra nos níveis profissionais mais simples, que estão em busca de uma oportunidade de trabalho, mas não possuem a qualificação necessária.

Na tentativa de resolver esta questão, o governo do Estado de São Paulo está com o “Plano de Via Rápida de Emprego“ para qualificação dos trabalhadores, oferecendo 150 tipos de cursos rápidos de 90 dias. Dá-se preferência ao pessoal desempregado e com baixa escolaridade que estejam no ensino médio, idosos, deficientes, egressos de penitenciárias etc.

Quanto ao trabalho temporário, empresários relatam que muitas empresas que contratavam esse tipo de mão de obra estão optando por pessoal efetivo em vez de temporários, por ser mais interessante em função da desoneração da folha de pagamentos. Nos níveis de funções maiores, o mercado encontra-se mais estável. A tendência é permanecer assim pelo 1º trimestre de 2013.

Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Luiz Simões da Cunha.

OPORtUnIDaDE PaRa MIcRO E PEQUEnaS nO aEROPORtO DE GUaRUlHOS

A nova administradora do Aeroporto de guarulhos, a gRu Airport, assinou um convênio com o Sebrae que prevê estímulos para contratar micro e pequenas empresas para prestarem serviços complementares nas obras do terminal. A partir de abril, quando as chuvas cessarem e as obras se intensificarem, a demanda vai aumentar, assim como as oportunidades para esses empreendedores.

A ideia é que a população local possa se integrar à economia do aeroporto, fornecendo verduras para restaurantes, administrando um pequeno negócio como um salão de beleza ou prestando serviços de táxi, de engraxate ou chaveiro. O acordo de capacitação das comunidades prevê ainda a participação da Prefeitura de guarulhos, que promete implantar um programa de urbanização.

Números do Caged revelam tendência pessimista em guarulhos. As empresas da cidade admitiram menos e demitiram mais no ano passado: foram 1.368 mais desligamentos e 4.040 menos contratações do que em 2011, uma queda de quase 40% no saldo entre admissão e demissões em 2012. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Rosa Carvalho dos Santos.

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cIRQUE DU SOlEIl cOntRata PaRa ESPEtÁcUlO nO VIlla lOBOS

O Cirque du Soleil irá contratar 145 temporários em São Paulo para trabalhar em espetáculo por um período médio de três meses. As vagas serão preenchidas para as funções de ajudante de cozinha, atendente de lanchonete, atendente de mesa, camareira de teatro, costureira geral, cozinheiro geral, estoquista, garçom, operador de caixa, vendedor interno, recepcionista, entre outras. Os salários variam de R$ 898 a R$ 1.400, dependendo da função desempenhada.

A famosa trupe canadense retorna ao Brasil com o espetáculo Corteo, no Parque Villa Lobos. A superprodução estreia em São Paulo, dia 30 de março de 2013, seguindo então para Brasília, dia 26 de julho; Belo Horizonte, dia 19 de setembro, Curitiba, dia 8 de novembro; Rio de Janeiro, em 27 de dezembro; e, finalizando a grande turnê, Porto Alegre, em abril de 2014. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Reginaldo Luiz Julien Ribeiro.

nÚMERO MEnOR EM RIBEIRÃO PREtO

De acordo com dados do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do trabalho e Emprego, a criação de empregos formais em Ribeirão Preto, em 2012, somou 8.511 novas vagas, o que representa uma queda de 33% em comparação com 2011, quando foram criados 12.684 postos de trabalho.

Se comparado com o ano de 2010, quando foram contratados 14.352 novos trabalhadores, a redução chega a 40%. O fraco resultado já era esperado por causa do cenário econômico do País, em um ano marcado pela crise financeira internacional, que prejudicou as exportações. O setor que registrou maior queda na geração de empregos na cidade foi a construção civil. Em 2012, foram 575 contratações contra 3.724 no ano anterior.

O trabalho temporário, que tradicionalmente ala-vanca os números em Ribeirão Preto, apresentou queda em janeiro. Foram contratadas 2.990 pessoas e 3.167 foram demitidas, principalmente por conta das demissões dos trabalhadores contratados em dezembro para o Natal. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – geraldo P. Russomano Veiga.

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JacaREÍ tRaz PRIMEIRa MOntaDORa cHInESa aO BRaSIl

A cidade de Jacareí, destaque nos setores de vidro, celulose e bebida, atrai investimentos na área automobilística – segmento onde suas vizinhas no Vale do Paraíba, São José dos Campos e taubaté, já investem. Anunciada em 2011, a fábrica da Chery, primeira montadora chinesa a se instalar no Brasil, começará a produzir automóveis em 2013. De uma área de cerca de um milhão de metros quadrados, metade deverá ser utilizada pela fábrica e metade por fornecedores de autopeças da cadeia de veículos.

Para qualificar os profissionais, em 2011 a prefeitura começou a oferecer 82 cursos de formação profissional pelo programa EducaMais. O curso de Mandarim, com 139 vagas, tem fila de espera de 280 alunos para 2013.

As Regionais do Ciesp, nas cidades de Jacareí, São José dos Campos e taubaté (e suas abrangências) indicaram queda no nível de empregos no ano de 2012, o que significou fechamento de vagas na indústria. As associações comerciais e industriais das mesmas cidades indicaram aumento na procura e efetivação de mão de obra no mesmo período. Houve expansão de dois dos shoppings da cidade de São José dos Campos, inauguração de um outro shopping em taubaté, além de expansão de uma rede de supermercados. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Sérgio Silas gallati.

EQUIlÍBRIO EM SOROcaBaDados do Centro das Indústrias do Estado de

São Paulo mostram que a regional de Sorocaba, composta por 48 municípios, apresentou uma queda de 0,35% nos postos de emprego, no acumulado do ano, representando o fechamento de aproximadamente 1.850 vagas. O município de Sorocaba figura na 12ª posição, entre as regiões que apresentaram desempenho negativo no Estado de São Paulo.

Em contrapartida, a construção civil tem mantido o bom desempenho da região. Dos 832.625 trabalhadores formais do setor no Estado de São Paulo, 90.125 ou 10,8% estão instalados em Sorocaba. Dados divulgados pelo Sindicato da Construção (SindusCon-SP) revelam que a cidade do Interior está atrás apenas da Capital, que tem 379.122 empregados formais.

A forte expansão imobiliária vivida pela cidade é responsável por manter aquecida a geração de empregos. A cidade tem quatro shoppings centers em construção e consolida a instalação de um parque industrial capitaneado pela montadora de automóveis toyota, já em operação. A falta de mão de obra local, no entanto, leva as construtoras a trazer trabalhadores de outros Estados. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Walter Rosa Junior.

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BaIxaDa SantISta DESacElERa

Números divulgados pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo mostraram o fraco desempenho da indústria na Baixada Santista, nos últimos doze meses. Foram fechados 1.500 postos de trabalho, queda de 10,13%. A perda está concentrada na região que compreende as cidades de Cubatão, guarujá e Bertioga.

No mês de janeiro, o índice aponta uma perda de aproximadamente 50 postos de trabalho no período, uma variação de 0,56%. Na região industrial de Santos, composta pelos municípios de Santos, São Vicente, Praia grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, o resultado negativo no mês de janeiro foi de 0,26%, o que significou uma redução de aproximadamente vinte postos de trabalho.

O nível de emprego industrial da região foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Produtos Químicos (-3,68%), Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-1,75%), Produtos Alimentícios (-1,26%), Máquinas e Equipamentos (-0,95%) e Impressão e Reprodução de gravações (-0,67%), que mais influenciam o cálculo do índice. Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – José Renato Quaresma.

EncOntROS EM BaURUForam iniciadas as obras para a

implantação da infraestrutura do Distrito Industrial IV, na região da Quinta da Bela Olinda, em Bauru. A expectativa é que o Distrito Industrial IV funcione como um grande espaço em que poderão ser instaladas indústrias, empresas de comércio atacadista e Prestadoras de Serviços. A intenção é que o Distrito comece a ser ocupado no máximo até julho. São 1.132.895 metros quadrados que, dependendo do tamanho de cada empresa, poderá comportar em torno de 70 indústrias de pequeno e médio porte e 70 de grande porte.

O Ciesp também divulgou os dados de Bauru, que mostraram que o nível de emprego industrial na região apresentou um resultado negativo no mês de dezembro do ano passado. Bauru ficou em 10º lugar com resultado negativo, dentre as regiões do Ciesp, com uma perda de 250 postos de trabalho.

Fale com a regional pelo e-mail [email protected] – Everaldo Nogueira.

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Por Luciana Albernaz e Luciano Ornelas

Insegurança jurídica nos negócios, pesada carga tributária, decisões desfavoráveis da Justiça do trabalho, máquina pública inchada e ineficiente, excesso de burocracia, desoneração da folha de pagamento. São os temas colocados em análise nas próximas páginas, a partir de um encontro de juristas promovido pelo Sindeprestem

na mesa, tormentosdos empresários brasileiros

É caro, burocrático e complicado inves-tir no Brasil – parece clichê, mas é a opinião predominante entre os empresários. Depen-dendo da atividade econômica, cada empresário vai apontar as dificuldades e os gargalos de sua área. A falta de infraestrutura, os novelos das obrigações tributárias e o excesso de burocracia competem entre si para encabeçar a lista das principais reclamações. o fato é que, atualmente, a classe empresarial tem sido pega de surpresa com medidas, normas e tributos que às vezes brotam dos poderes públicos na calada da noite, deixando o empresário com receio de fazer negócio.

Para discutir o tema, a Revista Presstem reuniu especialistas com experiência e conhecimento de causa, atuantes no setor de Prestação de Serviços: Dráuzio Rangel, advogado especialista em Direito Coletivo e Sindical; Percival Maricato, advogado, empresário e diretor jurídico da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); e Wolnei Tadeu, advogado e diretor Jurídico da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos). Acompanhe abaixo: a Revista Prestem propõe o tema e cada qual dá sua opinião.

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DEBatE: InSEGURanÇa nOS nEGÓcIOSD

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Revista Prestem – Pode-se trabalhar em paz e fazer prosperar uma empresa num ambiente de insegurança jurídica?

Dráuzio Rangel – Os próprios princípios que alicerçam as relações de trabalho no Brasil já provocam no empresário uma grande insegurança. toda a legislação trabalhista brasileira foi criada em cima de três motivos: protecionismo excessivo, legislação excessiva e tutela. Então você vê que todas as leis têm na realidade uma direção: a proteção do trabalhador. Não é manter o equilíbrio entre o capital e o trabalho. E para que esta proteção possa ser praticada cria-se uma enxurrada de legislação. A Bíblia perto da legislação trabalhista é livrinho. E para que alguém possa exigir o cumprimento disso tem a Justiça do trabalho, que é uma das mais caras. O empresário entra na Justiça do trabalho já perdendo 70%, isso gera muita insegurança. A minha solução é que as relações de trabalho devam ser regradas pelas negociações coletivas. Imagine, nenhuma lei proíbe a terceirização: quem proíbe é o tribunal Superior do trabalho através de uma Súmula. Então acho que o que se devia fazer é a prevalência do negociado sobre o legislado. tanto isso é verdade que os últimos avanços da legislação vieram de negociações coletivas que nós estabelecemos. Isso gera uma grande insegurança e arrepia as multinacionais que querem vir pra cá. Isso faz com que o Brasil tenha um empregado relativamente barato e um emprego muito caro.

Percival Maricato – Essa é uma questão que se deve a um problema: falta de efetiva influência dos empresários nas políticas governamentais. Acho que os trabalhadores são muito mais competentes, montaram as centrais sindicais e estão resolvendo seus problemas. Os empresários às vezes não conseguem resolver nem as questões mais elementares.

Wolnei Tadeu – A gente vive a negociação dia-a-dia e ela tem a particularidade de você trazer ou ajustar a legislação para o que é importante para um segmento ou para uma empresa, grande ou pequena, o que não acontece na Lei, que é igual não importa o tamanho do negócio. Para quem tem um empregado ou cem mil, a lei é a mesma. Isso faz uma grande diferença, pois não se pode trazer o rigor da legislação para todos com a mesma pressão. As grandes empresas têm mais alternativas para substituir um empregado quando ele falta, quando tira

férias. Já as pequenas empresas, se derem férias para uma pessoa que é única no cargo, ficam trinta dias sem ninguém. E não se pode parcelar as férias, porque a lei não permite. Seria muito razoável ajustar isso. A negociação coletiva precisa ser modificada nesses aspectos.

Prestem – O Tribunal Superior do Trabalho tem editado várias súmulas, todas muito polêmicas, interferindo na vida das empresas. Como o

empresariado pode conviver com tudo isso?

Percival – O tSt quebra mais empresas do que as empresas se quebram entre si com a concorrência. Fico aterrorizado com a insegurança, as alterações e as súmulas. Está legislando e tomando o lugar do Congresso Nacional. Hoje em dia você investe e não sabe o que vai acontecer. Até os sindicatos podem fechar. Se a Justiça do trabalho decide tudo, para que existe o sindicato? A justiça é extremamente corporativa e disfarça esse corporativismo dizendo que está protegendo o trabalhador. todas as tentativas de se fazer um acordo são torpedeadas. Não sem motivo, nossa mão de obra se encontra 50% formalizada e a outra metade é informal.

Dráuzio rangel// a Bíblia, perto da legislação trabalhista, é livrinho //

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Dráuzio – Há uma tendência de protecionismo que faz com que não haja equilíbrio na aplicação e proporcione insegurança jurídica, porque todo mundo quer saber de seus direitos, mas esquecem dos seus deveres. todo mundo foi surpreendido agora com o aviso prévio proporcional. Nenhuma empresa tinha isso nos seus planejamentos financeiros e orçamentos. Publica-se uma decisão num dia e no dia seguinte começa a valer.

Wolnei – Para sobreviver e prosperar nesse ambiente é preciso mudar, pois temos uma legislação rígida que precisa ser flexibilizada. A negociação coletiva é uma alternativa fundamental, com o afastamento da Justiça do trabalho. Os papéis estão invertidos.

Prestem - O Governo Federal tem inchado a máquina pública como nunca. Apesar disso, o funcionamento dessa máquina não melhorou. Isso não contribui também para mais armadilhas burocráticas?

Wolnei – O Brasil é um dos países que possui a maior máquina de funcionários públicos do mundo. Não sei se foi no governo do Pt ou anteriormente. Mas tem algumas coisas que me parecem não fazer sentido. Hoje existem elevadores automáticos, mas temos ascensoristas no Congresso ganhando 10 mil reais por

mês. Não me parece razoável considerar pessoas de baixíssima qualificação com altíssimo salário e aí não posso atribuir somente a esse governo, mas há algo errado na máquina e isso precisa ser refletido, se isso faz sentido, pois somos nós que pagamos.

Percival – tenho lido e cheguei à conclusão de que isso não existe, pois a máquina atual do governo Federal é a mesma dos últimos vinte anos, em relação à população. Mas, de fato, é preciso enxugar a máquina e deveria haver mais meritocracia, uma seleção melhor. Há um exagero aqui no Brasil e isso impede o desenvolvimento, já que pessoas que não têm nada a ver com o cargo são colocadas em postos elevados.

Dráuzio – Discordando dos colegas, acho que houve um inchaço, pois não há dúvidas que nós tivemos uma república sindicalista, desde a eleição do Lula. Para que isso se concretizasse foi preciso este pessoal de sindicato ir para o governo ocupar cargos. Não seria possível eliminar os que estavam lá para colocá-los no lugar e o inchaço se deu por isso. Se você fosse convocar todos para trabalhar no mesmo dia, teria gente trabalhando em pé. E foram dados cargos importantes a pessoas com pouca qualificação. Hoje, em todas as estatais e em todos os setores do governo, há pessoas do movimento sindical. Isso foi até um desserviço ao movimento sindical, que tirou essas pessoas dos movimentos. Os sindicatos também ficaram inchados. Com a legalização das centrais sindicais, hoje dirigentes têm garantia de emprego. Houve um inchaço e continuam enchendo. Não é que hoje se levantou mais a corrupção que em outros governos. É que tem havido muito mais corrupção que em outros. Corrupções grosseiras sem o mínimo cuidado.

Prestem – O Governo tem oferecido a desoneração da folha de pagamento para incentivar o crescimento da economia. Esse é o caminho?

Wolnei – O governo tenta acertar todos os erros com uma única tacada e isso não dá. O problema é que tem muitos segmentos em que a base salarial é pequena e o faturamento é pequeno. Precisa de equilíbrio. O governo vem sondando percentuais para equilibrar isso. Os segmentos vão se rebelar, o que precisa mudar

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DEBatE: InSEGURanÇa nOS nEGÓcIOS

Percival maricato// a Justiça é

extremamente corporativa e disfarça

esse corporativismo dizendo que está

protegendo o trabalhador //

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Dráuzio rangel// a Bíblia, perto da legislação trabalhista, é livrinho //

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é a complexidade tributária que acaba onerando. Por isso digo que esta desoneração pode ser boa para uns, mas não deve funcionar para todos. O conceito sempre foi: eu posso fazer tudo, desde que não diminua a arrecadação.

Dráuzio – Acho isso muito mais demagógico do que eficiente, não vai trazer a necessária redução do custo da mão de obra. O que precisamos é de uma reforma tributária eficiente. A desoneração da folha de pagamento é muito mais pirotécnica do que eficiente. Você tem empresas automatizadas e informatizadas, com pouca mão de obra e faturamento alto, e vice-versa. A solução precisa passar por uma ação mais profunda. A Previdência Social gasta 13% da sua arrecadação com a aposentadoria. Para onde vai o resto? A Previdência não funciona, não dá assistência médica (temos de contratar), não dá transporte, alimentação, nem educação. O ideal seria que o governo cumprisse com suas obrigações.

Percival – Não há interesse em resolver esses problemas. Os aumentos salariais são muito acima da produção. Evidente que vai chegar uma hora em que vai explodir, aí vem inflação e um monte de problemas. Mas o desenvolvimento econômico do Brasil depende muito dessas duas questões: uma é resolver a questão trabalhista e a outra é resolver a questão tributária. Qualquer pessoa no governo sabe que quanto mais redução de tributos, mais investimento e mais resultados você tem, inclusive na área tributária. Se você reduz um imposto, é possível aumentar receita. Quem investe melhor: o empresário ou o governo? O empresário é quem sabe investir e o investimento é super medido, não acontece como no governo, que faz uma estrada de ferro e de repente termina, pois não fez a licitação pra continuar, ou que liga nada a coisa alguma. Quanto menos o governo recebe, mais produção. E quanto mais o governo recebe, menos produção.

Prestem – Burocracia excessiva é uma praga que nenhum Governo consegue erradicar no Brasil. Isso não desestimula investimentos no País?

Wolnei – temos um excesso de impostos e encargos que a empresa precisa assumir, o que leva a um volume estrondoso de documentos e burocracia desnecessária,

principalmente em um momento em que vivemos de informatização e digitalização. A empresa tem que ainda emitir holerites de pagamento e guardar por anos. Essas coisas vão dificultando e desestimulando a manutenção da mão de obra formalizada. Não estamos falando em diminuir benefícios. O investimento estrangeiro foge porque a burocracia tem sido tão grande que ele tem procurado outras alternativas. Não por acaso, fomos o pior crescimento da America Latina: PIB de 0,9%. Não à toa, porque o investimento estrangeiro busca o ambiente mais saudável, por isso é preciso que haja uma modificação no conceito.

Percival – Em outros países não se tem a exigência do registro, mas usam a inscrição da Previdência Social para empregar o trabalhador. É um conceito simples que deveria ser adotado no Brasil. Carteira profissional, por exemplo. Alguém sabe para que serve? todo ano, tem um documento novo. temos essas coisas no nosso País. um cartão com chip com esses registros seria suficiente. um país que tem um título de eleitor que não serve nem para votar, pois tem de ter um documento com foto... A carteira de habilitação vale mais do que qualquer coisa, porque tem todas as informações.

Wolnei tadeu // Para sobreviver e prosperar nesse ambiente, precisamos mudar, pois temos uma legislação rígida que precisa ser flexibilizada//

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cOPa 2014

BRaSIl 2014OBRaS DE MOBIlIDaDE URBana EStÃO aBanDOnaDaS

um dos principais legados da Copa de 2014 pode ficar apenas no papel, pois muitos dos empreendimentos projetados para melhorar o transporte público e o trânsito, nas doze cidades-sede, foram cancelados ou substituídos por obras de menor impacto. Documento do Ministério do Esporte, Matriz de Responsabilidades, previa 50 intervenções de mobilidade urbana em janeiro de 2010. Até agora foram canceladas 13 obras e outras 16 incluídas posteriormente, a maioria de menor porte do que as suspensas ou interrompidas, e quase sempre realizadas no entorno dos estádios – relacionadas com acesso aos jogos. Além dos projetos que não saíram do papel, há casos mais graves de obras interrompidas por suspeitas de irregularidades.

na cEF, 563 PROJEtOS tURÍStIcOS EStÃO PaRaDOS

De acordo com informações do Ministério do turismo, 563 projetos do setor estão parados na Caixa Econômica Federal (CEF), de um total de sete mil. Em alguns casos, o dinheiro já foi depositado, mas a obra não foi iniciada. Outros 1.633 projetos estão com o cronograma atrasado. O ministro gastão Vieira pediu esforço para a execução das obras. “Antes de pedirem recursos novos, gostaríamos de ter um esforço nacional no sentido de não perdermos esses recursos, porque eles têm prazo de validade. Em junho de 2013, a maioria deles poderá cair e o esforço dos parlamentares, do governo e da cidade para receber uma obra vai embora, porque faltou disposição para ir à Caixa e equacionar as coisas.”

Luciana Albernaz

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OS VOlUntÁRIOS Da cOPa DaS cOnFEDERaÇÕES E Da cOPa-2014

Os interessados em trabalhar como voluntários durante a Copa das Confederações, em junho deste ano, já foram escalados por meio do programa do governo Federal chamado "Brasil Voluntário". A iniciativa tem o objetivo de recrutar pessoas que vão colaborar nas atividades de responsabilidade do Brasil, tanto na Copa das Confederações quanto na Copa do Mundo de 2014. O programa custará cerca de R$ 30 milhões, entre compra de uniforme e capacitação dos interessados. A expectativa é de que haja sete mil voluntários nas seis sedes da Copa das Confederações, além de outros 4.900 para abertura e encerramento do evento, em Brasília e no Rio. Na Copa-2014, serão esperados 50 mil voluntários nas 12 cidades-sede.

PROGRaMa SOcIal DEVE BEnEFIcIaR 60 MIl cRIanÇaS

Pela primeira vez chega ao Brasil o programa social "A Chance to Play - O Direito de Brincar", uma iniciativa com doze projetos sociais voltados a beneficiar 60 mil crianças e adolescentes. Idealizado pelo Comitê Mundial dos trabalhadores, em parceria com a ONg terre des Hommes – Alemanha, e com o apoio da Volkswagen, será realizada em 2013 e 2014 no contexto da Copa do Mundo no Brasil. A intenção é utilizar o futebol e o ato de brincar como ferramentas de inclusão social. O investimento inicial será de 1,5 milhão de euros, recursos que devem ser ampliados com ações de arrecadação nas unidades da Volkswagen do Brasil. Na África do Sul, durante o Mundial de Futebol de 2010, o programa beneficiou 40 mil crianças e adolescentes.

cOPa 2014 JÁ cUSta R$ 26,5 BIlHÕES

Os custos com a organização da Copa de 2014 já ultrapassaram em R$ 2,7 bilhões o orçamento previsto pela união no início de 2011, chegando a R$ 26,5 bilhões. E essa conta ainda não está fechada. A previsão é de que os investimentos para o Mundial alcancem R$ 33 bilhões. Isso significa que os governos federal, estaduais e municipais vão custear 85,5% das obras relacionadas ao evento, que incluem mobilidade urbana, estádios, portos, aeroportos, telecomunicações, segurança e turismo.

BnDES lIBERa R$ 1 BIlHÃO

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para Estados e municípios, além do Distrito Federal, financiarem contrapartidas de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida, além de projetos de mobilidade urbana associados à Copa do Mundo de 2014.

O ministro Gastão Vieira pede esforços para execução das obras turísticas

Projeto vai beneficiar 60 mil crianças e adolescentes brasileiros

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tRaBalHO tEMPORÁRIO

Por Giovanna Zanaroli

Ricardo Sotero começou como temporário e hoje é gerente nacional de uma maiores redes de lojas de artigos esportivos. Prova de que as milhares de oportunidades que se abrem pelo Setor representam mais do que um emprego provisório

Conforme as três datas comemorativas mais importantes se aproximam – Natal, Páscoa e Dia das Mães -, o comércio e a indústria começam a recrutar um verdadeiro exército de temporários. No ano passado, cerca de 260 mil vagas foram preenchidas em todo Brasil somente nestes picos sazonais, de acordo com pesquisas encomendadas pelo Sindeprestem e Asserttem ao Instituto de Pesquisa Manager (Ipema). Deste total, onze mil trabalhadores conseguiram ser efetivados e permaneceram nas empresas contratantes.

O trabalho temporário se consolidou como uma importante ferramenta de gestão, ainda mais em tempos de escassez de mão de obra. “As prestadoras de Serviços têm um papel fundamental, pois realizam análise criteriosa dos candidatos com o intuito de encontrar aqueles que se enquadrem melhor no perfil desejado pelos clientes. Esta primeira escolha facilita a efetivação dos que se destacam”, explica Jismália de Oliveira Alves, presidente da Asserttem.

cOnStRUInDO UMa caRREIRa

O setor de trabalho temporário avança a passos largos e se transforma gradualmente em um legítimo facilitador da tão sonhada (e disputada) estreia no mercado de trabalho. Construir uma carreira profissional sólida, começando como temporário, era inimaginável há algum tempo, conceito que tem mudado ao longo dos anos. “Em 1992 fui contratado como vendedor para uma das lojas da rede em Belo Horizonte, Minas gerais. Entrei achando que seria um trabalho provisório e não imaginava a carreira

que poderia construir ali”, conta Ricardo Sotero, ao relembrar o seu início no grupo SBF, controlador das marcas especializadas em artigos esportivos Centauro e Bytennis.

Depois da efetivação como vendedor, Sotero foi promovido na empresa e gerenciou lojas de pequeno e grande porte. Chegou a gerente regional do grupo SBF em Belo Horizonte e, em 2006, aceitou o convite para exercer a mesma função em São Paulo. Aceitou de imediato: “Mudei-me com a família para cá e um ano depois assumi a gerência nacional da rede. Estou há vinte anos na empresa”.

Em entrevista exclusiva à Revista Presstem, Ricardo Sotero expressa o ponto de vista do tomador de Serviços. Confira quais são as expectativas das contratantes quanto aos temporários e o que esperar da realização de grandes eventos esportivos no Brasil, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

Presstem – O Trabalho Temporário frequentemente é visto como um emprego transitório, uma oportunidade apenas para incrementar a renda. Há alguma iniciativa da empresa para incentivar a permanência destes funcionários?

Ricardo Sotero – Muitos dos colaboradores temporários da companhia permanecem na rede, com possibilidade de se tornarem gerentes e seguir carreira. Nossa taxa de retenção é de 35% e a cada ano temos muitos deles que iniciaram como temporários, foram efetivados e promovidos. temos diversos treinamentos para integrá-los ao grupo e, se efetivados, oferecemos com frequência cursos específicos para capacitação e qualificação.

Sotero, ex-temporário, agoraé gerente nacional da centauro

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Presstem – Quais atributos a empresa mais valoriza para efetivar um Temporário? Quais perfis são mais requisitados?

Ricardo Sotero – Jovem, empreendedor, e que queira fazer parte do quadro de colaboradores da empresa, não apenas trabalhar por alguns dias. É comum muitos candidatos a temporários estarem em busca da primeira oportunidade de emprego, às vezes até participando de processos seletivos. Por isso, cabe à empresa contratante apresentar seus diferenciais, como plano de carreira, benefícios e possibilidade de expansão de forma a atrair os melhores talentos.

Presstem – O varejo possivelmente tem enfrentado a escassez de mão de obra. Como lidar com este obstáculo?

Ricardo Sotero – Por mais que o varejo tenha se profissionalizado nos últimos anos, ainda concorre diretamente com outros segmentos como, por exemplo, a indústria em algumas regiões. O fato de a jornada de trabalho abranger os finais de semana faz com que muitos profissionais – sendo grande parte deles jovens - acabem optando por outras áreas. Para lidar com

este obstáculo, as empresas, e neste caso não somente as do varejo, precisam oferecer salários competitivos e compatíveis com o mercado, plano de carreira, um excelente pacote de benefícios, programas de incentivo e reconhecimento. A meritocracia é um dos valores do grupo SBF, o que significa dar oportunidade de crescimento àqueles que se destacam.

Presstem – Com a realização da Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, como o segmento de artigos esportivos tem se preparado? Qual é a expectativa para estes dois eventos?

Ricardo Sotero – A Centauro está trabalhando em um grande projeto que envolve as áreas de Marketing, Recursos Humanos e Planejamento para preparar suas lojas e equipes para a Copa do Mundo e Olimpíadas. A empresa estará ao lado das maiores marcas esportivas durante esses eventos. A expectativa é a de que ambos gerem grande impacto nas vendas no Brasil, graças ao sentimento de proximidade, à maior consciência do brasileiro para a importância da prática de exercícios físicos, ao crescimento do esporte, através das leis de incentivo, e ao desenvolvimento de mais modalidades esportivas.

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ricardo Sotero: “Muitos dos colaboradores temporários da companhia permanecem na rede, com possibilidade de se tornarem gerentes e seguir carreira”

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InDIcaDORES

Um levantamento feito com base nas pesquisas encomendadas pelo Sindeprestem e pela Asserttem ao Instituto Ipema revela que durante todo o ano de 2012 foram contratados 275 mil temporários nos diversos segmentos do comércio, indústria, lazer e entretenimento. Os números se referem apenas aos picos de demanda ocasionados por datas comemorativas como Páscoa, Dia das Mães, Natal e férias de julho. Na comparação com 2011, as contratações temporárias registraram aumento de 4,6%.

trabalho temporário, experiência permanenteapenas em datas comemorativas, 275 mil temporários foram contratados em 2012

PRIMEIRO EMPREGOPara muitos jovens sem experiência, o trabalho

temporário pode significar a porta de entrada para o mercado formal. Em 2012, foram contratados 54 mil candidatos na condição de primeiro emprego. “Neste momento, a falta de qualificação da mão de obra é o principal desafio do País e o trabalho temporário vem contribuindo para agregar experiência ao currículo destes jovens, além de aumentar as chances do emprego definitivo”, avalia Vander Morales, presidente do Sindeprestem. No Brasil, o trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74 e garante todos os direitos trabalhistas, com exceção do aviso prévio e multa sobre o FgtS.

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Danielle Borges

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Para quem procurou renda extra no final do ano passado ou precisava de experiência profissional, o trabalho temporário foi uma boa escolha. tradi-cionalmente, o Natal é o melhor período para o comércio, considerando as datas comemorativas, o que reflete na disponibilidade de emprego na maioria dos setores. No final de 2012, apenas para suprir a demanda durante o período que antecedeu as festas, foram contratados em todo o País 157 mil temporários com base na Lei 6.019/74, de acordo com a pesquisa Asserttem/Sindeprestem encomendado ao Instituto Ipema.

De acordo com a análise de Jismália de Oliveira Alves, presidente da Asserttem e diretora de comunicação do Sindeprestem, o aumento de 7% nas contratações temporárias em relação ao ano anterior se justifica, entre outros fatores, pela injeção de R$ 131 bilhões proporcionada pelo pagamento do 13º salário: “Neste Natal, 80 milhões de trabalhadores tiveram 10% mais dinheiro que no mesmo período de 2011”.

O saldo de efetivações também foi positivo. Levando em consideração o problema da falta de qualificação, o índice manteve os 15% registrados no Natal anterior, garantindo emprego fixo para 23,5 mil trabalhadores após a vigência do contrato. Ainda de acordo com o levantamento, 20% das vagas foram preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego, ou seja, aproximadamente 31,4 mil trabalhadores sem experiência foram contratados no comércio e na indústria.

mais presentes, mais trabalhonatal 2012 resultou em quase 160 mil temporários contratados em todo o Brasil

cOMÉRcIOResponsável por 75% das contratações, o

comércio teve 60% das vagas preenchidas por trabalhadores entre 18 e 39 anos,

a maioria (53%) homens. na remuneração

houve aumento de 3,5% em relação ao

período anterior, ficando em torno de R$ 870,

com direito a benefícios como vale-transporte

e vale-refeição.

InDÚStRIaUm a cada quatro trabalhadores temporários

foi contratado pela indústria, com remuneração

média de R$ 1.155, aumento de 5% em

relação ao ano anterior. Benefícios como vale-

transporte e vale-refeição garantidos. também

neste caso foram contratados mais homens, que

ocuparam 68% das vagas temporárias.

a maioria (65%) dos trabalhadores tem entre 18 e 39 anos.

Ano ContrAtAÇÕeS vArIAÇÃo efetIvAÇÃo 1º emPrego

2010 140 mil 12% 28% 30%

2011 147 mil 5% 15% 25%

2012 157 mil 7% 15% 20%

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Fonte: Ipema e Projeções Sindeprestem/asserttem

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Fonte: Ipema e Projeções Sindeprestem/asserttem

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InDIcaDORES

Considerada o terceiro melhor período para o emprego temporário, a Páscoa perde apenas para o Natal e o Dia das Mães em movimentação no comércio e na indústria. Em alguns segmentos, as contratações começaram em setembro passado, como no caso das fábricas de chocolate, que precisam adiantar a produção. Para este ano, a previsão da Asserttem e do Sindeprestem é que sejam preenchidas 73,7 mil vagas, a maioria na indústria.

Do total de trabalhadores contratados em todo o Brasil, 8% terão chances de efetivação e 12,5 mil serão jovens em situação de primeiro emprego. Este ano, 40% das vagas disponibilizadas devem ser preenchidas no comércio. “uma peculiaridade observada durante a coleta das informações é que devido à escassez de mão de obra, muitas empresas reduziram as exigências para contratação”, lembra Jismália de Oliveira Alves: “Em muitos casos, a exigência se restringe à idade acima de 18 anos, ensino médio completo, facilidade em lidar com o público e organização”.

A economia do cacau movimenta no Brasil uS$ 450 milhões. Nos últimos dois anos, a produção de Páscoa atingiu 18 mil toneladas, com 80 milhões de ovos vendidos em mais de 800 mil pontos de venda no País.

mais de 70 mil temporários nesta PáscoaOferta de vagas será 4% maior na comparação com o mesmo período de 2012

OPORtUnIDaDES

Na indústria, as principais funções são para auxiliar de produção, auxiliar de expedição, motorista, entregador, auxiliar de cozinha, promotor de vendas, estoquista e operador de empilhadeira. Este ano, a remuneração deve variar entre R$ 800 e R$ 2,2 mil, com direito a vale-refeição e vale-transporte. Experiência anterior pode ser um diferencial, mas não é exigência. Homens devem ficar com 53% das vagas.

No comércio, as mulheres devem ser maioria, preenchendo 60% das vagas. As principais funções são para balconista, degustador, demonstrador e repositor. A remuneração deve variar entre R$ 750 e R$ 1,3 mil, com direito a benefícios como vale-refeição, vale-transporte e em alguns casos, premiação por desempenho.

Ano ContrAtAÇÕeS vArIAÇÃo efetIvAÇÃo 1º emPrego

2010 63,3 mil 5,5% 15% 25%

2011 70,1 mil 10,8% 25% 19,6%

2012 70,8 mil 1,1% 10% 18%

2013 73,7 mil 4,1% 8% 17%

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Este ano, durante as férias de verão, foram contratados 29 mil trabalhadores temporários em todo o Brasil, nos segmentos da indústria, comércio, lazer e entretenimento, 16% a mais que no mesmo período do ano passado, de acordo com o levantamento Sindeprestem/Asserttem. A maioria das oportunidades foi em parques de diversões, que ficam mais movimentados nesta época do ano. Homens ocuparam a maior parte das vagas.

Quase sete mil jovens sem experiência também tiveram a chance de ingressar no mercado formal, representando 23,6% dos contratos. Além disso, a média de efetivação dos temporários ficou em torno de 10%, ou seja, mais de três mil trabalhadores foram efetivados na vaga, alguns antes mesmo do vencimento do contrato. “O número de efetivações este ano superou em 7%

trabalho temporário para 29 mil nas fériasMais de 20% das vagas foram preenchidas por jovens no primeiro emprego

o registrado nas férias de verão de 2011”, comemora Jismália de Oliveira Alves, da Asserttem.

VaGaS

Somente nos segmentos de lazer e entretenimento, foram contratados 25 mil temporários, 86% do total das vagas. As oportunidades foram abertas em parques temáticos, parques aquáticos e de diversão, clubes, hotéis, pousadas, acampamentos, bares e restaurantes e agências de turismo.

Indústria e comércio representaram apenas 14% das vagas abertas, ou seja, 4 mil temporários no comércio de produtos para lazer, marketing promocional e eventos.

DeSCrIÇÃo CheCAgem 2013 PrevISÃo 2013 CheCAgem 2012 PrevISÃo 2012

ContrAtAÇÕeS De temPorárIoS:> Lazer e Entretenimento> Indústria e Comércio

29.000(86%) 25.000

(14%) 4.000

28.000(85%) 24.000

(15%) 4.000

25.000(80%) 20.000

(20%) 5.000

24.000(75%) 18.000

(25%) 6.000

remunerAÇÃo:> Lazer e Entretenimento> Indústria e Comércio

r$ 40,00 a r$ 200,00(o Dia Trabalhado)

r$ 750,00 ar$ 2.900,00

r$ 40,00 a r$ 200,00(o Dia Trabalhado)

r$ 750,00 ar$ 2.900,00

r$ 40,00 a r$ 150,00(o Dia Trabalhado)

r$ 700,00 ar$ 2.700,00

r$ 40,00 a r$ 150,00(o Dia Trabalhado)

r$ 700,00 ar$ 2.700,00

DIStrIbuIÇÃo Por SeXo:> Lazer e Entretenimento (%)> Indústria e Comércio (%)

Masculino > 60Feminino > 40Masculino >60Feminino >40

Masculino > 60Feminino > 40

Masculino > 60Feminino > 40

Masculino > 55Feminino > 45

Masculino > 55Feminino > 45

Masculino > 55Feminino > 45

Masculino > 55Feminino > 45

DIStrIbuIÇÃo Por IDADe:> Lazer e Entretenimento (%)> Indústria e Comércio (%)

De 18 a 39 >75De 40 a 59 > 20

acima de 59 > 05De 18 a 39 > 78De 40 a 59 > 20

acima de 59 > 02

De 18 a 39 > 75De 40 a 59 > 20

acima de 59 > 05De 18 a 39 > 78De 40 a 59 > 20

acima de 59 > 02

De 18 a 39 > 70De 40 a 59 > 25

acima de 59 > 05De 18 a 39 > 80De 40 a 59 > 18

acima de 59 > 02

De 18 a 39 > 70De 40 a 59 > 25

acima de 59 > 05De 18 a 39 > 80De 40 a 59 > 18

acima de 59 > 02

1º emPrego:> Lazer e Entretenimento (%)> Indústria e Comércio (%)

2515

2515

2525

2525

efetIvAÇÃo:> Lazer e Entretenimento (%)> Indústria e Comércio (%)> MÉDIa

1015

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0812

8,5

101010

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13,7

Fonte: Sindeprestem/asserttem

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EMEVEntOS

Por Giovanna Zanaroli

Sindeprestem encerra 2012 em clima de amizade e pede a união do Setorcantor Sidney Magal foi a grande atração musical do jantar de confraternização

Uma noite descontraída e muito animada marcou o encerramento de 2012, ano intenso de lutas e fortalecimento de relações político-institucionais do segmento. O jantar de confraternização do Sindeprestem ocorreu mais uma vez no elegante Espaço Rosa Rosarum, em São Paulo, dia 7 de dezembro, e contou com a presença de mais de quinhentos convidados entre empresários do setor, autoridades e amigos.

Mobilização e união foram as palavras escolhidas pelo pre-sidente do Sindeprestem, Vander Morales, para sintetizar aos empresários o sentimento da diretoria para 2013: “Em meio às dificuldades enfrentadas por nossa atividade, dentre as quais se destaca a alta carga tributária imposta à Prestação de Serviços Es-pecializados e ao trabalho temporário, o setor manteve-se forte. E isso, em nosso País, onde as injustiças ao mundo empresarial se

multiplicam, por si só já é um motivo para comemorar”.O show da noite foi comandado pelo cantor Sidney Magal,

que relembrou grandes sucessos de sua carreira como Sandra Rosa Madalena e Meu Sangue Ferve por Você, deixando a pista de dança lotada até a madrugada. Em seguida foi a vez da Banda Chroma animar a noite com seu repertório diversificado e alegre.

uma das empresas presentes foi sorteada e ganhou da agência de turismo globe Center uma viagem a toronto, no Canadá, na qual haverá o CIEtt 2013. Ao final da confrater-nização os convidados receberam a revista Presstem; o livro Fatos & Versões – O que a sociedade precisa saber sobre a ter-ceirização e o trabalho temporário no Brasil e a 6ª Pesquisa Setorial Sindeprestem/Asserttem, que traduz em números a realidade do setor no Brasil.

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Toronto foi a cidade escolhida para sediar a edição 2013 do Congresso Mundial de terceirização e trabalho temporário (CIEtt). O Sindeprestem mais uma vez se prepara para representar o País no mais importante evento internacional relacionado aos setores de Prestação de Serviços Especializados e de trabalho temporário, entre os dias 15 e 17 de maio, no hotel the Westin Harbour Castle.

A Association of Canadian Search Employment & Staffing Services (que representa o setor no Canadá) será a anfitriã des-ta edição, que terá painéis dedicados ao debate de tendências futuras de mercado e sobre as maneiras de se lidar com os

the Westin harbour Castle, hotel que sediará o CIett 2013

Caminhos para o trabalhoSindeprestem representará Brasil no cIEtt 2013, no canadá

A reunião anual da Confederação Latinoamericana das Empresas de Serviços terceirizáveis e de trabalho temporário (Clett&A), para definição e alinhamento de estratégias com os países membros, ocorrida no final de março, contou com a presença do presidente Vander Morales, que é vice-presidente da Clett&A e representa o Brasil em encontros no exterior. Fernando Calvet, vice-presidente do Sindeprestem e diretor de Relações Internacionais da Asserttem, também compareceu.

O Congresso da entidade, agendado para os dias 26 e 27 de setembro na cidade de Buenos Aires, Argentina, também foi discutido pelos dirigentes na reunião. Em breve, serão divulgados mais detalhes sobre o Congresso.

Clett&A Membros da confederação se reúnem no chile

desafios para alcançar o sucesso. Para o presidente do Sin-deprestem, Vander Morales, a participação da entidade em eventos internacionais é a oportunidade ideal para a troca de experiências e captação de ideias. “Conhecer a realidade de outros países nos dá a exata noção do quanto nosso setor sig-nifica para a economia global. Serve também para nos orientar sobre procedimentos futuros, sempre considerando as especi-ficidades do Brasil e fazendo as devidas adaptações ao nosso cenário político e econômico”.

Mais informações sobre o CIEtt 2013 podem ser obtidas no site: www.ciettwec2013.com.

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EMEVEntOS

“o diálogo é o caminho mais curto para o entendimento. Assim como queremos ouvir os trabalhadores, queremos conhecer as demandas dos empresários”, destacou o advogado Carlos Frederico Zimmermann Neto em sessão solene de posse da Superintendência Regional do trabalho e Emprego de São Paulo (SRtE-SP), no dia 21 de fevereiro, no Largo São Francisco, em São Paulo.

Vander Morales, presidente, e Fernando Calvet, vice--presidente, representaram o Sindeprestem na cerimônia, que contou com a participação do Ministro do trabalho e Emprego, Brizola Neto, e representantes da Justiça traba-lhista e de entidades sindicais. “O desenvolvimento do ca-pital é também o desenvolvimento do mercado de trabalho. Capital e trabalho são trilhos que correm em paralelo”, dis-se o ministro em seu discurso.

carlos zimmermann neto assume o cargo com proposta de diálogo aberto entre empresários e trabalhadores

Sindeprestem dá boas-vindas ao novo Superintendente da Srte-SP

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